Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

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MARÇO 2016 · Diretora Joana margarida carvalho · MENSAL · Nº 5541 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Semana Santa de Sardoal um Património de Fé e Religiosidade

Constância recebe as Festas do Concelho deste ano entre 26 e 28 de março com um cartaz musical marcado pela diversidade. Três dias plenos com a bênção de Nossa Senhora da Boa Viagem. Pág. 17 a 20

DR

Paulo Sousa

De 24 a 27 de março Sardoal ganha outro esplendor com as capelas adornadas, a procissão mística dos Fogaréus e todos momentos complementares ao programa religioso. Pág. 13 a 16

Festas de Constância juntam a tradição, a cultura, a música e a gastronomia

Entrevista

SAUDE

Padre Pedro: chamado a estar com as comunidades e a servir a Igreja

Unidade de saúde familiar abre portas no mês de abril para abranger 10 mil utentes

Estamos na Quaresma, a caminho da Páscoa. Este é um tempo forte para as comunidades cristãs, desde sempre. Uma oportunidade para olharmos para a figura do padre.

Segundo a presidente da CM de Abrantes vão ingressar no novo equipamento: 5 médicos, 5 enfermeiros e 4 administrativos. A conclusão das obras já se concretizou e os médicos que vão ingressar já deram nome ao equipamento. Pág. 12

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2 ABERTURA

MARÇO 2016

FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319)

Joana Margarida Carvalho

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Diretora

Redação

O blogue Tágides de Abrantes denunciou o estado de degradação do largo da Estação Ferroviária de Abrantes, situada em Rossio ao Sul do Tejo. O JA soube em reunião de executivo camarário que o município já pediu uma reunião com a Infraestruturas de Portugal, entidade competente pela conservação daquele espaço, para se proceder à sua requalificação.

Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Colaboradores

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Cristina Azevedo cristina.f.azevedo@antenalivre.pt

Departamento Financeiro

Blogue Tágides de Abrantes

Alves Jana e Paulo Delgado

Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico

INQUÉRITO

Que significado tem para si a Páscoa?

António Vieira

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Susana Chambel

Miguel Duarte

Pego

Abrantes

Pego

Não tem muito significado. É uma altura gira para os miúdos, para oferecer amêndoas e coelhos de chocolate.

Quando eu vivia com os meus pais tinha mais significado, juntávamonos em família na aldeia. Hoje como sou padrinho costumo oferecer o folar e os ovinhos aos afilhados.

É uma época que não me diz muito, como estou sempre a trabalhar. Considero-a uma época festiva, mas acabo por não conseguir vivêla muito.

UMA POVOAÇÃO? Alferrarede

des de Sousa Mendes

UM CAFÉ? Sical ... “53 by Trincanela”!

UM MOMENTO MARCANTE? Nascimento dos meus filhos, Catarina e Francisco

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Maria João

SUGESTÕES

Detentores do capital social Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

PRATO PREFERIDO? Cozido à Portuguesa

Luís Correia Pires

UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Margens da Albufeira do Castelo de Bode

UM PROVÉRBIO? “Não há mal que sempre dure, nem sorte que nunca acabe”

IDADE? 50

UM DISCO? 19, Adele

UM SONHO? Ser feliz!

NATURALIDADE/RESIDÊNCIA? Tramagal, Abrantes

UM FILME? Papillon

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Passeio, café e almoço em São Lourenço, Parque Urbano de Abrantes

UMA VIAGEM? Brasil PROFISSÃO? Empresário UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Aristi-

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Parar e Refletir Passamos os nossos dias a priorizar os nossos afazeres, acontecimentos e as pessoas com quem privamos, muitas vezes numa adrenalina constante, num stress que nos consome, numa agitação total e num turbilhão de emoções. Os dias são em grande parte passados a trabalhar, com objetivos a cumprir, detalhes a ter em conta, prazos a obedecer e mesmo quando chegamos a casa, ao nosso seio familiar, os ecos do dia continuam lá bem presentes na nossa cabeça e memória. Estaremos assim a valorizar o que realmente importa? Há pequenas situações que transformamos em grandes coisas, que nos consomem os pensamentos, que nos desiludem ou acabam por destruir um pouco das nossas crenças …e quando somos atravessados por situações que realmente importam ficamos com alguma inércia, sem noção de como agir. Será assim necessário Parar e Refletir? Refletir sobre o que realmente importa e valorizar quem realmente merece. Por exemplo, hoje estarmos juntos de quem amamos e respeitamos é um verdadeiro privilégio. São de facto esses momentos que fazem todo o sentido e nos fortalecem para voltarmos ao dia a dia, da confusão e da adrenalina total. Neste mês, em que dois concelhos se prepararam para receberem os seus principais certames, falo de Constância e de Sardoal, a estratégia também passa por valorizar o que de melhor ali existe. Os seus recursos endógenos, o património, as tradições e sobretudo as gentes daquelas terras que justificam que tudo faça sentido e haja uma aposta autárquica. Assim, cada vez mais é necessário relativizar quando tem de ser, mas também priorizar e dar valor no momento chave. É nisto que penso que nos devemos concentrar. Pois vivemos num mundo onde cada vez mais o que é certo hoje, não o é amanhã, quem é o melhor hoje, é o pior amanhã, e onde as exigências são cada vez maiores, mais constantes e ingratas!


ENTREVISTA 3

MARÇO 2016

PADRE PEDRO

“Não ando aqui para ganhar dinheiro, mas para servir.” Estamos na Quaresma, a caminho da Páscoa. Este é um tempo forte para as comunidades cristãs, desde sempre. Uma oportunidade para olharmos para a figura do padre. Por exemplo, o bem conhecido Padre Pedro, como é conhecido, de seu nome Pedro Tropa, 45 anos, pároco das freguesias do norte do concelho de Abrantes. ALVES JANA

Porquê padre? Por chamamento. Senti-me – e sinto-me – chamado a estar com as comunidades, a servir a Igreja. Um chamamento sentido como? Fui sentindo-o aos poucos, pela minha ligação à Igreja, na vivência da catequese, no serviço como acólito… Mais tarde senti, de forma mais expressa, o chamamento para fazer a experiência do seminário, para aprofundar a vocação e os conhecimentos da fé. No fundo, é sentir um desafio. E para quê? Para ajudar as pessoas. A fé tem de ser sempre uma ajuda, para a vivência do dia a dia. As pessoas, muitas vezes, têm dúvidas, problemas, e precisam de ter alguém junto delas que seja um apoio em termos espirituais, em termos de vida. É esse o desafio: estar com as pessoas. Justifica-se “deixar tudo” para dedicar a vida a umas aldeias rurais, envelhecidas? Os idosos são alguém, por serem idosos não os podemos pôr de parte. Justifica-se perfeitamente. Hoje em dia, pensa-se que tudo se resolve com psiquiatras, psicólogos, médicos… Mas o sacerdote na comuni-

dade é um grande apoio, é muitas vezes a forma que as pessoas têm de conseguirem falar de si próprias, de refletir nas ideias que têm. Com tantas paróquias, um padre, hoje, anda sempre atarefado. Ainda há tempo para cultivar a espiritualidade e aprofundar a cultura religiosa? Infelizmente, somos ordenados para servir e muitas vezes acabamos por servir um pouco a correr. Temos que organizar o nosso tempo, mas tantas solicitações e todos os trabalhos, que temos que fazer… As pessoas por vezes têm a ideia de que o padre só celebra missas. Mas tem muitos outros trabalhos. O atendimento das pessoas, a preparação de catequeses… e tratar de todos os papéis… Não se torna mais um administrador de bens divinos e menos um guia espiritual? É isso que se pretende não ser. Mas os trabalhos têm de ser feitos. Muitas vezes temos colaboradores, por exemplo na parte burocrática, mas há coisas que têm de nos passar pelas mãos. E uma coisa que o padre não pode descurar é a oração, que não é só a Eucaristia. Como é um seu “dia normal”? De manhã, por sistema, tenho as missas, mas depois tenho de estar nas várias comunidades para as coisas que há a resolver. Às vezes tenho o dia organizado e… aparece um funeral. Nem sempre se consegue chegar onde se queria… e fica para a noite. Os fins de semana são de mais trabalho para um padre. Não são de mais trabalho. O trabalho é ritmado. Temos é mais gente,

porque as pessoas que estão fora vêm à sua terra e é a oportunidade para se fazer certo tipo de reuniões. Qual é o seu dia de descanso? Devia ser a segunda feira. O que nos é pedido é que tenhamos um dia para parar. Mas é claro que, se aparece um funeral ou outra coisa qualquer… tem que se resolver. Quanto ganha um padre? Na nossa diocese [de Portalegre Castelo Branco], temos um valor estipulado: 750€. Daí temos de fazer os descontos para a Segurança Social, IRS, etc. Chega? Tem de chegar. Não ando aqui para ganhar dinheiro, mas para trabalhar, para servir. Estamos na Quaresma, aproxima-se a Páscoa, o tempo forte do “anúncio” do Evangelho. Ainda faz sentido para as pessoas, hoje? É importante que faça. Muito mais numa época em que as pessoas vivem muito para as coisas do mundo. É importante mostrar-lhes uma outra realidade que vai para além do mundo. O mundo traz-nos muitas desigualdades e conflitos a partir daí, é importante mostrar às pessoas outra realidade. É claro que muitos não estão abertos a ela, acham que não é preciso, afastam-se. Até porque, por exemplo nas escolas, muitas vezes os professores dizem aos alunos que eles não podem acreditar, que a fé não faz sentido… O Cristianismo católico é mais para velhos ou os jovens ainda se revêem nele? O Cristianismo é para quem o quiser aceitar. E vai também ao encontro dos jovens, mas muitas vezes

deparamo-nos com comunidades mais envelhecidas, em que as pessoas não estão preparadas para aceitar e ajudar os jovens. Por vezes, vaise ao encontro dos jovens e os idosos ficam um pouco de lado, noutras vai-se ao encontro dos idosos e os jovens ficam um pouco de lado. Pode dizer-se que a doutrina católica está presa de modelos do passado e rurais e menos aberta a modelos urbanos? E os jovens são cada vez mais urbanos… A Igreja está aberta a novos modelos. Nas comunidades, muitas vezes as pessoas é que não estão preparadas para isso. O Concílio Vaticano II já foi há 50 anos e há dele muitas coisas que ainda não conseguiram ser postas em prática, porque as pessoas não estão preparadas para elas. Na Diocese há cerca de 60 padres no activo para 161 paróquias. Muitos dos padres são de idade avançada. Como vai ser? Quando eu estava no seminário, a média de idades dos padres na Diocese já era acima dos 65 anos, idade da reforma. Hoje está pior, porque depois de mim foram ordenados muito poucos. Quanto ao futuro, o tempo dirá. Mas terá que haver alguma reorganização nas paróquias, que não podem passar apenas pelo pároco. Há alguns anos, o padre fa-

zia tudo; cada vez mais, o padre tem de ser alguém que vai à frente, mas deixa as pessoas trabalharem. Num tempo de fortes conflitos religiosos em perspectiva, uma das respostas é o diálogo inter-religioso. Ao nível das cúpulas, alguma coisa tem sido feita. E entre nós, nas bases? Não há… Porque esta zona é pacífica nessa matéria. Cada religião tem os seus fiéis, não há conflitos. O Papa Francisco é superstar. Beija os deficientes, ameaça renovar a Cúria, pede atenção aos pobres”. Um papa “fixe”. Mas se pensarmos na sexualidade, por exemplo, a coisa muda de figura: não ao preservativo, não à homossexualidade, não ao divórcio, etc. Na comunicação social transparece o que convém. A posição da Igreja é uma e está devidamente fundamentada. Mas nesses campos há um trabalho que vem sendo desenvolvido. Porém, não são trabalhos em que no dia seguinte está tudo resolvido. Acha, portanto, que tem havido evolução nessas matérias. Há, e vai haver cada vez mais. Há documentos para estudar e para se tomar decisões a esse respeito. Não se pode é fazer afirmações de qualquer maneira.

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4 DESTAQUE

MARÇO 2016

Assembleia Municipal de Abrantes aprova moções e discute saúde financeira do Tagus Valley Na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Abrantes, reunida a 26 de fevereiro, no edifício Pirâmide, foram aprovadas três moções. Uma das moções apresentadas pela bancada da CDU, e votada por unanimidade com duas declarações de voto da parte do PSD e do PS, foi uma moção de rejeição às portagens na A23. José Dias referiu que “o princípio do utilizador-pagador” é aplicado “de forma cega”, e é “uma dupla discriminação das regiões do interior” que traz “consequências profundamente negativas para as populações e para o tecido económico”. A CDU apresentou outra moção, esta a não merecer aprovação em Assembleia, relativa aos problemas do rio Tejo, nomeadamente os focos de poluição, o baixo caudal do rio e o travessão construído pela Tejo Energia - Pegop. A moção foi rejeitada por não merecer o consenso quanto à questão da Pegop, nomeadamente por parte do PS. Luís Alves, presidente da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, propôs

duas moções à Assembleia Municipal que foram aprovadas. Uma relativa ao encerramento da Caixa Geral de Depósitos em Rossio ao Sul do Tejo que mereceu a unanimidade da sala e outra moção relativa à saída da médica de família de Rossio ao Sul do Tejo para a Unidade de Saúde Familiar de Abrantes que foi aprovada por maioria, com duas abstenções. Outros temas de enfoque foram o caso das urgências do Hospital de Abrantes, levantado pelo deputado bloquista Armindo Silveira, que revelou preocupação quanto ao assunto, e Fátima Chambel, da bancada do PS, que fez duras críticas ao caso PIEF e em concreto à saída destes alunos do

Agrupamento de Escolas nº 2 para uma sala adaptada na Encosta da Barata. Os assuntos da ordem do dia foram aprovados, existindo dois pontos que geraram alguma discussão e controvérsia entre as bancadas. O Orçamento Participativo foi um deles, onde Margarida Togtema, do PSD, e Armindo Silveira, do BE, fizeram chegar algumas propostas de alteração às regras de participação no Orçamento Participativo. A deputada social-democrata questionou ainda Maria do Céu Albuquerque sobre alguns contornos deste regulamento do OP para 2017. A presidente da CM de Abrantes referiu-se à importância de dar segui-

mento ao OP e que as questões/sugestões propostas já chegavam tarde.

TagusValley gera controvérsia na Assembleia Municipal O último ponto da sessão, relativo à aquisição de 106 unidades de participação do TagusValley, no valor de 530 mil euros, levou a que os ânimos se exaltassem. José Miguel Vitorino, deputado do PSD, levantou muitas questões sobre o TagusValley referindo que a entidade tem apresentado “resultados desastrosos” e que poderão haver algumas ilegalidades referentes ao funcionamento do parque tecnológico.

“Pode ler-se que os resultados financeiros não são os mais satisfatórios, pois até ao momento, e estou a citar, não têm conseguido gerar as receitas suficientes para, para além dos custos operacionais, suportar os restantes custos de atividade”, declarou. O deputado social-democrata referiu que a bancada tem “receio de que estes atos sejam uma manobra financeira apenas para iludir o Tribunal de Contas” e que “a lei é muito clara sobre esta matéria e determina prontamente que as unidades de participação devem ser alienadas. O município está prestes a cometer uma ilegalidade ao deliberar sobre esta matéria

no sentido proposto”. Maria do Céu Albuquerque explicou a importância da TagusValley para o concelho e para a região e referiu que a comunicação do deputado do PSD não passava de “gincana politica”. A autarca referiu que “desastrosa é uma política que foi levada a cabo nos últimos tempos (…) em que não houve a possibilidade de introduzir na atividade económica 1 cêntimo, nomeadamente através do quadro comunitário. Porque não foi possível aprovar vales de inovação, não foi possível contratar recursos humanos e isso impossibilitou que as empresas que têm neste momento um conjunto de propostas de trabalho para fazer em parceria com a TagusValley, não o fizeram porque não tiveram ainda a possibilidade”. Nesta sessão foram ainda apresentados todos os investimentos realizados no concelho, integrados no anterior quadro comunitário, as intervenções relativas à repavimentação de estradas, os investimentos realizados nas ETARS e o programa do centenário. JS/JMC

Núcleo Local da Liga Portuguesa Contra o Cancro conta com novas instalações em Abrantes Foi perante vários membros do núcleo local, que foi inaugurada, no dia 27 de fevereiro, a nova sede do Grupo de apoio de Abrantes da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O novo espaço encontra-se sediado na Rua Luís de Camões, junto ao edifício do Mercado Diário, em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Abrantes. Matilde Sacavém, uma das responsáveis do núcleo local, enalteceu o trabalho voluntário que os cerca de seis membros têm desenvolvido nos últimos anos: “ acreditamos no nosso voluntariado, somos uma equipa, trabalhamos por uma causa, que é de

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todos nós, e é com grande gosto que faço parte desta grande família”. Presente na cerimónia, o Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Francisco Cavaleiro Ferreira, deixou uma palavra de felicitação ao núcleo local e fez ainda um apelo ao rastreio do cancro da mama, explicando que na região a percentagem de rastreio está centrada nos 52%, um valor ainda inferior face à média nacional, que é de 62%. Segundo Francisco Cavaleiro Ferreira, no último rastreio foram convocadas cerca de 7 mil mulheres e apenas compareceram 3.500. Maria do Céu Albuquerque,

presidente da autarquia, explicou que Câmara de Abrantes pretende continuar a apoiar o desenvolvimento das atividades do grupo de apoio de Abrantes, em benefício da população do concelho. Atualmente, o grupo de apoio de Abrantes reúne alguns serviços nomeadamente, o apoio psico oncológico, que decorre quinzenalmente, o apoio emocional e o movimento Vencer e Viver. O núcleo conta ainda com a colaboração de um enfermeiro que faz massagem linfática e vai iniciar sessões de reiki

As responsáveis do núcleo local, Francisco Ferreira, presidente da Liga, e Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM Abrantes

Joana Margarida Carvalho


ABRANTES 5

MARÇO 2016

A Estação de Canoagem de Alvega, no concelho de Abrantes, aguarda os resultados de um concurso pĂşblico que irĂĄ definir qual a coletividade a fazer a exploração do equipamento. Recorde-se que a autarquia abrantina recorreu a dois concursos para o efeito. Maria do CĂŠu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, referiu ao JA que no primeiro concurso “houve apenas uma proposta que foi apresentada e que nĂŁo cumpria os requisitos legaisâ€?. Deste modo foi lançado novo concurso, cujo prazo de entrega do projeto terminou a 26 de fevereiro. A abertura das propostas das coletividades candidatas Ă iniciativa aconteceu no passado dia 29. A presidente da CM de Abrantes frisou que “caso nenhuma associação local cor-

responda aos requisitos exigidos teremos de convidar uma entidade para o poder fazerâ€?. No entanto, a autarquia reuniu com “as associaçþes locais em primeiro lugar, para se inteirarem do processo e com isso possam efetivamente apresentar a melhor candidatura e que cumpra os requisitos tĂŠcnicos e legais para que, logo no inĂ­cio da primavera, aquele imĂłvel possa abrir e possa servir os intentos de exploração que estĂŁo na base de reabilitação daquele patrimĂłnioâ€?, referiu. Francisco Neves, presidente da direção da Casa do Povo de Alvega, disse ao JA que a associação estĂĄ a concorrer pela segunda vez consecutiva. “A CPA sempre esteve ligada Ă gestĂŁo do espaço da Praia Fluvial de Alvega, e tem efetivamente os materiais necessĂĄrios para o apoio

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Fernando Correia

Estação de Canoagem de Alvega aguarda resultado de hasta pública para exploração

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O projeto arquitetónico da Estação de Canoagem de Alvega esteve entre os nomeados para Edifício do Ano no concurso do ArchDaily

Ă prĂĄtica de desportos aquĂĄticos, nomeadamente de canoagem. Tem disponĂ­vel um jipe, reboques e canoasâ€?, referiu, acrescentando que “estamos a trabalhar para que a candidatura seja bem-sucedida. (‌) NĂŁo sentimos propri-

amente pressĂŁo. SĂł se for pela vontade que temos em abrir e ter o espaço entregue, para que se possa finalmente desfrutar do novo equipamentoâ€?. Quanto Ă s restantes associaçþes da freguesia, ĂŠ unânime o motivo que levou a nĂŁo se

candidatarem. AntĂłnio Moutinho, da direção da Banda FilarmĂłnica Alveguense, disse que “nĂŁo faria sentido haver duas ou trĂŞs associaçþes a concorrer, ou a ter o mesmo objetivo, porque iriam estar a prejudicar uma associação

que estĂĄ mais vocacionada para as atividades que promove, que ĂŠ nomeadamente a canoagemâ€?. JĂĄ FĂĄbio Viegas, da Associação de Melhoramentos da Freguesia de Alvega, disse em comunicado que “a AMFA nĂŁo se candidatou, uma vez que nĂŁo faz sentido para a nossa coletividade utilizar um espaço que tem como objectivo principal a prĂĄtica de desportos aquĂĄticos, com foco na prĂĄtica de canoagem, quando a AMFA nĂŁo possui nenhum equipamento e/ou experiĂŞncia nesse sentidoâ€?. O edifĂ­cio da Estação de Canoagem foi um dos nomeados para EdifĂ­cio do ano 2016 num concurso internacional de arquitetura, e ĂŠ um projeto do ateliermob. Joana Santos

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6 AMBIENTE

MARÇO 2016

Inspeção-Geral do Ambiente ameaça encerrar empresas por poluírem o Tejo A Inspeção-Geral do Ambiente determinou dois mandados a empresas com atividade junto da bacia do Tejo, que têm de cumprir as medidas estipuladas para acabar com a poluição, ou serão encerradas, e pediu abertura de inquéritos criminais. Os inspetores detetaram infrações contra o ambiente nestas empresas e definiram medidas que terão de ser cumpridas “para pôr fim às ações de poluição da bacia do rio Tejo, caso contrário serão encerradas”, refere um comunicado divulgado no dia 18 de fevereiro pelo Ministério do Ambiente. “A Inspeção Geral do Ministério do Ambiente determinou novos mandados a empresas onde foram detetadas infrações contra o ambiente e solicitou a abertura de inquéritos criminais ao Ministério Público”, acrescenta. Nos últimos dias, os inspetores “investigaram 58 empresas, tendo sido feita a proposta de abertura de dois inquéritos criminais junto do Ministério Publico”, resumiu a informação do organismo liderado por João Matos Fernandes. O Ministério do Ambiente, a IGAMAOT (Inspeção geral do ambiente), as três Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), estão a desenvolver um plano conjunto de inspeções para o território nacional, com especial enfo-

• O Ministério do Ambiente anunciou a criação de uma Comissão de Acompanhamento sobre a poluição no rio Tejo que na bacia do rio Tejo. Desde agosto de 2015, salienta o Ministério, “não eram homologados processos de inspeção que permitissem a punição dos infratores e o ministro João Pedro Matos Fernandes já homologou os 120 processos pendentes, sendo que 30 dizem respeito à bacia do Tejo”. O Ministério do Ambiente anunciou a 19 de janeiro a criação da Comissão de Acompanhamento sobre a poluição no rio Tejo com a missão de avaliar e diagnosticar as situações com impacto direto

na qualidade da água do rio e seus afluentes. No dia 17 de fevereiro, deputados do Bloco de Esquerda pediram informações adicionais ao Ministério do Ambiente sobre os problemas de poluição no Tejo, entidades poluidoras, baixos caudais no maior rio ibérico e iniciativas previstas junto das autoridades espanholas. Os reiterados incidentes poluidores, a avaliação preliminar o Plano de Desempenho Ambiental da Celtejo e as medidas aplicadas à Centroliva”, estão na base desta

Pescadores queimam barco junto ao Tejo para simbolizar fim da atividade piscatória Um grupo com cerca de duas dezenas de pescadores queimaram a 20 de fevereiro um barco junto ao cais de Vila Velha de Ródão, num gesto que simboliza o fim da atividade piscatória no rio Tejo. “Queimamos um barco porque ninguém consegue sobreviver com a atividade piscatória” no rio Tejo, disse o membro do Movimento

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de Pescadores Pelo Tejo, Mário Costa. “Há alguns anos havia cerca de mil pescadores que vivam da faina no rio Tejo, mas por causa da poluição no rio Tejo, esse número foi reduzido atualmente para cerca de 90 ao longo de todo o rio”, destacou o representante do Movimento de Pescadores Pelo Tejo . A manifestação de pro-

testo contra a poluição do rio decorreu junto ao cais de Vila Velha de Ródão, onde os pescadores colocaram várias faixas alusivas ao protesto, entre as quais “Não à poluição no rio Tejo e seus afluentes” e “Por um Tejo vivo, não à poluição”.

solicitação de informações adicionais. As referidas empresas estão instaladas e a laborar em Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco. Os problemas ambientais do Tejo levaram a iniciativas de outros partidos como o PSD, que, a 04 de fevereiro, propôs a criação de uma Comissão Interparlamentar Luso-Espanhola com deputados dos dois países para desenvolver políticas de cooperação. O Partido Ecologista os Verdes, a 29 de janeiro, no debate quinzenal, defendeu

que o governo português reclamasse, junto das autoridades espanholas, uma revisão da Convenção Albufeira, que estabelece os termos da cooperação para a “Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas”, depois de, no início do mês, ter entregado na Assembleia da República uma pergunta ao Ministério do Ambiente sobre poluição no Rio Tejo, na freguesia de Ortiga, concelho de Mação. Também partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

apresentou a 03 de fevereiro um projeto de resolução que recomenda ao Governo uma intervenção junto de Espanha para encerrar a central nuclear de Almaraz. A 02 de fevereiro, os presidentes das câmaras de Castelo Branco, Abrantes, Mação, Nisa, Gavião, Vila Velha de Ródão e Constância estiveram na Assembleia da República para alertar os deputados para os problemas de poluição do rio Tejo e pedir uma intervenção rápida da tutela.

Celtejo diz que cumpre limites de descarga hídricos impostos pela licença ambiental A Celtejo, fábrica de pasta de papel da Altri, em Vila Velha de Ródão, garantiu na véspera da ação de protesto dos pescadores que cumpre os limites de descarga hídricos impostos pela licença ambiental e adiantou que as análises demonstram a “correta atuação” da empresa. Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, refere que “cumpre escrupulo-

samente a regulação e normativo aplicável, detendo a respetiva licença ambiental para a sua atividade industrial, estando a cumprir os limites de descarga nela requeridos, nomeadamente no domínio hídrico”. A Celtejo adianta ainda que as autoridades de fiscalização ambiental têm realizado diversas amostragens ao efluente fabril, “não tendo sido, até à data, levantada qualquer contraordenação, de-

monstrando as análises que lhe são efetuadas sistematicamente a correta atuação da empresa”, estando os efluentes da fábrica “dentro dos limites previstos”. Por último, o comunicado recorda que a empresa foi a primeira do setor em Portugal e na Europa a obter a certificação de qualidade ISO 9001 e a certificação ambiental ISSO 14001:2015. MRF/C/LUSA


MAÇÃO 7

Mação já tem Plano de Desenvolvimento Estratégico para a próxima década O Plano de Desenvolvimento Estratégico Mação 2025 foi apresentado a 22 de fevereiro, no auditório do Centro Cultural Elvino Pereira. A apresentação do plano foi feita pela Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados, responsável pela concretização do mesmo. O plano levanta questões e problemas do concelho de Mação, assim como indica possíveis soluções futuras. A estratégia passa pela valorização económica do espaço florestal, gestão do património histórico e cultural e otimização e melhoria das respostas sociais. Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, referiu que o documento de cerca de 80 páginas “traça linhas gerais, indica opções” e para ser eficaz “precisa ser cumprido com detalhe e rigor”, embora reconheça que “não tem nenhuma solução mágica para os problemas do concelho, é um contributo decisivo para um futuro melhor dentro de 10 ou 15 anos”. Neste instrumento de ação política e administrativa, como o apelidou o presidente da CM Mação, salienta as forças/vantagens da área do concelho, destacando a forte matriz identitária. Também foram detetadas as condicionantes/desvantagens do território, nomeadamente o envelhecimento populacional, diminuição da população em idade ativa e baixa densidade empresarial.

Os pontos fortes do concelho Ainda assim, e seguindo a lógica de concretização deste plano estratégico, reuniram-se as oportunidades de desenvolvimento que

Joana Margarida Carvalho

MARÇO 2016

O Plano de Desenvolvimento Estratégico Mação 2025 foi concretizado pela sociedade de consultores Augusto Mateus & Associados

permitam uma progressão e investimento positivos na região maçaense, destacandose a “aposta, no período de programação de 2014-2020, no crescimento da economia verde”. O plano de ação inserido na estratégia de desenvolvimento do concelho assenta em seis áreas de intervenção, 1. Zona Piloto de Intervenção Florestal em Mação – Programa de desenvolvimento do sistema agro-florestal; 2. Valorização dos recursos endógenos; 3. Inovação social e empreendedorismo; 4. Projeto educativo; 5. Cultura para Todos; 6. Evento Dia Aberto: “Venha conhecer Mação”. Augusto Mateus, presidente da Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados, entidade responsável pela realização deste plano, referiu durante a apresentação que “o documento corresponde a um trabalho, e é um guia para ação. (…) Tenta ser uma coisa que valha a pena fazer. E uma estratégia passa por saber o que queremos, mas também o que não queremos. (…) É algo que procura dar resposta a um território que tem pouco mais que 7 mil pessoas, que tem um conjunto de recursos endógenos óbvios, e que tem de fazer de algumas das suas fraquezas a sua força”. Vasco Estrela, autarca da CM Mação, disse ainda que “[este plano] não é estanque, pelo contrário, ao definir um rumo, ao definir uma estratégia, é suficientemente aberto para que ao longo do tempo da sua aplicação possa ser adaptado às circunstâncias que vão surgindo”, concluiu. Joana Santos

JCC ESE Portalegre

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8 GASTRONOMIA

MARÇO 2016

O Festival da Lampreia de Mação vai decorrer até 3 de abril, contando com 8 restaurantes aderentes no concelho. Este festival é organizado pela Câmara Municipal, contando com o apoio da Associação Pinhal Maior. Na edição deste ano participam 8 restaurantes, que servem o tradicional Arroz de Lampreia, ao mesmo tempo que servem como entrada o presunto Marca Mação, oferecido pela autarquia, outro dos produtos de excelência deste concelho. Vasco Estrela, presidente da CM Mação, disse que, ao realizar mais uma edição deste festival, “mantém uma tradição já com alguns anos” e os apreciadores terão “mais um mês e meio para degustação da lampreia no concelho de Mação”. O autarca acrescentou que os proprietários dos restaurantes aderentes “cola-

boram e entendem que faz sentido manter o Festival da Lampreia, tirando assim partido dum prato com muita tradição no concelho e na região”. Ainda assim, o autarca está apreensivo quanto à adesão na edição deste ano, nomeadamente pelas questões que têm sido levantadas nos órgãos de comunicação social e junto do poder central relativamente à poluição nas águas do Tejo. “Claramente que preocupa, e não preocupa pouco. Quando estive na Assembleia da República tive oportunidade de dizer isso mesmo. Estes focos de poluição que têm surgido não ajudam em nada a promover esta iniciativa. Infelizmente o rio Tejo só tem sido divulgado por más notícias, e pode parecer quase um contra-senso estarmos a fazer um Festival da Lampreia, com lampreias que chegam junto

Joana Santos

Lampreia volta a ser a Rainha no Festival gastronómico de Mação

O Arroz de Lampreia em Mação é feito com o sangue da lampreia e servido separado da mesma, o que o diferencia de outras regiões onde também é confecionado

à Barragem de Belver-Ortiga. Mas penso que não deverá ser isso a demover-nos na promoção deste festival”, reconheceu Vasco Estrela.

“Obviamente que não vamos passar/vender a imagem de que estas lampreias que vão ser degustadas nesta iniciativa serão apenas apa-

nhadas no concelho. Isso é da responsabilidade dos empresários da restauração, que farão a gestão da forma que bem entenderem. (…) Ape-

sar de temer, espero que as pessoas devotas a este prato continuem a vir e que não seja por essa razão [focos de poluição no Tejo] que o deixem de fazer”, concluiu. Este ano haverá também uma preocupação na promoção de outros recursos endógenos, nomeadamente do presunto, que estarão expostos em escaparates nos vários restaurantes que cooperam com a autarquia neste festival. “Vamos ter produtos da Marca Mação de maneira a aproveitar a vinda de pessoas de fora da área territorial do concelho, e divulgar os nossos produtos de excelência. (…) Todos os produtos estarão disponíveis para exposição, mas também para aquisição”, salientou António Louro, vereador da CM Mação. Joana Santos

aluna JCC ESE Portalegre

Em Vila Nova da Barquinha, o Festival do Sável e da Lampreia vai decorrer até 27 de março em seis restaurantes aderentes. Fernando Freire, presidente da CM de Vila Nova da Barquinha, salientou que esta mostra aproveita “os recursos endógenos dos rios, dos nossos territórios” e “é um convite a virem à mesa provar o sável e a lampreia, dois peixes migratórios que nesta altura, devido ao elevado caudal de água, sobem o rio e que os pescadores capturam para nos servirem de iguaria num manjar divinal”. No entanto, o autarca reconheceu que estes pratos típicos, como açorda de sável e arroz de lampreia, têm caraterísticas muito próprias, e no que toca ao ciclóstomo “ou se ama, ou se odeia”. Fernando Freire e Ricardo

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Honório, autarcas da CM de Vila Nova da Barquinha, apresentaram a sessão inaugural do Mês do Sável e da Lampreia, que conta já com 22 edições consecutivas. Durante a mostra, as pessoas que consumirem nos restaurantes aderentes poderão ganhar bilhetes para passeios de barco ao Castelo de Almourol (1 bilhete por dose, sendo a promoção válida apenas ao fim de semana). Podem também usufruir deste ícone classificado como Património Mundial de Origem Portuguesa e dos conteúdos museológicos disponíveis para os turistas no interior da Torre de Menagem do castelo. A XXII edição do Mês do Sável e da Lampreia vai contar com a participação dos restaurantes locais: Stop (Atalaia), Almourol (Tancos), Ribeirinho (VN Barquinha),

Tasquinha da Adélia (VN Barquinha), Soltejo (VN Barquinha), e Chico, este último em Praia do Ribatejo. O Centro Cultural foi também o palco escolhido para o lançamento do vídeo turístico-promocional “Vila Nova da Barquinha, Terra de sorrisos!”, que retrata os vários recursos endógenos do concelho, quer a nível de património histórico e religioso, gastronómico e militar, entre outros. Fernando Freire disse ao JA que este vídeo promocional “vem dar a conhecer o território, aquilo que amamos e gostamos. Se as pessoas não conhecerem a oferta não vêm visitar Vila Nova da Barquinha. Esta iniciativa vem já incluída numa estratégia intermunicipal”. Joana Santos

aluna JCC ESE Portalegre

Joana Santos

22ª edição do Mês do Sável e da Lampreia em VN da Barquinha até final de março

Fernando Freire e Ricardo Honório, autarcas da CM de Vila Nova da Barquinha, •apresentaram a sessão inaugural do Mês do Sável e da Lampreia, que conta já com 22 edições consecutivas

autarquia convidou •osApresentes na sessão a visitar o Castelo de Almourol que tem sido alvo de intervenções no âmbito da conservação e da musealização


REPORTAGEM 9

MARÇO 2016

Manuel Pires Fontes, nascido, criado e amadurecido em Ortiga, no concelho de Mação, é muito provavelmente o último calafate que a região conhecerá. E um defensor apaixonado de um recurso natural que é de todos, mas que trata como sendo seu. O Tejo, entenda-se, o seu pai.

“É pena eles mandarem tanta porcaria, mas agora como houve lá para cima aquelas manifestações, entre ontem e hoje não têm mandado. Era um veneno terrível. A água tinha outra cor. Sei lá… Um desastre”, disse o ti’ Fontes, que segue atentamente o percurso do rio, sentado no seu banco. “Sempre tive uma ligação muito forte com o rio. Desde há muitos anos, antes dos meus 20 até”, disse acrescentando “fui calafate e o meu pai também já o era”. Rodeado de diplomas de participação em feiras-mostras do concelho, fotografias antigas, jornais e recortes, barcos em ponto pequeno construídos a pormenor enquanto réplicas daqueles construídos de raiz e consertados ao longo dos tempos, quando a época da pesca acalmava. E de muitos objetos do Futebol Clube do Porto, pois é preciso que se note, é o único portista na terra. Ti’ Fontes completou 90 anos, e conhece bem o ciclo do rio e das espécies. Um estudo que, na prática, dura

há uns 70 anos. A mesma idade da sua pesqueira mais moderna, ali para o lado de baixo da barragem, construída com as pedras em cunha para durar mais tempo e permitir uma melhor captura do peixe. “Gosto de explicar”, disse o sábio ancião. “O peixe nunca vai pela veia de água. Vai sempre à boleia. Ou vai por um lado, ou vai por outro”. Pescava, a fintar lampreias, pois “sabia bem qual era o rumo delas”. Havia ali certo sítio onde elas atravessavam o Tejo para o outro lado, recorda Manuel Pires Fontes. Mas nessa altura, era uma altura diferente. “Ricos tempos que já não voltam”, em que - apesar das dificuldades – “a água era limpa, nós bebíamos de lá, o peixe era muitíssimo saboroso” e mesmo considerando a pesca “uma arte desgastante”, tudo era “bonito dentro do barco”.

Obra preta, obra branca O Ti’ Fontes de Ortiga lembra-se bem de como tudo começou. O pai, pescador e calafate, trabalhava também naquilo a que chamavam a obra branca. “Fazer portas, janelas para os prédios, telhados, soalhos. Naquela altura havia poucas máquinas”, explicou enquanto rematava que o seu pai “era um profissional de primeira. Era bom artista, zeloso e o que fazia, fazia perfeito”. Mas o progenitor de Ti’ Fontes gostava de “aprender mais

Um dos barcos picaretos construídos para demonstração pelo mestre calafate. Este é um barco tradicional da região, muito usado na pesca da lampreia

coisas”, além da obra branca, também sabia desenrascar-se na obra preta, e um dia aceitou o convite do padrinho, lá das Torres de Belver, e aprendeu a construir um barco. E o que é a obra preta? Tudo o que sujava mais, “porque já se lidava com resinas, com produtos que sujavam, como o caso da pintura do barco que é preta”, esclareceu. E a embarcação dava jeito, porque precisava muitas vezes de atravessar o rio para ir trabalhar para os lados da Casa Branca. Então “começou a fazer um barco, só um, na horta. Mas como não tinha prática, isto que é a proa, a parte que levanta, partiu-a umas 3 ou 4 vezes”, disse Manuel Fontes a rir à gargalhada, enquanto apontava para o barco picareto que tem exposto à beira da sua janela. Ainda assim, “o meu pai não desistiu, e lá arranjou aquilo de qualquer maneira, mas ele já passava o rio. Começou a construir e foi aperfeiçoando. Fez-se um bom mestre!”, disse o calafate em tom saudoso. A partir daqui, foi mais fácil para o Ti’ Fontes chegar-se ao Tejo. Largou da mão um irmão 20 anos mais velho que o explorava, e lançou-se à obra preta, que acabou por ir aprendendo ao longo de três anos com o pai. “Disse para o meu pai «Eu vou trabalhar para os barcos!». Tinha perto de 20 anos. E bem que eu gostava daquilo”. Muito mais que o pai, que nunca gostou muito daquela arte, da obra preta. Não foi difícil a adaptação à obra preta, porque já sabia “manobrar as ferramentas. Mais do que meio caminho andado. E comecei a fazer o meu primeiro barco, e quando eu tinha alguma dúvida perguntava ao meu pai. Bastou um barco ou dois”, confidenciou, ao mesmo tempo que se admitiu orgulhoso deste seu feito. O engenho e a arte fizeram com que Manuel Pires Fontes começasse a ser muito requisitado pelas gentes que do Tejo faziam vida. “Começa-

Fotos: Joana Santos

Ti’ Manuel Fontes: a história do mestre calafate

Pires Fontes, mais conhecido como Ti’ Fontes, completou 90 anos no dia •daManuel entrevista. Diz que “a arte de calafate morre aqui. Morre comigo”

ram a vir os pescadores lá de cima, no tempo da lampreia, e eu comecei a fazer barcos para eles. Fiz muitos, muitos, muitos [Os tais que são perto de 300]”. Tal como o pai, seu mestre, Ti’ Fontes também foi aperfeiçoando a sua arte de calafate, porque sempre que construía um barco “ia perguntando quais eram os defeitos que os pescadores encontravam. E eles diziam, ‘olha! É isto, é aquilo e aqueloutro’ e a partir daí eu procurava emendar. E assim cheguei a este ponto”. Passaram-lhe pelas mãos umas centenas de barcos picaretos, com seis metros de comprimento cada. Com exceção da Barca do Ti’Vitorino, da travessia entre Alvega-Ortiga. “Essa tinha 7 metros. Fui eu que a fiz. Eu era o calafate dele. Nunca vi um homem com tanta força para segurar um barco! Aquilo era um dos piores portos do Tejo”. Joana Santos

Lamentações de um filho ao ver o pai sofrer “Meu querido rio Tejo. Estás triste. Doente. Sem vida. Já tuberculoso. Todos os dias olho para ti e choro. Eu morro e tu ficas a penar. Mas levo-te no coração para a eternidade” M.P. Fontes

Apesar da avançada idade, Ti’Fontes acompanha os problemas do rio e aponta a culpa “aos gananciosos”, como ele chama, nos textos que ainda escreve, aos “donos de fábricas, homens sem coração, assassinos”. O mestre calafate acredita que “Não se incomodaram de deitar na miséria famílias com muitos filhos cujo seu governo de vida era o rio”, leu em voz alta, um tanto revoltado. “Entre fevereiro e junho, junto à barragem, era uma festa. Hoje, é uma enorme tristeza. Tudo acabou. Não se vê um único barco na-

quela pesca. Chegavam a estar lá 40”, relembrou Manuel Fontes. “E agora pergunto: quem acabou com isto?”. Ti’Fontes declarou guerra ao açude de Abrantes, às barragens, ao baixo caudal, à poluição das fábricas de celulose. E aponta para o rio. “Estou mesmo no sítio ideal”. Disse-o, com um riso e olhar ternurento, ao sentar-se no espacinho junto à janela. Da Ortiga, sua mãe, avista-se o Tejo, todos os dias. O pai de Ti’ Fontes. Lá lhe nasceram os dentes… e lá lhe caíram pela velhice. Assim o diz.

aluna JCC ESE Portalegre

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10 DESTAQUE

MARÇO 2016

ABRANTES

“Hoje é um privilégio estarmos a concretizar mais este feito”, foi assim que Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, começou o seu discurso de apresentação da Agenda Cultural de 2016 e o Catálogo de Atividades Educativas e Culturais de 2016. Uma apresentação que decorreu no Mercado Diário, no dia 22 de fevereiro, e que juntou o executivo camarário, alguns agentes culturais locais e a comunidade em geral. Trataram-se de dois suportes em papel, que também estão disponíveis online nas redes sociais e no site do município, e que dão a conhecer a oferta cultural e educativa até ao final do ano a decorrer nos vários equipamentos municipais. Para a autarca abrantina, a Agenda Cultural vai permitir fazer um trabalho em dois vetores: “ na programação, mediação cultural, a formação de públicos, tão importante para podermos aspirar a ter uma comunidade mais viva e desenvolvida, mas depois assenta num fator de desenvolvimento territorial e integrado, onde a pessoa é tida como um todo”. Maria do Céu Albuquerque adiantou que a Câmara pro-

Joana Margarida Carvalho

Agenda Cultural e o Catálogo de Atividades Educativas e Culturais para 2016 apresentados

• Maria do Céu Albuquerque na apresentação oficial do Catálogo e da Agenda Cultural põe nesta Agenda Cultural, organizada por meses, com uma introdução específica e uma pequena memória descritiva dos eventos previsto: “13 espetáculos de música, 15 de dança (incluindo a Menina Dana); 6 de teatro, 9 infantis, 8 de arte andante dispersos pelo território (…) 50 espetáculos para já nesta agenda”. Já previstos estão também alguns dos destaques musicais e culturais das festas da cidade que vão contar com a presença dos The Gift (10 de junho), os Azeitonas (11 de junho), um es-

petáculo intitulado Vozes de Abrantes (13 de junho) e mais um Concerto Sinfónico Bravo Abrantes, no dia da cidade (14 de junho). A Galeria Municipal de Arte, o Museu D. Lopo de Almeida, o Arquivo Municipal e a Biblioteca Municipal António Botto vão continuar a assumir “uma dimensão expositiva com projetos diversos, representativos de várias correntes artísticas”. O Serviço de Juventude vai continuar “ com os seus projetos âncora, também o Serviço de Educação Igualdade e Cidadania com promoção

da quarta semana da Educação Igualdade e Cidadania”, referiu ainda a presidente. Em ano de Centenário, Maria do Céu Albuquerque explicou que o programa comemorativo vai ser específico e no que diz respeito ao Creative Camp a autarquia quer que “seja uma marca distintiva. Queremos criar uma oportunidade para todos os gostos, para que todos aqui encontrem momento para crescerem, para poderem construir a nossa identidade primeiro individual e depois coletiva”.

Catálogo de Atividades Educativas Culturais 2016 elaborado pela primeira vez Na ocasião, a autarca abrantina apresentou também o Catálogo de Atividades Educativas Culturais 2016 adiantando que se trata de um “ caderno de projetos práticos, com conteúdos distintos, contextos, lugares, e atores diversos (…) um catálogo organizado por temáticas, com públicos-alvo, duração e estimativa do calendário previsto”.

“São as atividades culturais, desportivas, ambientais, turísticas, no fundo educativas (…) para toda a comunidade educativa e a comunidade associativa”. Com o objetivo de “trazer mais pessoas, de forma organizada ou individual, a participar naquilo que é a nossa oferta”. Por último, Maria do Céu Albuquerque explicou que o desfio é “para além de querermos chegar à nossa comunidade, queremos chegar à região e a quem nos visita”. Joana Margarida Carvalho

Abrantes investe em lâmpadas LED para baixar fatura na iluminação pública Para reduzir uma despesa anual de 1,2 milhões de euros (ME)/ano em iluminação pública, o município de Abrantes vai instalar lâmpadas luminárias de LED’s em todo o concelho, um processo que “poderá demorar anos e custar 6,5 ME”, segundo a autarquia O vice-presidente da Câmara de Abrantes, João Gomes (PS) disse ao JA que a faturação da iluminação pública custa anualmente aos cofres do município 1,2 ME, um valor que considerou

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“avultado” e que a autarquia está apostada em reduzir, tendo iniciado esse processo de investimento de substituição de lâmpadas com “resultados muito positivos”, alguns deles superando as melhores expectativas. “Instalámos variadores de velocidade nos motores com consumo mais significativo nas piscinas municipais de Abrantes e Tramagal e o investimento da autarquia, que contou com uma taxa de comparticipação de 70% reduzindo o investimento do

município para 7 500 euros, estava concretizado seis meses depois, quando era expectável que o fosse em dois a três anos”, exemplificou. Relativamente à iluminação pública, o processo de renovação já abarcou as luminárias existentes na Avenida das Forças Armadas, Rotunda do Quartel e Rotunda da Liberdade, em Abrantes, um investimento exclusivamente municipal na ordem dos 30 mil euros para uma poupança anual aproximada de 6 mil euros,

o que se pode traduzir num período de retorno equivalente a 4,5 anos. “Estas apostas é que são o futuro”, destacou o autarca, tendo feito notar que “a poupança nestas áreas vai permitir dotar o município de capacidade financeira para responder a outras necessidades” concelhias. O município de Abrantes, com cerca de 40 mil habitantes e um território de mais de 700 quilómetros quadrados, já tem preparado um caderno de encargos com to-

dos os pontos de iluminação pública do concelho referenciados, tendo João Gomes referido que o investimento global de instalação de LED’s “ascende aos 6,5 ME e vai demorar alguns anos” até à sua conclusão. “Não temos capacidade para fazer tudo de uma só vez mas era preciso começar e ir avançando, consoante as disponibilidades financeiras do município. Este é um investimento de retorno garantido, no máximo entre 3 a 5 anos”, frisou.

O projeto global de promoção da eficiência energética e das energias renováveis está a ser desenvolvido em conjunto com a Médio Tejo 21 – Agência Regional de Energia e Ambiente do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul -, e engloba a substituição de luminárias de iluminação pública, a instalação de baterias de condensadores e de variadores de velocidade, e a substituição das óticas dos semáforos por óticas de LED’s. Mário Rui Fonseca


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12 SAUDE

MARÇO 2016

A Unidade de Saúde Familiar, (USF), de Abrantes, vai entrar em funcionamento já no próximo mês de abril, anunciou Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM da Abrantes. Segundo a autarca, vão ingressar inicialmente na USF “5 médicos, 5 enfermeiros e 4 administrativos. Serão para já abrangidos mais de 10 mil utentes, dos quais 4.500, aproximadamente, não tem médico de família (…) Pretende-se que as atividades da USF se iniciem no princípio de abril de 2016”. A conclusão das obras já se concretizou e os médicos que vão ingressar na USF já deram nome ao equipamento: “já foi submetida a candidatura do modelo A da USF Agrupamento de Centro de Saúde de Abrantes ao que os médicos deram o nome de D. Francisco de Almeida”, adiantou a presidente. “É um trabalho hercúleo que temos vindo a desenvolver, e estamos em condições, inclusivamente, de poder dar indicação aos nossos serviços

Joana Santos

Unidade de Saúde Familiar de Abrantes abre portas no mês de abril

para pôr a funcionar o nosso protocolo para podermos atribuir o incentivo financeiro, que nos comprometemos, para com estes médicos”, acrescentou a autarca. O novo equipamento, financiado pelo QREN em 85% e orçado em 1 milhão e 48

mil euros, conta com três pisos: um primeiro destinado a sediar uma Loja do Cidadão, o rés-do-chão para instalar a USF e um piso subterrâneo que está destinado ao estacionamento de 40 veículos ligeiros. A nova estrutura conta com

oito gabinetes para consultas, um gabinete para consulta de internos, quatro gabinetes para enfermagem, duas salas de tratamento, uma sala de inaloterapia e uma de saúde oral. O espaço é composto ainda por áreas administrativas, sala de espera, zona de

higiene para bebés, salas de apoio e serviço social e por último, salas de trabalho. Loja do Cidadão vai ser instalada na USF, mas sem data prevista A futura Loja do Cidadão de Abrantes vai ser instalada no primeiro piso do edifício da USF, contudo ainda não existe uma data para a entrada em funcionamento deste espaço. Maria do Céu Albuquerque reuniu já com o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, a fim de apresentar o projeto para a instalação da nova Loja. A autarca disse que a câmara tem vindo também “a trabalhar com a Agência Para a Modernização Administrativa neste sentido”. A presidente acrescentou que algumas entidades já se mostraram cooperantes, nomeadamente “a Autoridade Tributária manifestou a intenção de aderir a esta Loja do Cidadão, mas do ponto de vista político, temos todo o interesse em que a Segurança Social se possa insta-

lar naquele espaço, para trazer para o centro histórico um serviço público importante e para estar próximo de outros serviços públicos que também facilitem a vida às pessoas que ali se deslocam”. Esta seria uma das medidas a ter em conta no projeto do Plano Estratégico para a revitalização do centro histórico abrantino, relembrou Maria do Céu Albuquerque, contudo ressalvou que “não depende da CMA, não é nossa responsabilidade, é por proatividade e vontade política que temos puxado este barco”. Sobre a USF de Abrantes, Avelino Manana, vereador da CDU, reafirmou, na reunião do executivo camarário do dia 2 de fevereiro, uma posição que já tinha tomado quanto a este e a outros assuntos. Para o vereador a autarquia de Abrantes responsabiliza-se por questões e áreas que dizem respeito ao poder central e não à Câmara Municipal. Joana Margarida Carvalho

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo reuniu na manhã de 17 de fevereiro com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, onde foram colocadas as questões e problemas levantados pelo sindicato junto dos enfermeiros do CHMT. Ficou agendada uma nova reunião para o próximo dia 10 de março. Segundo o Conselho de Administração do CHMT, em declarações ao JA, a reunião “decorreu de modo construtivo e de franco diálogo visando a resolução dos problemas que se consideram mais prementes”. Por sua vez, Helena Jorge, da Direção Regional de Santarém do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse ao JA que “a reunião

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foi, como sempre, construtiva” e “o Conselho de Administração assumiu alguns compromissos, que discutiremos na reunião de dia 10 março”. Os resultados para já são inconclusivos, mas o Sindicato de Enfermeiros vai avaliar “em plenário, após a reunião de dia 10 de março, com os enfermeiros, para saber o que querem fazer em relação às atuais propostas do Conselho de Administração do CHMT”. Ainda assim, a sindicalista afirma que na próxima reunião a maior parte dos problemas têm de ser resolvidos, caso contrário, será afixado o pré-aviso de greve que já havia sido divulgado. Relembre-se que os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo haviam mar-

Paulo Pimenta

CHMT: Sindicato dos enfermeiros volta a reunir com o Conselho de Administração em março

O Sindicato de Enfermeiros vai avaliar “em plenário, após a reunião de dia 10 de março, o que os enfermeiros querem fazer em relação às atuais propostas do Conselho de Administração do CHMT”

cado uma greve de quatro dias, entre 29 de março e 01 de abril, e pretendem fazer

uma exposição ao ministro da Saúde sobre o seu funcionamento.

Helena Jorge, da direção regional de Santarém do Sindicato dos Enfermeiros,

referiu à Lusa que, passado um ano de “tréguas” dadas à nova administração do CHMT, os enfermeiros estão “revoltados” com a ausência de medidas que corrijam situações que estão a levar ao “aumento do absentismo e dos acidentes de trabalho”. A sindicalista afirmou que, além de estarem revoltados com o horário de 40 horas imposto à classe, os enfermeiros queixam-se do número insuficiente de profissionais, do não cumprimento dos horários, da mobilização entre as três unidades que integram o CHMT (Torres Novas, Tomar e Abrantes) e do não pagamento de horas extraordinárias. JS com LUSA


Exposições • Arte Sacra Rostos de Misericórdia Centro Cultural Gil Vicente 12 de março a 15 de maio Horário da Exposição na Semana Santa: Quinta-feira Santa, 24 – das 15.00 às 21.30 horas Sexta-feira Santa, 25 – das 15.00 às 20 horas Sábado Santo, 26 e Domingo de Páscoa – das 15.00 às 19.00 horas Horário normal: De terça a sexta-feira – das 16h às 18h Sábados e domingos – das 15h às 18h Encerra às segundas-feiras

Semana Santa de Sardoal 24 a 27

março

• Trabalhos Projeto Capela Espaço “Cá da Terra” Com a participação do Agrupamento de Escolas de Sardoal (Centro Cultural Gil Vicente) 12 de março a 10 de abril

Música • Concerto de Flauta Forever Bach, forever António Carrilho Domingo, 27 – 16 horas Igreja Matriz • Concerto de Páscoa Filarmónica União Sardoalense Domingo, 2 de abril – 21,30 horas Igreja Matriz de Sardoal

Passeio Pedestre • Caminhos de Fé Sexta-feira, 25 março (ver programa próprio)

Teatro • A Paixão de Cristo Sábado, 26 – a partir das 15 horas Getas - Recriação ao vivo do percurso de Jesus Cristo a caminho do Calvário Praça da República - Rua 5 de Outubro – Centro Cultural Gil Vicente

“Doce Quiosque” com venda de amêndoas

Textos: Joana Margarida Carvalho Fotos: Paulo Sousa

Casa Grande (confirmar ou ver alternativa) Dias 13, 20, 24, 25, 26 e 27 de março Abertura às 15 horas Preservação de uma antiga tradição local que remonta aos tempos em que o comércio local tinha horário livre, permanecendo aberto após terminarem as celebrações religiosas. Nessa ocasião, os casais ou pares de namorados aproveitavam para oferecerem amêndoas à pessoa amada. Esta iniciativa é efetuada há 15 anos consecutivos e, em cada ano, é convidado um agente comercial do concelho para o respetivo fornecimento.

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14 ESPECIAL SARDOAL

• Andreus

MARÇO 2016

• Cabeça das Mós

• Entrevinhas

GETAS RECRIA PAIXÃO DE CRISTO

“Não vamos vedar a passagem das pessoas, vamos envolvê-las” O GETAS Centro Cultural vai assumir, à semelhança dos anos anteriores, uma dupla responsabilidade no decorrer da Semana Santa. O grupo, essencialmente constituído por sardoalenses, irá adornar a Capela de Santa Catarina e vai retratar a Paixão de Cristo, no dia 26 de março, a partir das 15h00. Cristina Curado, presidente da direção, conta que na realização do tapete de flores há sempre a preocupação de ir buscar ajuda especializada: “Todos os anos pedimos a uma pessoa diferente que faça o desenho [do tapete]. Para esta Semana Santa, pedimos a uma pessoa com conhecimento de design, que é a Cláudia Dias e que já estruturou tudo ao nível do desenho, das cores, etc. Posso dizer que vai ser colorido, vai ter a cruz, a hóstia, os vários símbolos que norteiam a Semana Santa”, explica. Para a presidente da direção, o importante é corresponder às expetativas: “Gostamos de fazer boa figura. O nosso tapete tem sido um dos mais bonitos e queremos que continue a sê-lo. É uma das capelas

• Presa jornaldeabrantes

mais visitadas por estar na rua principal”, conta. Em termos teatrais, a recriação ao vivo do percurso de Jesus Cristo a caminho do Calvário é um momento de emoção forte que acontece na Semana Santa, mas é logo de manhã que o grupo de teatro começa a dramatizar com a recriação de um Mercado Medieval. “Vimos a rigor e trazemos produtos para venda, tais como pão, enchidos, hortícolas, animais…e as pessoas compram bastante. Na Paixão de Cristo vamos fazer à semelhança do que temos

feito. As pessoas gostam e envolvem-se como figurantes no momento da procissão. Juntamos cerca de 60 pessoas em termos técnicos, segurança, maquilhagem, atores, etc. Este ano, não vamos vedar a passagem das pessoas, vamos envolvê-las”, explica Cristina Curado. É o quarto ano consecutivo que o GETAS assume este momento e a caracterização das personagens e o envolvimento das mesmas são máximas a ter em conta: “O Gil é o nosso Jesus Cristo, porque tem todas as

• S. Montalegre

caraterísticas. Não é um papel fácil e ele consegue desempenhá-lo muito bem. Ele próprio pede aos colegas que estão com o chicote para não terem problemas, a mãe dele não acha muita piada, mas o Gil leva o momento muito a sério. A sua caracterização demora três horas a fazer”, conta a presidente. “A Semana Santa é mesmo uma festividade muito importante, traz muita gente ao Sardoal, é uma marca”, finaliza.

• S. Simão

• Mivaqueiro

• Penascos

FUS PROMETE CONCERTO DE PÁSCOA IMPERDÍVEL

“O mais importante aqui é a envolvência” A Banda Filarmónica União Sardoalense, FUS, é presença obrigatória na Semana Santa do Sardoal. É através das marchas fúnebres que quem se desloca à Vila Jardim por estes dias consegue sentir de uma forma mais intensa a sua fé. Tal como em anos anteriores, a FUS vai acompanhar todas as procissões a decorrer na quinta-feira (dia 24), na sexta-feira Santa (25) e no domingo de Páscoa (26). Já no dia 2 de abril vai levar a cabo o seu tradicional concerto de Páscoa na Igreja Matriz, a partir das 21h30. César Grácio, presidente da direção da FUS, conta que tocar na Igreja Matriz tem muito significado: “Quando tocamos na igreja, qualquer pormenor, qualquer erro, é facilmente denotado. É um ponto alto da nossa atividade anual. No ano passado correu muito bem, este ano a fasquia está bastante elevada, esperamos ter a igreja repleta de pessoas para nos ouvirem”. O reportório musical para esta altura é caracterizado

• Espírito Santo

pelas marchas fúnebres, “música mais lenta, com uma carga emocional forte. Quanto ao concerto, nós tentamos sempre inovar, são peças mais sentimentais, de reflexão”, acrescenta. “Este tipo de peças já as temos bem ensaiadas de um ano para o outro. O mais importante aqui é a envolvência, com referência à procissão de Quinta-feira Santa, pelo carisma e a crença que a envolve, e a imposição que tem, que também se transmite para os músicos. Isso nota-se com o sentimento com que tocamos nesses dias”, refere César Grácio. Para o presidente da direção, que também é músico e já se envolve nestas celebrações há 30 anos, a Semana Santa “é um dos pontos altos devido à quantidade de pessoas que vêm”. Atualmente a FUS tem cerca de 40 músicos, na escola de música tem cerca de 43 aprendizes e é conduzida pelo maestro Américo Lobato.

• Igreja da Misericórdia


ESPECIAL SARDOAL 15

MARÇO 2016

• Igreja SM Caridade

• NS Carmo

• Santa Catarina

• Sant’Ana

• Senhor Remédios

CABEÇA DAS MÓS ENVOLVE-SE PELO TERCEIRO ANO NA REALIZAÇÃO DO TAPETE DE FLORES

“Vamos fazer igual ou melhor do que no ano passado” A realização dos tapetes de flores nas freguesias do concelho aconteceu há dois anos. Para esta Semana Santa, e em Cabeça das Mós, Maria Assunção Alves, Maria José Navalho e Beatriz Louro, filhas da terra, já estão a iniciar todos os preparativos. A capela de Cabeça das Mós que recebe o tradicional tapete de flores chamase Sr. Jesus da Boa Morte, um padroeiro que é assinalado no domingo de Pascoela. É neste fim-de-semana, após a Páscoa, que a aldeia celebra a sua festa. Contudo, o envolvimento na Semana Santa também é uma preocupação levada a cabo com bastante responsabilidade. Maria Assunção Alves viu

este alargamento da realização dos tapetes “com muito bons olhos. É uma forma de dar a conhecer estas aldeias pequenas, que já estão desmotivadas com tão pouca gente. O objetivo é que passem por aqui e fiquem a conhecer a Cabeça das Mós”. “No primeiro ano, passaram mais de 400 pessoas, no ano passado não foi inferior, muita gente se dirigiu aqui à nossa igreja. Com o autocarro que a autarquia disponibiliza, as pessoas acabam por vir… há aquela curiosidade”, contou. No que diz respeito à elaboração do tapete, o mesmo terá de estar pronto na quinta-feira, que marca o início da Semana Santa, con-

Maria José Navalho, Maria Assunção Alves, Beatriz Louro

tudo muito trabalho acarreta: “O tapete surge em frente ao altar. Para o fazer nós compramos uma placa e ordena-

mos depois com as flores. Na vila utilizam a areia, mas nós achamos que não é muito prática, porque pode apo-

drecer a flor”, explicou Beatriz Louro. As flores do campo são uma preocupação, mas para as três responsáveis têm outro significado: “Nós fazemos sempre com flores do campo, utilizamos rosmaninhos, giestas, moita, etc. Este ano, ainda não pensámos bem o que fazer, e mesmo que soubéssemos não íamos dizer (risos). O objetivo é fazer um desenho diferente, podemos destacar novamente um símbolo ou vários”, referiu Maria José Navalho. “As flores do campo é que têm significado, dá mais trabalho, mas é melhor. Vamos fazer igual ou melhor do que ano passado. Queremos que seja muito bonito”,

acrescentou. A principal preocupação das três é garantir que esta prática agora iniciada se prolongue no tempo: “Preocupa-nos não haver pessoas que não deem continuidade a esta tradição, nós temos a preocupação de a passar, mas há poucos jovens”, lamentou Maria Assunção Alves. “Isto para nós tem outro valor, porque quando fomos desafiadas a fazer, nós não tínhamos qualquer tipo de experiência, agora já estamos em sintonia umas com as outras, somos um grupo de meia dúzia. Dá trabalho, mas sem trabalho o que é que se faz?”

TRADICIONAIS TAPETES DE FLORES FAZEM AS DELÍCIAS DOS VISITANTES

“Os visitantes têm aumentado de ano para ano” Desde há 30 anos que Maria Manuela Grácio se envolve no adornar das capelas da vila de Sardoal. Inicialmente, e sendo fundadora do GETAS, Maria Manuela começou por enfeitar a capela de Santa Catarina, pois esta era a que estava entregue ao grupo de teatro. Hoje a sua dedicação é à capela de São Sebastião, à entrada da vila, devido ao facto

• S. Sebastião

“de ter nascido ali naquela rua”. “Pensei que devíamos de enfeitar a de São Sebastião, que não é abrangida pela passagem da procissão. Mas agora, como todas as capelas saem nos folhetos de divulgação, acabam por ser todas contempladas com visitas”, conta. “O ano passado correu muito bem. Habitualmente

o que acontece é que reunimos um grupo de mulheres mais idosas e mais novas. Fazemos a recolha das flores e peço ajuda a muita gente das aldeias. Depois começamos na terça-feira a colocar a areia, a esboçar o desenho, na tarde de quarta é até terminar, na quinta tudo tem de estar pronto”, explica Maria Manuela. Sobre a Semana Santa deste

• Vale Onegas

ano, a responsável conta que “já estamos com uma ideia. O desenho tem a ver com as cerimónias, com os motivos religiosos”. Já quanto às flores, terão de ser “naturais, do campo”. Maria Manuela admite que “os visitantes têm aumentado de ano para ano. Para além de uma celebração da fé, é um convívio, é um atração de turistas” e assim a sar-

• Valhascos NS Graça

doalense sempre considerou que as capelas de fora da vila também deviam de se envolver “as pessoas colaboram, gostam, convivem, esta dinâmica anima as localidades”. Por último, a responsável confessa um desejo: “Quero passar esta tradição para os meus filhos. Acho que os jovens ainda não estão muito mobilizados para isto, é pre-

• Valhascos S. Bartolomeu

• Maria Manuela Grácio ciso ter motivação. Nós estamos disponíveis, a contar com a ajuda de todos”.

• Venda Nova jornaldeabrantes


16 ESPECIAL SARDOAL

MARÇO 2016

MIGUEL BORGES, PRESIDENTE DA C.M. SARDOAL, CONFESSA QUE O OBJETIVO É:

“Transportar para os restantes dias do ano aquilo que de bom a Semana Santa oferece” Quais são os principais objetivos que vão nortear a Semana Santa deste ano? O objetivo é exaltar e divulgar, no âmbito da fé e da religiosidade, o nosso património imaterial e material. Sempre com enorme respeito pelas cerimónias e pelos que se deslocam ao Sardoal como peregrinos no âmbito da sua fé, mas também proporcionar aqui um espaço onde o Turismo possa ter um momento de grande dinâmica nesta altura do ano.

Do programa religioso há momentos que são diferenciadores, falo da procissão dos fogaréus, é um recuar nos tempos, é adaptar a vila ao que foi esta procissão no passado, no tempo em que não havia iluminação pública, uma procissão acompanhada de fogaréus que iluminam todo o percurso. A procissão da Ressurreição também é diferenciadora pela alegria e colorido que tem, por toda a carga emocional, pela festa e alegria.

Do Programa Religioso e Complementar o que é que destaca? É um programa complementar na linha dos anteriores, com uma exposição de Arte Sacra, onde vamos reunir um conjunto de obras do concelho e da região que vão estar patente no Centro Cultural, com abertura a 12 de março. No Cá da Terra vamos ter a exposição do Projeto Capela, para que eles [os alunos] como sardoalenses percebam que há uma tradição, com muitos anos, no qual os familiares têm participado há muito tempo e que eles se possam envolver para que esta tradição se prolongue por muitos anos. No sábado, dia 26 de março, temos o Getas com a recriação da Paixão de Cristo, um momento que deve ser acompanhado. Outro ponto alto será um concerto de um excelente flautista, dos maiores nomes na Europa, António Carrilho, na igreja matriz, no domingo de Páscoa. Já no dia 2 de abril vamos ter o tradicional concerto da Filarmónica União Sardoalense. Todas as capelas do concelho vão estar enfeitadas pelos moradores e pelas associações que habitualmente colaboram. Temos um circuito de transporte, com horários específicos, para a visita às capelas fora da vila. A complementar vamos ainda promover um percurso pedestre, intitulado Caminhos de Fé, onde os participantes vão poder percorrer as capelas em contacto com a natureza.

De que modo é que a Semana Santa tem repercussão na economia local? Não podemos deixar de aproveitar este momento, para dinamizar a nossa economia local. Um momento que enchemos a vila com muita gente que nos visita e que dá dinâmica à nossa economia e nós gostamos muito que as pessoas apreciem este património material e imaterial. As pessoas da região já sabem que durante esta semana todos os caminhos vão dar ao Sardoal. Contudo, os nossos objetivos de interesse económico relativamente à Semana Santa só serão atingidos quando conseguirmos transportar para os restantes dias do ano aquilo que de bom a Semana Santa oferece em termos turísticos. É importante que em agosto alguém que vem ao Sardoal possa entender e interpretar o que é a procissão dos fogaréus, um tapete de flores… esse é o desafio. Através da nossa Estratégia de Turismo Religioso com os diferentes parceiros, queremos criar espaços físicos onde a pessoa possa sentir o que são estes momentos.

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A Semana Santa de Sardoal vai estar na Bolsa de Turismo de Lisboa? Sim pelo segundo ano consecutivo. É um momento importante para divulgar a Semana Santa, o que vamos fazer é a construção de um tapete de flores. É um espaço privilegiado, que con-

fere uma projeção garantida, para muitos milhares de pessoas. Qual é o ponto de situação do Hotel de Charme? Estamos a falar de um edifício classificado e como tal há um rigoroso acompanhamento da Direção Geral do Património. Para nós é uma salvaguarda da manutenção, da valorização daquilo que é importante neste edifício, porque nada é feito sem que haja a autorização da Direção Geral do Património. É um processo que demora, o seu tempo, mas que não tem estado parado. Por proposta do promotor, na última Assembleia Municipal, o edifício onde está a biblioteca vai passar também para o hotel, e isso obriga a uma contrapartida, numa proposta da autarquia, que é a recuperação do antigo colégio, (edifício que está fechado em deterioração), para alojar a biblioteca. O atual edifício não tem condições para uma biblioteca, tem muitas salas, com desníveis, de difícil acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Todo o projeto é um investimento de alguns milhares de euros de investimento no concelho e

há uma grande vontade em começar. E a requalificação do Parque Escolar? Já tivemos luz verde do Ministério da Educação e na integração das obras nos fundos comunitários. Temos o projeto feito, agora é colocar o concurso a decorrer, num investimento de 3,7 milhões de euros. Este é um investimento fundamental, fomos dos poucos concelhos onde não houve intervenção no Parque Escolar. O ano passado falava da possível instalação de algumas empresas na zona industrial, qual é o ponto de situação? Há uma empresa que está a concluir os seus trabalhos. Há um conjunto de intenção para novas instalações. Fizemos o novo regulamento da zona industrial, o que tínhamos não contemplava aspetos importantes. Por exemplo, uma empresa que não cumpriu com o que era necessário, não criou riqueza num espaço disponibilizado pela câmara, qual é o retorno? Como é que retorna esse espaço para a autarquia? Neste momento, os detentores destes lotes têm um período onde se podem

adaptar às novas regras ou podem cumprir o que não fizeram, findo prazo, depois entraremos num período de nova contagem, caso nada se faça, entraremos num processo jurídico de retorno dos lotes que não têm criado riqueza no concelho. Temos casos de empresários que apenas têm o terreno na sua posse e nada fizeram, outras que fizeram pequenas intervenções, mas nunca concretizaram. Alguns já nos transmitiram que nos vão devolver os lotes, outros estão interessados e querem continuar, vamos avaliar. Referiu que era essencial corrigir as assimetrias que existem entre os municípios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, como é que está o caminho nesse sentido? Temos sabido entre nós corrigir essas assimetrias, temos conseguido um equilíbrio. Esperamos que este quadro comunitário traga desenvolvimento económico, criação de trabalho e por sua vez fixação de pessoas. Contudo, enquanto não passarmos a ter um país igual, e não tendencialmente virado para o litoral, as coisas tornam-se muito difíceis para as pessoas e autarcas da região.

PROJETO CAPELA

“A maioria participa e fica muito entusiasmada” Sensibilizar os alunos para a criatividade, a originalidade e a importância de manter as tradições são apenas alguns dos objetivos do Projeto Capela, iniciado no Agrupamento de Escolas de Sardoal há cerca de 15 anos. Carma Maia, professora de Educação Visual na Escola Drª Maria Judite Serrão Andrade, explica que o Projeto “é abordado na planificação anual da disciplina (…) Nós falamos um pouco com os meninos, fazemo-los pensar nos símbolos religiosos, a partir de um ou vários símbolos resulta um projeto”. De seguida, o passo seguinte é a elaboração do tapete na Capela Nosso Senhor dos Remédios: “pedimos sempre o apoio dos alunos, professores, assistentes operacionais, encarregados de educação para a elaboração do tapete. É feita uma estrutura em areia, que é bastante regada, depois é desenhado o projeto selecionado do aluno. Mais tarde, começamos a dar alturas, saliências na colocação das flores. São dois dias, é um pouco trabalhoso”. Os projetos elaborados pelos alunos do 2º e 3º ciclos resultam também numa exposição que este ano ficará patente, entre 12 de março a 10 de abril, no Espaço Cá da Terra. “Há sempre uma exposição dos trabalhos executados. Este momento marca normalmente a abertura da Semana Santa com a entrega dos diplomas aos participantes”, adiantou a professora. Sobre a adesão ao Projeto Capela, Carma Maia referiu que, apesar de apenas um aluno vencer e depois ver o seu projeto concretizado num tapete de flores “a maioria participa e fica muito entusiasmada e orgulhosa. O ano passado a vencedora foi uma aluna do 5º ano, a sensibilidade não está ligada à idade, oscila de ano para ano”.


Constância 2016

Festa Nossa Senhora da Boa Viagem 26 a 28 março Pela Páscoa de cada ano Constância enfeita-se de flores para receber os muitos milhares de visitantes que a ela acorrem para viverem connosco as Festas do Concelho, organizadas em torno da muito antiga e encantadora Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem. São três dias de intensa alegria em que partilhamos as belezas da Vila Poema e do encontro do Zêzere com o Tejo, em que evocamos as raízes de Constância e o seu passado marítimo, em que mostraJúlia Amorim mos a nossa realidade e perspetiPresidente da Câmara Municipal de Constância vamos o nosso futuro. São três dias

de festa, de movimento, de cor, durante os quais afirmamos o gosto de viver e de estar com quem gosta de nós e nos visita. O dia grande das Festas é a segunda-feira a seguir à Páscoa (28 de março) em que têm lugar, ao final da manhã, o tradicional desfile fluvial de Tancos a Constância e, à tarde, a procissão e a Bênção dos Barcos nos rios Zêzere e Tejo, e das Viaturas na Praça Alexandre Herculano. Mas os três dias (26 a 28) serão cheios de atividades. Para além das que se realizam habitualmente – como as ruas floridas, as tasquinhas, a Tarde de Folclore,

a mostra de artesanato, o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, a Mostra de Doces Sabores, os concertos e o espetáculo pirotécnico de encerramento – gostaria de destacar as que se anunciam para os próximos tempos: o Festival das Grandes Rotas e a Reabilitação do Centro Histórico da vila de Constância. O Festival das Grandes Rotas irá decorrer em 29 e 30 de abril e 1 de maio e, através de várias atividades nas áreas do turismo, do lazer, do desporto, da cultura e da ciência, visa promover a Grande Rota do Zêzere e o Caminho do Tejo no

território do concelho de Constância. Por seu lado, a exposição que estará patente sobre a Reabilitação Urbana do Centro Histórico tem como principal objetivo incentivar os proprietários de imóveis degradados dessa zona sensível (e tão bonita e significativa) da vila a reabilitá-los, aproveitando os apoios e condições excecionais atualmente existentes para áreas de reabilitação urbana. Há sempre muitas razões para vir a Constância. Mas pelas Festas, como se vê, há mais ainda! Venha e celebre connosco a tradição, a cultura e a vida!

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18 ESPECIAL CONSTÂNCIA

MARÇO 2016

TEXTOS: MÁRIO RUI FONSECA

FESTAS DO CONCELHO DE CONSTÂNCIA/PAVILHÃO DO MUNICÍPIO

Exposição – Área de Reabilitação Urbana de Constância A exposição que estará patente sobre a Reabilitação Urbana do Centro Histórico tem como principal objetivo incentivar os proprietários de imóveis degradados dessa zona da vila a reabilitá-los, aproveitando os apoios e condições excecionais atualmente existentes para áreas de reabilitação urbana. “Existem hoje apoios que permitem oferecer uma solução atrativa e equilibrada, quer para o investimento público quer para empresas e particulares. E são essas possibilidades de incentivos a particulares que queremos divulgar, para quem queira aproveitar a oportunidade para investir em reabilitação urbana no centro histórico de Constância, em edifícios que podem depois servir para habitação, para segunda habitação, ou para aluguer, comércios, alojamento ou serviços”, destacou a presidente da Câmara Municipal de Constância. No âmbito do Portugal 2020, quadro de apoio comunitário, foi criado um Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas e, como tal, pode vir a servir como apoio à reabilitação e revitalização urbanas, incluindo a promoção da eficiência energética, em complementaridade com a reabilitação de habitação para empresas e particulares. “Existem várias possibilidades e

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Delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro •Histórico de Constância

instrumentos financeiros, sendo que a autarquia vai poder reabilitar os seus prédios no âmbito do mercado de arrendamento acessível”, destacou Júlia Amorim. A autarca deu ainda conta que “a iniciativa privada, que justifique investimento em espaço público, pode levar a Câmara a investir em obras de requalificação/

beneficiação em vários espaços públicos do centro histórico e zona ribeirinha, ou seja, o investimento público será alavancado pelo investimento privado”, observou. O Pavilhão do Município vai dar especial destaque à Área de Reabilitação Urbana de Constância porque “é importante passar a informação dos apoios e das oportunida-

des que existem atualmente, para que estas medidas possam ser utilizadas não só pelas empresas mas também pelos particulares”. A necessidade de investimento na reabilitação urbana do núcleo histórico de Constância “traduz-se num processo fundamental para o desenvolvimento urbano integrado do aglomerado e para o pleno aproveitamento das suas potencialidades turísticas, garantido a conservação dos valores patrimoniais e da sua identidade cultural e, simultaneamente, procurando inverter a espiral de degradação do edificado e a desertificação económica e social que teima em verificar-se no nosso centro histórico”, destacou a autarca. “Em breve apresentaremos o nosso Plano de Ação para a Regeneração Urbana, e que já deve incluir as propostas de ação propostas pelos privados e pelo município”, observou Júlia Amorim, tendo defendido a importância da reabilitação do centro histórico “para que a história e identidade se mantenham vivas e para a melhoria da qualidade de vida das populações que a ele recorrem, e que nele residem, visitam, ou trabalham”. “Este é um momento de oportunidades”, frisou Júlia Amorim, tendo apelado aos proprietários de imóveis nesta área para que “não per-

cam a oportunidade de os reabilitar”. O Pavilhão da Câmara Municipal de Constância vai dar destaque nestas Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem aos programas de incentivos comunitários e aos incentivos municipais, como a isenção do pagamento de várias taxas municipais, isenção do pagamento do IMI, isenção do pagamento do IMT, condições especiais de licenciamento, informação detalhada sobre os incentivos do município, isenção do IMI por um período de 5 anos para edifícios reabilitados e isenção IMT na 1ª aquisição de edifícios reabilitados, para além da isenção de pagamento de diversas taxas municipais. Por outro lado, haverá penalizações que vão recair sobre os proprietários de imóveis degradados na ARU. Com a delimitação desta ARU pretende-se potencializar a intervenção dos privados, através da criação de estímulos à reabilitação urbana por parte destes proprietários, enquadrados numa estratégia integrada de reabilitação urbana, articulada com um programa de investimentos públicos a implementar no Núcleo Histórico de Constância. “Chegou a hora. Todos juntos vamos reabilitar o centro histórico de Constância”, apelou a presidente da Câmara Municipal.


ESPECIAL CONSTÂNCIA 19

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Programa 28 de março – segunda-feira

Constância recebe as Festas do Concelho deste ano entre 26 e 28 de março com um cartaz musical marcado pela diversidade. As propostas vão do pop-rock ao hip-hop, passando pelo reggae, pelo rap, o fado, o folclore e a música popular. Mas os festejos não se ficam por aqui. O programa das festas arranca no dia 26 com o 28º Grande Prémio da Páscoa de Constância EDP Distribuição em atletismo. A prova de 10 quilómetros será acompanhada por uma caminhada com metade da distância para os escalões jovens. Nessa data são inauguradas a 27ª Mostra Nacional de Artesanato, a 10ª Mostra de Doces Sabores, diversas exposições e as tasquinhas. À tradição das ruas floridas, da gastronomia local e do artesanato junta-se a novidade do espaço criança, a somar às atividades desportivas com uma mega aula de zumba ou a prova de atletismo. Três dias plenos com a bênção de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Feriado municipal 9H30 – Içar das Bandeiras, nos Paços do Concelho com Guarda de Honra prestada pelos BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CONSTÂNCIA e a presença da BANDA DA ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA MONTALVENSE 24 DE JANEIRO de Montalvo 10H00 – Cerimónia de Distinção dos Funcionários do Município com 10, 20 e 30 anos de serviço (Salão Nobre do Paços do Concelho) 10H30 – Visita às RUAS FLORIDAS 13H00 – Chegada das EMBARCAÇÕES ENGALANADAS ao cais de Constância A 28 de março, segunda-feira da Boa Viagem, perpetua-se a tradição pascal iniciada pelos marítimos com a bênção dos barcos nos rios Tejo e Zêzere e mais tarde complementada pela bênção das viaturas na Praça Alexandre Herculano. Os festejos do dia do Concelho integram ainda a missa solene, a Procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e um espetáculo piromusical.

26 de março – sábado 15H00 – Inauguração Oficial das Festas (junto ao Monumento a Camões) 15H30 – Abertura da Mostra de Artesanato, Mostra de Doces Sabores e Exposições

15H00 – Abertura da Mostra de Artesanato, Mostra de Doces Sabores e Exposições

15H30 > 21H00 – Animação de Rua: MIMO’S DIXIE BAND 15H30 – CERIMÓNIAS RELIGIOSAS: Missa Solene na Igreja Matriz Procissão em louvor de Nossa Senhora da Boa Viagem Bênçãos dos barcos nos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano

22H00 – Concerto: ALLEN HALLOWEEN (Palco Camões) 22H45 – Concerto “ROAMING BELLS SHOW”: CARRILHÃO LVSITANVS & ROSEMARIE SEUNTIENS (Margem do rio Zêzere)

22H00 – Concerto: JORGE PALMA (Palco Camões) 23H45 – Concerto: NERVE (Palco Camões) 16H00 > 21H00 – Animação de Rua: BANDA ÀS RISCAS 00H30 – Concerto: QUEM É O BOB? | TRIBUTO A BOB MARLEY (Palco Pelourinho) O hip-hop chega na primeira noite com os rappers Allen Haloween e Nerve, ambos com temas para mostrar dos trabalhos discográficos editados em 2015 e não só. O primeiro vem de Odivelas e traz músicas dos álbuns “Mary Witch” (2006), “Árvore Kriminal” (2011) e “Híbrido” (2015). O segundo vem de Abrantes, terra natal, trazendo no carro os sons dos cinco álbuns/EPs lançados desde 2006, como “Eu Não das Palavras Troco a Ordem” (2008) ou “‘Trabalho e Conhaque’ ou ‘A Vida Não Presta e Ninguém Merece a Tua Confiança’” (2015). De Leiria vem a banda de tributo a Bob Marley “Quem é o Bob?” com os ritmos calorosos do reggae e do ska.

27 de março – domingo 15H00 – Abertura da Mostra de Artesanato, Mostra de Doces Sabores e Exposições 15H00 – Concerto: TUNA DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE CONSTÂNCIA (Palco Camões)

16H00 – TARDE DE FOLCLORE (Palco Camões) RANCHO FOLCLÓRICO “OS CAMPONESES” DE MALPIQUE – CONSTÂNCIA RANCHO FOLCLÓRICO “OS MOLEIROS” DA RIBEIRA – OURÉM RANCHO FOLCLÓRICO DA FREGUESIA DE PUSSOS – ALVAIÁZERE 22H00 – Concerto: ANA LAÍNS COM A BANDA DA ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA MONTALVENSE (Palco Camões)

FINAL – ESPETÁCULO PIROMUSICAL Jorge Palma, uma estreia nas Festas de Constância, traz a experiência musical da carreira iniciada com os estudos de piano. O pop-rock e baladas de uma vida estão asseguradas nas eternas músicas “Deixa-me rir”, “Frágil”, “Encosta-te a mim”, “Bairro do Amor” ou “O Lado Errado da Noite”, entre outras.

Programa Desportivo

26 de março – sábado 9H30 – 28º GRANDE PRÉMIO DA PÁSCOA DE CONSTÂNCIA EM ATLETISMO / EDP DISTRIBUIÇÃO (Av. das Forças Armadas)

23H30 – Concerto: TOC’ & FOGE (Palco Pelourinho)

17H00 – MEGA AULA DE ZUMBA (Palco Pelourinho)

O fado pode ser de Portugal, mas em Constância pertencerá a uma voz e a uma banda que a vila conheceu praticamente na mesma altura, há três décadas atrás. A fadista Ana Laíns atuará acompanhada pelos músicos da Banda da Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro, dando alma às faixas dos álbuns “Sentidos” (2006) e “Quatro Caminhos” (2010). Pelo meio temos alguns dos mais dignos embaixadores do folclore nacional e a Tuna da nossa Universidade Senior. Para fechar o Palco Pelourinho a animação musical será assegurada pelo conjunto Toc’&Foge.

RUAS FLORIDAS . TASQUINHAS XXVII MOSTRA NACIONAL DE ARTESANATO (Parque de Merendas) X MOSTRA DE DOCES SABORES (Parque de Merendas) EXPOSIÇÕES (Antiga Cadeia) ESPAÇO CRIANÇA (Insuflável – pinturas faciais – moldagem de balões – bicicleta estática) CONCURSO DE FOTOGRAFIA Retratos da Festa (consultar normas de participação no Posto de Turismo)

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20 ESPECIAL CONSTÂNCIA

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Constância e o Festival das Grandes Rotas Programa 6.ª FEIRA – 29 de abril 19h00 – Receção dos participantes – Turismo 21h00 – Abertura do Festival das Grandes Rotas – Exposição de Fotografia Digital das Grandes Rotas 21h15 – Palestra sobre viagens de aventura e desafios em autonomia – Auditório da Casa Memória de Camões 22h45 – Apresentação do trabalho desenvolvido pelo gabinete de SIG no âmbito das GRs no Concelho de Constância – Auditório de Casa Memória de Camões SÁBADO – 30 de abril 08h00 – Abertura do Secretariado – Turismo 08h30 – Inicio do Passeio Pedestre – 18 Km 10h00 – Inicio do Passeio Pedestre – 8 Km 10h00 – Abertura dos Stands e Exposição 10h30 – Camões com Bússola (PontoAventura – atividade paga) 10h30 – Descida do rio Tejo em canoa com visita ao Castelo de Almourol (PontoAventura – atividade paga) 10h30 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga) 14h00 – Rapel suspenso na ponte sobre o Zêzere (PontoAventura – atividade paga) 16h0 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga) 20h00 – Rota do Tejo em Bicicleta “O Colorido Lusco Fusco” – Igreja Matriz de Montalvo 20h30 – Rota do Tejo em Bicicleta “O Colorido Lusco Fusco” 21h30 – Observações astronómicas 21h30 – Zumba Colour Party – Praça Alexandre Herculano 22h30 – Animação musical

O Festival das Grandes Rotas irá decorrer em Constância nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio através de várias atividades nas áreas do turismo, do lazer, do desporto, da cultura e da ciência. Um evento que visa promover a Grande Rota do Zêzere e o Caminho do Tejo no território do concelho de Constância. Para conferir e marcar na sua agenda. “O concelho de Constância é um território de excelência para a prática desportiva na natureza, agora potenciado pela Grande Rota do Zêzere – GRZ 33 e Grande Rota do Tejo – GR 12, destacou a presidente da Câmara de Constância, Júlia Amorim. A Grande Rota do Zêzere (GRZ), da nascente do rio Zêzere, na serra da Estrela, até à sua foz, em Constância, tem um percurso de 370 quilómetros que pode

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ser feito a pé, de bicicleta e de canoa. “É um projeto que tem a vantagem de ter uma componente multimodal, que permite que os visitantes possam fazer troços a pé, de bicicleta ou de canoa, o que lhe dá ainda uma maior abrangência”, frisou a autarca. Sendo percursos marcados no terreno funcionam como equipamentos com um potencial turístico enorme, já que cada vez são mais os praticantes de pedestrianismo e cicloturismo que percorrem os territórios onde existe este tipo de percursos, aliando o conhecimento dos valores patrimoniais à prática de exercício físico. Os percursos apresentam também um enorme potencial como marcas que podem ser exploradas por empresas privadas, conciliando as suas três vertentes (pedestre, BTT e

canoa). “O concelho de Constância assumese como um território fulcral para a dinamização das duas Grande Rotas já que pode funcionar como ponto de partida ou ponto de chegada em cada uma das Rotas e também como ponto de ligação entre elas”, observou Júlia Amorim. Este é o ponto de partida para o Festival das Grandes Rotas – um evento que irá decorrer dias 29 e 30 de abril, e 1 de maio em Constância, e no qual o Município de Constância, em conjunto com alguns agentes económicos locais pretendem promover a Grande Rota do Zêzere e o Caminho do Tejo no território concelhio, através de várias atividades nas áreas do turismo, lazer, desporto, cultura e ciência.”

DOMINGO – 1 de maio 09h00 – Inicio da Passeio Pedestre – 12 Km 9h30 – Paintball + slide de 200mt (PontoAventura – atividade paga) - Constância Sul 10h00 – Abertura dos Stands e Exposição 10h00 – Descida do rio Tejo em canoa com visita ao Castelo de Almourol (PontoAventura – atividade paga) 10h30 – Inicio do Passeio Pedestre – 6 Km 10h30 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga) 12h30 – Entrega de Prémios 15h00 – Competição de carrinhos de rolamentos (PontoAventura – atividade paga) 16h0 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga) Agarre a liberdade e construa o seu roteiro!! A decorrer em simultâneo: Visitas culturais: Passeio de Barco: 10h00 | 11h30 | 15h30 | 17h00 |18h30 Visitas ao Borboletário: 10h30 – 17h30 Visitas ao Jardim-Horto: 10h – 13h | 14h – 18h Visitas ao Museu dos Rios: 10h – 13h | 15h – 19h Visitas ao CCV-Parque de Astronomia: 10h – 13h | 15h – 19h - Sábado 21h – 23h Mostra de produtos regionais – TAGUS – Edifício da Antiga Cadeia Secretariado do Festival: Turismo Parceiros: TAGUS; Aldeias do Xisto; CIMT; Turismo do Centro; Agentes económicos do Concelho de Constância


JUSTIÇA 21

MARÇO 2016

Vila de Rei inaugura sistema de videoconferência para um acesso próximo à justiça Desde o dia 12 de fevereiro que os munícipes de Vila de Rei podem usufruir de um sistema de videoconferência caso necessitem de ter acesso à justiça. O novo sistema, que representou um investimento autárquico de 5 mil euros e que está sediado no Julgado de Paz de Vila de Rei, poderá ser utilizado nas diversas diligências determinadas pelos tribunais a que o concelho está ligado. De acordo com José Avelino Gonçalves, juiz presidente do Conselho de Gestão do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, o sistema poderá ser utilizado por qualquer vilarregense,“ em qualquer diligência judicial (…) tudo para o bem-estar da população”. Este sistema de videoconferência já é utilizado entre tribunais de diferentes concelhos do país e em

outras entidades tuteladas pelo Ministério da Justiça. Para o Presidente de Câmara Municipal, Ricardo Aires, o principal benefício do novo equipamento passa pela poupança de recursos financeiros: “em vez de as pessoas se estarem a deslocar aos tribunais não será necessário, basta fazer um requerimento a dizer que querem fazer uma videoconferência e seguidamente é deslocarem-se a este local. Já não tem de gastar dinheiro no seu transporte (…) É uma grande vantagem para Vila de Rei ter este serviço público aqui sediado no concelho”, afirmou o autarca. Para além da utilização do novo sistema, os munícipes vão contar com o apoio de um responsável de um tribunal judicial sempre que tiverem necessidade de estabelecer uma videoconferência. Joana Margarida Carvalho

Aires, presidente da CM Vila de Rei e José Avelino Gonçalves, Presidente da Comarca •deRicardo castelo Branco PUBLICIDADE

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22 REPORTAGEM

MARÇO 2016

MANTINHAS PARA QUEM PRECISA: GRUPO DE ESPOSAS DOS ELEMENTOS ROTARY CLUB LANÇA DESAFIO A CENTROS DE DIA DE ABRANTES

“Que Deus nos dê saúde e cabecinha para fazermos muitas coisas para ajudar os outros” HÁLIA COSTA SANTOS

São quase 200 novelos de lã para fazer cerca de 20 mantinhas que vão ser oferecidas à Maternidade de Abrantes. Os pares de mãos que as estão a tricotar têm os sinais do tempo que por elas passou. São mãos que, por estes dias, se dedicam a fazer mantinhas de lã que vão aconchegar bebés que nem conhecem, mas a quem já desejam uma vida feliz.

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Casa da Misericórdia a animadora, Sónia Serrano, acompanha o trabalho de D. Narcisa •e deNaD.Santa Maria de Lurdes

Hália Costa Santos

Estão juntas a fazer mantinhas e percebe-se, pela conversa, que estão juntas em muitas outras coisas. Transparece cumplicidade na forma como brincam uma com a outra. Na sala em que, na Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, se fazem os mais variados trabalhos manuais, D. Narcisa e D. Maria de Lurdes mostram as mantinhas que estão a fazer: uma é cinzenta e roxa e a outra é amarela clarinha. As mantinhas da D. Narcisa e da D. Maria de Lurdes são duas das cerca de 20 que estão a ser feitas em três Centros de Dia de Abrantes e que serão oferecidas à Maternidade de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Farão parte dos enxovais que estão a ser preparados para as crianças que, quando nascem, não os têm. A ideia de colocar as senhoras de mais idade a fazer mantinhas partiu da Casa da Amizade, o grupo de esposas dos membros do Rotary Club de Abrantes (RCA), dando forma a mais uma iniciativa de solidariedade junto da comunidade local. “Acho a ideia ótima, porque ver uma criança nascer sem nada faz doer o coração.” D. Narcisa teve quatro filhos e oito netos. Já tem um bisneto e espera por outro. Desde pequenina que

sabe tricotar. Aprendeu com uma tia que era costureira, em casa e nas Doroteias. Reconhece que sempre teve “um bocadinho de jeito” para os trabalhos manuais. Por isso, foi uma das senhoras que abraçou a ideia de fazer uma mantinha para um bebé que venha a nascer em Abrantes. Talvez uma menina, até porque a sua mantinha é cinzenta e rosa, uma combinação de cores de que até não gosta muito, mas que agrada muito a quem a vê. Enquanto mostra a sua mantinha amarela, D. Maria de Lurdes, de 87 anos, avisa logo que gosta muito de brincar. Assim que soube do projeto, ficou logo com “muita vontade” de fazer uma mantinha. Mas, como tem “muita idade”, não sabia se conseguia. “Mas têmme ajudado e tenho conseguido.” Apesar de ter “uma grande aversão à lã”, este projeto fê-la mudar de ideias: “Temos que ajudar, não é?” Fazer uma mantinha para alguém que nem conhece não a preocupa. “O que interessa é que vai beneficiar alguém, porque há tanta criança que precisa.” Num tom bem disposto que percorre toda a conversa, conclui: “Que Deus nos dê saúde e cabecinha para fazermos muitas coisas para ajudar os outros.” Alberto Margarido, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, explica que nesta instituição se dá muita importância à área da animação, tal como à componente do exercício físico. Por isso, “tínhamos que aceitar” o desafio, com a mais valia de vir do RCA, um clube que tem a preocupação de estar ao serviço da comunidade. O Lar de Idosos Domus Pacis – Casa da Paz, do Centro Interparoquial de Abrantes, também aceitou o desafio de fazer mantinhas. D. Maria


REPORTAGEM 23

MARÇO 2016

Normal circulação na ponte que liga Abrantes ao Rossio retomada este mês

da Conceição, de 79 anos, assim que viu as lãs, quis logo fazer uma mantinha e foi a primeira a escolher as cores. Sempre fez muitas mantinhas, mas nunca fez duas iguais. Enquanto vai tricotando, manifesta uma preocupação: “Não sei se esta lã vai chegar...” Mas rapidamente recebe a garantia de que, se for preciso mais, se compra mais lã igual. Se esta mantinha falasse, levava, para a bebé que a receber, um desejo de “dignidade e saúde”. Roseana Torres trabalha na parte da animação social com os idosos do Lar Domus Pacis. Lembra que quando surgiu a ideia de fazer “mantas para bebés de mães carenciadas, a ideia foi muito bem acolhida!” Adianta que o envolvimento neste projeto tem sido “muito positivo”. Para além da utilidade óbvia, permite que os utentes do lar vejam que “fora deste ambiente também há pessoas que estão a necessitar de ajuda”. No Centro de Dia de Alferrarede, Andreia Ferreira, diretora técnica

da Terceira Idade, explica que o desafio lançado pela Casa da Amizade do RCA foi apresentado numa sessão para que todos percebessem bem os objetivos. Várias senhoras, assim como as funcionárias, agarraram a ideia com toda a energia. “Nunca nos tinha sido lançado um desafio destes por alguém de fora, mas tem sido muito positivo!” D. Cremelinda, de 63 anos, diz que se sente “bem” a fazer uma mantinha “para os meninos que vão nascer na Maternidade de Abrantes”. Sempre fez muita renda, mas nunca tinha feito malha. Com a ajuda da D. Leonor, funcionária do Centro de Dia de Alferrarede, está a fazer uma mantinha pela primeira vez. E deseja “sorte” ao bebé que a vai receber. Umas cadeiras

mais à frente, D. Cristina, de 73 anos, também faz uma mantinha para uma criança que não conhece, mas com o mesmo carinho com que fez para os seus filhos. Assim que soube deste desafio, D. Maria Luísa quis logo fazer uma mantinha “para os bercinhos” dos bebés. Não deixa que conversa sobre este projeto diminua a velocidade com que a faz. Tem 81 anos e fez muita malha e renda durante a sua vida, para as filhas, netos e bisnetas e para “pessoas que pediam”. Desta vez, fazer mantinhas não é diferente, mesmo sendo para bebés que não conhece. “É igual!” À menina que receber a sua matinha, deseja que a use durante muito tempo. Ao lado, D. Edite acrescenta: “E que tenha muita sorte na vida!”

A circulação normal na ponte que liga Abrantes a Rossio ao Sul do Tejo será retomada no final de março, segundo informação da Infraestruturas de Portugal (IP). O vice-presidente da Câmara Municipal de Abrantes, João Caseiro Gomes, referiu que, segundo comunicado da Infraestruturas de Portugal (IP), “as condicionantes do trânsito serão eliminadas no final de março. O que significa que temos aqui um atraso de um mês sobre o previsto inicialmente pela IP”. A obra teve início em setembro de 2014, com três meses de atraso, e previa-se o seu término em novembro de 2015. No entanto, a sua conclusão é agora apontada para final de abril de 2016. Segundo o comunicado

enviado à CM de Abrantes, a circulação voltará ao normal no mês de março e o trânsito vai circular nos dois sentidos, sendo que os pesados poderão novamente voltar a passar em cima do tabuleiro. Porém, a obra só ficará totalmente concluída em abril, ainda que o vereador João Gomes garanta que “não terá qualquer interferência com a circulação do trânsito em cima do tabuleiro. Penso eu que poderá ter uma pequena condicionante, mas será uma coisa mínima e que será sempre feita na altura em que há menos trânsito, ou durante a noite ou durante o dia, mas sem impacto perante estas condicionantes que temos agora”. O autarca salientou ainda

que “é de lamentar que haja este atraso, porque sabemos que é uma condicionante que tem trazido muito transtorno sobretudo aos nossos munícipes e também à passagem dos veículos pesados, e das empresas que estão sediadas no nosso município e não só”. No mesmo comunicado a IP indica que a conclusão dos trabalhos no leito do rio será também feita em março, permitindo insuflar o açude e permitindo ainda “organizar algumas provas desportivas”, acrescentou João Caseiro Gomes. Esta informação foi transmitida na reunião de executivo camarário, realizada no início do mês de fevereiro. Joana Santos

aluna JCC ESE Portalegre

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A iniciativa explicada por quem a teve “É importante que as instituições não se fechem sobre si mesmas, pois fazem serviços muito nobres, que escapam aos olhos do cidadão comum. Tendo tido conhecimento do Projeto Tricotanças - Nascer quentinho em Abrantes, surgiu a ideia de nos juntarmos a esse projeto, criando uma interação com outras instituições. Tendo em conta as diferentes idades e disponibilidades das pessoas, pensámos que seria muito interessante as “avozinhas” com disponibilidade nos lares da nossa comunidade fazerem as mantinhas para depois se oferecerem aos recém nascidos na nossa maternidade no Centro Hospitalar do Médio Tejo.

Pôr a ideia em prática foi muito fácil, pois todos os intervenientes nos acolheram muito bem nos três Lares que contactámos. Criou-se grande entusiasmo, diria mesmo, alegria, em plenos meses de muito frio (janeiro e fevereiro), estabeleceram-se relações de afeto nas visitas já feitas e que poderão ter continuidade, puseram-se os talentos de cada um a render: a oferta da matéria prima, a oferta do trabalho em mãos tão habilidosas e a comunicação entre todos. Esta atividade culminará com a entrega das mantinhas na maternidade brevemente.” Delfina Baptista

Casa da Amizade, Rotary Club de Abrantes

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24 REGIÃO

MARÇO 2016

Dois ministros presidem à abertura da Loja do Cidadão de Sardoal Mário Centeno esteve em Sardoal acompanhado da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Marques, onde inauguraram no dia 18 de fevereiro a Loja do Cidadão de Sardoal, equipamento que disponibiliza os serviços da Autoridade Tributária, Segurança Social, Gabinete de Inserção Profissional do Instituto do Emprego e um balcão multisserviços, entre outros. Na sua intervenção, o presidente da autarquia de Sardoal, Miguel Borges (PSD), destacou a interioridade do município, “interior de um país que teima em acentuar a sua inclinação para o litoral, apesar das poucas dezenas de quilómetros que nos separam desse mesmo litoral”. “A Loja do Cidadão de Sardoal”, sublinhou, “poderá, também ela, contribuir para o tão desejado nivelamento territorial, como fator dinamizador da nossa economia local, além de transmitir a imagem real de um concelho

• O autarca sardoalense (ao centro) destacou a interioridade do município com história que se quer moderno e dinâmico”. Miguel Borges aproveitou a presença dos dois ministros no município de Sardoal para lembrar “o problema da falta de médicos” no concelho e para “lamentar que a Loja do Cidadão não inte-

gre o Instituto dos Registos e Notariado”. O ministro das Finanças fez passar a mensagem de que os impostos não servem apenas para pagar dívidas, considerando que investimentos como o da Loja do Cidadão que inaugurou naquela lo-

calidade são “uma das faces mais visíveis do retorno dos impostos que pagamos”. “Os impostos não servem apenas para pagar dívidas e esta Loja é uma das faces mais visíveis do retorno dos impostos que pagamos, assim como escolas e centros

de saúde, na promoção de serviços públicos de qualidade, modernos e de proximidade, pois servem para melhorar a qualidade de vida das pessoas (…)”, disse Mário Centeno no seu discurso. “Esta ação pública é o resultado do esforço dos habitantes do Sardoal, do município e do Governo, e é este tipo de serviço público de confiança e proximidade que o Governo quer dinamizar, numa lógica da relação entre o Estado e os cidadãos e numa perspetiva de médio e longo prazo para o país, retomando o programa Simplex”, destacou o ministro das Finanças. A nova Loja do Cidadão está a funcionar nas instalações da antiga União Panificadora Sardoalense, cujo edifício foi adquirido pela autarquia há cerca de um ano, tendo recebido obras de adaptação e reabilitação que representaram um investimento na ordem dos 400 mil euros, com financiamento de 85% de fundos comunitários.

Maria Manuel Marques, ministra da Modernização Administrativa, destacou, por sua vez, o “elogio e o aplauso dos cidadãos às Lojas e Espaços do Cidadão”, lembrado o tempo e o dinheiro que os portugueses perdem ao “terem de se deslocar de edifício em edifício, quando têm de tratar de assuntos com diferentes entidades, a correr de serviço em serviço”. A Governante destacou, neste âmbito das Lojas e Espaço do Cidadão, a “renovação dos serviços públicos, a requalificação de edifícios devolutos, a colaboração dos municípios, o serviço de proximidade, com os serviços agrupados”. “Este é o único caminho que corresponde a uma boa gestão de serviços públicos de proximidade”, vincou. O ministro Mário Centeno confidenciou ter-se estreado no Sardoal a descerrar uma placa com o seu nome num equipamento público. MRF

Alunos PIEF com aulas fora do ambiente escolar gera controvérsia em Abrantes O Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes vai levar este ano os alunos para fora do ambiente escolar, uma medida que a vereadora da educação considerou “discriminatória” Em causa estão duas turmas e cerca de 20 alunos, divididos por uma turma de Vocacional e uma outra de PIEF, em programa de inserção e integração social do Ministério da Educação, tendo a direção do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes decidido que este ano letivo a turma PIEF devia funcionar num estabelecimento exterior à escola. A vereadora da Educação e Ação Social, Celeste Simão, disse ter votado “contra a medida” por entender que “os alunos PIEF, são alunos PIEF porque algo no seu percurso

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já falhou, esta é a última linha para eles, pode ser uma última oportunidade e necessitam de ser incluídos. Desta forma, retirando-os do seu meio escolar, estamos a falar de discriminação”, defendeu. Os alunos PIEF começaram a ter aulas em meados de fevereiro numa zona residencial da Encosta da Barata, em instalações cedidas pela União de Freguesias de Abrantes, e almoçam no refeitório de um Lar do Centro Social Interparoquial, longe da escola sede. “Durante o meu percurso profissional lecionei turmas PIEF, fui coordenadora de vários PIEF em vários concelhos. Houve casos de sucesso e casos de insucesso, tal como no ensino regular. Mas sou completamente a favor da inclusão destes alunos no espaço escolar com os seus colegas e beneficiando das ativida-

• Alunos PIEF começaram a ter aulas numa zona residencial da Encosta da Barata des que a escola promove”, vincou Celeste Simão. Contactado pela Lusa, o diretor do Agrupamento, Alcino Hermínio, disse que “a medida foi debatida e apro-

vada em sede de Conselho Geral e não foi imposta”, tendo feito notar que a mesma visa “o melhor para todos os alunos” integrados em PIEF, cuja idade máxima

é 18 anos. O responsável do Agrupamento disse ainda que “o programa PIEF tem sempre funcionado dentro da escola mas não é inédito, a nível na-

cional, funcionar fora da escola”, tendo feito notar que estes alunos, “estão numa medida que é de último recurso, pelo seu passado complicado, e que os impede de estar em turmas regulares”. Alcino Hermínio disse ainda que este “é um projeto novo”, uma “aposta na qual o Agrupamento deposita expectativas muito positivas”, tendo realçado que o mesmo envolve também um protocolo com a escola de bombeiros de Abrantes, na área da formação, aprendizagem e integração. Instado a comentar as acusações de “discriminação” da vereadora da educação da Câmara de Abrantes, o responsável pelo Agrupamento de Escolas disse “respeitar mas não comentar”, tendo insistido que “estas medidas são a bem de todos os alunos”. MRF/COM LUSA


DESPORTO 25

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Início ou reinício da prática desportiva após os 35 anos

DR

O Serviço de Desporto da Câmara Municipal de Abrantes vai levar a efeito o XIV Torneio de Futebol 7 de Veteranos, habitualmente realizado em abril, tendo como objetivo principal a vertente lúdica/desportiva da modalidade, promovendo o convívio entre todos os intervenientes de forma a contribuir para o fomento dos valores sociais, educativos e culturais, através do futebol. A realização deste torneio incentiva a uma prática desportiva generalizada, proporcionando um estilo de vida saudável em que cuidar do corpo não tem grande peso face às ocupações e condicionantes do dia-adia. Inicialmente participaram 10 equipas e a última edição contou com 12 equi-

pas de clubes, empresas e até grupos informais. Este evento tem possibilitado a participação de uma média anual de 140 indivíduos com mais de 35 anos, levando-os a desenvolver todos os anos, às terças e quintas-feiras actividade física, durante 3 meses e sem carácter competitivo. Competição é sempre associado ao desporto em geral sendo uma das razões que leva muita gente a desligar-se da prática desportiva. Ao eliminar este conceito, leva a que se aumente o número de praticantes, sem que acha a preocupação de atingir a excelência, em que o importante é praticar uma actividade desportiva, neste caso, o futebol. Muitas vezes, o abandono da prática desportiva deve-

se essencialmente à falta de tempo. Para contornar tal obstáculo e manter a motivação, o Serviço de Desporto determinou que os praticantes que se queiram dedicar à actividade física de uma forma regular o possam fazer dois dias por semana de acordo com um calendário definido. A Câmara Municipal de Abrantes ao realizar este torneio não tem só o objectivo de fomentar a prática desportiva como também dinamizar as infra-estruturas desportivas nomeadamente os campos números 2 e 3 em Abrantes e Rossio Sul Tejo. Com o passar do tempo o exercício regular duma atividade física é um trunfo importante para se chegar a “idoso” com saúde. Carlos Serrano PUBLICIDADE

Francisca Laia vai representar o Sporting A jovem canoísta internacional Francisca Laia vai representar o Sporting, por um ano, juntando-se na equipa ao vice-campeão olímpico Emanuel Silva. “Depois de um ano tão importante como foi 2015, este vínculo é uma motivação extra para o meu objetivo de apuramento olímpico para o Rio2016. É igualmente ótimo para a minha carreira e um sinal de que as pessoas reparam no nosso trabalho”, referiu. A estudante do quarto ano de medicina na Universidade de Coimbra, e que competia pelo CD Os Patos, de Rossio ao Sul Tejo, tem apenas 21 anos e está ainda na luta por uma vaga nos Jogos Olímpicos Rio2016, com a derradeira oportunidade a decorrer em maio na Alemanha, com duas vagas para K1 200 ou uma para K2 500. “O objetivo é disputar uma das três vagas que a Europa

ainda tem… e consegui-la! Será importante estar lá para lutar por elas”, vincou, revelando que vai continuar a trabalhar em Montemor-o-Velho, no seio da seleção portuguesa liderada pelo polaco Ryszard Hoppe. Em K1, na distância de 200 metros, Francisca Laia tem como melhores resultados internacionais o título de vice-campeã do mundo sub23 em 2015, ano em que conquistou também a medalha

de bronze europeia. Enquanto júnior, foi medalha de bronze nos europeus de 2011 e 2012. “É também uma mais-valia estar associada a uma marca como o Sporting, o que me permite outra visibilidade e oportunidades”, acrescentou Francisca Laia, “confiante” de que o vínculo de um ano será prolongado após nova época de sucesso, para se focar em Tóquio2020. Lusa

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26 HISTORIA

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Abrantes, cidade centenária • Praça Raimundo Soares

• Abrantes antiga Abrantes, a “notável vila de Abrantes”, como passou a ser designada no ano seguinte à restauração da independência portuguesa em 1640, por ter sido a primeira vila portuguesa a aclamar D. João IV, passaria a ser - após Tomar (1844) e Santarém (1868) – a terceira cidade do distrito, por decreto de 14 de Junho de 1916. A origem da elevação de Abrantes a cidade tem a ver com a acção desenvolvida pelo movimento republicano nos anos finais da monarquia, principalmente nos primeiros anos da centúria de 1900, em particular pela acção do Partido Republicano Português e pela criação dos centros republicanos que, com o apoio da imprensa, através da difusão - nos jornais locais - dos artigos dos publicistas republicanos

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• Jardim da República da imprensa da capital, trouxeram para aqui as ideias que levaram à queda do regime monárquico em Portugal. Portanto, Abrantes Cidade é obra do movimento republicano e só pela grande adesão que essas ideias aqui suscitaram, com a presença de milhares de pessoas em grandes comícios, é que permitiu gerar a dinâmica que conduziu ao resultado alcançado. Mas não se pense que foi por unanimidade que os abrantinos desse tempo (incluindo alguns dos republicanos mais influentes) aderiram a essa passagem de vila a cidade. Houve uma polémica, quer na imprensa, quer nos próprios órgãos deliberativos municipais, e uma clara divisão na tomada de posição pró ou contra a ideia da passagem a ci-

dade, sobretudo devido ao receio que alguns tinham quanto à hipótese de poderem vir a pagar mais impostos. Cinquenta anos depois, em 1966, em pleno regime do Estado Novo (já a aproximar-se do seu ocaso), as comemorações efectuadas levaram à realização de obras de restauro no Convento de São Domingos (que deixara de ser quartel militar e foi entregue à câmara municipal), permitindo que este passasse a ser um espaço destinado à realização de exposições e colóquios. A comemoração oficial, realizada no dia 14 de Junho, teve a presença do ministro do Interior, Santos Júnior enquanto, nesse mesmo dia, outro ministro, o das Corporações, Gonçalves de Proença, inaugurava dois bair-

ros de casas em Tramagal. Ainda nesse mês de Junho foi editado, pela CMA, o foral manuelino de Abrantes de 10 de Abril de 1518. A segunda parte das comemorações do cinquentenário da elevação de Abrantes a cidade decorreu em Setembro com a realização de exposições histórico-culturais, de artesanato, agricultura, feira de mostras e actividades de folclore e tiveram a presença de dois secretários de Estado, da Agricultura e da Indústria. No final do ano, a CMA contratou o escultor Lagoa Henriques para elaborar o monumento ao condestável D. Nuno Álvares Pereira no Outeiro de S. Pedro. As comemorações dos 75 anos de elevação de Abrantes a cidade, realizadas em 1991, iniciaram-se a 7 de Abril e decorreram até 8 de Setem-

bro, tendo como ponto mais alto a presença do Presidente da República, Mário Soares, que no dia 14 de Junho inaugurou o monumento Testemunho, do escultor José Aurélio, representando simbolicamente 75 setas alusivas à efeméride. O programa das comemorações do centenário foi publicamente divulgado em 9 de Janeiro e prevê actividades ao longo de todo o ano, já tendo entretanto decorrido algumas delas, com particular destaque para o concerto de Ano Novo, que encheu a Igreja de S. Vicente. Espera-se que este ano do centenário - e as diversas iniciativas que estão a ser programadas e realizadas no seu âmbito - perdurem na memória dos abrantinos por longo tempo. Rolando F. Silva


REGIÃO 27

MARÇO 2016

MANUELA COELHO, RETROSARIA, TECIDOS E CONFECÇÃO À SUA MEDIDA!

1º aniversário nas novas instalações

Desde o passado dia 21 de março, a “Edição da Manhã” da Antena Livre, conduzida por Paulo Delgado há vários anos está diferente! Os serviços noticiosos foram reforçados a cada mudança de hora, passando desta forma a fazer-se o acompanhamento de toda a atualidade internacional e nacional desde manhã cedo e claro continuando a marcar presença a informação de proximidade com tudo o que se passa na região do Médio Tejo. A Informação da Antena Livre é cada vez mais uma informação de proximidade, atenta à região, ao país e ao mundo em geral. O departamento de Informação da Antena Livre, faz-se representar entre as 7h00 e as 11h00 por Joana Margarida Carvalho, Mário Rui Fonseca e Joana Santos, que além da “Edição da Manhã” entre as 7h00 e as 11h00 de segunda a sextafeira asseguram ainda os restantes serviços de notícias do dia às 00h00; 04h00; 12h00 e 18h00, ainda com intercalares noticiosos durante a tarde entre as 16h00 e as 18h00 de 30 em 30 minutos. A Informação Antena Livre conta ainda com a participação regular de Rolando Silva como comentador dos assuntos que marcam a atualidade, bem como dos cronistas semanais: Ana Clara à

Joana Santos

Joana Margarida Carvalho

Paulo Delgado

Mário Rui Fonseca

segunda-feira; Piedade Pinto à terça; Francisco Armando Fernandes marca presença todas as quartas-feiras; Margarida Togtema às quintas e Vasco Damas às sextas-feiras. O programa “Radar”, tam-

bém do departamento de Informação da Antena Livre acontece todas as quintas feiras à noite assegurado pela jornalista Patrícia Seixas que recebe em estúdio Luís Ablú Dias, Vasco Damas e Alves Jana que comentam

os assuntos que marcaram a atualidade na semana anterior ao programa. A equipa da “Edição da Manhã” conta ainda com as colaborações da dietista Célia Dias Lopes, da empresa Nutricuida, que vem à Antena falar de como podemos fazer uma alimentação mais saudável; as psicólogas Joan Palma e Clara Cruz, da clínica PsiTorres, que esclarecem assuntos relacionados com a nossa saúde mental; o dentista Wellington Nader da Nader Clinic, que deixa conselhos importantes sobre a saúde oral. Mais recentemente o conhecido astrónomo Máximo Ferreira também integrou a equipa com “O Caminho das Estrelas” que semanalmente nos ajuda a perceber melhor o universo que nos rodeia. Há vários anos no ar continuam Alves Jana com “Philosofalando – a vida a partir da filosofia e a filosofia a partir da vida”, e Isilda Jana que nos recorda factos históricos que marcaram a região. É assim que acontece de segunda a sexta-feira a “Edição da Manhã” da Antena Livre entre as 07h e as 11h. A não perder!

DR

A “Edição da Manhã” está diferente!

Foi no passado dia 27 de fevereiro que a Retrosaria Manuela Coelho, em Abrantes, se encheu para comemorar o 1º aniversário nas novas instalações na rua de Nossa Senhora da Conceição. A festa foi grande e animada, com direito a bolo de aniversário e animação assegurada pela “Meganimação”, que não deixou indiferente quem passava. Neste primeiro aniversário, nas novas instalações houve ainda presentes para os clientes que durante a semana fizeram compras num valor superior a 10 euros, e que por isso se habilitaram ao sorteio realizado na festa. Há mais de 20 anos em Abrantes, Manuela Coelho é um nome que dispensa qualquer tipo de apresen-

tação. São inúmeras as noivas que no seu dia de casamento utilizaram um vestido exclusivo de Manuela Coelho. A responsável faz os artigos de raiz de acordo com os desejos de cada noiva e com o que imaginou. Mas não só as noivas. Em conjunto com o cliente Manuela Coelho, e escolhendo os tecidos da própria loja, torna realidade aquilo que cada um imaginou vestir num trabalho de qualidade inigualável e reconhecido como sendo de garantia. E foi isso mesmo que Manuela Coelho prometeu a todos os clientes e amigos nesta comemoração do 1º aniversário na nova localização: Continuar o trabalho a que se dedica há mais de 20 anos em Abrantes. Paulo Delgado

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NOTÁRIO José Carlos Travassos Relva CERTIFICO que, por escritura de 03 de fevereiro de 2016, exarada a fls. 131 e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número 314 – P, do Notário José Carlos Travassos Relva, com instalações na Rua Mouzinho de Albuquerque, n.º 8, na Guarda, ALBERTO BRÁS COELHO, viúvo, natural e residente na freguesia de Lameiras, concelho de Pinhel, com exclusão de outrem, declarou-se dono e legítimo possuidor do seguinte bem imóvel: Reboque agrícola de marca BIOUCAS, de matrícula C – 21065, ao qual atribui o valor de cem euros. Que possui este bem em nome próprio, convicto de que lhe pertence, há mais de dez anos, por o ter adquirido pelo ano de dois mil e três por compra verbal à sociedade “José dos Santos Bioucas, Lda” com última sede conhecida na Avenida das Forças Armadas, em Abrantes e desde então e ininterruptamente o utiliza, posse que sempre exerceu com conhecimento e à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, sendo, por isso uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo todavia, dado o modo de aquisição, documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade. Guarda, 03 de fevereiro de 2016. O Notário (José Carlos Travassos Relva)

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DIVULGAÇÃO 29

MARÇO 2016

CRÓNICA DE SAÚDE

CRÓNICA

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Só para Mulheres!

Curiosidades, ou talvez não

Ser mulher fez-me pensar no dia que nos dedicaram. Se há um dia internacional da mulher é porque realmente merecemos! Não é apenas para termos direitos iguais aos homens e sermos consideradas uma parte importante da sociedade. É porque essencialmente somos diferentes dos homens! Para começar, sentimos tudo de maneira diferente, somos mais sensíveis, urinamos de maneira diferente, gostamos de coisas diferentes, temos o dom de carregar em nós o princípio do homem, gostamos de nós mas vivemos para nós e para os outros porque somos mulheres e as mulheres são eternamente preocupadas com os filhos, com o companheiro, com a restante família, com os amigos e inclusivamente com a carreira. Bem, temos o nosso colo sempre a postos para a febre do filho, para os lamentos do marido que diz que o trabalho correu mal, para os lamentos da amiga que está com problemas com o namorado, e até compreendemos o chefe que está num dia mau. Sabemos como ser donas de casa exemplares, mães galinha, esposas dedicadas e ainda conseguirmos ter tempo para sermos vaidosas! Um sapato elegante e a mala fazem toda a diferença! E adoramos aquele batom que nos faz sentir sensuais e únicas, que usamos até quando vestimos, simples-

Se eu lhe dissesse, sem qualquer explicação, que os dentes amadurecem, você acreditava? Então, se até as laranjas amadurecem, se falamos em maturação do organismo ou das células sexuais até que se tornem aptas para a reprodução, porque não os dentes?. Quando os dentes nascem, o revestimento da coroa é assegurado pelo esmalte, estrutura muito mineralizada e formada predominantemente por hidrofosfato de cálcio, na forma de cristais de hidroxiapatite. Sempre que comemos alimentos açucarados, as bactérias que aderem aos dentes produzem, quase de imediato, ácido lático. Se esse ácido diminui o pH da superfície dentária para valores inferiores a 5,5 dá-se início a um processo de destruição do esmalte, por dissolução da hidroxiapatite, num processo progressivo de desmineralização. Se esse processo se prolonga no tempo, ou se re-

pete com frequência, a desmineralização progride até ao aparecimento de uma “ferida” no esmalte e na dentina a que se dá o nome de cárie dentária. Mas se a produção de ácido não for muito frequente, ele será eliminado pela saliva ou pela escovagem e o processo de desmineralização vai parar em consequência da recuperação dos valores do pH. Nesta fase, o organismo revela toda a sua magia e através de um processo de remineralização vai reparar o que anteriormente tinha sido destruído. A remineralização é um processo de reconstrução dos cristais de hidroxiapatite, que

ocorre sempre que se verifica a recuperação do pH. Mas se, para além de cálcio e fosfatos provenientes da hidroxiapatite destruída, houver flúor na boca proveniente das pastas dentífricas, de geles, comprimidos, soluções ou vernizes, então os novos cristais serão de fluorapatite. A substituição sistemática dos cristais de hidroxiapatite por outros de fluorapatite condicionará a modificação da constituição do esmalte. Como a fluorapatite é menos solúvel nos ácidos, o esmalte ficará progressivamente mais resistente, num processo com duração aproximada de 2 anos após a erupção de cada dente, que se denomina maturação do esmalte. Conhecer esta história é fundamental para se entender porque o ACES Médio Tejo promove a aplicação de vernizes de flúor nos Jardins de Infância. Mas essa conversa ficará para uma próxima oportunidade. Rui Calado

Médico, USP Medio Tejo

mente, as nossas calças de ganga preferidas e calçamos os ténis. Até assim estamos prontas para desfilar! Temos o privilégio de termos a desculpa de, uma vez por mês, estarmos um bocadinho mais irritadas com tudo e com todos! Faz parte de ser mulher! O nosso corpo incha, temos aquelas dores de barriga que incomodam, e usar as calças brancas, nem pensar! E quando acontece… drama! “Podes ver se estou suja?” Lá vai a amiga atrás de nós para verificar se estamos “apresentáveis”. Ser mulher tem destas coisas. Ser confidentes e protetoras! Somos diferentes, mas temos os mesmos direitos, devemos ser respeitadas como seres humanos e profissionais, temos fraquezas e carências, mas sempre que é preciso somos inteiramente força e defendemos o que é nosso com unhas e dentes. Somos diferentes porque somos eternas sonhadoras e românticas, emocionamo-nos mais intensamente, sangramos, choramos, lutamos e somos as únicas que damos à luz. É por isso que só nós merecemos o nome de M-U-L-H-E-R, e é por isso que merecemos um dia no ano dedicado a nós e em que podemos comemorar estas maravilhosas diferenças! De mulher para mulher: Um grande bemhaja! E parabéns por ser mulher! Cristiana Seroto PUBLICIDADE

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA DE REI JUSTIFICAÇÃO Nos termos do artigo 100º do Código do Notariado, certifico que por escritura de 17 de fevereiro de 2016, lavrada a folhas 4 e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas n.º 72 – E, de CARTÓRIO PÚBLICO, na qual, ALBINO DO CARMO GASPAR, NIF. 105.450.774, e mulher ROSALINA AGOSTINHO DA SILVA, NIF. 105.655.392, casados sob regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia do Souto, concelho de Abrantes e ela de freguesia e concelho de Vila de Rei, onde residem, no lugar de Milreu, na Rua da Prata, n.º 22, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio rústico sito em Chorca, freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, composto de terra de cultura arvense, figueiras e oliveiras, com a área de mil e quarenta metros quadrados, que confronta pelo norte e sul com Albino do Carmo Gaspar, pelo nascente com Hermínio Gaspar Martins e pelo poente com ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 120 Secção L, com o valor patrimonial tributário de 5,58 €. Que o referido prédio, com a indicada composição, veio à sua posse, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, em dia e mês que não podem precisar, por compra verbal a Manuel Bento e mulher Joaquina Rosa, atualmente já falecidos, residentes que foram no lugar de Água das Casa, freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, não tendo porém, sido reduzido a escritura publica a referida compra. Que desde essa data, em que se operou a tradição material do prédio passaram a cultiva-lo, a apanhar os figos e a azeitona, a limpá-lo, a trazerem pontualmente pagas as respetivas contribuições, a suportar os seus encargos, agindo com a convicção de serem proprietários daquele imóvel e como tal sempre por todos foram reputados. Que nos termos expostos, vêm exercendo a posse sobre o mencionado prédio, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de todos, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos. Que assim e dadas as características da sua posse, eles primeiros outorgantes adquiriram o identificado prédio por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar, pelos meios extrajudiciais normais, a aquisição do seu domínio e posse. Está conforme com o seu original Vila de Rei, 17 de fevereiro de 2016. O Escriturário Superior (Manuel Rosa Dias)

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30 CULTURA

MARÇO 2016

“Foto-radiografias, 1896”, de Augusto Bobone, na Galeria do Parque de V. N. da Barquinha A Galeria do Parque de Escultura Contemporânea Almourol, em Vila Nova da Barquinha, tem em exposição “Foto-radiografias, 1896”, de Augusto Bobone. A exposição, patente até 22 de maio, revela o lado mais desconhecido e inovador de Augusto Bobone, antigo fotógrafo da Casa Real portuguesa e um dos pioneiros na utilização do Raio X em Portugal. Nesta mostra, com curadoria de Margarida Medeiros, vão ser apresentadas as pranchas com as foto-radiografias obtidas por Augusto Bobone

em 1896, digitalizadas a partir de um exemplar único, guardado na biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa.

Em 22 de Março de 1896, Bobone obteve no seu elegante estúdio de fotografia herdado do célebre Fillon – um dos pioneiros da fotografia

em Portugal - a sua primeira radiografia, a primeira a ser realizada em Lisboa, apenas três meses depois do físico alemão Wilhelm Röntgen – anos mais tarde galardoado com um Prémio Nobel - ter divulgava ao mundo a descoberta de uma técnica que conseguia fotografar o interior dos corpos a que deu o nome de Raio X. A iniciativa é fruto da parceria do Município de Vila Nova da Barquinha com a Fundação EDP, no âmbito do projeto Parque de Escultura Contemporânea Almourol.

AGENDA DO MÊS Abrantes Até 08 de abril – Exposição coletiva de cerâmica contemporânea - QUARTEL – Galeria Municipal de Arte Até 29 de abril – Exposição “Atividades económicas de Abrantes em meados do século XX” - Arquivo Municipal Eduardo Campos Até 29 de maio – Exposição “A História do Museu D. Lopo de Almeida” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes 8 a 11 de março – IV Semana da Educação, Igualdade e Cidadania – Biblioteca Municipal, Edifício Pirâmide e Agrupamento de Escolas 11 de março – Carlos Martins Quarteto - Cineteatro São Pedro, 21h30 – 5€ 11 de março a 29 de abril – Exposição “Cadernos de Viagem de Abrantes” – Biblioteca Municipal António Botto 12 de março – Primeira Aula de Música “A História da Mãe Clave” – Martinchel, 16 horas 15 de março – Ler os Nossos com… Armando Fernandes, apresentação do livro “Cozinha económica de Portugal” – Biblioteca Municipal António Botto, 18 horas 18, 19 e 20 de março – Abrantes (en)cena com grupos de teatro do concelho – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 3€ 22 de março – Dia mundial da poesia “O som das palavras”, espetáculo de poesia – Biblioteca Municipal, 10h30 e 14h30 22 de março – “A menina dança?”, baile com David Alves – Cineteatro São Pedro, 15 horas

Constância 26, 27 e 28 de março – Festas do Concelho e Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem

Paulo de Carvalho com concerto intimista em Sardoal Paulo de Carvalho regressa ao Sardoal no próximo dia 5 de março para apresentar o espetáculo Voz & Piano. O Centro Cultural Gil Vicente recebe, pelas 21h30m, o concerto que juntará em palco o conhecido cantor e o pianista Victor Zamora. Voz & Piano é um espetáculo intimista, no qual o reconhecido cantor inter-

preta e revisita algumas das suas mais célebres canções, tais como: “E Depois do Adeus”, “Os Meninos do Huambo”, “10 Anos”, “Gostava de Vos Ver Aqui”, “O Meu Mundo Inteiro”, “Nini dos Meus 15 Anos” ou “Mãe Negra”. Os bilhetes (3€) encontramse à venda no Centro Cultural Gil Vicente.

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Mês do Teatro em Abrantes

Mação Até 3 de março – Festival da Lampreia – Restaurantes aderentes do Concelho de Mação Até 5 de março – Exposição “Lugares de Culto”, fotografias de arquitetura de Rui Morais de Sousa – Galeria do Centro Cultural 12 e 19 de março - 12º Passeio TT – Vila de Mação 2016 – Ortiga 24, 25 e 26 de março – Semana Académica e da Juventude – Concertos, DJ, Tunas, atividades desportivas – Cineteatro, Pavilhão José Maia Marques e recinto junto ao Campo de Futebol

Sardoal Até 6 de março – Exposição “No Fio do Azeite” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente Até 6 de março – Exposição coletiva de pintura “À Descoberta do Mestre” – Centro Cultural Gil Vicente 5 de março – Concerto de Paulo de Carvalho – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 5€ 14 a 29 de março – Semana da Leitura com Feira do Livro, encontro com escritores, cinema, teatro – Centro Cultural Gil Vicente e Biblioteca Municipal 24 a 27 de março – Semana Santa

Vila de Rei

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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Março é o mês do teatro em Abrantes. A primeira iniciativa de Abrantes (En)cena acontece nos dias 18, 19 e 20 de março, no cineteatro São Pedro, e conta com peças de teatro de três grupos do concelho: Grupo de Teatro Palha de Abrantes, Grupo de Teatro da Sociedade União Crucifixense e grupo de Teatro da Sociedade Artística Tramagalense. “Sangue Jovem”, de Peter Asmussen, é interpretada pelo Grupo de Teatro Palha de Abrantes a 18 de março. A peça retrata o encontro anual de três velhas amigas com as

conversas habituais sobre o passado e o presente. Mas surge, de repente, um jovem, e tudo se altera. O Grupo de Teatro da Sociedade União Crucifixense encena “Agarra que é Milionário”, no dia 19 de março, uma história caricata entre o casal Pedro e Bé. “À nossa maneira”, pelo Teatro da Sociedade Artística Tramagalense, no dia 20, é uma revista feita em duas partes, baseando-se na adaptação para o palco de várias anedotas, intercaladas com boa música portuguesa. Os bilhetes para cada espetáculo têm o preço de 3€.

Até 24 de março – Exposição de pintura “Um Olhar”, de Luís Santos – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 3 a 31 de março – Exposição “Bordado de Castelo Branco”, de Natavidade Gaspar e Lurdes Sequeira – Museu Municipal 12 a 20 de março – Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite – Restaurante aderentes do Concelho

Vila Nova da Barquinha Até 20 de março – Exposição “100 anos da Grande Guerra e a luta pela paz” – Galeria de Santo António Até 27 de março – XXII Mês do Sável e da Lampreia – Restaurantes aderentes do Concelho de Vila Nova da Barquinha Até 22 de maio – Exposição “Foto-radiografias, 1896”, de Augusto Bobone – Galeria do Parque de Vila Nova da Barquinha 4 de março – Concerto solidário “Todos juntos pela Pipoca – Beatriz Morgado”, com Toy, Pedro Dionysio, Filipe Santos, Gonçalo Serras e Ricardo Oliveira – Pavilhão Desportivo


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MARÇO 2016

CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

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CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira

PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

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Elisa Narcisa Ferreira 17.05.1923 - 15.02.2016

AGRADECIMENTO Seu filho, nora e neto agradecem a todos os familiares e amigos que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

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Elisa Narcisa Ferreira 17.05.1923 - 15.02.2016

AGRADECIMENTO Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

A família agradece a toda a Direção e Colaboradores do Centro Social do Pego pela dedicação prestada ao longo destes anos a Elisa Narcisa Ferreira.

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