Jornal de Abrantes - Edição de Abril, 2016

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ABRIL 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5542 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GR

AT U

de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Prazos de reabertura ao trânsito não são cumpridos na Ponte de Abrantes A reabertura total ao trânsito no tabuleiro da Ponte Rodoviária não aconteceu no final do mês de março, tal como tinha anunciado a Infraestruturas de Portugal. Pág. 15

Cineteatro São Pedro aplaude de pé Festa de Teatro Especial

Joana Margarida Carvalho

Pág 7

CULTURA

SOCIAL

Constância designa Núcleo Museológico da MDF é para inaugurar Conselheiro Municipal este ano O Núcleo Museológico Industrial do Tramagal tem o processo de musealização em fase de adjudicação. A inauguração, segundo a autarquia, está prevista para o segundo semestre deste ano. Pág 4

Sérgio Correia, 47 anos, funcionário municipal, disse ao JA que é com “honra e orgulho” que assume o cargo atribuído pela Câmara Municipal. Pág 6

DESPORTO

Susana Estriga sagra-se Campeã Europeia de Pentatlo Susana Estriga, atleta de Tramagal, no concelho de Abrantes, alcançou o título de Campeã da Europa de Pentatlo, no escalão veteranos, ao conseguir vencer três das cinco provas combinadas. Pág 12


2 ABERTURA

ABRIL 2016

FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319)

Joana Margarida Carvalho

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Diretora

Redação Mário Rui Fonseca (CP.4306)

Colaboradores

Alves Jana

mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Abrantes - Cada um parte o que quer e deixa como lhe apetece?

Alves Jana e Paulo Delgado

INQUÉRITO Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785

O que o leva a participar nas festas da Nossa Srª da Boa Viagem?

miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Cristina Azevedo cristina.f.azevedo@antenalivre.pt

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

João Parracho, Praia do Ribatejo

António Perpétuo, Seixal

Miguel Moita, Alpiarça

Venho a estas festas para não deixar cair a tradição dos nossos antepassados, dos nossos avós e dos nossos pais, e para participar na homenagem a Nossa Senhora da Boa Viagem, a nossa padroeira. Venho todos os anos em manifestação de fé e para que o ano corra melhor. Venho pedir proteção porque sou pescador e continuo a sair para a pesca. Faça chuva faça sol, esta tradição será sempre respeitada pelos marítimos. Até que Deus queira.

No Seixal também temos esta tradição dos barcos e das procissões mas o meu pai sempre veio a esta procissão a Constância. Ele morreu e, como tal, continuo eu com a tradição. Aliás, vou a todas, seja em Constância, Seixal ou Montijo. Sou pescador e tenho um barco de pesca profissional, e corro as procissões todas com o barco engalanado para pedir a bênção e a proteção a Nossa Senhora da Boa Viagem.

Desde há 6 anos que participo nesta festa e não perco uma porque é muito importante para mim, apesar de não ser pescador. Gosto da tradição, destas gentes, da festa e de engalanar o barco. Comigo, no barco, que é da Câmara de Alpiarça, vêm sempre pescadores de Alpiarça e este evento está sempre marcado no meu calendário anual, haja cheias ou estejamos de férias, não falho. E não falto porque acho que é uma manifestação cultural importante.

dade o Chave D`Ouro - “vintage”, prima pelo charme discreto e muita simpatia, particularmente da querida Telma. Junto ao castelo O Alcaide, pela vista desafogada sobre a nossa região. PRATO PREFERIDO Há muitos, felizmente a nossa gastronomia é rica e cheia de tesouros gastronómicos. Todavia, talvez por ser algo que tenho o prazer de saborear “de longe em longe”, proponho - sopa de couve com feijão acompanhado com bacalhau grelhado e pão cozido em forno de lenha. UM RECANTO PARA DESCOBRIR Na região há muitos, mas aquele a que vou sempre quando vou a Portugal é Dornes. UM DISCO Rua da Saudade - Canções de Ary dos Santos. UM FILME Realizado por Luís Galvão Teles “dot.com”, uma paródia cheia de “chiches” que bem conhecemos,

e nos quais por vezes nos reconhecemos, e que mostra a excelência que todo o centro de Portugal tem para oferecer. UMA VIAGEM Braga & Gerês. UMA FIGURA DA HISTÓRIA Tenho algumas. Da nossa história recente Amália. Um género de “Piafe” ou “Shirley Bassey”, um verdadeiro ícone nacional, a meu ver, ainda pouco “estudado”, reconhecido e apreciado pela nossa consciência coletiva. UM MOMENTO MARCANTE O dia em que vi pela primeira vez a minha amiga Carla Atanásio. UM PROVÉRBIO “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. UM SONHO? Para mim, sonho é a cores e em formato IMAX. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Recomendo vivamente um passeio de barco, prolongado pelos recantos da albufeira de Castelo de Bode.

SUGESTÕES

Detentores do capital social Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

Nellson Soares Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

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IDADE 43 anos. NATURALIDADE / RESIDÊNCIA? Natural de Oeiras, S. Julião da Barra, mas com fortes ligações ao concelho de Abrantes – Reside em Amsterdam. PROFISSÃO Licenciado em Gestão de Recursos Humanos, nos últimos 10 anos a exercer Gestão Hoteleira. UMA POVOAÇÃO Dornes. UM CAFÉ Em Abrantes “tenho dois amores”, que em nada iguais se complementam. Bem no centro da ci-

Do reconforto à insegurança O mês de março foi marcado por algumas festas concelhias, pela celebração da Páscoa e certamente por momentos em família, de encontros e de reencontros. Constância assinalou mais uma edição das festas do concelho e da Nossa Senhora da Boa Viagem. A tradição da bênção voltou a cumprir-se e a intensificar uma marca que distingue estas festas das demais. Por sua vez, o Sardoal através das manifestações religiosas e culturais exaltou mais uma Semana Santa, onde os tapetes de flores que adornaram as capelas fizeram as delícias dos muitos visitantes que percorreram as ruas da vila e do concelho. Contudo, quando saímos do âmbito festivo e nos centramos naquilo que nos invade diariamente pela comunicação social nacional e internacional, fugimos rapidamente deste espírito de paz, de reconforto, de alegria e sobretudo de segurança. Efetivamente, insegurança é o sentimento que cada vez mais norteia a Europa e cada um de nós, sobretudo quando assistimos ao que sucedeu em Bruxelas, no passado dia 22 de março. Pelo menos 31 pessoas morreram, houve mais de 300 feridos, 21 dos quais portugueses. Penso que há uma série de estratégias que devem passar a existir para que quem de direito saiba lidar com estas calamidades. O mais assustador é sem dúvida o desespero que nos chega por quem vivencia estes atentados. Mas depois fica o pensamento do que é que poderá vir depois? O que poderá assombrar alguns valores que desde há muito defendemos e em que acreditamos. Este mês, celebramos os valores que o 25 de Abril nos deixou. Efetivamente, estes atentados só nos querem afastar de alguns princípios que muitos lutaram para verem implementados, numa democracia que hoje se quer cada vez mais participada, construtiva e livre!


ENTREVISTA 3

ABRIL 2016

SOFIA MOTA

“É natural que a saída da ESTA cause alguma perturbação, mas é importante que a Escola se afirme na sua identidade” ALVES JANA

Sofia Mota é professora desde a criação, em 1999, e desde 2015, diretora da ESTA – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, uma das que constituem o IPT – Instituto Politécnico de Tomar. Ouvi-la é auscultar uma instituição que marca a cidade e que é um dos desafios desta sub-região.

Qual o ponto da situação da ESTA, a caminho de fazer 17 anos? A Escola conheceu várias fases, desde a da instalação, feita pelo Dr. Eugénio, a outras de consolidação. Agora estamos a reatar laços, que se foram perdendo nos últimos anos, e a criar sinergias com a comunidade. Por exemplo com os Agrupamentos de Escolas, com as associações de empresas e culturais, pela participação no Conselho Local de Acção Social e no Conselho Municipal de Educação. Quais os principais desafios? Está a precisar de crescer um pouquinho na oferta formativa, manter os atuais cursos e abrir outros. Estamos a reestruturar o curso das TIC, por exemplo apostando na “gestão de informação”, e a pensar em dar continuidade aos CTeSP’s, cursos técnicos superiores profissionais, que abrimos há pouco, através de uma licenciatura de informática orientada para o multimédia e animação. Num contexto de crise nacional e de reorganização do ensino superior, a ESTA e o IPT ainda fazem sentido? Se não, eu não estaria aqui. Te-

mos uma série de projectos a decorrer com empresas e estamos agora presentes o Parque Tecnológico. A transferência de tecnologia continua a fazer sentido. E estamos a trabalhar com uma empresa, a Compta, que tem um pólo na própria Escola e com a qual os nossos alunos estão a trabalhar. Além disso, pela informação que tenho do Ministério, está a ser desenvolvido um projeto de modernização e valorização dos Politécnicos, pois se lhes reconhece um papel fundamental ao serviço da região. E é nesse sentido que estamos aqui. Quanto ao IPT, é um desafio todos os anos. As nossas empresas, num meio rural e meio conservador, aderem à inovação e à incorporação do conhecimento científico? Esse é o grande desafio, que estamos agora a iniciar. Estamos a fazer um levantamento das necessidades ao nível das empresas para podermos, para além das formações que temos, oferecer formações de curta ou média duração para as empresas. A Escola, e o IPT no seu conjunto, pode ter um papel muito importante na requalificação de ativos e na formação ao longo da vida. Os cursos emblemáticos do início, Mecânica e Comunicação Social, estão consolidados? O de Comunicação Social está consolidado. O de Engenharia Mecânica tem tido algumas dificuldades quanto ao primeiro ano, primeira escolha, mas continua a ser muito solicitado por pessoas das empresas da região, que procuram formação para afirmarem a sua posição na empresa. É um outro tipo

de alunos, mais “trabalhador estudante”, por isso os horários tendem mais para o final do dia, para facilitar a frequência a esses alunos. Por outro lado, as nossas escolas secundárias criaram alguma formação, por exemplo em mecatrónica, e nós criámos algumas respostas a nível superior para lhes dar sequência, por exemplo o CTeSP Manutenção de Sistemas Mecatrónicos com a perspetiva de continuação para a licenciatura em Engenharia Mecânica. A ESTA nasceu com cursos de licenciatura. Depois cresceu para baixo, curso de especialização tecnológica e curso técnico superior profissional, e para cima, pós-graduação e mestrado. Foi sobretudo uma questão financeira ou uma aposta de qualificação da Escola? As questões financeiras também estiveram presentes, é claro. O IPT e a Escola têm de encontrar soluções nessa área. Contudo, os vários cursos criados pretenderam responder a questões muito concretas evidenciadas na região. Os alunos jovens da ESTA são sobretudo da região ou de fora? Temos alguns da região. Com a crise, no IPT chegámos apensar que houvesse maior procura por parte da região minorando assim os custos para a família. Mas não, continuamos a ter mais alunos externos. Tem havido trabalho com as escolas secundárias da região? A criação, há dois ou três anos, pelo IPT, da “rede de formação tecnológica” permitiu reatar, digamos, os vários Agrupamentos [de Escolas] da região e o Politécnico. No

meu caso, tenho estado, nos últimos meses, a trabalhar com os diretores de Agrupamento. Reconhecemos que todos temos a ganhar juntando os nossos esforços. Os Agrupamentos também têm interesse que os cursos que oferecem, sobretudo os profissionais, tenham continuidade na região. Os alunos de Cabo Verde? Estavam cá na sequência de protocolos do IPT, que não foram renovados. Já não estão. E quanto à internacionalização? É uma grande preocupação do IPT. Vamos desenvolver laços com outras instituições de ensino no estrangeiro para permitir a troca de experiências de professores e a circulação de alunos. A nossa percentagem de alunos Erasmus não tem sido muito elevada. Vamos ter que fazer um trabalho decisivo nesta matéria. O intercâmbio com uma Escola do Brasil continua, eles vêm cá, mas os nossos alunos não têm ido lá. Talvez por uma resistência a sair da zona de conforto. Não faz sentido. A saída para o Tecnopolo é do interesse da Escola ou da cidade? Os laboratórios já lá estão. No futuro a Escola estará toda no Tecnopolo. Hoje estamos lá em baixo, aqui na sede e no edifício Milho. Não é fácil gerir esta dispersão por três edifícios. A Escola precisa de crescer. E precisa de instalações que dêem outra imagem para o exterior. A actual situação não “vende” bem o que a Escola é e vale. Além disso, no Parque Tecnológico há uma aproximação maior às empresas. É natural

que a mudança cause à cidade alguma perturbação, mas também é importante que a Escola se afirme na sua identidade. As relações com a cidade são boas? A cidade acolheu muito bem a ESTA. Talvez devamos nós retribuir um pouco mais. Estou a preparar o programa cultural da ESTA. O que se passa aqui não tem que servir apenas os alunos. E estou muito satisfeita pelo bom acolhimento, por parte dos alunos, da ideia da “praxe solidária”, no caso a recolha de alimentos para distribuição a famílias carenciadas. Creio que temos muito ainda a desenvolver.

ESTA Abertura – Outubro, 1999 Diretores: Eugénio Almeida: 1999-2007 Pinto dos Santos: 2007-2011 Luís Ferreira: 2011-2015 Sofia Mota: 2015-… Alunos: cerca de 400 Docentes: 59 Funcionários: 12 Sofia Mota Naturalidade: Tomar Formação: Área: Línguas e Literaturas Licenciatura: Paris, Sorbonne Doutoramento: Lisboa, U. Nova Docente de: Português e Francês Na ESTA: desde 1999

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4 DESTAQUE

ABRIL 2016

TRAMAGAL

Núcleo Museológico da MDF é para inaugurar este ano

Historial do processo de constituição do Núcleo Museológico Industrial do Tramagal A vila do Tramagal, que assinala este ano 30 anos nessa condição, era uma localidade de cariz marcadamente rural, que vivia quase exclusivamente da agricultura e da pesca do rio como meios de sobrevivência. Esta situação alterou-se significativamente pela mão e engenho de Eduardo Duarte Ferreira, um tramagalense que instalou na vila uma pequena unidade industrial que impulsionou o progresso no concelho de Abrantes, e que assumiu igualmente um importante impacto a nível nacional. Esta empresa tornouse no principal empregador da população local, e num dos primordiais patrocina-

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dores da cultura e desporto da freguesia de Tramagal.

Ministra Canavilhas assinou protocolo para a criação do Museu em abril de 2011 Foi a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, quem homologou o protocolo para a criação do Núcleo Museológico Industrial do Tramagal, em cerimónia realizada no dia 26 de abril de 2011. O projeto resulta de uma parceria entre a Câmara de Abrantes, a Junta de Freguesia de Tramagal, a empresa Diorama (que funciona nas instalações da antiga metalúrgica), e a Predierg, e visa permitir a recuperação integral do edifício onde funcionavam os antigos escritórios da Metalúrgica Duarte Ferreira (MDF), a partir do espólio legado pela emblemática empresa. Os parceiros querem assim preservar a memória de um dos pioneiros da metalomecânica em Portugal, Eduardo Duarte Ferreira (1856-1948), com a dinamização deste polo museológico que vai salvaguardar parte do património industrial da empresa. A intervenção a realizar incide num edifício com dois pisos, estando um deles concluído, a esta altura, e que contará com um espaço onde serão instaladas as mostras expositivas e documentais da MDF. Segundo o plano inicial, no piso superior será construído um pequeno centro cultural, com salas de reuniões, conferências e outros eventos. Será criado um percurso turístico de ar livre que fará a ligação do futuro Núcleo Museológico ao atual Museu “A Forja”. Ao longo do percurso, com cerca de 300 metros, serão colocadas as máquinas de grande porte ali construídas ao longo do século XX, como debulhadoras, ceifeiras ou os célebres camiões Berliet, que equiparam o exército colonial português. A Duarte Ferreira, que produziu os célebres Unimog e Berliet que equiparam o

Fotos: Mário Rui Fonseca

O Núcleo Museológico Industrial do Tramagal, equipamento que pretende perpetuar o legado da Metalúrgica Duarte Ferreira (MDF), tem o processo de musealização em fase de adjudicação o que “não vai permitir que o Museu seja inaugurado no dia 1 de maio, como era nosso desejo”, informou a presidente da Câmara de Abrantes em reunião de executivo, tendo remetido a mesma [inauguração] para o segundo semestre deste ano. Maria do Céu Albuquerque disse que a inauguração “não vai decorrer no dia 1 de maio deste ano, como se tentou”, tendo referido que, “neste momento, estão a ser contratados serviços de musealização do espaço”, que visa preservar e divulgar a obra de Eduardo Duarte Ferreira e da MDF. “Não sendo possível inaugurar a 1 de maio, a inauguração do espaço deverá ocorrer no segundo semestre deste ano 2016”, adiantou a autarca, ainda dentro do quadro de comemorações do centenário de Abrantes, que este ano se assinala.

A intervenção a realizar incide num edifício com dois pisos, estando um deles concluído, a esta altura, e que contará com um espaço onde serão instaladas as mostras expositivas e documentais da MDF (foto de 2011)

exército colonial português, chegou a ter 2.600 trabalhadores antes de ter sido intervencionada pelo Estado após o 25 de abril de 1974 e depois retalhada em pequenas empresas, muitas das quais viriam a falir. Em homenagem ao trabalho da MDF, foi construído em 1980 um museu de ar livre em Tramagal que mostra os utensílios utilizados na empresa, fazendo o “Museu A Forja” a reconstrução da primeira oficina e relatando a história da metalurgia e o desenvolvimento agrícola e industrial de Abrantes e do país. Nascido em Tramagal em 1856 no seio de uma família muito humilde, o fundador da fábrica, Eduardo Duarte Ferreira, começou por se dedicar ao fabrico de alfaias agrícolas, em especial charruas, estando a sua pequena forja unipessoal na génese daquela que viria a ser uma das maiores unidades industriais portuguesas, tendo adotado como seu símbolo comercial e de marca uma borboleta. Nos períodos de maior expansão económica, a MDF chegou a empregar mais de 2600 pessoas nas suas diversas áreas, que incluíam a produção de máquinas e utensílios para lagares, agricultura, adegas, serrações e até construção naval e construção civil. Mário Rui Fonseca

períodos de maior expansão económica, a MDF chegou a empregar mais •deNos 2600 pessoas nas suas diversas áreas, que incluíam a produção de máquinas e utensílios para lagares, agricultura, adegas, serrações e até construção naval e construção civil

do dia 1 de maio, em Tramagal, junto ao monumento à memória •deComemorações Eduardo Duarte Ferreira. Em primeiro plano, Carlos Duarte Ferreira, Maria do Céu Albuquerque, Vitor Hugo Cardoso, Rui Duarte Ferreira e populares


SARDOAL 5

ABRIL 2016

Centro Cultural Gil Vicente de Sardoal vai integrar Rede EUNICE

As Celebrações da Semana Santa e Páscoa em Sardoal decorreram, à semelhança dos anos anteriores, “com grande brilho e esplendor, contribuindo para que o Sardoal se assuma, cada vez mais, como um Património de Fé e Religiosidade”, refere a informação do município. Passaram por este concelho, entre os dias 24 a 27 de março, cerca de oito mil pessoas. “Pessoas que contactaram diretamente com o património, com as nossas tradições e cultura. Sardoal – Património de Fé e Religiosidade foi vivido e sentido por todos quantos nos visitaram”, pode ler-se na informação de balanço da autarquia. As capelas e igrejas decoradas com tapetes de flores naturais e verduras voltaram a estar no centro das aten-

O Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, foi um dos três equipamentos culturais selecionados a nível nacional para a integrar a Rede Eunice, nas temporadas 2016/17, 2017/18 e 2018/19, promovida pelo Teatro Nacional D. Maria II. Miguel Borges, presidente da CM de Sardoal, explicou que foi com grande entusiasmo que o Sardoal foi contemplado numa rede de espaços culturais, a nível nacional: “ nós fizemos uma candidatura, que terminou a 15 de fevereiro, tivemos visitas técnicas para ver se o nosso centro cultural tinha as condições necessárias e na verdade acabámos por ter a feliz notícia que tínhamos sido contemplados para fazer parte dos três primeiros que vão constituir a Rede Eunice”.

Paulo Sousa

Cerca de cerca de oito mil pessoas afluíram à Semana Santa de Sardoal

• Procissão de Sexta-feira Santa ções “e, embora, a falta de flores campestres, em virtude da chuva, tenha sido uma realidade, o engenho e arte dos sardoalenses provou que esta tradição está mais viva do que nunca”. Também a Procissão dos Fogaréus voltou a assumir-

se como um ponto alto da Semana Santa. Foram cerca de duas mil as pessoas que assistiram e participaram na emblemática procissão. A Cultura voltou também a marcar presença com diversos eventos. “A Exposição de Arte Sacra “Rostos da Mise-

ricórdia”, patente no Centro Cultural Gil Vicente, e ‘Projeto Capela 2016’, no Cá da Terra, foram visitadas por muitas centenas de pessoas. O Concerto de Flauta por António Carrilho, na Igreja Matriz, proporcionou ao público presente momentos sublimes”, refere ainda informação do município. Do programa religioso e complementar, apenas o Teatro de Rua “A Paixão de Cristo”, numa organização do GETAS, não foi levado a efeito devido a condições atmosféricas adversas. Por último, a Câmara Municipal faz uma balanço bastante positivo da Semana Santa deste ano, admitindo que “as políticas e os esforços desenvolvidos para afirmar o Sardoal enquanto destino de Turismo Religioso estão dar os seus frutos”.

O protocolo de parceria entre o município e o Teatro Nacional D. Maria II “vai ser assinado brevemente e prevê a apresentação de três espetáculos por temporada, sendo que a primeira terá lugar entre outubro de 2016 e junho de 2017”. A Rede EUNICE é um Projeto de difusão de espetáculos produzidos e coproduzidos pelo Teatro Nacional D. Maria II que visa alcançar locais onde a oferta teatral é ocasional ou irregular. A Rede EUNICE assume esta designação como homenagem a Eunice Muñoz. Nesta primeira fase do projeto, além do Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, apenas o Teatro Municipal de Vila Real e Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal, foram selecionados. JMC

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6 CONSTÂNCIA

ABRIL 2016

Festas da Boa Viagem fortalecem espírito de Cidadania em Constância dos barcos e pedido de proteção à Senhora •daBenção Boa Viagem é uma tradição com mais de 250 anos de história

Fotos: Mário Rui Fonseca

Festas da Boa Viagem fortalecem espírito de Cidadania em Constância O hastear das Bandeiras, a cerimónia de distinção dos Funcionários, a visita às ruas floridas, a assinatura do protocolo com a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e a visita da Secretária de Estado da tutela, a inauguração do Espaço Vida Ativa da Santa Casa da Misericórdia, a chegada das embarcações e as cerimónias religiosas com a missa solene foram os eventos que marcaram o Dia do Concelho, assinalado no dia 28 de março, segundafeira de Boa Viagem. A presidente da Câmara de Constância destacou no seu discurso do Dia do Concelho a reabilitação urbana como sendo “uma das necessidades” do município, no âmbito da reabilitação do centro histórico de Constância, e lembrou que a freguesia de Santa Margarida da Coutada, a mais populosa do concelho, “está em desvantagem em relação às outras freguesias pela existência de uma ponte cujo estrangulamento inviabiliza e asfixia o seu desenvolvimento”.

Júlia Amorim, presidente da CM Constância, Catarina Marcelino, secretaria de •Estado para a Cidadania e a Igualdade, e Fátima Duarte, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG)

Júlia Amorim anunciou ainda que o exercício de uma cidadania ativa é “uma ação para privilegiar de futuro com a participação cívica de todos os cidadãos”, tendo lembrado que o trabalho vai incidir numa “área difícil que é a mudança de mentalidades”. Sérgio Correia será o Conselheiro Municipal para a Cidadania e Igualdade, uma escolha que a autarca justificou pelo “profundo conhecimento que este funcionário

da autarquia tem do terreno e da realidade do concelho” de Constância. Sérgio Correia assume com “honra e orgulho” cargo de Conselheiro Municipal para a Cidadania e Igualdade Sérgio Correia disse à Antena Livre/Jornal de Abrantes, na ocasião, ser “uma honra” assumir o cargo de Conselheiro Municipal para a Cidadania e Igualdade do concelho de Constância, tendo referido estar na altura

de “passar das palavras aos atos e de começar a fazer alguma coisa”, relativamente à discriminação de género. “Não é preciso pensar em grandes coisas ou em grandes acontecimentos, estamos a falar de pequenas coisas e da atitude, no dia-a-dia, no quotidiano de todos nós. Eu gostaria que, um dia, a discriminação fosse um não assunto. E este será o meu objetivo no tempo em que trabalhar neste projeto que me motiva muito e

de 60 embarcações participaram na Festa da •BoaMais Viagem provenientes da quase totalidade dos municípios ribeirinhos, de Abrantes até ao mar

cujo convite me enche de orgulho”, destacou. Catarina Marcelino, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, congratulouse por ver um homem como

Conselheiro Municipal para esta área e deixou ainda um desafio à Câmara de Constância, desta feita no fomento do apoio às mulheres vítimas de violência doméstica.

Santana Lopes e Manuel de Lemos inauguraram “Espaço Vida Ativa” O Lar de Constância conta desde o dia 28 março, feriado municipal, com uma nova valência denominada “Espaço Vida Ativa”, equipamento inaugurado com a presença do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, e o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, entre outras entidades. O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Constância, António Paulo Teixeira, não escondeu a sua satisfação por ver este projeto ser um dos eleitos no âmbito do projeto ‘a última pedra’ e que permitiu à Misericórdia local requalificar todo o es-

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paço exterior do lar em Constância, com a pavimentação de toda a zona exterior e a construção de dois alpendres que vão permitir, doravante, a permanência de utentes ao ar livre, a par da promoção de atividades de ar livre, aquisição de mobiliário e equipamento de jardim, e meios audiovisuais para atividades lúdicas e de entretenimento. “O projeto, no valor de 37 mil e 700 euros, resulta de uma candidatura feita propositadamente a pensar em concorrer ao fundo Rainha D. Leonor, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e tivemos a felicidade de vermos o nosso projeto contemplado”, destacou o Provedor.

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia (SCM) de Constância, António Paulo Teixeira, o Provedor da SCM de Lisboa, Pedro Santana Lopes, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, e Júlia Amorim, presidente da CM de Constância

Júlia Amorim, presidente da CM de Constância, congratulou-se com o trabalho desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia local, afirmando que o corpo diretivo da instituição tem vindo a fazer “com que esta instituição, ao contrário do que muitos pensam, tem vindo a crescer com único objetivo de servir os utentes da Santa Casa da Misericórdia e responder às necessidades das famílias”. Na cerimónia de inauguração, Pedro Santana Lopes, referiu que o novo Espaço Vida Ativa “corresponde muito à filosofia do fundo [Rainha D. Leonor] ”, onde o fundo se destina ajudar “ naquele pouco que falta, e falta sem-

pre, (…) independentemente do valor financeiro”. Por sua vez, Manuel de Lemos adiantou que o fundo Rainha D. Leonor “tem sido fundamental para ajudar as pessoas nas suas comunidades (…) isto é fundamental para que o território, para que Portugal mantenha a sua identidade, a sua natureza e forma de estar”. O Fundo apoia projetos de Misericórdias portuguesas, dá prioridade a respostas sociais ligadas ao envelhecimento, à deficiência e à pobreza, e dispõe anualmente de cinco milhões de euros provenientes de receitas dos jogos. MRF


SOCIAL 7

ABRIL 2016

O Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA) assinalou 39 anos de existência. O momento foi comemorado no Festival Nacional de Teatro Especial, FNATES que, entre 21 e 23 de março, aconteceu no cine-teatro de São Pedro, em Abrantes, numa produção do CRIA. No último dia do FNATES, a sala do São Pedro encheu, para aplaudir de pé a peça de teatro “A diferença está naquilo que somos”, do grupo CRIARTE. O momento contou com a participação de 11 atores portadores de deficiência, todos eles utentes do CRIA. Marisa Sobral está no Centro de Atividades Ocupacionais do CRIA, há 12 anos, e foi a responsável pela encenação da peça de teatro. A encenadora adiantou que se inspirou na vida da nossa so-

ciedade e quis passar uma mensagem ao público presente: “fui buscar ideias em casos de vida, casos que ouvimos todos os dias, a toda a hora, com que nos deparamos na comunicação social. A mensagem que pretendi passar é que diferentes somos todos nós. Independentemente, das nossas limitações, somos todos diferentes”. Marisa Sobral referiu que o FNATES “é fundamental para os nossos utentes, dá-lhes auto estima, faz com que eles se sintam bem e integrados”.

“Eu amo fazer teatro” Lúcia, Rita e Daniela são utentes do CRIA e assumiram diferentes papéis na peça de teatro “A diferença está naquilo que somos”. As três referiram ao JA que foi “uma ex-

Joana Margarida Carvalho

Cineteatro São Pedro aplaudiu de pé peça de teatro do CRIA

• 11 atores portadores de deficiência participaram na peça de teatro do CRIA periência muito boa”. “Foi muito lindo, estou sem palavras, estou emocionada”, afirmou Daniela. Já Lúcia ad-

mitiu que gostaria de fazer teatro para o resto da sua vida: “Foi com muito prazer que fiz isto, eu amo fazer teatro”.

Com um orçamento de cerca de 10 mil euros, a nona edição do FNATES envolveu vários grupos de teatro cons-

tituídos por atores com deficiência oriundos de diversos pontos do país. Nelson Carvalho, presidente da direção do CRIA, fez um balanço muito positivo do evento: “Estes três dias mostraram que o FNATES é um acontecimento importante para muita gente, para um conjunto de instituições, com pessoas que quiseram estar connosco, que trouxeram espetáculos belíssimos, que a comunidade acolheu, que câmaras e juntas quiseram apoiar, e portanto que faz parte da matriz CRIA e que obviamente agora nos diz que é para continuar”. Na sessão de encerramento, marcaram presença os fundadores do CRIA, Maria de Lurdes Jorge e Vítor Manuel Jorge. Joana Margarida Carvalho

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8 MAÇÃO

ABRIL 2016

Governo quer recuperar 150 mil hectares de floresta na próxima década O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, esteve em Mação com uma vasta comitiva ministerial, liderada pelo Primeiro-Ministro, António Costa, e em que os ministros do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, plantaram diversas árvores, entre azinheiras, medronheiros e carvalhos, e assistiram a uma demonstração de boas práticas florestais desenvolvidas naquele município O primeiro-ministro, António Costa, referiu na ocasião que o concelho de Mação é um bom exemplo do trabalho desenvolvido no âmbito florestal, tendo afirmado que se a reflorestação “for meramente confiada à natureza e não for objeto do devido ordenamento florestal”, vão-se voltar a observar tragédias iguais “à de 2003”, em que fo-

ram consumidos 22.000 hectares pelas chamas, no concelho de Mação. “Hoje, temos um sistema de prevenção mais robusto. Hoje, temos um sistema de combate mais robusto. Mas aquilo que temos de ter, sobretudo, é uma floresta mais robusta, mais resiliente ao fogo e por isso mais suscetível de criar riqueza”, defendeu o primeiro-ministro, que falava na sessão comemorativa do Dia Internacional das Florestas, na Zona de Demonstração de Boas Práticas Florestais da Caldeirinha, em Mação. Portugal é um país “onde 90% da floresta é privada” e caracterizada por uma estrutura “de micro-minifúndio”, referiu, apontando para um “pequeno perímetro florestal” em Mação onde há “mais de 1.500 propriedades e mais de 500 proprietários”. Face às características da floresta portuguesa, o primeiro-ministro disse ser necessário dotar as autarquias “dos

Vasco Estrela, presidente da autarquia, ouviu António Costa dizer que Mação serve de “exemplo de boas práticas para todos os outros municípios”

instrumentos legais e eficazes para poderem intervir”, apoiando os proprietários produtivos e fazendo-se substituir “aos não produtivos”, de forma a que se possa ter “uma floresta mais protegida, que gere maior rendimento

para todos e sobretudo que o país não subaproveite uma enorme riqueza nacional”. Para António Costa, ter uma floresta mais ordenada significa ter menos árvores, mas significa também ter “árvores com menor risco de serem

destruídas pelo incêndio e, portanto, suscetíveis de gerarem riqueza para os seus proprietários e para a economia nacional”. Antes de discursar, o primeiro-ministro visitou o Alto da Caldeirinha, uma área inter-

vencionada em povoamentos de regeneração natural de pinheiro bravo, em que é aplicada uma lógica de agregação de todas as pequenas parcelas de terreno. “O trabalho que aqui tem vindo a ser feito por este município é exemplar e serve de exemplo de boas práticas para todos os outros municípios”, realçou. O presidente da câmara municipal, Vasco Estrela, agradeceu ao Governo por ter escolhido Mação para comemorar este dia tendo considerado ser um “reconhecimento do esforço que tem sido feito, e para que a floresta do nosso país, e em Mação, seja mais sustentável e um fator de criação de riqueza”. O ministro da Agricultura disse em Mação que o grande objetivo do Governo é “recuperar numa década 150 mil hectares de floresta perdidos nos últimos 15 anos”, aproveitando os instrumentos financeiros à disposição do país. Mário Rui Fonseca

Mação inaugurou a “Sede de Associações do Concelho”, no passado dia 18 de março. A cerimónia contou com casa cheia de autarcas, associações e populares e foi ainda acompanhada por Ana Abrunhosa, presidente da CCDR Centro. O novo espaço, que representou um investimento de cerca de 300 mil euros, comparticipado no anterior quadro comunitário, surgiu com o objetivo de centralizar o atendimento e serviços prestados pelas Associações de Desenvolvimento do concelho. A nova Sede de Associações fica localizada na Rua do Adro, junto à Igreja Matriz de Mação e resulta da junção de três lotes, onde anteriormente existiam edificações devolutas, em adiantado estado de degradação. Sediado no centro histórico de Mação, a Sede de Associações apresenta-se como um espaço moderno, um espaço de trabalho, constituído por três pisos interligados entre si.

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Joana Margarida Carvalho

Sede de Associações abriu portas em Mação

• A presidente da CCDR Centro referiu-se à nova Sede de Associações como um bom exemplo de aplicação de fundos comunitários No auditório do piso térreo, Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, congratulouse pelo trabalho desenvolvido no anterior mandato, liderado por Saldanha Rocha, e ainda pelo trabalho de arquitetura que foi desenhado para o novo espaço. O autarca maçaense referiu

que “esta obra vem dar muito mais dignidade aos serviços que estas associações prestam, que a Câmara também presta através do GEMA, Gabinete Empreendedor de Mação, porque no fundo estamos todos interligados”. “Estas associações não estavam em espaços com dig-

nidade (…), para os próprios funcionários e utentes e agora sim, é um espaço apropriado, em condições, para prestar um melhor serviço. O mais importante é a dinâmica que se vai aqui criar, o facto de estarem todos juntos obriga a que haja sinergias entre eles”, explicou

Vasco Estrela. Por sua vez Ana Abrunhosa, presidente da CCDR Centro, referiu-se à nova Sede de Associações como um bom exemplo de aplicação de fundos comunitários: “ verifico que decidimos bem e que fizemos bem quando acompanhámos o Sr. Presidente,

porque fomos parceiros dele neste projeto, e diria que é um bom exemplo de aplicação de fundos comunitários. É um bom exemplo, porque contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, porque ele visa apoiar quem produz riqueza”. Joana Margarida Carvalho


HISTÓRIA 9

ABRIL 2016

Abrantes há 50 anos

VESTÍGIOS DO PASSADO

Os Restaurantes, os Bares e os Cafés...

Arquivo Municipal Eduardo Campos

Cheguei em Abril de 1959, com 7 anos. Portanto, há 57 anos. A camioneta da mobília parou no então largo da feira, hoje Primeiro de Maio. Eu viera a dormir da Sertã até Abrantes e acordei com um sol aberto a iluminar a encosta de oliveiras onde hoje é a Rua de Angola. Entrámos no mercado diário e foi uma revelação. Na Sertã havia praça na rua umas três vezes por semana, nada parecido com o que se via ali, muitos lugares de venda, muita gente a comprar, tudo arrumado… Depois fomos instalar-nos na casa já alugada, na Av. Dr. Solano de Abreu. Na rua, éramos muitos miúdos e brincávamos até muito tarde. À porta, vinha duas vezes por dia o carteiro, apenas uma ao domingo, e a leiteira, com a sua bilha, vendia leite por medida ao fim da tarde. Uma vez por semana (?) vinha também o “pitroline”, uma carroça com rodas de borracha (!) que vendia de tudo um pouco, até petróleo, e era uma animação para a pequenada. Também o amola tesouras era visita frequente e a carroça do lixo, sim, uma carroça, puxada por uma mula, vinha todos os dias buscar os lixos domésticos. Ao meio dia, durante a semana, ainda não havia “semana inglesa”, ouvia-se a sirene das Fundições do Rossio e quando havia incêndio ouvia-se a sirene dos bombeiros e havia dois ou três deles que iam do Bairro a correr para o quartel. E uma vez por ano, no tempo da feira, fazia-se ali o mercado semanal, no cabeço onde hoje é o bairro municipal. A cidade, então só o cabeço e com 8.172 habitantes (1960), vivia ao ritmo da vida religiosa, com as duas freguesias em relativa concorrência. Missa ao domingo, Natal e Se-

CRÓNICA

• A R. de Sta. Isabel era, então, a mais florida mana Santa como marcos estruturantes. Havia na cidade sete padres: Cónego Freitas (S. Vicente) e P. Catarino (S. João e Rossio), P. Jana (coadjutor de S. Vicente e RI2), P. Narciso (EICA e Colégio de Fátima), P. Manuel (Misericórdia), P. Américo (Colégio La Salle) e P. Pires, mais velhote (Casa de Saúde, salvo erro). As procissões eram a sério: Passos, Ramos, Senhor Morto e Páscoa, depois N. Senhora da Piedade (três no mesmo dia), e a do Corpo de Deus. Não tinha ainda força a devoção a N. S. de Fátima. As cerimónias litúrgicas eram quase os únicos acontecimentos a marcar, com força, a vida coletiva. No Natal, havia ainda três montras de brinquedos: a do senhor Leitão e as duas da Águia d’ Ouro. Maravilhosas!, é claro. Além das datas religiosas, apenas a feira, as mortes por afogamento no Tejo, quase semanais, e os incêndios. No Verão, ia-se a pé fa-

zer praia ao Tejo, debaixo da ponte do comboio. Nos meus primeiros anos de Abrantes, no sábado (?) ao fim da tarde, vinha a fanfarra do RI2, de Vale Robam, render a guarda ao convento de S. Domingos, onde tinham ficado alguns militares a marcar a propriedade: era um espectáculo. No castelo havia ainda outro quartel, pelo que só se podia ir visitar o museu sob condição. No jardim da República havia um parque infantil, mas era caro, pagava-se um escudo (1$00) para entrar. A escola dos rapazes era nos Quinchosos e as das raparigas na R. Ator Taborda e na R. Luís de Camões. Ao cimo desta rua ficava a garagem dos Claras. Com o mercado diário e o hospital da Misericórdia, eram os três grandes centros da cidade. Na rua da Sardinha, o trânsito automóvel fazia-se nos dois sentidos. Outros tempos… Alves Jana

Conta-se que quando da Independência da América, alguns senhores mais abastados ali residentes, tinham por hábito enviar os seus filhos para estudar na Europa. Mas, se alguns vinham mesmo para estudar, outros não tanto, preferiam a boémia e outros divertimentos. Naqueles tempos, os bares eram as tabernas e, a palavra restaurante poderia significar tudo, menos os estabelecimentos que hoje conhecemos. Depois, também a linguagem a que esses jovens estavam habituados era diferente daquela por onde se instalavam, daí uma deturpação de algumas palavras. A taberna por norma era um local onde por vezes se bebia em excesso, o que levava a desavenças, pelo que normalmente existia um varão ou uma barra a todo o comprimento do balcão que, de certo modo servia para

manter os clientes à distância de quem dentro do balcão os servia. A tal dificuldade em pronunciar as palavras locais e a existência da tal “barra” terá levado alguns desses estrangeiros a chamar à taberna a “barra” que a pouco e pouco perdeu as duas últimas letras e passou a ser “bar”, o tal nome que ficou e, hoje nos é familiar... Diz-se também que alguns deles deixaram de ser estudantes e, passaram a ser proprietários de alguns desses “bares”. Mas como as noitadas e a boémia deitavam o

corpo a baixo, era necessário “restaurar” as energias, assim nalguns desses estabelecimentos passou a existir comida e, porque restauravam o corpo, passaram a chamarlhe restaurantes... Já os Cafés parece não haver dúvida e, vem da bebida que nós os portugueses somos grandes apreciadores. Assim poderão ter nascido os nomes dos hoje tão populares bares e restaurantes. Poderá haver outras explicações para estes nomes no entanto estas têm a sua lógica! Manuel Batista Traquina PUBLICIDADE

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10 ABRANTES

ABRIL 2016

Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, apresentou o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Abrantes. A autarca explicou que integrado neste Plano foi possível apresentar “uma candidatura [aos fundos comunitários] no âmbito da Regeneração Urbana para fazer face aquilo que nos parece prioritário no sentido de revitalizar o centro histórico”. Na área de Regeneração Urbana, o programa de acesso a fundos comunitários prevê três prioridades de investimento que são: a Mobilidade, a Regeneração de Edificado e a Sinalização/Intervenção urbana em áreas cujas comunidades estejam em exclusão. A autarquia de Abrantes vai nesta fase candidatar-se a 6 milhões de euros de fundos comunitários, num investimento total de 7,2 mi-

lhões de euros, a vários projetos distribuídos pelas três áreas. “Aquilo que conseguimos negociar foi a inclusão do parque de estacionamento no Vale da Fontinha, que servirá de bolsa de estacionamento ao centro histórico e para que o ABUSA comece a passar naquele espaço e traga as pessoas (…) Na regeneração de edificado, conseguimos colocar a recuperação do Convento de São do Domingos para instalar o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, MIAA, a recuperação do Edifício Carneiro, para a instalação do Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida e uma verba para a melhoria/ampliação da Galeria Municipal, Quartel”, enumerou Maria do Céu Albuquerque. Ainda neste âmbito, a pre-

Joana Margarida Carvalho

Câmara Municipal de Abrantes apresenta plano de investimento na ordem dos 7 ME

São três as prioridades de investimento: a Mobilidade, a Regeneração de Edificado e a Sinalização/Intervenção urbana

sidente adiantou que foi possível conseguir “ patrocinar um fundo imobiliário, criado para a região centro, para po-

dermos recuperar algum património municipal, como por exemplo o antigo edifício da polícia, a antiga pensão e

algumas pequenas habitações”. Por último, na terceira prioridade de investimento, a autarquia apresentou “a ins-

talação de um parque intergeracional, em Vale de Rãs, onde está hoje uma construção não acabada, e embargada pela câmara”. O objetivo do executivo camarário é “chegar ao verão com todos estes projetos em concurso público”, afirmou a presidente. Numa segunda etapa, cujo montante não coube nesta primeira fase de contratualização, Maria do Céu Albuquerque explicou que há um conjunto de intervenções que a câmara quer ver realizadas como sejam: “ uma intervenção na Igreja de São João, no Cine Teatro São Pedro e no Jardim do Castelo”. Faz parte ainda dos objetivos da autarquia finalizar a intervenção no Vale da Fontinha e proceder à requalificação urbana do bairro social, Vale de Rãs. Joana Margarida Carvalho

A Câmara de Abrantes anunciou um investimento de 1,5 milhões de euros na requalificação do Edifício Carneiro, imóvel próximo do castelo da cidade, para acolher o futuro Museu de Arte Contemporânea “Charters de Almeida”. O escultor Charters de Almeida, 81 anos, doou ao município de Abrantes, no distrito de Santarém, uma parte significativa da sua coleção, resultado de mais de meio século de atividade artística, e de que se destacam as obras em grande escala, conhecidas por “Cidades Imaginárias”, que chegam a atingir os 40 metros de altura. Alguns elementos da doação incluem peças da primeira fase do seu trabalho (até 1973), que se convencionou chamar “dos bronzes” pela predominância dessa matéria; um conjunto de trabalhos denominados “Relógios de sol”, trabalhados em

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blocos de mármore polido, com várias componentes de metal; e ainda um conjunto de trabalhos (entre quadros com imagens e pinturas) com desenhos e projetos das “Cidades Imaginárias”, que correspondem a intervenções no espaço público utilizando materiais como o aço, o mármore, o granito e o betão armado. “O museu de Charters de Almeida está inserido num projeto cultural mais vasto, no âmbito da estratégia que definimos para a regeneração urbana de Abrantes, estratégia que assenta em três pilares: a habitação, comércio e serviços e a fruição cultural”, disse ao JA a presidente da Câmara Municipal, Maria do Céu Albuquerque. “Na vertente cultural, este museu faz parte da nossa estratégia de instalar no centro histórico vários equipamentos culturais que se assumam como um grande museu

DR

Câmara de Abrantes investe 1,5 milhões de euros em museu de Charters de Almeida

O museu de Charters de Almeida está inserido num projeto cultural mais vasto afirmou a presidente da Câmara Municipal

para que, à escala regional e nacional, venham a integrar uma oferta de produtos turísticos que atraiam mais pessoas para o nosso território”, destacou.

A este propósito, a autarca lembrou que a empreitada “Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA) - Fase 1 - Recuperação, Remodelação e Ampliação do

Convento de S. Domingos” está avaliada em mais de 4,5 milhões de euros. A obra será apoiada com verbas dos fundos comunitários do Portugal 2020, no âm-

bito do PEDUA - Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Abrantes para a Regeneração Urbana, segundo a governante. O futuro MIAA vai acolher cerca de cinco mil peças que integram as coleções da Fundação Estrada de ourivesaria ibérica, armaria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, além de coleções de numismática, arquitetura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local. “A recuperação do Convento de São Domingos está em fase de avaliação de propostas para que, depois de recuperado, possa receber a coleção da pintora Lucília Moita e as peças de arqueologia e arte da Fundação Estrada”, disse Maria do Céu Albuquerque, apontando o “início do verão” para a adjudicação e o início das obras. Mário Rui Fonseca


POLÍTICA 11

ABRIL 2016

CDS-PP/SANTARÉM

“Eleição de Cristas é uma lufada de ar fresco a um partido que se quer renovar e crescer” O presidente da distrital de Santarém do CDS-PP, José Vasco Matafome, considera que a eleição de Cristas no Congresso Nacional realizado em março “significa uma lufada de ar fresco a um partido que se quer renovar e crescer para ser alternativa,

por si só”. O CDS-PP do distrito de Santarém levou ao Congresso 94 delegados num total de 1100, tendo sido eleitos para a Comissão Política Nacional José Vasco Matafome, de Abrantes, e Tiago Leite, de Santarém, sendo

Matafome ainda o Coordenador Autárquico Distrital de Santarém. Para a Jurisdição Nacional foi eleito António Velez, também de Abrantes, e para a Mesa do Congresso Filipe Teixeira, de Almeirim. Para a Fiscalização foi eleito João Men-

PSD de Abrantes acusa executivo socialista de falta de estratégia

A Comissão Politica Concelhia (CPC) de Abrantes do PSD chamou os jornalistas à sua sede, no dia 11 de março, para mostrar a sua preocupação relativamente a alguns assuntos, como as portagens na A23, o açude no rio Tejo ou o financiamento da Câmara Municipal de Abrantes à Tagusvalley, tendo acusado o executivo socialista de “falta de estratégia” e de estar “refém dos fundos comunitários”. Rui Baptista dos Santos, presidente da CPC do PSD de Abrantes, começou por referir que a conferência de imprensa se justificava pela necessidade de uma “maior equidade e justiça social”, e por entender ser “necessário prestar as devidas informações aos abrantinos”, nomeadamente sobre a posição do

PSD de Abrantes na última Assembleia Municipal e o desenvolvimento do concelho. Os sociais-democratas de Abrantes, pela voz de Rui Santos e de Margarida Togtema, coordenadora da bancada do PSD na Assembleia Municipal, reafirmaram que o executivo liderado pela socialista Maria do Céu Albuquerque “tem falta de estratégia e está refém dos fundos comunitários”, tendo defendido que “a cidade precisa de ser repensada e projetada”. As críticas do PSD de Abrantes apontam ainda para o Tagus Valley, tendo afirmado existir “ilegalidade no funcionamento” e “não entender porque é que a câmara é a única entidade a investir no Tagus Valley”, tendo também defendido uma “revi-

des, da Golegã. Para o Conselho Nacional, os eleitos do CDS de Santarém foram, pela lista A (Assunção Cristas) Miguel Lima Bento (Torres Novas), Ana Filomena (Rio Maior), e Isabel Margarida Coelho (Salvaterra de Magos). Pela lista B (de Filipe Lobo d’Ávila), foi eleito Lobo d’Ávila, de Santarém, Hugo Ribeiro, de Santarém, e Maria Boneville, de Almeirim.

Relativamente à expressão da distrital do CDS-PP de Santarém no contexto nacional, Matafome apontou para a presença de 94 delegados presentes no Congresso, tendo destacado que Santarém é, neste momento, “a 5ª distrital com maior peso” no partido. “O CDS-PP de Santarém tem hoje uma estrutura capaz de fazer ouvir a sua voz”, disse o dirigente centrista,

tendo destacado” a subida da distrital, nos últimos quatro anos, do 11º lugar para a 5ª posição nacional, em termos de militantes e delegados”. A comissão política da nova líder do CDS-PP, Assunção Cristas, foi eleita com 95,59% dos votos, mais do que a última de Paulo Portas, mas a direção perdeu lugares no Conselho Nacional. MRF

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são de valores aplicados nas portagens” na A23, apesar de ser uma matéria política que transcende à atuação de nível municipal. Quanto ao açude insuflável de Abrantes, construído no Tejo, o PSD considera que “o açude não está a funcionar devidamente”, tendo criticado a autarquia ao ter afirmado ser “preocupante o desleixo para com o Tejo e com a escada passa peixe” que, afirmou Rui Santos, “não tem manutenção e o lixo continua a acumular-se”. Para as eleições autárquicas de 2017, o PSD de Abrantes não avançou com o nome do candidato à presidência do município, mas assegurou que vai concorrer a todas as freguesias.

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12 REGIÃO

ABRIL 2016

TRAMAGAL

SAÚDE

Susana Estriga sagra-se Campeã da Europa de Pentatlo

CHMT quer implementar Receita sem Papel

Susana Estriga, atleta de Tramagal, no concelho de Abrantes, alcançou o título de Campeã da Europa de Pentatlo, no escalão veteranos, ao conseguir vencer três das cinco provas combinadas, nos Campeonatos de Pista Coberta, que decorreram em Ancona, Itália, no passado dia 29 de março. A atleta confessou que iniciou a sua experiência no pentatlo através de um desafio: “a minha participação

A prescrição eletrónica de medicamentos é a novidade que o Centro Hospitalar do Médio Tejo, CHMT, quer implementar para os utentes da região. Informa o CHMT que “a Receita sem Papel garante maior eficácia, eficiência e segurança ao circuito da receita de medicamentos no Serviço Nacional de Saúde”. A Receita sem Papel inclui um “Código de acesso e dispensa” fornecido apenas ao utente, para validação da dispensa dos fármacos. O processo inclui ainda um “Código de Direito de Opção”, destinado também à validação desse direito do utente no levantamento dos produtos de saúde, explica a informação do CHMT. “Este novo modelo eletrónico permite a prescrição, em simultâneo, de diferentes tipologias de medicamentos, ou seja, a mesma receita poderá incluir fármacos comparticipados com tratamentos não comparticipados”, finaliza o CHMT.

no pentatlo resultou de um desafio proposto pelos meus colegas veteranos. Como já fazia provas combinadas há uns anos atrás, resolvi inscrever-me e treinar durante algum tempo o pentatlo. Foi assim uma surpresa bastante agradável chegar aqui e obter bons resultados nas várias disciplinas da modalidade”. Susana Estriga venceu as provas com um total acumulado de 3867 pontos, alcan-

çando um novo recorde nacional, ficando à frente da italiana Sara Colombo e da alemã Manuela Gross. “Consegui ganhar por larga margem, o que foi muito bom, até porque a atleta que ficou em segundo tem um record como sénior, largamente acima do meu quando eu era sénior, por isso foi com grande satisfação que acabei por vencer a prova”, explicou.

VILA DE REI

O município de Vila de Rei anunciou em reunião de executivo que vai transformar o antigo edifício dos Correios, situado no casco histórico da vila, numa residência para estudantes, projeto que vai candidatar a fundos comunitários. O antigo edifício dos Correios está desativado há cerca

de 30 anos e é propriedade da Câmara Municipal, que pretende recuperar o imóvel e colocá-lo a funcionar como espaço de acolhimento de estudantes. Paulo César, vice-presidente da autarquia, adiantou que cerca de 20 jovens estão atualmente na antiga Escola Primária, que serve de resi-

dência. Um espaço que alberga os estudantes vindos de concelhos limítrofes e outros provenientes de acordos de cooperação para estudarem na Escola Secundária. “Temos alguns estudantes provenientes dos acordos de cooperação com São Tomé e Príncipe e ainda alguns estu-

dantes do concelho que em função de circunstâncias da sua vida necessitam de ficar na vila, pelo que esta intervenção irá não só melhorar as condições destes estudantes, como também ser uma alternativa real a todos os alunos que pretendam vir estudar para Vila de Rei”.

CM Vila de Rei

Antigo edifício dos Correios vai dar lugar a residência para estudantes

POLÍTICA

POLÍTICA

ABRANTES

António Gameiro reeleito presidente da Federação de Santarém do PS

Nuno Serra reeleito presidente da distrital de Santarém do PSD

Restaurante Cascata selecionado como um dos melhores de Portugal

O presidente da distrital de Santarém do PSD, Nuno Serra, foi reeleito a 6 de março, numa eleição que não contou com oposição e que o deputado disse à Lusa resultar da “estabilidade” que conseguiu imprimir no distrito. Nuno Serra realçou na sua

O Restaurante Típico Cascata, em Abrantes, foi selecionado como um dos 581 melhores restaurantes de Portugal, numa seleção do Boa Cama Boa Mesa 2016. O guia do semanário Expresso refere-se ao típico restaurante como sendo “um caso sério de sucesso em Abrantes (…) apostado numa vertente específica da cozinha, desde a mais moderna à mais convencional. Neste caso, é a tradição que alimenta a cozinha (…) O cabrito assado no forno com arroz de miúdos é uma das especialidades da casa, mas os maranhos e o bucho recheado não fi-

O presidente da distrital de Santarém do PS, António Gameiro, foi reeleito no dia 6 de março com 436 votos, 85% dos militantes com capacidade de votar, “uma grande participação” que mostra “reconhecimento pelo trabalho feito”. A lista de António Gameiro

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acabou por integrar Maria do Céu Albuquerque, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, que há dois anos liderou uma lista alternativa e que agora vai presidir à Mesa da Comissão Política da Federação.

recandidatura a necessidade de prosseguir o “percurso de proximidade” entre as secções do partido e a comunidade, “criando as condições necessárias para um bom resultado nos desafios que se avizinham”, numa referência às autárquicas de 2017.

cam nada atrás. Do rio vem o sável frito com açorda de ova e o achigã com migas de couve”.


SAÚDE 13

ABRIL 2016

Unidade de Saúde Familiar de Abrantes reduz em 40% número de utentes sem médico A abertura da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes, prevista para este mês, vai permitir uma redução de cerca de 40% do número de utentes sem médico atribuído, que corresponderá a cerca de 4.500 utentes. Em resposta enviada à Lusa pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), pode ler-se que o concelho de Abrantes, no distrito de Santarém, tem hoje cerca de 35.800 utentes inscritos, dos quais cerca de 10.900 utentes sem médico de família. “Com o arranque da nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes prevê-se uma descida significativa, na ordem dos 40%, de redução do número de utentes sem médico atribuído do concelho, que corresponderá a cerca de 4.500 utentes”, referiu fonte oficial da ARSLVT. A Câmara de Abrantes fez um investimento de um milhão e cinquenta mil euros

• USF de Abrantes será inaugurada no decorrer deste mês de abril no novo equipamento de saúde, no centro da cidade, que vem substituir o antigo centro de saúde, a funcionar dentro do hospital de Abrantes, em instalações cedidas pelo Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). Os processos de aquisição de equipamento diverso para

recheio da nova USF, conduzidos pelos serviços centrais da ARSLVT, tiveram um encargo que ascendeu aos 80 mil euros, informou a entidade de saúde. “O processo para o equipamento informático e respetivos circuitos que vão ser instalados, para cerca de 28

Unidade de Saúde Familiar de Rossio ao Sul do Tejo vai avançar Foi aprovado no dia 1 de março o lançamento da empreitada de construção da Unidade de Saúde Familiar de Rossio ao Sul do Tejo, no concelho de Abrantes. A obra prevê a reabilitação do antigo Mercado Diário da localidade que será convertido numa USF, num investimento na ordem dos 350 mil euros. Segundo adiantou Maria do Céu Albuquerque, presidente da câmara, a obra é para “avançar rapidamente (…) É um financiamento já garantido (…), está contratualizado e está no mapeamento na área da saúde”. O prazo de execução da obra é de 210 dias e a responsável pela empreitada é a Câmara Municipal. Para a autarca abrantina, o principal objetivo é ter condições para que em Abrantes e no Rossio seja possível “garantir a cobertura [dos ser-

viços primários de saúde] a grande parte da nossa população. Ideal é ainda perceber como é que vamos trabalhar o norte do concelho para pudermos ter uma resposta integrada dos cuidados de saúde primários,” uma vez que “estamos a falar de populações muito envelhecidas, que têm de ter acesso privilegiado a estes serviços”, referiu. A construção da nova USF surge integrada “no âmbito do Investimento Territorial Integrado (…) com base num protocolo firmado com Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”. “As Unidades de Saúde Familiar são criadas por profissionais, no mínimo tem de ter três médicos, três enfermeiros e dois administrativos, é o corpo mínimo da equipa para a constituição de uma USF”, adiantou a pre-

sidente acrescentando que “já há trabalho desenvolvido neste âmbito”. A autarca finalizou referindo que “o atual centro de saúde [de Rossio ao Sul do Tejo] não oferece condição de acessibilidade, sendo que está num primeiro andar e tem umas escadas que não permitem o acesso facilitado a quem tem mobilidade reduzida”. Avelino Manana, vereador da CDU, votou contra este ponto do lançamento da empreitada, apresentando uma declaração de voto, onde explicou que não é contra a instalação de um edifício para a Unidade de Saúde de Rossio, mas sim contra este investimento por parte da autarquia, que no entendimento do vereador é uma área que diz respeito ao Poder Central e não à Câmara Municipal.

postos de trabalho, está a decorrer dentro dos prazos previstos”, observou a mesma fonte, tendo referido que “o arquiteto responsável pelo empreendimento por parte da Câmara de Abrantes considera que a entrega do edifício poderá ser realizada no fim de março. A proposta de

abertura da Unidade no mês de abril pode ser avançada, assim que estejam reunidas as condições”. Na mesma nota informativa pode ler-se que “o CHMT voltará a disponibilizar das instalações onde funciona atualmente o centro de saúde de Abrantes, e atualmente cedi-

das ao ACES do Médio Tejo”. A nova USF de Abrantes tem, nesta fase inicial, uma equipa de profissionais que conta com 5 médicos e ainda com cinco enfermeiros e quatro administrativos. O município é composto por 19 freguesias e tem uma população de perto de 40 mil habitantes. Em informação enviada à Lusa, a direção do ACES Médio Tejo, que abrange 11 municípios e um universo de cerca de 227 mil utentes, referiu que, atualmente, o problema de falta de médicos se faz sentir em especial nos concelhos de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Torres Novas e Ourém, tendo referido que, à data de fevereiro, “seriam necessários mais 17 médicos para os cerca de 33 mil utentes que se encontram atualmente sem médico de família”. Lusa

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CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia vinte e três de março de dois mil e dezasseis, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada de folhas setenta e oito a folhas oitenta e uma do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem e um traço D, na qual os senhores Luis Falcão, Nif. 120 912 406 e mulher Cremilde da Purificação da Silva, Nif. 136 714 277, casados no regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia e concelho de Sardoal e ela da freguesia do Rossio ao Sul do Tejo, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Murgueira, n.º 23, 2.º Esq., Buraca, declaram que são donos e legítimos possuidores, dos seguintes prédios, situados na freguesia e concelho de Sardoal e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Sardoal e inscritos na matriz em nome do justificante marido. UM: Misto, sito em Casas Louras, Cabeça das Mós, composto de casa de habitação de rés-dochão e primeiro andar, com a superfície coberta de quarenta e nove metros quadrados e cinquenta e três centímetros, logradouro com cento e sessenta e quatro metros quadrados e quarenta e sete centimetros e cultura arvense com a área total de dois mil quatrocentos e catorze metros quadrados, a confrontar do Norte com, Estrada Nacional, Sul com, João Luís Pires da Cunha Pimenta, Nascente com, Herdeiros de Luís Marques Silva Batista e Poente com, Carlos Eduardo Alves Falcão, inscrito na matriz sob o artigo urbano 1 035 e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 292 da secção AG, que proveio do artigo 72 da Secção AG. DOIS: Urbano, sito em Rua das Casas Louras, n.º 9, Cabeça das Mós, composto de casa de habitação e primeiro andar, com a superfície coberta de setenta e quatro metros quadrados e trinta e nove centímetros e logradouro com oitenta e oito metros quadrados e quarenta e um centímetros,

inscrito na matriz sob o artigo 3302 que proveio dos artigos 451 e 1124. Que, adquiriram os mencionados prédios por doação verbal, feita no ano de mil novecentos e setenta, por seus pais e sogros, Luís Fernandes da Silva e Maria da Purificação, casados que foram sob o regime da comunhão geral e residentes que foram em Cabeça das Mós, Sardoal, sem que ficassem a dispor de título formal que lhe permita efetuar o respetivo registo na competente Conservatória do Registo Predial. Que, desde logo, entraram na posse e fruição dos citados prédios, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades dos prédios, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo como tal, os imóveis, conservando-os e mantendo os mesmos, procedendo ao seu amanho, pagando os respetivos impostos e suportando os demais encargos. Que, esta posse em nome próprio, de boa-fé, pública, pacifica, continua e do consenso que os prédios lhes pertencem, desde o dito ano de mil novecentos e setenta, conduziu à aquisição do direito de propriedade dos identificados imóveis, por USUCAPIÃO, o que invocam, justificando o direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não tem documentos que lhe permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o seu original, na parte respetiva. Sardoal, 23 de março de 2016 A Adjunta de conservador, em substituição legal: (Maria Alice da Silva Rodrigues de Almeida)

JMC

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14 SAÚDE

ABRIL 2016

Médico suspende greve de fome mas espera que dívida a clínicos não fique impune

• Rui Teixeira está no quadro do hospital de Abrantes, do CHMT a sua “maior vitória” seria a recuperação das verbas “desviadas” pela gestora da empresa e o seu encaminhamento para uma organização de apoio a doentes ou a carenciados. “Isso não acontecerá, mas se se conseguir uma investigação séria sobre os contornos desta burla e que mude alguma coisa na forma como são contratados os profissionais para as Urgências já terá valido a pena”, declarou. Rui Teixeira disse ter rece-

bido garantias do bastonário da Ordem dos Médicos de todo o empenho do departamento jurídico neste processo. A RPSM, com sede no Montijo, foi, no processo que o médico lhe moveu junto do Tribunal do Barreiro, considerada insolvente e condenada, em abril de 2015, a pagar-lhe os montantes em dívida (relativos ao período de junho a setembro de 2014), mais juros. Contudo, em dezembro de

2015, Rui Teixeira foi informado pelo seu advogado de que o administrador de insolvência comunicou a necessidade de depósito de uma caução no montante da dívida apurada (150.000 euros) se quisesse continuar com o processo, já que a gestora da RPSM não possui bens em seu nome. Luís Filipe Pereira, administrador de insolvência da RPSM, contactado pela Lusa, recusou falar sobre o processo, declarando não ter

momento em que está a ler estas palavras, um “pequeno” grupo de rebeldes - pelo menos aqueles de quem ouvimos falar todos os dias nos órgãos de comunicação social - está a pôr em causa o que todos nós defendemos quando não temos medo das consequências. Quais consequências? Sermos alvo de um ataque terrorista, sabermos que o estado está a usar o “nosso” dinheiro para dar as mínimas condições de vida e segurança a estes seres humanos iguais a nós, com famílias iguais às nossas. Te-

mos medo das represálias! O medo faz-nos proteger o que é nosso e esquecer que somos livres. Segundo o artigo 14º da Declaração UNIVERSAL dos DIREITOS HUMANOS, “Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.” Bem sei que este e os restantes artigos, maravilhosamente ponderados e escritos, não significam nada para quem acha que não há problema em matar uma criança, os irmãos e malevolamente fazer com que os pais assistam a

Rede Regional

Rui Teixeira, médico no Hospital de Abrantes, do Centro Hospitalar do Médio Tejo, e que presta, como tarefeiro, serviço nas Urgências do Hospital de Santarém, anunciou ter abandonado a greve de fome no dia 30 de março. O médico esteve em greve de fome durante 10 dias e decidiu pôr termo ao protesto por ter sido confrontado com o impedimento de continuar a cuidar dos seus doentes. Rui Teixeira iniciou uma greve de fome no passado dia 21 em protesto contra a “impunidade” de uma empresa prestadora de serviços que terá ficado a dever milhares de euros a clínicos em 2014. O médico disse que a decisão de o afastarem dos doentes enquanto mantivesse a greve de fome, o levou a interromper um protesto que estava disposto a prosseguir até haver garantias de que os valores devidos aos médicos pela RPSM serão pagos e que será feita uma investigação que permita “encontrar e punir os principais culpados nesta burla que ultrapassou mais de 150 mil euros de honorários”. Sem grande esperança de vir a recuperar os perto de 11.000 euros que lhe são devidos, o médico afirmou que

Teixeira admite não ter esperança de reaver os •11Rui mil euros devidos

“nada a dizer” sobre o assunto. Rui Teixeira referiu que, esgotados todos os recursos

legais, a greve de fome foi a única forma de chamar a atenção para o caso.

este terror. É o que acontece todos os dias! São obrigados a fugir… Quem não fugia? Sinceramente! Esta é uma guerra mundial. Há os bons e os maus – simplificando e objetivando – Os maus perseguem, provocam dor e matam, e os bons, assim como

os maus, têm livre arbítrio e escolhem criticar, julgar e expulsar ou receber, proteger e defender estes seres humanos desesperados e todos os direitos que têm enquanto o que são realmente: seres humanos.

C/Lusa

CRÓNICA JULGAMENTO

O todo pela parte Permita-me que toque num assunto sensível e cruel: A realidade da liberdade humana! Já lhe passou pela cabeça que “estes refugiados”não deviam entrar no nosso país porque alguns podem estar “disfarçados”? Já lhe passou pela cabeça que 1 em 10 refugiados pode pertencer a este grupo terrorista? Com toda a certeza que pensamentos deste género surgem quando ouvimos que entraram mais sírios no nosso pequeno país. Não sei se lhe chame “moeda de duas faces”, se uma combinação sórdida de muitas

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moedas e muitos faces. Política, Religião, Imaturidade, Interesse(s), Personalidade (ou falta dela), Poder, Ambição. Mas alguém se lembra dos Direitos Humanos? Alguém sabe o que significa ter o direito à liberdade, à dignidade, à igualdade, à segurança e à paz? Para defender estes valores foram proclamados numa declaração, durante a segunda guerra mundial, em 1942, os Direitos Humanos e infelizmente, ao longo dos tempos foram muitas vezes violados e muito pouco respeitados. Hoje, neste preciso

Cristiana Seroto


OBRAS 15

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A reabertura total ao trânsito no tabuleiro da Ponte Rodoviária que liga Abrantes ao Rossio ao Sul do Tejo não aconteceu no final do mês de março, tal como tinha anunciado a Infraestruturas de Portugal, no passado dia 6 de fevereiro. No passado dia 31 de março, em comunicado, a autarquia de Abrantes referiu que “ a Infraestruturas de Portugal informou a Câmara Municipal de Abrantes que, devido dificuldades inesperadas na aplicação dos cabos de préesforço na ponte, condição necessária para que sejam eliminadas todas as restrições à circulação, serão mantidos os atuais condicionamentos previsivelmente até ao final da segunda semana do próximo mês de abril”. João Caseiro Gomes, vicepresidente, avançou que os

Alves Jana

Prazos de reabertura ao trânsito não são cumpridos na ponte de Abrantes

trabalhos no rio já estão concluídos e que por sua vez, será possível voltar a insuflar o açude. No que diz respeito à conclusão dos trabalhos, prevista para os finais do mês de abril, o vereador não adiantou mais informação sobre

o assunto. As obras de requalificação da ponte rodoviária de Abrantes começaram em setembro de 2014 e inicialmente foi anunciado que terminariam em novembro de 2015, no entanto o prazo foi,

primeiramente, prolongado por mais três meses e depois, uma segunda vez, prolongado por mais um mês, tendo a abertura total ao trânsito na ponte sido anunciada para o final do mês de março.

Errata Na edição anterior do JA, na entrevista ao Pe. Pedro Tropa, surgiu uma falha que podia ser detetada por um leitor mais atento, mas pode ter passado despercebida a outros. Devia ter surgido a negrito a pergunta e em carateres normais a resposta. Assim não aconteceu, pelo que a pergunta pode ter sido lida como afirmações do entrevistado.

pos há um trabalho que vem sendo desenvolvido. Porém, não são trabalhos em que no dia seguinte está tudo resolvido.

O Papa Francisco é superstar. Beija os deficientes, ameaça renovar a Cúria, pede atenção aos pobres”. Um papa “fixe”. Mas se pensarmos na sexualidade, por exemplo, a coisa muda de figura: não ao preservativo, não à homossexualidade, não ao divórcio, etc. Na comunicação social transparece o que convém. A posição da Igreja é uma e está devidamente fundamentada. Mas nesses cam-

Nome: Pedro Bernardino Tropa Nascimento: 2.9.1970 Naturalidade: Chainça, Abrantes Seminário: 1991 - 1997 Percurso sacerdotal: Ordenação: 5.10.1997 Vigário paroquial em Bemposta, Vale das Mós, S. Facundo e Alvega: 1997-99 Pároco de Aldeia do Mato e Martinchel, desde 1999, a que acrescem Fontes, Souto e Carvalhal desde 2004, até ao presente.

Aos leitores e ao Pe. Pedro, o nosso podido de desculpas. Também, por falta de espaço, caiu um apontamento biográfico relativo ao Pe. Pedro. Que se publica agora:

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16 VN DA BARQUINHA

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Agrupamento de Escolas de Barquinha duplica projetos empresariais

Foi com um auditório cheio de alunos entusiasmos que a Escola D. Maria II, em Vila Nova da Barquinha, recebeu a apresentação da segunda edição do projeto Empreendedorismo na Escola. Num ano em que os projetos criados, num viveiro de empresas em ambiente escolar, duplicaram, e onde o desafio agora é levar os mesmos para fora do meio escolar. Ana Santos, professora coordenadora do Projeto, referiu ao JA que o balanço “é bastante positivo”, acrescentado que quando a ideia lhe foi lançada ficou reticente, mas hoje não tem dúvidas do sucesso que este

projeto alcançou no seio do Agrupamento de Escolas: “quando me lançaram o repto o ano passado tive algumas dúvidas, pois também não conhecia bem a metodologia, mas à medida que o tempo foi avançando fui verificando que era um projeto com pernas para andar e que poderia dar frutos muito dinâmicos e profícuos quer em nome do concelho, quer em nome do Agrupamento”. Para a docente o desafio futuro passa por conseguir a implementação dos projetos fora do contexto escolar: “o que pretendemos é a implementação no mercado empresarial, no mundo externo ao

município e ao Agrupamento. Estamos a tentar expor os nossos produtos para que as empresas tomem conhecimento e consciência do quanto eles são importantes, e comecem apostar em nós”. Presente na cerimónia, Fernando Freire, presidente da CM de VN Barquinha, congratulou-se com o trabalho desenvolvido pela Escola e adiantou que o projeto, que se encontra na 2ª edição, “está atingir um patamar elevado, de grande qualidade e a precisar de resposta”. “O papel da autarquia é apoiar. No quadro comunitário também vão haver projetos no âmbito do empre-

endedorismo, e por isso, é preciso estarmos atentos a estes jovens, a esta dinâmica e a esta educação que forma cidadãos para a vida”, adiantou o autarca.

“Fazer coisas diferentes, desenvolvendo cidadãos em pleno” Diversidade e criatividade não faltaram aos 8 projetos hoje apresentados, desde o 4º ao 11º ano. “Chocociência “e “Vilaromática” são os dois projetos que dizem respeito à turma do 4 A da escola. Apesar de bem pequenos, os jovens empresá-

rios, não tiveram qualquer problema em enfrentar o auditório cheio e apresentaram os projetos que se destinam à produção e venda de velas e ervas aromáticas. Também os alunos do 3º e 4º C estão a iniciar o seu percurso na área do Empreendedorismo. Por sua vez o 5º ano, este ano estreante no projeto, apresentou a sua empresa intitulada “Kaderno” que se destina à produção e comercialização de cadernos e capas. Já o 7ºB criou um projeto empresarial chamado “Barquinha ON”, que tem como objetivo a criação de portachaves e pins com imagens do concelho. O 8ºC, pelo segundo ano participante no projeto e detentor do prémio Empreendedorismo na Escola, criou a marca “PIMT 8” e desafiou o Agrupamento a ocupar-se da sua estratégia de comunicação e divulgação. Com o objetivo de dinamizar turisticamente alguns espaços emblemáticos do concelho, os alunos do 10º ano apresentaram o projeto empresarial “Innova Team”. Por último, e complemente estreantes nesta matéria do empreendedorismo, os alunos do 11º ano, do Ensino Profissional, deram a conhecer a empresa “MaxPowder” onde, numa demonstração ao vivo, explicaram como é possível fazer azeite e chocolate em pó. A apresentação pública decorreu no passado dia 17 de março. Joana Margarida Carvalho

Transporte a pedido implementado em VN Barquinha O município de Vila Nova da Barquinha apresentou o projeto de implementação do serviço de Transporte a Pedido no concelho. O Transporte a Pedido, algo que está já funcional nos concelhos de Mação, Abrantes (zona norte), Sardoal e Ourém, é um programa que pretende colmatar a oferta deficitária de horários e opções de transporte em regiões de baixa densidade populacional. Esta oferta que pretende combater a mobilidade reduzida de certas zonas do concelho de VN Barquinha é vista como uma mais-valia pelo presidente da Câmara Municipal, Fernando Freire. Em declarações ao JA, o autarca reconheceu que este serviço permite “essencialmente, uma maior mobili-

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dade das zonas ditas rurais, nomeadamente a zona norte do concelho, nas populações da freguesia da Praia do Ribatejo, que permitem em horários específicos e com pré-marcação, deslocarem-se para o centro da vila, para os serviços públicos, e também para as zonas de atividade comercial” Fernando Freire salienta ainda que

o projeto apresenta uma vertente interconcelhia “através da possibilidade de chegarem à Estação [Ferroviária] do Entroncamento. Esta é uma realidade nova, que tem a ver com uma mobilidade de uma população que se desloca também para outras zonas, nomeadamente para a zona metropolitana de Lisboa, e que com este serviço, previamente

agendado, sempre, fica garantido o seu transporte, pelo menos, das zonas mais rurais para as zonas urbanas”, concluiu. Quanto questionado quanto à adesão a esta iniciativa por parte da população, disse que “isto é um projeto experimental, que está sujeito a acertos conforme a necessidade das pessoas. A nossa expetativa é elevada, considerando nomeadamente a necessidade que sentimos que as pessoas têm em algumas zonas. Vamos ver como corre, sabemos que o caminho faz-se caminhando e essencialmente informando”. Como tal, a divulgação será a aposta nos tempos que se aproximam, “nas próprias juntas de freguesia, nas associações, através da distribuição de folhetos, e dar informações às popu-

lações. Para ficarem também informadas e capacitadas para poderem socorrer-se de uma mais-valia, que é este Transporte a Pedido, tendo uma mobilidade muito mais disponível, que até este momento não tinham”, adiantou. Este serviço é ainda considerado pelo presidente da CM de Vila Nova da Barquinha enquanto “um serviço social, a custos extremamente reduzidos” e que conta com a colaboração do município para co-financiar este projeto. “Um projeto da comunidade e para a comunidade, e que não envolva só o nosso concelho, ou seja, que envolva todos os concelhos que de facto têm mobilidade reduzida”, concluiu Fernando Freire. Joana Santos


PATRIMÓNIO 17

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Castelo de Almourol com novos horários de funcionamento após musealização

Monumento passa por várias fases de regeneração

A torre de menagem do •castelo passará a receber grupos de até 15 pessoas que serão acompanhados por 2 funcionários permanentes

pretação do Castelo é constituído por três áreas – o percurso interpretativo, a torre do castelo e o centro de interpretação. Na vertente de interpretação e na torre do castelo existe um conjunto de painéis estáticos com conteúdos temáticos relacionados com o território, a história, as características, as lendas e com as diferentes fases, tipologias construtivas e funcionalidades da construção. Cada painel tem um código QR (QuickResponse) que direciona os aparelhos móveis com leitor de códigos QR para a página de internet do município, onde os visitantes estrangeiros podem consultar os conteúdos em inglês, lê-se na mesma informação da au-

Fotos: CM VN Barquinha

Após um conjunto de intervenções, nomeadamente no âmbito da musealização, que terminaram no fim do ano passado, o Castelo de Almourol vai sofrer ajustes quanto ao seu horário de funcionamento, em vigor a partir de 1 de março, informa a autarquia. O monumento nacional vai também passar a abrir todos os dias da semana, entre 1 de maio a 30 de setembro, sendo que encerrará à segunda-feira no período entre 1 de outubro e 30 de abril. Quanto à entrada na torre de menagem do castelo, será controlada e reservada a grupos até 15 elementos, só podendo ingressar novo grupo após a saída do primeiro. Desta forma pretende-se “assegurar a qualidade da visita e as condições de sustentabilidade do monumento”, informa a autarquia em nota de imprensa.O espaço vai ainda contar com uma equipa constituída por 2 trabalhadores permanentes, que vão asssumir a monitorização dos ingressos, o apoio aos turistas e a segurança dos mesmos, procurando assegurar a qualidade da visita. Mais informa a autarquia que o preço de entrada no Castelo de Almourol será de 2,50 euros por pessoa. Havendo ainda a possibilidade de efetuar travessia de barco, “com viagem de ida e volta à ilha” cuja entrada será também de 2,50 euros, aplicando-se também aos grupos a partir de 15 pessoas/pax para a travessia desde o Cais de El Rei, em Tancos, até ao monumento nacional. O projeto de musealização e inter-

tarquia. O Centro de Interpretação do Castelo de Almourol, a funcionar no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, junto do Parque de Escultura Almourol, pretende funcionar como espaço de acolhimento aos visitantes, onde estes poderão visualizar um vídeo alusivo ao Castelo de Almourol, obter informações de caráter útil ou turístico e adquirir produtos locais e merchandising. O Posto de Turismo de Vila Nova da Barquinha, que funciona no mesmo espaço do centro de interpretação, disponibiliza ainda visitas guiadas ao Castelo, ao Parque de Escultura Contemporânea e à Igreja Matriz da Atalaia enquanto outro monumento nacional do concelho.

No interior do castelo os visitantes têm acesso a um conjunto de •painéis com informações históricas sobre o monumento

O Castelo de Almourol sofreu uma intervenção na torre de menagem e beneficiação das muralhas e interiores no passado ano e incidiram em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas. A intervenção na torre de menagem incidiu na substituição do terraço e na colocação de uma escada metálica de circulação vertical, visando preservar e proteger o monumento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação. Edificado numa pequena ilha, localizado no rio Tejo, o castelo foi reconstruído por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171, sendo hoje um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos do período da Reconquista, e um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país. A intervenção no castelo teve a duração de oito meses e um orçamento de 500 mil euros, resultado de uma candidatura ao QREN (com comparticipação de 85%), efetuada pela Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, e que suportará o valor restante não co-financiado. Joana Santos

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HISTÓRIA 19

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O 25 de Abril, o Ensino e a Educação em Portugal De todas as transformações que sofreu a sociedade portuguesa pós-25 de Abril de 1974, o sector do ensino e da educação foi, certamente, uma das mais significativas.

Do Estado Novo ao 25 de Abril O golpe militar de 28 de Maio de 1926, que a si próprio se denominou “Revolução Nacional”, teve um período de ditadura militar entre 1926 e 1933 e, após a aprovação referendária da constituição nesse ano, passou a denominar-se Estado Novo, já com o ministro das Finanças, Oliveira Salazar, no lugar de chefe do governo, que então se denominava Presidente do Conselho de Ministros. A evolução do salazarismo teve dois períodos distintos: o primeiro, até ao final da Segunda Grande Guerra (1945), dominado por uma ideologia católica tradicional e ruralista e por um regime autoritário que sofreu alguns abanões com a vitória das forças democráticas nessa guerra e as pressões que fizeram para a mudança da política portuguesa, mas que mesmo assim conseguiu sobreviver. O segundo período vai até 1968, ano da queda da cadeira de Salazar e da sua impossibilidade de continuar a desempenhar o seu cargo por incapacidade mental. Neste período, embora com muitas cautelas e condicionamentos, houve um desenvolvimento da electrificação e das indústrias que permitiram ao sector secundário suplantar o primário no peso da economia pela primeira vez em 1963. Sucedeu-lhe Marcelo Caetano que herdou um país envolvido numa guerra desde 1961, que então já se desenvolvia em três frentes, num crescente isolamento internacional de Portugal pela manutenção desta política colonial e com uma “oposição” interna a crescer nos sectores oposicionistas, formada essencialmente pela juventude operária e estudantil, pelos democratas e mesmo por alguns secto-

res de católicos. Não houve qualquer mudança substancial (apenas mudança de alguns nomes nas coisas), mas apenas continuidade na agonia lenta de um sistema, que já vinha de trás, desde o início dos anos 60, com uma guerra sem solução política possível e uma emigração de portugueses para a Europa na ordem da centena de milhar por ano. Por isso o 25 de Abril já era esperado, embora tivesse constituído uma brutal surpresa para a chamada “situação” da época.

• Escola Secundária Dr. Solano de Abreu

A escola salazarista dos anos 30 A escola do salazarismo na sua primeira fase era uma escola profundamente ideológica na defesa dos valores tradicionais “Deus, Pátria, Família” (entendidos no seu sentido mais retrógrado, com a igreja a supervisionar tudo ao toque do sino da sua torre e as mulheres entregues à lida doméstica, com um rancho de filhos atrás, e os homens ao trabalho do campo para sustentar a casa). A instrução das massas devia ser básica, de 3 anos para as raparigas e 4 para os rapazes (isto já nos anos 50), e visava a que todos aprendessem a ler, escrever e contar. Só os privilegiados é que tinham acesso aos outros graus de ensino e a universidade era para um pequena elite que se autoreproduzia. Um(a) professor(a) primário(a) – ou regente escolar – tinha uma turma de cada sexo, uns da parte da manhã, por exemplo, as raparigas, outros da parte da tarde, talvez os rapazes, quando as escolas não tinham ainda mais do que uma ou duas salas. E havia o crucifixo e o retrato de Salazar e do Presidente da República de então na parede, além da régua ou palmatória para castigar os indisciplinados e os “burros”. Sim, porque o ministro da Educação da época teceu umas considerações num jornal diário, nos anos 30, em que dividia a população escolar nas seguintes percentagens: 8% são “ineducáveis” – isto é, não se pode fazer nada por eles – 15%

• O 25 de Abril nas pinturas de M. Helena Vieira da Silva

• A lição de Salazar são “normais estúpidos” – é preciso muito trabalho para conseguir deles alguma coisa de vez em quando – 60% têm inteligência média e só 2% é que são “notáveis”… Portanto, à partida, 23% dos alunos são para pôr

fora do sistema o mais depressa possível!

A escola depois do 25 de Abril Da reforma de Veiga Simão (iniciada no período marcelista pós-Salazar), ao 25 de

Abril de 1974 e, na sua sequência, nas décadas seguintes (passando pela Lei de Bases de 1986 e o alargamento da escolaridade obrigatória para nove anos), em termos de educação e escola pública, pode-se dizer que

esta se transformou numa questão central e ocupou um lugar extremamente importante no processo democrático em curso desde então e mudou completamente o panorama sociocultural do país, levando-o a aproximar-se dos valores que se registavam nos países da OCDE. Também a introdução no sector público da Educação Pré-escolar e da Educação Especial, a continuação da unificação do ensino, a mudança de programas e de métodos pedagógicos e, sobretudo, a entrada e manutenção de largas centenas de milhar de novos alunos que passaram a estar mais anos na escola pública, mudaram completamente a tipologia do sistema educativo português que, de elitista passou à massificação, proporcionando a quase todas as crianças em idade escolar a igualdade de oportunidades de acesso ao sistema e contribuindo para a sua democratização. Contudo, apesar de ter aumentado substancialmente a frequência do Ensino Superior e do Ensino Secundário, as desigualdades sociais, culturais e de desenvolvimento regional entre o litoral e o interior, nunca permitiram que o acesso universal de todas as crianças e jovens em idade escolar tenha ultrapassado significativamente a barreira dos 80%, no caso da finalização com sucesso do 9º ano de escolaridade, ou dos 65% no caso do 12º ano, tendo havido uma estagnação a partir de meados dos anos 90. Apesar de tudo recuperou-se bastante, em termos estatísticos, nos últimos 40 anos, em relação aos países europeus. Hoje, as questões que se colocam à escola pública são, em Portugal, a questão do sistema de avaliação (provas de aferição ou exames?), a questão curricular (ensino profissionalizante com duas vias ou via única até ao fim dos 9.º ano?) e a questão de dar continuidade a uma segunda oportunidade aos adultos com pouca escolaridade. Rolando F. Silva

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20 DESPORTO

ABRIL 2016

CRÓNICA

Seminário desporto no feminino debateu várias problemáticas A Câmara Municipal de Abrantes levou a efeito no dia 11 de março, no auditório da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, um “Seminário sobre o Desporto no Feminino, Mitos e Desafios”, com vários painéis de discussão. Iniciou-se com o tema “Politicas e Medidas – Avanços e Recuos”, cuja oradora foi a professora Isabel Cruz da Associação Portuguesa Mulheres e Desporto. Uma organização que pretende promover a participação da mulher no desporto e chamar a atenção para a discriminação ainda existente entre sexos. Atualmente parece existir algum consenso acerca dos obstáculos que impede a mulher de aceder, em igualdade com os hoPUBLICIDADE

mens, aos benefícios e recursos da prática e da participação desportiva. Este facto tem a ver com razões de ordem socioeconómica e estrutural, em que os governos têm uma quota-parte de culpa, não criando políticas desportivas que garantam a igualdade de participação, desvalorizando a importância do envolvimento desportivo em meio escolar, a distribuição muito desequilibrada de recursos financeiros, o acesso limitado às instalações desportivas, a atribuição de menores recursos materiais e humanos, a invisibilidade mediática ou as desigualdades nos prémios monetários. Outros dos grandes problemas é a questão do tempo, ou “falta” dele, muitas vezes invocada

Walter Madureira, jornalista da TSF, Maria do Ceu Albuquerque, presidente da CM Abrantes e Alcino Herminio, diretor do Agrupamento nº 2

para justificar a ausência, ou abandono da participação desportiva o que parece apenas afetar as mulheres. Assim não ter, ou não arranjar tempo para a atividade física/desportiva parece ser mais uma consequência do que uma causa. Em seguida, passou-se para o tema “Os Média – Motor ou Travão?”. O desporto no feminino recebe pouca atenção tanto da imprensa escrita como da audiovisual. Os percursos e as dificuldades PUBLICIDADE

por que passam as atletas quase não são objeto de notícia. Quando folheamos os jornais desportivos noventa por cento da informação é sobre futebol no masculino. A causa reduzida da informação está na origem do menor apoio dos patrocinadores às provas desportivas femininas o que torna mais difícil a sua organização e promoção. Se a influência que os meios de comunicação social exercem sobre a opinião pública, fosse mais

completa e sobretudo mais atenta à especificidade feminina, seria mais fiel à imagem do mundo do desporto em geral e mais justa a representação da mulher, participando em todos os domínios da vida social. A comunicação social não pode ser vista como travão, mas sim como motor de forma a dar maior espaço às manifestações desportivas femininas, contribuindo deste modo para uma mudança de mentalidades, oferecendo mais espaço de tempo a manifestações desportivas e patrocinando de forma a encorajar a sua participação.

Segregar homens e mulheres tem a ver com a questão da capacidade do corpo Após o almoço, começou por se discutir o tema “Treinar Homens e Mulheres - Aposta na Diferença para Alcançar a Igualdade”. Aqueles que estão dentro do mundo do desporto percebem a enorme evolução que tem havido nas competições e na qualidade das equipas e dos valores individuais femininos. E ainda assim, mesmo em quem representa esse respeito, continua a haver uma aura de distanciamento. Elas jogam, literalmente, noutra competição e não pode haver misturas. O desporto “a sério” é para os homens, o argumento principal continua a ser o de que

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os homens são mais capazes fisicamente do que as mulheres. Fazendo uma reflexão sobre este tema poderia pensar-se que nas provas de velocidade e fundo apenas poderiam competir atletas de cor negra, proibindo os de cor branca, o contrário seria na natação e ciclismo. Será que as diferenças podem ter sustentação? A verdade é que para segregar homens e mulheres no desporto tem a ver com a questão da capacidade do corpo. Porquê falar nesta condicionante visto que um jogo de golfe uma mulher joga 9 buracos e um homem 18. O treino é igual, porquê as diferenças e a existência de competições separadas em desportos onde o poder físico não interessa para nada? O mesmo se passa no bilhar? Mas uma coisa é certa se juntarmos homens e mulheres na mesma competição uma mulher nunca poderá aspirar a vencer um “Grand Slam” no ténis ou uma “Volta a França”. Mas o mais importante é a aposta na diferença para alcançar a igualdade de oportunidades. Por fim, a pergunta final “Alta Competição – Vale a Pena?”. No cômputo geral a resposta por parte do painel de convidados foi favorável, mas sempre com o mesmo sentimento, os fatores que continuam a determinar a desvalorização da participação e das prestações desportivas das mulheres. Mas é sobretudo a ausência de medidas que os combatam que tem vindo a perpetuar o que comodamente se continua a evocar como causas: as razões culturais ou as mentalidades. É bom que os governos e as organizações desportivas devam aplicar o princípio da igualdade de oportunidades para que as mulheres possam realizar o seu potencial de prestação desportiva, assegurando que todas as atividades e todos os programas destinados a melhorar o rendimento desportivo tenham em conta as necessidades específicas das atletas. Carlos Serrano


DIVULGAÇÃO 21

ABRIL 2016

CRÓNICA DE SAÚDE ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes, a 6 de maio

No próximo dia 7 de Abril de 2016, comemora-se em todo o mundo o DIA MUNDIAL DA SAÚDE, sendo o tema central este ano A DIABETES. Sabe-se que a epidemia da diabetes está a aumentar em muitos países. Sendo esta uma doença que em muito está associada aos comportamentos individuais e aos estilos de vida, pode ser prevenida com mudanças nos mesmos. PREVENIR A OBESIDADE com a PRÁTICA DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL e EXERCICIO FISICO REGULAR, são estratégias comprovadamente eficazes no combate à doença. É uma doença tratável, e o seu tratamento e controlo adequado, previnem complicações. O aumento do acesso ao diagnóstico precoce, a

educação para o autocontrolo e as políticas de medicamentos a preços acessíveis, são componentes importantes da resposta. Neste contexto, a OMS definiu como grandes OBJETIVOS do DIA MUNDIAL DA SAÚDE 2016: • Aumentar a consciencialização da população para o aumento exponencial da Diabetes e correspondente repercussão negativa na economia dos países e logo na qualidade de vida da comunidade • Desencadear ações específicas eficazes e acessíveis a todos, no combate à Diabetes. Estas ações incluem medidas de prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidado. • Apresentar o primeiro relatório global sobre a Diabetes, que apresentará o

peso e as consequências da doença na sociedade. Pretende-se com a divulgação destes dados, que os países assegurem às populações a possibilidade de melhor vigilância, prevenção melhorada e gestão mais eficaz da DIABETES. Prosseguindo os objetivos da OMS a Unidade de Saúde Pública do ACES Médio Tejo irá neste dia desenvolver um conjunto de ações específicas de prevenção que pretendem contribuir para “Aumentar a consciencialização da população para o aumento exponencial da Diabetes e correspondente repercussão negativa na economia dos países e logo na qualidade de vida da comunidade”. Podemos e vale a pena prevenir. Nélia Costa

Enfermeira – USP Medio Tejo

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Comarca de Santarém

Abrantes - Inst. Local Secção Cível - J1

ANÚNCIO

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

Processo: 64/16.5T8ABT Interdição / Inabilitação N/ Referência: 70614967 . Data: 09.02.2016 Requerente: Maria Odete Dias Maia Interdito: José Manuel Dias Maia Faz-se saber que em 02-02-2016 foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição / Inabilitação em que é requerido José Manuel Dias Maia, solteiro, maior, nascido em 05-011961, natural de Alvega-Abrantes, filho de Joaquim de Matos Maia e de Amélia de Jesus, portador do CC n° 11829 114 com residência em domicílio: Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, Rua Dr. José Joaquim de Oliveira, 2200-416 Abrantes, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr. Luís Roque O Oficial de Justiça, António José Marques Pereira

Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes em 2015

A Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes vai acontecer este ano a 6 de maio, no Cine Teatro São Pedro, em Abrantes. O evento, que marca a agenda cultural da

região, já vai na sua XI edição e promete voltar a surpreender com os galardoados regionais e nacionais que subirão ao palco! As entradas para esta Gala são livres, mas

sujeitas a reserva de entrada. Para estar presente, basta ligar para os números 961 736 350 ou 962 108 759, ou ainda através do e-mail: eventos@ antenalivre.pt

“Antena Livre Motor” e “Central de Escuta” reforçam conteúdos da Antena Livre A informação desportiva motorizada está de volta à Antena Livre todas as sextas feiras, antevendo o que vai acontecer durante o fimde-semana, e regressa na segunda para fazer um balanço do que de mais importante se passou nos dias anteriores. É um novo espaço que vem ocupar um lugar que estava em falta na programação da Antena Livre, sendo que são muitos os fãs de desportos motorizados que agora podem ficar a par do que de mais importante se passa no nosso país e não só! A região pode também ver nesta nova rúbrica os seus eventos nesta área divulgados, devendo para tal enviar toda a informação para o email geral@antenalivre.pt. Luís Delgado, apaixonado pelo mundo dos desportos motorizados produz e apresenta este espaço que está no ar às 08h45; 13h00; 15h00; 17h00 e 19h00, horários em que está também no ar todas as terças, quartas e quint-

Luís Delgado

as-feiras “Central de Escuta”, também assegurado pelo animador da Antena Livre. A intenção é divulgar quais são os discos mais vendidos, e onde acontecem os melhores concertos e festivais. Aqui são também divulgadas curiosidades sobre os artistas que tocam na Antena Livre, e

que vão dando que falar. Luís Delgado, na Antena Livre há 12 anos, assegura a emissão da estação emissora de segunda a sexta-feira entre as 20h00 e as 24h00, e assegura o programa “Central de Escuta” de fim-de-semana, aos sábados entre as 15h00 e as 18h00.

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22 CULTURA

ABRIL 2016

José Freire expõe a “Outra Arte” em Mação

AGENDA DO MÊS Abrantes

Desde o dia 2 de abril que é possível ver na Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação, a exposição “Outra Arte” de José Freire. O artista cria, com pedaços de azulejos, variados tipos

de quadros, painéis e peças tridimensionais decorativas, constituindo uma genuína e peculiar arte de esculpir o azulejo. “Outra Arte” estará em exposição na Galeria até 30 de abril.

Milaggre de Tancos Congresso Comemorativo do Centenário do Milagre No ano em que se assinalam os 98 anos da Batalha de La Lys, o Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, em parceria com a Câmara Municipal da mesma localidade, vai realizar a 9 de abril o “Congresso Comemorativo do Milagre de Tancos”. No período da manhã, o evento decorre no Centro Cultural e conta com a intervenção, às 10 horas, de Lia Ribeiro, professora, sob a temática “1916 – o ano do milagre”, seguido pelo Coronel Carlos Matos Gomes, que dissertará sobre “O imaginário português e a I Grande Guerra”. Pe-

las 11h30 é a vez do Coronel Luís Alves de Fraga, falar sobre “Roberto Baptista: Da Divisão de Instrução ao CEP” e pelas 12h15 tomam a palavra os Coronéis Aniceto Afonso e Jorge Costa Dias com a temática “As comunicações em campanha – Da Divisão de Instrução à instalação do CEP”. À tarde, pelas 14h30, será inaugurada na Galeria Santo António a exposição iconográfica sobre o Milagre de Tancos. A visita ao polígono militar de Tancos e ao campo de Montalvo, dirigida pelo diretor do Museu Militar de Lisboa, Coronel Luís Albuquerque, acontece pelas 15h00.

“Dança Abrantes” assinala mês da dança em Abrantes

Até 08 de abril – Exposição coletiva de cerâmica contemporânea - QUARTEL – Galeria Municipal de Arte Até 29 de abril – Exposição “Atividades económicas de Abrantes em meados do século XX” - Arquivo Municipal Eduardo Campos Até 29 de abril – Exposição “Cadernos de Viagem de Abrantes” – Biblioteca Municipal António Botto Até 29 de maio – Exposição “A História do Museu D. Lopo de Almeida” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes, de terça a domingo, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h 8 de abril – “Dança Abrantes”, pela Escola Silvina Candeias – Cineteatro São Pedro, 21h30 - 3€ 9 de abril – “Art´andante” com ESTAtuna – Casa do Povo de S. Facundo, 21h30 9, 15 e 23 de abril – “O Centro Histórico Faz Bem”, atividades promotoras de hábitos de saúde, bem-estar e estilos de vida saudáveis – Centro histórico 16 de abril a 27 de maio – Exposição coletiva de arte contemporânea, coleção L. Ferreira – Quartel, Galeria Municipal de Arte, de terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 14h30 às 19h 16 de abril – “Dança Abrantes” – “O Feiticeiro de Oz”, pela At.dançarte – Cineteatro São Pedro, 10h30 – 3€ 19 de abril – “A menina dança…” baile com F&M – Casa do Povo de Alvega, 15h 21 de abril – Lançamento do livro “Caderno de Abrantes”, de Eduardo Salavisa – Biblioteca Municipal António Botto, 21h30 22 de abril – “Dança Abrantes” – “Flashdance”, pelo Espaço Idança – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 3€ 23 de abril – Conferência “A Viagem em Portugal”, pelo escritor Miguel Real – Biblioteca Municipal António Botto, 18h 27, 28 e 29 de abril – XII Jornadas da Juventude de Abrantes – Espaço Jovem, Escolas Secundárias, Biblioteca Municipal e EPDRA 29 de abril – “Dança Abrantes” - “Dueto com Cinema”, pela Companhia Paulo Ribeiro – Cinetetatro São Pedro, 21h30 – 5€

Constância 29, 30 de abril e 1 de maio – Festival das Grandes Rotas – atividades nas áreas do turismo, lazer, desporto, cultura e ciência

Mação 25 de abril – Passeios da Liberdade – Passeio de cicloturismo, passeio infantil de bicicleta e passeio pedestre – Concentração no Largo dos Combatentes

Abril é o mês da dança em Abrantes. Durante todo o mês, “Dança Abrantes” levará ao palco do Cineteatro São Pedro espetáculos de três escolas do concelho e de uma companhia profissional de dança. A 8 de abril será a vez da Escola Silvina Candeias apresentar a sua performance de dança, ficando o dia 16 reservado à At.dançarte com o espetáculo “O Feiticeiro de Oz”. A 22 de abril o Espaço Idança leva a efeito “Flashdance” e a fechar o “Dança Abrantes” estará a Companhia Paulo Ribeiro, a 29 de abril.

CLDS 3G de Vila de Rei promove Seminário sobre Enologia e Prova de Vinhos jornaldeabrantes

A equipa do CLDS 3G de Vila de Rei, com o apoio da Câmara Municipal, vai promover, nos dias 8 e 9 de abril, duas iniciativas relacionadas com a temática da enologia. A 8 de abril, a Biblioteca Municipal José Cardoso Pires vai receber, a partir das 19 horas,

o Seminário “Vitivinicultura – Enologia”, com a presença do Eng. Vasco Tomás. No dia seguinte, pelas 10 horas, terá lugar, no Restaurante Paraíso do Zêzere, a iniciativa “Iniciação à Prova de Vinhos – Nível II”, sobre o tema “Aromas e Defeitos”.

Sardoal Até 10 de abril – Exposição “Projeto Capela 2016”, trabalhos dos alunos do Agrupamento de Escolas – Cá da Terra Até 15 de maio – Exposição de arte sacra “Rostos de Misericórdia”- Galeria do Centro Cultural Gil Vicente, de terça a sexta, das 16h às 18h, sábados e domingos, das 15h às 18h 9 de abril – Teatro “Meu Marido que Deus Haja”, pelo Teatro do Olimpo – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 9 de abril – Moinhos Abertos, jogos tradicionais, música, insufláveis, folclore, passeio pedestre, torneio de sueca, entre outras atividades – Núcleo de Moinhos de Entrevinhas, a partir das 10 horas Cinema - Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30: 16 de abril – “O Amor É Lindo… Porque Sim!” 30 de abril – “Zootrópolis”

Vila de Rei 6 de abril – Encontros Documentais “Diálogos intergeracionais – novos desafios” - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, a partir das 9h15 8 de abril – Seminário “Vitivinicultura – Enologia” – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, 19h 10 de abril – Os quintais nas Praças do Pinhal, venda de produtos das hortas e de artesanato local Vila Nova da Barquinha Até 22 de maio – Exposição “Foto-radiografias, 1896”, de Augusto Bobone – Galeria do Parque de Vila Nova da Barquinha 9 de abril – Congresso comemorativo do Centenário do Milagre de Tancos – Centro Cultural, a partir das 9h30


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NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

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OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho

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OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi

CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia

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CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

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CARTÓRIO NOTARIAL

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MANUEL DA VINHA BATISTA 01/07/1932 - 27/03/2016

AGRADECIMENTO A família de Manuel da Vinha Batista agradece a todos os amigos, a todos os que partilharam a sua dor e a todos os que, de alguma forma manifestaram o seu pesar. Agradecemos a sentida homenagem prestada pelo Rancho Folclórico e a Secção Desportiva da Casa do Povo do Pego. O nosso Muito Obrigado a todas as pessoas que, generosamente, participaram na missa de corpo presente. A todos Muito Obrigado.

Joana de Faria Maia, Notária EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura, lavrada no dia vinte e nove de dezembro de dois mil e quinze, a folhas trinta e um, do Livro de escrituras diversas número Quarenta e Cinco- G, deste Cartório, José Freitas Ferreira e mulher Maria Fernanda de Jesus Marques Freitas, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele, da freguesia de Martinchel, concelho de Abrantes, ela, da freguesia e concelho de Constância, residentes na R. de São Domingos, 411, em Martinchel, NIFs 113 164 335 e 113 164 343, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores de prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão para habitação, e, dependência para arrecadação, com a superfície coberta de 105,75 m2, e, logradouro, com 75,05 m2, sito em Alqueidão, freguesia de Martinchel, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 556, descrito sob a ficha 1862 da Conservatória do Registo Predial de Abrantes; este prédio foi edificado por ambos em terreno que veio à posse de ambos sensivelmente no ano de mil novecentos e setenta e sete, por doação verbal de João de Jesus Garcia e mulher Alice Jacinta Freitas, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Martinchel, fazendo assim parte do acervo patrimonial comum do casal; não obstante não terem título formal que legitime o seu domínio têm ambos usufruído do prédio, usando todas as utilidades por ele proporcionadas, fazendo as obras de restauro e conservação, pagando os respetivos impostos, com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa-fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente, contínua e publicamente à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, tudo isto há mais de vinte anos; e que, dadas as enunciadas caraterísticas de tal posse, adquiriram o prédio por usucapião, título este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, 29 de dezembro de 2015. A Notária (Lic. Joana de Faria Maia)

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

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