JA - Edição de outubro de 2017

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MÓVEIS

MOVÍRIS

Móveis . Colchões . Sofás VÁRIAS PROMOÇÕES E BONS PREÇOS 241 377 494 ALFERRAREDE

Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP



ENTREVISTA /

Fernanda Antunes

/ SER MAIS VALIA www.sermaisvalia.org

“Foi uma experiência maravilhosa, tanto alunos como professores querem saber sempre mais”

«A “Ser Mais Valia” é uma associação de voluntários, constituída por cidadãos com mais de 55 anos, que pretendem partilhar e rentabilizar [em Portugal ou nos PALOP’s] os seus conhecimentos, competências e experiências profissionais em projetos de cooperação e desenvolvimento, num exercício ativo de direitos e deveres de cidadania e de intervenção social.»

Professora do primeiro ciclo, aposentada, Maria Fernanda Antunes dedica-se agora ao voluntariado: a cuidar do neto, a ensinar as primeiras letras em Abrantes, Alvega e Concavada e… recentemente regressou de Moçambique onde esteve, em Chibuto (Gaza, Moçambique), a 300 km`s de Maputo, como cooperante, colocada pela Associação Ser Mais Valia.

A “Ser Mais Valia” não presta serviço direto em África. Atua através de voluntários que vão “ser” uma “mais valia” para organizações que trabalham no terreno, respondendo aos pedidos que lhe chegam. Foi fundada em fins de 2016, na sequência de um projeto promovido pela Fundação C. Gulbenkian.

Como foi isso?

Ainda a exercer, já tinha a ideia de ir trabalhar nos PALOP’s. Depois, em 2013, vi na televisão a saída do primeiro grupo de cooperantes da Ser Mais Valia. No mês seguinte à aposentação, em 2014, fui ao Instituto Camões perguntar como poderia fazer cooperação. Indicaram-me a Mais Valia e fiquei contente, porque tinha gostado do que vi na televisão. Em Maio concorri, em Agosto fui à entrevista e em Novembro fiz a formação. Depois, fiquei a fazer parte da bolsa de voluntários, ou seja à espera de que houvesse um pedido a que eu pudesse dar resposta. Até que em Julho e Agosto deste ano estive em Moçambique, a fazer animação de leitura em escolas e bibliotecas e a fazer formação de animadores de leitura.

Como foi recebida?

Muito bem, tanto pela AID Global como pelas pessoas, que são muito abertas, recebem-nos muito bem. Como se nós fôssemos da família.

Com que organização?

Fui colocada pela Ser Mais Valia, mas em resposta a um pedido da AID Global, que tem lá o projeto de dotar o distrito de uma Rede de Bibliotecas Escolares do distrito de Chibuto. Tem já 27 bibliotecas, 6 em edifício, e as restantes móveis, 11 em bibliotchova (carrinho improvisado) e 10 maletas de livros.

Foi muito difícil para mim ver as crianças, muito pequenas, a trabalhar”

Como trabalhava?

A primeira semana foi conhecer as pessoas, [as autoridades locais] e as pessoas com quem ia trabalhar. Depois comecei pelas escolas: 11 sessões de leitura em 11 escolas que só tinham acesso a biblioteca móvel; depois mais uma numa escola secundária. Nesta, ia preparada para ler para uma turma de 45 ou 50 alunos, mas o colega pôs-me a ler para toda a escola, debaixo de uma árvore. Depois, entraram em interrupção letiva, que este ano foi maior pois os professores estavam envolvidos no senso. Então, uma das minhas funções foi organizar uma sala de leitura infanto-juvenil na Biblioteca Municipal do Chibuto. Mas a sala estava ocupada, en-

tão comecei, com uma estagiária, a fazer leitura no jardim em frente à biblioteca. Resultou muito bem, as crianças vinham para ouvir. O sucesso da iniciativa até ajudou a que a sala ficasse pronta mais cedo. Então, enquanto ia montando os livros na sala, continuei com as sessões de leitura, o que permitiu que as crianças e jovens vissem a sala de leitura a compor-se. Além disso, fiz também 6 sessões de leitura no jardim de infância Boa Nova e também fazia leitura no centro de saúde para jovens mães que estavam ali à espera de consulta. Fiz ainda formação de animação de

leitura para pessoal não docente e o II Encontro de Bibliotecários das bibliotecas móveis, as bibliotchovas e as maletas. Numa escola fizemos ainda formação para todos os professores da escola.

Como vê a experiência?

Foi muito difícil para mim ver as crianças, muito pequenas, a trabalhar. Também me meteu impressão, a princípio, nalguns casos, ver as crianças no chão e com o material no chão, a professora com o quadro em cima de dois blocos de cimento, algumas salas de aula em palhotas, porque as salas em alvenaria nunca chegam e a palhota é a solução mais fácil. Sentia isso como falta de condições. Mas acabei por perceber que mesmo numa palhota é possível ter uma boa escola. Por exemplo em Chaimite, com uma professora extraordinária e alunos muito participativos. Nós cá é que tempos condições excecionais. Enfim, foi uma experiência maravilhosa, tanto alunos como professores querem saber sempre mais. E as pessoas são muito acolhedoras. Mas sinto que fiz tão pou-

co, num sítio onde é preciso fazer muito… E trago a ideia, que quero desenvolver, de ajudar a equipar os jardins-de-infância do Chimundo e da Boa Nova: têm boas instalações e pessoas muito empenhadas, mas têm uma grande falta de material didático.

Teve algum efeito sobre o modo como vê a nossa vida cá?

Que não precisamos de tanto para viver, de que se consegue viver com tão pouco. Às vezes parecia-me que não tinha nada para fazer o almoço, mas a D. Vitória fazia, por exemplo, com folhas de abóbora, leite de coco e caril, um manjar divinal, que eu jamais conseguiria fazer. Eles vivem com muito pouco. Nós achamos sempre que temos pouco, e temos tanto…

Voltava lá?

Voltava. Voltava mesmo. Para continuar o trabalho. Ficou um sabor a pouco. O próprio vereador, na avaliação, disse que gostava de dar continuidade ao projeto. Alves Jana

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REPORTAGEM / As novas apostas da ESTA pelas palavras de Sofia Mota, diretora da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA)

“As questões ligadas à melhoria das nossas instalações atuais serão uma tónica dominante” Que prioridades foram definidas para este novo ano letivo?

/ Sofia Mota (ao centro) garante que a ESTA tem vindo a melhorar e a diversificar as suas formações

O mote esteve, essencialmente, na consolidação e na expansão da oferta formativa da ESTA. A ESTA viu recentemente registados cinco novos cursos de CTeSP, por forma a se tornar mais atrativa e diferenciada, ao mesmo tempo que reforça a sua dinâmica profissionalizante, facilitando a inserção dos diplomados no mercado de trabalho. O Curso de Licenciatura em TIC foi reestruturado para uma Licenciatura em Informática e Tecnologias Multimédia, com um plano curricular mais atual e mais consistente a nível tecnológico. Foi criada a nova pós-graduação em E-sports, em colaboração com a Compta, e em outubro serão submetidas outras propostas de 2º ciclo. Será, ainda, dada maior importância às chamadas “soft skills”, nomeadamente no que diz respeito à aprendizagem de línguas estran-

geiras, um fator diferenciador, através do cl.ipt – Centro de Línguas do IPT. As questões ligadas à melhoria das nossas instalações atuais serão uma tónica dominante ao longo deste novo ano letivo. Vários passos já foram dados neste sentido, com a imprescindível ajuda da CM de Abrantes, uma vez que os sucessos futuros da ESTA estão inevitável e intrinsecamente ligados ao upgrade das suas infraestruturas. Que novos fatores de atração é que a ESTA tem para quem vive e trabalha na região? A ESTA tem vindo a melhorar e a diversificar as suas formações, por forma a chegar a um público mais vasto e a potenciar a qualificação ou a requalificação profissional da região. Para além dos domínios que sempre foram as suas valências, intensificou-se a área da Informática e da Mecânica, recuperou-se a área

do Design do Produto e criou-se a área dos Jogos Digitais. Ao nível dos CTeSP, temos, de momento, uma turma de 1º ano em Manutenção de Sistemas Mecatrónicos, Web e Dispositivos Móveis, Animação e Modelação 3D e, pela primeira vez na ESTA, em Informática e em Som e Imagem. Mas ainda há caminho por percorrer, nomeadamente no setor da Energia onde a ESTA deverá ter uma palavra a dizer. Ao nível cultural, a nossa Escola irá também propor uma série de eventos que, como sempre, estarão abertos à comunidade e serão enriquecidos pelas parcerias que a ESTA tem desenvolvido com o tecido empresarial regional e nacional. Também haverá novidades ao nível da prestação de serviços à comunidade. Deixo uma última nota para o programa de Voluntariado e as praxes solidárias que a ESTA continuará a promover e implementar junto dos seus alunos.

Licenciatura em Residência de estudantes da ESTA, no centro de Abrantes, é a opção especial para alojamento Comunicação

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Joana Jerónimo

Um acolhimento familiar para quem acaba de chegar Mais um ano que se inicia na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA). A cidade florida começa a ganhar vida novamente. As ruas ganham novas companhias com a chegada de novos alunos, mais conhecidos por caloiros. Alguns deles decidiram morar na residência. Por lá já se começam a ouvir vozes, assim como o chiar das escadas de madeira da casa de traça antiga. O edifício é disponibilizado pela autarquia para que os estudantes que vêm de fora, preferencialmente os bolseiros, possam ficar alojados no centro histórico. A residência de estudantes tem três andares: o primeiro destina-se aos rapazes, o segundo às raparigas e o último piso tem a cozinha e o terraço, com uma das melhores vistas sobre a cidade. O ambiente que por lá se sente é de entreajuda e amizade. Cedo se começam a formar laços que podem durar para a vida. Rita Pedroso tem 18 anos, é de Coimbra e entrou este ano para a ESTA. Entre viver num quarto alu-

Social preencheu todas as vagas

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gado ou na residência, escolheu viver na residência: “Como vim para o desconhecido tive um bocado de receio e achei que na residência podemos conviver mais uns com os outros.” Para além de ter sido bem recebida, está a dar-se bem com toda a gente e com a sua nova casa. “É excelente, convivemos todos uns com os outros!” Em relação à integração dos novos alunos, Mónica Farinha, aluna de 3º ano da Licenciatura em Vídeo e Cinema Documental, identifica diferenças: “No meu primeiro ano,

assim que chegávamos das praxes íamos todos para a cozinha jogar às cartas. No ano passado era tudo mais individual. Este ano estamos a tentar voltar à convivência de grupo.” Mariana Oliveira, do 2º ano do mesmo curso, confirma: “Comemos todos juntos e temos convivido na cozinha e nos quartos uns dos outros.” Reportagem feita pelos estudantes de Comunicação Social da ESTA: Adriana Claro, Irene Vale, Maria Azevedo, Marta Vidigal, Nélio Dias e Sérgio Figueiredo

Ao nível de entrada de alunos através do concurso nacional de acesso, a ESTA verifica uma subida em relação ao ano anterior. No final da 2ª fase de colocações, a Licenciatura em Comunicação Social preencheu todas as suas vagas e Vídeo e Cinema Documental ficou com poucas vagas disponíveis. De salientar que existem outras formas de acesso às licenciaturas para além do concurso nacional. Uma outra via de entrada é a frequência dos Cursos Técnicos Superiores Especializados (CtESP), que dão equivalência a algumas unidades curriculares das licenciaturas. Assim, a Licenciatura em Engenharia Mecânica viu boa parte das suas vagas preenchidas com alunos destas formações, mas também com alunos de outros contingentes, nomeadamente os +23 (possibilidade dada às pessoas com

mais de 23 anos que queiram voltar a estudar). Com vagas disponíveis está também a reformulada Licenciatura em Informática e Tecnologias Multimédia. Ao nível dos CTeSP, até ao momento, a ESTA tem uma turma de 1º ano em Manutenção de Sistemas Mecatrónicos, Web e Dispositivos Móveis, Animação e Modelação 3D e, pela primeira vez, prepara-se para abrir cursos em Informática e em Som e Imagem. Sofia Mota, diretora da ESTA, considera que estes são resultados positivos e atribui-os “ao árduo trabalho de toda a comunidade académica da ESTA na prestação de um serviço de qualidade e na promoção da sua oferta formativa e cultural”. O cenário pode ainda melhorar, terminada a 3ª fase de colocações nas licenciaturas e terminadas as matrículas para os CtESP.


EDUCAÇÃO /

Liceu comemora 50 anos Tentar chegar ao maior número possível de antigos alunos é o grande objetivo da Comissão que, irá ainda, homenagear quem se destacou ao longo dos anos, “não para elogiar personalidades mas, fundamentalmente, mostrar exemplos de que por esta Escola passaram alunos que conseguiram afirmar-se na sociedade e na sua atividade” e para que possa servir de estímulo aos que frequentam agora o ensino. “Queremos celebrar estes 50 anos também para dizer à comunidade abrantina e do Concelho, que esta Escola prestou um serviço à sociedade ao longo deste tempo e que está disponível para o continuar a fazer”, disse Mário Pissarra. Alcino Hermínio, diretor do Agrupamento de Escolas Nº2 de Abrantes, deu conta de outras iniciativas que irão decorrer na escola, e das “coincidências felizes em ano de Cinquentenário”. Desde uma viagem que levará

/ Alcino Herminio, diretor, e Mário Pissarra que preside à organização do cinquentenário 24 alunos a Estrasburgo para uma visita ao Parlamento Europeu, à realização do Parlamento Europeu Jovem (26,27,29 e 29 de outubro) na Escola Dr. Manuel Fernandes, que contará com a participação

de cerca de 100 jovens onde se incluirão alunos da escola. O diretor destacou ainda a gravação de um programa televisivo, em novembro, que passará posteriormente numa série sobre educação na RTP2, com

uma turma do 9º ano. Haverá ainda, durante o 1º período, mais uma “Conferência do Liceu” e uma exposição de fotografia. Patrícia Seixas PUBLICIDADE

O Liceu em Abrantes comemora, neste mês de outubro, 50 anos de existência. A data exata é o dia 17 de outubro mas as comemorações vão ter início no sábado, dia 21 de outubro. Para assinalar a efeméride, foi criada uma Comissão, presidida pelo professor Mário Pissarra, e são várias as iniciativas que estão a ser preparadas para o Cinquentenário. “A Comissão organiza um conjunto de atividades ao longo do ano, não vai centrar-se apenas num ato formal de evocar a fundação do Liceu, mas distribuí-las ao longo do ano. E queremos ver se corre as várias gerações destas cinco décadas”, afirmou o presidente. Mário Pissarra adiantou que as comemorações começam com a Sessão Solene de dia 21 de outubro e “constará de uma visita à escola, à exposição” que estará patente no átrio sob o tema dos 50 anos, a Sessão Solene em si, um pequeno sarau e que culminará num jantar”.

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EDUCAÇÃO / Liceu – 50 anos ao serviço de Abrantes e dos concelhos limítrofes As pessoas gostam de fazer anos e, quando têm possibilidades, festejam a data. Fazer anos é sempre uma forma de congratulação pelo passado vivido e de votos pelo futuro. O mesmo se passa com as instituições. Ao longo destes 50 anos, o velho Liceu transformou-se. Mudou de edifício - da antiga casa Carneiro junto ao castelo para as instalações do colégio La Salle. Sofreu remodelações nas instalações e está hoje irreconhecível, pois só o exterior do corpo central – antigas camaratas, refeitório, sala de professores e capela – se mantêm. Não foi só o edifício que se alterou. Foi-se renovando a sua verdadeira vida: os alunos, os professores e restantes funcionários; largos milhares de alunos animaram e dignificaram esta escola. Trocaram-lhe o nome: Secção do Liceu de Santarém, Liceu Nacional de Abrantes, Escola Secundária n.º2, Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes com 3.º Ciclo, Agrupamento Dr. Manuel Fernandes. Ao longo de 50 anos, muito mudou na educação em Portugal. E isso repercutiu-se naturalmente também neste estabelecimento de ensino. A vida de uma escola não depende só de si e dos seus alunos. Os programas e os normativos legais que a enquadram são-lhe impostos pelo ministério e por outras instâncias educativas. O Liceu nasce quando a escolaridade básica, universal e obrigatória era de seis anos. Com a Reforma Educativa do Prof. Veiga Simão, todos os municípios tiveram de criar uma Escola Básica (ciclo) e garantir, no caso do ensino presencial não ser possível, o ensino à distância, mais conhecido por Telescola. O ensino liceal era a via exclusiva de acesso ao ensino superior. À época, superior era sinónimo de universitário. A par do ensino liceal existia o ensino secundário profissionalizante em escolas técnicas, mas estas visavam formar trabalhadores especializados (eletricistas, torneiros mecânicos, empregados de comércio, etc.) e, mediante um 6.º ano (secção), a entrada no Ensino Médio (Instituto Comercial, Industrial). O nascimento do Liceu permitiu assim que um grande número de alunos da região tivesse acesso ao ensino universitário. A escola industrial já existia, os colégios La Salle e de Fátima já existiam mas, por serem particulares, tinha de se pagar e o ensino liceal público só existia nas capitais distritais. Muitos jovens abrantinos e dos concelhos vizinhos tiveram aqui a possibilidade de entrar no ensino superior. Nos anos iniciais do Liceu, era comum

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haver estudantes destes concelhos a viver em casas particulares e virem aos domingos de cabaz aviado para tornar mais suportável as despesas. Normalmente o alojamento era em casa de alguém conhecido da família lá da terra. A expansão do ensino secundário começou a crescer de modo controlado, mas à medida que os alunos afluem às escolas, a falta de professores habilitados e de instalações era uma constante em todas as escolas. À falta de instalações respondia-se com pavilhões pré-fabricados. O liceu tinha dez instalados num espaço conquistado aos anexos do jardim do castelo e não possuía qualquer instalação para a prática do desporto. Com o bom tempo, as atividades desportivas decorriam onde hoje é o parque em frente ao café Alcaide. Os momentos mais críticos, quer em relação aos professores quer em relação às instalações, surgem a seguir ao 25 de Abril de 1974. Dá-se uma verdadeira explosão escolar, um crescimento descontrolado. Houve um liceu programado para 1200 alunos e abriu com 3660. No último ano que o liceu esteve no edifício Carneiro, o número de alunos passou de 800 para 1200 e no ano seguinte entrou em funcionamento o ensino noturno. O curso noturno, por ser liceal, permitiu que muitos alunos se matriculassem para frequentar o ensino superior. Os cursos noturnos chegaram a ter cerca de 200 alunos matriculados. Nesta fase da sua vida, esta escola resolveu o problema das instalações com facilidade ao mudar para o colégio La Salle, mas as questões da falta de professores, das contestações dos alunos e dos pais, das greves, etc., também afetaram profundamente o seu funcionamento. A unificação dos programas de 7.º, 8.º e 9.º ano fez com que fosse indiferente frequentá-los no ciclo, na escola industrial ou no liceu. Esta homogeneização que mais tarde se tornou extensiva ao ensino secundário, num certo sentido descaracterizou o liceu. Perdeu a exclusividade de acesso ao ensino superior, perdeu parcelarmente as características dos seus alunos (um certo elitismo e origem urbana) e, por consequência, uma maior exigência e rigor ao nível de ensino e das aprendizagens. Se num primeiro momento se procedeu à liceização do ensino, isto é, a massificação de uma escola pensada e praticada para as elites, num segundo momento, perante a incapacidade de construir uma escola de massas e a impossibilidade de manter o rigor e a exigência num ensino para todos, deu-se o que poderíamos chamar, a invasão do básico e das suas facili-

/ Escola Secundária

/ Finalistas 1972 – 1973

/ Ano 1967 – 1968 / 1º e 3 anos dades para o secundário. O ensino básico passou a ser de 9 anos. A longa ausência de controlo externo das aprendizagens – a inexistência de exames – facilitou este estado de coisas. A burocratização crescente da função docente e a desautorização dos professores que iam buscar a sua autoridade a uma razão pedagógica, agora esmagada por imposição de uma autoridade inspirada no modelo judicial, agravaram a situação. Ao obrigar todos na escola, alguns a contra gosto, muito do que se passava na rua entrou na escola com os novos alunos. Na

comemoração dos 50 anos do liceu estão presente estas inúmeras dificuldades, lutas, vitórias e derrotas. Muitos esforços perdidos e alunos que não tiveram quem os ajudasse a ir mais além. Ao mesmo tempo, são muitos os alunos que só alargaram os horizontes para além do «buraco» da sua aldeia ao frequentar a escola que lhes possibilitou a vinda diária para a cidade e o contacto com realidades muito distintas da sua terrinha e da sua vida familiar. Não foi fácil para quem trabalhou no velho liceu e teimava em lutar pela exigência e rigor, assistir à sua

ruralização crescente e descaracterização da escola. A vinda para o Liceu do 5.º e 6.º ano de escolaridade, já na fase de implosão do sistema educativo, isto é, da diminuição crescente de alunos e da aflição dos professores de falta de horário, bem como a formação dos agrupamentos, é uma nova etapa na história do velho liceu que comemora os 50 anos. Se é verdade que anexando níveis de ensino e estabelecimentos, cujos professores e escolas têm culturas e auto-imagens diferenciadas, se minimizam problemas de logística e económicos, não é garantido que em termos pedagógicos o saldo seja positivo. Trouxe naturalmente novas dificuldades e novos desafios. Um dos desafios é a escola descobrir /inventar e construir uma identidade diferenciadora das outras. Há apostas que, tudo indica, vão nesse sentido. A municipalização anunciada é outro desafio a enfrentar. A territorialização quanto à origem dos alunos é um elemento estratégico para a planificação do futuro, mas passível de várias críticas. Então o que comemoramos nos 50 anos do liceu? E quem deve comemorar? Ao longo dos últimos 50 anos esta instituição procurou fazer o melhor pelos seus alunos. Num certo sentido frequentaram escolas diferentes porque o liceu foi uma realidade viva e dinâmica que teve de se adaptar e transformar em função de múltiplos fatores. Todavia, os que aqui estudaram ou trabalharam estão unidos porque o lugar onde se cruzaram foi o liceu. A própria cidade e região devem associar-se a estas comemorações, pois esta instituição foi criada e trabalhou para lhe prestar um serviço educativo e que se esforçou por ser de qualidade. Como as pessoas, as instituições não são perfeitas. Mas celebremos fundamentalmente as suas conquistas e contribuições. Todos ex e atuais alunos, a comunidade em geral, estão convidados a participar nas comemorações. Assim dia 21 associe-se às cerimónias oficiais (15h30m - Visita à Escola e à Exposição Comemorativa; 17h - Sessão Solene; 18h – Sarau - 20h Jantar). A confirmação da presença no jantar deverá ser feita para o email liceu.50anos@ escola.esmf.pt até ao dia 6 de outubro, acompanhada do comprovativo da transferência bancária do custo do jantar (15€) para a conta com o IBAN: PT50 0035 0003 00008233930 20 Parabéns ao liceu e que por muitos e longos anos continue a prestar um serviço de qualidade aos futuros alunos. Mário Pissarra



REGIÃO / Sardoal

Presidente da Região de Turismo destaca “diversidade cultural grande e rica”

/ Pedro Machado e Isabel Damasceno estiveram presentes na inauguração das festas Sardoal recebeu as festas do concelho e comemorou os 486 anos de elevação à categoria de vila. Pedro Machado, presidente da Região de Turismo do Centro e Isabel Damasceno, da CCDRC, marcaram presença na cerimónia inaugural, no passado dia 22 de setembro. Em declarações ao JA, Pedro Machado disse ter encontrado “uma diversidade cultural tão grande e tão rica”, no Sardoal. “Encontrámos uma resposta para uma procura crescente que hoje tem motivações claramente culturais, onde se encontra um espaço à partida inesperado. Dificilmente as pessoas poderiam pensar que numa vila mais recôndita, na-

quilo que são os chamados territórios do interior, encontraríamos uma diversidade cultural tão grande e tão rica”, afirmou. O responsável disse que foi possível ver “os tapetes das flores numa altura que se avizinha a quaresma de 2018 (...) encontrar capelas e igrejas absolutamente bem decoradas e com particularidades de património seja ele religioso, seja arquitetónico que nos surpreende”. “Temos um belíssimo centro cultural, com exposições de pintura, com uma boa sala de espetáculos e isso é muito importante quando queremos atrair turistas e permitir que fiquem mais tempo. A visitação, o património, a cultura, são elemen-

/ II Concurso Pintura – “À Descoberta do Mestre” – patente no Centro Cultural Gil Vicente tos chave para podermos fazer uma promoção turística”, fez notar. Pedro Machado disse ser “fundamental” a criação de uma unidade hoteleira na vila de Sardoal, mas que esse feito deve dizer respeito ao setor privado, dando conta que não devem “ser as Câmaras ou as Juntas de Freguesia a criarem unidades de alojamento, não é essa a sua vocação. Não deve ser a sua motivação, é algo que pertence ao privado (...) A Câmara deve sim captar esse investimento para que ele se possa instalar e desenvolver”. Por sua vez, Isabel Damasceno da CCDRC, disse que se deslocou ao Sardoal “com muito gosto”, porque tem “acompanhado o percurso dos

projetos de desenvolvimento no Sardoal”. A responsável fez referência aos corredores centrais que foram instalados recentemente pelas ruas do centro histórico da vila e que foram apoiados no âmbito dos fundos comunitários. “As políticas integradas que levam à promoção turística do território no âmbito da CIM Médio Tejo foram apoiadas no âmbito dos fundos comunitários - no Portugal 2020. Uma politica muito direcionada para estas ações de valorização do território, o que não significa que não se apoie projetos materiais e a prova disso foi o que visitámos aqui no âmbito da requalificação

do centro histórico”, referiu Isabel Damasceno. As festas de Sardoal decorreram de 21 a 24 de setembro, onde não faltou a música, a gastronomia típica, os momentos desportivos, culturais e lúdicos. A praça da República encheu para assistir ao concerto de Miguel Araújo, o festival hípico fez as delícias dos amantes de desporto equestre e as exposições não faltaram, estando ainda patente no Espaço Cá da Terra - “Árvores Emblemáticas do Concelho de Sardoal” e no Centro Cultural Gil Vicente os resultados do II Concurso Pintura – “À Descoberta do Mestre”.

disse ter conhecimento que “no pré-escolar, são menos 25 alunos. É preocupante”. “Não é uma realidade só do nosso concelho, é de todo o interior. O que fazer para inverter esta situação? É uma pergunta fácil mas que tem uma resposta muito difícil”, acrescentou Miguel Borges. O autarca referiu que “temos que nos empenhar todos mas, principalmente, o Governo central, criando discriminações positivas para fixar empresas no interior. As pessoas fixam-se onde têm trabalho. Nós temos um país inclinado

para o litoral e temos que inverter esta tendência. É um grande debate e uma grande reflexão que é necessária fazer”. Miguel Borges esclareceu ainda que “há um conjunto de medidas que foram tomadas, em papel, para a valorização do interior. Não conheço a avaliação dos primeiros tempos, não sei se estão a resultar ou não mas não me parece que estejam, pois este problema de menos 25 crianças no pré-escolar é um problema preocupante. Assim como é preocupante na parte dos incentivos à natalidade em que, no

ano passado, tivemos 22 crianças. 22 crianças, daqui a quatro anos, é uma turma”. O presidente da Câmara Municipal declarou ter “a certeza absoluta que o grande problema começa em Lisboa e não aqui no nosso interior”. Relativamente ao trabalho que poderá ser feito pelos Municípios, Miguel Borges disse que “se calhar, podem fazer muito mais do que estão a fazer mas se não forem os Governos a criarem esses incentivos…”

Joana Margarida Carvalho

Redução do número de alunos “é preocupante” Realizou-se na terça-feira, dia 26 de setembro, a última Assembleia Municipal do atual mandato, em Sardoal. Uma sessão em que os deputados municipais aproveitaram para agradecer a todos os que levaram a efeito mais uma edição das Festas do Concelho e também apresentaram as suas despedidas, visto alguns deles não serem candidatos no próximo ato eleitoral. Uma das questões da noite foi levantada por Francisco Lopes, do Grupo de Independentes de Sardoal (GIS), que questionou o presi-

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dente da Câmara Municipal acerca da redução do público escolar neste ano letivo. “Segundo informação, no nosso universo escolar este ano temos menos 80 alunos”, afirmou o deputado, perguntando sobre “o que é que terá que ser feito ou o que é que não foi feito para isto estar a acontecer?” Miguel Borges considera a situação “preocupante” mas adiantou que é um problema que afeta todos os municípios do interior do país. O presidente disse não estar ainda na posse dos números totais mais

Patrícia Seixas



REGIÃO / Abrantes

Câmara aliena mais lotes para empresas no Parque Industrial Em reunião do Executivo da Câmara de Abrantes, realizada no dia 14 de setembro, foram aprovadas deliberações para que três empresas adquirissem lotes no Parque Industrial de Abrantes. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM, congratulou-se com o facto e referiu que “esta alienação de lotes vem juntar-se aos 11 que foram vendidos este mandato nas nossas zonas industriais para fazer face àquilo que são as necessidades dos nossos investidores”. A presidente do Município lembrou que, no último ano, “Abrantes aumentou em 25% as suas exportações, as nossas empresas estão mais competitivas, estão a colocar os seus produtos lá fora, no valor de 163 milhões de euros. Somos o concelho mais exportador da nossa região”. O facto de a Câmara Municipal “poder ser parceiro” das empresas instaladas também foi referido por Maria do Céu Albuquerque que disse ter como objetivo criar “as melhores condições para a dinamização e expansão dos negócios”. “Fazemo-lo nas zonas industriais, fazemos no Parque Tecnológico e no Centro Histórico, nomeadamente, e é sempre bom lembrar, o investimento que foi feito no Hotel Turismo que, neste momento, apresenta uma taxa de ocupação superior a 40%, que criou mais de 40 postos de trabalho e que foi graças ao incentivo que a Câmara lançou”, adiantou a autarca, referindo-se à “alienação do terreno contíguo onde estavam instaladas as antigas piscinas, que hoje estão praticamente recuperadas e devolvidas não só a

quem utiliza aquele hotel mas também a toda a população abrantina”. Para Maria do Céu Albuquerque, “é isto que se pretende de um Executivo. É que seja parceiro, regulador, incentivador da atividade económica geradora de riqueza e de criação de postos de trabalho”. Questionada se estas alienações vêm na sequência do programa Abrantes Invest, a presidente respondeu que sim, pois, “no fundo, estão a usufruir daquilo que são as mais valias da sistematização deste programa. O Abrantes Invest tem medidas que já vínhamos a desenvolver há alguns anos e tem agora novas medidas para criar postos de trabalho qualificados. Já foram criados dois no Parque Tecnológico e, neste momento, estão mais três em candidaturas para serem aprovados”, explicou a autarca que, no final, avançou congratular-se com o facto de se estarem a “fixar quadros jovens que são importantíssimos”. Maria do Céu Albuquerque lembrou os resultados obtidos num espaço temporal que, segundo afirmou, “não chega ainda a seis meses de desenvolvimento deste programa”. De referir que na reunião de Câmara foi aprovada a venda de três lotes e ainda a permuta de mais dois. Ainda durante a reunião, as duas vereadoras da oposição, Elza Vitório (PSD) e Ricardina Lourenço (CDU) aproveitaram para apresentar as suas despedidas do Executivo visto esta ter sido a última reunião deste mandato e nenhuma se apresentar como candidata no ato eleitoral de dia 1 de outubro.

Maria da Piedade Anselmo 1919 – 2017 Deixou-nos no passado dia 30 de Agosto esta figura carismática da nossa cidade. Muito conhecida, afável e comunicativa ia deixando um sorriso e uma palavra amiga a todos que se cruzavam no seu caminho. Gostava de ser conhecida como a “Poetisa de Abrantes” e era com gosto que ia escrevendo as suas poesias a propósito de qualquer acontecimento mais marcante do quotidiano, do espectáculo que a natureza lhe oferecia ou de aspectos da vida em geral que a iam tocando. E não gostava de as guardar na gaveta, li-as quando era oportuno, apareciam nos jornais da terra, além de dois livros já publicados. Poetisa popular como dizia, porque na juventude não havia dinheiro para continuar a estudar e o trabalho esperava as crianças desde cedo. Nunca desistiu de lutar corajosamente contra as adversidades que a vida sempre trás e contra as limitações que a idade também ia trazendo. Independente e autónoma cuidava com desvelo das suas flores, fez centenas de palhaço de pano, para mexer as mãos e a cabeça, ia à Universidade Sénior e ao Recordar é Viver porque gostava de conviver e de aprender, pois a solidão envelhece e ela não queria ser velha. E de facto não o era, o seu espírito manteve-se vivo e arguto até dois meses antes de morrer, quando uma doença sem remédio a começou a atacar mais

/ Maria Piedade Anselmo participava ativamente nas atividades da Universidade Sénior fortemente. Com os seus 98 anos, atravessou quase um século da vida da nossa cidade, a sua terra que ela amava e de que conservava memórias que gostava de ir transmitindo às gerações mais novas. Foi um exemplo de vida para todos nós, que tantas vezes desanimamos e nos deixamos ficar pelo caminho. Há mais de vinte anos atrás, escreveu as quadras que se seguem, antevendo com grande lucidez como iria encarar o seu fim. Teresa Aparício

Não tenhas pena de mim Quando me vires chegar ao fim E sem brilho no meu olhar Não tenhas pena de mim É a morte que vai chegar Se sentires a minha mão gelada Não tenhas pena de mim Quero a noite bem calada Quero coragem no meu fim Se me vires batida pela morte Não tenhas pena de mim Pois também o vento norte Bate, bate até ao fim.

Autarquias de Abrantes, Sardoal e Mação juntam-se para apoiar o CRIA numa nova resposta social Nas instalações do CRIA, Centro de Recuperação e Integração de Abrantes, foi formalizada no dia 14 de setembro, a parceria entre esta instituição e as Câmaras Municipais de Abrantes, Mação e Sardoal para operacionalização do Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais Carenciadas (financiado por fundo Europeu), quer através da distribuição de bens alimentares (fruta, legumes congelados, carne e peixe) mas também no desenvolvimento de medidas de acompanhamento com vista à inclusão social dos destinatários sinalizados no aglomerado destes três concelhos

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do Médio Tejo. Segundo a informação da Autarquia de Abrantes, presente esteve, Tiago Leite, diretor do centro distrital de Santarém da Segurança Social, que elogiou esta plataforma de entendimento entre as três Câmaras que, para melhor servir as respetivas populações, se juntaram para criar condições de apoio financeiro ao CRIA, entidade que apresentou a candidatura à Segurança Social, que assume a responsabilidade de entidade coordenadora deste programa e que é a recetora/armazenamento dos bens alimentares, adquiridos por

/ Autarcas destacaram a importância do desenvolvimento de projetos comuns concurso público pelo Instituto da Segurança Social. Em cada um dos três concelhos estão já sinalizadas as entidades mediadoras que asseguram a dis-

tribuição conjuntamente com o CRIA, no caso IPSS. No território de Abrantes, os parceiros que serão as entidades mediadoras são a Associação de Solidariedade Silva Leitão, da

Bemposta, o Centro Social do Souto e o próprio CRIA. Segundo o protocolo, e tendo em conta o investimento das três câmaras municipais, individualmente ou em conjunto, podem requerer a utilização dos recursos afetos a este programa para operações de resposta a situações de emergência nomeadamente no âmbito da Proteção Civil Municipal, pode ler-se na informação. Os autarcas dos três concelhos evidenciaram a capacidade de entendimento para desenvolvimento de projetos comuns e o papel ativo da sociedade civil organizada sob a forma de IPSS.


REGIÃO / Vila de Rei

“O dia para celebrar a vida”

/ Ricardo Aires (à esquerda) entregou os apoios monetários aos jovens casais Vila de Rei comemorou no dia 19 de setembro os seus 732 anos de Foral atribuídos por D. Dinis, que ergueu Vila de Rei a concelho. As celebrações decorreram esta manhã no edifício dos paços do concelho, com o içar das bandeiras e a presença do Grupo de Cantares “A Bela Serrana” e a Villa d’el Rei Tuna. Seguidamente, teve lugar no auditório municipal a cerimónia de atribuição de distinções honoríficas e dos apoios ao nascimento e casamento. Este ano, o Município apoiou 18 nascimentos e 7 casamentos, num investimento de cerca de 20 mil euros e ainda procedeu à distinção de 5 funcionários pelos seus 25 anos ao serviço da Câmara Municipal.

Ricardo Aires, presidente da Câmara Municipal, lembrou que o Município foi “pioneiro nesta atribuição de apoio aos nascimentos” e, por isso, disse estar “bastante satisfeito”. Ricardo Aires vê este incentivo como algo “muito bom”, porque “estimula os jovens, que têm a sua residência no concelho. Claro que não há nenhum jovem que vai ter um filho por causa do subsídio da Câmara, mas isto é um estímulo e é sinal que o Município está com eles (…) É uma prenda simbólica para eles e nós agradecemos que continuem a viver no nosso concelho”. No que diz respeito às distinções aos funcionários da câmara, o presidente referiu que também

/ Distinção pelos 25 anos de serviço na Câmara Municipal

se trata de “estímulo para que continuem o seu trabalho. É um reconhecimento, pois são bons funcionários (…) Sem eles, o Município também não conseguia fazer as suas atribuições e, por isso, só tenho de lhes agradecer”. “Todos juntos trabalhamos em prol de Vila de Rei” Com um discurso marcado pelo tema dos incêndios, que assolaram o concelho no passado mês de agosto, Ricardo Aires referiu ao JA que chega o momento de erguer o concelho com o apoio e dedicação de todos os munícipes: “Todos juntos trabalhamos em prol de Vila de Rei. Cada um de nós nos seus trabalhos, cada um de nós nos seus concelhos, e todos esperamos continuar a ver

renascer o concelho de Vila de Rei”. Perante um auditório cheio de famílias, o autarca disse que o Município procurou “incluir” o concelho “no projeto governamental de atribuição de cadastro rústico, assim como, no projeto piloto de reflorestação”. Pois julga “que chegou a hora do Governo e da Assembleia da República dotarem estes territórios das ferramentas necessárias para um correto ordenamento do território”. “Tal como após os incêndios de 1986 e 2003, também agora o concelho e as suas gentes, saberão dar as mãos e reconstruir o que fora destruído”, afirmou convicto. Por sua vez, Paulo Brito, presidente da Assembleia Municipal de

Rei, também lembrou os incêndios que deflagraram no concelho, mas afirmou que a palavra de ordem no dia de hoje era “esperança” e que todos os vilarregenses deveriam de estar unidos para ultrapassar o momento difícil que o concelho vivenciou com os fogos. Os dois responsáveis vincaram a ideia que o dia do concelho é o dia “para celebrar a vida”. As comemorações terminaram com o tradicional “Almoço Comunitário”, no Parque de Feiras, e com a atuação do Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei. Joana Margarida Carvalho

Município solicitou declaração de Estado de Calamidade Pública O Município de Vila de Rei endereçou uma carta ao Gabinete do Primeiro-ministro, solicitando a declaração do Estado de Calamidade Pública para o concelho face a todos os prejuízos causados pelos incêndios que o assolaram entre os dias 13 e 18 de agosto. “Com cerca de 50% do território devastado pelas chamas e cerca de um milhão de euros de prejuízos estimados (entre edificações e habitações ardidas, equipamentos e infraestruturas municipais danificadas), este pedido iria permitir que Vila de Rei pudesse ter acesso a todos os mecanismos e oportunidades decorrentes dessa declaração, nomeadamente possíveis candidaturas a fundos comunitários”, informa o Município em nota de imprensa. A declaração de Estado de Cala-

midade Pública permite a criação de um regime especial de contratação pública de empreitadas de obras públicas, fornecimento de bens e aquisição de serviços, “o que seria uma importante alavanca na dinamização do Concelho, com possíveis proveitos a nível de setores diversificados como o turismo, comércio ou indústria”. Na carta dirigida ao Gabinete do Primeiro -ministro, o presidente do Município de Vila de Rei, Ricardo Aires, afirma que “em termos futuros, só conseguiremos atrair investidores para o nosso concelho gerando a confiança de que temos condições mínimas de segurança e que não voltarão a acontecer situações similares a esta. Isto só será possível se o concelho de Vila de Rei tiver acesso ao cadastro florestal, instrumen-

/ 50% do território do concelho foi devastado pelas chamas

to essencial para a execução de políticas ao nível da prevenção de fogos florestais. Ao mesmo tempo, tentamos também que Vila de Rei entre no projeto-piloto de reflorestação, que será uma das soluções para o ordenamento do território florestal do concelho. Com a possível declaração de Situação de Calamidade Pública para o Concelho de Vila de Rei poderemos vir a ter acesso a todos os mecanismos e oportunidades decorrentes dessa declaração e poder, dentro dos limites legais, recomeçar a reconstruir o nosso concelho em consonância e em iguais circunstâncias e oportunidades com os concelhos vizinhos, aos quais, vítimas da mesma tragédia, foi declarada a mencionada situação”.

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Vila Nova da Barquinha Vila Nova da Barquinha Constância Constância


Vila de Rei

Mação Sardoal

Abrantes


REGIÃO / Constância

Município quer intervir no açude de Santa Margarida da Coutada

Jardim Horto de Camões alvo de intervenção O Jardim Horto de Camões, em Constância, está a ser alvo de várias intervenções. O equipamento já recebeu um conjunto de intervenções ao nível da botânica e a visita do professor Jorge Paiva, considerado “o maior botânico português”. António Matias Coelho, presidente da direção da Associação Casa Memória de Camões reforçou que “o Jardim Horto precisa da ampliação do edifício de entrada, que não tem dignidade e nem tem dimensão para receber os visitantes como deve ser e para que a funcionária possa ter condições de trabalho. Precisamos de recuperar o pavilhão de Macau, que tem 30 anos, está degradado e com o telha-

do quase a desaparecer e que exige uma intervenção muito cuidada e técnica, porque carece de materiais que não existem em Portugal”. Quanto ao novo edifício de entrada no Jardim, António Matias Coelho disse que “está feito um projeto, que está candidatado a fundos comunitários”. O responsável disse esperar que a candidatura seja aprovada, para que a intervenção fique concluída no próximo mês de junho de 2018. Relativamente ao pavilhão de Macau, “vamos procurar adjudicar esse trabalho também. Vamos procurar arranjar fundos, porque é um trabalho muito técnico. Falamos de telhas vidradas que não existem em Portugal, que têm de

vir da China e que exigem outro tipo de cuidados e conhecimento. Com isto esperamos que o Jardim volte a ter a dignidade que já teve, uma imagem mais renovada e mais apelativa”, aludiu. O presidente da direção recordou ainda que “o Jardim Horto tem quase 30 anos e nunca foi objeto de beneficiação. Já fizemos duas intervenções, uma ao nível do piso - parte do piso que estava degradado e que foi substituído e construímos a única coisa que Manuela de Azevedo gostaria de ter visto no Jardim Horto e que não teve tempo de ver, apesar da sua longa vida de 105 anos, que foi o tabuleiro de xadrez”. Joana Margarida Carvalho

Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal de Constância, referiu no dia 15 de setembro, na Assembleia Municipal, que o Município submeteu uma candidatura para a requalificação do açude de Santa Margarida da Coutada. A autarca explicou que o equipamento “necessita de uma intervenção. No caso concreto tem a ver com a rentabilização da iluminação, a substituição de alguns pesqueiros e a conservação de outros, bem como do mobiliário urbano, designadamente as mesas e as cadeiras do parque de merendas”. A intervenção prevê um investimento na ordem dos 90 mil euros comparticipado a 50%, que segundo Júlia Amorim foi candidatado à TAGUS. “Nós subtemos a candidatura à TAGUS, mas uma vez que a Câmara de Constância faz parte da direção [daquela associação], a candidatura não pode ser avaliada na TAGUS e teve de ser entregue à

O Município de Constância procedeu à assinatura do Contrato de Arrendamento do Centro Náutico com a empresa Aventur, propriedade de Gonçalo Neves. Na sequência do concurso público que decorreu no passado mês de julho, e após ter decorrido toda a tramitação legal inerente ao processo, foi no dia 14 de setembro assinado o contrato. O assunto foi abordado no dia 15 de setembro na Assembleia Municipal onde Júlia Amorim, presidente da Câmara, referiu aos presentes as condições do contrato de arrendamento que tem a duração de 15 anos e que implica uma mensalidade de 800 euros. “Ficámos satisfeitos com a proposta, mais até pelas atividades

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que o arrendatário pensa fazer no Centro Náutico”, afirmou à Antena Livre a presidente. “O equipamento tem um fim específico que é o apoio às atividades náuticas, tem um espaço de bar que nós exigimos que seja aberto ao público, mas depois tem um conjunto de salas em que o arrendatário tem de ter uma margem de atividades que rentabilizem as mesmas”, explicou a presidente. “Uma das formas de utilizar aquele espaço é através da cooperação com entidades ligadas ao serviço de catering. O novo arrendatário tem a iniciativa de criar naquele espaço um “Centro de Educação Ambiental muito dirigido para os alunos do 1º e

2º ciclos, com conteúdos muito ligados ao Zêzere e à sua fauna piscícola”, avançou Júlia Amorim. A autarca lembrou que o “Centro Náutico foi construído alguns anos. Tinha tudo para correr bem e isso não aconteceu. Depois do processo judicial que terminou, tínhamos realmente que concessionar ou arrendar aquele espaço, porque efetivamente a Autarquia não tem condições, nem vocação, para gerir o espaço”. A abertura permanente do Centro Náutico “vem fazer com que haja aqui uma rentabilização, trazendo mais pessoas e famílias”, finalizou. JMC

Centro Náutico – DR

Centro Náutico tem novo arrendatário e já abriu

entidade superior, à entidade gestora do PDR 2020. É essa entidade que nos está a tratar do pedido e são eles que vão decidir”, explicou a responsável. O objetivo da obra é “a melhoria das condições de atratividade para residentes, turistas, visitantes, trabalhadores, empresários e investidores. Resulta de um conjunto de intervenções integradas e coerentes”. “O açude de Santa Margarida fica situado na sede de freguesia e é um espaço de lazer (...) É um local de pesca, mas por outro lado pode ser um ponto de água em caso de incêndio. É um espaço que tem dado muita vida à freguesia de Santa Margarida da Coutada e foi instalado há cerca de 15 anos”, aludiu a presidente. A declaração de reconhecimento público do açude de Santa Margarida da Coutada foi aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal.


REGIÃO / Vila Nova da Barquinha

Pérsio Basso

Festa Templária animou castelo de Almourol

Tancos comemorou 500 anos do Foral

O cenário medieval do Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, acolheu a segunda edição da “Festa Templária Almourol”, nos dias 9 e 10 de setembro. À semelhança das edições anteriores, a iniciativa pretendeu recriar o ambiente vivido pelos templários na Idade Média, desde a alimentação, com a realização de um Festival de Cozinha

No dia 17 de setembro comemoraram-se os 500 anos do Foral de Tancos. A Junta de Freguesia de Tancos, em parceria com o Município de Vila Nova da Barquinha, promoveu diversas iniciativas para assinalar a efeméride. O programa contou com o Grande Prémio Almourol em atletismo, a inauguração da exposição

Medieval, passando pelas armas, com demonstrações de esgrima da época, à indumentária, com várias figuras a pulular pela margem e ilha do castelo. Danças medievais, milícias templárias, dramatizações e feira de artesanato fizeram parte do programa que prometeu fazer recuar no tempo os visitantes.

«Memórias», patente na sede da Junta de Freguesia de Tancos, a conferência «A história de Tancos», com Adriano Milho Cordeiro e Maria Antónia Coelho. A tarde contou com um almoço convívio, um teatro intitulado a «Entrega do Foral Manuelino» e a animação do Grupo de Gaiteiros “Os Patos Bravos”.

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O PS questionou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas sobre a ligação ferroviária entre o Entroncamento e Badajoz e sobre os critérios que motivaram a decisão de o comboio não parar na Estação Ferroviária de Barquinha. Na pergunta, assinada pelos deputados eleitos pelo distrito de Santarém, é referido como “muito positiva” a abertura, em agosto, de uma ligação ferroviária diária na Linha do Leste, entre o Entroncamento e a cidade espanhola de Badajoz. No entanto, os subscritores afirmam terem recebido da parte dos autarcas e da população de Vila Nova da Barquinha “a preocupação, relativa a uma eventual paragem na estação ferroviária situada na sede do concelho”, pretensão que defendem como “justificável”. Tendo feito notar que o concelho de Vila Nova da Barquinha “apresenta uma importância militar e turística inegável, além de, só na sede de concelho, local que a estação serve, ter cerca de 3.200 pessoas, os deputados perguntaram “que critérios motivaram a decisão de não parar na Estação Ferroviária de Barquinha” e se “está a ser estudada a eventual paragem”. Lusa

Joana Margarida Carvalho

PS questiona por paragem de comboio

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SOCIEDADE /

Feira Nacional de Doçaria Tradicional de Abrantes de 27 a 29 Abrantes vai ficar mais doce entre 27 e 29 de outubro, no âmbito da 16.ª Feira Nacional de Doçaria Tradicional. Uma das novidades deste ano é a localização do evento, que abandona o Mercado Criativo (antigo Mercado Diário) para adoçar os visitantes no Jardim da República, igualmente no centro histórico da cidade. À semelhança dos anos anteriores, a Feira juntará num mes-

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mo espaço doces ícones de norte a sul do país e, durante os três dias, a animação vai ser uma constante, com demonstrações culinárias, oficinas de doçaria, espetáculos destinados ao público infantil e música tradicional portuguesa, com a realização do IV Encontro de Música Tradicional Portuguesa, em parceria com o Orfeão de Abrantes. Para equilibrar o excesso de açúcar, haverá uma

caminhada pelo Centro Histórico de Abrantes, no dia 28, às 21:00, e um passeio de BTT, no dia 29, a partir das 09:00. Para esta edição, a organização da Feira de Doçaria revela que são muitos os doces presentes: as cristas de galo e os pitos de Santa Luzia de Vila Real; os coscoréis da Sertã; as brisas do Tâmega e queijadinhas S. Gonçalo de Amarante; os rebuçados de ovo de Portale-

gre; o bolo fidalgo, a encharcada e o bolo rançoso; o pão-de-ló de Margaride de Felgueiras; o pão-de-ló Ovar; as cornucópias de Alcobaça; os ovos-moles de Aveiro; os pastéis de Tentúgal; as malassadas e bolos levedos dos Açores a par das afamadas Tigelas e Palha de Abrantes, entre muitas outras iguarias a que se juntam licores, mel e compotas. A Feira Nacional de Doçaria

Tradicional, organizada pela Câmara Municipal, em colaboração com a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, realiza-se em Abrantes desde 2002, com o “objetivo de promover e valorizar a rica doçaria tradicional e conventual de todo o país, colocando os doces tradicionais locais, fator crucial da economia local, junto de outros ícones portugueses”.




AMBIENTE /

proTEJO promove manifestação contra a poluição a 14 de outubro do trabalho de maior proximidade entre as várias entidades envolvidas e o Ministério Público, e da partilha de mais informação entre o Ministério do Ambiente e o proTEJO, que irá resultar na assinatura de um protocolo de cooperação a assinar entre as duas partes”, destacou Paulo Constantino, porta-voz do movimento. A poluição no rio Tejo e seus afluentes, a qualidade das massas de água transfronteiriças, ponto de situação da campanha de monitorização, eficácia da fiscalização, situação da Celtejo, rio Almonda, ribeira da Boa Água e rio Maior, albufeira de Santa Águeda, e Estações de Tratamento de Efluentes Suinícolas, foram alguns dos temas deixados para análise ao ministro do Ambiente.

maio de 2018, tendo como possível percurso a ligação da Barca da Amieira à Barragem de Belver-Ortiga, finaliza o comunicado da associação ambientalista.

10 medidas para combater a poluição Entretanto, o proTEJO - Movimento pelo Tejo apresentou, no dia 30 de agosto, ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, 10 medidas para combater a poluição do Tejo e seus afluentes, tendo sido convidado a assinar um protocolo de cooperação com a tutela. “Falámos da importância de agora existirem mais inspetores e agentes vigilantes 24 horas por dia, das inspeções a empresas fora de horas normais de expediente,

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rização do rio Tejo e seus afluentes foi realizada uma reunião com a Agência Portuguesa do Ambiente tendo esta manifestado que promoverá a colaboração com as entidades da Administração Local e Central e com as Comunidades Intermunicipais, quer no âmbito do 3º ciclo de planeamento, quer ao nível da monitorização, responsabilizando-se por assegurar a necessária articulação entre a monitorização de que atualmente é responsável com a monitorização que as diferentes entidades venham a manifestar interesse em realizar”, recorda o proTEJO. A programação de um debate sobre “O regime de caudais ecológicos e a Convenção de Albufeira” e uma atividade “Vogar contra a indiferença”, irá acontecer em

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apelar ao Governo para agir com eficácia e determinação na contenção dos agentes poluidores uma vez que a medida de criação de uma brigada de intervenção rápida de fiscalização do IGAMAOT, que estaria disponível a todo o tempo, 24 horas por dia 7 dias por semana e equipada com drones, não está a obter os resultados pretendidos”. Além disso, o Movimento pretende “ainda que o Governo proceda à revisão da licença de descarga de efluentes da Celtejo no rio Tejo para valores que garantam o objetivo de alcançar o bom estado ecológico das massas de águas do rio Tejo ao longo de todo o seu curso em território português”. “Quanto ao projeto de monito-

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O Movimento proTEJO vai realizar uma nova manifestação contra a poluição do rio Tejo e seus afluentes, no dia 14 de outubro de 2017, pelas 15h00, junto ao Ministério do Ambiente em Lisboa, informa a associação em comunicado. Em comunicado, a associação ambientalista, com sede em Vila Nova da Barquinha, explica que a ação “irá realizar-se face à continuidade dos episódios de poluição extrema no rio Tejo, com principal origem em Vila Velha de Ródão, apesar do Senhor Ministro do Ambiente ter anunciado que a nova ETAR da Celtejo estaria concluída e em funcionamento no passado mês de Maio”. O proTEJO salienta que a manifestação “tem como objetivo

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Consulta de Neurologia, Dor, Patologia do Sono, Electroencefalograma (EEG) e Exames do Sono Centro Médico e Enfermagem de Abrantes Largo S. João n.º 1 - 2200 - 350 ABRANTES Tel.: 241 371 690

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