MARÇO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5517 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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de
jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha
Passos Coelho desafia Mitsubishi Fuso a criar “pontes”
Pérsio Basso
Hugo Esteves
Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE) de Tramagal anunciou a expansão do seu mercado comercial e o início das exportações do modelo Canter para a Turquia e para Marrocos. Maria do Céu Albuquerque apela a um novo olhar sobre as acessibilidades do concelho. Pág 4
Rios invadem sem pedir licença Pág 16
JUSTIÇA
GASTRONOMIA
SAÚDE
Novo Mapa Judiciário foi aprovado
Sabores típicos à mesa
Farmácia gera polémica
Presidentes das 13 Câmaras do Médio Tejo (CIMT) aprovaram por unanimidade a instauração de uma ação popular contra o novo mapa judiciário. Autarcas lamentam o fecho dos tribunais locais. Pág 8
Câmaras Municipais da região apostam na gastronomia típica. Sardoal apostou no fumeiro, Mação investe na lampreia e Vila Nova da Barquinha junta a lampreia ao sável. Págs 12 e 13
População de Bemposta pode ficar sem a sua única farmácia. Providência cautelar avança para travar transferência da farmácia Torres para a freguesia urbana de Alferrarede. Pág 7
Tramagal - Portugal
2 ABERTURA FOTO DO MÊS
NOTA DA DIREÇÃO
de
jornal abrantes
MARÇO 2014
Nota da Direção relativa ao pedido de retificação de citações apresentado pela Sra. Deputada da Assembleia Municipal Margarida Togtema
FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt
Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt
Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado
Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Secretariado Isabel Colaço
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Design gráfico
Em Abrantes, um verdadeiro perigo para um veículo que tenho o azar de o pisar! Enquanto o problema não é reparado, o local poderia pelo menos estar sinalizado…
INQUÉRITO
António Vieira
Impressão Grafedisport, S.A.
Qual a importância das feiras nos dias de hoje?
Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes
GERÊNCIA
Maria Maia
Ana Simão
António Dias
Doméstica, 67 Anos, Mação
Doméstica, 54 Anos, Bemposta
Comerciante, 59 anos, Guimarães
As feiras são uma distração para as pessoas puderem vir passar aqui um bocado, para saírem de casa, para comprarem e para fazerem compras.
Eu acho que é bom haver estas feiras, encontramos coisas mais económicas. Agora com a crise talvez agora não seja muito bom, mas sempre existiram feirantes e toda a minha vida eu conheci as feiras e os feirantes.
As feiras são a minha vida. Como é a primeira feira do ano, é a partir daqui que se começa e, depois, seguimos para outras feiras. A feira (S. Matias) não está mal localizada. As pessoas vão comprando, principalmente ao domingo à tarde.
SUGESTÕES
Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis. Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt
Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.
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Sérgio Robalo
IDADE? 38 Anos RESIDÊNCIA? Alferrarede - Abrantes PROFISSÃO? Gerente da Empresa Robalo & Filho, Lda UMA POVOAÇÃO? Aveiro UM CAFÉ? Não bebo, mas acompanho. PRATO PREFERIDO? Arroz de Marisco UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Serra do Gerês UM DISCO? U2 (360º At The Rose Bowl) UM FILME? Velocidade Furiosa 1 UMA VIAGEM?
Praia do Forte (Brasil) UMA FIGURA DA HISTÓRIA? D. Afonso Herinques, uma das figuras importantes da história de Portugal UM MOMENTO MARCANTE? Dia da Licenciatura UM PROVÉRBIO? Viver não custa, o que custa é saber viver UM SONHO? Fazer uma prova como piloto no WRC UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Desfrutar durante o dia na Albufeira Castelo Bode e, no final do dia, jantar num dos restaurantes excelentes que temos na região.
A propósito da notícia intitulada “Reforma do Mapa Judiciário - Assembleia Municipal constitui comissão de acompanhamento e Câmara Municipal aprova parecer”, publicada na edição passada, na página 6, recebemos uma mensagem de Margarida Togtema, deputada do PSD, solicitando a retificação das citações a ela atribuídas. Efetivamente, embora as ideias subjacentes sejam as mesmas, as duas citações atribuídas, no Jornal de Abrantes, a Margarida Togtema não correspondem exatamente às palavras que usou no seu discurso e, por isso, apresentamos as nossas desculpas à visada e aos leitores. O Jornal de Abrantes resumiu as ideias da senhora deputada, da seguinte forma: Margarida Togtema, deputada do PSD, criticou o Governo socialista de José Sócrates que “iniciou o processo de reforma judicial”, referindo que esta é “uma proposta não adequada e justa e que se centra apenas em Santarém e Tomar”. Para respeitar integralmente a ideia da deputada do PSD, deveríamos ter escrito que, na opinião da deputada, o Governo de José Sócrates iniciou “um processo com vista à reorganização judiciária que, por falta de vontade, por falta de coragem política ou por qualquer outra razão, acabou por não ir além de mera declaração de intenções”. Relativamente à segunda citação, a frase que consta do discurso da senhora deputada Margarida Togtema é a seguinte: “Em nome da coesão territorial do distrito não nos parece aceitável e equilibrada a polarização em torno de Santarém e Tomar, dada a distância a que ambas as cidades ficam desta zona do distrito.” Margarida Togtema gostaria ainda que os meios de comunicação social tivessem referido que, na Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Abrantes (a que dizia respeito a notícia), “a bancada do PSD foi a única bancada a apresentar uma posição concreta e devidamente fundamentada sobre a questão em análise (o novo mapa judiciário)”. Ora, jornalisticamente, esta referência não tem interesse público, na medida em que o documento foi retirado antes de ser votado, não tendo, pois, qualquer consequência prática para os munícipes. A informação relevante foi a que o Jornal de Abrantes escreveu, dando conta da criação de uma comissão de acompanhamento constituída pelo presidente da Assembleia e um membro de cada partido/grupo com representação no órgão.
ENTREVISTA 3
MARÇO 2014
JORGE ROSA, O LÍDER DA MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE
JOANA MARGARIDA CARVALHO E MÁRIO RUI FONSECA
Jorge Rosa, engenheiro, é o presidente do conselho executivo da Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE) com fábrica no Tramagal. Esta é uma empresa que assinalou 50 anos de inauguração da Secção Berliet e do caminho percorrido até aos dias de hoje, da Mitsubishi Motors à Mitsubishi Fuso (ver página seguinte). No lugar antes ocupado por Duarte Ferreira senta-se agora Jorge Rosa um líder com uma visão privilegiada sobre o passado da empresa e um papel determinante no seu futuro. Entrou para a empresa pela mãos dos Duarte Ferreira em 1980. Assistiu de forma privilegiada, por assim dizer, ao evoluir da empresa desde então. Como tem resistido a Mitsubishi a estes tempos conturbados? Há uma grande cumplicidade entre a empresa e os seus trabalhadores e vice-versa. Nestes momentos, perceber que os problemas têm de ser ultrapassados por todos é algo que tem sido conseguido. Não há cartas na manga, a transparência é a palavra de ordem. Temos vindo a superar estes tempos, através de acordos de bancos de horas, algumas paragens, etc… Já tivemos momentos mais complicados, como no ano de 2009, altura em que houve reduções salariais. Mas, desde então, temos vindo a encontrar soluções ano após ano, apostando muito na qualificação do pessoal. Temos, obviamente, um grupo empresarial por trás de nós que nos tem apoiado nos momentos mais difíceis. Jorge Rosa está há 34 anos na
Mitsubishi no Tramagal…Nunca se sentiu tentado a experimentar novos desafios? Qual é o grande desafio que a MFTE representa para si? Mentiria se dissesse que não pensei nisso, até porque fui desafiado a tal, contudo, nos momentos em que essas propostas surgiam, estava sempre com projetos entre mãos e, logo, nunca se concretizaram. A partir de uma certa altura, a empresa tornou-se um projeto de vida. Dificilmente pensei em abandoná-la. Assume, portanto, a paternidade da ideia de celebrar o 50º aniversário da inauguração da linha de montagem da Berliet no Tramagal, a que a Câmara Municipal de Abrantes se associou prontamente? Sim, desde há seis meses que, na preparação destas celebrações, sempre considerei que as mesmas tinham duas dimensões: uma dimensão interna do grupo Daimler, portanto uma celebração interna; e uma dimensão concelhia, para que a comunidade pudesse ter uma leitura e uma visão destes 50 anos, do impacto dos mesmos. Para si, qual foi a importância de assinalar de 50 anos de produção automóvel em Tramagal? Para mim foi muito importante, foi celebrar o local onde me iniciei enquanto profissional e ascendi até à sua liderança. Dois terços da existência da vida empresa foram vividos comigo, eu estive lá! Foi um momento alto da minha vida profissional, sem dúvida. Foi uma cerimónia muito bonita e com impacto interno, pois conseguimos alguma notoriedade: atraímos até nós o topo do grupo Daimler, o que não foi tarefa
fácil! O objetivo foi conseguido, também devido à visibilidade que as celebrações obtiveram junto dos media e da comunidade civil. E para além da visibilidade, chegaram boas notícias para empresa… Sim. Trazer a Portugal os dois gestores da Daimler é comprometê-los também, fazê-los solidários com o projeto e, efetivamente, acabaram por trazer boas notícias. E a entrega de um veículo Canter ao Centro de Recuperação Infantil de Abrantes (CRIA)? A Daimler e a Mitsubishi Fuso têm um código de conduta de ética e de responsabilidade social muito claros nesse sentido. Pelo mundo fora temos dado a conhecer o nosso cunho humanista, e a entrega do veículo foi só mais um exemplo. Nas cerimónias, Passos Coelho desafiou a Mitsubishi a criar “pontes” com outros mercados, da África à Ásia e à América…Esperava que o governante tivesse falado de outras pontes, nomeadamente sobre o Tejo? É um investimento muito importante, as acessibilidades são fundamentais para nós, até porque é muito difícil explicar a quem nos visita como surge uma fábrica ali, pois aos olhos de qualquer empresário da indústria não se entende por que é que estamos naquele espaço. Claro que há uma grande história, um passado, que não descarta a importância que damos às acessibilidades. No dia das celebrações a questão da ponte foi levantada e é um assunto que espero que continue na ordem do dia.
Mário Rui Fonseca
“Não há cartas na manga, a transparência é a palavra de ordem” Jorge Rosa defende que “hoje os horizontes são para lá da •Europa”
Outras acessibilidades…Temos o rio, ao lado da fábrica, mas não é navegável…e temos a linha ferroviária, também colada à Mitsubishi, que também nunca foi utilizada. Não foi equacionada esta questão? Foi equacionada várias vezes, vários Governos tentaram e sinalizaram alguns grupos de trabalho nesse sentido mas, por alguns motivos, nunca nenhum destes grupos chegou a uma conclusão significativa. Para o nosso tipo de trabalho era necessário a criação de algumas infra estruturas pesadas e a nossa empresa, apenas, não tinha dimensão que justificasse esse investimento. O transporte hoje é processado por camiões, entram e saem cerca de 50 veículos por dia. Do Japão chegamnos as mercadorias através de navios, comboios e camiões. Num relatório do ano passado, refere-se que estão a produzir cerca de um terço dos camiões, em relação a 2008. Mantêm-se esses valores? O ano de 2013 ainda foi um ano de volume baixo, com cerca de 4 mil viaturas. Em 2014, a tendência é a mesma com a diferença que no final do ano se possa sentir um acréscimo, já com expressão significativa em 2015, devido a Marrocos e à Turquia, os novos mercados. Hoje os horizontes são para lá da Europa, é o quebrar do paradigma é o abrir de por-
tas para outras áreas, estes mercados são muito importantes. Desde 2011 que a empresa tem investido na fábrica da Mitsubishi, falamos de cerca de 27 milhões de euros, dos quais 5,5 milhões serão para investir este ano, parte dele na componente tecnológica de uma versão mais amiga do ambiente. O que é que isto significa? Uma boa parte desse investimento está relacionada com o veículo elétrico. Estamos a desenvolver 10 canters elétricas, oito para clientes muito particulares e especiais que vão testar durante um ano estas novas viaturas. Será uma avaliação determinante para a passagem de uma produção em massa. Somos o centro de competência para este produto e uma das vertentes importantes é que tem havido transferência de tecnologia. Trata-se de um conjunto de profissionais com formação e que agora estão connosco, é um projeto de facto muito interessante, onde há uma transferência do conhecimento japonês e essa é uma das mais-valias do projeto. Olhando para o futuro, consegue imaginar o que será esta fábrica daqui a 50 anos? Fazendo pura futurologia…eu acho que vai continuar a ser uma fábrica de camiões, pelo menos não a imagino de outra forma.
Centro de Apoios, Psicologia e Terapias de Abrantes NOVIDADE Neuropediatria – Dr. Nuno Lobo Antunes | Psiquiatria – Drª Margarida Duarte Urbanização Qt.ª dos Telheiros . Rua Prof. Raimundo Mota, n.º 67 B . ABRANTES 241 377 462 . 968 580 164 . capta.abrantes@hotmail.com
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4 ECONOMIA
MARÇO 2014
Mitsubishi do Tramagal vai iniciar exportações para Turquia e Marrocos A administração da atual fábrica da Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE) de Tramagal, Abrantes, anunciou a expansão do seu mercado comercial e o início das exportações do modelo Canter para a Turquia e para Marrocos
A entrada da MFTE em Marrocos, onde detém uma quota de mercado na ordem dos 50% de veículos ligeiros e pesados de mercadorias, vai implicar um “aumento significativo” da produção na fábrica do Tramagal, a única na Europa a produzir os modelos Canter. “A produção vai, naturalmente, aumentar. Não necessariamente para o dobro, mas os resultados finais só poderemos aferir com mais precisão no início de 2015”, disse aos jornalistas o presidente do Conselho de Administração (CA) da MFTE, Jorge Rosa. A MFTE, atualmente com 313 funcionários, produziu em 2013 cerca de 4 mil viaturas do modelo Canter e registou um volume de faturação de 100 milhões de euros o ano passado, sendo hoje considerada como a “espinha dorsal” da Daimler e da Mitsubishi para a Europa, África e América.
Na celebração dos 50 anos da fábrica do Tramagal, autarca de Abrantes chamou a atenção do primeiro •ministro para a necessidade de uma nova ponte sobre o Tejo
A modernização da empresa, com capitais alemães, japoneses e portugueses, e o aumento da produção, fazem parte de um plano de investimento iniciado em 2011, de vinte e sete milhões de euros, que se prolongará até ao final de 2014. Deste montante, cerca de 5,5 milhões de euros serão aplicados este ano na aquisição de novo equipamento e no desenvolvimento de um
novo veículo elétrico – a Fuso Canter E-Cell, sendo Portugal o país que vai ter a rodar 10 protótipos em teste. “Os carros ambientalmente integrados são o futuro da empresa, destinados a mercados de grandes aglomerados urbanos, e é um privilégio para nós que estes protótipos sejam testados a nível mundial, no nosso país”, sublinhou Rosa. A empresa instalada em
Portugal, que assinalou os 50 anos de produção automóvel em fevereiro e durante os quais produziu mais de 200.000 veículos, dos quais 95% para exportação, produz atualmente o modelo Canter para 33 países europeus e ainda para Israel. Wolfgang Bernhard, membro do conselho de administração da Daimler Trucks, acionista maioritária da empresa MFTE, esteve presente
em Portugal por ocasião dos 50 anos de produção automóvel na fábrica do Tramagal, tendo referido aos jornalistas que os “mercados chave” em termos de vendas são os da Alemanha, Reino Unido e França. “Enquanto os mercados da Europa do Sul passavam por um instável desenvolvimento económico durante os últimos anos, as vendas dos comerciais da Fuso na
Europa subiram no ano passado para cerca de 4.500 unidades”, frisou. “A disponibilização de um novo Fuso Canter, com peso bruto de 8,55 toneladas, deverá conduzir a marca a um aumento na Europa ainda maior este ano”, antecipou Bernhard, tendo apontado a fábrica no Tramagal como a “espinha dorsal” do projeto da empresa que reúne capitais alemães, japoneses e portugueses. “Os investimentos demonstram também que estamos muito orgulhosos do modelo de sucesso Fuso Canter – principalmente porque reforça a liderança tecnológica da Daimler Trucks na vertente das mobilidades alternativas”, vincou. A presidente da CM Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, aproveitou a presença de Pedro Passos Coelho no Tramagal para solicitar um novo olhar para a necessidade da construção de uma nova ligação à A23, nomeadamente com a construção de uma ponte sobre o Tejo. O primeiro ministro ouviu, atento, a abordagem da autarca, a quem assegurou ir estudar a situação. Mário Rui Fonseca
Câmara de Abrantes reclama inclusão do IC9 e nova ponte sobre o Tejo A Câmara Municipal de Abrantes reclama pela inclusão do Itinerário Complementar 9 (IC9) e de uma nova ponte sobre o Tejo no documento de infraestruturas de elevado valor acrescentado, considerando este investimento fundamental para a região
A presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque (PS) reclamou novamente pela inclusão da conclusão do troço do IC9 - Abrantes – Ponte de Sor -, e por uma nova travessia sobre o rio
jornaldeabrantes
Tejo”, manifestando “estranheza” pelo facto de não estarem inscritas no relatório final de infraestruturas de elevado valor acrescentado da Estradas de Portugal (EP), conhecido no final de janeiro. Maria do Céu Albuquerque afirma “lamentar que este investimento “fundamental para a região seja agora retirado das prioridades nacionais”. O projeto do IC9, de ligação Abrantes a Ponte de Sor e que previa a construção de uma nova travessia sobre o Tejo, foi suspenso em 2010
devido à crise económica e financeira, embora se mantivesse no PNR - Plano Rodoviário Nacional, mantendo a categoria de interesse nacional. Maria do Céu Albuquerque lembrou, em comunicado, que a Câmara de Abrantes expressou junto dos dois últimos Governos a preocupação da autarquia e da empresa Mitsubishi relativamente às consequências desta suspensão, particularmente na incidência no desenvolvimento de projetos empresariais que esta empresa exportadora,
localizada no polo industrial do Tramagal, está a levar a efeito, envolvendo um grande investimento na área da indústria automóvel. “Os constrangimentos que existem hoje ao nível das acessibilidades dificultam a manutenção dos investimentos económicos na região”, vincou a autarca de Abrantes, que sublinha de forma “veemente” a importância deste eixo estruturante para o desenvolvimento do concelho a que preside, mas também de outros projetos empresariais nos concelhos vizinhos,
como Constância (empresa Caima) e Ponte de Sor, mas também para o reforço da ligação ao concelho da Chamusca e a possibilidade de servir melhor a ligação à região da Lezíria. “Atendendo à situação financeira do país, o município de Abrantes renova a sugestão que tem vindo a apresentar às instâncias decisórias para que em alternativa à suspensão da construção do IC9, seja feita uma intervenção faseada, dando prioridade à construção de uma nova travessia sobre o Tejo, que ligue
a A23 à margem sul e, numa segunda fase, a construção do Itinerário”, propõe Céu Albuquerque. A autarca fez ainda notar que a Assembleia Municipal de Abrantes aprovou por unanimidade uma Moção que reclama ao grupo de trabalho que elaborou o relatório final de infraestruturas de elevado valor acrescentado “a inclusão, com caráter de urgência, desta via fundamental para servir a região”. Joana Margarida Carvalho
ECONOMIA 5
MARÇO 2014
A Associação Empresarial de Santarém – NERSANT – está a auscultar as empresas do distrito para definir estratégia de inovação e competitividade para a Região de Santarém. A primeira sessão de trabalho decorreu em Mação, reunindo as impressões dos empresários locais. Com o objetivo de reunir contributos para delinear o seu plano estratégico de inovação e competitividade para a região de Santarém 20142020, a NERSANT esteve na Câmara Municipal de Mação, no dia 18 de fevereiro, onde, juntamente com o presidente da Câmara local, Vasco Estrela, recebeu um conjunto de empresários da região. Na sessão de abertura, Maria Salomé Rafael, presidente da direção da NERSANT, recebeu os empresários, explicando o intuito da reunião: “Pretendemos ouvir os empresários, as suas opiniões e sugestões em prol de um maior crescimento da econo-
mia regional.” Sendo Mação o concelho mais interior do distrito de Santarém, a problemática da interioridade foi largamente discutida pelos empresários presentes na sessão. Embora reconheçam que o concelho tem vias de comunicação de qualidade, admitem também que a principal fonte de escoamento dos seus produtos, a A23, é cara, o que acaba por dificultar o negócio. “O país continua a funcionar a dois caminhos”, afirmaram os empresários, referindo-se ainda à fraca resposta da banca, especialmente no interior, e aos custos de exploração (energia), que continuam a ser mais elevados no interior do que no litoral. Desta forma, acreditam os empresários presentes na sessão, o interior vai continuar a perder gente, o consumo será cada vez menor, o que mina as hipóteses de investimento no concelho. O setor primário, conside-
Mário Rui Fonseca
Interioridade prejudica empresas de Mação
• NERSANT inicia conjunto de reuniões para ouvir empresários rado pelos presentes como o futuro do concelho e do país, foi abordado na sessão de trabalho. De acordo com os empresários, é necessário que haja uma desburocratização e simplificação da legislação deste setor, tão tradicional: “Não faz sentido que micro ou pequenas empresas tenham que responder aos mesmos regulamentos,
às mesmas análises e testes, que as grandes indústrias.” As empresas presentes afirmaram ainda haver uma necessidade de matéria-prima. No caso da olivicultura, por exemplo, existem centenas de hectares de terrenos particulares onde a azeitona não é apanhada, quando muitas vezes os lagares têm dificuldade em conseguir a mesma.
Foi deixada uma sugestão que passa pela criação de uma associação para evitar o desperdício da azeitona. Outros entenderam que os projetos de agricultura devem ter maior financiamento neste concelho do que noutros do Ribatejo, devido à interioridade deste território. Outras questões surgiram ainda durante o decorrer da
sessão, como a necessidade de criação de sinergias entre as instituições da região. Em relação aos comentários ouvidos, Vasco Estrela, o presidente da Câmara Municipal de Mação deixou algumas palavras aos empresários da região: “Tardiamente começamos a olhar para a interioridade de outro modo. O país está a ficar demasiado inclinado para o litoral, o que traz problemas estruturais aos territórios. Penso que finalmente acordamos esta é a ocasião para resolver estas questões. Por isso, devemos olhar para os territórios e diferenciá-los, por forma a neles se fixarem pessoas”. Em março, a NERSANT vai ouvir as empresas no Sardoal, Abrantes, Golegã, Chamusca, Alcanena e Ourém. No mês de abril, vai ainda realizar estas sessões em Rio Maior, Cartaxo, Ferreira do Zêzere, Entroncamento, Coruche, Santarém e Torres Novas.
BARQUINHA 2020
Câmara implementa plano para atrair investimento O município de Vila Nova da Barquinha está a implantar um plano estratégico de desenvolvimento económico. Chama-se Barquinha 2020 e tem como objetivo criar medidas de atracão ao investimento e apostar no desenvolvimento económico do concelho. Uma nova estratégia com vista ao aproveitamento dos fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio (2014-2020), direcionado para as empresas, estando previsto a concretização de um espaço físico dedicado ao empreendedorismo e investimento concelhio que vai funcionar nas instalações do edifício dos paços do concelho, para atendimento personalizado a empresários e investidores. “O objetivo é estabelecer o contacto direto com os empresários que estão insta-
lados ou que queiram vir a desenvolver negócio, dando a conhecer os empresários, o panorama económico do concelho, mostrando as suas potencialidades e oportunidades existentes”, explicou Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal.
Plano estratégico prevê uma via Verde ao investimento Esta medida de promoção do empreendedorismo tem como novidade a criação da “Via Verde ao Investimento”, um ferramenta que dará prioridade aos processos relacionados com o desenvolvimento económico, acelerando a sua análise e licenciamento por parte da Câmara Municipal. O plano de desenvolvimento económico pretende ser uma autêntica plata-
forma de emprego municipal, onde os empresários e os desempregados inserem os seus dados, e divulgamnos, e ainda podem procurar a oferta existente, fomentando a empregabilidade no concelho. O “Barquinha 2020” tem uma vertente educativa onde serão promovidas visitas de alunos das escolas a empresas, estágios e sessões de empreendedorismo junto das crianças em âmbito escolar, estando ainda previsto o desenvolvimento do projeto “Viveiro de empresas”. “Trata-se de uma estrutura que ainda estamos a preparar, um viveiro destinado a pequenos empresários, jovens empreendedores que se queiram lançar no mercado com projetos inovadores”, notou Fernando Freire. JMC
jornaldeabrantes
6 SAÚDE
MARÇO 2014
ARS-LVT “nada tem a opor” a incentivos financeiros para médicos se fixarem em Abrantes A Presidente da Câmara Municipal de Abrantes disse em reunião de executivo que a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) informou que “não tem nada a opor” aos incentivos financeiros que a autarquia quer dar a médicos para estes se fixarem em Abrantes. A posição da ARS-LVT mudou radicalmente no espaço de poucas semanas, se recordarmos que a mesma Administração Regional de Saúde havia informado a autarquia, segundo relatou a presidente da Câmara à Antena Livre no passado dia 31 de janeiro, que a ARS não havia aprovado intenção da autarquia para não criar situações de “desigualdade” entre municípios. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) considerou então que o incentivo de 9
• Precisamos de profissionais de saúde que queiram integrar esta equipa no âmbito da Unidade de Saúde Familiar mil euros anuais criado pela Câmara de Abrantes para a instalação de médicos na futura Unidade de Saúde Familiar (USF) era um “fator de promoção de desigualdade entre municípios”, uma leitura assente na disponibilidade financeira que Abrantes demonstrou ter e que poderia
diferir em outros municípios. Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, não concordou com o chumbo aos incentivos à contratação de médicos e protestou, tendo lembrado que mais de 60% dos utentes do ACES do Médio Tejo não tem médico de família. “Não faz sentido”,
Falta de médicos é dor de cabeça para Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo Os profissionais da saúde na região do Médio Tejo apontam a falta de médicos na região como sendo o principal problema na gestão de cuidados de proximidade, tendo identificado milhares de utentes ‘a descoberto’ nos cuidados de saúde primários.
“A falta de profissionais de saúde, nomeadamente médicos de família, tem deixado a descoberto milhares de utentes na região do Médio Tejo. Dos cerca de 230 mil utentes registados no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) 18% estão sem médicos de família, em média, sendo que, no concelho de Abrantes, o número atual é de 40%”, disse ao JA a presidente do Conselho da Comunidade do ACES, Maria do Céu Albuquerque. “São quase 35 mil pessoas sem acesso a cuidados médicos de proximidade, em termos de extensões de saúde, e as previsões não são boas,
jornaldeabrantes
tendo em conta que não existem respostas imediatas para o problema nem há médicos de família disponíveis”, disse Céu Albuquerque, que também preside ao município de Abrantes. “Temos de esperar que novos profissionais concluam os respetivos processos de formação, o que não deverá acontecer antes do final do ano 2015, e hoje o que debatemos, entre outros assuntos, foi o procurar de alternativas para atenuar os atuais problemas e perspetivar, de forma articulada, o futuro dos cuidados primários neste ACES”, referiu. Na sessão de trabalho que envolveu todos os responsáveis, foi feito um ponto de situação dos cuidados primários de saúde no Médio Tejo, foi apresentado o perfil de saúde na região e as perspetivas futuras, e foi ainda aprovado um plano conjunto de trabalho com o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), a par de várias outras propos-
tas de ação. “Assumindo a dificuldade em atrair médicos para a região, aprovámos um protocolo com o CHMT que visa a articulação dos cuidados de saúde primários com os cuidados hospitalares, e que consiste na ida dos profissionais do hospital aos centros de saúde prestar consultas”, precisou a presidente da autarquia abrantina. Aquela responsável sublinhou ainda a importância de se criar uma “carta de saúde” a todo o Médio Tejo, por forma a colmatar a falta de planificação na distribuição dos equipamentos de saúde na região. Por outro lado, observou, tendo em conta os índices e causas de mortalidade no ACES do Médio Tejo, foi aprovado um plano de ação preventiva para as áreas oncológicas, obesidade e sistema circulatório, entre outras.
vincou, na ocasião. No dia 25 de fevereiro, a autarca informou os vereadores e os jornalistas presentes na reunião de executivo que a ARS-LVT “concorda com a proposta de incentivos” para a fixação de médicos. “Sem mais explicações, simplesmente informaram
nada ter a opor”, notou. “A notícia é uma boa ajuda”, vincou Céu Albuquerque, tendo observado que assim que o protocolo esteja assinado a autarquia estará em condições de concretizar esta USF em Abrantes. “A obra física já está adjudicada, está agora no Tribunal de Contas,
mas precisamos de profissionais de saúde que queiram integrar esta equipa no âmbito da Unidade de Saúde Familiar”, lembrou. Com um total de 235.621 utentes, o ACES Médio Tejo tem por missão garantir a prestação de cuidados de saúde à população de 11 concelhos: Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Tomar, Torres Novas, Sardoal e Vila Nova da Barquinha, numa área territorial de 2.706 Km2. O ACES Médio Tejo tem em funcionamento sete Unidades de Saúde Familiar (USF), 11 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e seis Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC). Tem também uma Unidade de Saúde Pública (USP) e uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP). Mário Rui Fonseca
Centro Hospitalar do Médio Tejo quer inverter redução do número de partos em maternidade A redução sistemática do número de partos na maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), instalada em Abrantes, está a preocupar a administração do CHMT que anunciou a introdução de medidas que visam inverter a situação
“Vamos começar por aproximar os cuidados médicos da população, através de um protocolo piloto com o Centro de Saúde de Ourém, e em que os nossos pediatras e obstetras vão fazer consultoria aos utentes daquele município, que é muito populoso e composto por muita gente jovem”, disse ao JA o presidente do Conselho de Administração (CA) do CHMT, Joaquim Esperancinha. “As parturientes seguem, tendencialmente, os médicos que as acompanham na gravidez, seja para a maternidade pública ou na privada, e o município de Ourém, que é parte integrante do CHMT, é um des-
ses exemplos, até pela capacidade de atração que Leiria exerce pela proximidade territorial. Vamos tentar inverter a atual situação, que não é um exclusivo do Médio Tejo, antes um problema nacional”, vincou o gestor. Os números apresentados por Esperancinha relativamente aos últimos cinco anos indicam que, desde 2008, com cerca de 1200 partos, o número de parturientes a utilizar a maternidade do CHMT caiu quase 40%, para valores que, em 2011 eram de 985 partos, em 2012 de 967 partos, e, em 2013, apenas de 784 partos. “Este protocolo dá-nos esperanças de poder inverter os resultados”, disse aquele responsável, tendo anunciado a intenção de replicar o projeto aos restantes centros de saúde dos municípios do Médio Tejo, começando por Abrantes, onde está a maternidade, e onde cerca de 40% da população
não tem médico de família. “Temos de ir devagar, vamos vendo como decorre esta experiência, até porque só temos oito obstetras e não conseguimos chegar a todo o lado. Temos vagas, abrimos concursos para reforçar os quadros médicos, mas não há candidatos a concorrer”, criticou, tendo referido que “1200 partos era o número ideal a alcançar a médio prazo”. A presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque, que também preside à Câmara Municipal de Abrantes, disse, por sua vez, que a atual realidade “é preocupante”, tendo defendido a introdução de “medidas que confiram novas dinâmicas e novos fatores de atratividade”. Entre outras iniciativas, a autarca defendeu a introdução de consultas de obstetrícia “em todos os centros de saúde” do Médio Tejo.
SAÚDE 7
MARÇO 2014
A anunciada transferência da farmácia Torres, sediada na freguesia de Bemposta, para a freguesia urbana de Alferrarede, tem sido um processo que tem suscitado alguma controvérsia e polémica junto dos partidos políticos em Abrantes. No início do processo, o executivo camarário foi convidado pelo Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, a pronunciar-se, de acordo com a legislação em vigor, sobre o pedido de transferência da farmácia para Alferrarede. No passado dia 27 de dezembro, a CM de Abrantes deu um parecer positivo à transferência, com os votos a favor dos eleitos pelo PS, o voto contra da vereadora Ricardina Lourenço (CDU) e a abstenção da vereadora Elza Vitório (PSD). Segundo Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abran-
ABRANTES
tes, o último parecer aprovado implicava três situações distintas: “Foi dado um parecer favorável no que diz respeito à compatibilidade do novo local pretendido, pois o mesmo estava de acordo com os instrumentos de planeamento urbanísticos vigentes mas, por sua vez, o mesmo parecer demonstrava uma posição contra à transferência, pois não estavam evidenciadas as medidas que iriam salvaguardar a acessibilidade das populações aos medicamentos e, por sua vez, a melhoria dos serviços farmacêuticos. Ainda nos foi solicitado um parecer relativo à questão da viabilidade económica da farmácia e, neste ponto, a Câmara entendeu que não se devia de pronunciar, pois considerámos que não era da nossa competência estarmos a emitir um parecer sobre a viabilidade económica de determinada empresa”. Durante o processo, a po-
Joana Margarida Carvalho
População de Bemposta pode ficar sem farmácia
•
Providência cautelar avança para travar transferência da farmácia Torres
pulação da freguesia da Bemposta não tem visto com bons olhos o pedido de transferência da Farmácia Torres, da Bemposta, para Alferrarede, e, assim, elaborou uma petição com cerca de 600 assinaturas contra a mudança. Já em Assembleia de Fre-
guesia tinha sido aprovada uma deliberação a repudiar a transferência. Manuel Alves, presidente da Junta de Freguesia, admitiu “que a falta de cuidados de saúde começa a ser uma verdadeira preocupação na medida em que já não há um médico de família
em Bemposta, e agora estamos na iminência de perder a única farmácia e a próxima fica a cerca de 12 quilómetros de distância, em Rossio ao Sul do Tejo”. Em conferência de imprensa, Rui Santos, presidente da concelhia do PSD de Abrantes, explicou que a Câmara Municipal “apenas deveria ter emitido um parecer sobre a falta de acessibilidades das populações para se deslocarem a outras farmácias” e que não deveria referir-se “a nenhuma outra questão técnica ou administrativa”. Para Rui Santos, ficou presente “um `nim´ e o Infarmed vai ficar confuso certamente”. Por sua vez, José Amaral, advogado, e cerca de duas dezenas de cidadãos, apresentaram já, no Tribunal Administrativo de Leiria, uma providência cautelar, que tem por objetivo tentar travar a transferência da farmácia Torres para a cidade.
População contesta a possível transferência Paula Bispo, natural da freguesia referiu ao JA, que “é um serviço indispensável à freguesia, pois temos uma população muito idosa e algumas famílias com crianças pequenas. Temos populações de Água Travessa e da Foz que vêm aqui constantemente buscar medicamentos e agora como fazem? Sinto-me traída! ”. Já José Matos recordou que a farmácia na localidade já se encontra há mais de cem anos, e que “ algumas pessoas idosas não têm maneira de se deslocarem” contudo, acredita “que haja bom senso e que a farmácia se mantenha”. Por último, Bernardo Duarte disse que é uma valência que “faz muita a falta todos, e com o posto médico a funcionar, faz todo o sentido que a farmácia se mantenha”. Joana Margarida Carvalho
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8 TRIBUNAIS
MARÇO 2014
Autarcas do Médio Tejo interpõem ação popular conjunta contra mapa judiciário e dar sentido a estes territórios de baixa densidade”. No distrito de Santarém, além do encerramento dos dois tribunais (em concelhos de gestão municipal socialdemocrata), o novo mapa judiciário ditou a passagem dos tribunais de Alcanena e Golegã (municípios liderados pelo PS) a secções de proximidade e a perda significativa de valências no Tribunal de Abrantes. “Sendo inevitáveis as reformas de serviços públicos, e recordamos que muitas delas foram impostas por força do memorando da ‘troika’, temos a constatação que, infelizmente provocaram distorções nas centralidades regionais que tínhamos em equilíbrio até aqui”, indica a nota do PSD.
Reunidos em sede do Conselho Intermunicipal do Médio Tejo, e perante a aprovação do diploma que procede à regulamentação da Lei da Organização do Sistema Judiciário e estabelece o regime aplicável à organização e funcionamento dos tribunais judiciais, os autarcas deliberaram apresentar queixa ao Provedor de Justiça, considerando a “necessidade de salvaguardar o direito fundamental de acesso à justiça, um direito que consideram “claramente colocado em causa” com a presente reforma. “Decidimos, por unanimidade, instaurar uma ação popular visando a defesa dos interesses das populações, com objetivo da salvaguarda do direito fundamental de acesso à justiça. Esta decisão será subscrita pela totalidade dos 13 municípios, bem como pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo enquanto entidade institucional representativa da região”, referem, em comunicado. “Para além do repúdio do encerramento dos tribunais de Mação e Ferreira do Zêzere, a passagem do tribunal de Alcanena a mera secção de proximidade, e o desmantelamento do atual círculo judicial de Abrantes, está em causa o grave esvaziamento de competências de âmbito criminal e civil em toda a região do Médio Tejo, pondo em causa o acesso à justiça por parte das nossas populações”, vincam os autarcas daquela Região. No comunicado, pode ainda ler-se: “Para além de provocar a perca de processos do Alto Alentejo, como até agora acontecia, esta reorganização fomenta a dispersão e a não fixação de muitos técnicos na região, incentiva o desinvestimento, nomeada-
jornaldeabrantes
Mário Rui Fonseca
Os presidentes das 13 Câmaras Municipais do Médio Tejo (CIMT) aprovaram por unanimidade a instauração de uma ação popular contra o novo mapa judiciário, afirmando querer salvaguardar o direito de acesso à justiça
em causa o grave esvaziamento de competências de âmbito criminal e civil em toda a região •do “Está Médio Tejo”
mente de empresas, especialmente num dos polos estruturantes do Médio Tejo, conhecido pelas suas infraestruturas ligadas à tecnologia, logística, formação e infraestruturas empresariais”. “Por esse motivo”, acrescenta, “e como mais uma vez é posto em causa o desenvolvimento do interior do país, no presente caso da região do Médio Tejo, os autarcas do Médio Tejo apelam por justiça, na defesa dos interesses legalmente consagrados no direito à justiça igual para todos, exigindo que sejam mantidos os tribunais existentes e rejeitando liminarmente a reforma do mapa judiciário para esta região”. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo é atualmente constituída pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.
Mapa Judiciário: Distrital de Santarém do PSD afirma-se solidária com municípios que perdem tribunais A distrital de Santarém do
PSD declarou em fevereiro a sua solidariedade para com os autarcas de Ferreira do Zêzere e de Mação na “sua busca de soluções para evitar perdas de acesso à Justiça nas suas populações”. Num comunicado emitido após uma reunião da Comissão Política Distrital
Alargada, o PSD afirma que “foram muitas as tentativas”, tanto da distrital como dos deputados eleitos pelo partido, para conseguir evitar o desfecho da nova organização do mapa judiciário, que dita o encerramento dos tribunais de Ferreira do Zêzere e de Mação, “mas todas elas
sem sucesso”. A distrital social-democrata garante que estará “na linha da frente na procura de soluções para a existência de serviços de proximidade”, acreditando que o novo Quadro Comunitário de Apoio “terá forçosamente que contemplar estas novas realidades
PS de Santarém quer reapreciação de decreto-lei A distrital socialista de Santarém quer que o decreto-lei sobre o mapa judiciário seja apreciado pelo parlamento para que a reforma, que reconhece como necessária, seja “racional e territorialmente justa”. Em comunicado, a Federação Distrital do PS de Santarém considera que o diploma aprovado pelo Governo não tem em conta, no caso do distrito, a “vasta extensão territorial” nem a densidade territorial dos municípios envolvidos na reforma, “nem todos servidos de uma boa rede de estradas”, o que “acaba por impedir o acesso das populações à Justiça”. “No distrito de Santarém, além da passagem dos tri-
bunais de Alcanena e da Golegã a ‘secções de proximidade’, o novo mapa judiciário ditou o encerramento dos tribunais de Ferreira do Zêzere e de Mação e ainda a perda e esvaziamento de competências de outros. As chamadas ‘secções de proximidade’ não serão mais do que um mero recetáculo de papéis desprovido da titularidade do poder judiciário”, refere a nota. Os socialistas sublinham que “a centralização da secção civil e criminal” em Santarém, “com competência territorial para todo o distrito, determina que os cidadãos passem a estar cada vez mais arredados do acesso aos Tribunais”. A Federação lembra que o distrito de Santarém é
“um dos maiores distritos do país em área e o segundo maior em número de concelhos” e que “muitos locais estão a distâncias significativas da sede de distrito”. Como exemplos apontam Mação (a cerca de 100 quilómetros), Ferreira do Zêzere (85 quilómetros) e Samora Correia (65 quilómetros). Para os socialistas do distrito de Santarém, “a reforma que urge empreender não pode ser feita de forma cega, baseada apenas no número de processos pendentes em cada Tribunal, com total desprezo pelas populações que se encontram mais afastadas dos centros de decisão e que acabam por ser vítimas deste processo”.
Santana-Maia Leonardo, advogado e ex-vereador do PSD na Câmara de Abrantes, anunciou a cessação da sua inscrição no partido socialdemocrata A aprovação do novo mapa judiciário foi “a gota de água” para o recém-eleito presidente da delegação da Ordem dos Advogados de Abrantes, uma “pseudo reforma” que, no entender de Santana-Maia, “ espelha na perfeição a estratégia e a política deste Governo: sacrificar os pequenos e a classe / cidades médias para beneficiar os grandes”. Dando como exemplos o mapa judiciário e a agregação de freguesias, Santana-Maia acusa o Governo e o PSD de terem levado a cabo reformas “que não têm outro objetivo do que, por um lado, acelerar a desertificação do interior do país e as assimetrias regionais e, por outro, afirmar definitivamente Lisboa como a Cidade-Estado da República”. O advogado diz-se “convictamente na outra margem”, pelo que se torna impossível a sua “continuidade como militante do PSD”. Mário Rui Fonseca
TRIBUNAIS 9
MARÇO 2014
Fecho dos Tribunais é “dia negro” para autarcas de Mação e Ferreira do Zêzere Os presidentes da Câmaras de Mação e Ferreira do Zêzere, Vasco Estrela (PSD) e Jacinto Lopes (PSD) disseram “lamentar profundamente” o fecho dos tribunais locais, considerando a medida um “dia negro” para os seus municípios
“Esta decisão significa um dia triste e muito negro para Mação, na medida em que é uma opção desnecessária e reveladora de desconsideração para com os municípios mais sujeitos às adversidades da interioridade”, disse à Antena Livre o presidente da Câmara de Mação. “Lamento profundamente a falta de sensibilidade aos argumentos aduzidos em devido tempo, e que entendíamos enquadrados no espírito da própria lei, e manifesto publicamente a minha
tristeza e solidariedade para com a comunidade de Mação, neste dia negro para a história recente do concelho”, vincou Vasco Estrela. O autarca disse ainda que vai “analisar convenientemente” a decisão, não descartando a possibilidade de acionar todos os recursos legais ao dispor, “dentro do respeito pelos direitos e pelas regras democráticas”. “Se isso implicar uma providência cautelar ou outro tipo de ação, não o deixaremos de fazer”, fez notar Vasco Estrela, em reação à nova versão da Lei de Organização do Sistema Judiciário, que prevê o encerramento de 20 tribunais, incluindo os de Mação e de Ferreira do Zêzere, ambos no distrito de Santarém. Jacinto Lopes, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, disse por sua
vez que esta decisão “leva a que o interior do país fique cada vez mais pobre”, e que é “mais um motivo para afastar pessoas e empresas”. Assegurando “não se conformar” com o encerramento do Tribunal do município que preside, Jacinto Lopes disse à Antena Livre que vai “utilizar todas as ferramentas necessárias para tentar evitar ou adiar ao máximo” a concretização da decisão anunciada. “Isto anda tudo ao contrário. Em vez da apregoada discriminação positiva para as regiões do interior, a cada dia que passa somos confrontados com o esvaziamento do interior e com a perda de competitividade e capacidade de atração e fixação de pessoas e empresas. Isto não faz sentido”, criticou. O documento estipula ainda a conversão de 27 tri-
bunais em secções de proximidade, nove das quais com um regime especial que permite realizar julgamento. Segundo a nova versão da Lei de Organização do Sistema Judiciário, o país, que tem atualmente 331 tribunais, fica dividido em 23 comarcas, a que correspondem 23 grandes tribunais judiciais, com sede em cada uma das capitais de distrito. Dos 311 tribunais atuais, 264 são convertidos em 218 secções de instância central e em 290 secções de instância local. Quanto ao anunciado aumento de mais de 60 por cento de instâncias especializadas, o novo mapa prevê que em Santarém, onde havia seis instâncias especializadas, passem a existir 22 instâncias especializadas. Mário Rui Fonseca
Ordem dos Advogados apela a “sobressalto cívico” A bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, apelou a um “sobressalto cívico” contra o mapa judiciário, considerando que este é um “fenómeno triste e trágico para o Estado de direito”, que vai encerrar “meia centena de tribunais” Elina Fraga falava aos jornalistas à margem da tomada de posse dos conselhos distritais da Ordem dos Advogados, tendo sido questionada sobre a Lei de Organização do Sistema Judiciário aprovada em fevereiro, e que prevê o encerramento de 20 tribunais e a conversão de 27
tribunais em secções de proximidade. “A senhora ministra da Justiça referiu, na cerimónia de abertura do ano judicial, que era necessário um sobressalto cívico. Eu penso que, em função deste novo mapa judiciário, em que está em causa o Estado de Direito, aí sim é necessário um sobressalto cívico e que as populações demonstrem clara e inequivocamente que não querem este mapa judiciário”, defendeu. A bastonária antecipou que a Ordem dos Advogados “vai tentar mobilizar a população”
e “tentar conseguir estabelecer alianças com as autarquias locais”, pretendendo ainda “sensibilizar os vários grupos parlamentares para este fenómeno triste e trágico para o Estado de Direito”. “Encerram-se tribunais, desqualificam-se tribunais, há meia centena de tribunais que vai ser encerrada uma vez que, além dos 20 que vão ser encerrados, são criadas 27 secções de proximidade. Um tribunal tem dignidade e tem um juiz para administrar a justiça”, considerou ainda. Elina Fraga explicou que,
quando se fala em secções de proximidade, trata-se de “balcões do cidadão”, sendo perentória ao afirmar que “balcões para entregar papéis não são tribunais”. “Já hoje temos um Portugal a duas velocidades. Com a aprovação do novo mapa judiciário, vão agravar-se as assimetrias e sobretudo o interior vai ficar votado definitivamente à desertificação”, criticou. A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, considerou, por sua vez, em declarações à Lusa, ser “muito difícil” que o decreto-lei que procede à regulamentação da Reorga-
nização Judiciária possa ser objeto de uma providência cautelar. “Parece-me muito difícil que um decreto-lei, geral e abstrato, possa ser objeto de uma providência cautelar”, afirmou Paula Teixeira da Cruz, comentando assim o facto de alguns autarcas terem anunciado que vão interpor providências cautelares para impedir o encerramento de tribunais, previsto no novo mapa judiciário e aprovado em Conselho de Ministros. A ministra salientou que esta reforma do mapa judi-
ciário, apesar de contestada por alguns autarcas, foi considerada por “profissionais forenses” como “urgente, necessária e uma boa reforma”. “De resto, ouviram-se vozes de quadrantes políticos diferentes do meu partido por parte de autarcas elogiando a reforma”, acrescentou, assumindo que tal “não quer dizer que não haja aqui e ali alguma questão pontual” em que haja discórdia. A ministra reafirmou que esta reforma permite “levar para o interior [do país] 60% de especializações”. Lusa
jornaldeabrantes
10 REGIÃO
MARÇO 2014
Requalificação do mercado diário de Tramagal concluída em março
Câmara de Constância reclama construção de nova ponte na região
Mário Rui Fonseca
A Câmara Municipal de Constância reclama pela construção de uma nova travessia sobre o Rio Tejo, de ligação entre a A23 e a Estrada Nacional 118, e exigiu o levantamento imediato das atuais restrições no tabuleiro existente
•
Presidente de Junta diz que o mercado ficará preparado para atividades culturais, gastronómicas e para festas tradicionais
O mercado diário em Tramagal entrou em fase final de requalificação, um equipamento que começou a ser intervencionado no passado mês de junho. A obra está orçada em cerca de 220 mil euros, e a junta de freguesia do Tramagal comparticipa com 132 mil euros. A restante componente do investimento é assegurada pela Câmara Municipal de Abrantes.
Ao decano espaço, inaugurado na década de 40, vai ser conferida uma modernidade e uma polivalência funcional que permitirá a realização de eventos de cariz cultural, como exposições, encontros convívio, eventos gastronómicos, noites de fado e outros espetáculos, para além da venda regular aos sábados de manhã e que a autarquia quer alargar a outros dias da semana. Em declarações à Antena Livre, Vítor Hugo Cardoso, presidente da junta de freguesia de Tramagal, referiu que o estado do equipamento era de “profunda degradação” e que o edifício estava necessitado de uma requalificação. O autarca referiu que o seu encerramento forçado,
jornaldeabrantes
à semelhança do que aconteceu no mercado diário de Abrantes, só não aconteceu porque nenhuma entidade fiscalizadora competente se deslocou ao local em dia de atividade. “O espaço vai ficar dotado de bancadas amovíveis, que facilmente poderão ser retiradas para a realização de um qualquer evento, e vai ter uma qualidade inquestionável quer para quem compra, quer para quem vende”, frisou. Durante os seis meses previstos de obra, que deveria estar concluída em dezembro, o equipamento tem estado totalmente encerrado na sua atividade funcional, sendo que os vendedores e compradores utilizam provisoriamente alguns pequenos pavilhões instalados para o efeito no Largo dos Combatentes, espaço contíguo ao mercado diário. O autarca explicou que o edifício vai ficar completamente arranjado, ficará parcialmente fechado para os meses mais frios do ano e terá equipamento especializado para o tipo de serviço em causa. “A sede da Cistus, associação juvenil de Tramagal,
também aqui fica instalada, e o espaço pode ser aproveitado e dinamizado para atividades culturais, gastronómicas e para as tradicionais festas agosto, entre outras”, observou. Vítor Hugo destacou ainda a importância daquele equipamento para as famílias que vendem naquele local, para a vila e para a região: “
Aquele é um equipamento que serve o Tramagal e a região envolvente, é uma importante ajuda para o sustento de muitas famílias, e com estas novas condições estamos expectantes que tudo vai melhorar”, assegurou. Mário Rui Fonseca
Através de um comunicado de imprensa, a autarquia considera que a nova ponte é um “investimento imprescindível ao desenvolvimento económico da região e do país”, e determinante para a continuidade de empresas como a Caima e a Mitsubishi, os serviços do EcoParque do Relvão, na Chamusca, e até do Campo Militar de Santa Margarida, entre outros”. A Câmara sublinha ainda que “as dificuldades de circulação nesta zona central do país agravar-se-ão nos próximos tempos com o início das obras de reabilitação da ponte de Abrantes”, que se deverão estender por um período de 18 meses, tendo criticado que uma nova travessia não esteja inscrita no relatório final de infraestruturas de elevado valor acrescentado da Estradas de Portugal (EP). No documento, o município de Constância recorda que as quatro pontes sobre o Tejo (desde Santarém a Abrantes), “são todas obras de arte construídas no século XIX e princípios do século XX, e que, no que concerne à ligação Constância Sul / Praia do Ribatejo, “a mesma funciona com as
condicionantes impostas em termos de tonelagem, altura e largura dos veículos, impedindo a circulação a pesados”. “Voltamos a insistir na construção de uma nova ponte na zona do Médio Tejo, que sirva Constância, Abrantes e a Chamusca, a bem das populações e do desenvolvimento e prosperidade desta região”, disse ao JA a presidente da Câmara de Constância, Júlia Amorim (CDU). “Esta é a altura própria para insistir na construção desta obra estruturante, uma ponte que responda às necessidades do presente e do futuro, tendo em conta o próximo quadro comunitário de apoio”, vincou. A autarca disse que ainda vai insistir junto da EP para que levante “de imediato ou a curto prazo” as restrições que condicionam a passagem na atual travessia, composta por um tabuleiro onde a circulação se desenrola num único sentido, alternadamente e regulado por via semafórica. “Os custos inerentes à manutenção dessas restrições são suportados pela Câmara de Constância e, ironicamente, são essas restrições que estão a prejudicar as populações, as empresas, e o nosso desenvolvimento turístico e económico”, fez notar. Mário Rui Fonseca
REGIÃO 11
MARÇO 2014
Moção sobre desertificação do interior foi aprovada no Congresso Nacional do PSD Política Distrital do partido e presidente da Câmara de Mação. “ Foram lançadas as bases suficientes para manter este assunto na ordem do dia, e para que o país possa discutir o assunto com a seriedade que merece”, adiantou ainda o autarca. Com 14 propostas para travar os problemas estruturais do interior, a moção sublinha que o encerramento de serviços públicos de proximidade “não pode ser encarado numa perspetiva meramente económico-financeira, no `bolo´ nacional, ignorandose os benefícios sociais e humanos” que esses serviços re-
presentam em áreas de baixa densidade, nomeadamente na atração e fixação de pessoas. Entre as medidas apresentadas pela distrital contam-se a “manutenção de todos os serviços nas áreas de baixa densidade, como tribunais, serviços de finanças, segurança social, saúde, e outros, com o reforço das competências dos municípios na gestão dos equipamentos e recursos humanos”. A canalização dos fundos comunitários que promovam a coesão e a competitividade territorial, a preservação e desenvolvimento do setor primário e o fomento
“Os pequenos são constantemente sugados pelos maiores”
de atividades artesanais e tradicionais, a melhoria das acessibilidades, a qualificação e o apoio ao empreendorismo, entre outros, foram outras medidas que a distrital de Santarém do PSD apresentou no último Congresso Nacional. “Espero que o PSD possa acolher de forma conveniente estas 14 propostas, num processo que se pode ir fazendo. É de realçar que das várias moções que foram à discussão, a maioria falava destas problemáticas, o que quer dizer que este assunto é uma preocupação no país”, finalizou Vasco Estrela. Joana Margarida Carvalho
Autarcas do Médio Tejo preparam abordagem conjunta a QCA 2014/20
O “retiro”, que decorreu durante um fim de semana no Vimeiro e envolveu a participação de especialistas em matérias como a administração local, a intermunicipalidade e o marketing, para além do secretário executivo da CIMT, tinha por objetivo o “criar condições” para uma “abordagem que permita o desenvolvimento da região”, num novo ciclo tido como “crucial” para um futuro mais próspero, disse a presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque, que também preside ao município de Abrantes (PS). “A reunião foi bastante produtiva”, observou, tendo referido que os autarcas apresentaram os seus projetos estratégicos de desenvolvimento numa lógica de contexto regional, discutiram as compe-
• Santana Maia as especialidades pelas cidades de cada distrito, mas não foi isso que se verificou. Tudo foi centrado nas capitais de distrito”. Segundo reiterou Santana-Maia Leonardo, o novo mapa judiciário é marcado por um modelo com “tendência a centrar tudo nas capitais de distrito, todos os serviços e onde os pequenos são constantemente sugados pelos maiores”. A nova equipa de liderança inclui os nomes dos advogados Bispo Chambel, como secretário, e Mariana Macide, como tesoureira. JMC
Mário Rui Fonseca
Os presidentes das 13 autarquias que constituem a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) estiveram reunidos durante dois dias para prepararem uma abordagem conjunta aos fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio (2014/2020), anunciou a sua presidente
O advogado e ex vereador da Câmara Municipal de Abrantes, Santana-Maia Leonardo, tomou posse como presidente da Delegação da Ordem dos Advogados (OA) de Abrantes, no passado dia 10 de fevereiro. Em declarações ao Jornal de Abrantes, Santana-Maia fez duras críticas à reforma do mapa judiciário, aprovada em conselho de ministros. “Este mandato vai começar de uma forma difícil, devido à reforma do mapa judiciário” mas, “se todos forem como eu, não vai adiante”. Referindo-se ao desenho do novo mapa judiciário, o advogado admitiu que a reforma “não foi bem estruturada”. Para o novo presidente da Delegação da AO de Abrantes, a “reforma que deveria ser integrada, pelos ciclos eleitorais, pelo Governo, pela reforma administrativa e autárquica fazendo um levantamento dos equipamentos e recursos humanos existentes, distribuindo
Joana Margarida Carvalho
A moção intitulada “A Desertificação do Interior – Que futuro para os Territórios de Baixa Densidade?”, que a distrital de Santarém do PSD apresentou no XXXV Congresso Nacional do partido, foi discutida e aprovada por maioria. “Esta aprovação significa que o partido e, por sua vez, o Governo estão cada vez mais despertos para esta problemática dos territórios de baixa densidade, do interior, e para uma tentativa de ultrapassarmos os problemas com que nos debatemos hoje”, afirmou Vasco Estrela, primeiro subscritor da moção, tesoureiro da Comissão
SANTANA MAIA TOMA POSSE
• CIMT quer ganhar “dimensão e escala crítica” tências da CIMT e dos municípios, e analisaram as possibilidades de obtenção de recursos para investimento à escala municipal e intermunicipal. “Os 13 presidentes deram conta da sua visão concelhia e do que querem para esta região, em termos estratégicos de desenvolvimento para o novo ciclo 2014/2020, e quais os vetores que queremos canalizar para gestão em sede de CIMT”, continuou a autarca, tendo apontado para questões como a mobilidade, a educação, a saúde,
as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), a informação geográfica, a cultura, o turismo, a proteção civil, entre outras. “Este território é composto por cidades médias e por municípios mais pequenos que se querem articular para ganhar dimensão e escala crítica”, observou Céu Albuquerque, tendo defendido que, “em conjunto, os municípios podem obter resultados mais rapidamente do que trabalhando ‘per si’”. O plano estratégico definido para a região do Médio
Tejo “vai ser objeto de apresentação pública em ocasião a definir oportunamente”, acrescentou a presidente da CIMT. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo é atualmente constituída pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei. Mário Rui Fonseca
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12 TURISMO
MARÇO 2014
MAÇÃO
Lampreia para todos os apreciadores Até ao próximo dia 20 de abril, a lampreia vai ser rainha nos restaurantes do concelho maçaense. Divulgar o concelho, a gastronomia e os agentes económicos ligados à restauração são objetivos de um ciclo anual de festivais gastronómicos que vão principiar em março e que se prolongam até ao final do ano. A partir deste mês de março, a lampreia vai preencher as ementas dos restaurantes aderentes à iniciativa da Câmara Municipal, que tem por base o livro Carta Gastronómica à Mesa em Mação, recentemente premiado em Paris (ver texto nesta página). O festival respeita o mesmo figurino de há de três anos, e que tem sido um estímulo à economia local nomeadamente à restauração e ao comércio. “Este é um prato com características muito particulares, com forte tradição no concelho, entende a Câmara e os restaurantes que é uma boa forma de promover a região, o concelho e os espaços de restauração, criando alguma riqueza”, explicou Vasco Estrela, em confe-
rência de imprensa. Este ano, o festival gastronómico da lampreia está integrado na Rota da Lampreia e do Sável, promovida pela entidade de Turismo do Centro de Portugal. Segundo o presidente, “é uma outra forma de dar projeção ao próprio certame”. O presunto Marca Mação vai ter novamente um especial destaque neste festival, uma vez que a autarquia irá entregar a cada restaurante um presunto para que possa ser servido de forma gratuita. A novidade maior para 2014 é que, a par dos pratos gastronómicos principais, as sobremesas tradicionais também vão estar à mesa, como sejam as “fofas” de Mação, as tigeladas, o arroz doce ou os “bolos fintos”. É o início de um ciclo anual de festivais gastronómicos que se prolongam até ao final do ano, sendo que, em junho, surge o festival do peixe do rio, aproveitando as riquezas naturais proporcionadas pelos 14 quilómetros de margens ribeirinhas de rio Tejo.
Restaurantes aderentes: A Lena – Ortiga Avenida – Mação Casa Cardoso – Envendos Casa Velha – Mação Dona Flor – Penhascoso O Cantinho – Mação O Godinho – Mação O Pescador – Mação Solar do Moinho – Cardigos
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A par dos pratos gastronómicos, as sobremesas tradicionais também vão estar em destaque
Em setembro acontece o festival do arroz e do maranho e em dezembro o destaque vai para o almeirão, enchidos e azeite novo. Vasco Estrela faz um balanço positivo da iniciativa de promoção gastronómica, explicando que “foi necessário repensar a realização de alguns festivais”, mas que outros “continuam a ser um verdadeiro sucesso”. Joana Margarida Carvalho
CP associa-se à gastronomia regional A CP – Comboios de Portugal vai promover a Rota Gastronómica da Lampreia num programa de lazer que inclui viagens de comboio e a reserva em restaurantes da Beira Baixa para apreciar os melhores pratos confecionados com lampreia. Destinado a grupos, o programa é válido entre fevereiro e abril, incluindo a viagem em comboios de
serviço regional ou intercidades, que vão fazer uma paragem extraordinária na Barragem de Ortiga/Belver para os participantes na rota, bem como a reserva nos restaurantes regionais aderentes à iniciativa. Para grupos de 10 ou mais pessoas, os bilhetes de comboio têm um desconto de 40% no serviço regional e até 50% no intercidades, enquanto o preço
dos almoços nos restaurantes aderentes varia entre os nove e os 30 euros. Os transferes entre a estação e os restaurantes também estão incluídos no preço, assim como uma visita guiada ao Museu Lagar de Azeite e um passeio de Barco no Tejo para visita ao Monumento Natural das Portas de Ródão.
Livro gastronómico “À mesa em Mação” ganha prémio internacional O livro “À Mesa em Mação – Carta Gastronómica” é um dos vencedores dos Prémios do Ano atribuídos pela Academia Internacional de Gastronomia, que premeia as pessoas ou entidades que mais se distinguiram na área da gastronomia a nível internacional
O livro, da autoria de Armando Fernandes e com
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edição da Câmara Municipal de Mação, ganhou o Prémio de Literatura Gastronómica – Prix de la Littérature Gastronomique, tendo impressionado “os jurados pela profundidade do estudo gastronómico, social e antropológico de grande valor científico e cultural”, segundo informação da Academia Portuguesa de Gastronomia. Lançada em julho de 2012,
a Carta Gastronómica é um documento que compila, num livro, os sabores e saberes de sempre da gastronomia do concelho de Mação. Resulta de um aturado trabalho de pesquisa, junto da população, sobretudo dos habitantes mais antigos, com o intuito de perceber o que se comia antigamente no diaa-dia e nos dias de festa, através da recolha de muitas dezenas de receitas de norte a sul do concelho. Em declarações ao JA, o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, disse que “o reconhecimento atribuído por um júri independente e prestigiado constituiu uma agradável e reconfortante surpresa”, tendo destacado a aposta da autarquia num documento que pudesse “recuperar, preservar e divulgar os
saberes e sabores ancestrais” concelhios. “O desafio é agora lançado às famílias, aos restaurantes e a todos quantos gostam de comer bem para que utilizem e repliquem os conteúdos deste livro como forma de apreciar aquilo que é nosso e, simultaneamente, dar continuidade à genuinidade da nossa gastronomia, que é tão rica e diversificada”, vincou. Contactado pelo JA, o investigador gastronómico e autor do livro “À Mesa em Mação – Carta Gastronómica”, disse que o reconhecimento público internacional, assim como que um “Nobel” da Literatura das Artes Culinárias e Gastronómicas, resulta de um “intenso trabalho de pesquisa e de muitas conversas” com os mais antigos. “A comunidade de Ma-
ção sempre teve muitas dificuldades em sobreviver ao longo dos tempos e sempre demonstrou capacidade, argúcia e engenho para transformar produtos secundários em produtos principais de uma refeição”, observou Armando Fernandes, tendo precisado que a cozinheira mais idosa entrevistada tinha 102 anos e a mais nova 58”. O investigador, que tem dedicado boa parte dos últimos 20 anos à “demanda da gastronomia nacional”, disse que a base das suas investigações estão em “saber por que é que determinada comunidade, em determinada época, comia determinados produtos e não comia outros”. Armando Fernandes está atualmente a produzir um documento sobre a cozinha
económica em Portugal, que deverá ser dado à estampa em julho, e que versa um trabalho de investigação sobre a evolução, “desde a idade média até à sopa dos pobres e aos dias de hoje, dos conteúdos alimentares fornecidos aqueles que precisavam mais”. Ao todo, Portugal arrecadou dois prémios. O outro, o Prémio Chef do Futuro (Chef de l’Avenir), foi atribuído ao Chef David Jesus, que apresenta “diariamente a mais sofisticada e interessante cozinha portuguesa no Restaurante Belcanto do Chef José Avillez”, sendo o seu trabalho desta equipa “altamente reconhecido” em Portugal e no estrangeiro (3 estrelas no Guia Repsol, 1 estrela no Michelin), de acordo com a APG. Mário Rui Fonseca
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REGIÃO
Feira Nacional do Fumeiro Queijo e Pão regressou ao figurino inicial
Enchidos do Ribatejo Interior passaram nos restaurantes da região
Sardoal recebeu durante o último fim de semana os bons sabores de Portugal com vários expositores. As alheiras de Mirandela, o queijo de Seia, os enchidos de Ponte de Lima, o queijo picante de Vila Velha de Ródão, os maranhos de Vila de Rei, o pão caseiro e doçaria local foram algumas das especialidades que estiveram em destaque junto às instalações dos Bombeiros Municipais. A organização da feira nacional esteve a cargo da CM Municipal de Sardoal e da TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, que repensaram o certame e voltaram a promovê-lo durante a época mais invernosa do ano. “Entendemos que seria vantajoso voltar a realizar o festival nesta altura, uma vez que é uma época propícia à degustação destes produ-
Paulo Sousa
SARDOAL
tos. Em setembro, nas festas concelhias, não era tão agradável. Também os próprios vendedores nos demonstraram essa intenção e, portanto, nesta edição, tiveram connosco mais expositores”, vincou o presidente da autarquia, Miguel Borges. “Procurámos ter diversidade e qualidade de produtos e o principal objetivo foi dar a perceber a quem nos
visitou que este foi um momento especial de autêntica promoção ao fumeiro, queijo e pão”, afirmou Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS. Um desfile de Carnaval, com a participação especial do grupo “Charanga Rambóia”, animou a tarde de domingo. A música esteve a cargo dos grupos “Seca Adegas” e “Cant’Abrantes” nas noites de
sexta-feira e sábado. No espaço da feira esteve patente uma exposição de trabalhos, elaborados pelos alunos do Agrupamento de Escolas do concelho, alusivos ao tema “Mestre Gil e o Mistério de Sardoal”. O comércio local também se associou e embelezou as suas monstras com motivos alusivos ao fumeiro, queijo e pão.
Durante este mês de fevereiro, os restaurantes de Abrantes, Constância e Sardoal tiveram em destaque os enchidos da região. O desafio foi lançado pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, que pretendeu potenciar as iguarias mais típicas junto de 14 estabelecimentos de restauração. “Neste tipo de iniciativas, a TAGUS tem trabalhado de forma supra municipal e tem procurado integrar a restauração e os produtores locais, potenciando as especificidades e mostrando a diversidade de cada produto. Assim, nos restaurantes aderentes houve um
denominador comum, que foi a utilização dos enchidos dos nossos produtores locais”, explicou Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS. Na atividade promocional foi possível encontrar entradas como morcela assada com ananás ou maçã, quiche de chouriço, paté de fumeiro, almofada de ovo com farinheira, cogumelos recheados com chouriço, bolachas de farinheira com sementes, entre muitos outros, sempre confecionados com iguarias dos produtores Guilherme Tomé, Margarido & Margarido e MF – Salsicharia Artesanal. Joana Margarida Carvalho
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Cinco novos investimentos turísticos privados e uma pousada da juventude vão oferecer mais 77 camas no concelho
O presidente da autarquia, Fernando Freire (PS), explica que a maioria dos projetos “decorre das mais valias que o projeto de regeneração urbana oferece a quem queira investir, aliado a outros fatores de atratividade, como sejam a centralidade territorial do município e a oferta turística que, através castelo de Almourol e do Parque de Esculturas de ar livre, entre outros, traz dezenas de milhares de visitantes à Barquinha”. “A procura de prédios degradados para reconversão tem sido bastante significativa”. Os benefícios do investimento em zona de regeneração urbana são uma mais valia para quem investe: “Permite conciliar isenções em termos fiscais, em licenciamentos e impostos, e be-
DR
O concelho de Vila Nova da Barquinha vai triplicar este ano a oferta de camas em turismo rural devido ao investimento público e privado em curso na ordem do 1,5 milhões de euros, anunciou a autarquia
• O Parque de Esculturas de Ar Livre é uma das principais atrações do concelho neficiar de condições muito vantajosas por via dos fundos comunitários”. “No total, e ainda durante este ano”, continuou o autarca, “os projetos em curso vão permitir triplicar a atual oferta de camas em alojamento turístico”, a maioria dos quais através de casas
degradadas que foram recuperadas para o efeito. “Cinco projetos de cariz privado estão em curso no âmbito do turismo rural, e um outro está mais vocacionado para a juventude, como é o caso do albergue da juventude, um investimento municipal na ordem dos 185 mil
euros que está a ser construído na freguesia de Tancos e que vai ter uma capacidade de acolhimento de 31 pessoas”, adiantou o autarca. Este “Albergue de Juventude e Centro de Convívio” resultará da ampliação e conversão da antiga escola primária da localidade.
Os projetos turísticos em construção estão a decorrer na freguesia de Limeiras, através de uma Casa de Turismo de Habitação, em Barquinha, através da Casa de Campo “Barquinha Nature House”, e ainda a Casa de Campo “Art Inn Barquinha”, três projetos que perfa-
zem um investimento global na ordem dos 900 mil euros, comparticipados por fundos comunitários, e que vão disponibilizar uma oferta conjunta de 36 camas. A estes projetos soma-se a unidade de alojamento local “Sonetos do Tejo”, com um investimento na ordem dos 275 mil euros e disponibilização de cinco camas, e a “Atividades Rurais Turísticas e Pedagógicas”, que vai ter uma capacidade de oferta de cinco camas e implica um investimento de cerca de 145 mil euros. “Falamos de um investimento global de 1,5 milhões de euros e de um aumento de 77 camas à atual oferta, que é atualmente de 31 camas no nosso concelho”, disse Fernando Freire, tendo observado que o investimento em curso “vai permitir colmatar uma lacuna em termos turísticos que é o da possibilidade da pernoita a viajantes, criando assim mais valias e mais riqueza para o território”. Mário Rui Fonseca
Parceria Tajo/Tejo Vivo dinamiza festival gastronómico ibérico durante todo o mês de março No dia 1 de março teve início um festival gastronómico ibérico em mais de 50 restaurantes dos territórios situados nas margens do Tejo. Promover a gastronomia e os produtos associados ao rio, envolvendo os estabelecimentos de restauração, produtores de vinho, azeite, enchidos e fumeiro locais é um dos objetivos deste evento português e espanhol que se prolongará por todo o mês de março.
A atividade surge no âmbito do Tajo/Tejo Vivo e pretende a valorização e promoção, não só da gastronomia associada ao rio, como também a típica das regiões
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junto ao Tejo e os seus produtos, incentivando o consumo dos mesmos. Por outro lado, pretende também estimular o trabalho em rede a nível Ibérico dos restaurantes, produtores e das Associações de Desenvolvimento Local parceiras neste projecto de cooperação. O Tajo/Tejo Vivo abrange municípios desde Castilla (Espanha) ao Ribatejo (Portugal). Este 1º Festival Gastronómico decorrerá em 57 restaurantes localizados em Talavera, Sierra de San Vicente y la Jara, Castilla la Mancha (Espanha), Raia Centro Sul, Pinhal Interior, Sôr e Ribatejo (Portugal). Pimientos de piquillo rellenos de boletos com crema de
morcilla, ensalada de hiros, revuelto de morcilla conpiñones, solomillo, presa ibérica são alguns dos pratos castelhanos. Já no território nacional, a restauração terá maranhos, bucho, cabrito assado, ensopado de borrego, sopa de peixe do rio, pratos de sável, fataça, achigã, enguias, lúcio, lampreia e pratos de caça. A que também se juntam açordas, migas e cozinha fervida. Neste festival desafiamse também os produtores de vinho, azeite e enchidos que durante o mês da ação poderão realizar provas dos seus produtos, visitas guiadas a instalações, vinhas e olivais.
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Mação lança projeto municipal de intervenção para idosos que vivem sozinhos ou isolados Apresentando um dos maiores números de idosos a viverem sozinhos e/ou isolados, a Câmara Municipal de Mação lançou em fevereiro um novo projeto de intervenção junto da população sénior assente em políticas de proximidade
Designado por “Mação, Um Concelho Amigo dos Idosos”, o projeto global integra um Gabinete de Apoio à Pessoa Idosa, entre outras medidas, iniciativas assentes em “políticas da maior proximidade e de acompanhamento quase permanente” aos idosos, e em que participam todas as juntas de freguesias, instituições de solidariedade social, serviços sociais municipais e os colaboradores do Banco Local de Voluntariado. “Reconhecendo que temos aqui um problema que
passa pelo facto de muitas destas pessoas viverem sozinhas e viverem isoladas, em pequenas aldeias dispersas pelo território e onde praticamente já não reside ninguém, entendemos que é nossa obrigação fazer tudo o que for possível para minorar as consequências que derivam desta condição”, disse à Antena Livre o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela. “O número de pessoas que aqui vivem isoladas ou sozinhas é um dos resultados desse fenómeno que é a desertificação, de políticas, decisões e dinâmicas sociais que se verificaram ao longo dos tempos, e este projeto é uma resposta a uma realidade que temos de assumir e enfrentar, e que pensamos que se pode configurar como uma res-
posta adequada às necessidades das pessoas mais idosas”, defendeu o autarca, que também é Provedor da Misericórdia local. Os resultados das últimas duas edições da operação Censos Sénior 2013, na área do distrito de Santarém e à responsabilidade da GNR, identificou o concelho de
Mação como sendo o município onde foi registado o maior número de idosos a viverem sozinhos (250) e a viverem em residências isoladas (37), valores que rivalizam a nível nacional com os municípios que mais sofrem com o fenómeno da interioridade e da desertificação. Com um território de 400
quilómetros de área e um total de 7.338 habitantes dispersos por seis freguesias e uma centena de pequenas aldeias e lugares, o novo projeto municipal de apoio aos idosos do concelho assenta também no reativar da Academia de Cooperação da Pessoa Idosa, na criação de uma Universidade Sénior, e
em criar balcões descentralizados de atendimento personalizado, para identificação de necessidades e dificuldades que ajudem ao delinear de estratégias de apoio. A GNR, por sua vez, desenvolveu até ao passado dia 15 de fevereiro a “Operação Censos Sénior 2014”, campanha de segurança direcionada aos idosos que este ano cumpriu a sua quarta edição e que visa atualizar o registo dos idosos que vivem sozinhos e/ou isolados e identificar novas situações. Na terceira edição da Operação Censos Sénior, realizada entre 15 de janeiro e 28 de fevereiro de 2013, a GNR sinalizou 28.197 idosos a residirem sozinhos e/ou em locais isolados. Mário Rui Fonseca
Municípios de Sardoal e Abrantes vão ter transportes públicos a pedido Um projeto de transportes públicos à medida e a pedido dos utentes, testado com sucesso nas freguesias de Mação ao longo de um ano, vai ser replicado nos municípios de Sardoal e Abrantes, informaram os presidentes das respetivas autarquias
“É um projeto que consideramos fundamental para melhorar as acessibilidades e para combater o isolamento das populações que vivem mais afastadas da sede do concelho”, disse ao nosso jornal o presidente da Câmara Municipal de Sardoal. “Com o decorrer dos tempos”, apontou Miguel Borges (PSD), “as empresas de transportes foram reduzindo a sua oferta nas freguesias mais pequenas, tendo deixado mesmo de prestar serviço em determinadas zonas do nosso território. O transporte a pedido tem a vantagem de vir melhorar as acessibilidades para pessoas que ali habitam, a maior parte delas idosas e que não têm autonomia para se deslocarem”, defendeu.
À semelhança do transporte coletivo regular, o Transporte a Pedido tem circuitos, paragens e horários definidos. No entanto, distingue-se do transporte regular porque o cliente é que desencadeia a viagem, através do seu pedido para uma central de reservas. Deste modo, as viaturas só efetuam os percursos se, antecipadamente, o serviço tiver sido solicitado e só vão às paragens que tiverem reservas. O concelho de Mação foi o escolhido para o programa piloto na região do Médio Tejo devido a fatores técnicos como a dispersão urbana, o envelhecimento da população e a grande carência de transportes públicos. “As características do território são quase as mesmas, seja em Mação seja em Sardoal, e este é um projeto fundamental para que as pessoas se possam deslocar com mais facilidade da periferia para a sede de concelho, onde têm de tratar dos seus assuntos em matéria de saúde ou outros serviços públicos”, observou Borges.
Em declarações ao JA, a presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque (PS), que também preside à Câmara de Abrantes, disse que o projeto-piloto “resultou muito bem”, tendo destacado a pertinência da sua implementação em territórios de “baixa densidade populacional e com défice de cobertura de transportes públicos”. O projeto foi desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) com o objetivo de assegurar a mobilidade da população em espaço rural, através de um novo tipo de oferta de transportes que permita uma cobertura territorial mais ampla, com níveis de serviço adequados e com custos controlados. O projeto inicial contou com um investimento global de 660 mil euros, cofinanciado pelo Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), no montante de 460 mil euros (taxa de comparticipação FEDER de 70%). Mário Rui Fonseca
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Cheias As condições meteorológicas que se fizeram sentir no último mês acabaram por ter um impacto significativo na região. A Proteção Civil manteve, ao longo de vários dias, o nível de alerta em amarelo devido às cheias, com a submersão de diversos locais. Os rios Tejo e Zêzere inundaram terrenos, estradas e algumas habitações, em Vila Nova da Barquinha também fotos.
ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L
SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075
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Fotos: Pérsio Basso
marcaram a sua presença, como documento as
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Projeto Comenius traz ao Sardoal e a Abrantes estudantes e professores estrangeiros O Agrupamento de Escolas de Sardoal vai receber entre 5 e 19 de março 2014, o 2º Encontro de Parcerias Comenius, no âmbito do projeto multilateral Coménius 20132015, cujo tema é “The Heritage of Cultures and Traditions in Pluralistic Society – Religious Traditions”. De acordo com os professores Carmina Nascimento e Pedro Neves, o encontro “representa uma oportunidade única para alunos, professores e comunidade em geral estabelecerem contactos com diferentes realidades pedagógicas europeias, professores e alunos de países tão diferentes como a Turquia, Roménia, Bulgária, Polónia, Itália e Espanha”. Neste encontro (que será para os alunos que visitaram
à Polónia um reencontro), as escolas parceiras irão trabalhar questões relacionadas com a diversidade cultural e com a tolerância religiosa na Europa. A par das sessões de trabalho escolar previstas, irão ser desenvolvidas algumas atividades sociais, que incluem visitas à vila de Sardoal, ao Santuário de Fátima, à Nazaré e a Lisboa. A organização do encontro “conta com a dedicação e empenho de muitas pessoas e instituições locais, uma máquina logística muito complexa e diversificada, que vai desde os alunos aos professores, pais e encarregados de educação (que irão alojar cerca de 40 estudantes estrangeiros), Direção da Escola, Câmara Municipal e respetivas Juntas de Fregue-
Jovem de Abrantes vence concurso nacional de escrita
Já chegou às livrarias a 13.ª edição do livro Uma Aventura no Supermercado, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, que inclui uma secção especial com os textos premiados no concurso “Uma aventura literária... 2013”, no qual Tomás Chaleira, aluno da turma A do 10.º ano da Escola Secundária Dr. Solano de Abreu,
conquistou o 1.º lugar, a nível nacional, na modalidade de crítica – 3.º ciclo. Aquando da sua participação no concurso, em 2013, o aluno frequentava o 9.º ano na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos D. Miguel de Almeida. O concurso, promovido pela Editorial Caminho, contou, em todas as modalidades, com o número de 10125 trabalhos, tendo participado mais de 400 escolas do ensino básico e secundário de todo o país.
sia, Tagus Ribatejo, Filarmónica União Sardoalense, Rancho Folclórico os Resineiros de Alcaravela, entre muitos outros”. Também no âmbito do
projeto Comenius “Happy Children, Happy World with traditional games”, o Agrupamento de Escolas nº1 de Abrantes irá receber a visita das escolas parceiras da Tur-
quia, Espanha, Gales, Croácia, Lituânia, Polónia e Hungria, num total de 20 professores e de 20 alunos. Nesta visita não estará presente a República Checa, outro dos parceiros. Os organizadores explicam que “o projeto pretende divulgar os jogos tradicionais dos países envolvidos encontrando pontos em comum e nuances na interpretação dos mesmos jogos, pelos vários países”. A visita decorrerá de 20 a 24 de março, coordenada pela professora Ana Diogo que, em conjunto com um grupo de professores das Escolas D. Miguel de Almeida e Dr. Solano de Abreu, procurarão dar a conhecer um pouco do sistema educativo português, bem como, da cultura do nosso país. Como forma
de estreitar laços entre os vários intervenientes, os alunos estrangeiros ficarão em casas de famílias portuguesas. Para tornar a participação da comunidade educativa mais ativa, os organizadores desta visita convidaram a Câmara Municipal de Abrantes e as Associações de Pais e Encarregados de Educação da Escola D. Miguel de Almeida e da Escola Dr. Solano de Abreu a participar na iniciativa. Estão previstas atividades para os vários dias da visita, incluindo um tour pela cidade de Abrantes, receção aos professores e alunos das duas escolas envolvidas, visita à praia da Nazaré, mosteiros da Batalha e dos Jerónimos e Baixa de Lisboa.
Escolas promovem consumo de fruta através da música
Câmara de Constância atribuiu 18 bolsas de estudo
Os alunos do Centro Escolar de Rio de Moinhos participaram no Projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» que tem como objetivo combater a obesidade infantil e restantes doenças associadas. Foi uma iniciativa de educação para a saúde que incluiu um programa motivacional de âmbito nacional promovido pela APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (ONG sem fins lucrativos) que visa motivar as crianças portuguesas até aos 10 anos para a ingestão diária de fruta no lanche escolar, uma vez que o atual consumo se situa muito abaixo do recomendado. As docentes (professoras titulares de turma, professora a
A Câmara Municipal de Constância atribuiu, no passado dia 8 de fevereiro, 18 bolsas de estudo a 18 jovens estudantes do concelho. Esta atribuição resultou de um apoio financeiro de cerca de 11.700 euros para jovens provenientes de famílias desfavorecidas. Para Júlia Amorim, presidente da autarquia, estas bolsas representam um reforço na educação e um apoio aos estudantes com menores recursos económicos. “A Câmara Municipal tem adotado algumas medidas sociais e esta, na educação, tem sido constante ao longo dos anos. Este ano, recebemos mais candida-
desempenhar funções na BE e professora da AEC- Expressão Musical) estiveram envolvidas, quer na coordenação do projeto, quer na realização de atividades que motivaram e sensibilizaram os seus alunos para um maior consumo de fruta. Este projeto terminou com a apresentação de uma tarefa de caráter obrigatório, o Hino dos Heróis da Fruta. Entre as escolas da região, também a Escola Básica com Jardim de Infância de Mação participa neste projeto/concurso. Os hinos das duas escolas podem ser vistos e www.heroisdafruta.com . Neste mesmo sítio da Internet são indicados os números de telefone para votação.
turas, o que quer dizer que há mais famílias a carecer deste apoio”, explicou a autarca. O apoio relativo ao ano letivo 2013/2014 foi um “auxílio, uma pequena ajuda, uma aposta na massa crítica do concelho”, acrescentou Júlia Amorim. Sobre o desemprego jovem e poucas saídas profissionais na região, Júlia Amorim referiu que apesar dessa realidade ainda vale a pena “apostar numa formação superior ou profissional”.
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Jovens estudantes correm o país com apenas 5 euros Cinco jovens estudantes, um deles natural do concelho de Mação, partiram pelo país com apenas cinco euros cada um. “Até onde vais com 5 euros?”, foi assim que chamaram ao projeto que arrancou no passado dia 14 de fevereiro numa verdadeira aventura. Com o sonho de conhecer o país, de norte a sul, as suas pessoas, as suas tradições e a sua cultura, os jovens estiveram numa viagem que decorreu durante 15 dias. A ideia dos estudantes do interior de Portugal foi
conhecer o desconhecido, ou seja, conhecer o país de norte a sul, dos locais mais visitados àqueles que poucas pessoas conhecem, locais recheados de histórias, paisagens, monumentos, pessoas...e tudo isto com apenas 5 euros cada um, o que os obrigou a serem criativos na forma como geriram o dinheiro e originais nas diversas formas para conseguirem garantir tudo aquilo que uma viagem exigia. O grupo era constituído por Alexandre Alverca, do concelho de Almeida, André Oliveira, de Gouveia, Artur
Conde, de Mação, Patrícia Félix, da Covilhã, e Tiago Leitão, do concelho do Fundão.
No final da viagem, Artur Conde contou ao JA que a experiência “foi ótima, cor-
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• O Colégio deverá passar para a autarquia em 2016 para o antigo campo de futebol do Barro Vermelho”, disse Maria do Céu Albuquerque. “A grande vantagem”, defendeu, “é que o acordo de compra daquele edifício vai permitir instalar o novo espaço educativo no centro da cidade, ao contrário do espaço do Barro Vermelho, para além de permitir manter as memórias de um colégio que está há cerca de 70 anos a funcionar em Abrantes”. O edifício, instalado na Rua Ator Taborda e inaugurado em outubro de 1940, no centro da cidade, tem dois pisos, amplas salas, espaços educa-
tivos ao ar livre e parque de estacionamento. “É uma ótima notícia para Abrantes”, regozijou-se a autarca, tendo observado que os cerca de 200 a 300 alunos e dezenas de profissionais que o novo equipamento irá acolher vão ter “excelentes condições de estudo e de trabalho”. O valor de compra do imóvel “ainda vai ser negociado” entre a Câmara Municipal e as Irmãs da Congregação de Santa Doroteia, notou Maria do Céu Albuquerque. Mário Rui Fonseca
e em todos os locais as pessoas foram fantásticas.” “O cansaço acumulado foi o que nos afetou mais, mas alternámos a condução e correu tudo pelo melhor. Já estamos mesmo a pensar em outros projetos ”, adiantou ainda o jovem maçaense. Todas as aventuras foram testemunhadas no diário de bordo online que esteve disponível na página do projeto em www.facebook.com/vaicomcinco. Uma página que no início do projeto já contava com mais de 2000 likes e 30.000 visualizações. Joana Margarida Carvalho
Obra de Manuel António Pina inspirou peça de estudantes abrantinos
Catarina Cabedal
A Câmara de Abrantes anunciou em reunião de executivo um acordo com as Irmãs Doroteias para a aquisição do Colégio de Nossa Senhora de Fátima onde irá instalar um novo Centro Escolar para os estudantes do 1º ciclo. As aulas que ali decorrem em contexto de ensino particular irão decorrer até ao final do presente ano letivo, e apenas depois dessa altura o edifício irá sofrer obras de adaptação para acolher os cerca de 200 alunos provenientes do anunciado encerramento da Escola nº 2 de Abrantes e da Escola dos Quinchosos, ambas do 1º Ciclo, anunciou a presidente da autarquia, no dia 25 de fevereiro. A medida foi anunciada na reunião de executivo, e vai implicar a anulação da construção do Centro Escolar do Barro Vermelho, um investimento orçado em 3,8 milhões de euros. “Com aquisição, adaptação e recheio do imóvel onde está atualmente o Colégio de Nossa Senhora de Fátima”, no centro da cidade, “a Câmara deve gastar sensivelmente o mesmo que estava previsto
Mário Rui Fonseca
Câmara de Abrantes anuncia compra do Colégio de Nossa Senhora de Fátima às Irmãs Doroteias
reu muito bem” e que os cinco euros de cada um, a meio da viagem ainda não tinham sido gastos. A viagem passou por locais como Lisboa, Costa Vicentina, Setúbal, Sagres, Idanha Nova, Mação, Coimbra, Aveiro, Porto, Gerês, entre outros. Em todas as paragens tomaram contacto com as mais diversas pessoas. Durante aventura, e para darem continuidade à viagem, Artur Conde contou que fizeram os mais diversos serviços: “Limpámos e arrumámos cafés, lavámos a loiça, conhecemos herdades,
de teatro do Agrupamento de Escolas N.º1 de Abrantes selecionado •paraGrupo os “Encontros Nacionais de Teatro na Escola”
O grupo de teatro do Agrupamento de Escolas N.º 1 de Abrantes foi um dos seis grupos selecionados, a nível nacional, para participar na 35.ª edição dos “Encontros Nacionais de Teatro na Escola”, que, neste ano, decorrerão no Fundão e Penamacor, entre os dias 14 e 18 de maio. Os “Encontros Nacionais de Teatro na Escola” constituem um momento de reflexão e de troca de experiências no campo da ex-
pressão dramática e teatral, com uma mostra do que de melhor se faz nas escolas de todo o país. Para além de terem a oportunidade de expor o seu trabalho a um público mais especializado nas artes performativas, os jovens que integram os grupos participantes poderão também inscrever-se em oficinas de formação especificamente concebidas para o desenvolvimento de competências nas mais diversas componentes da
produção e representação teatral. O grupo de teatro do Agrupamento de Escolas N.º 1 de Abrantes irá participar no festival com uma peça inspirada na obra “História do sábio fechado na sua biblioteca”, do escritor Manuel António Pina, prémio Camões 2011. Oportunamente, serão divulgadas as datas de apresentação da peça à comunidade abrantina.
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20 DIVULGAÇÃO
MARÇO 2014
Nesta casa nasceu Francisco Mata
Diabetes, uma doença silenciosa!
Alves Jana
Francisco Ferreira da Mata, ou Francisco Mata, nasceu a 22 de agosto de 1915, na freguesia de S. Miguel do Rio Torto, no largo da Estação de Abrantes, onde seus pais tinham uma pensão e taberna. Na faculdade de Letras da Universidade de Lisboa fez a licenciatura em HistóricoFilo sóficas e profissionalmente foi jornalista, aliás um conceituado jornalista na imprensa, na rádio e na televisão. Colaborou na Emissora Nacional com os programas “Música e Palavras” (surge em 1943 e é interrompido entre 1945 e 1952 pela ausência do autor na “BBC” em Londres), “Sinfonias Bárbaras”, “Domingo Sonoro”, “Vozes do Mundo” e “Arco Íris”. Nos jornais, escreveu para “A Bola”, “Diário de Notícias”, “O Século” (foi correspondente deste periódico em Paris na década de 50 do século passado) e “Diário Popular”. Na rádio, foi correspondente e locutor da BBC, onde trabalhou com Fernando Pessa, em Londres, vários anos, e também durante vários anos foi chefe da Radiodifusão da NATO, em Paris, sediada no Pallais de Chaillot. Foi ainda tradutor e escritor.
ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO
Escreveu para os programas de João Villarett na televisão e várias peças de teatro. Entre estas, Há Petróleo no Beato (com Raúl Solnado, Júlio César e Gonçalves Preto), “um drama, comédia e revista à portuguesa”, um êxito de 1986, interpretado por Raúl Solnado, ao vivo e depois na televisão. Desportivamente era do Benfica e politicamente era filiado no PCP.
Baptista-Bastos lembra um episódio passado num remoto Natal com Francisco Mata n’ “O Século”. “Faz agora anos: uma noite de frio e de morte. Naufrágio na Nazaré. Fora para lá uma equipa de quatro repórteres, dirigida por Francisco Mata, outro dos grandes, mas o Mata ficara impressionadíssimo com o que observara na praia, e não conseguia organizar a reportagem.” (DN, 24 dezembro
2008). Como jornalista, conviveu com personagens hoje lendárias, como Hemingway, Bogart, Amália, Eusébio e muitos outros. Faleceu a 15 de abril de 1983, portanto há quase 31 anos e com 67 anos de idade, em Lisboa, onde residia, de doença cardiovascular, indo a sepultar no Cemitério do Alto de S. João. Alves Jana
ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DO CENTRO DE PRÉ-HISTÓRIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR
Escola de verão de arqueologia 2014 Nos meses de junho e julho, o Instituto Terra e Memória, em parceria com as Câmaras Municipais de Mação e Abrantes, com Museu do Arte Pré-Histórico, o C.I.A.R. e com o Instituto Politécnico de Tomar, vai organizar a terceira edição da Escola de Verão de Arqueologia (E.V.A. 2014). Focalizada na temática “Da investigação à Arqueologia Pública”, a Escola de Verão conta com quatro módulos: 1) Sociedades Humanas das Idades dos Metais (com escavação no Castelo Velho da Zimbreira-Mação); Arqueologia Urbana e Sociedades Humanas das Idades Históricas (com escavação no Cas-
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telo de Abrantes); Arte Rupestre (com levantamento do Arte Rupestre do Tejo); sociedades Humanas do Paleolítico (com escavação no terraço quaternário de Vale do Junco-Mação). Os cursos preveem trabalhos de campo, laboratórios
e aulas teóricas com professores nacionais e estrangeiros. As inscrições são abertas para alunos do ciclo superior (Licenciatura, Mestrado e Doutoramento), alunos dos últimos anos escolares, profissionais e entusiastas da arqueologia.
Mais informações em: http://pacadnetwork.com/siteitm/ . Inscrições e informações através do email: davdelfino@gmail.com. Ana Cruz
Professora do Instituto Politécnico de Tomar
Diabetes! O que é? A Diabetes é uma doença em que os níveis de açúcar (glicose) no sangue se encontram anormalmente elevados, pois o organismo não produz insulina suficiente para satisfazer as suas necessidades. Como se manifesta? Urinar muito (poliúria), aumento do apetite (polifagia) e muita sede (polidipsia), acompanhados de perda de peso. Outros sintomas incluem visão turva, sonolência, náuseas e diminuição da resistência durante o exercício. Quais a consequência se não for diagnosticada e tratada precocemente? A diabetes danifica os nervos e leva a alterações sensitivas. Danifica os vasos sanguíneos e aumenta o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, cegueira, insuficiência renal e maior risco de infeções, em particular na pele e no sistema urinário. Se sentir estes sintomas, não hesite, consulte o seu médico. O diagnóstico faz-se através da análise aos níveis de açúcar no sangue (glicémia). As pessoas com diabetes precisam fazer: uma dieta pobre em hidratos de carbono (os cereais, a batata, o arroz, a massa e as leguminosas secas [feijão, grão, lentilhas]) e em gordura, exercício físico e, geralmente, tomar medicamentos para baixar os níveis de açúcar no sangue. Perante esta realidade, cuide e vigie a sua saúde: • Controle os valores da tensão arterial (ex.: Tensão arte-
rial normal até 129/84 mmHg [fonte DGS, 31-3-2004]); • Evite fumar; • Faça uma alimentação saudável (tome sempre o pequeno almoço, evite estar mais de três horas sem comer, diminua o consumo de sal, evite ingerir açúcar e outros produtos açucarados, aumente o consumo de hortaliças e legumes, de fruta, consuma de preferência peixe e carnes magras [ex.: aves ou coelho], beba pelo menos 1,5 litros de água por dia, se consumir bebidas alcoólicas, faça-o com moderação, reduza o consumo total de gorduras, prefira métodos culinários simples [ex.: estufados, cozidos e grelhados], não utilize gorduras que foram sobreaquecidas ou óleos queimados, privilegie o consumo de azeite]. Faça uma alimentação variada e polifracionada (cinco a sete refeições diárias). • Mantenha os níveis de colesterol e triglicéridos controlados (procure o seu médico assistente e faça exames periódicos de vigilância). • Pratique exercício físico, pelo menos 30 minutos diários de caminhada, nos adultos; • Procure que o seu peso seja adequado (Índice de Massa Corporal entre 20 e 25 Kg/m2); • Vigie os valores de glicémia com regularidade. (Este artigo continua na próxima edição) Nuno Barreta
Enfermeiro – USP Médio Tejo
TRADIÇÕES 21
MARÇO 2014
FEIRA DE S. MATIAS, NO TECNOPOLO, ATÉ 9 DE MARÇO
As luzes estão apagadas e o ambiente está escuro. Várias tendas de lona e caravanas alinham-se no espaço, deixando um pequeno e longo corredor entre si. Este é o cenário que se observa num dos pavilhões do Tecnopolo de Alferrarede. É aqui que decorre a Feira de S. Matias, que começou no passado dia 21 de fevereiro e que se irá prolongar até 9 de março. Aqui, as bancas começam a abrir por volta das 10h00, enquanto alguns transeuntes já vagueiam pelo espaço. Uns, somente por curiosidade. Outros, já com intenções de adquirir alguma coisa. Há ainda os que já sabem perfeitamente o que vão comprar. E é nesta conjuntura que decorre esta feira secular, conhecida entre os comerciantes por ser a primeira feira do
ano. “É aqui que se começa a olear a máquina”, brinca Caetano Pereiros, de 46 anos. Veio da Figueira da Foz. “Nasci em Elvas”, acrescenta ele. É comerciante ambulante e insere-se neste meio desde tenra idade. “Venho à Feira de S. Matias há 45 anos”. Tinha somente um ano quando aqui veio pela primeira vez, portanto. “Há quem considere isto [de ser comerciante] uma filosofia de vida. Eu não concordo. Passamos muito tempo fora de casa, é verdade. Mas também os emigrantes vão para longe de casa e, talvez, até por lá ficam mais tempo do que nós.” Muitos acabam por concordar que já existiram melhores tempos e melhores dias. Talvez devido à crise e ao constante aumento das taxas. Caetano desabafa: “Há cada vez
Milene Alves
“Nem sei como é que as pessoas ainda vão comprando”
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Comerciantes: Maria Fragoso prefere estar dentro do pavilhão e Caetano Pereiros começou a vir à Feira de S. Matias com um ano de idade
mais caça às fugas ao fisco e, por isso, nós, comerciantes, somos obrigados a pagar mais taxas. Mas, quando eu perco dinheiro, quando tenho de estar com a tenda fechada três ou quatro dias por causa da chuva, ninguém me indemniza. Não há qualquer
subsídio.” Caetano Pereiros acaba por concluir: “Não vou dizer que gosto desta vida [de comerciante], mas também foi aquela à qual me adaptei melhor.” António Dias veio de Guimarães e tem 59 anos. Vem à Feira de S. Matias há 30 anos.
“Nem sei como é que as pessoas ainda vão comprando”, desabafa. Mas, o que interessa é que, efetivamente, ainda compram. É este ato de comprar que ainda serve de sustento às dezenas de comerciantes que vêm de vários pontos do país (e do
mundo), para tentarem vender os seus produtos. E se, de repente, as feiras acabassem? “Reformava-me”, diz Maria Fragoso, de 54 anos. Veio de Alcobaça e, para ela, estes eventos são de extrema importância. “Vivemos disto.” Quanto ao local, prefere estar dentro do pavilhão. “Aqui está-se melhor. Prefiro mais este local do que aquele para onde nos queriam colocar.” Mas quanto à continuação da Feira de S. Matias, nada aponta para um final. É tradição e continuará a fazer parte da agenda cultural do concelho abrantino. E entre dias melhores e outros piores, os comerciantes vão fazendo as suas vendas uma e outra vez, confiantes de que no final de tudo, o balanço seja positivo. Flávio Nunes
aluno de Comunicação Social da ESTA
Zona Industrial da Sertã 2013 – Hyundai i30 StaƟon Wagon 1.6 CRDi 110Cv
2010 – Renault Grand Scénic 1.5 dCi 110Cv Dynamique (7 Lugares)
2013 – Seat Ibiza SC FR 1.6 TDi 105Cv (Bi-Xénon + LED's)
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2009 - Renault Mégane Coupé 1.5 dCi 110Cv Dynamique S
2008 – Opel Astra 1.7 CDTi 125Cv EdiƟon
2011- Renault Kangoo 1.5 dCi Super Pack Clim (AC)
2013 – Volkswagen Polo 1.6 TDi BlueMoƟon Technology
2014 – Renault Kangoo Business Energy 1.5 dCi 90Cv (3 Lugares) (Deduz IVA )(Novo Modelo)
2013- Nissan Qashqai 360 1.6 dCi 130Cv (Serviço)
2008 - 207 XA 1.4 HDi Van (Deduz IVA) 72.000 Kms
2011 - Ford Focus 1.6 TDCi 115Cv Trend 42.000 Kms Azul e Cinza
2010 - Golf VI Variant 1.6 TDi 105Cv ConfortLine
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22 CULTURA
MARÇO 2014
COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Os Clã preparam novo disco e apresentam músicas novas em Abrantes
Os Clã estão de regresso ao Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no próximo dia 28 de março e na bagagem trazem algumas músicas do novo disco, a ser editado em breve. Ainda sem nome divulgado, o novo disco dos Clã foi co-produzido com o norte-americano Darrel Thorp e conta com as letras de Arnaldo Antunes, Sérgio Godinho, Regina Guimarães, Samuel Úria e Nuno Prata. Com música de Helder Gonçalves e letra de Carlos Tê, “Rompe o Cerco” é o primeiro single de apresentação do sétimo álbum, depois
AGENDA DO MÊS Abrantes
do lançamento de “Disco Voador”, editado em 2011, pensado para um público infanto-juvenil. A banda, composta por Manuela Azevedo, Helder Gonçalves, Miguel Ferreira, Pedro Biscaia, Pedro Rito e Fernando Gonçalves,
esteve em Abrantes em Setembro de 2008, aquando da apresentação de álbum “Cintura”. Os bilhetes têm o preço de 10€ e estão à venda no Posto de Turismo ou no Cineteatro São Pedro no dia do concerto.
Shakespeare em 97 minutos no Cineteatro São Pedro O Cineteatro São Pedro, em Abrantes, recebe a peça de teatro “As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos” no dia 14 de março, pelas 21h30. Com interpretações de André Nunes, António Machado e Telmo Ramalho, este espetáculo revisita as 37 obras de Shakespeare “à velocidade de uma verdadeira montanha-russa”, contando
com vários géneros que vão da tragédia à comédia, passando pelas peças históricas e pelos sonetos. “As obras completas de William
Shakespeare em 97 minutos”, uma produção da UAU, foi estreado em 1996 pelo encenador Juvenal Garcês, e manteve-se em cena mais
de 15 anos, conquistando cerca de 300 mil espetadores por todo o país. Os bilhetes para a peça em Abrantes têm o preço de 8€.
Até 29 de março – Exposição “Álvaro Cunhal – vida, pensamento e luta” – Biblioteca António Botto Até 24 de abril – Exposição “Voando”, cerâmica contemporânea de António Vasconcelos Lapa – quARTel, Galeria Municipal de Arte, terça a sábado, das 10h às 13h e das 14 às 19h 8 de março – Teatro infantil “Prometeu”, Lafontana Produções Artísticas – Cineteatro São Pedro, 10h – 1€ 14 de março – Teatro “Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 8€ A partir de 15 de março – Exposição “Mário Dionísio - Vida e Obra” – Sr. Chiado 15 de março – Workshop de fotografia por Tiago Garcia – Biblioteca António Botto, 10h às 18h – 35€ 15 a 30 de março – “Sabores do Tejo”, quinzena gastronómica do Peixe do rio – restaurantes aderentes 22 de março – Teatro Infantil “Raposa Vs. Galo & Corvo” – Cineteatro São Pedro, 10h – 1€ 25 de março – Apresentação do livro “Os Donos Angolanos de Portugal”, de Jorge Costa, Francisco Louçã e João Teixeira Lopes – Sr. Chiado, 21h30 27 de março – “Encontro com…” Maria João Lopo de Carvalho, apresentação das obras “O meu pai é melhor do mundo” (14h) e “Padeira de Aljubarrota” (21h30) - Biblioteca António Botto 28 de março – Conferências do Liceu “Não estás sozinho: Modulação do medo pelo contexto social”, por Marta Moita – Sr. Chiado, 21h12 28 de março – Concerto com Clã – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€ 29 de março – Feira Franca – Centro Histórico de Abrantes, 9h às 17h 4 de abril – Teatro “Dentro das Palavras” com Rui Catalão Cineteatro São Pedro, 21h30 Cinema – Org. Espalhafitas, Cineteatro São Pedro, 21h30: 5 de março – “Sisters in Law” 12 de março – “O Sonho de Wadjda” 19 de março – “A Pedra da Paciência” 26 de março – “Água”
Exposição de pintura de Laurinda Oliveira em Constância “Enigmas” é o nome da exposição de pintura que está patente no Posto de Turismo de Constância de 8 de março a 6 de abril. Laurinda Oliveira,
residente em Constância, procura transmitir a ideia de que a “vida se depara com algumas dificuldades, umas ultrapassáveis, outras talvez não”,
contudo, a autora da exposição procura uma “paz interior através da pintura, que a faz relaxar, que a torna uma pessoa aberta para a vida e para
os outros”. O Posto de Turismo está aberto ao público nos dias úteis das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18h.
Duas exposições, um “Território Comum”: Vila Nova da Barquinha “Bustos e Cabeças” é o nome da exposição de Rui Sanches que está patente na Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, até ao dia 25 de maio de 2014. Em mostra estão trabalhos de desenho e escultura de um dos mais importantes escultores revelados nos anos 80 do século passado. Rui Sanches, em declaração ao Jornal de Abrantes, refere que a exposição trata de um tema genérico que são as cabeças, “um tema que tenho vindo a tratar na minha escultura desde o início dos anos 90”, acrescentando que “esta é uma série de meditações que vou fazendo do ponto de vista conceptual e numa relação que faço com a escultura tradicional, o busto clássico”. Esta ex-
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posição conta com a colaboração da Fundação EDP e do comissário João Pinharanda com o Município de Vila Nova da Barquinha e pretende ser um trabalho contínuo. “Vou fazer uma escultura no Castelo de Almourol e pensou-se que seria interessante, como uma primeira apresentação do meu trabalho na região, fazer-se esta exposição e, mais tarde, a escultura em Almourol. Fernando Freire, presidente do município, revelou que em Vila Nova da Barquinha “há uma aposta na cultura”, deixando o repto de que a cultura e a arte devem ser pensadas enquanto inseridas em “comunidade, com territórios comuns”. Quanto à escultura de grandes dimensões, de Rui Sanches, no Castelo de
Almourol, o edil clarifica que só se realizará “se houver fundos comunitários ou mecenas”. A Galeria do Parque, que recebe a exposição “Bustos e Cabeças, funciona no Edifício dos Paços do Concelho, de quarta a sexta-feira, das 11h às 13h e das 14h às 18h e aos fins-de-semana das 14h às 19h. Também em Vila Nova da Barquinha, na Escola Ciência Viva, está uma exposição de fotografia “Território Comum – Imagens do Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa”, que reúne 96 imagens, “resultado de uma investigação que fiz com base no espólio de negativos que estão na pose da Ordem dos Arquitectos”, contou ao Jornal de Abrantes o arquiteto Fran-
cisco Keil do Amaral, coordenador do levantamento fotográfico da exposição. “A ideia foi representar a arquitetura vernacular, como é que era o espaço público, qual é que era a relação entre a arquitetura e a paisagem. Há fotografias que procuram descrever os materiais usados em certas regiões, como é que as pessoas se vestem, onde é que as crianças brincam. É, de facto, um levantamento que procurou descrever modos de vida e a relação dos modos de vida com o espaço e a arquitetura”, acrescenta o arquiteto. “Território Comum” pode ser visitada até 25 de maio, de terça a sexta-feira, das 10h às 16h30 e aos fins-de-semana e feriados das 14h30 às 16h30.
“A Pedra P d d da P Paciência” iê i ”
Constância Até 9 de março – Exposição “Expo Animalia”, répteis de quatro continentes – Centro de Ciência Viva, 10h às 12h e das 14h às 18h Até 31 de março – Mostra bio-bibliográfica de António Tomás Botto – Biblioteca Alexandre O´Neill, 10h às 18h30 8 de março a 6 de abril – Exposição “Enigmas”, pintura de Laurinda Oliveira – Posto de Turismo 17 a 21 de março – Semana da Leitura – Biblioteca Alexandre O´Neill, 10h às 18h30 19 de março – DVDteca à Quarta, filme “O Grande Gatsby” Biblioteca Alexandre O´Neill, 15h
Sardoal Até 30 de março – Exposição “Retratos e Paisagens de uma Época”, pintura de Maria Conceição Pires Coelho – Centro Cultural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural, 16h e 21h30: 8 de março – “Thor – O Mundo das Trevas” 22 de março – “Frozen: O Reino do Gelo”
Vila de Rei Até 30 de março – Exposição de pintura e desenho do Concurso “Padre João Maia” – Museu Municipal Até 4 de Abril – Exposição “Os Meus Rabiscos”, desenho de Sílvia Brota – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires
Vila Nova da Barquinha 13 de abril – Teatro “Irmã Lúcia – Uma Oração” com Maria José Paschoal – Clube União de Recreios de Moita do Ribatejo, 21h –5€ Até 25 de maio - Exposição “Bustos e Cabeças”, por Rui Sanches – Galeria do Parque Até 25 de maio – Exposição “Território Comum”, imagens do Inquérito à Arquitectura regional portuguesa (1955-57) – Escola Ciência Viva
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MARÇO 2014
CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690
CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO
NOTÁRIO Pedro Nunes Rodrigues CERTIFICO, PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO: - Que neste Cartório de Lisboa, do Notário Pedro Alexandre Barreiros Nunes Rodrigues, sito na Rua Mouzinho da Silveira, n.º 32,1.º Andar, foi outorgada em 28/01/2014, a fls 116 e seguintes do livro de notas n.º 344 uma escritura de justificação na qual a sociedade “SOPORCEL – SOCIEDADE PORTUGUESA DE PAPEL, S.A.”, com o número único de matricula e de pessoa coletiva 500.636.630, com sede em Lavos, 3090-451 Figueira da Foz, na freguesia de Lavos, concelho da Figueira da Foz, com o capital social de setenta e quatro milhões e setenta mil euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Figueira da Foz, declarou que com exclusão de outrem é dona e legítima possuidora do PRÉDIO MISTO, situado no Pessegueiro, na freguesia de Vale das Mós, concelho de Abrantes, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, sob o número 22, da dita freguesia, com a aquisição registada a favor de Edite Joaquina Matias Bairrão de Almeida, Esmeralda Matias Bairrão e Maria do Céu Matias Bairrão da Costa, em comum e sem determinação de parte ou direito nos termos da inscrição correspondente à Ap.7, de 14/02/1989, inscrito na matriz predial e parte rústica na freguesia de Vale das Mós, sob o artigo 29 da Secção H, e a parte urbana atualmente inscrito na matriz predial da freguesia de União das Freguesias de São Facundo e Vale das Mós sob o artigo 51 (anteriormente inscrito na matriz predial da freguesia de Vale das Mós sob o artigo 12). Que em um de Julho de 1989, os titulares inscritos, venderam verbalmente à dita sociedade o prédio acima identificado. Que, naquela data, a referida sociedade, pagou a totalidade do preço acordado sem que no entanto ficasse a dispor de título formal que lhe permita o respetivo registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde logo entrou na posse e fruição do mencionado imóvel, em nome próprio, posse que assim detém há mais de vinte anos, sem interrupção, ou ocultação de quem quer que seja. Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com o aproveitamento de todas as utilidades do imóvel , tendo sempre suportado todos os encargos, impostos e despesas de conservação, procedendo às manutenções necessárias, plantando, limpando, e colhendo árvores, agindo de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, a qual conduziu à aquisição do imóvel por USUCAPIÃO, que invocou, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro titulo formal extrajudicial. Lisboa, 29 de Janeiro de 2014 A Notária em substituição, Susana Ribeiro de Brito Valle (Jornal de Abrantes, edição 5517 de março de 2014)
ADSAC Agrupamento de Defesa Sanitária de Abrantes e Constância Rua Cidade de Parthenay,63, Bloco E, Loja 8 – 2200-238 ABRANTES
CONVOCATÓRIA Ao abrigo do art.º 12 dos estatutos convoco os associados a reunirem em Assembleia Geral a realizar no dia 28 de março de 2014, pelas 15h00,na Rua Cidade de Parthenay. 63, Bloco E, Loja 8, em Abrantes, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apresentação, apreciação e votação dos Relatório e Contas da Direção e Parecer do Conselho Fiscal. 2. Apresentação, apreciação e votação do plano de atividades e orçamento para 2014. 3. Apresentação, discussão e votação de proposta de alteração de estatutos. 4. Eleição dos órgãos sociais para o triénio 2014/2017. Podem participar na assembleia os associados no pleno gozo dos seus direitos e com animais incluídos no programa sanitário de 2014. Não estando presentes, na hora marcada, o número mínimo de associados previstos os estatutos para a Assembleia funcionar, esta funcionará uma hora depois com qualquer número de associados. Afim de divulgação e preparação do ato eleitoral, a receção das listas concorrentes á eleição deve ser efetuada até 21 março de 2014. Abrantes, 18 de fevereiro de 2014 O Presidente da Assembleia Geral Victor Manuel Freire Bastos e Silva
CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.
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CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E
CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL - CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia vinte e sete de Fevereiro de dois mil e catorze, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada de folhas vinte e oito a folhas trinta verso do Livro de Notas para escrituras diversas número cento e um traço D, na qual os senhores, RAÚL MARIA DOS SANTOS, NIF 107.033.330, e mulher, OTILDE MARIA SILVÉRIO DOS SANTOS, NIF. 107.033.305, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Aldeia do Mato, concelho de Abrantes, residentes na Rua Principal n.º 1197, Carreira do Mato, Abrantes, titulares dos Cartões de Cidadão, número 02633674 0ZZ5; e número 04572344 3 ZZ7, ambos válidos até 17/05/2017 emitidos pela República Portuguesa. Que são donos e legítimos possuidores do prédio urbano sito em Carreira do Mato, União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, composto por casa de rés e primeiro andar, arrecadação, garagem e quintal, com a superfície coberta de oitenta e quatro metros quadrados e descoberta de cento e setenta metros quadrados, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 756, a confrontar do norte e sul com Estrada Pública, nascente João Jacinto Rosa e poente, Diamantino Silvério, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, com o valor patrimonial de VINTE E QUATRO MIL NOVECENTOS E TRINTA EUROS, que é atribuído a esta justificação. O prédio acima identificado está inscrito na matriz em nome do justificante marido, o qual foi adquirido por doação verbal feita ao casal no ano de mil novecentos e setenta e oito, pelos pais da justificante mulher, Diamantino Silvério e mulher Cesaltina Maria, casados sob o regime da comunhão geral e residentes que foram em Carreira do Mato, Aldeia do Mato, Abrantes. A Doação foi realizada sem que os justificantes ficassem a dispor de título formal que lhes permita efetuar o respetivo registo na competente Conservatória do Registo Predial. Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação se quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, do imóvel, conservando-o e mantendo-o, pagando os respetivos impostos e suportando os demais encargos. Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacifica, contínua e do consenso que o prédio lhes pertence, desde o dito ano de mil novecentos e setenta e oito, conduziu à aquisição do identificado imóvel, por USUCAPIÃO, o que invocam, justificando o direito de propriedade para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não tem documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o seu original, na parte respetiva. Sardoal, 27 de Fevereiro de 2014 A Adjunta de Conservador, em substituição legal a) Maria Alice da Silva Rodrigues de Almeida (Jornal de Abrantes, edição 5517 de Março de 2014)
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