Jornal de Abrantes - Edição de Novembro, 2016

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NOVEMBRO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5549 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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jornal abrantes

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Abrantes · Constância · Mação · Sardoal · Vila Nova da Barquinha · Vila de Rei

Rostos de quem faz acontecer e projeta a região

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MAÇÃO

ENTREVISTA

José Martinho Gaspar Câmara Municipal aprova orçamento de 11 ME para 2017 é já um “nome de respeito” O documento, com um aumento de 11 mil euros em relação ao orçamento anterior, foi aprovado por maioria com as abstenções dos vereadores eleitos pelo PS. Pág 4

O professor dá-nos conta dos seus novos projetos, da sua participação na Comissão do Centenário e da forma como vê culturalmente Abrantes e a região. Pág 3

SARDOAL

Fórum Regional do Capital Humano ocorre pela primeira vez Na sessão vão estar especialistas que sublinham o valor decisivo que o capital humano representa. Pág 27

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Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

NOVEMBRO 2016

FICHA TÉCNICA

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho

Diretora Redação

Apostar, arregaçar mangas e fazer

Patrícia Seixas (CP.6127) Patricia.s.seixas@lenacomunicacao.pt

Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Carlos Serrano e Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

Esta imagem é elucidativa da falta de civismo do que se passa semanalmente junto à Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes.

INQUÉRITO

O que pensa das alterações anunciadas à Reforma do Mapa Judiciário, que prevê a reabertura do tribunal de Mação?

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Design gráfico António Vieira Contactos Tel: 241 360 170 / Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros

É um início, mas ainda não satisfaz. Parece ser um bom passo, vamos ver o que vem a seguir. A sessão em Mação sobre “A Organização Judiciária e os Território do Interior” transmitiu-nos uma visão global e do que Mação pode ter em conta para já.

O caminho faz-se caminhando. Este foi o primeiro passo e se calhar o mais curto. Assim as pessoas que estão relacionadas com a justiça sejam capazes de acompanhar a vontade dos cidadãos maçaenses que é uma proximidade com a casa da justiça.

Cristina Lourenço

César Estrela

advogada, Mação

vereador, Mação

Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

jornaldeabrantes

advogado, Mação (ver página 4)

las de Alcanena

UMA VIAGEM? Amesterdão

UMA POVOAÇÃO? Baleal

UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Nelson Mandela

UM CAFÉ? Todos aqueles cafés/bares da região por onde tenho passado a tocar. Cada um tem um local especial no meu coração.

Gerência

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

Joaquim Lopes

SUGESTÕES

Detentores do capital social

Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis

Perante o que nos foi transmitido fiquei satisfeito, mas sinceramente tenho de esperar para ver como se operacionaliza tudo. A implementação do que se pretende vai ainda levar muito tempo e vai ser complicado, mas é preferível ter o tribunal aberto, do que fechado como está.

UM MOMENTO MARCANTE? Ser pai

PRATO PREFERIDO? Arroz de Pato

UM PROVÉRBIO? A vida dá muitas voltas.

IDADE? 37 anos

UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Praia da Marinha

UM SONHO? Não tenho. Vou colhendo o que a vida me traz.

NATURALIDADE / RESIDÊNCIA? Torres Novas / Entroncamento

UM DISCO? O monstro precisa de amigos

PROFISSÃO? Professor de Educação Física no Agrupamento de Esco-

UM FILME? Breaveheart

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Uma Flash Mob gigante com diversos domínios das artes envolvidos.

Pedro Alexandre Vieira Dionísio

O jornal deste mês de novembro é rico em acontecimentos, mas também é diversificado em histórias. Verdadeiras histórias de alguma coragem... Uma vez mais os produtos endógenos assumem especial relevo nas nossas páginas, pois conferem notoriedade à região e são um motor na economia local. Na verdade, fomos mesmo à procura de novos produtores, uns que já têm trabalho enraizado, outros que simplesmente estão a iniciar atividade e a apostar na região do Médio Tejo. O Turismo está na moda e por esta região e no país denota-se um desenvolvimento nas áreas da gastronomia, no enoturismo, nas tradições e culturas, num sem fim de acções que promovem os produtos locais e o melhor que cada concelho, freguesia ou lugar tem para oferecer. Exemplo disso, foi a Feira Nacional de Doçaria Tradicional, que Abrantes uma vez mais recebeu e voltou a projetar junto de quem veio para conhecer, conviver, comprar ou simplesmente deliciar-se. Não só Abrantes, mas toda a região do Médio Tejo não tem ficado para trás nesta viagem que muito diz respeito à invenção local e económica, numa tentativa constante de não baixar os braços e não desistir do interior do país. Neste número, damos assim a conhecer alguns produtores ou simplesmente criadores do bom sabor da vida! E cada concelho deve apropriar-se destes corajosos que ainda estimulam a economia local, que entusiasmam o interior e que são um exemplo a replicar. Que continue a não faltar a vontade de fazer, de fazer com criatividade, até porque projetos deste tipo fixam pessoas e combatem a assustadora desertificação. Conhecer cada produtor ou empreendedor, neste jornal, é ficar com o sentimento de que o que não destrói – fortalece. E quando se acredita, é simplesmente necessário apostar, arregaçar mangas e fazer.


ENTREVISTA 3

NOVEMBRO 2016

ZÉ GASPAR

“Gosto de fazer as coisas do princípio ao fim” José Martinho Gaspar é Delegado de História na Escola Manuel Fernandes, Coordenador do CEHLA (Palha de Abrantes), Director da revista Zahara, Vice-presidente da Associação de Água das Casas, Membro da Comissão do Centenário. Já foi da direcção da Palha de Abrantes. Além disso, é um premiado autor de ficção, na modalidade de conto. De pose discreta, tem vindo a consolidar-se como um nome de respeito.

Professor, historiador, ficcionista… o que melhor te define? Talvez seja o trabalho de História Local, que já tem alguma consistência e vejo reconhecido e valorizado. Embora tenha a ideia de que, um dia, hei de apostar mais na ficção e disciplinar-me mais na escrita. Já experimentei o romance, mas vi que assim é muito difícil. Se apostasse mais e de forma mais disciplinada, podia ser uma boa opção. O que te move a fazer História? Sentir que as pessoas procuram, se interessam, se sentem felizes a ler. Por exemplo, sobre o Benfica de Abrantes: tantas pessoas ligadas ao clube reveem-se no que vem no livro, identificam-se. Por isso me dedico à História Local Contemporânea. Quando pensei num curso superior, pus a hipótese de ser jornalista. Talvez esteja a fazer as duas coisas. E a escrever ficção? O que me fez interessar pela ficção, primeiro ler e depois escrever, foi a minha professora primária. Na Matagosinha, apareceu uma mulher extraordinária que criou uma dinâmica que nos levou a continuar.

Depois, o professor de português do sétimo ano levou-nos a ler Bichos e Novos Contos da Montanha, de Torga. Além disso, eu vivia numa aldeia em que as estórias não surgiam escritas Posto isto, o que é hoje, para ti, ser professor? Nunca fui um professor muito entusiasmado, reconheço. Sobretudo porque gosto de pegar nas coisas, trabalhá-las, abrir uma porta e fechá-la, fazer as coisas do princípio ao fim. E sinto que a escola, embora nos dê momentos muito gratificantes, é sempre marcada por qualquer coisa muito incompleta, sobretudo por dificuldades. Sem esquecer que as atividades associativas e culturais, não escolares, são feitas como voluntário e, como a escola está, torna-se cada vez mais difícil. Nestas últimas áreas, ao contrário de qualquer outra profissão, fazemo-las sem compensações, de graça. Há-de chegar o tempo em que isto tem de ser alterado. Como, não sei. Que tem significado para ti a participação na Comissão do Centenário? É sempre bom ser convidado. Se entendem que numa situação como esta podemos dar um contributo, isso faz-nos felizes. Por outro lado, tem dado resultados. Só um exemplo: propus a requalificação do monumento a D. Nuno Álvares Pereira; agora que está feita, vejo que a proposta serviu para alguma coisa. Não foram todas as atividades que pensámos concretizar, algumas ficaram pelo caminho, mas é gratificante. Parece-me que tem sido fundamental, para a forma como as co-

memorações têm decorrido o facto do Doutor Fernando Catroga ter assumido a presidência da Comissão, que foi meu professor em Coimbra, que é uma referência do panorama académico e cultural nacional e que continua a amar a sua terra. Estava um pouco distante da vida abrantina, porém a sua ação, enquanto homem que estudou processos comemorativos de toda a época contemporânea e que integrou a Comissão Nacional de Comemoração da Implantação da República, foi determinante para o programa equilibrado que se está a concretizar e para o funcionamento da própria Comissão. O que é, para ti, Água das Casas hoje? É uma aldeia especial, naturalmente. Na minha infância com quase duas centenas de pessoas, hoje com umas trinta em permanência. Mas onde foi possível, através de uma dinâmica associativa bastante interessante, criar condições para que a aldeia não vá morrer. Desde que a Associação começou a funcionar, vi que a porta estava aberta, com o dinheiro à disposição de toda a gente, as pessoas serviam-se e pagavam, e quando se convidava as pessoas para irem fazer uma obra, no dia estavam lá todas e trabalhavam em conjunto… Este processo foi interessante, fez com que as pessoas que saíram tenham mantido a ligação com a aldeia. Quanto a mim, nasci no campo, mas não sou do campo: trabalhei na agricultura, como as pessoas do meu tempo, mas não me vejo a dar continuidade às hortas do meu pai. Tenho pena de não ter esse gosto. Às vezes penso em largar algumas

JOSÉ GASPAR N: 1967, Água das Casas Licenciatura História: 1991

Prémios literários (conto)

VIII Concurso Literário SPRC (2007) Concurso de Conto INATEL 2008 Prémio de Literatura Parque das Nações / Casino de Lisboa 2009 Prémio Literário Padre João Maia (Vila de Rei) 2011 e 2012 Prémio Literário Dr. João Isabel (Manteigas), 2012 Concurso Literário Alexandre O’Neill (Constância) 2015 Prémio Literário Irene Lisboa (Arruda dos Vinhos) 2016

Livros

Pombal: Breve Estudo Histórico (coautoria) 1993 Os Discursos e o Discurso de Salazar, 2001 A História da Primeira República em Abrantes: Evolução Política e Ação Laicizadora, 2005 Histórias Desencantadas, 2012 Água das Casas: Memórias de uma Comunidade, 2015 Um Mundo Quadrado: Visto aqui deste lado, 2015 Sport Lisboa e Abrantes / Sport Abrantes e Benfica: 100 anos (2016)

coisas e… mas, se tivesse de ser, já tinha acontecido. Como vês, culturalmente, a cidade, ou a região? Com alguma riqueza cultural. Tem pessoas com disponibilidade para fazer acontecer coisas. Apesar dessa disponibilidade, os poderes instituídos poderiam aproveitar mais os recursos humanos locais. Ou, quando vão ao exterior buscar agentes ou eventos, envolver mais os locais. Se implicassem as pessoas ou se se apoiassem em dinâmicas locais, depois ficava mais alguma coisa,

abriam-se novas valências. Sinto que os projetos que envolvem as pessoas localmente são os que têm mais-valia. Além disso, há já públicos muito diversificados, mas não sei se se pensa nos mais novos. Parece-me que há um corte. E para a frente? Dar continuidade aos vários projetos. E tenho um livro de contos concluído, vou tentar encontrar uma editora que publique e faça a divulgação e a distribuição do livro, no próximo ano. Alves Jana PUBLICIDADE

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4 MAÇÃO

NOVEMBRO 2016

Câmara Municipal aprova orçamento de 11 ME para 2017 A Câmara Municipal de Mação aprovou no dia 27 de outubro, as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2017. O documento, que ronda os 11 ME, com um aumento de 11 mil euros em relação ao orçamento anterior, foi aprovado por maioria com as abstenções dos vereadores eleitos pelo PS. Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, disse ao JA que “este plano vem muito na linha do que foi decidido no início deste mandato e que vem de encontro ao que nós apresentámos aos eleitores do concelho aquando da campanha eleitoral”. “Apesar de se aproximar o ano eleitoral, não tivemos a preocupação de criar um orçamento demasiado grande que pudesse resultar, eventualmente, em várias obras,

não vai ser essa a opção, é um orçamento à medida do que podemos cumprir e ronda os 11 ME e 600 mil euros”. No que diz respeito às apostas para 2017, o autarca maçaense fez referência “ao apoio social e às famílias, à educação e à cultura, o apoio às empresas, a valorização do território e floresta, a saúde, bem-estar, desporto e lazer e a juventude. Sempre numa relação de proximidade com o munícipe. São estas as áreas que devem ter o nosso foco e que vão de encontro ao Plano Estratégico de Mação 2020/2025”. Na reunião do executivo camarário, Nuno Neto e César Estrela, vereadores eleitos pelo PS, referiram que este é um orçamento “muito na linha do que tem sido feito” e que se denota “falta de foco”.

Nuno Neto referiu que esperava ver “medidas mais concretas no domínio do turismo e desenvolvimento económico”. O socialista avançou que se tivesse responsabilidade sobre o Plano Estratégico “teria tido outras preocupações”, esperando que haja no futuro “maior proatividade” quanto a algumas entidades do concelho, como o Gabinete Empreendedor de Mação (GEMA) ou a AmarMação. Por sua vez, César Estrela, questionou sobre as obras a efetuar nas freguesias do concelho, afirmando que este é “o orçamento de continuidade (…) um documento muito igual aos anteriores”. Sendo um orçamento no qual não participou, disse que iria apenas “acompanhar” o desenvolvimento do mesmo.

• Executivo camarário de Mação Áreas prioritárias para 2017 1. Ação Social e Apoio às Famílias; 2. Educação, Conhecimento, Cultura e Cidadania; 3. Apoio às Empresas e agentes EconómicosEmpreendedorismo; 4. Gestão Territorial, Turismo, Património, Floresta/ Agricultura e Produtos Endógenos, Associativismo e Desenvolvimento Rural; 5. Saúde, bem-Estar, Desporto e Lazer; 6. Infraestruturas e Obras Públicas; 7. Juventude; 8. Comunicação e proximidade com o Munícipe.

Vasco Estrela acrescentou ainda que “a elaboração des-

te orçamento teve em consideração as responsabilidades

que temos em diversas áreas e com diversas entidades e, principalmente, o grande sentido de responsabilidade traduzido no rigor e na transparência que sempre temos colocado na nossa gestão”. “Sendo um orçamento de alguma continuidade, deixa já algumas pistas para o futuro. Ao encerrarmos este ciclo autárquico temos obrigação de perspetivar o futuro, independentemente dos protagonistas que ficarão à frente do executivo, deixando trabalho feito”, finalizou. Joana Margarida Carvalho

A reabertura do tribunal é “uma primeira vitória” Mação recebeu no dia 27 de outubro uma “Mesa Redonda” com o tema “A Organização Judiciária e os Território do Interior”. Na sessão marcou presença Elina Fraga, Bastonária da Ordem dos Advogados (OA),

Guilherme Pires da Silva, Juiz Presidente da Comarca de Santarém, Vasco Estrela, Presidente da Câmara de Mação e outros intervenientes. Com esta iniciativa, promovida pela Câmara Municipal, pretendeu-se debater a orPUBLICIDADE

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ganização judiciária que vai permitir a reabertura dos tribunais que foram encerrados na última reforma do mapa judiciário. Elina Fraga, Bastonária da Ordem dos Advogados, começou por referir ao JA que anunciada reabertura do tribunal de Mação é “uma primeira grande vitória a reclamar outras, que têm a ver, naturalmente, com a necessidade imperiosa de devolução das competências originais ao tribunal”. Tal como já tinha sido anunciado, o Governo quer reativar 20 tribunais que foram encerrados na última reforma e alargar a competência material das atuais secções de proximidade, de modo a que ali se realizem julgamentos criminais, a partir de janeiro de 2017. Com esta decisão, na região do Médio Tejo, o Governo reativa os tribunais de Mação e Ferreira do Zêzere, que haviam encerrado em setembro de 2014, no âmbito da reforma do mapa judiciário,

Elina Fraga, Bastonária da OA, Guilherme Pires da Silva, Juiz Presidente da Comarca de Santarém e Vasco Estrela, Presidente da CM de Mação

e Abrantes recebe a partir de janeiro de 2017 uma secção de família e menores, que havia perdido no âmbito da mesma reforma. Elina Fraga explicou que em Mação “serão feitas todas as diligências relativas a julgamentos de crimes praticados no Município que não sejam puníveis com penas superiores a 5 anos de prisão. Poderão ocorrer aqui vídeo-conferências no âmbito de julga-

mentos que estejam afetos a outros tribunais, para evitar que o cidadão se desloque. E na área da família e menores haverá uma aproximação que se pode traduzir quer na criação de uma secção em Abrantes, quer, eventualmente, se o tribunal de família e menores estiver a mais de 30 km de Mação pode traduzir-se na realização das diligências no tribunal do Município”.

Com a implementação da reforma do sistema judiciário em 2014, “houve uma desatenção absoluta, um desconhecimento do território e das assimetrias do mesmo. Quem fez a reforma não conhece Mação, a sua população, as infra estruturas rodoviárias e a rede de transportes e só por isso conseguiu determinar que a justiça se afastasse”, finalizou a bastonária. JMC


CENTENÁRIO 5

NOVEMBRO 2016

No âmbito do programa do Centenário da cidade de Abrantes, decorreu no dia 20 de outubro, na Igreja de Santa Maria do Castelo, a Conferência “Abrantes - Tudo como dantes, um centro estratégico”. A sessão abriu com Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes e reuniu especialistas de várias áreas que abordaram diferentes temáticas e procuraram lançar desafios e oportunidades para a cidade e para o concelho. Durante o seu discurso, Maria do Céu Albuquerque disse que a conferência teve como objetivo ser um “alicerce para aquilo que todos nós aspiramos, que é um concelho e uma cidade que se afirma no contexto local, regional e nacional com uma sociedade competitiva, capaz de atrair mais iniciativa, mais pessoas, mais turistas e com isso pos-

samos criar as melhores condições para estimular a qualidade de vida dos cidadãos”. No final do painel, a autarca deixou um balanço, referindo que a sessão contou com “uma contextualização histórica do professor José Martinho Gaspar. Tivemos uma contextualização económica e financeira por parte do Dr. Eduardo Catroga, que nos abriu portas e pistas de reflexão sobre onde é que o nosso modelo de desenvolvimento assenta (…) e por último, tivemos uma perspetiva de geopolítica e de geoestratégias, aquilo que é o modelo de desenvolvimento atual assente numa política de cidade, que nos faz perceber a que ponto chegámos e nos ajuda a perspetivar para onde queremos ir”. Integrado no programa decorreu a inauguração da exposição “Abrantes, tudo como

• Mural “100 anos, 100 rostos” dantes: um centro estratégico”, patente na Biblioteca Municipal António Botto, até dia 2 de dezembro. De seguida procedeu-se à inauguração do mural “100 anos, 100 rostos”, junto ao Jardim da República, e a uma visita pedonal pelo centro histórico ao percurso “Pop Up’s de Abrantes”. “Este mural, junto ao Jardim da República, inscreve neste muro os rostos de 25 abrantinos e abrantinas que construíram este último centenário. Este mural intitula-se 100 anos 100 rostos, faltam-nos

75 e por isso, continuamos a desafiar a comunidade abrantina a fazerem-nos chegar fotografias para continuar a construir esta obra de arte”. “A ideia é reunir 100 rostos de homens e mulheres que na nossa história recente, nos últimos 100 anos, ajudaram a construir a nossa cidade e concelho”, afirmou a presidente. No que diz respeito aos Pop Up’s de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque explicou que se tratam de “inscrições sobre a nossa história, sobre factos que dizem respeito à

Joana Margarida Carvalho

Abrantes assinala Centenário e debate importância geoestratégica

Maria do Céu Albuquerque disse que o monumento diz respeito ao “nosso passado, mas também do nosso futuro coletivo”

nossa comunidade, distribuídos nas caixas de abastecimento elétrico do centro histórico. Com elas vamos assim poder conhecer e relembrar factos, momentos e personagens da nossa história, fomentando este sentimento

de pertença de uma comunidade que se quer próspera”. O dia terminou com a inauguração da requalificação do Monumento a D. Nuno Álvares Pereira, no Outeiro de S. Pedro, ao final da tarde. Joana Margarida Carvalho PUBLICIDADE

Clínica Dentária em Abrantes volta a apostar em tecnologia e inovação Na Clínica Albuquerque a tecnologia não é o futuro, mas sim o presente e está, desde sempre, ao dispor dos seus pacientes. Durante 20 anos, a Clínica Albuquerque tem investido em equipamentos e formação, sempre com o objectivo de proporcionar aos seus pacientes tratamentos orais mais cómodos e rápidos, utilizando a tecnologia mais avançada disponível no mercado. Diagnóstico Tridimensional A Clínica Albuquerque tem a mais recente tecnologia em Tomografia Axial Computorizada (TAC). A TAC é um exame que utiliza um equipamento com Raios-X para obter dados de vários segmentos da boca. Permite um diagnóstico mais eficaz, um tratamento dentário mais seguro e possibilita o planeamento prévio de todo o tipo de intervenção. Pode ser usada no estudo de lesões ósseas dos maxilares, sejam de origem dentária ou de outra etiologia e, ainda, no estudo de patologia inflamatória (abcessos dentários, granulomas ou quistos periapicais, osteomielite...) e de patologia congénita (dentes inclusos ou dentes supranumerários, para planeamento cirúrgico...).

Reabilitação Estética e Funcional com Tecnologia CAD/CAM A Clínica Albuquerque adquiriu o sistema CEREC®. É uma tecnologia Alemã, bastante recente na medicina dentária. Permite ao médico dentista realizar restaurações de dentes, aplicando coroas, coroas sobre implantes e facetas, feitas integralmente em cerâmica (porcelana). O CEREC® é um sistema que possibilita a reabilitação da boca do paciente numa única consulta, contrariamente às 3 semanas do sistema tradicional. Foi concebido para dar resposta rápida e de qualidade aos desafios da reconstrução dentária. Em menos tempo e menos consultas obtém-se um tratamento de alta performance, alta resistência e estética, não recorre a moldes, a provisórios nem segundas consultas. A restauração ou coroa é projetada, sendo depois fabricada por fresagem a partir de um bloco de cerâmica (CAM), na cor do dente. O paciente fica com a sua restauração feita em apenas um dia. Até ao próximo dia 26 de Novembro a Clínica Albuquerque irá estar em remodelação para receber os seus pacientes com uma imagem renovada, moderna, com maior conforto e sempre na vanguarda da tecnologia.

Mais de 20 anos de experiência e evolução tecnológica

1995

. Início de atividade da Clínica Albuquerque . Unidade de tratamento e cadeira XO . RX Intraoral

2016

1996

. Sensor digital de Cor . Laser Cirurgico . Motor de Endodontia Recíproco

. 1ª prótese fixa sobre dentes naturais

1998

2015

. Sistema Radiovisiography (RVG)

. 1ª prótese fixa com produção de coroa inLab . Forno Odontológico

1999

. 1ª endodontia motorizada

2014

. Scanner Intraoral Digital . Equipamento de Produção de Coroas CNC

2003

2011

. Unidade de Obturação

2006

. Microscópio Digital de Alta Resolução . Profijet

2010 . Ultrasom cirúrgico

. 1ª cirurgia de implantes . 1º prótese fixa sobre implantes

2008 . Tomografia axial computorizada

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EDUCAÇÃO 9

NOVEMBRO 2016

Encontro de empresários de Mação reuniu cerca de 70 pessoas A Câmara Municipal de Mação promoveu no dia 1 de outubro, um Encontro de Empresários do Concelho. Perante uma plateia de cerca de 70 empresários que se reuniram no Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, foram explicados todos os apoios que os empresários podem vir a usufruir e de como podem efetuar as suas candidaturas. A Câmara Municipal de Mação vai disponibilizar todos os meios para ajudar os empresários do Concelho. Para Vasco Estrela, o presidente do Município, “o Encontro foi importante porque deu para termos todos uma perspectiva daquilo que está hoje em termos de apoio para os empresários do Concelho de Mação e de todo o país. Neste início do

• Vamos tentar ser o elemento facilitador dos negócios afirmou o autarca maçaense novo Quadro Comunitário, é bom que todos tenham noção com o que é que podem contar e não haver desconhecimentos. Foi isso que a Câmara de Mação tentou fazer e é essa a sua obrigação, disponibilizar a informação”. A Autarquia maçaense dispõe-se mesmo a trabalhar

diretamente com os empresários do Concelho, pois “através do Gabinete Empreendedor de Mação, vai haver um contato pessoal com todos os empresários e vão dizer-lhes com o que podem contar em termos de fundos comunitários ou outros, como é o caso dos ins-

titutos públicos como o IAPMEI ou até da AICEP. Vamos dizer que a Câmara de Mação está disponível para lhe fazer o trabalho, se assim o entenderem. Vamos tentar ser o elemento facilitador dos negócios”, afirmou o presidente. Vasco Estrela diz que “o que eu não quero nunca é que

um negócio deixe de se fazer por as pessoas terem desconhecimento. É dizer que estamos aqui, ao lado dos empresários, para os ajudar a atingir os seus objetivos. Até porque se os objetivos deles forem atingidos, o concelho de Mação fica seguramente a ganhar”.

No Encontro, os empresários maçaenses tiveram a oportunidade de ouvir as intervenções de Joaquim Serras, presidente da Associação Comercial e Empresarial dos Municípios de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei, de António Campos, presidente da Comissão Executiva da NERSANT, Conceição Carvalho, secretária técnica do POCentro da CCDRC, Miguel Sá Pinto, responsável do IAPMEI na Região Centro e Maria João Gomes, diretora-adjunta da AICEP. O discurso de encerramento coube ao presidente Vasco Estrela, que agradeceu aos presentes mas que não escondeu que “gostava de ter visto aqui muitos mais”. Patricia Seixas

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10 TRAMAGAL

NOVEMBRO 2016

Mitsubishi inicia produção de veículo totalmente elétrico em 2017 A Mitsubishi Fuso Truck Europe, sediada na freguesia de Tramagal, concelho de Abrantes, vai iniciar uma nova produção em 2017. Trata-se de um novo veículo, intitulado Fuso eCanter,e é a terceira geração do Fuso Canter E-Cell já desenvolvido na unidade fabril. “Estamos a falar da terceira geração de um veículo elétrico, designado eCanter, que é a versão elétrica de um veículo que nós produzimos com motor a combustão”, explicou Jorge Rosa, o CEO da Mitsubishi. “É a terceira geração porque já tínhamos produzido 10 unidades de uma segunda, que esteve em teste por todo o país, e ainda está em teste na Alemanha. Esta terceira geração é a evolução natural, sendo que os proje-

tos de investigação e desenvolvimento passam por várias fases e esta é mais uma delas”, destacou o responsável. O novo veículo já foi apresentado publicamente, no passado mês de setembro, e terá uma produção piloto alargada de cerca de 100 a 200 unidades, em 2017, que será continuada numa produção em massa em 2019. Jorge Rosa afirmou que anova viatura representa a “evolução natural da mobilidade “e “é claramente uma tendência que vai surgir muito mais rápido do que aquilo que se pensa, sobretudo nas grandes cidades”. “As boas práticas ambientais é um dos fatores que conduz a esta tendência, sendo que a viatura tem um nível de emissões, praticamente

• Novo veículo eCanter é totalmente elétrico nulo, e por outro lado porque esta nova alternativa é economicamente viável. Acreditamos que esta será uma forma de mobilidade inevitável”,

fez notar o responsável. Numa fase inicial, o novo eCanter irá entrar, mais facilmente, nos mercados ocidentais, “derivado às restri-

ções que já se impõem em algumas cidades de veículos a combustão. Numa segunda fase nos restantes mercados”, afirmou Jorge Rosa.

O CEO explicou que, antigamente, “todos os projetos que surgiam à volta dos veículos elétricos, eram projetos experimentais e bastante caros e era impossível passá-los à prática, uma vez que ninguém compraria um veículo com valores incomportáveis. Hoje, falamos de uma redução de custo acentuada ao nível das baterias e de todos os componentes destes veículos, que permite que daqui a 2/3 anos estes carros vão estar ao nível dos carros com motor a combustão”. Com 350 colaboradores, a Mitsubishi Fuso Truck Europe fecha o ano de 2016 com “crescimento na produção relativamente a 2015”e, segundo Jorge Rosa, a “tendência irá ser continuada em 2017”. JMC

Casal da Colheira termina vindima com grande “otimismo” O Casal da Coelheira, sediado em Tramagal, no concelho de Abrantes, já terminou a sua vindima para mais um ano que promete ser rico na diversidade de castas. Nuno Falcão, enólogo e um dos responsáveis dos vinhos Casal da Coelheira, disse ao JA que “a vindima correu melhor do que inicialmente era esperado. Há 2 meses estávamos um pouco apreensivos, porque o mês de julho foi exageradamente quente para aquilo que tem sido ao longo dos anos. Tivemos vários dias com temperaturas acima dos 40 graus, o que não foi positivo para a vinha”. “Teoricamente as maturações poderiam sair prejudicadas até ao começar da vindima e por isso estávamos um pouco apreensivos com aquilo que poderia ser a qualidade. Felizmente hoje, já com a vindima terminada, estamos bastante otimistas. Obviamente que há um longo caminho a percorrer em termos do preparar dos vinhos, mas a esta altura penso que já podemos fazer um balanço positivo”, fez notar o enólogo.

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• Nuno Falcão, enólogo e um dos responsáveis dos vinhos Casal da Coelheira Para Nuno Falcão este “não é um ano de topo, de forma generalista, não são das melhores colheitas que já tivemos, mas é um ano bastante simpático, porque felizmente as maturações acabaram por correr bem”. “Estou bastante otimista em relação aos brancos. Estão muito elegantes, aromáticos e frescos”, vincou o responsável, referindo estar bastante “entusiasmado com o verdelho e o arinto. São castas que nos vão surpreendendo pela positiva, ano após ano, e este

não foi exceção”. Com um olhar atento na exportação, o enólogo adiantou que a “estratégia tem sido mais de consolidação dos mercados, do que propriamente fazer grandes apostas em mercados novos. Obviamente, se surgirem oportunidades em mais algum país, com certeza que avaliaremos essa possibilidade”. “Hoje em dia estamos nos principais mercados e com resultados muito interessantes. Países como Brasil, EUA e Equador (…) Temos ainda

expectativas de poder vir a crescer na China. Em termos de exportação, conseguimos crescer cerca de 83% do ano passado para este ano”, sublinhou. No que diz respeito ao mercado interno, Nuno Falcão admite continuar a haver “alguns problemas e estrangulamentos”. “Estamos a viver uma crise e isso faz com que haja aqui um tecido económico relativamente frágil (...) Hoje em dia, os supermercados estão a dominar o mercado

do vinho. Têm cerca de 80% de cota de mercado nacional. Quando falamos de uma cota com esta percentagem, facilmente se entende que a posição negocial dos pequenos produtores, como nós, acaba por se tornar bastante frágil nesta balança desequilibrada”, explicou. O responsável refere ainda existir outro aspeto, “que são as regiões da moda”: “quer o Douro, quer o Alentejo têm desenvolvido trabalho muito bom. Infelizmente, o trabalho que a região Tejo, a sua CVR, a sua direção e os produtores têm levado a cabo, não tem colhido os mesmos frutos. Contudo, o Tejo tem tido um crescimento. Sentimos uma apetência maior dia após dia, mas é um trabalho muito lento, é uma corrida de fundo, que se vai con-

quistando”, fez notar. Quanto aos concursos internacionais e nacionais da especialidade, o enólogo avança que os mesmos arrancam a partir de janeiro de 2017. Até lá, Nuno Falcão prefere continuar a desenvolver um bom trabalho, para que seja possível trazer mais medalhas para o Tramagal e para a região do Médio Tejo. O Casal da Colheira é um projeto familiar de três gerações, que se estende por uma área com cerca de 250 hectares, distribuídos entre vinhas e diversas culturas arvenses, protegidas por uma pequena área de pinhal. O Casal da Colheira reúne diversas gamas que vão desde os tintos, aos brancos e aos rosés. JMC


ECONOMIA 11

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Gelataria Lis, a tradição continua em Abrantes! Já era um espaço acarinhado por muitos. Hoje assume o mesmo nome, a mesma tradição, mas acima de tudo o mesmo sabor. A Gelataria Lis transitou das mãos do senhor Paulo Dias, como assim é conhecido, para as mãos de Carla e Pedro Pina Ribeiro. Os filhos, Margarida e Diogo, foram os responsáveis. Presenças assíduas na antiga Gelataria, insistiram com os pais que o negócio não se podia perder em Abrantes. “A Gelataria estava à venda há vários anos. Já há muito tempo que o senhor Pedro Paulo Dias mostrava interesse em deixar o espaço a alguém. Em finais de 2015, os meus filhos, quer a Margarida, quer o Diogo, interessaram-se pelo negócio na perspectiva de que o mesmo não fechasse. Eles conheciam a casa desde pequenos e acabaram por fazer alguma pressão para não deixar o negócio morrer”, conta ao JA Pedro Pina Ribeiro. “Nós não somos desta área, não conhecíamos o modo de funcionamento, só sabíamos que os gelados e os croissants eram bons, todas as pessoas apreciavam os produtos. O negócio passava pela compra da Gelataria, mas também do segredo da confeção. A ideia era replicar o projeto noutro espaço”, recorda o responsável. “ A pressão dos filhos existia, mas a essência deste negócio foi mais mantermos a tradição do gelado em Abrantes. Hoje temos a ex-

periência que de facto muita gente gosta e aprecia os Gelados Lis, mesmo a nível nacional. Foi também uma forma de dar vida à cidade, num centro histórico que precisa muito de ser dinamizado”, reconhece Pedro. Atualmente, o novo espaço reúne um conjunto de produtos e sabores diferenciados: gelados, croissants com recheio, batidos, pastel de nata, limonadas, chás, café com gelado e outras surpresas deliciosas vão surgir agora no inverno. “Os gelados tiveram muita saída, embora a venda de croissants tenha sido constante. O de chocolate é muito requisitado e ainda temos o de doce de ovo, gila, morango e vamos introduzir agora o de nutella”. Quanto aos gelados, existem 12 sabores naturais: “coco, amora, limão, pêssego, melão, frutos secos, etc…Estamos a pensar já em novos sabores para esta altura das castanhas”, avança Carla.

O verão “foi uma loucura” Pedro e Carla confessam que não esperavam tanta adesão ao espaço desde o dia 7 de julho, data que marcou a abertura da Gelataria. “Trabalhámos os sete dias da semana. Uma das críticas que recebemos foi o tempo no atendimento, mas a questão é que tivemos muitas pessoas, sempre com muitos pedidos. Nunca pensámos que tivéssemos grande re-

• Carla e Pedro Pina Ribeiro são os proprietários do novo espaço cetividade, chegámos a estar abertos até à uma da manhã”, refere Carla. Apesar de algum cansaço, a família reconhece que o novo espaço trouxe ainda mais união: “estamos mais juntos agora. A Gelataria

uniu-nos, obrigou-nos a trabalhar juntos, o que foi muito bom”. A decoração do espaço é da responsabilidade de Carla. O logótipo surgiu da designer abrantina Marta Mariano e o amarelo surgiu para “associar

ao sol, porque combina com as cores dos outros espaços que temos. Ao entrar, a cor tem intuito de animar o cliente”, afirma a responsável. Já a pensar no inverno, a família espera dar continuidade a um outro projeto inicia-

do no verão: “adquirimos um veículo para eventos, temos um carrinho que tem o intuito de ser uma arca frigorífica e serve de balcão de venda. Queremos explorar esta área de negócio agora durante o inverno para qualquer evento: aniversários, casamentos, etc. Nas festas, onde estivemos, tivemos grande adesão, as pessoas adoraram os gelados”, disse Pedro. Ainda para esta altura do ano pensam introduzir o chocolate quente, os crepes e os waffles: “já adquirimos algum equipamento para estes fins. Depois é manter o espaço o ano inteiro e que as pessoas se sintam bem”. “No próximo verão, colocar a esplanada a funcionar é um objetivo, talvez ampliar a cozinha e investir numa máquina que confira maior rapidez para bater os gelados”, adiantam. Já o futuro, “ao Diogo e à Margarida diz respeito”, confessam animados ao JA. A Gelataria Lis by Ondalux está aberta de segunda a sábado, em pleno centro histórico da cidade de Abrantes. Joana Margarida Carvalho

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12 ABRANTES

NOVEMBRO 2016

ABRANTES

Loja do Cidadão vai avançar no centro histórico A Câmara Municipal de Abrantes procedeu no dia 17 de outubro a assinatura do protocolo de instalação da Loja do Cidadão com a Agência para a Modernização Administrativa. O momento oficializou-se no piso superior da Unidade de Saúde Familiar, espaço que irá receber a nova valência, com a presença da Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca. A Loja do Cidadão vai reunir vários serviços públicos como a Autoridade Tributária, a Segurança Social, um balcão de atendimento da Câmara Municipal de Abrantes (CMA) e dos Serviços Municipalizados, o Espaço de Cidadão e um Centro de Informação Autárquico ao Consumidor. Em declarações, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CMA, disse que a autarquia vai “criar condições para

Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa e a presidente da CMA

• Assinatura do protocolo de instalação da Loja do Cidadão que até ao final do verão de 2017 a loja possa estar a funcionar efetivamente”. “Estamos a falar de um investimento entre o meio milhão de euros e os 800 mil euPUBLICIDADE

ros. Não estamos a trabalhar com financiamento comunitário, não existe essa possibilidade para já, mas trabalharemos com a secretaria de estado e com a CCDRC, no

presidente. “Estamos confiantes que este é o caminho para podermos prestar um serviço de qualidade aos nossos cidadãos, contribuindo para a sustentabilidade do nosso país”, finalizou. Recentemente abriram no país 40 Lojas do Cidadão e serão inauguradas mais três até final do ano. JMC

Unidade de Saúde Familiar de Rossio ao Sul do Tejo arranca em breve Já foi aprovada a minuta do contrato a celebrar entre o Município de Abrantes e a empresa GAR-FIVE, Lda., pelo valor de cerca de 307 mil euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, com vista à construção do edifício da Unidade de Saúde Familiar (U.S.F.) de Rossio ao Sul do Tejo. O ponto mereceu aprovação da maioria, com ressalva e o parecer negativo da vereadora eleita pela CDU, por considerar que este é um investimento “que cabe ao Ministério da Saúde e não à Câmara Municipal de Abrantes”. Com um prazo de execução estimado de 210 dias, a obra constará da construção de um edifício com área de 300 m2 e um piso, com linguagem arquitetónica contemporânea, no local do antigo edifício do mercado diário do Rossio, que se encontra desa-

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sentido de criar condições para seja no âmbito da regeneração urbana, seja no âmbito dos programas para a modernização administrativa, conseguirmos financia-

mento para esta intervenção”, acrescentou. O objetivo da Câmara Municipal é “criar condições para que a Loja do Cidadão possa acolher as entidades com o benefício de criar uma massa crítica suficiente para o serviço ser prestado com qualidade” e para que “ possa haver uma poupança efetiva naquilo que são os recursos que administração central coloca nestas questões”, fez notar a

• USF vai nascer no antigo mercado tivado, pelo que será demolido e, no mesmo local, construído um novo edifício. A construção deste equipamento de saúde, com capacidade para 5.000 utentes, será realizada pela Câmara Municipal de Abrantes em colaboração com a Administração

Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P. (ARSLVT), com financiamento dos investimentos territoriais integrados (ITI). “Esta será mais uma resposta para atenuar o problema da falta de médicos de família no concelho de Abrantes,

esperando-se que com esta nova construção fiquem criadas condições para formalização de mais uma equipa (médicos, enfermeiros e administrativos) equipa USF – Unidade de Saúde Familiar”, destaca a informação do Município.



SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES

e o 9{ 'V o e .9l 'I ó !R.I .9l ASSEMBLEIA GERAL De acordo com o rui.º 22, n.º 2, alínea c) do Compromisso, CONVOCO os Irmãos desta Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, para a Reunião Ordinária da Assembleia Geral, que se realiza, Sábado, dia 19 de novembro de 2016, pelas 14H30, no Auditório do Sector Cultural do LAR-HOSPITAL D. LEONOR PALER CARRERA DE VIEGAS.

ORDEM DE TRABALHOS 1. 0 - Apreciação e votação do Plano de Atividades e Orçamento Ordinário de Exploração Previsional e Investimento para o ano de 2017; 2.0 - Correção da redacção do artigo 15.º do Compromisso, no ponto 1, onde se lê "Decreto Lei n.º 173-N2014" deverá ler-se "Decreto- Lei 172-N2014"; 3.º - Correção da redacção do n.º 2 do artigo 16.º e alínea 1) do artigo 21.º onde se lê "Órgão Sociais" deverá ler-se Órgão Executivo - Mesa Administrativa"; 4.º - Proposta para Irmão Benfeitor a Título Póstumo - Senhor José Lourenço Alfaiate; 5.º - Análise e votação de propostas da Mesa Administrativa para alienação de prédios rústicos; 6.º - Período de 30 (trinta) minutos para se tratar de qualquer assunto que a Assembleia considere de interesse para a vida da Instituição;

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Se á hora marcada não houver número suficiente para a Assembleia funcionar, (mais de 50%), a mesma terá lugar meia hora depois (15h00), com qualquer número de Irmãos, de acordo com o estatuído no art. º 24, n. º 1. ABRANTES, 31 DE OUTUBRO DE 2016

f:RAL





18 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS

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AMARMAÇÃO

Há 8 anos a promover o concelho Surgiu em 2008, é uma Associação de Desenvolvimento do Concelho e é uma aposta da Câmara Municipal de Mação. António Louro é o presidente da AmarMação e reconhece que “tem sido um esforço positivo e tem contribuído para ajudar a resolver alguns dos problemas das diferentes fileiras”. Começou com cerca de 50 associados “e tem crescido. Temos hoje mais uns 8 ou 9 do que quando começámos”. Estão incluídas “todas as empresas do setor agro-alimentar do Concelho e quase todos os estabelecimentos de bebidas e restauração”. A AmarMação, a funcionar na Casa das Associações de Desenvolvimento do concelho, “durante muito tempo não teve uma estrutura com funcionários e um espaço físico. Existia sem essa estrutura de suporte e portanto, muito limitada naquilo que podia ir fazendo”. “Neste momento temos todos os

meios físicos e humanos para cumprir aquilo a que nós nos propusemos. Temos estado presentes nas feiras da região, em representação dos produtores locais, e este ano vamos fazer o arranque da linha de embalamento de azeite, que vai ser utilizada este ano pela primeira vez”, informa o presidente da Associação. E como foi juntar empresas com produtos semelhantes? “Nunca é fácil”, reconhece António Louro. “Cada empresa tem as suas próprias estratégias, cada setor tem as suas particularidades mas há dificuldades que são, muitas vezes, comuns. Por exemplo, no presunto o que quisemos foi padronizar um produto com determinadas características, que fossem aceites por todos e isso foi alcançado. Conseguiu-se fazer um excelente trabalho de divulgação do produto e das suas características que acabou por beneficiar também os outros produtos das

empresas”. Quanto ao azeite, “o concelho de Mação nunca teve grandes problemas na transformação da azeitona, o problema está, muitas vezes, no escoamento do produto. Assim, a AmarMação, entendeu “que há aqui margem para melhorar na comercialização e o que nós criámos foi uma linha de engarrafamento que pretende dotar os cerca de 20 lagares ainda existentes no concelho, de instalações para esse processo. Tem condições para, além do engarrafamento, fazer o embalamento e a rotulagem. Será comercializado com a marca própria de cada produtor e poderá levar no rótulo a marca “Azeite de Mação”, se corresponder aos requisitos que temos para essa denominação”. Até ao final do ano, estará disponível o site para comércio eletrónico pois “a venda online é mais uma forma, até para acesso aos mercados

António Louro é o presidente da AmarMação

internacionais”. A curto prazo, a AmarMação quer ter os seus expositores, onde apresenta o mel, a doçaria, os vinhos, os queijos, o azeite e os presuntos “em todos os estabelecimentos comerciais de venda de produtos no concelho e ir fazendo o mesmo em termos regionais”. No futuro, António Louro vê “a AmarMação a ter uma importância ainda mais vincada no apoio à comercialização, na divulgação destes produtos e tentar que eles cheguem a outras regiões e mesmo a fazer a comercialização direta dos produtos, utilizando os expositores. Também vejo a AmarMação a ter um papel mais forte também na comercialização do azeite”. A «Marca Mação» “tem vindo a fazer o seu percurso, o trabalho está lançado e o mais difícil está feito, que é padronizar a produção”. Patrícia Seixas

VANESSA MARQUES PRODUZ MEL EM MONTALVO

“O Mel é um alimento vivo” Quando a vida “não sorri” há que encontrar o caminho e a alternativa. Assim fez Vanessa Marques, com 28 anos, de Montalvo. A jovem licenciou-se em Restauro, mas não encontrou saída profissional, desde então tem-se dedicado a um negócio de família - o mel! O pai, António Marques, desde há muitos anos que trabalha a área da apicultura e tem passado todo o conhecimento à filha. “Já temos a produção apícula há mais de 20 anos. O meu pai é apicultor, mas só agora é que estamos a desenvolver a área de forma mais profissional. Desde pequena que sempre o apoiei e ajudei nesta atividade. Nos últimos anos, depois de ter tirado um curso superior em Restauro, as coisas não correram como queria e em vez de estar parada, sem fazer nada, resolvi desen-

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volver esta área, iniciada pelo meu pai. Se calhar este foi um caminho para chegar até aqui”, afirma Vanessa ao JA. Atualmente, o mel produzido num espaço contíguo à casa de Vanessa já reúne 20 produtos diferentes. “A nossa base é o mel multi-flora, porque nesta zona não existe uma flora própria, há uma diversidade enorme e resulta num mel variado. Depois temos o nosso mel conjugado com frutos secos: amêndoa e nozes e com canela e baunilha. Temos os favos, os rebuçados, os sabonetes, a água mel, que é diferente do mel, tem uma tonalidade mais escura e resulta de uma cera que vem agarrada ao mel que é lavada e depois resulta numa água comestível e que assume um sabor de mel com caramelo. A partir

do mel de que dispomos, fazemos conjugações e tentamos inovar. O que tem mais saída é o mel normal e o mel com nozes”, conta a jovem empreendedora. Vanessa Marques refere que “as pessoas compram o nosso mel, porque tem um sabor não muito intenso, nem muito suave, é um mel intermédio. Nesta altura do ano, temos grande procura devido às broas, às constipações e porque deve-se comer mel, porque é um alimento vivo, não é açúcar, tem enzimas que são benéficas à saúde”. A jovem apicultora costuma estar representada nas várias feiras da região: “Aposto nas feiras de Sardoal, na vila de Constância, no Parque Ambiental de Santa Margarida. Muitas vezes também sou convidada pela autarquia para estar representada em alguns eventos públi-

cos. Vale a pena apostar nas feiras, mas por vezes as pessoas não compreendem o valor do mel, não valorizam o seu custo. Mas nas feiras tento apresentar sempre produtos novos, com uma imagem renovada e já tenho clientes fidelizados”. Para Vanessa “a apicultura é uma área exigente, requer muito trabalho e tempo, é um processo lento, e é necessário envolver toda a família, que é o que acontece. As nossas colmeias encontram-se espalhadas pelo campo de Montalvo e é um trabalho que acontece ao longo do ano. Temos uma fase de extração do mel, outra de extração do própolis e concebemos todo o processo desde a colheita ao produto final. O meu pai é a base, ele é que sabe lidar com as abelhas, mas tem estado a transmitir todo o seu conhecimento para mim”.

A jovem montalvense encontra-se a tirar uma formação certificada em Leiria e ambiciona “atingir uma maior diversificação de mel”. Para isso, já pensa em “espalhar e expandir as colmeias para fora do concelho” e conseguir rentabilizar a sua vida “a partir da área”. Neste momento, Vanessa vai concluir obras de expansão, para produzir mais produtos derivados do mel, com espaços próprios para a extração do pólen e do própolis. “Atualmente, o nosso espaço é pequeno e o escoamento está a correr bem e a justificar a expansão”, admite. O mel da família Marques está disponível para venda nas mercearias de Montalvo, na loja Camões Com Sabor, em Constância, e no Espaço Cá da Terra, em Sardoal. Joana Margarida Carvalho


ENTREVISTA 19

NOVEMBRO 2016

“Consegui aproveitar o momento” Salomé Silveira tem 16 anos, é de Abrantes, e participou no The Voice Portugal. A sua participação chegou ao fim, na fase das “Batalhas”, mas a jovem considera que a sua principal batalha foi vencida. Porque é que decidiste regressar ao The Voice Portugal? Já tinha participado no The Voice Kids, adorei a experiência e consegui chegar à final. Passaram dois anos e achei que seria a altura indicada para tentar novamente, apesar do pouco tempo de diferença entre um programa e outro, pensei que fosse a altura indicada, nesta que era uma edição de adultos. Era um novo desafio. Este desafio conferiu mais pressão e responsabilidade? Sim, sem dúvida. Contudo foi também um recordar porque a produção era a mesma, os métodos foram os mesmos, muitas situações foram similares. Como correu “a Prova Cega”, a primeira etapa do programa? Na “Prova Cega” a produção escolheu-me um tema que já tinha cantado no The Voice Kids, o que me trouxe maior responsabilidade, pois queria mostrar que tinha evoluído, não só em termos vocais, mas na interpretação da música. No entanto, os nervos atrapalham sempre, porque o palco das provas cegas é, sem dúvida, o mais intimidante, uma vez que chegar a um palco e ter quatro cadeiras viradas e ter a consciência que as temos de virar, só com a voz, é complicado. Temos de tocar nos jurados e chegar a eles só com a voz. Estava muito nervosa e isso atrapalhou a minha prestação. Estava preparada, os ensaios tinham corrido bem, mas quando subi ao palco e vi as quatro cadeiras, fiquei muito nervosa e podia ter corrido melhor. Deu para

passar e para convencer a Áurea e o Anselmo Ralph. Porque é que escolheste a Áurea como tua mentora? Teve a ver com o meu registo. Apesar de ter ficado bastante indecisa, já conhecia o Anselmo e sabia a pessoa humilde e querida que era, mas a Áurea tinha um registo mais similar ao meu.

• Salomé Silveira

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Outra etapa do programa foi “a Batalha”, como foi? Eu gostei da música que nos foi atribuída, nunca a tinha cantado, mas gosto muito da Alicia Keys. Tivemos muitos percalços pelo meio, a música teve muitas alterações e mudanças. A Áurea queria que fizéssemos algumas coisas que nunca tínhamos ensaiado. Só num dia, foram muitas as alterações que tivemos de ter em conta. No final, conseguimos superar tudo e fiquei muito feliz pelo resultado. Antes da “Batalha” o meu maior receio era subir ao palco e os nervos surgirem outra vez, mas consegui concentrar-me e aproveitar o momento. Quais foram as principais dificuldades e proveitos desta experiência? Proveitos tive muitos. Temos oportunidade de trabalhar com entendidos na área musical, com os mentores, os professores de canto, os bailarinos e a produção. A principal dificuldade foi lidar com os nervos, mas acho que consegui superar isso na “Batalha” e isso foi a minha verdadeira Batalha e acho que a consegui vencer. Uma experiência para repetir? Não sei, ainda é cedo. Agora é continuar a trabalhar. Que projetos futuros tens? Tenho o espetáculo das celebrações do Centenário, no dia 9 de dezembro, no cineteatro São Pedro. Tenho a minha banda, onde quero focar-me, bem como nos estudos. Joana Margarida Carvalho

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REGIÃO 25

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BrigRR comemora 11 anos de existência com cerimónia em Tancos A Brigada de Reação Rápida (BrigRR), força militar cuja sede de Comando e Estado-Maior estão instaladas no Aeródromo Militar de Tancos, assinalou o seu 11º aniversário no dia 7 de outubro. O Aeródromo foi o palco das comemorações que incluíram uma cerimónia militar, uma demonstração tática e uma mostra pública de algumas das suas capacidades. Presidida pelo General Rovisco Duarte, o Chefe do Estado-Maior do Exército destacou e saudou “a excelência do desempenho da Brigada de Reação Rápida e dos seus militares e civis”, afirmando que são “tropas nas quais o Comando do Exército confia e encarrega cde cumprir

exemplarmente as mais exigentes missões nos teatros de maiores riscos, nas mais variadas latitudes”. O Chefe do Estado-Maior do Exército não esqueceu que “a Brigada de Reação Rápida aprontou as duas forças que atualmente estão em missão no Kosovo e na Lituânia, às quais se juntará outra brevemente, na República Centro Africana”. Os desafios que se adivinham, nomeadamente nos relativos à instrução e aos orçamentos, aspectos sensíveis atualmente para o Exército e para o país, também não foram esquecidos pelo General Rovisco Duarte. O Comandante da BrigRR, o Major-General Carlos Peres-

trelo, fez o balanço do trabalho realizado ao longo destes anos e falou dos tempos que se aproximam mas as suas primeiras palavras foram dirigidas aos “militares que compõem a missão da Brigada fora do território nacional e que se encontram destacados em operações no Iraque, Lituânia, Kosovo, Mali ou em missões de cooperação militar”. No entanto, dirigiu-se ao Chefe do Estado-Maior do Exército, dizendo que “as relevantes caraterísticas expedicionárias das forças da Brigada, que se afirmam pela ousada prontidão, assinalada capacidade de projeção e acentuada versatilidade profissional, representam um acervo operacional de exce-

lência que deverá ser potenciado nas atividades de treino conjunto e combinado”. Antes do final da cerimónia, teve lugar uma demonstração de capacidades. Os presentes assistiram a “operações aeroterrestres”, com a utilização do salto em pára-quedas a partir de aeronaves da Força aérea Portuguesa, e a uma demonstração da Companhia de Apoio ao Aeródromo. O encerramento da demonstração aeroterrestre foi deixado por conta dos “Falcões Negros”, que saltaram com as bandeira da Brigada, do Exército e de Portugal. Patricia Seixas

SARDOAL

Bombeiros Municipais celebraram 63 anos e alertaram para os problemas vigentes Os Bombeiros Municipais de Sardoal assinalaram, no dia 2 de outubro, 63 anos da sua existência, com uma cerimónia no Centro Cultural Gil Vicente, onde diversos elementos da cooperação foram homenageados. Em declarações, Nuno Morgado, comandante dos Bombeiros Municipais de Sardoal, disse que o dia pretendeu “reconhecer a atividade que é desenvolvida pelo corpo de bombeiros não só neste ano, mas ao longo de todos estes anos. É um reconhecimento a todas as pessoas que têm passado por cá”. Nuno Morgado disse que a continuidade do trabalho “passa por manter este reconhecimento por parte da estrutura distrital e nacional ao nosso corpo de bombeiros. Para além disso, terá de haver um continuar ou uma melhoria do reconhecimento dos bombeiros, sendo eles o elemento fundamental desta atividade”. “É verdade que existe um reconhecimento por parte da Câmara Municipal, mas falta

mais, falta o Estado criar condições específicas para o desempenho de funções a nível voluntário, criando regalias a esses bombeiros, para que eles possam desempenhar a sua função”, salientou. No que diz respeito aos bombeiros profissionais, Nuno Morgado afirmou existir um conjunto de processos parados que envolvem o Estado: “aguardamos pela substituição do enquadramento legal dos bombeiros profissionais, estamos a falar de diplomas em vigor que nós consideramos que já estão mortos há muitos anos. Diplomas que têm de ser claramente substituídos, permitindo uma melhoria da capacidade de intervenção da componente profissional, permitindo as promoções. Começamos a notar, no dia-a-dia, que a maior parte dos bombeiros profissionais, não lhes falta competência, mas há necessidade de mais formação, mas só se consegue essa formação caso eles sejam promovidos”. Na cerimónia protocolar, Miguel Borges, presidente da

Câmara Municipal, agradeceu o trabalho prestado pela cooperação ao longo dos últimos 63 anos e salientou que o Mu-

nicípio é dos “que mais aplica nos bombeiros. Mais de 10% do nosso orçamento é para a Proteção Civil”.

“Lamento que esta nossa prioridade não seja acompanhada pelos apoios dos sucessivos Governos, que desde

há muitas décadas a esta parte não reconhecem a importância dos nossos bombeiros, não reconhecem a importância de um corpo de bombeiros profissional, como o nosso, que é um bom exemplo, devido à sua estrutura, com bombeiros profissionais e voluntários”, fez notar Miguel Borges. O autarca finalizou referindo que os bombeiros de Sardoal são “uma cooperação que tem estado na vanguarda, no desafio, sempre à frente”. Joana Margarida Carvalho PUBLICIDADE

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SARDOAL 27

NOVEMBRO 2016

Fórum Regional do Capital Humano chega a Sardoal Este é o sorriso de quem descobriu um tesouro e quer partilhá-lo. Foi o que aconteceu a Joana Ramos e Margarida Barbosa. Por isso organizam no dia 4 de novembro o Fórum do Capital Humano, no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal. A partir das 9h00 e até às 18h00, vários especialistas e gente de ação sublinham o valor decisivo que o capital humano representa e como geri-lo com propriedade. Numa região em processo de desertificação e a precisar de dinamizar a sua economia, o mínimo que se pode dizer é que a iniciativa vem na melhor hora. No primeiro painel intitulado “Gestão do Capital Humano nas Empresas Regionais” fazem parte Domingos Santos, do IPCB – Centro de Estudo e Desenvolvimento Regional, Maria Fernandes da Mendes & Gonçalves, Pedro Oliveira, do Instituto Politécnico de Santarém e Vítor Figueiredo, diretor geral da UNIVEG. A moderação ficará a cargo de Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal. O segundo painel, moderado por Miguel Pombeiro, Secretário Executivo da CIMT, sob o tema da “Gestão do Capital Humano nas Instituições Educativas Regionais: Refle-

xões sobre o Presente e o Futuro” vai contar com a presença de Fernanda Aparício, diretora de Recursos Humanos da Mitsubishi, Hélder Rodrigues, da Câmara Municipal de Abrantes, Helena Marujo, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, e um membro do Instituto Politécnico de Portalegre ainda a nomear. “O Capital Humano Regional: Desafios no Novo Paradigma Organizacional” é o tema do terceiro painel, moderado por Isaura Morais, presidente da Câmara Municipal de Rio Maior. Vai marcar presença: Florinda Matos, da Associação para a Acreditação da Gestão do Capital Intelectual, Helena Saraiva, do Instituto Politécnico da Guarda, Manuel Bartolomeu, da J. C. Bartolomeu, Paulo Fernandes, da Câmara Municipal do Fundão e Ramiro Matos, advogado. Para o último painel intitulado “O Capital Humano no Sucesso das Organizações Regionais”, moderado por Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, serão convidados Anabela Grácio, da Unidade das Escolas Europeias, Eduardo Beira, do Programa de Modernização e Valoriza-

ção do Ensino Politécnico, Pedro Nunes, diretor executivo da Risa Consulting, Rui Moita, diretor geral da Esprits-de-Corps e ex-diretor da RH Samsung e um membro do Instituto Politécnico de Tomar ainda a nomear.

• Joana Ramos e Margarida Barbosa dinamizadoras da iniciativa PUBLICIDADE

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SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

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28 DIVULGAÇÃO

NOVEMBRO 2016

NOMES COM HISTÓRIA

CRÓNICA DE SAÚDE

O Hospital de Abrantes e o nome que lhe foi atribuído: Manuel Constâncio

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

O velho hospital de Abrantes, denominado do Salvador, foi fundado em 1483, pelo primeiro conde de Abrantes, D. Lopo de Almeida e sua mulher D. Brites da Silva. Em 1488, D. João II ordenou que todos os hospitais e albergarias de Abrantes se juntassem para formar um único hospital, o que só veio a acontecer em 1530, quando foi integrado na Santa Casa da Misericórdia de Abrantes. Em meados do século XX, embora alargado, o edifício não reunia quaisquer condições para albergar com o mínimo de conforto os doentes que a ele recorriam. Foi só em 1979, que depois de muito instado (era então presidente da câmara o engenheiro Bioucas), o Ministério da Saúde ordenou a construção de um novo edifício, inaugurado uns anos mais tarde, em 25 de Outubro de 1985. Hoje encontra-se integrado no Centro Hospitalar do Médio Tejo. A este novo hospital foi então atribuído o nome de Manuel Constâncio, importante cirurgião do século XVIII, natural da nossa região, cujo retrato, num painel de azulejos, se encontra numa parede da entrada principal e que foi feito a partir de uma pintura original que se encontra na Quinta de Vale da Lousa em Sentieiras, por ele mandada construir. Da sua vida sabe-se que nasceu em Sentieiras, em1726, filho de família humilde, teve uma infância e juventude difíceis, pois o pai morreu cedo, tinha ele apenas 12 anos e, embora muito jovem, sentiu-se na obrigação de ajudar a mãe que ficara com o encargo de sustentar uma família com sete filhos. O primeiro contacto remoto, no tempo e na complexidade, com o que seria a sua futura profissão, teria sido feito com o padrinho de uma sua irmã, que era barbeiro sangrador em Sardoal, profissão então quase equiparada à de cirurgião. Por volta dos vinte anos, com os irmãos a crescerem e vendo que já não fazia tanta falta à

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Dia Mundial do Não Fumador

mãe, veio para Abrantes estudar português e latim, ao mesmo tempo que praticava a arte da cirurgia, no hospital do Salvador, à época muito conceituado nesta área. Como tinha de prover ao seu sustento, ia entretanto exercendo a profissão de barbeiro sangrador e foi assim que, segundo a tradição, teve contactado com um fidalgo que o levou para Lisboa. Esse fidalgo foi o 2º marquês de Abrantes, D. Joaquim de Sá Almeida e Meneses, mas curiosamente não foi em sua casa que se albergou mas sim na do seu cunhado, o conde de Vila Nova, onde teria continuado a exercer as funções de barbeiro. Nesse contacto quase diário com o fidalgo, este foi notando as qualidades excepcionais do rapaz, de tal modo que o incentivou a inscrever-se na aula de cirurgia do hospital de Todos-os-Santos, tornando-se a partir daí seu protector e mecenas. A cirurgia era na altura ainda uma parente pobre das ciências médicas e esta aula era então quase só frequentada por barbeiros sangradores, alguns quase analfabetos, de modo que Constâncio começou a tornar-se notado pelos conhecimentos, inteligência e interesse que manifestava pelo trabalho. Um dos professores que logo reparou nele e que rapidamente descobriu as suas qualidades foi o famoso cirurgião francês Pierre Dufau, que o Marquês de Pombal trouxera de Viena de Áustria para Lisboa e a quem recorria, quando necessário. Dufau era também um estudioso de anatomia e foi um dos primeiros que, em Portugal, defendeu a grande im-

portância dos conhecimentos desta matéria para o desenvolvimento da prática da cirurgia, o que até aí não era reconhecido. Com Dufau, frequentou depois a cadeira de anatomia, onde continuou a revelar as qualidades que lhe faziam antever um futuro brilhante, de tal modo que se tornou o seu discípulo dilecto e mais tarde mesmo amigo pessoal. Em 1754, Constâncio alcançou a Carta de Cirurgia, ficando assim com habilitações para exercer clínica em Lisboa. O Conde de Vila Nova escolheu-o para cirurgião da sua casa e Dufau, então em boas relações com o Marquês de Pombal, também o apadrinhou, pelo que se lhe abriram logo muitas portas e se viu com uma importante clientela tanto da nobreza como da alta finança. A sua carreira estava feita, mas isso não o satisfazia. As ciências médicas continuavam a apaixoná-lo, queria continuar a estudar e a estar a par das últimas descobertas científicas nesta matéria. Dufau, quando regressava das suas visitas a França, trazia-lhe livros actualizados, punha-o a par das últimas descobertas científicas no campo da medicina e de tal modo ganhou a sua confiança, que, quando se jubilou, foi Constâncio que o substituiu como lente na cadeira de anatomia. Ansioso não só de adquirir conhecimentos mas também de os divulgar, foram seus discípulos vários cirurgiões famosos, que muito contribuíram, no futuro, para o avanço da medicina em Portugal. Em 1792, quando a doença

mental de D. Maria I se agravou, Constâncio era já cirurgião da Casa Real e foi um dos que teve uma intervenção directa no tratamento da soberana, cuja doença infelizmente se revelou incurável. Um pouco antes, em 1786, já esta o agraciara com os títulos de cavaleiro e fidalgo e o recompensara generosamente pelos serviços prestados. Jubilou-se em 1805, contava então 79 anos e só a doença e a idade o impediram de continuar a reger a sua querida cadeira de anatomia, tendo sido substituído no cargo por um discípulo, tal com ele sucedera a Dufau. Refugiou-se depois na sua Quinta de Vale da Lousa, onde morreu com 91 anos e em cuja capela quis ficar sepultado. Hoje é seu proprietário o industrial abrantino Carlos Lopes Sousa, que tem procurado honrar e recordar, com vários eventos, não só a memória de Constâncio mas também a de Bocage que ali esteve refugiado, quando da perseguição que lhe moveu o intendente da polícia Pina Manique. Foi para lá levado por um dos filhos do cirurgião de quem era amigo e durante a sua permanência, apaixonou-se pela filha mais nova de Constâncio, Margarida, a quem imortalizou em vários dos seus poemas, com o nome de Marília de Dirceu. Nota: As informações sobre a vida de Manuel Constâncio foram retiradas do livro de Manuel Correia de Castro, Manuel Constâncio, o Páreo Português, edição da Câmara Municipal de Abrantes, 1993 Teresa Aparício

No dia 17 de Novembro, comemora-se o Dia Mundial do Não Fumador. É o dia que a Organização Mundial de Saúde (OMS) elegeu para aumentarmos o esforço no trabalho continuo de sensibilizar as populações, com mais enfâse nos grupos de maior risco, para os malefícios do tabaco. É um dia de reflexão, consciencialização, ação e mudança de hábitos. A OMS considera o tabagismo um dos maiores flagelos da Humanidade. É a principal causa de morte prematura e está associado também a incapacidades diversas que afetam milhões de pessoas, diminuindo a sua qualidade de vida e potenciando o aparecimento de doenças crónicas que em muito pesam no dia-a-dia de cada doente, e, num contexto cada vez mais orientado para a vertente económica, que em muito pesam também nos orçamentos já de si limitados na área de Saúde, em Portugal e noutros países. Em Portugal existe um número crescente de cancro do pulmão, especialmente no sexo feminino, devido à tendência de forte crescimento da prevalência neste grupo dos hábitos tabágicos, em função dos efeitos que ainda se sentem da emancipação da mulher na sociedade Portuguesa nos pós 25 de Abril. Mas o tabagismo não está apenas associado ao cancro do pulmão. Está também associado a doenças como a Doença Pulmonar

Obstrutiva Crónica (DPOC) e às doenças cérebro-cardiovasculares que são uma das principais causas de morte no nosso país. Está ainda associado a outros cancros como o da bexiga ou da laringe. Os fumadores ou aqueles que recentemente deixaram de fumar devem estar atentos a sinais como a tosse persistente, a falta de ar ou a alteração da voz. Esses sinais podem apontar para a necessidade relativamente urgente de observação por parte do seu médico de família, a fim de despistar patologias subjacentes associadas a esse hábito nefasto. Se é fumador, associe-se neste dia a um dos muitos rastreios e ações de prevenção e sensibilização que ocorrem um pouco por todo o país. Aproveite também este dia para lançar um desafio a si mesmo e deixe de fumar. Se não é fumador, aproveite então para desafiar um amigo seu a fazê-lo. Se cada cigarro corresponde a um momento de prazer, então para um fumador se tornar um não fumador, tem de abdicar de vários momentos de prazer. O que torna esta transição complicada. Mas tem por parte das diversas equipas de saúde, toda a disponibilidade para ajudar. Termino deixando a mensagem de que “quem tem a vontade, tem a força” e que não existe maior vitória que vencer-se a si mesmo. Susana Cunha Gonçalves

Médica, Interna do Internato Complementar de Saúde Publica



30 CULTURA

NOVEMBRO 2016

Coordenação de André Lopes - circonatureza.blogspot.pt

Mação recebe Concerto Solidário com Xutos & Pontapés

São esperadas cerca de 6 mil pessoas no Concerto Solidário, em Mação, que tem os Xutos & Pontapés como cabeça de cartaz, no dia 26 de novembro. A receita deste espetáculo reverterá a favor

da Associação Ares do Pinhal, comunidade terapêutica que celebra 30 anos de existência e que tem sede em Aldeia de Eiras, no concelho de Mação. A iniciativa terá lugar na entrada sul da vila, jun-

O fado de Cuca Roseta no Cineteatro São Pedro em Abrantes

to ao complexo desportivo. O espaço abre pelas 20h00 e a Banda Plant, a primeira a subir ao palco, atua pelas 20h45, enquanto o concerto dos Xutos & Pontapés está programado para as 22h00.

A fadista Cuca Roseta vai apresentar o seu mais recente disco “Riû” no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, dia 25 de novembro, às 21h30. Uma das fadistas mais consagradas da sua geração, Cuca Roseta vai partilhar o palco com músicos consagrados: Frederico Gato no baixo acústico, André Ramos na viola de fado, Pedro Viana na guitarra portuguesa e Vicky Marques na percussão. “Riû” é um trabalho que conta com a produção de Nelson Motta (produtor brasileiro que assinou discos de Elis Regina, Marisa Monte ou Daniela Mercury) e que tem como base o fado, mas passa também pela música popular brasileira, a morna e a pop. Cuca Roseta começou a fre-

A Associação Ares do Pinhal é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) fundada em 1986 e que iniciou a sua atividade com a criação de uma Comunidade Terapêutica para o tratamento de toxicodependentes. Desde então criou mais duas Comunidades Terapêuticas, uma em Chão de Lopes Pequeno, localizada também no concelho de Mação, e outra na Rinchoa, em Sintra. Os bilhetes para o Concerto Solidário têm o preço de 10€ e estão à venda em vários locais, nomeadamente nos Postos de Turismo e espaços culturais da região do Médio Tejo.

quentar as Casas de Fado aos 18 anos. No início da sua carreira colaborou com os Toranja, banda liderada pelo seu amigo Tiago Bettencourt, e em 2006 participou no Festival RTP da Canção. O disco de estreia, o homónimo “Cuca Roseta”, foi produzido por Gustavo Santaolalla, tendo reunido as melhores críticas e um grande interesse do público. O segundo álbum, “Raiz”, com produção de Mário Barreiros, foi editado em maio de 2013 e Riû”, o terceiro e mais recente trabalho discográfico, foi lançado em maio de 2015. O bilhete para o concerto tem o preço de 10€ e pode ser comprado no Welcome Center (Loja de Turismo) ou no site ticketline.sapo.pt.

AGENDA DO MÊS Abrantes Até 2 de dezembro – Exposição “100 anos de artes plásticas em Abrantes” – Quartel – Galeria Municipal de Arte Até 22 de janeiro de 2017 – Exposição Antevisão VIII do MIAA “Da troca direta à moeda: uma história” - Museu D. Lopo de Almeida, Castelo – terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h às18h 11 de novembro – Teatro “Diz-me mais dEÇAs” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 5€ 11 de novembro a 30 de dezembro – Exposição “Centenário – exposição iconográfica de Abrantes em 1916” – Biblioteca Municipal António Botto 12 de novembro – “Art´Andante” com espetáculo da ESTAtuna – Carvalhal, 21h30 15 de novembro – “A menina dança?”, baile com F&M – S. Miguel do Rio Torto, 15h 19 de novembro - Teatro infantil “Viúva Papagaio”, pela Circolando – Cooperativa Cultural – Cineteatro São Pedro, 10h30 25 de novembro – Concerto com Cuca Roseta – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€ 25 e 26 de novembro – IV Jornadas Biblioteconómicas de Abrantes – Biblioteca Municipal António Botto

Constância 5 de novembro – Lançamento do livro “Divagações do meu sentir”, de Custódio Rodrigues – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, 15h 6 de novembro – Domingo na Praça, venda de hortaliças, frutas, legumes – Praça Alexandre Herculano, 9h às 12h 18 de novembro – Colóquio “A Biblioteca e o Património Cultural Imaterial Memória e Identidade” – Casa-Memória de Camões, 9h às 17h 20 de novembro – Passeio Pedestre Interpretativo - Parque Ambiental de Santa Margarida A partir de 28 de novembro – XXXI Feira do Livro – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill A partir de 28 de novembro – Exposição de pintura e desenho do Atelier do Massimo – Sala polivalente do Cineteatro Municipal

Mação 26 de novembro – Concerto Solidário com Xutos & Pontapés – 10€

Sardoal Até 16 de março de 2017 – Exposição “Era uma vez…”, dedicada a lendas das quatro freguesias do concelho – Espaço Cá da Terra 5 de novembro – Workshop de Reciclagem de Mobiliário, por Ana Maia Mendes - Espaço Partilhado para as Artes e Ofícios – 25€ Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30: 5 de novembro – “A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares”, de Tim Burton 19 de novembro – “Inferno”, de Ron Howard

Vila de Rei Até 31 de dezembro – Exposição “Expo Tuna”, 20 anos da Villa D´El Rei Tuna – Museu Municipal 2 a 30 de novembro – Exposição de pintura “Salpicos”, da autoria de Idalina F. de Andrade - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 16 a 18 de novembro – Sessão “Empreendedorismo no Centro de Portugal” – Escola Básica e Secundária e Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 19 a 26 de novembro – XII Quinzena do Teatro – Auditório Municipal

Vila Nova da Barquinha

Iniciativa debate “Empreendedorismo no Centro de Portugal” A equipa do CLDS 3G de Vila de Rei vai organizar, de 16 a 18 de novembro, a segunda edição da iniciativa “Empreendedorismo no Centro de Portugal”. O arranque das sessões vai ter lugar na Escola Básica e Secundária do Centro de Portugal, a 16 de novembro, quinta-feira, sob o tema “Empreendedorismo na Escola” e terá a moderação de elementos da GesEntrepreneur – Empreendedorismo Sustentável, Lda. No dia 17 de novembro, sexta-feira, o Seminário “Mi-

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cro-Negócio” decorre na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, pelas 9h15, numa ação moderada pela Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém. Pelas 11h00, terá lugar a ses-

são “Laboratório de Ideias – Recursos Endógenos de Vila de Rei”, seguindo-se, pelas 12h20, a “Apresentação de Ideias de Negócio”, ambas moderadas por elementos da Tagus Valley.

No terceiro e último dia da iniciativa, a 18 de novembro, sábado, a Biblioteca Municipal vai receber o Seminário “Como candidatar a minha empresa a Fundos Europeus”, pelas 19h30, com moderação pela Presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa. A iniciativa “Empreendedorismo no Centro de Portugal” tem o objetivo de estimular o empreendedorismo, fomentando a criação de um ambiente favorável para a geração de oportunidades de negócio.

Até 14 de janeiro de 2017 - Exposição “Anima Mea”, pintura da autoria de Alexandre Conofrey – Galeria do Parque 20 de novembro – Passeio Pedestre “À procura do cogumelo” – Concentração junto à Sede do Grupo Folclórico de Tancos, 8h

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