JA - Edição de setembro de 2017

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a j / JORNAL DE ABRANTES / Abrantes / Constância / Mação / Sardoal / Vila Nova da Barquinha / Vila de Rei / Diretora Joana Margarida Carvalho SETEMBRO 2017 / Edição nº 5559 Mensal / ANO 117

Joana Margarida Carvalho

/ DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Floresta negra Terrenos destruídos Casas ardidas 80% de área queimada

E agora?



ENTREVISTA /

Filipa Mota

Hugo Rebelo SFTD

A voz de um anjo!

Numa das muitas idas à RTP, José Carlos Malato disse em direto que se os anjos tivessem voz, esta poderia muito bem ser a voz de um anjo. Filipa Mota, a menina mulher vocalista da banda Hyubris, que sem ninguém esperar, voltou aos palcos em janeiro deste ano na Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes, depois de uma paragem de quatro anos. Uma paragem natural e que aconteceu pelo nascimento dos filhos de elementos da banda. Filhos que entretanto já dão os primeiros passos e já assistem aos concertos da família Hyubris! Tranquila e feliz com a vida, Filipa Mota é assim mesmo…contagia confiança e felicidade! E esteve à conversa connosco…

Filipa, em 2017 estás de regresso aos palcos continuando a ser a front woman dos Hyubris, um projeto que está quase a chegar aos 15 anos…quando olhas para trás, para o início, o que é que te vem em primeiro lugar à memória?

Cantar sempre foi um sonho de infância…de adolescente! Mas acima de tudo é um sonho que me acompanhará toda a vida! Mesmo que um dia volte a “parar” este sonho perseguir-me-á eternamente!

Ser cantora, estar ligada às artes era um sonho de menina, ou foi despertando em ti?

Sempre foi um sonho de menina…e cada passo que fui dando ao longo da vida foi nesse sentido. A música, o teatro e a dança sempre foram a minha motivação.

Qual foi a primeira música que te lembras de ter cantado para um público?

(Risos) Penso que no jardim-de-infância já era a protagonista na área das canções…Não me lembro da canção ao certo, mas lembro-me que era uma música infantil!

Depois, já na adolescência, a vida faz com que tu e o Jorge Cardoso (guitarrista dos Hyubris) se encontrem e criem uma amizade forte. Descobriram logo afinidades musicais? Nessa altura, o Jorge já estava a tocar com os “Lupakajojo”…

Sem dúvida…o Jorge Cardoso foi o meu grande “padrinho musical” ao convidar-me para fazer

Hyubris é uma família… onde para além dos laços musicais há grandes laços de amizade e sobretudo Amor”

parte da banda…Inconscientemente até, ele mudou a minha vida por completo. E juntos na composição complementamo-nos.

E então, como é que surge a oportunidade e o convite para integrar o projeto? Nada fazia prever que os Lupakajojo fossem ter uma vocalista!

O convite surgiu na altura apenas para fazer coros na banda… ou melhor…segundas vozes. Aliás eu fui cantar apenas para experimentar…os meus pais nem sonhavam! Ainda me lembro da primeira vez que os ouvi… para mim eles eram (e são) os meus ídolos! Identifiquei-me de imediato com a forma de ser e de estar de todos eles… são todos excelentes seres humanos, de uma sensibilidade incrível e sim…senti que tinha encontrado a química musical perfeita.

Entretanto, Hyubris é também

amor…foi na banda que encontraste aquele que é hoje o teu marido (Lulla), um amor que já deu frutos: a pequena Morgana. Como é que tem sido esta experiência de Amor Maior? O que tens aprendido com ela? O que mudou em ti?

Hyubris é uma família…onde para além dos laços musicais há grandes laços de amizade e sobretudo Amor! E desse laço de amor (com o lulla) Nasceu a Fada Morgana… que completou, com o chegar da primavera, dois anos. E é sem duvida o meu Amor Maior… é “o melhor de mim” um amor que não se consegue descrever… é maravilhoso ser-se Mãe…é uma bênção tê-la na nossa vida!

A tua vida profissional, é dedicada às crianças…uma relação que naturalmente não é apenas profissional, pois não?

Ser educadora de infância… nem interpreto como profissão… é mais…uma missão muito maternal que sempre existiu em mim e que começou muito cedo, logo quando comecei a “brincar com bonecas”. É um privilegio estar o dia inteiro rodeado destes “seres mágicos” que desabrocham o que de melhor existe em nós e é essa a convicção da minha profissão… dar o melhor do que sou … porque elas são o melhor que existe e já dizia Fernando Pessoa “ Grande é a poesia, a bondade e as danças… mas o melhor do mundo são as crianças”.

E entretanto…2017 marca o regresso dos Hyubris aos palcos,

após uma paragem de 4 anos em que alguns elementos da banda foram pais, casaram, etc. Este era um regresso muito desejado não era?

Muito desejado mesmo…à medida que os anos foram passando o sentimento de saudade foi-se intensificando…até chegar o dia em que tivemos que dizer BASTA!

Tiveste receio que a paragem fosse definitiva? Ou sempre acreditaste que o regresso acabaria por acontecer quando os filhotes dessem os primeiros passos (tal como agora veio a acontecer)?

Sempre acreditei no regresso, claro!… Os nossos amigos e fans também sempre nos fizeram acreditar nisso. A paragem aconteceu naturalmente, porque tivemos os nossos filhos e as vidas mudaram, mas mesmo durante a paragem, a família Hyubris cresceu e sempre existiu a vontade de voltar, claro!

Filipa, o que é que te move? - Na vida e na música

O sonho…tudo o que faço é em função da concretização deste.

O que te deixa triste? E feliz?

A maldade e a insensibilidade deixam-me triste. Feliz, a verdade, o amor, a bondade e a simplicidade! Paulo Delgado

Entrevista completa em www.antenalivre.pt

setembro 2017 / jornal de abrantes

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DR

Vasco Duque

/ Sardoal – dia 18 de agosto

/ Vila de Rei

Adriano Martins

REPORTAGEM /

/ Mação

Uma região consumida pelas chamas / Rio de Moinhos, Abrantes, dia 10 de agosto Viveram-se das piores semanas dos últimos verões na região. Desde o mês de julho que os concelhos de Mação, Abrantes, Sardoal e Vila de Rei não têm descanso devido aos incêndios. Os resultados são bastante preocupantes. Mação viu arder cerca de 25 mil hectares, os prejuízos rondam 40 ME. Vila de Rei contabilizou 10 mil hectares de área queimada. Em Abrantes cerca de 4600 hectares arderam, o que corresponde a um valor património florestal devastado superior a 9 ME. Sardoal contabiliza menos área ardida (1.500 hectares), mas os danos são visíveis no mato e na floresta do concelho. Os incêndios já se tinham iniciado, mas foi no dia 24 de julho que o alarme soou e deu início à tragédia em Mação. A 24 de julho, a Antena Livre dava conta que o incêndio que tinha deflagrado na Sertã se tinha propagado ao concelho de Mação e que a “preocupação” era muita, devido ao vento e aos reacendimentos. Às 16h00 desse mesmo dia, António Louro, vice-presidente do Município de Mação, referia que “o aumento das temperaturas, o vento que se fazia sentir e os poucos meios no terreno” proporcionavam “uma situação delicada”.

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No dia 26 de julho, o mesmo responsável já contabilizava perto de 20 mil hectares ardidos no concelho de Mação e “cinco a sete casas” de primeira habitação destruídas. Naquela altura, a área ardida correspondia a quase 50% da área total do concelho. Em declarações, o vice-presidente afirmava que o incêndio significava “semear pobreza, semear falta de rendimento, semear abandono do território, semear desertificação” e isso, assegurou, “vai-se sentir nos próximos 30 anos”. Naquele dia, várias aldeias foram evacuadas no concelho de Mação. Vasco Estrela, presidente da Câmara, falava de aldeias rodeadas pelas chamas, como eram os casos de Casas da Ribeira, Pereiro, Aldeia de Eiras ou Envendos. Somente no dia 27 de julho é que os habitantes retirados das aldeias do concelho de Mação começavam a regressar às suas casas e o fogo entrou em fase de rescaldo. Após o primeiro incêndio, vários deputados de quase todos os quadrantes políticos visitaram Mação. Vasco Estrela reclamava a falta de “coragem e vontade política” para apoiar o projeto de ordenamento florestal desenvolvido pelo Município. No dia 4 de agosto, Sardoal é

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atingido por um incêndio em Cabeça das Mós, Lapa e Entrevinhas. A situação acaba por ser controlada e ninguém previa o que ainda vinha aí. Cinco dias mais tarde, a 9 de agosto, chega a vez do concelho de Abrantes. O incêndio de grandes proporções começa a consumir mato e floresta em Aldeia do Mato. No dia 10 de agosto, Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, lamentava que uma casa de primeira habitação em Aldeia do Mato tinha sido consumida pelas chamas. No dia seguinte, um novo incêndio surge às portas da cidade de Abrantes. Pucariça, Rio de Moinhos, Amoreira, Abrançalha de Cima e de Baixo assistiram à fúria das chamas que por onde passavam deixavam um rasto de destruição no mato e na floresta. Dois dias mais tarde, a 13 de agosto, um incêndio que lavrava em Ferreira do Zêzere atinge o concelho de Vila de Rei. Nesse mesmo dia, a autarquia ativou o seu o Plano Municipal de Emergência. No dia 14 de agosto, nas palavras de Paulo César Luís, vice presidente do Município vilarregense, “era o fim do mundo” aquilo a que se assistia em Vila de Rei. A 15 de Agosto, o fogo em Vila

de Rei era dado como dominado e as chamas já lavravam em Mação. Horas mais tarde as aldeias de Aboboreira, Serra e Casalinho, em Mação, estavam ameaçadas pelo fogo. O vice presidente do Município maçaense dava conta de que não havia “o mínimo de controlo” sobre a situação. A16 de agosto, Vila de Rei voltava a ficar ameaçada pelas chamas. “O fogo está novamente descontrolado e a lavrar em dois setores com muita intensidade e com muitas projeções devido ao vento”, referia Paulo Cesar Luís. O Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Santarém é ativado às 18h00, no dia 16, devido ao elevado número de incêndios no distrito. No dia 17 de agosto, ninguém entrava nem saia de Mação, devido ao fumo e ao fogo”. Vasco Estrela lamentava que o incêndio continuava“a seguir imparável o seu rumo ao sabor do vento”. Naquele momento, o presidente da Câmara vincava que se estava a assistir a “uma tragédia impensável”. Horas mais tarde, o autarca dava conta que “80 a 90% do concelho” tinha ardido. A 17 de agosto, o incêndio que lavrava no concelho de Vila de Rei é dado como dominado. Mas nessa

tarde, o Governo declara o estado de calamidade pública face à previsão do agravamento do risco de incêndio. Reacendimentos e frentes de fogo ativas e a lavrar com grande intensidade continuava a ser o cenário no concelho de Mação. Entretanto, as chamas já tinham chegado a Sardoal e à freguesia de Mouriscas no concelho de Abrantes. E quando o cenário pareceria não poder ficar pior, o fogo alastra ao concelho de Gavião e atinge a freguesia de Belver. O presidente da Câmara de Gavião, José Pio, relatava uma situação “muito complicada”. Dois dias passaram e as chamas continuavam sem dar descansado nos concelhos de Abrantes, Mação, Sardoal e Gavião. No dia 19 de agosto, Vasco Estrela queria ver reconhecido o Estado de Calamidade Pública no seu concelho e admitia que as populações, operacionais e autarcas estavam “a chegar ao limite” e que já não havia“muito por onde arder”. Somente no dia 20 de agosto é que o incêndio de Mação, que se propagou aos concelhos de Abrantes, Sardoal e Gavião, foi extinto. Joana Margarida Carvalho


REGIÃO / Mação Município critica recusa de fundos comunitários para defesa da floresta

e proteção da floresta, como faixas de gestão combustível na rede primária, construção de faixas de gestão combustível na rede secundária, para apoio à primeira, e depois de um ano e meio à espera de resposta dizem-nos para reformular tudo e depois responderam-nos, há cerca

de quatro, cinco meses, que as candidaturas foram avaliadas com nota 10, entre 20 valores possíveis. Significava isso que tudo era chumbado, como acabou por suceder”, referiu António Louro. As candidaturas apresentadas, observou, “incidiam, essencialmen-

te, na limpeza de zonas estratégicas do território, junto a estradas alcatroadas ou outras zonas sensíveis, com o objetivo de criar condições para conter incêndios florestais”, num total de mais de 600 hectares de áreas a intervencionar. “A autarquia investiu o que po-

dia do seu próprio orçamento, em algumas dezenas de hectares, mas tal não foi suficiente. Triste é saber que se tivéssemos conseguido a aprovação destas candidaturas, os desenvolvimentos destes incêndios poderiam ter sido diferentes e contribuído para mitigar a devastação e destruição do nosso território, como acabámos por assistir nas últimas semanas”, lamentou. O autarca acrescentou que “alguma coisa tem de estar profundamente errada nos critérios de valorização das candidaturas”, que no caso de Mação eram da ordem global dos 700 mil euros. Com cerca de 41.000 hectares de área, 122 lugares e aldeias, 80.000 pequenas propriedades e 95% de área florestal, Mação viu o seu território ser devastado por incêndios nos últimos 30 anos, os últimos dos quais em julho e em agosto. O primeiro devastou cerca de 18 mil hectares de área florestal e o segundo, extinto no dia 20 de agosto, “mais cerca de 9.700 hectares”, entre muitos outros prejuízos. Lusa

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A Câmara de Mação considera “incompreensível e inaceitável” a recusa, nos últimos anos, de candidaturas municipais a fundos comunitários do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) para construção de faixas de gestão de combustível e outras medidas de proteção da floresta. “Sendo Mação um dos territórios com maior risco de incêndio no país – como, aliás, e infelizmente, se comprovou nestas últimas semanas -, não entendemos como recebemos uma classificação de 10 pontos em 20 possíveis” nas candidaturas, disse à Lusa o vice-presidente da autarquia, António Louro. Ao ver recusados os fundos do PDR2020 (relativo ao período 20142020), o município, ficou privado de investimentos de construção e manutenção de faixas de baixa densidade combustível, entre outros, com “candidaturas apresentadas em 2015 e planeadas para defender as áreas que arderam” este ano. “Andámos aqui de trás para a frente com candidaturas feitas há dois anos e meio, ao nível da defesa

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REGIÃO / Mação

Carlos Moedas anuncia investimento europeu de 125 ME para investigação no setor florestal

Carlos Moedas esteve no dia 29 de agosto nas áreas ardidas do concelho Mação a convite da Câmara Municipal, onde anunciou um investimento europeu de 125 milhões de euros para a investigação no setor. “Decidimos propor ao Parlamento uma verba de quase 125 milhões de euros para os anos 2018, 2019 e 2020 para o estudo do que vimos aqui, em termos de planeamento, e o efeito que tem o não ordenar o território”, disse o comissário para a Investigação, Ciência e Inovação. Carlos Moedas lembrou que durante os incêndios que assolaram o território nacional a Europa teve a capacidade de “reagir”, dando conta que “mais de 300 homens vieram para Mação, Pedrogão e outras áreas do país. Com mais de 50 veículos que estiveram presentes”. Com um total de 27.500 hectares de área florestal destruída pelos incêndios de julho e de agosto, cerca de 75% do território de Mação, o comissário europeu disse que o

Governo português e os municípios devem olhar para todos os fundos europeus disponíveis, incluindo o plano Juncker. Questionado sobre a pertinência do pedido de Mação para a ativação do Plano Juncker para o reordenamento da floresta nacional, o responsável disse ser “uma ideia sólida” e que o Plano Juncker “tem capacidade para ajudar neste aspeto”. “Portugal deve-se organizar, não só ao nível do Governo, mas ao nível dos municípios, de poder candidatar-se neste aspeto ao plano Juncker. Agora tem de ser estudado, preparado e Portugal terá toda a vantagem ao olhar não só para os fundos estruturais, mas também para o plano Juncker”, salientou Carlos Moedas. Com esta visita, o comissário quis ver no terreno o apoio prestado pela União Europeia no combate aos incêndios florestais através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, a utilização dos diferentes fundos europeus acionados no seguimento dos incêndios e reconhe-

cer simbolicamente o trabalho dos bombeiros voluntários. “Por parte da Europa, o objetivo foi conseguir desbloquear os 45 milhões que estavam alocados de forma diferente para poder ajudar não só a nível das infraestruturas, como das empresas, das pessoas, dos municípios”, referiu Moedas. No final da visita às áreas ardidas, o comissário plantou uma árvore em território maçaense e disse ainda aos jornalistas que sai de Mação com uma “imagem de tristeza, mas também de uma certa esperança por ver estes homens e mulheres aqui, a lutarem todos os dias”. “Temos de conseguir fazer melhor em Portugal, temos de conseguir prevenir estas situações”, disse Carlos Moedas, apelando aos investigadores e professores portugueses para concorrerem ao programa de Ciência da Comissão Europeia, que pode financiar projetos para conseguir fazer o ordenamento. Por sua vez, Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal,

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/ O comissário plantou uma árvore em território maçaense começou por referir que é “um desígnio nacional encontrarmos aqui soluções para o futuro destes territórios, para que estas tragédias não voltem a acontecer. É obrigação e tenho a certeza que a Comissão Europeia estará também empenhada no encontrar dessas soluções”. O presidente da Câmara disse que vai estar muito atento “a esta matéria e aos passos que o Governo português irá dar a este respeito” e que não vai deixar de “exigir para Mação um tratamento equitativo e proporcional tendo em conta a tragédia que aqui aconteceu”. Vasco Estrela referiu que não obteve ainda nenhuma resposta relativa aos problemas de coordenação operacional que afirma que aconteceram nos incêndios que lavraram no concelho. “À medida que o tempo passa estou mais convicto da necessidade de obter essas informações, porque já decorreu mais de um mês e as respostas continuam a não surgir (…) Daremos mais um prazo de 15 dias até à próxima Assembleia

Municipal, onde espero levar uma proposta para de uma vez por todas podermos fazer a respetiva participação à Administração Interna”, aludiu. “Não quero estabelecer um nexo de causalidade entre as decisões e o resultado final, mas para tranquilidade de todos temos de perceber o que aconteceu”, fez notar. Quanto aos 20% de território que ainda não ardeu, Vasco Estrela disse ser necessário, “preservar, cuidar, proteger e sensibilizar as pessoas para o perigo e se possível fazer algumas intervenções conforme alias tínhamos solicitado ao senhor Ministro da Agricultura no final de junho”. “É necessário olhar para aquelas zonas e perceber como é que as podemos proteger”, vincou. Por último, o autarca disse que compete ao concelho reerguer-se e perceber como é que se vai reconstruir, sendo esta uma tarefa que necessita da ajuda da Comissão Europeia e do Governo. Joana Margarida Carvalho

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/ O comissário disse que o Governo e os municípios devem olhar para todos os fundos europeus disponíveis, incluído o plano Juncker


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REGIÃO / Constância

São os aspetos mais lúdicos, culturais e ligados ao Turismo Ativo que vão estar em destaque nesta semana”, salientou a autarca constanciense. Por outro lado, para além destas atividades, “vamos ter também um passeio pedestre com degustação, num percurso de 20 km, que vai envolver um conjunto de entidades que vão ser parceiras deste

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De 9 a 17 de setembro chega a Constância a Semana do Turismo Ativo e o II Festival das Grandes Rotas, que vão permitir aos participantes experimentar e vivenciar um vasto conjunto de atividades de natureza e ar livre. Em declarações ao JA, Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal de Constância, avançou que durante o II Festival das Grandes Rotas, muito semelhante à edição de 2016, vão decorrer atividades “muito ligadas à rota do Tejo e do Zêzere, designadamente passeios pedestres, caminhadas interpretativas, algumas atividades de natureza e ar livre como rappel, slide, aquabol e atividades ligadas aos rios”. Por sua vez, a Semana do Turismo Ativo, que coincide com o Festival das Grandes Rotas, “tem a ver com outras atividades, como o Fado na Praça, o Colóquio das Grandes Rotas e Desenvolvimento Local, um Foto paper, onde através da arte fotográfica se promove aspetos muito interessantes da região, um torneio de vólei de praia, o espetáculo musical Tejo Arriba.

CM de Constância

Semana do Turismo Ativo e Festival das Grandes Rotas convidam a viver e a experienciar os rios

evento e que ao longo do percurso vamos promover os nossos produtos locais ligados à gastronomia, doçaria e licores”, acrescentou a presidente. Todas as iniciativas irão decorrer no concelho de Constância, onde o Município é a entidade promotora e o elo de ligação entre os diferentes agentes que se vão envolver na dinamização das

duas ações. “Para além dos espaços de restauração, vão fazer parte, algumas coletividades que tiveram vontade de aderir e a quem nós encetámos um convite. Iremos ter atividades nas três freguesias do concelho e, portanto, vão ser um conjunto vasto de atividades”, referiu Júlia Amorim. A autarca destacou quatro grandes objetivos que a Câmara tem com a dinamização da Semana do Turismo Ativo e o II Festival das Grandes Rotas: Promover o Turismo ativo no concelho e na região; promover as grandes rotas do Tejo e do Zêzere; estimular o empreendedorismo dos empresários locais e promover os produtos endógenos. Questionada sobre os problemas que têm afetado o rio Tejo e se esses motivos podem ser penalizadores na adesão à iniciativa, a presidente disse que a Câmara de Constância “não é alheia às questões negativas que afetam o Tejo, mas temos de exaltar a sua grande potencialidade. Nós temos de valorizar aquilo que de bom temos. Ao

longo do Tejo existe um conjunto de fatores, não só naturais, mas também patrimoniais, de âmbito cultural que se podem encontrar nas diferentes vilas e aldeias por onde passa o Tejo. Depois temos um grande património imaterial, valorizando este trajeto do Tejo quer numa margem, quer noutra margem, nós podemos potenciar aquilo que de bom temos e com isso dar uma imagem positiva deste nosso rio”, aludiu. “É de realçar que não existe nenhum outro evento em Portugal que se focalize em dois percursos sinalizados – a Grande Rota do Zêzere e a Grande Rota do Tejo – e os transforme em equipamentos altamente potenciadores de dinâmicas culturais e económicas, através do turismo ativo e de lazer”, pode ler-se na informação do Município. A Semana do Turismo Ativo e Festival das Grandes Rotas tem um orçamento de 25 mil euros e foi objeto de uma candidatura ao Turismo Centro de Portugal. Joana Margarida Carvalho

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REGIÃO / Abrantes

Município quer estudo sobre a qualidade das águas de Castelo Bode se estava a operar”. “Isto demonstra que há aqui mais qualquer coisa do que os fenómenos naturais. Mas não me compete tecer comentário sobre essa matéria, compete-me esperar que as autoridades façam a sua investigação”, reforçou a presidente. Joana Margarida Carvalho

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plicou a presidente. A responsável lembrou que a “Câmara de Abrantes tem uma candidatura apresentada, de cerca de 1ME, para criação de faixas de proteção, de aglomerados populacionais, de rede viária, mas que não chega. E, portanto, a esta altura, nós precisamos de canalizar esses fundos e outros para fazermos um trabalho conjunto entre públicos e privados”. No incêndio que deflagrou entre os dias 9 a 13 de agosto ardeu totalmente uma casa de primeira habitação e parcialmente uma outra, na localidade de Aldeia do Mato. Neste âmbito, segundo a presidente, já foi realizado “um levantamento dos danos, já orçamentámos, já enviámos para as autoridades competentes, nomeadamente para a Autoridade Nacional de Proteção Civil esses dados. Enviámos também para a Caritas Diocesana para verificar a possibilidade de nos apoiarem na reconstrução destas duas habitações, uma que ardeu totalmente e outra parcialmente”.

“Há aqui mais qualquer coisa do que os fenómenos naturais” A autarca abrantina disse aos jornalistas que têm chegado “falsos alarmes” de incêndios e que o episódio mais recente aconteceu esta manhã. Segundo a presidente, os meios foram mobilizados para um suposto foco de incêndio por detrás do Estádio Municipal da cidade e, quando os bombeiros chegaram ao local, não se verificou a existência da ocorrência. Por sua vez, no incêndio que afetou o concelho de Mação na última semana, “um cabo que alimenta as comunicações foi cortado, num dia em que se previa que o vento mudasse (…) O corte do cabo ocorreu em Mação. Depois de o cabo aparecer cortado, tivemos um conjunto significativo de reacendimentos e focos de incêndio que vieram a causar problemas no combate que

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Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, anunciou, no dia 22 de agosto, que o Município está preocupado com os danos que possam surgir na Albufeira de Castelo Bode provocados pelos incêndios. A autarca abrantina lembrou que “à volta da Albufeira há uma grande mancha de área ardida, não só no concelho de Abrantes, mas também em Vila de Rei, Tomar, Sertã e Ferreira do Zêzere”. “Todos estes concelhos são abastecidos a partir da Albufeira de Castelo Bode e também não nos podemos esquecer que a própria área metropolitana é abastecida através da EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres) aqui no Castelo Bode. Portanto, impõe-se que se estude que impacto é que estes incêndios, e os fenómenos de erosão e de deposição de cinzas que irão acontecer, poderão ter na qualidade da água”, referiu a presidente. A autarca disse ser “necessário marcar rapidamente uma reunião com todos aqueles que têm captações de água na Albufeira, os SMA, a EPAL e as diversas Câmaras envolvidas, para encontrarmos uma resposta rápida para minimizar os impactos negativos que possam eventualmente acontecer em relação a esta matéria”. “Temos um grande ativo que foi destruído que é a ZIF de Aldeia do Mato. ZIF essa que pediu neste quadro comunitário o seu alargamento já aprovado, mas também a constituição de uma nova que foi designada como a ZIF de São Vicente e Abrantes. O que queremos é juntar as entidades gestoras da ZIF já constituída e desta já em constituição, os madeireiros, os produtores florestais, mas também levar a que os privados, aqueles que detêm pequenas parcelas, possam trabalhar no sentido de apresentar um projeto de rearborização, de rentabilidade e sustentabilidade florestal e para evitar que outras situações possam acontecer”, ex-

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ESPECIAL / Festas de Sardoal

Foto: Paulo Sousa

“É uma festa feita por sardoalenses, para sardoalenses e também para quem nos visita”

Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, refere que o objetivo das festas do concelho é “mostrar a quem nos visita quem somos, o que de bom temos e o que de melhor fazemos” Mais um ano, mais uma edição das Festas do Concelho. Há novidades para esta edição?

Mantem-se o formato de anos anteriores mas claro que mudam os artistas e também algumas iniciativas. Destaque para o 2º Concurso de Pintura «À Descoberta do Mestre», que este ano decidimos integrar nas Festas do Concelho e também vamos ter uma exposição sobre as «Árvores Emblemáticas do Concelho de Sardoal», como sejam o eucalipto, mas também temos muitas oliveiras milenares e o sobreiro da Dona Maria, árvore de interesse público cuja idade está estimada em duzentos anos. A exposição é um apelo para sensibilizar as pessoas para este Património a que nem sempre se dá o devido valor, de algo que tem o tempo que tem.

Que imagem se pretende passar nestes dias aos visitantes?

Mostrar a quem nos visita quem somos, o que de bom temos e o que de melhor fazemos. São quatro dias que, visto que no Sardoal ninguém é de fora, quem nos visita terá oportunidade de conhecer toda esta riqueza não só humana, mas todo o Património que nós temos, material e imaterial.

No entanto, não é só o trabalho do Município que está patente neste certame.

As nossas Festas têm a parti-

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cularidade de serem feitas pelo povo, pelas associações. Todas elas desenvolvem esta dinâmica como o caso do Passeio da Chapa Amarela, desenvolvido pela Associação «Os Duros», desde as atividades desportivas pelos grupos desportivos (Comissão de Desenvolvimento Cultural e Recreativo de Venda Nova e Grupo Desportivo de Alcaravela) e o Rancho Folclórico “Os Resineiros” de Alcaravela. Também as tasquinhas são dinamizadas pelas Associações, por isso, isto é uma festa feita por sardoalenses, para sardoalenses e também para quem nos visita.

Como referiu, as Festas de Sardoal contam com o envolvimento de todas as Associações concelhias. É fácil organizarem-se e trabalharem todos em conjunto?

É uma dinâmica que se tem conseguido ao longo de muitos anos. As próprias Associações interagem entre elas e é bonito de se ver. Mesmo quando há situações em que, eventualmente, hajam coincidências, eles conseguem-nas resolver muito bem. Também, neste aspeto, os nossos dirigentes associativos são de excelência e trabalham bastante para poder ter aqui algum suplemento financeiro para aplicarem nas suas atividades durante o ano. Muitas das tasquinhas da Mostra de Sabores são animadas pelas nossas Associações,

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para além das outras atividades que fazem, como é o caso do desporto, do folclore, da música ou do teatro.

Samuel Úria, Miguel Araújo e Led On… No que diz respeito ao cartaz musical, não houve poupanças…

Não é bem assim, pois o orçamento das nossas Festas é idêntico ao do ano passado. Estamos a falar de um orçamento de cerca de 45 mil euros, que, muitas vezes, é o orçamento de um só dia em algumas localidades. Aqui falamos de um orçamento que inclui tudo, artistas, stands, Mostra… tudo. Não entramos em aventuras por uma razão muito simples: nós não queremos concentrar o nosso orçamento para atividades culturais e animação apenas em três ou quatro dias das festas. Como é sabido, o Sardoal tem vários momentos de dinâmica cultural, não só nestes dias. Seria simples para nós termos um orçamento de 100 mil euros mas, para isso, teríamos que abdicar de toda a dinâmica ao longo do ano, como é o caso do Teatro Nacional D. Maria II, do Festival Internacional de Piano ou do Sardoal Jazz. Não queremos que o Sardoal tenha três ou quatro dias de animação cultural e que depois, no resto do ano, seja um deserto.

O Festival Hípico é já um dos ícones das Festas de Sardoal.

Nós não imaginamos as Festas sem o Festival Hípico nem o Festival Hípico fora das Festas. Foi algo que se foi construindo há 15 anos.

As exposições que estão patentes, são escolhidas propositada-

Foi um mandato com muito empenho, de muito, muito trabalho”

trabalho do Curso TeSP. Todos os trabalhos destas atividades podem ser vistos no Espaço Cá da Terra.

Na Mostra de Saberes vão estar artesãos de fora do Concelho?

Não, vamos resumir a nossa Mostra ao artesanato local. Se os locais, que têm acesso gratuito, não esgotarem a capacidade, aí abrimos a outros, mas não temos tido essa necessidade.

Em que é que as Festas do Concelho “mexem” com a economia local?

mente para esta altura?

Também não imaginamos as Festas sem exposição. (risos) O facto de ser o Concurso “À Descoberta do Mestre” é importante porque trazemos concorrentes de todo o país para também participarem na nossa festa e é mais uma forma de divulgarmos o que temos. Mas, ao longo do ano, temos sempre muitas exposições sobre os mais variados temas.

Com a criação do Espaço Partilhado para as Artes e Ofícios, cresceu o número de artesãos no Concelho?

Sim, tem havido evolução e tem havido vontade. Com o nosso Espaço Partilhado para as Artes e Ofícios e também com o Curso Técnico Superior Profissional (TeSP) em Produção Artística para a Conservação e Restauro, vai dando alguns frutos e faz com que, na verdade, haja uma dinâmica nova também em termos de artesanato. Já o ano passado surgiram alguns artesãos que foram fruto do

As Festas do Concelho são sempre um ponto alto, sendo certo que o ponto mais alto é a Semana Santa. Mas é um momento em que há também uma dinâmica muito grande na nossa pequena economia local. Se o tempo ajudar, esta é uma altura em que as coisas correm muito bem.

Estamos quase a chegar ao dia das Eleições Autárquicas. Como define este seu mandato?

Foi um mandato com muito empenho, de muito, muito trabalho, de muita dedicação, de muita honestidade e de muita frontalidade, que foram as únicas coisas que nós prometemos. Mas o que é certo, e que é fácil de ver, é que o Sardoal está muito diferente. Tem infraestruturas que não tinha na altura e tem uma dinâmica que não tinha. Neste momento, o Sardoal está no mapa nacional em vários aspetos e, como é o caso da música, no piano, está no mapa, pelo menos, europeu. Mas temos consciência de que há muito trabalho a fazer. Patricia Seixas


ESPECIAL / Festas de Sardoal

A Fé na 2ª edição do Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre” O c o n c u rs o d e p i n t u r a « À Descoberta do Mestre» surge de uma intenção do Município de Sardoal de potenciar e valorizar o património artístico. “Temos um conjunto de tábuas que são associadas ao Mestre de Sardoal, Manuel Vicente e Vicente Gil, da escola de Coimbra, e foi nossa intenção desde o início valorizar este património artístico. Esta escola, que veio a denominar-se «Mestre de Sardoal» é relevante porque marca a transição do estilo gótico para o estilo renascentista, portanto, há aqui algo de inovador que também queremos transpor para o Concurso”, disse Pedro Rosa, vereador da Câmara

Municipal. O Concurso, que vai para a sua 2ª edição, foi pensado “numa perspetiva bienal para facilitar o processo criativo dos artistas, que sabemos que não é algo imediato. Como as Festas de Sardoal também é um dos momentos mais altos em termos de afluência de público, fazia sentido ter o concurso nesta altura”, explica o edil. Quanto á participação, Pedro Rosa reconhece que “esta edição foi muito mais concorrida”. “Tivemos 61 inscritos e recebemos 65 obras, pois demos abertura para que os artistas pudessem entregar mais do que uma obra, o que veio a acontecer em alguns

casos”. O vereador adiantou que “os participantes chegam de todo país e ilhas, como é o caso de uma participação vinda dos Açores”. Já no quis respeito às obras recebidas para esta edição, Pedro Rosa considera que “temos trabalho com uma qualidade técnica muito boa (…) e encontramos trabalhos com linguagens mais contemporâneas, muito mais conceptuais, sendo que o tema deste concurso é a Fé”. “Nota-se uma evolução relativamente à primeira edição e também a utilização de outros materiais, sendo que o uso do óleo, do acrílico e da aguarela são sempre presenças assíduas”, acrescenta.

O júri vai ser composto pelos artistas plásticos Engrácia Cardoso e Ricardo Triães, bem como por Laura Afonso, viúva do pintor Nadir Afonso. A presença dos artistas a concurso é um dos objetivos do Município pois, como considera Pedro Rosa, “queremos que as pessoas venham a Sardoal, que conheçam as tábuas do Mestre e que vejam ao vivo toda esta riqueza que nós temos. Queremos que o Concurso ganhe pernas e que ganhe aceitação por parte dos artistas”. Patricia Seixas

“É muito importante pois eu considerava que a Freguesia tinha um vazio” É de forma emocionada que Vítor Pires, presidente da Junta de Freguesia de Sardoal, a cumprir o seu último mês de mandato, após 12 anos à frente da Junta, nos comunica que o Dia da Freguesia vai ser, “finalmente”, comemorado pela primeira vez. Sem data certa da sua fundação, segundo a informação que consta na Proposta de deliberação, “as freguesias/paróquias só entraram no ordenamento jurídico português a partir de 1930 (…) e só a partir de 1916 foi alterada definitivamente a designação de junta de paróquia para junta de freguesia. Durante séculos, o concelho de Sardoal teve apenas duas paróquias/freguesias: Santa Clara de Alcaravela e a freguesia de S. Tiago e S. Mateus de Sardoal, cuja existência remonta, pelo menos, ao séc. XIII, sendo provável que a de Sardoal seja anterior à própria fundação da nacionalidade portuguesa”. Depois de votada e aceite em junho de 2017 em Assembleia de Freguesia e de ser publicado em Diário da República a 31 de julho deste ano, foi constituído oficialmente o Dia da Freguesia de Sardoal a 21 de setembro, dia de S. Mateus. Vítor Pires destaca a colaboração de Luís Gonçalves, ex-vereador da CM Sardoal, na elaboração do estudo efetuado para a criação

Vítor Pires deseja que “os fregueses sintam que têm este dia”

do Dia da Freguesia. “É muito importante pois eu considerava que a Freguesia tinha um vazio. Há dias para tudo, as outras freguesias do Concelho têm os seus dias e eu acho importantíssimo que este dia seja celebrado. Era convidado pelos meus colegas para os dias das freguesias deles e eu, tristemente, não tinha o meu”, confessou Vítor Pires que desejou que “os fregueses sintam que têm este dia. Temos que os chamar a participar”. E as crianças não foram esquecidas, bem pelo contrário. O dia de quinta-feira, dia 21 de setembro, começa com um Batismo de Voo em Balão de Ar Quente para as crianças, “que estiverem autoriza-

das e quiserem. É uma experiência única que a maioria das crianças vão ter na sua vida”. A atividade vai decorrer nas instalações do Agrupamento de Escolas e estarão disponíveis dois balões. Ainda de manhã, pelas 10 horas, tem lugar “a importante cerimónia que é o Hastear das Bandeiras pela primeira vez”. Já às 18 horas, a habitual Missa em honra de S. Mateus, padroeiro da Paróquia de Sardoal, e, após a Celebração Eucarística, a festa segue no Mercado Diário Municipal onde toda a população está convidada a juntar-se em volta de um porco no espeto. A noite vai ser preenchida com “Os de Cá”. Uma noite de fados com gente de Sardoal que vão fazer-se ouvir na Praça da República. Com a participação de músicos da Filarmónica União Sardoalense, vão subir ao palco os fadistas Victor Manoel (Fado de Lisboa), Miguel Simples (Fado de Coimbra) e Paula Simples e Manoel Costa (Fado de Sardoal). Vão ser ainda acompanhados por Custódio Magalhães (guitarra), Carlos Fonseca (viola), Miguel Silva (viola baixo), Fernando Forte (acordeão) e Manoel Costa (sax-tenor). A terminar, Vítor Pires deixou ainda o desejo que “quem vier a seguir, que dê continuidade e faça melhor”.

/ Vítor Pires deixou ainda o desejo que “quem vier a seguir, que dê continuidade e faça melhor” setembro 2017 / jornal de abrantes

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ESPECIAL / Festas de Sardoal

Sardoal quer Semana Santa reconhecida como Património Imaterial Nacional

Programa festivo 20 (quarta-feira)

21h30m - Teatro “Daqui fala o morto” GETAS Sardoal Centro Cultural Gil Vicente

Paulo Sousa

21 (quinta-feira)

“A intenção do Município de Sardoal é que todas as tradições relacionadas com a Semana Santa no Sardoal, que vão desde a primeira das procissões até ao Bodo, sejam inscritas no inventário do Património Cultural Imaterial nacional, que é mantido pela DGPC”. É desta forma que Patrícia Rei, chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Sardoal, explana a candidatura que está a ser feita à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

“O fator principal para considerarem qualquer situação imaterial como relevante para o Património, passa muito por ser uma tradição viva”, esclareceu. Ora, em Sardoal assiste-se, ano após ano, a uma maior vivência destas celebrações “com a população extremamente envolvida, toda a comunidade a vibrar e a gostar de participar em todas as celebrações, sejam elas de cariz mais religioso ou pagão, e a trazer pessoas de fora que também valo-

rizam o que aqui acontece”. Patrícia Rei explicou que “iremos considerar as Procissões e tudo o que está por trás delas, desde o momento em que começam a ser preparadas, saem para a rua e terminem, tal como os tapetes de flores ou a tradição dos anjinhos e estendendo até ao Bodo, que é uma característica única a nível nacional. A Festa do Bodo é celebrada 50 dias depois da Páscoa e é uma tradição que não se celebra em mais parte nenhuma

de Portugal, que nós saibamos, e que em Sardoal temos conseguido manter. Esta é uma característica importante para a DGPC”. O objetivo é “salvaguardar e dar relevo a este nosso Património, garantir que fica documentado e que há condições para que, no futuro, seja mantido e divulgado de uma forma consistente e reconhecido como uma mais-valia a nível nacional”. Tudo isto está enquadrado na estratégia do Município para o desenvolvimento do Turismo Religioso, com a candidatura da adaptação da Capela de N. Srª do Carmo a Centro de Interpretação da Semana Santa e do Património Religioso e esta nova candidatura “é mais uma peça no âmbito desta estratégia e esperamos conseguir fazer a diferença e criar um ambiente especial no Sardoal, que já o é, mas que seja mais visível para fora e que possa atrair cada vez mais gente que possa viver esta nossa tradição”. Agora, o trabalho que se segue é a recolha de documentação bibliográfica, que já existe, testemunhos, fotografias, vídeos e “tudo aquilo que tivermos disponível para fundamentar a candidatura”. E testemunhos visuais que retratam a tradição em Sardoal, é o que não falta. Boa sorte! Patricia Seixas

Há muito para disfrutar... Tudo começa no dia 20, o chamado dia zero, com um espetáculo do GETAS no Centro Cultural Gil Vicente. No primeiro dia de festa a novidade é, precisamente, o Dia da Freguesia de Sardoal. Está instituído, é no dia 21. Pela primeira vez comemora-se, oficialmente, e vai ter uma Noite de Fados. “É um espetáculo com gente cá da terra”, comenta o presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges. O dia 22, feriado municipal, começa com o hastear da bandeira, “uma cerimónia que tem um grande significado para todos os sardoalenses” e que dá início à comemoração dos 486 anos de elevação de Sardoal à categoria de vila. A tarde traz consigo a abertura da Mostra de Saberes e Sabores, com visita e inauguração, tanto dos stands como das exposições e que

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vai contar com a presença de Pedro Machado, presidente da Região de Turismo do Centro. O desporto nas Festas conta sempre com bastante assistência pois disputa-se a Taça da Amizade, entre as duas equipas de futebol sénior do Concelho, Venda Nova e Alcaravela. Destaque também para o 9º Encontro de Bandas Filarmónicas, evento que traz sempre muita gente a Sardoal, pois “além das Filarmónicas, vêm os familiares”. Uma presença já habitual nestas Festas é o Festival Hípico, que vai para a sua 15ª edição. “É uma oportunidade para quem nunca teve contacto com cavalos de poder ter aqui a sua iniciação, através do mundo volteio e depois as grandes provas do nosso Festival Hípico”. A Praça Nova é o local onde irá estar patente a Mostra dos Sabores,

jornal de abrantes / setembro 2017

“sempre com animação constante”, enquanto que a Mostra dos Saberes terá lugar na Avenida Luís de Camões. Destaque, naturalmente, para os grandes concertos que, este ano, trazem a Sardoal, no dia 22, Samuel Úria, “um compositor que está a ter um grande sucesso principalmente junto dos jovens”, a 23, espetáculo com Miguel Araújo, “um nome bem conhecido no nosso panorama musical” e, a 24, os Led On – Tributo a Led Zeppelin. “Seria mais um tributo não fora o facto de os músicos que compõem este grupo, serem do melhor que nós temos em Portugal, como é o caso do Zé Nabo, que é só um dos melhores baixistas do mundo, Manuel Paulo (piano), Alexandre Frazão (bateria) e Mário Delgado (guitarra)”, elucida Miguel Borges.

Exposições II Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre” Centro Cultural Gil Vicente

18 horas - Abertura da Mostra de Saberes e Sabores 22 horas - Noite de Fados “Os de Cá” Praça da República. Com Victor Manoel, Miguel Simples, Paula Simples e Manoel Costa. Participação de alguns músicos da Filarmónica União Sardoalense Espetáculo integrado na Comemoração do Dia da Freguesia de Sardoal numa organização da Junta de Freguesia de Sardoal - ver programa próprio

22 (sexta-feira)

Feriado Municipal - Comemoração dos 486 anos da Elevação do Sardoal à categoria de Vila, por Carta de Mercê, passada por D. João III, em 22 de setembro de 1531 10 horas - Cerimónia do Hastear da Bandeiras nos Paços do Concelho, com a presença dos Eleitos Locais. Guarda de Honra prestada pela Filarmónica União Sardoalense. Entrega das Distinções aos Trabalhadores da Autarquia com 25 ou mais anos de serviço Salão Nobre dos Paços do Concelho 15h30m - Abertura da Mostra de Saberes E Sabores E Das Exposições II Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre”. Centro Cultural Gil Vicente Árvores Emblemáticas do Concelho de Sardoal. Espaço Cá da Terra Semana Santa | Património Cultural e Imaterial Capela de Nª Senhora do Carmo 19 horas - Seca Adegas (Praça Nova) 21 horas - Seca Adegas (Praça Nova) 22h30m - Samuel Úria - Praça da República

23 (sábado)

15h30m - Futebol Taça da Amizade Velhas Glórias do Benfica / Venda Nova / Grupo Desportivo de Alcaravela Parque Desportivo Municipal 15h30m - 10º Encontro de Filarmónicas (Saudações) - Salão Nobre dos Paços do Concelho 16h30m - 10º Encontro de Filarmónicas (Concerto) - Centro Cultural Gil Vicente - Sociedade Filarmónica Incrível Aldeiagrandense - Banda Filarmónica União Montoitense - Filarmónica União Sardoalense 18 horas - Passeio da Chapa Amarela (Organização “Os Duros”) 18h30m - Cantares d’Outrora - Praça Nova 21 horas - Cantares d’Outrora - Praça Nova 22h30m - Miguel Araújo - Praça da República

24 (domingo )

Árvores Emblemáticas do Concelho de Sardoal Espaço Cá da Terra

Semana Santa | Património Cultural e Imaterial Capela de Nª Senhora do Carmo

10 horas - Festival Hípico (ver programa próprio) 10 horas - Prova de Escolas 10h30m Volteio e iniciação aos andamentos a cavalo (destinado a crianças e jovens) 11 horas - Provas pequenas, médias e grandes 18 horas - Proclamação dos vencedores e entrega de prémios do II Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre” - Centro Cultural Gil Vicente 18h15m - Rancho Folclórico “Os Resineiros” de Alcaravela - Praça Nova 22 horas - Led On, tributo a Led Zeppelin - Praça da República (Zé Nabo, Mário Delgado, Manuel Paulo, Alexandre Frazão e Paulo Ramos)


REGIÃO / Sardoal

“Os operacionais manifestaram agrado pela forma como foram alimentados no Sardoal”

/ Reunião de Câmara onde se fez um balanço do último incêndio e Sardoal] era que dividíamos a logística. Sardoal passou a fazer na Associação de Monte Cimeiro com o fornecimento das refeições pela Santa Casa da Misericórdia, Mação continuou a fazer e Abrantes também fez”, referiu o presidente. Tratou-se de “uma refeição completa com sopa, prato principal, fruta e café. As refeições na Santa

Casa da Misericórdia têm também o acompanhamento de um nutricionista que valida o que é fundamental na refeição que estes operacionais devem ter”, fez notar. Segundo Miguel Borges, “todos os operacionais manifestaram o seu agrado pela forma como foram alimentados no Sardoal. Este problema não me parece que se ponha

na região, é um problema de outras regiões onde na verdade as coisas não correram tão bem. Não tenho feedback de nenhum bombeiro da nossa região que tenha referido que as coisas tenham corrido mal”. No entanto, o autarca sardoalense disse que não ficava “indiferente a esta situação sendo certo que sei que a autoridade nacional paga 7 euros por almoço, 7 euros por jantar e 1,80 pelo pequeno-almoço, lanche e reforços. Os 7 euros é dinheiro mais que suficiente para termos uma refeição condigna para estes homens que estão há muitas horas no terreno e que precisam de serem bem alimentados porque de seguida vão novamente para o terreno”. O presidente lamentou os pedidos de ajuda para os bombeiros que chegam à comunicação social frequentemente: “Pouco depois de estar o incêndio a acontecer já há na comunicação social pedidos de apoio para os bombeiros. Tragam água, tragam refeições, isto não é necessário, é uma falácia completa, porque essa responsabilidade é das entidades detentoras de corpos de

bombeiros e do presidente de Câmara, como responsável máximo pela proteção civil”. “Estes apelos muitas vezes só vêm provocar ruído ao teatro de operações. Porque nós tanto dizemos às pessoas para se manterem sossegadas nas suas casas, que não andem a circular no terreno, porque às vezes temos dezenas e dezenas de carros de bombeiros, e ao mesmo tempo estamos a dizer saiam das casas e tragam água e comida. É de uma irresponsabilidade enorme (…) não há necessidade”, vincou. Recorde-se que o Ministério da Administração Interna ordenou um inquérito à Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre as condições de fornecimento de refeições aos bombeiros que, este mês de agosto, têm participado nas operações de combate aos grandes incêndios. Numa nota do MAI é referido que o inquérito à ANPC foi ordenado pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes e que deverá ser entregue à tutela até ao dia 30 de setembro. Joana Margarida Carvalho PUBLICIDADE

Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, disse na reunião de Câmara Municipal, no dia 30 de agosto, que o fornecimento de refeições aos operacionais, que estiveram no terreno durante os incêndios que assolaram o concelho, correu “muito bem”. O autarca explicou que há “um acordo com a Santa Casa da Misericórdia que tem a capacidade, num curto espaço de tempo, de pôr à disposição 400 a 450 refeições. Foi isso que aconteceu no incêndio de Cabeça das Mós, em Sardoal, em que a logística foi toda nossa desde o inicio, onde acionamos os meios que fazem parte do nosso plano para que a Santa Casa fornecesse as refeições e correu tudo muito bem. A alimentação era excelente, a comida era boa em qualidade e em quantidade”. “O mesmo aconteceu no incêndio de Mação, onde a logística estava entregue a Mação, mas entretanto começou a ser um número muito grande de operacionais no terreno e o que combinámos entre os três presidentes [de Mação, Abrantes

setembro 2017 / jornal de abrantes

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REGIÃO / Vila de Rei

Município e Acripinhal asseguram alimentação para animais

O projeto HFR Boutique Resort & SPA encontra-se em fase de licenciamento e apto para avançar para construção. Segundo a nota de imprensa dos promotores, os últimos cinco anos envolveram procedimentos burocráticos em Portugal, entre Serviços, departamentos e entidades locais e centrais, no entanto, a previsão é para as obras avançarem ainda em 2017. “Sonhar e concretizar um empreendimento nas margens da Albufeira Castelo de Bode exige determinação e força de vontade: tratou-se de uma verdadeira aventura épica cheia de desafios e contratempos e que envolveu um trabalho de elevada complexidade técnica para todas as partes envolvidas. É o cenário que traduz a realidade do país real”, referem os promotores da Herdade Foz da Represa, Os projetos de especialidade foram já apresentados ao Municí-

pio de Vila de Rei e a fase seguinte consiste na emissão da Licença de Construção. “Praticamente todas as semanas recebemos pedidos de reservas, o que é um indicador de interesse no projeto e na região”, declaram os promotores. A ideia nasceu em 2012. “Onde muitos viam estevas, terra queimada (resultante dos fogos que devastaram a região), ou um local para despejos de lixos domésticos, os promotores identificaram o cenário perfeito para um sonho que rapidamente se concretizou em projeto, no papel. A experiência em gestão hoteleira sugeria que o espaço, junto à Albufeira de Castelo do Bode, tinha potencialidades para abrir Vila de Rei ao mundo. Vila de Rei tem sofrido um decréscimo a nível económico e demográfico, dado o progressivo envelhecimento da população, o que torna esta região do centro do

J. A. CARDOSO BARBOSA OTORRINOLARINGOLOGISTA (Ouvidos, Nariz Garganta)

país (centro assinalado pelo marco geodésico) pouco atrativa ao investimento”, lê-se na informação. A HFR representa, assim, “uma dinamização económica da região. Vila de Rei tem muito para oferecer a quem a visita: a albufeira e as praias fluviais permitem a prática de desportos como canoagem e mergulho, as quintas dão bons vinhos, e as gentes da terra ainda cozinham como manda a tradição beirã”. O projeto da HFR conta com dez unidades de alojamento (bungalows), estruturas pré- fabricadas “fáceis” de montar (evitando-se assim impactos ambientais desnecessários), edifício central de apoio com SPA e Wine Bar. O projeto prevê a criação de dez postos diretos de trabalho e conta com um investimento na ordem de um milhão de euros, finaliza a mesma nota.

Na sequência do incêndio que assolou o concelho de Vila de Rei, a Autarquia em conjunto com a Acripinhal estão a reunir alimentos que permitam às pessoas afetadas pelo incêndio poder assegurar a alimentação dos seus animais. O Município justifica a ação “não só as questões relacionadas com a perca de bens, mas tam-

Município disponibiliza rede Wi-Fi O centro histórico de Vila de Rei, Centro Geodésico de Portugal, Complexo de Piscinas e Parque de Feiras vão passar a dispor de rede Wi-Fi para todos os seus visitantes e moradores, após aprovação da candidatura do Município de Vila de Rei ao projeto promovido pelo Turismo de Portugal e pelo SGPI – Sistema de Gestão de Projetos de Investimento. A iniciativa, que tem como objetivo instalar a cobertura de rede Wi-Fi em centros históricos e outras zonas de afluxo de turistas, apresenta um custo total de implantação de 49.764,68 euros, com

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jornal de abrantes / setembro 2017

uma comparticipação de 44.788,21 euros. O presidente do Município de Vila de Rei, Ricardo Aires, destaca que “a rapidez de acesso a conteúdos informativos é, cada vez mais, um fator importante para os turistas. Ao disponibilizar rede Wi-Fi em alguns dos pontos mais visitados da nossa sede do Concelho, estamos a contribuir para o bem-estar daqueles que nos visitam, ao mesmo tempo que nos permite realizar uma maior e mais diversificada divulgação online de todos os nossos pontos culturais e turísticos.”

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bém a falta de alimento para os animais”. “Dado que o Ministério da Agricultura ainda não deu qualquer orientação sobre a resposta a dar a esta situação”, a Autarquia informa que os interessados deverão dirigir-se aos serviços municipais no sentido de obter a referida alimentação.

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DESPORTO /

FC Porto vence Torneio Internacional de Iniciados em Abrantes A Câmara Municipal de Abrantes (CMA) na responsabilidade do seu Serviço de Desporto, com o apoio da Associação de Futebol de Santarém e da Federação Portuguesa de Futebol, levou a efeito o XI Torneio Internacional de Iniciados – Abrantes´17. Esta edição ocorre após um interregno de 6 anos, que teve o seu início em 2002, com os dois primeiros anos (2002 / 2003) a participarem 4 equipas de âmbito regional e nacional. As seguintes edições (2004 / 2011) o torneio foi crescendo em notoriedade e qualidade competitiva, passando a 8 equipas subdivididas em 2 grupos, decorrendo durante 2 dias, com a integração de equipas da nossa vizinha Espanha. O retomar do evento em 2017 é uma aposta clara do Município no que aos eventos desportivos diz respeito, com o intuito de enaltecer a região e os próprios atletas. O torneio atingiu um patamar de excelência que passou a ser incluído no calendário dos grandes eventos desportivos do Médio Tejo, tornando-se numa referência nacional no futebol de formação no escalão de iniciados (sub-15). Esta modalidade é mais do que um jogo, desempenhando um papel de promoção de valores como amizade, a união, o fair play e o respeito entre todos. A edição deste ano teve como patrono o antigo internacional português Emílio Peixe, hoje Seleccionador Português do escalão Sub-20, que saúda o regresso do Torneio, fazendo lembrar que estes eventos são excelentes montras para o talento juvenil, onde já passaram valores que hoje são parte integrante das selecções jovens de Portugal. O Serviço de Desporto da CMA procurou desde da primeira hora valorizar este Torneio, convidando antigas glórias da modalidade que jogaram nos mais representativos clubes quer nacionais quer internacionais e na própria Seleção Nacional (Shéu, Chalana, Paulo

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jornal de abrantes / setembro 2017

Sousa, Paulo Futre e Oceano), para servirem de exemplo e motivação a estes jovens que agora iniciam o seu percurso. O Torneio decorreu no fim-de-semana de 18 a 20 de agosto com os jogos a realizarem-se nos campos de futebol da Cidade Desportiva e do Rossio ao Sul do Tejo. Estiveram presentes as equipas do Futebol Clube do Porto (FCP), Real Valladolid Club Futebol (RVCF), Selecção Concelhia de Abrantes, Sport Lisboa e Benfica (SLB), Sporting Clube de Braga (SCB) e Sporting Clube de Portugal (SCP), divididas por dois grupos. Sinónimo de três dias recheados de futebol, com direito a clássicos, dérbis e por onde passaram algumas das estrelas do futuro do futebol nacional. O FCP chegou à final depois de na fase de grupos ter somado os mesmos pontos que o SCP, o desempate foi-lhe favorável por ter marcado mais golos, enquanto o SLB venceu o seu grupo. A final foi marcada por um início forte por parte dos jogadores que viajaram da cidade invicta, com o golo aparecer cedo, o que deu alguma estabilidade emocional, estando sempre mais perto do segundo do que os lisboetas do empate, acabando por se sagrar vencedor do torneio vencendo por três bolas a zero. Na disputa pelo último lugar do pódio tivemos um SCP e RVCF, com os portugueses a superiorizarem-se de forma clara e os espanhóis a darem alguma réplica na primeira parte, mas que o resultado final de sete a um mostra a qualidade dos jogadores leoninos. Por fim, tivemos a disputa dos últimos lugares com o SCB a infligir nova goleada à Selecção Concelhia, que depois deste jogo pode desfrutar daquilo que mais importante foi, a partilha, o convívio, a amizade e novas experiências desportivas marcantes para o seu futuro. Até para o ano! Carlos Serrano


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CULTURA /

“Filho da Treta”, peça de teatro protagonizada pelos atores José Pedro Gomes e António Machado, sobe ao palco do Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 8 de setembro, às 21:30. Com texto de Filipe Homem Fonseca e Rui Cardoso Martins, que cruzam referências atuais das “tascas gourmet” aos hábitos de leitura do Presidente da República, “Filho da Treta” tem raízes na peça “Conversa da Treta”, de José Fanha, celebrizada pela dupla José Pedro Gomes e António Feio. Nesta peça, “Zezé (José Pedro Gomes) prossegue a sua luta contra o bom-senso, a solidariedade, o trabalho e outros conceitos primeiro-mundistas, desta vez na companhia de Júnior (António Machado) que anda de bicicleta desmontável. Zezé, ao nível da deslocação, continua a polir a ponta do sapatinho de verniz com cuspe. Mas é um cuspe mais sábio...” “Filho da Treta”, produzido pela Força de Produção, conta com música de Nuno Rafael, encenação de Sónia Aragão e desenho de luz de Luís Duarte. Os bilhetes têm o custo de 5 euros e encontram-se à venda no Welcome Center, no local do espetáculo e na bilheteira online (ticketline.sapo.pt).

António Eustáquio apresenta concerto com guitolão

O músico António Eustáquio apresenta no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, um espetáculo de guitolão acompanhado por uma Orquestra de Cordas. O concerto terá lugar no dia 29 de setembro, às 21:30, e apresenta um “reportório solístico explorando as sonoridades mais emblemáticas da paisagem sonora da cultura portuguesa: o guitolão é aqui sublimado pela grandeza das texturas

orquestrais”. Apresentado pela primeira vez ao público em 2005, o guitolão, instrumento idealizado por Carlos Paredes, representa uma evolução da tradicional guitarra portuguesa, apresentando uma sonoridade mais ampla. Existem apenas 3 exemplares no mundo: o primeiro a ser criado foi apresentado pelo músico António Eustáquio. Os bilhetes têm o preço de 5€.

AGENDA / Abrantes

Constância

Até 29 de setembro – Exposição “O Tempo Inscrito – Memória, Hiato e Projeção”, da coleção Figueiredo Ribeiro – Quartel da Arte Contemporânea, terça a sábado, das 10:00 às 12:30 e das 14:30 às 19:00

Até 15 de setembro – Ciência Viva no Verão em Rede – Várias atividades – Centro Ciência Viva e Parque Ambiental de Santa Margarida Até 30 de setembro – Exposição fotográfica “Ruas da Festa” - Antiga Cadeia, de terça a sexta-feira, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 18:30

Até 30 de setembro – Exposição “Jogos matemáticos através dos tempos” – ParqueTejo, Rossio ao Sul do Tejo, 9:00 às 17:30 8 de setembro – Teatro “Filho da Treta” com José Pedro Gomes e António Machado – Cineteatro São Pedro, 21:30 (5€) 9 de setembro – Sabores do Mercado – Mercado Municipal, 10:00

9 de setembro – “Manobras” - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas com espetáculo “Transportadores” – Castelo, 22:00 9 de setembro a 28 de outubro – Exposição “Objetivos globais para um desenvolvimento sustentável” – Biblioteca Municipal António Botto

O seu sorriso está pronto para o Verão?

23 de setembro – Jornadas Europeias do Património – Parque Ambiental de Santa Margarida

Sardoal 21 a 24 de setembro – Festas do Concelho – Exposições, concertos, artesanato, tasquinhas, desporto

12 de setembro – Baile com David Alves – Sociedade Crucifixense, Tramagal, 15:00

A Casa do Benfica de Vila de Rei, com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Vila de Rei, organiza, no dia 24 de setembro, a décima edição do Encontro de Concertinas de Vila de Rei. A Iniciativa terá lugar no Parque de Feiras, com início marcado para as 15:00 horas e a entrada é livre. O evento volta a contar com as atuações de Grupos de Concertinas de diversos pontos do país, incluindo o Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei.

14 de setembro – Inauguração do Mural dos Poetas – Em frente à Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, 10:30 22 de setembro – “Poesia e Música à Mesa” com Paula Malheiro e Guilherme Malheiro – Restaurante Nateiro (jantar)

9 de setembro – “Art´andante” com Carrilhão Lvsitanvs – Junto à Igreja de Mouriscas, 17:00

10.º Encontro de Concertinas reúne grupos de todo o país em Vila de Rei

9 a 17 de setembro – Semana do Turismo Ativo – II Festival das Grandes Rotas

15 de setembro – “Aprender com os nossos” - Arte de modelar balões com Mauro Moura – Largo Ramiro Guedes, 15:00 16 de setembro – Sabores c/ Conto e Medida – Mercado Municipal, 10:30

A partir de 22 de setembro – Exposição de pintura resultante do Concurso de Pintura “À Descoberta do Mestre” – Centro Cultural Gil Vicente

Vila de Rei 24 de setembro – 10.º Encontro de Concertinas – Parque de Feiras, 15:00

16 de setembro – XXII Desfile Nacional do Traje Popular Português – Praça Barão da Batalha, 22:00

Vila Nova da Barquinha 2 de setembro – Apresentação do livro “O Legado das Ordens do Templo e de Cristo em Portugal” – Centro Cultural, 15:00

23 de setembro – Sons no Mercado – Mercado Municipal, 9:30 23 de setembro – Espetáculo Infantil “A Galinha Ruiva” – Cineteatro São Pedro, 10:30 (1€)

8, 9 e 10 de setembro – Festa Templária Castelo de Almourol

25 de setembro – “Manobras” – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas com espetáculo “Tutu” – Cineteatro São Pedro, 10:30

15 de setembro – Jazz na Tuna com o trio Netsvetaev/Cascais/Candeias – CIR Ex-tuna – Moita do Norte, 22:30 17 de setembro – 500 anos do foral Manuelino de Tancos com recriação histórica da atribuição do foral, exposições, entre outras atividades - Tancos

27 de setembro – Dia Mundial do Turismo - Centro Histórico 29 de setembro – Comemoração do Dia Mundial do Coração – “Um coração para todos” com várias atividades – Centro Histórico

19 de setembro - – Jazz na Tuna com Crossfire Blues Band – CIR Ex-tuna – Moita do Norte, 22:30

29 de setembro – Música – Guitolão e Orquestra de Cordas com António Eustáquio – Cineteatro São Pedro, 21:30 (5€) 30 de setembro – Conversas sobre Folclore e Etnografia – Sede do Rancho Folclore e Etnográfico de Casais de Revelhos, 15:00

23 de setembro – Stand Up Comedy com Fernando Rocha e João Seabra – Centro Cultural e Desportivo Limeirense, Praia do Ribatejo, 22:00

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“Filho da Treta” passa pelo Cineteatro São Pedro em Abrantes


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Médica Neurologista/Neurofisiologista Especialista nos Hospitais de Universidade de Coimbra

Consulta de Neurologia, Dor, Patologia do Sono, Electroencefalograma (EEG) e Exames do Sono Centro Médico e Enfermagem de Abrantes Largo S. João n.º 1 - 2200 - 350 ABRANTES Tel.: 241 371 690

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