Jornal de Abrantes - Edição de Junho, 2016

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JUNHO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5544 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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CM Abrantes/Fernando Baio

Abrantes · Constância · Mação · Sardoal · Vila Nova da Barquinha · Vila de Rei

ABRANTES Centenário comemorado em Festa! De 9 a 14 de junho

Pág. 17

EDUCAÇÃO

TURISMO

DESPORTO

Abrantes tem dois campeões em cálculo mental

Francisca Laia alcança apuramento para os Jogos Olímpicos

Praias de Mação e Vila de Rei têm Qualidade de Ouro

Dois estudantes abrantinos conquistaram este ano o título de campeões mundiais de cálculo mental no SuperTmatic. João Bento conquistou o título mundial pelo terceiro ano consecutivo. Pág. 4

A abrantina Francisca Laia conseguiu a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de janeiro, que se disputam no próximo mês de agosto. Pág. 26

A Praia Fluvial de Carvoeiro, em Mação, e a Praia Fluvial de Fernandaires e a zona balnear de Zaboeira, no concelho de Vila de Rei, receberam a classificação de “Praias com Qualidade de Ouro” da Quercus. Pág. 9

VILA NOVA DA BARQUINHA

De 9 a 13 de junho

Pág.13

DR

Animação não vai faltar em mais uma Feira do Tejo


2 ABERTURA

JUNHO 2016

FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA

Foi inaugurada a relocalização do testemunho comemorativo dos 75 anos da Cidade de Abrantes, na rotunda da avenida 14 de Junho. “É uma peça muito bonita, do escultor José Aurélio que ganha uma nova dignidade devido à visibilidade que agora tem”, disse Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia. A escultura, que assinala os 75 anos da elevação de Abrantes a cidade, foi inaugurada a 14 de junho de 1991 junto ao talude no Largo 1º de Maio, virado para a Avenida 25 de Abril. A parte de cima desta escultura em aço inoxidável fundido tem 25 bandeiras em cada haste, simbolizando os 75 anos de cidade.

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Redação Mário Rui Fonseca (CP.4306)

Colaboradores Alves Jana e Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho

mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Cristina Azevedo cristina.f.azevedo@antenalivre.pt

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

INQUÉRITO

Como tem vivido o Centenário de Abrantes?

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

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É uma data muito importante. Já estão a decorrer um conjunto de eventos, nomeadamente os escuteiros vão fazer um Grande Acampamento integrado no Centenário. É um marco, fazer cem anos não é todos os dias. Para as festas estou também bastante expectante.

Este Centenário move-me, porque penso que não são todos os dias que se pode comemorar um. Penso que é um marco importante para a cidade, para toda a rede empresarial de Abrantes, bem como para todos os habitantes e para os que nos visitam. O repto que faço é que Abrantes tem muita coisa para ver e se calhar não estamos a potenciar da melhor maneira essa oferta. Temos de trazer mais gente para a Abrantes, pois a cidade assim o merece.

O Centenário é um acontecimento que nos mobiliza. Há uma serie de iniciativas que me parecem interessantes, do ponto de vista do despertar do sentimento de cidade, de pertença e o de participação, não ficando simplesmente a olhar para o que vai acontecer. O que se pretende é que possamos trabalhar no futuro, com outra perspetiva, sempre de construção.

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UMA FIGURA DA HISTÓRIA Gandhi…pela inspiração e uma das frases. “Sê a mudança que queres ver no mundo”.

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Contactos Tel: 241 360 170 / Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Detentores do capital social

SUGESTÕES

Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis

Artigo nº16 da Lei de Imprensa Transparência da Propriedade A Lena Comunicação SGPS, S.A. é ainda detentora de 75 % da Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda., proprietária do Semanário Região de Leiria e de 69,94% da empresa Editorial Jornal da Bairrada. Lda., proprietária do Jornal da Bairrada. A Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. detém ainda uma participação de 12,56% da empresa Editorial Jornal da Bairrada. Lda.

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

Rui Brazão

IDADE 39 NATURALIDADE /RESIDÊNCIA Abrantes PROFISSÃO Coach; Formador de desenvolvimento pessoal. UMA POVOAÇÃO Braga, pela sua jovialidade, diversão e energia positiva.

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UM MOMENTO MARCANTE O Nascimento dos meus filhos…indiscritível. UM PROVÉRBIO Sê a mudança que queres ver no mundo”. UM SONHO Haver paz no mundo. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Penedo Furado, em Vila de Rei…. O contacto que existe com a natureza e a tranquilidade são dois bons motivos para que se conheça.

Joana Margarida Carvalho

Diretora

Sentimento de pertença Estamos quase a vestir-nos de festa. Vila Nova da Barquinha celebra uma vez mais os seus festejos anuais, numa dedicação e proximidade ao rio, aos recursos endógenos, e à sua oferta cultural e artística. Por Abrantes já se denota alguma movimentação, esculturas erguem-se, conferências realizamse e a marca “100” surge em vários espaços, documentos, redes sociais, sempre associada à dinamização de um conjunto de atividades do Centenário. As festas da cidade, o dia 14 de Junho, que vai homenagear quem fez a história destes anos, estão quase aí… Por isso, não basta vestirmonos de cerimónia, é necessário também querer fazer parte da história que agora inicia por mais cem anos. Este foi um mês de campeões. Os mais novos uma vez mais trouxeram para Abrantes o título de vencedores na área da matemática. Já Francisca Laia, a canoísta abrantina, encheunos o coração ao conseguir o apuramento olímpico. São bons exemplos de quem quer afirmar e construir a sua história, com empenho, dedicação e muita garra. Mas também a história da cidade, levando o seu nome pelo país e pelo mundo. Foi também um mês de momentos, onde vimos partir figuras incontornáveis do concelho de Abrantes, como o maestro Rui Picado ou Dona Mira Godinho, a decana do voluntariado, que terminou a sua função nobre e uma vida dedicada aos outros. Mas também presenciamos os 104 anos de Júlia Ruivo que com o apoio da Santa Casa da Misericórdia ainda consegue estar entre nós. Assim e depois destes episódios, é possível afirmar que vivemos um tempo curioso. Queremos que estes 100 anos de cidade representem o melhor para a vida de cada um, mas também para a vida da cidade, que muito ainda precisa de fazer para se afirmar e para criar os alicerces necessários para mais cem. O sentimento de pertença terá efetivamente de despertar, seja agora ou mais tarde, para que possamos construir um futuro estável e digno para todos.


ENTREVISTA 3

JUNHO 2016

ANTÓNIO MATIAS COELHO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO CASA MEMÓRIA DE CAMÕES

“A presença de Camões em Constância é afirmada pela tradição popular” A requalificação do jardim horto Camões, em Constância, a criação de um centro de documentação e a abertura ao público da casa dedicada ao poeta são alguns dos objetivos da nova direção da Associação Casa Memória de Camões, presidida por António Matias Coelho. Com um mandato de três anos, António Matias Coelho (AMC), que assumiu em maio o cargo de presidente da direção, disse que aceitou o desafio pela “necessidade de revitalizar a dinâmica” deste organismo – “em risco de cair num vazio diretivo” – e “pela vertente da identidade de Constância, que precisa de um impulso”. Segundo o historiador, os objetivos delineados pela direção, que integra dois elementos da anterior equipa, passam por “melhorar no plano interno e externo”, com a “conquista de mais associados, criando novas dinâmicas de trabalho”. O responsável sublinhou que a presença de Luís de Camões em Constância é “afirmada pela tradição popular” e nas referências de vários estudiosos.

Que dados comprovam a presença de Camões em Constância? AMC - Os indícios da sua presença em Constância (antiga Punhete) são consistentes, assentando na tradição oral e popular que tem perdurado nos tempos. Camões descreve em alguns dos seus poemas paisagens que se enquadram com Constância, nomeadamente na “Elegia do Desterro”, onde fala do outeiro, dos penedos banhados pelas águas, das côncavas barcas e do eco dos rios que se abraçam, sendo uma óbvia ligação à confluência dos rios Tejo e Zêzere. O professor e investigador lembrou ainda uma ata de uma ses-

são solene de 1880 segundo a qual a Câmara havia decidido promover uma homenagem a Luís de Camões por ocasião do tricentenário da sua morte. Na altura era já referido que Camões tinha residido em Punhete. JA – Que ‘papel’ está reservado ao jardim horto camoniano? AMC – O jardim horto vai ser alvo de um trabalho de requalificação e reforço das suas valências pedagógicas, mantendo as visitas guiadas e procurando aumentar o número de visitantes, que em 2015 se cifraram em mais de três mil. Desenhado pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles e inaugurado em 1990 pelo então Presidente da República, Mário Soares, com o objetivo de “perpetuar a vida, a obra e a época” do poeta, o jardimhorto reúne toda a flora referida

por Camões na sua obra, num total de 52 espécies, identificadas através de placas que transcrevem os versos do poeta. JA – E a Casa Memória de Camões? AMC - A casa memória é um edifício com projeto da Faculdade de Arquitetura de Lisboa que começou a ser construído num processo muito difícil nos anos 1980, sobre as ruínas da casa onde terá residido Luís Vaz de Camões. Desde os meados do século passado, o médico Adriano Burguette e, depois, a jornalista e camonista Manuela de Azevedo, que comemorará 105 anos em agosto, dedicaram a sua vida a recuperar a casa e a preservar e a divulgar a sua obra. Matias Coelho afirmou ainda que do património da casa-memória fazem parte, além de outras obras,

alguns “livros de inestimável valor”, como edições de “Os Lusíadas”; um painel do pintor Espiga Pinto; a escultura “Amor”, de Lagoa Henriques; uma casula e cartas de jogar do século XVI, entre outros. A nova Direção da Associação Casa-Memória de Camões em Constância é constituída por António Matias Coelho (presidente), Ana Maria Dias (vice-presidente) e Maria Manuela Arsénio (tesoureira).

Honrar Camões, celebrar a nossa identidade Criadas em 1994 por sugestão de Manuela de Azevedo, fundadora e presidente honorária da Associação Casa Memória de Camões em Constância, as Pomonas Camonianas começaram por ser uma forma de evocar Camões e de reforçar a

relação de Constância com a memória do poeta. JA – Qual a importância das Pomonas Camonianas no contexto histórico da vila? AMC - Vinte e uma edições depois, as Pomonas Camonianas transformaram-se numa grande festa coletiva, feita pela gente da terra, em especial os mais novos, que a assumiu como uma grande celebração anual da identidade da própria vila. Pelo 10 de junho de cada ano o que acontece em Constância não é apenas um mercado quinhentista de flores e de frutos: é uma demonstração de criatividade, de empenho comunitário e de capacidade realizadora que contribui para elevar a autoestima dos constancienses e para trazer Camões e o seu tempo à realidade presente. Mário Rui Fonseca

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4 DESTAQUE

JUNHO 2016

Abrantes tem dois campeões mundiais em cálculo mental Quatro estudantes portugueses, dois deles de Abrantes, conquistaram este ano o título de campeões mundiais de cálculo mental no SuperTmatic , nos respetivos escalões, tendo João Bento, de 14 anos, conquistado o título mundial pelo terceiro ano consecutivo. Nos resultados divulgados pelo site da organização, Portugal ficou em primeiro lugar na geral do SuperTmatic - concurso de cálculo mental com jogo de cartas destinado ao treino das operações básicas da matemática para os alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade, e com quatro estudantes lusos a conquistarem as posições cimeiras nos respetivos escalões etários, sendo dois deles estudantes

• João Bento e Rita Mascate em Abrantes, um de Castelo Branco e um outro de Mafra. Rita Mascate, estudante do

4º ano na escola da Chainça, do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes, João Bento,

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do 8º ano da secundária Solano de Abreu, pertencente ao Agrupamento de Escolas nº 1 de Abrantes, Matilde Santos Lourenço, do 1º ano do Centro Social Padres Redentoristas, de Castelo Branco, e Miguel Diogo Ruivo, do 5º ano da escola Básica António Bento Franco, em Ericeira, Mafra foram os mais rápidos do mundo na resolução das 15 equações da competição. João Bento, de 14 anos, conquistou o 1º lugar no seu escalão e o segundo melhor tempo mundial de sempre, no total das 10 edições do concurso, com um tempo de resolução de 34, 1 segundos às 15 equações que lhe foram apresentadas, o 2º melhor tempo da história da competição, e com um tempo médio de resolução de 2,27 segundos por equação. João Silva Bento, estudante do 8º ano na Escola Secundária Solano de Abreu, sagrouse campeão mundial de cálculo mental pelo terceiro ano consecutivo, tendo rivalizado consigo próprio na obtenção do recorde mundial da prova, que já lhe pertence, tendo este ano despendido mais 7 centésimas de segundo, relativamente ao ano passado. O 2º classificado, um aluno coreano (47’ 11”), ficou a uma distância de 13 segundos de João Bento. O terceiro lugar foi para a Escócia, com um tempo de 47, 40 segundos. No ano passado, João Bento conseguiu um tempo de re-

solução de 33,66 segundos às 15 equações que lhe foram apresentadas, pulverizando literalmente todos os resultados da competição. A vitória nos últimos dois anos deu a João Bento dois troféu de cristal e a possibilidade de jantar duas vezes com o então Presidente da República, Cavaco Silva, a convite deste. “É tudo uma questão de cabeça, concentração e treino”, disse o jovem campeão mundial do cálculo mental, em reação à terceira conquista consecutiva. “As provas são mais difíceis, porque vou subindo no escalão, mas ser três vezes seguidas o campeão do mundo é porque sou mesmo o mais rápido”, sintetizou. Jorge Bento, o pai do campeão, disse que “este concurso só trouxe mais motivação e coisas boas” para o João. “O João era um aluno mediano e estes resultados, em conjunto com o trabalho dos pais e dos professores, deramlhe motivação e um ânimo adicional. Hoje é um melhor aluno, conseguiu arranjar método e planeamento de trabalho e tem um melhor aproveitamento na escola”, destacou. Rita Mascate, 10 anos, no primeiro ano em que participou, e perante milhares de concorrentes de todo o mundo, foi a mais rápida com um tempo de resposta de 41, 44 segundos às 15 equações, dando um avanço de 5, 45 segundos à segunda classificada, (China), com 46, 89 se-

gundos, e mais de 6 segundos ao terceiro classificado (Malta), que despendeu um tempo de 47, 40 segundos. “Eu adoro tabuadas e estou sempre a fazer contas”, destacou Rita Mascate, tendo referido que soube da importância do seu feito pela reação do seu professor: “quando soube o resultado, o meu professor ficou muito espantado pelo que me pareceu que tinha sido bom”, disse a jovem campeã mundial. “Ela gosta de fazer bem e trabalha sempre para ser a melhor, em vários domínios, é uma característica dela. É um resultado espetacular e que é motivador para ela”, destacou a mãe de Rita, Cristina Martins. Da escola da Chaínça, de Abrantes, saiu ainda um 9º lugar, ficando Simão Silva no ‘top ten’ mundial, ainda no 4º escalão, com o tempo de 49,99 segundos. No total dos 9 escalões, Portugal conseguiu 4 primeiros lugares e a liderança na classificação geral. A notícia foi confirmada no site da Eudactica, uma editora de materiais didáticos dedicados a estimular a agilidade mental e o desenvolvimento cognitivo, de acordo com a própria empresa. A competição relativa aos Campeonatos SuperTmatik, que decorre anualmente e online, envolveu este ano 224 925 mil alunos de 48 nacionalidades diferentes. Mário Rui Fonseca


EDUCAÇÃO 5

JUNHO 2016

Quatro dias a abordar a Comunicação sob diferentes formas Nelson de Carvalho, diretor do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA), Miguel Pombeiro, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), e Luís Dias, vereador da Câmara Municipal de Abrantes, certamente que já estiveram juntos em muitas ocasiões da vida pública da região. Mas foi na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) que marcaram presença de uma forma completamente diferente, como nunca se tinha visto. Sendo cada um deles adepto de um dos três grandes clubes de futebol, aceitaram defender o seu clube, à semelhança dos debates televisivos. Nelson de Carvalho estava confortável na posição de adepto do Benfica, Miguel Pombeiro aceitava, resignado, a época de

“pousio” do Futebol Clube do Porto, e Luís Dias, na defesa do seu Sporting, ‘atacou’ em todas as direções. O resultado foi um momento único e bem-disposto, no âmbito do Encontro de Comunicação 2016, organizado pelos alunos da licenciatura em Comunicação Social com o apoio dos docentes. Quem, entre os dias 16 e 19 de maio, esteve presente no auditório da ESTA e quem se ligou à internet para assistir, em direto, aos painéis e workshops, verificou que este foi um evento diversificado. Para além dos tradicionais painéis em que foram discutidos temas como o jornalismo regional e a forma como as empresas da região promovem as suas marcas, o Encontro de Comunicação teve convidados de âmbito nacional, como o diretor da

• Encontro de Comunicação 2016 junta figuras públicas em debate desportivo revista de informação semanal ‘Sábado’, Rui Hortelão, que explicou aos futuros jornalistas que não há certezas sobre o que aí vem, em termos de Comunicação Social. Por isso, defendeu que quem quer entrar na profissão, para além de ser versátil e dominar as tecnologias, “tem que surpreender”.

Para além de debates sobre os dois perfis do curso de Comunicação Social da ESTA - Jornalismo e Comunicação Empresarial, mais vocacionados para permitir aos estudantes um contacto direto com os profissionais que estão no mercado de trabalho , o Encontro de Comunicação contou com a exposição de

pintura de João Costa Rosa, com um momento musical com Carina Oliveira, com a atuação da ESTATUNA, com uma aula de dança com Rita Vieira e com uma peça de teatro apresentada pelos alunos da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes. Uma vez que a intenção da organização do Encontro

de Comunicação 2016 era, para além da produção de conhecimento, abrir as suas portas à comunidade e envolver-se com ela, os empresários e comerciantes locais foram desafiados a colaborar. E fizeram-no, proporcionando uma prova de produtos regionais, oferecendo os seus vinhos aos convidados e decorando o palco onde decorreram os debates. Também a Associação Cultural Palha de Abrantes se juntou ao evento, cedendo o Sr. Chiado para o momento musical. Por valorizar esta ligação ao meio, na sessão de abertura do evento, a presidente da Câmara de Abrantes sublinhou a importância do trabalho em parceria: “Se queremos ir rápido, vamos sozinhos. Se queremos ir longe, vamos juntos”. PUBLICIDADE

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6 REGIÃO

JUNHO 2016

Constância homenageia professora Anabela Grácio, destacada para Bruxelas Constância homenageia professora Anabela Grácio, destacada para Bruxelas A professora Anabela Grácio, diretora do Agrupamento de Escolas de Constância durante os últimos 23 anos, foi homenageada por professores, alunos, encarregados de educação e diversas entidades concelhias depois de ter sido destacada como perita nacional para a unidade das Escolas Europeias, em Bruxelas, onde já está desde o início de maio. Anabela Grácio regressou à escola EB/S Luís de Camões de Constância no dia 20 de maio, para um momento de festa, de emoções e de agradecimento pelos quase 23 anos que dedicou às Escolas de Constância e, desses, 19 anos no âmbito da gestão da Escola Luís de Camões e, depois, ainda, no Agrupamento de Escolas.

“É muito agradável ver esta iniciativa carinhosa, com todo este calor humano e que pretende reconhecer o trabalho que aqui desenvolvi. Este é um dia pleno de emoções, com um grande grupo de amigos, e devo dizer que sinto-me uma privilegiada por ter tido a oportunidade de trabalhar em Constância ao longo destes anos”, destacou Anabela Grácio. A professora Anabela Grácio concorreu à única vaga disponível para assessorar a unidade de Escolas Europeias, com sede em Bruxelas, e foi ela a nomeada de entre todos os candidatos dos 28 países da União Europeia. “É um destacamento de dois anos, com possibilidade de mais dois, e esta nomeação é para mim muito gratificante e significa uma nova aventura motivada pela curiosidade e interesse pessoal

Anabela Grácio concorreu à única vaga para assessorar a unidade de Escolas Europeias

em saber e conhecer como funcionam as instituições europeias, e também para levar um pouco da minha experiência a nível europeu”, disse a professora. O seu domínio de várias

línguas, como o espanhol, o francês, o inglês e o alemão, “foi decisivo” para conquistar a única vaga disponível de entre todos os Estados membros, tendo observado que segue destacada e mantém o

seu vínculo no lugar (escola) de origem (Constância). “Com esta candidatura respondi a um apelo interior muito forte que tenho em conhecer o Mundo, como funcionam outras culturas. A

curiosidade falou mais alto”, declarou. Olga Antunes, que era a vice presidente do Agrupamento, assegurará o cargo de diretora do Agrupamento de Escolas de Constância, num período transitório. “Vamos ter eleições dentro em breve e vou concorrer com um projeto de continuidade e com uma lista que encabeçarei”, declarou Olga Antunes, tendo feito notar que a homenagem a direção do Agrupamento organizou “é de inteira justiça, um reconhecimento à professora Anabela Grácio porque ela é a grande responsável pela imagem de marca que hoje representam as escolas e o ensino em Constância”. “É um agradecimento pelo que fez por nós e é também para lhe desejarmos os maiores sucessos na nova missão em Bruxelas”, concluiu. MRF PUBLICIDADE

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SAÚDE 7

JUNHO 2016

Joana Margarida Carvalho

Fernando Baio/Câmara Municipal de Abrantes

A reforma dos Cuidados Mantinhas entregues à Maternidade de Saúde Primários chegou à Abrantes

• Unidade de Saúde Familiar será inaugurada no início de junho Portugal foi dos primeiros países da Europa a desenvolver uma estratégia para os Cuidados de Saúde Primários (CSP), em 1973 foi criada a primeira rede de Centros de Saúde no nosso País (CSP). Em 2005, surge a última grande reforma dos CSP, foi inovadora no modo como reconfigurou os Centros de Saúde em Agrupamentos de Centros de Saúde, estes são constituídos por várias equipas, organizadas em unidades funcionais, destacandose: Unidades de Saúde Familiar (USF) – Prestam cuidados personalizados à pessoa e família, são constituídas por médicos, enfermeiros e funcionários administrativos que se organizam voluntariamente, têm autonomia funcional e técnica e garantem aos cidadãos uma carteira básica de serviços Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) – Dão resposta aos indivíduos e famílias nas comunidades que ainda não tenham USF constituídas. Têm estrutura e funcionamento idêntico ao das USF, diferindo destas pelo facto de os profissionais não se auto-organizarem e não usufruírem de incentivos; Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) - são responsáveis pelos cuidados a grupos com necessidades es-

peciais e intervenções na comunidade. Têm por missão contribuir para a melhoria do estado de saúde de uma dada população, prestando cuidados de saúde e apoio psicológico e social às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, ou em situação de doença que requeiram acompanhamento mais próximo e contínuo. As UCC dão também resposta a diversos programas nacionais de saúde, nomeadamente Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos, Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, Programa Nacional de Saúde Escolar, etc. A sua intervenção ocorre em diversos contextos, nomeadamente no domicílio, escolas, locais de trabalho e/ ou de lazer

dos Cuidados de Saúde Primários chega ao Concelho de Abrantes 11 anos depois do seu início. Aguardemos com expectativa a entrada em funcionamento destas unidades funcionais que em conjunto com a unidade já existente, irão seguramente aumentar as respostas a nível dos Cuidados de Saúde Primários em Abrantes Piedade Pinto

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A Casa da Amizade do Rotary Club de Abrantes, constituída pelas esposas dos membros do clube, entregou ao serviço da Maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) cerca de 40 mantinhas de lã que se vão juntar aos enxovais que estão a ser preparados para os recém-nascidos que deles necessitem. As mantinhas resultam do envolvimento de três lares e centros de dia de Abrantes (Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, Centro Social de Abrantes e Centro Interparoquial de Abrantes Domus Pacis), que responderam afirmativamente ao desafio lançado pela Casa da Amizade. Para além das idosas destes centros, outras voluntárias também fizeram mantinhas.

Este projeto das mantinhas junta-se à iniciativa “Tricotanças - Nascer Quentinho”, que oferece um gorro a cada bebé que nasce na Maternidade de Abrantes. Entretanto, os jovens do Interact e do Rotaract Abrantes organizaram festas e, com as receitas, compraram roupa para fazer o primeiro enxoval dos bebés de famílias carenciadas, devidamente identificadas nas consultas de obstetrícia das três unidades de saúde que fazem parte do CHMT: Abrantes, Torres Novas e Tomar. Maria do Céu Albuquerque, que também faz parte da Casa da Amizade, evidenciou o “cariz particular” desta iniciativa “muito meritória da sociedade civil”, que se organiza para ajudar

quem mais precisa. A presidente da Câmara sublinhou ainda o facto de este projeto envolver “os nossos idosos que estão nos centros de dia e que ainda estão ativos”. Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração do CHMT, reconheceu que é “uma grande alegria quando temos pessoas da nossa comunidade que se querem associar ao Hospital e trabalhar em conjunto”, concluindo que o Hospital tem toda a abertura para acolher este tipo de iniciativas da sociedade civil e “para se alegrar em torno delas com quem as promove”.

Hália Costa Santos

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A adesão à última grande reforma dos CSP não foi uniforme, podemos até dizer que existe um país a várias velocidades, em que o pelotão da frente está no Norte do país, é nesta região onde se encontram o maior número de USF e UCC. No Concelho de Abrantes atualmente existe uma UCSP com diversas extensões de saúde, mas também na atualidade irão ser inauguradas uma USF e de duas UCC, é caso para dizer que a reforma

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8 XI GALA ANTENA LIVRE & JORNAL DE ABRANTES

JUNHO 2016

Uma noite de emoções, surpresas e momentos musicais A 6 de maio, o Cineteatro São Pedo em Abrantes, encheu-se para mais uma noite plena de emoções, surpresas e momentos musicais. Destacando-se na agenda cultural da região, a Gala Antena Livre & Jornal de Abrantes, é já considerada o maior evento cultural realizado em Abrantes, depois das Festas da Cidade. Como sempre, foram galardoadas pessoas, empresas e instituições da região do Médio Tejo, e também a nível nacional, estiveram presentes para receber um Galardão o comunicador Júlio Isidro e a cantora Teresa Salgueiro, exvocalista dos Madredeus. Em ambos os casos se dirigiram aos presentes com um discurso emocionado e genuíno sobre a real importância da realização de um evento destes, numa região do interior que por muitas vezes passa despercebida do grande público, quando afinal o mundo também pula e avança no interior, fazendo acontecer. A conduzir a noite estiveram as vozes da estação: Joana Margarida Carvalho;

Paulo Delgado; Alexandra Pimentel e Mário Rui Fonseca que este ano proporcionaram um momento surpresa ao entregar um 11º Galardão, não habitual, tendo Alves Jana recebido este Galardão Comunicação Regional, atribuído pela equipa como forma de reconhecimento pelo contributo que desde os seus 15 anos presta à comunidade ao serviço na comunicação social. Na comemoração dos 35 anos de rádio a partir de Abrantes e 116 de publicações do Jornal de Abrantes, foram ainda lembrados o Eng. José Bioucas, o maestro Rui Picado e o advogado Eurico Heitor Consciência, que recentemente partiram, deixando também um contributo enorme à região. Nesta edição do Jornal de Abrantes, fica a reportagem fotográfica desta noite, aos olhos do fotógrafo Américo Lobato. Fotos: Américo Lobato

Alves Jana - Galardão Comunicação Regional

Júlio Isidro - Galardão Comunicação Nacional

Mário Silva presidente da SAT - Galardão Cultura

Associação Juventude Amiga - Galardão Responsabilidade Social

Dora Maria - Galardão Música Regional

Teresa Salgueiro - Galardão Música Nacional

Madalena Silva - do Clube Náutico de Abrantes - Galardão Desporto

Tupperware - Galardão Empresa

Santinho Mendes - Galardão Personalidade Carreira

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Irmã Santos Costa do Colégio Nossa Senhora de Fátima - Galardão Educação

Paulo Constatino - porta voz da Protejo - Galardão Ambiente


REGIÃO 9

JUNHO 2016

Carvoeiro, Fernandaires e Zaboeira são praias com Qualidade de Ouro

OBITUÁRIO

A Praia Fluvial de Carvoeiro, em Mação, e a Praia Fluvial de Fernandaires e a zona balnear de Zaboeira, no concelho de Vila de Rei, receberam a classificação de “Praias com Qualidade de Ouro” da Quercus. Este ano, foram distinguidas 382 praias com “Qualidade de Ouro”, 338 zonas balneares costeiras, 36 interiores e 8 de transição. A Quercus identifica, de acordo os critérios estabelecidos pela própria Associação, as águas balneares em Portugal classificadas como tendo “Qualidade de Ouro”, com base na informação pública oficial, disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente. O Presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, considera que “se trata de uma aposta ganha, com particular destaque para quem teve a visão e apostou naquela e nas nossas Praias Fluviais. O sentimento que traz é de estarmos a conseguir cumprir aquilo a que nos propomos e para o que trabalhamos diariamente. Ter na Praia Fluvial de Carvoeiro a classificação de Qualidade de Ouro é, obviamente, motivo de orgulho para todo o Concelho de Mação”.

Com a bonita idade de 96 anos, mas com uma ainda mais bonita vida cheia de “bem fazer” partiu para a terra da Paz perpétua Mira Godinho, como era conhecida Maria Ramiro Godinho, a “decana do voluntariado” em Abrantes. Poderíamos dizer que ficamos mais pobres, mas não é verdade. Ficamos mais ricos: todos somos mortais, mas o mundo foi melhor através da sua ação e deixanos uma vida de compromisso e exemplo. Nasceu em 1920. Com 17 ou 18 anos fundou em Abrantes a Juventude Católica, e desde então, que grassava um surto de tuberculose, nunca deixou de ir ao encontro dos mais necessitados. “Não posso ver ninguém sofrer”, “Admirome como há pessoas que não têm nada que fazer e não se preocupam em ser úteis aos outros”, sintetizava ao JA toda uma filosofia de vida (março 2011). No terreno, geria ainda quase duas dezenas de camas articuladas, ao serviço de quem necessitava delas. Depois de ter pertencido às Conferências de S. Vicente de Paulo, investia a sua vida na Liga dos Amigos do Hospi-

• Praia Fluvial de Fernandaires

• Praia Fluvial de Carvoeiro Por sua vez, Paulo César Luís, Vice-Presidente da autarquia de Vila de Rei e responsável pelo pelouro do Turismo, sublinha que “a Quercus volta a distinguir a qualidade da água da Praia Fluvial das Fer-

nandaires, o que acontece já pela quinta vez, e, pela primeira vez, da Zona Balnear da Zaboeira. Este reconhecimento vem comprovar a enorme qualidade das zonas balneares do nosso Concelho

que, ao longo deste Verão, voltarão a receber milhares de visitantes.” Para receber a classificação de praia com “Qualidade de Ouro”, a água balnear das praias têm de ter água excelente nas cinco últimas épocas balneares de 2011 a 2015; todas as análises realizadas, sem exceção, na última época balnear (2015) deverão ter apresentado resultados melhores que os valores definidos para águas costeiras e de transição, todas as análises deverão apresentar valores de acordo com vários critérios, sendo que Carvoeiro, Fernandaires e Zaboeira apresentaram.

Mira Godinho a decana do voluntariado

tal de Abrantes, desde que foi criada, onde trabalhou sobretudo com os doentes afectados de cancro. Já partiu. Mas, além da sua história de vida, fica o desafio que através do JA então fez: “Eu faço um apelo às pessoas. Tirem um bocadinho, uma ou duas horas por semana que seja. (…) E não venham dizer que não são capazes, que não podem. Todos podem e todos são capazes. Basta querer.” Em 2015, recebeu o Galardão Social da Antena Livre e Jornal de Abrantes. Foi um momento extraordinário, com a sala de pé num aplauso vibrante. “Os médicos dizem que eu preciso de descansar, ‘está bem, eu tenho tempo de descansar depois’”. Que descanse em paz. E que o seu apelo seja ouvido. Alves Jana PUBLICIDADE

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10 REPORTAGEM

JUNHO 2016

Estórias de um dinossauro vivo por ele próprio, Manuel Lopes de Sousa

Manuel Lopes de Sousa um homem que “inventou” o século Manuel Lopes de Sousa é uma testemunha viva e um criador do século que Abrantes celebra. Nasceu em 1923 e é um importante inventor, que, a partir de Abrantes, revolucionou a agricultura portuguesa. Foi considerado «o homem que, em Portugal, melhor domina o vento, ou seja, o ar em movimento», sobretudo no campo das máquinas de limpeza de azeitona e de cereais. Galardoado a nível internacional, criou, e mantém ainda em funcionamento, aos 92 anos, uma empresa onde produz as máquinas por si inventadas. Apesar de ter apenas a 4ª classe – e muita experiência vivida – deu lições muito apreciadas tanto no Instituto Superior Técnico como na ESTA. É um exemplo vivo e um militante da criatividade. - Aos 15 anos (1938), fez a sua primeira invenção “profissional”, uma máquina de moldar arame em S, para prender as telhas de canudo.

Um trabalho que me dá gozo fazer é abrir cofres de que perderam o segredo. Já os abri em casas bancárias, em quartéis militares, câmaras, escolas, casas particulares, etc. Das muitas situações engraçadas por que passei, faço referência a algumas. Chegando a casa de um cliente, este dizme: - Isto está muito difícil, já perdi muitas horas a tentar e não consegui. Pedi já ajuda a duas ou três pessoas e nada. Este cofre é mesmo de confiança. Chegado ao pé do cofre, verificando o respectivo sistema de segredo, ao fim de três minutos estava aberto. Comentário do cliente: Afinal, isto não presta para nada. Ao que eu respondi Esteja descansado que, como disse há bocado, o cofre até é bom, só que o especialista que o abriu é muito melhor e felizmente não há muitos. Num quartel militar da região, não conseguiam abrir o cofre, o qual continha os salários do mês e já tinha passado um dia da sua entrega. Esgotadas todas as tentativas de abertura pelo pessoal do referido quartel, chegaram até mim, aparecendo-me um tenente que me transportou no seu jeep. Chegados ao local, indicou-me o cofre e disseme Esteja à vontade e apontando-me uma cadeira a um canto, disse Eu vou sentar-me na cadeira onde já estive horas nas tentativas anteriores, para não prejudicar o trabalho. Pois o bom do tenente não teve tempo de se sentar, o cofre foi por mim aberto antes que ele tivesse tempo de o fazer. Numa escola de uma cidade próxima, havia

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documentos para exame e estava a chegarse a hora, e o cofre estava encravado. Foi pedida a minha colaboração através do construtor que tinha feito a escola. Chegados, e enquanto o director e o construtor falavam dizendo o director da dificuldade de abrilo, pois, segundo ele, já tinham passado por lá os mestres e monitores da escola, ainda a conversa não tinha acabado, o cofre estava aberto. Abrantes, ano de 1991. Era preciso comemorar os 75 anos como cidade. Para determinada cerimónia, era preciso o Foral da cidade, que estava dentro do cofre. Só que desta vez nem chave nem segredo. Manuel Lopes de Sousa chamado, e de pronto resolvido o problema. Isto na Câmara Municipal de Abrantes. Outra vez na Câmara Municipal de Abrantes. Desta vez havia chave, não havia era o segredo. Quando cheguei ao pé do cofre, reparei que alguns funcionários espreitavam o meu trabalho, que em poucos minutos se resolveu. Alertado pelas gargalhadas dos (…) funcionários após a abertura do referido [cofre], procurei saber a razão, sendo-me dito que havia lá um chefe que já tinha arranjado o relógio da torre (não disseram nome) que também quis abrir o cofre perdendo muitas horas sem o conseguir, [sendo essa] a razão das gargalhadas frente à rapidez com que o fiz. Manuel Lopes de Sousa

(a continuar)

- Aos 17, cria uma máquina de acertar chaves de tipo americano e inglês.

Portugal”. - Em 1963, regista a patente de uma máquina de cortar mato e inicia o seu fabrico em série para a lavoura nacional. - Em 1964, regista a patente da “máquina para fender, em contínuo, chumbo esférico” para a pesca à linha, que foi Medalha de Prata no Salão Internacional de Inventores, em Bruxelas.

- Com 21 anos, estabelecese por conta própria: canalizações e serralharia. - Em 1951, regista a patente de uma “máquina de cortar legumes, frutos e tubérculos”. - Em 1952, cria o primeiro descarolador de milho com limpeza total feito em Portugal. Dois anos depois lança um descarolador motorizado em carro próprio rebocável. Entra, assim, no campo da agricultura. - Em 1958 começa a construir os reboques agrícolas e depressa coloca no mercado o “primeiro reboque basculante fabricado em

- Em 1972, regista a patente da máquina para limpeza de cereais, leguminosas e outros produtos, que passa a produzir sobretudo para o Baixo Mondego e Alentejo, mas também Angola. Foi premiada na Feira Internacional de Lisboa em 1971 e na Feira Nacional de Agricultura, Santarém, 1980 (prémio para o melhor invento ou inovação em máquinas agrícolas) e distinguida com a Medalha de Prata no Salão Internacional de Inventores, de Bruxelas. Por esta ocasião participa na criação da “associação de inventores, hoje Associação Portuguesa de Criatividade, de que é o sócio nº 19.

As máquinas trabalham hoje de norte a sul de Portugal Em 1978, fez a sua primeira apresentação numa escola, em Abrantes. Até hoje, ainda não parou de mostrar o seu poder criador e apelar à criatividade dos mais novos Nesse mesmo ano, regista a patente da máquina para limpeza de azeitona, que considera «o sistema mais simples e eficiente do mundo para aquela operação» e que foi Medalha de Ouro no Salão Internacional de Invenção e Técnicas Novas, de Genebra (1977); prémio na Feira Internacional de Agricultura, de Santarém (1979). Estas máquinas trabalham hoje de norte a sul de Portugal. Em 1979, cria um novo modelo de descamizadordescarolador de milho e gi-

rassol, que lhe traz o prémio BPA para a melhor invenção na Feira da Nacional da Agricultura em 1982, e o prémio BPA para a melhor invenção na Filagro, em Lisboa. Em 1982, regista a patente de um aparelho respiratório de aplicação nasal, que foi Medalha de Ouro no Salão Mundial de Invenção, de Bruxelas. É-lhe ainda atribuída a Medalha de Honra da cidade de Bruxelas. Em 1995 recebe a Medalha Municipal de Mérito Industrial da cidade de Abrantes. Em 1999, cria e constrói uma máquina de separar resíduos de botas de borracha, que lhe é pedida da Holanda por uma firma que não encontra resposta por esse mundo fora.

Em 2003, apresenta o seu aparelho colhedor de frutos diversos. E ainda, nesse mesmo ano, portanto com 80 anos de idade, cria a máquina automática para soldaduras circulares. Mas estas são apenas algumas das suas criações, as mais importantes e mais industriais. Porque Manuel Lopes de Sousa foi sempre um criativo nas situações mais vulgares do dia a dia. Aliás, era reconhecido como uma espécie de solução milagrosa quando era preciso abrir um cofre. Desse seu lado também criativo começamos hoje a publicar algumas estórias, que ele nos confiou pelo seu próprio punho. Alves Jana


REGIÃO 11

JUNHO 2016

A XXI edição das Pomonas Camonianas, em Constância, volta a evocar a época em que Camões passou naquela vila ribatejana. De 9 a 12 de junho, a memória de Camões é perpetuada através da recriação de um ambiente quinhentista, de uma exposição-venda de flores e de frutos, da feira de antiguidades e velharias, do Festival Luís de Camões, de uma prova de orientação noturna, de exposições e de muita animação. A abertura das Pomonas Camonianas, a 9 de junho, tem

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES

Júlia Ruivo fez 104 anos

DR

Pomonas Camonianas perpetuam memória de Camões em ambiente quinhentista

lugar no Parque de Merendas, às 18h, e conta com um espetáculo dos alunos do “Coro Lusíadas”, seguida de danças quinhentistas, às 19h, enquanto o anfiteatro dos Rios recebe a peça de teatro “Lear”, pelo grupo Fatias de Cá, às 21h21m. A prova de Orientação Noturna, que decorre também a 9 de junho, acontece às 24h no Parque Ambiental de Santa Margarida. O segundo dia da iniciativa é preenchido por um vasto programa: Feira de Antiguidades e Velharias, na Praça Alexandre Herculano, a par-

tir das 8h, V Festival Hípico, na zona ribeirinha, às 9h30m, declamação pelos alunos do 9º ano com a Orquestra da Classe de Conjunto do Ensino Articulado, no Anfiteatro dos Rios, às 15h30m, apresentação do livro “Camões contado às crianças adultas”, na Casa-Memória de Camões, às 16h30m, e do espetáculo musical “Tintinnabvlvm”, no Parque de Merendas, às 21h30m. No sábado, dia 11 de junho, o Mercado Quinhentista reabre às 15h e a Igreja da Misericórdia acolhe o concerto

do Conservatório de Música do Choral Phydellius, às 16h. À noite, pelas 22h, Ana Laíns convida Mafalda Arnauth e Maria Ana Bobone num espetáculo a ter lugar no Anfiteatro dos Rios. Na tarde de 12 de junho haverá Mercado Quinhentista e animação de rua, a partir das 15h. As Pomonas Camonianas são uma organização conjunta da Câmara Municipal de Constância, do Agrupamento de Escolas do concelho e da Associação CasaMemória de Camões.

A Santa Casa da Misericórdia de Abrantes vivenciou no dia 20 de maio, uma tarde diferente. Juntos os utentes, os colaboradores e o corpo diretivo assinalaram e celebraram os 104 anos da abrantina Júlia Silva Ruivo. Num momento de convívio, a família da aniversariante também se associou e em uníssono foram cantados os parabéns pelos seus 104 anos de vida, 13 passados na Santa Casa da Misericórdia. Alberto Margarido, provedor da Santa Casa, disse que celebrar o aniversário“ é uma alegria para a mesa administrativa, para os funcionários e colaboradores, isto é o culminar de um bom trabalho, que todos em conjunto temos feito, proporcionando esta linda idade, de 104 anos”. Júlia Silva Ruivo viveu durante muitos anos em São Lourenço, foi casada, não

teve filhos, mas ainda hoje reúne perto de si os seus sobrinhos e primos. “A senhora está lúcida, com as suas limitações físicas, mas responde e tem muita “mobilidade” interior”, disse o provedor. “ Apesar de estar em cadeira de rodas, vai para a sala de convívio e come pela própria mão”, acrescentou ainda. Com a bonita idade de 104 anos, Júlia Ruivo juntou “a velha guarda”, celebrou o momento, proporcionou um dia diferente aos seus colegas e ainda teve força e ânimo para soprar as suas velas. Joana Margarida Carvalho

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12 ABRANTES

JUNHO 2016

Galeria de Arte de Abrantes gera discórdia e apresenta com nova aposta Foi aprovada por maioria, com o voto contra do vereador eleito pela CDU, a minuta do contrato de comodato, que vai ser celebrado entre o Município de Abrantes e a MGFR - Imobiliária e Consultoria de Gestão, Lda, para a instalação permanente da Coleção Figueiredo Ribeiro, na Galeria Municipal de Arte de Abrantes, que passará a chamar-se QUARCO – Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes – Coleção Figueiredo Ribeiro. Luís Dias, vereador com o pelouro da cultura, explicou que o “processo decorre de uma necessidade de ampliação e de requalificação da nossa Galeria, na medida em que o antigo quartel foi adaptado a uma nova filosofia de gestão e neste momento não se compagina com as necessidades que uma coleção de arte, quando é colocada em exposição, obriga”. “Questões associadas à humidade, luminotecnia do edifício e as questões da climatização, para além da necessidade de uma intervenção na cobertura que nunca foi sufi-

cientemente trabalhada”, são algumas das situações que a autarquia quer ver resolvidas na Galeria Municipal. O projeto de requalificação e ampliação do espaço “foi inscrito nos Investimentos Territoriais Integrados e existe a possibilidade do seu financiamento”. Ao mesmo tempo e segundo o vereador “surgiu desde há uns meses a possibilidade de termos na nossa cidade uma coleção de arte contemporânea, de elevadíssima qualidade e largo espetro, com 1355 obras inventariadas, que poderão passar a mais 300 ou 400, quando terminar o processo de inventário”. Assim o objetivo da Câmara é que “a coleção contemporânea passe a residir permanentemente em Abrantes, dado que existe uma intenção de outros municípios de tentar acolher a mesma”. “Isto acaba por ser um processo longo e que nós pretendemos ver firmado, para que a nossa Galeria Municipal não fique refém apenas da nossa programação (...)

uma coleção que permita que passemos a ser reconhecidos por este mundo da arte contemporânea”, fez ainda notar Luís Dias.

Vereador da CDU fala em “mudança de paradigma” Avelino Manana justificou o seu voto contra, explicando que o que está em causa é uma “mudança de para-

digma” na política cultural do município na qual a CDU não se revê. “ É com estranheza e questionamos porque é que a câmara decidiu propor esta mudança de paradigma? Até agora a política seguida pela CM não deu os resultados previstos para a galeria? Se não deu, teremos de discutir e só depois desta discussão é que poderão nascer ideias

sobre o que é que se há-de fazer”. O vereador referiu os contornos que implicam a mudança de paradigma na Galeria: “a gestão da Galeria passa a ser da Câmara e da entidade privada, embora a senhora presidente tenha o direito de veto (…) Depois, em termos das obrigações do município, são muitas e várias, desde a obrigação das

obras, das apólices de seguros, da responsabilização pelas obras de arte (…) Depois a entidade privada pode vender, em qualquer ocasião, uma obra de arte, pois funciona como deve funcionar, quer aumentar o seu capital, o que é o normal. Contudo nós não estamos de acordo que a política de cultura passe por aqui”. Em resposta a estas considerações, Luís Dias afirmou que “a nossa Galeria é um exemplo e esta mudança de paradigma faz com que nós nos libertemos de algumas complicações em termos de programação, porque de alguma maneira temos uma coleção para mostrar, pelo menos durante o contrato de comodato, sem grandes preocupações, pese embora vá existir um espaço para exposições temporárias”. O vereador ainda avançou que as obras na Galeria irão levar algum tempo e que o processo de concurso público ainda terá de ser iniciado. A reunião realizou-se no passado dia 24 de maio. Joana Margarida Carvalho

Câmara Municipal atribuiu 340 mil euros às associações do concelho

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querque, referiu que este ano os valores de apoio às coletividades “são semelhantes ao ano de 2015, mas mesmo assim há um aumento de 16 mil 500 euros em relação ao ano passado, num ano em que o orçamento municipal diminuiu significativamente, temos o orçamento camarário mais baixo dos últimos 15 anos”. Na cerimónia, a autarca fez uma alusão aos 100 anos de cidade e à importância do momento que o concelho vive e referiu que a Câmara está “a colocar ao serviço dos movimentos associativos mais de meio milhão de investimento”. O FinAbrantes “é uma ferramenta clara para promover o desenvolvimento local e a

sustentabilidade do nosso território”, disse Maria do Céu Albuquerque, acrescentando que o programa assume um “fator distintivo que ajuda a promover a qualidade de vida das pessoas em todas as dimensões”. A presidente salientou que o município está apostar num “conjunto de iniciativas de carater formativo, para podermos qualificar melhor os quadros dirigentes das associações, para elevar a qualidade dos serviços que prestam, neste desígnio que é servir a nossa comunidade”. “Quero agradecer a todos aqueles que vestem a camisola pelos vários movimentos associativos que compõem o nosso território”, finalizou.

Joana Margarida Carvalho

Cerca de 340 mil euros é o montante que a Câmara de Abrantes se propõe a distribuir pelas associações do concelho, no âmbito do programa FinAbrantes. No dia 23 de maio, ao final da tarde, foram assinados os contratos-programa com as associações concelhias. A cerimónia decorreu no edifício Pirâmide e juntou os dirigentes associativos que trabalham as áreas da cultura, ação-social, juventude e eventos. Nesta fase, foram apresentadas 101 candidaturas, das quais 56 foram apoiadas no âmbito do FinAbrantes, que agora se juntam às 35 de âmbito desportivo. Na ocasião, a presidente da Câmara, Maria do Céu Albu-

• Maria do Céu Albuquerque salientou a importância do associativismo no concelho

Joana Margarida Carvalho


Vila Nova da Barquinha em Festa Feira do Tejo 2016 De 9 a 13 de Junho

Está de volta a Feira do Tejo. Este acontecimento contribui para o enriquecimento sociocultural da população do concelho de Vila Nova da Barquinha, aproxima as suas gentes, reforça a nossa imagem, identidade e faz fortificar as nossas tradições. Todos juntos, com as nossas forças vivas, vamos q conviver, mostrar aquilo uzimos e que bem produzimos nde festa. fazer uma grande unho, Vila De 9 a 13 de junho, uinha não Nova da Barquinha vai parar!

Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha

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14 ESPECIAL VILA NOVA DA BARQUINHA

JUNHO 2016

As festas de Vila Nova da Barquinha e as dinâmicas associativas Clube Náutico Barquinhense Tudo começou quando no Verão de 1983. Surgiram no café “Beira-Rio” umas canoas, que alguns amigos utilizavam para passear nas águas do Tejo. Em setembro desse ano, esse pequeno grupo deslocou-se a Tancos para participar numa demonstração convívio realizada pelo Kayak de Vila do Conde, e promovida pela União Desportiva de Tancos. De regresso à Barquinha, estes jovens ficaram com o “bicho metido no corpo”. Fizeram-se contactos, e com o apoio da Câmara Municipal, surgiu a Secção de Canoagem do Sporting Clube Barquinhense. A 12 de setembro de 1986 é fundado o Clube Náutico Barquinhense (CNB), cuja publicação foi efetuada no Diário da República de 24 de Janeiro de 1987. Passados 22 anos, é um dos Clubes mais representativos do concelho e da região, podendo mesmo considerar-se que a Canoagem seja o “Desporto Rei” no concelho de Vila Nova da Barquinha. Fábio Passos, presidente da direção, destaca a oportunidade de dinamizarem um pavilhão na grande Feira do Tejo – Festas do Concelho -, para mostrar à comunidade o trabalho que é desenvolvido no clube e para promoverem workshops ao nível da canoagem, para quem queira experimentar. “É uma oportunidade para angariar algumas receitas importantes para a atividade anual que desenvolvemos, para promover, mostrar e captar mais jovens para a prática da modalidade, e também para divulgar um grande evento que Vila Nova da Barquinha vai acolher no dia 19 de junho, e que é uma prova do campeonato nacional de esperanças. Vai envolver entre 600 a 700 atletas e mais de 1300 pessoas em todo a atividade, que é uma das maiores montras nacionais do que se faz ao nível da canoagem”, destacou Fábio Passos. O CNB tem como principal atividade a Canoagem. Organiza de provas de Campeonatos Nacionais da modalidade, ministra cursos de Canoagem, colabora com entidades na realização de projetos náuticos e organiza Out-doors desportivos de Canoagem, entre outras modalidades de aventura para Empresas e Grupos Organizados. Mantém em funcionamento uma Escola de Canoagem para Competição, a funcionar em Vila Nova da Barquinha, com cerca de 50 praticantes. Ao longo de mais de três décadas de existência, conquistou o título de Clube Campeão Regional de Canoagem - Circuito Regional Centro, por diversas vezes. Individualmente, tem atletas que se têm destacado no panorama desportivo regional e nacional, nos últimos anos, arrecadando títulos nas mais diversas provas e escalões.

Grupo de Cicloturismo Barquinhense

O Grupo de Cicloturismo Barquinhense, fundado no dia 22 de dezembro de 1999, tem como principais atividades o BTT e o ciclismo de estrada. Com mais de uma dezena de trilhos “feitos de raiz” pelo grupo no concelho de Vila Nova da Barquinha, com larga utilização por pessoas de várias partes do país, o Grupo de Cicloturismo Barquinhense é o grande responsável por Vila Nova da Barquinha ser ter tornado, nos últimos anos, um destino de BTT. Atualmente com cerca de 175 sócios, o grupo tem reunido um grande número de pessoas nas atividades realizadas ao longo do ano, das quais se destaca “Almourol à vista”, evento promovido anualmente com a participação de 700 atletas vindos de todo o país. O clube vai alargar este ano as suas atividades às modalidades do pedestrianismo, com passeios pedestres e outros, a pedido dos sócios e de várias entidades. António Couto, presidente da direção do GCB, destaca a participação nas Festas do Concelho como uma oportunidade para mostrar o trabalho que o clube desenvolve e para captar mais cidadãos para a prática do desporto, tendo lançado o desafio para que a comunidade se inscreva e participe no “1º Trail Santo António – Entardecer Castelo de Almourol”, que se vai realizar no dia 11 de junho, sábado, entre as 19:30 e as 21:30.

UDA - União Desportiva Atalaiense

Constituída a 20 de julho de 1964 por Fernando Gabriel Ricardo, esta coletividade designada inicialmente por “Centro de Recreio Popular Atalaiense” – CRPA, na altura um centro inscrito na “Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho” - FNAT. No dia 6 de março de 1976, em Assembleia Geral do Clube, a sua denominação foi alterada para “Centro Popular dos Trabalhadores Atalaienses”, por imposição da alteração do nome da antiga FNAT, para o ainda hoje existente INATEL. No dia 6 de setembro de 1985, o centro voltou a sofrer

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uma nova alteração, passando a denominar-se até aos nossos dias por “União Desportiva Atalaiense” - UDA. Nuno Batista, presidente do clube, disse que a dinamização de um pavilhão/tasquinha nas Festas do Concelho significa uma importante fonte de receita para as atividades desenvolvidas pela UDA ao longo do ano, tendo destacado a tradicional sardinha assada mas também outros petiscos, como as febras, as moelas ou os caracóis. “É um momento muito importante também para a visibilidade do clube, para estarmos mais perto dos sócios e da população em geral, num momento em que assinalamos uma época histórica, ao nível da quantidade de praticantes e ao nível dos resultados desportivos obtidos”, destacou. “Estamos hoje a trabalhar com cerca de 200 atletas, oriundos de todo o concelho, 80% dos quais são crianças entre os 10 e os 17 anos. Isto é motivo de grande alegria e regozijo, e deve-se, em boa medida, ao relvado sintético e às excelentes condições de trabalho que temos no parque desportivo de Atalaia”, frisou. Dedicando-se essencialmente ao desporto, a “União Desportiva Atalaiense” começou com modalidades como o futebol, o hóquei, o atletismo e o ténis de mesa. Neste momento tem atletas que se dedicam ao futebol com oito equipas nos escalões benjamins, infantis, iniciados, juvenis, juniores, seniores e veteranos.

CIR (ex-Tuna) – Moita do Norte

O Clube de Instrução e Recreio de Moita do Norte (exTuna) foi fundado em 1921. Das várias atividades culturais e desportivas que promove, destacam-se os concertos de Jazz, quinzenalmente, à sexta-feira à noite, bem como os Encontros Anuais de Bicicletas Antigas, com dezenas de participantes. O CIR tem atualmente a funcionar nas suas instalações uma Academia de Música, uma Escola de Fado, bem como aulas de Hip-Hop e teatro e, mais recentemente, uma Academia de Dança, que vai mostrar o trabalho que desenvolve em plenas Festas do Concelho. Luís Esperança, presidente do clube, disse que as atividades desenvolvidas em Moita do Norte vão ser executadas em pleno parque urbano ribeirinho, junto à tasquinha que vão explorar/dinamizar. “Vamos ter concertos de jazz, fado e rock, exibições dos elementos da nossa Academia de Dança e muitos petiscos e bom ambiente, e que vai mostrar a todos os que visitarem as Festas de Vila Nova da Barquinha o modo como se vive em Moita do Norte, num ambiente que diria místico, numa associação que conta com 95 anos de história. A nossa tasquinha vai ser uma festa dentro de uma festa”, promete Esperança.


ESPECIAL VILA NOVA DA BARQUINHA 15

JUNHO 2016

Feira do Tejo 2016 - 9 a 13 junho - Vila Nova da Barquinha O concerto de Rita Guerra em Vila Nova da Barquinha está agendado para dia 13 de junho, um espetáculo idealizado para encerrar com chave de ouro as festas do concelho – ‘Feira do Tejo 2016’. Os espetáculos que integram o cartaz deste ano incluem ainda Fel, D’Alva, Cais Sodré Funk Connection e a Orquestra Ligeira do Exército e prometem cinco dias com apostas que agradarão os diferentes gostos musicais dos muitos visitantes esperados.

Dias 4 e 5 junho 09h00 | Motonáutica - Grande Prémio de Tancos 2016 Tancos

Dia 9 16h00 | Festa de Encerramento do Empreendedorismo Auditório Centro Cultural 18h00 | Abertura da Feira do Tejo - Parque Ribeirinho 18h00 | Inauguração da exposição “Sobre a Natureza das Coisas”, de alunos do IPT - Galeria do Parque / Galeria St.º António 22h00 | FEL, Concerto Musical - Palco Principal 00h00 | FUN2ROCK, Concerto musical - Palco Ribeirinho

Dia 10 07h00 | Prova Aberta Pesca Desportiva - Rio Tejo (Org: Assoc. Pesca “Os Pestinhas”) 09h00 | 1.º Passeio Motard Trilha Milhas - Avenida dos Plátanos (org: Grupo Motard das Limeiras) 11h00 | Workshop de Chocolate: Chef Flávio Silva e Chef Rita de Oliveira - Palco St.º António (Org: Associação Pais ECV) 15h00 | Caça ao Tesouro - Parque Ribeirinho (Org: Associação Pais ECV) 15h00 - 20h00 | Jogos Tradicionais - Parque Ribeirinho (Org: Confederação Portuguesa das Coletividades concultar programa específico) 15h00 - 18h00 | Visitas guiadas ao Centro de Estudos de Arte Contemporânea - CEAC 16h00 | Demonstração Kempo - Palco Sto. António (Org: Associação Pais ECV) 16h16 | Teatro “A Tempestade”, pelo Grupo Fatias de Cá Parque Ribeirinho 17h00 - 20h00 | Batismo a cavalo - Parque Ribeirinho (Org: Clube Hípico Margens do Tejo) 19h00 - 20h00 | Visita guiada ao Parque de Escultura Contemporânea Almourol) Concentração junto ao Centro Cultural - Parque Ribeirinho 21h00 | Concerto Jazz Jorge Esperança Quarteto Quiosque Central (org: Cir Ex-Tuna) 21h00 | Demonstração e Workshop de Kizomba do Clube União de Recreios de Moita do Norte - Palco St.º António (Org: CUR) 22h00 | D’ALVA, Concerto Musical - Palco Principal 00h00 | RH+, Concerto Musical - Palco Ribeirinho

Dia 11 10h00 | III Caminhada Solidária pela Loja Social - Largo 1.º Dezembro (Org: Essência da Partilha) 10h00 | Mega Aula de Spinning - Largo 1.º Dezembro 14h00 | Concentração de Vespas - Largo 1.º Dezembro (Org: Vespalmourol)

15h00 | Sessão cinematográfica “Como gerir as emoções” para pais, avós e filhos” - Auditório CCB (org: UCC Almourol | ACES Médio Tejo) 16h00 - 17h00 | Atelier de fotografia para crianças (dos 6 aos 12 anos) - CEAC 16h00 - 18h00 | Atelier de pintura para crianças (dos 6 aos 12 anos) - CEAC 16h00 - 18h00 | Atelier de construção-brinquedos reciclados - Parque Ribeirinho 16h00 - 20h00 | Painel de Pintura, Jogos gigantes e tradicionais, Espaço dos adereços e pinturas faciais, Espaço Fotografia - Parque Ribeirinho 16h00 - 20h00 | Bola Insuflável, Atelier de pintura, estampagem (stamping food), Atelier Sensorial (pintura com mãos ou pés, arroz e massa coloridos, garrafas de cheiros), Ovos sorridentes, Personagem Be Happy and Smile - Parque Ribeirinho 17h00 - 20h00 | Batismo a cavalo - Parque Ribeirinho (Org: Clube Hípico Margens do Tejo) 18h00 | Demonstração de Hip Hop da Academia de Danças Modernas/Urbanas - Palco St.º António (org: Cir Ex-Tuna) 18h00 | Concentração de mamãs e carrinhos de bebé Parque Ribeirinho (org: UCC Almourol) 19h00 - 21h30 | Trail de St.º António - Parque Ribeirinho (org: Grupo Cicloturismo Barquinhense) 19h00 | Dois Tipos Mais ou Menos Assim Assim, Concerto Musical - Quiosque Central (Org: Cir Ex-Tuna e APEEJIMN) 20h00 - 23h00 | Balão de Ar Quente, Voo Suspenso Parque Ribeirinho (org: ETP) 20h30 | Festival de Folclore: Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos”; Rancho Folclórico da Casa do Povo de Abraveses, Viseu; Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, Aveiro; Grupo Etnográfico Cantares e Danças de Assafarge, Coimbra - Palco St.º António (Org: Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos”) 22h00 | CAIS SODRÉ FUNK CONNECTION, Concerto Musical - Palco Principal 00h00 | VIC JAMES, Concerto musical - Palco Ribeirinho

16h00 - 20h00 | Bola Insuflável, Atelier de pintura, estampagem (stamping food), Atelier Sensorial (pintura com mãos ou pés, arroz e massa coloridos, garrafas de cheiros), Ovos sorridentes, Personagem Be Happy and Smile - Parque Ribeirinho 17h00 - 20h00 | Batismo a cavalo - Parque Ribeirinho (org: Clube Hípico Margens do Tejo) 18h00 | Demonstração Ballet e Karaté - Palco St.º António (Org: Escolinha ABC) 20h00 - 23h00 | Balão de Ar Quente, Voo Suspenso Parque Ribeirinho (Org: ETP) 21h00 | Marchas Populares (Ass. Pais EB1+JI Praia do Ribatejo; Associação de Pais ECV; Fundação Dr. Francisco Cruz; Centro Social e Paroquial de Atalaia) - Palco Stº António 22h30 | Orquestra Ligeira do Exército, Concerto Musical Palco Principal 00h00 | ROYAL PANDEMONIUM, Concerto musical - Palco Ribeirinho

Dia 13 09h00 | Hastear da Bandeira - Paços Concelho 10h00 - 13h00 | Atelier “Viver uma experiência” (públicoalvo: adultos) - CEAC 15h00 | Peddy-Paper Sénior seguido de Sessão de Relaxamento - Parque Ribeirinho (Org: Essência da Partilha, UCC Almourol, ACES Médio Tejo) 16h00 | Apresentação dos alunos da Escola de Música de Vila Nova da Barquinha - Palco Sto. António (Org: Quadras e Partituras-Associação Cultural) 18h30 | Missa em honra de St.º António, seguida de procissão - Igreja Matriz de Vila Nova da Barquinha 19h00 - 20h00 | Visita guiada ao Parque de Escultura Contemporânea Almourol) Concentração junto ao Centro Cultural - Parque Ribeirinho 21h00 | Danças de Salão - AquaPalco (Org: CUR) 22h30 | RITA GUERRA - 30 anos de carreira, Concerto Musical - Palco Principal

Dia 12

Dia 18

09h00 | Turisalmourol - Caminhada + Descida de Canoas Rio Tejo (Org: Clube Náutico Barquinhense) 09h00 | Concentração de Vespas - Largo 1.º Dezembro (Org: Vespalmourol) 10h00 - 13h00 | Atelier de pintura para crianças (dos 6 aos 12 anos) - CEAC 11h00 | Aula aberta de Yoga - Parque Ribeirinho (Org: Clube União de Recreios de Moita do Norte) 12h00 | Encontro de Antigos Escuteiros - Tasquinhas Escuteiros (Org: CNE-Agrup. 583) 15h00 | Entrega Diplomas FOS + Actuações diversas turmas (Teatro; Linguagem e Comunicação; Cavaquinhos; Tuna) -Palco Stº António (Org: Essência da Partilha) 16h00 - 17h00 | Teatrinho de marionetas para crianças (dos 6 aos 12 anos) - CEAC 16h00 | Encontro de Bandas: Tuna Feminina Scalabitana; Banda Filarmónica de Rio de Moinhos; Banda Filarmónica da Ass. Humanitária Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha - Auditório (Org: AHBVB) 16h00 - 18h00 | Atelier de construção-brinquedos reciclados - Parque Ribeirinho 16h00 - 20h00 | Painel de Pintura, Jogos gigantes e tradicionais, Espaço dos adereços e pinturas faciais, Espaço Fotografia - Parque Ribeirinho

15h00 - 21h00 | Arraial Popular “Dia aberto à comunidade” - Santa Casa da Misericórdia (Org: SCM Vila Nova da Barquinha)

Horário de funcionamento da Feira do Tejo Dia 9 de junho: das 18h00 às 00h00 Dias 10, 11, 12 e 13 de junho: das 15h00 às 00h00 Exposição “Sobre a Natureza das Coisas” - Galeria do Parque / Galeria Santo António Dias 9 e 10 de junho: 11:00 às 13:00, 15:00 às 21:00 Dias 11 e 12 de junho: 15:00 às 21:00 Quartel Aberto | Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha Dias 9, 10, 11, 12 e 13 de junho (durante o horário de funcionamento da Feira do Tejo) Acampamento Templário | Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte_ADIRN Dias 9, 10, 11 e 12 de junho (durante o horário de funcionamento da Feira do Tejo) Workshop de Chocolate Inscrições: 917 915 590; apcebarquinha@gmail.com Preço p/pessoa: 12,00€ Passeios de Charrete_Parque Ribeirinho Dias 9, 10, 11, 12 e 13 de junho

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18 ESPECIAL ABRANTES

JUNHO 2016

MARIA DO CÉU ALBUQUERQUE - PRESIDENTE DA CM DE ABRANTES

“Fazer memória do nosso passado e projetar o futuro dos próximos 100 anos” A autarca abrantina fala sobre questões de maior importância para o concelho: os 100 anos de Cidade, as estratégias desenhas para uma política municipal que quer levar a cabo até 2020 e as Festas da Cidade, que à semelhança de anos anteriores, apresentam o mesmo modelo. São alguns dos assuntos que responde ao JA.

Festas da Cidade As festas da cidade deste ano vão decorrer em moldes idênticos ao do ano passado? Sim. Do ano passado e dos últimos anos. Queremos manter este modelo que agrada às pessoas, às famílias, aos mais jovens e aos mais velhos. É um modelo descentralizado e que valoriza e anima o nosso centro histórico e potencia o melhor que Abrantes tem. As pessoas circulam e fruem do centro histórico, desfrutam das atividades, desde os concertos, o folclore, os novos talentos musicais. Mas também noutros pontos da cidade, como no Rossio, com o concurso nacional de saltos (hipismo). Este ano voltamos a fazer uma grande aposta no desporto, nas infraestruturas desportivas mas também no Rio Tejo. Para todos os gostos há uma oportunidade de convívio. Apostamos na manutenção das festas com o sentido de criar um momento de lazer na nossa comunidade e a oportunidade para o desenvolvimento de alguma economia local. Se sim, considera que o modelo das festas está consolidado? Do feedback que vai tendo não há propostas de alteração ao mesmo? Há sempre melhorias a introduzir no modelo. No final de cada edição refletimos com base no que nos fazem chegar, quem usufrui da festa e quem nela participa. A propósito, quero agradecer a todas as entidades que com a Câmara fazem a festa, as associações, o movimento juvenil, os clubes desportivos, os empresários, os criativos. Esse trabalho de parceria é que permite que possamos, para além dos concertos, usufruir de momentos de lazer. Vir à festa e fazer um pé de dança, comer uma tigelada, uma comida caseira, comprar um artesanato. É toda essa

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envolvência que contribui para o sucesso das festas. A 14 de Junho assinalam-se as comemorações do centenário, o que está reservado para este dia? O Dia da Cidade será destinado às cerimónias protocolares que este ano faremos no cineteatro S. Pedro. E ao final da tarde, faremos a inauguração do Testemunho Cidade Centenária, uma instalação urbana, concebida pelo escultor Charters de Almeida, que assinalará o primeiro centenário da cidade que ficará localizada da Rotunda do Quartel. Á noite, todos caminhos irão dar à Fortaleza de Abrantes (o Castelo) para o grande concerto do centenário, Bravo Abrantes, com a Marisa Liz, o Luís Represas e 100 – Internacional Promenade Symphony Orchestra. Serão atribuídas algumas medalhas de honra da cidade a personalidades/entidades/associações / etc. Qual foi ou quais foram os critérios que a autarquia teve em conta para a escolha dos 100 nomes? Foi um exercício complexo. Com certeza que estaremos a cometer algumas injustiças e faltarão pessoas e instituições, mas foi o trabalho mais completo que conseguimos fazer, ouvindo o máximo de pessoas de forma a ser o mais representativo possível. Este trabalho foi feito com o contributo de todos. Da Comissão do Centenário, a quem pedimos que nos ajudasse a pensar nos critérios e nas atribuições, na tentativa de abranger todos os setores de atividade, do executivo da câmara. Atendendo ao facto de em 2016 se comemorar o centenário da elevação de Abrantes a cidade, excecionalmente, e por forma a assinalar tal efeméride, a medalha de Honra da Cidade será representada por objeto criado especificamente para o efeito concebido pelo designer autor da imagem gráfica do Centenário, Miguel Palmeiro. Voltando à sua pergunta, alguns dos critérios que nos nortearam na decisão de atribuição da medalha de Honra da Cidade baseiam-se em contributos como a data da fundação e os anos de atividades (no caso das instituições); o desempenho de particular relevância no apoio a grupos sociais de particular vulnerabili-

“Servir o melhor possível a comunidade, no sentido de continuar a fazer uma política de proximidade”

dade; na promoção e identidade do território; contributos no desenvolvimento económico do concelho; desempenho relevante em órgãos de soberania ou em funções na administração local; o desempenho de particular relevância na área desportiva com projeção nacional ou internacional.

Centenário Desde o início do ano, como é que a cidade tem refletido e homenageado os feitos passados e como é que está a construir os alicerces para o futuro? Há 100 anos houve um grupo de abrantinos empenhados que acreditaram e lutaram para que a vila de Abrantes fosse elevada a cidade. Foi a aspiração de um povo que lutou e se mobilizou pela im-

plantação da República, em 1910 e consequentemente a aspiração da elevação de Abrantes a cidade. Creio que a comunidade abrantina comunga connosco a vontade de honrar essas pessoas e as gerações que se lhes seguiram. Foram centenas de abrantinos que no nosso território ou fora dele têm acrescentado história à nossa terra. São 100 anos de história. E ao longo dos anos, os vários executivos da câmara, os nossos historiadores, as nossas coletividades, todos temos feito um esforço para preservar essa memória e divulga-la junto das novas gerações. É o nosso dever de memória. É essa marca que queremos deixar: fazer memória do nosso passado e projetar o futuro dos próximos 100 anos. A elevação de Abrantes a cidade, em 1916, refletiu muito a força do povo de Abrantes na aspiração Republicana, quer na então sede da vila mas também em muitos setores das freguesias, como o Rossio, Alferrarede, Tramagal, São Miguel ou as Mouriscas. O lema do Centenário é “passado, alicerce do futuro”, precisamente por termos a consciência da responsabilidade que nos foi legada por aqueles que nos antecederam. Por isso, aproveito esta oportunidade para apelar a todos os Abrantinos, de todas as freguesias do Concelho, aqueles que não estando são de cá por cá terem nascido ou por afetividade, que vivam este ano do centenário com a mesma energia e determinação dos nossos antepassados e que possamos todos transmitir aos nossos filhos, aos nossos netos, às gerações futuras que farão os 100 anos que a partir deste ano estamos a começar a construir. Tenhamos todos orgulho na nossa terra. De que forma é que o Creative Camp irá assinalar o centenário de Abrantes? No âmbito do programa do Centenário vamos construir um mural onde figurarão 100 rostos abrantinos, durante o “180 Creative Camp Abrantes 2016”que este ano decorre de 3 a 10 de julho. E para isso temos estado a convidar a população a fazer-nos chegar fotos de abrantinos dos últimos 100 anos que depois serão trabalhadas nesse âmbito. Uma das equipas de criativos irá também trabalhar uma instalação

que simboliza a cidade florida.

Política Municipal Em que medida é que a USF poderá solucionar alguns problemas de acesso aos cuidados de saúde primários? A Unidade de Saúde Familiar D. Francisco de Almeida vai abranger 10.141 utentes, dos quais aproximadamente 4.500 não tinham médico de família. Portanto, não vem resolver totalmente este problema que a nossa população sente há vários anos e que sempre nos tem preocupado mas vem atenuar essa dificuldade. Nós lançamos também o concurso para a USF do Rossio ao Sul do Tejo e temos vindo a trabalhar com a Junta de Freguesia do Carvalhal para melhorar a extensão local. Recordo que face à falta de médicos de família no concelho de Abrantes, de alguns anos a esta parte que a Câmara Municipal estabeleceu como prioridade contribuir para atenuar este problema com repercussão direta na qualidade de vida das populações, mesmo não sendo a área da saúde uma competência direta das câmaras municipais. Mas gostava também de sublinhar a opção pela localização no coração da cidade, uma vez que se trata de uma estratégia para atrair pessoas ao centro histórico e ao mesmo tempo criar condições de regeneração urbana e sinergias entre os vários serviços que estão a ser ali instalados, como o novo mercado diário e o welcome center. Dentro do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano que intervenções vão iniciar para breve? Integrado neste plano foi possível negociar com a CCDR Centro e nesta 1ª fase de contratualização conseguimos apresentar candidatura a fundos comunitários no âmbito da Regeneração Urbana para fazer face aquilo que nos parece prioritário no sentido de revitalizar o centro histórico. Candidatamo-nos a 6 milhões de euros de fundos comunitários, num investimento total de 7,2 milhões de euros, a vários projetos distribuídos por três áreas: Mobilidade, a Regeneração de Edificado e a Sinalização/Intervenção urbana em áreas cujas comunidades estejam


ESPECIAL ABRANTES 19

JUNHO 2016

• A presidente espera que o concerto do dia 14 de junho seja um momento que os abrantinos possam recordar por muitos anos em exclusão. Na regeneração de edificado, com a recuperação do Convento de São Domingos para instalar o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, MIAA, a recuperação do Edifício Carneiro, para a instalação do Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida e uma verba para a melhoria/ampliação da Galeria Municipal, Quartel. Na questão da mobilidade, a inclusão do parque de estacionamento no Vale da Fontinha, que servirá de bolsa de estacionamento ao centro histórico e para que o ABUSA comece a passar naquele espaço. Conseguimos também uma terceira prioridade de investimento para a instalação de um parque intergeracional, em Vale de Rãs. A nossa perspetiva é chegarmos ao verão com todos estes projetos em concurso público. Numa segunda etapa, esperamos poder contratualizar e obter financiamento comunitário para um conjunto de intervenções nomeadamente na Igreja de São João, no cineteatro São Pedro, no Jardim do Castelo”, a intervenção no Vale da Fontinha e proceder à requalificação urbana do bairro social, em Vale de Rãs.

Que outros investimentos estão previstos a concretizar até ao final do mandato por todo o concelho? De entre o conjunto de intervenções nas nossas freguesias, destacaria algumas como ao nível da manutenção da rede viária em estradas municipais: Arreciadas/S. Facundo (já realizada); Carvalhal /Souto; Cruxifixo; Vale de Açôr /Àgua das Casas, entre outras. Mas também a construção de novas infraestruturas como a pavimentação da estrada S. Facundo/Vale das Mós. Em agenda está também um programa de execução de Intervenções cirúrgicas na rede viária, requalificação de parques infantis, valorização do parque desportivo do concelho, a ampliação de cemitérios (Bemposta, Bicas, Vale das Mós, Alvega, Aldeia do Mato e Souto), a construção da extensão de saúde Rossio e a infraestruturação da Praia Fluvial de Fontes ou a museografia do Núcleo Museológico Duarte Ferreira, em Tramagal. Mas também o abastecimento de água a partir da albufeira de Castelo do Bode ao sul do concelho. Como está a decorrer o Orçamento Participativo? As assembleias descentralizadas nas freguesias, que já decorreram, foram “participadas”?

Nós estamos muito satisfeitos com a participação da população nas assembleias descentralizadas pelas nossas freguesias. E desde já quero em nome da Câmara Municipal agradecer aos senhores presidentes das Juntas de Freguesia e das equipas executivas na operacionalização do OP e na sensibilização à participação dos seus fregueses. Aproveitava a oportunidade para renovar o incentivo aos cidadãos do concelho no sentido de apresentarem até ao dia 6 de junho propostas para o OP. Estamos a chamar as pessoas a participar na decisão e na construção do nosso futuro coletivo. Podem apresentar propostas no âmbito das áreas de competência da autarquia, por exemplo para beneficiação de ruas, construção de parques infantis, requalificação de jardins, espaços públicos e iniciativas culturais ou desportivas, entre outras. Mas podem também ser apresentados projetos imateriais. Qual é o balanço que faz do Mercado Diário? Os cidadãos de Abrantes ainda estão no processo de apropriação deste edifício que é seu. Vemos isso como um processo natural. Trata-se de um edifício construído no casco histórico, com linhas da arquitetura

contemporânea. Todos percebemos o impacto deste novo edifício no seio do casario envolvente. Mas era preciso devolver o mercado diário à cidade e aos cidadãos de Abrantes e dos concelhos vizinhos que o frequentam. Um espaço que fosse digno, que tivesse um novo formato e que criasse condições de regeneração urbana. O que aspiramos é que as pessoas se habituem a ir ao mercado, à unidade de saúde familiar e que façam as suas compras no nosso comércio tradicional. O projeto privilegiou uma ligação entre as ruas, um caminho ascendente em direção ao coração do centro histórico e acolhe também o welcome center. Demos maior dignidade ao posto de turismo fazendo do espaço uma verdadeira porta de acesso à cidade e à sua envolvente. É um espaço inovador que funciona como local de acolhimento ao turista mas também promotor da divulgação de produtos locais e regionais. Importa acrescentar que este edifício tem motivado a curiosidade de arquitetos de norte a sul do país que aqui se deslocam para apreciar as linhas de construção, no interior e exterior e que o projeto arquitetónico, da ARX Portugal, foi um dos sete projetos de portugueses finalistas do prémio de arquitetura internacional.

Isso também é para nós motivo de orgulho. Fazendo um olhar sobre estes últimas três anos, qual tem sido a marca que a Câmara Municipal tem deixado junto dos seus munícipes? Nós temos estado apostados em tornar Abrantes uma referência regional em matéria de desenvolvimento social, económico, procurando a coesão do território concelhio e, fundamentalmente, tentando encontrar respostas para as adversidades que com que as populações se vão debatendo. Sendo que já anunciou a sua candidatura às autárquicas de 2017, qual será a estratégia para vencer mais um mandato? Como todos e todas sabem, a primeira vez que me apresentei a eleições, assumi com os cidadãos do meu concelho o compromisso de os servir durante 3 mandatos. Terminado o 2º, vou sujeitar-me democraticamente ao voto popular. As pessoas avaliarão o trabalho que está a ser feito por mim e pela minha equipa. Servir o melhor possível a comunidade, no sentido de continuar a fazer uma política de proximidade, esse é o meu lema. Joana Margarida Carvalho

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JUNHO 2016

Abrantes em festa de 9 a 14 de junho 9 JUNHO

10 JUNHO

STRET BAND

TAÇA DE PORTUGAL – OPEN IBÉRICO - AGILITY

O grupo musical Street Band existe desde 1981 com a junção de 4 amigos, que tinham em comum o mesmo gosto pela música. Por esta altura deu-se em Portugal o boom do rock português, e o Street Band, assim como outras bandas dessa época, também quis fazer parte desse acontecimento, quanto mais não fosse a nível local, e assim aconteceu, participando em festivais e concursos de rock da altura, como o Só Rock em Coimbra e o Seven UP em Santarém.

09h30 Campo nº 2 da Cidade Desportiva Organização: Clube Português de Canicultura // Clube Cinófilo do Alentejo

FESTIVAL DE CANOAGEM 10h00 Estação de canoagem de Alvega Organização: Casa do Povo de Alvega

CONCURSO NACIONAL DE SALTOS DE ABRANTES – HIPISMO 10, 11 e 12.Junho Margem Sul do Aquapolis Alubox

OLE 22h00 Praça Barão da Batalha A sua estrutura, em género Big-Band, é composta por cinco saxofones (clarinete), quatro trompetes (fliscorne), quatro trombones, teclado, duas violas, bateria, percussão e três vocalistas. Ao longo dos anos, tem-se apresentado assiduamente nas mais prestigiadas salas de espetáculos do País e com os mais variados artistas e convidados do panorama musical nacional e internacional. Executando composições de música ligeira, a OLE tem procurado incrementar o gosto pela música nacional, desenvolvendo para o efeito um trabalho de recolha, instrumentação e difusão de temas de raiz popular, sendo hoje considerada uma verdadeira “embaixadora” do Exército Português junto da sociedade militar e civil, contribuindo significativamente para a afirmação e valorização do nosso património cultural.

SALOMÉ SILVEIRA & BAND 23H30 Praça Raimundo Soares Ser finalista no The Voice Kids significou alcançar o seu sonho, cantar. E isso deu-lhe a força necessária para seguir em frente. Agora, acompanhada com a sua banda, Salomé Silveira apresenta um projecto mais maduro, um reportório mais comercial, com arranjos muito singulares e que nos transportam para o blues, o jazz e o soul. A menina que todos conhecemos é agora a mulher que dá voz a esta banda, cantando no seu inconfundível, característico e genuíno estilo temas de artistas como John Legend, Marron 5, Katy Perry, Meghan Trainor, passando por Amália Rodrigues, Deolinda, Maria Guinot entre muitos outros.

DJ PAUL’S 01H00 Praça D. Francisco de Almeida

MEETING DE ABRANTES – ATLETISMO 15H00 Pista de Atletismo – Cidade Desportiva de Abrantes Organização: Associação de Atletismo de Santarém

3¼ 18H00 Jardim da República

11 JUNHO TAÇA DE PORTUGAL – OPEN IBÉRICO - AGILITY 09h30 Campo nº 2 da Cidade Desportiva Organização: Clube Português de Canicultura // Clube Cinófilo do Alentejo

ENCONTRO DE MICRO CARROS E SIDECARS Organização: Amigos da Heinke - Núcleo de Abrantes

SEMÁFORO 20H00 Jardim da República

IGREJA STª Mª DO CASTELO Inauguração da Exposição da VIII Antevisão do MIAA 18H00 Castelo de Abrantes

34º TORNEIO OLIMPICO JOVEM ABRANTES 2016

CARLOS CATARINO

Desfile das delegações 11h30 Praça Raimundo Soares Organização: Federação Portuguesa de Atletismo

20H00 Jardim da República

PASSEIO CHAPA AMARELA

Carlos Catarino é um artista experiente em animação de festas, arraiais, casamentos, bares e dispõe de um repertório abrangente e exigente que agrada a todos os gostos e idades. O seu portfolio musical é bastante diversificado desde música popular portuguesa, pop-rock, musica brasileira passando pelas músicas de salão como o pasodoble e o mambo até ao rock n’ roll. Atualmente é também empresário de renome que disponibiliza serviços de organização de eventos.

THE GIFT 22H00 Praça Barão da Batalha

HOTPLAY - TRIBUTO AOS COLDPLAY 23H30 Praça Raimundo Soares Formaram-se em 2011, da vontade de 5 músicos com larga experiência no panorama musical nacional e claro são fãs dos COLDPLAY!

DJ KID KAT 01H00 Praça D. Francisco de Almeida

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Fotos: CM Abrantes

20H00 Jardim da República

AZEITONAS 22H00 Praça Barão da Batalha

FEL E A FILARMÓNICA ELÉCTRICA LIVRE 14h00 Abrantes Organização: ACCA – Associação Amigos Chapa Amarela

DOWNHILL URBANO 14H00 Centro Histórico Organização: Associação de Ciclismo de Santarém

23H30 Praça Raimundo Soares A Filarmónica Eléctrica Livre é uma versão contemporânea, inspirada nas bandas abrantinas de outros tempos, fruto da investigação de Humberto Felício a propósito de outro projeto.

16H00 Campo de Jogos Aquapolis – Margem Norte

Este trabalho recupera muitas dessas influências centenárias e mistura-as com composições e sonoridades atuais. Esta banda é composta por oito elementos oriundos de formações e escolas tão distintas que vão desde a Banda Filarmónica Alveguese, Sociedade de Instrução Musical Rossiense, Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, Escola Superior de Artes Aplicadas, entre outras, até a elementos de bandas rock locais como The Kaviar, River Ducks, Dog Days, The Real Beavers, etc, etc, etc...

OLIMPICO JOVEM NACIONAL

DJ MOSSY

11 e 12.junho 15h00 (dia 11) e 09h30 (dia 12) Pista de Atletismo da Cidade Desportiva Organização: Federação portuguesa de Atletismo // Associação de Atletismo de Santarém

01h00 Praça D. Francisco de Almeida

ABRANTES NA DIAGONAL

TAÇA DE PORTUGAL – OPEN IBÉRICO AGILITY

TORNEIO DE XADREZ 14H00 Claustros do Convento de São Domingos Organização: Sporting Clube de Abrantes

12ª EDIÇÃO TORNEIO CONCELHIO DE ESCOLINHAS FUTEBOL - AQUAPOLIS

Quatro partidas simultâneas, de Sagres, Vila Real de Santo António, Bragança e Caminha, numa travessia em bicicleta que levará os diferentes participantes a confluir a Abrantes.

12 JUNHO 09h30 Campo nº 2 da Cidade Desportiva Organização: Clube Português de Canicultura // Clube Cinófilo do Alentejo


ESPECIAL ABRANTES 21

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The Gift David Antunes

FEL

Azeitonas

CAMPEONATO NACIONAL DE CARRINHOS DE ROLAMENTOS

ARRAIAL DO CENTENÁRIO - DAVID ANTUNES & THE MIDNIGHT BAND

14h00 Descida do Açude Organização: Núcleo Sportinguista de Alferrarede // Trilhos do Zêzere

22H00 Praça Barão da Batalha

TORNEIO DE SUECA 15H00 Jardim da República Organização: Casa do Benfica em Abrantes

RANCHOS FOLCLÓRICOS MODAS 18H00 Jardim da República

2º UPHILL Subida da Calçada de S. José 19H00 Organização: Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Chainça - ACDR

DEMONSTRAÇÃO DE DESPORTOS MOTORIZADOS - STUNT - PERICIA – RALLY - KARTING 18H00 Alameda Carlos Lopes – Cidade Desportiva Organização: Clube Aventura e Motorizado do Pego

ABRANTES NA DIAGONAL 20H00 Quatro partidas simultâneas, de Sagres, Vila Real de Santo António, Bragança e Caminha, numa travessia em bicicleta que levará os diferentes participantes a confluir a Abrantes.

REMEDIUM SANTU 20H00 Jardim da República

David Antunes nasceu em Santarém mas em 1990 mudou-se para Londres onde viveu até aos 20 anos. Regressou para Portugal no ano 2000 onde atualmente reside. Cantor, compositor e pianista, começou a tocar com o pai aos seis anos. Fica conhecido pelo público quando é convidado para fazer parte do programa 5 para a meia-noite da RTP em 2009. Em 2014 lança dois temas originais “Não te quero mais” e “És o meu final feliz” que atingem o primeiro lugar do iTunes em Portugal. Ambos duetos com a cantora Vanessa Silva. Midnight Band é composta e liderada pelos seus dois irmãos: André Antunes e Valter Antunes. Fazem também parte da mesma Nuno Junqueira, Todor Tchobanov, Pedro Azevedo e Pedro Pardal.

Kwantta

13 JUNHO 20H00 Jardim da República

VOZES DE ABRANTES 22H00 Praça Barão da Batalha Promover um encontro entre as melhores vozes de Abrantes e o público abrantino Foram selecionadas através de casting, aberto à participação dos interessados desde que naturais e/ou residente em Abrantes, os 5 finalistas: Carlos Marcão; Daniela Elias; Francisca Gomes; Salomé Silveira e Tiago Saraiva

HAND MADE 23H30 Praça Raimundo Soares

DJ SLOWMOTION

23H30 Praça Raimundo Soares

01H00 Praça D. Francisco de Almeida

De volta à terra-mãe, perspetivamse novidades desta banda portuguesa composta por 6 músicos, instrumentistas e cantores. O seu som é uma mistura de Folk, Reggae, Ska, Jazz e Rock.

14 JUNHO

01H00 Praça D. Francisco de Almeida

16H00 Cineteatro S. Pedro

F&M

KWANTTA

DJ DI ROSSATO

Cerimónia Oficial do Dia da Cidade

Inauguração do Testemunho Cidade Centenária 19H00 Rotunda do Quartel

TORNEIO VOLEIBOL PRAIA // TORNEIO FUTEBOL PRAIA 10H00 Aquapolis (margem norte) DAVID ALVES 20H00 Jardim da República

CONCERTO DO CENTENÁRIO MARISA LIZ E LUÍS REPRESAS, 100 – INTERNATIONAL PROMENADE SYMPHONY ORCHESTRA 22H00 Castelo

Em simultâneo: CERIMÓNIAS PROTOCOLARES DO DIA DA CIDADE Hastear da Bandeira 11H00 Paços do Concelho

Circuito animado – na Rua Nª Sª da Conceição (11H00 – 13H00; 18H00 – 20H00) de 10 a 12 de junho. Artesanato Abrantes 2016 – a decorrer no Centro Histórico. Design Urbano – no Centro Histórico. Tasquinhas, Doces Tradicionais e Street Food (comida de rua) – no Centro Histórico.

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22 ESPECIAL ABRANTES

JUNHO 2016

CENTENÁRIO DE ABRANTES

“O Programa é diversificado e dirigido a diferentes públicos” No âmbito das Comemorações do Centenário da Cidade de Abrantes, a Câmara Municipal vai promover um conjunto de iniciativas até ao final do ano. Intitulada 100 Anos, 100 Rostos a ação prende-se com a construção de um mural onde figurarão 100 rostos abrantinos, durante o “180 Creative Camp Abrantes 2016” que este ano decorre de 3 a 10 de julho. Entre os dias 3 de setembro a 14 de outubro, vai estar patente na Galeria Municipal de Arte, Quartel, a exposição: “100 Anos de Artes Plásticas em Abrantes”. Uma mostra de obras de artistas abrantinos criadas durante este período. O mês de outubro é recheado de momentos. Irá acontecer a plantação de 100 árvores em espaço público, cumprindo a missão da homenagem a todos os que habitarão Abrantes nos próximos 100 anos. Já nos dias 6 e 7 de outubro, na fortaleza do Castelo da cidade, irá decorrer o Encontro

“Abrantes, Tudo como Dantes Um centro estratégico”. Um evento com diferentes especialistas que, partindo da importância geoestratégica de Abrantes, procurará lançar desafios e oportunidades de uma cidade preparada para o futuro. No dia 7, decorrerá, a recolocação da estátua D. Francisco de Almeida, do Mestre Barata-Feyo. Como também a requalificação do Monumento a D. Nuno Álvares Pereira. Tratando-se de uma intervenção de restauro e de salvaguarda do monumento em honra a D. Nuno Álvares Pereira, da autoria do escultor Lagoa Henriques e do Arquiteto Duarte Castel-Branco. O dia finaliza com concerto sinfónico “Bravo Abrantes” pela Banda Sinfónica do Exército. Um outro momento cultural, surgirá a 15 de outubro, na Galeria Municipal de Arte, onde até 25 de novembro ficará disponível a exposição “100 anos de arquitetura em Abrantes”, com a evocação dos no-

mes e dos projetos mais marcantes entre 1916 e 2016. No final do mês, de 24 a 28 de outubro, o “Festival da Palha”. Um evento de filosofia, literatura, música, cinema, teatro e doçaria, num palco transversal de espetáculo, de debate e de reflexão. Em novembro, no dia 11, será inaugurada a exposição “Iconografia de Abrantes em 1916”. Uma exposição, que ficará patente na Biblioteca Municipal António Botto, dos documentos mais emblemáticos que marcaram o quotidiano de 1916. Segue-se, no dia 20, a meia e mini Maratona de Abrantes, Cidade Centenária. Uma prova composta por uma meia-maratona, com 21 km, e uma mini-maratona, com 8 km. O mês de dezembro será marcado por mais um “Bravo Abrantes”, no dia 9, no Cineteatro S. Pedro. É esperado um Concerto de Natal pela Orquestra Sinfónica Juvenil. Já no dia 10 vai acontecer o Trail Abrantes 100/100. Uma corrida pe-

destre, em diferentes ambientes, com um percurso de 100 km. Até ao final do ano continuará a divulgação periódica de factos históricos ocorridos nos últimos 100 anos em Abrantes. “O programa é diversificado e dirigido a diferentes públicos. Essa foi uma das preocupações que norteou a Comissão do Centenário consti-

tuída por cidadãos abrantinos aos quais agradeço, em nome da comunidade, pela forma voluntária e empenhada como têm estado a trabalhar com a Câmara. O Dia da Cidade, 14 de junho, será naturalmente um marco da celebração”, afirma Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes.

longo do ano vão-nos perguntando das oportunidades de participação na edição do ano seguinte”, explicou a presidente. Na edição de 2016, realiza-se de novo o “Stores Art Attack”, onde são convidados artistas e participantes a criarem projetos que envolvam os proprietários de lojas de comércio tradicional. Para além disso, a população pode ainda assistir a sessões de conversas com os artistas, filmes, portfolio reviews ou concertos. Todas as noites vai ser possível assistir, com entrada livre, a palestras e apresentações dos artistas convidados sobre os principais temas desta edi-

ção do 180 Creative Camp. Temas como documentarismo, design, ilustração, publicações para nichos, arquitetura e intervenção no espaço urbano vão estar em destaque. Para além disso, haverá a exibição de filmes, espaços de convívio com os artistas convidados e momentos musicais. O Creative Camp Abrantes 2016 culmina com uma festa de encerramento, onde serão apresentados os trabalhos desenvolvidos ao longo de toda a semana. “Estamos a criar um evento de grande sustentabilidade e com uma dimensão social muito importante

que deixa retorno económico na comunidade local, quer na vertente do alojamento e restauração mas também porque todos os materiais utilizados pelos criativos são adquiridos localmente. Por outro lado, este campo criativo que resulta numa galeria ao ar livre, projeta Abrantes nos circuitos internacionais de arte urbana. Inclusivamente, há registo de cidadãos estrangeiros que vêm a Abrantes “arrastados” pelos trabalhos que vêm na internet e que querem descobrir ao vivo”, finalizou a autarca.

Entre os dias 3 e 10 de julho, o Creative Camp chega à cidade de Abrantes pelo 5º ano consecutivo. Nesta edição, o 180 Creative Camp conta com a participação de criativos de diversas áreas, que durante oito dias se propõem partilhar experiências com a comunidade abrantina e produzir criações únicas. “O 180 Creative Camp é uma oportunidade para se fazerem coisas diferentes. Nessa semana, são diferentes os campos artísticos que se sentem na cidade, a interação com a população abrantina é um objetivo”, disse Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes “Na perspetiva de envolvimento com a comunidade, haverá atividades criativas durante as quais são convidados artistas e participantes a criarem projetos que envolvam os proprietários de lojas de comércio

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tradicional. Desde o ano passado que envolvemos também as crianças, que nesta altura já estão de férias para integrarem workshops”, fez notar a autarca.

Durante a semana do evento, todos os abrantinos interessados em participar usufruem de um desconto de 50% no valor da inscrição nos workshops “Temos a consciência que este evento não é de fácil apreensão, mas temos trabalhado com a entidade organizadora, o Canal 180, o envolvimento do tecido empresarial e associativo nos projetos de intervenção urbana e a participação dos nossos jovens como atores das manifestações criativas e artísticas. Principalmente os jovens têm participado ativamente nesta semana criativa e ao

DR

180 Creative Camp Abrantes aposta na participação da comunidade


ESPECIAL ABRANTES 23

JUNHO 2016

Desafios para mais um século Dentro de 100 anos, a humanidade já se terá suicidado numa guerra nuclear ou biológica? Hipótese pessimista. Já terá havido uma guerra global que des/re-organizou todo o sistema mundial? Hipótese provável. A Europa já se terá desintegrado e tornado irrelevante? Hipótese plausível. Portugal já terá caído num poço de empobrecimento insanável? Hipótese possível. Lembremos que há 100 anos, o Tejo ainda era um importante meio de transporte e entretanto já vivemos duas guerras mundiais e uma guerra colonial. É dentro de um quadro global e de um sistema mundial – agora não visível – que o futuro de Abrantes vai estar em jogo. Daí que o primeiro desafio é estarmos atentos ao que se passa a nível global e nacional e participarmos para levarmos as coisas na boa direcção. É reconhecido: o principal problema local é a demografia e a sua raiz está na falta de emprego. Daí que o principal desafio – concelhio e regional – é a criação de postos de trabalho. Aqui se decide se Abrantes se afirma ou definha. O futuro jogase sempre na economia. E que lugar vai ter nela agricultura?

Visto de outro ângulo: Abrantes tem em equação qual o papel que vai desempenhar na região e no país – questão central a decidir. Indispensável é apostar na qualidade da educação, não apenas dos edifícios, mas sobretudo do produto humano – com que competências de futuro. Não vai haver futuro fora da sustentabilidade, outra questão decisiva em várias direcções: poupança e produção de energia, mais reciclagem e menos contaminação, melhor gestão e melhor integração dos vários sistemas instalados (das água e lixos aos transportes e serviços). A aposta no digital – cidade inteligente – tem de ser decisiva. E, a todos os níveis, é necessários integrar mais e mais os novos saberes científicos: do ensino às empresas, da gestão local à internacionalização. A alternativa a uma aposta na ciência é o retrocesso. E, sim, a internacionalização é um dos desafios: não vai haver futuro apenas local.

O futuro não será a repetição do passado Também a cultura ou é um exercício de criatividade capaz de produzir

vida ou apenas a aposta no mesmo e a revisitação do passado. E que tipo de desporto vamos promover? O Tejo vai continuar a ser um rio, ou apenas uma chaga na paisagem? O Tagus Valley desempenha um papel decisivo ou residual? O MIAA, se vier a nascer, será fator de riqueza regional ou apenas fonte de despesa? Uma das apostas a vencer é na articulação de pessoas e de organizações. Ninguém, nem sequer a Câmara, consegue, por si, construir o futuro. Apenas a boa organização de muitos, se possível de todos, tem po-

der. O primeiro passo, isto é, o mais imediato, é a realização – com sucesso capaz de futuro – da estratégia Abrantes 2020, que é já amanhã. E, porque estamos num jornal, Abrantes não pode deixar de saber o que quer como comunicação social local e regional, porque também aí se pode perder o futuro. Duma coisa podemos estar certos. O futuro não será a repetição do passado. Por isso, as ideias que presidiram à construção e ao governo do passado não vão servir para criar o futuro. Sobretudo para garantir (?) que será um futuro que nos inte-

ressa. Ou seja, um dos maiores desafios é criar novas ideias que tornem possível um futuro desejável. Boa viagem. Doutra coisa podemos estar cientes. O nosso futuro não vai ser cuidado de outros senão nós e os que connosco souberem criar o seu. Daí a importância de uma boa “política externa”, desde com os vizinhos próximos até à aposta na internacionalização de sucesso. Temos dúvidas? Óptimo. O mais perigoso, nesta matéria é não as termos. A procura constante e com outros é a única atitude. Mais uma vez: boa viagem. Alves Jana

Abrantes Centenária: Elevação e comemoração Abrantes foi elevada à categoria de cidade pela lei nº. 601, publicada no Diário do Governo de 14 de junho de 1916. Esta promoção da antiga vila, sede de concelho e de comarca, foi um prémio pela militância republicana evidenciada pelos abrantinos. As atividades republicanas principiaram, no concelho, no início da década de oitenta do século XIX, com a chegada de um conjunto de exemplares de O Século, trazidos por Egídio Salgueiro. Ramiro Guedes e Dias Leandro foram os primeiros a quem foi facilitada a leitura da folha revolucionária e o acesso às ideias vanguardistas provenientes da capital. Após dificuldades iniciais da propaganda, que encontrou eco sobretudo a Sul do Tejo, a primeira grande ação dos militantes republicanos locais foi um comício realizado em Abrantes em 3 de fevereiro de 1895, nos Quinchosos, a que terão assistido mais de três mil pessoas. Em 1906, o Partido Republicano Português tinha já uma forte implantação local, em especial no Rossio ao Sul do Tejo, em S. Miguel do Rio Torto e em Mouriscas. No ano seguinte, a realização na vila de um grande comício constituiu um claro reconhecimento desta militância. Na Praça

de Touros, perante cerca de seis mil pessoas, discursaram algumas das figuras mais destacadas do republicanismo português, entre as quais Bernardino Machado. Ora, terá sido neste dia (3 de fevereiro de 1907) que Bernardino Machado fez a promessa que, uma vez implantada a República, Abrantes seria elevada a cidade. Com Revolução de 5 de Outubro de 1910, logo surgiram os partidários republicanos locais a exigir que se cumprisse a promessa. Porém, a instabilidade política que desde cedo se instalou, também a nível local, com a desagregação do PRP, impediu que se obtivesse uma votação favorável na Câmara Municipal.

A argúcia de Valente Júnior no Senado Municipal Só em 1914, a 13 de abril, Manuel Lopes Valente Júnior, em reunião do Senado Municipal, conseguiu ver aprovada a proposta de elevação de Abrantes a cidade. Numa primeira fase, a proposição começou por ser votada desfavoravelmente, porém, após uma interrupção da sessão, verificando que, em função dos presentes, a situação se lhe tornara favorável, Valente Júnior lançou-a de

novo, desta vez com sucesso. Ainda em 1914, Bernardino Machado, enquanto deputado, apresentou a iniciativa n.º 347-E, em que propunha a elevação de Abrantes a cidade. Depois disto, desenvolveram-se ações junto do Congresso da República, nas quais o deputado abrantino João José Luís Damas assumiu papel de protagonista. A 20 de maio de 1916, a decisão acabou por ser tomada e a 14 de junho oficializada. Depois de muitos anos a evocar o 14 de junho exclusivamente através de sessões solenes e de um ou outro espetáculo, no ano de 1966,

decorridos 50 anos sobre a passagem de Abrantes a cidade, impôs-se que se efetuassem comemorações com outra dimensão e diversidade. Do programa, que se estendeu entre os anos de 1966 e 1968, fizeram parte colóquios e conferências, uma exposição fotográfica, jogos florais, espetáculos culturais e uma série de solenidades oficiais no dia do cinquentenário, que contou com a presença, entre outras entidades, do Ministro do Interior e Colónias. Também se integraram nas festividades a inauguração da piscina de Abrantes e a abertura da secção li-

ceal na cidade. O ponto alto e de encerramento das celebrações, contudo, ocorreu, depois de vários atrasos, já no ano de 1968, a 9 de novembro, com a inauguração do monumento a D. Nuno Álvares Pereira, em que estiveram presentes Américo Tomás e alguns ministros. Para além das demoras inerentes à conclusão da obra, a célebre queda da cadeira por parte de Salazar também contribuiu para o atraso, pois obrigou a comitiva presidencial a adiar a deslocação. Nos 75.º e 80.º aniversário do 14 de junho de 1916 voltou-se a comemorar com interessantes programas a elevação de Abrantes à categoria de cidade. Em 2016, Abrantes centenária tem o dever de homenagear os que a fizeram cidade, aqueles que, num percurso de 100 anos a construíram como cidade e, ao mesmo tempo, enquanto comunidade, de se pensar como cidade. José Martinho Gaspar Bibliografia CAMPOS, Eduardo; CAVALHEIRO, Isabel, Abrantes – 1916 – Processo de Elevação a Cidade, Abrantes, Câmara Municipal de Abrantes, 1992. GASPAR, José Martinho, A Primeira República em Abrantes: Evolução Política e Ação Laicizadora, Abrantes, Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural, 2005. SILVA, Joaquim Candeias, “Para a História de Abrantes Republicana – Elites e Poder (1910-1926)”, in Zahara, nº. 16, Abrantes, Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural, 2010.

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DESPORTO 25

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Mação na Festa do Futebol da Inatel pas proporcionaram um jogo intenso e bem disputado com a equipa organizadora a ir para o intervalo a vencer. O descanso fez bem, o jogo continuou a alta rotação, em que nem o calor que se fazia sentir, levou a que o jogo baixasse de intensidade. Como o golo é a festa do futebol, esse aconteceu por seis vezes, depois dos Envendos estar a vencer por três a um deixou-se empatar. Mas, só os homens da terra onde está o Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios, acreditaram e após a lotaria das grandes penalidades, foram felizes, acabando por conquistar o troféu.

Cantinho do Primeiro Andar

Caiu o pano sobre o Campeonato Distrital de Futebol 11 da Fundação INATEL – Delegação de Santarém com as finais a realizarem-se no dia 15 maio de 2016, no Campo Municipal Agostinho Pereira Carreira em Mação. Num domingo quente, a festa do futebol teve o Centro Social Cultural e Desportivo de Envendos e a Fundação INATEL como organizadores que contaram com o apoio da Câmara Municipal de Mação. Foi um dia preenchido em que os adeptos das diversas equipas viveram um ambiente de festa e confraternização, com futebol, animação e uma organização de excelência. O convívio entre os intervenientes na competição, promoveu o espírito desportivo e o fair-play, que, simultaneamente, permitiu divulgar o trabalho desenvolvido por agentes culturais

e desportivos locais. Pelas 11h00, disputou-se o jogo da final da Serie 2, Troféu Prof. José Gameiro entre o Grupo Cultural Desportivo

e Recreativo Bairrense (Concelho de Ourém) e CSCD de Envendos (Concelho de Mação). Num jogo fantástico, os jogadores de ambas as equi-

A união, a luta e o sacrifício todos conjugados só podia dar a conquista do troféu A final da Serie 1, Troféu Prof. Albino Maria estava marcada para as 16horas, mas antes

do seu início teve uma tarde repleta de actividades. A música esteve representada pelo Grupo de Cantares “Os Maçaenses”; homenagem às equipas que participaram no Campeonato Distrital de Futebol 11 – Delegação de Santarém e a habitual descida dos paraquedistas que entregaram a bola de jogo, as bandeiras das entidades organizadoras do evento e da bandeira nacional. Após todas estas actividades, a bola começou a rolar para determinar o Campeão Distrital da época 2015 / 2016, entre as equipas do Grupo Desportivo e Cultural de Seiça (Concelho de Ourém) e do Centro de Cultura e Desporto de Amoreira (Concelho de Abrantes), com o público e adeptos que se deslocaram a Mação a lotarem o recinto, entoando cânticos num apoio fervoroso às equipas ao longo da partida e que muito

contribuíram para o ambiente de festa que se viveu. Foi um jogo marcado pela incapacidade do GDC de Seiça em ultrapassar a boa organização defensiva de CCD de Amoreira. Os homens do Concelho de Abrantes não tinham dúvidas na hora de elencar as razões que levaram a nova vitória, num jogo em que o empate se apresentava como cenário mais provável e a decisão nas grandes penalidades. Uma equipa competente, onde a união, a luta e o sacrifício todos conjugados só podia dar a conquista do troféu, que contando com um aliado de peso, o apoio e incentivo que encontraram nos seus adeptos, conseguiram vencer. Por fim, importa salientar a grande qualidade das equipas de arbitragens, que estiveram de mãos dadas com o espectáculo vivido nas bancadas. Carlos Serrano

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26 REGIÃO

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“A maior pêra do mundo”

ABRANTES

A abrantina Francisca Laia competiu e conseguiu a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de janeiro, que se disputam no próximo mês de agosto. A jovem canoísta alcançou o 4º lugar, em K1 200, na prova europeia de qualificação olímpica em canoagem, que se realizou no dia 19 de maio, em Duisburgo, na Alemanha. A estudante de medicina de 21 anos precisava ser uma das duas primeiras na final, mas como as rivais da Alemanha e Eslováquia, primeira e terceira, respetivamente, já tinham garantido vaga para o país nou-

dr

Francisca Laia alcança apuramento para os Jogos Olímpicos

tra tripulação, Francisca Laia foi beneficiada com os dois lugares libertos e vai cumprir assim o sonho olímpico.

Portugal vai apresentar sete canoístas em regatas em linha, nomeadamente Francisca Laia, Fernando Pimenta,

CHMT prepara maternidade de Abrantes para presença dos pais nas cesarianas A maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo, CHMT, sediada em Abrantes vai reunir “todas as condições para que as parturientes de cesariana possam estar acompanhadas, se essa for a sua vontade”, anunciou o CHMT. “O Centro Hospitalar do Mé-

dio Tejo, prosseguindo na sua missão de ser “mais Médio Tejo” e de reforçar os serviços que presta à população está a adequar e preparar -se para proporcionar a assistência dos partos por cesariana, aos pais ou pessoa próxima das parturientes que o pretendam fa-

zer”, pode ler-se na informação. A informação avança que esta intervenção estará “concluída antes do prazo apontado no Despacho nº 5344-A/2016, de 19 de abril deste ano”, e estipula três meses para que os blocos estejam em condições que permitam a sua aplicação.

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Emanuel Silva, João Ribeiro, David Fernandes, Hélder Silva e Teresa Portela.

Quando cheguei a Abrantes, em 1959, o meu pai levou-me a explorar os vários espaços da cidade. No jardim do castelo, então Jardim António de Oliveira Salazar, fomos acompanhados por alguém de que não conservei memória. Chegados à “varanda” sobre o Taínho, chamou-

nos a atenção para “a maior pêra do mundo”, desenhada na paisagem pela linha do Tejo que ali faz uma curva e por uma linha de água que corre vinda dos lados de Alferrarede Velha. Nunca mais ouvi referir esta particularidade da paisagem. Alves Jana

MAÇÃO

Inscrições abertas para expositores na 23ª Feira Mostra Tendo como objetivo divulgar e promover o artesanato, gastronomia e atividades económicas do concelho de Mação e da região, encontram-se abertas as inscrições para os expositores que queiram estar presentes da Feira Mostra de Mação que se realiza nos dias 29 e 30 de junho e 1, 2 e 3 de julho. Segundo informação da autarquia “podem participar artesãos a nível individual ou instituições de divulgação e promoção de artesanato, expositores de produtos gastronómicos tradicionais (doçaria, padaria, etc.), associ-

David Fonseca, Diogo •Piçarra, Dora Maria e David Antunes vão estar na Feira Mostra

ações e entidades de cariz social e atividades económicas, prioritariamente, do concelho de Mação”. Sempre que os expositores do concelho não preencham a totalidade de espaços disponibilizados, poderão ser aceites expositores de fora do concelho, segundo critérios da organização, avança ainda a autarquia. As inscrições decorrem até 3 de junho e devem ser efetuadas através da Ficha de Inscrição disponível no site da autarquia e enviadas via correio, finaliza a informação.

SARDOAL

“Momentos” de António Cotrim em Exposição “Momentos” é o título da Exposição de Fotografia, da autoria de António Cotrim, que será inaugurada na galeria do Centro Cultural Gil Vicente, no dia 3 de junho, pelas 18h00. Segundo o autor, esta mostra retrata “imagens de mímica, ancestral arte de comunicação desde o começo dos tempos, e que continuará com os tempos até

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para além da poeira estelar; o circo, arte antiga feita de tudo e de nada, do embaraço e desembaraço perante o nosso olhar perplexo e curioso; e a dança, arte elegante e bela por si só, que nos fascina e atrai, como que convidando a tomar parte dela, sem notarmos nada mais que não o acerto do passo que elegantemente segue uma marcação que dá asas

à imaginação sem nada que nos limite ou nos faça sentir diferentes”. “Momentos” é composta por doze fotografias a preto e branco e ficará patente ao público até 28 de agosto.


DIVULGAÇÃO 27

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CRÓNICA DE SAÚDE

VESTÍGIOS DO PASSADO

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Os Passeios ”Chapa Amarela” e das Bicicletas Antigas

Doenças sexualmente transmissíveis As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças provocadas por bactérias, fungos e vírus e que se transmitem (principalmente) por contacto sexual íntimo, quando um dos parceiros se encontra infectado (relação heterossexual, bissexual ou homossexual). Existem várias destas doenças, também conhecidas por doenças venéreas, sendo de salientar as mais comuns: Sífilis, o Herpes genital, a Hepatite B, a SIDA, a Candidíase e a Gonorreia. O uso do preservativo (masculino ou feminino) é considerado como a medida mais eficiente para prevenir a contaminação e impedir a sua disseminação. Apesar de ser o método mais eficiente contra a transmissão do vírus VIH (causador da epidemia da SIDA), o uso do preservativo não é aceito pela Igreja Católica Romana, pelas Igrejas Ortodoxas e pelos praticantes do Hinduísmo. O principal argumento utilizado pelas religiões para sua recusa é que um comportamento sexual avesso à promiscuidade e à infidelidade conjugal bastaria para a protecção. Outros afirmam que a castidade, a abstinência sexual e a fidelidade conjugal poderiam bastar para evitar a disseminação de tais doenças. A contaminação de pessoas monogâmicas e não-fiéis portadoras de DST tem aumentado, em resultado da contaminação ocasional do companheiro(a), que pode contrair a doença em relações extraconjugais. Todavia, as campanhas pelo uso do preservativo nem sempre conseguem reduzir a incidência de doenças sexual-

mente transmissíveis. Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução quando tratadas correctamente, contudo outras são de tratamento difícil ou permanecem latentes, apesar da falsa sensação de melhora. As mulheres representam um grupo que deve receber especial atenção, uma vez que em diferentes casos de DST os sintomas levam tempo para se tornarem perceptíveis ou confundem-se com as reacções orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com vida sexual activa, independente da idade, consultas periódicas ao médico assistente. Certas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves como infertilidade, infecções neonatais, malformações congénitas, aborto, cancro e a morte. As taxas de incidência de doenças sexualmente transmissíveis continuam com níveis altos em todo o mundo, apesar dos avanços de diagnóstico e tratamento. Em muitas culturas, especialmente para as mulheres houve a elimina-

ção de restrições sexuais através da mudança na moral e o uso de contraceptivos. Em 1996, a OMS (Organização Mundial de Saúde) estimou que mais de um milhão de pessoas eram infectadas diariamente, e cerca de 60% dessas infecções em jovens menores de 25 anos de idade, e cerca desses jovens 30% são menores de 20 anos. Entre as idades de 14 a 19 anos, mais nos grupos de risco: homossexuais, bissexuais e na prostituição (masculina ou feminina). A SIDA é a maior causa da mortalidade na África Subsaariana, sendo que em cinco mortes uma é por causa da doença. No Brasil, desde o primeiro caso até junho de 2011 foram registrados mais de 600.000 casos da doença. Em Portugal o primeiro caso de SIDA foi diagnosticado em 1983, e de acordo com os dados disponíveis em 2013 foram diagnosticados 322 novos casos, sendo o ano de 1999 o ano de maior registo, onde foram diagnosticados 1233 novos casos de SIDA. Nuno Barreta

Enfermeiro, USP

Aquelas motorizadas que a partir dos nos anos sessenta do século passado, passaram a invadir as nossas estradas e, que eram de extrema utilidade no transporte de muitos, na sua vida profissional quase deixaram de se ver. Porém, ultrapassadas tecnologicamente deram lugar a outros veículos mais sofisticados, que na maior parte dos casos são utilizados apenas como veículos de lazer. Mas as outras as mais antigas: as Sachs, as Famel, as Zundap, as Florett e, outras mais, que hoje poderemos considerar importantes vestígios do passado, não desapareceram, antes pelo contrário, muitos as preservaram como boas recordações e pela grande utilidade que tiveram. Já na fase final da sua existência, para sua legalização foi necessário um novo registo, uma nova matrícula e, por consequência a atribuição de uma nova chapa... amarela.

Nos últimos anos passaram então a surgir os denominados passeios da “Chapa Amarela”, periodicamente organizados por algumas associações. Também as velhas bicicletas “as pasteleiras”, em que muitos se fizeram transportar de e para o trabalho quase deixaram de se ver. Mas foi o mesmo caso, nos já habituais passeios das bicicletas antigas lá aparecem elas. Tanto umas como outras, foram guardadas e se algumas aparecem ferrugentas, sinais dos muitos quilómetros percorri-

dos e das décadas passadas, outras restauradas e a brilhar, demonstram bem o quanto foram úteis e, daí a maneira como os seus proprietários as estimaram. Na foto a praça Dr. Ramiro Guedes em Abrantes, quase não chegou para acolher os mais de cem participantes do passeio da “Chapa Amarela”, organizado pela Sociedade Recreativa de Carreira do Mato que no passado dia 26 de Março percorreu grande parte da zona norte do concelho. Manuel Batista Traquina

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CULTURA 29

JUNHO 2016

Municípios Artemrede Ah, tem medo? assumem compromisso de reforço de dinâmicas culturais Fique em casa.

CM Abrantes / Fernando Baio

CRÓNICA

Os 11 municípios da Artemrede assumiram no dia 23 de maio, por unanimidade, o compromisso de reforço das políticas culturais nas várias regiões do país, pedindo ao Governo um “empenho convergente” com as medidas aprovadas e anunciadas. No documento que sintetiza a posição dos municípios envolvidos, é defendida a “criação de mecanismos de financiamento à programação cultural descentralizada e à cooperação cultural em rede, e a criação de canais específicos de apoio à cultura no âmbito do Portugal 2020”, tomada de posição consensual que será apresentada ao Governo e à Assembleia da República, pela Artemrede, entidade que será responsável por desempenhar as ações de interlocução política, inerentes ao compromisso hoje assumido. “Nós estamos aquém da

percentagem global do erário público do Orçamento do Estado para a cultura, relativamente à quase totalidade dos países europeus, temos de ter a coragem de dar um passo mais à frente e de sermos capazes de nos desassossegarmos e pugnarmos, cada um de nós, dos municípios ao poder central, para que o investimento na cultura seja cada vez maior”, disse à Lusa o presidente da direção da Artemrede, António de Sousa Matos, no final do 1.º Fórum Político “Futuros desejados”, realizado em Abrantes. Para o primeiro eixo de ação, vão ser propostos vários mecanismos de promoção do apoio à programação e cooperação cultural em rede, nomeadamente para projetos que já são objeto de financiamento público e que assim podem ganhar uma maior longevidade, ampli-

ando também dessa forma o acesso à criação artística contemporânea, além de uma proposta para a existência de um apoio direto aos equipamentos culturais que servem populações com maiores dificuldades de acesso e participação cultural, numa perspetiva de correção das assimetrias regionais.

Apoiar a Cultura, no âmbito do Portugal 2020 O segundo eixo de ação definido no 1.º Fórum Político Artemrede propõe a criação de canais específicos de apoio à cultura, no âmbito do Portugal 2020, através de programas de cofinanciamento que tenham como foco a cultura, e da promoção de uma visão transversal da cultura, que permita o acesso a outras linhas de financiamento de outras áreas como o urbanismo, a inclu-

são social, a educação, entre outras, tornando-a um agente ativo e central para o desenvolvimento social das populações. O documento final acrescenta ainda, neste eixo, a necessidade de reconhecer a diversidade dos territórios no âmbito dos Programas Operacionais Regionais, tornando possível o acesso a fundos do Portugal 2020 a territórios vulneráveis em condições de igualdade a nível nacional, a desburocratização no acesso e distribuição de fundos comunitários e, por fim, a clarificação do papel e das responsabilidades em matéria de cultura dos organismos como as Comunidades Intermunicipais, as Áreas Metropolitanas, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e outras entidades da Administração Regional. C/Lusa

Vêm de todos os lados… as campanhas publicitárias, é ao que me refiro. Sensacionalistas, apetecíveis, folgazes, emotivas, etc. Podem ser diferentes, mas todas têm algo em comum: vender. E muito! Como dizem os marketeers (aqueles que são os melhores na arte de convencer): criar impacto. Ora portanto, vender! Simples. ‘Fazer o público sentir que precisa muito de um determinado produto’, por exemplo. Simples. Está convencido? O produto está vendido! E como é que isso se faz? Ter o melhor produto, convencer o público-alvo, e antes que apareça a concorrência, vender. Aqui é que está a peça que falta em algumas, para não dizer na maioria, das empresas. Não sabem fazer, ou pior que admitir que não sabem, é dizer: ‘Não tenho dimensão para contratar os serviços de um técnico de comunicação’; ‘Não vale a pena… Eu publico umas coisas no facebook e está bom’; ‘Não preciso disso para nada’. Quem quer liderar, não ignora a concorrência, não tem medo e arrisca. Embarquemos numa pequena viagem pela publicidade dos anos 90 e vejamos um exemplo de que quem arrisca, petisca. Se fosse o administrador de uma operadora, autorizava um anúncio em que se colocassem umas quantas ovelhas num campo, um telemóvel a tocar e um pastor a dizer: ‘Tou xim, é pra mim!’ ?! O público-

alvo nem sequer são pastores e existem uns quanto pré-conceitos em relação à afinidade do público-alvo com o anúncio, começando pelo sotaque, que é considerado uma provocação, gozar com as pronúncias. Impensável! E o engraçado é que não havia rede em muitas zonas. Portanto, este anúncio não deveria ter sido aprovado – para quem tem medo. Mas se virmos bem, toda a gente se lembra. O criador deste anúncio foi feliz e a quem o autorizou, é de se lhe tirar o chapéu. Agora, ao contrário destes criativos anos 90, nesta era digital estamos atafulhados com campanhas que descrevem exaustivamente as fantásticas características do produto ou da marca, estamos muito preocupados em criticar, julgar, alterar uma coisinha aqui e outra ali e continuamos habituados a não acreditar, a não partilhar, a não sonhar e a não inovar. Marcas e empresas, que até poderiam alcançar a distinção, continuam com esse bloqueador de ascensão - o medo - e algemadas ao que têm e ao que tiveram, sempre com aquele chavão na ponta da língua: “ai se eu tivesse…” e hoje, mais do que nunca é possível, com a evolução da tecnologia, com pessoas cada vez mais informadas e formadas, e sempre com a adrenalina de uma concorrência feroz. Um caminho? Arriscar, confiar, delegar e principalmente acreditar. Cristiana Seroto

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30 CULTURA

JUNHO 2016

O rock está de volta a Vila de Rei A décima terceira edição do Festival Rock na Vila tem data marcada para os dias 3 e 4 de junho. À semelhança de anos anteriores, Vila de Rei volta, assim, a receber alguns dos mais importantes nomes da música nacional aos quais se junta um programa desportivo e de animação. No primeiro dia do festival sobem ao palco We Trust, celebrizados com o tema “Better No Stop”, Vaga Lume, DJ Zé Pedro (Xutos&Pontapés) e DJ Joomfer. A noite de 4 de junho conta com as atuações do rapper português Dengaz

AGENDA DO MÊS Abrantes

& Ahya Band, Dante, DJ Carolina Torres e DJ Hugo Rafael. Paralelamente aos concertos, o Rock na Vila destaca-se também pelas atividades desportivas e exposições. Assim, a Biblioteca Municipal José Cardoso Pires recebe, entre os dias 3 e 30 de junho, a exposição “Music Design”, da designer

Marta Domingos, composta por peças de ilustração, decor e objetos com várias linhas gráficas e ilustrativas. As entradas para o 13º Festival Rock na Vila são gratuitas, assim como a ocupação da área anexa que a Câmara Municipal disponibiliza para quem quiser acampar. O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, em parceria com a produtora Zona B, tem vindo a afirmar-se, ano após ano, como um nome de referência do panorama musical português.

Bons Sons celebra 10 anos de música portuguesa 100 anos de autores O festival de música portuguesa Bons Sons, que decorre abrantinos no terceiro fim-de-semana de agosto, na aldeia de Cem Soldos, em Tomar, terá este ano em exposição 50 concertos, “num cartaz que se orgulha de representar o presente da música portuguesa”. Na aldeia de Cem Soldos, a edição deste ano do Bons Sons, que decorrerá de 12 a 15 de agosto, celebrará “10 anos de música portuguesa” trazendo “10 repetentes”, que representarão as seis edições anteriores, anunciou o diretor artístico do festival, Luís Ferreira. Realizando-se num recinto que é a própria aldeia, o festival vai decorrer em oito palcos: Lopes-Graça (no largo do Rossio, para a música de raiz tradicional e do mundo), Eira (na antiga eira comunitária, para os novos sons), Giacometti

Até 30 de junho – Exposição “100 Anos de Autores Abrantinos” Biblioteca Municipal António Botto Até 31 de agosto – Exposição “Um século de atividades culturais em Abrantes” – Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta, das 9h às 12h30m e das 14h às 17h30m 4 de junho a 26 de agosto – Exposição de arte contemporânea Coleção Privada – Quartel Galeria Municipal de Arte, de terça a sábado, das 10h às 12h30m e das 14h às 19h 9 a 14 de junho – Festas de Abrantes – Concertos, gastronomia, artesanato, animação, exposições 11 de junho a janeiro de 2017 – Exposição Antevisão VIII do MIAA “Da troca direta à moeda: uma história” - Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes – terça a domingo, das 09h30m às 12h30m e das 14h às18h 30 de junho – Baile com Carlos Catarino – Parque Urbano São Lourenço 3 a 10 de julho – 180 Creative Camp sobre Creative Collaborations in Media Arts – Centro Histórico

Constância Até 30 de junho – Exposição “Experimentalism | Suite by R. Escada”, diaporamas e vídeos - Antiga Cadeia 9 a 12 de junho – XXI Pomonas Camonianas – Mercado quinhentista, feira de antiguidades, orientação noturna, animação, exposições 10, 11 e 12 de junho - Exposição de fotografia “Retratos da Festa” – Casa-Memória de Camões

Mação 5 de junho – Trail e Caminhada Serra do Bando – Chão de Codes 11 de junho – “Histórias de Mação” sobre “Ortiga e o Tejo: cultura material e construção de barcos”, por João de Matos Filipe e Manuel Pires Fontes - Museu de Arte Pré-Histórica, 18h 29 e 30 de junho e 1, 2 e 3 de julho – 23ª Feira Mostra – Atividades desportivas e económicas, gastronomia, música, animação

Sardoal

(no largo de S. Pedro, mais intimista), Auditório (para música erudita e de vanguarda, concertos didáticos e comentados e cinema), MPAGDP (na Igreja de S. Sebastião, para o projeto Música Portuguesa a Gostar Dela Própria), Aguardela (para a música eletrónica), Tarde ao Sol (no adro da Igreja, para a música tradicional) e Garagem (para quem quiser mostrar o seu talento). Além dos repetentes – Des-

bundixie, Deolinda, Kumpania Algazarra, Lula Pena, Danças Ocultas, Joana Sá, Birds are Indie, Lavoisier, Sopa de Pedra e D’Alva -, por Cem Soldos passarão este ano Cristina Branco, Carminho, Jorge Palma, Best Youth, Cláudia Duarte, Alentejo Cantado, João e a Sombra, Indignu [lat], LODO, Da Chick, Niagara, Few Fingers, os DJ Lilocox, Puto Márcio e Rubi Tocha, Diogo Armés, Flak, entre muitos outros.

Inserida na programação do Centenário da elevação de Abrantes a cidade, a Biblioteca Municipal António Botto tem em exposição “100 anos de autores abrantinos”, até 30 de junho. Esta mostra é uma viagem pelos autores do universo literário abrantinos dos últimos 100 anos, permitindo descobrir a bibliografia produzida, da literatura às diferentes áreas do conhecimento.

Até 28 de agosto – Exposição “Rasgos de Criatividade”, trabalhos realizados pelos alunos do Curso Técnico Superior Profissional em Produção Artística para a Conservação e Restauro – Cá da Terra

Vila de Rei Até 17 de junho – Exposição do Concurso de Pintura e Desenho “Padre João Maia” - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 1 de junho – Seminário “Empreendedorismo – Saídas Profissionais” - Escola Básica e Secundária do Centro de Portugal, a partir das 9h15m 3 e 4 de junho – Rock na Vila – Concertos, desporto, exposições 3 e 30 de junho - Exposição “Music Design”, pela designer Marta Domingos - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da Barquinha 9 a 13 de junho – Feira do Tejo – Artesanato, tasquinhas, animação, desporto, música, dança, exposições

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SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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JUNHO 2016

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CONSULTAS POR MARCAÇÃO

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

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Vicente Aires Gaspar 24/10/1929 – 12/5/2016

AGRADECIMENTO

Certifico para efeitos de publicação que no dia vinte de Maio de dois mil e dezasseis, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO exarada de folhas quarenta a folhas quarenta e dois - verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E TRINTA E CINCO - A, deste Cartório Notarial, na qual os Senhores TIAGO JESUS DA SILVA e mulher ISABEL DE JESUS, casados no regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Mouriscas, do concelho de Abrantes, residentes na Travessa da Estrada Velha, número 38, em Pego, Abrantes, DECLARARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte: Prédio rústico sito em Feiteira, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de vinha e oliveiras, com a área de três mil setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar de Norte com Município de Abrantes, Virgínia Narcisa Cristóvão e António Amaro Cristovam, de Sul com José da Cruz Relógio Cabeça de Casal na Herança de e Manuel Matilde Marques Coxinho, de Nascente com Município de Abrantes e César Firmino Morais e de Poente com Virgínia Narcisa Cristovão, António Amaro Cristovam e Manuel Matilde Marques Coxinho, artigo 50 da secção AA. Que o adquiriram por escritura pública de Compra e Venda, outorgada no dia vinte e um de Maio de mil novecentos e oitenta e dois, exarada a folhas sessenta e duas verso e seguintes, do Livro de Notas Trezentos e Oitenta e Dois - A, do extinto Cartório Notarial de Abrantes, a António Ferreira carraça e mulher Adélia Lopes Correia Carraça, casados no regime da comunhão geral, residentes em Pego, Abrantes, prédio esse a desanexar do descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número TRÊS MIL TREZENTOS E VINTE E NOVE/Pego (anteriormente descrição 16559 do livro número 42) , que está inscrito, em comum, a favor de Manuel Ferreira Carraça e de Francisco Ferreira Carraça. Os vendedores António Ferreira Carraça e mulher Adélia Lopes Correia Carraça, adquiriram o prédio aos titulares inscritos Manuel Ferreira Carraça e Francisco Ferreira Carraça, em data anterior a vinte e um de Maio de mil novecentos e oitenta e dois, por negócio que desconhecem, sem nunca se ter outorgado a respectiva escritura. Os justificantes não possuem qualquer documento formal que lhes permita provar a transmissão do prédio atrás identificado para os referidos António Ferreira Carraço e mulher Adélia Lopes Correia Carraço. Que o prédio encontra-se actualmente inscrito na matriz em nome dele justificante marido. Que, desde vinte e um de Maio de mil novecentos e oitenta e dois, há mais de trinta anos, os justificantes vêm exercendo continuamente a posse do prédio, à vista e com o conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades do mesmo, amanhando-o, cultivando-o, apanhando a fruta, limpando o mato, cortando a madeira, suportando e pagando as respectivas contribuições e impostos, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e paga respectivos impostos, verificando-se assim todos os requisitos legais para que a aquisição do citado imóvel seja por usucapião, título este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais, o que invocam para efeitos de reatamento do trato sucessivo no registo predial. Está conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, vinte de Maio de dois mil e dezasseis. A Notária

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho

ORTOPEDIA Dr. Matos Melo

OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi

CIRURGIA Dr. Francisco Rufino

PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada

CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa

PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra

DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira

PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma

MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira

UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia

NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro

NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes

SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João

NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

A família de Vicente Aires Gaspar agradece a todos aqueles que partilharam a sua dor e manifestaram o seu pesar. O nosso muito obrigado a todas as pessoas que, generosamente, participaram na missa de corpo presente.

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Maria Alexandrina Alpalhão 2/06/1942 - 8/05/2016

AGRADECIMENTO A Família de Maria Alexandrina Alpalhão agradece a todos os amigos, a todos os que partilharam a sua dor e a todos os que, de alguma forma manifestaram o seu pesar. O nosso muito Obrigado a todas as pessoas que, generosamente, participaram na missa de corpo presente. A todos Muito Obrigado.

CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária EXTRACTO

Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq.- 2200-235 ABRANTES Telef. 241 371 715 - 932 904 773 Fax 241 371 715 - geral@abranfir.pt

Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, 248, na cidade de Abrantes CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por escritura, lavrada no dia quatro de Maio de dois mil e dezasseis, a folhas vinte e uma, do Livro de escrituras diversas número Quarenta e Sete - G, Manuel Luís Matias e mulher Maria da Conceição Mesquita Guedes Matias, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele de Beira Grande, Carrazeda de Ansiães, ela, de Vila da Marmeleira, Rio Maior, residentes na Rua Papa João XXIII, número 41, primeiro esquerdo, Tapadão, em Alferrarede, Abrantes, NIFs 179 569570 e 159732 603, declaram que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores de um prédio rústico, composto de cultura arvense arenitos, figueiras e oliveiras, denominado “Canenhos”, sito na freguesia das Mouriscas, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 9, secção AS, com o valor patrimonial IMT de 118,67€, descrito naquela freguesia de Mouriscas na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número dois mil e cinquenta e nove, e, aí registado pela apresentação número dois, de catorze de Fevereiro de mil novecentos e noventa e quatro, na fracção de um / terço, a favor de Cremilda Lopes Ferro, viúva, residente em Mouriscas; pela apresentação número três, de catorze de Dezembro de mil novecentos e noventa e quatro, também na fracção de um / terço, em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor de Maria Lopes Ferro Damas Vicente, viúva, residente em Abrantes, de Isabel Maria Ferro Damas Vicente, solteira, maior, residente em Abrantes, e, de João Manuel Ferro Damas Vicente, casado com Maria Fernanda Alberto Rodrigues Damas Vicente, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente em Abrantes, e, por fim pela apresentação número quatro, de catorze de Dezembro de mil novecentos e noventa e quatro, também na fracção de um / terço, em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor de lido Cordeiro Valente, viúvo, residente em Abrantes, e, de Maria Manuela Lopes Ferro Valente Dionísio Borges, casada com Manuel Joaquim Dionísio Borges sob o regime da comunhão de adquiridos, residente em Lisboa; o certo porém é que não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre o referido prédio, o qual veio à sua posse, em data que não podem precisar, mas sensivelmente no ano de mil novecentos e noventa e seis, por compra e venda verbal aqueles titulares inscritos; não obstante isso, vem o prédio a ser por eles possuído há mais de vinte anos, dele retirando todas as suas utilidades, limpando-o, desbastando-o, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram-no por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o oriqinal. Abrantes. quatro de Maio de dois mil e dezasseis. A Notária, Joana de Faria Maia

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