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FEVEREIRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5515 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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de
jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha
Mitsubishi assinala 50 anos de produção automóvel a partir da ex-MDF
Berliet Tramagal O Camião do Ultramar Páginas 12 e 13
Camião Berliet em serviço no Ultramar
ENTREVISTA
EDUCAÇÃO
INVESTIMENTO
Ana Paula Dias: a mulher das artes
Escolas e IPT unidos para Obras na ponte promover formação profissional sobre o rio Tejo arrancam
Ana Paula Dias considera o seu trabalho “um privilégio”. Ela própria é uma artista e há 17 anos está responsável pela Galeria de Arte de Abrantes. Pág. 3
Numa parceria com mais de 30 instituições, o Instituto Politécnico de Tomar pretende aumentar a qualificação da população do Médio Tejo e combater o abandono escolar. Pág. 18
A Estradas de Portugal já assinou o contrato com a empresa responsável pela execução das obras de reabilitação da ponte que liga Abrantes a Rossio ao Sul do Tejo. Pág. 15
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2 ABERTURA FOTO DO MÊS
EDITORIAL
de
jornal abrantes
FEVEREIRO 2014
FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt
Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Mário Rui Fonseca (CP.4306)
Os trabalhos de beneficiação das muralhas e intervenção na torre de menagem do Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, para criar um espaço museológico, estão a decorrer. As obras, que se prolongam por seis meses e implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros, incidirão em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas.
mario.fonseca@lenacomunicacao.pt
Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Secretariado Isabel Colaço
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Design gráfico António Vieira
Câmara Municipal Vila Nova da Baqruinha
Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado
INQUÉRITO
Impressão Grafedisport, S.A.
Que opinião tem sobre a praxe a académica?
Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes
GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.
André Lopes
Daniela Vaz
Sardoal
Abrantes
Abrantes
Sou contra as praxes. Nos últimos anos têm existido algumas atrocidades cometidas com as praxes, que podem não passar de casos pontuais, mas são vidas humanas que estão em causa. Toda a praxe assume e aceita uma hierarquia sem justificação e que não cumpre em nada a função de integração.
Acho um tanto exagerado o alarido que está a ocorrer em torno deste assunto. Cada um é livre de escolher se quer ou não participar neste género de atividades. A praxe tem como principal objetivo a integração de novos alunos e promove o companheirismo, a amizade, a união e a brincadeira. A praxe por si só não mata ninguém e ninguém morre pela praxe.
Coimbra tem um código de praxe antigo que faz parte da identidade da Academia. Nunca me coagiram a fazer nada, fiz amigos e guardo boas recordações. Sei que em muitos institutos superiores públicos ou privados existem abusos, que acham que quanto maior a dificuldade e o medo, maior o estatuto.
UM CAFÉ Aquapolis, em Abrantes. PRATO PREFERIDO Lagosta. UM RECANTO PARA DESCOBRIR Gerês… UM DISCO O novo do António Zambujo. UM FILME Titanic…porque foi o primeiro que me fez chorar. UMA VIAGEM Paris. UMA FIGURA DA HISTÓRIA Freddie Mercury… porque marcou a história da música no mundo. UM MOMENTO MARCANTE O nascimento das minhas filhas.
UM PROVÉRBIO O caminho fazse caminhando. UM SONHO Deixar cá a minha música, o meu trabalho, para que todos possam ouvir. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Há anos que gostava de fazer uma descida de canoa pelo Rio Zêzere até Constância, e aí terminar o dia em beleza. Ainda não o consegui fazer, mas acho que vou fazer em breve.
SUGESTÕES
Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt
Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.
jornaldeabrantes
Inês Santos
David Antunes IDADE 33 RESIDÊNCIA Santarém PROFISSÃO Músico UMA POVOAÇÃO Verdelho (terra dos meus pais)
A formação a mexer no Médio Tejo As instituições de ensino da região deram, por estes dias, um claro sinal de que o caminho a seguir só pode ser num sentido: desenvolver um trabalho articulado, fazer projetos em rede e acreditar num olhar mais macro do que micro. Na verdade, tendo todas as instituições de ensino os mesmos objetivos , não há razão que faça cada uma estar a trabalhar como se nada mais existisse. Isto não quer dizer que, pontualmente, as escolas da região, não colaborassem já umas com as outras. E também não quer dizer que todas as parcerias têm que ser formalizadas e institucionalizadas. Na verdade, muitas vezes, muitas coisas acontecem mais pela vontade da pessoas do que por compromissos formais que se assinam no papel. Mas, neste caso, a assinatura de um protocolo é importante, porque em torno dele estão, ou vão estar, todos os agentes que podem fazer mexer a formação da região. E todos partilham objetivos claros: formar mais jovens para as reais necessidades das empresas da região e, como consequência, aumentar a empregabilidade, fixar população, desenvolver a economia e potenciar o Médio Tejo. Quando as escolas profissionais e secundárias da região aceitaram o desafio do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) para fazer parte da Rede de Formação Tecnológica e Profissional do Médio Tejo, talvez mais não tenham feito do que concretizar uma ideia que certamente já tinham: a ideia de que cada uma destas escolas, com as suas características e com realidades muito próprias, estão inseridas numa única região e, portanto, partilham os mesmos desafios. Às vezes, parece que só falta quem se lembre de dar o primeiro passo. Às vezes, parece que os cenários de crise é que nos fazem pensar que todos precisamos de todos. E que, em vez de gastarmos todos os nossos esforços e energias nas nossas coisas, podemos tirar partido do trabalho em conjunto. Por isso, também faz todo o sentido o que a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo pretende fazer: um plano educativo à escala da região. Mais do que um documento, será a oportunidade para ver o que cada município tem feito ao nível do ensino básico e secundário. Fórmulas de sucesso para resolver problemas e estratégias para chegar à excelência podem muito bem ser adotadas por todos. Se funciona, partilhe-se. Hália Costa Santos
ENTREVISTA 3
FEVEREIRO 2014
ANA PAULA DIAS, A ARTISTA QUE ORGANIZA AS EXPOSIÇÕES DA GALERIA MUNICIPAL DE ABRANTES
“Procurar uma nova experiência, ver se algo lhe toca” ALVES JANA
blemas com nenhum artista. É outro privilégio. E o público, é difícil? Também nunca tive problemas. Eu procuro fazer o trabalho de cativar a pessoa que entra só por entrar, que até nem gosta do trabalho, ou da exposição. Pelo menos que a pessoa sinta que foi agradável ter vindo aqui. É outro privilégio, poder acompanhar as pessoas, darlhes alguma informação, por vezes cativar as pessoas para uma forma de Arte que talvez lhe seja menos acessível…
Em que consiste o seu trabalho? Primeiro, organizar as exposições: contactar com os artistas, assegurar o transporte das obras e montar e desmontar as exposições... Depois, acolher os visitantes e fazer visitas guiadas. Além disso, fazer a manutenção do espaço e o trabalho administrativo.
As pessoas vêm? Vêm mais pessoas aqui. As que iam à outra continuam a vir. E vêm outras porque passam e veem. Há dias esteve aqui uma senhora que gostou muito do espaço, e da exposição, mas que em 17 anos nunca tinha ido à outra. É um local de passagem e de estacionamento, isso ajuda.
Quais as maiores dificuldades? E facilidades? É sobretudo o esforço físico de carregar e descarregar, desembrulhar e pendurar, às vezes é muito extenuante. Por vezes saio daqui exausta. Mas eu gosto desse esforço, faz-me bem. Depois, tenho o privilégio de estar como espectadora do trabalho durante um mês, com um espetáculo quase só para mim. E de conhecer os artistas, de poder entrar no seu mundo, de ir aos seus ateliers. Já fiz muitos amigos assim.
A nova galeria traz, certamente, vantagens e desvantagens. A principal vantagem é o próprio espaço: é maior, oferece novas possibilidades expositivas, permite expor mais obras e de maiores dimensões. Coloca outros desafios, que estou ainda a descobrir com cada nova exposição. É sempre preciso relacionar as obras a mostrar com o espaço da galeria.
Além do espaço de exposição, tem ainda um espaço de oficina. Essa é outra grande vantagem. Lá em baixo já fazíamos trabalho com escolas. Agora podemos fazê-lo com outros públicos, como os reformados ou os desempregados, num trabalho social de aproximar essas pessoas do meio criativo. E mesmo o público em geral, pois sabemos que há um deficit de cultura da nossa população nestas coisas da Arte. Esta “oficina” deverá suprir essa carência. Esta é uma nova aposta que está em preparação, pois esse espaço ainda não está pronto.
E cria problemas a exposições mais pequenas e com obras mais pequenas? Ainda estou para descobrir isso. Num espaço com um pé direito tão alto também se podem fazer boas ex-
Há muitos artistas a pedir para expor? Como é o processo? Sim, há muitas propostas de exposição. Chegam-nos sobretudo por mail, até ao final de setembro. Depois há uma equipa que reúne
O trabalho com os artistas é difícil? É fantástico. É fácil. Nunca tive pro-
Alves Jana
Há 17 anos que toma conta da Galeria de Arte de Abrantes, hoje no antigo quartel dos bombeiros. Ao longo dos anos tem recebido repetidos elogios dos artistas que vêm expor a Abrantes. Vive o seu trabalho com um zelo pouco habitual e considera-o “um privilégio”. Ela própria é uma artista. E há pouco terminou uma licenciatura em Estudos Artísticos. Tem sido, sem dúvida, uma das peças chaves da presença de muitos bons artistas em Abrantes.
• Ana Paula Dias: “Há tantos artistas que eu gostava de ver aqui…” posições de pequeno formato. Desde que os trabalhos a expor sejam bons. Cada exposição é um desafio novo. Encontra-se sempre solução.
uma vez por ano, em outubro, e faz a programação para o ano seguinte: avaliamos as propostas de acordo com aquilo que se pretende e decidimos. Qual seria a grande exposição, mesmo impensável, que gostaria que pudesse fazer-se aqui? Não sei… Há tantos artistas que eu gostava de ver aqui… Mas… Paul Klee é dos meus preferidos. E como vai o seu trabalho artístico? (Suspiro fundo) Devíamos viver em duas dimensões, a das obrigações e uma outra… O tempo é muito complicado. Tenho andado ocupada com outros projetos que também me dão prazer. A minha pintura está a aguardar. Mas sinto essa falta. Como é que a artista e a guardiã desta galeria vê o meio artístico da nossa região? É fraco. Os artistas são poucos, não
há um ponto de convívio, há dois ou três mas sem ponto de contacto, de encontro. Há uma série de artistas que saíram, não vivem cá. Não se pode dizer que há um meio artístico interessante. Qual a exposição, ao longo dos anos, que mais lhe vai ficar na memória e no coração? Assim de repente, não consigo dizer. Tocaram-me por aspectos diferentes. Umas pelo artista, outras pelas obras mostradas, outras pelo impacto final conseguido junto dos visitantes… Mas houve outras que eu considerei muito boas mas que não trouxeram gente, passaram despercebidas. Não sei dizer. Porque há de uma pessoa comum vir até esta galeria de arte? Procurar uma nova experiência, ver se algo lhe toca. E pode ficar tranquilo/a, porque a Ana Paula Dias é uma pessoa acessível, cuidadosa e disponível para ajudar a pessoa, se ela quiser.
EXPOSIÇÕES
Biombos, de Catarina Castel-Branco “Biombos” é a exposição que a galeria de arte de Abrantes tem patente no antigo quartel de bombeiros. Catarina Castel-Branco recebeu da família um biombo que lhe encheu a infância e foi nele que encontrou motivo e inspiração para esta série de obras agora em mostra. “Biombos e quadros são coisas diferentes. Com muito poucas excepções, os quadros só se podem ver de um lado; normalmente não há nada para ver no lado de trás de um
quadro. “Quanto aos biombos, impedem quase sempre que se veja aquilo que está por detrás – mas há sempre qualquer coisa atrás deles: aquilo que eles nos impedem de ver.” Assim escreve Miguel Tamen, no catálogo da exposição. Mas acontece que nada disso se passa com o trabalho que Catarina Castel-Branco agora expõe em Abrantes, terra onde nasceu, embora por um acaso. Da exposição consta também um vídeo, onde é possível descobrir o
As 7 irmãs processo de trabalho da artista nas obras que agora nos dá a ver e a pensar. Além disso, há um pequeno núcleo de obras mais antigas expostas e estão disponíveis para venda serigrafias também de obras anteriores. Estas são duas vias que permitem estabelecer um paralelo entre o trabalho atual da artista e as fases anteriores do seu percurso. Uma exposição a ver, até 21 de fevereiro, com a ajuda de Ana Paula Dias, que é a nossa entrevistada deste número do JA.
A “Rota das 7 Irmãs” é o tema de uma pequena exposição que está patente na antiga galeria de arte de Abrantes, junto à Câmara Municipal. É a voz do povo que chama de “irmãs” às sete capelas, todas dedicadas a Nossa Senhora, que agora se propõe em rota a descobrir. São elas a capela da Sra. da Guia (Alvega); a capela da Sra. dos Matos (Mouriscas), a capela da Sra. da Lapa (Sardoal, Cabeça das Mós), a capela da Sra. da Graça (Valhascos), a capela da Sra. das Necessidades (Alferrarede Velha),
a capela da Sra. da Luz (S. Vicente) e a capela da Sra. do Tojo (Souto). A acompanhar a exposição, foi editada uma pequena brochura que serve de catálogo à exposição e de apoio à referida rota das 7 capelas. “Esta proposta é sobretudo um convite à descoberta destes lugares escutando as suas lendas, tradições e vivências ou mesmo caminhando em busca de um abrigo e tranquilidade que se eleva ainda na envolvente natural que as integra.” A.J.
jornaldeabrantes
4 SAÚDE
FEVEREIRO 2014
MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE SALIENTA A IMPORTÂNCIA DE SE ATRAIR MAIS MÉDICOS
Municípios do Médio Tejo reclamam novas medidas para a saúde na região
MÉDIO TEJO
Utentes pedem articulação entre serviços de saúde A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) quer que os serviços de saúde se “entendam” e se “articulem” na resposta às populações que procuram atendimento urgente, lamentando que os centros de saúde não tenham capacidade de resposta para evitar o entupimento das urgências hospitalares. Frisando que, tal como no resto do país, também o Médio Tejo regista “escandalosas demoras no atendimento a quem se dirige às urgências”, a CUSMT lamenta as respostas “em jeito de desculpas” que remetem para “picos” de procura e de que os utentes deveriam dirigir-se aos Centros de Sa-
úde. Em nota de imprensa, a CUSMT mostra o cartaz afixado num centro de saúde da região, que pede aos utentes para depois das 20h00, aos fins de semana e aos feriados se dirigirem às Urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo. “Sim, é verdade que algumas situações deveriam ser tratadas nos Centros de Saúde! Mas pergunta-se: há médicos suficientes? Os horários são aceitáveis? As unidades de saúde estão sempre abertas? Porque os responsáveis encerram extensões, serviços e reduzem horários? Há articulação entre os diversos serviços?”, questiona a CUSMT.
Hália Costa Santos
ARS-LVT diz que incentivo à vinda de médicos é “promover desigualdade”
• Autarcas defendem a criação de uma unidade de saúde local com uma “gestão comum” Os presidentes das 13 autarquias que constituem a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) manifestaram em janeiro a sua preocupação com os cuidados de saúde prestados na região, reclamando por novas medidas e melhores respostas aos utentes. Em comunicado, os presidentes da CIMT dão conta dos resultados de uma reunião em que participou o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Joaquim Esperancinha, e a quem foi transmitida a preocupação quanto à falta de respostas ao nível das unidades de cuidados primários e à ausência de coordenação com o centro hospitalar. Os autarcas reiteram mais uma vez a necessidade de criação de uma unidade lo-
jornaldeabrantes
cal de saúde. “Estamos todos preocupados com os tempos de espera no serviço de urgências do CHMT, mais a mais quando sabemos que cerca de 60% dos pacientes que entram nas urgências deviam ter cuidados médicos nos centros de saúde”, disse ao JA a presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque (PS), que também preside à Câmara Municipal de Abrantes. Segundo a responsável, a maior parte dos centros de saúde não tem médicos nem tem profissionais em número insuficiente para dar resposta aos utentes em termos de cuidados de saúde de proximidade – cerca de 40% da população abrangida está, inclusive, sem médico de família. “A desarticulação entre os cuidados de saúde primários é evidente. Os centros de saúde, além de terem falta de
médicos, fecham cedo, cerca das 17:00, e depois, por qualquer coisinha, a população vai parar às urgências”, referiu. A autarca defendeu a criação de uma unidade de saúde local, com uma “gestão comum” e que envolva os serviços hospitalares, os cuidados primários e, eventualmente, o serviço de cuidados continuados. “É gravíssimo o que está a suceder e isto como está não pode continuar”, criticou Maria do Céu Albuquerque, assegurando que as reivindicações da CIMT vão ser transmitidas ao Ministério da Saúde. Além da unidade de saúde local, os presidentes dos 13 municípios defenderam a importância estratégica para o centro hospitalar na prestação de cuidados de saúde diferenciados e mostraram interesse numa unidade de he-
modinâmica. “É importante potenciar a atração de outros médicos e serviços de saúde diferenciados de modo a servir um universo mais alargado de utentes”, defendeu a autarca. Por outro lado, foi igualmente demonstrada preocupação com a significativa diminuição do número de partos realizados na região. “O número de partos diminuiu na maternidade do CHMT, à semelhança do que sucede um pouco por todo o país, mas não faz sentido que as parturientes não escolham a nossa maternidade e vão para as unidades privadas. Temos de procurar novas e melhores condições para estimular as mães a servirem-se desta maternidade”, defendeu a presidente da CIMT.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) considera que o incentivo de 9 mil euros anuais criado pela Câmara de Abrantes para a instalação de médicos na futura Unidade de Saúde Familiar (USF) é um “fator de promoção de desigualdade entre municípios”, uma leitura assente na disponibilidade financeira que Abrantes demonstra e que outros municípios poderão não ter. Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, não concorda com o chumbo aos incentivos à contratação de médicos, tendo lembrado que mais de 60% dos utentes do ACES do Médio Tejo não tem médico de família. “Não faz sentido”, vincou. Com um total de 235.621 utentes, o ACES Médio Tejo tem por missão garantir a prestação de cuidados de saúde à população de 11 con-
celhos: Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Tomar, Torres Novas, Sardoal e Vila Nova da Barquinha, numa área territorial de 2.706 Km2. O ACES Médio Tejo tem em funcionamento sete Unidades de Saúde Familiar (USF), 11 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e seis Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC). Tem também uma Unidade de Saúde Pública (USP) e uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP). O ACES Médio Tejo desenvolve atividades de vigilância epidemiológica, investigação em saúde, controlo e avaliação dos resultados e participa na formação de diversos grupos profissionais nas suas diferentes fases, prégraduada, pós-graduada e contínua.
SAÚDE 5
FEVEREIRO 2014
EMPRESA VENCE CONCURSO MAS NÃO TEM MÉDICOS PARA O SERVIÇO
BE questiona Ministério da Saúde sobre urgência de Torres Novas O serviço de urgência do hospital de Torres Novas esteve em risco de encerrar porque a empresa que venceu o concurso para a prestação de serviços em 2014 não apresentou médicos que assegurassem o serviço, revelou o Bloco de Esquerda (BE) local. Em comunicado, os deputados Helena Pinto e João Semedo afirmam ter pedido explicações ao Governo, em pergunta dirigida ao Ministério da Saúde. Questionaram a tutela se “o preço apresentado pelas empresas que prestam o serviço de urgência foi o único critério” para a respetiva adjudicação. Os deputados afirmam que “a estabilidade e o funcionamento do serviço de urgência ficou em causa” quando
o novo concurso contratual para a prestação de serviços médicos na urgência do hospital de Torres Novas, do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que engloba ainda os hospitais de Abrantes e Tomar, foi ganho por uma nova empresa que não apresentou, “como era sua obrigação”, uma nova escala de serviço dos médicos que entraria em vigor no dia 1 de janeiro de 2014. “A estabilidade e o funcionamento do serviço de urgência ficou em causa e a administração do CHMT foi obrigada a recorrer a uma solução de urgência, tendo entregue a prestação do serviço à empresa que o tinha garantido anteriormente, mas que foi preterida no concurso realizado para a prestação de
• Conselho de Administração procedeu a ajuste direto para contornar o problema serviços em 2014”, realçam. Os dirigentes do BE afirmam que a situação tem “contornos pouco claros que necessitam de cabal esclarecimento” por parte do Ministério da Saúde, tendo per-
guntado à tutela se “conhece esta situação e quais foram os critérios para a seleção da empresa no concurso realizado”. Questionam ainda se o critério do “preço mais baixo” foi
preponderante em relação a outros, se esteve em causa a prestação de serviços médicos na urgência como consequência desta situação, e qual a empresa que vai prestar os serviços médicos nas
urgências” do Hospital de Torres Novas no ano de 2014. Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração (CA) do CHMT, Joaquim Esperancinha, confirmou que a empresa que venceu o concurso “não conseguiu concretizar os serviços para os quais concorreu”, acrescentando que, “com autorização” do Ministério da Saúde, o CA procedeu ao “ajuste direto” do contrato com as empresas que anteriormente prestavam aqueles serviços. “Estivemos a horas de não ter médicos para prestar o serviço”, observou. O gestor disse ainda à Lusa que os “critérios de qualidade são os que prevalecem“, tendo feito notar que, “em caso de igualdade, vence a proposta menos onerosa”.
DE 30 COZINHA
ABRANTES
JANEIRO Poder fazer tudo Mais barato
A 16 FEVEREIRO
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6 JUSTIÇA
FEVEREIRO 2014
REFORMA DO MAPA JUDICIÁRIO
A Câmara de Abrantes aprovou, na última reunião do executivo camarário realizada no passado dia 28 de janeiro, por maioria, um parecer relativo ao Anteprojeto de Decreto-Lei do Regime de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciários, no âmbito do processo da Reforma do Mapa Judiciário. A autarquia de Abrantes voltou a vincar a total discordância com a proposta apresentada pelo Ministério da Justiça. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal (e também da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo), explicou que, com a extinção do Tribunal de Trabalho, da Secção de Família e Menores e dos serviços de Medicina Legal, para além das competências criminal e cível a ficarem concentradas em Santarém, “deixa de ser possível a existência de uma justiça de proximidade aos cidadãos”. “O que está desenhado reforça as valências dos tribunais nas sedes de distrito, em Santarém e Portalegre, o que vai deixar um imenso vazio em termos territoriais de acesso à justiça, reforçando a condição de interioridade de muitos destes municípios e dificultando ou barrando mesmo o acesso à justiça por parte dos cidadãos”, disse a presidente da Câmara. “Para além dos tribunais que vão ser encerrados, e de outros que vão ser desprovidos de um conjunto alar-
Joana Margarida Carvalho
Assembleia Municipal constitui comissão de acompanhamento e Câmara Municipal aprova parecer
Autarcas criticam proposta do Ministério da Justiça que dificulta o acesso dos •cidadãos aos tribunais
gado de valências, a proposta faz com que nenhum tribunal do Médio Tejo, que abarca 13 municípios e cerca de 250 mil habitantes, fique a funcionar com as competências ao nível do crime e do cível”, apontou. “Isto implica que os cidadãos terão de se deslocar sempre a Santarém para tratar destes assuntos, a mais de 80 quilómetros de distância, uma medida que não faz sentido”, vincou Céu Albuquerque. Em consonância com a delegação de Abrantes da Ordem dos Advogados, a Câmara defendeu a manutenção em Abrantes das secções de trabalho, família e menores e de execução. No entendimento da autarquia, as competências especializadas cível e criminal são aquelas que mais se destacam em termos de procura, pelo que, à semelhança do que acontece noutros distritos, deverá ser considerada uma secção especializada para cada uma destas áreas, a instalar e a servir no territó-
rio do Médio Tejo. Maria do Céu Albuquerque explicou ainda que a Câmara vai fazer chegar a sua posição ao gabinete da ministra da Justiça e que, quer a autarquia de Abrantes, quer a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, continuam a aguardar resposta do Ministério ao pedido de audiência solicitado.
Assembleia Municipal reuniu para debater o assunto Sob o tema “a reforma do mapa judiciário”, a Assembleia Municipal de Abrantes reuniu extraordinariamente no passado dia 10 de janeiro, tendo aprovado por unanimidade uma moção, onde considerou que a reforma do mapa judiciário é “genericamente má” e “não serve o interesse das pessoas e das instituições do território”. No documento subscrito pelos líderes de cada grupo e pela mesa da Assembleia, pode ler-se que o desenho
do mapa judiciário previsto pelo poder central “afasta a administração da justiça dos cidadãos, dificultando o acesso e reduzindo a sua proximidade, e deixa vastas áreas territoriais a distâncias significativas dos centros da administração da justiça”. Nelson Carvalho, presidente da Assembleia Municipal, esteve reunido com os líderes das bancadas antes da sessão, onde foi proposta a criação de uma comissão de acompanhamento à atual reforma, constituída pelo Presidente da Assembleia e um deputado de cada um dos partidos/grupos com representação na assembleia. A proposta foi votada e aprovada por unanimidade. O PSD, por indisponibilidade, não marcou presença nesta reunião prévia, mas acabou por aceitar a criação da comissão de acompanhamento. “Foi aprovada uma comissão de acompanhamento para que a própria Assembleia possa acompanhar o
evoluir desta situação, que nos preocupa muito”, explicou Nelson Carvalho. “Para o próximo mês de março a assembleia deverá estar em condições de realizar uma ação pública sobre o tema, onde deverão ser convidados os deputados de cada um dos partidos eleitos pelo círculo eleitoral de Santarém, como representantes da comunidade”, vincou o presidente.
Posições similares: “Uma reforma que não serve” No decorrer da assembleia as posições dos deputados foram similares, a oposição e o descontentamento face à atual reforma do mapa judiciário foram uma constante nos discursos. Os deputados justificaram alguma indignação, tendo por base os dados relativos ao sistema judicial implantado em Abrantes, onde há um maior número de processos encaminhados e tratados face à cidade de Tomar no último ano. António Paulo, deputado do PS, afirmou que se vivem “tempos estranhos” onde “os valores economicistas se superam a tudo” admitindo que, “apenas se vislumbram tempos difíceis”. Já António Mor, também da bancada socialista, referiu mesmo que “ a própria democracia pode estar em perigo” Margarida Togtema, deputada do PSD, criticou o Governo socialista de José Sócrates que “iniciou o processo
da reforma judicial”, referindo que esta é “uma proposta não adequada e justa e que se centra apenas em Santarém e Tomar”. Maria Graça Pio, deputada do CDS, defendeu que “esta reforma não serve e não presta” pois o “Tribunal de Abrantes é muito mais célere em relação ao Tribunal de Tomar e do Entroncamento”, admitindo que “o país precisa de uma reforma é um facto, mas esta não serve os interesses da região”. Américo Simples, ex-responsável da Ordem dos Advogados de Abrantes, foi um dos convidados da Assembleia e manifestou, também, o seu desagrado e discórdia face à reforma do mapa judiciário. “Com esta reforma que o Governo propõe, todos os casos maiores e importantes nas áreas criminal e cível ficam centrados na comarca de Santarém e assim, Abrantes vai perder”, referiu o advogado. “Abrantes tem um maior número de processos e maior rapidez no despacho de processos face a Tomar e ao Entroncamento. Há processos no Entroncamento em espera há cerca de 10 anos”, adiantou Américo Simples. Já Santana Maia Leonardo, atual presidente da Ordem de Advogados de Abrantes, apelou à defesa de um “círculo judicial” concentrado na cidade, justificando essa existência devido à centralidade de Abrantes no território. Joana Margarida Carvalho
Tribunal de Abrantes absolve autarcas de Constância do crime de prevaricação
•
António Mendes e Máximo Ferreira, ex-autarcas de Constância, foram absolvidos
jornaldeabrantes
O Tribunal de Abrantes absolveu no dia 6 de janeiro os presidentes cessantes da Câmara Municipal de Constância, Máximo Ferreira (CDU) e António Mendes (CDU), dos crimes de prevaricação e falsas declarações por considerar não existirem dados credíveis que sustentem a tese. “A verosimilhança das declarações dos arguidos e os
depoimentos das testemunhas de defesa (outros autarcas e figuras públicas da região) densificaram a ideia de credibilidade (…) e tais laivos e resquícios de ilegalidades não são dados como provados por este Tribunal”, sentenciou a Juíza. Os autarcas estavam acusados pelo Ministério Público da prática de crime de preva-
ricação e falsas declarações, em coautoria com o chefe de Divisão de Administração e Finanças da autarquia, Francisco Caipirra, também absolvido, num caso relacionado com um concurso aberto pela Câmara de Constância para a prestação de serviços, conceção e coordenação de atividades no Centro Ciência Viva de Constância, e entregue à em-
presa de Máximo Ferreira, que viria a ser candidato vencedor das autárquicas de 2009. “Sempre estive de consciência tranquila e a decisão só me alegra por significar o fim de um martírio, provocado por pessoas que não sabem estar na vida política democrática”, disse Máximo Ferreira, à saída do Tribunal. MR
POLÍTICA 7
FEVEREIRO 2014
RUI SANTOS ELEITO PRESIDENTE DA COMISSÃO POLÍTICA DO PSD DE ABRANTES
Rui Santos foi eleito presidente da Comissão Política do PSD em Abrantes, no passado dia 25 de janeiro. O presidente referiu que a primeira ação da comissão “vai ser reunir com todos os eleitos das últimas autárquicas e começar um novo rumo dentro do partido”. “ O envolvimento do PSD com a comunidade indo ao encontro das pessoas é determinante, é por aqui que queremos começar. Queremos preparar as próximas autárquicas o quanto antes e estes dois anos de mandato servem justamente para iniciar esse processo”, explicou Rui Santos. Num universo de 72 militantes com capacidade eleitoral, votaram 39. Para a Comissão Política Concelhia foi
Joana Margarida Carvalho
“É essencial voltar à rua, ao contacto pessoal”
• A nova equipa social-democrata abrantina eleita, com 32 votos, cinco brancos e dois nulos, a única lista que concorreu a este processo eleitoral, encabeçada por Rui Santos. Para os delegados ao Congresso, a única lista de Rui Santos obteve 33 votos, quatro brancos e dois nulos. O social-democrata admitiu ao JA que os militantes do partido estão afastados e que
é essa é uma fraqueza a ultrapassar. “Todos os militantes do partido serão chamados a participar ativamente no seio da comissão, pois nos últimos anos houve um afastamento gradual”. Para este mandato de dois anos, Rui Santos propôs criar um Gabinete de Estudo e um Conselho Consultivo. São dois órgãos que podem vir a
funcionar em paralelo com a Comissão Política, com o objetivo de auscultar os militantes e a comunidade do concelho e, assim, “criar algumas soluções para os problemas atuais”. “Auscultar todos os agentes é determinante, sobretudo as freguesias, aquelas que compõe o concelho e que melhor conhecimento têm de deter-
minadas situações. É necessário ouvi-las e apresentar soluções para as mesmas. É essencial voltar à rua, ao contacto pessoal”, referiu o novo líder, acrescentando que “o PSD pode ser uma alternativa ao poder socialista nas próximas autárquicas”. A nova Comissão Política do PSD em Abrantes é liderada por Rui Santos, logo a seguir ao nome do presidente vem António Lopes (vice-presidente), José Carvalho (vice – presidente), Cláudio Machado (secretário) e Susana Martins (tesoureira). Desta comissão ainda fazem parte, os vogais António Castelbranco, Sónia Frade, Luís Inácio, João Salvador, Ana Margarida Mendes, Pedro Coelho e Mário Catarrinho. Joana Margarida Carvalho
Executivo de Mação inicia visitas às freguesias do concelho De acordo com o Plano de Atividades para 2014, o executivo camarário deu início a uma série de visitas periódicas às freguesias do concelho de Mação com o objetivo de identificar problemas e de auscultar opiniões e sugestões. A primeira decorreu na Aboboreira, no dia 28 de janeiro, com deslocação do executivo a todas as localidades da freguesia. No final do dia os habitantes expuseram os assuntos que consideram relevantes para o seu dia a dia. Para as restantes freguesias serão entretanto marcadas as respetivas datas e horários, que serão depois divulgados junto da população.
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8 REGIÃO
FEVEREIRO 2014
Misericórdia de Lisboa vai construir lares para idosos em Vila de Rei
D. ANTONINO DIAS ESTEVE NO CONCELHO DE ABRANTES EM VISITA PASTORAL
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai construir um centro geriátrico em Vila de Rei composto por três lares para idosos, tendo para tal assinado protocolo e constituído parceria com a congénere local, anunciou a autarquia vilaregense. Prevê-se que o primeiro edifício, de um conjunto total de três blocos, esteja concluído no verão de 2015. Implica um investimento global de 1,7 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões serão comparticipados pela SCML, que terá direito a uma reserva total de 20 vagas para os seus utentes. Esta nova resposta social que vai surgir no centro de Portugal, a cerca de uma hora de Lisboa, perto da albufeira de Castelo do Bode, em área rural arborizada e a cerca de um quilómetro da sede do concelho. Destina-se à prestação de cuidados de saúde para grandes dependentes e deficientes profundos e a
do país”. O protocolo assinado dá luz verde a construção do primeiro bloco de edifícios, vai ter uma oferta global de 50 camas e criar cerca de 40 postos de trabalho. Em declarações ao JA, o presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires (PSD), destacou a importância deste protocolo pelo “aumento da resposta social aos idosos do concelho e da região de Lisboa e consequente criação de mais emprego e mais riqueza” para o município. Atualmente, no concelho de Vila de Rei estão a funcionar sei lares para prestação de cuidados permanentes a idosos, uma unidade de cuidados continuados e a Fundação João e Fernanda Garcia, que presta atividades de apoio social para pessoas com deficiência, o que resulta em 400 postos de trabalho diretos na prestação de cuidados de saúde.
D. Antonino Dias, bispo da diocese, esteve de visita à cidade de Abrantes entre os dias 19 a 26 de janeiro. Com objetivos definidos para uma visita que passou por várias entidades do concelho, o bispo referiu que o mais importante foi “estar com as pessoas”. “ De uma forma geral, a minha vinda foi para estar com pessoas, ouvir e auscultar os seus problemas, estar na sua companhia, partilhando preocupações e anseios das suas vidas e da diocese, celebrando a fé”. Hoje em dia o mais difícil, segundo D. Antonino Dias, é passar a mensagem da Igreja. “As dificuldades junto da comunidade passam por fazer passar a mensagem da igreja católica. Denoto que é necessário haver um estímulo constante para os valores de Jesus Cristo”, explicou. D. Antonino Dias admitiu ainda que se vive “uma crise
Urbanização do Pego em discussão pública
MAÇÃO
A Câmara Municipal de Abrantes já aprovou a abertura do período discussão pública referente à proposta de alteração ao Plano de Urbanização do Pego (PUP). Durante 60 dias os munícipes poderão apresentar as suas sugestões e observações sobre aquele documento. De acordo com a autarquia, o novo PUP pretende efetuar correções e retificações a situações identificadas no âmbito do processo de licenciamento, bem como clarificar interpretações e atualizar conceitos, articulando e compatibilizando com a legislação atual. Estão ainda previstas pequenas correções, clarificações e atualizações, ao nível do seu regulamento e da planta de zonamento.
A Câmara Municipal de Mação aprovou a aquisição de três edifícios devolutos no centro histórico da vila e respetiva empreitada de requalificação, orçada em cerca de 400 mil euros, incluindo equipamentos, para ali criar a denominada “Casa das Associações”. O objetivo é restaurar os edifícios degradados e reunir ali associações cujas sedes estão sem condições de operacionalidade, e melhorar as suas condições de trabalho, como sejam o caso das associações Melbandos, Aflomação, Acripinhal e Gabinete Empreendedor de Mação (GEMA), entre outras. “Por um lado, as associações vão ter melhores condições de trabalho, partilhando espaços, como salas de atendimento ao público,
Quinta da Parrada, Estrada Nacional, nº 2 2205-537 S. Miguel do Rio Torto tel: 241 365 269 quintadaparrada@gmail.com
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Joana Margarida Carvalho
• Bispo vai continuar pela região até julho de vocações” no que diz respeito à adesão ao seminário e que o ensino público veio substituir, em parte, esta formação. “O ensino público tornouse uma alternativa, sobretudo devido ao facto de não ser tão dispendioso, apesar do seminário também ser em conta. Claro que existe uma crise de fé também in-
cluída neste processo e que tem afastado as pessoas destas vocações.” D. Antonino Dias vai estar pela região até ao próximo mês de julho. Para além do concelho de Abrantes vai passar pelos concelhos de Constância, Sardoal e Mação. JMC
Autarquia compra edifícios devolutos para criar “Casa das Associações”
Mário Rui Fonseca
pessoas idosas em situação de risco ou dependência. No protocolo, pode ler-se que a SCML justifica a participação numa parte substancial do investimento global necessário à realização desta estrutura residencial “tendo em conta a atual realidade social do país e concretamente da cidade de Lisboa”. Rita Valadas, administradora da SCML, disse que o acordo celebrado entre as duas Misericórdias é “uma boa solução” para os utentes da SCML, “pelo sossego e centralidade do local, pela nova resposta e oferta aos utentes, e pela própria parceria em si, que abre novos caminhos de sustentabilidade a outra misericórdia
“Existe uma crise de fé e de vocações”
• Centro histórico de Mação ganha nova dinâmica salas para reuniões e um pequeno auditório, por outro, a recuperação dos edifícios permite-nos conferir outra dinâmica ao centro histórico da vila”, disse ao JA o presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela. A previsão da autarquia
aponta para que os edifícios estejam restaurados até ao final do presente ano e que o protocolo a celebrar com as instituições, para a sua instalação na “Casa das Associações”, decorra no início do ano 2015. MRF
REGIÃO 9
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Ilha do Almourol vai ter escultura contemporânea
FESTIVAL GASTRONÓMICO EM VILA NOVA DA BARQUINHA
Sável e lampreia à mesa dos restaurantes Pelo 20.º ano consecutivo, o peixe do rio volta a animar a gastronomia em Vila Nova da Barquinha. O município e os restaurantes do concelho unem-se para promover mais uma edição da mostra gastronómica “Mês do Sável e da Lampreia”, entre o dia 8 de fevereiro e 20 de abril. Uma iniciativa que tem como principal objetivo promover a cozinha típica e tradicional. Banhado por três rios – Tejo, Zêzere e Nabão – o concelho de Vila Nova da Barquinha tem no peixe do rio a sua principal fonte de sabores e ainda são alguns que se dedicam à pesca destas iguarias. “Ainda há alguns pescadores, em regime de atividade secundária, que se dedicam à pesca destes dois produtos. Uma maneira destes próprios pescadores fazerem um reforço na sua economia familiar”, lembra Fernando Freire,
A requalificação e musealização do Castelo de Almourol, projeto que está em curso, vai incluir a colocação de uma escultura contemporânea da autoria de Rui Sanches na ilha onde foi edificada a emblemática fortificação. A intervenção é uma componente da candidatura de Musealização do Castelo de Almourol, tendo um custo de cerca de 40.000 euros, sendo comparticipada em 85% pelos fundos comunitários.
• Sável e Arroz de Lampreia presidente da autarquia. Iguarias como Açorda de Sável e Arroz de Lampreia, entre outras receitas tradicionais, são servidas à mesa dos sete restaurantes que participam na mostra, pratos que têm atraído diversos apreciadores. “Temos registado uma adesão muito significativa da parte da restauração, bem como uma atratividade de populações oriundas de Lisboa e de várias regiões do país. Trata-se de um evento que promove o território que
respeita e preserva a tradição”, explica o autarca. Fernando Freire admite ainda que o rio representa potencial e dinâmica. “Para um autarca é muito alegre ver que o rio tem vida e isso é fundamental.” Ao provar os pratos integrantes neste festival gastronómico e que remontam aos princípios da nacionalidade, os visitantes poderão ganhar bilhetes para passeios de barco ao Castelo de Almourol.
Restaurantes aderentes: Almourol (Tancos) 249720100 A Carroça (Limeiras) 249739718 Chico (Praia do Ribatejo) 249733224 Ribeirinho (Barquinha) 249712292 Soltejo (Barquinha) 249720150 Stop (Atalaia) 249710691 Tasquinha da Adélia (Barquinha) 24971179
Projeto financiado A iniciativa da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, comparticipada pelo QREN, tem como objetivo criar uma ligação material
entre o Castelo de Almourol e o Parque de Escultura Contemporânea Almourol (PECA), um parque ribeirinho com cerca de 8 hectares arborizados e relvados, e que acolhe atualmente 11 esculturas de artistas contemporâneos portugueses. A escultura é constituída por dois elementos idênticos, tendo cada um deles a dimensão de 4,20m x 2,00m x 0,50m. No seu parecer, a Direcão Geral do Património Cultural (DGPC) congratula-se com a iniciativa, através da qual se pretende divulgar a escultura de autores nacionais, usando para tal outros pontos de interesse como sejam o património natural e arquitetónico. JMC
MRF
MOURISCAS
Jantares temáticos são proposta d’Os Esparteiros A gastronomia típica de Mouriscas e da região é uma das grandes apostas do Grupo Desportivo e Recreativo “Os Esparteiros” de Mouriscas. A nova direção, liderada por Paulo Lourenço, pretende instituir na coletividade um conjunto de jantares temáticos, nas mais diversas áreas. O arranque destes jantares aconteceu com a ceia de Natal de 2013, que juntou cerca de uma centena de pessoas na sede social da associação, em Mouriscas. No primeiro
dia de fevereiro, “Os Esparteiros” avançaram para o primeiro jantar temático com gastronomia típica da freguesia, sendo o tema “o rio”, que tal como o nome indica fez a ligação das gentes de Mouriscas ao rio Tejo. As entradas foram para o
presunto e ovas no forno, sendo que o primeiro prato servido foi a tradicional sopa de couve com feijão e fritada de peixe do rio. O segundo prato da noite apontou para a açorda de ovas e peixe do rio grelhado. Para a sobremesa foram escolhidos dois doces: as famosas passas fritas de Mouriscas e as tigeladas, que também são produzidas por doceiras da aldeia. Este jantar temático contou ainda com animação musical a cargo de Pedro Dyonysyo. Para avançar com a realiza-
ção destes jantares temáticos a direção d’Os Esparteiros, fez um investimento em mobiliário e equipamentos de restauração no sentido de dotar o seu espaço das melhores condições para apresentar um serviço de qualidade a todos quantos queiram participar nestas iniciativas. As inscrições, ou pedidos de informação para as futuras edições gastronómicas, podem ser feitas na sede do grupo ou pelo telefone 241 871 566. MRF
O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Tramagal assinalou dia 11 de janeiro o seu 32º aniversário com um almoço convívio e alguns momentos de dança tradicional no Largo dos Combatentes. O momento festivo serviu também para a família ligada ao folclore homenagear os fundadores do Rancho do Tramagal, António Eugénio e Custódia Gentil, com 82 e 79 anos de vida, respetivamente. Com 32 anos no ativo e cerca de 40 elementos, o aniversário do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Tramagal recebeu a visita de dezenas de amigos e simpatizantes, para além de algumas figuras institucionais, como o presidente da junta de freguesia de Tramagal, o vereador da Cultura e a presidente da CM de Abrantes, entre outros. MRF
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10 EMPRESAS
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A Unidade de Tratamento Mecânico instalada pela Resitejo, Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, no Ecoparque do Relvão, na Chamusca, permitiu reduzir em 95% a quantidade de resíduos depositados em aterro, disse fonte da empresa. Diamantino Duarte, presidente do conselho de administração da Resitejo, disse à agência Lusa que o sistema inovador usado na unidade permite recuperar resíduos recicláveis e reduzir o restante a massa combustível, acabando por ficar apenas os inertes (como pedras e terra) que vão para aterro. O sistema resultou de uma investigação realizada ao longo de quatro anos, inicialmente com a identificação, junto de fornecedores (em Portugal, Espanha, Itália e Dinamarca), dos equipamentos a adquirir e depois, com a colaboração de José Manuel Palma, professor de Psicologia Ambiental e Perceção de Risco na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lis-
DR
Unidade inovadora da Resitejo permite reduzir 95% resíduos depositados em aterro
boa, na forma de os incorporar de forma inovadora. “Os equipamentos existem há muito. Aqui foram instalados de maneira diferente, de uma forma que vem revolucionar” o tratamento de resíduos indiferenciados, o que exige igualmente alguma adaptação nos métodos de trabalho, disse Diamantino Duarte. A funcionar desde junho último, a unidade levou a que os resíduos depositados em aterro passassem a ser apenas 5% daqueles que chegam dos dez municípios associados, o que permitiu deixar de cobrar a taxa de seis euros por tonelada (mais IVA) cobrada pela
Agência Portuguesa do Ambiente quando a deposição de resíduos em aterro é superior a 25% do total. “Isto permite uma poupança de alguns milhares de euros por ano aos municípios”, disse à Lusa o presidente da direção da Resitejo, e também presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, dando como exemplo os casos do seu concelho (que vai poupar este ano 20.000 euros) e de Santarém (uma previsão de 100.000 euros de poupança). A unidade permite a recuperação de materiais orgânicos, plásticos, metais, vidros e a transformação do restante
em massa combustível, que neste momento está a ser usada para produção de energia em cimenteiras. A Resitejo submeteu à banca a proposta para financiamento de um projeto que permitirá instalar uma unidade para produção de 4 megawatts de energia para a rede, sendo objetivo “fechar o ciclo”, levando a que os resíduos de empresas instaladas no Ecoparque sirvam para produzir energia que alimente as unidades ali existentes, disseram os dois responsáveis à Lusa. Com um custo total de 18 milhões de euros, a Unidade de Tratamento Mecânico con-
tou com financiamento de 10 milhões de euros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e 3,3 milhões do Banco Europeu de Investimento. Diamantino Duarte disse à Lusa que a redução substancial da deposição de resíduos permite alargar o tempo de vida da nova célula do aterro (com uma capacidade instalada para 1,3 milhões de toneladas) e abrir a possibilidade de receber resíduos de outros concelhos. Por outro lado, a Resitejo, atualmente com 218 funcionários, vai admitir em fevereiro mais 12 pessoas na Unidade de Tratamento Me-
cânico, tendo em estudo a construção de outras infraestruturas para “bolsas de negócios” na área dos resíduos que poderão criar este ano mais 20 postos de trabalho, adiantou. Além da unidade e do aterro sanitário, a Resitejo gere uma estação de triagem (desde dezembro de 2004), que encaminha os resíduos para reciclagem, três unidades de transferência, quatro centros de transferência, oito ecocentros, 1.201 ecopontos, 298 vidrões isolados e 34 oleões. A associação integra os municípios de Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, abrangendo uma população de 209.587 habitantes. O aterro situado no Ecoparque do Relvão recebe ainda os resíduos sólidos urbanos provenientes dos campos militares de Santa Margarida e de Tancos e de várias empresas não industriais (como restaurantes e supermercados). Lusa
NERSANT presta apoio a fundo perdido Sofalca lança marca de design BlackCork para certificação de empresas Quarenta empresas da região do Ribatejo vão ter acesso a apoio a fundo perdido para a certificação das suas empresas, no seguimento da aprovação do projeto RibaCertifica, candidatado pela NERSANT. A Associação Empresarial da Região de Santarém encontra-se a divulgar às empresas da região de Santarém este novo projeto de apoio às empresas, que foi recentemente aprovado pelo QREN / COMPETE e que permite a concessão de apoio a fundo perdido em cerca de 45%, para a obtenção de certificação das empresas. Este apoio contempla vários tipos de certificação: Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001:2008), Certificação do Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001:2004) e Certi-
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ficação do Sistema de Gestão de Segurança Alimentar (ISO 22000:2005). Para a implementação da certificação, o RibaCertifica desenvolve diversas atividades nas empresas, como formação para preparação das empresas e dos seus recursos humanos para a área de intervenção selecionada, ações de sensibilização, consultoria e apoio técnico da NERSANT para implementação do sistema e, por fim, auditoria de concessão da certificação.
Apoios para eficiência energética também são elegíveis A eficiência energética das empresas é também uma das preocupações do RibaCertifica, pelo que o projeto da NERSANT contempla ainda apoio a fundo perdido
para as empresas que pretendam certificar o seu sistema de gestão de energia (ISO 50001:2012). Para este projeto é elegível a realização de auditorias energéticas, a elaboração de Planos de Racionalização de Energia (PREn), bem como a aquisição de equipamentos para implementação de medidas de eficiência energética no âmbito deste plano e diversas outras ações previstas. No caso das auditorias energéticas, as empresas terão, durante todo o processo, o acompanhamento de um consultor, que terá como responsabilidades analisar o consumo de energia por processo, operação ou equipamento, determinar as emissões de CO2, identificar as possibilidades de melhoria dos consumos energéticos, analisar técnica e economi-
camente as soluções encontradas e propor um Plano de Racionalização de Energia (PREn), assim como o seu acompanhamento. As condições de acesso a este projeto, bem como a documentação solicitada para a mesma, estão descritas no portal da NERSANT, em www. nersant.pt, onde os interessados poderão ainda fazer o download da ficha de candidatura ao RibaCertifica. Caso preencham os requisitos de candidatura, os interessados devem enviar ficha de inscrição e documentação obrigatória para o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT (datic@nersant.pt). Para mais informações ou esclarecimentos, este departamento encontra-se à disposição, através do contacto telefónico 249 839 500.
A Sofalca – empresa produtora de aglomerado de cortiça expandida com sede no concelho de Abrantes – apresentou uma nova marca de mobiliário de design contemporâneo. A BlackCork foi lançada na feira Maison & Objet, em Paris, e conta com a direção de arte do designer Toni Grilo. Com o lançamento da BlackCork – uma marca exclusivamente dedicada à produção de mobiliário de design contemporâneo – a Sofalca, empresa com uma experiência na área do isolamento para construção, dá um novo passo na diversificação de mercados. Para Paulo Estrada, responsável pela Sofalca, este é um momento muito importante: “Há algum tempo que tínhamos como objetivo criar uma marca única
e exclusivamente focada no mobiliário em aglomerado de cortiça e a parceria com o designer Toni Grilo permitiu a concretização deste projeto. Temos a certeza de que a BlackCork será muito bem recebida e que mostrará, em Portugal e no mundo, todas as potencialidades da cortiça.” A primeira coleção da marca conta com a direção de arte de Toni Grilo e com propostas de Elder Monteiro, Gonçalo Campos, Rui Pereira, Daniel Vieira e Luís Nascimento, além do próprio Toni Grilo.
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Cerca de um milhar de habitantes de Mouriscas, em Abrantes, de um universo de 1500 eleitores residentes, vai poder selar as suas fossas e ter acesso ao saneamento básico, beneficiando de um preço especial até ao final deste mês. Pelas características de Mouriscas, com os principais aglomerados populacionais bastante dispersos pela sua área territorial, apenas o núcleo central da aldeia está hoje servido por um coletor de saneamento básico, estando os Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) a concluir a construção de um coletor central que orçou em cerca de 190 mil euros e vai permitir a ligação aos ramais a mais de 1000 habitantes. “A freguesia de Mouriscas vai finalmente poder fechar
as suas fossas, um problema que demorou muito a ser resolvido pela dispersão das habitações, e quem aderir até ao final do mês só paga 250 euros, um período de campanha que torna a ligação, que é obrigatória, muito mais barata para as pessoas”, disse à Antena Livre o vereador responsável pelas obras públicas municipais. Manuel Jorge Valamatos (PS) disse ainda que a campanha em curso para que a população adira a ligação aos ramais é um “incentivo” tendo em conta que ainda se está em fase de obra. “Depois de concluído o coletor central e as estradas alcatroadas, não vamos poder manter o mesmo preço, pelo que o seu valor duplicará a partir de fevereiro”, notou. A medida é aplaudida pela
SMA
População de Mouriscas vai ter saneamento básico para breve
presidente da junta de freguesia de Mouriscas, Teresa Dinis (CDU), tendo defendido que a adesão ao serviço e consequente fecho das fossas vai implicar uma “melhoria global da qualidade vida” na localidade. No entanto, observou, “existem
pessoas a criticar o montante a pagar, umas porque não podem, outras porque não querem”. “O prazo dado para pagamento é muito curto, dado que o aviso chegou em meados de dezembro, e a medida não tem em conta os
rendimentos de cada uma das pessoas que necessita de fazer a ligação à rede de coletores”, apontou. “Há pessoas a reclamar porque entendem que o serviço não deve ser pago pela população, outras defendem que o tempo dado para pagamento foi muito curto, e não têm possibilidades para tal, uma vez que é exigido o pagamento em duas prestações. Em alguns casos, esta verba pesa bem nos orçamentos familiares”, fez notar. Por outro lado, Teresa Dinis reclamou “maior atenção ao rendimento das pessoas, isenção para os mais carenciados e diluição do pagamento em maior espaço de tempo”. Na última reunião do executivo camarário, realizada no passado dia 28 de janeiro,
Manuel Valamatos disse que os SMA “estão atentos à situação da população e das suas dificuldades”, tendo assegurado “que o prazo de pagamento será alargado até ao final do mês de fevereiro, e poderá ser efetuado de forma faseada para que a população possa aderir” à rede municipal de saneamento e aos ramais de ligação. Quanto à total isenção de pagamento por parte de alguns agregados familiares, o vereador explicou que “os SMA estão atentos às situações de carência na freguesia, e não têm nenhuma família identificada que não apresente as condições mínimas para efetuar o pagamento em causa”, acrescentando que, “caso exista algum caso, iremos ter isso em atenção”.
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50 ANOS BERLIET
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Tramagal Mitsubishi assinala 50 anos de produção automóvel a partir da ex-MDF
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MÁRIO RUI FONSECA
Desde o ano 1964 que a fábrica do Tramagal tem produzido veículos comerciais em Portugal, nomeadamente para os mercados europeus. A atual administração da Mistubishi Fuso Truck Europe (MFTE), precursora do trabalho desenvolvido na secção Berliet da então Metalúrgica Duarte Ferreira, entendeu por bem celebrar um marco importante na história das linhas de montagem portuguesas nacionais, assinalando dia 12 de fevereiro os 50 anos de uma história de sucessos.
Em declarações ao JA, o presidente e CEO da MFTE, António Jorge Silva Rosa, disse que celebrar 50 anos de atividade de uma empresa “é sempre um facto relevante”, tendo observado que “são 50 anos de histórias na qual cabem várias gerações de colaboradores, inúmeros desafios, alterações estruturais profundas, alterações do modelo de negócio, transformações tecnológicas e, sobretudo, um salto civilizacional com repercussões a todos os níveis”. “Era impossível passar por esta data sem a assinalar”, vincou o gestor, tendo feito notar que, das mais de duas dezenas de Linhas de Montagem existentes em Portugal na década de 60, hoje restam apenas cinco, sendo a Linha de Montagem da MFTE a mais antiga em laboração, a par de uma outra que iniciou a sua atividade na mesma época. Jorge Rosa, engenheiro de formação, iniciou o seu percurso na MFTE em Tramagal em 1980, somando 34 anos de casa, tendo dado ao JA a sua visão pessoal do legado histórico e da importância social da MFTE no contexto
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local e nacional. “A MFTE deu continuidade a um projeto industrial que se iniciou na relação com o importador da Mitsubishi Motors para o espaço nacional e, hoje, com novos contornos empresariais, desempenham, a meu ver, papel relevante no contexto local em várias dimensões, nomeadamente no nível de emprego que mantém, mas também a nível nacional, pelo seu contributo para a balança comercial e pelo valor absoluto dos exportações que promove”, notou. A população de Tramagal, com o apoio incontornável da Junta de Freguesia da localidade e da Câmara Municipal de Abrantes, conseguiu colocar no topo da agenda política a construção de um Museu em Tramagal, um equipamento que se pretende perpetue o passado histórico para as gerações presentes e vindouras. Um Museu que vai albergar o espólio de Eduardo Duarte Ferreira, fundador da MDF, e da própria MFTE, e que Jorge Rosa considera “pertinente e da mais elementar justiça. Uma exigência, enquanto é tempo, de perpetuarmos para memória futura o exemplo do empreendedorismo de Eduardo Duarte Ferreira. O legado de um visionário que deve ser pertença de todos”. O programa de cerimónia de comemoração, a realizar no dia 12 de fevereiro de 2014, às 10h30, nas instalações fabris do Tramagal, vai contar com ilustres convidados, desde antigos trabalhadores da secção da Berliet, até aos mais dignitários nacionais.
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Berliet Tramagal – Os camiões que a guerra no Ultramar não esqueceu Baseado no modelo Berliet Gazelle francês, a Berliet Tramagal foi um dos veículos mais
ículo relativamente simples de produzir, robusto e de fácil manutenção, capaz de operar com fiabilidade nos terrenos e climas mais extremos. As necessidades das forças armadas portuguesas, e a tentativa de baixar o custo da Guerra Colonial, levaram a que em 1964 o camião passasse a ser montado pela Metalúrgica Duarte Ferreira sob licença da Berliet, no Tramagal, de onde deriva o seu nome: Berliet Tramagal. Durante o seu tempo em que a MDF montou o camião, foram produzidas cerca de 3300 viaturas.
Tramagal: Museu salva memórias da capital da metalurgia 3
utilizados pelas forças armadas portuguesas nos anos 60 e 70, em particular na Guerra Colonial. A Berliet Gazelle foi a resposta francesa aos camiões GMC, Morris, Austin, e outros, que datando da Segunda Guerra Mundial ainda equipavam a maioria das forças armadas europeias nos anos 50/60. Numa altura em que muitos destes países estavam envolvidos em conflitos nas suas colónias (a França na Guerra da Argélia, a Bélgica no Congo, e Portugal em plena Guerra Colonial), a necessidade de um veículo de transporte pesado, polivalente, e todo o terreno era grande. Os técnicos da Berliet desenharam um ve-
Um museu de arqueologia industrial vai nascer das ruínas da Metalurgia Duarte Ferreira (MDF), uma fundição que marcou a história da indústria pesada em Portugal e mudou a face da vila de Tramagal, em tempos “capital da metalurgia” do país. Dez anos depois do encerramento da MDF, onde nasceram charruas, debulhadoras, lagares, componentes de locomotivas, carros de combate e de bombeiros, empresários e autarcas unem-se na construção de um museu evocativo desta memória. O Tramagal, uma terra de agricultura e de pastorícia na margem sul do Tejo, a poucos quilómetros de Abrantes, foi transformado em exemplo nacional e internacional da fundição e metalurgia.
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O mérito deve-se a Duarte Ferreira, filho de agricultores e sem exame da quarta classe, que se apaixonou pela arte da forja, fundando uma pequena oficina em 1879 que, a pouco e pouco, se transformou num potentado industrial. “O meu avô viveu sempre como pobre, com hábitos regrados”, recorda Rui Duarte Ferreira, um dos netos do empresário, que elogia as suas virtudes também na relação com os empregados. Em 1927, o empresário criou um sistema de previdência para os operários, o primeiro do género em Portugal, e, dois anos depois, estes retribuíram-lhe o gesto com solidariedade em tempos de crise. Nessa época, “a empresa não tinha viabilidade” e para não a deixar falir, os trabalhadores “decidiram baixar os seus salários”, explicou Rui Duarte Ferreira, salientando que o avô pagou depois os “retroativos”. “Ele era muito bom para nós e nem parecia um patrão”, lembra. Homenageado pela República e pela ditadura, Duarte Ferreira defendeu sempre os operários perante as pressões externas, pro-
movendo uma paz social na empresa que se manteve durante décadas. Além disso, a MDF caracterizou-se sempre pela “inovação e pioneirismo” no uso das novas tecnologias, promovendo também uma aposta permanente em mercados emergentes, como Angola. Em 1964, a empresa, até então vocacionada para equipamentos agrícolas, que contribuíram para o sucesso da Feira da Agricultura de Santarém, virou a sua produção para o camião militar Berliet. Do Tramagal saíram milhares de viaturas, muitas delas destruídas nos campos de guerra de África. Mais tarde, com o 25 de abril, a empresa foi gerida pelo Estado e nunca 10
mais se readaptou ao mercado. Nos anos 80, a MDF, com 2.300 trabalhadores, ainda apostou na construção de viaturas militares como o “Tramagal TT” que depois foi adaptado a viatura de bombeiros, mas a morte definitiva sucedeu em 1994, com a venda judicial dos bens. Entretanto, a fábrica mudou o Tramagal e as suas gentes - transformadas em operários metalúrgicos qualificados – foram contratadas
para outras empresas, algumas das quais ocupando as antigas instalações da MDF. A partir deste “polo tecnológico da metalurgia” em Portugal foi criada uma “memória industrial” que a Câmara de Abrantes e a Junta de Freguesia de Tramagal querem manter através de um museu a instalar nos antigos escritórios da MDF. O edifício é propriedade do grupo Diorama que o vai ceder para um espaço museológico onde esteja o espólio da fábrica, um legado que esteve disperso por vários locais e em alguns sótãos de antigos trabalhadores.
01 Eduardo Duarte Ferreira (1856/1948), fundador da Metalúrgica Duarte Ferreira
02 Inauguração da secção Berliet da MDF (1964) presidida por Américo Tomás, Presidente da República Portuguesa
03 Fábrica da Berliet Tramagal (vista aérea)
04 Coluna de camiões Berliet em Angola
Câmara de Abrantes investe na repavimentação da zona industrial de Tramagal Como reconhecimento do investimento que a empresa Mitsubishi continua a fazer, apesar do momento crucial e difícil que as empresas atravessam e das dificuldades inerentes à falta de acessibilidades, entendeu a Câmara dar prioridade ao asfaltamento de toda a estrada industrial de Tramagal, criando melhores conduções de circulação. Os trabalhos de repavimentação da estrada da Zona Industrial e Troço da Rua Comendador Eduardo Duarte Ferreira, na vila de Tramagal estão orçados em cerca de 150 mil euros e a empreitada, a decorrer num percurso de 1.500 metros, deverá estar concluída até ao dia 14 de fevereiro.
05 Fábrica da Berliet (vista interior)
06 Coluna Berliet sofre emboscada em Angola
07 Camião Berliet a caminho do Ultramar (à saída de fábrica)
08 Antigos escritórios da MDF 09 Futuro Museu da MDF (antigos escritórios)
10 A Borboleta – símbolo da MDF fotos MDF / BERLIET TRAMAGAL
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14 REGIÃO
FEVEREIRO 2014
Feira de São Matias regressa este mês em menor dimensão
INTERACT CLUB DE ABRANTES FORMALIZADO ATRAVÉS DA ENTREGA DE EMBLEMAS ROTÁRIOS
•
Interactistas querem ajudar o próximo e colocar em prática o verdadeiro companheirismo
São 32 os jovens abrantinos que, no passado dia 17 de janeiro, abraçaram formalmente a causa rotária, constituindo-se em Interact (grupo de jovens entre os 14 e os 18 anos, unidos pelo ideal de servir). Num jantar com cerca de 120 pessoas, que marcou também a visita anual do Governador do Distrito Rotário 1960, os três membros fundadores do Rotary Club de Abrantes e os três elementos rotários que acompanharam a criação do novo grupo entregaram os emblemas rotários a cada um dos jovens. Depois de formalmente receber o estandarte do Interact, a presidente eleita do grupo, Ana Albuquerque, assumiu, em nome do grupo, “a promessa de dar o seu melhor” no desenvolvimento de ações que ajudem
a melhorar a vida dos outros. Salientou, ainda, o desejo comum a todos os elementos do grupo “de ajudar o próximo, de evidenciar o verdadeiro companheirismo e de ultrapassar obstáculos”. Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia abrantina, mas também mãe da presidente do Interact de Abrantes, sublinhou o orgulho que os pais e mães destes jovens sentem ao ver “aquilo que estão a fazer com as suas próprias vidas e com as nossas vidas”. Na qualidade de autarca, reconheceu que não há “nada melhor do que sentir uma comunidade viva como esta, em que todos assumem o seu papel”. Depois de ter passado cerca de três meses em processo de constituição, a partir de agora, o Interact Club
de Abrantes é um grupo que funcionará de forma independente, organizando iniciativas que contribuam para melhorar a vida dos outros. José Fernando Duque, presidente do Rotary Club de Abrantes, sublinha a importância de se continuar a apoiar estes jovens no seu processo de crescimento, para que, colocando em prática a causa rotária, possam também ter mais sucesso pessoal e profissional. Relativamente ao futuro próximo do Interact de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque lembrou que “o desafio é muito grande, mas toda a comunidade abrantina cá está para vos ajudar a crescer enquanto projeto, a crescer para transformar vidas, ideia que corresponde ao lema rotário deste ano”.
Hália Costa Santos
António Domingues
Jovens prometem dar o seu melhor para transformar vidas
• Tecnopolo acolhe, novamente, a animação típica desta época do ano A centenária Feira de São Matias vai decorrer este ano em Abrantes entre os dias 21 de fevereiro a 9 de março, com os tradicionais carrinhos de choque e stands de farturas, pão com chouriço, pipocas, tapeçarias, marroquinaria e os diversificados divertimentos eletromecânicos. Este ano, os feirantes voltam a ocupar o Tecnopolo do Vale do Tejo, em Alferrarede. Segundo a autarquia, o Bairro Vermelho foi inicialmente o local escolhido para a realização do certame, contudo seria necessário algum investimento por parte da Câmara Municipal. “Teríamos de investir cerca
Escola de música inaugurada este mês
ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L
SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075
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A primeira Escola de Música de Vila de Rei vai entrar em funcionamento no dia 6 de fevereiro, uma nova oferta educativa e formativa que decorre de uma iniciativa conjunta do Agrupamento de Escolas e da Câmara Municipal de Vila de Rei. Os interessados em aderir a esta iniciativa, que terá lugar nas instalações do Agrupamento de Escolas, poderão optar pela modalidade de “Orquestra Clássica”, com o ensino de violino, violoncelo e contrabaixo, entre outros, direcionada para todos os jovens do concelho, ou de “Orquestra Tradicional”, com o ensino de cavaquinho, bandolim e viola baixo, entre outros, e com inscrições abertas para toda a comunidade.
de 100 mil euros para que aquele espaço tivesse todas as condições para receber a feira. Entendemos, assim, que seria preferível chegar a acordo com o empreiteiro, responsável pela obra de beneficiação que está a decorrer no Tecnopolo, e realizar novamente o certame naquele espaço, mas em menor dimensão”, explicou a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque. O objetivo futuro da Câmara passa por concretizar a feira no Vale da Fontinha, no centro da cidade: “Precisamos de chegar ao próximo quadro comunitário para avançar com a obra. Já há
projeto, estamos a trabalhar neste sentido.” A Feira de S. Matias é uma organização da Câmara Municipal de Abrantes cuja realização remonta ao século XIII e que se apresenta como um marco sociocultural na vida dos abrantinos e dos visitantes que, vindos dos concelhos vizinhos, ali se deslocam durante este período. A Feira de São Matias vai estar aberta ao público de segunda a sexta-feira entre as 13h00 e as 24h00, e aos sábados e domingos entre as 10h00 e as 24h00. JMC e MRF
REGIÃO 15
FEVEREIRO 2014
Vão começar as obras na ponte rodoviária de Abrantes O contrato da empreitada foi assinado dia 30 de janeiro e as obras vão começar dentro de poucas semanas. Demoram 18 meses e vão custar 2,9 milhões de euros A empreitada de reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o rio Tejo vai ter início entre o mês de abril e maio, depois de montado o estaleiro da obra, e prolongar-se-á por 18 meses, com interdição de circulação a veículos pesados, e circulação condicionada a uma faixa de rodagem para os veículos ligeiros. Esta obra foi adjudicada à empresa Domingo da Silva Teixeira, S.A., por aproximadamente 2,9 milhões de euros e tem um prazo de execução de 18 meses. A cerimónia do contrato da empreitada para a reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o rio Tejo, com uma extensão de 368 metros, decorreu dia 30 de janeiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Abrantes.
início das obras está previsto entre o mês •de Oabril e maio
No âmbito da empreitada serão realizados trabalhos de fundação e reforço dos pilares, reparação e proteção da estrutura metálica e das zonas de betão armado, repavimentação e impermeabilização do tabuleiro, beneficiação do sistema de drenagem, colocação de guardas de segurança e juntas de dilatação, reparação do sistema elétrico e a substituição de todos os elementos danificados
bem como a limpeza geral da ponte. A intervenção contempla alguns aspetos que vão influenciar o quotidiano da comunidade e dos utilizadores habituais daquela ponte sobre o Tejo. A interdição de circulação de pesados vai durar cerca de 450 dias, e os veículos ligeiros terão uma interdição de uma faixa de rodagem com circulação alternada, regulada por
semáforos. A interdição total da travessia será inevitável, mas só entre dois a três meses, e no período noturno entres 22h00 e as 06h00, com a garantia de desvios. O tráfego de ambulâncias terá a passagem assegurada 24 horas por dia, em situação de emergência, e os transportes públicos de passageiros têm o tráfego assegurado ate 20 toneladas, com exceção do período de corte total do trânsito. A circulação dos peões será sempre assegurada por um dos passeios. No decorrer das obras será necessário a desinsuflação do açude construído no rio, num período estimado entre seis a oito meses, e que irá abranger os meses de verão de 2014. Quanto ao projeto de iluminação, toda a instalação atualmente existente será substituída e serão disponibilizadas soluções que visem a sua eficiência energética. A pintura da ponte será também garantida com a realização da obra.
Freguesia de Montalvo vai receber novo campo sintético A Câmara Municipal de Constância tem previsto iniciar a instalação de um relevado sintético no campo de futebol na freguesia de Montalvo. O objetivo da autarquia é que na próxima época desportiva 2014/2015 os escalões da modalidade de futebol já possam usufruir do
novo sintético. No campo municipal a primeira fase de obra já foi concluída. A intervenção prendeu-se com preparação do próprio campo para receber o sintético, como também a instalação da iluminação. Trata-se de uma obra orçada em cerca de 300 mil euros,
mas que, segundo Júlia Amorim, já representava uma necessidade aos munícipes do concelho. “Por parte da autarquia esta obra representa um esforço financeiro, mas também entendemos que é um equipamento necessário mediante a escola de formação para vá-
rios escalões que existe na freguesia.” Júlia Amorim adiantou que espera ver em setembro o novo campo sintético inaugurado, e que o mesmo seja “um incentivo para a prática desportiva por parte da comunidade do concelho”. JMC
ACELERADOR DE EMPRESAS E LABORATÓRIOS DA ESTA VÃO INTEGRAR O ESPAÇO
Tecnopolo do Vale do Tejo aberto à comunidade Está em curso a empreitada de infraestruturas urbanas no Tecnopolo do Vale do Tejo, em Alferrarede. A empreitada, que deverá estar concluída no final de setembro de 2014, segundo a Tagus Valley, irá permitir a abertura do parque à comunidade envolvente e prepará-lo para receber aceleradores de empresas. A obra, orçada no valor de 1,3 milhões de euros, prevê completar a primeira fase de infra-estruturação deste Parque de Ciência e Tecnologia. Esta intervenção inclui a construção de um novo acesso ao parque no lado este, a demolição do muro envolvente, urbanização de 4 hectares, regulação da linha de água que atravessa o Tecnopolo, instalação de sistema de segurança, arranjos exteriores, colocação de fibra óptica e sinalização, criação de rede elétrica, iluminação pública, saneamento e gás, entre outros. Segundo Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM Abrantes, com esta obra concluída, o Tagus Valley terá as condições criadas para a construção de infraestruturas para projetos de maior dimensão e um acelerador de empresas para integrar negócios empresariais saídos da incubadora. “As empresas terão oportunidade, depois de saírem da incubadora, de desenvolverem o seu projeto empresa-
rial dentro do Tecnopolo,” explicou a presidente. Na empreitada está também incluída a demolição do muro envolvente, permitindo que a população possa interagir com parque, de modo a possibilitar as sinergias entre as entidades do Tecnopolo do Vale do Tejo e a comunidade local. “O objetivo é abrir aquele espaço para dentro da cidade, bem como torna-lo mais apelativo e agradável”, referiu Céu Albuquerque. Inserido no projeto INOV. TECH, este investimento é co-financiado em 85por cento pelo Programa Operacional Regional do Centro, no âmbito do Sistema de Apoio a Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadores de Empresas de Base Tecnológica. Para além desta obra, Maria do Céu Albuquerque adiantou que um outro investimento está previsto e que se prende com a instalação dos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), e do Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial (LINE) para o edifício da incubadora de empresas. “Pretendemos criar as melhores condições para os alunos terem as suas aulas práticas, assegurando, também, que os laboratórios fiquem ao serviço do concelho e da região.” JMC
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16 REGIÃO
FEVEREIRO 2014
“SR. CHIADO”, UM EXEMPLO DE PARCERIA ENTRE ASSOCIAÇÃO CULTURAL E UM PRIVADO, NO CENTRO DE ABRANTES
Bem no centro de Abrantes surgiu um novo espaço, com características próprias, que começa já a ser frequentado no dia a dia, por quem quer beber um chá da horta e comer uns bolos caseiros, e, em momentos especiais, por quem aceita o convite para participar numa palestra, ver uma exposição ou assistir à exibição de um filme. O “Sr. Chiado” fica na praça Raimundo Soares e resulta de uma parceria entre uma associação cultural e um privado, coisa não muito comum, mas com potencial para ser um bom exemplo. Lurdes Martins andava a pensar nos edifícios do centro histórico que pudessem albergar uma parte das atividades da associação cultural que coordena, a Palha de Abrantes. Andava a ‘namorar’ o antigo edifício do Centro de Emprego, que estava vazio, mas que acabou por ser transformado em residência de estudantes. Numa primeira fase, o “Sr. Chiado” não era opção, até porque é muito grande. Mas um dia Lurdes Martins foi falar com
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o dono, que lhe entregou a chave nesse mesmo dia. A Palha de Abrantes e o dono do edifício – “um senhor extraordinariamente aberto”, dono dos Móveis Bandarra – fizeram um protocolo de cedência/utilização do espaço. A associação pode utilizar o espaço para o desenvolvimento das suas atividades sem ter que pagar qualquer renda, mas compromete-se em fazer a sua manutenção. O espaço estava em degradação e, agora, volta a ter nova vida. Lurdes Martins está visivelmente satisfeita com o resultado desta criação de “laços entre público e privado, entre velho e novo, entre reabilitação e habitação”. A recuperação foi feita com calma, à medida das possibilidades da associação. “O dono deu-nos muita liberdade, mas queremos preservar o espaço, respeitando o projeto do arquiteto. As obras foram feitas, aos poucos, durante um ano. Fomos às obras, pedindo uma areia, um cimento, umas tábuas.” Ao fim de um ano, com a
Hália Costa Santos
Um chá da horta ou um filme alternativo
•
Lurdes Martins explica os objetivos de utilização de um espaço que estava em degradação
ajuda de algumas empresas, o projeto ainda não está acabado. Falta a parte do aquecimento e falta ir buscar o material que está na antiga livraria da Palha de Abrantes, como as estantes e livros para consultar e para vender. Para além das palestras, dos filmes e das exposições que vão sendo organizadas no “Sr. Chiado”, o espaço tem servido para fazer a ponte com um dos projetos da Palha de Abrantes, a horta que é trabalhada na encosta do
castelo, por pessoas colocados pelo Centro de Emprego. Neste projeto está também uma engenheira ambiental, que tem dado o seu contributo para “embelezar a horta em termos de chás e de plantas”. São estes chás que já se podem degustar no “Sr. Chiado”. Lá para o verão, talvez já seja possível comer, numa esplanada, umas saladas com produtos da horta. Mas esta venda de produtos não é, segundo Lurdes
Martins, como as outras. “Não queremos virar comércio, mas isto não implica que um chá gelado não possa ser servido numa esplanada. Isto não é só no nosso interesse, é também no interesse da cidade”. Por exemplo, o “Sr. Chiado” já tem estado aberto ao domingo à tarde, o que pode dar uma outra vida ao centro histórico. Quanto à venda de produtos da horta, Lurdes Martins não vê problemas,“desde que as coisas sejam feitas den-
tro de determinados limites e que não haja concorrência desleal”. Admite que “as questões legais são importantes, mas não devem tolher as pessoas”. E acrescenta que o que se vende no “Sr. Chiado” são produtos que se estragariam e que normalmente são comprados por pessoas, muitas idosas, que passam. É uma lógica de economia social, que está aberta a que pessoas que têm pequenas hortas também possam colocar à venda os produtos que se estragariam. “Sendo nós uma associação, se vendermos uma meia dúzia de coisas e fizermos uns euros por dia, esse dinheiro ajuda-nos a pagar a eletricidade. O objetivo não é o lucro.” Aliás, o que Lurdes Martins pretende é que o “Sr. Chiado” seja um espaço aberto a todos. Existe já uma parceria com a Escola Dr. Manuel Fernandes, que organiza as suas Conferências do Liceu naquele espaço, mas qualquer outra associação ou grupo pode pedir para utilizá-lo, desde que as atividades a realizar tenham interesse cultural e social.
ASSOCIATIVISMO 17
FEVEREIRO 2014
IPSS COM NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Pedro Moreira assume presidência da Cres.Ser Desde o passado dia 15 de janeiro, que a Cres.Ser – Associação de Desenvolvimento Pessoal e Comunitário, de Abrantes, tem novos órgãos sociais. Pedro Moreira assume agora a presidência desta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), que reúne um conjunto de objetivos para um mandato de dois anos. A Cres.Ser foi fundada em 2006 e desenvolve um trabalho muito centrado nas crianças e nos idosos do concelho de Abrantes. O Projeto “Viver Sénior”é o exemplo de uma atividade que promove e que é destinada à terceira idade de algumas freguesias do concelho. O intuito passa por garantir aos idosos o desenvolvimento de atividades lúdicas e desportivas. Para Pedro Moreira, o objectivo, agora, é alargar o projeto a todo o concelho. Reforçar a presença da IPSS
• Nova equipa pretende apostar em novas áreas, como a dependência nos vários órgãos da rede social como as Comissões de Freguesia, o Conselho de Ação Local, entre outras,
é outro objetivo para este mandato. O ex-presidente da Junta de Freguesia de Alferrarede, que agora as-
sume a presidência desta associação, defende que a área da dependência deve também ser uma aposta a
ter em conta: “Não existem ainda muitas respostas sociais para as diversas áreas da dependência, como o álcool, as drogas, etc. É algo que queremos reforçar no concelho.” A mudança de sede é também uma prioridade uma vez que a atual, localizada no Edifício Carneiro, em pleno centro histórico, “não corresponde às necessidades” da Cres.Ser. “Estamos numa situação precária, o edifício está com grandes debilidades e a necessitar de obras e para nós fica complicado trabalhar assim. Já estabelecemos contactos no sentido de uma mudança de espaço com atual Junta de Freguesia que agrupa as três localidades urbanas da cidade de Abrantes”, finalizou Pedro Moreira.
Direção Presidente Pedro Jorge Correia dos Remédios Moreira Vice-presidente Helena Maria Silva Nunes Tesoureiro Célia Cristina Matos Secretário Margarida Isabel de Matos Bispo Vogal Ana Lúcia Marques Silvério Suplente Mafalda Sofia Batista Bento
Assembleia Geral Presidente Sónia Dália Rodrigues Lourenço Vice-Presidente Patrícia do Carmo Ruivo de Oliveira Secretário Cristina Maria Lucas de Sousa
Joana Margarida Carvalho
CONSTÂNCIA
“Margaridas” esperam 750 escuteiros pelo Carnaval O XXIV Margaridas espera reunir em Constância, de 1 a 4 de março, 750 escuteiros de todo o país. Organizado pelo Agrupamento 707, de Sta. Margarida, pertencente ao Corpo Nacional de Escutas, este acampamento dura quatro dias e tem lugar no Parque de Ciência Viva, em Constância. A partir dali oferece aos jovens escuteiros uma alternativa de ocupação no tempo do Carnaval. Desde o início que o lema é “nem tudo é Carnaval”, por isso o Margaridas cria um conjunto de atividades educativas e de aventuras que são já uma tradição e uma marca no calendário de muitos agrupamentos. Tudo começou quando o saudoso Chefe Almeida, como era conhecido o dirigente do 707, se deu conta de que “nos três dias de Carnaval, os jovens da zona, pouco ou nada se diver-
tiam” e por isso teve a ideia de “uma atividade Escuta” que suprisse essa lacuna. E assim nasceu o Margaridas. Que durante anos se realizou no Campo Militar de Santa Margarida. Mas não foi daí que lhe veio o nome. “Nessa época do ano os campos aparecerem cheios de Margaridas Brancas, que dão um aspeto maravilhoso à paisagem em que vivemos.” E foi daí que o Chefe Almeida, o “águia negra”, batizou o projeto. O primeiro acampamento, em 1991, teve 80 participantes, da Região de Portalegre e Castelo Branco. “O sucesso da atividade em testar os conhecimentos escutistas e realização de atividades através do método inserido pelo fundador Baden Powell, a cada agrupamento, nos anos seguintes logo triplicou a participação, tornando o Acampamento
Margaridas uma atividade de participação inter-regional e de reconhecimento a nível nacional”, explica a informação do Agrupamento. Do sucesso das primeiras edições seguiu-se uma história continuada até à próxima edição. Entretanto, o Chefe Almeida partiu “para o eterno acampamento” e a legislação colocou novas exigências à organização de um acampamento. Ao longo dos anos, sucessivas gerações de jovens escuteiros tiveram n’“As Margaridas” a oportunidade de viver aventuras inesquecíveis, diurnas e noturnas, e fazer a experiência do imaginário escutista que Baden Powell, o fundador do Escutismo, em 1907, na Inglaterra. Hoje, o XXIV Margaridas continua o sonho visionário de Baden Powell e o sonho local do Alves Jana Chefe Almeida.
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18 EDUCAÇÃO
FEVEREIRO 2014
REDE DE FORMAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL DO MÉDIO TEJO ENTRA EM FUNCIONAMENTO
Politécnico de Tomar junta-se a escolas da região para articular formação profissional O Instituto Politécnico de Tomar (IPT ) assinou com cerca de 30 escolas ou agrupamentos da região um protocolo que está na base da criação de uma rede de parceria ao nível do ensino profissionalizante. Entre outros objetivos, o protocolo, assinado a 29 de janeiro, pretende combater o abandono escolar, valorizar o ensino profissional e aumentar a qualificação da população do Médio Tejo. Numa primeira fase, o IPT define com cada uma das escolas ou agrupamentos um plano de ação, onde se incluem atividades que resultam dos interesses e necessidades dos alunos e professores do ensino profissional ou secundário. O corpo docente do IPT dará o apoio necessário à concretização dessas iniciativas, que podem ser pontuais (como a realização de workshops sobre Falar em Público, Escrita Criativa ou Fotografia Digital ou a construção de um Robot), ou mais prolongadas no tempo (como o desenvolvimento de projetos nas mais variadas áreas de
• Diretores das escolas secundárias e profissionais assinaram protocolo com IPT especialização do IPT, nomeadamente o Turismo, o Design, o Cinema, a Comunicação, a Conservação e Restauro, as Engenharias, a Informática ou a Gestão). Para além de estreitar relações entre os dois níveis de ensino, existe nesta parceria uma forte vontade de motivar. Eugénio Pina de Almeida,
presidente do IPT, lembra que o ensino profissional pode dar acesso ao ensino superior, não só através dos cursos atualmente em funcionamento, mas também através dos novos cursos que estão a ser preparados nos politécnicos, os Cursos Superiores Especializados, de curta duração. Numa segunda fase, a
concretizar até maio, as empresas serão também envolvidas nesta rede. O seu contributo será sobretudo ao nível dos estágios e da integração dos jovens no mercado de trabalho, mas poderá também decisivo na definição do tipo de formação que deve ser ministrada. Eugénio de Almeida adi-
antou que o projeto inclui mais duas fases, uma vocacionada para o empreendedorismo e a incubação de ideias e de negócios, a concretizar até ao final do ano, e outra para a transferência de tecnologia e a inovação (rede tecnológica e de conhecimento), em 2015. Para o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, esta rede de formação permitirá concretizar uma vontade do Governo: “Que mais jovens que entram no caminho da profissionalização possam aspirar a subir um degrau e que façam a etapa seguinte.” No fundo, trata-se de também de fazer com que o ensino superior esteja “mais adaptado às ambições dos jovens” e das regiões onde se inserem, sendo mais atrativo. Na mira estão os 50% de jovens que não abandonam os estudos entre o secundário e superior. O presidente do IPT sublinhou que a região possui uma população estudantil significativa (cerca de 30.000 alunos), esperando
que as atividades desenvolvidas ao nível desta nova rede venham a captar alguns dos 6.000 alunos que estão a acabar o 12.º ano. Esta rede de parceiros na área da formação conta também com a participação de entidades como a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP). Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, evidenciou o papel do IPT, considerando-o “um parceiro interveniente e ativo”, “capaz de transformar o capital humano em homens e mulheres empreendedores”. Presente na cerimónia de assinatura do protocolo, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Centro, Pedro Saraiva, congratulou-se pelo “alinhamento” do projeto com a estratégia traçada para a região, sublinhando a importância do ensino tecnológico e profissionalizante para o desenvolvimento socioeconómico das regiões.
Vila de Rei adere à Rede de Escolas de Excelência
Solano de Abreu recebe Projeto 80
Música e 25 de Abril na Manuel Fernandes
A “Rede de Escolas de Excelência – ESCXEL”, comprometeu-se a capacitar tecnicamente e a assessorar o município de Vila de Rei na adoção de planos e estratégias de desenvolvimento educativo local, desenvolvendo modelos de monitorização do desempenho e autoavaliação das escolas, indo ao encontro dos princípios estratégicos delineados pelos responsáveis autárquicos daquele município. O principal objetivo da colaboração agora protocolada entre a Câmara Municipal de Vila de Rei e a Faculdade de Ciências So-
A Escola Dr. Solano de Abreu, em Abrantes, deu resposta positiva ao desafio lançado pelo Projeto 80. Os jovens estudantes estão a ser desafiados a desenvolver projetos que fomentem o empreendedorismo, a economia verde, a cidadania e o voluntariado, contribuindo assim para o aumento de bem-estar e desenvolvimento sustentável das comunidades onde estão inseridos. Durante dois dias, a Escola Dr. Solano de Abreu recebeu o RoadShow do Projeto 80, que inclui uma apresentação do projeto, sessões de boas práticas
Até ao dia 7 de fevereiro, está patente no átrio da Escola Dr. Manuel Fernandes uma exposição de fotografias alusiva ao 25 de Abril, uma iniciativa do Departamento de Ciências Sociais e Humanas (Área Disciplinar de História) do Agrupamento. Trata-se um conjunto de fotografias, que retratam alguns dos momentos mais marcantes vividos nesse dia, cedidas pelo Museu Resistência e História. A exposição é aberta ao pública em geral, podendo ser vista nos dias úteis até às 21h00. No dia 30 de janeiro de 2014, os Quintetos de Sopros e de Metais do Centro de Formação Artística da Sociedade Fi-
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ciais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa é a potenciação, de forma cooperativa, das competências dos municípios, das escolas e das comunidades, no sentido de concretizar a ideia de qualificação e de excelência educativa. Com base no protocolo assinado, a Rede ESCXEL irá realizar em Vila de Rei, entre outros, um diagnóstico social e educativo do município e do Agrupamento de Escolas, a Carta Educativa, um Relatórios Anuais de Progressos, um Plano das Ações de Formação e um Seminário de Boas Práticas.
e ateliers de escultura e de escrita criativa e vídeo. Numa segunda fase, os estudantes trabalharão em equipa, nos seus projetos, ideias ou experiências, candidatando o seu trabalho a um concurso a nível nacional. O Projeto 80 é promovido em parceria pela Agência Portuguesa do Ambiente, pela Direção-Geral da Educação, pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, pela Quercus e pelo Green Project Awards com o apoio do Governo de Portugal.
larmónica Gualdim Pais realizaram um recital na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes. Esta foi a primeira de um conjunto de quatro atuações que os músicos da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais apresentam em diversas escolas do Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes também no próximo mês de fevereiro. Já no próximo dia 6, os músicos atuarão para os alunos do Centro Escolar de Tramagal, e nos dias 15 e 22, os concertos, abertos a toda a comunidade, serão à noite, respetivamente no Auditório da Escola Dr. Manuel Fernandes e nas instalações da Sociedade Artística Tramagalense.
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20 DIVULGAÇÃO
FEVEREIRO 2014
ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO
As caras da rádio
4 fevereiro - Dia Mundial de Luta Contra o Cancro
“SALPICOS DE CULTURA”
Do conhecimento que se constrói, ao saber que se vai adquirindo…
Cancro do Cólon e Reto
Chama-se Luís Marques Barbosa e, quando era adolescente, tinha o sonho de ser locutor de rádio. Chegou a fazer testes para a Rádio Universidade, lado a lado com nomes que foram entretanto grandes nomes da rádio portuguesa. Foi selecionado, mas, na altura, e porque a família valorizava mais os estudos (aos quais teve que se dedicar), acabou por deixar esse sonho para trás. Formou-se em Filosofia na Universidade Clássica de Lisboa, após o que partiu para França, para na Universidade CAEN, onde fez o seu doutoramento em Ciências da Educação e se dedicou à investigação científica. Enquanto fez as licenciaturas como aluno não residente trabalhou na banca. Anos mais tarde, foi professor universitário na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, na Católica de Lisboa e na Universidade de Évora. Lecionou Ciências da Educação, ligado à formação de educadores de infância e professores do 1º ciclo e tem
O Cancro do cólon e reto afeta tanto o homem como a mulher. É uma doença que surge principalmente a partir dos 50 anos. A causa exata deste cancro ainda não é conhecida, no entanto as pessoas com história de doenças inflamatórias no intestino possuem um risco mais elevado de o contrair. Uma dieta pobre em fibras, rica em gorduras, a vida sedentária, a obesidade e antecedentes familiares da doença, são também fatores de risco. A maioria dos cancros desenvolve-se a partir de lesões benignas no intestino grosso ou cólon, conhecidas como adenomas ou pólipos adenomatosos. O seu desenvolvimento pode ocorrer sem sintomas, mas há algumas alterações que constituem alerta para a necessidade de avaliação médica. Assim, caso ocorra uma alteração persistente dos hábitos intestinais como o aparecimento de prisão de ventre ou diarreia, ou uma alternância das duas; perda de sangue pelo ânus ou misturado nas fezes, que levam as fezes a ficarem muito escuras; sensação de que o intestino não esvazia completamente; cansaço, dor forte ou desconforto abdominal, sem explicação aparente, não hesite, procure o seu médico. Nas últimas duas décadas têm surgido avanços
ainda no seu percurso a orientação de mestrados e de doutoramentos. Até hoje já editou vários livros com base na sua experiência pessoal e profissional e atualmente é investigador da U.I.& D.E. (Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa). Apesar de ser natural de Lisboa, vive em Mouriscas, concelho de Abrantes, onde a família da sua esposa tem as suas raízes. O sonho da rá-
dio viria a ser concretizado apenas em 2013, quando teve a oportunidade de integrar na equipa de conteúdos da Antena Livre. Escreve, produz e apresenta “Salpicos de Cultura – Do conhecimento que se constrói ao saber que se vai adquirindo”. Aos sábados às 03h00; 10h00 e 22h00 e domingos às 01h00; 11h00 e 23h00, na Antena Livre. Luís Barbosa conta ao JA explica o objetivo da sua co-
laboração com a Antena Livre: “Com esta rubrica pretendo que o conhecimento científico e cultural deixe de ser coisa maçuda e seja um instrumento lúdico que favoreça a boa disposição entre os seres humanos”. Luís Barbosa confessou ainda ao JA que se sente “muito bem nesta rádio, e muito feliz, porque quando concretizamos um sonho, a alma fica mais cheia e o espírito mais aberto”.
Banco do Tempo de Abrantes assinala 12 anos de prestação de trocas Fundado a 28 de janeiro de 2002, o Banco do Tempo de Abrantes mantém uma atividade regular de trocas, de pedidos e de solicitações entre os seus 103 membros, em particular estudantes universitários e pessoas idosas ou reformadas. Marisa Fábrica, responsável pelo Banco do Tempo de Abrantes, disse ao JA que o perfil dos membros mais idosos se destaca pelos pedidos e ofertas ao nível de aulas de informática, aulas de ténis, pintura e desenho, trabalhos de jardinagem e
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preenchimento de documentos. Os estudantes, por sua vez, “pedem e oferecem apoio para trabalhos escolares a realizar em computador, pedem trabalhos de costura, ajuda para passar a roupa a ferro e confeção de refeições”, observou. “A atividade mantém-se uma constante em Abrantes, tanto na cidade como em algumas freguesias rurais, e o mais recente membro inscreveu-se na última semana pela linha azul que disponibilizamos, o 800 200
741”, observou a responsável. A este propósito, a presidente da Câmara de Abrantes disse na última reunião do executivo, realizada a 18 de janeiro, que a delegação de Abrantes do Banco do Tempo “nunca foi tão importante como agora, a exemplo do que sucede com o Banco Local de Voluntariado”. Maria do Céu Albuquerque, no entanto, frisou que os resultados “não tiveram ainda o alcance que todos desejaríamos”, tendo asse-
gurado querer aproveitar o facto de se assinalarem 12 anos de vida do Banco do tempo para potenciar a atividades desenvolvida pela duas entidades. “São projetos diferentes mas que assentam na base da solidariedade. A ideia, que está a ser trabalhada pelos serviços de ação social da autarquia, é desenvolver uma articulação efetiva entre as suas entidades, com a respetiva dinamização”, por via da criação das sinergias. MRF
que permitiram uma deteção cada vez mais precoce do cancro do cólon e reto. A implementação de programas de rastreio e a aplicação de exames complementares ao rastreio permitem evitar a doença, nomeadamente através da remoção de lesões prémalignas. Um dos exames complementares indicado para rastreio é um teste muito simples, a pesquisa de sangue oculto nas fezes. O resultado de um teste positivo implica a realização de colonoscopia, que consiste na observação do intestino utilizando um tubo fino e flexível com uma luz na ponta, conhecido como endoscópio. A prevenção do Cancro do cólon e reto consiste sobretudo em adotar estilos de vida saudáveis, como a alimentação equilibrada e o exercício físico regular. Após os 50 anos submetase ao rastreio do cancro do intestino. Tente conhecer a história da sua família. Se algum dos seus familiares tem ou teve cancro do cólon ou reto, consulte o seu médico. Quanto mais precocemente for detetado o problema, mais eficaz será o tratamento. Previna-se, pode salvar a sua vida. Paula Custódio
Enfermeira Espaço da Responsabilidade da Unidade Saúde Pública do Médio Tejo
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Sardoal conta agora com uma Rede de Bibliotecas Facultar uma maior oferta bibliotecária, numa base de dados comum, é o objetivo da autarquia de Sardoal. O município formaliza esta quartafeira, dia 5 de fevereiro, pelas 15h00, no Centro Cultural Gil Vicente, a assinatura do Protocolo de Cooperação da Rede de Bibliotecas de Sardoal (RBS). Para Miguel Borges, presidente da autarquia, esta Rede de Bibliotecas representa “um estreitar de relações que já existem entre a Câmara e o Agrupamento Escolar”. Por outro lado, permite desenvolver “um conjunto de trabalhos e atividades que se
destinam à promoção da leitura e da importância dos livros no seio da comunidade”. Entre as principais finalidades desta rede, encontramse: a articulação, promoção, concertação e divulgação de
estratégias e atividades de promoção de leitura; a disponibilização de mais recursos e serviços aos cidadãos, estreitando a proximidade entre a informação e o leitor; a potenciação da do-
Filarmónica União Sardoalense apresenta concerto na Igreja de Santa Maria da Caridade
cumentação existente e que se encontra dispersa pelos vários núcleos bibliotecários, promovendo a partilha destes recursos e a criação de um catálogo coletivo que irá estar disponível na internet, disponível em http://rbs.cmsardoal.pt. O protocolo será assinado entre a Câmara de Sardoal, através da Biblioteca Municipal, e o Agrupamento de Escolas do Concelho, através da sua Biblioteca Escolar. A sessão contará com a participação especial dos alunos do Clube de Música e Teatro do Agrupamento de Escolas de Sardoal.
A Igreja de Santa Maria da Caridade (FUS), no Sardoal, recebe, no dia 8 de fevereiro, um concerto da Filarmónica União Sardoalense. A entrada é gratuita e aberta a toda a comunidade. O concerto está agendado para as 15 horas, sendo uma oportunidade única para assistir a uma simbiose perfeita entre a música e o património histórico da vila de Sardoal.
A FUS conta com cerca de 40 elementos e a direção técnica está a cargo do maestro Américo Lobato. Esta iniciativa é organizada pela FUS, que completou, em 2012, 150 anos de existência, e pela Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, que remonta ao ano de 1509, e conta com a colaboração de Câmara Municipal de Sardoal.
Zona Industrial da Sertã 2013 – Hyundai i30 StaƟon Wagon 1.6 CRDi 110Cv
2010 – Renault Grand Scénic 1.5 dCi 110Cv Dynamique (7 Lugares)
2013 – Seat Ibiza SC FR 1.6 TDi 105Cv (Bi-Xénon + LED's)
2012 – Seat Mii 1.0 MPi 75 Cv Sport 22.000 Kms
2010 – Renault Mégane Break 1.5 dCi 110Cv Dynamique S
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2013 – Audi A3 Sportback Sport 1.6 Tdi 105 CV
2009 - Renault Mégane Coupé 1.5 dCi 110Cv Dynamique S
2008 – Opel Astra 1.7 CDTi 125Cv EdiƟon
2011- Renault Kangoo 1.5 dCi Super Pack Clim (AC)
2013 – Volkswagen Polo 1.6 TDi BlueMoƟon Technology
2014 – Renault Kangoo Business Energy 1.5 dCi 90Cv (3 Lugares) (Deduz IVA )(Novo Modelo)
2013- Nissan Qashqai 360 1.6 dCi 130Cv (Serviço)
2008 - 207 XA 1.4 HDi Van (Deduz IVA) 72.000 Kms
2011 - Ford Focus 1.6 TDCi 115Cv Trend 42.000 Kms Azul e Cinza
2010 - Golf VI Variant 1.6 TDi 105Cv ConfortLine
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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Pedro Abrunhosa apresenta novo disco no Cineteatro de Abrantes
AGENDA DO MÊS Abrantes
Para Pedro Abrunhosa o país está em contramão e, por isso, o seu trabalho discográfico mais recente reflete o estado da nação. O músico e a banda Comité Caviar apresentam “Contramão” no cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 28 de fevereiro, pelas 21h30. Passados 20 anos sobre o primeiro álbum de originais, o cantor gravou “Contramão”, um trabalho inspirado na observação da realidade portuguesa, de histórias de pessoas. Este mais recente disco é composto por melodias com essência rock, mas com roupagens funk, gospel, flamengo, e conta com as participações do fadista Camané, do cantor cata-
lão Duquende, do Saint Dominic Choir e do Quarteto de Cordas de Matosinhos.“Toma Conta de Mim”, “Todos Lá para Trás”, “Voámos em Contramão” e “Para os Braços da Minha Mãe” são músicas que já tocam nas rádios nacionais e que começam a ser cantadas em uníssono nos concertos do cantor. Em Abrantes, Pedro Abrunhosa e os Comité Caviar apresentarão temas do novo disco, mas também de álbuns anteriores como “Momento”, “Ilumina-me” ou “Não desistas de mim”. Os bilhetes têm o preço de 10€ e podem ser comprados no Posto de Turismo de Abrantes ou na bilheteira do cine-teatro São Pedro no dia do espetáculo.
Centro Cultural de Sardoal com programação regular de cinema O Centro Cultural GilVicente, em Sardoal, tem uma programação regular de cinema que procura ir ao encontro de um público que já lhe é fiel. Em fevereiro, no dia 15, está em exibição o filme “2 Ti-
ros”, sobre dois oficiais da Marinha norte-americana que têm como missão entrar nas instalações de um banco e tirarem 40 milhões de euros. Dia 8 de março é a vez de ser apresentado “Thor: O Mundo
das Trevas”. O filme de animação “Frozem: O Reino do Gelo” será exibido a 22 de março e retrata a história de uma princesa que parte em busca da sua irmã. As sessões de cinema decorrem às 16h
e às 21h30. Os bilhetes têm o preço de 3€, as crianças dos 7 aos 12 anos pagam 1,5€, as crianças com menos de 6 anos e os munícipes que tenham o Cartão Municipal do Idoso têm entrada gratuita.
Teatro de comédia com “Os Idiotas” para ver em Abrantes
Até 8 de fevereiro – Exposição “Santos Lopes – 40 anos de escultura” – Biblioteca Municipal António Botto Até 21 de fevereiro – Exposição “Biombos”, de Catarina Castel-Branco – quARTel, Galeria Municipal de Arte Até 28 de fevereiro – Exposição “Rota das 7 Irmãs”, principais pontos de interesse de sete capelas no Concelho de Abrantes e Sardoal – Antiga Galeria de Arte, 14h às 18h 6 de fevereiro – Apresentação do livro “O retrato da mãe de Hitler” de Diogo Amaral – Biblioteca António Botto, 21h30 7 de fevereiro – Música – Ciganos d´Ouro, “1994-2014 – Vinte anos de canções”– Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€ 10 a 28 de fevereiro – Exposição “À medida do tempo”, instrumentos utilizados ao longo das épocas para contar o Tempo – Escola Dr. Manuel Fernandes e Escola Octávio Duarte Ferreira (Tramagal) 14 de fevereiro – Dança “Nil-city”, conceção e coreografia de Flávio Rodrigues - Cineteatro São Pedro, 21h30 – 4€ 15 de fevereiro – Dueto Miguel Martins (poeta) e Filipe Homem Fonseca (músico) – Sr. Chiado, 21h30 – 3€ 18 de fevereiro – Fotobiografia de Álvaro Cunhal por Manuel Rodrigues – Biblioteca António Botto, 21h30 18 de fevereiro a 29 de março – Exposição “Álvaro Cunhal – vida, pensamento e luta” – Biblioteca António Botto 21 de fevereiro – Teatro - “Os Idiotas”, com Aldo Lima, José Pedro Gomes, Jorge Mourato e Ricardo Peres – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€ 21 de fevereiro – Música – Grupo de percussão da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais – Auditório da Sociedade Artística Tramagalense, 21h 22 de fevereiro – Marionetas - “Brincos e Penas”, pela Lua Cheia – Cineteatro São Pedro, 10h - 1€ 28 de fevereiro – Música – Pedro Abrunhosa e os Comité Caviar apresentam “Contramão” – Cineteatro São Pedro, 21h30, 10€ Cinema – Org. Espalhafitas, Cine-teatro São Pedro, 21h30: 5 de fevereiro – “Fanny e Alexandre” 12 de fevereiro – “E Viveram Felizes Para Sempre…?” 19 de fevereiro – “Os Incompreendidos” 26 de fevereiro – “O Passado” “E viveram felizes para sempre…?”
Constância Até 31 de janeiro – Mostra bio-bibliográfica sobre Alice Munro – Biblioteca Alexandre O´Neill Até 16 de fevereiro - Exposição “Animais Selvagens no Concelho de Constância”, fotografia de Luís Jorge – Parque Ambiental de Santa Margarida, 8h30 às 19h
Sardoal
O espetáculo “Os Idiotas” vai estar em cena no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 21 de fevereiro, pelas 21h30. Do elenco fazem parte os atores Aldo Lima, José Pedro Gomes, Jorge Mourato e Ricardo Peres que contracenam num mundo de universos paralelos, onde “o facebook deixou de ser virtual” e os jogos de computador se instalaram “na vida sem pedir autorização para fazer download”. Com produção de UAU, a peça “Os Idiotas” tem encenação de Sónia Aragão e textos originais de Andrew Spiers, Elliott Tiney, Banjamin Wilson e James Wrighton. Os bilhetes têm o custo de 10€.
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8 de fevereiro – Concerto com a Filarmónica União Sardoalense – Igreja de Santa Maria da Caridade, 15h 28 de fevereiro, 1 e 2 de março – Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão – Bombeiros Municipal de Sardoal Cinema – Centro Cultural, 16h e 21h30: 15 de fevereiro – “2 Tiros” 8 de março – “Thor – O Mundo das Trevas” 22 de março – “Frozen: O Reino do Gelo”
Vila de Rei Até 30 de março – Exposição de pintura e desenho do Concurso “Padre João Maia” – Museu Municipal Vila Nova da Barquinha 15 de fevereiro – Conferência “Gestão do Orçamento Familiar” – Auditório do Centro Cultural, 15h 15 de fevereiro – Teatro “Os Dois Menecmos”, pelo ULTIMATOCIR Extuna, Moita do Norte, 21h 22 de fevereiro – Encontro de artistas do Teatro do Clube União de Recreio – Moita do Norte , 20h
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CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690
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CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada em vinte de Dezembro de dois mil e treze, no Livro de Escrituras diversas número Trinta e Três-G, iniciada a folhas sessenta e cinco, deste Cartório, Flávio Lopes Batista Azedo e mulher Vitória de Matos da Cruz, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia das Mouriscas, concelho de Abrantes, onde são residentes em Casal dos Castanhos, contribuintes número fiscal 116 281 774 e número 113 577 591, declararam que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão, com sessenta metros quadrados, dependência, com quinze metros quadrados, e, quintal com sessenta e seis metros quadrados, área e configuração que se mantém desde a sua edificação inalterada, a confrontar do Norte, do Sul e do Nascente, com Flávio Lopes Batista Azedo, e, do Poente, com caminho municipal, denominado “Casal dos Castanhos”, sito no lugar e freguesia das Mouriscas, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 699, com o valor patrimonial de 9.580,00€, a favor de João António de Amorim, contribuinte fiscal número 126 368 309; que o prédio se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número três mil e oitenta e três, e, aí registada pela apresentação número nove, de um de Abril de mil novecentos e noventa e oito, na proporção de metade, a favor de João António de Amorim e mulher Ana Emília de Jesus, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na calçada dos Barbadinhos, número 14, em Lisboa; e, na proporção de um/doze avos para cada um dos seguintes: Arménia Correia de Amorim Rebelo de Andrade e marido Alfredo Torres Pereira Rebelo de Andrade, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Professor Pinho, número 14, Praia de Mira, em Mira; de Maria José Correia de Amorim dos Reis, e marido António Amaro dos Reis, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Calçada dos Barbadinhos, número 14, em Lisboa; Joaquim Correia de Amorim e mulher Leonarda de Brito Pereira de Amorim e mulher Leonarda de Brito Pereira de Amorim, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Avenida Dom Nuno Álvares Pereira, 9, cave direita, em Almada; de Mário Correia d’Amorim e mulher Joventina Táparo de Amorim, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Vicente e Carvalho, número 45, Sorocaba, São Paulo, Brasil; de António Correia de Amorim, casado com Maria Helena Gonçalves de Amorim, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Camilo Castelo Branco, número 12, rés-do-chão, em Odivelas, Loures; e de Maria do Rosário Correia de Amorim e marido José Lopes David, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Calçada dos Barbadinhos, número 14, em Lisboa; pela apresentação número dez, de um de Abril de mil novecentos e noventa e oito, na proporção de metade a favor: docitado António Correia de Amorim, da indicada Arménia Correia de Amorim Rebelo de Andrade, de Isabel Maria de Amorim Rebelo de Andrade, casada com Michel Reginald Hajdon, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Professor Pinho, número 14, em Praia de Mira; de Joel de Jesus Amorim e mulher Cleusa Maria Dordette Amorim, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Professor Luís de Campos, número 50, Sorocaba, São Paulo, Brasil; de Luís Miguel de Amorim Rebelo de Andrade, casado com Aldegonda Cornélia Maria Schroen, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Professor Pinho, número 14, em Praia de Mira; de Manuel Pereira de Amorim, casado com Maria de Fátima Rebelo Pereira de Amorim, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Bento de Jesus Caraça, número 28, résdo-chão direito, Laranjeiro, em Almada; da citada Maria do Rosário Correia de Amorim; da mencionada Maria José Correia de Amorim dos Reis, e, do referido Mário Correia d’Amorim, em comum e sem determinação de parte ou direito; pela apresentação número dezasseis, de seis de Abril de mil novecentos e noventa e oito, na proporção de um /doze avos a favor da descrita Leonarda de Brito Pereira de Amorim, e, do já identificado Manuel Pereira de Amorim em comum e sem determinação de parte ou direito; e, pela apresentação número dezassete, de seis de Abril de mil novecentos e noventa e oito, na proporção de um/doze avos em comum e sem determinação de parte ou direito a favor da dita Arménia Correia de Amorim Rebelo de Andrade, da mencionada Isabel Maria de Amorim Rebelo de Andrade, e, do referido Luís Miguel de Amorim Rebelo de Andrade; O certo porém é que os ora justificantes, não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre o referido prédio, o qual foi adquirido por compra e venda verbal pelos ora primeiros outorgantes aos titulares tabularmente inscritos, em data que não podem precisar, sensivelmente cerca do ano de mil novecentos e noventa; Que, não obstante isso, os justificantes, têm usufruído o mencionado prédio, usando todas as utilidades por ele proporcionadas, fazendo as necessárias obras de restauro e conservação, com animo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecida por seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, tudo isto desde as datas atrás referidas, logo há mais de vinte anos; Que, dadas as enunciadas características de tal posse, eles justificantes adquiriram o citado prédio por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, vinte de Dezembro de dois mil e treze. A Notária a) Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes, edição 5516 de Fevereiro de 2014)
ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.
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Abrantes
Noémia Emília Côrte-Real Pais Cardoso 23/11/1920 - 31/12/2013
AGRADECIMENTO Seus filhos, Maria de Fátima Côrte-Real Pais Cardoso Loureiro, Fernando Henrique Côrte-Real Pais Cardoso, genro Carlos Alberto Henriques Loureiro, seus netos Sofia Alexandra Pais Cardoso Loureiro Lopes, Maria João Pais Cardoso Loureiro, Carlos Alberto Lopes e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde durante a sua doença, que a velaram e a acompanharam á sua última morada no Cemitério dos Cabacinhos em Abrantes. Agradecem também às Irmãs Guida e Manuela, pela dedicação e carinho como sempre a trataram. A todos o nosso profundo reconhecimento.
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