Jornal de Abrantes - Edição de Agosto, 2016

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AGOSTO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5546 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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CM Vila de Rei

Abrantes · Constância · Mação · Sardoal · Vila Nova da Barquinha · Vila de Rei

Rei Penedo Furado, no concelho de Vila de

O verão também passa por cá… Pág. 12 e 13 PUBLICIDADE

ENTREVISTA

CULTURA

DESPORTO

João Gaio da Silva: um aluno que promete

A semana mais criativa do ano esteve em Abrantes

Tiago Aperta sagrou-se Campeão de Portugal

“Inspira-te” e o musical “A campainha só toca uma vez” são apenas alguns dos projetos que encabeçou e que fizeram sucesso junto da comunidade em geral. Pág. 3

O JA acompanhou o 180 Creative Camp, pediu balanços e foi ouvir os entendidos na matéria. Pág. 4,5 e 6

O atleta abrantino faz um olhar no seu percurso desportivo. Enumera objetivos e refere as principais adversidades que têm cruzado o seu caminho. Pág. 19

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Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP


2 ABERTURA

AGOSTO 2016

FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) Joana Margarida Carvalho

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Diretora Colaboradores Alves Jana, Carlos Serrano e Paulo Delgado

Verão Quente

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 Cristina Azevedo cristina.f.azevedo@antenalivre.pt

Departamento Financeiro

Alves Jana

miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Os restos da criatividade... ainda são criativos?

Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

INQUÉRITO

Qual a sua opinião acerca da redução de 15% anunciada pelo Governo na A23?

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Design gráfico António Vieira Contactos Tel: 241 360 170 / Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Tiago Marchante

Hermínio Rosado

Miguel Silva

26 anos, Abrantes

49 anos, Pego

37 anos, Arreciadas

Penso que é uma má decisão porque todos os custos que o Estado vai ter que efetuar para fazer essa redução, como mudanças no sistema e nos painéis, vai ser mais alto do que os portugueses pensam. Isto é uma medida para “nos tapar os olhos” porque, um dia mais tarde, estes 15% irão ser repostos e vamos ver se não haverá mesmo aumento das portagens. Basicamente, estamos a ser prejudicados com tudo isto.

Tinha toda a lógica que a redução fosse de 100%, agora de 15% não vai adiantar muito ao bolso das famílias porque não é essa quantia que vai fazer com que as famílias vivam melhor. Até porque a nossa região está a ficar desertificada e faria todo o sentido nós não pagarmos para a utilização dessas vias, pois estamos a ser prejudicados em relação aos grandes centros.

Acho que essa redução não vai alterar nada. Isto é uma “roubalheira” pois pagamos quase tanto de Abrantes a Torres Novas como de Torres Novas para Lisboa. Talvez possa ter algum impacto a quem tem que lá passar diariamente mas a quem lá passa só de vez em quando, como eu, não vejo diferença nenhuma.

UM CAFÉ O Cantinho na Chainça, porque é de facto “o meu cantinho”. PRATO PREFERIDO Feijoada. UM RECANTO PARA DESCOBRIR A Lapa, perto de Sardoal. Muito convidativo. UM DISCO Qualquer um dos Coldplay. UM FILME Diamantes de Sangue, com Leonardo Dicaprio porque retrata a realidade. Sugiro vivamente. UMA VIAGEM A Costa Alentejana... a natureza, as pessoas, a gastronomia… tudo lá é bom. UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Camilo de Oliveira que recentemente nos deixou. Desde pequenino que o acompanhei. Um Senhor hu-

milde, com muita força de viver. UM MOMENTO MARCANTE O nascimento do meu pequenino Sérgio Machado… (que já tem 15 anos)…Porque é o maior…eu perdi o meu pai com 4 anos e sempre quis ser um super pai. UM PROVÉRBIO Mais vale tarde do que nunca! UM SONHO Ser feliz! UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Sair tudo à rua e descobrir os recantos fantásticos que a nossa região tem e que muita gente desconhece. É tão importante descobrir a nossa região.

Detentores do capital social Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

SUGESTÕES

Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis

Nuno Machado Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

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IDADE 35 NATURALIDADE /RESIDÊNCIA Lisboa / Abrantes. PROFISSÃO Sócio gerente da PlaceMais – Marketing e Publicidade UMA POVOAÇÃO Abrantes.

As temperaturas estão elevadas e as primeiras sirenes de combate aos incêndios já se fizeram ouvir no decorrer do mês que passou. A política nacional com alguns casos bem polémicos, como a Caixa Geral de Depósitos ou a execução orçamental, tem também estado a ferver junto daqueles que nos governam ou que querem governar. Mas o horror tem sido diário e os noticiários também, dando conta do que se passa pela Europa. França e Alemanha são exemplos bem claros do que os grupos islamistas radicais têm como principio fazer a esta Europa. Outros casos insólitos surgem do outro lado do mundo, como o que aconteceu no Japão, onde pelo menos 19 pessoas foram mortas num centro de apoio a pessoas com deficiência. São episódios que assombram os nossos dias e fazem despertar um sentimento de insegurança… Parece que vivemos num mundo louco, onde onde tirar a vida de alguém é cada vez mais fácil e feito sem qualquer tipo de respeito pela dignidade humana de novos e velhos. Há valores que hoje são completamente ultrapassados e até a nossa análise e reflexão não conseguem ter um fio condutor, porque quase todos os dias se passam coisas ainda piores. No meio de todo este nervosismo crescente estamos naquele que é chamado o mês de férias. Chega a hora de renovar energias, limpar a cabeça, simplesmente desanuviar e aproveitar os bons momentos que os nossos nos proporcionam, mas também esta região rica em espaços de lazer. Nesta edição, fazemos um olhar sobre alguns locais que são autênticas sugestões para este verão, quente de temperatura, mas também quente de momentos, para voltarmos com energia renovada.


ENTREVISTA 3

AGOSTO 2016

JOÃO GAIO E SILVA

“Ter só serve para dar” Abrantes, 17 anos, 12º ano, Escola Manuel Fernandes, curso de línguas e humanidades, média de 19, presidente da Associação de Estudantes em 2016 – principais projetos: “Inspira-te” (um sucesso) e o musical “A campainha só toca uma vez” (outro sucesso). Este ano, participou ainda no “Parlamento dos Jovens”, onde foi porta voz distrital, e na Cimeira das Democracias (UCP Lisboa). Foi membro do Conselho Municipal de Educação, em representação das associações de estudantes. Participou na associação “Juventude Amiga” e é escuteiro, “caminheiro” no 172. Concorreu e ganhou um segundo lugar num concurso nacional de ensaio filosófico. E foi uma voz fresca na Assembleia Municipal do 25 de Abril, em representação da associação de estudantes da sua escola. É “o aluno que qualquer escola quer ter”, disse o seu diretor. ALVES JANA

Qual é o segredo? Não há segredo. É ter vontade de fazer mais, porque nós somos jovens e esta é a altura da vida em que temos mais tempo, que pode ser utilizado para participar nestes projetos e fazer a diferença: fazer ouvir a nossa voz e dar um pequeno contributo à comunidade. Mas tens um sentido forte de organização. Procuro ter. A escola e a participação noutras atividades pedem-nos muito a gestão do tempo. Veio por necessidade. Gosto de estar ocupado, de participar no maior número de projetos e não consigo dizer “não”. Para isso, preciso de me

organizar.

olhar-nos como inseridos num meio com outras pessoas. Pode ensinarnos a olhar para o outro numa perspetiva de diálogo, para o escutarmos, compreendermos e reconhecermos na sua singularidade. Por isso tem um papel fundamental na formação de cada um de nós.

O que foi o ensino secundário? Foram três anos muito marcantes. Abriu muitas portas, em termos de ensino e dos projetos em que me pude envolver. Cada vez mais vejo que aquilo que aprendo se repercute nas minhas vivências e tem valor. E a experiência de dirigir a Associação de Estudantes? Foi muito boa. Foi um grande desafio. Propusemo-nos fazer muitas coisas, não as cumprimos todas, tentámos, mas fizemos grande parte e, enquanto Associação, podemos estar orgulhosos porque tivemos uma voz muito importante na nossa comunidade. Foi um desafio que conseguimos superar. E agora? Espero entrar em Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Nova, em Lisboa, e vamos ver os desafios que a Universidade me trará. Espero que sejam muitos. Como te vês, hoje, neste Portugal e neste mundo? Um bocadinho apreensivo. A situação não é fácil, nem cá, nem no mundo. Mas são estas situações que nos dão vontade de fazer alguma coisa – porque é preciso fazer algo. Vergílio Ferreira, um escritor de que gosto muito, diz num texto que “não nos reorganizávamos se não houvesse motivo para tal”. Este nosso contexto, no século XXI, impele-nos a pensar que é preciso reorganizar as coisas. Sobretudo os valores, porque são a base da sociedade e de todos nós. Espero que isso depois se repercuta nas outras dimen-

sões: a nível político, democrático, económico, social, cultural… Sem compromissos, é claro, que te vês a fazer dentro de 20 anos? Espero estar a fazer algo em que possa estar a prestar um serviço à sociedade. Em concreto, não sei. O curso [em perspectiva] dá para trabalhar em embaixadas, na vida política, em empresas… mas sobretudo quero fazer algo em que possa prestar um serviço. De todas as causas, qual seria a que, neste momento, mais te mobilizaria? Boa pergunta… Tenho participado em projetos de voluntariado, onde procuro ajudar os que me são próximos e têm maiores dificuldades. Outra causa seria uma maior participação dos jovens, uma maior cultura democrática nas nossas comunidades… O que representou para ti o prémio de filosofia? Honestamente, foi a prova de que,

quando queremos, o nosso trabalho acaba por ser recompensado. Já tinha participado no ano anterior, sem resultados. Este ano o trabalho foi reconhecido, não estava à espera, mas fiquei satisfeito. Uma palavra forte, para ti, é “incomensurável”. É uma palavra muito forte, utilizo-a muitas vezes e em contextos muito diferentes. Diz-nos de uma coisa que é sem medida, que não se pode contar, dá-nos uma dimensão de infinitude. Gosto muito da palavra em si. O teu ensaio premiado procura responder à pergunta “o que pode a Filosofia fazer pela tolerância e paz mundial?” O que pode? A minha tese é que pode fazê-lo através da educação. Uma educação não tanto académica, na sala de aulas, teórica, mas na promoção dos valores. A Filosofia faz-nos pensar muito, impele-nos a sermos melhores, a viver de um modo ético, a

Que representou a tua participação na Assembleia Municipal do 25 de Abril? Foi um dos momentos mais marcantes do meu secundário. Senti que, em representação de tantos jovens, estávamos ali a ter voz. Tinham-me dito que só íamos para ficar bem na fotografia. Eu achei que não, que podíamos ter ali um papel ativo e por isso propusemos o projeto “jovem autarca”, que é capaz de andar para a frente. Se conseguirmos colocar os jovens a participar de uma forma que os entusiasme, estamos a contribuir para a cultura democrática e para uma democracia participativa, que é fundamental, na nossa cidade, no país e na Europa. Abrantes. Que diz a um jovem que viveu aqui, mas está de partida? Abrantes há de ser sempre o meu porto de abrigo. Tenho cá a família, e tenho cá 17 anos de muito boas memórias e muito bons amigos. Mas olho para Abrantes vem-me à cabeça sobretudo o futuro. A geração que está agora a sair tem muito valor. Quando voltar, seja como for, espero contribuir para a cidade que me deu muito a mim. O meu padrinho disse-me, há tempos, que “ter só serve para dar”. Eu espero ter, para poder retribuir o que Abrantes me deu. PUBLICIDADE

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180 CREATIVE CAMP

Às quatro da tarde o sol abrantino não perdoa e incide fortemente nas fachadas dos edifícios da Praça Barão da Batalha. Os andaimes montados numa delas lembram obras, mas os cores e traços que se vislumbram estão longe de ser as pinturas típicas da região, brancas com uma faixa amarela. Sete jovens enfrentam o calor intenso e vão dando os últimos retoques nos tons de rosa, verde e uma cor mais escura, que faz o contraste. Percebe-se que é arte. Um dos artistas desce dos andaimes e observa o trabalho. É Pablo Purón Carrillo, um espanhol de 32 anos, “a mão e o filósofo” da Boamistura (a equipa multidisciplinar de artistas que começou nos grafitis e que agora se dedica sobretudo a murais) que aceitou este desafio. Observa, a uns metros de distância, e vai dando algumas instruções de pormenor aos outros artistas, que, nos andaimes, vão finalizando a pintura que tanta curiosidade foi suscitando aos

abrantinos. Trabalharam intensamente durante três dias e os retoques finais ainda os iam ocupar um pouco mais. Como é trabalhar debaixo dos raios intensos do sol abrantino? “Uf! É duro! Sobretudo à tarde.” – reconhece Pablo. Mas vale bem a pena. A dona de uma das lojas observa e gosta do que vê. “Há pessoas que gostam e outras que não gostam, mas eu acho que está bonito!” A pintura foi feita a pensar na terra e nas pessoas que nela vivem. Sendo Abrantes conhecida como a cidade florida, os artistas decidiram pintar uma malva silvestre. Por ser autóctone. Pablo Puron explica que a ideia foi “melhorar a imagem desta fachada, tão central, numa praça que é uma referência”, para além de “deixar um pouco de cor e dar mais valor ao lugar”. “Quando estamos lá em cima (a pintar) não nos apercebemos das reações das pessoas, mas há pessoas que se dirigem a nós, para nos felicitar” – conta Pablo Puron,

Hália Costa Santos

“A cidade fica mais bonita!”

que pintaram a fachada florida esperam que a obra fique o tempo todo •queArtistas for possível

visivelmente satisfeito com o resultado, que no dia desta conversa era já quase final. Os abrantinos continuavam a passar e a olhar. Vicente Simões, 54 anos, enquanto via

a pintura pela primeira vez, comentava: “Está bonito.” Isabel Marcos, 40 anos, abrandou o ritmo com que caminhava para observar. Também gostou, assim como de

tudo o que vai acontecendo no âmbito do Creative Camp: “Acho interessante, criativo, coisas que nunca aconteceram aqui em Abrantes.” Verdadeiramente entusias-

mada com a malva silvestre, Filipa Baptista, de 16 anos, lamentava não se ter inscrito no Camp. É estudante de artes e vibra com estas coisas. Mas os exames exigiram estudo acrescido, logo nesta altura do ano. Mesmo assim, vai apreciando o que se vai passando. Gosta da flor na fachada por ser uma imagem que “faz sentido” em Abrantes. E assume-se como uma adepta destas intervenções: “O Creative Camp tem feito um trabalho excelente. A cidade fica mais bonita. Gosto da ideia da arte com o antigo.” Muitas das intervenções feitas nos Camps dos anos anteriores vão ficando na cidade. Os abrantinos já se habituaram a que algumas fiquem durante meses. A ideia é que esta fique três anos. Pablo Puron deixa um desejo, sobre a malva silvestre na fachada central: “Que fique todo o tempo que for possível. Ficaremos encantados que perdure e que seja mais um atrativo para Abrantes!”. Hália Costa Santos

Não há dúvida que, durante o 180 Creative Camp, Abrantes fica diferente. E não apenas durante a semana em que artistas e jovens criativos de todo o mundo se juntam, pois esta é uma mudança que se prolonga no tempo. A cidade permanece com as obras e os vestígios da passagem deste campo criativo. E sendo já a quarta edição desta produção do Canal 180 em Abrantes, os dedos não chegam para contar tudo o que já foi feito por aqui. Este ano, quem deixou bem visível a sua presença em Abrantes foi o arquiteto Javier Peña Ibañez. Com a ajuda de todos os participantes, reinterpretou a calçada portuguesa, construindo novas formas e padrões. A calçada foi trabalhada por todos, com a preciosa ajuda de calceteiros abrantinos, numa verdadeira troca de saberes e experiências. O resultado fo-

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ram três estruturas, que permanecem na Praça Barão da Batalha, convidando quem por lá passa a sentar-se em cima delas ou simplesmente a observar e interiorizar esta nossa tradição sob uma outra perspetiva. Algo muito interessante relativamente a estas peças finais é o facto de algumas serem móveis. Quando foram transportadas até à praça, muitas cabeças vieram à janela e muitas pessoas saíram das suas portas para verem que furacão estaria a passar pela rua. Era a calçada numa parada em cima da calçada de Abrantes. Foi num desses momentos que uma comerciante saiu da sua loja para admirar e agradecer a inovação que o 180 Creative Camp tem trazido até cá. Cada qual à sua maneira, os abrantinos envolvem-se neste evento. A começar pelas crianças que, no contexto das Férias Jovens, puderam

Raquel Moreira, Canal180

A semana mais criativa do ano é em Abrantes!

• Cada qual à sua maneira, os abrantinos envolvem-se no evento aprender com diversos artistas: pintaram um mural alusivo à “cidade florida” com Constança Amador; tiveram

um workshop de criação musical sob o lema “faz tu mesmo” com o artista Tomba Lobos; experimentaram a in-

tervenção urbana com Barato, que também trabalhou com as crianças numa animação stop motion intitulada “A

Minha Rua”. Já os jovens estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes estiveram no workshop sobre documentário, orientado pelo realizador nova-iorquino Sean Dunne, que mostrou como as pequenas coisas ao nosso redor podem ser valiosas, motivo de registo e reflexão. Para além disso, a programação aberta à população, que contempla concertos, conversas com artistas ou a exibição de filmes, é também um elo forte de ligação entre a comunidade abrantina e o 180 Creative Camp, sobretudo quando os espaços onde ocorrem fazem parte do centro histórico da cidade. “Segunda feira estamos cá outra vez para trabalharmos”, disse um dos calceteiros a Javier Peña Ibañez. Fosse o campo mais longo e mais coisas se criariam! Teresa Justo Santos


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“Uma aposta ganhadora”, foi desta forma que Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes, iniciou a apresentação de mais uma edição do 180 Creative Camp, que decorreu em Abrantes entre os dias 3 e 10 de julho. “Quando aceitámos a proposta, dissemos que teriam de ficar connosco durante 10 anos, para a estabilização do projeto. Nós temos consciência que projetos desta natureza não se sedimentam de um ano para o outro, demoram o seu tempo, até porque a própria comunidade não está logo preparada para acolher e receber os criativos”, realçou Maria do Céu Albuquerque. “Fizemos uma avaliação [das edições anteriores] que foi claramente positiva (…)

Raquel Moreira, Canal 180

Autarquia de Abrantes faz balanço positivo do 180 Creative Camp

atingimos um patamar de desenvolvimento que nos agrada, mas que não nos conforta, deixa-nos sempre com vontade de fazer mais e diferente, e este ano o envolvimento da comunidade foi maior”, salientou a autarca. Por sua vez, Luís Dias, vereador com o pelouro da cultura, deixou também um balanço ao JA e referiu que “durante uma semana tivemos

diferentes workshops, espetáculos de música e iniciativas descentralizadas em Rio de Moinhos e em Alvega. No balanço de 2015, há um retorno efetivo na economia da região de 47 mil euros e depois há um retorno indireto que vai desde tudo o acontece na imprensa, nos mupis que são colocados em Lisboa e no Porto, etc, de 117.500 euros”. “Quando se servem ao

longo de uma semana cerca de 1000 refeições, em sete restaurantes que aderiram, quando sabemos que esgotamos quase todo o alojamento existente, quando percebemos que os pequenos estabelecimentos comerciais querem “ser atacados” percebemos que é uma semana que se repercute nas carteiras e nas caixas registadoras da nossa economia”, avançou o vereador. Acerca do mural dos rostos do Centenário, a colocar no muro por baixo da Biblioteca Municipal e cuja concretização estava prevista durante a semana do Creative Camp, Luís Dias avançou que é intenção da autarquia concretizar o projeto antes do final do verão. Joana Margarida Carvalho

2016 em números √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √

Anfitriões de Abrantes: 14 Participantes de Abrantes: 7 Participantes Internacionais: 20 Participantes Nacionais: 25 Passatempos Internacionais: 4 Participantes Férias Jovens: 160 Passatempos Nacionais: 2 Faculdades Nacionais (bilhetes aos melhores alunos): 8 Jornalistas residentes: 7 Artistas internacionais em talks, workshops e residências artísticas: 20 17 nacionalidades Espetáculos/ Música: 3 Apresentação de Portfolios: 1 Intervenção em lojas, “Stores Art Attack”: 15 lojas 1 Media Trip 3 ações no cais de acostagem de Rio de Moinhos, no parque urbano de São Lourenço e na Estação de canoagem de Alvega 1000 refeições em 7 restaurantes da cidade Ocupação de (praticamente) todo o alojamento disponível da cidade Parceria direta com a ESTA, Escola Superior de Tecnologia de Abrantes Subcontratação de empresas locais (AMS, Zona B, Ajibita, Trincanela, etc.) Aquisição de mercadorias e materiais em diferentes estabelecimentos locais (tintas, ferramentas, impressões, material de decoração, entre outros); Investimento global municipal: €75,000.00 (Iva incluído) Retorno económico (dados de 2015) PUBLICIDADE

Distrito: Santarém Concelho: Abrantes Freguesia: Souto Valor de Venda: 800.000€ Área Total: 6 300 m2 Área Coberta: 551 m2 4 quartos: 11 m2; 14 m2; 14 m2; 15 m2 2 suites: 17 m2; 14 m2 Cozinha: 22 m2 Sala1: 45 m2 Sala2: 54 m2 Terraço: 126 m2 Antiga Adega com Cozinha: 168 m2 Painel de azulejos Viúva Lamego 5 min da Aldeia de Bioucas

Excelente moradia, muito procurada pela sua beleza natural e com características únicas no seio da barragem de Castelo de Bode. A sua localização contígua às margens pode permitir a colocação de um lugar privativo para amarração de um barco. A prática de desportos náuticos na Albufeira assim como actividades ao ar livre torna -a em uma propriedade singular para amantes da Natureza. Beneficia de grande privacidade em relação à oferta existente na envolvência. Um verdadeiro santuário de Fauna e Flora desenhada para passar bons momentos em Família. Óptimas acessibilidades perto da A23, A13 e A1.

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180 Creative Camp Criativos de todo o mundo juntaram-se em Abrantes e foram algumas as marcas deixadas na cidade pelo 180 Creative Camp. O Jornal de Abrantes pediu aos entendidos para analisarem e escreverem sobre o assunto

Paulo Passos

Designer

Gosto do 180 Creative Camp. No entanto, após quatro edições, permanece a questão ‘o que é 180CC’? Não são as ‘festas!’, porque essas já passaram. Não é uma feira medieval. Não é um festival. Então, o que podemos esperar do Creative Camp? Li que este evento promove ‘trocas de experiências entre artistas e participantes e, é mais valorizado o processo de construção e criação do que o produto acabado’. Viver uma semana, em espírito ‘inter-rail’, a construir processos criativos. Brilhante e raro, ao mesmo tempo. Mas nem sempre se consegue. Mas há quem consiga. E no 180CC conseguem-no. E devo admitir, que enquanto ‘criativo’, sinto inveja. Faço aqui uma viagem enquanto ‘passageiro’ que testemunha e procura acompanhar os ‘criativos’ que tomam a cidade. Confesso que, em 2013, quando vi a divulgação do evento, criei uma expetativa enorme. Penso que se sentiu que ‘aquilo’ podia trazer alguma coisa à cidade. E trouxe. 2013. Questionei a organização se podia assistir a algum workshop. Foi-me dito sempre que sim. Ao que perguntava, ‘quando é?’. A resposta era sempre a mesma ‘vai passando’. Por questões profissionais e pessoais não pude estar sempre a passar nos locais, os quais nem sempre sabia onde eram. Fui passando. Uma noite passei nas antigas piscinas. Gostei da urbanidade vivida no espaço. Fui ao S. Pedro, para perceber o ‘produto acabado’ desse ano. Mas mais uma vez senti inveja pela minha inatividade em qualquer tipo de intervenção. Normal. Desse ano, das muitas intervenções efémeras, perduram alguns murais. 2014. Devo referir o excelente design desenvolvido por Calugi, que

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ainda ouvi. Interessou-me o concurso para intervir em espaço público, mas enquanto parte de uma entidade organizativa, não participei. Senti inveja, mais uma vez, mas compreensível. Por indicação do primeiro ano ‘fui passando’ nos diversos espaços que os criativos iam preenchendo na cidade. Ainda assisti ao showcase de Noiserv. Fui vendo de longe algumas intervenções. Mais paredes foram ficando com frases e graffitis. Das intervenções efémeras, sobrevivem os ‘homenzinhos’ de Cordal, que invadiram (e bem) as nossas ruas. Nesse ano, senti uma maior interação com os que cá estão. E ainda bem.

Vi-os ao longe. Senti Inveja 2015. Destaque para a interação com os espaços comerciais locais. Mais uma vez pintam-se paredes, algumas bem conseguidas, como é exemplo o trabalho de INSA. Mais uma vez procurei saber detalhes sobre os workshops, foi-me dito ‘vai passando’. Acabei por não saber quando ou como foi. Desse ano, destaco os concertos nas ruas da cidade. 2016. Mais uma vez aclamou-se uma ‘maior intervenção com a comunidade’. As crianças tiveram o seu espaço intervindo com os criativos (como em 2015). Não perguntei a ninguém onde e quando eram os workshops, fui passando. Lembro uma tarde em que os participantes e organização estavam num relvado da cidade. Numa placa lia-se: «workshops». Vi-os ao longe. Senti inveja. Mas já me acostumei à ideia de os ver ao longe. Já percebi que nos cabe observar o ‘produto acabado’. Não é que seja mau. Este ano ainda não tenho uma opinião em relação ao que ficou. Não acompanhei tanto. Tenho um ano inteiro para ‘gostar’ ou não. Mas isto do ‘gosto’ na criatividade é subjetivo. Retenho um episódio de uma participante que, com máquina ao peito, perguntava por gestos, se podia tirar uma fotografia a um senhor que passava no final do dia de trabalho. Ele surpreendido respondeu ‘oh menina, não vê que estou todo sujo e suado!’. Não sei se ela percebeu. Mas ambos continuaram o seu caminho. E assim é. Os criativos voltam às suas cidades com o ‘dever’ cumprido. Os que cá ficam seguem o seu cami-

nho mais ou menos criativo. Numa retrospetiva pouco aprofundada, devemos dizer que o que nos fica é efémero. Mas o que não é efémero hoje em dia. Como escreveram este ano, nas paredes da cidade, o Creative Camp acaba e fica o SILÊNCIO dos criativos que nos visitam naquela semana. Ou numa outra leitura do que escreveram nos claustros, espera-se uma ‘transição’, uma mudança, uma evolução não só dos que habitam Abrantes todos os dias, como de toda a organização. Para acabar com a minha ‘inveja’, espero que seja criado mais espaço aos de cá, não só como transeuntes passivos do Creative Camp, mas ainda como membros ativos de um campo que também é nosso. O da cidade e o da criatividade.

grande. A falta de contacto com a população e sobretudo com artistas locais. A autarquia faz propaganda de que os abrantinos gostam desta iniciativa, que falam com os artistas, mas na verdade nada sabe. Alguns cidadãos se aproximam dos autores e alguns perguntam, mas não são informados realmente do que estão a fazer. Falei com algumas pessoas sobre isto, nada sabem. Sim o prédio com as flores é bonito, a calçada é engraçada, mas nada mais. Em relação à intervenção dos artistas locais, já falei com os responsáveis, escrevi em vários meios de comunicação e continuo a dizê-lo: não existe interação com os artistas locais. Não são convidados. Há jovens criativos, muitos que vivem no nosso concelho, mas não são ajudados. O mural florido é muito bonito e dá felicidade a praça, mas temos muitos artistas que o podiam fazer também, talvez até mais barato (lembro que esta iniciativa custa a municipalidade 75.000€!) por favor, no próximo ano, convidem os jovens artistas locais! Razie

lecomunicações e da intervenção na estátua no Jardim do Castelo (foi interessante assistir à discussão originada sobre o património e o seu valor). Ninguém sabia o que estava a acontecer… Terminou à alguns dias a quinta edição… Podemos ir para a rua perguntar às pessoas: O que mudou em Abrantes com o Creative Camp? É na lógica de competição entre cidades pelos melhores recursos que o evento Creative Camp existe como ferramenta. Uma ferramenta que permite colocar Abrantes nas bocas do mundo. Em especial nos meios de comunicação especializados nas temáticas da criatividade, da arte e da cultura. Que cria espaços de interação entre o global e o local: que cria global no local, que instala o local no global. E assim se pretende atrair o recurso mais volátil: os recursos humanos, os talentos, a classe criativa… Por tudo isto, entendam que o público-alvo do Creative Camp não são os abrantinos… nem mesmo os artistas/ criativos…

A sensação que estamos a perder”

Massimo Esposito

Pintor

O que posso dizer? Como o posso fazer? Creative Camp é uma ideia bonita, original (de alguns anos atrás) e acho que poderia ser realmente algo de interessante e estimulante para qualquer cidade. Jovens, sobretudo jovens criativos, com tanta vontade de fazer algo novo, podem realizar o que lhes passa na cabeça. Quando estás a meditar sobre o que fazer no futuro e Voilá aparece do nada um canal de televisão que vai publicitar a tua fantasia, uma Câmara que te apoia na logística, outros que te pagam os materiais e as infraestruturas, outros colegas que vão conviver contigo para uma semana de música, palestras, pinturas e muito mais, uma cidade nas tuas mãos. Quando universitário, gostaria de ter tido uma oportunidade assim, é verdade! Mas cada projeto tem um, mas este Creative Camp tem um muito

Sónia Pedro

Presidente da Associação Médio Tejo Criativo

Eu aqui me confesso fã do conceito e do modelo de negócio do Creative Camp. O problema está na implementação. Nascido na UPTEC, no Porto, o Canal 180 criou um evento de carater global que promete transformar uma cidade através da criatividade. Em Julho – vá-se lá perceber porque esperamos que o tórrido verão chegue e que as Escolas Secundárias fechem -, as “Creative Collaborations in Media Arts” invadem Abrantes. E por cá já assentaram arraiais. Ainda me lembro da surpresa das pessoas aquando da primeira vez, das fitas vermelhas na Torre das Te-

O que fica para Abrantes, a cada nova edição? A amarga sensação de que estamos a perder. A perder oportunidades. Oportunidade de aproveitar a presença de artistas de renome internacional para efetivar a verdadeira revolução. Oportunidade para envolver os cidadãos. Oportunidade para permitir novas experiências, novas perspetivas, novas bagagens aos nossos artistas e criativos. Oportunidade para disseminar o sincero valor deste local à escala global. Oportunidade para valorizar o que é nosso. É que de nada nos valem fantásticas, moderníssimas estratégias e conceitos para as cidades, quando elas estão divorciadas dos seus habitantes. Para quem estaremos nós a construir a cidade: para os seus residentes ou “para inglês ver”?! “Por que estão a Pull&Bear e o WeTransfer em Abrantes a seguir o 180 Creative Camp?” E por Abrantes, tudo como dantes!


VILA NOVA DA BARQUINHA 7

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No âmbito de uma candidatura ao Plano de Ação e de Regeneração Urbana (PARU), o Município de Vila Nova da Barquinha tem na calha seis projetos de regeneração urbana no centro histórico da Vila e de onde poderá nascer um ninho de empresas. “Vamos apostar fortemente num ninho de empresas, num valor muito perto de 500 mil euros, para alocar projetos de recursos endógenos, de pequenos empresários que, em coworking, possam trabalhar nestes serviços e fazer partilha de despesas. O objetivo é dinamizar o centro da vila”, disse Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. O presidente confirma a necessidade deste investimento e confessou que, re-

cebeu “alguns jovens que, quer na área da agricultura, quer no turismo, necessitam e têm vontade para trabalhar. Temos que os apoiar no chamado takeoff do empreendedorismo. Não têm gabinetes, não têm novas tecnologias e o objetivo é, no fundo, facultar-lhes os meios humanos e patrimoniais para que eles possam desenvolver a sua atividade. Isto só se pode fazer, pois a capacidade financeira também não é muita neste momento, ajudando no pagamento de uma renda simbólica e, com a divisão de custos, obviamente que torna muito mais fácil o acesso a outros projetos e incentiva-os para as próprias atividades que eles querem desenvolver”, explicou o autarca.

Pérsio Basso

Município pretende criar ninho de empresas e aposta na expansão do Centro de Negócios

Fernando Freire afirma que o Centro de Negócios parece estar a ganhar força e “está em expansão”

O presidente da Autarquia explicou que este projeto “vai incidir sobretudo em áreas do centro histórico, pois nesta primeira fase só nos permitem candidatar zonas históricas. Vamos fazer alguns quadros de investimento que temos já planeados, nomeadamente alguns concursos e respetivos projetos”. “Vamos intervir na Rua da Misericórdia, com um valor muito perto dos 200 mil euros, no Bairro S. João de Deus, a poente de Vila Nova da Barquinha e que é um bairro do início do século XX, com 100 mil euros, e vamos requalificar um edifício que está junto da Galeria de Santo António, também com 60 mil euros”, acrescentou Fernando Freire.

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Secretário de Estado do Ambiente debateu problemáticas do Rio Tejo A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, a Associação Tagus Vivan e o Protejo, promoveram no dia 7 de julho, no Centro Cultural de Barquinha, a Conferência “Médio Tejo – Sustentabilidade do Rio”. A sessão que teve como objetivo promover uma reflexão sobre a importância dos caudais ecológicos e a sustentabilidade do rio Tejo, contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins. Em declarações, o responsável identificou dois grandes problemas que o rio enfrenta a sua “qualidade e quantidade”. Carlos Martins falou do trabalho de acompanhamento que a Comissão do Rio Tejo, ao nível da administração central, está a levar a cabo. “Os focos de poluição é uma matéria que está a ser muito bem acompanhada pelo Sr. Ministro. Uma Comissão que tem tido bons resultados e que vai apresentar, brevemente, um conjunto de ações e medidas que devem merecer o critério de prioridade. Estamos atentos a um ou ou-

Mas há mais no que diz respeito ao investimento na Barquinha. O Centro de Negócios parece estar a ganhar força e o presidente da Autarquia confessou que “está em expansão, posso dizer isso”. “Estamos a pensar o Centro de Negócios para grandes empresas. Neste momento já temos alguns contratospromessa assinados e vamos acreditar e ter esperança que o Centro de Negócios se vá desenvolver. Estou com muita esperança em vários projetos que temos em carteira”, disse. Quanto à candidatura no âmbito do PARU, para a regeneração urbana, terminou no dia 30 de junho e o Município aguarda agora “a respetiva discussão”, disse Fernando Freire.

Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, •Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, Fernando Freire, presidente da CM de Barquinha

tro episódio de natureza industrial que está com uma atitude menos colaborativa e que poderá obrigar a uma postura mais ativa da fiscalização”, afirmou o responsável. Em matéria de quantidade, o Secretário de Estado avançou que “é um processo que é complexo, que naturalmente há já um conjunto de licenciamentos que merecem revisão. Há interesses que nem sempre são convergentes do uso dos recursos hídricos, mas estou em crer que vamos conseguir encontrar espaço de diálogo e de concertação para melhorar as quantidades”. Carlos Martins referiu que o Governo avançará, dentro em breve, com alguns “investimentos nas estações de tratamento de águas residuais para reduzir a carga orgânica

que possa existir, com apoio de Fundos Europeus”. Por fim, para o responsável, todos os problemas identificados no rio Tejo “terão de envolver a agricultura, a economia, o Ministério do Ambiente, as comunidades intermunicipais, os municípios, os agentes económicos e os cidadãos no geral, para que sejam agentes ativos na participação civil desta problemática”. Temas como “a Importância do Tejo”, “a Problemática dos Caudais Ecológicos”, “a Monitorização Internacional e Qualidade das Massas de Água Transfronteiriças” e a “Gestão dos Centros Produtores e a Proteção Civil”, fizeram parte da conferência que Vila Nova da Barquinha recebeu. JMC

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8 MAÇÃO

AGOSTO 2016

Mação integra Rede da Unesco de Cidades da Aprendizagem O concelho de Mação foi integrado na Rede da Unesco de Cidades da Aprendizagem, anunciou hoje aquele município, em resultado de uma candidatura apresentada no âmbito de um plano integrado de formação ao longo da vida. A decisão destaca “a visão, planeamento e implementação do conceito de aprendizagem ao longo da vida” em Mação, que assim se torna “o primeiro município em Portugal Continental e na Península Ibérica a obter este reconhecimento por parte do Instituto de Aprendizagem ao Longo da Vida da Unesco”, destacou à agência Lusa o presidente daquela autar-

quia do distrito de Santarém. Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, disse que o município apresentou à UNESCO um “plano integrado de formação ao longo da vida assente em três pilares fundamentais”, tendo referido “o ensino pré-universitário, com os programas do Agrupamento de Escolas de Mação”, e o ensino superior, com cursos de Mestrado Erasmus Mundus, programas de gestão cultural do território (Apheleia), numa parceria estratégica com o Instituto Politécnico de Tomar”. Além disso, continuou, o projeto educativo de Mação “assenta na aprendizagem permanente de toda a população, envolvendo os

Xutos e Pontapés dão concerto solidário dia 26 de novembro

Os Xutos e Pontapés vão atuar em Mação, no dia 26 de novembro, num concerto solidário para com a Associação Ares do Pinhal. Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal, referiu que a autarquia “terá de alugar uma tenda e um palco para a realização do espetáculo que acontecerá na zona industrial, junto à Escola Fixa de Trânsito da vila, num apoio de cerca de 17 mil euros mais IVA”. Segundo o site da Associação, a Ares do Pinhal é uma IPSS criada há 23 anos e que iniciou as suas atividades com uma Comunidade Terapêutica para toxicodependentes em Aldeia de Eiras, no concelho de Ma-

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ção. Desde então criou mais duas Comunidades Terapêuticas, uma em Chão de Lopes Pequeno, também no concelho de Mação e outra na Rinchoa, em Sintra. A partir de 1998, a Ares do Pinhal assumiu a gestão de alguns Programas de Redução de Riscos e Minimização de Danos no âmbito de uma parceria criada entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e, na altura, o Projeto Vida, com supervisão técnica do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT), atualmente Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), do Ministério da Saúde.

Projeto educativo de Mação “assenta na aprendizagem permanente de toda a população”

outros pilares, como a Biblioteca Municipal e a Universidade Sénior, que abarcam as dimensões do aprender e do cuidar, em torno da quali-

dade de vida global”. Para o autarca, a integração de Mação nesta rede da Unesco é “motivo de orgulho para as suas gentes e é um

reconhecimento do trabalho que aqui é desenvolvido, constituindo-se como um fator que pode ajudar a promover e a solidificar a edu-

cação em Mação, nos vários níveis de ensino”. A Rede UNESCO de Cidades da Aprendizagem visa promover o diálogo e a aprendizagem partilhada entre as cidades que a integram, estabelecendo laços e parcerias e aumentando as competências e os instrumentos disponíveis, na perspetiva do Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e, em especial, da educação de qualidade inclusiva e com equidade, da promoção de oportunidades de aprendizagem para todos, e da transformação dos espaços urbanos em locais “humanos, inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.” Lusa

Mação lança empreitada de requalificação da entrada da vila Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, adiantou que foi aprovado, na reunião de câmara do dia 13 de julho, o lançamento da empreitada de requalificação da entrada sul da vila, num investimento a rondar 1 ME. “Os objetivos [da obra] são resolver problemas que temos no inverno com as águas pluviais, sendo que surgem autênticas poças de água que ficam na entrada da vila. Fruto de várias obras que foram feitas ao longo dos anos por outras entidades, algumas coisas nunca ficaram devidamente arranjadas, temos de fazer a drenagem das águas pluviais que não é feita de forma conve-

niente, vamos proceder ao alargamento e requalificação da ponte que está na entrada, que é extremamente apertada para camiões, vamos alindar e pretendemos reformular a iluminação pública que não é a mais adequada. Vamos tentar dar outra dignidade à entrada da vila”, explicou Vasco Estrela.

Obras a iniciar no concelho Vasco Estrela referiu que é intenção da autarquia lançar outro concurso público que diz respeito à “criação do Centro de Negócios e o Ninho de Empresas na zona industrial”, num investimento de cerca de 2 ME.

“O que pretendemos fazer naqueles 4.000 metros de área coberta é possibilitar a criação de empresas dos mais variados âmbitos e áreas. Podem ali começar a desenvolver as suas atividades, em espaços autónomos, com alguns espaços comuns, como áreas administrativas, salas de reuniões e refeitórios. Portanto a nossa ideia é ter ali um espaço, que no máximo permitirá a criação ou poderá ser usufruído por 28 empresas e que vai permitir que as que estão em início de atividade possam optar por ali se instalar, ficando desoneradas de investimentos avultados, em termos de instalações

ou aquisição de um terreno”, disse o presidente. “Estamos somente a falar de investimento autárquico. A Câmara contraiu já um empréstimo para ter capacidade de pagar as obras e não para as mandar fazer e não as pagar e dentro da nossa capacidade de endividamento está resolvido. No que diz respeito à entrada sul de Mação, temos a expectativa de no âmbito do Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU) podermos vir a ter alguns fundos para esta intervenção”, finalizou Vasco Estrela. JMC

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SARDOAL 9

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SARDOAL

Casa Grande e Externato Rainha Santa Isabel representam investimento privado de 4ME Miguel Borges, presidente da CM de Sardoal, disse que foi aprovada na Ăşltima Assembleia Municipal uma adenda ao protocolo que prevĂŞ a cedĂŞncia da Biblioteca Municipal para ampliação de um Hotel de Charme que a autarquia quer ver nascer na designada “Casa Grandeâ€?. “Na Ăşltima Assembleia foi aprovada uma adenda ao protocolo inicial que visa a cedĂŞncia do espaço onde hoje se encontra a Biblioteca Municipal. Em contrapartida o promotor recupera o antigo Externato Santa Isabel e ali serĂĄ colocada a Bibliotecaâ€?, explicou o autarca. Recorde-se que a “Casa Grande ou dos Almeidaâ€? foi entregue a um investidor privado para ser transformada num “hotel de charmeâ€?. A ce-

dĂŞncia do edifĂ­cio, por um perĂ­odo de 50 anos, Ă empresa Marimi, Sociedade de GestĂŁo Hoteleira, SA., estĂĄ a aguardar aprovação e estĂĄ em fase de avaliação junto Direção Geral do PatrimĂłnio Cultural, sendo este um imĂłvel classificado de Interesse Nacional. Segundo o autarca sardoalense, neste momento, o promotor ainda estĂĄ a realizar uma candidatura a fundos comunitĂĄrios para proceder ao investimento de 4 ME na recuperação dos dois imĂłveis. “Um investimento global de 4 ME, quase na totalidade privado, em que os encargos que a autarquia tem sĂŁo questĂľes de pormenor. Com este investimento temos a recuperação de dois imĂłveis, disponibilizando por

um lado um equipamento, que a nossa regiĂŁo nĂŁo tem, que ĂŠ um hotel de charme com 42 quartos e uma nova biblioteca, dando-lhe outras condiçþesâ€?, afirmou Miguel Borges. “A nossa biblioteca tem grandes problemas de mobilidade, era uma antiga casa de habitação, constituĂ­da por muitas salas e salinhas, muitos desnĂ­veis e escadas e assim podemos ter uma outra com outra qualidade,â€? acrescentou o presidente. O projeto do Hotel de Charme prevĂŞ a recuperação, ampliação e adaptação do edifĂ­cio, num hotel com 42 quartos, piscina interior e exterior, sala de eventos, SPA, restaurante e ĂĄreas de lazer e bem-estar. Sobre o tempo duradouro que o projeto estĂĄ a levar, o

presidente da Câmara disse que este “ tempo era necessĂĄrio por vĂĄrias razĂľes, porque temos um edifĂ­cio classificado e, como tal, hĂĄ regras rigorosas de intervenção neste edifĂ­cio, que obrigam a um conjunto de estudos prĂŠvios, desde de histĂłria de arte, de arqueologia... Esses estudos foram feitos ao longo deste tempo, ou seja, nada esteve parado. Esta alteração ao protocolo fez com tivĂŠssemos de obter uma autorização da Direção Geral das Bibliotecas e do Livro e uma visita dos seus tĂŠcnicos, onde lhes foi dado a conhecer o novo local da biblioteca, e tivemos de aguardar essa mesma autorização.â€? “AtĂŠ ao final do ano esperemos que as obras comecem,â€? finalizou. Joana Margarida Carvalho

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10 PROTEÇÃO CIVIL

AGOSTO 2016

DISTRITO DE SANTARÉM REGISTA 200 FOGOS DESDE O INÍCIO DO ANO

Incêndios decrescem este ano O ano de 2016 apresenta, até ao dia 15 de julho, os valores mais baixos, quer em número de ocorrências quer em área ardida, desde 2006, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Desde o início deste ano e até meio da fase Charlie – o período de 1 de julho a 30 de setembro e o mais propício à ocorrência de incêndios rurais devido às condições climáticas – o distrito de Santarém registou pouco mais de duzentos incêndios rurais, menos de 50 por cento do total registado em igual período do ano anterior. Estas ocorrências traduziram-se em mais de 328 mil hectares ardidos em todo o distrito. Nos últimos sete meses, o concelho de Abrantes registou 16 incêndios rurais, que incluem incêndios em povoamento florestal, matas e terras agrícolas, segundo informações da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Até ao momento, e tendo em conta a fase Charlie que decorre até 30 de Setembro, este tem sido um ano em que os valores relativos a incêndios florestais registam números inferiores comparativamente com anos anterio-

res, não só no distrito de Santarém, como em o país. O INCF revela que entre 1 de janeiro e 15 de julho de 2016 registaram-se valores mensais de ocorrências e de áreas ardidas muito inferiores às respetivas médias mensais do decénio anterior (2006 2015). Nos meses de maio e junho os números de ocorrências mensais correspondem, respetivamente a 41% e a 45% das respetivas médias decenais. A maior área ardida mensal de 2016, no que respeita a meses completos, registou-se no mês de junho, com 608 hectares. No entanto, regista-se que o mês de julho já ultrapassou esse valor, atingindo 631 hectares em apenas 15 dias.

Consideram-se grandes incêndios sempre que a área total afetada seja igual ou superior a 100 hectares. Até 15 de julho de 2016 registouse 1 único incêndio enquadrado nesta categoria que queimou 106 hectares de espaços florestais, cerca de 5% do total da área ardida até 15 de julho. Este incêndio teve início no dia 2 de maio na freguesia de Passos, concelho de Cabeceiras de Basto (distrito de Braga) consumindo 5 hectares de povoamento e 101 hectares de matos. No distrito de Santarém os maiores incêndios registados, com uma área ardida superior a 10 hectares, ocorreram e Benavente, Coruche e Mação. Da análise por distrito des-

taca-se com maior número de ocorrências, e por ordem decrescente, o distrito do Porto (709), de Lisboa (280) e de Braga (249). O distrito de Santarém tem sido dos menos fustigados, sendo que, dos 21 concelhos apenas Benavente registou um maior número de incêndios: 22. Em qualquer dos casos as ocorrências são maioritariamente fogachos, ou seja, ocorrências de reduzida dimensão que não ultrapassam 1 hectare de área ardida. Comparando os valores do ano de 2016 com o histórico dos últimos 10 anos, para o período de 1 de janeiro a 15 de julho, destaca-se que se registaram menos 58% de ocorrências relativamente à

média verificada no decénio 2006-2015 e que ardeu menos 86% área do que o valor médio de área ardida nesse período. Os Bombeiros de Abrantes integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) com uma Equipa Logística de Apoio ao Combate (ELAC), três Equi-

pas de Combate a Incêndios (ECIN) e uma equipa que integra o Grupo de Reforço de Ataque Ampliado, o que significa um envolvimento permanente de 22 operacionais. No dispositivo de combate a incêndios para o corrente ano, o distrito de Santarém dispõe de 11 Equipas de Intervenção Permanente, perfazendo um total de 55 elementos, e 45 operacionais da Força Especial de Bombeiros, sedeados em Ferreira do Zêzere, Pernes e Sardoal. O distrito de Santarém conta ainda com 54 operacionais que integram o dispositivo de prevenção, vigilância, fiscalização deteção e ataque inicial da GNR. Por parte do ICNF, as 17 equipas de sapadores florestais (85 elementos) abrangem 11 concelhos do distrito de Santarém. Gisela Oliveira

Medidas de prevenção Os incêndios florestais são um perigo para as populações e bens, para além de provocarem prejuízos económicos, sociais e ambientais muito graves. Nunca é tarde para desenvolver ações de prevenção. Por isso aconselha-se:

• A Limpeza do mato/pasto numa faixa de pelo menos 50m à volta das casas; • A manutenção dos seus terrenos limpos de mato e de resíduos de exploração (podas, ramos secos);

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• A manutenção dos caminhos das propriedades em condições de circulação; • A manutenção dos materiais combustíveis (madeira, papel, roupa, etc;) afastados das fontes de ignição (velas, candeeiros a petróleo ou a gás); • Colocação nas máquinas agrícolas e florestais extintores de 6 kg, dispositivos de retenção de fagulhas e tapachamas nos tubos de escape/chaminés; • Durante o período crítico e fora dele, sempre que se verifique o índice de risco de incêndio muito elevado ao máximo, é proibido fazer queimadas ou fogueiras; • Fora do período crítico não é aconselhável fazer fogueiras em dias de muito vento. NUNCA se deve abandonar as queimas e fogueiras acesas e sem vigilância; Aconselha-se ainda a ter em local de fácil acesso algumas ferramentas como enxadas, pás e mangueiras, para ajudar no primeiro combate ao fogo; • Não lançar foguetes, fogo-de-artifício ou balões com mecha acesa no período crítico. Os incêndios são das catástrofes naturais mais graves em Portugal. Siga as recomendações da Proteção Civil e verá como muitas coisas dependem de si.

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REPORTAGEM 11

AGOSTO 2016

Palha de Abrantes: duas décadas a pugnar pela cultura

• Conferências do Liceu - Manuel Carvalho da Silva, no Sr. Chiado, em 2013

• Animaio de 2011 Em junho de 1995 nasceu em Abrantes a Palha de Abrantes - Associação de Desenvolvimento Cultural. Num momento em que o panorama cultural abrantino se apresentava moribundo, a criação da Palha de Abrantes partiu da iniciativa de José Eduardo Alves Jana. A assembleia geral constituinte da associação realizou-se a 26 de junho, em que estiveram presentes Alves Jana, Francisco Lopes, Eduardo Campos, Sara Morgado, entre muitos outros. A apresentação pública da associação decorreu a 27 de outubro do mesmo ano. Com as primeiras instalações no Convento de S. Domingos, a Palha de Abrantes arrancou com as suas atividades. Entre as primeiras iniciativas, contase o lançamento da Antologia de poesia popular, da autoria de Joaquina Varandas, a que se seguiria a edição de livros de um conjunto alargado de poetas populares da região. Essa fase ficou ainda marcada pela abertura da Escola de Artes Plásticas, que ainda hoje se mantém. Também dos primeiros tempos é a organização de uma Feira da Ladra, uma vez por mês, na Praça Barão da Batalha, que ainda continua a realizar-se.

O marco Festival do Imaginário Em 2006, a marca deixada pela Palha de Abrantes foi o Festival do Imaginário, que contou com Manuel Maria Carrilho, então Ministro da Cultura, na sessão de abertura. Tratou-se de um evento marcante, com uma enorme

projeção, inclusivamente ao nível da comunicação social nacional, no qual participaram pensadores nacionais e internacionais de referência, como Eduardo Lourenço. Em 1999 viria a decorrer uma segunda edição do Festival do Imaginário, subordinada ao tema “Utopia, Totalitarismo e Liberdade”. Nesta fase, nos anos em que este evento não se realizou, tiveram lugar algumas edições dos Encontros de Abrantes. A partir de 1997, a rubrica Café com Letras recebeu gente proveniente de todas as áreas e abordou uma multiplicidade de problemáticas. Ainda em 1997, na qualidade de sócio da TAGUS, e em parceria com a mesma, a Palha de Abrantes promoveu o I Encontro de Desenvolvimento Local. Depois de já haver criado a Universidade Popular de Abrantes, a Palha de Abrantes apresentou publicamente a Universidade da Terceira Idade de Abrantes (UTIA). Também nesta fase, começou a desenvolver atividades no âmbito do Clube de Pais. Em 1999, com a encenação de Helena Bandos, apresentou-se publicamente o Grupo de Teatro da Palha de Abrantes. Nesta fase, os projetos e as atividades eram múltiplos, continuando a concretizar-se a atividade editorial, por exemplo com a revista bilingue “Canal”. Em setembro de 1999, decorreu a primeira sessão do ciclo de debates Pensar Abrantes. Em 2000, a Palha de Abrantes recebeu o troféu “Qualidade”, atribuído pelo semanário O Ribatejo. Sendo o livro um objeto de

Jornadas de história Local do CEHLA, •edição de 2013

de Português para adultos, na Concavada, •emFormação 2014

culto da associação, no ano 2000, a Palha de Abrantes abriu A livraria Contracapa, no Centro Coordenador de Transportes. Este passou a ser o espaço privilegiado para desenvolvimento das sessões da associação, em torno de livros, pessoas, temáticas várias e manifestações artísticas. Num tempo marcado pela chegada de imigrantes do leste europeu, a Palha de Abrantes procurou dar resposta a algumas das suas necessidades, com a organização de um curso de Português para imigrantes.

cina de vídeo; no âmbito do Espalhafitas, surgiram os Realizadores de Palmo e Meio, em que as crianças das escolas de Abrantes e dos concelhos vizinhos tiveram oportunidade de fazer filmes de animação, alguns dos quais premiados em festivais nacionais e internacionais. Desta fase destacamos os seguintes eventos: em outubro de 2010, organização do Musicam Abrantes, que incluiu uma exposição de fotografia e múltiplos concertos; em fevereiro de 2011 arrancou o “Hoje Pago Eu”, em S. Facundo; em novembro de 2011, em parceria com o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes, iniciaram-se as Conferências do Liceu; em março de 2012, a Delegação da Ordem dos Arquitetos de organizou, em parceria com o Espalhafitas, uma homenagem a Manoel de Oliveira; em junho de 2012, em parceria com a TAGUS e a Associação Comercial e de Serviços teve lugar a primeira Feira Franca. Na Gala Antena Livre, em 2013, o CEHLA viu o seu trabalho reconhecido e foi agraciado com o galardão “Cultura”;

O corte do cordão umbilical Em janeiro de 2002, a Palha de Abrantes viveu, em termos de liderança, a sua primeira prova de fogo. Alves Jana deixou a Direção, tendo surgido uma lista que tomou conta dos destinos da associação, presidida por Armando Borges. No final de 2002, foi apresentado o Centro de Estudos de História Local de Abrantes (CEHLA). Em maio de 2003, o CEHLA organizou as I Jornadas de História Local, no decurso das quais apresentou

a revista de História Local Zahara, cujo n.º 27 foi recentemente lançado. Também em 2002, um grupo de associados da Palha de Abrantes formou a secção de cinema Espalhafitas, propondo-se criar um programa de cinema de qualidade, no Cine-Teatro S. Pedro. A partir de março de 2004, a Direção passou a ser presidida por Laurent Piretto.

Resistir para não sucumbir Apesar de 2005 e 2006 terem sido anos difíceis, face à situação financeira da associação, a mesma não desistiu da ação cultural habitual, acrescida de outros projetos e eventos. Apesar de alguns terem optado por não se manter no seio da Palha de Abrantes, como aconteceu com o Grupo de Teatro, a associação conseguiu superar muitas das complicações que se lhe haviam colocado. Nesta fase, não podemos deixar de considerar a ação de Maria de Lurdes Martins, atual Presidente da Direção, que foi determinante para a sobrevivência da associação. Em 2006, nasceu o projeto Arquivo de Imagem, com ofi-

volvidos dois anos, o ANIMAIO (Espalhafitas) receberia idêntica distinção.

Um Sr. Chiado A 19 de abril de 2013, a Palha de Abrantes reabriu o antigo espaço Chiado. Através de um contrato de comodato entre a família Bandarra e a associação, foi gentilmente cedido um edifício com três pisos, com o objetivo de desenvolver atividades culturais no centro histórico da cidade de Abrantes. Agora denominado Sr. Chiado, serve para dinamização, fomento e diversificação da oferta cultural. E aqui o público abrantino tem oportunidade de assistir à exibição de filmes, a concertos, a conferências e debates, ao lançamento de livros, mas também a exposições e à dinamização de workshops. Espaço aberto, tem sido, acima de tudo, um local de encontro e troca de ideias, desempenhando um papel importante na dinamização do centro histórico da cidade, onde muito se sentem os efeitos do envelhecimento da população e da desertificação. José Martinho Gaspar

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12 ESPAÇOS DE LAZER

Praias e espaços de lazer a descobrir… As praias e os espaços de lazer da região do Médio Tejo são pratos fortes de um festim para o qual estamos todos convidados. Há poucos anos, o interior era sobretudo um território à espera de ser trabalhado e “mobilado” para poder ser descoberto. Hoje, muito foi feito. Temos, por isso, um imenso território de riquezas a explorar, interpretar e viver. Não apenas as praias, mas o muito que à volta delas existe. Assim, o mais importante não está no mundo, mas no modo como vemos e interpretamos o mundo. Aproveite e desfrute!

VILA DE REI

Praia Fluvial do Penedo Furado

AGOSTO 2016

Praia Fluvial do Bostelim

A Praia Fluvial do Bostelim recebeu ofi oficialmente cialmente a primeira Bandeira Azul e Bandeira “Praia Acessível”, no dia 15 de julho. Numa cerimónia que juntou os autarcas locais e cerca de 50 crianças integradas nos campos de férias do concelho. O local conta com parque de campismo, posto de primeiros socorros, cadeira anfíbia, balneários, bar, estacionamento de grandes dimensões, lavadouro público, eletricidade e parque de merendas. Naquela zona é ainda possível realizar o percurso pedestre “Rota do Bostelim”. Para Paulo Cesar, Bostelim “é a praia mais segura para as crianças, pela baixa profundidade. Foi distinguida com a Bandeira Azul, também pela qualidade que oferece aos banhistas e com a Bandeira de Praia Acessível. O local tem sofrido um conjunto de melhoramentos, com sombreamento e com melhores condições no parque de campismo”.

p i bi á i para o d flexão. ã porciona o ambiente necessário descanso e refl Dotada de bar, parque de merendas e parque de estacionam mento, aqui as águas são limpas e ricas em fauna piscícola. A localização desta estância é ainda favorável a passeios pedestres. O autarca vilarregense refere que se trata de uma “praia que tem um conjunto de características naturais particulares, com muitas sombras, é de todas a mais sossegada, onde é possível ouvir os passarinhos a cantar e onde é possível fazer um percurso pedestre e estar em contacto direto com a natureza”.

Praia Fluvial de Fernandaires

Praia Fluvial da Zaboeira

É a estância balnear mais procurada no concelho de Vila de Rei, não só pela sua água límpida e cristalina que lentamente vai correndo pelo leito, mas também pelas infraestruturas. O Penedo Furado oferece um conjunto de pequenas quedas de água, visíveis a escassos metros, a partir de um estreito caminho talhado na rocha. Além das muitas sombras, a Praia Fluvial dispõe de bons acessos, estacionamento, bar, balneários, parque de merendas, parque infantil e cadeira anfíbia. A praia é também bastante procurada por campistas, sendo este o local indicado para programas de família, pois a água tem pouca profundidade. São quatro os percursos pedestres que atravessam esta praia fluvial, nomeadamente o “Trilho das Bufareiras”, a “Rota das Conheiras”, a “Grande Rota da Prata e do Ouro” e a “Grande Rota do Zêzere”. Paulo César, vice-presidente da CM de Vila de Rei, afirma que o Penedo Furado é “historicamente uma das praias mais importantes para Vila de Rei, pelos anos que tem e pelo que simboliza. Naquele local temos um conjunto de fatores, como sejam percursos pedestres, artefactos religiosos, arqueológicos, rupestres, o que dota aquela praia com características particulares”.

Do cimo D i da d montanha h onde d estáá localizada l li d avista-se i a maior i reserva natural de água, que deve a sua existência ao principal afluente do rio Tejo, o rio Zêzere, onde é possível ouvir o chilrear dos pássaros, desfrutar de passeios de barco ou praticar desportos aquáticos, além dos tão procurados banhos estivais na piscina flutuante. Por este local passa a “Grande Rota do Zêzere”, que conta com uma estação intermodal nesta localidade. “A zona balnear de Zaboeira é por assim dizer aquela que hoje está mais “virgem” apenas tem uma piscina flutuante. As pessoas que lá vão procuram sobretudo sossego e procuram qualidade de água, sendo a nossa praia com qualidade de ouro, distinguida pela Quercus, por ser 100 % limpa, o que é uma mais-valia para o concelho”, destaca o vice-presidente.

Praia Fluvial do Pego das Cancelas No local onde convergem os concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação, bem próximo da Ponte dos 3 Concelhos e afastada de qualquer povoação, a Praia Fluvial do Pego das Cancelas pro-

VN DA BARQUINHA

Parque de Escultura Contemporânea Almourol (PECA) Durante este verão é possível visitar em Vila Nova da Barquinha um parque de escultura onde estão juntos os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa. Cobrindo autores e obras cujo trabalho se desenvolveu da década de 60 até à atualidade, integram este projeto Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho. As obras localizam-se nos sete hectares do Barquinha Par-

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que, que alcançou o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007 na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”. No Barquinha Parque existe também uma galeria de exposições, loja, ateliers artísticos, biblioteca, alojamento temporário para criadores, equipamentos desportivos, espaços lúdicos para as crianças e percursos ribeirinhos, tudo enquadrado numa envolvente natural de rara beleza, a escassos metros do rio Tejo.

Rodeada por altas montanhas montanhas, densamente arborizadas com c pinheiros bravos e medronheiros, e habitada por uma pequena p povoação, a Praia Fluvial de Fernandaires apresenta aos a visitantes uma extensa bacia de água, proveniente da Barragem de Castelo de Bode. O local é dotado de piscina flutur ante, cadeira anfíbia, assim como bar, balneários e zona de esa tacionamento. t O percurso pedestre da “Grande Rota do Zêzere” atravessa parte desta estância balnear. “Fernandaires tem um conjunto de atrativos como sejam as paisagens, um grande espaço balnear, dispõe de um cable park para a prática de wakeboard e estamos a iniciar um projeto de um parque de campismo para dotar o espaço de outra infraestrutura”.

Em jeito de balanço, Paulo Cesar refere que as praias fluviais de Vila de Rei “constituem-se como atrativos para que as pessoas que afluem se sintam bem e possam desfrutar de momentos de lazer”. Para além da “adesão notória a estes espaços” o vereador afirma que as comunidades vilarregenses têm “um sentimento de pertença muito grande” pelas praias, “consideram-nas suas e um dos elementos mais bonitos das suas terras”. “Eu nasci perto do Penedo Furado, portanto o Penedo Furado “é meu” (risos).


ESPAÇOS DE LAZER 13

AGOSTO 2016

Praia Fluvial de Aldeia do Mato

Uma praia “excelente” foi assim que Margarida Nunes, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), caraterizou a praia fluvial de Aldeia do Mato, no concelho de Abrantes, no dia em que esta praia hasteou o símbolo máximo de excelência, a Bandeira Azul. “Esta praia é excelente, só as praias excelentes é que recebem um galardão de excelência”, começou por afirmar a representante da APA, acrescentando que a praia de Aldeia do Mato “tem tudo: segurança, limpeza, ordenamento e qualidade de água excelente”. “Os critérios da Bandeira Azul são muito exigentes e são muitos e há assim um grande esforço por parte de um conjunto de entidades, mas sobretudo por parte do Município, que é promotor da candidatura, e que tem de zelar pelo cumprimento de todos os critérios”, salientou Margarida Nunes, na cerimónia do hastear da Bandeira Azul. Galardoada pelo 6º ano, a praia fluvial de Aldeia do Mato é para Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, “um orgulho”. A atribuição da Bandeira Azul é possível devido à “qualidade da água que assim o permite, em primeiro lugar, mas depois todo o investimento que a Câmara de Abrantes tem feito e o concessionário que também assumiu (…) criar todas as condições, que são muitas e que são exigidas para conseguirmos ter esta distinção”, disse a presidente. Sobre os últimos investimentos concretizados na praia fluvial de Aldeia do Mato, Maria do Céu Albuquerque recordou a instalação do cable park para a prática de wakeboard. A Praia fluvial da Aldeia do Mato está situada na Albufeira da Barragem do Castelo de Bode, onde predomina o verde e o aroma do pinhal. Dotada de infraestruturas de apoio que incluem piscinas flutuantes e parque de bungalows, a praia oferece uma panóplia de atividades que incluem equipamentos para a prática de desportos náuticos como o remo, canoagem ou windsurf.

CONSTÂNCIA

Merece ser visitada a igreja matriz, mas para isso é necessário que antes manifeste essa vontade no Posto de Turismo. O altar de Nossa Senhora da Boa Viagem, numa das capelas laterais, é um lugar especial de devoção, onde permanece a imagem que todos os anos pela Páscoa desce aos rios, em procissão, para a Bênção dos Barcos e das Viaturas. Pode visitar o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, guardião das centenárias memórias dos rios e dos que neles fizeram as suas vidas. Ali ao lado fica a Casa-Museu Vasco de Lima Couto, um dos muitos poetas que amaram Constância, viveram nela e lhe deixaram o melhor de si próprios. E, antes de todos, Luís de Camões, que a tradição garante ter vivido em Punhete – como Constância então se chamava –, durante algum tempo, em meados do século XVI. A sua Casa-Memória pode vê-la lá em baixo, à beira Tejo. Na esquina da Rua Luís de Camões está a Antiga Cadeia, um dos poucos edifícios que em Portugal foram construídos de raiz para servir de cadeia e que atualmente serve propósitos culturais. Dê uma volta pela zona ribeirinha, de uma grande beleza e serenidade. E, ali perto, não deixe de visitar o Monumento a Camões e o lindíssimo e muito significativo Jardim-Horto Camoniano, um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta. Neste tempo de verão poderá sempre dar um mergulho nas águas frescas e cristalinas do Zêzere, fazer uma descida em canoa, tomar uma bebida num dos bares próximos dos rios, passear, conversar, descansar. Na freguesia de Montalvo, apesar das grandes e benéficas transformações das últimas décadas, devidas à instalação do Loteamento Industrial, pode ainda encontrar um ambiente de ruralidade tradicional. No Alto de Santa Bárbara, nas proximidades da vila, situa-se o Centro Ciência Viva de Constância, um dos mais bem equipados e mais ativos do país que, neste tempo de verão, oferece ao visitante um rico e diversificado programa de atividades científicas e, em especial, astronómicas. Cruzando o Tejo, na freguesia de Santa Margarida, tem à sua espera o Parque Ambiental, um espaço amplo de divulgação e valorização da natureza. No seu interior, não perca o Borboletário que o irá surpreender com a enorme e colorida diversidade de borboletas de diferentes tamanhos e tonalidades, como se, de repente, tivesse mergulhado no ambiente dos trópicos. GRE/Constância

MAÇÃO

Praias fluviais: Cardigos, Carvoeiro e Ortiga

CM Constância

Em Passo de Passeio

Uma visita à vila de Constância pode muito bem começar no adro da igreja matriz da vila. Deite o olhar daí para baixo e terá uma magnífica vista sobre o conjunto histórico da vila e sobre os rios Tejo e Zêzere que se encontram lá ao fundo. O cenário que temos na frente, para além da sua imensa beleza, sintetiza o espírito e a história desta terra, profundamente ligados, há muitos séculos, aos rios e às atividades que eles proporcionam: o transporte fluvial, a construção e a reparação navais, a pesca e, mais recentemente, as atividades de lazer e o turismo cultural e de natureza.

Praia Fluvial de Cardigos

A Praia Fluvial de Cardigos dispõe de uma zona de banhos; balneários; bar de apoio; parque de merendas e churrasqueiras. Por sua vez, Carvoeiro é a Praia Fluvial com Bandeira Azul, Bandeira de Praia Acessível e Bandeira de Qualidade de Ouro, atribuída pela Quercus. Enquadrada numa moldura verde, dispõe de balneários; bar de apoio; parque de merendas; cadeira anfíbia; churrasqueira e zona de banhos para adultos e para crianças. Em Ortiga é possível encontrar um bar, restaurante, zona de banhos, cais de embarque, balneários e um posto médico. Um espaço que possibilita a prática de atividades desportivas de ar livre/aquáticas e lazer, dispondo ainda de canoas, torre de

escalada e campo de voleibol. Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, considera que todas as praias se revestem de “características importantes”, nomeadamente o seu “envolvimento”. “Carvoeiro e Cardigos estão envolvidas pela floresta. O Carvoeiro tem um curso de água mais natural, tem muita natureza e está em estado puro, enquanto que Cardigos reúne uma piscina que atrai bastante os jovens. Quer uma quer outra têm equipamentos de apoio o que as tornam um pouco mais apetecíveis do que outras”. “O Carvoeiro tem Bandeira Azul há 10 anos, isso deve-se à qualidade da água, a todas aquelas nascentes, que tornam a água acima da média do nosso concelho. É provavelmente a praia mais familiar”, acrescentou o autarca. Sobre a Praia Fluvial de Ortiga, Vasco Estrela destaca a sua proximidade “à sede do concelho, tem um parque de campismo, uma estrutura essencial de apoio, tem um bar e restaurante muito bom, um campo de jogos o que a torna bastante apetecível para os jovens”. Quanto aos investimentos previstos, o presidente de Mação avança que as intervenções têm sido “constantes”. Em Carvoeiro, “fizemos uma alteração na casa de banho dos deficientes, demos melhores condições ao concecionário para aumentar o espaço da cozinha, substituímos madeiras, pavimentos, criámos uma cascata natural, enfim…pequenas intervenções que representam algum investimento, que ano após ano temos vindo a realizar. Em Cardigos também temos andado a fazer algumas melhorias no parque de estacionamento”. “Há sempre a necessidade de irmos melhorando e caprichando, criando as melhores condições”, finaliza.

SARDOAL

Moinhos de Entrevinhas

Paulo Sousa

ABRANTES

Neste verão, o campo congregado com espaços de interesse, é sempre uma boa proposta. Em Sardoal, existe um núcleo de quatro moinhos, em Entrevinhas. Um deles está preparado para a moagem de trigo, um outro para a moagem de milho. Outro ainda funciona como instalações sanitárias e o restante funcionará como unidade de apoio. Os Moinhos reúnem fins lúdicos e de lazer, através da realização de festas, convívios, piqueniques e outros eventos. E fins desportivos e de saúde, através da promoção de passeios pedestres, trilhos de BTT e outras formas de manutenção física e mental. Segundo o Município, o projeto prevê, numa próxima fase, a possibilidade de interações diretas com a Quinta do Vale do Armo (vinhos), a Cooperativa “Artelinho”, de Alcaravela (pão, doçaria e linhos) e a AMAE – Associação de Melhoramentos e Amigos de Entrevinhas (apoio logístico e documental), numa perspetiva de roteiro integrado que possa configurar uma pequena “Rota do Pão”. “Não se sabe ao certo a data de construção dos Moinhos de Entrevinhas. Sabe-se, sim, que existem há muito tempo e que voltaram hoje a ser importantes, noutro contexto histórico e social. São referências da arqueologia e da cultura. Adquiriram uma nova dimensão. Na pedagogia, na defesa do ambiente, na promoção do turismo, na divulgação do nosso concelho e da região. É um museu vivo. Dinâmico e atual”, pode ler-se na informação do Município.

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14 REGIÃO

AGOSTO 2016

O desafio da economia social e solidária Comecemos pelo princípio. É dos livros: “Uma empresa é um processo repetível que: 1. Cria e fornece algo de valor… 2. Que outros querem ou de que precisam… 3. A um preço que estejam dispostos a pagar… 4. De uma forma que satisfaça as necessidades e as expectativas do cliente… 5. De tal modo que a empresa faça um lucro que valha a pena para o empresário mantê-la em actividade.” (Josh Kaufman, O meu MBA). É este o sistema económico que está montado: uma empresa existe para dar lucro, um lucro que valha a pena. Logo, quanto mais lucro melhor, onde der mais lucro é que vale a pena, se não der lucro suficiente não vale a pena. Em conclusão, os problemas sociais não são um objectivo para uma empresa privada: o desemprego, pessoas com mais idade, pessoas com limitações, zonas

problemáticas, desertificação do interior… nada disso interessa a uma empresa privada, a não ser que dê lucro, um lucro interessante. Se não… o Estado que assuma. E há, então, um segundo setor económico, o setor público, os serviços e empresas do Estado que visam objectivos sociais – não o lucro a distribuir pelos acionistas privados. Mas a tese dominante é que o Estado se deve retirar da economia, e cada vez mais está a fazê-lo. Conclusão: a vida social tende a restringir-se apenas àquilo que dá lucro, ou melhor, àquilo que dá mais lucro. O resto não interessa. Estamos condenados a uma sociedade em que apenas os objectivos de elevado potencial lucrativo são objecto de ação? Contudo, resta um enorme leque de objectivos sociais que não são tocados pelo

setor da economia privada nem pela ação do Estado. A solução só pode estar no terceiro setor, o setor social. Mas, aqui, estamos confrontados com um problema: o setor social que nos habituámos a ter em consideração é o distributivo. Uma associação financiada pela Segurança Social e por beneméritos distribui ou consome, por exemplo num lar de ido-

sos, recursos que outros criaram. É a economia social distributiva. Há, no entanto, outra possibilidade: a economia social criativa. Esta é constituída por empresas sociais que têm função criar riqueza que resolva problemas sociais. Precisam de ter resultados positivos, que as sustentem, mas não precisam de ter lucros muito “interessantes”,

nem distribuí-los pelos acionistas, podendo assim reinvesti-los na sua actividade. Porque será que não falamos desta possibilidade? Porque a doutrina em vigor supõe que não é possível. A doutrina económica dominante diz que a economia só funciona com objectivos egoístas, porque o ser humano é egoísta por natureza. Mas não é verdade. No ter-

reno há inúmeras provas dadas de que o ser humano é tanto egoísta como altruísta. E não precisamos de um altruísmo puro, pois tudo nos seres humanos é complexo e às vezes contraditório. Não fica mal, portanto, que coloquemos a hipótese de que os objectivos sociais que nos estimulam sejam objecto de empresas sociais criativas, criadoras de riqueza. Há, aqui, todo um setor de possibilidades, logo de soluções, a desenvolver. Se queremos, por exemplo, combater o desemprego e mesmo a desertificação do interior, temos de contar com a economia social. Social e solidária. Estes são objectivos para os próximos cem anos. Para um concelho e para toda a região. Objectivos políticos e sociais. O resto… é técnica. Basta ver o que já se faz por muitos lados. Alves Jana

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VERDEPERTO

“Ritmos de Mudança” vai… e volta? De 1 a 3 de julho, decorreu em Abrantes, no Convento de S. Domingos e proximidade, a segunda edição do “Ritmos de Mudança – encontro cooperativo”. André Freire, rosto da cooperativa Verdeperto, do Rossio, que promove o evento, faz um balanço positivo: 150 participantes entre oradores, parceiros e expositores, sem contar com os visitantes da Feira Solidária; reflexão importante; pela primeira vez duas participações internacionais, de Espanha, sobre uma cooperativa energética e sobre finanças éticas. Também houve aspetos menos conseguidos, entre eles a participação local. Entre os participantes foi possível ouvir “e o pessoal de Abrantes?”. Da Câmara de Abrantes veio mesmo um toque negativo: não ter sido convidado o CLAS, Conselho Local de Ação Social. André Freire assume “a falha”. Mas, argumenta, “o projeto foi apresentado à Câmara em Novembro do ano passado e, ao que se vê, não houve comunicação interna. O encontro nem sequer aparece na Agenda que foi divul-

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• André Freire o rosto da cooperativa Verdeperto gada. E a Verdeperto não faz parte do CLAS.” E os membros do CLAS participaram? “Também não.” Mas para André Freire, as ausências mostram que é necessário “envolver as organizações ao longo do ano” num trabalho que se deseja continuado e em parceria. E “também queremos ajudar os membros dos partidos políticos, a nível local, a perceber que há outras formas de organizar as coisas e obter melhores resultados”. Outro objectivo é “aprofundar as relações no sentido de alargar o conhecimento e a

reflexão sobre a economia solidária” nesta região. O “Ritmos de Mudança” vai andando. No ano passado, teve um custo de 14.000 € e uma receita de 10.000€. “Andámos o resto do ano a trabalhar para pagar o que faltou.” Este ano teve já uma receita de 14.000€, mas um custo de 16.000€. “Vamos ter de pagar o que falta.” Apesar dos contributos, entre outros, da Câmara e do Instituto Vale Flor, que organizou a Feira Solidária, alguns workshops e deu um “muito importante” contributo financeiro.

E a “mudança” também vai. Do ano passado, resultou, entre os parceiros nacionais, “um compromisso” de maior articulação. Têm sido realizados encontros de economia solidária, “e queremos fazer um em Abrantes”, foi montada uma “rede de economia solidária” a nível nacional e tem sido mantida uma reflexão importante. Deste ano, resulta a intenção de aprofundar o compromisso, trazer mais pessoas e definir melhor “para onde vamos”. Para 2017, a agenda já está marcada: primeiro fim-desemana de Julho, o dia das cooperativas. Só o local está por definir. A Verdeperto gostaria de manter o encontro em Abrantes, mas os parceiros nacionais gostariam de fazê-lo circular pelo país. E há já propostas. Mais uma vez a verba fala alto: “para fazê-lo cá, contamos com 3.000€; para fazêlo fora, 15.000€”. Entretanto, a Verdeperto vai continuar o seu trabalho de produção, pois é uma cooperativa do setor agrícola e tem por isso muito mais que fazer. Alves Jana


REGIÃO 15

AGOSTO 2016

CURSOS CERTIFICADOS Herdade Foz da Represa Bombeiros de Abrantes abrem recebe luz verde da APA inscrições em setembro para avançar em Vila de Rei

Após quase dois anos de espera, a Herdade Foz da Represa (HFR) - Boutique Resort & SPA vai finalmente avançar. Os promotores apontam 2017 como data de abertura do Resort que promete abrir em Vila de Rei. O parecer da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) foi emitido e formalizado no passado dia 13 de julho pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e vem assim viabilizar a construção da Herdade Foz da Represa - Boutique Resort & SPA em Vila de Rei. “É uma notícia que nos deixa muito satisfeitos. A Herdade Foz da Represa é um projeto diferenciado e estamos certos de que irá dinamizar esta zona interior do país. Desde 2014 que esperávamos por esta notícia. Agradecemos à autarquia e aos media locais o apoio que nos deram. E agradecemos ao Presidente da APA, Nuno Lacasta, que cumpriu com a sua palavra. Desde que chamou a si o processo e nos convocou para uma reunião, no dia 3 de junho, nem um mês passou até à emissão oficial e formal do parecer,” adiantou Nellson Soares, promotor do projeto. A HFR, que foi conside-

rada em 2014 um projeto de Interesse Público, será inaugurada em 2017, é o que asseguram Nellson Soares e Raymond Klomp. Em declarações à Antena Livre, Paulo César, vice-presidente da autarquia vilarregense, disse hoje que “um dos passos, principais e mais demorosos no processo, está dado. A APA autorizou a implementação do projeto numa área abrangida pela Reserva Ecológica Nacional (REN), faltando agora um passo burocrático que é a CCDRC publicar essa desafetação da REN”. “Depois da publicação em Diário da República por parte da CCDRC, haverá o processo de licenciamento que obterá um conjunto de pareceres, nomeadamente da APA, da CCDRC e do Turismo do Centro, serão dados 20 dias úteis para que se possam pronunciar e estamos a falar de cerca de mês e meio para que seja possível licenciar o empreendimento”, explicou ainda o autarca. Recorde-se que a Herdade Foz da Represa - Boutique Resort & SPA recebeu a aprovação em Conselho de Ministros para construção nas margens da Albufeira de Castelo do Bode, em Vila de Rei, em 2014. Contudo, a demora da APA, que ficou de emitir

um parecer sobre o projeto de arquitetura, impediu que a construção e consequente previsão de abertura, em 2016, deste Resort fossem cumpridas. Após quase dois anos de espera por um parecer da APA, os promotores equacionaram recuar com o investimento. “A APA continua a solicitar repetidos esclarecimentos e informações sobre os mais diversos temas, e apesar de prontas respostas quer por parte dos promotores, quer do Município, ainda não foi possível resolver a questão”, disseram na altura Nellson Soares e Raymond Klomp. O parecer foi finalmente resolvido e os promotores congratulam-se com a possibilidade de desenvolver o projeto até 2017. A Herdade Foz da Represa é um projeto com cinco anos de existência, representa um investimento de um milhão de euros e pretende criar diretamente cerca de 10 postos de trabalho. O empreendimento apresenta-se como um novo conceito de unidade hoteleira, com dez bungalows feitos com estruturas prefabricadas na Holanda, com cerca de 65 metros quadrados. “Um espaço onde a natureza oferece águas límpidas, ar fresco, floresta e cascatas (…) com serviços spa & wellness, sauna, banho turco, massagens, tratamentos de corpo” e onde os elementos da gastronomia da região vão ser “apresentados de forma inovadora, capazes de satisfazer as necessidades e preferências dos clientes”.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Abrantes vai abrir inscrições para cursos de Formação Profissional no início de setembro, contando dar início a essas formações em novembro, caso a candidatura ao Portugal 2020 se concretize. A Associação é entidade formadora certificada pela DGERT desde o início deste ano e é nessa condição que se candidata aos fundos comunitários no que diz respeito à Formação Modelar para Empregados e Desempregados. Do leque da oferta formativa – e que será divulgada através de folhetos e cartazes em todo o Médio Tejo – des-

tacam-se os cursos no âmbito do socorro e da emergência pré-hospitalar, nomeadamente Primeiros Socorros, manuseamento de extintores, medidas de autoproteção perante incêndios, sismos ou inundações, gestão do stress e conflitos, entre outros. As formações destinam-se a todos os cidadãos, empregados e desempregados, bem

como a todos os bombeiros, técnicos de proteção civil ou de emergência pré-hospitalar. Os cursos são gratuitos uma vez que são passíveis de serem financiados pelo Fundo Social Europeu. As pré-inscrições estarão abertas no Quartel dos Bombeiros de Abrantes a partir de setembro. PUBLICIDADE

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16 ABRANTES

AGOSTO 2016

Hotel Turismo abre até ao final do ano e representa investimento de 2 ME O Hotel Turismo de Abrantes vai abrir portas “até ao final de 2016”. O equipamento que se encontra em fase de obra representa um investimento de cerca de 2 milhões de euros e vai criar 50 postos de trabalho. Foram estas garantias referidas por José Santos, responsável da Staroteis, atual empresa detentora do equipamento, que promoveu uma visita à unidade hoteleira, no dia 7 de julho. Atualmente, o hotel encontra-se em fase de obra, sendo que a intenção do promotor é manter a sua traça arquitectónica e estrutural. Já a parte “eléctrica, canalização e aquecimentos de águas” será tudo “colocado de novo”. “Vamos optar por tecnologias alternativas, acrescentando valências ao hotel, ao nível de alguns equipamentos, que confiram conforto, com equipamentos menos

poluentes e que poupem energia”, realçou José Santos. O promotor garantiu que a intervenção realizada conta com a participação de empresas locais e que ainda aguarda a atribuição de Fundos Comunitários que serviam de alavanca ao investimento concretizado. “Estamos à espera da aprovação de fundos comunitá-

rios, mas a obra não andou mais ou menos depressa por causa disso. Primeiro fizemos um estudo de todos os problemas que o edifício tinha, mas pensamos que tudo estará em condições para rapidamente seguir marcha e cumprirmos o prazo da abertura”, afirmou. Quanto à venda do terreno das antigas piscinas, por

5.856 mil euros, por parte da autarquia à Staroteis, José Santos admitiu que o hotel “não faz sentido sem aquele equipamento é a cereja em cima do bolo”. Com a intenção de abrir também as piscinas até ao próximo mês de dezembro, José Santos garantiu que o espaço é para o público em geral. No inverno, “ vamos

tentar que seja uma piscina aquecida, que esteja ao serviço do concelho”, salientou. Após a visita ao hotel, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, disse ter ficado “bastante satisfeita” com o que viu, avançando que se nota “uma dinâmica grande”. A autarca abrantina garantiu que é intenção da Câmara

Municipal “fazer a reabilitação do jardim [que se encontra na envolvência do hotel] para podermos acompanhar este investimento que aqui está a ser feito”. A presidente explicou que não se trata de “uma grande intervenção de fundo”. O objetivo passa por “valorizar as espécies que cá estão há dezenas de anos, valorizar os percursos, valorizar os equipamentos urbanos já bastante degradados e criar condições para que os abrantinos possam utilizar este espaço, mas depois que seja um cartão de vista digno para o hotel que vai sair desta intervenção reforçado”. O Hotel de Turismo de Abrantes fez 62 anos este ano e vai reunir cerca de 44 quartos para os clientes que procurarão esta valência hoteleira na região do Médio Tejo. Joana Margarida Carvalho

Açude de Abrantes sofreu ato de vandalismo

IP apresenta e esclarece obra realizada na ponte sobre o rio Tejo

Questionada pela vereadora do PSD, Elza Vitório, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, disse que o açude insuflável no rio Tejo sofreu um ato de vandalismo, o que tem impossibilitado a sua insuflação por questões de segurança. João Caseiro Gomes, vicepresidente do Município, referiu que a Câmara Municipal não tem uma noção “certa” de quando ocorreu o ato de vandalismo, mas pensa ter sido há mais de um mês. “Quando a Infraestruturas de Portugal nos notificou a dar conta que já podíamos insuflar o açude, verificámos que o mesmo estava danificado. Sabemos que deve ter sido há mais de um mês, pois foi há um mês que instalámos as nossas câmaras de vigilância”, afirmou o vice-presidente. Tratou-se de “um tubo que [foi utilizado] para furar a zona da manga do vão do açude e agora já contactamos a empresa, autora do projeto, para virem cá e faze-

Alcindo Cordeiro, da Infraestruturas de Portugal (IP), marcou presença na reunião de câmara, do dia 19 de julho, deixou ao executivo camarário uma explicação aprofundada sobre a obra que foi realizada na ponte sobre o rio Tejo. A empreitada, da responsabilidade da IP, avaliada num investimento de 3 ME, tinha um prazo de execução de 540 dias e acabou por ter uma prorrogação de 255. Segundo Alcindo Cordeiro, os principais trabalhos da empreitada passaram pela execução de micro estacas e o reforço de pilares; a reabilitação de fundações; a reparação, reforço e pintura do tabuleiro; a aplicação de um pré-esforço exterior; a pavimentação e uma intervenção nas juntas de dilatação. O condicionamento ao trânsito de pesados, durante 420 dias, a circulação alternada regulada por semáforos, durante praticamente todo o desenrolar da obra, marcaram os princi-

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rem o levantamento da ocorrência, para que seja possível reparar o açude o mais rápido possível”, avançou João Caseiro Gomes. Segundo o responsável não foi a primeira vez que o açude sofreu um ato de vandalismo, contudo esta situação impossibilitou o normal funcionamento da estrutura. “Já temos tido vários atos de vandalismo ao longo dos anos, com a questão dos pescadores e nas boias de proteção”. No entanto, “nunca tinha sido no açude, na parte das borrachas, porque ante-

riormente o mesmo estava insuflado. Agora como estivemos com o açude desinsuflado permitiu que houvesse um acesso facilitado à estrutura”. João Caseiro Gomes adiantou por fim que a Câmara aguarda o agendamento da visita da empresa responsável pela construção do açude e ainda não tem uma noção do custo associado à reparação da estrutura. Um custo que ficará sob a responsabilidade da autarquia. JMC

pais constrangimentos que esta empreitada representou para os cidadãos e para o tecido empresarial da região. Em resposta às questões sobre a mobilidade na ponte, colocadas pelos vereadores Avelino Manana (CDU), Ablú Dias (PSD) e João Caseiro Gomes (PS), o responsável da IP referiu que a mobilidade está assegurada, ou seja é possível a passagem de carros de bebés e de pessoas com mobilidade reduzida na ponte metálica, mas não o seu cruzamento. “O que nos foi dito é que a infraestrutura da ponte não permitia alargar o passeio, sob pena da alteração estrutural da ponte que seria ainda maior. O que foi garantido é que a passagem é possível, cumpre num dos lados a legislação, e que a colocação dos candeeiros na posição onde está, a colocação das baías de segurança e o não alargamento do passeio, diz respeito às

condições da estrutura da própria ponte”, reforçou Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM. Ainda na reunião do executivo camarário, a autarca abrantina desafiou a IP a assumir com a Câmara algumas intervenções na cidade, que podem resultar através da celebração de um protocolo entre as duas entidades: “A criação de passeios, entre a rotunda do lagar e a ponte na nacional número 2, a estabilização dos taludes das encostas do castelo; a melhoria paisagística nas margens norte e sul da ponte (…) e a criação de uma bolsa de estacionamento na margem sul, a jusante da ponte”, enumerou a presidente. As obras na travessia ficarão totalmente concluídas no decorrer do mês de agosto.


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18 SAÚDE

AGOSTO 2016

ROSSIO AO SUL DO TEJO

CRÓNICA DE SAÚDE

Unidade de Saúde Familiar já foi adjudicada

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

A Câmara de Abrantes já aprovou a adjudicação da empreitada da Unidade de Saúde Familiar de Rossio ao Sul do Tejo, em cerca de 307 mil euros, acrescido IVA à taxa legal em vigor, à empresa GAR – FIVE, Lda, com um prazo de execução estimado de 210 dias. A construção deste equipamento de saúde, com capacidade para 5.000 utentes, será realizada pela Câmara Municipal de Abrantes em colaboração com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (ARSLVT), com financiamento dos investimentos territoriais integrados (ITI). A aprovação da adjudicação da empreitada decorreu na reunião de câmara, no dia 5 de julho, onde o vereador Avelino Manana referiu não concordar “com a fonte de financiamento da obra”, explicando que “deveria ser da responsabilidade do Ministério da Saúde”. Segundo a informação da autarquia, a obra constará da construção de um edifício com área de 300 m2 e um piso, com linguagem arqui-

Alimentação saudável no Verão

A obra constará da construção de um edifício onde estava localizado o antigo •mercado

tetónica contemporânea, no local do antigo edifício do mercado diário do Rossio, que se encontra desativado, pelo que será demolido e, no mesmo local, construído um novo edifício. O novo equipamento “visa oferecer modernas infraestruturas, uma vez que as atuais instalações da extensão de saúde não asseguram um

acolhimento humanizado e um atendimento compatível com os modernos padrões definidos para o Serviço Nacional de Saúde”, avança a informação. O edifício a construir será constituído por antecâmara, sala de espera, sala de espera infantil, instalações sanitárias para utentes e para funcionários, salas para tratamen-

tos, gabinete de enfermagem, gabinetes de consulta, receção/secretaria/arquivo, sala de delegado de informação médica, sala de reuniões/ sala de pausa, apoio informático, depósito de material de consumo, depósito de material terapêutico, depósito de lixo, áreas técnicas, pátio para utentes, pátios e acesso de utentes. PUBLICIDADE

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O verão e o calor exigem alguns cuidados com a saúde e com o corpo. Manter uma hidratação adequada é essencial ao bom funcionamento do organismo e na resposta ao aumento da temperatura ambiente. Fazer uma alimentação mais leve e saudável e beber muita água, permite prevenir os efeitos do calor no organismo. Ao contrário do inverno, onde temos que gerar mais calor para aquecer o corpo, no verão a nossa necessidade calórica diminui. Além disso, como o corpo concentra a energia no processo de arrefecimento, a alimentação deve ser mais leve, fresca, nutritiva e hidratante para não sobrecarregar o funcionamento do corpo e evitar mal estar. Desse modo, os cuidados com a alimentação incluem realizar de 5 a 6 refeições por dia, comendo pouca quantidade de cada vez. Realizar refeições mais leves, refrescantes e sem excessos. Consumir uma variedade de frutas, legumes e verduras, que são fontes de fibras, vitaminas, água e minerais. Preferir alimentos à base de grãos e cereais integrais. Carnes brancas e peixe na forma de assados,

cozidos ou grelhados e sobremesas à base de frutas. Os hidratos de carbono, fornecidos pelo pão, massas e arroz também são aconselhados, embora o seu consumo deva ser moderado. Evitar alimentos gordurosos, excesso de sal, excesso de açúcar e excesso de bebidas alcoólicas, que contribuem para a desidratação e são rapidamente absorvidas, promovendo a acumulação de gordura no organismo. Beba água ao longo do dia, mesmo que não sinta sede. Aumente a ingestão de água preparando infusões, aromatizando a água, por exemplo, com limão, sem adição de açúcar. Dê especial atenção às pessoas em risco, as crianças e os idosos, incentive-os a beber água ao longo do dia. Esteja atento às intoxicações alimentares. Acondicione e transporte os alimentos mais sensíveis em geleira ou outros recipientes frescos. Tomando os devidos cuidados com a alimentação é mais tranquilo desfrutar desta época do ano, tão agradável e sinónima de muito sol, praia, piscina e água fresca!!! Paula Custódio

Enfermeira da USP Médio Tejo


DESPORTO 19

AGOSTO 2016

TIAGO APERTA, ATLETA ABRANTINO, SAGROU-SE CAMPEÃO DE PORTUGAL NO DIA 25 DE JULHO

“Tracem um caminho com várias etapas e com objetivos possíveis e não pensem apenas nos pontos positivos”

Por onde começaste e a praticar o quê? O principal motivo que me levou a começar a prática do atletismo foi uma visita que fizemos à pista Municipal de Abrantes. Desde logo eu e mais dois colegas meus ficamos interessados em experimentar e tudo começou aí. Ao início fazia de tudo, provas de estrada e de pista, mas as minhas favoritas na altura eram provas combinadas e o arremesso de bola. Atualmente, porquê o lançamento do dardo? O lançamento do dardo acabou por ser a minha prova de eleição a partir de juvenil. Devido a algumas lesões que me limitaram, deixei as provas combinadas e como desde o escalão de iniciados já ganhava aos juvenis, nessa altura ficou decidido qual seria a minha prova de eleição, era a prova que dentro de todas as que praticava tinha maior destaque. Como se concretizou a saída de Abrantes para o Sport Lisboa e Benfica? Nessa altura havia dois possíveis clubes para ir. Entraram em contacto com o meu pai e conversámos sobre isso. O Benfica tinha um projeto com mais condições e não havia como pensar duas vezes. Basicamente as coisas aconteceram normalmente e visto que as condições em Lisboa eram superiores às que tinha em Abrantes, mu-

porto? O mundo do desporto é complicado. De um dia para o outro pode mudar muita coisa, quer para o bem como para o mal. O conselho que posso dar é que se querem apostar numa carreira de alta competição, tracem um caminho com várias etapas e com objetivos possíveis e não pensem apenas nos pontos positivos, mas também calculem aquilo que de mau vos pode trazer a nível pessoal.

Desporto em Abrantes

Como nasceu a aptidão para o desporto? A minha aptidão para o desporto começou cedo. Desde muito novo que joguei futebol e praticava natação e isso também me ajudou a desenvolver mais cedo que o normal. Entretanto, por volta dos 10 anos, iniciei também a prática do atletismo com o professor Gonçalves, a quem devo muito, e desde logo se notou que tinha alguma aptidão fora do normal no arremesso da bola – na iniciação do gesto técnico do lançamento do dardo.

dei de cidade. Como foi alcançar o título de Campeão de Portugal recentemente? Foi bom, já é a sexta vez consecutiva que me torno campeão de Portugal. Ao mesmo tempo com um sabor agridoce visto que a marca não foi a melhor. Tenho tido um vasto historial de lesões e passei os últimos 2 anos bastante condicionado. Neste momento, o que me motiva para treinar é a melhoria do recorde pessoal e os títulos acabam por já não influenciar como nas primeiras vezes. Que outras conquistas/vitórias te marcaram ao longo do teu percurso? Já houve várias provas que foram marcantes mas de maior destaque fica a primeira vez que bati o recorde

nacional de seniores e também quando me sagrei campeão nacional absoluto pela primeira vez. A nível internacional houve momentos que me ficaram mais na memória, um 4°lugar no festival olímpico da juventude e mais outro 4°lugar no campeonato da Europa de sub 23 a escassos centímetros do pódio e um 10°lugar num campeonato da Europa de juniores. Como sénior, consegui um 5°lugar num campeonato da Europa de equipas. Como é conciliar a vida desportiva com a vida pessoal e estudantil? Conciliar as duas áreas não é fácil, principalmente quando para além do treino e das aulas ainda tenho de encaixar horas diárias de fisioterapia, sendo que o lançamento do

dardo é uma disciplina bastante violenta e que causa bastantes lesões aos praticantes. Este ano tive de fazer uma pausa nos estudos, quis apostar tudo no atletismo, mas infelizmente voltei a ter algumas lesões que me condicionaram toda a época. No próximo ano quero voltar novamente aos estudos e tentar conciliar tudo da melhor maneira possível. Como é que a família e os amigos reagem à tua dedicação à modalidade? Desde sempre tive o apoio de ambas as partes e que acaba por ser muito importante, principalmente quando as coisas correm mal.

Consideras que para além do futebol, considerado o desporto rei, as outras modalidades também são devidamente apoiadas pelo Estado português? Daquilo que sei, que é relativamente ao atletismo, existem apoios. Claro que não falamos de apoios como no futebol, mas que acaba por ser normal visto que, se calhar 90% da população portuguesa tem interesse pelo futebol e apenas 10% pelas restantes modalidades. Aquilo que eu penso que se passa de errado é que apenas se tem o apoio até se chegar ao mais alto nível que é o mais complicado, deveria de haver apoios para aqueles que eventualmente poderiam dar o salto para esse nível e não apenas só ter esse apoio

quando precisamente já estamos no topo. Quais são os teus objetivos futuros a nível desportivo? Há 5 anos atrás tinha bastantes objetivos e metas. Com o tempo fui-me apercebendo que a disciplina que pratico é uma incerteza, tem sido um longo período repleto de lesões e problemas. Este ano, será quase a minha 5a época sem conseguir bater recorde pessoal, portanto, para uma próxima época, eu e o meu treinador vamos ter de refletir e alterar o planeamento de treino de modo a que consiga completar uma época sem grandes limitações. Caso isso aconteça, provavelmente conseguirei evoluir para um próximo patamar. Qual é o teu sonho? O meu sonho neste momento para a minha vida desportiva ambiciono ultrapassar a barreira dos 80m e se o conseguir vou desbloquear várias coisas. Agora é uma questão de conseguir ter um período constante de treino sem me lesionar para que seja possível. Já andei perto mas falta” passar isso para o papel”. Joana Margarida Carvalho PUBLICIDADE

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

Que conselho deixas aos jovens que também querem vingar no mundo do des-

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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20 DESPORTO

AGOSTO 2016

Mariana António - o símbolo do Sporting Clube de Abrantes Existindo em Abrantes uma colectividade desportiva denominada Grupo Futebol Clube Operário Abrantino, também conhecido por Grupo Recreativo Operário Abrantino (GROA), sendo a maioria dos seus associados simpatizantes do Sporting Clube de Portugal, (SCP) reuniu-se este grupo de homens no início de 1923 com o objectivo de criar na sua terra, uma filial do SCP. Com tenacidade e a fé sportinguista, ligados a um grupo de desportistas que constituíam o GROA, atingindo o êxito para o fim a que se destinaram, a 19 maio de 1923 por deferimento do pedido de filiação, passou o mesmo a designar-se por Sporting Clube Abrantes (SCA), integrando-se como filial da sede, à qual foi atribuída o número 7. Com a sua criação, o futebol foi dominante no primeiro ano. Mas, a sua história não vive só de futebol

que desde da sua fundação se ampliou num ecletismo que é a sua maior glória. Entre muitas modalidades que teve aquela que hoje mais potencia o clube é o atletismo. Esta modalidade tem dado atletas que no panorama nacional, vão dando orgulho a uma cidade que se honra com a sua glória e vibra com as suas vitórias. Mariana António é o símbolo máximo deste Clube quando em julho deste ano esteve em Bydgozcy, na Polónia, em representação de Portugal nos Campeonatos do Mundo de Juniores, competindo nos 100metros barreiras. Uma abrantina de gema, que nasceu em 1998 e iniciou a sua carreira desportiva aos 7 anos começando por praticar em simultâneo atletismo e natação. O atletismo seria a sua modalidade de eleição onde se tornou numa atleta exímia e a habituar-se a vencer cedo. No escalão de

infantis obteve a sua primeira vitória de grande relevo quando, em 2010, conquistou o Torneio do Atleta Completo em Pentatlo, a culminar dos bons resultados que esta jovem vinha já a coleccionar da escola. É no Desporto Escolar que representa Portugal pela primeira vez no Campeonato do Mundo realizado em Wuhan na China, subindo ao pódio nas duas modalidades em que veste a camisola das quinas, 2º lugar nos 100 metros barreiras e 3º no comprimento. A menina de sorriso fácil chegava ao escalão de iniciada e ficava no 3º lugar dos 100metros barreiras do Campeonato Nacional, mas seria Campeã Nacional do Heptatlo. A sua primeira grande desilusão foi quando fez os mínimos para o Campeonato do Mundo em Juvenis nos 100metros barreiras, mas ainda iniciada, não lhe foi permitida a parti-

cipação, de acordo com a interpretação dos critérios que ditaram o seu afastamento. Não foi este contratempo que a levou a perder a ambição de ser ainda melhor. A persistência, trabalho árduo, capacidade de sofrimento, amor pela modalidade levaram-na a conquistar os títulos de Campeã Nacional de Juvenis e Juniores nos 100metros barreiras e a participação nos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Após uma dezena de anos no atletismo com muitos pódios e recordes tanto a nível nacional e regional, Mariana António, é a mística, a cultura e a identidade da instituição que representa. Uma jovem bem formada, com sólidos valores humanos e sociais que orgulha todos os abrantinos e que é merecedora de todo o respeito. Carlos Serrano

Francisca Laia, a canoísta abrantina, parte para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, dia 10 de agosto. Confessou ao JA que um dos seus objetivos já foi alcançado que foi ter conseguido agarrar esta oportunidade, depois é “fazer o melhor possível e tentar entrar na final”. “É a terceira prova que vou fazer por sénior absoluta, o meu nível não está, penso eu, para alcançar medalhas. Pode acontecer, mas para já o meu objetivo é entrar na final, já seria ótimo”, disse. Por esta altura, Francisca treina duas vezes por dia e está a preparar-se o melhor possível para chegar aos Jogos Olímpicos em boa forma física. Quanto ao mediatismo que esta participação está a conferir, a jovem confessa que

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DR

Francisca Laia afirma que vai aos Jogos Olímpicos para “aprender e dar o seu melhor”

“por ser Jogos Olímpicos e ser a categoria absoluta faz com que haja mais mediatismo e exposição, mas é

uma competição, logo, estou a preparar-me como me preparei para todas as outras que fiz até hoje”.

“Tenciono fazer mais um ciclo olímpico. Estou com 22 anos, a idade das minhas adversárias é um pouco mais

elevada do que a minha, e penso que em Tóquio [nos Jogos Olímpicos de 2020] poderei estar em condições de lutar por lugares mais altos. Nesta prova quero aprender, obter alguma experiência e atingir o máximo”, disse à Antena Livre. Sobre o lançamento do vídeo intitulado “Eu Remo Contigo”, numa produção da empresa Dial Reset, Multimédia e Comunicação, de apoio à sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Francisca Laia confessa que é mais um apoio: “Sem o apoio da família e dos amigos nada disto teria sido possível. Foi importante nesta e noutras alturas. Durante 13 anos tudo foi possível graças a eles”, reforçou. No vídeo, realizado na praia fluvial de Aldeia do

Mato, é possível encontrar alguns apoiantes da atleta, como Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes ou simplesmente amigos da jovem. Recorde-se que Francisca Laia alcançou a qualificação olímpica em canoagem no passado mês de maio, em Duisburgo, na Alemanha. Hoje confessa ter “curiosidade de viver esta experiência” e de “estar rodeada pelos melhores atletas das modalidades olímpicas. Vai ser uma experiência enriquecedora a nível pessoal, sem dúvida”, finalizou. Desde muito nova que Francisca Laia esteve ligada ao Clube Desportivo os Patos, de Rossio ao Sul do Tejo. Hoje é atleta do Sporting Clube de Portugal. JMC


REGIÃO 21

AGOSTO 2016

GASTRONOMIA DE VERÃO

ZAHARA 27

Melões e Pêssegos

Uma Zahara dedicada ao centenário o

Estamos no pináculo do Estio, dias calorentos a suscitarem comidas leves, quase elegantes, frescas, representadas em centenas de preparos culinários, concebidos ao longo de milénios, nos quais por óbvias razões as matérias-primas locais eram a primazia. Mesmo após a chegada dos produtos vindos do Oriente e do Novo Mundo, a maioria das populações estavam obrigadas a contentarem-se com o que as hortas, pomares, silvedos, bosques e florestas davam. Sempre que as inclemências do tempo, as catástrofes, guerras e devastações eclodiam a maior parte das populações passava toda a sorte de privações a redundarem em miséria, doença e morte. A fruta era formidável recurso contra a penúria, daí a existência de provérbios

A revista Zahara, editada pelo Centro de Estudos de História Local de Abrantes, colocou na rua o seu número 27. Ao contrário do que é tradição, este número tem um carácter monográfico: celebra os 100 anos da cidade. Por isso, a capa tem também uma imagem diferente e o conteúdo diz respeito ao tema escolhido. Os artigos são, como é habitual, de diferentes tipos. Os trabalhos publicados versam o processo de elevação de vilas a cidades sob o regime republicano Candeias Silva), as comemorações dos 50 e, depois dos 75 e 80 anos de cidade (Rolando Silva), 100 anos de desporto (José Gaspar), o Dr. Manuel Fernandes (Teresa Aparício), o título de “cidade florida” (Isilda Jana), o cine-teatro de S. Pedro (Carlos Grácio), uma conversa com Teresa Pombo (Alves Jana), o

a salientarem o verão como período de maior abastança relativamente ao inverno, precisamente, porque inúmeras espécies frutíferas atingiam saliente expressão na época calmosa, caso dos melões e dos pêssegos. Trago à colação tais variedades na justa medida de desde a fundação da nacionalidade serem muito gabados e requestados os melões e os pêssegos concebidos no território abrantino e adjacências. Os dois frutos são originários do Oriente, os pêssegos ganharam tal nome devido à sua expansão na Pérsia, os conquistadores trouxeramnos para o Ocidente e os invasores da Península Ibérica aqui os implantaram. O espaço disponível não a permite melhor esclarecimento sobre a irradiação e modo de produção; romanos e

muçulmanos entram na história, ordens religiosas e militares também, aventureiros, monges, peregrinos e viajantes de igual modo. As Escolas deviam ensinar a génese e história dos produtos, escrevo eu. Uma coisa é certa: a suculência dos melões e pêssegos daqui gerou a preferência dos possidentes, logo procura inusitada, consequentemente outras alternativas na sua produção. A globalização possibilita-nos apreciar estes frutos o ano inteiro. O melão é refrescante, pode entrar em sopas frias, acompanhar pratos de peixe e carnes brancas, na condi-

ção de iniciador de refeições enlaça a preceito com ovas em conserva e carnes fumadas. É benquisto no tocante à fabricação de doces, compotas, bolos e gelados. O pêssego cuja carne polpuda e casca penugenta suscitou famosa receita – os pêssegos Melba, substanciosa actriz –, também tem larga utilização nas artes culinárias na composição de receitas elegantes, frescas e gulosas, sejam de cariz salgado, sejam de estirpe doce. Tal como o melão dá azo a sumos e bebidas compostas de muitos géneros. Armando Fernandes

Gastrónomo

comentário de duas fotos da velha Abrantes (Alves Jana) e a apresentação de uma carta de Gregório Cascalheira a Solano de Abreu (Mário Jorge de Sousa). E as habituais notícias. Enfim, uma ajuda para quem quer abeirar-se melhor dos 100 anos que Abrantes está a celebrar. A Zahara é semestral e “a única revista de história local em Portugal editada por uma associação”, a Palha de Abrantes, há treze anos e meio. A. J.

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22 CULTURA

AGOSTO 2016

Agosto é sinónimo de cinema ao ar livre em Mação e Sardoal O Município de Mação associa-se ao Instituto de Cinema e Audiovisual na realização da iniciativa “Cinema Português em Movimento”, que entre 4 e 7 de agosto levará às praias fluviais do concelho sessões de cinema ao ar livre. A 4 de agosto, quinta-feira, a vila de Mação exibe “O Cônsul de Bordéus”, no dia 5, sexta-feira, é a vez da Praia Fluvial de Cardigos receber o filme “Capitão Falcão”. No sábado, 6 de agosto, a Praia Fluvial de Carvoeiro exibe “O Pátio das Cantigas” e o último dia da iniciativa, a ter lugar na Praia Fluvial de Ortiga, a 7 de agosto, dá destaque ao filme “Os Gatos não Têm Vertigens”. As exibições têm início às 21 horas e a entrada é gratuita. O projeto “Cinema Português em Movimento”, que este ano

completa a 4.ª edição, assenta na exibição de cinema ao ar livre nas aldeias e vilas do país e tem o intuito de aproximar o cinema português dos municípios portugueses que não possuem oferta cinematográfica regular. No Sardoal, o jardim do Centro Cultural Gil Vicente volta a acolher, pelo terceiro ano consecutivo, as noites de cinema ao ar livre. Os filmes são exibidos todas as quintas-feiras de agosto, com início às 22 horas. “O Fabuloso Destino de Amélie”, no dia 4 de agosto; “Histórias da Idade de Ouro”, no dia 11; “O Pátio das Cantigas”, no dia 18, e “Trinity – Ainda é Meu Nome”, no dia 25, são os filmes escolhidos para as noites quentes de verão. “Grandes Filmes, Noites Quentes” é o mote do Ci-

AGENDA DO MÊS Abrantes Até 26 de agosto – Exposição “Ponto de Partida”, uma seleção da coleção de arte contemporânea Figueiredo Ribeiro – Quartel Galeria Municipal de Arte, de terça a sábado, das 10h às 12h30m e das 14h às 19h Até 26 de agosto – Exposição “Vergílio Ferreira: Os caminhos da escrita”, comemorativa do centenário do nascimento de Vergílio Ferreira – Biblioteca Municipal António Botto Até 22 de janeiro de 2017 – Exposição Antevisão VIII do MIAA “Da troca direta à moeda: uma história” - Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes – terça a domingo, das 09h30m às 12h30m e das 14h às18h 4 de agosto – “Caídos do Céu” pelo Teatro do Montemuro – Praça Raimundo Soares, 22h 18 de agosto – Noite de Fado Amador – Praça Raimundo Soares, 22h 27 de agosto – “Música do nosso tempo” – Parque Urbano de São Lourenço, 21h30m 28 de agosto - Animação de Verão “Música do nosso tempo” – Largo do Espírito Santo, Mouriscas, 18h

Constância

nema ao Ar Livre, promovido pelo Município de Sardoal, enquadrada pelo espaço Cá da Terra, em parceria com o EspalhaFitas – Secção de Ci-

nema da Palha de Abrantes e com o apoio da TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior.

Exposições de visita obrigatória em Vila de Rei

Até 31 de agosto – Exposição do Concurso de Fotografia “Retratos da Festa” – Antiga Cadeia Ciência Viva no Verão: 5 de agosto – “A botânica de Camões”, visita ao Jardim-Horto, 18h15m 6 de agosto – “Conhecer plantas usadas pelos nossos avós”, Parque Ambiental de Santa Margarida, 9h15m 11 de agosto – “Chuva de Estrelas no Parque”, observação das Perseidas (chuva de meteoros), Alto de Santa Bárbara, 21h

Mação 15 de agosto – Encontro de Emigrantes em Mação – Jardim Municipal (Largo do Matadouro), a partir das 17h30m Cinema ao ar livre, às 21 horas: 4 de agosto – “O Cônsul de Bordéus” – Mação 5 de agosto – “Capitão Falcão” – Praia Fluvial de Cardigos 6 de agosto - “O Pátio das Cantigas” – Praia Fluvial de Carvoeiro 7 de agosto – “Os Gatos não Têm Vertigens” – Praia Fluvial de Ortiga

Sardoal Neste mês de agosto, Vila de Rei é sinónimo de Feira de Enchidos, Queijo e Mel, mas a programação cultural não se esgota neste certame. Atualmente, estão a decorrer duas exposições que merecem uma visita. A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei, tem patente, até 7 de agosto, a exposição “DeCoração”, com trabalhos realizados pelos utentes da Fundação João e Fernanda Garcia. Esta mostra

decorre na sequência de uma formação não certificada em

Pintura Criativa, que abordou diferentes temáticas, como pintura em papel mágico, madeira, gesso, tecido e tela. A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h30, e aos sábados, das 15h00 às 18h00. O Museu Municipal de Vila de Rei inaugurou a 30 de julho a exposição “Deep Waters”, com trabalhos de pintura de Luís Gonçalves. O autor, nascido no Sítio da Nazaré, dá a

conhecer, num conjunto de obras, a sua forte ligação ao mar e à praia: desde a inocência da criança que brinca à beira-mar até à dureza e aflição dos pescadores que colocam em risco as suas próprias vidas. A exposição pode ser visitada até 16 de setembro, no horário de funcionamento do Museu Municipal de Vila de Rei: de quarta a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

Bons Sons celebra 10 anos de música com cartaz de luxo 10 anos de música portuguesa merecem ser celebrados em jeito de festa e com um cartaz de luxo. O Bons Sons dispensa apresentações, ou não fosse uma referência não só na região centro, como a nível nacional. E para festejar tantos anos de música, a organização convidou 10 bandas que marcaram presença em edições anteriores: Deolinda, Lula Pena, Desbundixie, Kumpania Algazarra, Danças Ocultas, que atuarão com a Orquestra Filarmonia das Beiras, a pianista Joana Sá, os Birds Are Indie, Sopa de Pedra, Lavoisier e D’Alva regressam a Cem Soldos, Tomar, entre os

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dias 12 e 15 de agosto. Mas o cartaz do Bons Sons não é feito apenas a olhar para o passado, mas , antes, a projetar o futuro. O festival vai decorrer em oito palcos, localizados no pe-

rímetro da aldeia de Cem Soldos. A receção ao campista, no dia 11 de agosto, será animada pelo DJ “Quem és tu, Laura Santos”. Pelos quatro dias do Bons Sons vão passar nomes como Sensible Soc-

cers, Best Youth, Kumpania Algazarra e Danças Ocultas, a 12 de agosto; Deolinda, Cristina Branco, Da Chick e Lavoisier, no dia 13; Carminho, Keep Razors Sharp, Branko, White Haus, Fandango e Isaura, a 14 de agosto; Jorge Palma, D’Alva e Lula Pena a fechar o festival, no dia 15 de agosto. Além da música, o festival conta também com uma Feira deMarroquinarias,exposições, exibição de curtas-metragens e documentários. O Bons Sons teve a sua primeira edição em 2006 e desde então não tem parado de crescer: 40.000 visitantes e 50 concertos.

Até 28 de agosto – Exposição “Momentos”, fotografia de António Cotrim – Galeria do Centro Cultural Gil Vicente Até 28 de agosto – Exposição “Rasgos de Criatividade”, trabalhos realizados pelos alunos do Curso Técnico Superior Profissional em Produção Artística para a Conservação e Restauro – Cá da Terra Cinema ao ar livre, jardim do Centro Cultural Gil Vicente, às 22h: 4 de agosto – “O Fabuloso Destino de Amélie” 11 de agosto – “Histórias da Idade de Ouro” 18 de agosto – “O Pátio das Cantigas” 25 de agosto – “Trinity – Ainda é Meu Nome”

Vila de Rei Até 7 de agosto – XXVII Feira de Enchidos, Queijo e Mel – Parque de Feiras Até 7 de agosto – Exposição “DeCoração”, trabalhos elaborados pelos utentes da Fundação João e Fernanda Garcia – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Até 7 de agosto – Centro Livro com Feira do Livro e “Hora da Poesia” – Edifício do antigo Posto de Turismo Até 16 de setembro – Exposição de pintura “Deep Waters”, de Luís Gonçalves - Museu Municipal 21 de agosto – 3.º Encontro entre Associações – Praia Fluvial do Bostelim, a partir das 10 horas

Vila Nova da Barquinha Até 28 de agosto – Exposição “Sobre a natureza das coisas”, trabalhos dos alunos finalistas do curso de Artes Plásticas, Pintura e Intermédia da Escola Superior de Tecnologia de Tomar – Galeria do Parque e Galeria Santo António 6, 13, 20 e 27 de agosto – Teatro “Viriato”, pelo Grupo de Teatro Fatias de Cá – Castelo de Almourol, 19h19m PUBLICIDADE


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Maria Manuela Vitória Caetano de Oliveira 26/10/1932 - 24/07/2016 Abrantes

AGRADECIMENTO Na impossibilidade de o fazer pessoal e individualmente, a família agradece do fundo do coração a todos os quantos se dignaram acompanhar a sua ente querida à ultima morada. 16

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e nove a folhas cinquenta e uma, do Livro Duzentos e Catorze - B, deste Cartório. Afonso Ribeiro e Silva, NIF 114 266 069, e mulher Laura Carreira de Sousa e Silva, NIF 171 286 502, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha , ela da freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, residentes no lugar de Jardoeira, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis: UM - prédio rústico, composto de pinhal, com a área de trinta e sete mil e duzentos metros quadrados, sito em Várzea Larga, na União de freguesias de Aldeia do Mato e Souto (anterior freguesia de Aldeia do Mato (extinta), concelho de Abrantes, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número três mil trezentos e quatro/ Aldeia do Mato, onde se mostra registada a aquisição em comum, na proporção de um sexto a favor de José Nogueira Augusto , casado, residente em Paul, S. Vicente, Abrantes; três sextos indivisos a favor de Maria Adélia Nogueira, viúva , residente em Casais da Pucariça, Aldeia do Mato , Abrantes, pela apresentação oito , de quatro de Abril de mil novecentos e cinquenta e cinco ; e de um terço indiviso a favor de João Malhadeiro, casado, residente em Cabeça Gorda , Aldeia do Mato, Abrantes, pela apresentação dois, de seis de Abril de mil novecentos e cinquenta e cinco, inscrito na respetiva matriz sob os artigo s 4 da secção S, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €3.515,14 e 5 da secção S, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €1.051,64, que provêm dos artigos 4 e 5 da secção S da freguesia de Aldeia do Mato (extinta), e estes do artigo 2411 da antiga matriz; DOIS - prédio rústico, composto de cultura arvense, oliveiras e pinhal, com a área de oitenta e sete mil e oitocentos metros quadrados , sito em Vale da Trave, ou Vale das Fonte s, Abrantes (S. Vicente), na União de freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede (anterior freguesia de Abrantes (S. Vicente) (extinta), concelho de Abrantes, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número cinco mil quatrocentos e setenta e um/Abrantes (São Vicente), onde se mostra registada a aquisição a favor de Joaquina Maria da Silva, viúva, residente em Pucariça, pela apresentação sete, de quatro de Abril de mil novecentos e treze , inscrito na respetiva matriz sob os artigos 7 da secção AO, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €3.299,19 e 8 da secção AO, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €3.336,84, que provêm dos artigos 7 e 8 da secção AO da freguesia de Abrantes (São Vicente) (extinta) ; Que adquiriram o prédio relacionado em UM por compra a Francisco Henriques da Silva e mulher Maria Rosa Silva Santos, residentes em Hortas, Batalha, por escritura outorgada em doze de Março de mil novecentos e oitenta e um, exarada a folhas treze e seguintes do Livro oitenta e um das notas da extinta Secretaria Nota rial de Tomar, Segundo Cartório; e o prédio relacionado em DOIS por compra a Maria da Luz Prior e marido José dos Santos, residentes em Torrinhas, Reguengo do Fétal, Batalha, por escritura outorgada no dia três de Maio de mil novecentos e oitenta e três, no extinto cartório Notarial da Batalha, exarada a folhas oitenta e quatro verso e seguintes do competente livro de notas oitenta-C; _ Que, desconhecem a forma como os aludidos vendedores adquiriram os identificados prédios, nem se, e onde, foram feitas as escrituras de aquisição, pois apesar de várias buscas efetuadas, não conseguiram encontrar qualquer escritura que titule esses contratos, não tendo assim, possibilidade de obter os respetivos títulos, para fins de registo; Que, assim, os outorgante estão na posse e fruição dos mencionados prédios, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e com a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando os prédios, com o amanho da terra, recolha de frutos , conservação e defesa da propriedade, pagamento dos impostos e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, os outorgantes adquiriram os identificados prédios por usucapião. Batalha, vinte e um de Junho de dois mil e dezasseis. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho

ORTOPEDIA Dr. Matos Melo

OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi

CIRURGIA Dr. Francisco Rufino

PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada

CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa

PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra

DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira

PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia

NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro

NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes

SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João

NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq.- 2200-235 ABRANTES Telef. 241 371 715 - 932 904 773 Fax 241 371 715 - geral@abranfir.pt

16

Gracinda Damas António

José Manuel Falcão Pires

03/03/1933 - 19/07/2016

25/08/1947 - 22/05/2016

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Seu marido, filhos, nora e netos agradecem reconhecidamente a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida até à sua última morada, bem como aos que de uma ou de outra forma manifestaram o seu pesar.

Sua Esposa, Filho, Nora, Netos e Cunhada, agradecem a todos quantos, neste momento tão difícil, manifestaram o seu apoio e acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Agradecem igualmente à gerência, às colaboradoras e à equipa média e de enfermagem do “ O Jardim da Celeste”Casa de repouso e Acolhimento em Abrançalha de Baixo a forma carinhosa com que a trataram enquanto lá permaneceu. Ficarás para sempre nos nossos corações e na nossa memória com muita saudade e o teu lugar será inesquecível. Descansa em Paz. A Família.

Um bem-haja especial à UCCl de Vila de Rei, equipa médica/enfermagem e restante pessoal, que nestes últimos dois anos foram inexcedíveis nos cuidados médicos e acompanhamento a toda a família.

jornaldeabrantes


AGENDA AGOSTO 2016 MÚSICA

27.AGO.16 // 21:30 0 P. URBANO DE S. LO OURENÇO 28.AGO.16 // 18:00 0 L. ESPÍRITO SANTO O MOURISCAS MÚSICA

o

18.AGO.16 // 22:00 PRAÇA RAIMUNDO SOARES

Espetáculo itinerante

JUVENTUDE

12.AG 12 .AGO. O 16 // 09:30ʘ19:00 PIS ISCIN CINAS DE AR LIVRE DO CO OMPLEXO MUNICIPAL D PI DE PISCINAS DE ABRANTES S

Dia Interna acional c da Juventu ude d Comemorações DESPORT DESP DE OR ORTO

14.. AGO AG .16 6 // 09 09:0 :0 :00 00 PEG GO

EXPO OSIÇÃO

2º. Passeio Aldeia das Casas C Baixas s

ATÉ 26.AGO.16 6 48$ $57(/ ȣ *$/(5 /(5,$ $ 081 081,&, &,,3$ $/ $/ '( $ $57( '( $%5$17(6

Co oleção ç Figueir g redo Riibeiro

C cl Ci clo oturis urism mo

Arte Contemporânea

DESPORTO

27.AGO.16 // 09:00 CA REI CAR R RA DO MATO

Pass seio de biicicleta

EXPO OSIÇÃO

ATÉ 26.AGO.1 16 %,%/ /,27(&$ 081,&,3$/ $17 7½1,2 % %277 2 2

Ve ergílio g Fe erreira

Os caminhos da escrita EXPO OSIÇÃO

$7´ -$1 086 6(8 ' /232 '( $/0(,'$ &$67(/2 '( $%5$17(6

Da a troca direta à moeda: uma hiistória Anttevisão VIII — MIAA DESP P ORTO

$ $*2 PEGO

I Trail Aldeia da as Casas Ba aixas Atletismo

jornaldeabrantes

TEA TE ATRO AT R

04.AGO 04 GO O.1 16 // // 22: 2:00 2:00 0 PR RAÇA A RA RAIM IM IMUN MUN UNDO DO OS SOA OA O ARE A ES

Teatro do Montemuro

DESPORTO

28. 8.AGO AG .16 16 // 17:00 0 AQUAPOLIS MARGEM AQU M NORT N TE

4.º Troféu u XC CR Branquinho q s do Pedal BTT


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