Jornal de Abrantes - Edição de Outubro, 2016

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MÓVEIS

MOVÍRIS Móveis . Colchões . Sofás VÁRIAS PROMOÇÕES E BONS PREÇOS

241 377 494

.

ALFERRAREDE

Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

OUTUBRO

FICHA TÉCNICA

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Carlos Serrano e Paulo Delgado

Joana Margarida Carvalho

Abrantes - Igreja de Sta. Maria do Castelo: informação para um turismo de qualidade?

Diretora

Em prol do Associativismo!

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Cristina Azevedo cristina.f.azevedo@antenalivre.pt

Alves Jana

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

INQUÉRITO

Qual a importância de participar nas Feiras de Artesanato?

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Design gráfico António Vieira Contactos Tel: 241 360 170 / Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Vanessa Marques

Manuel Correia

José Dias

Montalvo

Rossio ao Sul do Tejo

Aveleira – Vila de Rei

A presença nas feiras é importante para a divulgação porque verificamos que as pessoas procuram-nos, tanto nas feiras como na Loja de Camões, em Constância, onde temos os nossos produtos à venda.

Sim porque conseguimos muitos clientes através das presenças nas feiras. As pessoas conhecem-nos aqui e voltam a procurar-nos, tanto nas feiras como mesmo na nossa casa, neste caso, na Pastelaria Tágide. Já aconteceu muitas vezes.

Justifica-se e é isso que ajuda a economia local. Já são mais de 30 anos a fazer isto e tenho a experiência com pessoas que nos conhecem e nos procuram posteriormente. De acordo com o tempo que vivemos vão havendo alterações mas é importante que as feiras continuem a existir e que se preservem as artes tradicionais, juntamente com as novas variantes do artesanato.

PROFISSÃO Fadista

UMA VIAGEM Holanda

UMA POVOAÇÃO Vila Velha de Ródão

UMA FIGURA DA HISTÓRIA Fernando Pessoa

UM CAFÉ Vento dos Séculos, em Torres Novas

UM MOMENTO MARCANTE O meu batismo de mergulho

Joana Cota Martins

PRATO PREFERIDO Carne de alguidar com migas

UM PROVÉRBIO Quem boa cama se faz, nela se há-de deitar

UM RECANTO PARA DESCOBRIR Redinha

UM SONHO Ser Feliz!

IDADE 26 anos

Detentores do capital social Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

SUGESTÕES

Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

jornaldeabrantes

NATURALIDADE / RESIDÊNCIA Natural de Monsanto/residente em São Miguel do Rio Torto

UM DISCO Fado no Sorriso UM FILME Música no Coração

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Batismo de Helicóptero

Nesta edição, fomos bater à porta de sete coletividades nos concelhos da área de cobertura do Jornal de Abrantes. A forma calorosa como nos receberam foi algo a ter em conta, mas a forma como nos transmitiram o que fazem em prol do associativismo e em prol das suas comunidades foi ainda mais importante e recompensador. Fazer jornalismo de proximidade é dar espaço a estas vozes que por vezes são determinantes na vida de muitos de nós, aliás, de todos nós. Enraizadas nos seus concelhos, falamos de instituições que trabalham no terreno há muito tempo e que estão empenhadas a dar continuidade a essa árdua tarefa que muitas vezes não é reconhecida, não é motivo de notícia e não é assumida com o devido valor. Estas associações continuam com a persistência de alguns, com a “casmurrice” de outros e com a força de vontade de todos, a promover a cultura, espaços de reflexão, de convívio, de partilha e de apoio no seio das suas gentes. Todos nos passaram a mensagem que estar no associativismo é saber vestir a camisola em qualquer ocasião. É saber ouvir, é saber estar, é um ensinamento tanto ou mais importante do qualquer outro. É também saber resolver problemas em conjunto quando os mesmos se impõem. Promover o associativismo é dar continuidade a projetos que são determinantes para manter uma comunidade mais viva e instruída. Vivemos tempos de máxima exigência, tanto a nível pessoal como profissional e, por isso, quem concilia a sua vida com estes projetos são, na maior parte dos casos, pessoas com vontade de fazer acontecer e que não se resignam. Depois deste trabalho de terreno, facilmente percebemos que estar no associativismo, torna-nos pessoas mais conscientes das dificuldades de cada um, das instituições, de cada lugar por mais pequeno que seja, por menos habitante que tenha. Que cada um pense e reflita no que pode fazer pelas suas comunidades! Quanto àqueles que nos abriram a porta, o nosso Obrigada!


ENTREVISTA 3

OUTUBRO 2016

SÉRGIO VIEIRA

“Eu sou um artista que trabalha com as crianças” POR ALVES JANA

Sérgio Vieira é um artista plástico, nascido e residente em Abrantes. Licenciado em Artes Plásticas, nas Caldas da Rainha (2002), tem uma linguagem artística de qualidade indiscutível. Desenhador, pintor, escultor, ilustrador, realizador de vídeo, professor de artes plásticas com crianças… É um homem discreto, quase clandestino sem andar escondido. Menos reconhecido do que merece.

Como é o processo de trabalho? Normalmente, há um tema que me seduz, que surge de modo espontâneo, obsessivo. Eu procuro comunicar alguma coisa sobre isso e a melhor forma de o fazer, pode ser o desenho, a escultura, o vídeo… Na escola das Caldas, havia designers, pintores, escultores. Trabalhávamos e aprendíamos uns com os outros, sem fronteiras definidas. Enquanto artista, eu comunico. Sei exprimir-se através de formas, de imagens. O meu trabalho é descontinuado, vem por emergência, no sentido de vir à superfície e no de uma certa urgência. Estou períodos sem produzir, mas depois surge uma fase de produção intensa. No início, angustiava-me não estar a produzir; agora tenho confiança em mim, sei que estou a absorver e que a fase de produção virá. Como uma impressora a que se deu uma ordem, que demora a processar e depois… jorra.

Como é o alimentar do processo criador?

Acontece naturalmente. Eu deixo as coisas virem. Interesso-me por muitos assuntos. Por exemplo a botânica. Eu não crio muito sobre a botânica, as formas vegetais, mas as texturas, os tons, surgem nos meus desenhos, sobretudo os mais espontâneos. Temas sociais como a economia, a injustiça, a natureza, o ambiente, alguns temas que têm a ver com o sagrado, a actualidade… Um tema que trabalhei com as crianças [na Palha de Abrantes] foi o facto de, no Outono de 2014, as palmeiras começaram a morrer aqui. O processo já se tinha iniciado no Algarve, eu sabia o que ia acontecer. Isso serviu de inspiração para um trabalho, que continua, com as crianças como testemunhas das últimas palmeiras que eram marcos na cidade. É um trabalho quase de reportagem artística. Acabamos por pesquisar centenas de imagens de obras de arte, de moedas… que têm a palmeira como motivo. Investiga-se tudo isso, a utilidade das palmeiras… É um exemplo, o mais recente. Artisticamente: “Se eu pudesse…”? Artisticamente, eu posso. Posso fazer muita coisa, com um lápis, com uma caneta… Posso comunicar. Convém aferir se a energia que temos para dar vai ter um encaixe que justifique a nossa acção. Tem de se encontrar o momento certo, a forma certa para agir. Se eu pudesse… reunia as condições para poder agir dessa forma, para facilitar o impacto que a ação pode ter.

Artista em Abrantes ou a partir de Abrantes? O destino da produção é local ou para fora? Estou sobretudo concentrado aqui. Um vetor fundamental para mim é o tempo: em Abrantes eu tenho tempo. Por isso trabalho a partir de Abrantes. Fiz exposições numa galeria da Lisboa, mas não gostei do modo de trabalhar. Faço coisas que vendo para fora, por exemplo para o Porto. Mas, basicamente, o que mais me interessa não é vender o que faço. Apenas o essencial para viver, e numa cidade do interior não preciso de tanto. Por isso, o essencial do meu trabalho é aqui, com crianças [na Palha de Abrantes]. O panorama artístico em Abrantes e na região? Não é uma coisa que me interesse muito. Eu não sinto orgulho em ser do Ribatejo, por exemplo. Esta é uma região indefinida, a que no país tem menos identidade, a ponto de já nem existir como tal. Eu gosto da cultura de certos povos. Há dias vi um programa sobre a Geórgia [confina com Rússia, Turquia, Arménia, Azerbaijão, mar Negro] e pensei “Como é que um país tão pequeno consegue ter uma expressão tão rica?!”. Eu até gosto que Abrantes seja uma cidade de cruzamentos, com as Beiras, Ribatejo e Alentejo. Mas… o Minho ou o Alentejo têm uma cultura que se mantém, de que as pessoas se podem orgulhar… Não sinto que isso aconteça aqui. E isto incomoda-me. Ao mesmo tempo,

gosto muito de viver aqui, é o espaço a que eu pertenço. Nem sei justificar, talvez o que me prenda sejam as muitas crianças com quem trabalho, que têm uma grande sede de saber, de aprender. A minha pertença à região é sobretudo através das “minhas” crianças. Quanto à produção cultural… Gosto muito do trabalho do senhor Pimenta, do Mário Cordeiro, mas não são pessoas com quem eu possa compartilhar muitas coisas. E não esqueço a importância de Maria Lucília Moita na minha formação. E quanto à dinâmica artístico-cultural? Em Portugal existem vários núcleos altamente criativos. Muita gente, como eu, optou por viver num sítio rural. Penso que estas zonas deviam articular-se em rede. Hoje promove-se muito a arte urbana – até a arte urbana em sítios rurais!, coisa que acho bizarra. As zonas rurais têm outra matriz de experiência, a sua matriz de criação tem de ser diferente. Mas acho que isso se reflecte em poucos lugares. Um caso é Montemor-o-Novo, um sítio pequeno, mas onde convergem muitos artistas que aí encontram apoio das autoridades locais. A Câmara de Montemor tem gente que entende e estimula a cultura. Encontra estratégias que canalizam fundos comunitários que apoiam ao máximo os criadores, facilitando a produção e a criação de públicos para o que se produz. Esse modelo é muito importante e devia ser seguido por lugares como Abrantes. Importa as autoridades terem amor

à cultura e àquilo que pode ser criado e usufruído pela população. Em Abrantes tem-se feito algum esforço para que haja eventos de artes plásticas, mas quase todos são de importação. Não se estão a criar as condições necessárias para que as pessoas se encontrem, se conheçam, produzam cultura pelos próprios meios. Isso precisa de ser muito melhorado, em Abrantes e na região, se queremos aparecer no mapa da cultura. Por exemplo, Elvas tornou-se mais importante que Portalegre, a capital de distrito, pela promoção da cultura. A cultura é essencial para o desenvolvimento de uma terra. O que representou participar na exposição dos 100 anos? Nos últimos anos, enquanto artista, não tenho criado um trabalho sistemático. Esta exposição foi um assumir “eu trabalho com as crianças”. Por isso participei com trabalhos feitos com as crianças. São animais “pré-históricos” do imaginário delas.

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4 SOCIEDADE

OUTUBRO

A sessão ordinária da Assembleia Municipal de Abrantes aconteceu no dia 29 de setembro, no edifício Pirâmide, onde foi aprovado por maioria o Plano de Urbanização de Abrantes (PUA) O ponto da ordem de trabalhos foi o que mereceu maior discussão e acabou por ser aprovado por maioria: com 5 votos contra por parte da bancada do PSD, 2 votos contra de dois deputados do PS, um voto contra do deputado bloquista e duas abstenções, uma do PSD e do CDS PP. A proposta de revisão do PUA, da responsabilidade da Câmara Municipal, foi apresentada na sessão ordinária por Maria do Céu Albuquerque, presidente da CMA, que adiantou que a revisão do documento pretende “melhorar o reordenamento da área da cidade” e incide em áreas como: reabilitação urbanística, social e económica do Centro Histórico e valorização das encostas envolventes; criação e qualificação de rede articuladora da Cidade e dos principais equipamentos existentes; estabilização e valorização das áreas agrícolas e florestais integradas na Cidade, com proteção ou restabelecimento de rede ecológica; reforço, qualificação e animação de centros locais; reforço do Tecnopolo e da área empresarial e a constituição de rede de equipamentos. Diogo Valentim, do PSD, justificou o voto contra da bancada social-democrata dando alguns exemplos e questionando o futuro do antigo Mercado Diário. “Neste PUA, a srª presidente propõe-se cometer sucessivos atentados contra a identidade do património dos abrantinos. Concretizando, temos a intervenção que o executivo municipal pretende levar a cabo no nó do mercado. Desta forma, gostaríamos de saber, de uma vez por todas, se a srª presidente vai ou não arrasar o edifício do antigo mercado, um imóvel que faz parte do património da cidade de Abrantes,” questionou. Por sua vez, Luís Alves, presi-

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dente da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, da bancada do PS, justificou o seu voto contra, referindo aos presentes que a revisão do PUA “é penalizadora para o Rossio ao Sul do Tejo. Concordamos que é altamente benéfica para o norte da cidade, mas para o Rossio este PUA é muito pior em relação ao que existe atualmente”. O BE apresentou ainda uma proposta de alteração à revisão do PUA, proposta essa que foi rejeitada por maioria. Maria do Céu Albuquerque explicou e alertou que “ao introduzirmos as alterações, a esta altura, estamos a colocar em desigualdade os outros cidadãos que poderiam participar”.

Incêndios e ponte foram alvo de debate Outros assuntos que geraram alguma discussão e controvérsia entre as bancadas, disseram respeito ao incêndio que deflagrou na Encosta do Castelo de Abrantes e a falta de iluminação na ponte rodoviária sobre o Tejo. Armindo Silveira (BE) referiu-se à falta de iluminação na ponte e recordou os presentes de que “no dia em que obra foi entregue [à Câmara]

DR

Assembleia Municipal aprova Plano de Urbanização de Abrantes

houve iluminação na ponte, mas foi apenas nesse dia. Desde as obras que a ponte está sem iluminação e, por isso, pergunto que iniciativas é que o executivo já tomou para resolver este problema?”. Em resposta, Maria do Céu Albuquerque salientou que a “Câmara tem conhecimento”, do assunto e que no “dia em que a iluminação da ponte funcionou, funcionou ainda em quadro de obra. O que acontece é que a Câmara assinou um protocolo com a Infraestruturas de Portugal (IP) para poder fazer a gestão e pagamento da respetiva fatura”. Contudo, “a IP ainda não terminou o processo, de maneira a poder entregar à Câmara [a infraestrutura] e, por sua vez, a autarquia poder pedir o contrato necessário para se fazer o abastecimento elé-

trico da ponte”. O incêndio que lavrou no dia 8 de agosto, numa das encostas do Castelo de Abrantes e que obrigou ao corte da circulação rodoviária na Estrada Nacional 2, foi referenciado na sessão ordinária da Assembleia Municipal por algumas bancadas. A deputada Ana Sofia Dias, do PSD, fez uma alusão à ocorrência, pedindo justificação ao executivo sobre as diligências que o mesmo tem realizado junto dos proprietários que assumem a tutela dos terrenos naquele local. “ A encosta do castelo tem uma importância extrema para a cidade a vários níveis (…) Em primeiro lugar, estamos a falar de uma zona de interesse público (…) visão dantesca quando a vimos ar-

der e visão dolorosa quando por ela passamos já ardida (…) falamos de uma zona que dependendo da área afetada pode colocar em causa a segurança pública, seja a nível rodoviário, como ferroviário ou pedonal (…) e que poderá em períodos de maior pluviosidade originar deslizamentos de terra (…) Sabemos que a Estrada Nacional 2 está sob a alçada das Estradas de Portugal e que os terrenos da encosta são privados, mas mesmo assim é extremamente arriscado pôr nas mãos da divina-providência vidas e bens”, reforçou a deputada. Por sua vez, a autarca abrantina disse que a Câmara está a proceder a novas démarches para intervir naquele espaço e alertou para o facto de este ser “um grande problema e

que desde há muito a Câmara tem vindo a pedir reuniões sucessivas a todas as entidades para poder resolver, em definitivo, o problema (…) A autarquia não esteve parada e estamos a falar de uma responsabilidade que não é nossa. Trata-se de um espaço tutelado pela Direção Geral do Património, porque está nas imediações do castelo. Estamos a falar de uma inclinação que impede que as intervenções possam ser feitas de forma célere e nomeadamente no combate às ignições e estamos a falar de 39 artigos que compõem aquela vertente, com mais de 40 proprietários, e assim é difícil fazer face a isto,” salientou. Na sessão, Maria do Céu Albuquerque procedeu a algumas apresentações da regeneração urbana do centro histórico, do plano de intervenção previsto para a Encosta do Castelo e as intervenções a ser executadas e já concluídas com as Juntas de Freguesia. Nos vários pontos da ordem dia que mereceram praticamente o consenso e a aprovação das bancadas, o destaque foi ainda para aprovação de 32 Unidades de participação da Tagus Valley, ponto este que mereceu 5 votos contra do PSD e 1 voto contra do BE. Joana Margarida Carvalho



6 EDUCAÇÃO

OUTUBRO

VÁRIOS ESTUDANTES ESCOLHEM AS LICENCIATURAS DA ESTA COMO PRIMEIRA OPÇÃO

“Acho que vou aprender bastante com este curso”

Lara Calado e João Caetano, alunos de •Comunicação Social

Podiam ser só um número, mas rapidamente percebem que, na ESTA, os alunos são tratados pelo nome. A proximidade é um fator distintivo desta Escola, assim como um ensino assumidamente prático. Estas são duas das razões que atraem os novos estudantes. Este ano, muitos escolheram a ESTA como primeira opção, incluindo alunos com notas altas.

São as médias que ditam o futuro dos alunos que, todos os anos, tentam entrar no ensino superior. Ter uma média alta significa poder escolher um curso, uma instituição de ensino, uma cidade. Mas nem sempre os bons alunos escolhem as grandes Universidades ou as grandes cidades. Porque valorizam outros aspetos. Quatro alunos acabados de entrar na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), do Instituto Politécnico de Tomar IPT), vêm provar isso mesmo. Quatro médias altas, quatro histórias para contar. Depois de três anos a ti-

rar o curso de Ciências e Tecnologias no ensino secundário, João Caetano, de Tomar, decidiu que afinal queria seguir Comunicação Social: “A minha mãe queria que eu fosse para Engenharia Informática. Nunca foi uma opção vir para um curso relacionado com aquilo que eu gostava de fazer.” Tomada a decisão de seguir o sonho, com uma média de 141,5, João podia ter escolhido outros cursos de Comunicação Social espalhados pelo país, mas seguiu os conselhos de professores do secundário e de amigos que estudaram na ESTA. A mesma escolha fez Lara Calado. É de Abrantes e assume não ter perdido muito tempo a pensar em qual seria a sua primeira opção. Com uma média de 160,1, Lara podia ter optado por faculdades em Lisboa, no Porto ou em Coimbra, mas resolveu ficar em casa porque “toda a gente” lhe “falou muito bem da Escola”. A jovem estudante explica o que pensou quando tomou a decisão: “Por que é que eu vou andar aqui a es-

colher, a preocupar-me, se eu tenho um Politécnico aqui ao lado praticamente da minha casa que, supostamente, é tão bom?!” A verdade é que, muitas vezes, a vontade de ter novas experiências e viver novas aventuras, leva a que, no momento da candidatura ao ensino superior, a tentação de fugir para longe dos pais seja mais forte. João assume: “Eu tive vontade de sair de casa e consegui, estou fora de casa neste momento. Estou na residência de estudantes.” Ser de Tomar torna as coisas muito mais fáceis. “Estou perto. Qualquer coisa posso ir ter com a mãe e com o pai.” Um pouco de mais longe vêm Cláudia Esteves e André Meira. Ela é da Figueira da Foz e ele de Campo Maior. O que os une é a paixão pelo Cinema e o facto de terem entrado este ano no curso de Vídeo e Cinema Documental, na ESTA. “Quando vim cá a primeira vez, achei que era uma cidade bastante fofa por ser pequena. ‘Não é a cidade que influencia a escola’ foi o

que eu pensei. A Escola, se calhar, pode ser maior do que a cidade.” E é esta ideia que leva Cláudia a acreditar que ficar em Abrantes nada tem de limitativo para o seu futuro. Já André, com um sotaque distinto a roçar-lhe as palavras, diz vir, como gosta de lhe chamar “no gozo”, de “um buraco negro no meio do Alentejo”. Assume que se tivesse de ir para uma Universidade em Lisboa ou no Porto teria muito mais dificuldades em adaptar-se: “Era como se me atirassem para o fundo da piscina sem saber nadar.” Em Abrantes diz sentir-se muito mais confortável, pois o ambiente aproxima-se do sossego do seu Alentejo. Ao mesmo tempo, sabe que entrou num curso único. Para estes quatro novos alunos, a ESTA foi a primeira opção e todos estão de acordo numa coisa: acreditam que vão crescer e aprender muito aqui. “Acho que vou aprender bastante com este curso. Tenho boas expectativas para o que vamos fazer” - admi-

André Meira e Cláudia Esteves, alunos de Vídeo e Cinema Documental

te Cláudia. André partilha da sua opinião e acrescenta: “Eu gosto de pensar que se vim para Cinema posso aprender um bocadinho de todos os géneros. Eu por acaso não sou muito de documentários, mas já que também posso aprender, por que não?” Quanto à Lara e ao João, os dois parecem ter o seu caminho bem delineado. “Quero trabalhar afincadamente no curso para ver se consigo chegar o mais alto possí-

“Este curso é o futuro do mercado de trabalho” Rafaela Castro, tem 27 anos e ingressou este ano na licenciatura em Tecnologias da Informação e da Comunicação. Já passou por dois cursos em Lisboa, mas “não era aquilo que queria”. Sempre quis uma formação que tivesse claramente a ver com Informática. Por isso, e por ter

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vindo morar para Abrantes, pediu a transferência para a ESTA. Neste curso Rafaela, que é trabalhadora-estudante, está visivelmente feliz. “Em comparação com as outras faculdades onde eu estive, o ambiente é mais familiar, há uma ligação maior entre os professores e os alu-

nos, dá-nos mais vontade de cá estar, sentimos mais vontade em aprender a matéria e temos mais à vontade para colocar uma questão, do que num auditório cheio de gente.” Ao contrário de outros estudantes que optam por cursos mais tradicionais, a jovem fez esta opção porque pen-

sou no futuro. “A Informática e as Tecnologias estão a ganhar grande espaço no nosso mundo. Este curso é o futuro do mercado de trabalho. Vão ser necessários profissionais bastante qualificados.” Rafaela quer terminar o curso para fazer parte desse grupo.

• Rafaela Castro

vel” - afirma Lara, que optou pelo perfil de Comunicação Empresarial. João tem já uma ideia definida sobre o que quer fazer e confessa querer muito lutar por isso: “Apesar de ter escolhido Jornalismo e saber que quero televisão ou rádio, sei que é muito difícil chegar lá. Os meus objetivos, eu sei quais são, e vou trabalhar para chegar lá.” Adriana Claro

aluna do 2º ano de Comunicação Social da ESTA


EDUCAÇÃO 7

OUTUBRO 2016

Deputados do PSD denunciaram novos problemas no arranque do ano letivo Os deputados do PSD eleitos por Santarém, Nuno Serra e Duarte Marques, iniciaram no dia 20 de setembro um conjunto de visitas aos agrupamentos escolares do distrito com objetivo de assinalar o início do ano letivo e conhecer no terreno as condições em que se desenvolve. O Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, em Tomar, e a Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, receberam a visita dos deputados e os respetivos responsáveis locais do PSD e JSD. Em Abrantes, Duarte Marques referiu-se ao “início tranquilo do ano escolar”. No entanto, o deputado explicou que “há problemas que sempre existem, há a pressão muito grande do início do arranque do ano, e quer o diretor desta escola, quer o diretor do Agrupamento de Escolas em Tomar manifestaram a sua dificuldade porque este ano começou uma semana mais cedo. (...) Foi muito complicado arrancar e isso prejudica o planeamento do resto do ano”. “Ao contrário do que tem

sido anunciado pelo governo e em particular pelo Ministério da Educação, o arranque do ano letivo não está isento de problemas e dificuldades originadas por decisões do atual governo, designadamente a escassez de “assistentes operacionais” e “assistentes técnicos” que foi muito agravada pela reposição das 35 horas de trabalho na função pública. O deputado social-democrata reconheceu que “há uma dificuldade que é comum às escolas todas do país que é o impacto das 35 horas. Se já havia um problema de falta de assistentes operacionais e técnicos, com a questão das 35 horas isso agravou-se ainda mais. Ou seja, não foi reposto esse potencial. Obviamente que isso tem custos, obviamente que não há recursos humanos e, no fundo, revela-se uma medida populista do Governo mas que vem prejudicar o ambiente nas escolas”, disse Duarte Marques. Nuno Serra e Duarte Marques estiveram acompanhados em Abrantes por Rui Santos, presidente da Comissão

• Duarte Marques, Rui Santos e Nuno Serra Política Concelhia do PSD e deixaram ainda outras preocupações. Afirmaram que “ao contrário do anunciado pelos partidos da coligação de governo, o número de alunos por turma não só não di-

minuiu, ao contrário do prometido ao longo dos últimos quatros anos, mas ainda aumentou no 1º ciclo do ensino básico. Há, genericamente, menos turmas para o mesmo número de alunos obrigando

à existência de turmas com 30 alunos”. Outra preocupação de Duarte Marques prende-se com facto de, durante as visitas, ter percebido que “há um atraso lamentável (o último

pagamento data de Setembro de 2015) no pagamento aos agrupamentos das verbas do programa POCH. Por este motivo existem neste momento dívidas de montantes bastante elevados a estudantes, professores e prestadores de serviços destas escolas, o que é um embaraço para a escola pública”. Segundo o deputado, o valor em causa na escola de Abrantes é já de cerca de 30 mil euros. Os Deputados do PSD consideram que “o início do ano letivo não está isento de problemas, ao contrário do que a máquina de propaganda do governo tenta fazer crer, situações que resultam das alterações implementadas muito em cima da hora pelo Ministério da Educação”. Os deputados do PSD afirmaram que iriam colocar questões ao Ministro da Educação “no sentido de resolver estes e outros problemas revelados pelos diversos diretores dos agrupamentos escolares do distrito de Santarém”.

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José Martinho Gaspar vence prémio literário e anuncia novo livro José Martinho Gaspar, professor e escritor abrantino, venceu a 6.ª edição do Prémio Literário Irene Lisboa 2016, numa organização da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos. O professor e escritor alcançou o prémio de 500 euros com o conto “Raios os Partam”, tendo sido o grande vencedor da modalidade a concurso e uma menção honrosa para outro conto intitulado “Cárcere”. José Martinho Gaspar referiu ao JA que o conto vencedor resulta de alguma ficção, “mas é autobiográfico, parte de algumas memórias, deste mundo rural, onde nasci. O conto tem a ver com a chegada da eletricidade a Água das

Casas. Retrata a estupefação quando as pessoas se deparam com a iluminação”. Já o conto “Cárcere”, que mereceu uma menção honrosa no concurso, “tem a ver

com o final da vida das pessoas,” explicou. “Comecei a escrever algumas coisas de ficção, acabei por ir participando em concursos literários que algumas

entidades iam fazendo (…) nalgumas dessas participações acabei por vencer o que foi bom, pois foi um estímulo para continuar. Foi possível perceber que o que escrevia tinha valor, e isso deu-me algum alento,” contou o responsável. José Martinho Gaspar referiu que tem intenção de lançar um novo livro de contos no próximo ano. Uma obra constituída por “12 contos normais e outros micro-contos, um lado b, uma outra visão. É um exercício onde pego em diferentes momentos da vida das pessoas, umas quase recém-nascidas, outras na escola, outras na área militar e outras a envelhecer”.

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EDUCAÇÃO 9

OUTUBRO 2016

Universidades Seniores arrancam por toda a região Mação

O arranque do novo ano letivo da Universidade Sénior de Mação aconteceu no dia 26 de setembro. Alunos e professores foram recebidos pelo Presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, na cerimónia de abertura que culminou com a receção ao caloiro 2016/2017, com o batismo e apadrinhamento dos 28 caloiros, onde foram também recebidos os novos professores. Este é o segundo ano de atividade da Universidade Sénior de Mação. As disciplinas do presente ano são: Iniciação à Informática; Internet; Inglês; História (Local/Regional e das Religiões); Desporto Sénior; Gestão e Motivação Pessoal; Sociedade e Cidadania; Música; Artes Manuais; Expressão Oral e Escrita e Energia e Comunicações, informa a autarquia. A Universidade Sénior de Mação tem como público-alvo pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, que estejam interessados em participar nesta forma de ensino não formal. Além do leque de disciplinas disponíveis, é oferecido aos alunos um conjunto de atividades como ateliers, workshops, atividades recreativas e culturais, momentos de convívio e lazer, entre outros, finaliza a informação.

Sardoal Sardoal vai ter Universidade Sénior e as aulas vão começar este mês de outubro. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Sardoal, Miguel Borges, que adiantou que “a cerimónia inaugural da Universidade Sénior está prevista para o dia 15 de outubro”. Numa parceria entre a Câmara Municipal e o CLDS, que irá fazer a gestão desta

Universidade, “a Universidade Sénior vem no seguimento do Plano de Apoio Municipal à Pessoa Idosa (PAMPI), que já temos no nosso Concelho. As atividades do PAMPI vão passar a fazer parte da Universidade Sénior. Agora formalizamo-las no âmbito da RUTIS (Rede de Universidades Seniores) ”, acrescentou o autarca. A Universidade Sénior de Sardoal “procura que as pessoas possam ter atividades, convívio, não ficar em casa presos a uma inatividade que não é absolutamente nada saudável”, disse Miguel Borges. As inscrições serão abertas em breves e “os professores vão ser voluntários, no âmbito do Secretariado Nacional para o Voluntariado”. Os alunos poderão ser todos aqueles que sejam maiores de 55 anos e mostrem interesse em frequentar a Universidade Sénior. Miguel Borges disse já haver interessados, “tanto para serem alunos como para formadores. Os que pretenderem ser formadores, devem dirigir-se ao gabinete de Ação Social do Município ou então ao CLDS”. O presidente da Autarquia explicou que “foi este o momento oportuno para avançarmos com aquilo que era uma falta mas que era, de certa forma, colmatada pelo PAMPI”. A Universidade Sénior irá funcionar no Centro Cultural Gil Vicente e também em salas da Biblioteca Municipal.

Rei vai disponibilizar cursos de Informática (iniciação ou avançado), Atividade Física (Hidrosénior, Cardiofitness e/ ou Aeróbica), Artes Decorativas, Recursos Endógenos (Floresta, Medronho, Mel e/ ou Azeite), Língua e Cultura Portuguesa, Alemão I e Inglês I.

Segundo avança a informação do Município, as inscrições para a Universidade Sénior vão decorrer de 10 a 14 de outubro, na receção da Câmara Municipal, estando abertas a toda a população com idade superior a 50 anos, residente e recenseada no concelho

Batismo dos novos alunos de Mação PUBLICIDADE

Vila de Rei A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei, recebeu no dia 1 de outubro, a Aula Inaugural da Universidade Sénior. No que diz respeito às unidades curriculares, a Universidade Sénior de Vila de

O concelho de Abrantes conta com duas Universidades Seniores: A Universidade da Terceira Idade de Abrantes e a Universidade da Terceira Idade de Tramagal. Na região ainda estão disponíveis a Universidade Sénior de Constância e Barquinha.

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10 ABRANTES

OUTUBRO

Autarquia lança Concurso Internacional de Ideias para o Castelo A Câmara Municipal de Abrantes lançou, no dia 26 de setembro, em parceria com a Ordem dos Arquitectos Secção Regional Sul, um Concurso Internacional de Ideias para o Castelo da cidade. A cerimónia, que decorreu no Palácio dos Governadores ao final da tarde, contou com assinatura de um protocolo entre as duas entidades, onde a Ordem se comprometeu a gerir o concurso, destinado a equipas de arquitetos. “ O lançar de um concurso internacional de ideias para o castelo de Abrantes quer precisamente acolher ideias vindas de todo o mundo para podermos reforçar a intervenção que nos propomos fazer de valorização do castelo, do nosso centro histórico e da sua vivência em concreto,” disse ao JA Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes. Sendo o castelo “um ícone, uma marca efetiva na nossa paisagem, no nosso território, na vivência da nossa cidade, concelho e região, en-

tendemos nós que este espaço será valorizado com uma participação mais alargada,” fez notar a autarca. Partindo do projeto “Escolha_Arquitectura”, uma plataforma online, onde estão todas as informações acerca do concurso, a iniciativa vai contar com três prémios: um primeiro lugar, onde o vencedor arrecadará 5.000 euros, um segundo prémio no valor de 1.500 euros e ainda um terceiro no valor de 1.000 euros. A entrega das propostas a submeter na plataforma online vai ser possível até dia 7 de novembro. A Ordem dos Arquitetos avança ainda a intenção de promover uma exposição, a decorrer até ao final do ano, onde estarão patentes as propostas enviadas. Na cerimónia, João Costa Ribeiro, vogal do Conselho Diretivo Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos, afirmou ser necessário “voltar a refuncionalizar este castelo, talvez com funções mais ligadas à questão cultural e de lazer, mas é preciso perceber que essas funções são impor-

• Assinatura do protocolo entre a Ordem dos Arquitetos e CMA tantes para a dinamização deste edifício”. Maria do Céu Albuquerque referiu que há intenção de

uma candidatura a fundos comunitários para desenvolver o projeto vencedor: “não nos propomos fazer uma in-

tervenção global toda ao mesmo tempo, neste caso no jardim do Castelo, na igreja de Santa Maria do Castelo, no

Palácio dos Governadores, nos Quinchosos, etc. Queremos é que haja uma definição de um programa que vai englobar estes espaços na valorização global do centro histórico. Que se estabeleça uma hierarquia e que há medida que haja capacidade financeira, iremos garantir que as intervenções serão feitas”. Um concurso de ideias “é a via preferencial”, para a Ordem, pois “permite uma panóplia de escolhas, onde podemos encontrar a melhor solução, quando temos participantes a pensar sobre um problema, quando temos visões diferentes,” fez notar Rui Gomes Alexandre, presidente do Conselho Diretivo Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos. Para o responsável, esta modalidade adotada pela Câmara Municipal de Abrantes é “um bom processo e uma forma democrática de se perceber o trabalho e dar oportunidade aos mais jovens arquitetos”. Joana Margarida Carvalho

ABRANTES

Orçamento Participativo coloca em prática 5 projetos Foi aprovado em reunião do executivo da Câmara Municipal de Abrantes de dia 27 de setembro, a proposta de deliberação dos projetos vencedores da primeira edição do Orçamento Participativo (OP) 2016-2017. São cinco os que vão tornar-se realidade. Foram aprovados no âmbito do OP, a requalificação paisagística do Largo Espírito Santo (Largo das Ferrarias), em Mouriscas (153 votos); a realização de evento Histórico/Cultural, em Mouriscas (120 votos); a Rede Associativa de Relações Locais - Abrantes e Alferrarede (110 votos); a Carrinha do Cidadão - Gabinete Itinerante de Apoio ao Cidadão, em Rio de Moinhos (104 votos) e a construção de Espaço “Parque Infantil/Tempos Livres” no Centro Escolar, em Bem-

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posta (78 votos). Inicialmente, estava prevista a concretização dos quatro projetos vencedores, no entanto, com o total dos projetos a ascender a 250.600 euros, e tendo o 5º projeto mais votado um orçamento de 110 mil euros, o que o coloca fora do montante previsto, avançou-se para a inclusão do 6º projeto, o parque infantil e tempos livres no Centro Escolar de Bemposta, que tem um orçamento de 12 mil euros. A construção de Espaço “Parque Infantil/Tempos Livres” no Centro Escolar – Bemposta obteve 78 votos e ficou classificado em 6º lugar na votação do Orçamento Participativo. Assim, a construção do parque infantil vai ser uma realidade, uma vez que o orçamento do mesmo

ainda se enquadra na verba que havia sido definida, tendo em conta que o montante total do OP para esta edição ascende a 266 mil euros. Resultado da votação, foram ainda referidos alguns

dados de importância para análise desta primeira edição, tais como: a distribuição equitativa dos votos por género, uma vez que, dos 1.114 votos, cerca de 51% foram de homens e 49% de

mulheres; - o escalão etário “35-65 anos” foi o que mais participou na votação (60% dos votos). Os restantes 40% repartiram-se pelos escalões etários “18-35 anos” (222 votos) e “mais de 65 anos” (228

votos), ainda assim, com preponderância de votos para o segundo escalão; - cerca de 49% da votação aconteceu na última semana do período eleitoral e 75% nas duas últimas semanas; - 34% dos votos foram de cidadãos da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, seguindo-se a freguesia de Mouriscas (24% dos votos) e a União de Freguesias de S. Facundo e Vale das Mós (10% dos votos); -cerca de 5% dos votos foram de cidadãos naturais de Abrantes, mas residentes em outros concelhos. Recorde-se que este foi o primeiro ano que a Câmara Municipal lançou o OP e que os cinco projetos acima mencionados serão incluídos no Orçamento do Município do próximo ano de 2016/2017.


VILA DE REI 11

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Ministro-adjunto diz que “o interior é uma prioridade do Governo” Vila de Rei comemorou, no dia 19 de setembro, os 731 anos de Foral atribuído por D. Dinis, que ergueu Vila de Rei a concelho. Eduardo Cabrita, Ministro-adjunto, marcou presença na cerimónia protocolar, que contou com distinções honoríficas, a entrega de apoios ao nascimento e ao casamento e a entrega simbólica de uma oliveira aos agregados familiares. “O interior é uma prioridade do governo. É uma oportunidade e por isso até ao final deste mês serão divulgadas as medidas que integram o programa de coesão territorial para a dinamização do interior”, referiu o Ministro-Adjunto, à margem da cerimónia.

Eduardo Cabrita disse que “o Governo está a provar que aposta no interior com medidas concretas”, referindo como exemplo a aprovação “do regime de incentivos à fixação de médicos no interior” como também, a reabertura de “tribunais que foram encerrados”. No âmbito das comemorações do Dia do Concelho, o Município procedeu à entrega dos subsídios de apoio à fixação da população jovem no concelho. Este ano, foram atribuídos vinte e cinco apoios ao nascimento, quatro apoios ao casamento e um apoio ao nascimento com recurso à fertilização in-vitro, num total de 26.750 euros.

• Ricardo Aires, Eduardo Cabrita e Paulo Brito “Este é o maior valor de subsídios atribuídos desde 2005”, ano em que foram entregues 27 apoios ao nascimento. “Ficámos satisfeitos e pensamos que os jovens têm muitos mais apoios do que há dez anos. Trata-se de uma

política mais abrangente que está associada à educação, a diversas atividades que englobam, por exemplo a entrega de livros no ensino secundário”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires.

“O Município tem investido bastante na área social e na educação. Somos pioneiros no apoio à natalidade, aumentámos a comparticipação dos medicamentos para doentes crónicos, comparticipamos os munícipes em transporte para os hospitais do Médio Tejo, oferecemos o serviço de creche, jardim-de-infância, férias desportivas, ensino secundário, bem como os transportes escolares para a sede de concelho”, enumerou o autarca. Ricardo Aires alertou o ministro para a necessidade de um processo de investimento privado - a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados de Saúde Men-

tal. Questão que Eduardo Cabrita admitiu que “até ao final deste ano, serão anunciadas decisões sobre a área dos cuidados continuados de saúde mental de uma forma adequada, com uma resposta nacional e vamos ver qual o papel de cada região neste âmbito”. No decorrer da cerimónia, a Câmara Municipal entregou 731 oliveiras a agregados familiares do concelho. No evento ainda se procedeu à atribuição de distinções honoríficas ao Vilarregense F.C., aos Bombeiros Voluntários de Vila de Rei, à Associação “A Bela Serrana” e à Villa d’el Rei Tuna. Joana Margarida Carvalho

“PARU: Foi uma machadada que este Governo deu ao interior de Portugal” Ricardo Aires é um presidente desgostoso. No âmbito das negociações com a CCDR Centro para o Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU), o autarca vilarregense afirmou que “não foi negociar. Foi imposto. Fui lá, fiz quilómetros para Coimbra e vim. Já sabia o que era, são 450 mil euros e quase não me deram hipótese de fazer outras coisas”.

O presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei falou acerca dos fundos disponibilizados aos municípios para a regeneração urbana e afirmou que, com o

montante atribuído a Vila de Rei, 450 mil euros, “vamos fazer dois projetos, que tiveram que ser redefinidos pois eram mais arrojados”. “Um é a demolição da antiga C+S e fazer ali um pulmão de Vila de Rei. Um recinto para recebermos pessoas e também para as pessoas de Vila de Rei estarem com mais comodidade pois não temos um jardim como deve ser no concelho”, disse Ricardo Aires. “O outro projeto vai ser na zona de equipamentos junto da escola e da piscina, a pensar mais nos nossos jovens, onde poderão, inclusivamen-

te, ter aulas fora da escola. Vai ter um anfiteatro, um pequeno quiosque e uma zona de lazer com circuito de manutenção e alguns equipamentos para jovens”, afirmou o autarca. “Foram estes os dois projetos que nos foram impostos pela CCDR”, confirmou Ricardo Aires. Os números e projetos que o Município de Vila de Rei tinha, eram outros. “O valor que tínhamos em projetos era de 2 milhões. Claro que sabíamos que não seria possível mas eu pensava que conseguíamos 1 milhão de euros, que era o que estava

previsto. (…) Este Governo fez outras ponderações. (…) O que se veio a verificar foi que os concelhos que têm menos população têm menos verba atribuída. Acho estranho. Falam que os Territórios de Baixa Densidade vão ter majorações mas o que nós tivemos foi uma majoração menor”, desabafou o presidente vilarregense. Durante o Feriado Municipal, esteve presente nas cerimónias oficiais o Ministro-Adjunto, Eduardo Cabrita que afirmou que “o interior do país é uma prioridade do Governo”. Ricardo Aires comentou a afirmação: “Sim, foi

• Executivo Camarário o que ele disse. Neste caso dos PARU’s não é uma prioridade do Governo e neste momento o que posso dizer é que foi uma machadada que este Governo deu ao interior de Portugal”. Dos projetos previstos e que não se vão realizar, o presidente referiu que “caíram projetos como a Residência de Estudantes, o alargamento da Calçada da Fonte, que

liga a zona velha até à zona nova que vai ter o equipamento que referi e que vamos fazer, uma loja de produtos endógenos e um posto de informação no centro da Vila”. “Neste momento não é possível, não temos dinheiro para isso. Vão ter que ficar à espera. Não temos outra hipótese”, confessou Ricardo Aires. PUBLICIDADE

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Há 20 anos a levar por diante uma Tuna única no país A Villa d’el Rei Tuna, de Vila de Rei, celebrou o seu 20º aniversário, no dia 5 de outubro. A Associação tem patente a exposição “Expo Tuna”, no Museu Municipal e ainda vai levar a efeito a 18ª edição do Tunicoto. Constituída por cerca de 50 membros, dos 18 aos 30 anos, a tuna de Vila de Rei é a única no país que não está associada a uma universidade, o que liga os vários membros é a sua ligação ao concelho. Maria João Conde, com 21 anos, de Vila de Rei, está na Tuna há 3 anos e assume a sua vice-presidência. A jovem conta ao JA que a Villa d’el Rei surgiu “em 1996 quando um grupo de amigos vilarregenses que estudava fora e que já tocava em tunas decidiu fazer uma tuna aqui no concelho. Desde então, o

que nos junta não é uma universidade, mas o local, a nossa naturalidade”. “A Tuna está a passar um bom momento”, afirmou a jovem, adiantando que o grupo “tem sido chamado para mais atividades. Atuamos nas aldeias do concelho, estivemos em Castelo de Vide e em Portimão num festival de Tunas… temos tido uma atividade dinâmica. Quando atuamos no concelho, sentimos que é importante, sentimo-nos acarinhados”, reforçou. No que diz respeito ao plano de atividades, a Villa d’el Rei promove o Tunicoto, o seu festival de tunas, organiza ainda um “Jantar de Natal”, um momento que marca os membros, sendo nessa altura escolhidos os padrinhos ou madrinhas para os novos tunos. Anualmente, a Tuna

realiza ainda um retiro: “Temos o nosso retiro, este ano em Viseu, onde passamos um fim-de-semana e realizamos a nossa Assembleia Geral. É uma forma de sairmos com a tuna, de falarmos do nosso plano de atividades e dos nossos objetivos”, explicou Maria.

20 anos celebrados Para assinalar os 20 anos de existência, a Villa d’el Rei Tuna promove uma exposição, patente até ao dia 31 de dezembro, na sala de exposições do Museu Municipal. Uma mostra que conta com diversos objetos, fotografias e instrumentos que marcaram os 20 anos de existência. Integrado na cerimónia do aniversário, realiza-se o 18º Tunicoto, no dia 15 de outubro, no auditório municipal,

DR

VILLA D’EL REI TUNA

que este ano conta com a participação da Augustuna – Tuna Académica da Universidade do Minho, a Samarituna – Tuna Feminina da Universidade Lusófona e outras que se vão associar ao evento. Na iniciativa vão estar reunidos muitos dos membros que fizeram parte da Villa d’el Rei ao longo destes anos. Sendo uma associação sem fins lucrativos, a Tuna conta com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Depois associa-se a atividades que se destinam à angariação de verbas, como a Feira de Enchidos Queijo e Mel ou o Rock na Vila.

Acima de tudo somos amigos! Para Maria João Conde, estar na tuna “é um convívio, é uma forma de conhecer no-

vas pessoas. Somos um grupo de amigos, que faz música e festa”. “Cada um atua com o traje da sua universidade. Ao nível do reportório musical, temos músicas que falam do concelho, que falam da vida boémia, músicas de outras tunas que adaptamos ao nosso registo”, adiantou. No passado dia 19 de se-

VILA NOVA DA BARQUINHA

Francisco Ferreira, Rosário Correia, Nuno Ferreira e Filipa Gaspar

Atualmente, este clube tem uma Escola de Dança Desportiva, uma Academia de Artes, um Grupo de Teatro e ainda promove aulas de yoga e quizomba. Com uma agenda cultural bastante diversificada, esta casa liderada por Francisco Ferreira, tem na sua génese uma equipa diretiva que tra-

balha como “uma família” ou como “um grupo de amigos”.

Dança A Escola de Dança Desportiva formou-se 1 de abril de 2011. Os pares, cerca de 30, são, na sua maioria, federados, e competem a nível nacional e internacional. Com a coordenação de Rosário Correia, a escola tem dois campeões nacionais, um em juventude iniciados e um outro em juventude intermédios. A competição regional normalmente decorre em Santarém, a nacional é de norte a sul

Joana Margarida Carvalho

Sócios: 250

Clube Moita do Norte “Uma casa de família de portas abertas” Fundado a 1 de dezembro de 1929 o Clube União de Recreios Moita do Norte, no concelho de Vila Nova da Barquinha, é uma das casas que aposta na promoção cultural e reúne diversas valências.

tembro, no dia que Vila de Rei comemorou os 731 anos de Foral atribuído por D. Dinis, a Villa d’el Rei Tuna recebeu uma distinção honorífica, que assumiu um grande significado no seio do grupo: “A distinção foi importante, é sinal que fizemos alguma coisa por esta comunidade”, finalizou Maria.

do país. “Fazemos num total de 7 rankings, 7 taças e 7 regionais, começando em janeiro acabando em dezembro”, contou ao JA Rosário Correia. Para além das competições, a Escola, que reúne dois professores formados, anima festas pelo concelho e pela região. Este ano, e convidados pela Associação de Santarém, a Escola vai abrir a Gala de entrega de prémios do regional, onde estarão cerca de 12 escolas do distrito em Barquinha e onde serão dançados vários estilos. A Escola de Dança Desportiva continua recetiva a receber novos dançarinos, sendo que

os “rapazes são escassos”, pois segundo Rosário “ainda existe o tabu que este desporto não é para homens”.

Arte A Academia de Artes teve o seu início em 2013. Filipa Gaspar, da direção do clube, é quem orienta esta valência, composta por um grupo de cantares e de bordados. “Somos um grupo de pessoas que gosta de se juntar à sexta-feira à noite para se divertir e cantar um bocadinho. Na maioria mulheres, mas os homens mesmo pouqui-

nhos fazem um bom serviço. A maioria faz parte da direção do Clube. Este grupo de cantares resulta de muito “amor à camisola”, salientou.

Teatro O Grupo de Teatro, uma das valências mais antigas da casa, tem a orientação de Nuno Ferreira, que começou como um ator figurante e depois encabeçou papéis de maior destaque. O grupo tem estado um pouco parado devido “à falta de elementos” ou à “incompatibilidade de horários”. “Nos últimos, 5, 6 anos temos

Próximas atividades: Dia 15 de outubro – XIV Gala do fado Dias 26 e 27 de novembro: V Feira das Artes Dia 18 de dezembro: XVII Natal da Criança optado por fazer coisas mais pequenas e pontuais, algumas idas a lares e escolas. Neste momento, somos 4 ou 5 e é muito difícil atrair os jovens, mas não queremos deixar morrer o teatro e estamos recetivos a receber novos membros”. “Pôr em prática todas estas atividades parte do gosto das pessoas. Somos uma grande família. Temos reuniões, temos tarefas e preocupações, mas trabalhamos todos em conjunto. Esta é uma casa aberta a toda a população”, finalizou Francisco Ferreira, presidente da direção. Joana Margarida Carvalho

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16 ASSOCIATIVISMO

OUTUBRO

A juventude dá continuidade à Filarmónica Maçaense A Sociedade Filarmónica União Maçaense (SFUM) comemorou este ano 154 anos. Conta com 27 elementos “já a tocar” e “18 miúdos, desde os 6 aos 13 anos, dos quais 4 ou 5 já começam a tocar na Banda”. No entanto, ainda integram a Escolinha, ou seja, a formação que a SFUM fornece aos seus jovens, desde há dois anos. “Um músico demora 1 ou 2 anos a formar-se”, conta Nuno Marques, presidente da Sociedade Filarmónica União Maçaense. JA quis saber como é que conseguem cativar as crianças e os jovens para a Filarmónica. “Neste caso, temos um maestro novo, com 25 anos [Adriano Salgueiro], e que «foi criado» aqui na Banda. Formado como músico cá e agora maestro”. “O dinamismo está cá mas depende muito dos miúdos. A música é algo que tem que vir deles... há os que se interessam por isto, chegam cá e largam a bola e as outras atividades e há os que começaram mas depois «perderam-se». Armando Carvalho, vice-presidente da SFUM e que entretanto se juntou à con-

• Armando Carvalho, Nuno Marques e Adriano Salgueiro versa, confessa que “a nossa missão hoje é mais namorar os pais para tentar casar com os filhos. Temos que demonstrar aos pais que o trabalho aqui é sério, envolve responsabilidade, disciplina, compromisso. E hoje reconheço que há muito mais qualidade”. “Temos muita juventude”, diz Nuno Marques. “Apenas temos um elemento que está

cá há 36 anos”. No entanto, “temos um problema grave pois temos um concelho desertificado e onde há muitas atividades para as crianças. E muitos deles praticam várias atividades em simultâneo”. Mas nem sempre é fácil, até porque agora “estamos a atravessar uma fase difícil pois temos 17 jovens que estão na universidade. Mas notamos a dedicação e mo-

tivação deles pois quando podem, estão cá. E nós agradecemos esse facto”. Atualmente, a SFUM conta com mais cinco adultos que já tinham estado na Banda e que “agora voltaram e ajudam-nos a dar maior estabilidade ao grupo”. Quanto à atividade regular da Banda, o presidente conta que “em fevereiro temos a festa do nosso Patrono, o Senhor

das Encruzilhadas, e fazemos um almoço convívio onde participam todos os que nos querem ajudar. Depois temos as procissões, o Senhor dos Passos, que é uma festa muito forte no nosso concelho, a Páscoa e os arraiais praticamente todos. E agora temos, anualmente, o Encontro de Bandas, no segundo fim-de-semana de setembro”. O futuro é o que se faz no

presente e “neste momento, estamos muito preocupados em arranjar gente nova. O objetivo é manter-nos”. Para já, a SFUM tem em agenda um concerto importante. É que “um elemento que fez parte da Banda e agora trabalha na Casa da Música no Porto, integra o Orfeão de Águeda, o José Neto. O Orfeão vai fazer 100 anos e eles estão a programar um ano de atividades e já nos fizeram chegar o convite para integrarmos as comemorações do centenário e iremos lá até ao final deste ano. De resto, é irmos mantendo as nossas atividades”. O futuro passa pela formação pois “a música ajuda muito as crianças na concentração e no próprio desenvolvimento”. Para daqui a 10 anos, Nuno Marques não faz grandes previsões mas lá vai dizendo que “a ideia é que seja cada vez melhor, quer em quantidade, quer em qualidade. Quem faz parte de um projeto destes, quer é mantê-lo a funcionar e a mantê-lo com dignidade”. Patricia Seixas

GETAS vai arrancar com Cafés-Concerto Faz 34 anos no dia 16 de novembro e não se queixam de falta de colaboradores. São o GETAS, de Sardoal e dedicam-se “principalmente ao teatro. Quando o GETAS foi criado foi como teatro, depois é que apareceram atividades como a dança, a música, o grupo de pintura que também conta cada vez com mais gente, jovens principalmente”, diz-nos Cristina Curado, presidente da Direção há seis anos. Há fórmula mágica para o sucesso? “Não sei. Mas vem muito de família, é certo. As crianças que querem agora entrar, são os que já tiveram os pais e os avós na Associação. Na última peça, fomos cerca de 30 atores”. Para o GETAS, é fácil cativar os jovens e “cada vez mais”.

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“Temos cada vez mais crianças, jovens e adultos a pedirem-nos para participar no grupo de teatro”. Como atividades anuais têm “o espetáculo nas festas do Concelho, que fazemos sempre questão de ter, o Cantar dos Reis, a Paixão de Cristo (que em cinco anos, pela primeira vez este ano não pôde sair à rua devido à chuva torrencial), as marchas populares e as deslocações aos fóruns de teatro, onde somos sempre o grupo com mais elementos”. O grupo já vai tendo projeção nacional e “mais ou menos de dois em dois anos, participamos no Concurso Anual de Teatro. Cada vez que concorremos, temos sido sempre finalistas mas ainda nunca conseguimos ganhar. Mas

• Cristina Curado, presidente do GETAS vamos sempre tentando. Já tivemos uma Menção Honrosa”. Certo é que saem muito durante o ano, com muitas atuações por esse país fora.

“Funciona muito com intercâmbios. Nós fazemos os convites aos grupos, eles vêm cá e depois trocamos. Outras vezes são eles a fazerem os con-

vites”, explica Cristina Curado. “Também temos alguns contratos que vão surgindo de algumas câmaras municipais, como foi o caso do ano passado em que fomos contratados para fazer animação na praia de S. Pedro de Moel”. Mas essa atuação até correu melhor do que o previsto pois “encontrámos uma figura pública, o Simão Sabrosa e a esposa, que adoraram. Divertiram-se imenso connosco. No Natal estivemos em Penamacor, a participar na Festa do Madeiro e temos alguns convites para festas locais”. Num futuro próximo, “estamos a pensar fazer cafés-teatro, com refeição incluída, temos a História do lobo Mau, uma peça que envolve crianças, jovens e adultos, temos em novembro uma saí-

da a Esmoriz e teremos outra que ainda não sabemos bem para onde mas que se inclui no Festival de Teatro do Inatel”. “Os cafés-teatro estamos a pensar fazer um por mês até para animar um bocadinho porque, no inverno, o Sardoal «morre». Assim, levamos as pessoas a sair de casa e a terem um bocadinho mais de animação”, diz Cristina Curado. E daqui a 10 anos, onde vê o GETAS? “Vejo o GETAS a continuar a ser aquilo que é: uma grande Associação, um grande grupo de teatro conhecido e reconhecido a nível nacional. Espero que nos continuem a ver como um grupo de qualidade, que é o que temos sido sempre”. Patricia Seixas



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OUTUBRO

QUATRO CANTOS DO CISNE – CONSTÂNCIA

“A Associação que nasce como o cantar da Pereira” lhos criados. Quantos? Neste momento estamos com cerca de 35. O associativismo tem esta vantagem de dar oportunidades. Nós também trabalhamos muito para a inclusão, vamos buscar pessoas que estão no desemprego para colaborarem pontualmente connosco, para se manterem ativas.

Nuno Alfaiate, de 38 anos, está na presidência da Associação os Quatro Cantos do Cisne, de Constância, desde 2014. O dirigente associativo trabalhou durante 12 anos como professor de físico-química e hoje fala-nos desta Associação carregada de responsabilidade e história. JOANA MARGARIDA CARVALHO

Porquê o nome “Quatro Cantos do Cisne”? A visão que me foi transmitida é que a Associação nasce como um reativar da Pereira. A Pereira é uma localidade que está no extremo do concelho está num canto, a única estrada que percorre a Pereira tem a forma de um losangulo, portanto 4 cantos que é o nosso símbolo. O cisne, porque o cisne tem uma particularidade: quando está a beira de morte canta… no fundo a associação nasce como o cantar da Pereira.

É um homem do associativismo? Nem sempre fui, mas agora posso dizer que vejo o associativismo como um ato de dar aos outros e não como proveito próprio. Este tipo de cargos não devem enraizar as pessoas? Devem ser uma passagem, aliás a lei obriga a isso, não permite haver mais que 3 mandatos. Este tipo de cargo serve para dar o contributo à comunidade e ao mesmo tempo para crescermos enquanto pessoas. A Associação é constituída por jovens ou pessoas mais velhas? Felizmente, ainda vamos conseguindo envolver os jovens. Este ano, tivemos aqui os escuteiros a ajudar na Festa Rural, mas sem dúvida que hoje grande parte do associativismo sobrevive à conta da casmurrice de alguns. O associativismo nasceu de causas, necessidades comuns às pessoas, é um ato democrático na minha opinião, mas para além disso também serviu para colmatar as necessidades que se sentiam antigamente. Hoje em dia os jovens têm acesso a tudo portanto têm a vida um pouco mais facilitada, não ligam tanto ao associativismo. As redes sociais que têm o seu valor também quebram um pouco esta questão do associativismo, o cara a cara ou face to face como gostam de dizer. Mas ainda há um grupo coeso na Associação? Há. E nestas eleições tive-

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mos a preocupação de ir buscar jovens aqui da freguesia de Santa Margarida. Tivemos também o cuidado de ir buscar outras pessoas que estiveram na génese da Associação que fizeram parte da fundação, porque acho que os mais novos têm vantagem em aprender com os mais velhos e vice-versa. Enquanto professor também aprendi sempre com os meus alunos. Quais são as valências da Associação? Temos os ATL`s do concelho que decorrem ao longo de todo o ano. Fazemos parte do projeto Intervenção Precoce. Nas interrupções letivas, promovemos as férias desportivas, onde procuramos que os miúdos façam coisas diferentes do dia-a-dia. A Intervenção Precoce é um projeto com apoio da Segurança Social em que fazemos apoio nas escolas, ao domicílio e na própria sede que está no centro de saúde da vila. Estão envolvidos três concelhos, Constância, Vila Nova da Barquinha e Entroncamen-

sede é esta, na Pereira, que tem a característica da ruralidade. A escola da Portela foi-nos cedida e queremos começar a dinamizá-la com novos projetos e novas atividades.

• Nuno Alfaiate to. É uma equipa mais abrangente, e foca-se nas crianças dos 0 aos 6 anos e respetivas famílias, na base de acompanhamento e terapias que são necessárias. Temos ainda tutela do projeto “Ganhar Asas”, a promotora é a Câmara Municipal, mas fazemos parte do consórcio. O projeto faz parte do programa “Escolhas”. O programa vai na 6ªgeração, até esta 6ªgeração nunca tinha tido um projeto em ambiente rural, nós somos o 1º, com

grande orgulho. Ainda desenvolvem intercâmbios? Neste momento está um pouco parado. Este ano, não tivemos porque estamos em processo de renovação da acreditação. Houve uma alteração das instalações, temos outras instalações que nos foram atribuídas, e há necessidade de repensar o projeto. Uma nova sede atribuída? Não é uma nova sede. A

Qual é o plano anual de atividades? Em termos associativos a Festa Rural é o ponto alto. Temos o Canto Vivo onde tentamos desenvolver a exploração pecuária. Temos um cavalo um pónei, galinhas, patos, porcos, ovelhas, cabras, cabras anãs, etc, que vamos tratando e aceitamos a ajuda de voluntários. Somos também a entidade promotora das AECS ao nível dos Centros Escolares do concelho, em parceria com a Autarquia e com o Agrupamento de Escolas. Promovemos ainda aulas de inglês, sem ser a componente de AEC, ou seja, mesmo para o pré-escolar iniciamos o inglês para crianças dos 3 aos 6 anos de idade, e dos 6 aos 18 anos. Então há postos de traba-

Como vê o futuro da Pereira? Nos últimos censos a localidade tinha à volta de 41, 42 habitantes. Mas penso que neste momento terá a volta de 35. Tenho esperança que as pessoas mantenham a coragem de fugir das cidades para o campo e estes meios voltem a ser novamente habitados. Tenho esperança que a Associação contribua para manter a Pereira no mapa, foi com esse objetivo que assumi funções. Qual é o objetivo para o próximo ano? Dar continuidade a tudo e dar azo a novos projetos, numa aposta na formação não formal, na educação, no apoio social e na inclusão social.

Sócios: 197 efetivos Fundação: 27 julho de 1994


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PALHA DE ABRANTES

Vem aí cinema, e não só dor José Vieira. Português de nascimento, mas radicado em França desde criança, o seu tema central é a emigração. De 4 a 6, o realizador está em Abrantes para acompanhar os seus filmes. Outras sessões contarão com a presença de pessoas qualificadas da ESTA, em cinema, e do ISCTE, em imigração. Uma oportunidaara. Durante o resto do trimestre, vai ter lugar o Animaio de 2016, que foi adiado. Vão ser trabalhadas obras para crianças, de Luís Sepúlveda.

Para lá desta aposta forte, a Palha apresenta ainda um concerto de piano e violino, com Rui Calapez e Ingrid. Continua durante este mês a “residência artística” Novo México, sob o tema “paisagens”: vai terminar com uma exposição, que será itinerante. E também em continuidade encontra-se uma recolha de história oral. A revista Zahara, como de costume, lança mais um número, da responsabilidade do CEHLA, que também organiza a Jornada de História Local. Continuam as Conferências

do Liceu e o Café com Letras, a Escola de Artes Plásticas e a Escola do Ócio. E uma “atividade contínua” é “a programação, pois é preciso ir vendo sempre o que pode ser feito e por quem”, acrescenta Lurdes Martins. Para 2017, continuam as atividades regulares ou residentes. Para lá disso, não é possível assumir compromissos, “porque estamos sempre dependentes das candidaturas que fazemos, das quais saem resultados tarde, cada vez mais tarde, dificultando toda

a programação”. Mas há “um sonho”, sobre o qual a presidente não gosta de falar, mas que é retomar um projeto que já esteve na ordem do dia, a Universidade Popular. A opção da Palha de

Abrantes é de apostar, “não em pequenos eventos, mas em algo mais… sério? ou aborrecido?”. E acentua o termo “aborrecido”: “treinar para o aborrecimento, num tempo que anda cheio de festas e festivais”. Alves Jana PUBLICIDADE

A Palha de Abrantes – Associação de Desenvolvimento Cultural tem a sua sede de operações no edifício Sr. Chiado, na praça da Câmara. Ali mantém um bar de porta aberta, que é o espaço de realização da maioria das suas atividades. Lurdes Martins, a presidente da Direção, guia-nos no que toca ao programa previsto. Para o último de rtrimestre deste ano, o destaque vai para o cinema. Já em Outubro, vamos ter um ciclo de cinema dedicado ao realiza-

SOCIEDADE ARTÍSTICA TRAMAGALENSE (SAT)

Para dar o salto A SAT é uma das associações culturais de referência no concelho e um dos factores de unidade do Tramagal. Fundada em 1901, portanto mais que centenária, é hoje dirigida por uma equipa que tem à frente Mário Silva, vulgo Márito, que tem nas mãos dois grande desafios. O primeiro é manter e reforçar as valências que tem em actividade: teatro, escolas de música, de pintura, de dança, de zumba, bem como o grupo coral, o grupo “O Rouxinol” (cantares tradicionais) e o projecto “Viver a Música”. Com estes grupos, está previsto realizar alguns espectáculos, que ajudem a cobrir as despesas com as obras que têm sido feitas. E esse é o segundo desafio. A casa precisa de obras significativas, que lhe permitam dar resposta às exigências dos novos tempos. Um valor avultado, que não existe – a casa “não tem grandes condições financeiras e os apoios não são muitos”. Por isso, as obras previstas vão ter de ser feitas por vários anos. Mas estes trabalhos são indispensáveis para “dar o salto” para um patamar superior. As negociações estão em andamento com a Câmara Municipal, embora não concluídas. Trata-se de tornar a SAT um dos pólos da

vida cultural do concelho e da região próxima. A agenda cultural na SAT será, então, feita pela Direcção e pela Câmara Municipal e ainda com outras entidades locais. Mas “para isso temos de estar dotados das condições necessárias”. Teremos, assim, uma oferta mais “alargada” do que é possível hoje: além dos espectáculos, exposições, lançamentos de livros, enfim, o que for possível entre os vários parceiros do projecto e outros que se queiram associar. Sem esquecer, é claro, a continuidade e afirmação dos projectos já existentes. Na Direcção e com a Câmara, há “sintonia”. Vontade de trabalhar também há, ainda que um projecto que se anuncia para vários anos esteja sujeito ao mandato dos corpos gerentes, que é de dois anos. Isso, porém, não impede de trabalhar. Por exemplo, não impediu recentemente que o palco fosse pintado e que o chão da sala de espectáculos fosse substituído, nem que esteja na calha pintar as paredes laterais da sala e substituir o chão do palco? E dinheiro para isso? Esse é o dilema de sempre, há que fazê-lo. Porque o trabalho está garantido. Alves Jana

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22 MAÇÃO

OUTUBRO

Vale do Grou POR ALVES JANA

É domingo. À vista da aldeia, estaciono junto da ermida de Nossa Senhora do Pranto para registar numa fotografia os três pequenos núcleos: em primeiro plano Catraia, a meio Povo, ao fundo Casinha. O Vale de Grou conta com 30 habitantes permanentes, 20 segundo outros, “vá lá, uns 25”. Mas “na década de 40 [do século passado] tinha 300”. Dá para perceber a dimensão do que aconteceu. Era uma aldeia perdida, onde a eletricidade só chegou em 1982, festa rija, então. Fica a 7 quilómetros de Envendos, sede da freguesia, e a 11 da sede de concelho, Mação. Apenas se ouve o silêncio e os aviões no alto, pois passa-lhe um corredor aéreo por cima. Está bem arranjada, a aldeia. Tem missa de quinze em quinze dias. A Associação abre depois do almoço até às quatro da tarde. Durante anos, teve a festa anual, a 8 de setembro, depois mudada para o início de agosto, em honra da Senhora do Pranto, com procissão pelas ruas da aldeia, com fogaças e tudo. E durante uma dúzia de anos até com provas desportivas. Mas deixou de fazer-se em 2008. A ermida é de 1672, tem valor histórico. Tal como o tinha a imagem da Senhora do Pranto, do século XVII. Mas foi roubada. Apareceu à venda, já com a pintura retirada, mas foi reconhecida e regressou à sua ermida. Festa rija. Mas pouco depois, foi de novo roubada, sem voltar a aparecer. Resta um Santiago, de traça medieval, que tam-

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bém já foi alvo de tentativa de roubo. Mas a capela tinha sido restaurada e estava agora mais segura. Diz a lenda, aqui contada por António Marques, que a primitiva povoação se chamava Vila de Vilar. “Houve aqui uma grande festa, ou talvez um bailarico, passou um grande pássaro e disse: ‘Vila de Vilar, em breve te vais arrasar’. Depois houve um dilúvio muito grande que arrasou essa vila antiga. Daí as pedras que se têm encontrado.” À volta da aldeia têm aparecido vestígios de um passado longínquo, talvez desde o tempo dos romanos: “blocos de granito aparelhados [numa terra de xisto], mós antigas, e até colunas. Algumas dessas pedras estão no museu em Mação”. Quanto à povoação atual, António Marques pensa que terá começado no Povo, o núcleo central, “porque as casas tinham todas comunicação [entre si] pelo lado de dentro, para se protegerem”. E porquê Vale do Grou? “Antigamente, era por estas paragens a rota dos grous. Neste vale havia muita água. Por isso, na sua passagem, os grous vinham aqui beber. O Ti Zé Patrão, ainda se lembrava de, em miúdo, ver por aqui grous.” Hoje, a terra é uma sombra do que era. Já nem grous. Quanto às pessoas, são mais mulheres que homens, como é habitual. “Algumas são viúvas, outras têm o marido a trabalhar fora.” O homem mais velho tem 87 anos e o mais novo 27. Já entre as mulheres, a mais velha tem 99 anos, vai fazer 100 em breve.

A Associação Desportiva e Cultural de Vale de Grou Manuel Martins é de Vale do Grou, mas trabalhava em Abrantes, onde ainda tem casa. É o presidente da Associação, agora a sofrer melhoramentos. “Estamos a pintar o bar e temos de arranjar o telhado, pois tem uma série de telhas partidas e já há infiltrações.” Não recorda o ano da criação da Associação, mas puxa pela memória e aponta para finais dos anos 80. “Comprámos uma casita, arranjámo-la. Depois fizemos a zona do bar” e a esplanada que fica em frente, bem como uma salão que acolhe mais de uma centena de pessoas. Tudo feito com o dinheiro das festas. “Íamos fazer o peditório com o homem da concertina e uma manta. Foi assim que fomos fazendo isto.” “Isto é mais um centro de

dia… Abrimos depois de almoço, as pessoas vêm tomar a bica ou beber um copo e depois ficam a conversar. As mulheres sempre à parte.” Os homens junto ao bar, as mulheres mais perto da rua que passa em frente. “Não sei porquê.” Mas elas sabem. Maria do Rosário, 79 anos, fala por todas, que concordam: “Aqui está mais fresco, eles falam alto e por causa do cheiro do tabaco”. No salão já se fizeram almoços de confraternização. E havia quem fizesse ali festas de anos. Mas isso foi no passado. Acabou. Porquê? “Pequenas quezílias, questões de marcos e [partilha de] águas.” Apesar de haver por ali muita água, embora não tanta como no tempo em que os grous ali iam beber. Apesar de ter casa em Abrantes, é ali que Manuel Martins passa ali grande parte

do tempo desde que se reformou. “A vida de reformado é uma grande chatice. Na cidade, levanto-me, vou beber um café e ler o jornal, depois venho para casa e vejo um pouco de televisão. Uma chatice. A vida na aldeia tem outra ocupação.” O cultivo da terra é um passatempo e ajuda na economia da casa. “Quando quero, vou dar um passeio pela serra, sozinho ou acompanha-

do.” É uma ideia que vai contra o senso comum: a aldeia com mais vida que a cidade. Além disso,“há os passeios que a Câmara organiza” com os mais velhos, às vezes bem para lá do concelho. “Isso é bom.” Já passa das quatro, hora de fechar, mas hoje é domingo, está bastante gente, uns sete homens e uma dezena de mulheres, por isso vão continuar por ali.

José Mexia Nasceu aqui, tem 59 anos, estudou no liceu de Abrantes e rumou para Lisboa, onde se formou em filosofia. Profissionalmente foi realizador, sobretudo de televisão, para a Universidade Aberta e para a RTP. Chegou ao topo da carreira. Aposentado, regressou ao Vale de Grou. “Não tenho nada que fazer em Lisboa. Os meus filhos estão os dois no estrangeiro.” Acompanha a mãe, cuida da horta – “Todos os dias lá vou, ainda ontem plantei 100 couves” – dá passeios pela serra, colabora na Associação e participa, em Mação, nas atividades do Museu e da Biblioteca. O que faz falta aqui? “Gente!”, responde de imediato. Talvez a crise na cidade venha a trazer algumas pessoas. “Aqui tem-se uma melhor sobrevivência, sem miséria. Temos infraestruturas, temos tudo o que é indispensável. Fontes de rendimento é que não.” Damos uma volta pela rua principal da aldeia. Tiro uma fotografia ao forno comunitário da Casinha. “No Povo também havia um, mas ruiu.” Mostra-me vários álbuns de fotografias suas que documentam a vida da terra. Eu regresso, ele fica. Havemos de nos encontrar. A. J.


REGIÃO 23

OUTUBRO 2016

Joana Marchão nasceu há vinte anos em Abrantes, sempre gostou de jogar futebol e teve paixão pela bola. Aos seis anos começou a jogar futebol com os rapazes nos torneios de escolinhas organizados pela Câmara Municipal de Abrantes, em representação do Sport Abrantes e Benfica. O jogar com os rapazes é essencialmente o gosto de jogar futebol e o jogar futebol é o motivo para fazer desporto. É nos olhos dela que se percebe a sua paixão pelo futebol. Foi neste torneio que começou o seu percurso, nunca ninguém a tinha visto uma menina a jogar futebol com os rapazes, mas ela conseguiu ultrapassar esses preconceitos e jogou com eles até aos doze anos. A partir daí, terminava o seu sonho, o de jogar

entre rapazes. A Federação Portuguesa de Futebol não permitia equipas mistas. O querer jogar com eles, não a fazia perder a sua feminilidade, sempre com um ar de menina, mas discreta. Saía com os amigos para ir ao cinema, bares e tinha os namoricos típicos da idade. Tímida, envergonhada, difícil de arrancar expressões, mas à medida que mais conversa, mais se vai abrindo e mostrando um pouco de si. O fato de gostar de futebol, não a faz temer de ser chamada de “Maria-rapaz”. Gosta deste desporto porque é um jogo coletivo, tendo como finalidade aprender a estar em grupo. Aos doze anos terminava o seu percurso de futebol misto, mas não o seu sonho. Como o futebol era o seu

DR

Joana Marchão “A menina que queria jogar futebol com os rapazes”

mundo, foi jogar para o União de Tomar no escalão feminino sénior. Aqui encontrou uma equipa onde a diferença de idades era grande, mas aquela menina de sorriso fácil integrou-se facilmen-

te no grupo. Aos quinze anos chegou a jogar para o Atlético Clube Ouriense, que disputava a 2ª Divisão Nacional. Aqui aumentava o seu grau de exigência, para manter um nível

máximo no futebol e, ao mesmo tempo, na escola parecia exigir uma dedicação total. Se em campo leu bem o jogo, na escola aprendeu a aproveitar todos os conceitos e daí tirar o máximo provei-

to. O ano de 2012 foi marcado pelo título nacional e pela sua primeira internacionalização no escalão de sub-19, sendo no ano seguinte campeã da 1ª Divisão Nacional e eleita a melhor jogadora da primeira fase da mesma. Os títulos foram uma constante na sua vida. Esta época é marcada pela sua contratação por parte do Sporting Clube de Portugal, seu clube de coração. Esta nova vida trará situações completamente diferentes e com a certeza de que ela com maior ou menor dificuldade as vai ultrapassar. É um mundo novo em que o peso da responsabilidade é enorme, mas quem conhece a Joana sabe que, de uma forma dedicada, vai atingir a glória. Carlos Serrano

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28 DIVULGAÇÃO

OUTUBRO

Estórias de um dinossauro vivo

CRÓNICA DE SAÚDE ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

por ele próprio, Manuel Lopes de Sousa Continuação da edição anterior

Ao sair da escola, aos 11 anos, senti um grande vazio, e também a necessidade de fazer qualquer coisa. Como ia à catequese, o P. Roque, de seu nome completo José Proença Roque, convidou-me para eu ir ajudar-lhe à missa, o que aproveitei, pois além de algum dinheirito que podia vir para ajudar os meus pais, o dito padre era um educador fantástico. Toda a minha geração ficou por ele marcada, pois ele era assistente no grupo de escuteiros. Na minha profissão de pequeno sacristão até aos 14 anos, idade em que fui aprender o ofício de serralheiro, lembro-me de que, quando a meio da missa, na consagração da hóstia, se tocam os sinais com a sineta, eu sabia transmitir a esses si-

nais um sentimento à altura do momento. Lamento que daí por diante nunca tenha sentido isso, pois os ajudantes de missas limitam-se a abanar a sineta, sem qualquer criatividade que o momento requer. Como não chegava às cordas dos sinos, na igreja de S. João Baptista, era o sacristão de S. Vicente que os vinha tocar quando necessário, pois ele era um grande especialista na matéria. Um dia, num baptizado de família abastada, deram-me uma boa gorjeta, mas com a condição de os sinos tocarem bastante a anunciar o acto. Dado que o P. Roque teve de se ausentar de imediato, eu senti que tinha de dar cumprimento ao pedido. Então,

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com outro rapaz da minha idade, o Américo João, convencidos de que éramos capazes de interpretar os sinais de baptizado, lá fomos para a torre com duas cadeiras e em cima destas agarrámo-nos às cordas dos sinos e, puxando por eles, demos largas à nossa capacidade de sineiros interpretando à nossa maneira o toque de baptizado. Quando terminámos, descemos convictos do dever cumprido e de termos atingido o nosso objectivo. Mas, quando chegámos ao largo, verificámos que estava um ajuntamento de pessoas que queriam saber o que se passava pois, segundo elas, os sinos tinham estado a tocar a rebate. Tudo ficou sanado quando lhes demos a explicação. A criatividade transmitida à sineta a meio da missa não deu para tantos sinos ao mesmo tempo e pela primeira vez. Mas para lição serviu: “Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?”. Guardo gratas recordações do meu professor, que me levou até ao exame da 4ª classe de instrução primária. A sua categoria ainda hoje é lembrada pelos que foram seus alunos (…). Lembro as suas histórias com alcance

educativo. Vou relatar uma dessas histórias que teve mesmo esse fim, e que ao mesmo tempo deu para rir. Quando próximo ao exame, sendo um professor digno desse nome, quis-me dar algumas explicações para uma melhor preparação, fora da hora das aulas. Para isso, íamos para a escola, nessa altura do sexo feminino, perto do mercado diário, onde, numa casa anexa [à escola], ele vivia. Um dia, como de costume, a meio da explicação ele foi a casa, certamente lanchar. Logo de seguida apareceu a esposa com um grande prato cheio de amoras muito maduras com cor vermelho escuro [e] coloca-o em cima da secretária, em frente de nós, sem dizer qualquer palavra, retirando-se de imediato. Escusado será dizer que houve um mais atrevido que foi buscar uma amora e a comeu, logo outro de seguida tirou duas, ainda as não tinha na boca, já toda aquela rapaziada, sem falhar um, estava em cima do prato procurando a parte que julgava pertencer-lhe. Facto consumado, todo o conteúdo do prato tinha desaparecido em fracções de segundos. Quando [nos] entreolhávamos a ver a triste figura que estávamos fazendo, poiso rosto as mãos e parte do vestuário de cada um tinha uma dose de pintura que nem o melhor palhaço seria capaz de imitar, nem os nossos esforços a limpar para fazer desaparecer a nossa cumplicidade, o que ainda fazia alastrar mais a área de pintura cómica. Eis que aparece o professor Octaviano Machado Leal com a sua figura austera que, com um ar sério, nos pregou uma lição de moral para não esquecer, face à nossa fraqueza de resistência àquilo que não nos pertencia. Veio depois a parte alegre que incluiu algumas gargalhadas, a que se prestou a esposa, embora esta se lamentasse do trabalho que iria ter para limpar a secretária e o chão no local do desastre. Manuel Lopes de Sousa

Dia Mundial de Alimentação 2016

A Organização das Nações Unidas (ONU) para a alimentação e agricultura, numa perspetiva de união de esforços global, que traduzisse a preocupação das entidades relativamente às mudanças climáticas e às alterações que urge implementar-se para uma agricultura sustentável, declararam na 68ª Assembleia Geral da ONU, o ano 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas (AIL). Tendo em conta as previsões de aumento da população mundial, estimando-se que em 2050 seja cerca de 9 mil milhões, é necessário aumentar na ordem dos 60% a produção de alimentos a nível mundial. Contudo, com as alterações climáticas previstas, como as altas temperaturas, as secas e os desastres ambientais, espera-se que também a agricultura seja afetada em termos de produção e consequentemente, serão sobretudo as pessoas mais pobres, muitas das quais agricultoras, as que irão ser afetadas. Se assim for, será cada vez mais difícil para a ONU, alcançar a meta de acabar com a fome no mundo em 2030. Em termos agrícolas, as leguminosas contribuem

para a melhoria da fertilidade dos solos, pela sua capacidade em fixar o azoto. As Leguminosas são sementes de vagens usadas secas (feijão, grão, lentilhas, tremoço, chícharos, etc), que devem fazer parte integrante de uma alimentação saudável. São alimentos considerados de elevado valor nutricional por serem fonte vital de proteínas de origem vegetal, fibras, vitaminas, hidratos de carbono e aminoácidos; são pobres em gorduras; promovem o controlo da saciedade e ajudam na regulação do aparelho gastrointestinal. Usadas na porção diária recomendada de 25gr, contribuem para combater a obesidade, prevenir o desenvolvimento de doenças crónicas como a diabetes, doenças cardiovasculares e cancro.

Inclua leguminosas na sai alimentação diária!

“…uma dose de leguminosas por dia, não sabe o bem que lhe fazia…”. Margarida Arnaut, Enfermeira, USP

(Bibliografia: ONU, para a Alimentação e Agricultura, DGS, Nutrimento)


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30 CULTURA

OUTUBRO

Coordenação de André Lopes - circonatureza.blogspot.pt

Abrantes fica mais doce com a 15.ª Feira Nacional de Doçaria Tradicional

AGENDA DO MÊS Abrantes

Abrantes volta a ficar mais doce entre 28 e 30 de outubro, no âmbito da Feira Nacional de Doçaria Tradicional. A 15.ª edição do certame vai decorrer no Mercado Criativo (antigo Mercado Diário), no Centro Histórico da cidade e, à semelhança de anos anteriores, a animação vai ser pautada por música, teatro, oficinas temáticas, demonstrações culinárias e atividades desportivas. A Feira Nacional de Doçaria Tradicional vai ter em destaque a Palha de Abrantes, as Tigeladas e os doces abrantinos, mas também iguarias de todo o país como, por exem-

plo, os Ovos-Moles de Aveiro, as Queijadas de S. Gonçalo, as Lérias, os Foguetes e as Brisas do Tâmega de Amarante, o Pão-de-ló de Ovar,

as Malassadas de S. Miguel dos Açores, o Pão de Rala do Alentejo e as Cornucópias de Alcobaça. Para equilibrar o consumo

Banda Sinfónica do Exército atua no Cineteatro São Pedro

de doces, haverá um programa desportivo complementar, com a realização de um trail noturno e um passeio em BTT. As inscrições estão disponíveis nos sites do COA – Clube de Orientação e Aventura e dos Branquinhos do Pedal. A Feira Nacional de Doçaria Tradicional decorre em Abrantes desde 2002 com o objetivo de promover e valorizar os doces tradicionais locais, sendo realizada pela Câmara Municipal de Abrantes, em colaboração com a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior.

Exposição de Pintura e Desenho na Biblioteca Municipal Vila de Rei

Até 22 de janeiro de 2017 – Exposição Antevisão VIII do MIAA “Da troca direta à moeda: uma história” - Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes – terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h às18h Até 21 de outubro– Exposição “100 anos de artes plásticas em Abrantes”, com obras produzidas por artistas nas últimas 10 décadas – Galeria Municipal de Abrantes – terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 14h às 19h 7 de outubro – Concerto com a Banda Sinfónica do Exército – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 5€ 8 de outubro – Recital de Guitarra Clássica com José Horta – Sociedade Recreativa e Musical da Bemposta, 21h30 14 de outubro – Concerto “Alma de Coimbra”, com antigos alunos da Universidade de Coimbra - Cineteatro São Pedro, 21h30 – 5€ 14 de outubro – Exposição do Concurso de Fotografia “Um presente com passado” – Biblioteca Municipal António Botto 15 de outubro - Mercado de Outono com produtos de época– 9h30 – 13h00 – Edifício Millennium 18 de outubro – Baile “A Menina Dança” com Remédiu Santu – Cineteatro São Pedro, 15 horas 20 de outubro – Conferência “Abrantes, Tudo como dantes, um centro estratégico” – Igreja de Santa Maria do Castelo, a partir das 9h30 20 de outubro – Encontro Infantojuvenil com Cidália Fernandes. Apresentação do livro “Conta” – Biblioteca Municipal António Botto, 11h 22 de outubro – “Etc…”, espetáculo de marionetas pela Companhia S. A. Marionetas - Cineteatro São Pedro, 10h30 – 1€ 27 de outubro – “Entre nós e as palavras” com a escritora Hélia Correia. Apresentação do livro “A terceira miséria” - Biblioteca Municipal António Botto, 21h30 28 a 30 de outubro – 15.ª Feira Nacional de Doçaria Tradicional – Mercado Criativo (Antigo Mercado Diário) 28 de outubro – VI Jornadas Internacionais do MIAA - Biblioteca Municipal António Botto, 21h30 29 de outubro – Congresso de Organologia 2016 – Recital de flautas raras (Igreja Santa Maria do Castelo) e Recital de órgão (Igreja S. Vicente) 29 de outubro - “Ler os nossos”com Antero Jerónimo – Apresentação do livro “Janela do Tempo” - Biblioteca Municipal António Botto, 11h

Mação Até 14 de outubro – Exposição “Correio do Ribatejo – 125 anos” – Átrio dos Paços do Concelho

Sardoal O Cineteatro São Pedro, em Abrantes, recebe um concerto da Banda Sinfónica do Exército, no dia 7 de outubro, pelas 21h30. Herdeira das mais antigas tradições musicais do Exército Português, nomeadamente através das históricas Banda de Infantaria 1 e Banda de Caçadores 5, a Banda Sinfónica do Exército foi instituída em 1988. A renovação do seu efetivo é

feita periodicamente através de concursos públicos, sendo as escolas de música civis, o seu principal “viveiro”. A sua imagem reflete-se grandemente no seio da população civil, graças à ação dos seus músicos que, de forma superior espelham a sua formação em instituições como a Escola Superior de Música de Lisboa, a Academia Nacional Superior de Orquestra, o Conser-

Capelas de Sardoal com exposição contemporânea “Frágil Colmeia” é o nome do projeto que decorre em quatro Capelas de Sardoal e que resulta na exposição de trabalhos de quatro artistas plásticas. Engrácia Cardoso, Délia de Carvalho, Sara Ivone e Fátima Teles são as artistas que intervieram nas Capelas do Espírito Santo, Santa Catarina, Nossa Senhora do Carmo e Sant’Ana, através de instalações em escultura, pintura, desenho e som. “Frágil Colmeia” nasce da relação entre a religião e as comunidades de abelhas, em

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que ambas se encontram desagregadas, procurando novas soluções num mundo contemporâneo. A exposição ficará patente

Até 29 de outubro – Exposição de Arte Contemporânea “Frágil Colmeia” – Capelas da Vila Até 29 de outubro – Exposição “Correio do Ribatejo - 125 anos” – Biblioteca Municipal Até 16 de março de 2017 – Exposição “Era uma vez…”, dedicada a lendas das quatro freguesias do concelho – Espaço Cá da Terra 4 de outubro – Teatro “O Desconcerto”, pelo GETAS – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 20 de outubro – Sessão sobre Empreendedorismo “Caminhos para a valorização do património local” – Centro Cultural Gil Vicente, 18h 26 de outubro – Cinema às quartas: “Aquele Estranho Mês de Maio” e “A Ilha dos Ausentes” – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30

vatório Nacional, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e em outras escolas de música e grupos musicais de formação e estilos vários, que integram e/ou dirigem. O bilhete para o concerto tem o preço de 5€ e pode ser comprado no Welcome Center de Abrantes e em http:// ticketline.sapo.pt/.

ao público até 29 de outubro, de terça a sexta-feira, das 16h às 18h e aos sábados, das 15h às 18h.

Vila de Rei

A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei, tem patente, até 31 de outubro, a exposição de Pintura e Desenho “3 Cantos”, da autoria de Ana Catarina Silva, Raquel Brito e Rita Sofia Alves. Mais de uma dezena de trabalhos das jovens vilarregenses estão em exposição no hall da Biblioteca Municipal. A exposição, realizada com o apoio do Agrupamento de Escolas, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h30, e aos sábados, das 15h00 às 18h00.

Até 31 de outubro – Exposição “Três Cantos”, pintura e desenho da autoria de Ana Catarina Silva, Raquel Brito e Rita Alves – Biblioteca Municipal 8 de outubro a 31 de dezembro – “Expo Tuna”, exposição dos 20 anos da Villa D´El Rei Tuna – Museu Municipal 15 de outubro – II Workshop sobre “Saúde Mental: um direito de todos. Quem cuida da mente, cuida da vida” – Biblioteca Municipal, 15 horas

Vila Nova da Barquinha 15 de outubro a 14 de janeiro de 2017 - Exposição “Anima Mea”, pintura da autoria de Alexandre Conofrey – Galeria do Parque PUBLICIDADE


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