Jornal de Abrantes - Edição junho 2013

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JUNHO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5508 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Abrantes vai estar em festa entre os dias 13 a 16 de junho. As praças do centro histórico da cidade vão ser abrilhantadas com muita música, artesanato, tasquinhas e d i v e r s a s m a n i f e s t a çõ e s culturais. Para além das bandas locais – como os Hollow Page, Kwantta, Planeta Vaca ou Kaviar – os concertos terão três nomes fortes: Deolinda, Tito Paris e Quinta do Bill. O espaço da antiga rodoviária recebe iniciativas interculturais e o Festival de Hipismo volta a marcar presença no Aquapolis. Pág. 11 a 17

Fernando Baio – CMA

ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES

Deolinda, Tito Paris e Quinta do Bill atuam no centro da cidade ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA DESIGN

EMPREGO

Sofalca produz mobiliário para cacilheiro que é arte

Gallo investe oito milhões em linha de produção

A cortiça da Sofalca foi escolhida por Joana Vasconcelos para dar forma, através do design, a todo o mobiliário do Cacilheiro Trafaria Praia que representa Portugal na Bienal de Veneza. Este é mais um passo que a empresa de Abrantes dá no sentido de potenciar todas as características do aglomerado negro da cortiça, para além de revestimentos e isolamento. Pág. 19

O número de colaboradores da fábrica azeites Gallo, da Vítor Guedes, vai ser reforçado graças ao investimento de oito milhões numa nova linha de produção. O investimento vai permitir duplicar a capacidade de embalamento de azeite e reforçar a dinâmica exportadora da empresa, cuja faturação em mercados externos já representa 70% do volume total anual. Pág. 19

A arte e a ciência cruzam-se com a música e o turismo Os Expensive Soul, autores do conhecido ‘O Amor é Mágico’, os rockabilly portuenses Dixie Boys e o Teatro de Rua ‘A Passagem’, do grupo PIA, são os cabeças de cartaz de um programa vasto que inclui muita ciência, arte e desporto na continuação de um modelo de festa que chama cerca de 25 mil pessoas a Vila Nova da Barquinha. Estas festas acontecem entre 10 e 13 de junho. Por esta altura começam também a estar disponíveis novas ofertas em termos de atividades turísticas. Pág. 5 a 8


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

JUNHO 2013

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Editora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

O busto em homenagem a Francisco Taborda, ator abrantino desapareceu. A estupefacção foi geral. Esta não é a primeira vez que um busto em homenagem a personalidades marcantes e históricas de Abrantes é roubado. Também o busto de António Silva Martins desapareceu há cerca de três anos do Jardim do Castelo.

Motivos para festejar

jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Redação Ricardo Alves (CP. 9685) ricardo.alves@lenacomunicacao.pt

Alves Jana André Lopes Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado Isabel Colaço

INQUÉRITO

O que mais costuma apreciar nas Festas da Cidade e que expetativas tem em relação a este ano?

Design gráfico António Vieira

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Grafedisport, S.A.

Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

GERÊNCIA Francisco Santos Ângela Gil

Leonilde Guiomar

Carlos Aparício

Maria da Nazaré Grilo

Pego

Arreciadas

Cabrito

Como trabalho por turnos, nem sempre tenho oportunidade de vir às festas da cidade. Este ano, ainda não sei se terei essa possibilidade. O que mais aprecio nas festas é, sem dúvida, os espetáculos musicais e as tasquinhas.

O que mais gosto das festas são os concertos quando se trata de bons projetos musicais. Face às expetativas é difícil precisar pois não vivo cá e não sei se vou marcar presença, mas a sensação que tenho é que as festas têm sido o “mais do mesmo”.

Das festas da cidade o que gosto mais, sem dúvida, é o artesanato e o convívio que se estabelece nas tasquinhas. Face a este ano, as minhas expetativas são as melhores, gosto do programa.

Esta é uma edição do Jornal de Abrantes cheia de festas. E ainda bem que assim é. Este mês de junho pode ser vivido em grande por quem vive na região, mas também por quem a quiser visitar. Com os programas apresentados pelas Câmaras Municipais de Abrantes e de Vila Nova da Barquinha não há grandes desculpas para ficar em casa. Que os fins de semana que se aproximam sejam motivos para esquecer coisas menos boas. Dizem-nos que a recuperação do país se vai fazendo e a verdade é que, a nível local, não são só as festas que nos dão razões para sorrir. Duas grandes empresas da região – a Sofalca e a Vítor Guedes – são notícia por boas razões e, por isso, devemos todos estar contentes. Em momentos difíceis, quem faz apostas novas e inovadoras dá um claro sinal de esperança. E esta mensagem tem que passar, tem que ser partilhada e assumida pela comunidade. A vida em comunidade deve ser de solidariedade nos maus momentos, mas também deve ser de alegrias comuns. No limite, aquilo que de bom acontece perto de cada um de nós pode acabar por ser bom para todos. Neste caso, é o nome da região que continua a impor-se, permitindo que ganhemos todos com isso. Quando pessoas, empresas e instituições conseguem fazer a diferença em terras de pequena e média dimensão, no interior, projetando-se nacional e internacionalmente, ganhamos todos. Quanto mais não seja, ganhamos em orgulho. Hália Costa Santos

Errata Na edição de março do Jornal de Abrantes, na notícia com o título “CDU apresentou Júlia Amorim para manter Constância”, foi escrito que todos os candidatos à Câmara Municipal de Constância seriam reformados, quando na verdade um dos candidatos, José da Luz, não o é. O visado é professor, pelo que apresentamos ao mesmo as nossas desculpas pelo erro.

SUGESTÕES Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Joana Maia

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia

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IDADE 31 anos RESIDÊNCIA Abrantes PROFISSÃO Técnica de desenvolvimento local na TAGUS

gens…Indonésia, Índia, México, etc etc etc!!!

UMA POVOAÇÃO A minha cidade, Abrantes…e a Nazaré!

UM RECANTO PARA DESCOBRIR Vários junto à Albufeira de Castelo de Bode!

UM CAFÉ Qualquer um desde que em boa companhia!

UM DISCO Cinema, Rodrigo Leão

PRATO PREFERIDO Bacalhau assado com cozinha fervida

UM FILME “A lista de Schindler” UMA VIAGEM? Muitas via-

de amigos!

UMA FIGUR A DA HISTÓRIA? D. Infante Henrique, pela sua determinação prova de que “não há impossível, há só vontades mais ou menos enérgicas”

UM PROVÉRBIO? “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”, Charles Chaplin

UM MOMENTO MARC ANTE? Uma viagem a Londres, pelos momentos partilhados com um grupo

UM SONHO? Continuar a ser feliz!


ENTREVISTA 3

JUNHO 2013

ANABELA DIOGO, BIBLIOTECÁRIA NO AGRUPAMENTO PROVISÓRIO Nº2 DE ABRANTES

“Uma biblioteca deve ser um espaço com vida” Anabela Diogo tem 47 anos, é abrantina, formada em Educação de Infância e trabalha há 27 anos no âmbito da promoção da leitura nas bibliotecas escolares. Hoje é uma das professoras bibliotecárias do Agrupamento de Escolas Provisório nº 2, que inclui o antigo agrupamento Dr. Manuel Fernandes. Foi educadora de infância e, ao nível do ensino especial, dinamizou vários projetos relacionados com a leitura, no tempo em que ainda não se falava em bibliotecas escolares. Há 16 anos, Anabela Diogo trabalhou na Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, e depois chegou às bibliotecas escolares. Desde então tem feito um trabalho que vai muito mais para além da valorização da leitura. Como foi o trabalho desenvolvido na Biblioteca António Botto? Foi a convite do Dr. Francisco Lopes, na altura (e atual) diretor da biblioteca, que ingressei na António Botto, na dinamização do setor infantojuvenil. Nessa altura, ao nível do país apenas em Beja existia este setor nas bibliotecas, e em Abrantes o projeto começou comigo. A experiência na Biblioteca Municipal foi o meu motor de arranque nesta área da dinamização da leitura. Fazíamos vários projetos, entre os quais posso destacar uma iniciativa que realizámos acerca do livro “A Lua de Joana”. A autora da obra lançou em Abrantes o livro e, em parceria com uma turma do 12º ano da escola Dr. Manuel Fer-

nandes, preparámos uma encenação à volta da temática do livro. Ainda hoje a escritora se lembra deste momento. Aprendi imenso durante os três anos de trabalho. Como se concretizou a passagem da Biblioteca Municipal para o meio escolar? Eu já me encontrava bastante cansada do trabalho que estava a efetuar na Biblioteca Municipal, pois o trabalho criativo é algo que é bastante gratificante, mas também é exaustivo. Também considero que um profissional não deve estar durante muito tempo no mesmo sítio a fazer exatamente o mesmo, a mudança não me assusta, e é algo que considero necessário na minha vida. Passei para a biblioteca da Escola nº 2 de Abrantes e foi a partir daí que o âmbito bibliotecário escolar começou a ser a minha praia. Já tinha tido imenso contacto com os alunos durante o tempo que estive na António Botto. Logo, não foi uma grande surpresa para mim, apenas estava no sítio concreto a trabalhar com uma comunidade escolar efetiva. E a promoção das artes continuou. Atualmente é uma das responsáveis pelas Bibliotecas do Agrupamento que tem como sede a Escola Dr. Manuel Fernandes. Como tem sido? Estou a trabalhar numa série de bibliotecas escolares dentro do agrupamento. Contudo, devido à requalificação que a escola sofreu, e que significou uma nova biblioteca, fez com que este ano fosse mais dedicado à biblioteca da escola sede,

dinamizem e trabalhem com os alunos, e neste momento o que faz mais falta é sem dúvida mais recursos humanos.

Joana Margarida Carvalho

JOANA MARGARIDA CARVALHO

• Anabela Digo: “Não se nasce leitor. É preciso praticar” na montagem da biblioteca nova. Com as obras ficou lindíssima, espaçosa e bastante luminosa. Hoje é um espaço que reúne espaços para várias dinâmicas, para o lazer, para os trabalhos em grupo e em convívio ou para o estudo e leitura individual. Uma biblioteca deve ser um local de estudo e de reflexão, mas também um espaço com vida. Hoje em dia, entrar numa biblioteca de uma escola e ver por todo o lado sinais de silêncio, no meu entender, é errado. Os alunos, para frequentarem a biblioteca escolar, têm de a sentir como sua, têm de se sentir bem lá. Qual é o papel de uma biblioteca escolar nos dias que correm? A biblioteca não é um espaço fechado que só tem uma finalidade: a procura de livros e a leitura. Hoje a realidade já não é tão redutora. A biblioteca é um espaço de

aprendizagem. Para além de lerem, os alunos têm oportunidade de aprenderem com a imensidão de informação que lhes é concedida. É um local de excelência que dinamiza várias ações relacionadas com a promoção da leitura e ampliação desta prática. Há variadíssimas plataformas onde se pode ir buscar a informação, não só aos livros. Hoje as novas tecnologias marcam presença nas bibliotecas escolares. Uma das tarefas da professora bibliotecária é ajudar os alunos a transformarem a informação que encontram em conhecimento, é explicar como se utiliza a informação recolhida. Saber estabelecer uma ligação entre o trabalho que é desenvolvido nas bibliotecas e as matérias que estão a ser lecionadas nas aulas é essencial. A biblioteca deve ser um polo dinamizador e inovador da escola. Como se desperta o gosto

pela leitura? Lendo. Não se nasce leitor, é necessário praticar. Desde novos, é essencial incentivar as crianças a lerem, e não falo apenas na Internet e nas plataformas que possibilitam essa prática, mas sim nos livros. O folhear um livro, o andar para a frente e para trás, o poder anotar, o poder manusear, tudo isto é fundamental para despertar o interesse pela leitura. O objetivo das bibliotecas escolares é tornar o aluno um leitor competente, aquele que lê mas que essencialmente interpreta. Hoje, o que é que realmente faz falta às bibliotecas escolares? Devido aos cortes e a esta grande instabilidade em que nos encontramos, posso dizer que estou bastante apreensiva face ao próximo ano letivo. Não é um problema do futuro, é um problema de hoje, as bibliotecas precisam de pessoas, de equipas que

Como é que foi o seu envolvimento com o espetáculo “As cem razões do Amor”? É importante dizer que foram os próprios alunos da Associação de Estudantes que nos vieram desafiar. A encenação envolveu a participação de alguns docentes e auxiliares, mas foram os alunos os mentores principais. Elaborámos guiões, pesquisámos imenso sobre o tema, o “amor”, escolhemos poesias e textos de autores portugueses e, também, músicas sobre o tema. Houve um conjunto de competências que tivemos de adquirir, desde a organização dos mais variados papéis, montagens de vídeos, luz e som e os alunos empenharam-se bastante em todas as tarefas. A peça foi apresentada no dia 14 de fevereiro na escola, e rapidamente recebemos o convite da Senhora Presidente (da Câmara) para apresentarmos a mesma no Cineteatro São Pedro. Foi uma noite de verdadeiro sucesso, onde o trabalho de equipa mostrou resultados positivos. Qual é o olhar que tem hoje sobre a Biblioteca Municipal? A Biblioteca António Botto reúne todos os requisitos necessários para garantir um bom trabalho para com o concelho e tem-no feito. Apenas considero que falta ali um ingrediente essencial e fica a sugestão: uma esplanada nos claustros do Convento que possibilite a leitura ao ar livre.

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4 POLÍTICA

JUNHO 2013

IRENE BARATA, PRESIDENTE DA AUTARQUIA DE VILA DE REI

ABRANTES

“A Economia Social sempre foi uma preocupação”

Avelino Manana é o candidato pela CDU

Irene Barata, ainda presidente da Câmara de Vila de Rei, dedicou 24 anos à política. No estúdio da Antena Livre admitiu que “ficou ainda muito por fazer” e que se sentia pronta para mais um mandato: “Não estou cansada e tinha forças para continuar.” Numa época de crise, Irene Barata explicou que não foi um mandato fácil, mas não dos mais difíceis. Garantiu que foi possível ultrapassar esta face difícil com “uma gestão muito bem feita dos dinheiros públicos”. A rede de lares foi uma das apostas do mandato de Irene Barata. A última estrutura criada foi uma unidade de cuidados continuados para 68 idosos, que conseguiu garantir cerca de 60 postos de trabalho. “São cerca de 400 postos de trabalho que garantimos com a nossa rede de lares, garantia que tem mexido com a nossa economia local de uma forma bastante benéfica.”

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Irene Barata disse que a preocupação social sempre foi uma das linhas mestres do seu trabalho. Há 24 anos, a sua preocupação não foi começar pela sede do concelho, mas sim na ajuda às populações mais isoladas, dando-lhes as condições necessárias, como o sanea-

mento, os arruamentos e os serviços básicos. Para atrair os jovens, a presidente vilarregense garantiu loteamentos a preços controlados e a autarquia tem apostado no recrutamento de jovens. Na opinião de Irene Barata, as zonas industriais foram projetos que falharam e que

não cumpriram a sua missão. Já a integração de Vila de Rei no Médio Tejo foi dos grandes objetivos concretizados. Irene Barata explicou que “foi uma integração natural, Vila de Rei sempre caminhou no sentido de Lisboa e nunca para o norte”. Contudo, persiste um problema: “É em

Abrantes que os doentes são recebidos, contudo não é o hospital de Abrantes que recebe as verbas financeiras e sim o de Castelo Branco. Temos de resolver esta situação com o poder central, pois esta situação tem piorado.” Face aos processos judiciais em que se viu envolvida, Irene Barata referiu que, no final, “o processo não podia ter terminado de outra forma, fiquei feliz pelo tribunal ter visto a verdade”. A presidente explicou que este processo passou por uma perseguição à sua pessoa, e que atingiu limites indemissíveis. “Ter o meu nome associado à palavra peculato foi, destes 24 anos, o que mais me magoou.” Ricardo Aires, atual vereador na autarquia, é quem vai concorrer às próximas autárquicas como cabeça de lista do PSD. Joana Margarida Carvalho

Avelino Manana, médico, de 66 anos, é o candidato à Câmara Municipal abrantina, nas próximas autárquicas. O candidato referiu à agência Lusa que o reforço da votação na CDU nas próximas eleições autárquicas, nomeadamente através da eleição de um elemento para a vereação da Câmara Municipal, “é a melhor maneira de defender os interesses dos cidadãos” do concelho de Abrantes. Atualmente a coligação preside à freguesia de Mouriscas. “Queremos manter a CDU a gerir os destinos de Mouriscas, reforçar a nossa voz nas outras freguesias do concelho e na Assembleia Municipal e fazer eleger um vereador, como já aconteceu em outras eleições”, disse o candidato.


ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA – 8 A 13 DE JUNHO

Pérsio Basso

A Vila Nova da Ciência e da Arte

O palco das celebrações é mais uma vez o premiado Parque Ribeirinho onde se instalou outro parque, o de Escultura Contemporânea Almourol, recentemente nomeado para melhor Exposição de Arte Contemporânea 2012 pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Os Expensive Soul, autores do conhecido ‘O Amor é Mágico’, os rockabilly portuenses Dixie Boys e o Teatro de Rua ‘A Passagem’, do grupo PIA, são os cabeças de cartaz de um programa vasto que inclui muita ciência, arte e desporto na continuação de um modelo de festa que chama cerca de 25 mil pessoas à vila. O Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC), e o PECA serão os espaços privilegiados e que vão fazer a ligação das Artes com a Ciência. O CIEC vai abrir as suas portas a muitas atividades dinamizadas pelos Centros de Ciência de Constância, Estremoz e VNB.

8 junho – Sábado A Montagem do Teatro de Rua “ A Passagem”, pelo Grupo PIA, inicia-se na véspera e continua até segunda-feira marcando os dois primeiros dias de festa no parque. Os Bombeiros Voluntários da Barquinha organizam pelas 15h00 um Encontro de Bandas no Largo 1.º Dezembro, e às 17h00 há Karaté no Palco

St.º António. Pelas 21h00 no Palco Stº António acontece o Desfile e Festival de Folclore. Os Dixie Boys sobem ao palco principal pelas 23h00, um concerto que marca o início da noite musical de sábado, a que se seguem The Rumkers, pelas 00h00, no Palco Ribeirinho e à mesma hora, mas na Área Central do parque, o DJ Van Pussy.

9 junho – Domingo Mais um dia de Montagem do Teatro de Rua “A Passagem” no parque, dia que bem cedo propõe uma caminhada com partida da Igreja da Atalaia ou uma descida de canoas no Rio Tejo (TurisAlmourol), ambas pelas 8h00. A 2.ª Final do Campeonato Nacional de Agility começa às 9h00 no parque. À tarde, pelas 15h30, na Escola Ciência Viva realiza-se a inauguração da exposição “Photografia Alves - 100 anos” (Espólio do Museu Etnográfico 21) e de volta ao parque a música começa a soar pelas 17h00 no Palco Ribeirinho com os Elektrik Trio. À noite, às 22h30, os Expensive Soul sobem ao Palco Principal para um concerto que se prevê cheio de ritmo e dança. A noite prossegue às 00h00 no Palco Ribeirinho com os Arregaita e, à mesma hora, mas no espaço central, Dj Van Pussy volta a animar a Área Central.

10 junho – Segunda-feira Às 15h00 no Centro Cultural a Inauguração da exposição “Ofícios de Vila Nova da Barquinha” (Pintura de Domingos Simões e Fotografia de Pérsio Basso). Pelas 17h30 no parque há Workshops de Canoagem e às 18h00 o Palco Ribeirinho recebe o concerto musical dos Abstrakt Fusion. Pelas 22h00, no parque ribeirinho, dá-se o culminar das performances dos dias anteriores do Grupo PIA e o espetáculo de Teatro de Rua “A Passagem”, que promete ser um momento inesquecível para os visitantes. Logo a seguir, às 23h30, sobe ao Palco Ribeirinho a “Go Country & Blues Band” para mais um concerto musical.

11 junho – Terça-Feira A Casa da Hidráulica recebe o Teatro de Marionetas às 16h00 e no parque, no Aquapalco, pelas 21h00, os visitantes podem assistir a Danças de Salão. A música fecha o programa com um concerto de Ricardo Costa no Palco Ribeirinho pelas 23h00.

12 junho – Quarta-feira Destaque para o Teatro com a peça “Aprendiz de Feiticeiro” pela companhia Fatias de Cá, espectáculo marcado para as 18h00, na Escola Ciência Viva, as Marchas Populares pe-

las 21h00 no Palco Stº António e para os Fun2Rock que vão tocar no Palco Ribeirinho às 22h30.

13 de junho – Quinta-feira O último dia das festas reserva o espetáculo “Magia de Palco”, com Filipe Monteiro, pelas 16h00 no Centro Cultural, a celebração religiosa na Igreja de Stº António com missa e procissão pelas 18h30 e, para encerrar os seis dias de festa, às 22h00, no Palco Principal, a Orquestra Ligeira Exército com o Espetáculo Sincronizado com fogo-de-artifício.

Tasquinhas e artesanato As tasquinhas organizadas pelas associações e coletividades voltam a marcar presença e a animação de rua de Xaral´s Dixie vai animar todo o recinto da festa das 17h às 21h. Para as crianças vão ser instalados insufláveis que funcionarão a partir das 17h00, interrompendo atividade à hora de jantar mas retomando-a de seguida. O evento integra ainda um espaço de exposição e divulgação ao ar livre constituído por 58 módulos, nas áreas da Ciência, das Artes e do artesanato. Além da animação, em Vila Nova da Barquinha os visitantes poderão apreciar um espaço com o melhor da escultura contemporânea portuguesa, o PECA.

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6 ESPECIAL BARQUINHA

JUNHO 2013

MIGUEL POMBEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA DE VILA NOVA DA BARQUINHA

“Tive o privilégio de servir o município em que nasci, em que a minha família nasceu”

A Miguel Pombeiro foi entregue o destino de um município, “não um qualquer, mas o município em que nasci, em que os meus pais e avós nasceram, um privilégio único”, afirmou logo no início da entrevista. Pombeiro, hoje com 43 anos, olha os seus mandatos como uma oportunidade, em que “houve a possibilidade de planear e preparar um conjunto de investimentos que considerámos estruturantes, de encontrar os financiamentos e as melhores estratégias para os mesmos”. Conhecendo-se o historial político de Miguel Pombeiro reconhece-se a incaracterística do político ao fazer poucas promessas, algo que transportou para todos os mandatos. Ainda assim confidenciou: “Regularmente fiz uma a duas reuniões por mandato para ler o programa de ação apresentado e, caso a caso, identificar o que estava feito e o que ainda não estava feito e porque não estava feito. Auto disciplinavame para nos confrontarmos com as nossas promessas”, congratulando-se por, “na maior parte dos casos, ter sido possível fazer mais do que tínhamos prometido”.

Reabilitação Urbana A estratégia do da equipa liderada por Miguel Pombeiro assentou no resultado da identificação dos problemas e potencialidades do concelho. O presidente da autarquia via “um concelho com

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Ricardo Alves

Em 1997 foi eleito presidente, com apenas 27 anos, tornando-se no mais novo autarca do país. Formado em Direito e transitando diretamente da universidade para o comando da autarquia, Pombeiro termina 16 anos de mandatos em outubro próximo . À Rádio Antena Livre, em mais um balanço autárquico, falou do seu trabalho, um “privilégio”, afirma.

• Miguel Pombeiro: “Julgo que dei tudo o que podia pelo meu concelho” grande potencial, marcadamente ribeirinho, mas que não tinha ligação ao rio, sem um espaço empresarial apesar da sua localização central, e urbanamente muito necessitado de intervenção”. Ao nível da reabilitação urbana não tem dúvidas em afirmar que “toda a vila mudou radicalmente, os acessos ao rio, o centro náutico, o parque ribeirinho, os acessos ao castelo de Almourol”, intervenções a que as sinergias intermunicipais não foram alheias. Aliás, “foram fundamentais”. “Pela nossa pequenez era fundamental haver essa perspetiva, e na altura era inovadora”, considera Pombeiro.

Potencial empresarial Junto ao IC3 e A23 estão dezenas de milhares de metros quadrados já infraestruturados e preparados para

receber empresas que ali queiram desenvolver a sua atividade. “Se não fosse esta crise que a partir de 2008 trouxe a quebra brutal de investimento, o parque empresarial estaria muito mais ativo, mas é um grande património do município e de futuro será rentabilizado”. Neste momento, são sete as empresas ali sediadas, mas Miguel Pombeiro está certo de que “será um pólo económico com todas as condições para se desenvolver”.

Educação No seguimento da aplicação da carta educativa do concelho assistiu-se a uma verdadeira revolução. A Escola Ciência Viva, a primeira do género no país, resultado de várias sinergias, é exemplo disso mesmo: “Um equipamento único em termos arquitetónicos, criou-se uma

empatia nas equipas intervenientes. Temos uma escola com toda a vertente do ensino formal ao qual se junta um espaço de educação não formal que é o CIEC (ver página 7), mas que está dentro da própria escola, utilizado por professores com uma área laboratorial logo no 1º ciclo”. O Parque de Esculturas Contemporâneas de Almourol (PECA) é a mais recente adição ao premiado parque ribeirinho e recentemente nomeado pela Sociedade Portuguesa de Autores na categoria de Artes Visuais Melhor Exposição de Artes Plásticas de 2012. O PECA foi também projeto âncora para outros investimentos, “permitiu recuperar o antigo edifício da Câmara, altamente degradado - no rés-do-chão é a galeria do parque - remodelar o centro cultural, fazer a loja do parque, o posto de

turismo, realizar vários cursos na pintura, fotografia e desenho, uma residência temporária de artistas… É todo um projeto que visa tematizar a vila em torno da arte e conseguir investimento privado”. Precisamente o investimento privado que já mexe na vila. “Tenho muito gosto de poder dizer que dois imóveis degradados estão prestes a entrar em obras e vão gerar 28 camas turísticas.” É por tudo isto e muito mais que Miguel Pombeiro afirma sair em outubro “com uma vida mais preenchida, pois ser autarca é uma experiência única, deparamo-nos com praticamente todas as áreas de governação e tratamos diretamente com as pessoas”. E remata: “Estava longe de prever que aos 27 anos seria presidente de Câmara e julgo que dei tudo o que podia pelo meu concelho”. Ricardo Alves

Contas de 2012 mostram redução de 48% da dívida Praticamente metade da dívida da autarquia de Vila Nova da Barquinha foi reduzida em 2012, para 6,1 milhões de euros, uma redução de cerca de 5,7 milhões de euros, que se deve à maior execução orçamental de sempre em termos absolutos, mais de 12 milhões. Miguel Pombeiro explicou que a autarquia gasta “menos do que a sua receita corrente, que canalizamos para investimento”. Sobre os números apresentados nos documentos de prestação de contas do município, o autarca relembrou que havia “uma simultaneidade de investimentos e uma distância muito grande entre a realização da despesa e o recebimento das comparticipações a que tínhamos direito”. A título de exemplo trouxe à conversa o caso da Escola Secundária D. Maria II, “tínhamos a obra praticamente executada, com um gasto de 4 milhões de euros, e só tínhamos recebido um milhão”. Afirmando que, na “lógica dos fundos comunitários, há oportunidades que ou se agarram ou depois não voltam a surgir”, Miguel Pombeiro deu o exemplo do PECA onde “se investiu 1 milhão de euros mas do qual recebemos 85%”. Os documentos foram aprovados por unanimidade em reunião de Câmara e por maioria na Assembleia Municipal realizada a 24 de abril. As contas apresentam ainda um resultado líquido de exercício de 762 mil euros e a autarquia passou também a ter uma margem de endividamento líquido superior a 500 mil euros. “O valor da dívida a 31 de dezembro de 2012 é praticamente igual ao valor da dívida de 2004”, finalizou o presidente da autarquia. Ricardo Alves


ESPECIAL BARQUINHA

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EDUCAÇÃO

RICARDO ALVES

A Escola Ciência Viva de Vila Nova da Barquinha mudou o ensino no concelho. Apesar das diferenças, há algo que não muda. O recreio continua ser o momento preferido dos alunos. É o segundo ano letivo na nova escola e pelos labirintos do recreio os alunos correm, jogam à apanhada, dão chutos na bola. Outros sentamse no chão macio e conversam, brincam. O labirinto que se observa nos espaços exteriores, que na verdade são interiores, é um desafio, um bom desafio. A arquitetura do edifício cria uma moldura de céu difícil de comparar, entrecortando-o e mudando a sua perspetiva em cada um dos espaços do recreio. Não há uma visão única sobre o céu, nem sobre o espaço, mas há uma opinião que passa de geração para geração, e que mantém o recreio no topo das preferências dos alunos. No entanto, há um novo elemento que rivaliza com o recreio, o Centro de Integrado de Educação e Ciência (CIEC), no qual os alunos procuram respostas às questões científicas. A Sara tem nove anos e frequenta o 4.º ano e vive em Moita do Norte. Se antes de

chegar à nova escola queria ser médica, agora junta cientista à lista. Explica que “no laboratório temos mais material que numa sala de aula, a professora explica-nos o que devemos fazer, nós experimentamos por grupos e temos de responder ao que nos pedem. É mais fácil experimentar do que a professora só estar a explicar”. E destas experiências e convívio com a ciência nasceu um novo gosto. “Este ano estivemos a estudar para os exames”, as oportunidades para utilizar o CIEC foram poucas, mas Beatriz, de 10 anos, afirma estar já “habituada ao gosto pela ciência”. Também Diogo, de 10 anos, fala no gosto pela ciência, ele que um dia quer ser “aviador comercial”. Já o queria ser antes de entrar na nova escola, e é nela que pode fazer experiências relacionadas com a física. “Já usei o túnel de vento, que tem a ver com a massa do objeto”, conta. A exemplo de outros alunos, Diogo visita o CIEC fora do horário escolar. “Vim com a família e uso a biblioteca”, conta o futuro aviador que também explicou o que sentiu quando entrou pela primeira vez no edifício desenhado por Aires Mateus: “Dizíamos que era muito branca e grande”. Também Ariana, de 10 anos,

Ricardo Alves

Centro Escolar: o céu é o limite!

• Alunos maravilhados com a escola que é também um laboratório de ciências futura pediatra, fala de forma entusiástica sobre a sua escola. Questionada sobre se nos primeiros dias o edifício lhe pareceu confuso, respondeu de forma firme: “No início perdíamo-nos, mas agora já andamos de olhos fechados.” Logo de seguida desvia o discurso para a responsabilidade, “temos tudo aqui para sermos bons alunos”. Sara conta que logo no primeiro dia “a professora foi como uma guia e explicou-nos os lugares da escola, desde aí habituámo-nos”. Beatriz elo-

giou a nova escola, por ter “mais coisas para desenvolvermos e… mais espaço para brincar”. Os alunos confessam-se maravilhados com as possibilidades da escola, principalmente com o laboratório, onde podem pôr em prática o que aprendem. Sara, que queria ser médica e agora também quer ser cientista, explica bem as mudanças, das antigas escolas para a nova: “Quando vim para cá e comecei a experimentar e conhecer é que me apercebi

que as ciências são importantes.” É este espírito crítico que os docentes e as docentes querem que surja nos alunos. Natália Barreto, professora do 3º ano, crê que “foi uma boa aposta e que os alunos vão ter um grande futuro a este nível”, notando “grande interesse por parte dos alunos e aprendizagens mais motivadoras”. A docente observa que a escola permite “desenvolver logo um espírito crítico: eles questionam, observam, tentam chegar,

pesquisar, dar resposta ao problema, criar um espírito de cientistas!” Uma das ideias transversais entre os responsáveis é que é necessária continuidade de um projeto que apenas agora dá os primeiros passos. Da parte das crianças não parece ser um problema, elas que, apesar de tudo, continuam a saga de gerações, em que o recreio é o melhor da escola. Talvez uma das certezas que nunca deveremos perder.

Antónia Coelho, 55 anos, está desde o início ligada ao projeto que dotaria o concelho com uma escola única no país. A docente, diretora do agrupamento de escolas de VNB, contou ao JA que vai ser realizado “um estudo comparativo dos resultados dos alunos” e que a expetativa aponta para que “em três, quatro anos” se tenha o retorno dos novos equipamentos, ficando a conhecer-se o seu impacto. Ao lado, paredes meias com a Escola Ciência Viva, está a renovada escola EB2,3/S D.Maria II, que permite uma continuidade no processo de aprendizagem e uma proximidade com o CIEC. “Estamos a fazer articulação. Turmas do

2.º e 3.º ciclos, e algumas do secundário, podem aproveitar e têm-se deslocado ao CIEC”. É precisamente no secundário, aquando das escolhas feitas pelos alunos pelas vias a seguir, que Antónia Coelho crê aparecerem resultados. Para o CIEC, as palavras da diretora são de orgulho, “a adesão é grande”. Como professora, maravilha-a a ideia “de estar dentro de uma sala de aula tradicional e num determinado momento fazer um trabalho muito mais dinâmico, é uma riqueza pedagógica extraordinária!” Ricardo Alves

Ricardo Alves

CIEC: “Uma riqueza pedagógica extraordinária”

• Antónia Coelho, diretora do Agrupamento VNB jornaldeabrantes


8 ESPECIAL BARQUINHA

JUNHO 2013

A ativação turística do património militar nacional É uma ideia antiga de Fernando Freire, vereador na autarquia de Vila Nova da Barquinha, e que tem vindo a ser maturada. O concelho tem forte presença militar o que, extravasado para concelhos limítrofes, aumenta consideravelmente o possível impacto económico da medida. O vereador acredita que o projeto pode ainda mais projetar o concelho.

Parcerias e intermunicipalidade

Ricardo Alves

No concelho de Vila Nova da Barquinha (VNB) estão localizadas importantes unidades militares: a Brigada de Reação Rápida, a Escola de Tropas Paraquedistas, a Escola Prática de Engenharia e a Unidade Aviação Ligeira do Exército. Estas unidades militares através dos seus comandos, respetivos têm materializado uma proficiente cooperação institucional e uma entreajuda inolvidável com o município. O conceito é simples, mas necessitava de enquadramento legal. Existem em Portugal variadas unidades militares, ativas ou não, que podem enquadrar-se na estratégia definida pelo Governo para o turismo em Portugal. A resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2013 apela ao candidatar-se efetivo esforço de consolidação

é um “produto novo” que pode “fomentar o desenvolvimento das economias locais”, nomeadamente através da “integração em redes internacionais de Turismo Militar para a promoção e divulgação cultural dos valores militares nacionais”.

• Fernando Freire espreita oportunidade económica no turismo militar do turismo como importante base de desenvolvimento deste segmento da economia nacional. É aqui que o turismo militar entra. A Brigada de Reação Rápida da Escola de Tropas Pára-quedistas de Tancos, o Instituto Politécnico de Tomar e a Câmara Municipal de

Vila Nova da Barquinha estão a trabalhar para que todo o potencial turístico dos equipamentos e infraestruturas militares da região possa ganhar expressão. Fernando Freire explica que se está a organizar turisticamente as Unidades Militares do Exército existentes, apontando-

se “pontos visitáveis das mesmas, no sentido de as valorizar numa ótica socialmente integrada”. O vereador, que desde 2009 integra a equipa autárquica liderada por Miguel Pombeiro e que mudou a face do concelho a nível cultural e turístico, defende que este

Se neste projeto a Brigada de Reação Rápida, o Instituto Politécnico de Tomar e a Câmara Municipal de VNB são, pela sua natureza institucional e operacional, garantes do domínio militar, científico, empresarial e autárquico, Fernando Freire acredita que o projeto deve ter um objeto intermunicipal. Na região, a título de exemplo, pode acrescentarse o Campo Militar de Santa Margarida. Estas e futuras ações conjuntas têm na publicação da dissertação de Mestrado “Turismo Militar como segmento do Turismo Cultural: memória, acervos, expo grafias e fruição turística”, de João Pinto Coelho, um forte contributo. O vasto espólio documental e museológico militar serviu como ponto de partida para o lançamento do trabalho de âmbito nacional, apostado em

rentabilizar equipamentos em termos turísticos.

Experiências únicas Imagine-se, a título mais informal, a disponibilização turística de um túnel de vento, a dinamização de saltos de paraquedas, museus dedicado ao riquíssimo espólio e história militares, “um museu dedicado à Escolas de Paraquedistas e à Escola Prática de Engenharia”, afirma entusiasmado Fernando Freire. O projeto está compaginado com as atuais linhas orientadoras do Plano Estratégico Nacional do Turismo, no que concerne à pertinência do Turismo Militar enquanto elemento dinamizador de destinos turísticos, e integrado nas atuais intenções do Ministério da Defesa Nacional, nomeadamente na identificação do património e dos recursos passíveis de serem usufruídos turisticamente. O Turismo Militar poderá também servir um dos objetivos da autarquia, aproximar turisticamente o ex-libris do concelho, um monumento nacional e militar, o Castelo de Almourol, ao moderno PECA e à própria vila, que se prepara para receber perto de três dezenas de camas turísticas. Ricardo Alves

Novo posto de Turismo e Loja do Parque São dois serviços numa só loja, num espaço com localização privilegiada, paredes meias com o parque ribeirinho, com o Parque de Escultura Contemporânea de Almourol (PECA) e que resulta da reabilitação do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha O dia 31 de maio marcou mais uma etapa na prossecução do grande objetivo da autarquia de Vila Nova da Barquinha: potenciar os equipamentos existentes, novos e históricos. Numa só loja estão agora disponíveis vários serviços, desde visitas guia-

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das ao PECA, miniaturas fiéis das esculturas expostas para venda, produtos regionais variados, informações detalhadas, passeios de balão ou atividades náuticas no Tejo. As festas de 2013 em Vila Nova da Barquinha são o primeiro grande palco da nova valência, dinamizada pela empresa ‘Welcome To’, que aposta forte na entrada em cena como concessionária da exploração do posto de turismo e da realização de visitas guiadas no concelho. O concelho da Barquinha é igualmente casa do Castelo de Almourol, da Igreja Ma-

triz e da Igreja Matriz de Atalaia, monumentos históricos que a autarquia reconhece não estarem ainda turisticamente ligados aos equipamentos modernos, como é o caso do PECA. A passagem da exploração destes equipamentos turísticos a privados foi justificada no ano passado pela autarquia com as limitações impostas pelo Governo à contratação de pessoal, o que somado à redução de funcionários dificulta o objetivo de potenciar tanto as novas como as históricas valências turísticas do concelho.

As instalações do novo Posto de Turismo e Loja do Parque são bom exemplo desse objetivo, amplas, temáticas e profundamente ligadas à região. Um espaço de encontro para turistas e visitantes, mas também de reencontro. No projeto há também uma parceria com a Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte que leva aquele local o melhor que se faz na região a nível gastronómico e não só. Um espaço único, a conhecer. Ricardo Alves

equipamento é considerado peça fundamental •na Novo estratégia turística do município


DESTAQUE 9

JUNHO 2013

ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA ESCULTURA DA CAPELINHA DAS APARIÇÕES VAI SER ANALISADO

IPT faz estudo científico da Imagem de Nossa Senhora de Fátima O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) vai desenvolver um estudo da escultura de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições, com vista à sua “preservação, valorização, divulgação e conservação”. Através do Laboratório de Conservação e Restauro (LCR), o IPT vai fazer uma análise rigorosa à escultura, utilizando “os melhores meios”, para verificar qual o seu estado de conservação. Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, lembra que a escultura é um “objeto especialíssimo que é centro de atenções dos peregrinos de todo o mundo”. Este responsável, que é também

um estudioso da escultura de Nossa Senhora de Fátima, sublinha o “afeto emocional”, mas também o “afeto científico” que a peça tem, uma vez que se trata de “um dos mais importantes símbolos do Catolicismo atual”. Pelo seu valor enquanto objeto de culto religioso, mas também enquanto obra de arte, a escultura de Nossa Senhora de Fátima será analisada com todos os cuidados técnicos. João Coroado, diretor da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, onde está integrado o LCR, assumiu que a experiência de 25 anos da equipa e as parcerias estabelecidas com outras instituições de ensino dão todas as garantias de

que o processo de análise e estudo decorrerá com todo o rigor científico. A escultura de Nossa Senhora de Fátima está, pelo menos “a olho nu”, em bom estado de conservação. Mas este estudo, para além de analisar aspetos como os materiais e a policromia, pretende criar condições para que a escultura, com 93 anos, possa continuar preservada durante muito mais décadas. O que o Santuário pretende é que os crentes do futuro não sejam privados de venerar a imagem da Capelinha das Aparições. Relativamente ao próximo 13 de maio, foram dadas garantias de que a intervenção certamente estará concluída

antes dessa data, para que a escultura esteja na Capelinha das Aparições. O protocolo que enquadra o estudo foi assinado no dia 30 de maio, em Fátima. Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário, sublinhou a importância do estudo do “mais importante ícone” de Fátima e valorizou o facto de o mesmo ser feito por uma instituição de ensino que está “geograficamente próxima” do Santuário. Eugénio Pina de Almeida, presidente do IPT, agradeceu a confiança depositada nos investigadores do LCR, acrescentando que este projeto “enche de orgulho toda a comunidade académica”.

Ambulatório Materno Infantil em Abrantes Desde o passado dia 26 de maio que a unidade hospitalar de Abrantes tem um novo espaço de Ambulatório Materno Infantil, sediado no piso 5. Segundo a enfermeira chefe, Conceição Courinha, “no passado, as consultas da obstetrícia e da pediatria aconteciam no piso 10 da unidade de hospitalar de Abrantes”. Depois das obras e alterações, “estas consultas agora acontecem no piso 5 onde estão concentradas todas as outras valências relacionadas, como o bloco de parto, a neonatologia e o internamento”. Conceição Courinha explicou que o objetivo é que exista uma junção de todas as valências, fazendo com que as mães sejam seguidas desde o princípio da gravidez até ao fim no piso 5 da unidade hospitalar, garantido um maior con-

forto e qualidade de serviço às utentes, estabelecendo logo desde início um contacto direto com a equipa de médicos e enfermeiros que vai fazer o parto. Para além destas alterações já consumadas, há um novo serviço disponível na unidade de Abrantes que está relacionado com as interrupções da gravidez. “No passado as mulheres eram encaminhadas para uma clínica especializada, a partir de agora as consultas serão efetuadas em Abrantes”. Joana Margarida Carvalho

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10 REGIÃO

JUNHO 2013

BNI: Dois anos dedicados a conceber negócios

Crimes violentos na Chainça

O BNI Estratégia de Abrantes está a assinalar dois anos de existências dedicados ao trabalho em rede para gerar oportunidades de negócio. Daniel Campos, o presidente, diz que o grupo empresarial está cada vez mais sólido. “Já atingimos os 55 empresários, ao longo do tempo temos crescido para baixo, ficámos mais estáveis e sólidos, com experiência e temos estabelecido verdadeiras relações de confiança.” O BNI Estratégia está centrado num agrupamento denominado Pinhal e Alto Tejo, uma região do país onde existem vários grupos BNI. Segundo Daniel Campos, “está muito bem posicionado neste grupo, já ultrapassámos os 6 milhões de euros de negócios entre membros”. Cada reunião semanal de trabalho garante, em média, 20 oportunidades de negócio. Estas reuniões acontecem todas as sextas-feiras, às 6h30, no restaurante São Lourenço. No jantar de aniversário, que se assinalou no passado dia 17 de maio, António Afonso, diretor exe-

Umbelina Inácio, de 83 anos, residente em Chainça, freguesia de São Vicente, no concelho de Abrantes, faleceu no dia 20 de maio, no hospital de Castelo Branco, para onde foi transportada depois de ter sido atacada por assaltantes encapuzados que entraram na casa onde vivia com a sua irmã, de 90 anos. Umbelina Inácio foi surpreendida pelos assaltantes e tentou resistir, mas terá sido manietada pelos encapuzados através de um pano com éter. O ataque com éter acabou por provocar uma paracutivo do BNI, marcou presença, bem como o professor Fernando Carvalho Rodrigues, “o pai” do único satélite português. A festa ainda contou com os vários membros e ex-membros do grupo empresarial. A noite terminou com um momento musical de guitarra com José Horta. Atualmente, o BNI Estratégia tem 33 membros efetivos distribuídos pelos concelhos de Abrantes, Sardoal e Mação. Joana Margarida Carvalho

gem cardiorrespiratória na vítima, que acabou por não resistir. As duas irmãs estavam a dormir aquando do ataque. A população da Chainça estava ainda a tentar perceber o que aconteceu às duas irmãs idosas, quando, dois dias depois, mais um assalto aconteceu. Por volta das duas da madrugada do dia 21 de maio, um casal de exemigrantes, de 77 e 78 anos, viu a sua casa assaltada por quatro homens encapuzados. O dono da casa foi agredido com violência, o que o

levou a ficar inconsciente. A gravidade dos ferimentos fez com que fosse transportado para o Hospital de Sta. Maria, em Lisboa, estando agora em fase de recuperação. A população está em choque com os crimes, mas não é a primeira vez que tal acontece. Nos últimos meses, Chainça tem sido palco de assaltos e atos criminosos. Numa população idosa estes crimes ganham maior relevância. Aníbal Melo, presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, disse à Antena Livre que está preocu-

pado e apelou aos familiares dos idosos da Chainça para que procurem soluções de segurança. Aníbal Melo acredita que os acontecimentos têm de levar todos a agir. Sobre os criminosos, Aníbal Melo não acredita serem motivados pela crise, uma vez que, na sua opinião, esta não explica tudo. Para o autarca, estes crimes configuram a “mais pura maldade”. Os crimes estão a ser investigados pela Polícia Judiciária de Leiria. JMC

Apoio na conservação e restauro de peças particulares O Museu Municipal de Vila de Rei passou recentemente a integrar a Rede de Consultórios em Museus, numa medida que permitirá apoiar os particulares na área da conservação e restauro das mais variadas peças. Este apoio será dado, de forma gratuita, por uma técnica do município, uma manhã por mês. Os proprietários de peças antigas poderão tirar dúvidas sobre a conservação e/ou restauro dessas peças, independentemente do seu valor. As consultas com a técnica especialista em restauro acontecem todas as quartas terças-feiras, entre as 10h00 e as 12h00, na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires. As marcações devem ser feitas através via telefone ou email (274 890 000, 274 890 010 ou 274 898 201; lurdes.sequeira@cm-viladerei.pt ou cultura@cm-viladerei.pt).

Novos parques infantis na área de merendas do Sardoal e na Escola de Panascos O Parque de Merendas do Ribeiro Barato, na entrada da vila de Sardoal, e a Escola do 1.º Ciclo de Panascos, na freguesia de Alcaravela, têm, desde o dia 1 de junho, novas zonas de jogos e recreio para crianças. As obras de requalificação foram efetuadas por administração direta e ascendem a cerca de 22 mil euros, sendo que aproximadamente 17 mil euros representam o valor do investimento em equipamentos e materiais complemen-

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tares. O Parque de Merendas será, também, dotado de um novo painel de informação, com postes em madeira de pinho tratado. No Parque de Merendas foi requalificada a área para crianças que já existia, através da colocação de uma estrutura multifunções, que integra torres, escorregas, escadas, espaldares e barras. Este espaço lúdico tem, ainda, um balanço de quatro lugares e um boneco de mola (pónei). Montados em três zonas dis-

tintas, embora próximas, as respetivas áreas de proteção foram reforçadas com piso em borracha. Na Escola de Panascos foram colocados um escorrega e um balanço de quatro lugares. Em comunicado, a autarquia sardoalense lembra que “o Parque de Merendas do Ribeiro Barato (nas antigas “quatro estradas”, junto às bombas de gasolina), inaugurado em 2003, é um dos locais mais aprazíveis do Sardoal, muito utilizado pela

população, em especial nas épocas de primavera e verão”. Ocupa mais de um hectare de área útil, possui circuito de manutenção, mesas e bancos para picnic, estacionamentos, instalações sanitárias, bebedouro e arvoredo. Uma velha nora, que já existia no sítio, foi restaurada e ali permanece como memória da tradição agrícola concelhia. Na ocasião, este empreendimento, apoiado por Fundos Comunitários, ascendeu a mais de 200 mil euros.


ESPECIAL FESTAS DA CIDADE DE ABRANTES - 13 A 16 JUNHO

Concurso nacional de saltos faz as delícias dos amantes de hipismo

Abrantes vai estar em festa entre os dias 13 a 16 de junho. À semelhança dos anos anteriores são novamente as praças do centro histórico da cidade que vão ser abrilhantadas com muita música, artesanato, tasquinhas e diversas manifestações culturais. Nesta edição 2013, a feira de artesanato volta a estar espalhada pelas ruas do centro, e as tasquinhas ocupam lugar de destaque no Jardim da República. Este espaço vai ter ani-

mação com os ranchos folclóricos de algumas freguesias do concelho e alguns grupos de cantares. O Parque do Castelo recebe o denominado “Espaço Jovem” que será dinamizado por seis Associações Juvenis do concelho. Uma zona que vai ser animada com Dj´s a partir da 01h00 da manhã. O desporto tem sido uma aposta da autarquia para as festas da cidade e, este ano, para além das habituais provas de Carrinhos de Rolamentos,

Downhill, Xadrez, Hipismo com o Concurso nacional de Saltos, Festival de Canoagem, Águas Abertas, Vólei, Futebol, Rugby de Praia ou a divertida Caça ao Pato, o programa festivo conta com a inauguração da Rota do Tejo, na margem sul do AquaPolis. Para antiga rodoviária é esperado um espaço denominado intercultural, pois vai contar coma presença dos diferentes países com que o concelho de Abrantes estabelece uma relação de geminação: Timor

Leste, Cabo Verde, França, Japão e Roménia. São algumas as iniciativas previstas para este espaço relacionadas com as tradições culturais e gastronómicas dos diferentes paises, como prova de vinhos e queijos franceses, um showcooking de “cachupa” e uma aula de funaná, e um showcooking de sushi. No dia da cidade, 14 de junho, realizam-se as habituais cerimónias oficiais e a inauguração do memorial aos mortos da guerra do Ultramar,

no Jardim da República. Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia de Abrantes, explicou ao JA que o orçamento mantém-se similar ao do ano passado, 95 mil euros. A ideia é atrair cada vez mais a comunidade ao centro histórico. Devido à contenção prevista para mais um ano de certame, a presidente referiu que este ano não haverá concerto nos mourões nem fogo-de-artifício. Joana Margarida Carvalho

Deolinda, Tito Paris e Quinta do Bill são as atrações musicais Uma festa não se faz sem música e, por isso, as Festas de Abrantes têm um programa recheado de bandas nacionais e locais. Deolinda, Tito Paris e Quinta do Bill são os três nomes mais sonantes do cartaz, sem esquecer a produção local vinda de bandas como os Hollow Page, Kwantta, Planeta Vaca ou Kaviar. Do mundo para Abrantes, a música dos Deolinda faz-se ouvir na Praça Barão da Batalha na noite de 14 de junho, pelas 22 horas. “Mundo Pequenino”, disco lançado em março último, estará em destaque no concerto que a banda dará em Abrantes, mas não faltarão temas tão conhecidos do público como “Seja Agora”, “Um Contra o Outro”, “Fon-Fon-Fon” ou “Fado Toninho”. Os Deolinda, formados por Ana Bacalhau (voz), José Pedro Leitão (contrabaixo e piano), Pedro da Silva Martins (guitarra clássica) e Luís José Martins (guitarra clássica) cantam a portugalidade de cada um de nós, personificada na personagem

Deolinda, inspirada pelos discos da grafonola e que vive com dois gatos e um peixinho vermelho. O primeiro concerto que a banda deu foi em 24 de junho de 2006, em Lisboa. Desde então, os Deolinda têm vivido de modo frenético, sempre que editam um álbum as digressões sucedem-se por Portugal e por todo o mundo. Depois de “Canção ao Lado” (2008) e “Dois Selos e um Carimbo” (2010), “Mundo Pequenino” alcançou o galardão de Disco de Ouro no dia em que foi lançado, vindo confirmar e consolidar o sucesso do grupo. Em 2009, a banda esteve no Cine-Teatro São Pedro. Em 2013, nas Festas de Abrantes, o mundo dos Deolinda torna-se pequenino para acolher tanto público. O cantor e compositor Tito Paris vai estar em Abrantes no dia 15 de junho, para um concerto com uma orquestra de músicos composta por bateria, percussão, arranjos com violinos, cavaquinhos, saxofones, gui-

tarras, violas, clarinetes e flautas. O artista de voz rouca leva à Praça Barão da Batalha, pelas 22 horas, os seus ritmos quentes das mornas, coladeiras e funanás, e as composições célebres como “Dança Ma Mi Crioula”, “Nha pretinha”, “Esperança di Mar Azul” e “Nha Cretcheu”. Com dezanove anos, o cantor cabo-verdiano parte para Lisboa para tocar no grupo Voz de Cabo Verde. O futuro viria a ser risonho. De 1987, aquando do seu primeiro álbum, até à atualidade, Tito Paris gravou discos ao vivo e em estúdio. Em Abrantes apresenta-se ao vivo, na “casa de família”, como gosta de chamar ao palco de cada concerto. A comemorar 25 anos de can-

ções, os Quinta do Bill estão em digressão pelo país para passar em revista os êxitos musicais. As Festas de Abrantes recebem o concerto liderado pelo vocalista Carlos Moisés no dia 16 de Junho, às 22 horas. Em palco estarão, além da voz do grupo, que também toca guitarra

e flauta, Rui Dias na guitarra, Paulo Bizarro no baixo, Dalila Marques, no acordeão, João Coelho na bateria e Pedro Ferreira nas teclas. A música eletrizante dos Quinta do Bill, os sons cheios de ritmos, com uma identidade rock orgânica e poderosa estará em evidência na Praça Barão da Batalha em músicas como “Os Filhos da Nação”, “Senhora Maria do Olival”, “Se Te Amo” e “Voa”. A atuação será uma retrospetiva dos êxitos do grupo, mas também estão prometidas faixas de trabalhos discográficos mais recentes. Depois das 23h30, a Praça Raimundo Soares, no centro da cidade, recebe os concertos de bandas maioritariamente oriundas de Abrantes. No dia 14 de junho, ouve-se a música dos The Kast, dos Hollow Page e dos The Scart. No sábado, dia 15, os Funk You e os Kwantta tomam conta da animação noturna e o dia 16 fica a cargo da banda Planeta Vaca, Dog Days e Kaviar. Por estes dias há música no ar. André Lopes

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12 ESPECIAL ABRANTES

JUNHO 2013

MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE FAZ UM BALANÇO DA ATUAÇÃO DA CÂMARA DE ABRANTES

Hália Costa Santos

“Sentimos os problemas dos cidadãos”

• Maria do Céu Albuquerque: “Queremos que o município seja o primeiro parceiro do investidor” HÁLIA COSTA SANTOS

Com um parque escolar renovado, e enquanto desenvolve estratégias para apoiar as empresas da região, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, preocupa-se com áreas que, não sendo da sua responsabilidade, são essenciais para os cidadãos. Está para breve um protocolo que permitirá a vinda de três médicos de família. Abrantes é conhecida como um concelho que se preocupa com questões sociais. Como é que se sente enquanto presidente responsável por este processo? É uma grande responsabilidade. As pessoas estão no cerne das políticas que temos vindo a desenvolver e as questões da igualdade têm marcado a nossa agenda. Temos feito muito trabalho que não se vê, mas que começa a ter resultados e que começa a ser visível nomeadamente quando entidades externas reconhecem esse trabalho.

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Nos últimos tempos recebemos um prémio de Autarquia Familiarmente Responsável e o outro que tem a ver com a promoção de igualdade de género. Estes prémios deixam-nos felizes e orgulhosos, mas responsabilizam-nos mais porque queremos chegar ainda mais longe. Nomeámos a conselheira municipal para a igualdade, que tem feito um trabalho muito grande junto de etnias minoritárias e conseguimos criar uma rede especializada sobre a violência e condições para a reflexão sobre estas matérias e para alguma intervenção efetiva. Também já tivemos um outro financiamento para promover formação para mulheres desempregadas no âmbito do empreendedorismo feminino. Essa formação permitiu que três jovens criassem duas empresas, e isto é francamente positivo. Mas para nós a igualdade é muito mais larga. Criámos condições para podermos chegar a grupos mais vulneráveis, nomeadamente através do Banco Social, gerido

pelo CRIA, com a participação da Câmara. Queremos chegar a famílias que tenham algumas debilidades decorrentes da situação em que o país se encontra: habitação, apoio aos tratamentos médicos (transportes, medicamentos, óculos). Antes mesmo de as cantinas sociais serem aprovadas pelo Governo, nós assinámos um protocolo com praticamente toda as IPSS do nosso concelho para que, os nossos cidadãos destes grupos mais vulneráveis, em caso de emergência, possam ter acesso a uma ou duas refeições quentes. Para nós igualdade é, também, a questão de todos terem as melhores condições de aprendizagem. Tivemos a oportunidade de cobrir praticamente todo o concelho com excelentes infraestruturas para criar as melhores condições de aprendizagem. Também temos um protocolo fantástico com o Rotary Club de Abrantes para atribuição de bolsas de estudo. Há quatro anos o cenário não era tão grave como

agora. Como é que têm gerido as situações que resultam da crise? Não tem sido fácil. Quando tomámos posse sabíamos que não seria fácil, mas não tínhamos a noção da perceção. As nossas receitas baixaram de forma abissal, as transferências do orçamento baixaram (este mandato perdemos cinco milhões de receita), as receitas do próprio município também baixaram (as empresas em geral pagam menos impostos e perdemos as receitas das empresas de construção civil e das imobiliárias). Mas, por outro lado, existe um fator que penaliza bastante a nossa a circunstância, uma vez que os municípios são obrigados a assumir um conjunto de responsabilidades que não são suas, sem receber os respetivos financiamentos. Isso faz com que tenhamos de ser muito criativos para encontrar as melhores respostas para cumprir aquilo com que nos comprometemos com as pessoas. Por exemplo, o que recebemos por parte do Ministério é 50% dos custos efetivos que temos

em matéria de educação. Ao nível da saúde, que tem sido muito fustigada na nossa região, corremos o risco de 12 mil utentes ficarem sem médico de família. Estamos a criar condições para que se crie aqui na cidade, na antiga Rodoviária, uma unidade de saúde familiar em que precisamos de pelo menos três médicos. Sabemos que é muito difícil criar condições para virem para cá porque os jovens médicos vão sendo absorvidos por outras unidades que já existem. O que fizemos foi criar um protocolo para podermos atribuir um apoio financeiro a estes médicos que venham para cá. Ao nível dos cuidados hospitalares, sabemos que não há condições para, nesta constelação urbana, haver três hospitais para cerca de 250 mil habitantes. Temos vindo a acompanhar o processo para que as três unidades sejam mantidas em regime de complementaridade, também porque isso significa que se está a manter postos de trabalho, mas também querendo ajudar a criar as melhores condições de acesso a estes cuidados. Recentemente fizemos um protocolo para que a unidade de Abrantes seja melhorada, atribuindo 200 mil euros à Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes. Se conseguirmos desenvolver estes projetos, incluindo a atração de médicos e a melhoria dos serviços, penso que conseguiremos que a saúde não seja um problema na vida dos cidadãos. Apesar de não ser uma competência da autarquia, sentimos os problemas dos cidadãos e, por isso, também temos que ajudar a criar as melhores soluções. Ao nível empresarial, Abrantes é um concelho atrativo? Apesar de a A23 ser portajada, continua a ser atrativo porque para além de estar no centro de Portugal, também tem duas linhas rodoviárias que têm sido pouco aproveitadas e que podem ser um fator de atratividade excelente. Depois, existem três zonas

industriais (em Abrantes, no Tramagal e no Pego) que estão absolutamente preparadas para receber empresas e onde vendemos os terrenos a um preço muito simbólico. Também queremos que o município seja o primeiro parceiro do investidor, criando todas as condições para que todos os processos sejam rápidos e que não sejam um entrave para o desenvolvimento dos negócios. Abrantes pode-se congratular porque as empresas que cá estão, algumas delas com dificuldades, estão a garantir postos de trabalhos. Sentimos que algumas áreas estão mais fragilizadas e a taxa de desemprego tem aumento sobretudo na área da construção civil. Não havendo investimento novo, existem empresas locais que têm estado a fazer investimento e o nosso papel é apoiar. Por exemplo, a Mitsubishi, a RSA, a SAOV, a Vieira e Alves, a Abrancongelados, empresários que trabalharam em parceria na área do gás, entre outros, que consolidam a ativade empresarial. Qual o contributo que o Tecnopolo tem dado para o desenvolvimento da economia local? O Tecnopolo tem 12 anos, não está no auge, mas está no pico da sua atividade. Há um trabalho que tem que ser feito ao nível de divulgação deste projeto, mas há um trabalho de constituição de redes que já está a ser feito e outros pontos muito positivos: temos cinco milhões de euros de investimento a ser concretizado (com a aquisição de equipamento de ponta para o Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar, capaz de criar valor nas economias do setor agroindustrial, nomeadamente nas indústrias familiares), procedemos a todo o arranjo urbanístico abrindo o espaço à comunidade e foram criados aceleradores de empresas para desenvolver a sua atividade. Na incubadora de empresas, já foram criadas 17 empresas, mais de 50 postos de trabalhos e o volume de faturação, no ano passado, foi de 12 milhões de euros.


ESPECIAL ABRANTES

JUNHO 2013

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MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE, PRESIDENTE DA CÂMARA DE ABRANTES

“O Médio Tejo tem um conjunto de valências muito importantes”

Acha que ainda vamos ter RPP Solar? Não sei. Não consigo julgar, não consigo antever. A situação não está fácil, nós gostávamos muito que conseguíssemos ter a RPP Solar porque, mesmo sendo só a primeira fase, são 300 postos de trabalho. Já foi encontrado financiamento para o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes? Nós só não conseguimos investimento comunitário porque é um projeto de grande

dimensão: 14 milhões de euros. E decidimos fasear este projeto: a primeira fase será a reabilitação do Convento de São Domingos e a segunda será a construção da torre. Temos tudo pronto para podermos lançar a candidatura no início do próximo quadro comunitário. Em que situação se encontra o novo Mercado Diário? Estamos neste momento para lançar a nova empreitada. A empresa faliu e tivemos a necessidade de levar a concurso público a conclusão da obra, porque aquilo que foi feito não chega. Se tudo correr como estamos à espera, no próximo dia 11 de junho será aprovado o lançamento desta empreitada. A autarquia não teria poupado mais dinheiro se tivesse feito obras de reabilitação no antigo Mercado Diário? Não, porque o edifício está muito degradado e é muito grande. Aquilo que quisemos foi criar um novo espaço, polivalente, que permite não só criar o Mercado Diário, mas também dar-lhe outro uso. No rés-do-chão vamos ter um “Welcome Center”, uma loja de turismo, por onde as pessoas podem entrar, com meios mecânicos e com escadas, entre uma plataforma de estacionamento que é o Largo 1º de Maio e uma rua comercial importante, que é

Acho que o maior problema com que neste momento nos deparamos é a falta, ainda, de orientações. A questão da distância, claro que sim, não é fácil. Abrantes tem 740 km2 que vai ficar dividido ao meio. Será preciso fazer um esforço adicional. Mas há outras questões em termos de educação que nos preocupam muito, que é o facto de não sabermos, a esta data, quais são as indicações do Ministério relativamente às atividades de enriquecimento curricular. O Ministério foi falando na possibilidade de retirar uma hora. Ou seja, em vez de as aulas acabarem às 17h30, acabarem às 16h30. Isto não se compadece com a vida das nossas famílias.

tro das atenções com o 180 Creative Camp. Que importância tem este evento para o concelho? É muito importante. Nós sentimos que temos a falta de um evento marcante. Não queríamos fazer mais um festival, queríamos ter algo que fosse diferenciador, e o Creative Camp corresponde exatamente ao que nós achávamos que devia de ser este momento marcante. Queremos agarrá-lo, não queremos deixá-lo sair de cá. Mas há mais alguns marcos importantes que importa salientar: as festas da cidade, que têm hoje um figurino completamente diferente, em que voltámos a trazer os concursos hípicos, integrados no calendário nacional, para dentro do calendário das festas. E vamos ter mais iniciativas que me parecem muito relevantes. O grupo de teatro “Fatias de Cá” vai passar a trazer para Abrantes o “Alcácer Quibir”, que é uma peça fantástica e que decorre durante três dias. Para nós, é fundamental. Aliás, o primeiro momento das festas da cidade será com este grupo, com uma peça chamada Tanegashima , que diz respeito à chegada dos portugueses ao Japão. Será o mote destas festas da cidade, que decorrem sobre a égide da interculturalidade, porque fazemos 20 anos de geminação com Parthenay.

Abrantes vai estar no cen-

aluno de Comunicação Social da ESTA

Hália Costa Santos

As últimas notícias sobre o processo da RPP Solar dão conta que este projeto continua parado. Qual é o ponto de situação? Foi um projeto que foi acolhido pela Câmara de Abrantes e que era um projeto de interesse nacional, tinha uma candidatura aprovada no âmbito do financiamento comunitário e vinha atestado por dois professores excelentes de Lisboa. Portanto, aquilo que a Câmara fez foi criar as melhores condições para acolher esse investimento, disponibilizando um terreno que adquiriu especificamente para esse fim. Infelizmente, muito mudou. Neste momento estamos a aguardar, porque o último compromisso que o promotor assumiu connosco foi que estaria a criar as condições para não desistir do projeto.

• O 180 Creative Camp vai ser “um evento marcante” a Rua Nossa Senhora da Conceição, que nos parece fundamental. O que é que a autarquia tem feito de concreto no Turismo? O turismo faz parte também do desenvolvimento económico. A minha expetativa é de que o próximo ciclo de investimento também permita, a todo o Médio Tejo, capacitar-se enquanto região. Estivemos na BTL com os municípios de Constância e de Vila Nova da Barquinha a promover o Tejo e aquilo que de melhor tem. Vamos estar na Convenção Internacional Rotária, onde se esperam milhares de pessoas de todo o mundo, a promover os nossos produtos locais e a nossa região. Sabemos que é pouco e que temos

que fazer diferente. O Médio Tejo tem um conjunto de valências muito importantes, como Fátima. A Rota do Tejo vai-nos permitir dar apoio ao turismo religioso. Mas não só, quem vem a Fátima pode aproveitar para visitar o excelente património religioso. Depois também há o potencial do turismo cultural, do turismo ativo, do turismo desportivo e do turismo de natureza. A albufeira de Castelo do Bode e o rio Tejo são claramente um grande fator de motivação adicional para estimular o turismo nestas áreas. Relativamente à agregação de agrupamentos escolares, como é que a Câmara Municipal tem acompanhado este processo?

Micael Reis

Uma recandidatura para dar continuidade ao trabalho feito “Eu vou ser Presidente de Câmara até ao último dia.” É desta forma que Maria do Céu Albuquerque responde quando se pergunta como está a preparar a sua recandidatura ao cargo. Há quatro anos a atual equipa apresentou um projeto político a 12 anos, dividido em três ciclos. A presidente lembra que agora é o momento de os munícipes avaliarem o trabalho feito no primeiro ciclo.

“Temos consciência do que fizemos bem, do que fizemos mal, e daquilo que não conseguimos fazer para superar as expetativas dos nossos cidadãos.” A atual equipa da autarquia abrantina acredita “que o cidadão percebe a conjuntura atual e as condições que tivemos para governar”. Maria do Céu Albuquerque tem consciência de que o ciclo das grandes obras já ter-

minou, sendo agora necessário apostar na regeneração, na recuperação e na sustentabilidade. As obras feitas (como a recuperação da margem sul do rio Tejo, do Aquapolis, a bolsa de estacionamento do castelo, a recuperação das piscinas da Aldeia do Mato, o cais de acostagem de Rio de Moinhos, entre outros) surgiram sobretudo através de concursos públicos. Uma das coisas que ficou

por fazer foi a regeneração urbana. “Tenho consciência de que o cidadão esperava que tivéssemos feito mais neste âmbito. Mas tenho a justificação: desde de que tomámos posse até a esta data não abriu um único aviso de candidatura (a projetos) para regeneração urbana.” O que ficou por fazer é o que “motiva para podermos fazer melhor”, diz a presidente, clarificando quais serão os pi-

lares da sua recandidatura, para além da regeneração urbana: a eficiência energética, o apoio ao desenvolvimento económico, o apoio ao investidor, o desenvolvimento do Tecnopolo, o estímulo à educação de excelência e a área social. Maria do Céu Albuquerque conta com “mais um voto de confiança dos nossos cidadãos para mais quatro anos neste espírito de missão”. O objetivo é claro:

“Criar as melhores condições de vida aos nossos cidadãos e, ao mesmo tempo, sermos competitivos no sentido de atrair mais pessoas, mais investidores, mais empresários e também termos a notoriedade ao nível regional, porque Abrantes faz parte desta constelação urbana que é importante para a dinamização do protagonismo do Médio Tejo em termos nacionais.”

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EMPRESAS INOVADORAS NO TECNOPOLO DO VALE DO TEJO

FRANCISCO ROCHA

Implantado na zona industrial de Alferrarede, em Abrantes, com 17 empresas em fase de incubação e 86 investigadores, formadores e empresários em permanência, o Tecnopolo do Vale do Tejo tem na Tagusvalley a entidade gestora de um conjunto de infraestruturas de acolhimento e serviços de inovação e desenvolvimento tecnológico que visam apoiar e fomentar o empreendedorismo empresarial. A TagusValley – Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Tecnopolo do Vale do Tejo, foi fundada em Abrantes, a 7 de dezembro de 2004 e iniciou a sua atividade em 2006. Esta iniciativa resultou de uma parceria entre o município de Abrantes, a NERSANT – Associação Empresarial de Santarém e o Instituto Politécnico de Tomar. Hoje incorpora também o Instituto Politécnico de Santarém e a Tejo Energia. Este projeto apresentase como um dispositivo de apoio às empresas da região e de apoio ao desenvolvimento, sendo uma plataforma para a implementação de uma estratégia de inovação para todo o território. Oferece às empresas e aos intervenientes económicos e sociais da região um conjunto de infraestruturas de acolhimento e serviços de alta qualidade e inovação.

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A Tagusvalley estende-se por uma área de 15 hectares e é a entidade gestora e promotora do Tecnopolo Vale do Tejo, enquadrada nas políticas europeias e nacionais de promoção da economia, que tem a incumbência de divulgar e promover atividades, projetos de inovação, conhecimento e desenvolvimento tecnológico nas empresas e incentivar o empreendedorismo na região. O Tagusvalley, Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes, é o oitavo Business Innovation Centre (BIC) em Portugal. Os BIC são organizações que promovem, estimulam e desenvolvem inovação em pequenas e médias empresas (PME), cujo processo de reconhecimento foi concluído e oficializado pela Comissão Europeia, que desta forma reconheceu o trabalho aqui desenvolvido na promoção do empreendedorismo e da inovação na Europa. A constituição e reconhecimento do Tecnopolo de Abrantes como BIC permitiu consolidar as melhores práticas de apoio às atividades empresariais e constitui-se como um grande contributo para que as empresas possam ser mais competitivas e possam enfrentar os grandes desafios que hoje se apresentam à região e ao país. Atualmente estão no Tecnolopolo as seguintes empresas: Critério Radical; CTRS; Hipermed Saúde Unipessoal Lda.; INFORUJE; METSA; Now What? - Consultoria, Lda.; OW Inter-

national Brands; Panorama Global, Csc, Lda.; Singlecode; Up4Concepts; Espaço Eficiente; Virtual Mension; Callteck; Spyridon; Macal; JDP Consulting; Stereo Airlines.

As condições oferecidas Gisela Patornilo, sócia gerente da empresa, “O Espaço Eficiente”, que presta serviços na área de engenharia, afirma que é uma vantagem trabalhar entre várias empresas, sobretudo pela facilidade de utilização do auditório, que favorece as atividades de formação que a empresa pretende implementar na área da proteção contra incêndios. A ajuda desta infraestrutura tem-se revelado determinante para o sucesso da empresa. “Graças à TagusValley tivemos a oportunidade de apresentar e promover as atividades da nossa empresa noutros distritos.” Artur Fernandes, sócio gerente da empresa Single Code Innovations Lda, que é uma empresa tecnológica de consultoria e implementação de soluções em Tecnologias e Sistemas de Informação: “As condições oferecidas aqui pela Tagus Valley, nomeadamente ao nível do espaço, acesso internet, mobiliário, a mensalidade atrativa, o serviços de assessoria são condições potenciadoras para o arranque das empresas. O apoio prestado é estruturante. O facto de se estar no interior do país não ajuda ao desenvolvimento e à afirmação de empresas de

referência neste setor, o que, de certa forma, é colmatado pelas condições oferecidas pela Tagus Valley.” Pedro Saraiva, diretor executivo do TagusValley, refere como a ideia subjacente ao conceito de incubadoras de empresas foi inovador quando, em 2000, a Câmara Municipal de Abrantes pretendeu estimular o empreendedorismo e a competitividade na região, tendo por base a Inovação e a Tecnologia. A estratégia do Parque assenta nos setores das Tecnologias da Informação e Comunicação, Energia, Metalomecânica e Agroalimentar, áreas onde se procurou identificar as oportunidades e as sinergias junto dos atores regionais, com vista à criação de um sistema potenciador de inovação e de empreendedorismo, a par de uma política de atração e estímulo à fixação de recursos humanos qualificados. O sucesso desta iniciativa pode medir-se pelos mais de 3,2 milhões de euros em volume de negócios, pelas 22 empresas consolidadas neste processo ou ainda pelo reconhecimento internacional do trabalho aqui produzido em prol do desenvolvimento da economia local.

Projetos e infraestruturas Ao nível dos projetos desenvolvidos, destaca-se o INOVA-TE (Gabinete do Em-

Francisco rocha

Mais de 3,2 milhões de euros em volume de negócios

Pedro Saraiva, diretor executivo do TagusValley, •acentua o estímulo ao empreendedorismo e à competitividade na região

preendedor), o EMPRE (empresários na escola), o GIP TAGUSVALLEY (Gabinete de Inserção Profissional), a OTIC. IPT (Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento), o LINE.IPT (Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial), a MédioTejo 21 – Agência Regional de Energia e Ambiente do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul e a Tagus (Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior). O Tecnopolo tem como principais infraestruturas o INOVPOINT (Centro de Inovação e Incubação com capacidade para 28 empresas), o INOVLINEA (Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar, que visa o estudo e apoio ao desenvolvimento e promoção de produtos tradicionais), o FÓRUM EMPRESARIAL (Espaço de Feiras

e Exposições) e Lotes para Construção (para implantação de empresas com forte componente inovadora e de base tecnológica que já se encontrem constituídas). No Tecnopolo estão ainda outras entidades, como a A-logos – Associação para o Desenvolvimento de Assessoria e Ensaios Técnicos (que incorpora um laboratório de análises microbiológicas, químicas e físico-químicas de controlo de qualidade de águas de abastecimento, efluentes, piscinas e géneros alimentícios), um Polo de Formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional e ainda um Núcleo Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, que proporciona apoio às empresas de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação.


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MANUEL LOPES DE SOUSA, O INDUSTRIAL E O INVENTOR

“Cabeça a funcionar, mãos controladas, soluções encontradas e realizadas” Outro exemplo, a máquina de tico-tico, que está na minha oficina há 40 anos, completamente resistente e que tem como finalidade cortar chapas de metal. Por esta todas as outras máquinas passaram quando estavam a ser construídas.

Manuel Lopes de Sousa continua na busca pela criatividade. Este é o seu lema de vida. Ao longo destes anos tem criado máquinas únicas, autênticas invenções que têm sido um contributo para o setor agrícola no país e internacionalmente. Manuel Lopes de Sousa tem 88 anos, é natural de Abrantes, é casado e tem três filhos. Tem apenas a 4ª classe, mas é um mestre da criatividade. Trabalhou durante muitos anos na área da serralharia e canalizações, mas a sua paixão foi sempre criar novas máquinas. No passado dia 16 de maio, no Tecnopolo do Vale do Tejo, em Alferrarede, o TAGUSVALLEY e a Associação Empresarial da Região de Santarém NERSANT prestaram uma homenagem a Manuel Lopes de Sousa pelos seus 75 anos de atividade industrial. Numa forma de assinalar a Semana Europeia do Empreendedorismo, a iniciativa contou com uma conferência proferida pelo homenageado. A cerimónia começou com uma breve apresentação biográfica do inventor, depois foi a vez de Manuel Lopes de Sousa falar sobre as suas invenções e episódios da sua vida que o marcaram enquanto inventor. Aos 15 anos fez a sua primeira invenção “profissional”, a máquina de virar arames em S. O que era esta máquina? Na altura, os telhados eram feitos com telha de canudo e, para maior segurança, as telhas eram presas por pequenos arames dobrados em S que se vendiam nas casas de ferragens e eram colocados pelos pedreiros. Então eu pensei em arranjar uma máquina, que cortava e dobrava rapidamente os ditos arames. Para dar uma ideia da eficiência e do rendimento dessa máquina, que

Joana Margarida Carvalho

JOANA MARGARIDA CARVALHO

muitas outras invenções, Manuel Lopes de Sousa criou uma máquina para a limpeza de azeitona •queEntre ainda não foi ultrapassada

ainda conservo como uma relíquia, basta dizer que, depois do arame ser colocado na máquina, cada movimento dado a uma alavanca obtinha uma peça completa. Depois, vendia-as às casas de ferragens e aos pedreiros da região. Quando começou a trabalhar, o seu lado criativo acompanhou-o? Naquele tempo, era aos 14 anos que começávamos a trabalhar. Eu não fui exceção, o meu pai queria que eu fosse barbeiro, mas era uma área que não me dizia absolutamente nada. Fui aprender com um serralheiro, na altura as pessoas pagavam ao mestre para aprender e muitas trabalhavam gratuitamente. O contrato de aprendizagem era estar três anos a trabalhar gratuitamente, mas comecei a receber salário ao fim de dois anos, sinal de que o patrão estava satisfeito. O salário era religiosamente entregue aos meus

pais, por causa das suas dificuldades. Nunca tinha dinheiro para as minhas coisas, para ir a um baile, enfim… E como “a fome e o frio mete a lebre ao caminho”, decidi que tinha de fazer algo, tinha de começar a criar. Fazia diversos trabalhos, muitas vezes à noite e à luz da candeia. Entre esses trabalhos contam-se forjados artísticos, ferragens para arcas de tipo antigo, pregos para revestimento das mesmas, coisas que vendia a diversos profissionais. Nessa altura, entre outros trabalhos, construí as canalizações do Colégio de Fátima, sedeado em Abrantes. Quando se estabeleceu, continuou a criar? Estabeleci-me com 21 anos, formei a firma Baptista e Lopes, centrada na área das canalizações, serralharia civil e artística, com 300 escudos dentro do bolso, estávamos em 1944. Com esta área de negócio já em pleno, nunca abandonei o meu lado mais

precioso, a criatividade. Nessa altura, tinha uma forte ligação aos proprietários agrícolas da zona e verifiquei que havia a necessidade de mecanização agrícola. A debulha do milho era feita à moleira, manualmente nas eiras. Já havia uns descaroladores, mas descaroladores com limpeza total não havia. Fui dos primeiros a fazer um. Depois, com a máquina de descamizar, desenvolvi uma máquina que descamizava, descarolava, limpava, ensacava e ainda separava a camisa do grelo. Esta máquina aumentou o rendimento dos agricultores de uma forma estonteante, foi criada há quarenta anos. Fui sempre criando máquinas para a agricultura, por exemplo ligadas à apanha da azeitona. Construí uma máquina para limpar azeitona com uma simplicidade e eficiência fantástica, que chegou a ser patenteada em Portugal, Espanha e Itália. Construi também uma máquina de cortar legumes,

frutos e tubérculos. Para além do setor agrícola, que outras invenções surgiram? Nas muitas experiências que fiz com a máquina de descarolar milho, apercebime que estava constantemente em contacto com o pó e isso estava a fazer-me mal à saúde. Foi então que pensei que tinha de construir algo que me protegesse, um filtro respiratório que de facto apareceu e que foi utilizado apenas por mim, não o cheguei a comercializar, pois na altura para cada molde do filtro pediam-me 88 contos (440 euros) e eu nem 80 escudos tinha (risos). Este filtro tinha a vantagem de deixar a boca livre, garantindo uma vedação perfeita entre o aparelho e o nariz. Este aparelho esteve numa exposição em Bruxelas, sendo-lhe atribuída a medalha de ouro por um júri muito exigente e competente, de que faziam parte professores catedráticos e outros.

Das muitas invenções, qual destaca hoje como a mais completa e eficaz? Isso é difícil, embora haja algumas que deram bastante nas vistas. Por exemplo, a máquina para a limpeza de azeitona, que é um sistema ímpar no mundo e que após trinta anos ainda não foi ultrapassada. Nesta máquina consegui atingir as minhas três premissas de trabalho, leve, simples e eficiente. Nela está implícito um processo tão simples que em puro movimento apenas se encontra um ventilador e consegue limpar até sete mil quilos de azeitona por hora. Uma máquina formidável e linda. Quais os projetos que tem agora em marcha? Tenho alguns projetos, nunca estou parado, há muito ainda por fazer, seria necessário que houvesse alguém que pegasse na minha obra e a continuasse. Esse caminho passa pelos jovens, que hoje não são criativos, inovadores, porque a escola não os prepara para isso. É por aqui que ainda passa a minha luta. Ao longo de muitos anos estive em escolas, universidades, auditórios, etc., onde tentei despertar a criatividade. A criatividade não se ensina, desperta-se, até aos 20 anos, pelo menos. Não basta dar conhecimentos, é necessário meter os alunos a pensar e aplicar os conhecimentos engenhosamente, tal como é necessário promover acções como palestras, para que esse despertar apareça e surja de forma natural.

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O DESAFIO DE AGREGAR ESCOLAS COM DIFERENTES ÓRGÃOS E DIFERENTES PROJETOS EDUCATIVOS

“Olhar para duas realidades e encontrar a melhor forma de as fundir”

Já desde o ano passado que havia notícia de que as escolas de Abrantes entrariam num novo processo de agregação, mas só no final de abril é que se concretizou esta alteração na rede escolar, com a tomada de posse de duas Comissões Administrativas Provisórias (CAP): a Escola Secundária Dr. Solano de Abreu e o Agrupamento D. Miguel de Almeida deram origem ao Agrupamento Provisório nº 1 de Abrantes, com 2700 alunos, liderado por Jorge Costa; o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes e o Agrupamento de Escolas do Tramagal deram origem ao Agrupamento Provisório nº 2 de Abrantes, com 2100 alunos, liderado por Alcino Hermínio. Alcino Hermínio explica que esta alteração no funcionamento das escolas traz, no imediato, “muitos problemas e muitas preocupações”. O trabalho consiste em “olhar para duas realidades e encontrar a melhor forma de as fundir, tirando o melhor de cada uma e controlando os efeitos negativos”. Na sua opinião, o maior desafio será assumido pelos professores, a quem se exige “capacidade de adaptação e espírito de sacríficio para não prejudicar os alunos”. Apesar de admitir que a fusão de duas culturas de escola diferentes possa ser positiva, Alcino Hermínio não deixa de lembrar que este é um “processo complexo” que se “agrava pelo facto de o Ministério da Educação estar sempre a pedir coisas” que

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Hália Costa Santos

Abrantes tem, desde o final de abril, dois agrupamentos de escolas provisórios. O processo de agregação de escolas vai levar cerca de um ano a ficar completo. Os dois responsáveis por este processo – Alcino Hermínio e Jorge Costa – explicam as vantagens e apresentam algumas preocupações.

• Jorge Costa: “Tenho fé que não se despeçam pessoas porque todas elas são necessárias” não estavam previstas, com pouco tempo para responder. Jorge Costa acrescenta uma outra desvantagem deste processo, “o facto de se tomar decisões com algumas pessoas à distância”. Para além de conduzir todo o processo de transição, Jorge Costa tem um desafio acrescido, uma vez que a Escola Dr. Solano de Abreu não tinha pré-escolar nem 1º ciclo, passando a estar num agrupamento com todos os níveis de ensino. O novo projeto educativo terá que ter em conta esta realidade. “É um assunto que deve ser pensado por toda a comunidade educativa”, defende. E acrescenta que “quando as pessoas começarem a fazer projetos para além das turmas que são conhecidas, vai ganhar-se qualquer coisa”.

Aliás, ambos os presidentes das CAP reconhecem o lado positivo de se envolver comunidades escolares mais alargadas.

O que munda já Embora, em termos práticos, grande parte do funcionamento das escolas não venha a ser alterado, a Escola D. Miguel de Almeida e a Escola Octávio Duarte Ferreira, do Tramagal, vão deixar de ter a componente de direção e a parte financeira, mantendo uma espécie de serviços mínimos administrativos. Relativamente aos funcionários que ficarão “a mais”, os presidentes de CAP ainda não têm orientações. Mesmo assim, Jorge Costa tem esperança de que não haja alterações: “Tenho fé que não se despeçam pessoas porque todas

elas são necessárias.” Quanto aos docentes, Jorge Costa admite que seja possível rentabilizar recursos humanos, nomeadamente completando horários (o que dará origem a menos contratações), e está “convencido que, a acontecer horários zero e dispensa de professores, não terá a ver com a agregação”, mas antes com regras do Ministério da Educação, como o número de alunos por turma e as horas letivas que terão que ser atribuídas a cada docente. Até cada agrupamento passar a ter uma situação definitiva ainda vão decorrer largos meses, até porque será preciso eleger novos órgãos, que, atualmente, com a agregação, estão em duplicado. Nos próximos tempos cada agrupamento vai funcionar

com dois Conselhos Gerais e com dois Conselhos Pedagógicos, mas prevê-se que até ao final do próximo ano letivo toda a situação se regularize, inclusivamente com a eleição de novos diretores. Nem Alcino Hermínio nem Jorge Costa assumem já uma eventual candidatura a cada um dos novos agrupamentos. Mas também não afastam essa possibilidade. Um e outro estão agora especialmente concentrados no objetivo de fazer a transição da melhor forma que for possível para que quem venha a seguir – sejam os próprios ou outros – possa ter todas as condições para dirigir os agrupamentos. Hália Costa Santos

CREATIVE CAMP, uma semana dedicada à cultura Chama-se 180 Creative Camp e é um evento cultural, um conceito original, que fomenta as diferentes áreas artísticas e que vai decorrer em Abrantes entre os dias 6 e 14 julho. O promotor da iniciativa é o canal 180, em colaboração com autarquia de Abrantes, que vai promover vários workshops com os mais inovadores criadores nacionais e internacionais das áreas do cinema, música, vídeo, arquitetura, publicidade, instalação e arte urbana. Será uma semana dedicada às artes que vai passar por vários espaços da cidade, como o castelo, o antigo quartel dos bombeiros, a barragem de Castelo Bode, o Rio Tejo, entro outros. Nomes como Florentijn Hofman, oriundo de Holanda, famoso devido às suas grandes instalações que vão saltando de cidade de cidade, que têm o objetivo de fazer o público sorrir, vai marcar presença em Abrantes, num dos dias do evento. Também Mr. Thoms, conhecido pelo trabalho em grafitter, e a designer Madalena Martins vão estar em Abrantes. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, disse que “era impossível a autarquia e a cidade não agarrarem esta semana que exalta a cultura aos mais variados níveis artísticos. A cultura deve continuar a ser uma aposta, porque fazer regeneração urbana não é apenas reabilitar edifícios é, também, apostar neste tipo de iniciativas”. Para a participação nas atividades desta semana, que vai reunir workshops artísticos, exposições, cinema ao ar livre e concertos é necessário uma inscrição que vai estar aberta até ao dia 15 de junho em creativecamp.canal180.pt. O número de vagas são 60 e preço de participação são cerca de 150 euros. JMC


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DESPORTO - ABRANTES

Venha dar um mergulho… todo o ano A Cidade Desportiva de Abrantes conta com duas infra-estruturas privilegiadas para a prática da natação, complementada pela Piscina Municipal Coberta de Tramagal. Na sede de concelho existe a Piscina Coberta e a Piscina de Ar Livre. Na época mais quente do ano a piscina de ar livre abre as suas portas e é também nesta altura que o Centro Náutico de Aldeia do Mato, na albufeira de Castelo de Bode, recebe milhares de visitantes. No Rio Tejo o Aquapolis apresentase como polo de desenvolvimento das atividades náuticas. Estas valências, um pouco por todo o concelho, são o objeto dos três pilares de intervenção da vereação do desporto da autarquia abrantina. Manuel Valamatos, vereador do desporto, explicaos. “para a natação temos procurado trazer grandes competições nacionais e internacionais. No Castelo de Bode, por exemplo, estamos dentro do circuito de águas abertas. Na pesca, alguma actividade no domínio da albufeira e no rio tejo, embora ainda não tenhamos a praia consolidada, temos procurado trazer para o Aquapolis competições de triatlo, águas abertas e canoagem”. É desta forma que a autarquia tenta captar a atenção do público para os equipamentos desportivos existentes. Na natação, em concreto, tem-se procurado trazer os campeonatos regionais e nacionais, e com resultados à vista, “o Centro Náutico de Abrantes tem tido marcas verdadeiramente espectaculares, mas também há a articulação com as esco-

las”, salienta Manuel Valamatos, enaltecendo a competição como o segundo pilar da estratégia. O terceiro pilar tem que ver com o recreio e lazer, “temos muitas centenas de utilizadores na hidroginástica, natação para bebés, hidroterapia, entre outras, mas também no centro náutico de Aldeia do Mato, e também no Aquapolis com um conjunto de estruturas anexas que permitem o recreio e o lazer das pessoas - os campos de futebol de praia, as ciclovias, o beach rugby, a piscina flutuante, barcos à vela, canoagem ou passeios de recreio”.

Piscina coberta de Tramagal Coberta e aquecida, a piscina possui um tanque de aprendizagem de 16,6 por 10 metros, com profundidade variável entre 1 metro e 1 metro e 45 centímetros. A infra-estrutura tem algo que a

Uma cidade de oportunidades

torna especial, o facto de estar preparada para a realização de aulas para bebés. Assim, os ‘jovens’ de seis meses podem começar o seu percurso na natação e no desporto. Na piscina de Tramagal há ainda hidroginástica, hidroterapia, natação pura para crianças, jovens e adultos. O horário de funcionamento: 2.ª, e 5.ª das 16h00 às 22h00; 3.ª e 6.ª das 9h00 às 12h30 e das 17h00 às 21h30; sábado

ção mais efectiva de ligamentos e tendões. As articulações ganham maior flexibilidade e a decorrente lubrificação alivia as dores causadas pela artrose. Para além de melhorar ainda o sistema respiratório, dado aumento de oxigenação decorrente da atividade, a natação, tal como qualquer desporto, tem efeitos na autoestima dos seus praticantes. Quem pratica desporto torna-se mais independente e seguro de si e o fator água, que permite maior liberdade de movimentos, torna a natação num dos desportos mais divertidos do mundo.

A Cidade Desportiva de Abrantes é composta por vários equipamentos acessíveis aos cidadãos mediante uma taxa simbólica de utilização. O Estádio Municipal dispõe de um Campo de Relva Natural (Nº1), uma Pista de Atletismo com oito corredores e todos os equipamentos necessários à modalidade: colchões de queda para salto em altura, caixas para salto em comprimento e triplo salto, colchão de queda para salto com vara, sectores de queda para lançamento do peso, corredores para lançamento do dardo, vala para obstáculos, dez corredores para 100 metros e 100/110 metros barreiras, e sector de lançamento do disco e martelo. Entre outras valências, o estádio possui sala de Squash, Sala de Reabilitação/ Musculação, Jacuzzis, Saunas, Balneários e Vestiários e posto médico. O horário de funcionamento, de 2.ª a 6.ª é das 09h00 às 13h00 e das 14h30 às 23h00. Aos sábados, domingos e feriados a abertura carece de marcação ocasional. Ao lado do estádio existe o Campo de Relva Sintética (Nº2), de futebol de 11, com marcações para dois campos de futebol de 7 e possibilidade de Rugby. O horário de funcionamento deste equipamento é de 2.ª a 6.ª das 09h00 às 13h00 e das 14h30 às 23h00. Pode igualmente ser aberto aos sábados, domingos e feriados mediante marcação ocasional.

Ricardo Alves

Ricardo Alves

das 9h30 às 13h30. A escola de natação, que engloba vários níveis de aprendizagem, nomeadamente a natação para bebés, tem vários horários e diferentes classes, para crianças e adultos. Todas as idades, todo o ano. Dia 14 de junho abre a piscina de ar livre Abrem as piscinas de“verão” e só fecham portas no dia 8 de Setembro. Em plena Cidade Desportiva de Abrantes as piscinas de ar livre são um

dos atrativos de verão na região, a par da albufeira de Castelo de Bode e das margens Aquapolis. Com taxas simbólicas, grátis para crianças até aos 5 anos, a piscina de ar livre está situada num anfiteatro privilegiado, no cimo do vale do Tejo que desenha a silhueta da cidade. De terça-feira a domingo o horário de abertura é das 9h30 às 19h30, encerrando apenas às segundas-feiras.

Uma atividade completa e acessível a todos A natação é considerada uma das atividades desportivas mais completas do conjunto de atividades existentes. Para além de trabalhar praticamente todo o sistema muscular do corpo, a carga na estrutura óssea é muito reduzida. E este é um fator que o torna num desporto inclusivo. Na verdade todos os desportos o são, de um modo ou de outro, mas a natação é indicada para bebés, grávidas e idosos, sendo o desporto que mais cedo se pode e deve começar a praticar. Sendo a água um elemento extremamente benéfico para o corpo humano, a natação apresenta-se aberto para qualquer pessoa, de qualquer

idade, sexo ou profissão. É igualmente relaxante e favorece as funções orgânicas. A natação tem benefícios cardiovasculares, tornando o coração mais forte, mais musculado e com menos gordura. A redução da frequência cardíaca resultante da prática da natação estimula a circulação sanguínea e reduz o risco de problemas cardiovasculares, problemas que são a principal causa de morte em Portugal, responsáveis pela morte de mais de 17 mil portugueses por ano. Ao nível das articulações, os efeitos da natação sentem-se no aumento do volume muscular que garante a prote-

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SODIEDADE 19

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Azeites Gallo faz investimento de oito milhões de euros A fábrica de azeites Gallo, em Abrantes, inaugurou uma nova linha de produção para reforçar a sua presença nos mercados internacionais, duplicando a capacidade de embalamento de azeite. O investimento na fábrica, que atingiu os oito milhões de euros, vai permitir aumentar o número de funcionários (que atualmente são cerca de 120) e reforçar a exportação. A faturação da empresa em mercados externos representa 70% do volume atual. Com um volume de faturação de 130 milhões de euros em 2012 (90 milhões de euros em 2011), a Gallo é a terceira maior marca de azeite a nível mundial - uma marca espanhola e uma italiana ocupam os primeiros lugares - e está presente em Portugal, Brasil, Venezuela e Angola e, mais recentemente, na China e na Rússia, num total de 47 países. Pedro Cruz, presidente executivo da Galo WorldWide (WW),

disse à agência Lusa que a empresa pretende continuar a crescer a nível mundial e chegar a um maior número de consumidores. José Soares dos Santos, presidente não executivo da Gallo WW, disse, por sua vez, que o investimento da empresa nos últimos anos se situou nos 40 milhões de euros, repartidos entre a sede, em Lisboa, e a fábrica de Abrantes. O responsável apontou como objetivo “ser a segunda maior marca do mundo no espaço de três anos”. A inauguração da nova linha de produção da Gallo contou com a presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que elogiou o “bom exemplo de produção e exportação, aliando a tradição à modernização”, e o facto de a empresa ter “privilegiado a indústria nacional ao recorrer a empresas portuguesas”, com cerca de 80% dos equipamentos. Lusa

Sofalca, de Abrantes, fornece cortiça para cacilheiro de Joana Vasconcelos A Sofalca, empresa de Abrantes, foi escolhida para fornecer 90% da cortiça que a artista portuguesa Joana Vasconcelos usou no projeto Cacilheiro Trafaria Praia. O barco, que durante 51 anos fez a travessia do Tejo, foi remodelado para assinalar a presença portuguesa na Bienal de Veneza, que decorre até 24 de novembro. Na sua criação, a artista decidiu usar a cortiça por ser uma marca portuguesa e, ao mesmo tempo, um material nobre. Todo o mobiliário em aglomerado de cortiça negra que agora faz parte do Cacilheiro Trafaria Praia foi concebido por Joana Vasconcelos e Duarte Ramirez, seu sócio e marido. A concretização destes objetos de design aconteceu na fábrica da Sofalca, na Bemposta, tendo os seus técnicos sido responsáveis por cortar e moldar os blocos de matéria-prima. Entre as peças produzidas pela Sofalca

encontram-se dois sofás maciços, uma máquina de imperial, duas mesas de DJ, bi-

bliotecas, candeeiros, mesas e bancos. Paulo Estrada, sócio-ger-

ente da Sofalca, explicou ao JA que “é um orgulho estar presente neste projeto e, com ele, redescobrirmos as nossas capacidades de responder a desafios”. Neste caso concreto, para a Sofalca esta é também uma possibilidade de “melhorar a qualidade do fabrico”. Esta colaboração com a artista Joana Vasconcelos é mais um passo que a Sofalca dá no sentido de encontrar novas utilidades para o aglomerado de cortiça negra, para além do tradicional isolamento de edifícios, no âmbito da construção (arquitetura e engenharia). Aliás, a aposta no design (decoração e mobiliário) tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos últimos meses. Em entrevista publicada no JA de abril, Paulo Estrada dava já conta de um processo de parcerias com designers que estão a desenvolver objetos de decoração com a cortiça da Sofalca.

Mais comércio no centro de Abrantes

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A Câmara de Abrantes aprovou o regulamento do Programa “+Comércio no Centro”, que cria condições para a ocupação de espaços devolutos no Centro Histórico, através da apresentação de atividades ou projetos comerciais e culturais inovadores, possibilitando aos promotores dos projetos a utilização de espaços comerciais devolutos, em que a autarquia se propõe assegurar os primeiros seis meses de renda. Destina-se preferencialmente a naturais e/ou residentes em Abrantes, com idades entre 18 e 40 anos, que apresentem ideias ino-

vadoras e criativas de negócio. As ideias deverão conduzir à constituição de novas empresas ou ao lançamento de start-ups, que deverão instalar-se e cumprir o respetivo período contratual. A iniciativa pretende contribuir para a intervenção e qualificação do Centro Histórico, contribuindo para um complemento integrado com as atividades económicas aí já instaladas, de modo a constituir um conjunto valorizado, coeso, diferenciado e diferenciador e apoiar o empreendedorismo jovem. Mais informações em www.cm-abrantes.pt.

A cerimónia em que o Rotary Club de Abrantes celebrou os seus 32 anos de existência foi assinalada pela entrega dos emblemas rotários a duas mulheres, que passam a integrar este grupo. Joana Maia, notária, e Hália Santos, professora, fizeram o seu compromisso de honra rotário e assumiram a vontade de dar o seu melhor contributo ao movimento que tem como objetivo primeiro “o desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir”. O Rotary Club de Abrantes tem vindo a desenvolver um trabalho na área social com ações como a atribuição de bolsas de estudo, a distribuição de cabazes de Natal e os rastreios auditivos e oftalmológicos. Outra iniciativa desenvolvida em prol da comunidade é o Curso de Liderança, destinado a jovens, que este ano volta a realizar-se em setembro. No jantar de aniversário o Rotary Club de Abrantes entregou um donativo ao Cónego José da Graça para ser usado nas obras sociais que desenvolve.

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20 REGIÃO

JUNHO 2013

ASSOCIAÇÃO VIDAS CRUZADAS LANÇA PROGRAMA DE AÇÃO PARA CRIANÇAS ABUSADAS

Mimo para quem mais precisa A Associação Vidas Cruzadas, do concelho de Abrantes, estabeleceu recentemente, através de uma candidatura ao FINSOCIAL, um protocolo de ação no âmbito dos abusos sexuais a crianças. Chama-se “Mimo’s” e reúne um conjunto de entidades parceiras. Esta iniciativa resulta de uma necessidade concreta: evitar que as crianças abusadas tenham que contar vezes sem conta aquilo por que passaram. Vânia Grácio, presidente da Vidas Cruzadas, explica que, de acordo com os atuais procedimentos, “quando uma denúncia é efectuada, uma série de entidades são chamadas a resolver a situação, e a criança tem de passar por um conjunto de processos, entre quais tem de contar vezes e vezes o que sofreu. Como considerámos que todos nós (parceiros) podíamos trabalhar de uma forma mais articulada e tínhamos o dever de proteger as crianças, decidimos estabelecer este protocolo de ação”. A Associação Vidas Cruzadas tem um serviço especializado na prevenção dos direitos das crianças, o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CA-

Entidades que colaboram com o projeto Mimo’s - Associação Vidas Cruzadas - Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) - Centro Distrital de Segurança Social de Santarém - EMAT de Abrantes - Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais Município de Abrantes - Escola D. Miguel de Almeida - Escola Dr. Manuel Fernandes - Escola Dr. Solano de Abreu - Centro de Saúde de Abrantes - Centro Hospital do Médio Tejo – Unidade de Abrantes - Instituto Nacional de Medicina Legal - Tomar FAP), que se destina a acompanhar este tipo situações relacionadas com a violência e os abusos sexuais. Contudo, Vânia Grácio explicou ao JA que, “devido ao facto de estas situações serem tão delicadas e por ser necessário agir tão bem, foi importante recebermos formação”. A Associação entrou em contacto com a equipa do CAFAP de Évora que já tem uma equipa especializada em abusos sexuais e que deu formação aos elementos do CAFAP de Abrantes

e aos seus parceiros envolvidos. “A partir daqui definimos, em conjunto, como deveríamos agir”.

Contar só uma vez Segundo a presidente, o processo é simples, e só tem um objetivo fazer com que a criança apenas tenha de referir uma vez e em tribunal o que sofreu. Por sua vez, essas declarações serão gravadas e utilizadas pelas diferentes entidades, como a Polícia Judiciária. Vânia Grácio explicou ainda que o

processo normalmente inicia-se na escola, pelo que os docentes devem estar despertos para algum tipo de indício, nomeadamente alterações no comportamento da criança. “Os docentes devem estar despertos para este tipo de situações, de seguida devem entrar em contacto connosco para que através dos nossos profissionais especializados possamos observar, interpretar e perceber o que está acontecer. Se no final entendermos que há indícios suficientes

face ao abuso sexual, rapidamente temos de comunicar ao Ministério Público, que aciona a ação da Polícia Judiciária. A criança é levada ao hospital para efetuar os exames necessários e para depois ir a tribunal. Nós fazemos o acompanhamento sócio terapêutico e psicoterapêutico até ao final do processo, nunca largarmos a criança, pois o nosso objetivo é protegê-la ao máximo”. Vânia Grácio referiu ainda ao JA que “não é fácil lidar

com este tipo de situações que, na maioria das vezes, acontecem no seio familiar, e o nosso sistema legal ainda não está muito bem preparado para lidar com este tipo de casos”. A presidente da Vidas Cruzadas ilustra esta situação com um exemplo: “Muitas vezes as crianças são retiradas de casa devido a abusos, mas os agressores continuam lá, à espera que todo o processo judicial se desenvolva”. Joana Margarida Carvalho

INÊS FERNANDES NETO

ANIMAIO, UMA MARCA DA CIDADE

Barra mundial em Cálculo Mental

Qualidade cresce a cada ano que passa

Inês Fernandes Neto classificou-se em 5º lugar a nível mundial, entre mais de 44.000 concorrentes de 43 nacionalidades no seu escalão, e 2º a nível nacional no Campeonato Internacional superTmatik de Cálculo Mental. A Inês é aluna do 8º ano da Escola Dr. Manuel Fernandes, tem 14 anos e já no 6º ano tinha obtido um 9º lugar a nível nacional. Mora no Rossio e desde pequena que tem mostrado notáveis capacidades neste domínio. Que agora se comprovam “em campo”. Para chegar a este brilhante resultado, a Inês disputou a fase intra-turma, a fase inter-

O trabalho de um ano letivo que foi desenvolvido nas atividades extracurriculares dedicadas ao Cinema já deu resultados. Quem o diz é Lurdes Martins, responsável pelo Espalha Fitas (secção de Cinema da Associação Cultural Palha de Abrantes) e principal impulsionadora do Animaio, festival cinema de animação que todos os anos acontece em Abrantes, mostrando filmes feitos por estudantes de escolas do 1º ciclo e do ATL Troca Tintas. “É um trabalho para todos nós nos sentirmos orgulhosos e que pode ser uma marca da cidade de Abrantes.” Pelo oitavo ano, anima-

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turmas e finalmente a fase final disputada on-line. Registe-se que neste Campeonato Portugal ficou em 2º lugar, depois da Espanha, à frente do Reino Unido (5º), dos Estados Unidos (9º), da Finlândia (10º), da Índia (15º)

e da China (20º). Talvez seja de registar que, afinal, as coisas não vão tão mal como por vezes se quer fazer crer, ainda que estes resultados não tenham valor absoluto, como, aliás, nenhuns outros. Alves Jana

dores de cinema trabalharam com dezenas de alunos de várias escolas do 1º ciclo do concelho. Nos anos anteriores, as crianças envolvidas neste projeto de cinema de animação pouco sabiam sobre cinema. “Este ano, as crianças com quem trabalhámos tinham um conhecimento muito superior”, conta Lurdes Martins. E acrescenta a “imensa alegria” que os organizadores sentiram por ver que “o resultado das atividades extracurriculares estava espelhado naquela atividade”. Em jeito de balanço do Animaio 2013, Lurdes Martins diz que “a qualidade que cresce a cada ano que

passa”. Alguns filmes foram já premiados internacionalmente. Lurdes Martins sublinha que os trabalhos são “fantásticos”, mas acrescenta que falta acompanhamento a outros níveis, nomeadamente em aspetos práticos, como o transporte dos alunos para verem os seus filmes projetados no Cine-Teatro. Nas sessões em que os filmes podem ser vistos no grande ecrã, este ano estiveram apenas alunos de duas escolas que são da cidade e que foram a pé ao Cine-Teatro: “É uma pena, porque não há envolvimento.”


REGIÃO 21

JUNHO 2013

Nova aposta no desporto aventura e no turismo ativo

ABRANTES

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Abrantes vai avançar A Autoridade Nacional de Proteção Civil autorizou a criação de um corpo de bombeiros voluntários a ser detido e gerido pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Abrantes (AHBVA). O passo seguinte está em curso e tem que ver com a negociação com os bombeiros afetos à autarquia tendo em vista a sua integração ou não na Associação Humanitária. João Furtado, presidente da AHBVA, explicou que “as negociações estão a correr bem”, salientando que é o processo mais complicado. No entanto, Furtado adiantou que “90% dos voluntários já disseram que sim, face aos profissionais 50% também já disseram que sim”. Inde-

ABRANTES Os

pendentemente do desfecho das negociações, “o socorro às populações não está posto em causa”. Por seu turno, a Câmara entendeu celebrar com a AHBVA um protocolo “através do qual vai disponibilizar os meios materiais, financeiros e humanos”. Em comunicado, a autarquia recorda que os bombeiros cedidos “continuarão a ser funcionários do município, com a vantagem de estarem numa associação, podendo progredir e serem classificados efetivamente, situação que hoje não acontece na autarquia, por imposição legal”. Estes profissionais mantêm o direito de voltar para a função pública, comunicando essa intenção no prazo de 30 dias.

O Sindicato (SNBP) e a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) responderam ao parecer da Proteção Civil e agendaram para dia 12 de junho uma concentração de bombeiros em Abrantes, onde esperam mais de um milhar de bombeiros de todo o país. O mote da iniciativa é o protesto veemente contra a extinção da corporação de bombeiros municipais abrantina, “com 184 anos de história”, e o processo que levou a esta situação, que para ambos os presidentes, Sérgio Carvalho, do SNBP, e Fernando Curto, da ANBP, é “muito estranho” e carece de explicação. Nas palavras dos dirigentes está igualmente subjacente a objeção a uma associação

humanitária criada por pessoas que em certos casos estão ligadas ao problema, assim como o facto de a mesma não ser gerida por pessoas que tenham experiência na área. Sérgio Carvalho adiantou ainda à Antena Livre que o departamento jurídico do sindicato está a trabalhar para encontrar a melhor solução para travar o processo. Fernando Curto questionou também a legalidade da transferência de bens para a AHBVA, tendo Sérgio Carvalho apelidado toda ação da autarquia na questão como “um péssimo ato de gestão de dinheiros do erário público”. Joana Margarida Carvalho e Ricardo Alves

Poder fazer tudo Mais barato

Os municípios de Constância e de Vila Nova da Barquinha vão assumir a gestão dos respetivos centros náuticos de forma concertada. A 14 de maio, ambas as autarquias praticaram o ato formal de posse administrativa daqueles equipamentos. Os anteriores contratos com associações foram rescindidos. A principal razão foi “a rara utilização dos edifícios para o objetivo inicial que motivou o investimento público feito pelas autarquias – promoção do turismo ativo, desporto aventura e a dinamização das zonas ribeirinhas”. Assumindo a gestão dos centros náuticos, as duas autarquias pretendem envolver duas Associações de Desenvolvimento Lo-

cal (ADIRN e TAGUS), com o objetivo de tirar partido de todas as potencialidades dos equipamentos, colocando-os ao serviço das populações, do desporto náutico, do turismo ativo e do desporto aventura. Em comunicado, as Câmaras de Vila Nova da Barquinha e de Constância adiantam que, “com o ato de posse administrativa, foram também devidamente identificados todos os casos de degradação e deterioração dos edifícios, em função do quase abandono dos mesmos, e da correspondente ausência de qualquer tipo de manutenção corrente”.

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VIII Gala Antena Livre & Jornal de A

David Antunes & Midnigth Band levaram o cineteatro São Pedro ao rubro durante a VIII Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes

Foi na passada sexta feira à noite, 31 de maio, que o Cine Teatro São Pedro, em Abrantes, esgotou na entrega dos já conhecidos Galardões Antena Livre & Jornal de Abrantes. Uma vez mais a região e o país foram homenageados com a entrega dos galardões: CULTURA: Centro de Estudos de História de Abrantes (Dr. José Martinho Gaspar); RESPONSABILIDADE SOCIAL: Tânia Sousa (Mediadora Municipal na CMA de Abrantes); DESPORTO: Joana Marchão (Futebol Feminino); EDUCAÇÃO: Dra. Anabela Rodrigues Diogo (Professora Bibliotecária); EMPRESA: Caima (Diretor Fabril Eng. Gualter Vasco); MÚSICA: Ana Laíns (Cantora); PERSONALIDADE CARREIRA: Sr. José Rodrigues (Casal da Coelheira); NACIONAL: Dina Aguiar (Jornalista RTP). Na área musical, o evento deste ano apresentou, a nível local, a Banda CRU, de André Rodrigues e Sofia Gonçalves (Tramagal), e Rogério Charraz, que apresentou alguns temas do seu mais recente disco “A Chave”. David Antunes & Midnigth Band, do programa “5 Para a Meia Noite” da RTP, foi a banda residente da noite que também fechou o evento com um espetáculo cheio de cor e alegria animando a assistência. A cantora Ana Laíns também ofereceu um tema de fado aos presentes após receber o Galardão. A Gala“Antena Livre & Jornal de Abrantes”, que definitivamente marca a agenda cultural da região do Médio Tejo, foi este ano conduzida em palco por Joana Margarida Carvalho, Miguel Pequeno, Alexandra Pimentel e Ricardo Fialho Alves, e promete voltar a surpreender em 2014.

• EDUCAÇÃO - Anabela Rodrigues Diogo jornaldeabrantes

• CULTURA - Centro de Estudos de História Local

CULTURA Centro de Estudos de História Local

RESPONSABILIDADE SOCIAL Tânia Sousa

São já 20 números da revista Zahara – Revista de História Local dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal, Gavião, Mação e Vila de Rei. São mais de 2.000 páginas de texto sobre a História da vida destes concelhos. Mas são também 10 Jornadas de História Local que reúnem em Abrantes pessoas de vários níveis académicos interessadas na História que nos faz. E são ainda os Passeios com História, que reúnem as pessoas à descoberta das marcas do tempo na paisagem. E é sobretudo o trabalho de reunir as pessoas, de as organizar num projeto de interesse coletivo e utilidade pública. É, há 10 anos, o Centro de Estudos de História Local de Abrantes.

Sobre os seus ombros recai a delicada tarefa de mediadora intercultural, em concreto entre a comunidade maioritária abrantina e a comunidade de etnia cigana no concelho, inclusive no interior desta. Como cigana soube impor-se no meio local. Como mulher soube fazer-se respeitar entre os ciganos. Como mediadora intercultural ganhou o reconhecimento nos meios oficiais e foi chamada a participar num intercâmbio europeu em Bruxelas. Merecem especial referência a Câmara Municipal de Abrantes, que a desafiou a abraçar este projeto, e sobretudo o seu marido, que soube estar à altura dos desafios que por esta função se colocaram à sua família e à sua comunidade de origem. Mas, embora apoiada, foi Tânia Sousa que assumiu este projeto e pode hoje apresentar já resultados tanto ao nível da escolaridade das crianças de etnia cigana como no acesso da comunidade cigana aos cuidados básicos de saúde. Ela própria é hoje um exemplo vivo de que os homens e as mulheres de etnia cigana podem ter um futuro que ainda há pouco nem se atreviam a sonhar. E também nós somos por ela desafiados a abrir os olhos e a ultrapassar preconceitos.

EDUCAÇÃO Anabela Rodrigues Diogo Quem a conhece sabe que é um perigo, o desassossego em pessoa. Provou-o em Constância e em Abrantes, nas escolas e nas bibliotecas, escolares ou municipais. Formou-se como educadora, de crianças, está bom de ver. Mas tem sido educadora de todos nós – na sua paixão pelos livros e pela leitura, pela sua inquietação que move montanhas, pela sua criatividade que mete todos ao barulho. Anabela Rodrigues Diogo é a prova provada de que não estamos condenados a aceitar o que temos, que é sempre possível fazer melhor, que somos nós os responsáveis por dar a volta às coisas. Várias gerações de crianças descobriram, graças a ela, o encanto dos livros e o prazer da leitura. E nós, através dela, o poder de fazer.

DESPORTO Joana Marchão Que os rapazes jogam futebol melhor que as raparigas é uma verdade reconhecida por todos… até se ter demonstrado que não era sempre assim. Hoje, há provas em contrário. E

• RESPONSABILIDADE SOCIAL - Tânia Sousa

uma delas é de Abrantes. Joana Marchão começou cedo a dar provas no futebol. Podemos dizer no futebol masculino? Sim, podemos, porque não havia outro à sua altura. Até o Sporting e o Benfica quiseram contratá-la, mas não tinham equipas femininas de futebol e não eram permitidas equipas mistas. O resto, bem, o resto é a Joana Marchão a fazer História, a partir do seu clube inicial, o Sport Abrantes e Benfica até à sua internacionalização, em 2012 e ao lugar onde hoje se encontra o Atlético Ouriense. O programa Linha da Frente transmitiu já em 2010 um documentário sobre o seu percurso. E a Gala Antena Livre não pode deixar de distingui-la.

NACIONAL COMUNICAÇÃO Dina Aguiar É jornalista desde os 25 anos, tendo começado em 1978 na Informação 2. Mas é sobretudo no Portugal em Direto, desde 20015, e já antes no Regiões, que nos traz o corpo e a alma de um país que por dentro se constrói com inteligência, criatividade e sabor. Não admira, por isso, que seja olhada com um duplo respeito, o do trabalho de jornalismo cuidado e o de quem traz “boas notícias” que desmentem a falsa imagem de que tudo é mau, de que tudo vai de mal a pior. Dina Aguiar não podia passar despercebida nesta Gala que é também a festa do jornalismo que se faz no interior do país, do jornalismo que acredita em nós que aqui vivemos. Diana Aguiar é também pintora, com exposições pelo menos já em Portugal Itá-

• DESPORTO - Joana Marchão


Abrantes

• NACIONAL COMUNICAÇÃO - Dina Aguiar lia, Espanha, Noruega e Brasil. Mas é como jornalista que aqui nos merece especial atenção.

PRESTÍGIO / CARREIRA José Rodrigues No Portugal que hoje descobre que a agricultura não pode deixar de ser, sempre foi um agricultor. Quando a agricultura percebe que não pode deixar de se geminar com a indústria, ele já lá está há muito tempo. Quando a economia ganha consciência de que precisa de ganhar competitividade a nível internacional, ele já ganhou grandes prémios em várias capitais do mundo. Quando os produtos têm que marcar pela distinção e ganhar notabilidade, ele tem uma marca de prestígio internacional. José Rodrigues soube estar à altura dos desafios do seu e nosso tempo, naquele que era o seu sector de atividade. E como se não chegasse, soube passar a pasta a quem, mais jovem, tem agora a responsabilidade de lhe dar continuidade.

EMPRESA Caima Nasceu em 1888, no distrito de Aveiro. Portanto está a festejar 125 anos. Em 1960 iniciou a construção da sua fábrica em Constância. Em 1962, fez no ano passado 50 anos, iniciou ali a sua produção. É a Caima – Indústria de Celulose, uma das poucas fábricas da Europa que produz pasta de eucalipto através de um

• PRESTÍGIO / CARREIRA - José Rodrigues processo totalmente isento de cloro. A Caima produz pasta para papel a partir do eucalipto recorrendo a equipamentos e tecnologias modernas: a madeira é destroçada em aparas e depois o processo químico à base de bissulfito de magnésio separa as fibras de celulose. De seguida, estas fibras são branqueadas usando químicos correntes, como a soda cáustica, a água oxigenada e o oxigénio, para usar linguagem simples. A pasta resultante é prensada e seca usando vapor, de modo a ficar uma folha contínua. Esta a folha é então cortada em folhas mais pequenas que são empilhadas em fardos que seguem para o armazém. E daqui seguem ou para o porto comercial ou diretamente para o cliente. A Caima tem capacidade para produzir 120.000 toneladas de pasta por ano, quase integralmente para exportação. Sobretudo para a Espanha, Alemanha, Suécia e China. Além disso, produz, a partir de biomassa florestal, mais eletricidade do que consome. Deste modo, injeta na rede elétrica energia suficiente para alimentar uma cidade de média dimensão, como Santarém. Como esta energia é produzida usando fontes renováveis, a Caima evita a emissão de mais de 39.000 toneladas de CO2 por ano. Para a obtenção da biomassa necessária, promove a limpeza de 100.000 hectares de floresta, reduzindo o risco de incêndio. A compra da madeira e da biomassa injeta mais de 26 milhões de euros na economia da re-

- Gualter Vasco, diretor fabril •da EMPRESA empresa Caima

gião, estimulando o sector da floresta e a silvicultura. Com a bonita idade de 125 anos e já 50 entre nós, a Caima – Indústria de Celulose é uma empresa que soube atualizar-se, manter-se competitiva e manter um futuro largamente aberto.

MÚSICA Ana Laíns É verdade que nem sempre o mundo da música é fáci, mas Ana Laíns dá-lhe a volta há 10 anos, como cantora profissional, porque a brincar começou aos seis anos! E nunca mais parou! Mas os tempos de brincadeira já lá

vão! Agora, é muito a sério. Em pouco mais de dez anos saltou de Montalvo para o mundo onde já cantou, nas mais importantes salas, as músicas dos seus dois discos. O primeiro, “Sentidos”, e o mais recente, “Caminhos”. Boy George, dos Culture Club, descobriu-a na internet e convidou-a para um dueto que viria a resultar numa versão do tema “Amazing Grace”, que correu mundo. No início deste ano, a editora holandesa Coast to Coast convidou-a para gravar o seu próximo disco que será editado em todo mundo a partir da Holanda.

• MÚSICA - Ana Laíns jornaldeabrantes


24 EDUCAÇÃO

JUNHO 2013

SEMANA DA EDUCAÇÃO, IGUALDADE E CIDADANIA, EM ABRANTES

“Queremos um sociedade justa, livre e limpa. Queremos um país sem luxo e sem lixo, um país limpo.” A frase é de Sophia de Mello Breyner e data de 1975. António Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, recuperou-a no âmbito de uma apresentação que fez em Abrantes, no dia 8 de maio, durante a Semana da Educação, Igualdade e Cidadania, organizada pela Câmara Municipal. O mote para o primeiro dia de trabalhos foi “Educação – Que Futuro?”. António Nóvoa fez uma contextualização história para nos lembrar que “a fragilidade deste país tem a ver com a fragilidade da cultura escolar”. O reitor, psicólogo de formação, alertou para os discursos que têm vindo a ser elaborados, às vezes pelos “nossos melhores” pensadores, sobre “o bom português”. Por muitos motivos, o discurso sobre a especificidade do homem

português foi “contra a cultura escolar, como se nós não tivéssemos sido feitos para a escola, como se tivéssemos sido feitos para a imaginação e para um certo desenrascanço”. Nóvoa defende que, se continuarmos nas metáforas antigas, vamos sempre ser um povo dependente, “do ouro, das especiarias ou dos fundos comunitários”. Relativamente à escola, Nóvoa explicou que um dos problemas foi o de “querer assumir um excesso de missões, um excesso de tarefas e um excesso de ambições a determinados níveis”. Na sua opinião, o conceito de “escola integral” (a ideia de que a criança tem que ser integralmente educada na escola) “tem-se virado contra a escola, porque é de tal maneira excessivo e ambicioso que é absolutamente impossível de cumprir”. Para António Nóvoa, “nem tudo tem que ser enfiado para dentro da escola”, sendo

Hália Costa Santos

“Há mais educação para além da escola”

António Nóvoa defendeu que se continuarmos nas metáforas antigas vamos ser sempre um país dependente

fundamental separar o que é especificamente da escola e o que não é: “A escola tem que se reduzir ao seu espaço e afirmar que há mais educação para além da escola. Temos que assumir que há outras dimensões de educação que têm que ser construídas no espaço público de educação, que é um espaço de

muitas instituições, de muitas redes, de muitas responsabilidades. Há um conjunto de instituições (clubes desportivos, centros médicos, igrejas e outros) que têm a dever de se organizar para fazer muitas das coisas que hoje são feitas dentro da escola”. Ao longo de cinco dias de

trabalhos foram debatidos temas como o papel das parcerias e da família na Educação. Houve também tempo e espaço para Parlamentos de Crianças e Jovens. A Semana ficou ainda marcada pela apresentação da avaliação do Projeto de Igualdade de Género e de Não Discriminação, coordenado por So-

fia Loureiro. Esta psicóloga lembrou todos os passos que a autarquia tem vindo a dar desde outubro de 2009, apresentou um balanço positivo de todas as iniciativas e de todos os projetos que foram desenvolvidos com um vasto conjunto de parceiros. Em várias medidas, os objetivos do projeto, desenvolvido pelo município e cofinanciado pelo POPH, foram ultrapassados. Por exemplo, estavam previstas nove ações de sensibilização e realizaram-se 128. Nas diversas ações foram envolvidas centenas de pessoas, concretizando-se, entre outros objetivos, a “consciencialização dos direitos e deveres de cada cidadão e de cada cidadã” e a passagem de informação sobre “como agir no combate à discriminação entre pares e no abuso de poder nas relações de intimidade”. Hália Costa Santos

Turma da Escola Dr. Manuel Fernandes vence concurso internacional

Foi num ambiente saudosista e com muita emoção que Abrantes recebeu, pela segunda vez, uma biblioteca itinerante. Vinte anos depois de terminar o projeto da Fundação Calouste Gulbenkian que levava livros numa carrinha, a biblioteca itinerante volta a Abrantes. Para além do debate sobre este projeto, nas I Jornadas Biblioteconómicas de Abrantes, que decorreram a 30 de abril, foram apresentadas as novas carrinhas. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, apresentou a Biblioteca Itinerante de Abrantes (BIA) à população e explicou pormenorizadamente em que consiste. A autarca manifestou “uma satisfação imensa que apresentamos uma nova biblioteca itinerante, a nossa querida BIA”. Este projeto de incentivo à leitura teve como pioneira a Fundação Calouste Gulbenkian, na década de 50 do século passado, com o ob-

A turma do 9ºA da Escola Dr. Manuel Fernandes ficou em primeiro lugar no concurso internacional designado “Onisep – Agefa PME 2013”, cujo objetivo foi a promoção de um produto regional de forma criativa. “Salchicharia Artesanal” foi o tema escolhido da turma do 3º ciclo, que conquistou o primeiro lugar a nível europeu. A turma vai receber o prémio, em França, no próximo dia 18 de junho. O trabalho em vídeo dos 10 alunos descreve as várias etapas de fabrico artesanal dos enchidos de antigamente, assim como a sua confeção atual através do exemplo de uma empresa da freguesia de Rio de Moinhos, chamada MF Salchicharia Artesanal. Rui André, docente e um dos organizadores do projeto, referiu à Antena Livre “que os alunos acompanharam com empenho todo o processo de produção dos enchidos, desde a matança

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DR

“Criar o gosto pela leitura e elevar o nível cultural”

• Biblioteca itinerante volta a Abrantes jetivo de promover e difundir o gosto pela leitura, mas, acima de tudo, aumentar o nível cultural dos cidadãos. Quando surgiu pela primeira vez, o serviço da biblioteca itinerante “foi considerado um projeto louco para a altura e também inovador”. Helena Borges, diretora adjunta da Fundação Calouste Gulbenkian, lembrou que “estávamos numa altura em que havia muito analfabetismo” e contou que as bibliotecas itinerantes antigamente eram tomadas como o diabo, sendo mesmo ameaçadas e apedre-

jadas. “Há histórias de autos de fé em que as pessoas iam buscar os livros e os queimavam em praça pública.” Helena Borges concluiu que “as bibliotecas itinerantes vêm combater algumas lacunas que as fixas não conseguem”. Entre outros participantes, estiveram também presentes Francisco Lopes, diretor da Biblioteca Municipal de Abrantes, António Botto, e José Dinis, ex-bibliotecário itinerante de Abrantes. Marta Rainho

aluna de Comunicação Social da ESTA

do porco à própria confeção dos enchidos. A opção prendeu-se por Rio de Moinhos pois há uma aposta constante dos produtos mais típicos e tradicionais do concelho e nomeadamente da freguesia. Foi com grande agrado que recebemos a notícia do 1º lugar”. Esta distinção surge pelo segundo ano consecutivo

visto que, no ano anterior, a turma de PIEF foi premiada com um trabalho sobre as famosas tigeladas de Rio de Moinhos. O Organismo Nacional de Informação sobre o Ensino e as Profissões que funciona sob a tutela do Ministério da Educação de França é entidade promotora do concurso europeu.


DIVULGAÇÃO 25

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ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Cuide do seu Coração As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte em Portugal e são também uma importante causa de incapacidade. Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras e/ou cálcio na parede dos vasos sanguíneos (aterosclerose). As suas consequências mais importantes são: o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a m o r te, consequências que são frequentemente súbitas e inesperadas. A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco modificáveis. O controlo dos fatores de risco é uma arma potente para a redução das complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares. Associado ao controlo dos fatores de risco deve ser feito o controle da tensão arterial, porque a hipertensão arterial é um reconhecido fator de risco da doença cérebro e cardiovascular. A adoção de estilos de vida saudáveis constitui um componente indispensável da terapêutica de todas as pessoas com hipertensão arterial, podendo inclusivamente contribuir, em indivíduos suscetíveis, para a prevenção da sua

ocorrência. Optar por um estilo de vida saudável, de forma duradoura, poderá permitir, consoante os indivíduos, reduções da Tensão Arterial de 5 a 20 mm Hg e redução do risco cardiovascular global. Assim todos deveremos optar pela: Adoção de dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas; Redução da ingestão de sal; Atividade física, como, por exemplo, caminhar 30 minutos/dia, 5-7 dias/semana; Consumo moderado de álcool com um máximo 30 ml de etanol/dia nos homens e 15 ml/dia para as mulheres; Cessação do hábito de fumar, que é, sobretudo, importante numa perspetiva de redução global do risco cardiovascular; Manutenção do peso para um Índice de Massa Corporal de 18.5 a 24.9 Kg/ m2. O que por si só pode evitar a grande maioria de eventos cardiovasculares, como o enfarte agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral.

Agrupamento de Escuteiros 172 faz 50 anos Dia 9 de junho, o Agrupamento 172 de Abrantes, pertencente ao Corpo Nacional de Escutas (CNE), celebra o seu quinquagésimo aniversário. O momento vai ser marcado, no dia 8, por um fórum sobre o Escutismo (às 16h00) e pelo Festival Escuta (às 22h00), no Cine Teatro S. Pedro. Para as 19h00 está

agendada a abertura de uma exposição no centro histórico. Os Escuteiros aproveitam o aniversário para convidar outros jovens a entrar no movimento. Atualmente, estão no ativo 82 elementos. Fernando Velez foi o primeiro chefe de agrupamento. Entre a equipa dos fundadores esteve tam-

bém o Padre Ernesto Jana (assistente de agrupamento), Fernando Taborda (secretário de agrupamento), Fernanda Bioucas (chefe da alcateia) e José Tomé (chefe do grupo). O agrupamento tem recordado muitas das datas que foram marcantes no seu percurso, como a primeira participação JOTA (Jamboree

on the Air), onde estiveram presentes 47 elementos. Em março de 1995 foi doado ao agrupamento um terreno junto às margens do rio Tejo, um campo de atividades escutistas (Campo de Atividades António Moreno). A 15 de junho de 2003 foi inaugurada a primeira sede própria do agrupamento.

Margarida Arnaut Nuno Barreta

(Enfermeiros na USP do Médio Tejo)

BRAND MANAGER Nova produtora sediada em Abrantes procura parceiro para assumir a gestão de uma marca local reconhecida a nível nacional. Funções: - gestão de marketing e comunicação; - gestão de projetos e ações; - gestão de conteúdos. Requisitos: - Iniciativa, dinamismo e responsabilidade; - Domínio das ferramentas informáticas atuais; - Domínio da língua inglesa e portuguesa. +info: brandmanager.abt@gmail.com

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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

“ e Portugal”, exposição de cartoons “Eça eem Vila de Rei A partir de frases do escritor Eça de Queiroz, Ricardo CamEç pus criou dezenas de cartoons pu que vão estar expostos na Biqu blioteca Municipal José Carbli doso Pires, em Vila de Rei. “Eça do que pode ser visie Portugal”, P tada até 30 de junho, é comtad posta por cartoons que retrapo

tam o estado do País com base em citações do escritor, que continuam bastante atuais nos dias de hoje. Ricardo Campus, natural da Póvoa de Varzim, é formado em Desenho Técnico Industrial pela Universidade Católica, desempenhando, até à data, funções na área de pro-

jeto, formação e tecnologias de informação e comunicação. Atualmente colabora com publicações nacionais e internacionais. Conta também com ilustrações em vários livros de poesia, sendo também autor do livro de poesia “Delações do Ego”.

Centro Cultural de Sardoal recebe “D. Quixote e Sancho Pança”

O Ribatejo visto pelos seus fotógrafos numa exposição de fotografia

A peça de teatro “D. Quixote e Sancho Pança”, adaptado do texto homónimo de António José da Silva (“O Judeu”), vai estar em cena no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, nos dias 7, 8 e 9 de junho. A (In)QuietArte, associação que tem como objetivo primordial a realização de atividades culturais, e o GETAS – Centro Cultural associam-se neste espetáculo que conta com as interpretações de atores das duas associações. A peça, com início pelas 21h30, tem a adaptação e direção de Filipe Abreu e Leonardo Garibaldi, e é interpretada por alunos da Escola Profissional de Teatro de Cascais, estrutura do TEC – Teatro Experimental de Cascais. Do GETAS sobe ao palco Pedro Agudo e Júlia Pacheco, dois conhecidos sardoalenses que se têm destacado na dramaturgia. Os bilhetes têm o preço de 5 euros.

A Biblioteca António Botto acolhe a exposição de fotografia “Ribatejo – O Outro Lado da Cor”, de 12 de junho a 4 de julho. Quem expõe os trabalhos são fotógrafos amadores do Ribatejo, que criaram um grupo com o mesmo nome há cerca de dois anos, e que procura partilhar fotografias, ideias, técnicas e tudo o que esteja relacionado com a fotografia. Esta exposição constitui um retrato do Ribatejo através de vários estilos e técnicas de 29 fotógrafos oriundos de vários locais do distrito de Santarém, passando por Abrantes, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Constância, Torres Novas e Sardoal. “Ribatejo – O outro lado da cor”, a 18ª exposição pública do grupo “Fotógrafos Amadores do Ribatejo”, pode ser visitada na Biblioteca António Botto, de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 12h30 e das 14h30 às 19h.

Pomonas Camonianas recriam ambiente medieval em Constância A 18ª edição das Pomonas Camonianas, que decorre nos dias 8, 9 e 10 de junho, em Constância, junta no programa os “Encontros de Cantar Diferente”, inauguração de exposições, danças renascentistas e um mercado quinhentista. No sábado, dia 8 de junho, será inaugurada, pelas 16h, a exposição “Levitar – Design e Crafts”, de Marta Mariano, seguido da animação do Grupo Moviritmo, composto por alunos da Escola Básica e Se-

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cundária Luís de Camões de Constância, junto à Estátua de Camões. Pelas 21h30, o Jardim-Horto de Camões recebe o mesmo Grupo Moviritmo para o espetáculo “Uma Noite no Oriente”, recriando o ambiente, a música e as danças da época em que Camões viveu na Índia. O segundo dia das Pomonas Camonianas começa com o Mercado Quinhentista, às 15h, enquanto o Anfiteatro dos Rios serve de palco dos “Encontros de Cantar Diferente”, às 22h,

AGENDA DO MÊS Abrantes Até 6 de junho – Exposição “O Pato Ilustrado”, ilustrações e livros – Biblioteca Municipal António Botto Até 16 de junho – VIII ANIMAIO, exposições, exibição de filmes de animação, oficinas criativas, música – Cine-Teatro São Pedro e Espaço Sr. Chiado Até 16 de junho – Exposição “As Viagens da Dª Mimi – Uma aventura animada”, cinema de animação – Espaço Sr. Chiado Até 30 de junho – Exposição “Um Olhar Atravessando o Atlântico”, fotografia de Mariano Piçarra – Espaço Sr. Chiado, encerra à quarta e ao domingo Até 30 de junho – Exposição “Bailes” – Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos 6 de junho – Apresentação da obra “Amar Abrantes, o Nosso Conselho”, de Santana-Maia Leonardo e António Belém Coelho – Biblioteca Municipal António Botto, 10h30 7 e 8 de junho – Festival Tejo – concertos com The Black Mamba, Kwanta, Viralata, The Scart, Dog Days - Outeiro de São Pedro, Castelo de Abrantes 8 a 26 de junho – Exposição “Da Mãe”, de Miguel Simão – Galeria Municipal de Arte, de terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 14h às 18h 12 de junho a 4 de julho – Exposição “Ribatejo – O Outro Lado da Cor”, fotografia pelos fotógrafos do Ribatejo – Biblioteca Municipal António Botto 14 de junho a 31 de outubro – Exposição “2500 anos de Armas e Conflito”, V Antevisão do MIAA – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes 20 de junho – “Entre nós e as palavras com…” Gonçalo Cadilhe, apresentação da obra “Um Lugar Dentro de Nós”, por Helder Rodrigues – Biblioteca Municipal António Botto, 21h30 29 de junho – Feira Franca, venda de antiguidades, artesanato urbano, produtos hortofrutícolas – Centro Histórico de Abrantes, 9h às 19h Cinema – Org. Espalhafitas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30: 5 de junho – “Lincoln”, de Steven Spielberg 12 de junho – “É o Amor”, de João Canijo 19 de junho – “Somewhere”, de Sofia Coppola 26 de junho – “Não”, de Pablo Larraín

Barquinha

“É o Amor”

Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 8 a 13 de junho – Vila Nova da Ciência e da Arte, animação de rua, teatro, música, artesanato, gastronomia – Parque Ribeirinho A partir de 10 de junho – Exposição “Ofícios de Vila Nova da Barquinha”, pintura de Domingos Simões e fotografia de Pérsio Basso – Centro Cultural 12, 14, 16, 21, 23 e 28 de junho – Teatro “O Aprendiz de Feiticeiro”, pela Companhia Fatias de Cá – Escola Ciência Viva, 14,14 € com jantar

Constância Até 28 de junho – Mostra Bio-bibliográfica de Agatha Christie – Biblioteca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 8 a 10 de junho – XVIII Pomonas Camonianas – Mercado Quinhentista, exposições, encontro de cantar diferente, feira de antiguidades 8 a 30 de junho - “Levitar”, exposição de Design & Crafts – Posto de Turismo, das 9h às 18h 14 e 24 de junho – “Há noite no Museu” – Cinema: “Linhas de Wellington” (dia 14) e “Saga Twilight – Amanhecer 2” (dia 24) – Jardim do Museu dos Rios e das Artes Marítimas, 21h 21 de junho – “Solstício de Verão” – Exposição de brinquedos solares, medir a altura do sol, construção de astrolábios e relógios do sol – Centro de Ciência Viva, das 15h às 19h DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 7 de junho - “Amália” 14 de junho – “Os Anjos de Charlie” 21 de junho – “Gerónimo Stilton – Mistérios no Expresso dos Roedores” 28 de junho – “Os Miseráveis”

Mação que este ano terá a presença de Pedro Barroso, Pedro Mestre, Miguel Calhaz e António Pinho Vargas. O centro histórico da vila vai acolher, no dia 10 de junho, entre as 10h e as 19h, a Feira de Antiguidades e Velharias, local de venda de raridades, objetos de valor, peças de coleção ou simplesmente peças antigas. Pelas 11h será inaugurada, na Casa-Memória de Camões, a Mostra Documental “O Espólio de Joaquim dos Mártires Neto Coimbra”, lo-

cal onde haverá a conferência “Arquivo Municipal de Constância – Memória para o Futuro”. O evento termina com a Cerimónia de deposição de uma coroa de flores no Monumento a Camões, com declamações e danças renascentistas. À semelhança dos anos transatos, alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Constância, vão estar trajados a rigor, representando figuras alusivas à época.

11 de maio a 30 de junho – Festival de Enchidos, Presuntos e Maranhos – Restaurantes aderentes 8 de junho – Fado solidário - Ângelo Freire e Pedro Soares convidam Francisca Correia – Cine-Teatro de Mação, 21h 29 de junho – Feira de Artesanato – Largo dos Bombeiros Sardoal 7 e 8 de junho – Teatro “D. Quixote e Sancho Pança”, pelo GETAS e alunos de Teatro Experimental de Cascais – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 14, 15 e 16 de junho – Santos Populares, Marchas Populares, música, animação – Parque de Lazer da Tapada do Milheiriço, sexta e sábado a partir das 21h, domingo a partir das 16h 22 de junho – Cinema “O Nómada” – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30

Vila de Rei Até 30 de junho – Exposição de cartoon “Eça e Portugal” – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Até 18 de julho – Exposição “A Família”, desenhos elaborados pelas crianças do Jardim de Infância – Museu Municipal


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José Alves Pequeno 28/12/1915 - 05/05/2013 Tramagal

AGRADECIMENTO Seu filho, nora e netos, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente veem põe este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde durante a sua doença e ás que o velaram, e acompanharam à sua última morada no cemitério do Tramagal. Agradecem também ás auxiliares do Centro de Dia do Tramagal pela maneira carinhosa como trataram o seu pai, sogro e avô. A todos o nosso profundo agradecimento

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

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SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

CARTÓRIO NOTARIAL DO ENTRONCAMENTO De Cristina Conceição EXTRACTO Cristina Maria Conceição, Notária do Cartório Notarial do Entroncamento, sito na Rua Luís Falcão de Sommer, n.º 63, no Entroncamento, CERTIFICO NARRATIVAMENTE, para efeitos de publicação, que por escritura de dez de Maio de dois mil e treze, lavrada de folhas sessenta a folhas sessenta e uma verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número VINTE E TRÊS – D: JOSEFINA MARIA, viúva, natural da freguesia de Alvega, concelho de Abrantes, onde é residente na Rua 13 de Maio, n.º 29, Tubaral, NIF 116 778 890, titular do Bilhete de Identidade número 4635097, emitido em 28/01/1993, pelos SIC de Lisboa; Outorgou uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel: Prédio rústico sito em Vale das Porcas, freguesia de Alvega, concelho de Abrantes, composto de cultura arvense de regadio, olival, cultura arvense e dependência para fins agrícolas, com a área de oito mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte com José de Matos Catarrinho, do sul e poente com caminhos, e, do nascente com Francisco Marques de Matos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número quatrocentos e quarenta e dois, da referida freguesia, onde se encontra registado a favor de João da Silva, casado com Maria Teresa de Oliveira no regime da comunhão geral, e, residente em Alvega, pela apresentação sete de trinta de Janeiro de mil novecentos e oitenta e nove, e, inscrito na respetiva matriz, em nome de João da Silva – Cabeça de Casal da Herança de, sob o artigo 198, secção G, com o valor patrimonial tributário de € 600,89, o mesmo que ela outorgante lhe atribui para efeito deste acto. Que, pretendendo efetuar o registo de aquisição a seu favor não dispõe de título formal para a dedução do trato sucessivo a partir do titular inscrito. Que, todavia, o dito prédio lhe pertence, por o ter comprado verbalmente ao titular inscrito e sua esposa, no mês de Dezembro de mil novecentos e noventa e dois, em dia que não pode precisar, já no seu estado civil de viúva. Não obstante não ter título formal de aquisição do referido prédio, foi ela que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respetivos impostos, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, amanhou-o, conservou-o, colheu os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa – fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que invoca como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original na parte a que me reporto. Entroncamento, dez de Maio de dois mil e treze. A Notária, Cristina Conceição (Jornal de Abrantes, edição 5508 de junho de 2013)

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