Jornal de abrantes junho 2014

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JUNHO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5520 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

O palco das celebrações é uma vez mais o centro histórico da cidade e as duas margens do Aquapolis. Abrantes vai encher-se de cor para receber mais uma edição das festas concelhias entre os dias 12 a 15 de junho. O concurso de saltos é uma das principais atrações. Pág 15 a 22

CM ABT

Abrantes

As festas chegaram à cidade! Especial

Vila Nova da Barquinha Pérsio Basso

Entre 12 a15 de junho, Vila Nova da Barquinha vai estar em festa. O destaque desta edição de mais umas festas concelhias vai essencialmente para o rio Tejo e os seus afluentes. A estratégia passa por destacar os produtos endógenos e o que Barquinha tem de melhor. Pág 11 a 14

Especial

Nos dias 7,8 e 10 de junho Constância celebra legado de Luís de Camões. O objetivo é fortalecer a relação histórica e afetiva de Camões com a vila poema. Tal como refere Júlia Amorim, presidente da CM, por estes dias “a Arte é em Constância.” Pág 23 a 26

CM Constância

Pomonas Camonianas


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

JUNHO 2014

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319)

Fazer coisas úteis para as pessoas

Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

TAGUS

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Milhares de pessoas compareceram ao Mercado Ribeirinho de Abrantes, que aconteceu entre os dias 16 e 18 de maio, no Aquapolis, margem sul. A festa com a organização da TAGUS, do município de Abrantes e da União de Freguesias de S. Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, contou com a chegada do cruzeiro religioso do Tejo que trouxe Nossa Senhora dos Avieiros. O próximo festival será em Constância, entre os dias 11 e 13 de julho. Animação musical, desporto, fotopaper, petiscos tradicionais, produtos locais e artesanato dinamizados pelas coletividades do ribatejo interior serão o cardápio para mais um evento.

Secretariado Isabel Colaço

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

INQUÉRITO

O que pensa do modelo e do programa das festas da cidade de Abrantes?

Design gráfico António Vieira

Impressão Grafedisport, S.A.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Carla Esteves

André Pinto

Gonçalo Leitão

Abrantes

Abrantes

Abrantes

O modelo das festas aplicado nos últimos anos está bem conseguido porque passa por vários pontos de interesse da nossa cidade, dando a conhecer Abrantes aos visitantes. Quanto ao programa deste ano, saliento com bastante agrado a realização do espetáculo de Stunt. Quanto às bandas, o apoio às bandas da região merece sem dúvida a minha referência! É bom saber que o município apoia o que se vai fazendo por cá!

O município de Abrantes está a tentar criar uma maior envolvência da comunidade abrantina com as suas festas, mas os espaços não são de facto os melhores, pois as praças da cidade não são suficientemente grandes para albergar toda gente. O concerto principal deveria de continuar a ser no Aquapolis, sendo que é um espaço pouco aproveitado. O cartaz parece-me bom e variado. Um evento académico nas festas penso que é um destaque a ter em conta.

Acho que a ideia de espalhar as várias atividades pelo centro da cidade está bem conseguida, dá outra dinâmica e noção daquilo que é a nossa cidade. Os espaços estão bem definidos para cada atividade. Sei que a Câmara nestes últimos anos tem cedido espaços aos habitantes da nossa cidade, dando assim a hipótese destes exporem os seus trabalhos. Quanto ao cartaz acho que se devia aplicar a mesma filosofia, devíamos apostar nos talentos da nossa cidade e dar a hipótese de se conhecerem.

UMA POVOAÇÃO? Todas com tradições. UM CAFÉ? Croissanteria & Cafetaria KISS no Entroncamento. PRATO PREFERIDO? Saladas. UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Aquele onde nunca estive UM DISCO? Hotel California. UM FILME? Pianista. UMA VIAGEM? A próxima, de preferência sem sono para poder desfrutar dela. UMA FIGURA DA HISTÓRIA? DEUS… porque é por ELE que chamamos nos momentos difíceis e a quem agradecemos as coisas boas da vida. UM MOMENTO MARCANTE?

O nascimento do meu filho, porque fiquei a conhecer o verdadeiro significado de AMOR. UM PROVÉRBIO? “Trabalho como um leão para não morrer como um veado”. UM SONHO? Que não tivessem mordido a maçã. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Passar um dia ouvindo histórias de vida daqueles que infelizmente perderam tudo e vivem agora um dia de cada vez. São mendigos que podem ensinar muita gente a dar valor ao que têm e a serem mais humildes. Há muita falta de humildade.

GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.

SUGESTÕES

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.

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Pedro David IDADE? 41 RESIDÊNCIA? Vila Nova da Barquinha PROFISSÃO? Voz Off TVI / Jornalista / Dj / Empresário e Formador.

As festas e comemorações que este mês oferecem todo o tipo de animação, em Abrantes, Vila Nova da Barquinha e Constância voltam a ser momentos marcantes. Porque divulgam produtos, associações, instituições e artistas da região. Porque proporcionam espectáculos com músicos conhecidos. Porque fazem despertar novos talentos. Porque recuperam tradições. Porque promovem o desporto. Porque festejam a arte. Porque fazem despertar o comércio. Porque atraem visitantes. Seriam razões de sobra para um elogio – mais do que merecido – a quem, durante meses, prepara estas festas para que os munícipes e os visitantes usufruam de dias bem passados. Mas há mais coisas a acontecer. Há projetos que concretizam ideias que fazem mexer. E que não têm por objetivo produzir mais papéis nem fazer de conta que se fazem coisas. Este tempo não permite essas coisas, essas constituições de grupos de pessoas que produzem documentos que ficam, muito bonitos, arrumados numa gaveta. Neste tempo importa fazer coisas que sejam úteis às pessoas. A ideia das parcerias e do trabalho em rede parece ser uma ideia gasta, mas a verdade é que a mobilização de vários atores, com diferentes conhecimentos e experiências, continua a ser a melhor forma de encontrar soluções para determinadas situações. Abrantes lançou-se em dois projetos desse tipo: o Projeto Educativo Municipal e o “Bairro ConVida”. No primeiro caso, foi feito um diagnóstico do estado da Educação no concelho e pretende-se agora encontrar ações estratégicas para resolver, em articulação, as realidades mais problemáticas. No segundo caso, um conjunto de instituições foram desafiadas, em conjunto, a dar nova vida ao Bairro de Vale de Rãs. Num caso e no outro, os intervenientes podiam ter ficado sossegados, nos seus cantos, cada um a fazer o trabalho do costume. Mas, num caso e no outro, todos aceitaram o desafio de fazer mais qualquer coisa, para os outros. As comunidades vivas são assim, e ainda bem. Hália Costa Santos

Nota da direção: Com a última edição do Jornal de Abrantes saiu uma edição do ESTAJornal que publicou, na sua página 6, um artigo sobre o Grupo de Danças Rítmicas de Concavada. A foto que ilustrou o artigo foi retirada do blogue “Desporto em Abrantes”, de Carlos Soares, mas não foi feita qualquer referência aos créditos. Ao autor da fotografia, as nossas desculpas.


ENTREVISTA 3

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“O nosso pilar fulcral é o voluntariado” com o nosso trabalho. Financeiramente a delegação encontra-se bem e isto deve-se ao empenho de todos nós pois não é fácil estabilizar uma instituição destas pelos elevados encargos existentes. Ao longo dos anos, temos tentado pedir apoio a empresas e a pessoas a título individual, mas a nossa procura centra-se em novas soluções e atividades que revertem em alguma receita. LF - Há uma situação que nos coloca em cheque e que tem surgido devido à crise certamente, são as dívidas que terceiros contrariam na delegação e que representam um valor que ascende a cerca de 30 mil euros. É uma verba que compromete o futuro da instituição e que poderia ser canalizada para inúmeras situações. Temos, por exemplo, uma viatura num concessionário no concelho, que só para a sua reparação são cerca de 16 mil euros. É uma viatura que nos faz muita falta e que, de facto, nós não temos forma de comportar esse valor.

Há quantos anos existe a delegação da Cruz Vermelha em Abrantes? Qual foi o motivo do seu nascimento? Nuno Dias (ND) - A delegação de Abrantes existe há 38 anos. Foi fundada a 23 de abril de 1976 e surgiu da necessidade de prestar o socorro aos doentes do nosso concelho. O nosso trabalho tem sido dedicado ao transporte de doentes mas, actualmente, já existem outras valências que assumimos, nomeadamente na área da ação social. Como é caracterizada a delegação de Abrantes? Quantos profissionais e voluntários reúne? ND - A delegação de Abrantes é dirigida por uma direção eleita de quatro em quatro anos. Paralelamente a este corpo diretivo, temos uma estrutura montada no terreno, dedicada à emergência local que é constituída pelos chefes e 14 profissionais. O nosso pilar fulcral é o voluntariado. Só em Abrantes temos cerca de 50 voluntários, empenhados sobretudo na área da emergência. Para além desta estrutura contamos, ainda, com a prestação do serviço de uma psicóloga, de um animador sociocultural e de dois profissionais na

Joana Margarida Carvalho

Fundada por José António Marques, a Cruz Vermelha Portuguesa iniciou a sua atividade a 11 de fevereiro de 1865 sob a designação de “Comissão Provisória para Socorros, Feridos e Doentes em Tempo de Guerra”. Esta é uma das instituições humanitárias mais antiga do mundo e está em Abrantes desde 1976. Atualmente, na sua direção tem Nuno Dias, Presidente da Direção da Delegação, e o Coordenador de Emergência da Delegação de Abrantes, Luís Florêncio.

• Nuno Dias e Luís Florência falam sobre a delegação de Abrantes da Cruz Vermelha área administrativa. Qual deve ser o espírito e quais devem ser os valores de um voluntario na Cruz Vermelha? Luís Florência (LF) - Quando Henri Dunant fundou este movimento estabeleceu alguns princípios fundamentais como a humanidade, a imparcialidade, a neutralidade, entre outros. Definiu que estes princípios deveriam nortear a atividade de todas as instituições que compõe a Cruz Vermelha. Quando existem novos elementos a integrar a estrutura, estes membros prestam um juramento, estabelecem um compromisso de honra, face a estes valores cruciais. É desejável, assim, que haja um cumprimento destes valores

e uma identificação com o movimento. Todos os voluntários são necessários para alcançarmos novos horizontes e objetivos. Os emblemas da Cruz Vermelha são símbolos universalmente reconhecidos de assistência às vítimas. Qual é a sua simbologia? LF – A cruz vermelha sobre o fundo branco é um dos símbolos mais conhecidos mundialmente. Resultou de uma homenagem ao fundador Henri Dunant, natural da Suíça, e é uma inversão das cores da bandeira daquele país. Temos também, por questões de ideologia religiosa, o Cristal e o Crescente. Que tipos de serviços prestam em Abrantes? Quais

são as principais atividades do dia a dia? LF- O transporte de doentes e emergência hospitalar são os dois principais serviços que prestamos no dia a dia. O transporte de doentes é atividade mais constante pois é este serviço que nos garante algum conforto financeiro para aquisição de equipamentos, contratar pessoal e promover formação. Só no ano de 2013 percorremos 490 mil quilómetros pela região e pelo país. ND – Ao nível da ação social existe um projeto que muito nos honra, que é o serviço de teleassistência, direcionado aos idosos do concelho. Já são cerca de 16 idosos abrangidos e trata-se de um dispositivo que ativa o nosso call center e onde há um rápido

acompanhamento das necessidades em causa. Realizamos, ainda, formações nas mais variadas áreas, desde a formação inicial de formadores e às formações relacionadas com o socorrismo e a emergência. Na delegação promovemos ainda aulas de yoga e pilates e garantimos consultas de psicologia e terapia da fala. A recolha de bens alimentares, vestuário entre outras peças tem sido, também, uma atividade constante pois apoiamos cerca de 100 famílias no concelho. Os pedidos de ajuda não param, infelizmente! Quais são as principais dificuldades que a delegação reúne? ND - Tudo aquilo que temos conseguido está relacionado

Como tem sido estar nas atuais instalações? Satisfeitos? ND - Estamos bastante satisfeitos com esta nova sede. A anterior já não reunia as condições necessárias. LF - Hoje em dia estamos numa casa digna para nós e para quem nos visita, porque receber utentes com dificuldades numa casa em dificuldades, obviamente, não seria o mais adequado. A Cruz Vermelha de Abrantes cresceu muitíssimo de há dez anos para cá com novas viaturas, transportes e voluntários e com estas novas instalações que surgiram de um protocolo com a autarquia. Joana Margarida Carvalho

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4 DESTAQUE

JUNHO 2014

João Silva Bento, 12 anos, estudante do 6º ano na Escola Secundária Manuel Fernandes, em Abrantes, sagrou-se este ano campeão mundial de cálculo mental, entre mais de 36 mil participantes de 61 diferentes países.

A competição relativa aos Campeonatos SuperTmatik, que decorrem anualmente e online, envolveu 36.725 finalistas de 61 nacionalidades diferentes, tendo o jovem estudante português conquistado o 1º lugar no seu escalão, com um tempo de resolução de 42,5 segundos às 15 equações que lhe foram apresentadas. “O João Bento tem revelado uma apetência invulgar para o cálculo mental”, disse ao Jornal de Abrantes o seu professor de Matemática, António Percheiro, tendo observado que o jovem campeão do mundo de

cálculo mental “é um aluno com dificuldades a Matemática”. “No ano letivo 2012/2013 o João ganhou o campeonato ao nível do Agrupamento de Escolas, como aluno de 5º ano, e concorreu a nível Internacional mas não obteve um resultado de destaque”, notou o professor. Para António Percheiro, “foi a sua perseverança e gosto pelo cálculo mental” que fez com que o João, este ano letivo, tenha voltado a concorrer e conquistado o 1º lugar a nível mundial. “Aliás”, acrescentou, “o João melhorou bastante desde a conquista deste troféu. Conseguiu agora um teste muito positivo, na casa dos 60%, o que lhe abre muito boas perspetivas para uma nota positiva no final do ano”, confidenciou o professor. Residente em Alferrarede, Abrantes, João Bento disse ao JA ter ficado “muito con-

Mário Rui Fonseca

Estudante de Abrantes com negativa a Matemática sagra-se campeão do mundo em cálculo mental

• João Bento “não esperava ganhar” mas ficou “muito contente” tente” com o resultado obtido, tendo confessado, no entanto, que “não esperava”

ganhar. “Era muita gente a participar e o Mundo é muito grande”, notou, tendo

lembrado que “desde pequenino que treinava e fazia muitas contas com os fami-

liares, tipo contas de somar, dividir e multiplicar, tudo de cabeça”. João Bento, que afirmou gostar “mais ou menos” da disciplina de Matemática, disse ainda que o título de campeão do mundo “vai servir de motivação para subir a nota”, e passar na disciplina. “Não fica lá muito bem a um campeão do mundo em cálculo mental ter depois negativa a Matemática”, observou. “Os meus pais e os meus amigos deram-me os parabéns e disseram-me para continuar assim”, rematou o estudante. O 2º lugar no concurso foi atribuído a um concorrente da Coreia do Sul, com o tempo de 46:26 segundos, e o 3º lugar a um estudante indiano, que demorou 48:80 segundos a resolver mentalmente os problemas matemáticos apresentados no concurso. Mário Rui Fonseca

Dois alunos portugueses campeões do mundo em cálculo mental Foram dois os alunos portugueses que conquistaram o primeiro lugar, nas respetivas categorias, no campeonato do mundo de cálculo mental superTmatik, uma competição anual online, e na qual Portugal conseguiu um segundo lugar na classificação geral. Para além de João Bento, foi também vencedor Sebastião Mateus, aluno do 3º ano de Castelo Branco, resolvendo 15 expressões de nível 2 em 43,17 segundos. Na classificação geral apenas Espanha conseguiu uma melhor prestação do que Portugal. A Índia encerra o pódio, ao ter conquistado o terceiro lugar.

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A propósito do jovem abrantino que se sagrou campeão, a presidente da Associação de Professores de Matemática, Lurdes Figueiral, sublinhou, à Lusa, a incapacidade da escola em trabalhar com estudantes sobredotados: “Falamos muito do apoio a alunos com dificuldades e esquecemos a importância do apoio àqueles que têm capacidades especiais.” No seu entender, alunos com muitas capacidades têm a tendência para considerar o trabalho de sala de aula pouco estimulante e desafiante, “tornando-se medíocres, porque se cansam da rotina”. MRF


A loja de

ABRANTES reabre, com um novo conceito de organização e mais diversidade de produtos.

Bricomarché de Abrantes Rua das Escolas Quinta de São José 2200-042 Alferrarede Telefone: 241 360 460 Fax: 241 333 031 Horário: segunda a domingo 9H00 - 21H00

www.bricomarche.pt jornaldeabrantes


6 SAÚDE

JUNHO 2014

Paulo Sousa

Mário Rui Fonseca

Uma centena de pessoas em vigília junto aos hospitais de Santarém e do Médio Tejo

• Utentes do Centro Hospitalar lutam para não perderem valências indispensáveis • População Sardoal tem que madrugar para conseguir consulta Cerca de duas centenas de pessoas estiveram concentradas no dia 15 de maio em frente aos hospitais de Santarém e aos que integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo, em Torres Novas, Tomar e Abrantes, reclamando por melhores cuidados de saúde. As vigílias realizadas em maio junto aos hospitais do distrito visaram demonstrar a preocupação crescente com a redução dos cuidados de saúde numa zona que representa “14% do território nacional e que contém alguns dos pontos negros de desertificação” do país. Em Abrantes, o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), Manuel Soares, disse ao JA que a saúde “está cada vez mais longe e mais cara”, tendo criticado as premissas da portaria 82/2014 de 10 de abril, que pretende classificar e reorganizar a oferta hospitalar nacional. “Valências tão importantes e indispensáveis como a oftalmologia, otorrino, gastro, cardiologia, oncologia, nefrologia/hemodiálise, urologia e a maternidade só ficarão no CHMT se o Ministério a tal for obrigado pela luta das populações”, vincou.

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Abrantes aprova moção contra portaria que retira valências a hospitais A Câmara Municipal de Abrantes aprovou uma moção contra uma portaria publicada pelo Ministério da Saúde, que visa classificar as instituições hospitalares, por entender que a mesma vai implicar perda de especialidades médicas A presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, entende que a complexidade de uma realidade como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não pode ser enquadrada através de uma “classificação simplista”, tendo afirmado que a referida portaria “vai levar à perda de valências e ao possível encerramento de uma ou mais unidades do Centro Hospitalar do Médio Tejo” (CHMT), composto pelos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas. A portaria pretende reorganizar toda a oferta hospitalar nacional, sendo que, para os hospitais pertencentes ao Grupo I, o mais baixo do conjunto de grupos, como é o caso dos hospitais que compõem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) ou hospital de Santarém, existem valências hospitalares que apenas serão viáveis se houver

um número mínimo de população servida e se existir disponibilidade de recursos humanos. Os autarcas do Médio Tejo (CIMT) mostraram-se também preocupados com a prestação dos cuidados de saúde na região, tendo deliberado, em sessão extraordinária realizada a 15 de maio, solicitar uma audiência junto do Ministério da Saúde para esclarecimentos.

Autarca de Sardoal alerta que mais de 85% da população está sem médico de família A falta de médicos no concelho de Sardoal está a afetar cerca de 85% da população do concelho, alertou o presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges, tendo reclamado por medidas urgentes para reverter a atual situação. “Algumas conquistas de Abril ainda estão por cumprir e o aceso à saúde é uma delas”, lamentou o autarca, manifestando “tristeza” por ver, “às tantas da madrugada, pessoas à porta do centro de saúde à espera de conseguirem uma consulta”. A ARS-LVT reconheceu a carência de médicos de medicina geral e familiar na pres-

tação de cuidados de saúde de proximidade no Sardoal. Em relação ao número de utentes sem médico de família, a ARS-LVT afirmou que o cenário atual no Sardoal assenta em “4.089 utentes inscritos, 1.514 dos quais não têm médico de família”. A ARSLVT confirmou que o atendimento dos utentes está a ser assegurado por uma médica colombiana, uma profissional que, “atualmente, está de licença de maternidade”, tendo indicado ainda existir uma “outra profissional com indicação médica de limitação de horário”. O autarca de Sardoal defendeu, por sua vez, a criação de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) no concelho, com a adaptação do atual centro de saúde da vila, considerando que esta medida poderá ser uma das soluções para o problema. A ARSLVT admitiu esta possibilidade, tendo feito notar que “o processo de constituição de uma USF tem início por vontade dos profissionais”, que se organizam e constituem uma equipa, decorrendo de iniciativa própria.

Presidente do Centro Hospitalar do Médio Tejo

declina convite para novo mandato O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Joaquim Esperancinha, anunciou no dia 13 de maio que não aceitou o convite do ministro da Saúde para um novo mandato, alegando razões pessoais “Parto com o sentimento do dever cumprido”, afirmou, reconhecendo, contudo, que está por consolidar o trabalho de reorganização do CHMT iniciado em 2012 – que passou pela criação de complementaridades entre as três unidades que o constituem, Torres Novas, Tomar e Abrantes, com concentração de serviços e criação de uma “cultura institucional única”. Dos vários projetos iniciados ou lançados durante este segundo mandato (o primeiro aconteceu entre 2002 e 2005), no âmbito da aposta na “diferenciação”, Joaquim Esperancinha gostaria de ter garantias de que avança o Laboratório de Hemodinâmica em Cardiologia e a Unidade Local de Saúde (ULS), que permitiria a articulação entre os cuidados primários e os diferenciados na região. “Há uma cultura instalada em Portugal de que o país é

Lisboa, Coimbra e Porto”, afirmou, lamentando ainda que, existindo vontade e recursos, não seja dada luz verde à criação de uma ULS no Médio Tejo que iria resolver as carências de prestação de cuidados primários e garantir “melhores cuidados” às populações. Joaquim Esperancinha adiantou que deverá entrar em funcionamento no início de julho a ampliação do serviço de nefrologia, que passará de 11 para 20 postos de hemodiálise e será referência para todo o distrito. Por outro lado, admitiu que será difícil manter a maternidade em Abrantes, tendo em conta o decréscimo contínuo do número de partos (de 985 em 2011 para 784 em 2013), questionando o facto de este serviço ter ficado precisamente na zona de maior declínio populacional. “Justificam-se duas maternidades no distrito (Santarém e Abrantes) quando ambas se encontram abaixo dos rácios? É preciso sentar e tomar a melhor decisão”, pois “os problemas devem ser antecipados, discutidos, criados consensos, envolver os presidentes das câmaras”, afirmou. Mário Rui Fonseca


EMPRESAS 7

JUNHO 2014

Azeite Gallo com 150 ME em vendas em 2013 vai crescer a dois dígitos este ano O diretor geral da Gallo WorldWide (GWW), Pedro Cruz, promoveu em maio uma visita guiada à fábrica Victor Guedes, em Abrantes, propriedade da empresa, para a apresentação do balanço do último ano de atividade da marca de azeite português. A Gallo é a terceira marca mais vendida no mundo, sendo líder de vendas em Portugal, no Brasil, na Venezuela e em Angola. “Desde 2012 que a Gallo é a terceira maior marca de azeite, apenas suplantada por uma marca italiana e uma outra espanhola, em termos de venda a nível mundial”, disse Pedro Cruz, tendo feito notar que a Gallo exporta atualmente para 47 países, sendo o Brasil o principal destinatário dos azeites engarrafados em Abrantes, país onde detém 33% da quota de mercado. Brasil, Venezuela, Angola e Portugal são hoje alguns dos principais mercados de consumo

Guedes produz 17 mil garrafas de azeite Gallo •porVictor hora

dos azeites Gallo, afirmou o gestor, tendo assinalado um “crescimento muito forte em África, com Angola a subir à razão de dois dígitos”, e ainda um crescimento significativo das vendas em “parte da Ásia e Europa”. A fábrica de azeites Gallo inaugurou em maio de 2013 uma nova linha de produção para reforçar a sua presença nos mercados internacionais, tendo investido oito milhões de euros na modernização. A fábrica labora atualmente

com um processo global robotizado ao nível do enchimento, roscagem, selagem, rotulagem e embalagem, e apresenta um volume de produção de 17 mil garrafas por hora e 120 toneladas de azeite por dia. “As instalações são modernas e dão-nos garantias de resposta às necessidades do presente e do futuro”, frisou Pedro Cruz, tendo feito notar que “a matriz de filosofia da empresa e do seu desenvolvimento assentam no saber

fazer azeite, aqui produzido de forma ancestral e na visão do fundador da Gallo”, o empresário Victor Guedes, que no ano 1860 já ali desenvolvia atividade industrial a partir das oliveiras, das azeitonas e do azeite. Com 190 trabalhadores, a GWW tem a sua fábrica em Abrantes e escritórios em Lisboa, São Paulo (Brasil) e Xangai (China), e exporta por via marítima 75% das cerca de 40 mil toneladas de azeite produzidas anualmente, sendo que os restantes 25% se destinam ao mercado interno. Registada em 1919, a marca Gallo apresentou um volume de faturação de 130 milhões de euros em 2012 (90 milhões de euros em 2011), tendo o seu diretor geral perspetivado para este ano “continuar a subir à razão de dois dígitos, mantendo a tendência de crescimento em mercados nacionais e internacionais”. Mário Rui Fonseca

Investimento de 1,3 milhões de euros cria nove novos empregos em Abrantes A Abrancongelados, empresa de Abrantes, investiu cerca de 1,3 milhões de euros num armazém de transformação e comercialização de pescado congelado, tendo chegado aos 24 trabalhadores, com a criação de mais nove novos postos de trabalho. Com este investimento, a Abrancongelados, que beneficiou de um incentivo de 665 mil euros do programa Promar, vai poder concentrar na zona industrial de Abrantes todos os produtos num único armazém, encerrando as cinco estruturas que tinha alugadas na região de Santarém. Em declarações ao JA, Jorge Batista, um dos sócios da empresa, disse que o investimento “permite reduzir despesas, tendo em conta os cinco armazéns alugados - quatro em Alferrarede e um em Riachos - e os custos originados pela dispersão, com viaturas e meios humanos num vaivém constante”, para recolha e descarregamento de mercadorias. A empresa, com 1200 cli-

entes e entregas em 24 horas, opera nos distritos de Santarém, Évora, Portalegre, Leiria e Castelo Branco, nomeadamente nas áreas da restauração, pequeno retalho, cantinas escolares e instituições de solidariedade social, entre outros. “O nosso forte é o pescado congelado, embora comercializemos também todo o tipo de legumes congelados, mariscos de Moçambique, carnes, produtos précozinhados e bolos de pastelaria”, disse o empresário. Com um volume de faturação de 2,3 milhões de euros em 2013, e perspetivas de atingir os 3 milhões de euros no final deste ano, a empresa iniciou a sua laboração em Abrantes em 2007, com três trabalhadores, sendo que, com o investimento efetuado e a contratação de nove novos funcionários, emprega hoje um total de 24 pessoas. A exportação é um objetivo da empresa, que tem já contactos estabelecidos em países como a China, o Brasil e Angola. MRF

PUBLIREPORTAGEM

Bricomarché com nova imagem e campanha de preços Fundada no dia 11 de novembro de 1998 e sendo a segunda loja a abrir no país, o Bricomarché de Abrantes está a ser alvo de uma remodelação que tem como principal objetivo transformar o espaço num local mais arejado e apelativo aos clientes. A ideia surgiu como resposta à crise e ao decréscimo de vendas. Foi, assim, implementada nas 35 lojas existentes no país um novo conceito de loja. A remodelação em Abrantes resultou num investimento de 300 mil euros e implicou um layout diferente, uma nova distribuição dos artigos, uma renovação de gamas e produtos, numa oferta mais atualizada e forte,

com marcas de qualidade. Para além desta aposta nos produtos, a loja do Bricomarché conta agora com um novo espaço exterior coberto, dedicado aos materiais de construção, e com áreas em destaque nos setores dos eletroportatais, da motocultura e das pinturas.

Aí é possível encontrar “uma diversidade de produtos muito agradável,” como refere ao JA Carlos Rodrigues, gerente da loja. A remodelação também incidiu na parte administrativa, que conta agora com um espaço mais amplo, garantindo melhores condições aos fun-

cionários. Por último, toda a fachada da loja recebeu uma intervenção, tornando -a “mais luminosa e arejada”, admite ainda o gerente. Com 20 funcionários, o Bricomarché de Abrantes vai iniciar um novo ciclo, após esta intervenção que durou cerca de seis meses. No dia 7 de junho a loja vai reabrir com uma campanha de preços “muito interessante”, onde o objetivo principal é que “procurem o espaço, venham conhecer o novo conceito e verificar que estamos aqui para continuar a prestar o melhor serviço à comunidade do concelho e da região no ramo da bricolage,” finaliza Carlos Rodrigues.

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8 REGIÃO

JUNHO 2014

Poiares Maduro defende “competitividade inteligente” para desenvolver locais menos povoados O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu em Mação o conceito de “competitividade inteligente” para desenvolver os territórios de baixa densidade populacional, a partir dos recursos locais.

“Nós temos de ter novas soluções para uma realidade diferente, soluções que não aprofundem as assimetrias sociais e territoriais destas populações”, disse Poiares Maduro, em Mação, após uma visita realizada a várias localidades do distrito de Santarém, no âmbito dos Roteiros pelos Territórios de Baixa Densidade. O périplo incluiu passagens por Alpiarça, Chamusca, Golegã, Constância, Abrantes e Mação, onde o governante quis “conhecer pessoalmente as realidades locais para uma melhor tomada de decisão de política pública”. O responsável visitou, entre outros, o Ecoparque do Rel-

vão, na Chamusca, o Centro de Alto Rendimento de Desportos Equestres, na Golegã, o Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes, e o Parque de Astronomia, em Constância. “Para podermos decidir o que se vai passar em termos de decisão de políticas públicas, é importante conhecer mais de perto as realidades territoriais, os seus êxitos, os seus problemas e as suas expectativas, de modo a podermos corrigir as assimetrias regionais, em termos de

qualidade de vida, emprego e perspetivas de um futuro melhor”, defendeu. Em Mação, concelho com 7.200 habitantes dispersos por mais de uma centena de aldeias e lugares com menos de 500 habitantes e onde Poiares Maduro conheceu o projeto “Transporte a Pedido” que ali foi implementado, o presidente da Câmara, Vasco Estrela, disse ao governante que os territórios de baixa densidade “querem ser tratados com justiça”, no âmbito

da anunciada reforma do Estado. O autarca social-democrata afirmou “não haver maior injustiça do que tratar por igual aquilo que é diferente”. O ministro defendeu, por isso, uma “competitividade inteligente” a partir dos recursos existentes em cada território - “produtos tradicionais, potencial humano, inovação e dinamismo” – e afirmou a necessidade de “pensar os problemas de forma inovadora, assegurando ao

mesmo tempo serviços de proximidade e qualidade” aos cidadãos. “O ‘Transporte a Pedido’ é emblemático nesse sentido”, vincou, notando que o serviço “é uma forma diferente de transporte público mas que garante maior proximidade, maior comodidade, melhores horários e melhor serviço para as populações”. O serviço, que funciona em Mação e que foi replicado em maio nos concelhos de Sardoal e Abrantes, à seme-

lhança do transporte coletivo regular, tem circuitos, paragens e horários definidos. No entanto, distingue-se por pressupor que o cliente desencadeie a viagem, contactando previamente uma central de reservas. Deste modo, as viaturas só efetuam os percursos se, antecipadamente, o serviço tiver sido solicitado e só vão às paragens que tiverem reservas. “É este tipo de respostas diferentes que nós temos de generalizar nos diferentes tipos de serviços na administração pública”, enfatizou Poiares Maduro. O projeto Transporte a Pedido no Médio Tejo chegou a Sardoal e Abrantes no passado mês de maio, sendo que, no caso de Abrantes, e numa primeira fase, o mesmo apenas sirva as freguesias de Carvalhal, Fontes, Mouriscas, Martinchel, Aldeia do Mato e Souto, num total de 83 paragens. Mário Rui Fonseca

Médio Tejo aposta na inovação e coesão social em plano a concretizar até 2020 A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) apresentou no dia 6 de maio, em Tomar, as linhas gerais do seu plano estratégico até 2020, assente em inovação, competitividade, coesão social, sustentabilidade energética e num modelo de gestão supramunicipal. A apresentação do Plano Estratégico de Desenvolvimento 2014-2020 Médio Tejo, pelo economista Augusto Mateus, aconteceu numa cerimónia que decorreu ao final da tarde no Convento de Cristo e que culminou com a tomada de posse das 40 entidades que integram o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal do Médio Tejo. Augusto Mateus conside-

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rou que o modelo de governança proposto “tem muita inovação e muito risco” pelo desafio que representa para os presidentes das câmaras municipais passarem a agir no âmbito de uma “equipa coesa” que vai trabalhar a uma escala supramunicipal. Saudando o facto de o novo quadro de apoio comunitário impor “finalmente” estratégias de desenvolvimento descentralizadas, Augusto Mateus, responsável pela equipa que elaborou o plano, realçou igualmente o fim de uma “lógica de desconfiança entre setor público e setor privado”. O Conselho Estratégico, que integra entidades públicas, privadas e de solidariedade social, terá por função

“ajudar a construir a estratégia” que está a ser traçada para a região, incorporando uma “visão externa” aos municípios, realçou a presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque. A também presidente da Câmara Municipal de Abrantes disse à Lusa que o plano hoje apresentado é ainda “preliminar”, sendo necessário aguardar pelas diretrizes de Bruxelas e pela definição dos fundos disponíveis em cada eixo para ser complementado, embora a CIMT tenha já identificado um conjunto de projetos que quer concretizar. “Cada município identificou o que de melhor tem para pôr ao serviço da região e também as fragilida-

des que têm de ser colmatadas”, afirmou. O plano aponta a valorização dos recursos endógenos e do potencial turístico, a incorporação de valor na atividade empresarial, a promoção da coesão e da qualidade de vida e a consolidação de massa crítica urbana. “Temos as melhores condições para prosseguir esta estratégia. Temos os rios Tejo e Zêzere, património construído como este [Convento de Cristo], empresas relevantes em vários setores”, que aderiram ao Conselho Estratégico por perceberem “a necessidade efetiva de articulação”, destacou Céu Albuquerque. Lusa


REGIÃO 9

JUNHO 2014

A cidade de Abrantes recebeu a X Confraria do Azeite juntando confreiros, produtores e especialistas do ouro vegetal na Praça Raimundo Soares, no passado dia 17 de maio. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, foi entronizada como confreira do azeite, tal como os representantes das empresas abrantinas Zé Bairrão e Casa Anadia. A Confraria do Azeite é uma entidade que se dedica à promoção do ouro vegetal a nível nacional e internacional. Segundo o seu chanceler, Francisco de Almeida Lino, os próximos mercados em vista vão ser os Estados Unidos da América, o Brasil, a Angola e a China. O trabalho de promoção e potencialização do setor internacionalmente tem como objetivo “abrir oportunidades, criar uma afetividade e dizer que o azeite ori-

Joana Margarida Carvalho

“O azeite original está em Portugal”

• X Confraria do Azeite realizou-se em Abrantes ginal está em Portugal”. Maria do Céu Albuquerque adiantou à Antena Livre que a realização desta X Confraria do Azeite em Abrantes resultou da afirmação que o concelho já apresenta neste setor. “Tivemos aqui um resultado do esforço constante

que Abrantes tem vindo a fazer para afirmação deste produto que é produzido entre nós. A história fala por si e são já muitos anos e cinco marcas no concelho que têm levado o nosso azeite mais além.”A autarca adiantou ainda que no próximo mês de fevereiro

de 2015 Abrantes vai voltar a receber mais uma edição do Encontro Ibérico do Azeite. Segundo Maria do Céu Albuquerque a intenção “é dar continuidade à nossa estratégia de promoção do azeite produzido no concelho.” Joana Margarida Carvalho

Apoios na reparação de casas degradadas A Câmara Municipal de Mação está novamente a promover um programa de apoio para a conservação, reparação ou beneficiação de habitações degradadas em todo o concelho. O processo é simples e assenta em comparticipações financeiras, na redução de

taxas e licenças municipais, na cedência de maquinaria e equipamento da autarquia para a retirada de entulhos e demolições e na atribuição de cal. O regulamento de auxílio é destinado a todos os munícipes que terão de efetuar uma candidatura que será

depois submetida à análise da Comissão de Inventariação e Acompanhamento Municipal. Para Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, “esta é uma excelente oportunidade para que as habitações degradadas em todo o concelho possam receber uma

intervenção. Estamos a sinalizar este problema, que é comum nos centros históricos um pouco por todo o país, e queremos transmitir que temos aqui um importante património a recuperar, por forma a tornar o concelho mais limpo, seguro e bonito”.

Tramagal: Vidas Cruzadas leva Loja Social Itinerante a 11 freguesias de Abrantes A Associação Vidas Cruzadas, com sede em Tramagal, assinou no dia 14 de maio um protocolo de trabalho e cooperação com 11 das 13 freguesias do concelho de Abrantes para estender os serviços prestados pela sua loja social itinerante. Fundada em 2007, a Associação Vidas Cruzadas presta hoje um serviço relevante à sociedade onde se insere, com a prestação de apoio em diversas valências, tendo adquirido recentemente, com

Vânia Grácio, presidente das Vidas Cruzadas, e •Bruno Tomás, presidente da união de freguesias urbanas, assinaram o protocolo de cooperação

o apoio da Câmara Municipal de Abrantes, uma carrinha de apoio para a Loja Social itinerante poder prestar serviço, a partir do Tramagal, às restantes freguesias envolvidas no projeto. A iniciativa contou com a participação das freguesias que assinaram o protocolo para o serviço itinerante, e da presidente do município de Abrantes, autarquia que assegurará o transporte de mobiliário nas situações em que se justificar.

Bombeiros de Sardoal representados a nível nacional

O presidente da CM de Sardoal, Miguel Borges, foi eleito para a Mesa da Secção de Municípios com Bombeiros Municipais da Associação Nacional de Municípios Portugueses. Miguel Borges considerou que esta eleição representou uma mais-valia para a cooperação municipal do seu concelho pois, no entendimento do autarca, há algum trabalho a fazer nesta área. “Penso que os municípios com bombeiros municipais têm que reunir cada vez mais e estabelecer um olhar atento a estas nossas cooperações, pois verifico que pouco tem sido feito em termos legislativos, em termos organizacionais, em prol dos bombeiros munici-

pais”, admitiu à Antena Livre Miguel Borges. O presidente da CM de Sardoal considerou que “há ainda grandes diferenças entre os municípios com bombeiros municipais e voluntários. No socorro às populações não há nada a referir, os operacionais estão no terreno com respostas eficazes e de qualidade. Já no que diz respeito ao sistema organizacional, que pode ser melhorado, há muito trabalho a fazer”. A eleição decorreu no passado dia 14 maio, na Associação Nacional de Municípios, onde os municípios de Gaia, Leiria, Loulé e Setúbal também foram eleitos para a referida mesa. JMC

Vinhos: Vale do Armo e Quinta do Côro conquistam ouro em Bruxelas Portugal foi o segundo país mais distinguido pelos prémios de elite do Concours Mondial de Bruxelles, este ano na sua 20ª edição e que decorreu no início do mês de maio na capital belga. Melhor ainda, dois vinhos portugueses conseguiram ser considerados os melhores em duas categorias: Melhor Vinho Branco e Melhor Vinho Doce. Com 16 Grandes Medalhas de Ouro, os vinhos portugueses só ficaram atrás da França (18), superando a Espanha (13) e a Itália (12). Ao todo, os produtores portugueses arrecadaram 325 medalhas (16 Grande Ouro, 113 Ouro, 196 Prata)

das 2.329 medalhas atribuídas. No total absoluto, a França (648) voltou a liderar, à frente da Espanha (499), Portugal e Itália (285). Os vinhos portugueses da região que conquistaram a cobiçada Grande Medalha de Ouro foram os tintos Quinta do Côro Reserva 2012 (Aoc. Agro-Alimentar Mascata), Tejo e Vale do Armo Reserva 2011 (Q. Vale do Armo), Tejo. Neste concurso participaram 8.060 vinhos provenientes de 41 países produtores, que foram avaliados por 310 provadores, representando 40 nacionalidades. In Revista de Vinhos

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10 REGIÃO

Autarca de Abrantes mostra obras em curso Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, realizou, no passado dia 20 de maio, uma visita às obras que estão a decorrer no concelho e que representam um investimento na ordem dos 4 milhões de euros. São empreitadas que estão a decorrer sob a responsabilidade da autarquia em colaboração com algumas entidades parceiras. A visita realizou-se num fecho de ciclo onde já se desenham os novos horizontes e projetos para um próximo quadro de apoio 2014 – 2020.

Entre as obras em curso, o destaque vai para o mercado diário da cidade que parece ver agora a sua conclusão prevista no início de outono. Trata-se de uma obra orçada em cerca de 545 mil euros que irá resultar num equipamento completamente ino-

vador para os produtores locais em pleno centro histórico da cidade. O novo espaço é, nas palavras da presidente da autarquia, “uma obra emblemática, um novo conceito de mercado”. Em Tramagal, o antigo mercado está a receber uma obra de requalificação que dará uma nova vida a um espaço típico da freguesia. A obra orçada em 132 mil euros está a incidir na reparação e na limpeza da estrutura existente e na construção de novas valências, tornando o espaço polivalente. A inauguração do equipamento está apontada para o dia da freguesia, a 24 de junho. Ainda em Tramagal, estão em curso as obras do núcleo museológico da freguesia. O edifício que no passado funcionou como o escritório principal da Metalúrgica Duarte Ferreira vai dar lugar a um nú-

cleo que irá reunir parte do espólio da MDF e, assim, “preservar a memória do Império Borboleta”. O projeto de instalação do museu implica um investimento na ordem dos 120 mil euros e resulta de uma parceria entre a Câmara e a Junta de Freguesia. O destaque na área da saúde vai para a nova Unidade de Saúde Familiar (USF), que irá ser construída na antiga rodoviária da cidade. Para além da USF, a obra inclui um parque de estacionamento subterrâneo e um outro piso destinado a sediar uma loja de cidadão ou atual Segurança Social. A conclusão da obra está prevista num espaço de um ano, representando um investimento de cerca de um milhão de euros. Na área do desporto e do turismo o objetivo da CM de Abrantes está centrado na conclusão da Estação de Ca-

Joana Margarida Carvalho

JUNHO 2014

Centro de Acolhimento do Tejo será inaugurado no próximo dia 14 de junho, •feriado municipal

noagem de Alvega, obra orçada em 258 mil euros, e no início de atividade do Centro de Acolhimento e de Interpretação do Tejo, em Rossio ao Sul do Tejo, num investimento de 948 mil euros. Este novo espaço que conta com um parque de campismo junto ao rio vai ter também, um espaço expositivo, dedicado à ciência e ao Tejo. Para Maria do Céu Albuquerque é um equipamento que “pode servir de ponto de partida e de ligação aos outros centros dedicados à ciência já existentes em Vila Nova da Barquinha e em Constância.” A inaugura-

ção está prevista para o dia 14 de junho, onde serão realizadas as cerimónias oficiais do dia da cidade. Nesta visita guiada, foi ainda possível conhecer a requalificação da estrada nacional 118 em Alvega, que representa um investimento de meio milhão de euros e onde estão a ser instaladas novas infraestruturas (esgotos domésticos e pluviais, telecomunicações e eletricidade, passeios e novo pavimento). Em simultâneo, está também a decorrer a obra de pavimentação e de alargamento da estrada de Bemposta para Vale das Mós,

num investimento municipal de cerca de 382 mil euros. A presidente da CM Abrantes adiantou ainda que os projetos integrados no próximo Quadro comunitário de Apoio 2014 -2020 serão apresentados no dia da cidade, dia 14 de junho, data em que vai tomar posse o conselho consultivo municipal. Um órgão que vai fazer o acompanhamento da estratégia de desenvolvimento do concelho e que vai juntar cerca de 100 pessoas das mais variadas áreas. Joana Margarida Carvalho

Câmara de Abrantes rejeita alienar participação no capital social da Valnor

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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A Câmara de Abrantes decidiu no dia 14 de maio, por unanimidade, não alienar a sua participação no capital social da empresa Valnor Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, numa reunião extraordinária. A decisão tomada pelo executivo, liderado pela socialista Maria do Céu Albuquerque, surge no âmbito do processo de privatização da EGF - Empresa Geral de Fomento, SA, detentora da maioria do capital da Valnor, empresa que faz a gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos naquele município. A autarquia decidiu também exercer o seu direito de preferência na aquisição de ações que venham a ser objeto de venda para que os municípios acionistas da

Valnor fiquem detentores da maioria do capital. Em comunicado, Maria do Céu Albuquerque considera que esta posição “defende os interesses dos munícipes por estar em causa o interesse público” e acautela a posição dos municípios nos sistemas de recolha e tratamento. A autarca alerta ainda para os “riscos decorrentes da privatização de um setor com impacto direto na vida das populações, colocando a defesa do interesse dos utilizadores, representados pelos municípios, num plano minoritário, nomeadamente no que diz respeito à qualidade do serviço e dos tarifários”. Em causa está a privatização da EGF, ‘sub-holding’ do grupo Águas de Portugal,

que gere o tratamento de resíduos através de 11 empresas, nas quais se engloba a Valnor. A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) já anunciou a sua discordância relativamente à privatização destes sistemas. No caso do município de Abrantes, enquanto participante no sistema Valnor, foi solicitado ao Governo a aquisição dos 2% da participação acionista, refere a autarquia, frisando que o fez “de acordo com o estabelecido no acordo parassocial”, outorgado em 17 de abril de 2001. “Caso a Empresa Geral de Fomento deixe de ser uma empresa maioritariamente pública, os restantes acionistas poderão adquirir à EGF e esta compromete-se a ali-

enar um mínimo de 2% da sua participação acionista no capital social deste sistema multimunicipal”, sublinhou a autarca. Os acionistas da Valnor S.A, de acordo com a página da empresa, são os municípios de Abrantes, Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo Branco, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Idanha-aNova, Mação, Marvão, Monforte, Nisa, Oleiros, Ponte de Sôr, Portalegre, Proença-aNova, Sardoal, Sertã, Sousel, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão. A Valnor é a empresa responsável pela recolha, triagem, valorização e tratamento de resíduos sólidos nos 25 municípios da sua área de influência. Mário Rui Fonseca


JUNHO 2014

ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA 11

XXVIII FEIRA DO TEJO

Festas do Concelho de Vila Nova da Barquinha

Pérsio Basso

12 a 15 junho

Entre 12 a 15 de junho, Vila Nova da Barquinha vai estar em festa. O destaque desta edição de mais umas festas concelhias vai essencialmente para o rio Tejo e os seus afluentes. Depois de vários anos em que a aposta da autarquia se centrou nas artes, chega agora o momento de destacar os produtos endógenos e o que Barquinha tem de melhor. O espaço do Parque de Escultura Contemporânea Almourol é o local escolhido para acolher milhares de visitantes para mais uma edição da Feira do Tejo, com dezenas de expositores de artesanato e as tradicionais tasquinhas. Durante quatro dias, Vila Nova da Barquinha promove o seu maior evento anual, onde não faltará a animação de rua, teatro, dança, música, folclore, marchas populares, pirotecnia, desporto, exposições, sem esquecer as atividades para os mais novos com os insufláveis e balão de ar quente. Além da animação, em Vila Nova da Barquinha os visitantes poderão apreciar um espaço com o melhor da escultura contemporânea portuguesa, o Parque de Escultura Contemporânea Almourol, com trabalhos de Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho. Fernando Freire, presidente da CM de Vila Nova da Barquinha, admite que o envolvimento da comunidade e por sua vez, o movimento associativo “é cada vez maior e por isso esta é uma festa de todos”.

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12 ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

JUNHO 2014

FERNANDO FREIRE EXPLICA AS PRINCIPAIS APOSTAS DO CONCELHO

“A arte é o selo atual de Vila Nova da Barquinha”

Pérsio Basso

“Chegou o momento de nos voltarmos para aquilo em que somos diferentes”

Fernando Freire, presidente da CM de Vila Nova da Barquinha, apresenta um novo tema para as festas de 2014. O regresso às origens e ao que Barquinha tem de melhor estará em destaque na edição deste ano. Quanto ao mandato, são vários os projetos que o autarca tem em carteira e que apenas aguardam o próximo quadro de apoio. A aposta continua forte no turismo muito dedicado à arte.

Qual vai ser a temática destas festividades anuais de Barquinha? Estas festas vão estar essencialmente viradas para os produtos ligados ao rio Tejo. Importa realçar o rio e os seus afluentes, nomeadamente o Zêzere e o Nabão que banham toda a região do Médio Tejo. Assim, depois de anos onde a aposta se centrou na arte e na ciência, entendemos que chegou o momento de nos voltarmos para os produtos endógenos, para o artesanato, para o comércio local, para as origens de Barquinha, para aquilo em que somos diferentes. Esta é uma estratégia que

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se enquadra na temática de Portugal 20 – 20 e na estrutura dos fundos comunitários que vêm aí. Vamos ter, assim, a Feira do Tejo, que será a nossa festa, que espero que seja entendida como um mercado, uma troca de ideias, saberes, conhecimentos, onde a região estará representada. O que é que vai estar em destaque na programação deste ano? Vamos promover o rio nas suas mais variadas vertentes, com descidas de canoas, com a presença da cultura avieira e com a degustação de iguarias do rio. Neste último ponto, o objetivo é dar um salto para que no futuro possamos promover mais festivais gastronómicos no concelho, alocando alguns meios financeiros na gastronomia mais típica. Este é o primeiro ano em que não vamos entregar a exploração das tasquinhas a privados, vamos fazer uma aposta forte na participação das coletividades, por forma a que estas possam tirar destes festejos alguma receita para as suas atividades anuais. Em

termos de atividades, e em parceria com as associações do concelho, vamos ter uma prova ibérica em hipismo, um torneio de futebol, pesca desportiva, marchas populares, duas peças teatrais com o grupo Fatias de Cá, danças, uma aula de zumba, caminhadas, animação de rua, espetáculos musicais de pirotecnia, entre outras atrações que vão estar em destaque entre 12 a 15 de junho. Houve uma contenção no investimento para esta edição? Sim. Houve uma contenção no investimento dedicado ao evento uma vez que temos de ser a nós a dar o exemplo e a tomar uma atitude. São 33 mil euros de investimento, numa contenção implícita, mas onde o envolvimento das pessoas é constante e cada vez mais frequente. Verifico que, de ano para ano, as coletividades se envolvem mais talvez, devido ao facto de os valores materiais terem passado para outro patamar. Hoje há cada vez mais partilha entre as pessoas e um envolvimento maior.

Face ao próximo Quadro Comunitário de Apoio e após a apresentação do Plano Estratégico de Desenvolvimento 2014-2020, o que está a perspetivado para o concelho? Um dos projetos que temos em carteira e que têm uma abrangência regional é ligar o rio Tejo através de percursos pedestres ou de ciclovias. Percursos que sejam sustentáveis e ecológicos e que possam ligar a região, desde a Golegã até à Abrantes, promovendo qualidade de vida e mais atração turística. O Transporte a Pedido, um projeto pioneiro e de grande sucesso, é uma aposta e em 2016 pretendemos trazê-lo para Vila Nova da Barquinha. Tudo indica que a área do turismo será determinante e, neste ponto, temos a valorização constante do nosso ícone, o castelo de Almourol. Vamos ainda tentar a requalificação da Igreja de Tancos, nomeadamente ao nível da sua talha e azulejos. Outros projetos vão surgir, mas estamos ainda a falar de ideais de projetos e não de projetos já em concreto.

Vê com bons olhos esta estratégia supramunicipal conduzida pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT)? Vejo. Hoje temos de fazer uma codecisão, uma decisão partilhada face aos destinos do nosso território. Havendo consenso todos os projetos vão mais adiante, não havendo consenso, decidindo contra a maioria e a doutrina dominante, é muito mais difícil implementar qualquer tipo de projeto. Envolvendo a administração central, local e os privados tudo fica mais facilitado. O turismo é uma das grandes potencialidades do concelho….Qual é o ponto de situação da obra no castelo de Almourol? Neste momento, temos terminada a requalificação das muralhas, estamos agora a intervir na torre do castelo e prevemos que nos finais de junho estejamos em condições de abrir o equipamento ao público. Uma das questões que nos preocupa é garantir a manutenção do castelo garantido a sua segurança e fazendo uma recons-


tituição daquilo que ele é na sua génese. Na ilha temos o objetivo de criar um percurso pedonal que facilite a mobilidade dos próprios turistas, eliminando algumas espécies infestantes que estão no espaço, como também temos a intenção de replantar algumas novas espécies arbóreas que existiam antigamente. No campo da arte, como está a ser promovido e potencializado o Parque de Escultura Contemporânea de Almourol (PECA)? O PECA, a galeria do parque, o posto de turismo, entre outros, são projetos estruturantes para a Barquinha. Todo o investimento iniciado em 2012, em parceria com a fundação EDP, garantiu recentemente trazer para o concelho duas exposições de âmbito nacional, uma de Rui Sanches, outra da Ordem dos Arquitetos. A exposição de Rui Sanches superou o número de visitantes aquando a exposição esteve patente em Lisboa. No que diz respeito ao PECA, o mesmo tem sido cada vez mais procurado para passear, para descansar, para conviver, para apreciar arte e, por isso, queremos passá-lo para Museu de Escultura Contemporânea de Almourol partindo para um patamar superior, dotando-o de mais esculturas. Até ao dia 31 de dezembro temos de ter concluída uma nova galeria de arte, que se chamará galeria de St. António, e que terá duas novas salas de exposição. Será um espaço destinado a exposições de artesanato, fotográficas e para pintores e artistas emergentes. Temos

ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA 13 já concluída a residência temporária de criadores no sentido de ter connosco artistas que queiram trabalhar e estudar aqui e que, depois, possam doar algum do seu espólio ao concelho. A arte é o selo atual de Vila Nova da Barquinha. Qual é o ponto de situação da Carta de Turismo Militar? É um projeto inovador e criativo saído do Instituto Politécnico de Tomar a quem devemos dar todo o protagonismo pois, sem qualificação, não temos capacidade de crescimento e nem de inovação no nosso território. O projeto já foi levado à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, já foi aprovado, e está integrado no próximo plano estratégico 2014 – 2020. Estamos no patamar de catalogação e de inventariação do que é visitável em parceria com o museu militar. No meio militar nem sempre é fácil conciliar a parte operacional com parte turística. Há uma série de questões, nomeadamente os recursos humanos disponíveis. Neste Quadro 14 – 20 temos a intenção de ver esta questão resolvida.

Centro de Negócios de Barquinha, que fica muito bem localizado em termos de acessibilidades. É uma área determinante, pois são as empresas que criam riqueza para o território.

Pérsio Basso

JUNHO 2014

Qual tem sido a estratégia autárquica para atrair investimento ao parque empresarial? Quantas empresas estão ali sediadas? Neste momento temos sete empresas sediadas. Uma das preocupações, quando tomei posse, foi criar um gabinete de apoio empresarial, que tem sido uma maisvalia em termos burocráticos. Já recebemos vários empresários, projetos muito interessantes no

“Envolvendo a administração central, local e os privados tudo fica mais facilitado”

Quais são as principais obras a decorrer nas freguesias? E quais são as suas carências? Temos em vista a requalificação da Escola nº 1 de Atalia em Centro Comunitário. O objetivo passa pela criação de mais dinâmica na freguesia e, até ao final do ano, temos a possibilidade de concluir o projeto. Em Barquinha estamos a requalificar o Jardim da Nora e vamos requalificar o monumento aos mortos da Segunda Guerra Mundial. Na Moita do Norte requalificámos a zona degradada do parque desportivo, onde foi feita a cedência de toda área envolvente ao Grupo Cicloturismo Barquinhense no sentido de se criar um centro de BTT a curto-médio prazo. Em Tancos estamos a finalizar o albergue da juventude, onde iremos dotar o concelho com mais 31 camas para turistas, queremos ver finalizado o novo espaço em junho. Na Praia do Ribatejo estamos a construir uma nova ETAR. Nas Madeiras pretendemos construir um lar residência para idosos e na Barquinha queremos garantir um alargamento da Santa Casa da Misericórdia, equipamentos estruturantes na nossa sociedade. Pretendíamos ainda fazer neste mandato o saneamento básico nas Limeiras e nas Madeiras. Joana Margarida Carvalho

Igreja da Atalaia – uma joia no concelho de Barquinha Pires, o Velho. O túmulo de D. José Manuel, segundo cardeal patriarca de Lisboa, o único que não foi sepultado no Panteão dos Cardeais, entre outras características e motivos de interesse”. Dedicada a Nossa Senhora da Assunção, a traça da igreja foi elaborada por João de Castilho, sendo os programas decorativos do portal principal e do arco cruzeiro da autoria de João de Ruão. “Dois escultores a quem não se dá por vezes a devida relevância e que já reuniram três prémios mundiais da UNESCO,” finaliza o presidente. As visitas guiadas ao monumento estão disponíveis durante todo o ano e podem ser requisitadas no posto de turismo da vila. Pérsio Basso

Considerada monumento nacional desde 1926, a Igreja Matriz de Atalaia é um ponto turístico do concelho de Vila Nova da Barquinha e um belo exemplo de arquitetura renascentista, procurada por turistas de todo o lado. Trata-se de um edifício do século XVI que reúne algumas características “interessantes”, segundo Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal, que vão desde “os seus azulejos de grande efeito artístico do século XVII a um tesouro de arte sacra representado pelo cálice do século XVI, em prata dourada”. Para além destes dois pontos de interesse, o presidente destaca, ainda, “o portal da igreja, que alberga as figuras de São Pedro e São Paulo, num arco de volta perfeita. O altar-mor onde o destaque vai para a imagem da Virgem com o Menino, possivelmente elaborada no início do século XVI, por Diogo

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14 ESPECIAL FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

JUNHO 2014

Um programa para todos os gostos e idades A festividade arranca na galeria do parque, às 18h00, com abertura da exposição dos alunos finalistas do curso de Artes Plásticas do IPT. Também por esta hora chega à sala de estúdio do Centro Integrado de Educação e Ciência, CIEC, Palavras Soltas, com Rafael Domingos. Já às 19h00, o parque ribeirinho recebe a iniciativa “A Saúde na Terra dos Sorrisos”, numa organização da UCC Almourol, uma atividade que vai decorrer durante todos os dias do certame com diversos temas. O início da noite, às 21h00, inicia-se no palco St. António, com as marchas populares. Logo de seguida no palco principal, decorre um concerto musical, com os Soul Secrets. A noite prossegue no palco ribeirinho, com o grupo musical Arregaita e, para os mais resistentes, o parque ribeirinho vai ter uma tenda da discoteca Casa do Guarda com a presença de um DJ. Este dia marca o início da exposição de trabalhos de pintura e fotografia dos alunos que estará patente até ao último dia festivo no CIEC.

14 de junho – sábado

uma atividade que se prolongará até às 18h00. Já durante a tarde, às 15h00, tem início um workshop de canoagem promovido pelo Clube Náutico Barquinhense, que volta a decorrer nos dois dias seguintes da festa. O auditório do Centro Cultural recebe o lançamento do livro “Crónicas Históricas”, de António Luís Roldão. Pelas 16h16 chega ao parque ribeirinho a peça de teatro “A Tempestade” do Grupo Fatias de Cá. Ao final da tarde, realiza-se na igreja matriz da vila uma missa em honra de St. António, seguida de uma procissão. A noite será preenchida com música: às 22h30, no palco principal, com o músico Denis; às 00h00, no palco ribeirinho, com os Fun2Rock e no parque ribeirinho a animação continua na tenda da Casa do Guarda com um DJ. Neste dia, tem início o 1º torneio futsal Tejo que se prolonga até ao sábado seguinte.

O dia de sábado será preenchido com várias provas desportivas que vão desde a realização do II torneio de escolas natação, uma descida de canoas, um crosstraining, um batismo a cavalo e uma aula de zumba fitness. O programa cultural para este terceiro dia da festividade inicia-se às 14h30 no CIEC, com a realização da sessão “Na Barquinha semeamos Ciência”, iniciativa que volta acontecer às 17h00 no mesmo local. Às 15h00 tem início o workshop de “Bonecos em Eva”, com Leonor Tavares, que volta a decorrer no domingo à mesma hora. A animação de rua inicia-se pela tarde dentro, com o grupo Peña Kalimotxo e com os insufláveis, duas iniciativas que voltam acontecer no dia seguinte. Já a meio da tarde, no parque ribeirinho, sobe ao palco a Tuna do Clube União de Recreios e, às 19h00, realiza-se uma visita guiada

13 de junho – sexta feira No segundo dia do certame, a manhã festiva começa às 09h00 com o hastear da bandeira no edifício dos Paços do Concelho. Às 10h00 vai decorrer no parque ribeirinho a iniciativa “Pintura ao Vivo no Parque”,

DR

12 de junho – quinta -feira

• Ricardo Oliveira ao Parque Escultura Contemporânea Almourol. Às 19h00 chega a vez da atuação do grupo Crossfire, num concerto musical. Entre as 20h00 e as 23h00 vai estar no parque ribeirinho um balão de ar quente destinado aos mais novos. Ao início da noite vai decorrer um festival de folclore, com as presenças confirmadas do Grupo Folclórico “Pescadores de Tancos”, o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Leomil, o Rancho Folclórico E. de C. da Mugideira, o Rancho Folclorico e E. “Os Oleiros” e o Rancho de Pedrogão Grande. A noite vai contar com os espetáculos musicais de Ricardo Oliveira, no palco principal, com os Vice-Versa, no palco ribeirinho, e na tenda da Casa do Guarda, com um DJ pela madrugada dentro.

15 de junho – domingo No domingo, o destaque vai novamente para as provas desportivas com a realização logo pela manhã,

• Espetáculo de pirotecnia

de uma descida de canoas, uma caminhada, um passeio de BTT guiado, uma concentração de vespas, novamente um batismo a cavalo e crosstraining e, já no período da tarde, decorre uma demonstração de cães militares e uma demonstração de ballet e karaté. Às 16h00 realiza-se no palco de St. António, a entrega de diplomas FOS com atuação do Grupo de Teatro e da FosTuna. Por sua vez, às 16h16, acontece o teatro “Comédia da Marmita” novamente a cargo do Grupo Fatias de Cá. O auditório do centro cultural recebe uma hora mais tarde, a apresentação do livro “O amor que chegou por sms”, de Júlio Pereira. A noite do último dia festivo será preenchida com as atuações de Pl@gio, no placo ribeirinho, com danças de salão, no aquapalco, e às, 22h00, com a Orquestra Ligeira do Exército, num concerto que será encerrado com um espetáculo de pirotecnia. Joana Margarida Carvalho

GRUPO CICLOTURISMO BARQUINHENSE

Uma casa dedicada à prática desportiva

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paços emblemáticos percorridos e que tem como único objetivo “a promoção do concelho”, refere João Correia, presidente do Grupo. “Todos os anos, tentamos mostrar o que de melhor tem o concelho, os sítios e paisagens mais interessantes, trazendo sempre alguma novidade. Costumo dizer, a brincar, que somos dos que promovemos mais a Barquinha. Quem vem para as nossas atividades sai daqui sempre, com um boa impressão do nosso trabalho e com vontade de voltar ao concelho.” Em parceria com o município, o Grupo Cicloturismo Barquinhense vai dispor de um novo espaço sediado junto às piscinas na Moita do Norte, que se destina a ser um centro de BTT dedicado ao desporto

aventura. “Trata-se de um equipamento de apoio destinado a garantir todas as condições ao atleta. No novo espaço vai poder equipar-se, comer ou beber algo, e disponibilizar de toda a informação dos trilhos existentes,” explica ainda João Correia. O Grupo Cicloturismo Barquinhense vai estar representado nas festividades anuais do concelho com a sua habitual tasquinha e vai promover, no dia 15 de junho, às 09h00, um passeio de BTT guiado, aberto à comunidade, destinado aos jovens e graúdos. Joana Margarida Carvalho Pérsio Basso

Foi fundado há 15 anos com o intuito de reunir um conjunto de amigos que simplesmente gostavam de andar de bicicleta. Hoje, promove iniciativas que juntam cerca de 600 participantes em Vila Nova da Barquinha, chama-se Grupo Cicloturismo Barquinhense e reúne já cerca de 150 sócios. Com plano anual de atividades que passam pela elaboração de vários passeios e provas em BTT, o Grupo Cicloturismo Barquinhense promove há cerca de sete anos, no último domingo de abril, uma prova em BTT chamada “Almourol à Vista”. Na edição deste ano, esgotou o número de participantes, juntando cerca de 600 atletas que chegaram de todo o lado. Esta prova distingue-se pelos es-

*O Grupo Cicloturismo Barquinhense está no facebook para mais informações sobre esta associação.


ESPECIAL ANIVERSÁRIO E JORNAL LOCAL 15 PUB

Especial

CM ABT Fernando baio

FESTAS DE ABRANTES

PROGRAMAÇÃO DIVERSIFICADA POTENCIA O QUE HÁ DE MELHOR NO CONCELHO

Abrantes como animação para todos os gostos Abrantes volta a estar em festa. Entre 12 e 15 de junho a animação está garantida a todos os níveis, sobretudo no centro histórico. O objetivo das Festas de Abrantes 2014 é criar uma dinâmica onde as pessoas possam circular e fruir o centro histórico, aproveitando as diversas atividades que acontecem, desde o folclore até aos novos talentos musicais, passando pelos grupos da terra e pelas principais atrações em forma de cabeça de cartaz, como os Amor Electro.

Algumas lojas devolutas serão ocupadas por projetos criativos, as ruas voltam a ser preenchidas por bancas de artesanato e doces e os comerciantes vão promover, na sexta-feira, 13, uma “Black Friday”. O espaço junto ao castelo vai ser palco de música com DJ's e vídeo e as crianças também vão ter atividades pensadas para elas, enquanto a área cultural é assinalada por várias exposições. Fora do centro histórico, junto ao rio, surgem várias atividades desportivas. No Hi-

pódromo dos Mourões volta a acontecer o Concurso de Saltos, trazendo muitos cavaleiros e as respetivas famílias, que aproveitam para conviver em Abrantes. E de novo no centro da cidade, os ABT Night Runners vão fazer uma corrida dedicada às festas e o downhill volta a percorrer as ruas de Abrantes. Maria do Céu Albuquerque lança o convite a todos, chamando a atenção para o objetivo das Festas: “Claramente há aqui uma vontade de potenciar o que de melhor

Abrantes tem. E é isso que faz sentido nas festas do Concelho.” Acrescenta que o momento é importante para a economia local e, também, um bom momento de convívio. “E todos nós precisamos disto para nos motivarmos para o dia a dia.” Para além do programa mais festivo, vai ser criado um Conselho Consultivo da Câmara constituído por 100 cidadãos que vão participar na governação do concelho e será inaugurado o Centro de Interpretação do Tejo.

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16 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES

MAIO 2014

MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE, PRESIDENTE DA CÂMARA DE ABRANTES, EXPLICA OS PRINCIPAIS ASSUNTOS RELACIONADOS COM O CONCELHO

“O nosso concelho tem uma rede social muito coesa e muito forte do ponto de vista das respostas sociais” Entrevista: Alexandra Silva* e Hália Costa Santos Fotos: Paulo Dias*

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, fala num concelho em que “há coisas a acontecer”. Em entrevista, a autarca aborda os principais temas relacionados com a saúde, a economia e a educação. À margem da conversa, reconhece que “os nossos cidadãos estão empenhados na construção de uma cidade e de um concelho melhor, mesmo atendendo às dificuldades em que nos encontramos”. Como é que caracteriza o estado da população neste momento em termos sociais? Há muitos pedidos de apoio que aqui nos surgem. A Segurança Social, neste momento, não tem respostas rápidas e eficazes, para poder corresponder àquilo que são as necessidades das pessoas. O desemprego aumentou, há uma maior vulnerabilidade por parte das pessoas, o que requer da nossa parte um envolvimento maior, nomeadamente, com os serviços de ação social, que neste momento são manifestamente insuficientes. A nossa resposta não está a ser tão célere quanto seria desejável porque faltam recursos. Estamos inclusivamente a contratar, através do Programa do Instituto de Emprego e Formação Profissional, mais profissionais na área da segurança social. As dificuldades por que estão a passar as cantinas sociais podem colocar em risco o fornecimento de refeições? Em princípio as cantinas sociais não vão en-

Ou o modelo de saúde é alterado ou “não sei como é que os nossos cidadãos vão sobreviver”

cerrar, a indicação que nós temos é que o Governo vai fazer uma alteração do programa. O conceito da cantina social tem que ser alterado, porque a ideia é poder fornecer uma refeição quente a quem dela precisar, estimulando as IPSS do ponto de vista financeiro para poderem rentabilizar os recursos que têm. Mas custa a aceitar que seja neste registo quase de caridade e não como forma de integrar as pessoas naquilo que são as condições básicas da dignidade humana. Com uma população cada vez mais idosa, o que é que o concelho de Abrantes tem para oferecer a esta parte da população? Abrantes é o reflexo daquilo que se passa em Portugal e até na própria Europa, que

começa a ser um continente muito envelhecido. Os idosos estão mais expostos porque o conceito de família também não permite um acompanhamento como antes acontecia, e as respostas têm que ser outras. O nosso concelho tem-se organizado, e tem uma rede social muito coesa e muito forte do ponto de vista das respostas sociais, nomeadamente nos centros de dia, no apoio domiciliário e no apoio de lares. Em relação às notícias de que o Hospital de Abrantes irá perder algumas valências, o que é a Câmara pode fazer em relação a esta situação? Estamos muito preocupados desde sempre com este processo. Já pedimos uma reunião

ao ministro da Saúde para percebermos, em primeiro lugar, quais são as orientações estratégicas para a nossa região e para o Hospital de Abrantes. Depois poderemos decidir o que faremos para salvaguardar aquilo que é o interesse das nossas populações e o acesso aos cuidados de saúde. Hoje precisaríamos de mais de uma dezena médicos para a prestação de cuidados primários de saúde. Começou já uma obra de recuperação da antiga rodoviária, para a instalação de uma unidade de saúde, e criámos também um protocolo para podermos incentivar financeiramente os médicos a fixarem-se no nosso território. Se não se criarem estas condições podemos ter problemas muito sérios com a prestação de cuidados primários. Também nos preocupa a falta de respostas em cuidados continuados. Mas há aqui uma possibilidade que é a criação de uma unidade local de saúde em que a gestão de estes três cuidados, primários, hospitalares e eventualmente, os continuados, poderão ser feitos com benefício para os nossos cidadãos e para os profissionais de saúde. Quantos utentes continuam sem médico de família? Muitos utentes. Em Abrantes, mais de 40% da nossa população está sem médico de família. Profissionais que são contratados através de empresas para virem aqui prestar serviços não vêm porque aquilo que lhes é oferecido por hora é tão pouco que não justifica as viagens. Ou o modelo é alterado ou, se não é alterado, não sei como é que os nossos cidadãos vão sobreviver, sinceramente. *Alunos de Comunicação Social da ESTA

Abrantes quer ser reconhecido “como um município onde a educação é de excelência” Com as obras na escola Dr. Manuel Fernandes e com a aquisição do Colégio Nossa Senhora de Fátima ficam completas as obras no ensino em Abrantes? Com a aquisição do Colégio de Fátima, que acontecerá até 2016, faremos então as obras de requalificação daquele espaço, para que no ano seguinte já posso estar a funcionar como um centro escolar. E, com a requalificação da Escola Dr. Fernando Loureiro, ficaremos então assim com uma cobertura total ao nível do 1º ciclo e do PréEscolar. Gostaríamos também de fazer a requalificação do Instituto de Emprego e Formação Profissional no Tecnopolo que é

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necessária porque não oferece condições. E também a instalação da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes no Tecnopolo, cuja obra nos laboratórios aguarda exclusivamente o visto do tribunal de contas para avançar. Depois será a instalação de outros serviços e das salas de aula. Foi mais rentável comprar o colégio de Fátima em vez de investir num novo centro escolar de raiz? Não é por ser mais rentável. A nossa ideia é que entre construir de novo e reabilitar, há que reabilitar sempre. A compra do edifício de Nossa Sra. de Fátima é uma opção

estratégica de reabilitação do património que existe dentro do centro histórico, que iria ficar devoluto. O colégio é uma instituição de grande relevância para a comunidade, não só local, mas até a nível nacional, e por isso mesmo a nossa intenção é que, não podendo funcionar como colégio privado, seja convertido num equipamento público ou num centro escolar. Ao longo do último ano a Câmara cedeu à Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) o Edifício Milho e a residência universitária. Que importância tem este investimento por parte da Câ-

mara e o que significa o ensino superior para o concelho? Significa que é um concelho dinâmico, que tem jovens e que esses jovens veem através da Escola Superior de Tecnologia. Queremos mostrar que é possível que os jovens, não só do nosso concelho, têm condições para fazerem a sua formação superior em Abrantes. A compra do Edifício Milho criou condições para que as aulas pudessem acontecer em boas condições. A residência de estudantes mantém, dentro do centro histórico, uma dinâmica que os jovens conseguem incutir na comunidade local, e que para nós é essencial.


ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES17

MAIO 2014

“Hoje temos que olhar para o território como um todo” O que é que a Câmara tem vindo a fazer para recuperar o centro histórico e o que ainda falta fazer? Falta fazer muito. É muito importante que o centro histórico tenha vida. É importante criar um condomínio residencial onde a Câmara e privados possam recuperar algum património que existe que está devoluto, que está degradado, epara que possa ser disponibilizado para o mercado de arrendamento ou para venda. Depois, é preciso criar um conjunto de equipamentos culturais que permitam ao turista que venha à cidade encontrar motivos para passar aqui um dia inteiro, ou até mais de que um dia. Começámos por recuperar o antigo quartel de bombeiros para instalar a galeria municipal. A nossa intenção é criar um conjunto de equipamentos que sejam um fator de atracão adicional para o turismo cultural. Se tivermos pessoas a viver e pessoas a visitar, o comércio e os serviços vão ganhar com isso. Aquilo que nós estamos a fazer através da Associação Comércio ao Ar Livre é um conjunto de iniciativas de caráter cultural e desportivas, que interajam com diversos atores e intervenientes da nossa comunidade, para capitalizar pessoas para dentro do centro histórico. Mais coisas há a fazer porque se os próprios comerciantes não tiverem também eles uma postura mais pró-ativa, nomeadamente, com horários compatíveis com a vida das pessoas ou com produtos que são aqueles que as pessoas vão à procura, dificilmente podemos fazer alguma coisa. Estamos a iniciar a obra para trazer o centro de saúde para dentro do centro histórico e a preparar uma loja do cidadão que se instale com os serviços da segurança social. Estamos a recuperar um edifício para instalar um mercado diferente que possa ter melhores condições, que possa ser um espaço moderno em polivalente. Temos um projeto efetivo que cria condições, para haver uma nova dinâmica no centro histórico. Que expetativas tem em relação ao Hotel Turismo? O hotel neste momento está fechado. Sabemos que o Turismo de Portugal abriu um novo procedimento para encontrar um novo parceiro para este negócio. Queremos que aquele imóvel volte a abrir, com melho-

Política de proximidade através do facebook

• O nosso papel é “promover o que de melhor nós fazemos” res condições e ser uma mais-valia para o centro histórico também. A Câmara têm-se envolvido diretamente em alguns projetos empresariais, e alguns deles não têm corrido muito bem. Qual é o seu olhar para esta situação? O papel das autarquias vai começar a ser outro. Nós não podemos continuar a construir indefinidamente. Temos que reabilitar em primeiro lugar e depois ter um papel de mediação, e ser interlocutores também para o desenvolvimento económico. As coisas não correram bem porque não há investimentos a acontecer no país. Caíram estes e outros projetos de investimento. Que nos custa? É claro que sim! Porque também nós tínhamos uma expectativa que no fundo é defraudada. Mas vamos continuar a fazer o nosso papel. Temos outros projetos que foram muito bem sucedidos, olhamos para as nossas zonas industriais e há investimentos em curso. Vemos também a capacidade de resiliência de alguns empresários, sobrevivendo a esta crise dificílima, onde neste momento nos encontramos. Que feedback é que tem dos empresários relativamente à promoção que tem

feito dos produtos da região no estrangeiro? Já há resultados visíveis desta estratégia. Já temos empresários a vender para o Japão, que é um mercado muito difícil. Este é muito o nosso papel, promover o que de melhor nós fazemos, como frequentemente fazemos quando recebemos ou vamos a qualquer lado e levamos sempre produtos nossos. Isto é absolutamente determinante. O ministro Poiares Maduro esteve cá recentemente. São importantes estas visitas de membros do Governo? O senhor ministro veio visitar projetos interessantes que estão a ser feitos em territórios de baixa densidade. Em Mação visitou o projeto de transporte a pedido, e em Constância visitou o Centro de Ciência Viva. Em Abrantes veio conhecer o LINE - Laboratório de Inovação e Desenvolvimento Empresarial - do Instituto Politécnico de Tomar. Disse-me que foi uma agradável surpresa aquilo que estamos a fazer e que faz todo o sentido que mais iniciativas como estas possam ser feitas por outros membros do Governo para perceberem aquilo que o país está a fazer para conseguir sobreviver a esta situação de agonia em que nos encontramos.

Em relação à Comunidade Intermunicipal do Medio Tejo, o professor Augusto Mateus considerou o plano recentemente como “um plano com muita inovação e muito risco”. Como é que reage a esta afirmação? É verdade, porque nós estamos a viver um novo paradigma. Hoje temos que olhar para o território como um todo. O Médio Tejo é constituído por 13 municípios, de desigual dimensão. Os concelhos de média e pequena dimensão organizam-se horizontalmente, mas depois tem que haver também uma organização vertical no sentido de haver uma solidariedade entre os municípios pequenos e os municípios grandes. Não vamos poder ter tudo em todo o lado e aquilo que vamos ter que saber fazer é ver o que é que é melhor em cada um dos municípios. E esse é o grande desafio. É o grande risco. Resta saber como será a aceitação quando, em Abrantes, tivermos que abdicar de determinado equipamento, ou determinado serviço, em função de um concelho à volta, ou então em relação aos outros municípios.

“Quando me candidatei assumi um compromisso de fazer política de proximidade. As pessoas interagem mais e veem mais através do facebook. Sou eu quem gere a minha página, é uma gestão minha que é pessoal e que não dou a ninguém. Apesar de alguma frieza e distanciamento que as pessoas por vezes associam a estes cargos, nós somos pessoas, que temos sentimentos, que choramos, que rimos, que por vezes ficamos magoados com críticas, às vezes olhamos para a crítica e tiramos de lá ilações, e corrigimos. E quando tudo isto acabar, continuamos a ser pessoas.”

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18 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES

Fotos: CM ABT Fernando Baio

JUNHO 2014

FESTAS DE ABRANTES DE 12 A 15 DE JUNHO

Festas de Abrantes voltam atrair milhares ao centro histórico O palco das celebrações é uma vez mais o centro histórico da cidade e as duas margens do Aquapolis. Abrantes vai encher-se de cor para receber mais uma edição das festas concelhias entre os dias 12 a 15 de junho. Nesta edição 2014, a feira de artesanato volta a percorrer as principais praças e ruas do centro, e as tasquinhas com a gastronomia mais típica toma lugar no Jardim da República. Este espaço será animado, na quinta-feira, com os Toc`Abrir, na sextafeira, com o grupo musical O Rouxinol, de Tramagal, e a Tuna da UTIA. Já no sábado, dia 14, será a vez dos grupos de folclore, e de Carlos Catarino. No domingo, a tarde será abrilhantada com um Encontro de Tunas do Ribatejo, com novos talentos do concelho e com a banda Street Band. Na vertente desportiva uma das mais fortes desta festividade anual vai ter lugar no Aquapolis, margem sul, o Concurso Nacional

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de Saltos. Uma prova de hipismo que tem feito as delícias dos amantes da modalidade que chegam de todo lado para ficarem em Abrantes por estes dias. Para além da realização desta prova de âmbito nacional, estão previstos torneios de futebol, volei, rugby de praia, de sueca, de matraquilhos, de xadrez, uma caminhada promovida pelos ABT Night Runner, um campeonato nacional de carrinhos de rolamentos em parceria com o núcleo Sportinguista de Alferrarede, um festival de canoagem em parceria com Os Patos e downhill urbano em parceria com Associação de Cicloturismo de Santarém. O parque do castelo, antigo heliporto, volta a receber o Espaço Jovem onde irão estar representadas algumas associações juvenis do concelho. Um local que pretende ser o espaço privilegiado para o final da noite, este ano com um DJ a retratar as diferentes épocas musicais: anos 70, 80, 90 e 2000. No panorama musical, a aposta da CM de

Abrantes centrou-se na Orquestra Ligeira do Exército, que atua no primeiro dia da festividade, às 22h00, na praça Barão da Batalha. Às 23h30 será a vez dos Hollow Page, na praça Raimundo Soares. Na sexta-feira, será David Antunes & The Midninght Band com uma série de convidados a animar a praça Barão da Batalha, às 22h00. A Orquestra Pimbólica de Abrantes, OPA, atua na praça Raimundo Soares, às 23h30. No sábado, dia da cidade, sobem a palco os Amor Electro, na Praça Barão da Batalha, às 22h00, e Capitão Fausto, na praça Raimundo Soares, às 23h30. No último dia das festas será a vez dos Kwantta, na praça Barão da Batalha, às 22h00, e os The Kast e The Neverminding Bastards na praça Raimundo Soares, às 23h30. A animação vai ainda contar com um espetáculo de magia, no dia 14, na praça Ramiro Guedes, às 11h00. Durante os dias festivos vão estar patentes as seguintes exposições: a VI antevisão

do MIAA subordinada ao tema: “8.000 anos a transformar o barro”, na Galeria de Arte, Quartel, será possível visitar a exposição Provas de Contacto de José de Guimarães e na Biblioteca Municipal António Botto, “Os Rapazes dos Tanques e 25 de Abril, 40 anos em Abrantes – Biblioteca”. No dia da cidade irão realizar-se as habituais cerimónias oficiais, às 11h00, no novo Centro de Acolhimento do Tejo, em Rossio ao Sul do Tejo. A autarquia irá homenagear todos os colaboradores do município, irá realizar a apresentação do Plano Estratégico Abrantes @ 2020 e fará a inauguração do novo Centro de Acolhimento do Tejo. Nesta cerimónia, está ainda prevista a tomada de posse do Conselho Consultivo do Plano Estratégico. Este ano, não haverá fogo-de-artifício e o investimento autárquico ronda os 100 mil euros. Joana Margarida Carvalho


ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES19

JUNHO 2014

Música para todos os gostos. Amor Electro e David Antunes são os destaques das Festas da Cidade As Festas de Abrantes de 2014 vão ter, à semelhança dos últimos anos, palcos pelas praças do centro histórico da cidade. Entre 12 e 15 de junho, a música é um dos ingredientes principais das festas. Amor Electro, David Antunes e a Midnight Band com convidados, Orquestra Ligeira do Exército e Capitão Fausto são os nomes mais sonantes da programação musical, sem esquecer as bandas de produção local como os Kwantta, Hollow Page, The Kast e The Neverminding Bastards. As tasquinhas, na Praça da República, terão animação musical a partir das 18 horas e o Espaço Jovem, no Castelo de Abrantes, recebe os DJ Nelson Miguel, Paulino Coelho, Miguel Simões e João Lento, a partir da 01 hora da madrugada. No dia 12 de junho, a Orquestra Ligeira do Exército atua na Praça Barão da Batalha, às 22 horas, seguido dos Hollow Page, que sobem ao palco da Praça Raimundo Soares, às 23h30. A banda abrantina, constituída por Pedro Rafael, João Sousa, Daniel Branco, Diogo Pina e Francisco Gato, começou por tocar em festas de amigos e de Escola, estão juntos desde 2011, e a sonoridade passa pela fusão de pop e rock.

Oconcerto de David Antunes e a Midnight Band, no o dia 13 de e junho, é o destaque de sextafeira. Neste ste espetáculo o em Abrantes, ntes, lectro Amor E o cantor, que se tornou u conhecido através través do programa ama “5 Para a MeiaNoite”, da RTP, tem uma mão cheia de convidados. Simone de Oliveira, Herman José, FF, Vanessa Silva e Manuel Melo juntam-se em palco para uma noite de surpresas onde não faltará a música “Não te Quero Mais”, que conta com quase 300 mil visualizações no Youtube. Na Praça Raimundo Soares, o concerto das 23h30 fica a cargo da OPA – Orquestra Pimbólica Abrantina.

Capitão Fa usto

Os Amorr Electro ap apresentam presentam o novo disco (R)evolução na Praça P Barão da Batalha, no dia 14 de junho, pelas 22 horas. O concerto vai ser uma revolução de novas músicas, onde se ouvirão os singles “A Nossa Casa” e “É só Fogo se Queimar”, assim como êxitos do primeiro disco “Cai o Carmo e a Trindade”. O segundo disco da banda, com oito originais e duas versões, tem uma sonoridade mais rock e mais espontânea. Em palco, Marisa Liz (voz), que está grávida de

seis meses, faz-se acompanhar por Tiago Pais Dias (guitarra), ( Ricardo Vasconccelos (teclas) e Rui Rechena ((baixo). Ainda no dia 14, a fe festa continua com um conce certo dos Capitão Fausto na Praça Raimundo Soares, pe pelas 23h30. Os alfacinhas do psicadelismo rock lançaram em 2011 o primeiro disco “Ga “Gazela”, abrindo as portas para o mais recente cd de origina ginais “Pesar o Sol”. Aú última noite de festa está reser reservada a três bandas locais: Kwan Kwantta, The Kast e The Neverminding Bastards. Os Kwantta, na Praça Barão da Batalha, às 22 horas, dão a conhecer o disco “Casa Real”. No palco da Praça Raimundo Soares, os The Kast, banda de Abrantes, que tem apostado em temas originais, e os The Neverminding Bastards, com influência do Rock and Roll dos anos 60 e 70, encerram as Festas da Cidade da melhor maneira.

Desporto é sinónimo de Festa em Abrantes É “em modo festivo, de fruição, lazer e também competitivo” que as propostas desportivas vão marcar as Festas de Abrantes deste ano, assinalou ao JA o vereador com o pelouro do desporto da Câmara Municipal de Abrantes, Luís Dias. O Campeonato Nacional de Carrinhos de Rolamentos, o Down Hill urbano, os torneios de futebol de praia, rugby e vólei, a sueca, o xadrez e os matraquilhos, yoga, canoagem, demonstração de stunt e o Concurso Nacional de saltos de obstáculos, em hipismo, são momentos que vão colorir as festas e animar os seus participantes, entre os dias 12 e 15 de junho, em diversos espaços do Centro Histórico e nas duas margens do Aquapolis. “Este ano vamos começar com uma caminhada, logo na noite do dia 12 de junho, no âmbito de uma manifestação espontânea que tem marcado a atividade desportiva na cidade nos últimos tempos, com muito sucesso e

participação, e que tem sido promovida pelos Abt Night Runners”, apontou o vereador. Luís Dias destacou ainda a “primeira grande demonstração de stunt em Abrantes”, prova de perícia e acrobacia em moto que vai di-

namizada pelo abrantino Tó Mendes. “Este piloto vai participar em provas dos campeonatos europeus e mundiais e vai brindar o público de Abrantes com momentos de grande espetacularidade”, vincou. Nos dia

13, 14 e 15 de junho, os cavalos regressam à cidade de Abrantes e ao histórico relvado do Rossio ao Sul do Tejo, para disputar o Concurso Nacional de Saltos de Obstáculos, por onde já passaram os melhores cavaleiros da história do hipismo português. Integrado nas festas da cidade de Abrantes, o concurso vai contar com a presença de cerca de 200 cavalos e cavaleiros, de norte a sul do país, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Abrantes, que investiu na replantação do relvado, agora estabilizado e consolidado, de modo a receber em condições de qualidade e segurança esta importante prova do calendário equestre. “Investimos também no aumento e na melhoria da pista de aquecimento dos cavalos e cavaleiros”, destacou Luís Dias, tendo feito notar que “vão ser mais de uma centena os cavaleiros em competição, num local idílico e num cenário único a nível nacional para a prática do hipismo”.

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20 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES

JUNHO 2014

Abrantes Roteiro breve por onte A proposta é simples. Passar por alguns lugares da cidade, olhar o presente e comparar com a imagem registada por algum fotógrafo que nos deixou a memória do que foi para tornarmos mais denso e significativo o que é. Deste modo damo-nos conta de que uma cidade é um organismo vivo, em permanente transformação. E temos de concluir que estamos a fazer, hoje, a história que mais tarde será o passado que alguns recordarão com interesse. Texto de José Alves Jana e fotos cedidas pelo Arquivo Municipal de Abrantes.

Vista geral da entrada de Abrantes Era assim a vila de Abrantes por volta de 1900. À direita, em baixo, no chão de oliveiras, foi depois construído o Mercado Diário. Um pouco mais acima é hoje o Largo 1º de Maio. Ao alto, à esquerda, vê-se ainda, antes de ser demolido, o Convento da Graça, onde hoje está a ESTA. Mais abaixo, a casa do capitão-mor, que seria deitada abaixo para construir o prédio onde foi o café Pelicano.

Casa Vigia No Largo João de Deus, ficava a celebérrima Casa Vigia, inaugurada em janeiro de 1943, onde hoje se encontra uma loja de artigos domésticos. Era o “templo” da palha de Abrantes e de outros doces tradicionais. Mais tarde viria a estender-se para o espaço da então Sapataria Lobato. Em Dezembro de 1982 fecharia as suas portas “a mais antiga pastelaria e café da cidade” (E. Campos)

Praça da República Era o Rocio de Abrantes, ou seja, o terreiro. Aqui tinham lugar o mercado e a feira, excepto o mercado do gado que era no Alto de Santo António. Ao centro, um coreto, quer seria depois transplantado, quando em 1940 foi edificado o monumento aos mortos da Grande Guerra e alindado o espaço. Sofreu depois várias transformações, a última das quais, embora ligeira, recentemente.

Padrão dos Centenários

Praça Raimundo Soares ou Praça do Município Ao cimo, a Casa Falcão, hoje sede da Câmara Municipal. À esquerda, os Grandes Armazéns do Chiado. Em frente destes, os automóveis da época. Ao centro, a calçada à portuguesa dava nobreza ao espaço. O trânsito automóvel era quase nulo, como não podia deixar de ser.

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Inaugurado em Setembro de 1942, o padrão dos centenários, da autoria do arquitecto João António de Aguiar, foi colocado na Praça Raimundo José Soares Mendes ou Praça da Câmara. Não é, portanto o pelourinho, como por vezes, erradamente, é chamado. Destinava-se a celebrar os “centenários” que o regime de então queria unir à sua volta, a começar com o da fundação de Portugal. Em Dezembro de 1995 foi transferido para o Largo da Ferraria, onde ainda se encontra.


ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES21

JUNHO 2014

em e hoje

Castelo de Abrantes Por sobre os telhados de Abrantes, vê-se, à esquerda, onde hoje é o parque radical, o longo edifício do Quartel de Artilharia, alojado no Castelo de Abrantes. Por cima, na velha Casa dos Governadores, nota-se também a construção que foi depois demolida para deixar visíveis as estruturas mais antigas, que ainda hoje se podem encontrar no local.

Quartel dos Bombeiros Bombeiros Voluntários Municipaes, onde hoje se encontra a galeria de arte, que por isso mesmo recebeu o nome de Quartel. Os carros são primitivos. E o terreno em frente é em terra batida. As exigências e os recursos eram outros. Os bombeiros saíram daqui em Junho de 2010.

Alameda Defensores de Chaves Aquela que é hoje uma artéria residencial, bem no centro da cidade, embora já não no seu centro histórico, era então uma “alameda” já fora da povoação. Mas ainda hoje as árvores, no lado Norte da rua, conservam um traço do que era antes.

Colégio La Salle O Colégio La Salle começou a ser construído em maio de 1959 e foi inaugurado em Outubro de 1960. Na imagem não estão ainda a capela (1969), nem a residência de estudantes (1971), nem a piscina, mas nas traseiras do edifício já se vê o campo onde treinava e jogava a afamada equipa de hóquei em patins do colégio. Aqui se instalou o Liceu de Abrantes a partir de 1975, hoje Escola Manuel Fernandes, nome do homem que esteve na origem deste projecto de construção e que viria a morrer antes da obra estar concluída. O edifício está irreconhecível na área que já foi objecto de uma intervenção da Parque Escolar.

Barcos no porto de Abrantes Foi um dos portos mais importantes do Tejo, depois do de Lisboa, é claro. Era um entroncamento fluvial da Beira Baixa e do Alto Alentejo com Lisboa. Para Lisboa seguiam lenha, carvão, palha, cortiça e cal, entre produtos hortícolas, como azeite e vinho, e de Lisboa vinham sal, produtos industriais e de importação, notícias e moda. Ao que se sabe, até 1943. E as margens do Tejo ficaram abandonadas, excepto para a extracção de areias. Já neste século, ambas as margens foram objecto de uma intervenção profunda que lhes deu o aspecto que hoje têm.

Vista aérea de Abrantes No primeiro plano, vê-se a Praça de Touros, construída em 1900 no local onde hoje é a Escola Solano de Abreu. E a meia altura da foto, à direita, vemos o Cemitério do Cabacinho, construído em 1861. Ambos estão bem fora do que era então talvez ainda a Vila de Abrantes. À esquerda, é visível o Quartel de Artilharia, no Castelo.

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22 ESPECIAL FESTAS DE ABRANTES

JUNHO 2014

BAIRRO DE VALE DE RÃS COM DIFERENTES ATIVIDADES PARA TODOS OS ABRANTINOS

Millenium e zona desportiva com nova vida Pão, bolos e almoços confecionados pelos alunos da EPDRA vão poder ser consumidos pelo público em geral, diariamente, a partir de setembro. Esta é uma das facetas do projeto lançado pela Câmara de Abrantes, para dar nova vida a Vale de Rãs. O trabalho social e as atividades culturais e desportivas são outras componentes importantes deste desafio que, durante dois anos, pretende melhorar a imagem do bairro. O Edifício Millenium, em Abrantes, vai voltar a abrir as suas portas, mas agora os objetivos estão longe de ser comerciais. O município alugou o espaço e vai entregá-lo a instituições por forma a que novas dinâmicas sociais e económicas surjam no Bairro Vale de Rãs. Entre muitos outros aspetos, a sala de cinema vai voltar a funcionar. Trata-se do projeto “Bairro ConVida”, que ao longo de dois anos vai dar origem a diferentes atividades para envolver, de formas muito diferentes, a comunidade local e todas as outras que queiram participar. O antigo café do Millenium vai ser entregue à Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA). Há já algum tempo

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que este estabelecimento de ensino pensava em ter um espaço onde pudesse mostrar à cidade os resultados da formação dos seus alunos de Restauração e de Padaria e Pastelaria. João Quinas, diretor da EPDRA, diz que se trata de um “desafio interessante” e que os alunos estão motivados. Explica que o café do Millenium vai ser utilizado como espaço de formação, uma vez que lá os estudantes vão elaborar as receitas e proceder à venda do resultado do seu trabalho ao público em geral. E, ao almoço, haverá surpresas, já que o menu será o resultado dos produtos disponíveis para confecionar em cada dia e dos exercícios lançados pelos professores. Para além disso, esta é também a oportunidade para a EPDRA vender os produtos hortícolas e frutícolas que produz, como azeite, vinhos, licores, aguardentes, compotas, doces, fruta e legumes. O preço será simbólico, porque o principal objetivo é divulgar a formação que se faz. Para além disso, serão organizados workhops para a comunidade, que ensinam a fazer Bolo Rei, doces conventuais e cozinha regional, entre outros. A Associação Vidas Cruzadas vai ter uma das antigas lojas para poder dar continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver no con-

celho, nomeadamente no campo do apoio à família. Vânia Grácio explica que a proposta apresentada pela Vidas Cruzadas, numa primeira fase, será no sentido de se fazer “um estudo diagnóstico do bairro para se perceber as necessidades e as potencialidades”. Depois serão definidas as ações a desenvolver, em parceria com outras associações e profissionais. Apesar de ainda aguardar que as propostas sejam aprovadas, é já possível perceber que grande parte do trabalho desta associação deverá passar pela criação de grupos de pais da comunidade em geral para trabalhar no âmbito da promoção e proteção

da criança e para desenvolver uma parentalidade positiva. Também a União de Freguesias de Abrantes (S. Vicente e S. João) e Alferrarede está envolvida neste projeto, cabendo-lhe a dinamização do polidesportivo adjacente ao Millenium. O presidente, Bruno Tomás, admite que “o mais fácil será organizar um torneio de futebol”, mas o objetivo é fazer muito mais do que isso. Neste momento estão a ser estudadas formas de proporcionar atividades de outras modalidades desportivas, nomeadamente o basquete e o andebol. Para além disso, estão já a ser estabelecidos contactos com ginásios do concelho para que, naquele espaço, proporcionem a todos os interessados um pouco das atividades que fazem parte da sua oferta. Bruno Tomás lembra que “todos temos que trabalhar” neste tipo de iniciativas e que tudo o que vier a surgir no novo espaço tem por objetivo envolver diferentes comunidades. Pretende-se levar até Vale de Rãs diferentes públicos atraídos pelas atividades propostas ao longo de dois anos por todos os parceiros. E espera-se que, terminado o projeto, o bairro tenha as suas próprias dinâmicas em articulação com outras comunidades. Neste projeto estão também envolvidas a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, a Alma Lusa e a Associação de Juventude de Vale de Rãs, que conhece bem a realidade local. A EDP Produção e o Conselho Municipal de Segurança têm um papel de acompanhamento e moniHCS torização do projeto.

No dia 5 de junho, Dia do Ambiente, a Câmara Municipal de Abrantes vai entregar mais 52 parcelas de terrenos do Parque de Arca de Água para que possam ser cultivados pelos munícipes. Este projeto das hortas comunitárias teve início há precisamente um ano, com a entrega de cerca de 50 parcelas. Na altura os espaços disponibilizados não chegaram para os pedidos e a verdade é que, entretanto, só houve duas desistências, de dois professores que foram colocados noutras localidades. Manuel Valamatos, vereador responsável pelos Serviços Urbanos, sublinha não só o facto de os novos horticultores poderem consumir os

seus próprios produtos, como também regista o ambiente familiar e de boa disposição que se vive nas hortas comunitárias. Este responsável revela a sua surpresa pela elevada adesão manifestada pelos abrantinos, até porque este tipo de projetos é mais característico de zonas muito urbanas. Mesmo assim, em Abrantes, pessoas de todas as idades, formações e profissionais candidataram-se às parcelas de terreno e cultivamnas de forma “entusiasmada”. Tendo em conta o sucesso do projeto, a autarquia pretende alargá-lo a outros espaços, nomeadamente ao Rossio ao Sul do Tejo e “outras zonas de cariz mais urbano”.

Millenium vai reabrir com café, cinema, atividades culturais e sociais


Pomonas Camonianas – Recriação histórica engrandece Constância Com o objetivo de fortalecer a relação histórica e afetiva de Camões com a vila de Constância, realizou-se em 1994 a primeira edição das Pomonas Camonianas. Volvidos 20 anos é com enorme alegria que verifico que este evento se tornou numa grandiosa Festa da Cultura Camoniana, sendo sem dúvida um tributo do Povo de Constância e da Comunidade Educativa, a Luís de Camões. Sendo a atividade cultural assumida como elemento estratégico estruturante para o desenvolvimento

económico e social do concelho, pretende-se também com a realização das Pomonas Camonianas afirmar Constância não só no contexto da sub-região do Médio Tejo mas a nível nacional, não fosse Camões o maior poeta português. Assim, de 7 a 10 de Junho a Arte é em Constância. E quem nos visitar será transportado no tempo vivenciando a época de Camões ao mesmo tempo que fruirá de um conjunto diversificado de atividades culturais. Visite-nos!

Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal de Constância

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24 ESPECIAL POMONAS CAMONIANAS

JUNHO 2014

7,8 E 10 DE JUNHO – CONSTÂNCIA CELEBRA LEGADO DE LUÍS DE CAMÕES

Pomonas camonianas: 20 anos de uma festa coletiva A ideia foi apresentada por Manuela de Azevedo, jornalista, amiga de Constância e fundadora da CasaMemória de Camões, em 1994 – faz agora 20 anos: realizar um mercado para exposição e venda de flores e frutos referidos por Camões na sua obra, num ambiente evocativo da época em que o épico viveu e, segundo diz o povo, ali terá residido. A Câmara Municipal criou as condições e deu corpo à ideia. Mas foi a comunidade – alunos, professores e funcionários das escolas, pais, associações e particulares –, quem fez das Pomonas Camonianas o que elas são hoje: uma grande festa coletiva, realizada pelas gentes de Constância, em honra de Camões e da sua relação com a Vila Poema.

Começaram em 1994, timidamente, como tudo o que se faz sem que se tenha experiência anterior. Mas quem nesse ano passou, na ocasião do 10 de junho, Dia de Camões, pelo Parque de Merendas, à beira do Zêzere, maravilhou-se com as bonitas bancas, produzidas pelos carpinteiros da Câmara Municipal, onde se expunham muitas flores e a maior parte dos frutos mencionados por Camões, acompanhados pelos versos em que o poeta se lhes refere. Mais ainda, o povo gostou de ver os jovens da Escola C+S de Cons-

tância e alguns dos seus professores envergando trajos quinhentistas, apregoando e vendendo essas flores e esses frutos ou passeando-se, como sendo damas e fidalgos da época, pelo espaço do certame. Nos anos seguintes, a experiência consolidou-se, ganhou-se confiança e introduziram-se inovações, sobretudo ao nível da animação. Os alunos, que a princípio sentiam algum embaraço em vestir aqueles trajos e assumir tão expostos papéis, passaram a ansiar a chegada do 10 de junho para terem a sua oportunidade de participar e de aparecer, em festa, aos olhos de toda a gente. As escolas empenharam-se a fundo nesta atividade, confecionando fatos, preparando declamações e danças quinhentistas, sensibilizando toda a comunidade educativa para se envolver neste grande preito a Camões. E Constância passou a ter, todos os anos e de forma renovada, uma grande festa coletiva, feita apenas com recursos locais, com a prata da casa – o que faz dela, por isso mesmo, uma festa verdadeiramente genuína, autêntica, que celebra a profunda ligação de Camões à nossa terra e proporciona momentos únicos de encontro de gerações, de convívio e de afirmação das capacidades dos nossos jovens e crianças e dos adultos (pro-

fessores, funcionários e pais) que os enquadram e orientam. Muitos dos miúdos que há 20 anos participaram nas primeiras edições, são hoje mulheres e homens, alguns deles com filhos que um ano destes estarão, por sua vez, a encher de cor e de alegria o Parque de Merendas. As Pomonas Camonianas transformaram-se, assim,

POMONA, Divindade dos Frutos e dos Jardins Os dons que dá Pomona ali Natura Produze, diferentes nos sabores, Sem ter necessidade de cultura, Que sem ela se dão muito melhores: As cerejas, purpúreas na pintura, As amoras, que o nome tem de amores, O pomo que da pátria Pérsia veio, Melhor tornado no terreno alheio. […] Bem se enxerga nos pomos e boninas Que competia Clóris com Pomona. Luís de Camões

Os Lusíadas, IX, 58-62

numa forma de expressão coletiva – o nosso jeito de louvar Camões em Constância, Vila Poema, que sempre soube guardar e honrar a memória do maior poeta português. Na Antiguidade, os povos davam uma enorme importância à religião que era considerada um modelo para a vida e ajudava a explicar e a influenciar o que a razão humana tinha dificuldade em entender. Gregos e Romanos construíram um enorme panteão, constituído por um número muito grande de divindades que contribuíam para dar sentido aos sentimentos das pessoas, aos acontecimentos do quotidiano, aos fenómenos naturais, à vida e à morte. Particularmente representadas eram as forças da natureza, responsáveis por tudo o que envolve a vida dos homens, como o sol e a chuva, o vento e o mar, o céu e a terra. Num mundo com características vincadamente rurais, fenómenos como a germinação das sementes, o crescimento das plantas e o amadurecimento dos frutos assumiam uma enorme importância. Por isso eram divinizados e prestava-se-lhes culto. Pomona era a divindade que presidia à florescência das plantas e ao crescimento dos frutos. O seu nome tem a mesma origem etimológica

de pomo (fruto carnudo) e de pomar. Era-lhe consagrado um bosque, chamado Pomonal, situado na estrada de Roma a Óstia, onde se lhe prestava culto. A importância de Pomona no sistema mitológico romano é atestada pelo facto de o seu culto ser confiado a um flâmine, um sacerdote especificamente destinado a essa tarefa. Não admira que assim fosse, pois o desabrochar das flores e o amadurar dos frutos, mais do que um espetáculo para os olhos e um prazer para o paladar, eram uma questão de sobrevivência para uma sociedade que dependia da generosidade da terra. Camões, poeta maior do renascimento dos valores clássicos, evoca com frequência as divindades gregas e romanas e, de entre estas, Pomona. E refere-se, por outro lado, a uma imensa variedade de flores e de frutos que ela protegia. São alguns desses frutos e dessas flores que são expostos para apreciação e para venda em Constância, sob a inspiração tutelar de Pomona e num ambiente que lembra o século em que Camões viveu e por aqui passou. António Matias Coelho

Texto publicado no Boletim por ocasião das I Pomonas Camonianas, em 1994

Programa XIX Pomonas Camonianas - 7 a 10 de junho de 2014 7 de junho 14h30 – Câmara Municipal de Constância Início do cortejo dos alunos dos Jardins de Infância do Concelho e do 9.º ano da EB/S Luís de Camões Junto à estátua de Camões 15h00 • Cerimónia de abertura das XIX Pomonas Camonianas • Coro das turmas do Ensino Articulado do Agrupamento de Escolas de Constância • Animação pelos alunos dos Jardins de Infância do Concelho • Abertura Oficial do Mercado Quinhentista, apresentação dos produtos vendidos no mercado com poesia de Camões 18h00 Atuação do grupo TINTINABVLLUM da Associação CICO 21h30 Grupo MOVIRITMO - Espetáculo de luz negra

8 de junho 14h30 – Igreja Matriz de Constância • Concerto pelos alunos dos 3º e 4º anos do Concelho; • Início do cortejo dos alunos do 1.º CEB do Concelho e do 9.º ano da EB/S Luís de Camões 15h45 às 17h30 - Atuações dos alunos do 1.º CEB do concelho • Jardim Horto de Camões - Atuação dos alunos do Centro Escolar de Constância

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• Praça Alexandre Herculano - Atuação dos alunos do Centro Escolar de Santa Margarida • Anfiteatro dos Rios - Atuação dos alunos da EB1 de Montalvo • Junto à estátua de Camões - Declamões – Crianças dão voz ao Poeta- alunos de todas as escolas 10h00 > 18h00 – Praça, ruas e becos da vila Concurso de Pintura ao Ar Livre “As cores de Constância” Normas, inscrições e informações: www.cm-constancia. pt | turismo@cm-constancia.pt | 249 730 052 18h00 – Igreja da Misericórdia Recital de Eufónio e Percussão do Grupo Duo’Mil

9 de junho Atividades descentralizadas Danças Quinhentistas e distribuição de poemas, pelos alunos do 9.º ano da EB/S Luís de Camões 10h00 – Montalvo (Largo da Cooperativa) 14h00 – Portela (Junto à sede da Sociedade Recreativa Portelense) 15h00 – Aldeia de Santa Margarida (Largo Dr. Pratas de Moura) 16h00 – Malpique (Estrada Militar, n.º9) 23h00 – Parque de Campismo Rural de Constância Concentração para a prova de Orientação Noturna 24h00 – Início da prova de Orientação Noturna

10 de junho 10h00 > 17h00 – Zona Ribeirinha de Constância, em frente ao Rio Zêzere III Festival Hípico de Constância (provas de gincana, de obstáculos e de potência) 10h00 > 19h00 – Centro Histórico Feira de Antiguidades e Velharias 15h00 – Cerimónia de Deposição de Coroa de Flores no Monumento a Camões 15h30 - Junto à estátua de Camões Declamões – Jovens dão voz ao Poeta - Espetáculo de poesia e música: pelos alunos do 9º ano e Orquestra do Ensino Articulado 16h30 – Antiga Cadeia, na Praça Alexandre Herculano Entrega dos Prémios do Concurso de Fotografia “Retratos da Festa” Entrega dos Prémios do Concurso de Pintura “As cores de Constância” 17h30 – Junto à estátua de Camões Danças Quinhentistas,pelos alunos do 9.º ano e professores da EB/S Luís de Camões

Posto de Turismo Exposição de fotografia “À volta de…” de Isabel Clara e Pedro Sousa 7 a 11 de junho Dias 7, 8 e 10: 10h00 > 20h00 | dia 9: 10h00 > 18h00 Parque de Merendas (junto à estátua de Camões) Exposição de Pintura “As cores de Constância” 10 de junho 15h00 > 20h00

MERCADO QUINHENTISTA Parque de Merendas Recriação de um mercado do século XVI, pelos alunos, pessoal docente e não docente e encarregados de educação do Agrupamento de Escolas, onde são vendidos os frutos e as flores mencionados na obra de Camões 7 de junho 15h00 > 23h00 | dias 8 e 10: 15h00 > 20h00

EXPOSIÇÕES

TABERNA QUINHENTISTA

Antiga Cadeia Exposição de fotografia “Retratos da Festa”, integrada na Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem – Festas do Concelho de Constância 2014 7 a 10 de junho Horário: 15h00 > 18h00

Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro


ESPECIAL POMONAS CAMONIANAS 25

JUNHO 2014

As “Pomonas Camonianas” são um projeto desenvolvido na comunidade, com a comunidade e para a comunidade local de Constância com abrangência regional e nacional. A autarquia, as escolas, as associações culturais, em sintonia com as populações do concelho, têm atraído visitantes de várias partes do país que, regularmente, participam nestas comemorações, sempre esperando a novidade, a criatividade e o rigor histórico, que se intentam constantemente. Este é um projeto de âmbito cultural e educativo, que visa promover o respeito e o conhecimento da cultura local e a construção, manutenção e divulgação de uma identidade com especificidade própria. A diversidade de atividades desenvolvidas e o notório interesse cultural para as gentes de Constância gerou uma dinâmica de participação que trouxe até nós elementos da comunidade, pais e encarregados de educação. A participação dos alunos em todas as fases do Projeto não só diminui os custos da atividade, ao dispensar a contratação de profissionais que encarnem as personagens do mercado recriado, como sucede em outras iniciativas

CM Constância

Integração dos alunos na «Recriação da Época Quinhentista como mais valia formativa

Anabela Grácio, diretora do Agrupamento, refere que “ tem sido preocupação da nossa escola •fomentar a integração das componentes locais

congéneres, como lhe confere originalidade e autenticidade. Num ensino que se pretende integrador dos saberes culturais, foi preocupação basilar a inclusão, na recreação Quinhentista, de alunos de todos os níveis de ensino. No presente ano pretende-se, ainda,

desenvolver ações descentralizadas em todas as freguesias, levando o espírito das Pomonas às diversas localidades do concelho de Constância. Desde sempre, tem sido preocupação da nossa escola fomentar a integração das componentes locais

no currículo – um aspeto sempre a valorizar e que está de acordo com as linhas orientadoras do Projeto Educativo do Agrupamento. O trabalho desenvolvido contribuiu para que os alunos tenham um melhor conhecimento do meio em que vivem, constituindo uma oportuni-

dade para reconhecerem e se apropriarem de aspetos fundadores da sua identidade. Ao mesmo tempo, o projeto consciencializa-os da importância e necessidade da preservação desta mesma identidade, incentivando a sua assunção como sujeitos responsáveis e capazes de contribuir para a promoção da sua terra e daquilo que é seu. O projeto «Recriação da Época Quinhentista» permite pôr em prática, com prazer e dedicação, os conteúdos programáticos adquiridos nas aulas através de uma expressiva interdisciplinaridade, em que os alunos ativam competências adquiridas em diversas disciplinas tais como Matemática, História, Português, Educação Física, Educação Musica, Ciências Naturais, Educação Visual e Educação Tecnológica. Com esta atividade assegura-se a projeção de Constância no panorama regional e nacional, assumindo-se esta como uma mais-valia para a Vila Poema, na justa medida em que catalisa o desenvolvimento económico, turístico e cultural da região. Anabela Grácio

Agrupamento de Escolas Luís de Camões - Constância

CM Constância

Pomonas – As divindades cantadas por Camões

Ana Dias, presidente da Associação Casa Memória de Camões, admitiu que o objetivo é a “ valorização do património, histórico e natural

Pomona era uma deusa da abundância frutífera na religião romana antiga e mito. Seu nome vem do latim palavra pomum , “fruta”, fruto especificamente pomar. Ela se dizia ser uma ninfa de madeira. No mito narrado por Ovídio ela desprezou o amor dos deuses da floresta, Silvano e Picus, mas casou-se com Vertumno depois que ele a enganou. Camões, nos seus poemas, como poeta do Renascimento que valorizava os clássicos da Antiguidade, frequentemente fez referências à mitologia greco-romana e, como atento observador da Natureza, mencionou na sua obra uma grande variedade de plantas e frutos (pomos), cuja qualidade e abundância eram protegidas pela divindade pomona. Com base nesse espírito camoniano de evocação da natureza e dos mitos, foi criada em 1994 esta iniciativa, «Pomonas Camonianas», que, passados 20 anos, continua a manter vivo o espírito e a obra do Poeta na aprazível vila de Constância,

por ocasião do 10 de junho. A partir da ideia proposta pela então Presidente e fundadora da Associação para a Reconstrução e Instalação da Casa-Memória de Camões em Constância, Manuela de Azevedo, a Câmara Municipal implementou, ao longo destes anos, esta iniciativa, em estreita colaboração com a comunidade escolar. De facto, o dia 10 de junho tornou-se um dia especial para Constância, por ser o dia de Portugal e dia de Camões e, ainda, pela ligação afetiva que foi crescendo ao longo dos anos entre esta vila e o poeta. O projeto Casa-Memória de Camões está consagrado à obra, vida e época de Camões e tem como objetivos a criação de um espaço destinado a albergar e expor a coleção de arte e biblioteca referentes a esse tema e a produção de diversas iniciativas, dirigidas a públicos variados, com a finalidade de manter viva a presença do poeta e da sua obra. Integradas nessas iniciativas, as «Pomonas Camonianas» são,

sem dúvida, uma forma admirável de evocar Camões. Por outro lado, este projeto está inserido numa rede de valorização do património histórico, cultural e natural, fazendo parceria com equipamentos que já se encontram em pleno funcionamento e com outros que possam vir a ser implementados num futuro próximo. Por protocolo recentemente estabelecido entre a Associação Casa-Memória de Camões em Constância e a Câmara Municipal, esta entidade assumiu a propriedade temporária e o projeto de finalização das instalações a fim de poder obter fundos comunitários para a concretização de uma estratégia de desenvolvimento e enriquecimento do concelho, com a disponibilização, quer à população local quer aos visitantes, de uma ferramenta fundamental para a promoção da cultura na região. Ana Maria Dias

presidente da direção Associação Casa-Memória de Camões

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26 ESPECIAL POMONAS CAMONIANAS

JUNHO 2014

Inquéritos em Constância visam reabilitação urbana do núcleo histórico A Câmara Municipal de Constância, no âmbito de um projeto que visa recuperar e revitalizar o Núcleo Histórico da vila e agilizar e dinamizar a reabilitação do património edificado, vai iniciar o desenvolvimento do processo de delimitação e de aprovação da respetiva Área de Reabilitação Urbana, com vista à posterior execução de uma Operação de Reabilitação Urbana. Neste âmbito, tendo em vista fundamentar a estratégia de intervenção e identificar as situações de atuação prioritária, os serviços da autarquia vão efetuar o levantamento do estado de conservação dos edi-

fícios do Núcleo Histórico, na área correspondente à delimitação definida pelo Plano de Pormenor, Salvaguarda e Valorização do Núcleo Histórico de Constância, e realizar um estudo socioeconómico do mesmo território, tendo por base a implementação de um inquérito à população. Este estudo tem como objetivo o conhecimento sistemático das condições de conforto e salubridade das residências, para que a Câmara possa intervir com base em informação atualizada sobre as condições habitacionais do Núcleo Histórico, e tendo em vista o combate

à exclusão social e, a melhoria da qualidade de vida da população. Para além dos aspetos relacionados com o edifício, serão também inquiridas questões relativas ao agregado familiar que habita o imóvel, tendo em vista a sua caracterização. Para que seja possível proceder a esta avaliação, e para a boa prossecução dos objetivos propostos, a Câmara Municipal, através de uma colaboradora, vai lançar um inquérito a partir deste mês de junho.

Constância: Campo de futebol de Montalvo já tem relvado sintético

Constância assinala 1º aniversário do seu Borboletário

O relvado sintético do campo de futebol municipal, em Montalvo, Constância, foi inaugurado no passado sábado, dia 31 de maio, com uma grande festa do desporto juvenil que envolveu, entre outros, e após a cerimónia oficial de inauguração, o jogo entre a seleção Iniciados do concelho de Constância e a equipa do Sporting Clube de Portugal. Ao intervalo exibiram-se as Classes de Ginástica da Sociedade Recreativa Portelense e do Grupo Recreativo e Desportivo de Vale de Mestre «Os Relâmpagos». Manhã cedo, às 9:30, o novo relvado começou por acolher diversos desafios de Futebol de 7, com jogos entre as equipas Casa do Povo de Montalvo, Sport Abrantes e Benfica e Futebol de escolinhas da Casa do Povo de Montalvo. No intervalo do jogo, exibiram-se as Classes de Ginástica da Casa do Povo de Montalvo e da Associação Cultural e Desportiva Aldeiense. A autarquia recordou que os “muitos anos de trabalho” para que, só em 2010, tivesse sido possível à Casa do Povo

No próximo dia 5 de junho, o Borboletário do Parque Ambiental de Santa Margarida, assinala o seu primeiro aniversário, tendo preparado para o efeito uma série de iniciativas que terão lugar nos dias 5, 21 e 22 de junho. No dia de aniversário, 5 de junho, será apresentado o livro A Borboleta Zulmira, uma iniciativa direcionada para o público escolar. Nos dias 21 e 22, os eventos serão abertos ao público em geral, e versarão sobre a temática do ambiente. Neste seu primeiro ano de vida, o Borboletário recebeu mais de seis mil visitantes, entre cientistas, colecionadores, alunos e professores das escolas, famílias com ou sem crianças e turistas. O Borboletário é como um universo especial, verdadeiramente exótico, onde se podem observar diversas espécies de borboletas, incluindo algumas de dimensões consideráveis. No interior do Borboletário o tempo está sempre quente e muito húmido e a luz é de uma grande intensidade. Como nos trópicos. E é graças a essas condições especi-

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de Montalvo proceder à legalização dos terrenos onde, ao longo de décadas, se jogou futebol, prática que mobilizou centenas de praticantes, quer em momentos de diversão quer na ocupação de tempos livres e também na formação de jovens. Posteriormente, o terreno foi cedido à Câmara Municipal, que não obstante as atuais dificuldades financeiras, sempre manteve este investimento no seu orçamento, tendo procedido à adaptação do projeto que deu origem à infraestrutura que agora foi inaugurada em

Montalvo. Com um investimento total de aproximadamente 300.000,00€, assegurado integralmente pelo orçamento municipal, o campo de futebol municipal, integra o conjunto de infraestruturas desportivas preconizadas para o concelho, o qual vai permitir que a Casa do Povo de Montalvo – única coletividade concelhia que possui uma escola de futebol -, possa prosseguir com as suas estratégias de formação e prática desportiva, principalmente junto das camadas mais jovens.

almente criadas que se torna possível manter vivas e esvoaçantes tantas e tão belas borboletas. A vegetação luxuriante compõe-se de plantas ornamentais, de plantas de que se alimentam as borboletas, e de outras ainda que dão de

comer às lagartas – porque a borboleta, convém não esquecer, é por rastejante larva que começa, num processo de metamorfose que é dos mais espantosos milagres evolutivos que a natureza nos oferece.


EDUCAÇÃO 27

JUNHO 2014

Vila de Rei atribui bolsas de estudo

Hália Costa Santos

O executivo camarário de Vila de Rei aprovou por maioria, na passada reunião, o regulamento para atribuição de Bolsas de Estudo e Bolsas de Mérito a estudantes vilarregenses que estão a frequentar o ensino superior. O município vai, assim, apoiar os alunos economicamente mais carenciados do concelho, atribuindo

anualmente seis bolsas de estudo no valor de 800 euros, divididas em prestações de 80 euros pelos dez meses correspondentes ao ano escolar. A autarquia vai também atribuir anualmente duas bolsas de mérito, valorizando o desempenho académico dos alunos que obtiverem os melhores resultados escolares, no valor de

500 euros cada. Paulo César, vice-presidente, explica que, “com este apoio, a Câmara pretende melhorar a qualificação dos munícipes, traduzindo essa qualificação numa oferta futura de novos produtos, serviços e mais opções no concelho. O objetivo é que estes jovens possam investir na sua terra, na terra que investiu neles”.

Alunos do secundário na ESTA A ESTA, através da sua licenciatura em Comunicação Social, foi palco do debate “Os limites do humor”, uma iniciativa organizada com a revista NotíciasTV (DN/JN). O auditório da ESTA abriu-se à comunidade para uma tarde diferente. O diretor da NTV, Nuno Azinheira, conduziu uma divertida conversa com os humoristas Herman José, Nilton e Rui Sinel de Cordes. Falou-se sobre quase tudo, mas coube a Herman José o momento mais surpreendente, quando baixou as calças para ‘facilitar’ a mudança do microfone de lapela. Ainda este mês, os estudantes de Comunicação da ESTA organizaram mais uma edição da Semana da Comunicação e participaram no programa televisivo da RTP “Cinco para a Meia Noite”.

Cerca de 250 estudantes do ensino secundário da região do Médio Tejo participaram em ações oferecidas pela Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), tomando assim conhecimento da sua oferta formativa. As ações fizeram parte da Semana da Ciência, Tecnologia e Cultura, organizada pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT), entre 5 e 9 de maio. Mostrando uma parte dos exercícios que são desen-

volvidas pelos seus estudantes, a licenciatura em Comunicação Social proporcionou três atividades aos alunos do secundário: “Repórter por um dia”, “A minha voz na rádio” e “Falar em público”. No caso da primeira atividade, um grupo de alunos da Escola Dr. Manuel Fernandes agarrou o desafio de fazer uma reportagem sobre o centro histórico de Abrantes, tendo recolhido testemunhos com diferentes perspetivas.

Os restantes alunos do secundário passaram por atividades preparadas pelas licenciaturas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e Engenharia Mecânica. Exemplo disso foram as sessões de “Construção de Mini Jogos em Flash” e “Olha a tua figura! Câmara termográfica”. A ESTA ministra uma outra licenciatura, em Vídeo e Cinema Documental.

Agrupamento nº 2 de Abrantes aposta na inovação As escolas Dr. Manuel Fernandes e Octávio Duarte Ferreira do Agrupamento nº 2 de Abrantes, procurando tirar partido das suas instalações e equipamentos e do meio empresarial local, propõem-se oferecer cursos profissionais diversificados e respostas inovadoras. Os cursos profissionais propostos para o próximo ano são: Viticultura e Enologia; Mecatrónica; Artes do Espetáculo – Interpretação; Energias Renováveis.A par desta oferta, os alunos do 4º ano poderão optar, a partir de agora, por frequentar o Curso Básico de Música em regime integrado.

Zona Industrial da Sertã 2013 – Hyundai i30 StaƟon Wagon 1.6 CRDi 110Cv

2010 – Renault Grand Scénic 1.5 dCi 110Cv Dynamique (7 Lugares)

2013 – Seat Ibiza SC FR 1.6 TDi 105Cv (Bi-Xénon + LED's)

2012 – Seat Mii 1.0 MPi 75 Cv Sport 22.000 Kms

2010 – Renault Mégane Break 1.5 dCi 110Cv Dynamique S

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2013 – Audi A3 Sportback Sport 1.6 Tdi 105 CV

2009 - Renault Mégane Coupé 1.5 dCi 110Cv Dynamique S

2008 – Opel Astra 1.7 CDTi 125Cv EdiƟon

2011- Renault Kangoo 1.5 dCi Super Pack Clim (AC)

2013 – Volkswagen Polo 1.6 TDi BlueMoƟon Technology

2014 – Renault Kangoo Business Energy 1.5 dCi 90Cv (3 Lugares) (Deduz IVA )(Novo Modelo)

2013- Nissan Qashqai 360 1.6 dCi 130Cv (Serviço)

2008 - 207 XA 1.4 HDi Van (Deduz IVA) 72.000 Kms

2011 - Ford Focus 1.6 TDCi 115Cv Trend 42.000 Kms Azul e Cinza

2010 - Golf VI Variant 1.6 TDi 105Cv ConfortLine

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IX Gala Antena Livre & Jornal de Ab Uma produção Antena Livre e Jornal de Abrantes. Com músicos da região. Para reconhecer e aplaudir pessoas e organizações da região. Com sala cheia. Cada vez mais, um marco na cultura da região. Foi assim, mais uma vez, no passado dia 16 de maio, no Cine-Teatro de S. Pedro, em Abrantes. Mais uma vez, a entrega dos já esperados Galardões Antena Livre e Jornal de Abrantes proporcionou momentos de afirmação e reconhecimento de pessoas e organizações que “acrescentam valor” a esta região. Na área musical, o evento deste ano apresentou, a nível regional, a Banda Wake Up Mary e Ricardo Rebelo. David Antunes e Vanessa Silva foram também presenças confirmadas .Também, o Getas Centro Cultural de Sardoal abrilhantou o evento com dois momentos teatrais. A Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes foi este ano conduzida em palco pela equipa dos dois órgãos de comunicação: Paulo Delgado, Alexandra Pimentel, Anabela Maia, André Lopes, Mário Rui Fonseca, Joana Margarida Carvalho, Carla Esteves, Luis Delgado, Ricardo Beirão, Jorge Beirão, Patrícia Seixas e Miguel Pequeno, e promete voltar a surpreender em 2015. David Antunes e Vanessa Silva encantaram os •presentes

Galardões_2014 Cultura: Santos Lopes Nasceu no concelho de Abrantes como uma criança comum, mas cedo se viu que nele despertava uma bênção especial: uma vocação para as artes. Daqui partiu à procura do futuro, primeiro nos Estados Unidos, depois no Brasil, onde se afirmou como um escultor de obra reconhecida e procurada. Regressou a casa para aqui semear também a Arte que cultiva. Em poucos anos, deixa marca duradoura: na escultura pública e nas exposições em que nos mostrou a sua obra. A última delas no final do ano passado. Nessa mesma ocasião trouxe a público um livro em que nos dá a conhecer a sua vida, a obra e a sua técnica, dizendo-nos que são uma só. Além disso, tem sido nesta nossa região um entusiasta das coisas da cultura. Vive entre Abrantes e São Paulo, fazendo assim uma ponte cultural entre os dois continentes. Por tudo isso e pelo mais que não cabe numa apresentação sumária, para o escultor Santos Lopes vai o Galardão Antena Livre da Cultura.

Responsabilidade Social – Azeites Gallo É uma prestigiada marca do concelho de Abrantes, quase centenária, servida por uma empresa que se pretende global, presente nos cinco continentes em mais de quarenta países. Apesar do êxito comercial e da responsabilidade empresarial que a sua dimensão acarreta, não esquece a responsabilidade social para com aqueles que não têm sido bafejados pelo olhar dos deuses nem pelo cuidado dos homens. Por isso, todos os anos a empresa tem escolhido em Abrantes uma entidade a quem possa prestar uma preciosa ajuda. Mas não para dar um pouco do que lhe sobeja. Num gesto pouco habitual entre nós, implica os seus funcionários de Lisboa e vêm um dia

• Educação - Nuno Leal jornaldeabrantes

fazer uma ação que deixe uma marca de melhoria significativa - mas continuada - ao serviço daqueles que mais precisam. Nos últimos anos, essa sua intervenção beneficiou já a casa conhecida como o Patronato de Santa Isabel, o C.R.I.A. e a Loja Social do Centro Interparoquial de Abrantes. Pelo carácter exemplar destas iniciativas, a Victor Guedes, titular dos Azeites Gallo, recebe o Galardão Antena Livre da Responsabilidade Social.

Desporto – Susana Estriga Pratica atletismo de competição, é treinadora de atletismo no Sporting Clube de Abrantes e é também professora de educação física na Escola do Tramagal. Ainda recentemente regressou de Budapeste com o título de vice-campeã do mundo, de veteranos, em pista coberta. Nasceu no Tramagal e é entre nós que continua a trabalhar e a treinar, apesar dos seus sucessos que a projetam para longe. Alem da qualidade do seu trabalho, que se vê nos resultados obtidos, esta atleta deixa-nos a mensagem de que há que continuar, que o desporto é importante para a saúde de todos, e que os sonhos dão força à vida independentemente da idade. Por isso mesmo, prepara-se para participar no Campeonato da Europa de Ar Livre de Veteranos que se realiza na Turquia, em Agosto, para disputar as provas dos 100 e dos 400 metros barreiras. Para lhe dar um suplemento de estímulo, mas sobretudo em reconhecimento do muito que já alcançou e do trabalho que está a fazer, é atribuído a Susana Estriga o Galardão Antena Livre de Desporto.

Educação – Nuno Leal Iniciou os seus estudos musicais na Filarmó-

nica União Sardoalense, com 11 anos, e a música ficou-lhe no corpo e na alma. Estudou no Conservatório de Tomar, depois em Lisboa e na Universidade de Aveiro, agora já no domínio da composição. Estudou também direção de orquestra. Desde o início, tem mantido uma ligação muito forte com o movimento associativo. Tem dirigido e revitalizado várias bandas filarmónicas, e organizado estágios e cursos de aperfeiçoamento musical para jovens músicos. Dirigiu a Filarmónica União Sardoalense, a Sociedade Instrução Musical Rossiense e a Sociedade Filarmónica União Maçaense. Foi Maestro convidado para dirigir vários estágios de sopros na Orquestra Nacional de Sopros dos Templários, na Escolas de Música Gualdim Pais, na Ourearte e no Conservatório de Mação, que chegou a dirigir. Tem significativa obra de composição, tanto para os Quinta do Bill como para orquestra, e por ela tem recebido várias distinções, incluindo no estrangeiro. É, portanto, significativa a sua pegada musical nesta região, em particular o seu labor no ensino da música. Como reconhecimento pela sua obra, é atribuído a Nuno Miguel Fernandes Leal o Galardão Antena Livre de Educação.

Empresa – Sofalca Tem a sua pré-história imediata em 1936, data a que remonta o alvará de actividade corticeira concedido a Ernesto Lourenço Estrada, em Abrantes, avô dos actuais proprietários. Em 1966, nasce a Sofalca – Sociedade Central de Produtos de Cortiça. Logo desde o início, afirma-se como uma empresa que aposta na inovação, ao introduzir o corte vertical, que traz melhorias significativas. Em 1974 instala a primeira caldeira de queima mista em Portugal, que veio permitir uma poupança de recursos e os primeiros passos para

Empresa – Sofalca (Paulo Estrada - representante da empresa)

a sustentabilidade. Hoje afirma-se «95% autosustentável», o que é, sem dúvida, um feito a destacar. Em 1975, participa da criação da ISOCOR, dedicada a comercializar para todo o mundo os produtos das unidades industriais do sector da Cortiça. Nos anos 90 do século passado, o sector vê-se perante uma escassez de cortiça. A Sofalca desenvolveu então máquinas de extracção de cortiça de falca, ganhando desta forma uma maior certeza da obtenção da matéria-prima no futuro, dada a sua dificuldade de extracção. Hoje, continua a produzir aglomerados negros de cortiça expandida, sobretudo para o estrangeiro. França, Espanha, Bélgica, Áustria, Alemanha, Reino Unido, Itália, Japão e China são os principais mercados externos para onde são exportados os produtos fabricados pela Sofalca. Além disso, vemo-la com frequência associada a projectos inovadores. Ainda não há muito era a fornecedora da matéria prima de um projecto de design premiado a nível mundial: um posto de observação de aves. No ano passado, vemo-la a fornecer 90% da cortiça que a artista portuguesa Joana Vasconcelos usou no projeto Cacilheiro Trafaria Praia, com que Portugal participou na Bienal de Veneza. Ou seja, a Solfalca está a afirmar a sua presença com ousadia. Por isso diz de si mesma: «Inovamos constantemente, trabalhamos por um futuro promissor». E também por isso foi já distinguida, em 2012, com o prémio PME Excelência. Por outro lado, é já habitual vermos a colaboração da Sofalca em iniciativas de vários tipos nesta região, desde o campo da solidariedade social ao da cultura. Por toda esta história de criação de valor e de participação social, a Sofalca – Sociedade Central de Produtos de Cortiça recebe em 2014 o Galardão Antena Livre na categoria de Empresa.

• Música Nacional - UHF


rantes

Cultura - Santos Lopes (Bruno Santos Lopes em representação do pai)

Responsabilidade Social – Azeites Gallo ( Filipa Silva - diretora de recursos humanos)

Música Nacional – UHF

Música Regional – KWANTTA

“Cavalos de Corrida” foi o primeiro grande êxito dos UHF, que depressa se tornou num dos temas mais marcantes do chamado rock português, logo a seguir ao mítico “Chico Fininho”, de Rui Veloso. Incondicionalmente apoiado pelas rádios, o single chegou ao topo das tabelas, graças às quinze mil cópias vendidas, que valeram à banda o Disco de Prata. António Manuel Ribeiro (voz e guitarras), Carlos Peres (baixo) e Alfredo (bateria) formaram os UHF na Costa da Caparica, em 1977. Depois de sessões de ensaios regulares, os UHF fizeram a sua primeira atuação em 1978, numa escola secundária em Almada; no ano seguinte editaram o primeiro EP e gravaram uma maqueta produzida pelos próprios, que apresentaram a várias editoras, para além de que fizeram as primeiras partes dos concertos dos Dr. Feelgood, Elvis Costello e Ramones. No final desse ano, assinaram contrato discográfico com a Valentim de Carvalho, por um período de cinco anos. Podíamos continuar a contar toda a história dos UHF que já é uma longa história…com 35 anos! 35 anos de sonhos…de alegrias…de tristezas…de vitórias...mas também de momentos menos bons! António Manuel Ribeiro…o front man da banda desde sempre, e atualmente o único membro da formação inicial…..sempre acreditou que a chama dos UHF estaria sempre acesa! E esteve! Determinado…lutador…sonhador…um músico de excelência… são apenas algumas das características que fazem de António Manuel Ribeiro a pessoa que nunca deixou que os UHF parassem de nos dar música… A Antena Livre, não quis deixar passar ao lado…a comemoração dos 35 anos de carreira desta mítica banda Portuguesa….os UHF…

Os KWANTTA são uma nova banda a dar cartas no panorama musical português. Seis músicos produzem canções com essência de verdade, cantadas na língua de Camões, sob diversas influências. O seu primeiro álbum intitulado CASA REAL conta com oito temas que transmitem a energia e o espírito positivo com que os KWANTTA encaram a música. O álbum é uma biografia destes anos de estrada da banda e imortaliza a vontade de mostrar o que se tornou real, cada tijolo, cada palavra. Os temas que fazem parte do disco abordam vivências e realidades, recorrendo às variações rítmicas para quebrar as rotinas da mesma. O single que dá o nome ao álbum conta a história de como tudo aconteceu. Um tema que atravessa três ritmos, o reggae, o pop e o rock. Um motivo musical simples e divertido é ensinado ao público que rapidamente reage e se torna segunda voz desta canção. Este trabalho começou a ser idealizado há cerca de dois anos e, em setembro do ano passado, entraram em estúdio para iniciar as gravações. No currículo da banda constam já uma série de prémios arrecadados, como: vencedores do Festival ShoutOut 2007, no Centro Cultural Malaposta, em Lisboa; vencedores no Festival RibaRock2009, em Coruche; a melhor banda de originais no Concurso de Bandas da Queima das Fitas de Coimbra 2011, que lhes valeu a partilha do palco principal com os JAMES, na Queima das Fitas desse ano.

• Música Regional - Kwantta

• Desporto - Susana Estriga

Foi presidente do Conselho Diretivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional, desde 2011. Ingressou no Instituto de Emprego e Formação Profissional em 1987 como técnico superior, tendo desempenhado as funções de diretor do Centro de Emprego de Torres Novas (1987-1992), diretor de Serviços de Organização, nos Serviços Centrais (1992-1993); diretor do Centro de Emprego de Santarém (19951997), diretor do Centro de Emprego de Lisboa - Picoas (1997 2002), delegado regional de Lisboa e Vale do Tejo (2002-2004), de vice-presidente do Conselho Diretivo do IEFP (2004-2005), e de diretor do Centro de Formação Profissional para a Indústria da Cerâmica, nas Caldas da Rainha (2005-2011). No decurso da vida profissional desempenhou funções docentes como assistente estagiário no Instituto Universitário da Beira Interior, de 1983 a 1985, e na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, de 1985 a 1987, bem como no ISLA Santarém, de 1986 a 1988, e na Escola Superior de Gestão, do Instituto Politécnico de Santarém, em 1994, 1997 e 1998. Foi ainda vice-presidente executivo do Nersant (Associação Empresarial da Região de Santarém), de 1993 a 1995 e administrador da Escola Profissional de Torres Novas, em representação do Nersant, de 1993 a 1995. Como presidente do Conselho Diretivo do IEFP, é representante efetivo na OCDE, Comité LEED (Local Economic and Employment Development Programme), Comité Consultivo relativo à Livre Circulação dos Trabalhadores, e Comité do Emprego da União Europeia.

Personalidade /Carreira – Octávio Oliveira Nacional – Adelino Gomes e Alfredo Cunha Secretário de Estado do Emprego Octávio de Oliveira, nasceu em Tramagal, em 18 de Maio de 1960. Licenciado em Organização e Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa, em 1983.

Adelino Gomes é doutorado em Sociologia e Pós-graduado em Jornalismo… Participou no estudo Ser jornalista em Portugal. Perfis sociológicos, editado em 2011. A mesma equipa desenvolve nova investigação

• Personalidade/Carreira - Octávio Oliveira

sobre “As Novas Gerações de Jornalistas”. Participa ainda no “Projecto Jornalismo e Sociedade”, que prepara uma Carta de Princípios para o Jornalismo na era da Internet. Exerceu a atividade regular de jornalista na rádio, na televisão e em jornais, entre 1966 e 2008. Considera que o seu percurso profissional foi marcado por três equipas de trabalho: Noticiários do RCP (1966 e 1974-5); Página 1, na Rádio Renascença (1970-2) e Público (1989-1995 e 1998-2008). Entre numerosas outras reportagens, fez a cobertura do dia 25 de Abril (1974, Rádio Renascença); do 11 de Março e do início da invasão de Timor pela Indonésia (1975, RTP); e de episódios da guerra do Afeganistão e da II e III Guerras do Golfo (1990/1 e 2003, Público). Foi provedor do ouvinte da RDP entre 2008 e 2010. É autor e coautor de livros, capítulos de livros, artigos e um disco sobre algumas destas temáticas. Embora reformado, considera-se ainda e sempre jornalista…. ALFREDO CUNHA Alfredo Cunha, influenciado pelo pai, optou por uma carreira em fotografia de reportagem. Como repórter fotográfico começou no Notícias da Amadora, em 1971. Seguidamente colaborou com O Século e O Século Ilustrado (1972), a Agência Noticiosa Portuguesa – ANOP (1977) e as agências Notícias de Portugal (1982) e Lusa (1987). Foi fotógrafo dos presidentes da República António Ramalho Eanes e Mário Soares. Foi editor de fotografia no jornal Público, no Grupo Edipresse, na revista Focus, no Comércio do Porto e no Jornal de Notícias. Colaborou com Ana de Sousa Dias no programa Por Outro Lado, da RTP2. Foi diretor de fotografia da agência Global Imagens. Atualmente, trabalha como freelancer e desenvolve vários projetos editoriais. Tem publicados vários livros de fotografia.

Nacional - Adelino Gomes (jornalista) (na foto) e •Alfredo Cunha (repórter fotográfico)

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30 TURISMO

JUNHO 2014

Associações ibéricas lançam rota em BTT para ligar o Tejo da nascente à foz A plataforma associativa luso-espanhola Tajo/Tejo Vivo vai realizar a primeira edição de uma travessia Ibérica em BTT entre a nascente e a foz do rio Tejo, num percurso de mais de 1200 quilómetros. A rota Transibérica em Bicicleta Todo o Terreno (BTT), que vai decorrer em junho e visa a promoção e afirmação do Tejo como destino turístico, vai ter início na Serra de Albarracín (Espanha) e terminará 1210 quilómetros depois, na foz, em Lisboa. O percurso foi dividido em 13 etapas, uma por dia, numa média de 100 quilómetros diários, entre os dias 15 e 27 de junho, e onde “o Tejo estará sempre presente”, disse à Antena Livre o técnico coordenador da Tagus - Asso-

ciação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, uma das entidades portuguesas envolvidas no projeto. Pedro Saraiva adiantou que a “Transibérica em BTT Tejo Vivo se baseia “numa “estratégia concertada de aproveitamento e promoção dos recursos dos territórios abrangidos”, projeto que pretende “combater o êxodo rural, estimular a fixação da população e acrescentar quantidade e qualidade na oferta turística”. “A ideia é criar uma rota turística integradora, numa temática que tem mercado no âmbito do desporto natureza e aventura, e numa lógica de criação de novos fatores que sejam indutores de desenvolvimento, valorização e promoção da cultura das povoa-

ções que cresceram junto ao rio Tejo”, vincou. A prova é organizada pela Tejo Vivo - Rede para a Valo-

vimento local (ADL) e organizações não-governamentais (ONG) de Portugal e Espanha, e tem apoio da iniciativa comunitária LEADER, do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR). Na cerimónia, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, referiu que é necessário ainda algum trabalho de terreno para garantir todas as condições a quem pretende realizar esta rota Transibérica. A autarca falou de uma preocupação que tem sido transversal aos municípios da região que passa pela sinalização de todo o percurso do Tejo, da disponibilização de informações úteis e ainda de mais atração turística.

rização dos Territórios Vinculados ao Tejo, projeto de cooperação ibérica que reúne 18 associações de desenvol-

MRF e JMC

“Um percurso fabuloso!” No passado dia 21 de maio, o Palácio dos Governadores no castelo de Abrantes recebeu apresentação desta rota Transibérica. Na cerimónia marcou presença o atleta abrantino João Machado, que percorreu esta rota de 1210 quilómetros.“Passei por localidades históricas muito interessantes com grande peso cultural. É percurso fabuloso, algo difícil devido à sua dimensão e características mas é, de facto, muito interessante devido a presença constante de fauna e flora junto ao rio Tejo. É um percurso de chegar ao final do dia arrasado, mas logo no dia a seguir, com vontade de fazer mais quilómetros,” admitiu o atleta.

Sábado, dia 17 de maio, foi o dia escolhido para começar o II Cruzeiro Religioso dos Avieiros e do Tejo, que partiu pela primeira vez de Alvega, após uma pequena cerimónia de bênção dos barcos. Esta é mais do que uma simples peregrinação. Numa pequena conversa informal, João Serrano, um dos coordenadores do cruzeiro e do Projeto da Cultura Avieira, explica melhor que os verdadeiros objetivos são não só reforçar a ligação antiga que as terras tinham ao Tejo, como também alertar para os seus

DR

Cruzeiro religioso promove o Tejo

problemas atuais enquanto ecossistema. Por outro lado, pretende-se divulgar a Cultura dos Pescadores Avieiros, uma cultura rica e única

do rio Tejo e do rio Sado. Esta Cultura estabeleceu-se nesta zona no início do século XIX e que neste momento é candidata a património nacional e material. A primeira etapa deste ano acabou no Rossio ao Sul do Tejo, em pleno Mercado Ribeirinho, com a chegada da Santa a dar lugar a uma pequena procissão para a Igreja de Nª Srª da Conceição, onde ficará até à segunda etapa do percurso. Renato Lopes

(reportagem completa em http:// alvegaconcavada.wordpress.com)

Lapa e a Rosa Mana preparam-se para o bom tempo A Câmara Municipal de Sardoal encontra-se a preparar os espaços de lazer das áreas envolventes da Lapa e da Rosa Mana, “para que possam ser usufruídos em pleno e com qualidade na época estival que se aproxima”. Em nota de imprensa, a autarquia explica que “os trabalhos que estão a ser desenvolvidos passam pela limpeza dos leitos das ribeiras, mar-

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gens e zonas envolventes, pela redução da densidade da vegetação junto dos cursos de água e pela recuperação de algum mobiliário exterior, tendo sempre o cuidado de manter a genuinidade e invulgar beleza natural daqueles espaços, que se pretendem propícios ao descanso, à calma e ao desfruto da natureza”. No caso particular da Rosa

Mana, os trabalhos serão realizados em parceria com a Junta de Freguesia de Alcaravela, que será responsável pela requalificação da margem Oeste da ribeira, através da colocação de relva. Os trabalhos na Lapa devem estar concluídos no início de junho e a área de lazer de Rosa Mana deve poder ser utilizada a partir do início de julho.


REGIÃO 31

JUNHO 2014

REGRESSA O MAIOR EVENTO DE CRIATIVIDADE DO PAÍS

Creative Camp volta a Abrantes com alguns dos melhores criadores do mundo É a 3ª edição do 180 Creative Camp e a cidade de Abrantes é o palco mundial deste turbilhão criativo, a decorrer de 13 a 20 de Julho de 2014. Até 8 de Junho está aberta uma candidatura internacional para participantes e outra para implementação de projectos de intervenção urbana até 2.500€.

Apresentado pelo Canal180 e pela Câmara Municipal de Abrantes, o 180 Creative Camp irá reunir no mesmo local alguns dos melhores criadores do mundo de diferentes áreas de expressão artística para uma semana de cruzamentos criativos. Vídeo, música, fotografia, design e instalação são algumas das áreas que serão remisturadas no 180 Creative Camp.

O tema da edição de 2014 é “The Power of Storytelling”. O Canal180 apresenta os 5 primeiros nomes de criadores internacionais que vão marcar presença em Abrantes. O multidisciplinar Olaf Breuning, que trocará Nova Iorque por Abrantes por

uma semana; o galego Isaac Cordal, criador de esculturas metafóricas que temporariamente decoram ruas de capitais europeias; e a dupla francesa de artistas urbanos Ella & Pitr, especialistas na colagem de desenhos de grande formato em pa-

redes de cidades de todo o mundo. Para registar todas as experiências, o 180 Creative Camp recebe reforços da Holanda e da Alemanha: os mentores dos projetos de vídeo Like Knows Like e Gestalten TV uma das principais editoras

de cultura visual do mundo - aliam-se ao Canal180 para produção de conteúdos durante o evento. Uma importante novidade desta edição do 180 Creative Camp é a abertura de uma open call para selecionar dois projetos de intervenção

urbana no centro histórico de Abrantes. O concurso parte de uma colaboração entre o Canal180, a CM de Abrantes e o site internacional ArchDaily - “World’s most visited architecture website”. O objetivo é selecionar e implementar 2 projetos que questionem e promovam a apropriação de espaços públicos do centro histórico de Abrantes. Em simultâneo, serão selecionados 20 participantes de diferentes países para estarem gratuitamente em Abrantes de 13 a 20 de Julho a participar em todas as atividades do evento. Até 8 de Junho está aberto o período de candidaturas para participação no 180 Creative Camp.

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32 REGIÃO

JUNHO 2014

Uma nova etapa de vida Filipe Pedro tem 28 anos e é natural de Abrançalha de Baixa. A paixão por motas sempre foi constante ao longo da sua vida. O dia 28 de março de 2014 era só mais um dia, um dia comum onde iria experimentar uma nova mota, que tinha intervencionado durante a semanada toda. O acidente dáse na zona de mato da localidade de Pucariça, tal como conta ao JA o jovem: “A ideia era experimentar a minha nova mota e durante cerca de cinco minutos dei umas voltas. O acidente deu-se no regresso para casa. Sei que não ia com muita velocidade, mas o despiste aconteceu. Quando dei conta estava a metros de distância da mota já caído no chão. Quando tentei levantar-me não consegui, não conseguia mexer nada da cintura para baixo. Tive logo noção do que tinha acontecido e pedi ajuda.” A partir deste momento, a vida de Filipe Pedro mudou, bastaram uns segundos para que tudo o que era certo se

tivesse tornado numa incerteza constante. Filipe Pedro foi assistido no hospital de São José, em Lisboa, onde foi operado. A operação não resolveu a paralisia que o acidente lhe provocou. O jovem sofreu uma fratura total na medula e uma série de outros problemas de âmbito pulmonar. Há cerca de um mês, Filipe Pedro encontra-se internado no hospital de Abrantes e apenas aguarda uma vaga na Clínica de Reabilitação de Alcoitão, onde terá uma primeira consulta no dia 3 de junho. O ingresso nesta clínica não é uma tarefa fácil, “o processo burocrático é muito moroso” mas, neste momento, é “tudo o que quero.” Ao fim de dois meses, Filipe Pedro admitiu que sem o apoio de todos, família e amigos, não teria conseguido ultrapassar esta fase penosa da sua vida. Em solidariedade com o jovem, a Comissão de Melhoramentos de Pucariça está a promover uma campanha subordinada ao tema “Viver sem

Limites” que está disponível, em vários espaços comerciais da freguesia de Rio de Moinhos e na cidade de Abrantes. O objetivo é a recolha de um maior número de tampas, embalagens de shampoo, amaciador, gel banho, embalagens de detergentes, copos e garrafas de iogurtes, caricas, etc. O valor irá reverter para a Comissão de Melhoramentos de Pucariça que, por sua vez, irá adquirir os equipamentos ortopédicos e de fisioterapia necessários para o dia a dia de Filipe Pedro. Para além da campanha de recolha estão a ser desenvolvidas outras ações solidárias. Exemplo disso é já no próximo dia 10 de junho onde vai acontecer um almoço solidário no salão da Associação de Moradores de Abrançalha de Baixo. Ao fim de dois meses, Filipe Pedro admitiu que tem esperança de um dia voltar a ter uma vida normal, entendendo esta fase como uma nova etapa da sua vida… Joana Margarida Carvalho

No âmbito da II Semana da Educação, Igualdade e Cidadania, que decorreu entre 28 e 30 de maio, foi apresentado o Projeto Educativo Municipal (PEM) de Abrantes. Trata-se de um trabalho que envolve todos os atores que, direta ou indiretamente, se envolvem e se preocupam com as questões da educação. Iniciado em julho do ano passado, o PEM tem vindo a ser desenvolvido por uma equipa técnica com representantes de instituições locais de ensino e formação, com a supervisão de uma equipa de Especialistas da Universidade Católica do Porto. O resultado final deverá servir para garantir melhorias visíveis e

para reforçar a igualdade de todos no acesso à educação. Uma vez que o PEM está em fase de produção, qualquer cidadão pode ainda dar o seu contributo ao nível das ações estratégicas a implementar. Maria do Céu Roldão, uma das consultoras do PEM de Abrantes, admite que, para se introduzir melhorias, terá que haver “ruturas nas rotinas”. Um dos objetivos é que este trabalho possa ser alargado a outras instâncias, nomeadamente à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação, lavrada no dia dezanove de Maio de dois mil e catorze a folhas trinta e três, do Livro de escrituras diversas número Trinta e Seis –G, Joaquim Machado e mulher Rosa da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Barca, número 44, freguesia das Fontes, concelho de Abrantes, contribuintes fiscais número 106 955 535 e número 141 508 078, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios todos não descritos no registo predial a que atribuem valor igual ao patrimonial: Sitos na freguesia de Carvalhal, do concelho de Abrantes: Um: Rústico, composto de pinhal, com área de cinco mil e quarenta metros quadrados, denominado “Vale da Zebra”, inscrito na matriz sob o artigo 11, secção AA, com o valor patrimonial IMT de 378,46€, a confrontar do Norte, com Rogério Manuel Machado Mendes, do Sul, com Olinda Rosa Machado Alves, do Nascente, com Maria Rosa Mendes Pedro, e, do Poente, com António Mendes e outro; Dois: Rústico, composto de cultura arvense, pastagem ou pasto e pinhal, com a área de quinhentos e vinte metros quadrados, denominado “Vale da Zebra”, sito na dita freguesia de Carvalhal, inscrito na matriz sob o artigo 28, secção AA, com o valor patrimonial IMT de 8.88€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Olívia da Conceição Machado, do Sul, com Maria do Rosário, do Nascente, com Joaquim Francisco Machado, e, do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Sitos no Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, do Concelho de Abrantes: Três: Rústico, composto de mato e pinhal, com a área de quinhentos e vinte metros quadrados, denominado “Corga do Boi”, inscrito na matriz sob o artigo 9, secção BZ (teve origem em artigo com o mesmo número e secção da extinta freguesia do Souto, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial IMT 1,51€, a confrontar, do Norte, com albufeira da barragem do Castelo de Bode, do Sul com José Ganhão júnior, do Nascente com herdeiros de Manuel António Missionário e herdeiros de Manuel Pedro Júnior, e, do Poente com Joaquim Machado e herdeiros de Vicente Machado; Quatro: Rústico, composto de cultura arvense de regadio, mato e sobreiros, com a área de setecentos e sessenta metros quadrados, denominado “Vale dos Brejos”, inscrito na matriz sob o artigo 78, secção CC (teve origem em artigo com o mesmo número e secção da extinta freguesia do Souto, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial IMT 121.69€, a confrontar, do Norte, com António dos Santos, do Sul, com João da Conceição Pedro, do Nascente com Maria João Pratas e Silva e outro, e do Poente com José Dias Gaspar e outro e herdeiros de Manuel Machado Júnior; Prédios sitos na freguesia de Fontes, concelhos de Abrantes: Cinco: Rústico, composto de pinhal, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, denominado “Sabrosa”, inscrito na matriz sob o artigo 12, secção AD, com o valor patrimonial IMT 166,71€, a confrontar, do Norte, com Francisco Nazaré Lopes, do Sul, com Maria do Rosário Pires Lopes, do Nascente, com estrada, e do Poente, com herdeiros de Eliseu Rosa Morgado: Seis: Rústico composto de olival e cultura arvense em olival, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, denominado “Barroca”, inscrito na matriz sob o artigo 27, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 66,11€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Rosa Benvinda, do Sul, e, do Poente, com herdeiros de António Maria Soares e de Manuel Maria Soares, do Nascente, com herdeiros de Rosa Benvinda; Sete: Rústico, composto de pinhal, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, denominado “Fonte do Carvalho”, inscrito na matriz sob o artigo 82, secção AQ, com o valor patrimonial IMT de 35,99€, a confrontar, do Norte com José Maria

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Alves e outros, do Sul, com António Machado e outros, do Nascente, com Adelino do Rosário Machado, e do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Oito: Rústico, composto de mato e oliveiras, com a área de oitenta metros quadrados, denominado “Rocha Cimeira”, inscrito na matriz sob o artigo 87, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 9,04€, a confrontar, do Norte, com albufeira da barragem de Castelo de Bode, do Sul, com herdeiros de Maria dos Santos, do Nascente, com herdeiros de Manuel Soares Machado, e, do Poente, com Rosário Maria Pimenta Passarinho Soares; Nove; Rústico, composto de pinhal, com a área de mil e duzentos metros quadrados, denominado “Sanguinheira”, inscrito na matriz sob o artigo 93, secção AS, com o valor patrimonial IMT de 90,21€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Joaquim Vicente, do Sul, com António Pedro, do Nascente, com Ernesto Maria Teodoro, e, do Poente, com herdeiros de José Pedro; Dez: Rústico, composto de pinhal, com a área de mil setecentos e sessenta metros quadrados, denominado “Salgueirinho”, inscrito na matriz sob o artigo 96, secção AE, com o valor patrimonial IMT de 132.23€, a confrontar, do Norte, com Celeste Rosa Louro e outros e Manuel Rosa Serras, do Sul, com herdeiros de Manuel Maria Soares e de José Manuel Pedro, do Nascente, com António Manuel e herdeiros de Maria Rosa Alves, e, do Poente, com Manuel Rosa Serras e herdeiros de António Filipe; Onze: Rústico, composto de pinhal, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, denominado “Vale das Barrocas”, inscrito na matriz sob o artigo 98, secção BE, com o valor patrimonial IMT de 35,99€ a confrontar do Norte com herdeiros de Maria Jacinta, do Sul, com Maria de Jesus, do Nascente com herdeiros de João do Rosário Rodrigues e Francisco Nazaré Lopes, e, do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Doze: Rústico, composto de pinhal, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, denominado “Vale das Barrocas”, inscrito na matriz sob o artigo 100, secção BE, com o valor patrimonial de 12,05€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Maria Jacinta, do Sul, com Maria de Jesus, do Nascente, com herdeiros de Vicente Machado, e do Poente, com Francisco Nazaré Lopes; Treze: Rústico, composto de eucaliptal, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, denominado “Carrapatoso”, inscrito na matriz sob o artigo 105, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 22,59€, a confrontar, do Norte, com António Machado Soares, do Sul, com Maria dos Anjos Rosa Machado, do Nascente, com Maria de jesus Rosa Machado, e do Poente, com estrada; Catorze: Rústico, composto de olival, com a área de oitocentos metros quadrados, denominado “Barro”, inscrito na matriz sob o artigo 109, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 85,69€, a confrontar, do Norte, e, do Poente, com Maria dos Anjos Rosa Machado, do Sul, com albufeira da Barragem de Castelo de Bode, e, do Nascente, com Adelino do Rosário Machado; Quinze: Rústico, composto de Olival, com a área de trezentos e vinte metros quadrados, denominado “Ladeira dos Castanheiros”, inscrito na matriz sob o artigo 119, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 19,58€, a confrontar, do Norte, com albufeira da Barragem de Castelo de Bode, do Sul, com herdeiros de Manuel Maria Soares e de Maria de Jesus Oliveira Soares, do Nascente, com Francisco Nazaré Lopes, e, do Poente, com herdeiros de Salvador Pedro; Dezasseis; Rústico, composto de cultura arvense, mato e oliveiras, com a área de mil quatrocentos e quarenta metros quadrados, denominado “Outeiro da Malhadeira”, inscrito na matriz sob o artigo 171, secção AP, com o valor patrimonial IMT de 25,60€, a confrontar, do Norte, com herdeiros de Vicente Machado, do Sul, com Luísa Mendes Antunes e Ilda do Rosário Machado Mendes, do Nascente, com herdeiros de Manuel Fernando Rosa Machado e Manuel Mendes Antunes, e, do Poente, com Adriano da Silva Pedro e Mário do Rosário Rodrigues; Dezassete: Rústico, composto de mato, Oliveiras e cultura arvense, com a área de seiscentos e oitenta metros quadrados, denominado “Vale do Sapo”, inscrito na matriz sob o artigo 214, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 72,14€, a confrontar, do Norte com António Rosa Pedro, do Sul com Mário Maria Pires, do Nascente com Maria dos Anjos Rosa Machado, e do Poente, com António Pedro Rosa; Dezoito: Rústico, composto de olival, com a área de duzentos metros

quadrados, denominado “Milharada”, inscrito na matriz sob o artigo 280, secção BT, com o valor patrimonial de 6.02€, a confrontar do Norte, com Rogério Manuel Machado Mendes, do Sul, com albufeira da barragem de Castelo de Bode e Manuel Francisco, do Nascente, com albufeira do Castelo de Bode e Adelino António Brunheta, do Poente, com Benvinda Francisca Machado; Dezanove: Rústico, composto de cultura arvense, cerejeiras e oliveiras, com a área de cento e sessenta metros quadrados, denominado “Milharada”, inscrito na matriz sob o artigo 284, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 66,11€, a confrontar, do Norte, com Adelino António Brunheta, do Sul, com herdeiros de Vicente Machado, do Nascente, com a estrada, e, do Poente, com albufeira da barragem de Castelo de Bode; Vinte: Rústico, composto de Mato, cultura arvense de regadio, oliveiras, e, pessegueiros, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, denominado “Água Ferral”, inscrito na matriz sob o artigo 295, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 45,03€, a confrontar, do Norte, com Florinda Rosa Machado, do Sul, com albufeira da barragem de Castelo de Bode e Leonor Francisco Machado Cardiga, do Nascente, com Maria Francisca Machado, e, do Poente, com estrada pública; o certo porém é que os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à sua posse: aqueles descritos nas verbas Três, Quatro, Cinco, Onze, Doze e dezassete, por partilha verbal com os outros co-herdeiros e interessados na herança aberta por óbito dos sogros e pais dos ora justificantes, José Lopes e mulher Maria da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e setenta e oito; aqueles outros descritos nas verbas Um, Dois, Seis, Sete, Oito, Dez, Catorze, Quinze, Dezasseis, e, Vinte por doação verbal dos pais do justificante marido Basílio Machado e mulher Maria Francisca, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e sessenta e dois; o prédio descrito na verba Treze, por compra e venda verbal a Manuel Machado e mulher Maria da Conceição Mendes; casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Cabeça Ruiva, na indicada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e oitenta e nove; o prédio descrito na verba Nove, por compra e venda verbal a António Filipe e mulher Joaquina do Carmo, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na indicada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e setenta e quatro; e, os prédios descritos nas verbas Dezoito e Dezanove, por compra e venda verbal a Manuel António Brunheta e mulher Deolinda dos Santos, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na mencionada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e oitenta e nove. Não obstante isso, vêm todos os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justificantes, há mais de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbravando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, dezanove de Maio de dois mil e catorze. A Notária, Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes n.º 5520 edição de junho 2014)


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34 CULTURA

JUNHO 2014

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

As “Provas de Contacto” de José de Guimarães na Galeria de Arte de Abrantes Alguma da obra mais relevante de José d de Guimarães está em exposição na QuARTel – Galeria Municipal de Abrantes até ao próximo dia 4 de julho. O trabalho do artista abarca um arco temporal de cinquenta anos, englobando um conjunto muito diversificado de obras que dão corpo a uma produção de imagens realizadas por transferência. Trata-se de uma exposição que reúne um conjunto alargado de técnicas de produção de imagem que vão desde o stencil ao digital. “Provas de Contacto”, de cariz antológico e que foi originalmente inaugurada no Centro Internacional de Artes José de Guimarães, destaca o trabalho de José de Guimarães na

AGENDA DO MÊS

GRAVURA – Sociedade S i d d Cooperativa C ti de d GraG vadores Portugueses, refletindo os anos em que o artista se encontrava em Luanda e, mais tarde, já em Portugal, em que produz uma série de trabalhos de cariz mais político. O escultor e pintor nasceu em Guimarães em 1939. Formou-se em Engenharia na Academia Militar, mas cedo se dedicou exclusivamente às artes. Desde 1976, participa em exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, tendo sido, em 1999, concedido o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. A Galeria Municipal de Arte de Abrantes está aberta ao público de terça a sábado das 10h às 13 e das 14h às 18h.

Abrantes

Mação

Até 25 de junho – Exposição “Abrantes, 40 anos depois de abril” e “Os rapazes dos tanques”, de Alfredo Cunha – Biblioteca Municipal António Botto Até 30 de junho – Exposição de arquitetura “Raúl Lino em Abrantes” – Arquivo Municipal Eduardo Campos Até 4 de julho – Exposição “Provas de Contacto” de José Guimarães – quARTel – Galeria Municipal de Arte 12 a 15 de Junho - Festas da Cidade de Abrantes – Animação, artesanato, exposições

7 e 28 de junho – Feiras de Artesanato, workshop de renda, pinturas faciais, concertos no jardim com Canto Firmo de Tomar e Firmação – Largo dos Bombeiros, a partir das 9h 28 e 29 de junho, 4, 5 e 6 de julho – Feira Mostra 2014 com David d Carreira, Lucky Duckies, Ana Moura, mostra de artesanato, gastronomia, exposições, feira do livro

Constância Até 10 de junho – Exposição “À Volta de…”, fotografia de Pedro Sousa e Maria Isabel Clara – Posto de Turismo, 10h às 18h, sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18h 7 a 10 de junho – XIX Pomonas Camonianas 10 de junho – Feira de Antiguidades e Velharias – Praça Alexandre Herculano e Avenida das Forças Armadas, das 10h às 19h

Sardoal

Concurso de Fotografia em Vila de Rei subordinado ao tema “Ofícios Tradicionais” “Ofícios Tradicionais” é o tema do Concurso de Fotografia Padre João Maia, organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei e Centro de Estudos Padre João Maia. O prazo final para a entrega de trabalhos é no dia 4 de Julho, sendo que as três fotografias eleitas pelo júri serão premiadas com 150€, 100€ e 50€, respetivamente. A oitava edição do concurso tem como objetivos principais a promoção e divulgação do concelho de vila de Rei, na difusão das suas potencialidades turísticas, culturais e etnográficas. Mais informações através do contacto telefónico 274890000.

Livro de fotografia inspira trabalho de Nelson D’Aires em exposição no Centro Cultural de Sardoal

O Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, recebe a exposição “Álbum de Família” entre 31 de maio e de julho. Da autoria de Nelson D’Aires, a mostra de fotografia inserese num projeto da Bolsa Estação Imagem 2012 que visa homenagear António Gonçalves Pedro, natural de Cabeça das Mós, Sardoal, mais conhecido como o “Fotógrafo de Mora”. A partir do livro “António Gonçalves Pedro, Fotógrafo de Mora” (Mora, 2013), da au-

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toria de Luís Vasconcelos, o fotógrafo Nelson D’Aires sentiu a necessidade de desafiar a memória e encontrar, no presente, as pessoas retratadas no livro e de fotografá-las no momento atual, nos seus ambientes e nas circunstâncias de vida. Para Nelson D’Aires “não ter conhecido pessoalmente em vida António Gonçalves Pedro é uma fissura permanente em qualquer pesquisa que tente fazer sobre a sua obra”, acrescentando que, durante o trabalho de pesquisa,

“eu já não era o fotógrafo que pedia informações mas também alguém que informava e que recontava notícias de quem se perdeu o rasto no decorrer dos anos.” Nelson D’Aires nasceu em Vila do Conde, em 1975. Formado na área da construção civil como técnico de obras, abandonou esta actividade no final de 2005, para se estabelecer como fotógrafo independente. No seu currículo conta com participações individuais e coletivas em exposições nacionais e internacionais e venceu diversos prémios na área do fotojornalismo. É membro do coletivo Kameraphoto, onde desenvolve trabalhos coletivos (exposições e livros) e colabora regularmente com publicações em reconhecidos periódicos.

Até 26 de julho – Exposição “Álbum de Família”, fotografia de Nelson D´Aires – Centro Cultural Gil Vicente 27, 28 e 29 de junho – Festa dos Santos Populares – Cadeia Velha 11 e 12 de julho – Teatro “O Cornudo Imaginário” pela [In]quietARTe – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30

Vila de Rei Até 23 de junho – Exposição/Mural alusivo à família – Museu Municipal de Vila de Rei 6 e 7 de junho – Festival Rock na Vila com Mind a Gap, Tara Perdida, Martim, entre outros – Parque de Feiras, entrada gratuita

Vila Nova da Barquinha 7 de junho – Ciclo de palestras sobre património: “As raízes entre um SIG e um Inventário”, por Artur Duarte – Centro Cultural, 17h 12 a 15 de junho – 28.ª Feira do Tejo – Festas do Concelho – Parque Ribeirinho 12 a 15 de junho – Exposição de trabalhos de pintura e fotografia dos alunos do Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC) – CEAC A partir de 12 de junho – Exposição dos alunos finalistas do Curso de Artes Plásticas do IPT – Galeria do Parque


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JUNHO 2014

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

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CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

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Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação, lavrada no dia dezanove de Maio de dois mil e catorze a folhas cinquenta e duas, do Livro de escrituras diversas número Trinta e Seis –G, Joaquim Machado e mulher Rosa da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Barca, número 44, freguesia das Fontes, concelho de Abrantes, contribuintes fiscais número 106 955 535 e número 141 508 078, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios todos não descritos no registo predial a que atribuem valor igual ao patrimonial: Um: Rústico, composto de Olival, com área de trezentos e vinte metros quadrados, denominado “Vinha do Rio”, sito na freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 8, secção BV, com o valor patrimonial IMT de 19,58€, a confrontar do Norte, com herdeiros de António Maria Soares, do Sul, com herdeiros de Rosa Benvinda, do Nascente, com herdeiros de Maria dos Santos, e, do Poente, com herdeiros de António Maria Soares e de Maria dos Santos; Dois: Rústico, composto de cultura arvense, figueiras e oliveiras, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, denominado “Alqueire”, sitio na indicada freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 66, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 30,12€, a confrontar do Norte, e do Nascente, com herdeiros de João do Rosário Rodrigues, do Sul, com Manuel do Rosário Soares, e do Poente, com herdeiros de Manuel Maria Soares; Três: Rústico, composto de mato, cultura arvense e oliveiras, com a área de mil duzentos e quarenta metros quadrados, denominado “Vale Covo”, sito na indicada freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 177, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 60,09€, a confrontar do Norte, e, do Sul, com Joaquim Machado, do Poente, com Joaquim Machado e herdeiros de Vicente Machado, e, do Nascente, com Joaquim Machado e Maria dos Anjos Rosa Machado; Quatro: Rústico, composto de Mato, cultura arvense e oliveiras, com a área de mil duzentos e oitenta metros quadrados, denominado “Vale Covo”, sito na dita freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 178, secção BT, com valor patrimonial IMT de 60,09, a confrontar do Norte, com Joaquim Machado, do Sul e do Poente, com herdeiros de Vicente Machado, e, do Nascente, com Joaquim Machado e Maria dos Anjos Rosa Machado; Cinco: Rústico, composto de cultura arvense, oliveiras e horta, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, denominado “Bacelo”, sito na mencionada freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 194, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 51,05€, a confrontar do Norte, com José Lopes e herdeiros de Vicente Machado, do Sul, com albufeira da barragem de Castelo de Bode, do Nascente, com José Lopes, e, do Poente, com herdeiros de Vicente Machado; Seis: Rústico, composto de cultura arvense, oliveiras, cerejeiras e figueiras, com a área de oitocentos metros quadrados, denominado “Várzea da Horta”, sito no Souto, Uniã9o das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes (teve origem em artigo com mesma numeração e secção da extinta freguesia do Souto, do concelho de Abrantes), inscrito sob ao artigo 208, secção BX, com o valor patrimonial IMT de 141,26€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Vicente Machado, do Sul, com herdeiros de António Anacleto e José Soares, do Nascente, com José Soares e herdeiros de Vicente Machado, e do Poente, com Manuel do Rosário Machado; o certo porém é que os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à sua posse: aqueles descritos nas verbas Dois, Cinco e Seis, por partilha verbal com os outros co-herdeiros e interessados na herança aberta por óbito dos sogros e pais dos ora justificantes, José Lopes e mulher Maria de Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e setenta e oito; aqueles outros descritos nas verbas Três e Quatro por doação verbal dos pais do justificante marido, Bazílio Machado e mulher Maria Francisca, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e sessenta e dois; o prédio descrito na verba Um, por compra e venda verbal a João Domingos e mulher Maria da Piedade, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na indicada freguesia de Fontes, em data que não podem precisar mas cerca do ano de mil novecentos e oitenta e nove; não obstante isso, vêm todos os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justificantes, há cerca de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse essa que exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, dezanove de Maio de dois mil e catorze. A Notária, Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes n.º 5520 edição de junho 2014)

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Morada: R. de Angola, nº 35 - 2205-674 Tramagal - Abrantes Tel. 241 890 330 - Fax: 241 890 333 - Tm: 91 499 27 19 Email: geral@abrancop.pt - www.abrancop.pt

CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação, lavrada no dia dezanove de Maio de dois mil e catorze a folhas trinta e seis, do Livro de escrituras diversas número Trinta e Seis –G, Joaquim Machado e mulher Rosa da Nazaré, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residentes na Rua da Barca, número 44, freguesia das Fontes, concelho de Abrantes, contribuintes fiscais número 106 955 535 e número 141 508 078, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios todos não descritos no registo predial a que atribuem valor igual ao patrimonial: Um: Rústico, composto de figueiras, horta e oliveiras, denominado “Hortinha”, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito na freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 40, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 36,14€, a confrontar do Norte, com herdeiros de António Maria Soares e António Machado, do Sul com Joaquim Machado, do Nascente, com herdeiros de António Maria Soares, e do Poente, com Joaquim Machado e outro; Dois: Rústico, composto de Olival, denominado “Lanceiros/Lanceiras”, com a área de mil setecentos e sessenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 50, secção AO, com o valor patrimonial IMT de 43,52€, a confrontar do Norte, com caminho, do sul, com estrada pública, do Nascente, com Manuel do Rosário Machado, e, do Poente, com Maria de Jesus Portela e Maria da Conceição Piedade Alves; Três: Rústico, composto de figueiras, macieiras, olival, e cultura arvense em olival, denominado “Hortinha”, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, sito na referida freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 74, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 76,66€, a confrontar do Norte, e, do Nascente, com herdeiros de Manuel Soares Machado, do Sul, com herdeiros de Manuel Soares Machado, e, do Poente, com Joaquim Machado; Quatro: Rústico, composto de cultura arvense, oliveiras e pinhal, denominado “Estaquitas”, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 81, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 52,56€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Rosa Benvinda, do Sul, com Maria dos Anjos Rosa Machado, do Nascente, com herdeiros de Maria dos Santos, e, do Poente, com Luísa Maria Pires; Cinco: Rústico, composto de olival, horta e pessegueiros, denominado “Engarnal”, com a área de mil quinhentos e sessenta metros quadrados, sito na referida freguesia de Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 151, secção BT, com o valor patrimonial de IMT de 100,60€, a confrontar do Norte, com herdeiros de Maria dos Santos e Maria dos Anjos Rosa Machado, do Sul, com Isidro Morgado Soares, do Nascente, com herdeiros de Lucília Luísa Passarinho, e, do Poente, com Luísa Maria Pires e herdeiros de José da Silva Aparício; Seis; Rústico, composto de pinhal, cultura arvense e oliveiras, denominado “Outeiro do Choupo, com área de mil e quatrocentos metros quadrados, sito na referida freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 167, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 82,68€, a confrontar do Norte, com herdeiros de António Maria Soares, do Sul, com Olímpio Rosário Machado, do Nascente, com Joaquim Machado e António Pedro Rosa, e, do Poente, com Maria dos Anjos Rosa Machado; Sete: Rústico, composto de mato e oliveiras, denominado “Cabeço da Fonte”, com área de mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 175, secção BU, com o valor patrimonial IMT de 16,57€, e, a confrontar do Norte, com Ilda do Rosário Machado Mendes, do Sul, com Joaquim do Carmo Brunheta, do Nascente, com Joaquim Machado, e, do Poente, com Olinda do Rosário Machado Pimenta; Oito: Rústico, composto de Pinhal, denominado “Carregal”, com área de Oitocentos e oitenta metros quadrados, sito na mencionada freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 182, secção AR, com o valor patrimonial IMT de 66,11€, a confrontar do Norte, com Francisco Maria Pires, do Sul, com José Alves Pedro, do Nascente, com Francisco Nazaré Lopes, e, do Poente, com Luísa Maria da Conceição; Nove: Rústico, composto de Olival, denominado “Vinha Grande”, com a área de mil seiscentos e quarenta metros quadrados, sito na freguesia indicada das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 211, secção BT, com o valor patrimonial IMT de 93,22€, a confrontar do Norte, com António Pedro Rosa, do Sul, com herdeiros de Manuel Soares Machado Júnior e Albufeira da Barragem de Castelo de Bode, do Nascente, com António Pedro Rosa e herdeiros de Maria Luísa Passarinho, e, do Poente, com Maria do Rosário Pires Lopes; Dez: Rústico, composto de cultura arvense, figueiras, oliveiras e pastagem artificial permanente, denominado “Ladeira das Figueiras”, com a área de novecentos e sessenta metros quadrados, sito na mencionada freguesia das Fontes., inscrito na matriz sob o artigo 220, secção AP, com o valor patrimonial IMT de 73,64€, a confrontar do Norte, com Clementina do Carmo Santos Pedro, do Sul, com Olinda do Rosário Machado Pimenta, do Nascente, com estrada pública, e, do Poente, com José Aparício do Carmo Pedro; Onze: Rústico, composto de cultura arvense e oliveiras, denominado “Vinha da Balsa”, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito na mencionada freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 293, secção AP, com o valor patrimonial IMT de 39,01€, a confrontar do Norte, com Carla Rodrigues Aparício, do Sul, com Olívia Maria Pires e Manuel de Jesus Rosa, do Nascente, com Olívia Maria Pires, e, do Poente, com Joaquim Francisco Machado; Doze: Rústico, composto de mato, pinhal, cultura arvense e figueiras, denominado “Cavadinhas”, com área de três mil seiscentos e oitenta metros quadrados, sito na dita freguesia das Fontes, inscrito na matriz sob o artigo 334, secção BU, com o valor patrimonial IMT de 35,99€, a confrontar do Norte, com estrada pública e herdeiros de Maria dos Santos, do Sul, com caminho, do Nascente, com herdeiros de Maria dos Santos, e, do Poente com Arlindo do Rosário Rodrigues; Treze: Rústico, composto de cultura arvense de regadio e oliveiras, denominado “Ribeira do Souto”, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito na União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes (teve origem no mesmo artigo e secção da extinta freguesia de Souto, concelho de Abrantes), inscrito na matriz sob o artigo 181, secção BZ, com valor patrimonial IMT de 25,60€, a confrontar do Norte, com herdeiros de José André, do Sul, com herdeiros de Manuel Rodrigues Amaro e Josefina Maria Genoveva Pimenta, do Nascente, com Josefina Maria Genoveva Pimenta, e, do Poente, com herdeiros de Aurora Maria; Catorze: Rústico, composto de cultura arvense e oliveiras, e, dependência denominado “Bico da Cevada”, com a área de trezentos e vinte metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 386, secção BZ, com o valor patrimonial IMT de 43,52€, sito na referida União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, (teve origem no mesmo artigo e secção da extinta freguesia de Souto, concelho de Abrantes), a confrontar do Norte, do Nascente, e, do Poente, com José António Joaquina Passarinho, e, do Sul, com herdeiros de Francisco José. O certo porém é que os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os prédios referidos nas verbas Um, Dois, Três, Seis, Sete, Dez, Onze, e, Doze, aos quais vieram à sua posse doação verbal, dos pais do justificante marido, Basílio Machado e Maria Francisca, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Carrapatoso, em data que não podem precisar mas cerca de do ano de mil novecentos e sessenta e dois; e os restantes prédios, vieram á sua posse por partilha verbal com os outros co-herdeiros aberta por óbito de José Lopes e mulher Maria da Nazaré, sogros e pais dos ora justificantes, residentes que foram em Carrapatoso, freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, em data que não podem precisar, mas sensivelmente no ano de mil novecentos e sessenta e oito. Não Obstante isso, vêm os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justificantes, há mais de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, dezanove de Maio de dois mil e catorze. A Notária, Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes n.º 5520 edição de junho 2014)

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