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ENTREVISTA /
“O Poker é um jogo de pessoas e de escolhas” Chama-se Francisco Lopes, como o seu pai, mas é Kiko para os amigos mais chegados. Tem 24 anos, reside na aldeia do Pego e é Jogador Profissional de Poker. O Francisco abriu as portas ao Jornal de Abrantes e, numa atitude descontraída, contou-nos como tem sido esta passagem pelo mundo do Poker. O jovem ganhou mais de 47 mil euros na final da World Poker Tour DeepStacks Portugal, no Casino de Vilamoura, no passado mês de setembro. / Francisco considera que um jogador de Poker terá de ser um autocrítico Como foi o primeiro contacto com o Poker?
Acho que tinha 17 anos. Não se pode jogar com 17 anos (risos), mas foi nessa altura que comecei com o interesse pelo jogo. A primeira vez que tomei contacto com o jogo foi através da televisão. Situação que acontece com quase toda a gente. Há um programa na televisão e começamos logo com aquela curiosidade - que jogo é este? Depois, através da internet, comecei a jogar online, numa atitude descontraída, para ver como era. Como já ganhava algum dinheiro, falei com os meus pais e disse que gostava de experimentar profissionalmente e correu bem.
O jogo online começou a ser estimulante porquê?
Porque o Poker é um jogo de pessoas. É interessante ver a reação em termos estratégicos das pessoas e foi isso que mais me cativou. Cada pessoa tem uma “mão”, mas a forma como joga essa “mão” é que define o resultado a longo prazo. É um jogo muito estatístico, que está muito ligado à área da economia e da gestão financeira. No jogo online, cada pessoa tem um nickname (um perfil) e hoje posso jogar com uma pessoa e daqui a 2/3 dias encontrá-la noutro torneio e lembrar-me da forma como ela jogou. Há sempre algo que se enquadra em cada jogador. Apesar de não estar a ver a reação delas, tenho sempre um historial do que já fizeram.
Quais são as principais diferenças de jogar ao vivo e como tem sido a experiência?
Tinha 19 anos quando joguei num torneio ao vivo. Foi no Casino Estoril, em Lisboa. Sentia-me um
bocado nervoso quando joguei. Já estava habituado a jogar online, já era ganhador, mas jogava valores muito baixos, torneios de 2 a 3 euros de entrada e o jogo ao vivo custa no mínimo cerca de 70 euros, naquela altura eram 100. No Estoril, era portanto um torneio mais caro e um registo ao qual não estava habituado, mas gostei da experiência, apesar de não me ter sentido muito à vontade.
E por onde está centrada a tua aposta agora?
A minha maior experiência é no jogo online. A regra é jogar online, a exceção é ir aos locais ao vivo. Porque os torneios ao vivo são muito caros - implicam 1000 a 2000 euros de entrada, sendo que já jogo no circuito europeu. Joguei muitos anos online para acumular dinheiro para depois ir aos sítios. O jogo online tem vantagens, porque não existem despesas de viagens e de alimentação e normalmente há sempre pessoas para jogar. O que jogo na maior parte das vezes são cash games, ou seja, são jogos onde cada ficha vale “x” dinheiro e as pessoas podem entrar e sair quando quiserem. Nos torneios presenciais, cada pessoa paga “x” de entrada e recebe um determinado número de fichas.
Como te preparas para os torneios ao vivo?
Já tenho muita experiência a jogar. A minha estratégia não muda por jogar ao vivo. Tento ter rotinas saudáveis antes de jogar. Como tenho de viajar a maior parte das vezes, sendo que em Abrantes não há este tipo de eventos, vou sempre no dia antes, mesmo quando o jogo é em Lisboa. Tento dormir bem, o que é um
bocado complicado, pois estou habituado a jogar à noite, uma vez que a maior parte do jogo online decorre durante a noite, o que me leva a deitar por volta das 4 da manhã. Assim, tento mudar a minha rotina uns dias antes para que no dia não esteja a fazer um esforço e tento comer bem.
Que objetivos levas contigo?
Claro que o objetivo é sempre ganhar, mas a minha intenção de jogar num torneio baseia-se em dois fatores: o valor da entrada – tem de estar dentro do teto máximo que eu estou disposto a jogar, ou seja, tem a ver com o dinheiro que eu tenho para investir e os riscos que estou disposto a ter. Se tiver tudo enquadrado, avanço e depois avalio se é um bom investimento. Olho para as pessoas que estão a jogar, faço a minha avaliação e penso, por exemplo, neste torneio vou ganhar 50% do dinheiro que investi. Os jogadores profissionais pensam em ganhar, mas sabem que é impossível ganhar sempre ou chegar sempre aos prémios. Portanto, o mais comum é pensarmos a percentagem do que vamos ganhar mediante o investimento feito.
É preciso praticar bastante?
Sim. Nos últimos 4/5 anos, todas as segundas-feiras, estudo cerca de 8 horas o jogo. Estudar sem jogar. Estudar estatística e estudar a teoria dos jogos. No início ia à procura da informação nos livros, depois, à medida que se evolui, os livros ficaram para trás e comecei a ir à internet, onde existem sites, que pagando uma assinatura mensal, conseguimos ver dos melhores jogadores do mundo a comentar e a jogar.
O que caracteriza um jogador de Poker?
Acho que é muito importante ser autocrítico. É preciso ponderar e pensar bem. Depois, é preciso gostar do jogo e de matemática que era uma disciplina que até gostava, mas depois deixei de gostar tanto porque muitas vezes as matérias não eram palpáveis, eram abstratas e no Poker eu percebo todo o processo, o que me faz gostar hoje de matemática.
Onde já jogaste Poker?
Sobretudo na Europa, em Nottingham, Barcelona, Marbella, na República Checa…. Em Portugal já joguei no Estoril, Vilamoura, etc. O meu maior feito foi em Vilamoura. Lá fora já ganhei alguns prémios, mas ainda não ganhei nenhum torneio. Mas também só comecei a jogar mais ao vivo este ano.
No mês passado venceste um torneio em Vilamoura. Como foi a experiência?
Cada pessoa recebeu 30 mil fichas. Eu passei ao segundo dia do torneio com 80 mil e fui ganhando. No terceiro dia, passei para mesa final, sendo o terceiro jogador com mais fichas. No dia da final, não estava muito nervoso, sinceramente, apesar de nunca ter jogado para tanto dinheiro. O primeiro prémio eram 55 mil euros e eu ganhei cerca de 47 mil, uma vez que fiz um acordo com o jogador que jogou contra mim. O Omar Lakhdari, que é argelino, foi quem jogou a final comigo. Acabámos por dividir o prémio porque eu tinha 4 milhões de fichas quando começámos a jogar e ele tinha 3. Ele propôs-me dividir o prémio ao meio. No princípio, não aceitei, porque estava em vanta-
gem, mas ao intervalo fizemos o acordo. A diferença eram 15 mil euros entre o 1º e o 2º lugar. O 2º recebia 40 mil e o 1º lugar recebia 55 mil euros. Se dividíssemos cada um ganhava 47 mil euros e uma entrada para um torneio do World Poker Tour em Berlim, em janeiro de 2018, e foi o que fizemos. Eu ganhei-lhe o jogo, mas não me importei pelo acordo feito. É muito comum isso acontecer. O máximo que tinha ganho eram 9 mil euros num torneio online. Em Vilamoura foi uma boa sensação, os meus amigos vieram todos ter comigo e depois tive uma hora a dar entrevistas, algo que nuca tinha feito (risos).
O que fizeste ao prémio? de.
Guardei para investir mais tar-
O que define o Poker? Há muitas pessoas a jogar profissionalmente no país?
O Poker é um jogo de pessoas e de escolhas. Se não pensarmos numa mão isolada e se pensarmos numa amostra de mãos, cada pessoa foi colocada no jogo exatamente nas mesmas situações, mas depois seguem-se as escolhas que definem o desfecho. Há muita gente a jogar Poker e profissionalmente há muitos jogadores. Só eu conheço uns 80 a 90 jogadores que vivem do Poker.
A família apoia experiência?
Eu tenho muita sorte, a minha família apoia. É normal eu dizer em casa, e até para a minha avó, que vou jogar Poker para República Checa (risos)! Joana Margarida Carvalho *Entrevista completa para ver em www.jornaldeabrantes.pt
novembro 2017 / jornal de abrantes
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REGIÃO / Abrantes
Eleitos tomaram posse. Presidente enumerou Prioridades Estratégicas para o futuro
/ JUNTAS DE FREGUESIA
/ Carvalhal: Luís Vermelho (PS)
/ Bemposta: Manuel João Alves (PS)
/ Martinchel: Teresinha Barreiro (PS)
/ União das Freguesias de Abrantes (S. Vicente e S. João) e Alferrarede: Bruno Tomás (PS)
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/ Fontes: Sónia Alagoa (PS)
Realizou-se no dia 20 de outubro, a cerimónia de Instalação dos Órgãos Autárquicos de Abrantes, eleitos na votação de dia 1 de outubro. O ato solene teve lugar no auditório da Escola Secundária Dr. Solano de Abreu que contou com uma plateia bem composta. Maria do Céu Albuquerque, reeleita presidente da Câmara Municipal, falou da vitória alcançada pelo PS e dos níveis da abstenção no concelho. “Registámos uma maior participação neste ato eleitoral, associada a uma diminuição da abstenção, embora que ainda pouco expressiva, mas em linha com a tendência nacional. (…) É preciso fazer mais no combate à abstenção mas também para a concretização da participação cívica dos cidadãos”, disse a autarca. Maria do Céu Albuquerque lembrou que o executivo que lidera preparou “o Programa de Ação para o quadriénio 2017-2021. Construído sobre o património que a confiança depositada em nós pelos abrantinos permitiu acumular ao longo de sucessivos mandatos. Dando continuidade à nossa ação, como reflexo desse património. Projetando opções políticas que extravasam necessariamente os ciclos políticos curtos que têm lugar de 4 em 4 anos. A Visão de Desenvolvimento que adotámos para Abrantes conserva toda a sua
/ CÂMARA MUNICIPAL Maria do Céu Albuquerque (PS) Manuel Jorge Valamatos (PS) Celeste Simão (PS) Rui Santos (PPD-PSD) João Gomes (PS) Armindo Silveira (BE) Luís Filipe Dias (PS) / ASSEMBLEIA MUNICIPAL António Mor (PS), Manuel dos Santos (PS), Isilda Jana (PS), João Salvador Fernandes (PPD-PSD), Afonso Costa (PS), Pedro Grave (BE), Jorge Beirão (PS), Elsa Lopes (PCP-PEV-CDU), Piedade Pinto (PS), Fernando Teimão (PPD-PSD), Fátima Chambel (PS), Francisco Vilela (PS), Joana Pascoal (BE), Tiago Fidalgo (CDS-PP), Elizabete Pereira (PS), Fernanda Aparício (PPD-PSD), Benjamim Filipe (PS), Ana Paula Carmo (PCP-PEV-CDU), Pedro Costa (PS), Ana Maria Braz (PS), Horácio Galrinho (PPD-PSD) validade. E continuará por isso a nortear a nossa intervenção”. A autarca enumerou “como Prioridades Estratégicas para o mandato seis eixos de intervenção: Valorizar as Pessoas - Melhorar a Qualidade de Vida; Incluir Todos - Reforçar a Coesão Social; Fomentar o Investimento - Gerar Mais Oportunidades Profissionais; Promover a Reabilitação - Dar Vida Nova aos Espaços Urbanos; Aperfeiçoar a Governação - Envolver a Comunidade e Defender o Território - Utilizar os Recursos de Forma Sustentável”.
/ Mouriscas: Pedro Matos (PS)
/ Pego: Maria Florinda Salgueiro (PS)
/ Rio de Moinhos: Rui André (MIFRM – Movimento Independente Freguesia de Rio de Moinhos)
/ Tramagal: Vitor Hugo Cardoso (PS)
/ União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto: Álvaro Paulino (PPD-PSD)
/ União das Freguesias de Alvega e Concavada: José Felício (PS)
/ União das Freguesias de S. Facundo e Vale das Mós: António Campos (PS)
/ União das Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo: Luís Alves (PS)
jornal de abrantes / novembro 2017
REGIÃO / Abrantes
Liceu de Abrantes assinalou 50 anos “Um tecido bonito, que nos emociona e que urge continuar a construir nos próximos anos” Realizou-se no sábado, dia 21 de outubro, a sessão solene de comemoração do 50º aniversário do Liceu Nacional de Abrantes, atual Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes. O momento que juntou alunos, ex-alunos, professores e toda a comunidade educativa contou com uma visita às instalações da escola e à exposição evocativa dos 50 anos da instituição que faz parte da história de Abrantes. Na cerimónia, entre os convidados, na sua maioria ex-alunos, encontravam-se algumas personalidades com responsabilidade política, como foi o caso de Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, de Jorge Lacão, antigo Ministro dos Assuntos Parlamentares ou Miguel Borges, presidente da Câmara de Sardoal. Em declarações ao JA, Alcino Hermínio, diretor do Agrupamento nº2 de Abrantes, referiu-se ao Liceu como “um tecido bonito, que nos emociona e que urge continuar a construir nos próximos anos”. No seu discurso na cerimónia institucional, que abriu o conjunto de iniciativas que se iniciaram no sábado mas que vão decorrer durante um ano, Alcino Hermínio
OPINIÃO /
Jorge Costa PROFESSOR
A Escola de Ontem e a Escola de Hoje
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/ Na cerimónia, entre os convidados, na sua maioria ex-alunos, encontravam-se algumas personalidades com responsabilidade política. pediu “ sete presentes”, alguns que “dependem da comunidade local, outros que dependem da tutela”. O diretor detalhou alguns exemplos: “esta escola [o Liceu] custou quase 14ME e terminou a obra em 2015. No entanto, a manutenção é muito deficiente (…) Há problemas que se arrastam e é um pouco revoltante para mim ter se gasto tanto dinheiro e a escola ter problemas
A
ideia de que se aprendia mais na escola de antigamente do que na de hoje é mais antiga do que a criação do sistema escolar em Portugal. Aristóteles, na Antiguidade Clássica, queixava-se da impreparação das jovens gerações, comparativamente às gerações anteriores. No livro “Não Acredite em Tudo o que Pensa” (José Soeiro e outros), refere-se “há aqui uma contradição: sempre que se afirma «na escola de antigamente é que se aprendia…», supõe-se que só hoje é que a escola não ensina. Ora o «hoje» de antigamente é o «antigamente» de hoje. A escola é valorizada retrospetivamente: o discurso da autodesconfiança desmente-se, portanto, geração após geração”. Pese, embora, a importância do ensino liceal, criado por Passos Manuel em 1836, e do incremento do ensino técnico, a partir da publicação do Decreto n.º 37029, em 1947, tenho razões para acreditar que a escola de hoje é muito melhor do
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que são absolutamente ridículos por falta de manutenção. E depois há outros [problemas] que têm a ver com a nossa ambição de querer continuar a trabalhar em algumas áreas, como melhorar as condições para o Curso Básico de Música com a requalificação da residência, ou a transformação desta escola num Centro de Formação Desportiva – aquele que pode ser o primeiro
Centro de Formação Desportiva na área da ginástica. Portanto, estes são os desafios que gostaria que o Liceu enfrentasse e conseguisse obter enquanto presentes”, vincou. Questionado sobre o futuro da escola Octávio Duarte Ferreira, Alcino Hermínio referiu que “uma escola para sobreviver tem de ter um projeto e uma visão de futuro e realmente com a evolução do con-
que a escola de antigamente. Na verdade, os liceus, desde a sua criação, foram sempre uma oferta educativa dirigida a uma elite social. De fora estiveram sempre os jovens oriundos de classes sociais mais desfavorecidas, tendo-se aberto alguma possibilidade para alguns, compulsadas ao ensino técnico. Os números publicados em “50 Anos de Estatísticas da Educação”, do gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, são elucidativos, tendo em conta que o número de crianças e jovens existentes em Portugal há 50 anos era superior ao de hoje. Em 1965/66, para acolher os alunos no 1.º ciclo, o país contava com 17.531 escolas em contraponto com as 6.297, em 2007/08. No entanto, o panorama, nos outros níveis de ensino, demonstra o elitismo que a escola fomentava. Em 1960/61, apenas 0,6% dos jovens com 15 anos estavam no ensino secundário, em contraponto com os 50,5%, em 2006/2007. Em 1960/61, o número de alunos a frequentar o equivalente ao 3.º ciclo e ao secundá-
rio era de, respetivamente, 101.172 e 13.116, em contraponto com 425.268 e 349.477, de 2007/08. O tipo de alunos que hoje as escolas ainda não conseguem orientar para o sucesso, não frequentaria a escola de antigamente. Mas muitos dos alunos que, hoje, frequentam a escola, com sucesso académico e pessoal, não teriam direito a frequentar uma escola do antigamente. Na escola de outrora, a maior parte dos jovens estava condenada ao insucesso, porque nem sequer tinha o direito de frequentar a escola.
A escola de hoje é uma escola de todos e para todos. Ainda assim, a escola de hoje tem muito a melhorar. Face às constantes mudanças e aos novos desafios, os profissionais da educação devem ser capazes de manter princípios éticos na discussão e reflexão sobre o bem e o mal, justiça e injustiça, o que é certo e errado. A ação do professor
celho de Abrantes, do Tramagal e com a diminuição da população, aquela escola precisa de ter um projeto mais claro. Não pode continuar a ser somente uma escola de ensino regular. Além do ensino tem de ganhar outras capacidades e competências, tirando partido do tecido empresarial e das necessidades de âmbito regional”, salientou. O diretor disse que é necessário um debate, aberto à comunidade em geral, que defina ou que contribua para a definição de “um projeto e uma visão de futuro”. Por sua vez, Mário Pissarra, professor e presidente da Comissão que preside às celebrações, avançou que o próximo passo que vai marcar as celebrações será a edição de uma revista dos 50 anos do Liceu. “As celebrações vão seguir-se ao longo do ano e só terminam em outubro do próximo ano com a entrega de prémios [aos alunos]. Vamos ter várias atividades ao longo do ano e na comunicação social pretendemos passar a mensagem para que se associem a nós na comemoração dos 50 anos da escola”, finalizou. Joana Margarida Carvalho e Fátima Saraiva
deve pautar-se pela ética profissional vista como o compromisso de respeitar os seus alunos, dando-lhes as ferramentas para aprenderem a ser cidadãos, a agirem com respeito, com solidariedade, com responsabilidade e justiça, aprenderem a usar o diálogo e a comprometerem-se com a vida coletiva. Aqueles que julgam que a escola do passado era melhor do que a escola de hoje, pensam-no por desconhecimento ou por hipocrisia. De facto, muito ainda há a fazer (em educação nunca está tudo concluído), mas o futuro não pode ser um regresso ao passado, mas sim o aperfeiçoamento do presente. A tentação de dividir escolas, uma para uma elite social e outra para os outros, é perigosa, antidemocrática e medíocre. Voltar ao Liceu ou à Escola Industrial e Comercial não é opção, não pode ser opção. Os que pensam em lá voltar só podem ser de uma direita saudosista ou de uma esquerda salazarenta.
Museu da Metalúrgica Duarte Ferreira já conta com 2500 visitantes A “borboleta” faz seis meses “Não se vão arrepender!” – diz uma habitante do Tramagal, quando se pergunta o caminho para o Museu da Metalúrgica Duarte Ferreira. O carinho dos tramagalenses em relação a este espaço de memória é evidente, não só nesta promoção voluntária e genuína do espaço, como também quando confiam ao Museu objetos que reconstroem a história de uma Metalúrgica muito especial. Seis meses depois da sua inauguração, as doações continuam, certamente porque a população gosta do Museu que também é seu. À entrada, é difícil não “prender” o olhar no símbolo, que sempre representou a empresa: uma borboleta. Não se sabe muito bem por que razão Duarte Ferreira escolheu este símbolo. Admite-se que a ideia da metamorfose possa ser uma explicação, aliada à representação do campo, que “o patrão velho” tanto amava. O certo é que se trata de um símbolo que é fácil de reproduzir. Lígia Marques, mestre em Turismo e Património, conduz as visitas ao Museu MDF. A história ecoa na entrada do Museu, que ganhou vida
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no edifício dos antigos escritórios da empresa, agora propriedade de um ex-funcionário que o cedeu para o efeito. As mentes não tardam a viajar pelo tempo. Voltamos a 1870 e ficamos a perceber o quão comprida é a estrada desta família: “Inicialmente, a metalúrgica Duarte Ferreira dedicava-se à produção de pequenas alfaias agrícolas (charruas, inchadas, ceifeiras) e ficou muito conhecida pela produção de lagares de azeite.” Mas os veículos de marca Berlier, sobretudo os que foram usados na guerra colonial, são talvez o que torna a MDF mais conhecida. O Museu MDF está em funcionamento há seis meses. Foi inaugurado a 1 de maio, com um investimento que é sobretudo da Câmara Municipal de Abrantes. A data de abertura não foi em vão, quiseram homenagear aquilo que a MDF sempre teve como ideal: o bem-estar dos trabalhadores. Decorrido este primeiro semestre, estão já identificadas as áreas em que vale a pena apostar: um serviço educativo, comunicação através as redes sociais e ‘merchandising’ (canetas, blocos, porta-chaves ou outros) que permita encontrar for-
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Joana Almeida Adriana Claro
/ Lígia Marques conduz as visitas ao Museu MDF
Zetília Sebastião
Nélio Dias
REGIÃO / Abrantes
mas de financiamento. Lígia Marques afirma que o turismo cresceu com a abertura deste novo espaço: “Com turismo quero dizer visitantes. São excursionistas e grupos que fazem um desvio no seu caminho só para passar por aqui e conhecer o Tramagal”. Embora não esteja em rotas turísticas, as pessoas querem conhecer este ‘tesouro escondido’. Chegam sobretudo em viagens organizadas por Juntas de Freguesias, Universidades da Terceira Idade e grupos ligados à Igreja. “É positivo perceber que as pessoas fazem questão e querem mesmo vir aqui ver o Museu. Isto prova que nós não es-
tamos assim tão longe das grandes potências da região e que juntos fazemos uma oferta muito mais variada e atraente. O objetivo a longo prazo é trazer o turismo.” O Museu MDF tem peças produzidas pela metalúrgica, incluindo a louça esmaltada da fábrica que a família foi obrigada a comprar para poder contrair um empréstimo. Mas a maquete que reproduz um lagar de azeite, guardada pelos ex-funcionários quando a fábrica entrou num processo de tudo ter que ser vendido em hasta pública, é talvez o que mais atrai as atenções. E, segundo Lígia Marques, o que mais surpreende é a parede com
reproduções de artigos de jornal sobre a época mais difícil, a dos despedimentos e da greve. Porque a história não pode apagar “o que correu mal”. No total, nos últimos seis meses, já visitaram o MDF 2500 pessoas. Em média, são 14 pessoas por dia. Estes números superaram as expetativas de todos: “O feedback tem sido extraordinariamente positivo. As pessoas têm gostado muito. O museu é bonito, é aprazível e a história é muito atraente e interessante. Mesmo quando as pessoas vêm com um grupo grande e não têm tanto tempo, insistem em ficar com os contactos e voltar cá com mais tempo”, acrescenta Lígia Marques. Adriana Claro, Joana Jerónimo, Marta Vidigal, Irene Vale, Nélio Dias e Maria Azevedo Alunos finalistas do curso de Comunicação Social da ESTA O artigo publicado na página 4 da última edição do Jornal de Abrantes, com o título “Residência de estudantes da ESTA, no centro de Abrantes, é a opção especial para alojamento”, também é da autoria da aluna Joana Jerónimo.
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REGIÃO / Constância
Ano Camões reforçou a presença do poeta no concelho O Ano Camões, vivido em Constância desde outubro do ano passado para assinalar os 40 anos da Associação Casa-Memória de Camões e os 25 da Escola Luís de Camões, culminou no dia 17 de outubro, com um conjunto de atividades. A cerimónia, que teve lugar na Casa Memória de Camões, contou com uma apresentação musical pelos alunos da Escola Luís de Camões de Constância e com a apresentação da Rota de Camões, da arquiteta Dália Lacerda-Machado, na parede exterior da Casa-Memória. Presente na cerimónia, Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal, fez um balanço positivo das atividades, dando conta que com o Ano Camões “internamente o concelho e Constância saíram mais ricos, em termos do reforço da nossa própria identidade”. “É um balanço francamente positivo. Desenvolveram-se um conjunto de atividades muito enriquecedoras. Falo essencialmen-
/ Rota de Camões te para com os que conceberam essas atividades - os alunos - que foram os primeiros a ter esse enriquecimento e, depois, para toda a comunidade em geral que tiveram
oportunidade de assistir e participar em muitos eventos culturais que foram promovidos pelo Agrupamento de Escolas. Este balanço é também muito positivo porque
houve um grande empenhamento da Casa Memória de Camões (…) Todos em conjunto dignificámos aquilo que foram as atividades que decorreram durante um ano de trabalho”, referiu a autarca. Olga Antunes, diretora do Agrupamento de Escolas de Constância, fez referência à forte envolvência da comunidade escolar no conjunto de ações que aconteceram durante o último ano e em concreto falou da cerimónia de encerramento: “A participação dos nossos alunos acaba por ser o natural (...) O trabalho dos alunos foi fruto do trabalho de uma comunidade educativa (…) para que isto depois desse frutos. Foram ensaios constantes e a disponibilidade dos pais e professores foi muito importante”. Por último, António Matias Coelho, presidente da direção da Associação Casa Memória de Camões, lembrou que “nunca se tinham feito tantas atividades durante um período tão curto de tempo e foram atividades articuladas entre os três parceiros
(…) atividades que permitiram que este ano fosse um ano diferente dos outros. Diferente para melhor”. “Tivemos umas Pomonas como nunca tivemos, tivemos animação na Casa Memória que estava praticamente sem atividade e tudo isto representa uma renovação e olharmos para o futuro com mais ânimo e otimismo”, afirmou o presidente. António Matias Coelho avançou ao JA que alguns passos já foram dados no que diz respeito à dinamização da Casa Memória de Camões: “Temos o compromisso do Ministério da Cultura que no prazo de algumas semanas vai apresentar um plano de intervenção com vista à abertura da Casa Memória com o apoio formal do ministério”. “Esse documento prevê a museologia, os custos [inerentes à casa] É um passo essencial para que a casa abra”, finalizou António Matias Coelho. Joana Margarida Carvalho
Centro Ciência Viva de Constância celebra a ciência Novembro contém dois dos muitos “momentos” designados “dias mundiais”, “dias internacionais” ou “dias europeus” dedicados a um assunto considerado importante para que se reflicta sobre o seu valor na vida quotidiana, em particular no bem-estar das sociedades. O “Dia Mundial da Ciência para a Paz e o Desenvolvimento” foi estabelecido pela UNESCO (agência da Organização das Nações Unidas) no dia 10 de novembro, data escolhida para que os Estados Membros, organizações governamentais (e outras), universidades, centros de investigação, academias, sociedades culturais, associações profissionais e escolas se envolvam na concretização de iniciativas que conduzam os cidadãos em geral a contactos informais com as diversas áreas da ciência, com os investigadores e com locais de investigação e, simultaneamente, coloquem os investigadores a contactar com públicos a quem falar dos trabalhos que realizam e demonstrar os seus possíveis contributos para o bem-estar comum e para o desenvolvimento das sociedades. No Centro Ciência Viva de Constância vai decorrer – desde as 24h00
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do dia 10 até ao fim da manhã do dia 12 – um evento que ligará aquele espaço de divulgação científica a diversos pontos do mundo, através de contactos efectuados por elementos do Amateur Radio Ladies Portugal, um grupo de senhoras radioamadoras que, com o indicativo CQ7WSP (as letras WSP significam World, Science and Peace), evocarão este “dia Mundial”. Do programa faz parte a possibilidade de alguns dos visitantes do Centro Ciência Viva operarem os equipamentos e, eles
jornal de abrantes / novembro 2017
próprios, estabelecerem ligação com outros operadores em locais longínquos do planeta. Às 20:00, no Anfiteatro Rómulo de Carvalho, haverá lugar a uma breve palestra sobre Astronomia e a sua relação com as diversas radiações que povoam o espaço, seguindo-se observações do céu, à vista desarmada e com telescópios, estando prevista um programa alternativo para a eventualidade de condições meteorológicas adversas.
25 novembro – Encerramento da Semana Europeia da Cultura Científica
De 20 a 24 de novembro decorre a “Semana Europeia da Cultura Científica”, sendo o dia 24 designado “Dia Nacional da Cultura Científica” em homenagem a Rómulo de Carvalho/António Gedeão que nasceu nessa data, em 1906. Das diversas atividades extraordinárias que terão lugar no Centro Ciência Viva de Constância
constam as visitadas mediadas à exposição Física no dia-a-dia, baseada no livro (com o mesmo título) escrito pelo eminente professor e poeta. O encerramento da semana constituirá o momento alto, não só por o evento decorrer no Anfiteatro Rómulo de Carvalho mas, essencialmente, por estar a cargo de uma orquestra infantil e juvenil baseada num considerável número de violinos. A Orquestra Geração é constituída por crianças e jovens de bairros da região de Lisboa e que constituem várias Escolas, algumas das quais sediadas em pontos do país bem distantes da capital. Com o apoio da Câmara Municipal de Constância na deslocação dos cerca de cinquenta executantes, professores e maestro, a “Orquestra” almoçará no interior do hangar que alberga o avião a jato T33 e, depois de uma breve visita ao Centro e um curto ensaio, iniciará o concerto, às 16h00, o que constituirá uma forma inédita de encerrar este período especial de sensibilização para a ciência. A entrada é gratuita. Máximo Ferreira
REGIÃO / Vila de Rei Campanha de 2017 já arrancou
/ “Os Lusíadas?”
O concelho de Vila de Rei vai voltar a receber todas as emoções das artes teatrais nas noites de 25 de novembro, 2 e 9 de dezembro com a realização da décima terceira edição da Quinzena do Teatro Solidário. À semelhança dos anos anteriores, e com o objetivo de levar
os espetáculos a um público mais diversificado, a Quinzena do Teatro vai ser dividida entre Vila de Rei, Fundada e São João do Peso. As sessões terão início pelas 21h00, com o público presente a ser convidado a doar um género alimentício para apoio às famílias vilarregenses mais carenciadas.
/ PROGRAMA 25 de novembro: “Os Mentirosos”, do Grupo de Teatro Olimpo, de Ansião, no Salão do Clube da Fundada; 2 de dezembro: “Os Lusíadas?”, do “Teatro Amador,de Pombal”, no Auditório Municipal de Vila de Rei; 9 de dezembro: “Surprise, Surprise!”, do Teatro Amador de São Jacinto, de Aveiro, na Casa do Povo de S. João do Peso.
O Lagar de Vila de Rei deu início à sua campanha de 2017 no dia 24 de outubro. Situado na zona industrial do Souto e inaugurado em setembro de 2015, esta infraestrutura tem capacidade para laborar 2.000 kg de azeitona por hora, apresentando as condições necessárias para efetuar os serviços de extração de azeite e respetivo embalamento. O Lagar de Vila de Rei está disponível ao público todos os dias a partir das 08h00, lê-se na mesma nota.
O presidente do Município de Vila de Rei, Ricardo Aires, adianta que “nos seus dois primeiros anos de laboração, o Lagar de Vila de Rei apresentou números fantásticos de produção e de utilizadores. Nesta nova campanha esperamos repetir esse sucesso, comprovando que a construção e aquisição de equipamentos para esta infraestrutura foi uma importante medida e apoio para os produtores vilarregenses”.
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Quinzena do Teatro Solidário regressa em novembro
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ESPECIAL / Produtos regionais ADIRN: “Um território que tem um pouco de tudo para oferecer” A ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, com sede em Tomar, trabalha há 25 anos na promoção e comercialização dos produtos regionais. À conversa com Jorge Rodrigues, técnico coordenador da ADIRN, ficámos a perceber que na área de abrangência da associação, onde se incluem os concelhos de Alcanena, Torres Novas, Tomar, Entroncamento, VN da Barquinha, Ferreira do Zêzere e Ourém, a produção de “vinhos, azeite, hortícolas” e não só, é uma constante. “Este território tem sobretudo vinho, azeite e hortícolas, isto é um território mediterrânico. Nos últimos anos assiste-se ao surgimento de muitos pequenos produtores que valorizam os seus territórios e diferenciam os produtos. Começaram a aparecer os produtores de queijo, que praticamente tinham desparecido, os produtores de enchidos tradicionais, os doces, os licores…é um território que tem um pouco de tudo para oferecer”, afirmou Jorge Rodrigues. “Há um regresso das pessoas à terra e o surgimento de novas
/ Jorge Rodrigues e Carla Augusto da ADIRN culturas e técnicas têm sido um sucesso”, referiu o responsável. Jorge Rodrigues salienta que se assiste a “muita modernização” por parte dos produtores, mas também à “preservação da genuinidade dos produtos, numa
estreita ligação ao território”. A ADIIRN constituiu há 15 anos uma empresa que se chama Loja do Ribatejo Norte que tem como objetivo apoiar na divulgação e na comercialização dos produtos locais. A loja dispõe de dois espaços, um no centro da cidade de Tomar, e um outro no Convento de Cristo. Recentemente, e inaugurado em junho passado, abriu portas a Sabores do Tejo, com sede em VN da Barquinha. “Nestes espaços frequentemente fazemos promoções dos nossos produtos, temos ações com mais ou menos impacto, e além disso temos a ligação dos produtos locais com o turismo”, explicou Jorge Rodrigues. Para além dos três espaços, a ADIRN criou a TEMPLAR. Uma empresa que estabelece uma estreita relação entre os produtos regionais e a área do turismo. “Temos promovido muitos eventos turísticos e tentamos sempre que nessas iniciativas estejam os nossos produtos locais (…) A Templar tem uma parte de agência de viagens, mas a nossa principal atividade são os eventos de turis-
/ Sabores do Tejo, com sede em VN da Barquinha mo natureza, de turismo cultural e procuramos mostrar o nosso território e produtos”, afirmou o técnico coordenador. A presença em eventos regionais e de âmbito nacional também tem sido uma aposta da ADIRN. Por último, Jorge Rodrigues referiu-se à marca Templária que se
está a desenvolver, nomeadamente na promoção de festas e feiras. Exemplo disso são as Festas Templárias, em Tomar, Ourém e em VN da Barquinha. E nestes casos os produtores locais são presença assídua. Joana Margarida Carvalho
Pinhal Maior tem projeto para viabilização do território A Pinhal Maior – Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul, não tem uma loja física. Tem, “juntamente com a Tagus, a loja de Lisboa, no Intendente, onde estão também representadas outras associações”. Mas, para divulgação dos produtos, “temos uma iniciativa que já vai para muitos anos, que tem tido muito sucesso e não é para acabar, que são Os Quintais nas Praças do Pinhal. Começámos por fazer um mercado para valorizar o que se produz na agricultura, a chamada agricultura social, e que é importante… são os 100 euros a mais no fim do mês, e tem resultado”, conta-nos Augusto Nogueira, Coordenador da Pinhal Maior. E deixou-nos uma novidade: “já foi aprovado na Direção da Pinhal Maior e eu, acompanhado do presidente da Câmara Municipal de Mação, já fomos à Biofrade, na Lourinhã, que são os pioneiros da agricultura biológica em Portugal e já se prontificaram a ajudar-nos neste projeto”. Afinal, de que projeto se trata? Augusto Nogueira explica que tinham percebido “que na agricul-
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/ Augusto Nogueira agricultores. Não há aqui nenhum valor acrescido”, declara.
Mas e onde está a novidade?
/ Os Quintais nas Praças do Pinhal tura convencional, um dos grandes problemas é a comercialização e nós temos que resolver isso”. “Hoje em dia, há uma grande procura de produtos biológicos e, dada a grandeza do território, pretendemos que os pequenos agricultores desta região, os que têm uma pequena horta, tenham
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formação. Vamos sensibilizá-los para enveredarem pela agricultura biológica com os produtos que se adaptem à região. Estamos a falar de produtos hortícolas, das frutas, das leguminosas…” “Vamos fazer um contrato com uma entidade certificadora que vai fazer esse trabalho com todos os
“É que vamos criar uma empresa, que é a Pinhal Natural, que vai comercializar esses produtos. Portanto, a pessoa vai conhecer o rosto da Pinhal Maior, vai vender os produtos à Pinhal Maior que, por sua vez, vai comercializá-los. E a Biofrade está na disposição de nos comprar estes produtos, pois ficaram muito interessados neste projeto, dada as circunstâncias infelizes que passámos com os incêndios e estão na disponibilidade
de vir cá explicar como se devem fazer as coisas”. Este projeto tem como território de intervenção os concelhos de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. “Pensamos que é um projeto inovador na região, que vai trazer uma mais-valia e vamos estar a preservar o ambiente, pois isso está nas nossas mãos”. A Pinhal Maior conta com a participação de “cerca de 50 produtores” e tem-se vindo a verificar “o aumento do interesse”. Quanto aos produtos endógenos desta região, Augusto Nogueira lembra os “vinhos, o azeite, os enchidos, o presunto, um queijo de cabra ímpar, o medronho, a cereja… temos produtos que marcam pela qualidade, pelos aromas e pelos sabores. E com estes produtos, fazemos muitas outras coisas boas, como as Fofas de Mação, as cavacas, a tigelada, os maranhos, o plangaio, o cabrito estonado…”. No futuro, está ainda na calha um projeto que envolverá a produção de cogumelos silvestres nas estevas. Aguardamos… Patricia Seixas
Paulo Sousa
ESPECIAL / Produtos regionais
/ Espaço Cá da Terra em Sardoal
/ Conceição Pereira, técnica coordenadora da TAGUS
TAGUS: “Temos produtores que estão a ganhar escala, a modernizar-se e têm aparecido novos beneficiários” A TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, que opera nos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal, ao longo destes 24 anos de existência tem desenvolvido várias ações destinadas à promoção e comercialização dos produtos regionais. Em parceria com os três Município, a TAGUS dinamiza três lojas onde são promovidos e comercializados os produtos. O espaço Cá da Terra, em Sardoal, a loja Camões com Sabor, em Constância e o Welcome Center, em Abrantes. Nestes três locais é possível encontrar uma diversidade enorme de azeites, vinhos, doces, queijos, enchidos, mel e artesanato provenientes de Sardoal, Abrantes e Constância. “São espaços muito bem situados para que haja uma relação estreita com o turista. A lógica destes espaços comerciais é que a aquisição dos produtos seja efetuada ao preço que é vendido junto produtor. Não existe
qualquer competitividade entre os espaços comerciais desta parceria ou diretamente com o produtor”, explicou Conceição Pereira, técnica coordenadora da TAGUS. Em entrevista ao JA, a responsável referiu que o turista é o principal cliente das três lojas, mas a procura dos cidadãos da região também é uma constante. Contudo, são espaços que “precisam muito da intervenção dos parceiros, de ações de dinamização e de criar dinâmicas como as que a TAGUS já promove, como sejam as ações de prova, os cabazes de natal, etc. Precisam de muita dinâmica e promoção, porque também não dispõem de produtos que consumimos recorrentemente”.
Novos produtos e produtores Devido aos programas de apoio que a TAGUS dispõe, têm surgido novos produtos e produtores pelo
território. Conceição Pereira conta que essa aposta tem acontecido na área dos vinhos e não só. “Até ao momento, tínhamos aqueles que só produziam vinho tinto e passaram a produzir vinho branco ou só tinham os enchidos de determinadas carnes e experimentaram com novos constituintes”, afirmou, dando conta que “a TAGUS tem apoiado no lançamento de “novos produtos, imagens mais apelativas, linhas de produção com muito mais eficiência e eficácia e na modernização e expansão” de novos negócios. “Temos produtores que estão a ganhar escala, a modernizar-se e têm aparecido novos beneficiários. Com as novas linhas de ação na Agricultura estão a aparecer novos beneficiários nessa área. A TAGUS nunca trabalhou diretamente com a agricultura, com agricultores que produzem produtos agrícolas
e produção primária”, lembrou a técnica coordenadora. Quanto às ações de promoção dos produtos regionais, Conceição Pereira admite que a TAGUS tem levado por diante “uma diversidade muito grande de ações, desde presenças em eventos nacionais como a SISAB ou a FIA. Temos o comércio destes produtos feito nas lojas ou no nosso projeto do Intendente - que é um espaço comercial que nós temos em parceria com outras associações, onde damos a conhecer os nossos produtos”. “Temos a Feira de Doçaria que é outro evento que realizamos em parceria com o Município de Abrantes, a Feira do Fumeiro que realizávamos no Sardoal, a participação nos mercados no edifício Millennium, a promoção dos Mercados Ribeirinhos que agora estão estagnados, mas que podem regressar um dia, entre outros eventos. Muitas destas iniciativas
têm caracter de continuidade porque já integraram a estratégia da TAGUS e elas próprias já criaram hábito junto das pessoas”, salientou a responsável. Por último, Conceição Pereira afirmou que é objetivo da TAGUS “continuar a dar a conhecer os nossos produtos; abrir novos avisos, conseguir novos beneficiários e produtos e que esses produtos consigam a sua expansão e modernização através dos avisos; criar dinâmicas de comercialização dos produtos locais como é o caso da loja do Intente e desenvolver projetos de cooperação adquirindo experiências em outros territórios e países”. A TAGUS tem agora sede no antigo edifício do GAT na cidade de Abrantes.
Pessoalmente, em Abrantes, gostava de ver boas exposições desses frutos, acompanhados da competente e inovadora criação de fórmulas culinárias, além da parafernália artística e literária que originaram.
As maçãs e as romãs em saladas, em sopas frias, no acompanhamento de peixes e carnes, nas na doçaria, nas compotas, nas bebidas espirituosas, por exemplo. E associadas às inovações gastronómicas o seu valor simbólico (escrevi um livro onde o refiro), as esculturas, os contos tradicionais, trago à ribalta “as três maçãzinhas de ouro”, “as maças de Hespérides”, os provérbios e ditos jocosos, “uns comem os figos, a outros rebentam-lhe os beiços”, e tutti-quanti. Sim, a pantomina, a música, a fotografia, o teatro, encontram nos frutos múltiplos exemplos de fulgor interpretativo, e porque as nozes
(dá Deus as nozes a quem não tem dentes) prevalecem na sazão de agora ressaltam nos receituários conventuais e monacais rivalizando com os verdes frutos, já dizia a raposa “estão verdes, não prestam”. Os cachos de uvas não estavam ao seu alcance. Ora nestes tempos de globalidade, Abrantes ganha notoriedade e proveito se conceber um programa de afirmação para lá das redondezas se colocar os seus frutos identitários, logo tradicionais, num plano superior aos de outras proveniências. Há inúmeros exemplos de sucesso. Até de cebolas!
Joana Margarida Carvalho
Frutos outonais É o Outono opulenta representação das dadivosas frutas secas e verdes. Talvez por isso pintores e escultores de todas as épocas e de invulgar talento as tenham à condição de obras-primas a alegrarem os nossos olhos e a fixá-las para a posteridade, caso de Josefa de Óbidos, cujos quadros nos extasiam, dois deles podem ser contemplados na Biblioteca Municipal de Santarém. Os figos, as maçãs, os marmelos, as peras, romãs, as uvas, entre outras, concediam invulgar cromatismo aos quintais, campos e vinhas (menos) da paisagem abrantina. Nas bermas de algumas estradas ainda vislumbramos marmelos que
este ano devido à seca não passam de minúsculos pómulos adolescentes. O sábio Joaquim Vieira da Natividade dedicou tempo a investigar as qualidades das frutas produzidas nos pomares deste terrunho, por isso mesmo não se cansava de escrever acerca das virtudes das maçãs camoeses, das romãs e figos desta região. Na sua descrição do reino de Portugal, o calcorreador de caminhos Duarte Nunes de Leão salienta Abrantes como alfobre de frutos, o Padre Carvalho da Costa segue-lhe o exemplo, e Pinho Leal não destoa no coro das saliências.
Armando Fernandes
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REGIÃO / Mação
Município apresenta queixa e quer apurar responsabilidades dos incêndios
Em nota de imprensa, a Câmara Municipal enumera o que vai requerer junto da IGAI:
“– Seja averiguado e apurado por que é que o fogo que começou no concelho da Sertã entrou no Concelho de Mação sem que nada tivesse sido comunicado às
autoridades respetivas do Concelho de Mação, pela Proteção Civil de Castelo Branco; – Seja averiguado e apurado por que é que o incêndio, que ficou conhecido pelo incêndio da Sertã, mesmo quando lavrava com grande intensidade no concelho de Mação, continuou a ser coordenado pelo comando de Castelo Branco não tendo sido aberta qualquer ocorrência no Concelho de Mação, distrito de Santarém; – Seja averiguado e apurado se nos dias 23, 24 e 25 de julho houve ou não desvio de meios do Concelho de Mação para o concelho de
Proença-a-Nova; – Seja averiguado e apurado, no caso da resposta à alínea anterior ser afirmativa, quem é que ordenou tal desvio de meios, em que altura é que tal desvio ocorreu e com que meios ficou o Concelho de Mação para fazer face ao combate ao incêndio; – Seja averiguado e apurado o que é que terá contribuído decisivamente para a discrepância de áreas ardidas entre os concelhos de Sertã, Proença e Mação; – Seja apurado se, em face de tudo quanto acima se alegou, existem indícios suficientes para se
poder concluir que a Proteção Civil, na pessoa do então senhor CONAC e do senhor comandante distrital de Castelo Branco, podia e devia ter atuado de outra forma no combate ao incêndio de Mação; – Seja analisada detalhadamente, no âmbito da averiguação dos factos, a fita do tempo a qual deve ser solicitada à entidade respetiva para que se possa apurar com pormenor tudo o que se passou nos dias 23 a 27 de julho no Concelho de Mação, requerendo que seja oficiado, para que a mesma seja junta ao procedimento”, lê-se na mesma nota de imprensa. PUBLICIDADE
de Mação entre os dias 23 e 27 de julho,” afirmou. Uma posição corroborada pela Assembleia Municipal de Mação, em reunião de 13 de setembro, que se mostrou favorável à abertura dum processo de averiguações.
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Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação remeteu no dia 19 de outubro uma participação à Inspeção Geral da Administração Interna, na sequência do incêndio ocorrido em Mação, nos dias 23 a 27 de julho de 2017, e cujos factos quer ver esclarecidos. “Entendemos que se mostra necessário que os Munícipes de Mação possam de forma detalhada e precisa, ter acesso a todas as decisões que foram tomadas, quem as tomou e em que momento foram tomadas, efetuando-se assim um apuramento global de responsabilidades do que ocorreu no Concelho
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REGIÃO / Mação
Órgãos Autárquicos tomam posse com olhos postos no futuro Os órgãos Autárquicos do Concelho de Mação foram instalados no dia 17 de outubro, numa cerimónia que teve lugar no Centro Cultural Elvino Pereira. No seu discurso, o presidente reeleito da Câmara Municipal, Vasco Estrela, falou dos incêndios e afirmou que o Executivo não vai desistir nem do Concelho nem das pessoas. O autarca lembrou que “os tempos que se avizinham não serão fáceis. Todos sabemos que temos um Concelho devastado pelos incêndios que nos atingiram. Temos gente desmotivada, triste, gente que quer desistir. Não podemos, não devemos baixar os braços. Estes incêndios provaram a valentia das pessoas deste Concelho, a sua solidariedade, a sua generosidade, a sua determinação. Sem aqueles atributos provavelmente a tragédia que vivemos seria bem pior. Todos viram, todos viveram, aquilo que nos aconteceu, aquilo que nos fizeram, nomeadamente no incêndio de julho”. Vasco Estrela adiantou ainda que “a este propósito, dizer que o primeiro ato que terei após esta instalação será a assinatura, para posterior envio, da participação a Inspeção Geral da Administração Interna com os factos que, no nosso entender, devem ser esclarecidos relativamente àquele incêndio. Não desistiremos do apuramento da verdade em relação a este assunto. Foi esse o nosso compromisso desde a primeira hora e não descansaremos até que as responsabilidades, inclusive desta Autarquia, sejam apuradas”. Vasco Estrela deixou também algumas linhas de ação que pretende concretizar neste mandato “sem pôr em causa o equilíbrio financeiro da Autarquia”. Na área Inovação e Ação social: concretização do Projeto do CAO (centro atividades Ocupacionais); Alargamento da comparticipação no preço da água às famílias com 1 e 2 filhos e Apoio à comparticipação de medicamentos a idosos, comprovadamente, carenciados. Na Educação e Cultura: Instalação dos Núcleos Museológicos em Ortiga e Envendos; Reabilitação do cine teatro municipal e Comparticipação das refeições escolares do 5.º ao 12.º ano. No que diz respeito ao Empreendedorismo: Dinamização do centro de negócios/ninho de empresas; Reforço do trabalho de proximidade do GEMA e Criação do cartão “ComMação”, destinado a promover o comércio local. Já no âmbito da Floresta / Sis-
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/ ASSEMBLEIA MUNICIPAL José Saldanha Rocha (PSD), João de Matos Filipe (PS), Duarte Marques (PSD), José António Almeida (PSD), Carla Loureiro (PS), Vítor Gonçalves (PSD), António Cardoso Lopes (PS), José Serra Ferreira (PSD), António Alves Reis (PS), Vítor Agostinho (PSD), Daniel Jana (PS), Francisco Correia (PSD), Manuel Vacas (PSD), Célia Rodrigues (PS), Pedro Jana (PSD)
/ CÂMARA MUNICIPAL Vasco Estrela (PSD) António Louro (PSD) Nuno Barreta (PS) Vasco Marques (PSD) Margarida Lopes (PSD)
tema agro-florestal: Aposta na efetivação das Zonas de Intervenção Florestal/sociedades de Aldeia; Disponibilização e incentivo à diversificação agrícola e floresta e Disponibilização de aconselhamento técnico a produtores e agricultores. Na valorização dos recursos: Reabilitação das margens do rio Tejo; Construção de uma rede de pequenas infra estruturas turísticas, incluindo miradouros, rotas, espaços de memória e Reforço, incentivo e apoio à dinamização das associações. Na área de Reabilitação e manutenção de infraestruturas e património, pretende o Município: Reabilitação de arruamentos e rede viária e Reabilitação de edifício em Cardigos para conversão em Espaço do Cidadão. Os presidentes das Juntas de Freguesia não foram esquecidos no discurso do presidente da Câmara que deixou um compromisso de colaboração, mas lembrou que cada presidente de Junta é responsável pelo cumprimento do programa que apresentou.
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Patricia Seixas
/ JUNTAS DE FREGUESIA
/ Luís Lopes (PS) – Junta de Freguesia de Amêndoa
/ Carlos Leitão (PSD) – Junta de Freguesia de Cardigos
/ Nuno Bragança (PSD) – Junta de Freguesia de Carvoeiro
/ João Luís Pereira (PS) – Junta de Freguesia de Envendos
/ Rui Dias (PS) – Junta de Freguesia de Ortiga
/ José Fernando Martins (PS) – União de Freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira
REGIÃO / Sardoal
Órgãos Autárquicos tomaram posse. Presidente da Câmara aposta em políticas de continuidade / CÂMARA MUNICIPAL Miguel Borges (PSD) Pedro Duque (PS) Jorge Gaspar (PSD) Pedro Rosa (PSD) Carlos Duarte (PS) / ASSEMBLEIA MUNICIPAL Miguel Mora Alves (PSD), Fernando Vasco (PS), Joaquim Serras (PSD), José Esteves (PSD), Adérito Garcia (PS), Joana Ramos (PSD), Rui Valente (PS), César Marques (PSD), Anacleto Batista (PSD), Maria Manuela Ferreira (PS), Alcina Almeida (PSD), Vítor Morais (PS), Francisco António (PSD), Luís Salgueiro (PSD), Manuel Luís Costa (PS) / JUNTAS DE FREGUESIA
/ Jorge Pina (PSD) – Junta de Freguesia de Valhascos
/ António Fernandes (PSD) – Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre
/ Paulo Casola Pedro (PSD) – Junta de Freguesia de Alcaravela
/ Miguel Catalão Alves (PS) – Junta de Freguesia de Sardoal
Realizou-se no dia 18 de outubro, a cerimónia de Instalação dos Órgãos Autárquicos de Sardoal, eleitos na votação de dia 1 de outubro. O ato solene teve lugar no Centro Cultural Gil Vicente que contou com uma plateia bem composta e que cumpriu um minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios. Miguel Borges, reeleito presidente da Câmara Municipal, falou da vitória alcançada e relembrou as opções políticas do último mandato. “Foi a vitória da Requalificação
do Parque Escolar, da Loja do Cidadão, do Espaço Cá da Terra, do Gabinete de Apoio ao Empresário, do Espaço Empreende, do Arquivo Municipal, do Ensino Superior Público – Curso TeSP de Produção Artística para a Conservação e Restauro, da Universidade Sénior, do Programa Abem – Rede Solidária do Medicamento, do Transporte a Pedido, do Incentivo à Natalidade, do Apoio ao Associativismo, das Bolsas de Mérito, das Bolsas de Estudo, dos Corredores Pedonais na Zona Histórica, do Espaço Par-
tilhado para as Artes e Ofícios, da Rede de Percursos Pedestres, do Sardoal Jazz, do Encontro Internacional de Piano, da Rede Eunice, da substituição de condutas de água e repavimentação em Valhascos e Panascos e repavimentação em Casos Novos, foi a vitória de tudo isto e muito, muito mais. Foi a vitória do Sardoal, dos Sardoalenses”, enumerou o autarca. “Foram as nossas opções políticas, fomos nós que o construímos nestes últimos quatro anos, fruto do compromisso que assumi-
mos perante os Sardoalenses, um compromisso assente na verdade, Transparência, honestidade e muito, muito, muito trabalho”, aludiu.
“O nosso compromisso assenta (…) em fazer como nos últimos 4 anos”
Patricia Seixas PUBLICIDADE
Miguel Borges não deixou de olhar também para o futuro e referiu que “há quatro anos definimos uma estratégia diferenciadora para o nosso Concelho. Assumimos que governaríamos, não para as próxi-
mas eleições, mas para as próximas gerações. Partindo do mote que «Interioridade não é Sinónimo de Inferioridade», traçámos um rumo fruto do conhecimento do potencial de desenvolvimento do nosso Concelho, tendo como objetivo a qualidade de vida dos sardoalenses. Foi na continuidade destes princípios, conscientes de que muito há para fazer, que nos submetemos a eleições, elencando não um conjunto de promessas mas, partindo da experiência adquirida, um conjunto de propostas que queremos ver implementadas no mandato que agora se inicia. A sua concretização está numa parte substancial, dependente do atual quadro comunitário Portugal 2020”. “O nosso compromisso assenta, essencialmente, na capacidade em fazer, como nos últimos 4 anos bem o demonstrámos”, assinalou o presidente que avançou, para breve, a apresentação de um Plano de Desenvolvimento Estratégico, “fruto do conhecimento das nossas potencialidades, mas também das nossas fraquezas, com propostas de superação destas e valorização de todo o nosso potencial”. “Transformar todos estes recursos num produto de valorização económica criador de riqueza, de postos de trabalho e fixação de pessoas no nosso Concelho, é o nosso grande desafio na continuidade das sementes germinadas durante o primeiro mandato”, disse Miguel Borges que voltar a afirmar que “todo este trabalho não se esgotará neste ciclo autárquico, é um trabalho de fundo que procura a sustentabilidade do nosso Concelho, afirmando-se como uma mais-valia no contexto regional onde nos inserimos”. O presidente terminou, como habitualmente, reforçando que “interioridade é sinónimo de qualidade”.
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SAÚDE e EDUCAÇÃO /
Paula Gil ENFERMEIRA, UNIDADE DE SAÚDE PUBLICA DO MÉDIO TEJO
Dia Mundial do Não Fumador
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umar é a primeira causa evitável de doença, incapacidade e morte prematura nos países mais desenvolvidos, contribuindo para 6 das 8 primeiras causas de morte a nível mundial (WHO, 2008). Parar de fumar é benéfico em qualquer idade. Traz benefícios para a saúde individual (e coletiva), benefícios económicos, sensoriais, estéticos, melhora a auto-estima, entre outros. O Dia Mundial do Não Fumador, comemora-se a 17 de Novembro e é uma boa altura para refletir sobre o consumo do tabaco e sobre os seus malefícios e, se é fumador, marcar o dia D para parar rapidamente de fumar. Mudar nunca é fácil, mas é possível. São muitos os argumentos de um fumador para acender mais um cigarro. Os motivos de fumar divergem de pessoa para pessoa. Ao que tudo indica, o ato de fumar envolve prazer, hábito e dependência farmacológica, o que torna difícil abandoná-lo. Controlar o stress e a ansiedade, costuma estar entre os principais motivos de fumar. Mas esta é uma forma prejudicial para lidar com o problema. Ainda que possa ajudar temporariamente, causa mais danos do que benefícios a longo prazo. Formas saudáveis de gerir o stress
e a ansiedade, contribuem para a saúde física e emocional. Olhe a vida de forma positiva. Já ouviu falar na expressão “copo meio cheio, meio vazio”? Se escolher o “copo meio cheio” vai parecer-lhe mais fácil encontrar motivos para sorrir. Ter um pensamento positivo é essencial na gestão do stress e diminui a vontade de fumar. A identificação e a caracterização das diferentes razões que levam uma pessoa a fumar podem ajudar no estabelecimento de estratégias individualizadas para a cessação do uso do tabaco. Parar de fumar é possível, regra geral, não é fácil. Comece por tomar consciência dos inúmeros malefícios a que expõe a sua saúde com o hábito de fumar. Depois encontre motivação, apoio e um ambiente favorável. Não receie pedir ajuda! Na consulta de cessação tabágica encontra profissionais aptos a ajudar nesta importante iniciativa, informe-se na sua unidade de saúde. Assumir novos hábitos e mudar os ambientes de convivência são boas estratégias para lidar com o hábito de fumar. Mantenha-se ocupado, faça atividades saudáveis e prazerosas, como caminhada, natação, montanhismo … os amigos podem ajudar. Seja otimista e acredite em você mesmo. Abra as portas à saúde e à qualidade de vida, seja ex-fumador!
ANTÓNIO P IRES DE OLIV EIRA ADV OG ADO ESCRITÓRIOS: ABRANTES: Rua de Santa Isabel, n.º1 - 1.º Dt.º - Tel.: 241 360 540 - Fax: 241 372 481 MAÇÃO: Rua Ten. Cor. P. Curado, 2 - R/c Dt.º - Telef/Fax: 241 519 060 - Fax: 241 519 069
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Universidade Sénior de Mação aumenta número de alunos A Universidade Sénior de Mação arrancou no dia 3 de outubro. A cerimónia de abertura teve lugar, no auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, com a presença de Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação e de Tiago Leite, Diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém. Vasco Estrela começou por dizer que o novo ano letivo conta com a presença de mais alunos inscritos, cerca de 73: “Temos 73 alunos inscritos o que faz prever, se for como tem sido habitual - ao longo do ano com mais inscrições,
vamos começar a ter aqui algum tipo de problemas, mas problemas bons, devido ao elevado número de alunos e alguma dificuldade de espaço que possa surgir. Mas não é nada que não se resolva, porque o que é importante é que os alunos possam aderir a este projeto, a esta universidade, que tem uma grande importância”, referiu o autarca. O presidente congratulou-se com o trabalho desenvolvido pelos docentes e colaboradores da câmara envolvidos no projeto, lembrando que a Universidade Sénior se reveste de “grande importância,
para a qualidade de vida e bem-estar. Para a qualidade de vida que queremos imprimir no nosso concelho e obviamente quantos mais alunos poderem frequentar esta universidade melhor será. É sinal que é uma iniciativa importante”. A cerimónia que marcou o início do arranque escolar contou com uma palestra sobre “Envelhecimento ativo: importância das Universidades Seniores”, pelo professor Ricardo Pocinho, a apresentação dos professores e disciplinas e respetivo batismo dos caloiros.
Universidade Sénior de Vila de Rei já iniciou A Universidade Sénior de Vila de Rei iniciou oficialmente o ano letivo 2017/2018 no dia 2 de outubro. A sessão inaugural teve lugar na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, onde foram apresentados os horários e as disciplinas já definidas aos 32 alunos já matriculados neste projeto O Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires, afirmou que “este é um projeto com um importante cariz educacional e que apresenta uma diversificada oferta formativa. Estamos
em crer que, após o sucesso do primeiro ano da Universidade Sénior de Vila de Rei, este novo ano letivo será novamente importante para o fortalecimento do bem-estar deste setor etário da população Vilarregense na sua vertente social, lúdica e desportiva”. “As inscrições para a Universidade Sénior de Vila de Rei irão continuar abertas a toda a população com idade superior a 50 anos, havendo significativos descontos para os alunos que portadores de cartões etários do município”, lê-se na informação da Autarquia.
O arranque da Universidade Sénior de Sardoal realizou-se no dia 12 de outubro com 89 inscritos, neste que é o segundo ano de atividade do projeto.
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ISABEL LUZEIRO
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SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João
NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
CARTÓRIO NOTARIAL DO ENTRONCAMENTO DE CRISTINA CONCEIÇÃO
CARTÓRIO NOTARIAL DO ENTRONCAMENTO DE CRISTINA CONCEIÇÃO
EXTRACTO
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Cristina Maria Conceição, Notária do Cartório Notarial do Entroncamento, sito na Av. Dr. José Eduardo Vítor das Neves, n. 0 81, rés-do-chão direito, no Entroncamento, certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte e oito de Setembro de dois mil e dezassete, lavrada de folhas trinta e oito a folhas trinta e nove verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Quarenta -D: Joaquim Manuel Esteves de Jesus e mulher Maria da Conceição Silva Coentre de Jesus, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele, da freguesia de Abrantes (São João), ela, da freguesia de Alvega, ambas do concelho de Abrantes, residentes na Rua D. Duarte, nº 8, freguesia e concelho de Ponte de Sor, NIF’s 109 482 964 e 107 839 830, titulares dos Car tões de Cidadão número 07222933 O lY1, válido até 22/03/2020, e, número 07311332 8 lY2, válido até 18/03/2020, ambos emitidos pela República Portuguesa; Outorgaram uma escritura de justificação na qual declararam o outorgante marido dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel: Prédio urbano sito em Casal dos Cordeiros, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, composto de casa térrea, para habitação, com a área de implantação de quarenta e dois vírgula vinte e cinco metros quadrados, e logradouro, com a área de quarenta e um vírgula setenta e cinco metros quadrados, que confronta, do norte, com Maria José Branco Barracas Rosa, do sul, com caminho público, do nascente, com herdeiros de José Manuel de Jesus, e, do poente, com João Manuel da Conceição Barracas, não descrito na Conservató ria do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz, em nome de António Esteves - Cabeça de Casal da Herança de, sob o artigo 382, da aludida freguesia de Mouriscas, com o valor patrimonial tributário de € 5.830,00, igual ao que lhe atribuem para efeitos do presente acto; Que o outorgante marido adquiriu o identificado bem imóvel, no seu estado civil de solteiro, por doação verbal de seus pais, José Manuel de Jesus e Maria da Conceição Esteves, casados que foram entre si, no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Casal dos Cordeiros, em Mouriscas, doação essa que teve lugar em data que não pode precisar, cerca do ano de mil novecentos e setenta; Que, por sua vez, seus identificados pais, José Manuel de Jesus e Maria da Conceição Esteves, haviam adquirido o identificado bem imóvel por partilha verbal efectuada por óbito de seus avós maternos, António Esteves e Hermínia da Conceição, casados que foram entre si, no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Mouriscas; Que, não obstante não ter título de aquisição do identificado bem imóvel, foi ele, outorgante marido, que sempre o possuiu, desde a invocada data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, limpou, fez obras de conservação, habitou-o, aí tomou refeições e recebeu familiares e amigos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados; Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o outorgante marido, com o expresso consentimento de sua esposa, que ora presta, invoca como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original na parte a que me reporto. Entroncamento, vinte e oito de Setembro de dois mil e dezassete. A Notária
Cristina Maria Conceição, Notária do Cartório Notarial do Entroncamento, sito na Av. Dr. José Eduardo Vítor das Neves, nº 81, rés-do-chão direito, no Entroncamento, certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte e oito de Setembro de dois mil e dezassete, lavrada de folhas trinta e seis a folhas trinta e sete verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Quarenta -D: Maria Manuela Esteves de Jesus Antunes e marido Joaquim Fernando de Matos Antunes, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela, da freguesia de Abrantes (São João), ele, da freguesia de Mouriscas, ambas do concelho de Abrantes, residentes na Rua Fernando Pessoa, nº 20, 2º andar esquerdo, freguesia de Nossa Senhora de Fátima, concelho de Entroncamento, NIF’s 100 283 926 e 100 283 918, titulares dos Cartões de Cidadão número 07222930 6 ZY1, válido até 04/08/2018, e, número 04692780 8 lYS, válido até 13/01/2019, ambos emitidos pela República Portuguesa;·Outorgaram uma escritura de justificação na qual declararam a outorgante mulher dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel: Prédio rústico, sito em Casal dos Cordeiros, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, composto de oliveiras e pastagem, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar, do norte, com Sérgio Roris Fernandes, do sul, com caminho público, do nascente, com António Isidro Rebola Morgado e Sérgio Roris Fernandes, e, do poente com herdeiros de António Esteves, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz em nome de António Esteves -Cabeça de Casal da Herança de, sob o artigo 127, Secção AP, com o valor patrimonial tributário de € 40,51, a que atribuem igual valor; Que a outorgante mulher adquiriu o identificado bem imóvel, no seu estado civil de solteira, por doação verbal de seus pais, José Manuel de Jesus e Maria da Conceição Esteves, casados que foram entre si, no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Casal dos Cordeiros, em Mouriscas, doação essa que teve lugar em data que não pode precisar, cerca do ano de mil novecentos e setenta; -Que, por sua vez, seus identificados pais, José Manuel de Jesus e Maria da Conceição Esteves, haviam adquirido o identificado bem imóvel por partilha verbal efectuada por óbito de seus avós maternos, António Esteves e Hermínia da Conceição, casados que foram entre si, no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Mouriscas; Que, não obstante não ter título de aquisição do identificado bem imóvel, foi ela, outorgante mulher, que sempre o possuiu, desde a invocada data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, amanhou-o, conservou-o, colheu os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, fazendo ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados;Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que a outorgante mulher, com o expresso consentimento de seu marido, que ora presta, invoca como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original na parte a que me reporto. Entroncamento, vinte e oito de Setembro de dois mil e dezassete. A Notária
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novembro 2017 / jornal de abrantes
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