Jornal de Abrantes

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MARÇO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5505 · ANO 112 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha GASTRONOMIA

Provas de gastronomia em restaurantes da região Ao longo de março e de abril, produtos de quatro concelhos podem ser provados ou simplesmente novamente apreciados. Em Abrantes, há prova de azeites, assim como em Vila de Rei acontece o 6º Festival do Bacalhau e do Azeite. Vila Nova da Barquinha apresenta a 19ª edição do Mês do Sável e da Lampreia e Mação também aposta no Festival da Lampreia. páginas 8 e 10

DESPORTO

Medalhas para os Patos em prova internacional

Foto: Francisco Rocha

Miguel Trigo, Francisca Laia e António Trigo, atletas do Clube Os Patos, arrecadaram medalhas numa competição internacional de canoagem. A prova contou com a presença de cerca de 600 canoístas, incluindo diversos campeões Olímpicos, Mundiais e Europeus. O clube foi representado por mais de 20 atletas, desde cadetes a veteranos. página 23

Procissão de barcos volta a colorir os rios O atletismo e o artesanato regressam às Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Constância. A tradicional procissão de barcos continua a ser o momento alto e as ruas vão encher-se de flores de croché. E a festa prossegue, com várias atrações, incluindo fogo de artifício e artistas como Ana Laíns e Amor Electro. página 17

Semana Santa em Sardoal, a fé, a tradição e a cultura Com a eletricidade da rede pública desligada, a Procissão dos Fogaréus, na Quinta-feira Santa, dá início às cerimónias da Semana Santa. Até Domingo de Páscoa acontecem

outras grandiosas procissões e rituais litúrgicos. Animação de rua e flores nas capelas são apenas mais dois motivos para ir ao Sardoal nesta altura. página 11

EST ESTA TA jornal j l nesta edição O ESTAJornal, jornal laboratório dos alunos de Comunicação Social da ESTA, já vai na 30ª edição. E continua a ser distribuído com o Jornal de Abrantes, para chegar mais longe.


2 ABERTURA

MARÇO 2013

FOTO DO MÊS

de

jornal abrantes

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Editora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Quantos mais vierem, melhor

jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Redação Ricardo Alves (CP. 9685) ricardo.alves@lenacomunicacao.pt

Alves Jana André Lopes Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado Isabel Colaço

Ricardo Alves

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

O Centro Escolar de Rio de Moinhos, Abrantes, está em funcionamento há meses. A Associação de Pais e a Junta de Freguesia queixaram-se várias vezes dos acessos, uma vez que a estrada estava num estado deplorável. Finalmente, as obras fizeram-se.

INQUÉRITO

Qual é a sua opinião sobre o facto de o Papa Bento XVI ter renunciado?

Design gráfico António Vieira

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Grafedisport, S.A.

Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

GERÊNCIA Francisco Santos Ângela Gil

Ana Dias

Lurdes Gonçalves

Vera Vicente

Tramagal

Crucifixo

Abrantes

Acho que teve a atitude mais correta já que se “alguém” não se sentir capaz de exercer a sua função seja por que “motivo” for terá de renunciar essa mesma função.

Creio que Bento XVI anunciou uma renúncia muito ponderada e consciente, mas é justa. Devido à sua idade já avançada, o Papa merece passar os últimos anos descansado. Acredito também que os problemas de saúde ou o cansaço sejam uma “desculpa” e uma forma de dizer que algo na Igreja não está bem.

Acho natural que qualquer pessoa que não se sente em condições para exercer as funções que lhe são esperadas possa abdicar. Achei uma atitude sensata. A Igreja tem que se adaptar aos tempos modernos e a atitude do Papa é um sinal de que a Igreja está a modificar as suas questões ideológicas e estruturais.

Este é um mês repleto de tradições e de festividades. Religião, gastronomia, artesanato, desporto, teatro e música estão por todo o lado, de Sardoal a Constância, de Vila de Rei a Vila Nova da Barquinha, passando por Mação e Abrantes. Não há desculpas para não sair de casa. Mesmo em tempo de contenções (por parte dos organizadores, mas também por parte dos visitantes), certamente que valerá a pena aceitar as propostas que são feitas. Os momentos de fé e devoção atingem neste mês o seu auge. Mas as festas que nos rodeiam são também marcadas por espetáculos que atraem o público jovem: artistas nacionais estão por cá, mas os valores da região também têm, naturalmente, os seus palcos. Por tudo isto, mais do que usufruir de programas intensos de atividades, este é também um excelente momento para convidar amigos de fora. O turismo é o impulso que todos procuram. Na verdade, os territórios precisam cada vez mais de potenciar tudo o que têm de bom, não só para preservar tradições e para promover gente da terra, mas também para criar fatores de atração. O passapalavra continua a ser uma das melhores formas para trazer visitantes. Usemos o que está ao nosso alcance. E as novas tecnologias podem ser uma ótima forma de convidar quem está longe para cá vir. HÁLIA COSTA SANTOS

SUGESTÕES Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Manuel Dias

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia

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IDADE 82 anos RESIDÊNCIA Abrantes PROFISSÃO Reformado

UMA POVOAÇÃO Óbidos

UM FILME “E Tudo o Vento Levou”

UM CAFÉ Em Abrantes o Chave d’Ouro

UMA VIAGEM Paris, é uma terra diferente e lindíssima

PRATO PREFERIDO Sardinha assada

UMA FIGURA DA HISTÓRIA (E PORQUÊ) Mário Soares, porque muito fez contra a ditadura, sempre a favor da democracia

UM RECANTO PARA DESCOBRIR As zonas ribeirinhas do rio Tejo, o AquaPolis UM DISCO Vários do Frank Sinatra, um verdadeiro monstro da música

UM MOMENTO MARCANTE Quando fui eleito deputado da Assembleia Constituinte

UM PROVÉRBIO “Sê amigo do pior mamífero – o homem!” UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um almoço no AquaPolis sobre o rio Tejo e um jantar no Parque Urbano de São Lourenço em harmonia com a natureza UM SONHO Ver os meus dois netos crescer


ENTREVISTA 3

MARÇO 2013

RAPPER VIPE MC FALA SOBRE A SUA CARREIRA E SOBRE OS SEUS PROJETOS MUSICAIS

“O rap é um espelho daquilo que acontece na vida”

Bárbara Gomes

esse tipo de temas. Na minha opinião, o rap depende, basicamente, do sítio de onde vens e principalmente da pessoa que és até àquele determinado momento. Tal como disse, o rap é o espelho de quem és e cada um é na sua vida aquilo que é nas suas músicas, ou pelo menos é assim que deveria ser.

Ricardo Constantino: “Não gosto de estar parado, estou sempre com novos projetos”

Ricardo Constantino, conhecido no mundo do rap como Vipe Mc, passou parte da sua vida no Cacém mas voltou às origens. É por cá que trabalha, escreve e compõe as suas músicas. Foi no Sardoal, numa tarde de inverno solarenga, que nos falou um pouco acerca do seu percurso no hiphop, dos seus trabalhos e de novos projetos. Ao entrar no mundo do hip-hop começou na vertente do grafitti e posteriormente passou para o rap. Pode contar-nos um pouco acerca do início do seu percurso? Eu faço rap há cerca de dez anos e comecei no grafitti praticamente dois anos antes de começar a cantar. Quando digo grafitti (acho que é por onde todos começam), eram todos os amigos da nossa rua que agarravam nas latas de spray (na altura eram graxa para os sapatos) e todas as caixas de eletricidade, postes ou caixotes do lixo eram tagados. A partir daí, passámos para as latas de

spray para pintar carros, aquelas que se compram no supermercado. Tudo começou aí e o amor por aquilo que fui fazendo foi crescendo. Comecei a pintar a parede, quis aperfeiçoar e comecei a especializar-me: a saber o que comprar, no que trabalhar e a fazer mais projetos no papel para posteriormente passar para a parede. Foi nessa altura que passei para a vertente MC (Mestre de Cerimónias) também com o meu grupo de amigos. Dávamo-nos a conhecer por ali, na nossa rua. Foi precisamente aí que começou o meu amor pelo hip-hop. O rap é muitas vezes criticado e muitos associam-no à delinquência. Qual é a sua opinião acerca dessas críticas? Em primeiro lugar, creio que o rap é um espelho daquilo que acontece na vida, ou seja, se uma pessoa cresce num bairro e a sua vida é rodeada de delinquência e marginalidade, se a vida o empurrou para isso, é sobre isso que escreve, com

Relativamente ao rap em Portugal e particularmente na zona de Abrantes e Sardoal, acha que tem havido alguma evolução nos últimos anos? Sim. Não só nesta zona, mas em todas as zonas do país. Na última década surgiu um boom no hip-hop em Portugal. Muitos dos que vieram por ser uma moda acabaram por ganhar gosto pelo que fazem, especializaram-se, passaram a ser cada vez melhores e isso leva sempre à evolução. Temos excelentes grupos, desde Torres Novas, toda a zona de Abrantes até Leiria. Todos os grandes centros habitacionais têm bons MCs, bons rappers e bons estúdios onde se trabalha muito. É fácil fazer concertos aqui? Sinto que é mais fácil fazer concertos fora dos grandes aglomerados, nas grandes zonas urbanas torna-se um pouco difícil oferecerem palcos a quem quer mostrar o seu trabalho, não sei se pelo estereótipo que todos têm em relação ao hip-hop. Se formos mais para o interior do país, torna-se muito mais fácil conseguir arranjar locais onde se possa mostrar o trabalho feito. Aqui, não me posso queixar, existem muitas pessoas que perguntam se quero dar concertos ou se conheço pessoas dispostas a atuar. Há sempre movimento a ser feito. Normalmente é entre amigos?

Não só. Por vezes, atua-se num local e aparece alguém de outro bar que gosta do concerto, a palavra passa e há sempre bares e locais à procura de noites de animação e concertos aos melhores preços. Tem cinco mixtapes (compilação de canções) concluídas, as primeiras “As sessões do livro negro” vol. I e II e a última “Fuck Norris”. Fale-nos um pouco acerca delas. A primeira nasceu pelo facto de querer passar para a escrita um pouco do meu lado negativo, depois as pessoas criaram uma imagem de mim que resolvi aproveitar no que diz respeito ao meu lado negro nas músicas. A segunda foi trabalhada durante mais tempo, com várias participações de MCs de norte a sul do país. Foi um trabalho que demorou um ano e meio a ser concluído e foi a continuação do que tinha feito anteriormente. Houve talvez um amadurecimento em termos de escrita e de sonoridade, com mais refrões. Entretanto, enquanto estava a preparar esses projetos, fiz mais três mixtapes, que funcionaram com músicas soltas que vou fazendo. Como não consigo estar muito tempo parado, o computador vai ficando cheio de canções que não são utilizadas. Então, agarro nelas, dou-lhe um sentimento que corresponda a um todo e trabalho um nome para uma nova mixtape. Tenho as “Páginas Rasgadas” e o “Livro Enterrado” que foram músicas que não foram utilizadas em nenhum dos CDs, compilei-as todas e dei-lhes vida. A “Fuck Norris” é um exemplo daquilo que vou fazer daqui para a frente. Irei agarrar em nomes da nossa história mundial fazer sons moldados na personalidade da pes-

soa que escolho. Existe algum projeto ou alguém com quem gostasses de trabalhar vir a trabalhar no futuro? Relativamente a MCs, não tenho aqueles cânones pré-estabelecidos de que só canto com uma pessoa porque ela tem um certo grau de influência em torno da nossa cultura. Todos os trabalhos que me chegam e que vejo que são bons, que o MC ama a música e aquilo que faz, está obviamente habilitado a vir trabalhar comigo. Independentemente de quem seja, de onde seja, do seu credo e raça, existe essa possibilidade, desde que leve a sério o que tenta mostrar às pessoas. Nunca penso em MCs com quem gostaria de trabalhar pois só o futuro o dirá, mas tendo em conta que não gosto de estar parado, estou sempre com novos projetos. A próxima mixtape será “As sessões do livro negro” vol.3. Escolhi o pirata barba negra e irei trabalhar em torno dele. Irei colocar-me na sua pele e criarei uma estória da primeira à última faixas. Será baseado no mar e na pirataria. Além de poesia, terá narração em que toda a minha equipa terá um papel preponderante. De faixa para faixa irá haver sempre um enquadramento para que o ouvinte consiga perceber o que a música lhe vai transmitir a seguir. Isto passa pela personificação de locais e de ambientes que nos circundam; cidades piratas, bares dentro dessas mesmas cidades, lutas no mar, tesouros descobertos, amor e traição. Já estou a trabalhar há meses e é o projeto que demorará mais tempo a ser terminado porque terá que sair perfeito. Bárbara Gomes

aluna de Comunicação Social da ESTA

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4 INVESTIGAÇÃO

MARÇO 2013

ALEGADAS IRREGULARIDADES EXPLICADAS POR DUAS FONTES PRÓXIMAS DO PROCESSO

Instituições de recuperação de toxicodependentes sob suspeita O Ministério Público de Abrantes está a investigar duas denúncias de fraude efetuadas ao Ministério da Saúde e à Segurança Social relativas à gestão do cónego José da Graça. Em causa estão instituições sob a sua tutela: a comunidade terapêutica João Guilherme, um centro de desintoxicação ligado ao Centro Interparoquial de Abrantes e os apartamentos de reinserção de toxicodependentes e alcoólicos em Abrantes, Castelo Branco e Ponte-de-Sôr. A propósito das denúncias de fraude que vieram a público há cerca de um mês, uma fonte próxima do processo denunciou ao Jornal de Abrantes (JA) que “a política é fazer dinheiro”. Dá como exemplo os apartamentos de reinserção que terão sido usados para triplicar os dividendos com os mesmos utentes. Em 2001 uma fiscalização do então denominado Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência ditou que a gestão dos

apartamentos deveria devolver 65.358,98 euros recebidos, supostamente, de forma indevida. A fonte, que preferiu não se identificar, conta que o cónego José da Graça terá exigido que os ex-utentes “fossem contactados para assegurar que não estavam numa outra instituição” protocolada com o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), evitando assim quaisquer irregularidades no cruzamento de dados. A mesma fonte explica que, com o referido contacto a ex-utentes, foi possível manter nas listas dezenas de utentes-fantasma, “alguns deles detidos em estabelecimentos prisionais”. Mas a alegada fraude agora investigada aponta outras situações. “O importante é fazer o processo, para ir nas listas e ser pago.” A fonte adianta que a Comunidade Terapêutica (CE) fazia processos de alcoólicos e toxicodependentes, “mas a partir do momento em que o IDT incluiu os alcoólicos e estes passaram a ter de fa-

“Condições de higiene degradantes”

zer diagnóstico no Centro de Atendimento de Toxicodependentes, começou a centrar-se nos toxicodependentes porque os outros já não interessavam”. Para além do facto de “os alcoólicos terem processos de seis meses ao passo que nos toxicodependentes passaram para 12”. Ao JA a fonte explicou ainda que para além das cobranças

indevidas, “idosos, sem-abrigo, deficientes, presidiários, doentes mentais e alcoólicos eram considerados toxicodependentes e eram iniciados processos”. Estas e outras alegadas manobras de duplicação, e em alguns casos triplicação, do recebimento das subvenções estatais foram confirmadas ao JA por uma outra fonte.

Um outro problema identificado por ambas as fontes diz respeito a uma suposta falta de pessoal: “quatro a tempo inteiro e três ou quatro que aparecem lá de vez em quando”. Uma das fontes contactadas pelo JA garante que o pessoal é pouco para as muitas camas da CE, levando a “condições de higiene degradantes em que por vezes é quase impossível entrar nos quartos”. A denúncia feita ao Ministério da Saúde e à Segurança Social, a que o JA teve acesso, dá conta da inexistência de um «médico ou enfermeiro a tempo inteiro na CE» e que a «vinheta que obrigatoriamente consta de cada processo de admissão é de um gastrenterologista já aposentado» que deixa quinzenalmente «processos assinados para serem utilizados pelos terapeutas». A mesma denúncia adverte que os utentes não são observados antes de serem admitidos. A segunda fonte conta um

episódio que terá acontecido há “três ou quatro anos” e que, na sua opinião, ilustra deficiências na gestão dos recursos humanos: “No Natal e fim de ano, a equipa terapêutica deu a chave dos medicamentos a um utente toxicodependente acabado de chegar e responsabilizou-o para dar a medicação. Em três, quatro dias tomou a medicação toda, sofreu uma overdose e esteve em coma quase um mês no hospital.” Tudo porque, explica, os funcionários não queriam lá passar as festividades, mas “foi tudo abafado”. Ambas as fontes entrevistadas pelo JA pediram anonimato. O JA tentou, ao longo de vários dias, obter uma reação do principal visado destas acusações, quer pessoalmente quer através de diversos contactos telefónicos. No entanto, até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer um contacto com o Cónego José da Graça. Ricardo Alves

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MARÇO 2013

Janelas Tagus PVC apresentam vantagens para a arquitetura, na reconstrução do património histórico das nossas cidades

Abrantes está a aderir em força ao F.E.E., pois as janelas eficientes são o garante deste sucesso A janela Tagus PVC no conforto

Janelas Tagus pvc eram o futuro, são agora o presente

A família Fiuza Lopes reconheceu que foi dos melhores investimentos que realizaram na sua residência, pois beneficiaram francamente do conforto e da segurança.

“...em termos de ruído não conseguimos perceber se há mais ou menos tráfego na av. 25 de Abril.” “...em termos de segurança, basta manusear esta janela para se verificar que se está na presença de algo forte e consistente, e de elevada dificuldade de abrir pelo exterior.” “...em termos de conforto veja-se pelo termómetro, num dia frio como o de hoje, a temperatura que está no interior da nossa casa sem qualquer tipo de aquecimento.”

A Tagus pvc, Engenharia e Sistemas de Polímeros iniciou a atividade em 1997. É a empresa pioneira a trabalhar janelas em PVC. Desde então, vem alertando e esclarecendo o quanto é sério e importante estarmos prevenidos relativamente aos temas ambientais de hoje. O PVC está presente nos mais importantes e sensíveis setores da sociedade mundial e contribui não apenas para a saúde das pessoas, mas também para o bem-estar do planeta, uma vez que é 100% reciclável. Perante a nova consciência ambiental é exigido uma postura mais atuante e participativa com uma posição ecologicamente correta e baseada em metodologias

científicas. Esta refletese na, habitação, em economia de energia, conservação de recursos naturais. A janela Tagus pvc atende aos requisitos básicos do desenvolvimento sustentável! Pois a cadeia produtiva do PVC adota esta linha de atuação baseada em estudos técnico-científicos atualizadas em pleno consenso com as normas europeias. Sendo assim, o PVC é um material diferenciado e possui excelente avaliação em estudos de ACV (Análise do Ciclo de Vida) onde se conclui que o PVC não causa mais impactos ambientais que os seus concorrentes. Álvaro J. G. M. Lino

Eng. Têxtil - UBI

A janela Tagus PVC na arquitetura

A Arquitetura e o Património A arquitetura é considerada a arte e o domínio do belo, considero que esta arte, pode ser entendida como um tecido dinâmico em constante atualização e em sintonia com os desejos do Homem. A presença do arquiteto na conceção de um ambiente revela-se pela beleza, harmonia, conforto e plasticidade do edificio.

A

Fez-se um desafio a um grupo de arquitetos para que, num edifício de traça classificada, diferenciassem caixilhos de madeira e as janelas Tagus pvc. A conclusão foi de que não havia qualquer diferença. Assim sendo, deixamos um repto aos leitores, que nos apontem as respetivas diferenças: geral@taguspvc.pt

Fez!

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6 SAÚDE

MARÇO 2013

DEPUTADO DO PCP ESTEVE DE VISITA AO HOSPITAL DE ABRANTES

António Filipe destaca vários problemas ao nível da saúde no Médio Tejo António Filipe, deputado do PCP na Assembleia da República eleito pelo distrito de Santarém, visitou o serviço de Urgência da Unidade Hospitalar de Abrantes, no passado dia 25 de fevereiro. As dificuldades sentidas pelos utentes no acesso ao serviço de saúde do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) foram o motivo que trouxe António Filipe à unidade de Abrantes, acompanhado pela administração do CHMT.

Aos jornalistas, o deputado do PCP destacou como principais problemas do CHMT a falta de médicos de família (que tem levado cada vez mais utentes ao serviço de urgência no Hospital de Abrantes), a falta de recursos financeiros e de transportes (que leva a população a não recorrer aos cuidados de saúde de que necessita), os frequentes abandonos de tratamentos e a escassez de pessoal médico no centro hospitalar. Outra preocupação destacada por António Filipe é facto de os utentes de Vila de Rei, Gavião e Ponto de Sôr recorrerem ao Hospital de Abrantes face à proximidade que têm com a unidade, mas o financiamento não vai para o CHMT. “Esta falta de coordenação é uma preocupação manifestada por parte da administração e, assim sendo, vamos questionar o Ministério da Saúde sobre esta falta de transferência de verbas”, garantiu o deputado. Questionado sobre as sucessivas reorganizações de que o CHMT tem sido alvo, António Filipe disse que tem acompanhado o processo e acrescentou que é notória uma clara pressão do Governo

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para que estas medidas se concretizem. Face a isto, o deputado do PCP explicou que “o nosso papel foi passar os descontentamentos que a população está a sentir à administração do CHMT”. António Filipe referiu ainda que o estado em que se encontra o serviço nacional de saúde se deve ao subfinanciamento para as unidades hospitalares, aos vários cortes que têm reduzido a qualidade na prestação de serviços, ao aumento das taxas moderadoras e à lei dos compromissos que tem asfixiado este serviço “tão necessário” no país.

Novas reorganizações podem estar em cima da mesa Podem estar em cima da mesa novas mudanças no Centro Hospitalar do Médio Tejo. Desta vez pode estar em causa a transferência da especialidade de Otorrino do Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar, para o Hospital de Santarém.

A perda desta valência ainda não foi confirmada oficialmente pela administração do Centro Hospitalar, mas segundo uma fonte da administração “está tudo em aberto”. Manuel Soares, o presidente da Comissão de Utentes de Saúde do Médio Tejo, lamentou, em declarações à Antena Livre, o facto de se estar às portas de uma nova mudança e de ainda não haver conversações. “Todas estas questões parecem ser feitas ao sabor de algumas conveniências. Nós defendemos um plano estratégico que possa projetar o que se pretende para as populações ao nível dos cuidados de saúde. O que conhecemos é uma redução financeira de forma a reduzir o défice do Centro Hospitalar, o que nos deixa perplexos! Pois os hospitais devem ser medidos em ganhos em saúde e em qualidade de vida e não por ganhos financeiros.” Manuel Soares disse que proximidade deve ser sinónimo de qualidade e que isso não está aconte-

cer nos serviços hospitalares dos três hospitais. “É mais que evidente que os três hospitais têm perdido imenso e a qualidade da saúde está cada vez pior. Não se pode dizer que há qualidade quando certos utentes não têm capacidade para chegar aos serviços em tempo útil, nem para realizarem os tratamentos em condições ou serem acompanhados pelos familiares caso fiquem hospitalizados.”

Torres Novas perde Medicina Interna O presidente da Comissão de Utentes referiu ainda que o facto desta possível alteração estar em “aberto” é muito preocupante e pode implicar outras alterações prejudiciais para a qualidade de saúde no Médio Tejo. “O que é realmente preocupante é o conselho de administração dizer que está tudo em aberto. Assim sendo, pode estar tudo em causa inclusive o encerramento de mais va-

lências”, remata o representante dos utentes. O serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Médio Tejo vai ser centralizado no Hospital de Abrantes, deixando de ser uma das valências da unidade de Torres Novas. Manuel Soares, critica a atuação dos responsáveis: “Este Governo e o conselho de administração do CHMT estão a tornar o acesso à saúde mais longe e mais caro. Cada vez que há uma avaliação da troika ao país, há uma nova mudança no Centro Hospitalar.” Manuel Soares referiu ainda que a Comissão de Utentes está a tentar realizar uma reunião com conselho consultivo do centro hospitalar “tão breve quanto possível”, para debater as possíveis e sucessivas reorganizações, mas ainda não foi avançada qualquer data. “A reunião já foi solicitada em janeiro, o mês de fevereiro terminou e nem há uma convocação feita”. Joana Margarida Carvalho


ECONOMIA LOCAL 7

MARÇO 2013

MÉDIO TEJO

Novo Roteiro para a dinamização turística

Empresas de Abrantes distinguidas a nível nacional Num universo de mais de 8000 empresas, Abrantes vê reconhecido o empreendorismo dos seus empresários. O prémio PME’S Líder 2012 distinguiu quatro empresas sediadas no concelho: Sofalca, Momsteelpor, Gásunidos e C.P.P. O Estatuto PME Líder foi criado em Portugal em 1975, pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) para distinguir o mérito das PME (Pequenas e Médias Empresas) nacionais com desempenhos superiores. Trata-se de um reconhecimento feito em parceria com o Turismo de Portugal e o conjunto de Bancos parceiros, tendo

por base as melhores notações de ‘rating’ e indicadores económico-financeiros. Esta iniciativa tem como objetivo conferir notoriedade e otimizar as condições de financiamento das empresas com superior perfil de risco e que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva. O Estatuto tem associado um conjunto de benefícios, como o acesso em melhores condições a produtos financeiros e a uma rede de serviços, a facilitação na relação com a banca e um certificado de qualidade para as empresas na sua relação com o mercado. As empresas abranti-

nas distinguidas com este prémio atuam em setores diversos: a C. P. P. Comércio de Produtos Petrolíferos, Lda. faz comércio por grosso de produtos químicos; a Gásunidos - Comércio de Gás e Equipamentos, Lda. é agente de comércio por grosso de combustíveis, minérios, metais e de produtos químicos para a indústria; a Momsteelpor, S.A. é fabricante de estruturas de construções metálicas; a Sofalca - Sociedade Central de Produtos de Cortiça, Lda. fabrica produtos de cortiça, estando também a apostar no setor do design. Francisco Rocha

• Novo mapa informativo da região foi apresentado em Vila Nova da Barquinha O centro cultural de Vila Nova da Barquinha foi o palco de apresentação do “Roteiro Mais Centro”, uma iniciativa da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) destinada à promoção turística de toda a região do Médio Tejo. Este roteiro mostra e dá a conhecer um conjunto de empreendimentos que foram financiados através de fundos comunitários, a partir do programa Mais Centro, aplicado pela CCDRC. Exemplos de alguns espaços turísticos que se podem encontrar neste roteiro são: o Castelo de Abrantes e o Castelo de Torres Novas, o Museu Nacional Ferroviário no Entroncamento, o Convento de Cristo em Tomar, o AquaPolis em Abrantes, entre outros espaços de interesse turístico. Pedro Saraiva, presidente da CCDRC, explicou as potencialidades deste roteiro turístico: “Este documento tem um programa para um fim-de-semana de puro passeio e visita, para que quem procura esta região fique bem informado das potencialidades turísticas de cada concelho. São 15 pontos de interesse com

um mapa informativo, distribuídos por Abrantes, Alcananena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.” Pedro Saraiva explicou ainda que através do programa Mais Centro estão a ser aplicados 1.700 milhões na região do Médio Tejo, em vários projetos, alguns deles que podem ser encontrados no novo roteiro turístico. Miguel Pombeiro, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha explicou a importância do roteiro para os vários concelhos do Médio Tejo, nomeadamente para a Barquinha, bem como exaltou o interesse dos fundos comunitários para a concretização de vários projetos de dinamização cultural e turística: “O roteiro é uma forma atrativa de dar a conhecer investimentos no âmbito do QREN, aproxima o cidadão dos investimentos e da importância dos fundos comunitários para a região. Quanto mais pequeno é um município mais vital é a existência de financiamento comunitário, como é o caso da Bar-

quinha.” António Rodrigues, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, também marcou presença na cerimónia. Referiu a mudança de paradigma que diz respeito às Comunidades Intermunicipais (CIM`s), afirmando que as CIM`s neste próximo quadro comunitário de 2014 “vão ter um papel mais relevante e importante do que as próprias autarquias”. Acrescentou que “hoje vivemos uma época de coesão territorial, onde o comum cidadão português não está a acompanhar esta mudança, que centra grandes responsabilidades nas CIM`s, no que diz respeito à gestão dos apoios comunitários a serem aplicados nas regiões”. Após a apresentação do novo roteiro, foi realizada uma visita ao Parque de Escultura Contemporânea do Almourol e ao Centro Integrado de Educação e Ciência (CIEC), dois equipamentos também presentes no documento turístico. O Roteiro Mais Centro pode ser encontrado em versão papel ou em versão online em www.maiscentro. qren.pt/roteiro . Joana Margarida Carvalho

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8 FESTAS, FEIRAS E FESTIVAIS

MARÇO 2013

Barquinha: Mês do Sável e da Lampreia Vila Nova da Barquinha apresenta a 19.ª edição consecutiva do Mês do Sável e da Lampreia. Entre 23 de fevereiro e 31 de março, sete restaurantes do concelho criam menus com pratos confecionados à base dos peixes do rio. Para além do esperado repasto, quem se deslocar aos restaurantes vai ter a oportunidade de ganhar entradas para visitar o Castelo de Almourol, numa viagem de barco até ao monumento nacional, uma oferta decorrente deste Mês do Sável e da Lampreia.

Fernando Freire, vereador na Câmara Municipal, refere este evento como uma oportunidade para o concelho e para o setor da restauração: “Felizmente, devido à abundância de água no rio, os peixes deixam a foz e sobem para montante. E este evento, objetivamente, numa altura de crise instalada, cria riqueza. É um papel da autarquia promover este tipo de eventos.” Para o vereador, esta é também uma oportunidade de dar a conhecer os equipamentos do concelho, nomea-

damente o Parque de Esculturas Contemporâneas Almourol. “Vai fazer um ano em julho e é uma referência em termos nacionais”. No fundo, trata-se de uma oportunidade para “passar bons momentos no nosso território, com ligação à gastronomia e cultura e quem trouxer os filhos pode também ir até ao Centro Integrado de Educação e Ciência e ligar-se à ciência”. Iguarias como Açorda de Sável e Arroz de Lampreia são alguns dos exemplos do que o visitante pode en-

contrar nesta mostra gastronómica, num concelho banhado pelos rios Zêzere, Nabão e Tejo, com forte ligação às tradições piscatórias, e gastronomia portuguesa que remonta aos princípios da nacionalidade. Os restaurantes aderentes a este Mês do Sável e da Lampreia são ‘A Carroça’ (Limeiras), ‘Almourol’ (Tancos), ‘O Chico’ (Praia do Ribatejo), ‘Palmeira’ (Barquinha), ‘Soltejo’ (Barquinha), ‘Stop’ (Atalaia) e ‘Tasquinha da Adélia’ (Barquinha). Ricardo Alves

Numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Mação e do setor da restauração local, decorre, de 23 de fevereiro a 14 de abril, o Festival da Lampreia, este ano num período mais alargado de tempo. Esta iniciativa conta naturalmente com o apoio da Câmara Municipal e com a comparticipação de verbas do PRODER e do programa Portugal Rural, cujos objetivos principais são a promoção do comércio local e desenvolvimento regional. Saldanha Rocha, presidente da Câmara Municipal de Mação, explica que “os objetivos deste Festival passam pela divulgação das potencialidades gastronómicas de Mação, que tem na lampreia, no mel, nos doces e no azeite alguns dos seus pontos fortes, o que leva, todos os anos, a que a

jornaldeabrantes

Francisco Rocha

Festival da Lampreia em Mação

• Saldanha Rocha diz que a iniciativa pretende divulgar potencialidades do concelho vila seja expressamente visitada por pessoas que buscam as delícias de uma boa refeição à qual poderão juntar um bom presunto ou um bom vinho da região”.

O sucesso do ano passado teve reflexo no crescente número de restaurantes que aderiram espontaneamente a este Festival, que assim sobe para um total de dez. Os

restaurantes aderentes estão distribuídos por todas as freguesias do concelho numa tentativa, não só, de potenciar as qualidades da cozinha regional, mas também como

uma lufada de ar fresco no combate à crise que afeta o setor da restauração. Os preços variam de restaurante para restaurante. A edilidade distribuiu um folheto

alusivo ao Festival no qual os potenciais interessados vão poder saber onde e quando poderão desfrutar destas e de outras iguarias regionais. Esta ideia surge como corolário do Livro“À mesa com Mação”, que pretende ser a Carta Gastronómica da região. “Aqui são referidas um conjunto de receitas que fazem parte dum património cultural inestimável de Mação que importa defender preservar”, salienta o presidente. Saldanha Rocha referiu, ainda, no seguimento deste Festival, um outro conjunto de iniciativas cujos objetivos “passam igualmente pela divulgação de produtos regionais e que servirão de mote para os festivais do mel e dos arrozes”, cujas datas serão oportunamente divulgadas. Francisco Rocha


FESTAS, FEIRAS E FESTIVAIS 9

MARÇO 2013

FEIRA DE S. MATIAS, EM ALFERRAREDE

com Chouriço. D. Georgina, a vendedora, interrompe a conversa para alertar umas meninas que passam: “ ’Ólhó’ pão ‘co chourice’ acabadinho de sair, anda buscar”. O apelo não é suficientemente forte, até porque as meninas estão mais interessadas em algo diferente. É que, em frente, a barraca de tiro ao alvo da D. Maria parece ser uma das maiores atrações da Feira. Vários grupos de jovens tentam a sorte, atraídos pelos vistosos peluches como prémio. Um rapaz lá consegue oferecer uma banana rastafári tamanho XXL a uma dessas meninas, ganhando um beijo na bochecha. Marília e Vera, jovens com pouco mais de 20 anos, vieram propositadamente à Feira para comprar uns candeeiros, mas este ano a “se-

• A feira que atrai gente de todas as idades nhora dos candeeiros” não está presente. Em frente a uma barraca que vende panelas, as duas jovens cruzamse com um casal já mais velho. D. Carlota e Sr. Matias resolveram sair num encontro

romântico pela Feira. Longe dos olhares indiscretos, dão a mão enquanto confessam ter saudades da Feira ser no centro de Abrantes. “Não beneficia em nada, fica deslocado e tem menos barracas”,

diz D. Carlota enquanto troca um sorriso de nostalgia com o companheiro. Apressada vem Rita Alves, à espera que os filhos acabem a volta de carrocel para poderem ir embora. A jo-

vem mãe abrantina diz que anualmente marca presença na Feira e que não se importa minimamente com o que gasta. Quanto ao local, está muito satisfeita, pois tem mais lugares para estacionar. Enquanto o barulho do final das voltas do carrocel atrai novos clientes, vários donos de pequenas barracas juntam-se para ‘bater’ uma sueca numa mesa improvisada. Não há muito movimento num dia de semana. Vão ganhando forças e paciência para enfrentar a grande afluência que se espera no fim de semana. Domingo, 17 de março, será a despedida. Só voltarão a encontrar as gentes de Abrantes no próximo ano. Fernando Silva

aluno de Comunicação Social da ESTA

Francisco Rocha

O dia frio apela a umas castanhas à porta do Tecnopólo de Abrantes, local escolhido para receber a Feira de S. Matias. O cheiro a pão com chouriço mesclado com músicas do Tony Carreira convidam a entrar. O Sr. Marques, que veio de Lisboa visitar a família, aproveitou para levar a esposa e as netas à Feira, mas optou por ficar à porta. “Não gosto muito de confusão” – explica o reformado, que não se assusta caso a esposa gaste mais do que o orçamento permitido para a ocasião. “Graças a Deus, temos uma boa reforma.” Ao lado do Sr. Marques surge uma nuvem de fumo com um cheiro delicioso, vindo de uma barraca com os fornos abertos. Vai sair mais uma rodada do famoso Pão

Hália Costa Santos

“Ólhó pão co chourice”

Abrantes foi uma terra com azeites durante quatro dias. O II Encontro Ibérico chegou à cidade. Especialistas de vários pontos do país debateram, durante dois dias, num simpósio técnico, as mais variadas temáticas sobre as potencialidades do azeite. A antiga rodoviária recebeu um fórum do azeite, um espaço com vídeos sobre os azeites da região, um lugar de cosmética bastante solicitado, um bar com petiscos e uma loja da TAGUS com os vários produtos regionais. Para além de animação musical, os visitantes puderam participar em sessões de showcooking e workshops (prova de azeites e sabonetes de azeite). JMC

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10 FESTAS, FEIRAS E FESTIVAIS

Prova de azeites em restaurantes para promover a região

Seis azeites produzidos do Ribatejo Interior vão estar em 15 estabelecimentos de restauração da região, numa ação promovida pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. Até ao dia 30 de abril, azeites virgens extra de seis produtores (Cabeço das Nogueiras - SAOV, Casa Anadia DOP, Gallo Azeite Novo 2012.13 - Victor Guedes), Ourogal DOP, Val Escudeiro e Zé Bairrão) vão poder ser provados nos restaurantes aderentes. Para além da prova de azeites, será disponibilizada uma carta de azeites que permitirá conhecer as características de cada um dos produtos. O objetivo é “promover e valorizar estes excelentes produtos do Ribatejo Interior junto dos restaurantes, para

MARÇO 2013

que estes espaços os usem na confeção e tempero dos seus pratos e os recomendem aos seus clientes”, refere o técnico coordenador da TAGUS. “Não só durante a ação, mas permanentemente”, salienta Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS. Esta iniciativa conta com o apoio da abordagem LEADER, do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR) e acontecerá nos espaços: A Cascata, Central Park, Cervejaria Aquapolis, Esplanada Pézinhos no Rio, D. José Pinhão, Hotel Segredos Vale Manso, Hotel Turismo de Abrantes, Quatro Talhas, Quinta D´ Oliveiras, Refeitório Quinhentista da Quinta de Santa Bárbara, Remédio D’Alma, Sabores da Cascata, Santa Isabel, Trincanela by São Lourenço e Vera Cruz.

Queijo de Cabeça de Porco junta-se ao bacalhau e ao azeite Os melhores pratos confecionados com bacalhau e azeite vão voltar a preencher as ementas vilarregenses na época Pascal, através da realização do 6º Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite de Vila de Rei, entre os dias 16 e 24 de março. Organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, o certame contará com a participação de cinco restauran-

tes do concelho (Albergaria D. Dinis, Churrasqueira Central, O Cantinho do Petisco, O Cobra e O Paraíso do Zêzere) que, à semelhança dos anos anteriores, esperam receber milhares de visitantes à procura destas iguarias. Para além dos pratos de bacalhau e azeite, a edição deste ano do Festival vai possibilitar que os visitantes saboreiem, como entrada, uma outra tra-

dicional receita do concelho: o Queijo de Cabeça de Porco. Durante os dois fins de semana do 6º Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite, os restaurantes aderentes vão ainda oferecer animação musical aos seus clientes, que estará a cargo do Grupo de Cantares “A Bela Serrana”, Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei e Villa d’el Rei Tuna.

Para Paulo César, vereador do pelouro do Turismo, “depois do sucesso alcançado nas anteriores edições do Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite, esperamos, uma vez mais, valorizar o património gastronómico do nosso concelho, ao mesmo tempo que conseguimos promover a qualidade dos restaurantes vilarregenses.”

“Os Quintais nas Praças do Pinhal” em Vila de Rei

O Mercado “Os Quintais nas Praças do Pinhal” chega a Vila de Rei no próximo dia 10 de março, numa iniciativa organizada pela Pinhal Maior em colaboração com os municípios de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. O certame, que irá decorrer no Parque de Feiras de Vila de Rei entre as 10h00 e as 18h00, pretende que os pequenos produtores da zona do Pinhal possam vender os seus produtos em mercados periódicos, a realizar em cada um dos cinco concelhos, permitindo o escoamento dos seus excedentes agrícolas. São esperados em Vila de Rei cerca

de 60 expositores, onde se incluem comerciantes de produtos agrícolas, artesanato, cosmética natural e pequenos produtores licenciados de produtos tradicionais. Está garantida a animação durante todo o evento, através da participação de vários grupos musicais, de dança e de cantares da zona Centro do país: Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei, Grupo de Cantares “A Bela Serrana”, Rancho Folclórico e Recreativo do Clube Bonjardim, Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros, Grupo de Cantares da Serra e Rancho “Os Resineiros de Corgas”.

SANTA CASA DA MISERICORDIA DE ABRANTES RUA DR. JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA - 2200-416 ABRANTES

CONVOCATÓRIA

Qual a finalidade dos certificados de Cambridge? O Instituto de Línguas do Centro convida todas as pessoas interessadas em compreender a finalidade destes exames, bem como a obter respostas a esta pergunta e quaisquer outras questões que queiram colocar.

ASSEMBLEIA GERAL De acordo com o n.º 1 do Art.º 30.º do Compromisso, CONVOCO os Irmãos desta Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, para Reunião Ordinária da Assembleia Geral, que se realiza, Sábado, dia 16 de Março de 2013, pelas 14H00, no Auditório do Setor Cultural do LAR – HOSPITAL D. LEONOR PALER CARRERA DE VIEGAS. ORDEM DE TRABALHOS 1.º - Apreciação e votação do relatório e contas do exercício de 2012;

Local: Edifício Pirâmide Data e hora: 8 de março às 20h30 Oradora: Dra. Ângela Pereira (representante da Universidade de Cambridge em Portugal) Teremos todo o gosto em vos receber. jornaldeabrantes

2.º- Análise e votação de proposta da Mesa Administrativa para alienação de prédios urbanos; 3.º - Análise e votação de proposta da Mesa Administrativa de Irmãos Benfeitores; 4.º - Período de 30 (trinta) minutos para se tratar de qualquer assunto que a Assembleia considere de interesse para a vida da Instituição; Se à hora marcada não houver número de Irmãos suficientes para a Assembleia funcionar, (mais de 50%), a mesma, terá lugar uma hora depois (15 horas), com qualquer número de Irmãos, de acordo com o estatuído no n.º 2 do Art.º 28 do Compromisso da Irmandade. Abrantes, 26 de Fevereiro de 2013 O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL Dr. Humberto Pires Lopes


ESPECIAL SARDOAL 11

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Do meio da imensa negritude, entre as sombras do breu e os recortes fuscos do velho casario, eis que surge o cortejo de vultos, em passo lento e cadenciado, transportando o Fogo que dizem ser de Fé, que os ilumina, aquece e purifica. Caminham as almas em respeitoso silêncio, apenas se ouvindo os passos no chão e os acordes dolentes da marcha triste entoada pela centenária filarmónica. Até faz arrepiar… Em cada rosto que passa, descobre-se um perfil toscamente denunciado pela fraca e trémula chama das velas, candeias e archotes. Como se na noite preta se abrissem postigos por onde espreitam os afectos. Por uns instantes, parece que o Sardoal parou. Do fundo dos tempos emergem memórias ancestrais que ligam os que vão, àqueles que assistem nas margens do trilho místico… e a serpente de luz vai-se afastando, deixando, outra vez, o vazio da noite escura… Este é o ambiente da Procissão dos Fogaréus, na noite de Quinta-feira Santa,

Paulo Sousa

O esplendor místico do Sardoal

a qual é feita com a electricidade da rede pública desligada nas principais artérias da vila. Assim se inicia o período da Semana Santa em Sardoal, até Domingo de

Páscoa, com outras grandiosas Procissões e rituais litúrgicos. Nas Igrejas e Capelas já estão expostos os magníficos arranjos com flores e verduras naturais numa su-

prema e sublime manifestação de arte e criatividade popular. Pelos ares das ruas e praças esvoaçam as fragâncias dos dias diferentes. Notam-se

outros olhares, outros gestos e falas. Quer se acredite, ou não, nos sortilégios divinos, as pessoas aproximam-se entre si. Fazem a festa. Transformam as coisas do es-

pírito no palpável das emoções terrenas. É o esplendor do Sardoal a cumprir as tradições das suas gentes!...

ção da Água, a Bênção do Lume Novo, a Renovação das Promessas do Batismo e a Ressureição do Senhor. O domingo de Páscoa é celebrado com uma missa pascal e com a procissão da Ressureição do Senhor.

as festividades com vários momentos teatrais de rua. No sábado dia 30, às 11h00, os GETAS recriam um Mercado da Época e às15h00 encenam a recriação ao vivo do percurso de Jesus Cristo a caminho do calvário. No mesmo dia, pelas 22h00, o Centro Cultural Gil Vicente recebe a peça teatral “O Morgado de Fafe em Lisboa”. A tradicional venda de amêndoas volta a acontecer no Átrio da Casa Grande, nos dias 17, 24, 28, 29, 30 e 31 de março. Esta iniciativa é efetuada há 13 anos consecutivos e, em cada ano, é convidado um comerciante do concelho para a respetiva venda.

Mário Jorge Sousa

PROGRAMA DA SEMANA SANTA

Sardoal atrai milhares de devotos

Cultura e outras atrações

Paulo Sousa

Sardoal vai estar em festa entre os dias 17 a 31 março. As cerimónias religiosas já bastante tradicionais têm representado uma atração aos muitos visitantes que se deslocam à vila durante os dias da Semana Santa. O programa religioso vai iniciar-se no sábado dia 16 março, às 10h00, com a realização da Reconciliação e Ofício pelos Defuntos e às 12h00 celebra-se a Eucaristia. No dia seguinte, a vila recebe a Procissão dos Passos que vai acontecer pelas 15h00. Já no domingo, dia 24 de março, a procissão dos Ramos marca o figurino do certame pelas 15h00. A tradicional e intimista Procissão dos Fogaréus chega à vila no dia 28 de março pelas 21h30.

Neste dia ainda, acontece a cerimónia do Lava-pés e Trasladação às 19h00. Na sexta-feira santa, dia 29

março, Sardoal recebe pelas 17h00 a Celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Cruz. Já às 18h30

realiza-se a procissão do Enterro do Senhor. No sábado santo acontece, às 21h00, uma Vigília Pascal, a Bên-

O Centro Cultural Gil Vicente vai receber uma exposição coletiva de pintura do Movimento de Arte Contemporânea. Esta mostra vai estar patente de 23 de março a 25 de maio, com um horário a consultar. No dia 30 de março, os GETAS promovem um passeio pedestre denominado “Património de Fé”, com início marcado para as 8h00. Este grupo vai também marcar

JMC

jornaldeabrantes


12 ESPECIAL SARDOAL

MARÇO 2013

MIGUEL BORGES, VICE PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SARDOAL

Como é que o Sardoal está a preparar mais uma Semana Santa? Há um conjunto de atividades previstas. Os GETAS estão empenhados em fazer a recriação da “Paixão de Cristo”, no dia 30 de março, uma iniciativa que tem sido um verdadeiro sucesso. O grupo teatral tem tido a preocupação de a melhorar, em cada ano que passa, são umas dezenas de pessoas envolvidas no teatro de rua. No mesmo dia, haverá uma outra peça teatral que é o “Morgado de Fafe em Lisboa” promovida pelos GETAS. Patente no Centro Cultural Gil Vicente vai estar uma exposição coletiva de pintura e a já tradicional venda de amêndoas vai repetir-se. As capelas enfeitadas vão marcar novamente o figurino do certame, é uma verdadeira atração para os visitantes, devido ao trabalho executado, que é lindíssimo. Vai haver algum momento alto? Os momentos altos são todas as cerimónias religiosas, como por exemplo a procissão dos fogaréus, muito característica do nosso concelho. A procissão dos Passos e dos Ramos são outros momentos a destacar durante o evento, Semana Santa. Alguma contenção está prevista para esta Semana Santa? A nossa contenção tem sido feita há vários anos, não só na Semana Santa mas em tudo. A redução da dívida do município em 2012 foi bastante significativa, houve uma redução de 1 milhão e 300 mil euros. Isto deveu-se a uma gestão cuidadosa. O que vamos fazer este ano é repetir esta postura. Para este evento não vamos ultrapassar os 2 mil euros. O que é que a autarquia de Sardoal tem feito para atrair os visitantes de fora? São cerimónias com grande impacto regional, mas que não deixam de contar com outros visitantes de vários pontos do país. Vêm sobretudo para participar nos vários momentos, mas também para conhecer o nosso riquíssimo património religioso. Temos feito uma divulgação através dos meios de comunicação, no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, da TAGUS, entre outras entidades. Certo é que esta Semana Santa é essencialmente uma semana da família, há muitos

jornaldeabrantes

Joana Margarida Carvalho

“Não há uma crise de fé nos jovens”

• A Semana Santa é essencialmente uma semana da família familiares que se encontram e que vêm ao concelho de Sardoal. Outras festas religiosas têm sentido uma diminuição de públicos jovens. Esta é uma tendência que preocupa o Sardoal? Com as normais quebras geracionais neste tipo de festividades não será necessário reformular o figurino deste certame daqui por anos? Não concordo com estas ideias. Os jovens de Sardoal participam bastante na Semana Santa, com empenho e fé. Por exemplo, as capelas são enfeitadas sobretudo pela população mais nova. Não há uma crise de fé nos jovens. Neste momento de grandes dificuldades, a tendência é contrária, as pessoas e igualmente os jovens refugiam-se na fé. Creio que a procura será cada vez maior e acredito que os jovens vão continuar a participar na Semana Santa de Sardoal com a mesma dedicação. Mais do que uma questão de fé, nestas cerimónias está implícita uma questão cultural e patrimonial. Esta noção é muito importante e é necessário que seja compreendida por todos os jovens. O que é que estão a fazer em termos de investimentos? As nossas energias têm-se centrado na área social e na educa-

ção. Vamos muito em breve começar com as obras no Externato de Santa Isabel, um edifício emblemático. É uma obra que vai arrancar dentro de dias. Já começámos com a requalificação da entrada da vila, temos outro projeto em curso na ordem dos 250 mil euros que está associado à prevenção e proteção florestal, temos vários profissionais no terreno a limpar a nossa mata e com resultados já visíveis no ano passado: no último verão não houve praticamente registo de incêndios no concelho. Há um projeto que para nós pioneiro, que é a requalificação do Parque Escolar, a requalificação da Escola Dr. Maria Judite Serrão Andrade e a construção de um novo pavilhão que sirva a escola e que seja municipal. Estamos em negociações com o Ministério da Educação para levar esta situação a bom porto. No âmbito social, estamos apoiar cerca de 60 famílias. Devido ao aumento do desemprego, o número tem vindo a crescer de uma forma preocupante. É necessário que haja outro tipo de soluções que passem pelo Governo central, é uma situação muito complicada. Como está o sector empresarial do concelho? Está como está o país, nós não so-

mos exceção. Alguns vão conseguindo sobreviver, outras não. O nosso trabalho tem sido estar ao lado destes empresários. É claro que as nossas limitações são grandes, tal como as deles. Há situações preocupantes, por exemplo a dificuldade de recorrerem à banca. E a nível cultural? Estamos muito bem, tivemos mais de 10 mil utilizadores no ano passado no Centro Cultural Gil Vicente. O Centro Cultural começa a impor-se como um equipamento regional, cada vez mais procurado e com várias atrações. Por exemplo, somos dos poucos com cinema de qualidade, temos vários espetáculos de dança e musicais, exposições frequentes e, por último, abrimos a porta a grupos amadores que começam no Sardoal o seu percurso artístico. Que olhar faz pelo “Roteiro Mais Centro”, iniciativa da CCDRC? Não é um roteiro turístico da nossa região. É um roteiro onde apenas está incluído as obras no âmbito dos apoios Mais Centro ao nível turístico. A Semana Santa é algo que para nós é uma atração turística e não consta daquele documento. Penso que a escolha do nome do roteiro não foi a mais feliz e não é de

todo um documento que espelhe a potencialidade turística da região, pois é muito condicionado. Como vê o facto de as Comunidades Intermunicipais assumirem cada vez mais poder e autonomia? Não será isto sinónimo de perda de poder municipal? As autarquias vão continuar a ter um papel fundamental na área da educação, da ação social, da saúde. As políticas de proximidade vão continuar a ser das autarquias, contudo é certo que estamos a caminhar cada vez mais para uma lógica regional. Cada concelho tem as suas mais-valias e o importante é percebermos que não devemos de repetir valências, mas contribuir para uma região mais forte e com grande potencial. Em termos de projetos, o que ficou para trás, o que fica para este novo mandato caso ganhe as autárquicas? Tenho muita pena de não ter ido mais além na requalificação do Parque Escolar. Quanto ao próximo mandato é necessário continuar a investir na área social, no contacto direto com as populações. Joana Margarida Carvalho


ESPECIAL SARDOAL 13

MARÇO 2013

A Santa Casa da Misericórdia de Sardoal tem a sua origem em instituições similares e a sua criação remonta ao século XIV. Esta instituição “não podia, ainda que de forma discreta, deixar de se associar às celebrações da Semana Santa do Sardoal”, como salienta o provedor Anacleto Batista. A Procissão do Senhor da Misericórdia (ou dos Fogaréus), na noite de Quinta-feira Santa, efetuada à luz de velas e archotes, a Procissão do Enterro, na Sexta-feira Santa, e a Procissão da Ressurreição, no Domingo de Páscoa, são algumas das iniciativas promovidas, este ano, pela Câmara Municipal do Sardoal em colaboração com diversas Associações culturais e recreativas da vila, para celebrar a Semana Santa. No entanto, é a decoração do chão das Capelas e Igrejas do Sardoal, com tapetes feitos à base de pétalas de flores e verduras naturais, que é a principal atração turística para quem visita a vila de Sardoal, para

Paulo Sousa

Santa Casa da Misericórdia organiza procissão dos Fogaréus

• Enterro: uma das três procissões da Semana Santa no Sardoal assistir às celebrações da Semana Santa que, assim, adquire uma vivência especial nestes dias. A procissão do Senhor da Misericórdia/Fogaréus é organizada pela

Largo do Convento, passando pelas ruas da vila todas iluminadas por velas e archotes. Anacleto Batista, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Sar-

Francisco Rocha

Capelas enfeitadas são motivo de atração na Semana Santa

Francisco Rocha

Morte e Ressurreição É, ainda e sempre, a libertação da servidão, da escravatura. E a esperança da libertação da servidão definitiva da lei da morte. Como uma criança que brinca e assim preenche os dias, cabe-nos salvar do nada os dias que nos são dados vazios. Como o sol conforta os pés de um velho num dia frio, uma palavra doce aquece um coração ferido. “Fazemos muito mal uns aos outros e depois um dia morremos.” Christian Bobin “Aqueles que obras valerosas se vão da lei da Morte libertando…”: Cantando espalharei por toda a parte.” É quando se faz noite que aparecem as estrelas. “Nem a noite mais escura consegue apagar uma candeia acesa.” Há vários modos de perder a vida. A morte é apenas uma delas. Todos os mortos nos avisam: é em vida que se salva a vida. Os gestos simples de amor repetem aqueles com que Deus criou o mundo. Como uma criança assustada anseia pela mãe, assim o homem

Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal e realiza-se na Quinta-feira Santa. Sai da Igreja da Misericórdia em direção à Igreja de Santa Maria da Caridade, situada no

doal, desde 1989, lembra que “nada disto teria sido possível sem a colaboração de muitos voluntários que tornam possível a realização destas atividades”. Este responsável destaca “o empenhamento da comunidade no adorno das Igrejas da Misericórdia e do Convento de Santa Maria da Caridade, assim como das Capelas de S. Sebastião, Espírito Santo, Nossa Senhora do Carmo, Santa Catarina, Sant’Ana e do Senhor dos Remédios”. Maria José, voluntária de serviço à Igreja e uma das colaboradoras na montagem dos painéis de flores da Igreja da Santa Casa da Misericórdia, vê esta atividade de decoração do chão das igrejas como “a continuação do trabalho e de uma tradição com séculos de existência e que tem passado de pais para filhos”. Para ela, “é uma honra poder participar em tão grandiosa festa”.

procura uma palavra amiga. Um minuto de silêncio pode salvar uma hora de ruído oco. Há muita noite nos discursos cheios de palavras e vazios de ideias. Há mais luz na palavra simples de uma criança que no discurso inflamado de um vendedor de paraísos. “O amor de algumas mães é como uma corda passada ao pescoço do filho: ao menor movimento que este faça em direcção à vida, o nó corredio aperta-se.” Christian Bobin Celebrar a Páscoa é apostar na Ressurreição. Alves Jana

É uma tradição antiga, que mobiliza jovens e menos jovens, e que acontece a partir da Quinta-feira Santa até ao Domingo de Páscoa: o chão das capelas de Sardoal aparece repleto de flores contemplando artefatos alusivos à Semana Santa. Dora Grácio, sardoalense, começou com o trabalho de enfeitar a capela de Sant`Ana, junto ao Centro Cultural Gil Vicente, desde nova. A tradição iniciou-se com a sua avó. Em colaboração com os seus familiares e amigos, atualmente é Dora quem leva esta tarefa por diante. Dora Grácio contou ao JA que o trabalho de embelezamento da capela foi feito durante muitos anos nos mesmos moldes. “Inicialmente, quando a minha avó enfeitava o espaço, o molde utilizado era sempre o mesmo: uma cruz e uma estrela, que eram ornamentadas com as mais variadíssimas flores.” À medida que os anos foram passando , Dora deu continuidade ao trabalho mas os resultados de decoração foram-se alterando e evoluindo. “Começámos a apostar em desenhos mais elaborados, mais arrojados, utilizando diversos materiais, como areia, luz, projeções, matérias recicláveis, etc. Para este ano, ainda não pensámos no que vamos concretizar, mas certamente será di-

Dora Grácio, na foto, deu continuidade ao trabalho e as •decorações foram-se alterando e evoluindo

ferente face ao que temos feito.” As decorações são sempre associadas à Semana Santa e à Páscoa e as flores têm sempre um papel de grande importância nas ornamentações finais. Para Dora, as giestas, os chorões, as camélias, os malmequeres e o rosmaninho são sempre bastante utilizados. A Semana Santa é, no entender de Dora, um dos momentos altos do concelho, tendo a autarquia sabido aproveitar a potencialidade religiosa de Sardoal. “É uma altura que vem muita gente à vila, é um encontro de família e amigos, onde determina-

das tradições e práticas são comuns e habituais. Por exemplo, a ida às procissões, a visita das capelas a participação em todas as cerimónias religiosas.”

Igrejas e capelas enfeitadas: Igreja da Misericórdia Igreja do Convento de Santa Maria da Caridade Capela de S. Sebastião Capela do Espírito Santo Capela de Nossa Senhora do Carmo Capela de Santa Catarina Capela de Sant’Ana Capela do Senhor dos Remédios

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14 ESPECIAL SARDOAL

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TEATRO DE RUA COM 250 FIGURANTES É UM DOS MOMENTOS ALTOS DA SEMANA SANTA

Criado em 1982, a 16 de novembro, o Grupo Experimental da Teatro Amador do Sardoal (GETAS) é o principal dinamizador do teatro de rua sobre a paixão de Cristo no Sardoal. Este evento, inserido nas cerimónias da Semana Santa do Sardoal, representa uma das apostas principais do cartaz turístico da época, que por esta altura atrai visitantes de todo o país. Com mais de 250 figurantes, este espetáculo pretende recriar as várias estações da paixão de Cristo, pelo que o cortejo percorre a artéria principal da vila desenvolvendo a atuação dos seus personagens, num colorido e intensidade dramática assinalável. A grande novidade deste ano será a integração nos eventos de uma feira nos moldes medievais, recriando a venda de artigos artesanais, doces e outros produtos da re-

gião. Desta forma, pretende-se não só envolver mais pessoas do concelho nestas atividades, como dinamizar também o comércio tradicional e promover os produtos regionais. Para quem visita o Sardoal, por estas alturas, este será mais um motivo de interesse. Para Tânia Falcão, presidente da Associação em que se insere o GETAS, esta é uma aposta ganha, “a avaliar pelo crescente interesse do número de pessoas que se pretendem associar a estas manifestações populares participando no cortejo que se realiza apenas há alguns anos, mas que constitui já uma tradição a preservar”. O texto, facultado pelo pároco, Padre Carlos Almeida, é uma réplica fiel dos diálogos do tríodo Pascal na Bíblia. A caracterização dos personagens chega a demorar várias horas, num processo delicado e mo-

Francisco Rocha

GETAS volta a recriar a Paixão de Cristo

Tânia Falcão: “Temos mantido uma actividade bem viva”

roso que requer a atenção profissional de uma caracterizadora. Este é realizado por uma especialista na matéria que, desta forma, se desloca propositadamente ao Sardoal para colaborar com o GETAS na realização desta iniciativa. Há velhos, leprosos, centuriões, sacerdotes e muito mais. Tudo decorado e encenado com especial atenção por forma a conferir realismo e naturalidade à encenação. De salientar a colaboração da Agrupamento de Escolas do Sardoal (que faculta mais uma vez alguns adereços alusivos à cena), da Associação da Presa, da Escola Prática da Cavalaria (que volta a disponibilizar algumas montadas para os soldados romanos) e, naturalmente, da Câmara Municipal do Sardoal, que tem acarinhado desde a primeira hora a realização deste espetáculo assim como tem assegurado

a coordenação de todas estas iniciativas da Semana Santa. Num período de contenção de despesas tudo é pensado ao pormenor, aglutinando as sinergias das várias associações culturais na prossecução de objectivos comuns. O GETAS é presença assídua e ativa nas festas do Sardoal. Os seus membros fazem-no exaltando a cultura das suas gentes nas suas mais variadas vertentes no concelho e na região, tal como refere Tânia Falcão: “Temos mantido uma atividade bem viva, vamos para a terceira edição deste espetáculo.” Sobre outras iniciativas da Associação, refere ainda que neste momento o Grupo está a ensaiar uma nova peça de teatro (comédia), “O Morgado de Fafe em Lisboa”, um original de Camilo Castelo Branco. Francisco Rocha

Por esta ocasião, o Sardoal ganha um colorido diferente com a Semana Santa. As ruas enchemse de motivos de interesse. As pessoas desdobram-se em iniciativas para oferecer a quem os visita uma mão cheia de manifestações culturais de enorme qualidade. São exposições, teatro de rua, procissões, feira quinhentista, entre outras. E em termos gastronómicos, o que têm os sardoalenses para oferecer por estes dias? Muito embora não haja um prato específico para esta quadra ou sequer uma gastronomia elaborada onde seja realçado este ou aquele prato, importa, mesmo assim, referir alguns dos aspetos mais relevantes da boa cozinha do Sardoal: Cozinha Fervida. Este prato remonta aos antigos hábitos alimentares das camadas mais pobres da população que, para fazer face às dificuldades do dia a dia, aproveitava as sobras de outras refeições. Neste caso, foi da Sopa de Couves com Feijão, que desde tempos imemoriais fez parte da base alimentar da população sardoalense. Segundo a tradição oral, quando ao fim de alguns dias a

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sopa ia escasseando, era necessário acrescentar água ao entulho, juntando-lhe alho, cebola, louro e azeite. A seguir eram adicionadas outras sobras de pão de milho esfareladas.

Receita com versão para dias especiais A mistura, depois de apurada nas fogueiras das chaminés, era acompanhada com azeitonas. Em dias especiais, podia mesmo ser guarnecida com uma ou duas sardinhas fritas em azeite, que eram repartidas em pequenos pedaços pelos membros do agregado familiar. Embora a expressão Cozinha Fervida já fosse utilizada por algumas pessoas, o seu uso só se generalizou depois do 25 de Abril de 1974, com a divulgação deste tipo de gastronomia tradicional enquanto património cultural. Com a progressiva melhoria das condições de vida das famílias, o consumo da Cozinha Fervida foi sendo enriquecido com outros acompanhamentos, em especial bacalhau assado e entrecosto grelhado. Francisco Rocha

Na Procissão dos Passos e na Procissão de Sexta-feira Santa só vão meninas e os vestidos são todos roxos. Esta é a principal característica dos anjinhos que nestes dias de Quaresma fazem parte de uma tradição antiga. À frente vão as quatro mais velhas, que têm cerca de 10 anos. Depois vão as pequeninas, algumas com três ou quatro anos. “A meio do caminho, às vezes, as mais pequeninas têm que ser levadas ao colo”, conta Gregório Fernandes, 56 anos, o catequista que guia os anjinhos na procissão. O percurso é desde a Igreja Matriz até ao cimo do Convento e faz-se em cerca de duas horas, passando por ruas de pavimento antigo, nem sempre fácil de calcorrear. E há anos em que o tempo também não ajuda: “Se chove refugiamo-nos no caminho, normalmente nas capelas que estão abertas.” Gregório Fernandes tem esta tarefa de acompanhar os anjinhos há mais de 20 anos. É uma missão que desempenha “por fé e devoção”. Nota que os mais pequenos agora têm muitos outros apelos mas, mesmo assim, há sempre crianças dispostas a participar nas procissões. Na maior parte dos casos, trata-se de fazer cumprir uma

Paulo Sousa

A PREPARAÇÃO DOS ANJINHOS QUE VÃO NAS PROCISSÕES Cozinha Fervida, um prato típico sardoalense “Há muitos anos que não há asas”

Os anjinhos transportam Insígnias como a Cruz e a Escada do •Calvário de Cristo

tradição. Helena Curado é quem trata dos fatos dos anjinhos há cerca de 30 anos. Ela própria foi anjinho e tem boas memórias desse tempo. Envolveu-se na organização quando a sua filha, então com três anos, foi anjinho pela primeira vez. E agora espera que a neta, que ainda tem apenas um ano e meio, também venha a ser anjinho, “mas só se ela quiser”. Com a ajuda de Manuela Grácio e de outra senhora que faz os arranjos, Helena Curado todos os anos retira os fatos que estão armazenados na Igreja. São colocados ao ar durante alguns dias e, depois, passados a ferro. Alguns fatos são

muito antigos: uns foram oferecidos à Igreja por pessoas que os usaram; outros são das próprias famílias, que vão passando de geração em geração. A maior pena que Manuela Grácio tem é que os anjinhos não levem asas. “Há muitos anos que não há asas”. Estragaram-se e não tem sido possível comprar novas porque “são muito caras”. Resta apenas um par, que não é usado. Está guardado para memória e para eventuais exposições. O que os anjinhos levam são as Insígnias, que têm a ver com o que representa a procissão. Por exemplo, a Cruz, a Escada e o Chicote. Hália Costa Santos


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ESPECIAL CONSTÂNCIA 17

MARÇO 2013

Numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Constância, da Paróquia e dos moradores do concelho, vão decorrer de 30 março a 1 de abril, as tradicionais festas do concelho de Constância em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem. Marcadas este ano por alguma contenção nas despesas, as festas vão poder contar com diversas manifestações culturais e recreativas, como uma exposição alusiva aos 25 Anos do Prémio da Páscoa, patente nas antigas instalações da Cadeia. Vai realizar-se uma mostra de artesanato promovida pela Associação Velha Lamparina. Das cerimónias religiosas, destaque para a tradicional procissão de barcos no rio, uma tradição com décadas de existência a que se seguirá a bênção dos barcos no Rio Zêzere e Tejo.

Os três dias das festas serão, como habitualmente, preenchidos com concertos musicais (ver texto ao lado). Na segunda-feira, depois dos espetáculos, haverá uma sessão “modesta mas bonita” de fogode-artifício no rio, conforme referiu Máximo Ferreira, presidente da autarquia. Paralelamente a todas estas iniciativas haverá ainda bailes populares, concursos de fotografia sobre as festas da vila, uma atividade aberta ao público em geral. Várias associações do concelho mobilizam-se para levar a efeito alguns eventos culturais e recreativos no centro da Vila, naquilo que se pretende ser uma associação perfeita entre a cultura local e a promoção da modernidade, com destaque para uma prova nacional de atletismo, denominada Grande Prémio

da Páscoa (ver texto ao lado). De salientar que no dia 1 haverá a inauguração do Novo Centro Escolar de Constância ao que se seguirá a tradicional arruada que vai percorrer as ruas decoradas da vila. Este passeio será animado com a atuação de uma banda musical que acompanhará o cortejo. Um dos objetivos destas iniciativas será o de promover junto daqueles que visitam Constância, por estes dias, as potencialidades da região e do comércio local: a gastronomia, as ruas floridas, música, tasquinhas, doçaria regional e muita … muita animação, garantida ao longo dos três dias pela divertida Banda da Alegria. Francisco Rocha

Francisco Rocha

Festas em Constância recuperam atrações

A devoção à Nossa Senhora da Boa Viagem domina as •cerimónias religiosas

“AMOR ELECTRO” SÃO A MAIOR ATRAÇÃO DO CARTAZ MUSICAL

O programa das festas de Constância Ainda na Fotografia um concurso sob o nome ‘Retratos da Festa’ e além da Mostra de Artesanato haverá lugar a uma Mostra de Saberes e Sabores no parque de merendas de Constância. Junto ao Parque de Campismo voltará a surgir a Mostra de Artesanato.

Sábado, 30 de março Ricardo Alves

A devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem é ainda a marca mais presente das festividades de Constância. Associada às seculares tradições fluviais de mercadorias, entre o porto de Constância e Lisboa, as celebrações dos marítimos na segunda-feira de Páscoa são uma demonstração de fé à protetora santa. Este ano esperam-se cerca de 50 barcos engalanados para prestar homenagem à divindade. Na segunda-feira, o programa religioso é composto pela ‘Via-Sacra’, desde o Pelourinho até à Igreja Matriz. As celebrações contam ainda com a tradicional Procissão em Louvor de Nossa Senhora da Boa Viagem e com a Benção dos barcos, nos rios Tejo e Zêzere, e das viaturas na Praça Alexandre Herculano. Atualmente, as principais viaturas a serem benzidas são as dos bombeiros. Atletismo de Volta e Tejo Radical A 25ª edição do Grande Prémio da Páscoa foi recebida com entusiasmo pelos amantes da corrida e da caminhada. Os horários da prova ainda estão por confirmar, mas no dia 30 de março serão certamente centenas os participantes no regresso do atletismo às festas do concelho de Constância, seja na competição ou na caminhada.

• Grande Prémio da Páscoa regressa este ano Ainda no desporto, destaque para a descida dos Três Castelos em Canoagem (um evento que nasceu em 1985 e que percorre dois rios, numa dia de convívio lazer e aventura), e para o Tejo Radical (com atividades no sábado e no domingo). Durante o fim de semana haverá também o ‘Challenger de Multiatividades’ para os escalões sénior e juvenil. Este desafio consiste em várias atividades que incluem canoagem e paintball, entre outras. Finalmente, nas Estações Aquáticas o visitante pode fazer um Batismo de Canoa, um passeio de barco tradicional e uma Orientação com Mapa Turístico. Em dois dias de Tejo Radical os visitantes po-

dem desfrutar das atividades que ao longo do ano se realizam na vila de Constância e nos Rios, numa promoção do melhor que o concelho em termos do desporto radical e natureza.

Exposições, fotografia e artesanato Com a prova de atletismo a celebrar os seus 25 anos de história, o município vai organizar uma exposição sobre os momentos que marcaram esse quarto de século de existência. Na antiga cadeia, convertida em espaço cultural, estarão expostos momentos fotográficos relativos ao Grande Prémio da Páscoa.

No primeiro dia de festividades o programa é bastante diversificado. A música popular vai ecoar pelas ruas baixas de Constância que também vão receber um concerto da Associação Filarmónica Montalvense. Para a noite está agendado um concerto que promete levar à festa muitos fãs de uma das maiores bandas portuguesas de rock, com os ‘GM Tributo aos Xutos’. Mais tarde surgirá um nome da rádio e das pistas de dança do país. Chamase Nuno Calado, apresentador do já mítico programa da rádio Antena 3, ‘Indigente’. Na pele de DJ, promete ser uma das maiores atrações musicais da festa.

Domingo, 31 de março A tarde do segundo dia de festa será dedicada ao folclore. Ao leme da iniciativa estará o Rancho Folclórico ‘Os Camponeses’, que outrora teve um dos maiores festivais de

folclore nacionais na aldeia de Malpique, na parte do concelho a sul do Rio Tejo e que agora vai trazer à vila de Constância um pouco do melhor que se faz ao nível da etnografia e dança tradicional. Mais tarde é a vez de outra das grandes tradições portuguesas subir ao palco. O Fado pela bonita voz de Ana Laíns, uma ‘filha da terra’ que tem granjeado o aplauso da crítica nacional e internacional. À noite mais um tributo e a uma outra grande banda: pela interpretação rigorosa, calorosa e enérgica dos ‘One Vision’, um tributo à histórica banda britânica ‘Queen’, do malogrado Freddie Mercury.

Segunda-feira, 1 de abril O último dia das festas do concelho e o dia da celebração religiosa da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem e também da maior romaria à vila poema. Também é o dia em que sobe ao palco a maior atração musical dos três dias de festa: os ‘Amor Electro’. Com apenas um álbum na sua discografia, os ‘Amor Electro’ são uma das bandas mais conceituadas no panorama nacional e o single ‘A Máquina’ é sobejamente conhecido do público português. Ricardo Alves

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MARÇO 2013

MÁXIMO FERREIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CONSTÂNCIA

“Temos excelentes atrações para captar turistas” Centro de Ciência Viva necessita apenas de um pavilhão multiusos para que possamos dizer que temos todas as valências necessárias para promover a Ciência com grande qualidade. O projeto está concluído, a candidatura foi feita, estamos aguardar disponibilidade financeira. Será um pavilhão que vai servir o centro, mas também o próprio município. Neste pavilhão, podemos acolher exposições, receber grandes grupos de visitantes, entre outras funções. Vamos inaugurar no dia 23 de março um novo planetário, que foi adquirido no âmbito de um programa do QREN. O Parque Ambiental de Santa Margarida também tem sido uma das nossas apostas, temos melhorado o espaço. Recentemente, criámos um borboletário que vai ser inaugurado dia 22 de abril, no dia de aniversário do parque.

O que se espera para as festas da Nossa Senhora da Boa Viagem em Constância? Vamos cumprir o figurino das últimas décadas: dois dias de festas com cariz tradicional e com animação; e um dia de âmbito religioso. Vamos recuperar algumas atrações que no ano passado não aconteceram, nomeadamente o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, o fogo de artifício e a presença de um grupo musical nacional os ‘Amor Electro’. No dia do concelho, vamos inaugurar o novo Centro Escolar de Constância. Mais uma vez, vamos contar com a participação das escolas na preparação das decorações, na elaboração das flores de papel. Já a Santa Casa da Misericórdia está a preparar uns trabalhos em rendas. O objetivo é desafiar os utentes da Santa Casa a preparar rendas que vão servir de vestidos às árvores na zona histórica da vila. Um trabalho feito em peças de renda que vão ser ligadas e que, sem dúvida, vão dar um aspeto interessante e alguma alegria ao espaço festivo. Qual é o orçamento previsto? Temos previsto 140 mil euros. Neste valor está incluído tudo o que é despesa de energia, pessoal, alugueres, material, animação, etc. Como é vivenciava estas festas antes de ser autarca? Para mim era um local de encontro e convívio com amigos, onde se comia, bebia e assistia-se a espetáculos. Até aos 17 anos, toquei saxofone na Banda Filarmónica de Rio de Moinhos, e já sabia que nos dias das procissões era prática comum vir à festa. A verdade é que só

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Joana Margarida Carvalho

O atual presidente da Câmara Municipal de Constância, Máximo Ferreira (CDU), confirmou que não segue para eleição a um segundo mandato, alegando razões pessoais. Entre o que ficou por fazer, diz que gostaria de ter reorganizado melhor a questão do Turismo. Mas fica uma aposta clara na Educação e na Ciência. A recuperação das duas casas devolutas que estão dentro do Jardim Horto de Camões constituem o projeto mais importante para o concelho: uma albergará o Museu dos Rios e outra o Posto de Turismo. Nesta altura, cumpre-se a tradição das festas da Nossa Senhora da Boa Viagem.

• “Vamos recuperar algumas atrações que no ano passado não aconteceram” entendi a importância do certame e de algumas situações, como a mística da festa e o reviver certas memórias e tradições, enquanto presidente da Câmara Municipal. O que é que estão a fazer em termos de investimentos no concelho? A nossa energia tem-se centrado na Educação. O Centro Escolar de Santa Margarida já está inaugurado e está ativo. O passo seguinte foi o Centro Escolar de Constância, que vamos inaugurar em breve. A suspensão do QREN em 2011, fez com que ainda não tivéssemos iniciado a construção do Centro Escolar de Montalvo. Já está em fase de concurso e adjudicação, mas temos algumas dúvidas sobre quando é que ele será concretizado. Temos apoiado imenso as escolas no ponto de vista de deslocações, iniciativas, etc. A recuperação do património na

zona histórica da vila também tem sido uma das nossas prioridades. Definimos um Espaço Zêzere e um Espaço Camões. Quanto ao Espaço Zêzere, temos a pretensão de requalificar uma tasquinha, transformando-a num espaço moderno, mantendo a mesma valência, enquadrada ao espaço envolvente que é o Parque de Merendas. Face ao Espaço Camões, temos previsto uma intervenção para as duas casas devolutas que estão dentro do Jardim Horto de Camões. O projeto está aprovado, a candidatura já está feita ao QREN. É uma candidatura que prevê a requalificação das duas casas, tornando-as um Museu dos Rios e um Posto de Turismo, ambas as valências viradas para o rio. Este é o projeto mais importante e prioritário para o concelho. A casa contígua à Casa Memória de Camões é outra intervenção prevista. Uma recuperação que se destina a aumentar as valências da

Casa Memória, cumprindo algumas características essenciais, como termos um elevador, que é estritamente necessário, uma pequena loja de âmbito turístico e uma biblioteca que tenho todo o acervo de Camões. No âmbito Social, qual tem sido o trabalho da autarquia? A Câmara tem sentido as grandes dificuldades das famílias e temos feito um trabalho de aconselhamento, pois não detemos capacidade financeira para mais. O que se tem feito é apoiar a Santa Casa da Misericórdia com tudo o que está ao nosso alcance, pois é uma instituição que tem realizado um bom trabalho no âmbito social, no apoio às populações. A aposta na Ciência deve manter-se como motor de desenvolvimento no concelho? Sem dúvida. Neste momento o

E o setor empresarial? Felizmente não está pior com esta crise que se faz sentir. A Caima e a Tupperware são dois importantes empregadores, tal como todas as outras empresas de menor dimensão. Gostamos que os empresários se sintam bem por cá, e temos feito de tudo para que isso aconteça, apoiando estas empresas no que está ao nosso alcance, nomeadamente, às vezes, como intermediários entre estes agentes e o Estado. O mais importante é que temos constatado que não tem havido falências, e isso é muito bom. Em termos de projetos, o que ficou para trás, que fica para o seu sucessor? O que tinha como grande objetivo era organizar melhor a questão do Turismo no nosso território. Nós temos excelentes atrações para captar turistas; não temos, por sua vez, tantos recursos para os receber muito bem. É necessário aproveitar as potencialidades de cada concelho. Há já vários projetos em marcha nomeadamente entre Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha, e estamos a trabalhar em conjunto para melhorar alguns aspetos. Não é necessário repetir valências, mas sim aproveitar as que existem da melhor forma. Caso continuasse, era este o meu caminho a seguir. Joana Margarida Carvalho


ESPECIAL CONSTÂNCIA 19

MARÇO 2013

Vivem-se tempos de constante mudança, frenética mesmo, em que nas 24 horas do dia muito pode acontecer, quanto mais em um ano, ou dez anos. Quando as tradições marítimas foram perdendo fulgor, por força das alterações ao modo como se organizou o transporte de pessoas e mercadorias, a festa acompanhou essa perda e esteve em perigo de desaparecer. Mas a paróquia deu um passo em frente e tomou as rédeas da organização. Nas últimas duas décadas, a Câmara Municipal de Constância interveio e as festas de base religiosa passaram a estar abertas a um público mais amplo, nomeadamente o mais jovem. Neste momento todas as gerações se revêm nas celebrações com três dias de festas do concelho e um dia dedicado à devoção e, mais do que nunca, os vários aspetos da organização são partilhadas pelos vários quadrantes da comunidade.

Mais tasquinhas para a romaria Aquando da intervenção do município, as celebrações anuais começaram a ver crescer um entusiasmo sem precedentes. Na década de 90 a vila era invadida por dezenas de milhares de pessoas que visitavam

Ricardo Alves

Uma celebração que resiste à erosão do tempo

• Já há seis tasquinhas inscritas para este ano, mas o número pode aumentar Constância pelas dezenas de tasquinhas, concertos de praça cheia, celebrações religiosas cheias de cor e o fogo-de-artifício que encerrava alto e bom som as festas anuais. Hoje, com todas as dificuldades impostas pelas autoridades fiscais, higiénicas e financeiras as tasquinhas, por exemplo, são em menor número. Também a crise do associativismo se repercute no número de atividades e tasquinhas quando, no

passado, os três dias de festa eram sinónimo de financiamento para todo o ano. Ainda assim, este ano a Câmara Municipal volta a instalar uma estrutura coberta que permitirá o aumento de tasquinhas, para já seis contabilizadas, mas que até ao início da festa poderão aumentar.

Da escola para as ruas Inaugurada no dia 2 de outubro

de 1991, a Escola C+S de Constância era um pólo muito próximo das celebrações. Feitas um pouco por toda a população, as flores que decoravam a vila eram também produzidas pelos alunos. As primeiras turmas da nova escola (10 turmas com 177 alunos e 24 professoras) antecipavam as festas em coordenação com funcionários e docentes. Quem por lá passou certamente se lembra dos milhares de flores de

muitas cores que se faziam nas aulas de Educação Visual. As arrecadações das salas de aula eram manifestamente pequenas para o ritmo de produção dos alunos. Muitas vezes os «furos» eram momentos de voluntarismo para chegar aos números necessários. Papel Crepe, uma caneta Bic – por causa das estrias – e dezenas de metros de arame eram suficientes para as flores. Da escola seguiam em caixotes para os funcionários camarários, habitantes e membros da paróquia que adornavam as ruas estreitas e praças da vila. Hoje, os alunos continuam a participar na festa, mas de forma diferente. Todos os anos o Agrupamento de Escolas de Constância fica responsável pela decoração da Praça Alexandre Herculano. Em 2010, por exemplo, o tema escolhido foi o centenário da República. Para a edição deste ano o tema ainda está em estudo pois, ao contrário de outros anos, e devido à conjuntura económica, é preciso primeiro ver que material há para as decorações e só depois pensar em algo. À imagem de outros anos o trabalho final vai decerto ser um dos atrativos da festa. Ricardo Alves

Constância aposta na educação como pilar para o futuro

“Comunidade escolar motivada” Anabela Grácio, diretora do Agru-

colha. “Congratulamo-nos com o facto de termos muitos alunos de concelhos limítrofes, é sinal de que os pais querem que os seus filhos estudem aqui”, afirma com orgulho.

Falta uma peça no plano

Ricardo Alves

O concelho foi distinguido já este ano como o 7º melhor município em qualidade de vida a nível nacional. O estudo foi realizado pela Universidade da Beira Interior (UBI) a partir de dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística, nomeadamente através das conclusões dos mais recentes Censos 2011. Entre vários parâmetros de avaliação estavam os equipamentos culturais e educativos e os gastos totais das autarquias com a cultura, o desporto e a educação. A renovação do parque escolar do concelho conheceu o seu primeiro grande passo com a inauguração do Centro Escolar de Sta. Margarida, no dia 15 de setembro de 2011. Junto à Escola EB 2.3/S Luís de Camões está quase pronto o novo Centro Escolar de Constância em pleno coração educativo e desportivo da vila. A inauguração deste novo equipamento deverá acontecer muito proximamente, sendo que, segundo afirmou o presidente da autarquia, Máximo Ferreira, poderá acontecer no dia do concelho, dia 1 de abril.

Anabela Grácio, diretora do Agrupamento de Escolas de Constância (AEC) satisfeita com todo a •comunidade escolar

pamento de Escolas de Constância (AEC), falou com o JA sobre a educação no concelho. Numa visita guiada pelos edifícios da EB 2.3/S Luís de Camões, testemunhámos o excelente apetrechamento das salas de aula e as obras quase finalizadas do Centro Escolar instalado paredes meias com a escola. Anabela Grácio congratulou-se com a co-

munidade escolar que dirige, “alunos, professores e demais intervenientes”. “No que podemos controlar, ou seja, relativamente ao que são as nossas responsabilidades e poderes, posso dizer que temos professores muito motivados e empenhados, tal como os alunos.” A diretora do AEC afirma-o na condição de al-

guém que participa “em muitos encontros pelo país e também fora do país” de outras comunidades escolares. Conta que, por vezes, os colegas ficam surpreendidos com o que se consegue fazer no concelho de Constância. Outro dado que reforça o rumo escolhido para a educação constanciense tem a ver com a livre es-

Com os constrangimentos financeiros impostos pela crise, pelo poder central, pelo acesso dificultado ao crédito e pela nova Lei dos Compromissos, que reduz e muito a ação dos municípios, as novas obras estruturantes dependem cada vez mais do enquadramento nos quadros de apoio comunitário. Apesar de Constância ser um dos municípios portugueses com uma situação financeira mais estável, o objetivo de completar o parque escolar concelhio com um novo centro escolar depende dos fundos comunitários. O presidente da autarquia explicou isso mesmo à rádio Antena Livre, demonstrando otimismo na possibilidade de construção do “centro escolar que falta, o de Montalvo”, finalizando assim o projeto educativo do concelho no que respeita à renovação do parque escolar. Ricardo Alves

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20 ESPECIAL CONSTÂNCIA

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UTENTES DO LAR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA PARTICIPAM NUMA “IDEIA FANTÁSTICA”

Os utentes do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Constância (SMC) são fiéis guardadores de memórias de festas passadas, quando as cerimónias religiosas e os marítimos eram a parte principal e muitas vezes única das festividades. Hoje, instalados na baixa da vila, com vista para o Rio Zêzere, os homens e mulheres que habitam o Lar de Idosos da SMC falam com nostalgia das festas passadas. Para eles, as de hoje são muito diferentes. Apesar da diferença notada, a edição de 2013 vai contar com algo inédito. Numa junção de vontades e de ideias, explicada por António Teixeira, provedor da SMC: “Participamos sempre nas festas, mas este ano temos uma situação diferente, uma exposição à base do croché, em vez do papel” das flores. A ideia transporta-nos para trabalhos da artista Joana Vasconcelos. “Não é inovador, mas é uma ideia fantástica de um arquiteto oriundo do concelho (Montalvo). Estamos todos com uma expetativa muito alta sobre o que poderá sair daqui.” No lar são centenas as peças, cuidadosa e alegremente produzidas pelas senhoras que dia após dia tecem vestidos para… árvores. Na confluência do Tejo com o Zêzere, no beijo entre dois rios, vai ser criada uma homenagem a um dos

Ricardo Alves

Árvores vestem-se de flores de croché

• “Vai ser engraçado ver estas peças todas juntas” exlíbris da vila. As árvores vão vestir-se de cor para testemunhar o encontro dos rios. “Com a participação dos utentes, o apoio da Câmara e a equipa de arquitetos, estamos desejosos para que chegue o dia para ver como é que se vai concretizar”, explica o provedor.

Um modo de terapia Não é demais repetir que será certamente uma boa surpresa desta edição das festas, mas é também uma terapia. “Pensámos que seria importante envolver utentes, fa-

miliares e funcionários, como um modo de terapia. Há aqui um trabalho de bastidores em que as pessoas envolvidas têm gosto por aquilo que fazem, uma comunidade muito especial, a dos idosos. Achámos que a partilha era importante”, conta António Teixeira. As palavras do provedor da SMC reforçam a ideia: “Sinto todos os anos que nós, com 452 anos de existência, temos a mentalidade de perspetivar o futuro, olhando o presente mas recordando o passado. Recordar as técnicas e os fazeres do antigamente

com que as pessoas viviam e conviviam, reportá-los ao presente, despertar memórias, uma terapia de desenvolvimento da memória.” Para a SMC, é também uma oportunidade de, “enquanto instituição de solidariedade social, apelar à ajuda dos nossos amigos, alguns patrocínios para atividades e desenvolver também o concelho”, até porque, conta António Teixeira, “estamos a construir um lar em Sta. Margarida”.

de idade, os mesmos anos de vida de Piedade da Assunção Caçador, e Maria Bárbara Gonçalves, 94 anos, “a mais velha da sala”, como fez questão de notar ao JA, são três elementos da equipa que prepara os «vestidos de gala» das árvores à beira-rios plantadas. “Vai ser engraçado ver estas peças todas juntas, algo diferente”, prevê Elvira, que não tira os olhos do que faz, mais uma pega de croché para juntar a tantas outras. Quantas já fizeram Sra. Maria Bárbara? “Oh, não sei, tem de perguntar a outra, mas muitas” - atira com uma gargalhada que se torna contagiante por toda a sala. Piedade nasceu e cresceu em Castelo Branco, mas há 40 anos que faz de Constância a sua casa. “As festas são sempre uma alegria, vamos sempre ver a procissão, se pudermos” – a celebração passa a escassos 20 metros da SMC. “As festas estão muito diferentes hoje em dia”, completa. Mas o seu entusiasmo este ano está diferente. “Olhe ali (apontando para caixas cheias de peças), olhe para aquela cor toda, bonitas, ao menos sempre nos entretemos e deixamos algo mais para os outros”. Uma terapia, portanto. “Sim”, afirma Piedade. “Gostamos muito de participar nas festas bonitas de Constância”.

85+85+94=2013 Elvira Conceição Pereira, 85 anos

Ricardo Alves

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Cumprir uma tradição que atrai milhares às margens do Zêzere

• Os barcos engalanados em cortejo fluvial jornaldeabrantes

É o ponto alto das celebrações religiosas da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem e que leva à vila poema milhares de visitantes. A chegada dos cerca de 50 barcos, estimativa da organização, enche de cor os rios Tejo e Zêzere com as embarcações engalanadas com flores e muitos dos seus tripulantes vestidos como manda a tradição, criando um cenário idêntico ao tempo em que o rio era a estrada da população e em muitos casos o ganha-pão familiar. No dia 1 de abril, pelas 13 horas, depois do içar da bandeira em comemoração do dia do concelho, e da arruada da Associação Filarmónica Montalvense, será um dos momentos mais altos no cumprimento da tradição que marca a celebração anual. Os barcos chegam em cortejo fluvial, de outros municípios ribeirinhos para receber a bênção de

Nossa Senhora da Boa Viagem que chegará com a procissão, após a missa solene celebrada na Igreja Matriz no alto da vila em sua honra até à baixa da vila com a sua imagem a percorrer as ruas de Constância. A procissão é também um momento que atrai muitas centenas de pessoas à festa.

Um dia de Convívio Na segunda-feira, último dia de celebrações, há um cruzamento entre as duas festas, a concelhia e a religiosa. De manhã os responsáveis do município e demais convidados percorrem as ruas da vila, visitam e admiram as criações florais. Também os tripulantes dos barcos entram na festa e dão outro tom, mais tradicional às ruas. Para o fim de tarde tempo para outro dos momentos mais aguardados: a bênção dos barcos, nos rios,

e das viaturas, na Praça Alexandre Herculano. Se no passado os populares levavam os seus veículos para serem igualmente benzidos, hoje, por uma questão logística e de espaço, da evolução lógica das celebrações, são apenas as viaturas oficiais a serem benzidas, momento para o alto tom das buzinas a assinalar o momento, seguidas dos aplausos dos presentes. O fim deste dia será assinalado com um fogo de artifício, este ano com metade do orçamento de outros anos, mas ainda assim uma tradição que os populares guardam com maiores recordações e que mais uma vez chama uma multidão até ao rio Zêzere, logo após o concerto dos Amor Electro que prometem fechar com chave de ouro três dias de colorida e intensa festa. Ricardo Alves


REGIÃO 21

MARÇO 2013

Escola de desporto aventura nasce em Abrantes

Hortas para munícipes de Abrantes com muita procura

A Câmara de Abrantes, a Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo e a empresa Aventurirequinte vão estabelecer um contrato de parceria com vista à realização do projeto “Margem Sul, Animação em Movimento”, cuja minuta já foi aprovada em sede de reunião do executivo municipal. Esta parceria, que vai contar ainda com o apoio do Clube Desportivo “Os Patos” e da Associação de Cicloturismo e BTT do Fôjo, tem o objetivo de dinamizar uma escola de desporto aventura, através de modalidades como BTT, percursos de natureza pedonais e bicicletas, canoagem, triatlo, entre outras. Esta oportunidade acontece no âmbito da apresentação de uma candidatura

O interesse manifestado por munícipes abrantinos pelas parcelas de hortas disponiblizadas pela autarquia local superou as expectativas. Assim que o concurso foi aberto, rapidamente o número de interessados atingiu o número de parcelas disponíveis: 36. Assim, a Câmara de Abrantes decidiu reorganizar o processo por forma a que, já numa primeira fase, possam ser disponibilizadas 50 parcelas de terreno, servidas de rede de água e equipamentos de utilização comum. O processo de candidaturas terminou no final do mês de fevereiro. A fase seguinte será a de concluir as obras para preparar o terreno, que fica na quinta

ao PRODER que visa a recuperação de um edifício polivalente na freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, dentro do perímetro do Centro de Acolhimento Do Tejo (antigo parque de campismo localizado na margem sul do Aquapolis). O edifício, construído nos anos 50 do séc. XX, que se encontrava degradado, vai ser agora recuperado. Quando a Câmara iniciou as obras de requalificação daquela área adquiriu-o, tendo a Junta de Freguesia mostrado interesse na sua recuperação. A intervenção a realizar tem por objetivo criar uma estrutura polivalente servindo de apoio a atividades desportivas e de lazer que se desenvolvam em torno do rio Tejo.

da Arca d’Água, em zona de expansão natural da cidade. As primeiras 50 parcelas de terreno deverão ser entregues aos munícipes durante o corrente mês de março, para que lá possam fazer as suas hortas. Posteriormente, conforme a necessidade de expansão, irão sendo efetuadas as extensões das redes de rega e preparados os terrenos, para a disponibilização de mais hortas. Apesar de já ter uma lista de espera de 26 munícipes, a autarquia continua a aceitar inscrições uma vez que o número de parcelas vai aumentar. No total, o plano das hortas prevê 104 parcelas para atribuir a munícipes.

Vila de Rei com mais dormidas no ano passado Vila de Rei voltou a receber, durante o ano de 2012, milhares de turistas, conseguindo aumentar o número de dormidas nos estabelecimentos de hospedagem do concelho. Contrariando o panorama nacional de crise económica que se tem feito sentir, o conjunto dos alojamentos locais vilarregenses registaram 3.885 dormidas, num resultado ligeiramente superior ao apresentado no ano de 2011. Os dados apresentados foram fornecidos pelos estabelecimentos de hospedagem local, apresentando uma média de aproximadamente 11 dormidas por noite no concelho. Paulo César, vereador do pelouro do Turismo, adianta que “os números apresenta-

dos pelos agentes de hospedagem do nosso Concelho refletem a forte aposta feita pelo município na divulgação das enormes potencialidades turísticas de Vila de Rei que, juntando às ótimas condições dos nossos alojamentos locais, fizeram aumentar o número de dormidas no nosso Município”. O autarca refere ainda que os “novos projetos turísticos do concelho, como o mais recente Roteiro Turístico, a aposta em novos mercados através da participação na FITUR – Feira Internacional de Turismo de Madrid, e a participação na Grande Rota do Zêzere, irão, certamente, contribuir para fortalecer ainda mais o nome de Vila de Rei como destino turístico de excelência.”

Hospital de Dia de Diabetes com novo espaço e equipa multidisciplinar O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) dotou o seu Hospital de Dia de Diabetes de um espaço físico maior e mais adequado, que está em funcionamento desde o mês passado. O objetivo é proporcionar cuidados especializados dirigidos aos

docentes de diabetes, destacando-se ações de educação. Esta valência funciona no 5º piso do Hospital de Tomar. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 16h00. Durante este período, para além do apoio à consulta de diabe-

tes, a equipa multidisciplinar desenvolve outras atividades no âmbito da avaliação prévia do doente e a identificação das necessidades educativas para o tornar mais autónomo na gestão da doença, através da programação de um conjunto de sessões.

No momento de preenchimento do IRS, qualquer contribuinte pode destinar 0,5% do seu imposto liquidado a uma associação ou instituição à sua escolha. Esta é uma oportunidade de ajudar a desenvolver projetos com reconhecido valor social sem disponibilizar qualquer verba de forma direta. O que acontece é que 0,5% do imposto pago pelo contribuinte vai para a instituição em vez de ir para os cofres do Estado. Para tal, basta colocar no quadro 9 do anexo H da declaração do IRS o número da instituição que se pretende ajudar.

Hália Costa Santos

O IRS que ajuda instituições

• O CRIA é uma das instituições que podem ser ajudadas A nível regional há pelo menos duas instituições que podem receber este contributo: a Associação Vidas Cruzadas (número 507 921

534) e o CRIA, Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (número 510 064 869). Não custa nada.

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22 SOCIEDADE

MARÇO 2013

Entre as decisões saídas da reunião de 4 fevereiro, do executivo camarário de Abrantes, ressalta a decisão de construir um novo centro escolar no antigo campo de futebol do Barro Vermelho. Para o efeito vão ser utilizadas verbas comunitárias do próximo quadro comunitário. Este equipamento vai servir para as crianças que se encontram na Escola Básica dos Quinchosos e na Escola nº 2, ambas na cidade de Abrantes. Segundo a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, os atuais equipamentos “apresentam problemas estruturais graves, pelo que terá que ser equacionado o seu encerramento ”, conforme proposta apresentada ao Conselho Municipal de Educação. Inicialmente, a instalação deste projeto estava prevista para o local onde se encontra atualmente a Escola Básica, do 1º Ciclo, Raul Figueiredo, nas Barreiras do Tejo. Mas devido a debilidades estruturais, geológicas e geotécnicas, a presidente disse à Antena Livre que “não é aconselhável a construção neste local, que só iria encarecer o investimento, pelo que foi

Joana Margarida Carvalho

Centro de Abrantes vai receber novo centro escolar

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O Projeto de Regulamento Municipal para Atribuição de Bolsas de Estudo, aprovado pela Câmara Municipal de Sardoal, foi publicado no “Diário da República”, em 12 de fevereiro último, estando agora em discussão pública durante 30 dias, a contar desta data. Recorde-se que a finalidade desta atribuição de Bolsas de Estudo a alunos residentes na área geográfica do concelho de Sardoal se prende com o apoio à continuação de estudos no ensino superior a jovens, cujas possibilidades económicas não lhes permita fazê-lo pelos seus próprios meios.

Portagens inibem circulação na A23

Autarquia pretende garantir “igualdade entre os alunos da cidade e das freguesias”

abandonada definitivamente esta hipótese”. Por indicação dos serviços técnicos, e tentando potenciar o Centro Histórico, surgiu assim, a hipótese do Barro Vermelho. Maria do Céu Albuquerque afirma que a localização é favorável: “Está próximo da Cidade Desportiva, próximo de outras escolas, fica situada à entrada da cidade. Admito, contudo, que possam existir algumas limitações que têm que ser trabalhadas,

nomeadamente do ponto de vista técnico, como as acessibilidades. O projeto será uma réplica do centro escolar de Alferrarede, com as necessárias adaptações.” Para o elemento da oposição, Carlos Arês, do ICA, a construção de uma escola neste local irá certamente trazer mais congestionamentos de trânsito dos que aqueles a que se assiste diariamente no acesso à Escola Secundária Dr. Solano de Abreu.

Já para Celeste Simão, vereadora com o pelouro da Educação, este centro escolar “é essencial para que haja igualdade entre os alunos da cidade e das freguesias”, já que desta forma se possibilita um melhor acesso dos alunos da cidade aos novos centros escolar e se potencia as sinergias para a formação das crianças. Joana Margarida Carvalho e Francisco Rocha

Meio século ao serviço do escutismo e da comunidade volver toda a família. Vai igualmente ser erigido um placar alusivo ao ato junto da rotunda do quartel de Cavalaria de Abrantes. A 8 de junho, é esperado um Fórum Escuta e um Festival Escuta, numa tentativa de partilha de experiências entre mais novos e menos jovens. Integrada no roteiro das Festas da Cidade de Abrantes, entre 8 e 15 de junho, estará patente uma exposição sobre os 50 anos de vida do Agrupamento 172. No dia 9 de junho vai acontecer uma Eucaristia e um almoço convívio onde se espera ver representadas todas as individualidades e forças vivas da cidade. A Câmara Municipal de Abrantes, a Junta de Freguesia de São Vicente, a PEGOP e a RSA associam-se aos eventos colaborando com os mais diversos apoios para as atividades. Criado a 9 de junho de 1963, o

A Câmara de Abrantes continua preocupada com a situação das portagens na A23. Entende que a implementação de portagens associada aos preços taxados veio criar mais um agravamento nas despesas das famílias e das empresas, para além do natural aumento de trânsito dentro das localidades, que se passou a verificar. De acordo com a informação publicada na última edição do boletim informativo da SCUTVIAS, a circulação de viaturas na A23 apresentou, em 2012, uma descida substancial. Em comunicado, a autarquia defende que “para voltar a criar condições de competitividade para a região é urgente rever os valores das taxas de portagem de Torres Novas a Espanha, porque as atualmente praticadas são proibitivas e inibidoras da circulação na A23”.

Câmara de Abrantes apoia coletividades do concelho Joana Margarida Carvalho

O Agrupamento 172 de Escuteiros de Abrantes está a comemorar os seus 50 anos de existência. Em conferência de imprensa deram a conhecer um pouco da história do Agrupamento e as ações comemorativas que vão ocorrer durante todo o ano, com especial incidência pela altura das Festas aa Cidade de Abrantes, como referiu o Chefe José Pereira. No dia 16 de março vai realizar-se uma caminhada pela floresta como forma de sensibilização para os problemas ambientais. No decorrer da iniciativa vão ser plantadas 50 árvores evocativas do aniversário da criação do Agrupamento. Uma Mostra de Acampamento Escuta que vai ter lugar na Praça da República no dia 4 de maio. O objetivo é cativar jovens e adultos para a causa escutista. Durante a noite, vai ser feito um “fogo do Conselho” com atividades mais lúdicas que vão en-

Bolsas de Estudo no Sardoal

• Chefe José Pereira, ao centro, na apresentação das comemorações Agrupamento 172 tem-se distinguido na edução de jovens e crianças “de uma forma diferente” como não se encontra em qualquer outro organismo, conforme afirma o Chefe Pereira. A formação segundo os padrões da moral católica, no seguimento dos princípios desenvol-

vidos por Baden Powell, são balizas para a formação cívica e moral dos jovens escuteiros e para o sucesso destes 50 anos de vida do Agrupamento. Joana Margarida Carvalho e Francisco Rocha

A Câmara de Abrantes atribuiu a coletividades do concelho o montante global de 267.258,17€, referente aos apoios a conceder no âmbito do FINABRANTES 2013. A quantia total foi distribuída pelas diferentes áreas previstas no programa: Cultura, Juventude, Social e Eventos. O sector do Desporto já tinha sido abrangido com cerca de 160 mil euros. O FINABRANTES é um programa de apoio a coletividades do concelho de Abrantes nas áreas da cultura, desporto e recreio, juventude e intervenção social e tem como princípio base a articulação entre as entidades que representam o movimento associativo e a Câmara Municipal.


DESPORTO 23

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ATLETAS ABRANTINOS DE CANOAGEM NOVAMENTE DISTINGUIDOS EM COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

A secção de canoagem do Clube “Os Patos” do Rossio ao Sul do Tejo, em Abrantes, teve uma semana de glória, ao ver coroado de êxito todo seu esforço, trabalho e dedicação com a conquista de diversos prémios nacionais e internacionais. As distinções aconteceram em provas onde estiveram envolvidas mais de duas dezenas de atletas abrantinos em diferentes categorias, como foi ultimamente o caso da edição 2013 do Portugal Winter Trial - Nelo Winter Trial.

O centro de Alto rendimento de Montemor-o-Velho recebeu, em fevereiro, mais uma edição do Portugal Winter trial - NELO Winter Challenge, o maior até ao momento, com a participação de 17 Países e perto de 600 atletas. Este evento, promovido pela Federação Portuguesa de Canoagem e pela empresa Mar kayaks, foi simultaneamente uma competição Internacional de elevado prestígio, mas também um

dos controlos nacionais para integração nas Seleções Nacionais Portuguesas de Velocidade. A competição contou com a presença de diversos campeões Olímpicos, Mundiais e Europeus, mas também de atletas Portugueses que participaram pelos seus clubes e que lutaram por um lugar entre os selecionados para as Seleções Nacionais 2013. Os atletas realizam duas provas distintas: uma de contra relógio de 2000 metros, com largadas individuais, ao longo de toda a tarde de sábado, e outra de 200 metros de velocidade, onde existiram eliminatórias, semifinais e Finais A e B. Em ambas competiram atletas em Kayak e Canoa individual, nos escalões de Cadetes, Juniores, Seniores e Veteranos. Em destaque do CD “Os Patos” estiveram os atletas que conseguiram subir ao pódio nesta fantástica jornada dos canoístas abrantinos. Miguel Trigo, em cadetes, conquistou a medalha de Bronze nos 200

metros. Francisca Laia, na sua primeira prova enquanto sénior, garantiu a medalha de bronze e primeira entre as portuguesas, numa prova vencida pela campeã europeia e olímpica Natasa Janics. António Trigo, júnior, venceu os 200 metros e também o PWT 2013, que consistia na classificação conjunta das duas provas. Os veteranos João Laia e Armindo Mateus também se destacaram nas provas, tendo conseguido disputar a final A. Margarida Neves, António Martins e Gonçalo Milho estiveram nas finais B. Netsa prova participaram ainda José Carlos Damas, Tiago Reis, Tiago Soares, João Barata, Duarte Igreja, Diogo Ferreira e Bernardo Leitão. O CD “Os Patos” fazem assim história nesta importante prova pois nas suas três edições foram o único clube que sempre teve um vencedor no conjunto das duas distâncias: António Trigo em 2011 e 2013 e Francisca Laia em 2012.

Francisco Rocha

Como Patos na água…

• Atletas do Clube “Os Patos”, na margem Sul do Tejo QUADRO DE HONRA André Bernardino, Francisca Laia, António Trigo, Miguel Trigo, Gonçalo Milho, Luís Costa, António Martins, Duarte Igreja, João Barata, Bernardo Leitão, Diogo Ferreira, Pieter Aparício, Margarida Neves, Miguel Neves, João Santos, João Bento, Beatriz Igreja, Inês Aperta, Tiago Coelho, Joana Pires, Francisca Martins, Diogo Bernardino e Maria Bernardino são alguns dos nomes de jovens atletas que envergam as co-

res do clube e que com aturado esforço e dedicação têm honrado a cidade que representam. Desde cedo se percebeu que a estrutura de um clube de sucesso teria que assentar em pessoas dedicadas, qualificadas e com formação adequada para desempenhar o papel de treinador, mas principalmente com competência pedagógica para formador de crianças e jovens. É assim que surgem os nomes dos técnicos - José Miguel Trigo, João Laia e Pedro Coelho.

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24 DIVULGAÇÃO

MARÇO 2013

LUGARES COM HISTÓRIA

ARQUEOLOGIA NA REGIÃO

A Casa da Câmara

O Centro de Pré-História do IPT intervém na Igreja Matriz de Tancos

Até finais do século XIV, segundo o historiador José Mattoso, as assembleias municipais efetuavam-se ao ar livre e só a partir daí, com a diminuição do número de participantes, passaram a ter um edifício próprio. No que diz respeito a Abrantes, só a partir de 1392 começam a aparecer referências à existência de uma Casa da Câmara, que tinha o seu assento, ao que parece, na Rua Nova, nas proximidades da judiaria. Não se sabe quando foi transferida para o local onde hoje se encontra, mas certo é que já ali se encontrava no reinado de D. Manuel I. Também se sabe que em 1593, o edifício existente nesta praça, encontrava-se bastante arruinado, não oferecendo quaisquer condições de conforto a quem nele trabalhava. Reinava então em Portugal Filipe II de Espanha, que, tendo conhecimento do caso, emitiu um alvará onde ordenava que a sua reconstrução se desse por arrematação aos mestres de cantaria Baltazar Marinho e Pedro Antunes, que se propunham executar a obra por 2000 réis. Não se sabe bem porquê mas as obras não avançaram, de modo que em 1596 acertou a Câmara com o mestre das obras reais de Tomar, Martins Fernandes, a

construção do novo edifício que deveria estar pronto dentro de três anos. Como é habitual nestas coisas, as obras não estavam prontas no prazo indicado, por falta de verbas ou por estas terem sido desviadas para outro fim e sabe-se que no início do século XVII ainda não estavam concluídas. Só em 1627 foi construída a Torre do Relógio, tendo sido entregue a sua construção ao pedreiro João Rol. Foi o novo edifício dotado de três pisos: no rés-do-chão tinha um alpendre e uma loggia, a que chamavam a Casa da Pissarra, onde se guardavam mercadorias para venda, como castanhas, vinho, etc., no primeiro andar encontrava-se a Casa da Audiência, com uma varanda gradeada sobre a praça, no último andar estava a Casa da Câmara, propriamente dita, onde se reunia o Senado e se faziam as vereações. Este último andar já tinha, como tem hoje, uma varanda virada para a praça. Estas obras não foram feitas com muita solidez pelo que o edifício andava sempre a precisar de novos arranjos. Logo em 1621, numa ata da Câmara pode ler-se que “ordenaram que se pusesse em pregão o conserto da mesma, em razão da muita água que pelas paredes corre, o que pode ori-

CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS CIVIL, PREDIAL E COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL - Certifico narrativamente para efeitos de publicação, que no dia vinte e sete de Fevereiro de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, exarada de folhas setenta e oito a folhas oitenta e um do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cem – D, na qual MANUEL DA CONCEIÇÃO DIAS, NIF 123853508, e mulher UMBELINA DA CONCEIÇÃO SILVA DIAS, NIF 119411377, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, e ela da freguesia da Fundada, concelho de Vila de Rei, residentes na Salgueira, dita freguesia de Santiago de Montalegre; titulares dos bilhetes de identidade números 0598589 e 6556660 2, emitidos em 26-08-1985 e 12-12-2002 pelo CICC de Lisboa e SIC de Santarém respectivamente, vêm justificar que são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, sito em Lameira, freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, composto por eucaliptal, com a área de mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Francisco Pereira; do Sul com Manuel Lourenço, do Nascente com herdeiros de Manuel Dias e do Poente com herdeiros de João Gaspar, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal e inscrito na matriz em nome do justificante marido, sob o artigo 221 da secção C, com o valor patrimonial de 18,64 euros, a que atribuem o valor de duzentos euros, que é também o valor atribuído a esta justificação. -Que, adquiriram o mencionado prédio por doação verbal feita no ano de mil novecentos e setenta e oito por seus pais e sogros, Joaquim Dias e Maria da Conceição, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Salgueira, Sardoal, sem que ficassem a dispor de título formal que lhes permita efectuar o respectivo registo na competente Conservatória do Registo Predial; - Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, o imóvel, conservando-o e mantendo o mesmo, procedendo ao seu amanho, pagando os respectivos impostos e suportando os demais encargos. - Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacífica, contínua e do consenso que o prédio lhes pertence, desde o dito ano de mil novecentos e setenta e oito, conduziu à aquisição do direito de propriedade do identificado imóvel, por USUCAPIÃO, o que invocam, justificando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição do registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. - Está conforme o seu original, na parte respectiva. Sardoal, 27 de Fevereiro de 2013 A conservadora, a exercer as funções de Notária, Nélia Carla Henriques Ferreira (em Jornal de Abrantes, edição 5505 de Março de 2013)

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ginar grande perigo caindo a dita casa.” Reparações maiores ou menores foram continuando por todo o século XVII, até que em 1715, D. João V, com os cofres cheios com o ouro do Brasil, por provisão de 15 de maio, ordenou que fossem executadas obras de fundo no referido edifício. Foram também comprados uns pardieiros anexos, para nesse espaço se fazerem “casas de aposentadoria” para os visitantes e também para ali ficar instalada a cadeia, que por falta de condições tinha sido transferida para o Castelo. Desta vez, tudo foi mais rápido e as obras já estavam concluídas em 1717. Depois desta data só são conhecidas obras de relevo em 1910/1911, logo após a implantação da República, tendo a configuração geral do edifício ficado com o aspeto que hoje tem, salvo pequenas alterações como é o caso do atual varandim do segundo andar, que foi colocado em 1939, substituindo as janelas de sacada que anteriormente ali existiam. No largo em frente deste edifício, hoje denominada Praça Raimundo Soares, esteve, durante muitos anos, um outro símbolo do poder local – o pelourinho. A sua situação mais habitual nos concelhos era, como acontecia aqui, em

frente da Casa da Câmara. Sabe-se pouco da sua história e desapareceu sem deixar rasto, pelo que nem sequer se sabe como era a sua configuração. Martins de Carvalho, numa monografia de Abrantes datada de 1937, refere que a mais antiga informação que ele conhecia sobre o pelourinho data de 1623, ano em que a Câmara resolveu dar uma contribuição não se sabe se para conserto de algum mais antigo, ou se para a construção de um novo. Sabe-se também que em 1715, este antigo pelourinho foi substituído e que a sua construção foi da responsabilidade do “pedreiro de cantaria”, Manuel Luis da Silva, o mesmo a que tinha arrematado as obras do edifício camarário executadas no tempo de D. João V. Manteve-se nesse local até ao ano de 1840, altura em que a vereação da Câmara resolveu dali retirá-lo definitivamente, alegando que a praça precisava se ser arranjada e alindada. Bibliografia: CAMPOS, Eduardo, “O Pelourinho de Abrantes”, Jornal Nova Aliança” de 31/10/1982. CANDEIAS DA SILVA, Joaquim, “Abrantes - a vila e o seu termo no tempo dos Filipes”, edições Colibri, 2000. MORATO, Manuel António e MOTA, João da Fonseca, “Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, edição da C. M. de Abrantes, 2002 Teresa Aparício

O Centro de Pré-História é uma unidade funcional ligada diretamente à Presidência do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e tem como missão primordial, não só internamente, apoiar trabalhos de emergência no âmbito da Arqueologia Terrestre na área geográfica onde o Instituto está implantado. Desta feita fomos solicitados para minimizar o impacto de obras de melhoramento no interior da Igreja Matriz de Tancos. Este monumento do século XVI, classificado como Imóvel de Interesse Público, encontra-se em razoável estado de conservação, muito embora, como todos sabemos, necessite periodicamente de obras de melhoramento. Neste âmbito, quer a Diocese de Santarém quer a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, em conjunto

com o Instituto Politécnico de Tomar, conjugaram esforços no sentido de ser realizada uma intervenção arqueológica, o menos intrusiva possível, com o objetivo de salvaguardar os vestígios osteológicos humanos presentes no interior da nave. Para além da intervenção de decapagem o menos intrusiva possível será ainda feito o decalque das epígrafes tumulares que existem em grande quantidade quer na nave, quer no altar. Este exemplo de conjugação de esforços por parte de instituições tão diversas como a Diocese, a Câmara e o Instituto são um exemplo do muito que se pode fazer no âmbito da preservação em prol do Património do Médio Tejo. Ana Cruz

Centro de Pré-História do IPT

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia onze de Fevereiro de dois mil e treze exarada de folhas cento e trinta e seis a folhas centro e trinta e nove, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E QUATRO-A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores, a) NARCISA GONÇALVES FERREIRA, viúva, natural da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, residente na Rua do Pico, número 100, em Pego, Abrantes; b) FRANCISCO MANUEL FERREIRA LOPES, e mulher MARIA DE FÁTIMA DELGADO MARQUES MORGADO, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Pego e ela da freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, ambos do concelho de Abrantes, residentes na Rua da Cabeça Alta, número 157, em Pego, Abrantes, Outorgando ele por si e como procurador de c) MÁRIO MIGUEL FERREIRA LOPES e mulher RITA SÍLVIA DA CUNHA RAMOS LOPES, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes e ela da freguesia e concelho de Velas, residentes na Avenida 19 de Outubro, em Velas, São Jorge, Açores, DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: -Prédio rústico, sito em Tejo, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de cultura arvense, figueiras, oliveiras e vinha, com a área de mil e seiscentos metros quadrados a confrontar de Norte com Tejo, de Sul com caminho publico, de Nascente com Miguel Gil Mata e de Ponte com herdeiros de João Lopes Diogo, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 9 da sessão I. - Que o prédio ora justificado, está inscrito na matriz em nome da Herança de João Lopes Diogo, seu marido e pai. - Que a primeira outorgante identificada na alínea a) é possuidora do imóvel acima identificado, por compra meramente verbal a Manuel Dias Lúcio e mulher Teresa Marques, casados no regime da comunhão geral de bens, residente que foram em Pego, Abrantes, atualmente falecidos, ainda no estado de casada, sob o regime da comunhão geral de bens, com JOÃO LOPES DIOGO, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, em data que não consegue, precisar, sem que chegassem a outorgar a correspondente escritura de compra e venda. - Desde aquela data, que a primeira outorgante da alínea a) e o seu referido marido, passaram a ser detentores do prédio, agindo como seus

legítimos proprietários, usufruindo de todas as utilidades do prédio e pagando as respectivas contribuições e impostos, posse que sempre exerceram sem interrupção, com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse. - Que, posteriormente, no dia treze de Agosto de dois mil e doze, na freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, faleceu JOÃO LOPES DIOGO, natural da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, no estado de casado, com ela outorgante Narcisa Gonçalves Ferreira, em primeiras núpcias de ambos, sob o regime da comunhão geral de bens, natural que foi da freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, com ultima residência habitual na Rua do Pico, número 100, em Pego, Abrantes, sem deixar testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, tendo deixado como seus únicos e universais herdeiros os ora primeiros outorgantes, sua mulher e dois filhos, o que verifiquei pela escritura de habilitação de herdeiros outorgada hoje, exarada a folhas cento e trinta e cinco e seguinte, deste Livro de Notas, - Que após o falecimento do mencionado João Lopes Diogo, a sua mulher, a ora primeira outorgante identificada na alínea a) e os seus filhos, o ora primeiro outorgante identificado na alínea b) e seu representado), mantiveram-se na posse do referido imóvel, posse essa que se manteve ininterrupta, à vista e com o conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades do prédio, amanhando -o, cultivando-o apanhando a fruta, limpando o mato, cortando a madeira, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respetivos impostos, o que lhes permite invocar a seu favor a usucapião do prédio, já que lhes é impossível por meios normais obter o registo do seu direito de propriedade. - Está conforme ao original e certifico que na parte omitida não há nada em contrario ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 11 de fevereiro de 2013 A Notária Sónia Maria Alcaravela Onofre (Jornal de Abrantes, edição 5505 de Março de 2013


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MARÇO 2013

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Dez decisões alimentares para 2013 Uma alimentação saudável contribui para uma boa saúde e para a prevenção de doenças como o cancro, as doenças cardiovasculares, etc, e é também uma oportunidade para expandir as suas escolhas e experimentar novos pratos.

Faça da ÁGUA a principal bebida do dia, não tem calorias, permite a hidratação correta do organismo, ajuda a regular a temperatura corporal, permite ótimo desempenho físico e intelectual, contribui para a adequada regulação da pressão arterial e ainda contribui para uma pele sadia. Comece as refeições principais com uma SOPA de HORTÍCOLAS, produtos ricos em substâncias protetoras e em fibra, essencial ao bom funcionamento intestinal, saciedade e regulação da gordura ingerida. Inclua LEITE E LACTICÍNIOS

nas pequenas refeições ao longo do dia. Um copo de leite possui cerca de 28 % do cálcio necessário por dia para um adulto, 24 % da Vitamina D, 22% do fósforo...ou seja, o leite é um super alimento e de baixo custo. Escolha PÃO de qualidade de preferência de mistura. É fonte de energia, vitaminas e fibra. Deverá ser o alimento central das pequenas refeições ao longo do dia em vez de bolachas e biscoitos. Invista nas suas CAPACIDADES CULINÁRIAS. Prepare refeições saborosas e nutricionalmente equilibradas. Experimente novas receitas e invista em produtos vegetais, equilíbrio nutricional, sabor e rapidez. Tente fazer COMPRAS DE PROXIMIDADE. Conheça os vendedores e os produtos frescos. Leve sacos de casa, ajude o meio ambiente. L E V E F R U TA c o n s i g o quando sai de casa. Prática e

económica é uma ótima opção para fazer uma pausa e repor as energias a meio da manhã e meio da tarde. Experimente NOVOS SABORES e atividades, como o USO e CULTIVO de ervas aromáticas. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, PESO ADEQUADO e ATIVIDADE FÍSICA estão interligados. Trinta minutos por dia de caminhada vigorosa podem significar, com treino 3000 passos, contribuindo para a redução da pressão arterial, do colesterol e bemestar mental. DESCONFIE DE SOLUÇÕES MILAGROSAS. Veja a alimentação saudável e a atividade física como um investimento a médio prazo em si e na sua família. Exigirá tempo, paciência e aprendizagem como tudo o que realmente vale a pena na vida. Paula Gil

Enfermeira, USP Médio Tejo Adaptado da Direção Geral da Saúde

CARAS DA RÁDIO

Caminhar em Tempos Difíceis

Assim se chama o novo espaço da “Edição da Manhã”, que se propõe a dar uma ajuda aos ouvintes da Antena Livre, no sentido de caminhar mais serenamente nos tempos difíceis que o país atravessa. Como poupar, o que fazer na hora de comprar casa, como agir em caso de endividamento excessivo, como renegociar com o banco os créditos existentes, entre outros temas de interesse público fazem este espaço matinal que está no ar semanalmente às segundas-feiras,

às 8h15, com reposição às quartas às 10h00 e sextas às 9h00. Em estúdio, Paulo Niza, administrador do Centro de Negócios e Empresas de Almeirim (CNE), e Célia Cristóvão, Consultora Financeira do CNE, respondem às perguntas do Paulo Delgado, que são nada mais nada menos do que as perguntas com que muitas vezes nos debatemos diariamente e para as quais muitas vezes não temos respostas imediatas. Este é um espaço que pretende ter participação ativa dos

ouvintes da estação emissora, que poderão colocar as suas dúvidas via email usando o endereço caminharemtemposdificeis@antenalivre.pt As perguntas serão respondidas e as dúvidas esclarecidas durante estas conversas matinais. “Caminhar em Tempos Difíceis” dá ainda oportunidade de através da ajuda especializada do CNE dar resolução a muitos problemas, que em muitos casos têm uma solução mais perto do que se possa pensar.

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26 CULTURA

MARÇO 2013

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

Março é o mês do teatro em Abrantes

AGENDA DO MÊS

Abrantes

Até 22 de março – Exposição “Lost in the city”, fotografia de José Mendes de Almeida – Galeria de Arte Até 30 de março – Exposição “Cinema em Abrantes entre 1931 e 1974” – Arquivo Municipal Eduardo Campos, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 26 de abril de 2013 – Exposição “Os chapéus dos meus heróis”, 33 réplicas de chapéus de personagens da banda desenhada – Biblioteca António Botto, das 9h às 19h30 Até 15 de maio de 2013 – Exposição “Vida e Morte – A pré-história no Concelho de Abrantes”- Museu D. Lopo de Almeida – Castelo, de terça a domingo, das 10h às 18h Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 10 de março – Feira de S. Matias – Tecnopolo de Vale do Tejo 8 de março – Comemoração do Dia da Mulher – Apresentação do livro “Maria de Lourdes Pintassilgo – Retratos sem Moldura”, de Helena Silva Costa Pequeno Auditório de Cine-teatro S. Pedro, 18h 10 de março – Concerto Solidário com a Rádio Tágide, concertos de Quim Barreiros e Graciano Ricardo – Pavilhão I da Metalúrgica Duarte Ferreira, Tramagal, 22h 12 de março – “Encontro com…” Lurdes Breda – Biblioteca António Botto, 14h 19 de março – “A Menina Dança?”, com o grupo Toc´Abrir – Pequeno Auditório do Cine-teatro S. Pedro, 15h 21 de março – “Encontro com…” António Vilhena, apresentação da obra “A Formiga Barriguda” – Biblioteca António Botto, 19h 21 de março – “Entre nós e as palavras…” com António Vilhena, apresentação da obra de poesia “Canto Imperecível das Aves” – Biblioteca António Botto, 21h30 30 de março – Feira Franca, venda de livros, velharias, artesanato urbano, produtos hortofrutícolas, mel, doçaria – Centro Histórico de Abrantes, das 9h às 19h 30 de março – Concerto com Orelha Negra- Cine-teatro S. Pedro, 22h Mês do Teatro – Cine-teatro S. Pedro, 21h30 9 de março – “Fulaninha e Dona Coisa” – Grupo de Teatro Palha de Abrantes 15 de março – “Bom Apetite” – Associação “Créme de la Créme” 16 de março – “Na Barriga” – Companhia Caótica – Associação 23 de março – “A Viagem”, de Filipa Francisco Cinema – Org. Espalhafitas – Cine-Teatro S. Pedro, 21h30: 6 de março – “Luz de Inverno”, de Ingmar Bergman 13 de março – “O Deus da Carnificina”, de Roman Polanski 20 de março – “Um Ano Mais”, de Mike Leigh 27 de março – “O Amor”, de Michael Haneke

Barquinha

Até 3 de junho – Exposição “Pedra que rola não cria limo”, de Pedro Valdez Cardoso – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho 16 de março – “Vozes do Fado” com Teresa Tapadas, Silvina Pereira, Tó Pereira, Guilherme Frazão e Carlos Almeida –Clube União de Recreios, Moita do Norte, 21h30

Constância

Até 29 de março – Mostra Bio-bibliográfico de Eugénio de Andrade – Biblioteca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 9 de março a 7 de abril – Exposição “Cantos e Recantos da Vila de Constância”, fotografia de fotógrafos amadores do Ribatejo – Posto de Turismo 21 de março – Dia Mundial da Poesia – Atividades de promoção da leitura – Biblioteca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 30 e 31 de março – Festas do Concelho, ruas floridas, tasquinhas, exposições, concurso de fotografia, música DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h: 8 de março – “Mulher Perfeitas” 15 de março – DVD surpresa 22 de março – “Era uma vez…um pai” 29 de março – “Os Pilares da Terra”

Mação

Até 23 de março – Exposição “Do quilombo de Itamatatiua para a vila de Mação” – Biblioteca Municipal

Sardoal

9 de março – Concerto da Filarmónica União Sardoalense – Largo das Festas de Santiago de Montalegre Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 16 de março – “O Hobbit: Uma Viagem Inesperada” 23 de março – “Os Miseráveis” 6 de Abril – “Django Libertado”

Vila de Rei

Até 30 de março – Exposição “Miniaturas Aéreas”, de José Maria Leitão – Museu Municipal, quarta a domingo, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h Até 6 de abril – Exposição “O Rosto de um Povo”, pintura de António Carvalho – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 10 de março – Festim Medieval com recriação histórica – Vale da Urra, 9h às 19h

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia sete de Fevereiro de dois mil e treze, exarada de folhas cento e dezassete a folhas cento e dezanove, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E QUATRO- A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de CONSTITUIÇÃO DE ASSOCIAÇÃO, que se irá designar “ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ABRANTES”, pessoa coletiva 510 563 309, com sede na freguesia de Abrantes (São Vicente), do concelho de Abrantes, sem fins lucrativos e durará por tempo indeterminado. A Associação tem como escopo principal a proteção de pessoas e bens, designadamente o socorro aferidos, doentes ou náufragos e a extinção de incêndios, detendo e mantendo em atividade, para o efeito, um corpo de bombeiros voluntários ou misto, com observância do definido no regime jurídico dos corpos de bombeiros e demais legislação aplicável. A associação pode desenvolver outras atividades, a título gratuito ou remunerado, individualmente ou em associação, parceria ou por qualquer outra forma societária legalmente prevista, com outras pessoas singulares ou coletivas, desde que permitidas pela Assembleia Geral. Os Associados classificam-se em: a) Efetivos; b) Beneméritos; c) De Mérito; d) Honorários; e) Auxiliares. Os Associados efetivos serão admitidos pela Direção, a pedido dos próprios; Tratando-se de menor ou incapaz, o pedido de admissão deverá ser feito pelos pais ou tutores, ficando o pagamento da quota e o cumprimento dos estatutos a cargo daqueles; Da rejeição

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O teatro está em destaque e em Abrantes no mês de e março, com um programa que contempla cinco peças de diferentes estilos. Os espetáculos terão lugar no cine-teatro S. Pedro, às 21h30, tendo sido a primeira peça apresentada no dia 1 de março, pelo GETAS, Centro Cultural de Sardoal, que exibiu “O Morgado de Fafe em Lisboa”. O Grupo de Teatro Palha de Abrantes sobe ao palco no dia 9 de março com a peça “Fulaninha e Dona Coisa”, uma história feita de peripécias causadas pela ingenuidade e intolerância de duas personagens. A comédia é também o mote da peça “Bom Apetite”, representada pela Associação “Créme de la Créme”, no dia 15 de março. “Bom Apetite” é um espetáculo onde a comédia é levada ao extremo do absurdo, apoiada na tragédia, como forma de contar uma história. A relação com o público é feita

através da intimidade, sendo este transportado pela proximidade do d ator com o público. Dentro D de uma tendaútero, ú a peça “Na Barriga”, da d Companhia Caótica – Associação, As tem por objetivo tiv dar a explorar, reviver e questionar q o espetador sobre sob o seu próprio nascimento, me através de imagens, sons son e objetos. “A Viagem” teatral chega ao fim com a criação de Filipa Francisco, um projeto com o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego. “A Viagem” reinterpreta memórias e explora as ligações entre o tradicional e o moderno, aborda o modo como as manifestações populares aderem e procuram a modernidade, originando novos significados, permitindo nova apropriação e novo entendimento do seu papel nos dias hoje. O preço dos bilhetes para as peças de teatro varia entre os três e os quatro euros.

Exposição de Pedro Valdez Cardoso em Vila Nova da Barquinha A Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, tem patente, até ao dia 2 de Junho, a exposição de Pedro Valdez Cardoso intitulada “Pedra que rola não cria limo”. Esta exposição integra-se no aprofundamento do projeto Parque de Escultura Contemporânea Almourol, que reúne os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa, cobrindo autores e obras cujo trabalho se desenvolveu da década de 60 até à atualidade. No catálogo da exposição pode ler-se que “Pedro Valdez Cardoso confronta-nos com a nossa fragilidade individual, com a instabilidade dos nossos valores e códigos comportamentais, com a inevitabilidade de um fim que

de admissão poderá ser interposto recurso para a Assembleia-geral no prazo de quinze dias a contar da notificação que se fará em carta registada com aviso de receção. Constituem direitos dos Associados efetivos: a) Participar nas reuniões da Assembleia-geral e aí propor, discutir e votar os assuntos de interesse para a Associação; b) Votar em atos eleitorais desde que no pleno gozo dos seus direitos; c) Ser eleitos para cargos sociais nos termos dos artigos 67.° e 68.°; d) Recorrer para a Assembleia-geral de todas as irregularidades e infrações aos estatutos e regulamentos internos, com salvaguarda do disposto no n.? 4 deste artigo; e) Requerera convocação de Assembleias-gerais extraordinárias nos termos da alínea b) do n.? 3 do artigo 42.°; f) Entrar livremente na Sede ou em quaisquer outras instalações da Associação, salvo tratando-se de zonas de acesso restrito definidas pela Direção; g) Utilizar os serviços que a Associação venha a prestar ou disponibilizar direta ou indiretamente nas condições definidas pelos regulamentos internos; h) Examinar livros, contas e demais documentos desde que o requeiram por escrito à Direção, com a antecedência mínima de oito dias e esta verifique existir um interesse pessoal direto e legítimo do Associado; i) Apresentar sugestões de interesse coletivo para uma melhor realização dos fins prosseguidos pela Associação; j) Reclamar perante a Direção de atos que considere lesivos dos interesses da Associação e dos seus interesses de Associado; k) Requerer, por escrito, certidão de qualquer ata mediante pagamento dos respetivos custos; I) Desistir da qualidade de Associado. Para exercer os direitos referidos no número anterior, os Associados Efetivos não podem ter o pagamento das quotas em atraso por um período superior a um ano, exceto para o ano da admissão, em que terá que estar regularizado. São excecionados da exigência os Associados fundadores participantes na primeira assembleia e os em exercício dos

nunca poderemos controlar, com a inútil exibição da vaidade. Nesta exposição, as “espadas são de brincar, os troféus de guerra e caça são forrados de tecidos decorativos, os tesouros são de plástico, os brasões desenham-se em superfícies picadas e rasgadas, a fragilidade toma conta do conjunto das peças.” A Galeria do Parque funciona no Edifício dos Paços do Concelho, de quarta a sexta-feira, das 11h às 13h e das 14h às 18h. Aos sábados e domingos, a galeria está aberta das 14h às 19h.

cargos no primeiro mandato. Os Associados Efetivos admitidos há menos de seis meses e os demais associados apenas gozam dos direitos consignados nas alíneas f), g), i), D, k) e I) do nº 1 e bem como do referido na alínea a) do mesmo número, mas sem direito a voto. Os Associados fundadores e os designados para o primeiro mandato dos órgãos sociais gozam imediatamente de todos os direitos previstos neste artigo. São considerados Associados fundadores, para efeito deste artigo, as pessoas que tomaram parte ativa na fundação da associação, constantes da listagem ratificada na primeira ata da Assembleia Geral, sendo por inerência também Associados efetivos. Os Associados que façam parte do Corpo de Bombeiros não poderão discutir em Assembleia-geral assuntos respeitantes à organização e disciplina do Corpo. São deveres dos Associados Efetivos, detentores de plena capacidade de exercício, além de outros previstos na lei geral: a) Honrar a Associação em todas as circunstâncias e contribuir quanto possível para o seu prestígio; b) Observar, cumprir e fazer cumprir as disposições legais, estatutárias e regulamentares; c) Acatar as deliberações dos Órgãos Sociais legitimamente tomadas; d) Exercer com dedicação, zelo e eficiência os cargos sociais para que foram eleitos ou nomeados, salvo pedido de escusa por doença ou outro motivo atendível, apresentado ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral e por este considerado justificado; e) Participar previamente, fundamentadamente e por escrito a cessação da atividade nos cargos sociais ao Presidente da Mesa da Assembleia-geral; f) Zelar pelos interesses da Associação, comunicando por escrito à Direção quaisquer irregularidades de que tenham conhecimento; g) Pagar pontualmente a quota fixada; h) Comparecer às Assembleias-gerais cuja convocação tenham requerido; i) Comunicar por escrito à Direção o local de pagamento das quotas e qualquer situação que altere os seus elementos de

Música dos Orelha Negra para ouvir em Abrantes A banda Orelha Negra vai estar no cine-teatro S. Pedro, em Abrantes, para apresentar as canções do disco de estreia. Promovido pela Stereo Airlines, o concerto acontece no dia 30 de março, pelas 22 horas e os bilhetes podem ser comprados no Posto de Turismo ou no próprio cine-teatro. Num espetáculo dos Orelha Negra os estilos musicais são variados, havendo uma mistura melódica que passa pelo groove, funk, soul, disco, hip hop e rock, som imbuído de muita cultura portuguesa. A banda, que se deu a conhecer em 2009, tem êxitos como “Blessed”, “M.I.R.I.A.M.” e “Since you’ve been gone”, que não deixarão de ser tocados em Abrantes. Os Orelha Negra são formados por um conjunto de músicos, Sam The Kid, DJ Cruzfader, Fred Ferreira, Francisco Rebelo e João Gomes, que depois de terem tocado juntos na digressão de Sam The Kid em 2008, resolveram juntar-se e gravar um dos discos mais surpreendentes de 2009.

identificação, designadamente a mudança de residência; j) Tratar com respeito e urbanidade a Associação, as suas Insígnias, órgãos sociais, respetivos titulares, comando, bombeiros, colaboradores da Associação e todos com quem, na qualidade de associado, se relacione. I) Os demais associados estão dispensados dos deveres das alíneas d), e), g) e i). Constitui infração disciplinar, punível com as sanções estabelecidas nos artigos seguintes, a violação, pelo associado, dos deveres consignados no artigo 10°. A perda da qualidade de associados: a) Os que tiverem sido punidos coma pena de expulsão, nos termos do artigo 16°, ou demitidos nos termos do Regulamento do Corpo de Bombeiros; b) Os que pedirem a exoneração; c) Os que não pagarem as quotas correspondentes a vinte e quatro meses, seguidos ou interpolados, se não satisfazerem o débito no prazo de trinta dias a contar da notificação para regularização da situação contributiva. 2. A perda da qualidade de Associado pelos motivos referidos na alínea a) é da competência da Assembleia-geral. 3. A perda da qualidade de associado pelos motivos referidos nas alíneas b) e c) do número interior é da competência da Direção. 4. O Sócio que por qualquer forma perder essa qualidade deverá obrigatoriamente devolver o documento de identificação e não terá direito a reaver as quotas que haja pago, sem prejuízo da sua responsabilidade por toda a atuação em que foi membro da Associação. Está conforme ao original e certifico que na parte omitida não há nada em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 21 de fevereiro de 2013 A Notária, Sónia Maria Alcaravela Onofre (Jornal de Abrantes, edição 5505 de Março de 2013


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MARÇO 2013

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

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João Alberto Ribeiro Rodrigues 29.12.1940 - 27.01.2013

AGRADECIMENTO Queremos agradecer a todos os companheiros Combatentes do Ultramar, companheiros de trabalho, camaradas de luta, amigos e amigas que neste dia e neste percurso de dor e sofrimento nunca nos abandonaram e estiveram sempre presentes fisicamente ou não, mas que se lembraram sempre dele com muito orgulho e com saudade! Por fim a toda a equipa do Dr. António Silva do Hospital de Abrantes e principalmente ao IPO de Lisboa que foram a nossa família e o nosso pilar nestes últimos meses tão duros! Sem esse apoio não teríamos a mesma força para encarar esta perda tão grande! Um bem haja a todos! «A sua afeição por nós não se apagará nunca, a sua memória ficará eternamente gravada nos nossos corações.»

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