Jornal de abrantes outubro de 2013

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OUTUBRO 2013 · Diretora interina JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5512 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GR

AT U

de

jornal abrantes

IT

O

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha ENTREVISTA

Paulo Sousa: o homem da fotografia Paulo Jorge de Sousa é um fotógrafo do século XXI, que se foi adaptando à realidade e à evolução tecnológica. Pág.3 Constância Júlia Amorim

VN Barquinha Fernando Freire

Mação Vasco Estrela

Sardoal Miguel Borges

Vila de Rei Ricardo Aires

NOVOS AUTARCAS ELEITOS PARA QUATRO ANOS

PS ganha em Abrantes com maioria

JUSTIÇA

Tribunal aumenta pena de prisão a homicida O Tribunal de Abrantes aumentou de três para oito anos e meio a pena de prisão de um homem que confessou ter matado a mãe, em Tramagal. Pág.11

SAÚDE

CHMT aposta na diferenciação Snapshot

O Centro Hospitalar do Médio Tejo investe na diferenciação das unidades hospitalares, Tomar e Torres Novas vão receber novas valências. Pág. 6

Maria do Céu Albuquerque

Obras na ponte custam 2,9 milhões

Publicidade

geral@opticlean.pt Paulo Sousa

As obras de requalificação da travessia começam no primeiro trimestre de 2014 e vão prolongar-se por 18 meses. Trabalhos que vão implicar alterações no quotidiano de quem utiliza o equipamento. Pag.8

Telm. 910 929 995 www.opticlean.pt


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

OUTUBRO 2013

FICHA TÉCNICA Diretora interina Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

A estátua D. Francisco de Almeida situada na entrada do jardim do Castelo em Abrantes foi novamente vandalizada no passado dia 18 de setembro. Os autores não conseguiram levar a pesada estátua mas os estragos foram elevados, o que levou à autarquia a proceder à remoção da estátua para os estaleiros da câmara.

Redação Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Redação Mário Rui Fonseca (CP.4306)

INQUÉRITO

mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado

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Abrantes tem um novo comandante da PSP. Que medidas tomaria para aumentar a segurança na cidade se ocupasse esse cargo?

Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado Isabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Impressão Grafedisport, S.A.

Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

GERÊNCIA Francisco Santos Ângela Gil

Carlos da Silva Pólvora

Carla Filipe

54 anos, Pedreiro, Encosta da Barata, Abrantes.

Professora, 32 anos, Mouriscas

62 anos, Empresário, Abrantes

Colocaria mais patrulhas, com passagem pelas aldeias onde as pessoas são mais idosas e acaba por haver muita insegurança. Talvez essa presença persuadisse a criminalidade.

A primeira medida que eu tomaria era que todos os agentes da PSP que tivessem intervenção na zona de Abrantes, não residissem em Abrantes. A segunda medida era reforçar o efetivo e conseguir meios para se poder cobrir o concelho, porque este é extremamente vasto.

sempre a minha cidade UM CAFÉ Chave D’ Ouro, em Abrantes PRATO PREFERIDO Todos os que incluam bacalhau UM RECANTO PARA DESCOBRIR Albufeira do Castelo de Bode, uma potência turística da região de Abrantes que está com deficit de exploração. UM DISCO Tommy, The Who UM FILME Fuga para a vitória, de John Huston UMA VIAGEM A última que fiz em Abril passado ao Dubai, um local que se evidencia pelo seu futurismo UMA FIGURA DA HISTÓRIA (E PORQUÊ) Francisco Sá Carneiro, pela referência política que

foi para os portugueses, pelo seu carácter populista, assente numa “social-democracia à portuguesa” UM MOMENTO MARCANTE? (E PORQUÊ) O jogo que ditou a subida do Abrantes Futebol Clube ao campeonato nacional da 2ª divisão, porque vi uma cidade unida em torno de um objetivo. UM PROVÉRBIO “ O silêncio é de ouro e muitas vezes é resposta” UM SONHO Nenhum em particular. A vida ensinou-me a viver e não a sonhar UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um passeio junto à albufeira do Castelo de Bode, desfrutando dos encantos naturais que a mesma proporciona.

Força, deixarem de passar certas coisas que passam. Gente que trafica droga que eles sabem quem é e não os apanham. Eles sabem quem são deviam de os apanhar, cada vez que há rusgas têm que vir os de fora que eles têm medo. Mudava a equipa, deixava uns três ou quatro e o resto tudo novo.

Domingos Chambel

SUGESTÕES

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia

jornaldeabrantes

Nuno Pedro

IDADE 41 RESIDÊNCIA Malveira PROFISSÃO Formador/Dirigente Desportivo UMA POVOAÇÃO Abrantes, será

Novo ciclo Depois de um tempo eleitoral, onde as ideias, os projetos e os protagonistas candidatos fervilharam pela região e pela praça pública, chega o momento de pôr mãos à obra. Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha, os concelhos de cobertura do Jornal de Abrantes, elegeram novos protagonistas, pois muitos dos antigos não se puderam recandidatar devido à lei de limitação de mandatos, mas mantiveram as mesmas lideranças políticas. Este resultado pode ter vários significados: a falta de trabalho de proximidade com as comunidades, pois não é apenas em três meses que se faz bem uma campanha política, onde surge o candidato, e não se entende porquê, em que circunstâncias, ou até mesmo quem é, bem como a falta de propostas atrativas e credíveis que depositassem confiança no partido em causa… Tal como refere um dos cronistas da Antena Livre, Vasco Damas, por vezes “a política separa quando deveria aproximar”, e foi isso mesmo que aconteceu neste período de eleições autárquicas. As comunidades voltaram a depositar confiança política naqueles que já se encontravam no terreno há quatro anos ou há mais, e não naqueles que surgiram para mostrar a alternativa ao poder vigente. Mas mais importante que a luta eleitoral que se estabeleceu, ou até mesmo quem foram os partidos ganhadores, hoje o mais relevante é ter em conta as políticas a executar para promover o crescimento económico da região, para fazer andar os concelhos e o país na direção desejada. E para a evolução do país são necessárias políticas ambiciosas, atentas e próximas, mas também uma oposição que faça o seu trabalho de forma séria e honesta, na tentativa de construir algo e não apenas de criticar por criticar. A oposição numa autarquia ocupa um lugar de serviço público de poder e sem uma crítica atenta e construtiva a democracia não é promovida com qualidade. Esperam-se mandatos difíceis devido às atuais circunstâncias do país, mas este momento pode representar um novo ciclo, uma nova oportunidade, uma nova esperança para quem por cá habita e quer continuar a viver. Joana Margarida Carvalho

Correção: Na última edição do Jornal de Abrantes do mês de setembro por lapso, o nome do comandante dos Bombeiros Municipais de Sardoal, José Curado, foi trocado. Ao visado as nossas desculpas.


ENTREVISTA 3

OUTUBRO 2013

PAULO SOUSA, FOTÓGRAFO

“A fotografia questiona-se a ela própria qual o seu papel” Paulo Jorge de Sousa é um fotógrafo do século XXI, que se foi adaptando à realidade e à evolução tecnológica. Desde 2005, só tira fotografias em formato digital, tendo mais de 4 terabytes de fotografias guardadas. Nasceu no Sardoal em 1964 e é na mesma vila onde mora e trabalha como Técnico Superior de Fotografia, na Câmara Municipal de Sardoal. Ao JA, Paulo Sousa conta que está “numa fase estranha”, que já não se entusiasma com os concursos de fotografia que outrora lhe deram muitos prémios, e decidiu deixar o mestrado a meio. Com mais de 25 anos de carreira, o fotógrafo refere que a fotografia “se generalizou” e que se questiona a ela própria qual o seu papel atualmente.

Quando é que teve o primeiro contacto com a fotografia? Foi em 1986. Lembro-me perfeitamente porque até esse ano não tinha feito fotografia. Foi num curso de desenvolvimento sociocultural, no Centro Cultural e Regional de Santarém, onde fiz uma cadeira de Audiovisuais, e nessa cadeira foi quando eu tirei fotografia pela primeira vez, revelei o rolo e fiz provas de ampliação. Quando começou a fotografar, quem eram os fotógrafos que o inspiravam? Não tenho noção. Só depois do curso em Santarém é que comecei a pesquisar e a interessar-me mais pela fotografia. Tenho algumas referências da velha guarda, mas atualmente a fotografia tornou-se tão abrangente que é difícil mencionar alguém, são tantos fotógrafos que é difícil mencionar algum. Ainda há dias li um artigo num jornal diário onde se estima que sejam tiradas mais de 300 biliões de fotografias, quer seja de máquina fotográfica, de telemóvel ou de outra forma qualquer... Neste momento, a fotografia questiona-se a ela própria qual o seu papel. Recentemente licenciou-se em Fotografia no Instituto Politécnico de Tomar. E antes do ensino superior, onde aprendeu a fotografar? Fui um autodidata. No curso em Santarém cada aluno fez um dia-

porama sobre um concelho do distrito de Santarém e eu fiz sobre o Sardoal. Mas de fotografia o curso tinha pouco, era superficial. Numa reunião com todos os autarcas do distrito, o meu trabalho foi o escolhido, entre os dois vencedores. Fiquei contente, e a partir daí li muito, pesquisei, experimentei muito. A dada altura sentimos necessidade de aprofundar conhecimentos. Eu sabia fazer a maior parte das coisas que eram ensinadas na licenciatura, só que não sabia o porquê de fazer de determinado modo É interessante ligar estas duas vertentes para chegar a conclusões e abrir novos caminhos. Hoje em dia a fotografia generalizou-se e qualquer pessoa pode tirar uma fotografia com qualidade. É mesmo assim? Hoje em dia tenho dificuldade em descobrir o que é uma boa ou má fotografia. Todas as pessoas fotografam de maneira diferente, com objetivos diferentes. Por exemplo, estão a acontecer os Encontros de Imagem em Braga sob o lema “O Amor e a Família”, e todas as exposições que estão patentes têm a ver com álbuns de família, o que nos faz voltar para trás alguns anos. As fotografias que estão a ser faladas nos Encontros são as que as pessoas antigamente tiravam em família. Agora é uma boa fotografia em termos de arte. O conceito de boa ou má fotografia é subjetivo, depende do objetivo da imagem, se é fotojornalismo, se é tirada só por prazer pessoal…Quando me perguntam a opinião acerca de uma fotografia pergunto sempre qual foi o objetivo da imagem, tenho de tentar perceber o que é que a pessoa queria fazer para lhe poder dar uma crítica construtiva. O processo criativo é um trabalho contínuo que tem de ser estimulado. Quando inicia um trabalho já tem em mente aquilo que quer fazer? Depende do trabalho que for fazer. Por exemplo, para o Boletim da Câmara Municipal de Sardoal, há reportagens que eu tenho de planear o trabalho. A fotografia com que eu mais expresso o meu “estado de alma” acontece naturalmente, não ando à procura de nada. Costumo andar frequentemente com a máquina fotográfica ou até mesmo

André Lopes

ANDRÉ LOPES

• “O conceito de boa ou má fotografia é subjetivo” com o telemóvel, que é mais discreto e posso fotografar em qualquer lugar e passar despercebido. O que sente quando vê os seus trabalhos expostos, como foi o caso da exposição comemorativa dos 25 anos de carreira? Sinto-me bem. Encarei-os os 25 anos de carreira como um desafio, e para a exposição não fui buscar fotografias que já tinha feito, mas antes, procurei fazer algo novo. Dificilmente irei fazer uma retrospetiva, sempre que houver hipótese de avançar, eu avanço. Há sempre ideias novas a acontecer, a serem exploradas, e porque não juntar o útil ao agradável e comemorar com uma ideia nova? Faz parte do Grupo de Fotógrafos Amadores do Ribatejo”. Que grupo é este e o que o fez juntarse a ele? O Grupo de Fotógrafos Amadores do Ribatejo nasceu para que alguns fotógrafos da região se ligassem uns com os outros. Não existia um grande objetivo nem fundamento

para a constituição do grupo, e temse mantido assim mas, por vezes, a vontade é maior e expomos os nossos trabalhos. É interessante porque sobre um determinado tema conseguimos ter uma variedade grande de emoções pessoais e perspetivas diferentes. Costumamos encontrarnos para fotografar em conjunto. Já fizemos viagens para fotografar o nevoeiro. O grupo funciona mais como um convívio de várias pessoas que gostam de fotografia. Algum do trabalho que faz é considerado fotojornalismo. Há diferenças entre uma fotografia para a imprensa e para uma exposição? O fotojornalismo é uma fotografia documental, o grande objetivo é informar, isto é, mostrar às pessoas um determinado acontecimento. Gosto do desafio do fotojornalismo porque, enquanto linguagem fotográfica, num mundo que está completamente cheio de imagens, está a mudar, ou seja, deixa de mostrar o que é evidente e o fotógrafo começa a ter alguma intervenção

plástica na fotografia, não deixando de informar. Os estudos dizem-nos que na leitura de um jornal, o primeiro olhar do leitor é para a fotografia e só depois para o título e para a notícia. Se a fotografia for banal, se calhar o jornal não vende, ou ninguém lê a notícia, por isso, a imagem tem de surpreender. Tanto numa exposição como num jornal, a fotografia tem de vir enquadrada, ter um contexto. Já foi distinguido com mais de 70 prémios nacionais e internacionais. Tem tido o reconhecimento que merece? Eu parei de participar em concursos. Estou numa fase estranha, isto é, depois da licenciatura e de tudo o que apareceu posteriormente, vejo a fotografia de outra forma. Já participei em concursos com trabalhos novos, mas o que eu condeno é a forma pouco evoluído de fazer os concursos. Continua-se a premiar as paisagens bonitas… O júri também não tem muita formação para discutir e apreciar uma fotografia e já me canso de enviar fotografias bonitinhas.

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4 AUTÁRQUICAS 2013

OUTUBRO 2013

JOANA MARGARIDA CARVALHO

Região elege as mesmas lideranças políticas

Abrantes Maria do Céu Albuquerque, candidata pelo Partido Socialista (PS), confirmou na noite eleitoral a maioria absoluta no concelho de Abrantes. Com 47,3% da votação, o partido garantiu cinco mandatos, um mandato a mais em relação às autárquicas de 2009. Das 13 freguesias o PS conquistou 10. O PSD ganhou em Rio de Moinhos e na união de freguesias de Souto e Aldeia do Mato. Nas Mouriscas a CDU manteve a soberania. Já o PSD elegeu um mandato para a Câmara Municipal, com 18,6% dos votos. A CDU, com 13,1%, elegeu também um mandato. O BE alcançou 6,5% dos votos e o CDS-PP 5,9% dos votos. Maria do Céu Albuquerque, eleita novamente ao cargo de presidente na autarquia, disse que “o PS gostaria de ter conquistado todas as freguesias do concelho”. Mesmo assim,

no seu entendimento, “foi um bom resultado para o Partido Socialista”. Os objetivos da autarca incidem no mandato que tem de ser “inteligente, inclusivo e sustentável”, numa economia baseada “no conhecimento e na inovação, uma economia eficiente com uma boa gestão”, num concelho “mais inclusivo mais solidário e com mais emprego” e onde importa “captar mais investimento, novos residentes, novos turistas e com isto melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”.

Novo executivo: Maria do Céu Albuquerque (PS) Manuel Valamatos (PS) Celeste Simão (PS) João Gomes (PS) Luís Dias (PS) Elza Vitório (PSD) Avelino Manana (CDU)

Vila Nova da Barquinha Vila Nova da Barquinha Constância Constância

Partidos

Votos

%Votos

Mandatos

Maiorias Absolutas

Presidentes

PS

8622

47.35

5

1

1

PPD/PSD

3389

18.61

1

0

0

PCP - PEV

2400

13.18

1

0

0

BE

1185

6.51

0

0

0

CDS-PP

1089

5.98

0

0

0

Mação

Sardoal

Num concelho onde o Partido Social Democrata (PSD) é soberano há vários anos, nestas eleições não foi diferente: Vasco Estrela, candidato pelo PSD é o novo presidente da Câmara Municipal de Mação. O candidato que até agora exercia as funções de vice-presidente da autarquia de Mação venceu com 52,7%. Vasco Estrela admitiu que os principais desafios passam pelo combate ao desemprego e à desertificação do concelho. Para o autarca, “é tempo de fazer um trabalho de proximidade onde é necessário conciliar as grandes obras, mas ter em atenção sobretudo as pessoas”. Vasco Estrela realçou o trabalho desenvolvido pelos antigos autarcas sociais-democratas, Elvino Pereira e Saldanha Rocha, sublinhando que agora o objetivo é dar continuidade a essa tarefa.

Devido à lei de limitação de mandatos, Fernando Moleirinho não se pôde recandidatar e Miguel Borges, até agora vice-presidente, venceu a Câmara Municipal pelo Partido Social Democrata (PSD), com 49,5% da votação. O autarca centra os seus objetivos em áreas estruturantes no concelho como a ação social, educação, cultura, desporto, urbanismo, cultura, ambiente e segurança, admitindo que “este não vai ser um mandato fácil”. Para Miguel Borges, “esta é das piores alturas para ser autarca, mas também é nestas fases exigentes que temos de dar o nosso máximo com muito trabalho. O nosso compromisso é trabalhar, com ajuda externa ao município, através dos fundos comunitários. Vamos ver como funciona a gestão dos mesmos neste mandato”.

Novo Executivo: Vasco Estrela (PPD/PSD)

Novo Executivo: António Miguel Borges (PSD)

Nuno Neto (PS) Jorge Gaspar (PSD) António Louro (PPD/PSD) Pedro Rosa (PSD) César Estrela (PS) Fernando Vasco (PS) Rodrigo Marques (PPD/PSD) Paulo Sousa

Rui Serras (GIS)

Partidos

Votos

%Votos

Mandatos

Maiorias Absolutas

Presidentes

Partidos

Votos

%Votos

Mandatos

Maiorias Absolutas

Presidentes

PPD/PSD

2642

52.75

3

1

1

PPD/PSD

1284

49.58

3

1

1

PS

1788

35.7

2

0

0

PS

621

23.98

1

0

0

PCP - PEV

183

3.65

0

0

0

III

497

19.19

1

0

0

CDS-PP

110

2.2

0

0

0

PCP - PEV

66

2.55

0

0

0

jornaldeabrantes


AUTÁRQUICAS 2013 5

OUTUBRO 2013

Constância Em Constância, a CDU manteve a Câmara tendo sido eleita para presidente Júlia Amorim. Júlia Amorim, em funções desde 1994, ganhou a noite eleitoral com 45,5% da votação, mantendo a liderança autárquica da coligação desde há 38 anos. A CDU voltou a eleger três vereadores e o PS dois. Júlia Amorim considera que este não vai ser um mandato fácil e a

Vila de Rei

prioridade centra-se “na maior captação de fundos na medida em que o concelho se mantenha como referência a nível nacional, mantendo os níveis de qualidade de vida para com os munícipes, tentando não perder os serviços de proximidade e levando por diante alguns projetos estruturantes, através do Orçamento de Estado e dos fundos comunitários”.

Novo Executivo: Júlia Amorim (CDU) António Mendes (PS) Daniel Martins (CDU) Natércio Candeias (PS) Arsénio Cristóvão (CDU)

Mação Sardoal

Abrantes

Partidos

Votos

%Votos

Mandatos

Maiorias Absolutas

Presidentes

PCP - PEV

1080

45.57

3

1

1

PS

900

37.97

2

0

0

CDS-PP.MPT

210

8.86

0

0

0

PPD/PSD

80

3.38

0

0

0

Vila de Rei

Vila Nova da Barquinha

Desde as eleições de 1976, o município de Vila de Rei tem sido sempre liderado pelos sociaisdemocratas ou pelos centristas. Em 1985 o presidente foi eleito pelo CDS, mas no mandato seguinte, em 1989, o PSD fez eleger Irene Barata, que nunca mais abandonou o lugar. Devido à lei de limitação de mandatos, a histórica social-democrata não se pôde recandidatar e Ricardo Aires venceu, pelo PSD, a Câmara Municipal, garantindo a maioria do partido. Para o autarca, este é um mandato que deve assentar no desenvolvimento do concelho, através “da fixação da população, da criação de mais emprego, e assim gerar a riqueza”. As áreas do desporto, da cultura e do turismo assumem cada vez mais as bases estruturantes do município, para o presidente eleito.

Num concelho essencialmente socialista, Fernando Freire vence e cumpre a tradição com 57,1% dos votos. O PS tem gerido os destinos do concelho e volta a eleger quatro vereadores. Fernando Freire assumiu o cargo de vereador com o pelouro da cultura e educação na Câmara Municipal no último mandato, liderado por Miguel Pombeiro, um dos autarcas que não se pôde recandidatar devido à lei de limitação de mandatos. Para estes próximos quatro anos, Fernando Freire referiu que a sua principal preocupação são as causas sociais, caracterizando a sua essência política: “Sempre soube trabalhar em grupo, para o coletivo, e onde é necessário ter uma visão territorial, nomeadamente neste próximo mandato”.

Novo Executivo: Ricardo Aires (PSD)

Novo Executivo: Fernando Freire (PS) Rui Martins (PS)

Paulo César Luís (PSD)

Ricardo Honório (PS)

Ana Sofia Pires (PS)

Rosa Garret (PS)

Carlos Garcia (PS)

Luís Valente (PSD) Pérsio Basso

Jorge Tavares (PSD)

Partidos

Votos

%Votos

Mandatos

Maiorias Absolutas

Presidentes

Partidos

Votos

%Votos

Mandatos

Maiorias Absolutas

Presidentes

PPD/PSD

1096

51.43

3

1

1

PS

2104

57.16

4

1

1

PS

664

31.16

2

0

0

PPD/PSD

649

17.63

1

0

0

CDS-PP

172

8.07

0

0

0

PCP - PEV

513

13.94

0

0

0

PCP - PEV

54

2.53

0

0

0

CDS-PP

153

4.16

0

0

0

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6 SAÚDE

OUTUBRO 2013

Centro Hospitalar do Médio Tejo inaugura novas instalações do Serviço de Sangue MÁRIO RUI FONSECA

O Serviço de Imuno-hemoterapia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), composto pelos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, foi inaugurado no passado dia 12 de setembro, centralizando todas as atividades da produção dos componentes sanguíneos na unidade hospitalar de Torres Novas. As novas instalações do Serviço de Sangue do CHMT, que mantém as colheitas de sangue a dadores e a medicina transfusional nas três unidades hospitalares, vão permitir a centralização de todo o equipamento e de toda a atividade de tratamento de sangue tendo em vista “uma maior eficiência” do serviço, referiu à Antena Livre o presidente do conselho de administração do CHMT, Joaquim Esperancinha. “Os serviços estavam espalhados pelos três hospitais e o nosso plano de reestruturação para o cen-

tro hospitalar aponta para a centralização de serviços, para uma maior eficácia e rentabilização dos mesmos, e, ao mesmo tempo, sublinha a importância que damos à

diferenciação” nas três unidades do CHMT. “Aliás, o fator diferenciação ao nível das três unidades hospitalares que compõem o CHMT é um fator crítico para

o sucesso do próprio centro hospitalar”, vincou. O novo Serviço de Sangue do CHMT, que implicou um investimento na ordem dos 20 mil euros - “pequenas

adaptações de salas, paredes e material” -, tem como principal atividade a produção de componentes sanguíneos a partir das cerca de dez mil dádivas de sangue que o

CHMT consegue recolher por ano e que o colocam no 4.º lugar a nível nacional em termos de recolha de sangue. “Dez mil dádivas correspondem a cerca de 8.500 colheitas, o que torna este CHMT autossuficiente para efetuar as transfusões de componentes sanguíneos aos doentes de todas as instituições de saúde instaladas na região do Médio Tejo, e ainda porque, sendo um serviço devidamente certificado, está autorizado para a atividade de distribuição”, enviando os componentes excedentários para outras instituições, nomeadamente o Hospital de São José e o Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa. Na cerimónia de inauguração, que contou com a presença do presidente do Instituto Português do Sangue, o conselho de administração do CHMT lembrou que “dar sangue é dar vida” e homenageou os 20 maiores dadores benévolos de sangue daquele centro hospitalar.

Centro Hospitalar cria unidade de hemodinâmica

Centro Hospitalar inaugura equipamento que elimina pedras nos rins

O Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) anunciou o lançamento de um concurso público para a instalação da nova Unidade de Hemodinâmica do CHMT, apontando o início do seu funcionamento para o primeiro trimestre de 2014. Em comunicado, o CA do CHMT refere que os Acidentes Vasculares Cerebrais e a Doença Isquémica do Coração são a principal causa de morte em Portugal, e são a principal causa de morbilidade, invalidez e anos potenciais de vida perdidos na população portuguesa. “Considerando que os casos de Enfarte Agudo do Miocárdio exigem a realização de procedimentos de diagnóstico e terapêutica num curto

Um novo equipamento que elimina as pedras dos rins através de raio laser foi inaugurado no passado dia 23 de setembro, no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que engloba os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas. Instalado no Serviço de Urologia do CHMT, em Tomar, o novo equipamento adquirido pelo CHMT tem como característica principal a possibilidade de aproveitar um orifício natural, a uretra, para introduzir no corpo do paciente em anestesia, sob visão direta, os instrumentos necessários a destruir pedras ou até tumores nos rins. O denominado Uretero Renoscópio, de calibre muito

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espaço de tempo, a realização dos procedimentos no CHMT evita a transferência dos doentes para os hospitais centrais”, acrescenta a mesma nota.

“A instalação da Unidade de Hemodinâmica na Unidade de Torres Novas permitirá a realização de cateterismos e angioplastias aos doentes da região, em tempo útil,

com implicações significativas na melhoria da qualidade assistencial e gerando ganhos em saúde inegáveis para as populações servidas”, conclui.

fino, vai desde o exterior até ao rim. No seu caminho, encontrando a pedra (ou o tumor se for o caso), usa uma ponteira com tecnologia laser para destruir esse elemento. O conselho de administração do CHMT perspetiva entre 80 a 100 intervenções por ano no âmbito dos utentes da sua área de influência, cerca de 250 mil pessoas, tendo referido que as vantagens deste tipo de equipamento têm a ver sobretudo com o conforto dos doentes que, com internamentos curtos (24h), podem tratar estas situações, sem cortes na pele ou dores incapacitantes como acontecia até agora.


REGIÃO 7

OUTUBRO 2013

Pórticos experimentais multifunções na A23, entre Torres Novas e Abrantes

Paulo Sousa

Os novos equipamentos visam controlar o tráfego, monitorizar e ensaiar novas configurações do sistema de cobrança eletrónica de portagens As estruturas (pórticos) recentemente instaladas na A23, nomeadamente nos nós de Torres Novas e Entroncamento, são “equipamentos multifunções que se encontram em período experimental”, disse esta semana ao JA fonte oficial da Estradas de Portugal (EP). Segundo disse a mesma fonte, os novos equipamentos visam “ensaiar novas configurações do sistema de cobrança eletrónica de portagens e permitem ainda o controlo automático dos acessos à via e outras funcionalidades, como a monitorização e controlo de tráfego”.

Autárquicas: Empate em Amêndoa, Mação, obriga a repetição de eleições

Têm sido recorrentes as manifestações de receio e repúdio pela eventual introdução de novas portagens na A23 e as próprias tomadas de posição da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) são contra as portagens na ex-SCUT (ex-auto es-

ABRANTES

tradas sem custos para o utilizador) que atravessa a região do JA, a atual A23. Essas portagens têm igualmente contado com a oposição de diversas autarquias da região, bem como dos respetivos órgãos executivos e fiscalizadores.

“As mesmas mais não seriam do que um agravamento inadmissível de encargos para as famílias e as empresas da nossa comunidade”, frisaram em uníssono os autarcas do Médio Tejo. Mário Rui Fonseca

O empate verificado no domingo nas eleições para a freguesia de Amêndoa, em Mação, confirmado pela assembleia do apuramento geral, determinou a repetição do ato eleitoral. Segundo fonte da Câmara Municipal de Mação, tudo aponta para que as eleições, que deverão ser marcadas pelo presidente da câmara em exercício, Saldanha Rocha, se realizem no dia 13 de outubro, um domingo. Nas eleições de domingo último, as listas do PSD e do PS foram as mais votadas pelo eleitorado daquela freguesia do concelho de Mação, tendo obtido o mesmo número de votos (175). Com 551 eleitores inscritos, a assembleia do apuramento geral apurou 175 votos para o PSD, 175 votos para o PS, 6 votos para a CDU, 7 votos em branco e 21 votos nulos.

A percentagem de eleitores votantes cifrou-se em 384 (69,69%) e 167 eleitores abstiveram-se (30,31%). O PSD venceu em Amêndoa as eleições para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal de Mação. O atual presidente, Joaquim Rita, eleito pelo PSD, não se recandidatou por ter atingido o limite de mandatos. Nas eleições para a câmara municipal, realizadas no domingo, o PSD foi o partido mais votado, com um total global de 52,75% dos votos, elegendo Vasco Estrela para o seu primeiro mandato como presidente da edilidade que era liderada por José Saldanha Rocha desde 2001. O PS foi a segunda força mais votada com 35,70% dos votos. Mário Rui Fonseca

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8 ECONOMIA

OUTUBRO 2013

AS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO DA TRAVESSIA COMEÇAM NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014 E VÃO PROLONGAR-SE POR 18 MESES

Obras na ponte de Abrantes vão custar 2,9 milhões de euros

A Estradas de Portugal lançou o concurso público, com um valor base de 10 milhões e 150 mil euros, para a realização de obras de conservação corrente de várias estradas no distrito de Santarém. Este concurso visa a contratação de trabalhos de requalificação e manutenção, no decorrer do triénio 2013 a 2016, a executar nos 941 quilómetros de vias e das 401 obras de arte, como pontes, viadutos e outras travessias, que atravessam a rede a cargo da Estradas de Portugal neste distrito.

Paulo Sousa

A empreitada de reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o rio Tejo vai ter início no decorrer do primeiro trimestre de 2014 e prolongar-se-á por 18 meses, com interdição de circulação a veículos pesados, e circulação alternada e condicionada a uma faixa de rodagem para os veículos ligeiros. Esta obra foi adjudicada por aproximadamente 2,9 milhões de euros. A informação foi avançada ao JA pela Estradas de Portugal (EP), que adianta ainda que a intervenção a executar visa a melhoria das condições de segurança e conforto dos utilizadores desta importante ligação sobre o rio Tejo, com uma extensão de 368 metros. No âmbito da empreitada serão realizados trabalhos de fundação e reforço dos pilares, reparação e proteção da estrutura metálica e das zonas de betão armado, repavimentação e impermeabilização do tabuleiro, beneficiação do sistema de drenagem, colocação de

guardas de segurança e juntas de dilatação, reparação do sistema elétrico e a substituição de todos os elementos danificados bem como a limpeza geral da ponte. O projeto foi aprovado em reunião de executivo da Câmara Municipal de Abrantes no dia 18 março e contempla alguns aspetos que poderão influenciar o quotidiano da comunidade e dos utilizadores habituais daquela ponte sobre o Tejo. A interdição de circulação de pesados vai durar cerca de 450 dias, e os veículos ligeiros terão uma interdição de uma

faixa de rodagem com circulação alternada, regulada por semáforos. A interdição total da travessia será inevitável, mas só entre dois a três meses, e no período noturno entres 22h00 e as 06h00, com a garantia de desvios. O tráfego de ambulâncias terá a passagem assegurada 24 horas por dia, em situação de emergência, e os transportes públicos de passageiros têm o tráfego assegurado ate 20 toneladas, com exceção do período de corte total do trânsito. A circulação dos peões será sempre assegurada por um dos passeios.

Estradas de Portugal investem 10 milhões no distrito

No decorrer das obras será necessário a desinsuflação do açude construído no rio, num período estimado entre seis a oito meses, e que irá abranger os meses de verão de 2014. Quanto ao projeto de iluminação, toda a instalação atualmente existente será substituída e serão disponibilizadas soluções que visem a sua eficiência energética. A pintura da ponte será também garantida com a realização da obra.

As intervenções vão incluir a requalificação e manutenção dos pavimentos, bermas e valetas, passeios, nós, intersecções, ilhéus e separadores, reposição e adequação da sinalização e outros equipamentos de proteção e segurança rodoviária. Vai ser feita ainda a estabilização e conservação de taludes e da rede de vedação, a reparação e manutenção das obras de arte, limpeza de terrenos adjacentes às estradas.

Casa Anadia lança azeite para crianças

Mário Rui Fonseca

TAGUS E CÂMARA MUNICIPAL DE ABRANTES PREPARAM A 12ª FEIRA NACIONAL DE DOÇARIA TRADICIONAL

Doces novidades acompanhadas de muitas outras propostas Doçaria de vários pontos do país reúne-se na cidade de Abrantes no mês de outubro. Já na 12ª edição, a Feira Nacional de Doçaria Tradicional, com lugar no edifício dos Claras, irá trazer além de iguarias portuguesas, animação musical, workshops, BTT, exposições, curso de mel, doçaria ao vivo e encontro de colecionadores de pacotes de açúcar nos dias 25, 26, e 27 de outubro. O mercado de doces e percurso pedestre são algumas das actividades complementares que antecedem o evento. A maior celebração de doçaria da região terá uma panóplia de atividades comple-

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mentares, desde uma ABT Night Runners até à confeção de doçaria ao vivo por Bruno Martins e Filipe Janeiro, alunos da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, passando por workshops para aprender a amassar e cozer bolos em forno de le-

nha ou de iniciação ao cake design. As associações e grupos etnográficos também vão poder comercializar as suas iguarias. A edição deste ano da Feira de Doçaria traz ao Centro Histórico o 2º Encontro de Música Popular Portuguesa,

uma parceria com o Orfeão de Abrantes, e conta com a apresentação dos resultados e entrega de prémios do Concurso de Embalagens para a Doçaria Tradicional do Ribatejo Interior, dinamizado pelos alunos de Design e Tecnologia das Artes Gráficas, do Instituto Politécnico de Tomar. Os interessados nas actividades programadas para este evento apoiado pelo Programa Nacional de Desenvolvimento Rural (ProDeR), devem contactar a TAGUS, através do telefone 241 372 180, pelo email tagus@tagus-ri.pt ou saber mais informações em www.tagus-ri.pt.

A Casa Anadia lançou no mercado o seu primeiro azeite destinado aos mais novos e que se distingue, segundo a marca, por apresentar “a mais baixa acidez do mercado (0,1%)”. Denominado Casa Anadia Júnior D.O.P., o produto resulta da seleção de azeitonas galegas de Denominação de Origem Protegida, extraídas a frio. “Este azeite extra virgem não é filtrado e mantémse por isso 100% natural e original, mantendo fiéis as

características da azeitona, para que leve às refeições dos mais novos todas as propriedades, vitaminas e nutrientes mais puros do azeite”, explica a marca em nota de imprensa. Naturalmente rico em vitaminas e com uma acidez mínima, o azeite Casa Anadia Júnior D.O.P é o ideal para toda a alimentação e processo digestivo dos mais novos, garante a marca. O produto está disponível na rede de lojas Auchan.


TURISMO 9

OUTUBRO 2013

Os trabalhos de beneficiação das muralhas e intervenção na torre de menagem do Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, para criar um espaço museológico, já começaram. As obras, que se prolongarão por seis meses e implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros, incidirão em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas. A intervenção na torre de menagem incidirá na substituição do atual terraço, na colocação de uma escada metálica de circulação vertical e na instalação de um sistema expositivo de conteúdos referentes aos Templários, visando preservar e proteger o monumento e possibilitando-lhe melhores condições de acessibilidade e circulação. O vereador com o pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, entretanto eleito presi-

Pérsio Basso

Castelo de Almourol em obra

Investimento de 500 mil euros para preservar o mo•numento

dente, Fernando Freire, disse à Antena Livre que o projeto propõe uma intervenção “leve, sustentável e de caráter reversível”, com vista à dinamização sociocultural, económica e ambiental da torre e do castelo de Almourol e a sua envolvente paisagística, “que importa manter viva”. Os materiais para as obras serão colocados na ilha onde se localiza o castelo através de uma ponte militar colocada no local especialmente para o efeito. “O processo de obtenção global de pareceres demorou cinco longos anos, mas ainda

vamos a tempo de intervir nas melhorias estruturais deste monumento de interesse nacional” frisou Fernando Freire, recordando as 60 mil visitas anuais. Edificado numa pequena ilha, em pleno rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos do período da Reconquista, sendo simultaneamente um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país. “Historicamente, o Castelo de Almourol continua a merecer o interesse e a curiosidade

de dezenas de milhares de turistas, estudantes e visitantes de todo o mundo e este projeto de musealização vai contribuir para a consolidação e aumento de turistas, configurando-se como um novo fator de atratividade ao nosso concelho”, defendeu Fernando Freire. A partir do dia 23 de setembro deixou de haver o acesso à ilha e ao castelo, pelo que, desde essa data, ficaram canceladas todas as visitas ao monumento. Contudo, ficam asseguradas as viagens de barco, no Rio Tejo, desde o cais de El-rei de Tancos até Almourol, com viagem de aproximação ao monumento e apreciação da sua envolvente paisagística. A intervenção é resultado de uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), com comparticipação de 85%. A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha suportará o valor remanescente. Mário Rui Fonseca

Vila de Rei promove Termas dos Envendos A Câmara Municipal de Vila de Rei, através do Pelouro da Ação Social e Saúde, irá, à semelhança de anos anteriores, promover uma época de Tratamentos nas Termas da Ladeira dos Envendos. A ação irá decorrer de 14 a 19 de outubro, estando a autarquia

responsável por assegurar o transporte dos munícipes inscritos. As inscrições para a iniciativa, cujo objetivo é a promoção da qualidade de vida e bem-estar da comunidade, encontram-se a decorrer na recepção-geral da Câmara Municipal de Vila de Rei.

Água Formosa com sanitários públicos A Aldeia do Xisto de Água Formosa possui uma nova valência ao dispor dos seus visitantes, graças à construção de instalações sanitárias públicas na aldeia, numa obra a cargo do Município de Vila de Rei. A nova infraestrutura, adaptada também para pessoas com mobilidade condicionada, constituiu um investimento num valor global de 10.100€ e vem colmatar uma necessidade deste

ponto turístico. Água Formosa comporta três Percursos Pedestres que, anualmente, recebem também centenas de caminhantes.

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10 SOCIEDADE

OUTUBRO 2013

JULGAMENTO DE CASO DE HOMICIDA DE UM CAMIONISTA EM MOURISCAS, ABRANTES, VAI SER PARCIALMENTE REPETIDO NO TRIBUNAL DE TOMAR

O julgamento do homicídio de Nelson Ferreira, camionista de 41 anos que foi assassinado em junho de 2010 na área de serviço da A23 em Mouriscas, Abrantes, vai ser parcialmente repetido no Tribunal de Tomar, por decisão do Tribunal da Relação de Évora. Em abril de 2011, o Tribunal de Abrantes condenou a 18 anos e nove meses de prisão Emanuel Candeias, então com 19 anos, por homicídio qualificado de um camionista na área de serviço de Mouriscas, um caso ocorrido em junho de 2010. O juiz presidente do Tribunal de Abrantes absolveu, na ocasião, os outros dois arguidos, Ulisses e David, de 24 e 23 anos, do crime de coautoria de homicídio qualificado.

Um “olhar provocador” terá estado na origem da facada mortal desferida por Emanuel Candeias. Para o juiz, tratou-se de “conduta muito deplorável, pela insensibilidade, desprezo e falta de socorro à vítima”. Aquele alegado “olhar” do camionista para a mesa onde estavam os arguidos desencadeou uma cena de violência com murros e bofetadas dos três jovens a Nelson Ferreira, em situação que se estendeu ao exterior do estabelecimento e culminou numa única facada no coração, que se viria a revelar fatal para o camionista. O Tribunal não deu como provada a conjugação de esforços premeditada para matar Nelson Ferreira, um camionista de Salvaterra de Ma-

ABERTOS SÁBADOS DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 20H

Arquivo

Caso de homicídio em Mouriscas volta à barra do Tribunal

gos que seguia para França e havia parado naquela área de serviço para fazer uma pausa e tomar um café. O tempo total de prisão a

cumprir por Emanuel Candeias, de 19 anos, resulta do cúmulo jurídico das penas de 18 anos de prisão por homicídio qualificado, dois anos por

detenção e posse de arma proibida e sete meses por condução sem habilitação legal para o fazer, a que acresce uma indemnização cível de

135 mil euros para os dois filhos da vítima. O seu advogado, Arrobas da Silva, que havia pedido a condenação por crime de homicídio simples, com dolo eventual e aplicação da legislação especial para jovens, recorreu da sentença, considerando a mesma “demasiado pesada” tendo em atenção a idade do condenado. O pedido de recurso não só foi rejeitado, como viu ser agravada a pena inicial para 19 anos e meio. Ao crime de homicídio qualificado, o Tribunal da Relação aduziu o de ofensas à integridade física. Os dois jovens inicialmente absolvidos poderão agora ser confrontados com novas acusações. Mário Rui Fonseca

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SOCIEDADE 11

OUTUBRO 2013

Tribunal de Abrantes aumenta pena de prisão a homem que espancou mãe até à morte O Tribunal de Abrantes aumentou de três para oito anos e meio a pena de prisão de um homem que confessou ter matado a mãe, em Tramagal

Lídia Grácio foi vítima de espancamento em março de 2012, em Tramagal, tendo falecido num quadro de extrema violência pelos murros e pontapés desferidos no corpo e na cabeça pelo seu filho, Paulo Grácio. O arguido foi inicialmente acusado do crime de homicídio simples, mas os juízes alteraram a qualificação jurídica para um crime de ofensas à integridade física qualificada e na sua forma agravada, uma vez que entenderam que o homem, en-

tão com 34 anos, padecia de esquizofrenia paranoide e terá agido durante um “surto psicótico”. Paulo Grácio foi condenado a três anos de prisão efetiva, a cumprir num hospital de saúde mental. “O arguido estava descompensado à data dos acontecimentos, pela falta dos medicamentos, e à esquizofrenia paranoide juntou-se um surto psicótico num quadro de aumento de agressividade, agravado pelo consumo de álcool e drogas”, leu a juíza. O Tribunal da Relação mandou repetir o julgamento de Paulo Grácio, sob a acusação do crime de homicídio simples, o que resultou num agravar da pena inicial, agora de oito anos e meio, que terá

de cumprir em regime de internamento. “O juiz entendeu que o facto de o Paulo ter ouvido um carro a aproximar-se na altura das agressões e ter fugido em consequência disso, era sinal de que ele, apesar de não desejar a morte da mãe, tinha noção e entendia que os seus atos podiam resultar nesse trágico final”, disse Ricardo Pereira, advogado de defesa. Ricardo Pereira referiu ainda que a família não vai recorrer da decisão. “Esta pena de oito anos e meio é a pena mínima para um crime de homicídio e a família aceitou a decisão, tendo também em conta que o Paulo Grácio vai cumprir em regime de internamento a totalidade da pena”, precisou.

A vítima, de 56 anos, foi encontrada por um popular numa rua de Tramagal, onde ambos viviam, com sinais de uma morte bastante violenta e evidenciando fortes traumatismos na cabeça e no rosto. O arguido espancou e pontapeou a mãe na via pública, onde a abandonou e onde a mulher viria a morrer, poucos minutos depois de um popular lhe ter tentado prestar ajuda. Dada a agressividade de Paulo, Lídia Grácio já tinha pedido ajuda para que o filho fosse internado, sempre sem resultado. Entretanto recolheu ao hospital prisão Sobral Cid, em Coimbra. Mário Rui Fonseca

Autarquias da região consideradas “Familiarmente Responsáveis”

AGRICULTURA

Erradicação de nemátodo já arrancou O Conselho de Ministros autorizou a realização da despesa com aquisição de serviços para o controlo e erradicação do nemátodo da madeira do pinheiro e do seu inseto vetor na zona do continente, uma faixa de cerca de 20 quilómetros de largura em toda a extensão da fronteira terrestre com Espanha durante os anos 2013 e 2015. As ações de controlo do nemátodo decorrem de compromissos assumidos pelo Estado Português perante a União Europeia e têm enquadramento em várias decisões comunitárias, especificamente dirigidas a Portugal. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas fica autorizado à realização da despesa com a aquisição de serviços para o abate, a desramação e a toragem de espécies hospedeiras daquele inseto, previamente identificadas na zona tampão, bem como para o destroçamento dos sobrantes, até

ao montante global máximo de 1,498 milhões de euros. Luís Damas, presidente da Associação de Agricultores de Abrantes, Sardoal, Constância e Mação, explicou à Antena Livre que o nemátodo “é um bicho microscópico, que se transporta por um inseto, que ataca e mata o pinheiro. Teve a sua origem no Canadá, e chegou em 1999 a Portugal, pela península de Setúbal. Desde então, no país, são cerca

de 1 milhão e 10 mil hectares que estão afetados pela praga, colocando o nemátodo declarado em Portugal”. Sobre a região e nomeadamente sobre o concelho de Abrantes, Luís Damas referiu que o nemátodo não tem grande expressão: “Na zona sul não existe muito pinhal, está muito disperso. Ao nível da zona norte o território é mais denso, mas os pinheiros são muito novos, devido aos incêndios florestais que

O BNI Estratégia apresentou no passado dia 4 de outubro a nova equipa de liderança para os próximos seis meses. Manuel Bartolomeu é novo presidente do grupo, Gisela Patornilo, vice-presidente, e Andreia Almeida secretária e tesoureira. O BNI é uma organização profissional de empresários, cujo objetivo principal é a troca de referências e oportunidades qualificadas de negócios. No BNI Estratégia, em Abrantes, em dois anos e meio foram passadas 9.731 referências de oportunidades de negócio, que geraram mais de 6 milhões de euros em negócios para os seus membros.

deflagraram nos anos anteriores, e o nemátodo ataca em prioridade as árvores adultas”. O Presidente da Associação de Agricultores explicou que o controlo e erradicação do nemátodo vai incidir numa grande faixa, em toda a fronteira com Espanha, para que a praga não se propague pela Europa. Luís Damas clarificou, por fim, que o nemátodo tem inibido o investimento florestal no país ao longo dos últimos anos.

Mação, Vila de Rei e Abrantes foram concelhos distinguidos como “Familiarmente Responsáveis”. Abrantes recebeu a atribuição pelo segundo ano consecutivo, Vila de Rei pelo quinto e Mação pela primeira vez. Este reconhecimento é atribuído pelo Observatório das Autarquias Familiarmente mais Responsáveis, que vai homenagear e entregar um prémio aos municípios numa cerimónia que terá lugar no próximo dia 6 de novembro, na Associação Nacional de Muni-

cípios Portugueses, em Coimbra. A distinção resulta de um inquérito a nível nacional onde são analisadas as políticas de famílias dos municípios em dez áreas de atuação, que vão desde o apoio à maternidade e à paternidade, aos transportes, à cultura, à habitação, à educação e à participação social, entre outras áreas. Os dados recolhidos estão disponíveis no site do Observatório. Neste site os cidadãos podem conhecer o trabalho desenvolvido pelos municípios.

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REGIÃO 13

OUTUBRO 2013

ESPAÇO FOTOGRAFIA: PAULO SOUSA

O Jornal de Abrantes vai dar oportunidade aos fotógrafos profissionais e amadores da região que divulguem o seu trabalho fotográfico no JA. Este mês, destacamos, o trabalho do fotógrafo Paulo Sousa:

*mais informações sobre o fotógrafo (ver pág. 3)

TRAMAGAL

Escuteiros ganham nova sede A antiga escola primária da Penha, em Tramagal, um edifício de dois pisos e um amplo espaço ao ar livre, foi entregue mediante protocolo estabelecido com a Câmara Municipal de Abrantes para ali estabelecerem a sua nova sede. Fundado em maio de 1968, o agrupamento 273 do Corpo Nacional de Escuteiros de Tramagal tem hoje em dia cerca de 50 jovens envolvidos semanalmente nas práticas e ideais do movimento escuta, desde os lobitos, os de mais tenra idade, passando pelos exploradores e pioneiros, culminando nos caminheiros. O Agrupamento de Tramagal, com uma requalificação que mereceu um forte envolvente dos pais, viu assim concretizada uma antiga

aspiração: a de poder acolher os cerca de 50 jovens de uma forma mais polivalente e com melhores condições de tra-

balho, piscando, ao mesmo tempo, o olho a novos candidatos a integrarem o movimento, nos seus tempos li-

vres, como referiu à Antena Livre Nuno Oliveira, o chefe do Agrupamento.

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14 CIÊNCIA E CULTURA

OUTUBRO 2013

A Força Aérea Portuguesa (FAP) cedeu um avião a jato modelo Lockheed T-33 T-Bird para instalar no Centro de Ciência Viva de Constância. O contrato, assinado no passado dia 26 de setembro, entre a Câmara Municipal de Constância e a FAP, prevê que a aeronave seja utilizada única e exclusivamente para fins de exposição e divulgação científica. A instalação da aeronave vai permitir um conjunto de outras atividades, nomeadamente a abordagem do tema “voo”, com especial incidência no princípio de Bernoulli e nas manobras de direção e de altitude de um avião em plena operação, explica a autarquia de Constância em comunicado. A escolha do modelo de avião decorreu não só das disponibilidades da Força Aérea Portuguesa, mas também por razões históricas, dado que esse foi o primeiro tipo de avião a jato a operar na vi-

Mário Rui Fonseca

Força Área cede avião ao Centro de Ciência Viva

• José Araújo Pinheiro, Rosália Vargas e Máximo Ferreira zinha Base Aérea de Tancos. Para Máximo Ferreira, astrónomo e na altura presidente de Câmara, esta aeronave é um novo motivo de interesse: “Os centros necessitam de

Vila de Rei inaugura Museu do Fogo e da Resina Foi inaugurado o “Museu do Fogo e da Resina”, no passado dia 19 de setembro, englobado nas comemorações da atribuição da Carta de Foral ao concelho de Vila de Rei. Este novo espaço cultural está instalado no antigo edifício da Delegação Escolar, e posteriormente do IPJ, edifício este totalmente remodelado para acolher esta valência. A dualidade do fogo enquanto elemento de destruição e de civilização foi determinante para a evolução Humana. Este espaço invoca a memória dos grandes incêndios de 1986 e 2003, que devastaram este município, destruindo uma das mais importantes zonas florestais nacionais. Este espaço interpretativo assume um importante papel ao mostrar a relação que o fogo teve no “modus vivendi”

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das comunidades que habitaram e habitam este território, para além de relembrar a importância da floresta e a arte tradicional da exploração da resina. O museu do Fogo e da Resina conta ainda com uma homenagem a todos aqueles que mesmo correndo risco de vida, com esforço, empenho e abnegação combatem os fogos que assolam anualmente o nosso país – os bombeiros portugueses. Concebido pela Glorybox para o município de Vila de Rei, este museu, pela sua originalidade e estratégia museográfica inovadora, assume-se desde já como uma referência no panorama museológico português e da região centro, permitindo ao visitante conhecer conteúdos de qualidade, através de uma interatividade pedagógica e dinâmica.

uma constante inovação, é necessário criar coisas novas, como este tipo de equipamentos, que só enriquecem o espaço. A componente histórica está aqui bem presente,

devido à proximidade com Tancos, onde esta aeronave já voou na sua base.” Máximo Ferreira adiantou ainda que o espaço dedicado à aeronave será

musealizado com exposições, com módulos interativos desde vídeos a outro tipo de plataformas para o aprofundamento de conhecimentos na área do voo.

O chefe maior da Força Aérea, José Araújo Pinheiro, marcou presença na cerimónia e adiantou que esta foi uma parceria bastante benéfica com o Centro de Ciência para a captação de novos públicos e futuros pilotos para a Força Área: “A Força Aérea é voar, mas também é um despertar nas gerações mais novas para tudo o que está relacionado com o voo. Com este tipo de parcerias só podemos estar gratos pois iremos divulgar o nosso trabalho da melhor forma.” Para Rosália Vargas, diretora dos Centros de Ciência Viva, que também marcou presença na cerimónia, “a parceria é ganhadora uma vez que se trata de um objeto muito bonito, um grande módulo de ciência e tecnologia, onde vai ser explicado como se processa o voo, e onde áreas da matemática e da física vão estar bem presentes”. Joana Margarida Carvalho e Mário Rui Fonseca

Sofalca continua a apostar no mundo da arte

A Sofalca, empresa portuguesa produtora de aglomerado de cortiça, marcou presença Arquiteturas Film Festival, o primeiro festival da Península Ibérica de filmes documentais e ficcionais sobre o tema arquitetura, que decorreu no fim de setembro em Lisboa. A participação da empresa abrantina concretizou-se através da criação da “Cinema Cork Box”,

uma sala para projeção de filmes inteiramente revestida de cortiça, idealizada pelo designer Bruno Carvalho. Esta é mais uma iniciativa da Sofalca no sentido de apostar no design, na arte e na inovação, depois de ter participado num projeto da artista Joana Vasconcelos.


SOCIEDADE 15

OUTUBRO 2013

CANAL DE ALFANZIRA

Um património a descobrir e preservar As Jornadas Europeias do Património deste ano foram assinaladas em Abrantes por uma visita ao Canal de Alfanzira, no sábado, dia 21 de setembro, antecedida na véspera por uma palestra de Candeias Silva sobre o tema. Os participantes na visita “descobriram” com gosto, entre o apeadeiro de Mouriscas e a ponte rodoviária Mouriscas-Alvega, uma importante obra de engenharia há muito abandonada e concluíram que a mesma devia ser classificada, defendida e valorizada. Proposta que Candeias Silva já há anos fizera e de que já em 2005, no nº 6 da revista Zahara, dava notícia justamente num trabalho sobre o mesmo Canal: “O Canal Filipino de Alfanzira – Mouriscas: uma proposta de preservação integrada”. Foi em 1581 que Filipe I de Portugal (II de Espanha) veio às Cortes de Tomar consagrar a “União Ibérica” e ser reconhecido e jurado como rei de Portugal. As cortes começaram a 16 de abril, mas a 1 desse mês já o rei incumbia o seu engenheiro Juan Baptista Antonelli do projeto de “reconhecer” o rio Tejo até Alcântara, a fim de possibilitar a navegabilidade do rio ou a sua melhoria. Pouco tempo

depois, Antonelli fez um relatório em que apresentou o troço de Mouriscas como o caso mais difícil e propunha solução, a que o rei fez dar andamento. Antonelli construiu um açude e um canal de 800 pés de comprimento e 30 pés de largura, a fim de os barcos poderem passar em segurança. “As operações de desobstrução e construção naquele ‘passo’ começaram pouco depois e duraram mais de um ano, empregando muita mão-de-obra especializada, muitos meios materiais e consumindo vultosas

somas em dinheiro: mais de mil ducados, ou seja, quase metade do orçamento inicialmente previsto para todo o troço do rio (24 léguas)”, escreve Candeias Silva na Zahara já referida. Como Antonelli previa, o canal e a navegabilidade deram origem a uma atividade económica complementar. Disso são testemunha os restos de alguns moinhos. Também a capela da senhora da Guia lhe estará de algum modo associado. Além disso, o tipo de rocha que aflora no leito do rio é das ”mais primitivas” e resistentes do planeta, de ori-

gem pré-câmbrica. Por todo este conjunto histórico, tanto natural como cultural, e pelo carácter aprazível do local, se devidamente recuperado, os visitantes consideraram que é importante não deixar esquecer a proposta de preservação. Para terminar a aventura, os visitantes confraternizaram num pic-nic partilhado, como que a mostrar que esse é outro património, imaterial, que pode ser associado ao Canal de Alfazira.

O nome de Canal de Alfanzira perdeu-se com o tempo e dele não havia memória viva. Contudo, o local continuou a ser utilizado, tanto para a moagem e a pesca como para a agricultura na margem direita do rio, entre outras atividades. Uma delas foi o tratamento do linho para fiação. Entre o fim do paredão do Canal, que se vê na imagem, e a margem do rio, forma-se ainda hoje uma pequena bacia de águas calmas. Era nesta “Lagoa do Linho”, como era conhecida, que as mulheres de Mouriscas vinham trabalhar o linho, que precisa de ser macerado ou “enlagado” antes de poder ser tecido. Por isso mesmo, também esta pequena lagoa tem um valor patrimonial que convém assinalar, ainda que hoje já não tenha o uso que a tradição dele tirou.

Alves Jana

A Junta de Freguesia do Tramagal, em Abrantes, celebrou um contrato para a construção de um núcleo museológico industrial a partir do espólio legado pela Metalúrgica Duarte Ferreira, extinta em 1995. O projeto de instalação do museu, que vai prolongarse por seis meses, implica um investimento na ordem dos 120 mil euros e resulta de uma parceria entre a Câmara de Abrantes, a Junta de Freguesia de Tramagal e as empresas Diorama e MDF. A intervenção vai permitir a recuperação integral do edifí-

cio onde funcionavam os antigos escritórios da MDF, por forma a integrar todo o espólio fotográfico, documental e de maquinaria legado pela família Duarte Ferreira, pela Diorama, e por instituições diversas e particulares, visando a “recuperação, preservação e divulgação da memória de um dos pioneiros da metalomecânica em Portugal, Eduardo Duarte Ferreira”, como referiu o presidente da Junta de Freguesia. Para Vítor Hugo Cardoso, este empreendimento “significa devolver ao Tramagal e aos tramagalenses todo patri-

mónio adquirido ao longo dos anos pela família Duarte Ferreira e o reconhecimento da importância da preservação e divulgação da memória de um dos pioneiros da metalomecânica em Portugal”. Este projeto é constituído por um núcleo museológico ao ar livre onde serão expostos ao longo de um percurso de 300 metros as máquinas de grande porte ali construídas durante o século XX, como debulhadoras, ceifeiras, lagares de azeite, arados ou os célebres camiões Berliet, que equiparam o exército colonial português e uma outra

instalação, no antigo edifício dos escritórios da MDF, com dois pisos, onde será construído um pequeno centro cultural, com salas de reuniões, auditório, conferências e outros eventos. “Este núcleo permitirá ainda uma alavancagem do turismo na freguesia tendo em conta os visitantes, historiadores e estudantes universitários que podem visitar o Tramagal”, apontou Vítor Hugo Cardoso. FR

Mário Rui Fonseca

Tramagal recebe novo núcleo museológico

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16 EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

OUTUBRO 2013

NO ÂMBITO DA CAMPANHA NACIONAL “TRABALHAR COM ARQUITETOS”

Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitetos promove conferência “Olhe à sua Volta” “Olhe à sua volta” é o debate que a Delegação de Abrantes da Ordem dos Arquitetos vai promover no próximo dia 15 de outubro, às 18H30, no pequeno auditório do Instituto Politécnico de Tomar. A publicação Papel Parede, com o mesmo tema, que será lançada nesta ocasião, dará lugar à exposição que vai ser inaugurada após a conferência. Esta ação associa-se à campanha nacional da Ordem dos Arquitetos, “Trabalhar com Arquitetos”, que apela ao respeito da profissão e procura despertar para uma consciência social sobre o valor dos arquitetos, no território, nas cidades e na vida das pessoas. A campanha surge nesta conjuntura dura para a arquitetura e para os arquitetos, com o objetivo de contrariar o ambiente recessivo que está instalado

na arquitetura portuguesa. “Hoje o mundo e Portugal já é muito sensível à importância do ambiente natural, mas ainda muito pouco sensível ao ambiente construído, que é o dia-a-dia de quase todos nós”, refere o arquiteto Pedro Costa, presidente da Delegação de Abrantes da Ordem das Arquitetos, que vê esta ação também como um desafio à reflexão na região do Médio Tejo. “Esse ambiente não será construído com a qualidade que todos queremos se os seus autores não forem reconhecidos e apoiados pela sociedade em que vivemos, sobretudo na grande crise económica que está instalada”, reforça Pedro Costa.

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vozes masculinas como femininas. Não é obrigatório saber música, basta ter vontade de cantar e disponibilidade. Os ensaios são duas vezes por semana, às 21h15, na sede do Orfeão (às terças para os homens, às quartas para as mulheres e às sextas para todos). O Orfeão de Abrantes tem também, desde há muitos

A Câmara Municipal de Abrantes em parceria com os Agrupamentos de Escolas, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural e a Escola Superior de Tecnologia estão a dinamizar a campanha “1 Biblioteca e Sorrisos para Timor Leste” que está a decorrer no concelho, durante o mês de Outubro. Esta é uma missão de solidariedade que tem como objetivo angariar livros de histórias infantis/juvenis, dicionários/gramáticas de português, artigos escolares e material didático ou brinquedos para oferecer à comunidade de Timor e

proporcionar às suas crianças momentos de alegria e muitos sorrisos. Os contributos serão enviados para Timor/Suai Loro e irão proporcionar a criação de uma biblioteca que facilite a aprendizagem e o desenvolvimento da língua portuguesa e desperte o gosto pela leitura. Para participar basta deixar o seu contributo na Biblioteca Municipal António Botto, na Associação Vidas Cruzadas, ou nas sedes dos parceiros no projeto. Para mais informações sobre o projeto consultar em http://1biblioteca-sorrisos-suailoro.blogspot.pt

Abertas inscrições para ateliers no CEAC

Orfeão procura novos coralistas e novos alunos O Grupo Coral, ou o Orfeão, como normalmente se designa, já iniciou a sua atividade letiva no dia 13 de setembro 2013. Alguns concertos já agendados e outros que irão sendo marcados ao longo do ano. Para prosseguir o trabalho, este grupo precisa de aumentar o número de coralistas ativos, tendo inscrições abertas tanto para

Biblioteca e Sorrisos para Timor Leste

anos, uma Escola de Música que continua de portas aberta para ensinar música a todas as idades, começando com os mais pequeninos (dos dois aos seis anos) através da aprendizagem dos sons, actividade que ajuda no desenvolvimento cognitivo. Para todas as idades, inclusivamente para adultos, para além da Formação Mu-

sical, há aulas de diversos instrumentos (Piano, Guitarra, Violino, Flauta de Bisel, Flauta Transversal e Bateria). As inscrições prolongam-se durante todo o mês de outubro, todos os dias da semana, entre as 18h30 e as 19h30. Mais informações em www. orfeaodeabrantes.com ou através do email orfeaodeabrantes@gmail.com.

No segundo ano letivo de atividade, o Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC) está a promover, entre outubro de 2013 e maio de 2014, ateliers de desenho e pintura, teatro de marionetas, fotografia e vídeo, entre outras atividades como a realização de ateliers para crianças ao fim-de-semana, ou a realização de um Congresso anual de artes. Os ateliers têm a chancela técnica e científica do Instituto Politécnico de Tomar, sendo lecionados por membros do seu corpo docente e acompanhadas por monitores do CEAC. Os créditos ECTS adquiridos nesta formação poderão num futuro próximo ser convertidos em módulos de um Curso de Especialização Tecnológica (CET) que aguarda aprovação pelo

Ministério da Educação. As inscrições para os ateliers de formação podem ser feitas no CEAC, Rua da Barca, através do telefone 249720358 (Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha), do telemóvel 926273161 (Carlos Vicente) e do email galeria@cm-vnbarquinha.pt. O CEAC é fruto da parceria entre o município de Vila Nova da Barquinha, o Instituto Politécnico de Tomar e a Fundação EDP. Está funcionar desde janeiro de 2013, em Vila Nova da Barquinha. Instalado na antiga Casa da Hidráulica, este equipamento surge na sequência da criação do Parque de Escultura Contemporânea Almourol, espaço que reúne obras dos 11 escultores mais representativos da escultura contemporânea portuguesa.


EDUCAÇÃO 17

OUTUBRO 2013

RESIDÊNCIA DE ESTUDANTES DA ESTA

“Passar de oito para oitenta” Oficialmente inaugurada no início do ano letivo, a nova residência de estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) já está em funcionamento. Foi na manhã de 23 de setembro que recebeu os seus primeiros alunos que, ao verem pela primeira vez a casa que os vai receber, durante o tempo de aulas, ficaram literalmente de “queixo caído”. Após uns bons anos a viver numa residência, onde os principais problemas eram as condições habitacionais e a distância que separava a residência do edifício principal da ESTA, os alunos, que agora viram a seu desejo de ter uma nova residência realizado, em menos de um ano viram a resposta à carta de reclamação que escreveram para o Instituto Politécnico de Tomar (IPT). A Presidência e o Serviço de Ação So-

cial do IPT, assim como a direção da ESTA, reconheceram que a antiga residência já não reunia condições de funcionamento e foi prometida uma nova residência. Eis que a promessa foi cumprida, com um claro envolvimento e participação da Câmara Municipal. A nova residência, que se situa no centro histórico da cidade (antigo edifício do Centro de Emprego), bem perto do edifício principal da ESTA e do edifício Milho, foi restaurada e bem restaurada para albergar no máximo 18 alunos (número que representa a procura dos anos anteriores). Comparações entre as duas residências? Não há nem se podem fazer! Como diz o ditado popular foi “passar de oito para oitenta”. Composta por uma grande cozinha, por oito quartos duplos e dois individuais e por duas grandes casas-de-

banho (uma para os rapazes e outra para as raparigas), é de salientar que a nova residência está também preparada para receber alunos dependentes de uma cadeira de rodas. A residência ainda se faz apresentar com um grande terraço na parte superior do edifício e de uma sala de convívio. Esta nova residência poderá ser, a partir de agora, um dos pontos fortes para chamar mais estudantes para a ESTA e dar vida ao centro histórico da cidade. Com esta obra, os alunos da ESTA felicitam o IPT e a Câmara Municipal de Abrantes, que através de um protocolo conseguiram realizar uma obra que já há muito era desejada pelos alunos e que bastante falta fazia à ESTA, ao IPT e à cidade florida. João Santos

Aluno de Comunicação Social da ESTA

Escola do Sardoal faz 40 anos de vida Foi em outubro de 1973, portanto há 40 anos, que a Escola do Sardoal iniciou a sua atividade letiva. Tinha então 120 alunos, 12 professores, dois funcionários administrativos e dois auxiliares de ação educativa. Ministrava o segundo ciclo, hoje 5º e 6º anos. Servia não só o concelho do Sardoal como a então freguesia do Souto (Souto, Carvalhal e Fontes), do norte do concelho de Abrantes. Nesse primeiro ano era uma Secção da Escola Preparatória D. Miguel de Almeida, de Abrantes, e tinha como subdiretora a professora Teresa Madeira. Contudo, era conhecida na vila e no resto do concelho como “o colégio”, porque funcionava no edifício onde até esse ano tinha sido o colégio, ou me-

lhor, o Externato Rainha Santa Isabel, que entretanto tinha mudado de instalações e passou a lecionar apenas o hoje 3º ciclo. Depois a escola oficial foi autonomizada e passou a ser a Escola Preparatória do Sardoal. Com a criação desta escola pública, generalizou-se no concelho, apesar de ser já obrigatório, o ensino do segundo ciclo. Por isso era um pouco elevada a média de idades desses primeiros alunos. No ano de 1975-76, iniciou-se o segundo ciclo noturno para adultos, oferecendo assim uma nova oportunidade àqueles que não a tinham tido na idade própria. Por essa razão aumentou um pouco, então, o número de professores. Mais tarde foram construídas e inauguradas as no-

vas instalações, onde ainda hoje se encontra. O velho edifício tornou-se então escola primária, depois biblioteca municipal e mais tarde foi disponibilizado para as associações. A nova escola começou por ter a entrada para a estrada que passa junto ao velho eucalipto, aquela que passa à porta do seu primeiro edifício. Depois, mudou a entrada para a orientação em que hoje se encontra. Também o nome é já outro. Adotou um nome que da professora Maria Judite Serrão de Oliveira Andrade, que criou no Sardoal o “colégio” particular na década de 50 e assim proporcionou o acesso ao ensino durante várias gerações de alunos, até que fechou as portas em 1980. Alves Jana

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18 HISTÓRIA

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FAMÍLIA PRIOR DA MATAGOSA

Gente muito à frente do seu tempo A família Prior estabeleceu-se na Matagosa nas últimas décadas do século XIX, quando João António Prior, natural da Boafarinha, concelho de Vila de Rei, casou com Maria Rosa Dias Gaspar, com quem teve duas filhas. Esta descendência também mereceria a nossa melhor atenção, não fosse o objetivo deste texto dar a conhecer a ação da família Prior na Matagosa e nas suas imediações. Após o falecimento de João António Prior, ainda bastante jovem, o seu irmão, José António Prior, desposou a viúva do mesmo e desta união nasceram seis rebentos (Acácio António Prior, Maria dos Prazeres Gaspar Prior, Isaura Gaspar Prior, José António Prior, Gabriel António Prior e Joaquim António Prior), alguns dos quais, pela sua ação, ficaram particularmente conhecidos no norte do concelho de Abrantes e também no concelho de Vila de Rei. Os irmãos Acácio, Gabriel e Joaquim Prior, apesar de terem vivido parte da sua vida em Lisboa e viajado por outras partes do mundo, por todos serem oficiais da Armada Portuguesa, dedicaram uma atenção especial à sua terra e, após o enchimento da Barragem de Castelo de Bode, em 1951, vislumbraram, desde logo, o potencial turístico da região. Esta posição terá sido defendida publicamente por Acácio António Prior, enquanto Presidente da Junta de Freguesia do Souto, exatamente em meados do século XX. Note-se que, nesta altura, a Freguesia do Souto era a segunda mais populosa do concelho, com mais de cinco mil habitantes, logo a seguir a S. Vicente. A família Prior foi determinante para que se tenha construído um belo fontanário (1950) e uma elegante capela, em honra de Nossa Senhora da Conceição (edificada em 1951/52 e consagrada em 1953), na Matagosa, e um novo edifício escolar (1962), na Matagosinha. Foi, porém, Joaquim António Prior, o mais novo dos irmãos, solteiro e médico otorrinolaringologista da Marinha, aquele que mais se destacou, pela sua ação cultural. Em 1964, materializando o sonho

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de Joaquim António Prior, foi inaugurado o Penedo Furado (concelho de Vila de Rei, ainda que próximo da Matagosa), com os seus miradouros, cascatas e piscinas naturais, encravados no maciço rochoso denominado Bufareiras/Fragas do Rabadão. Com o apoio dos mecenas da família Prior, construíram-se escadas e caminhos, afixou-se sinalética, escreveram-se, entre penedos, as quadras com as lendas ouvidas e criadas pelo oficial da Marinha. A Bicha Pintada, conhecida por poucos, ganhou fama, justificou romagens ao local e, passados todos estes anos, já desencadeou vários estudos, mesmo dentro do mundo universitário. A ideia de que por aqueles rochedos havia tesouros fazia sorrir muita gente, mas aqueles que como eu estudaram na Matagosinha, na década de setenta, recordam a seriedade das palavras sonhadoras do velho senhor e sabem bem os recantos que nos mostrou, bem como as pedras escondidas a que reconhecia especial valor. Em 1974, foi a vez de darem corpo à obra do “Castelo”, como é conhecido localmente. No topo do alto monte sobranceiro à Matagosa, à direita de quem se desloca, pela albufeira, da aldeia para o Penedo Furado, a família Prior mandou edificar o monumento a Cristo Rei, com uma grande estátua de mármore a representar Jesus, encimada por duas enormes placas de betão. Para além deste monumento, surgiram, posteriormente, um relevo a homenagear a mulher portuguesa, em que se diz ter sido usada como modelo Maria Rosa Gaspar, a progenitora desta geração, e também uma grande âncora, a evocar a expansão marítima dos séculos XV/XVI. Quando solicitamos aos mais idosos informação acerca da família Prior, contam-nos histórias do tempo em que não havia ainda automóveis por estas paragens (o primeiro viria a ser adquirido por esta família), nas quais o “Tenente Acácio Prior” (chegou a Contra-Almirante) se deslocava para a sua casa na Matagosa no seu cavalo branco. Dizemnos que era um homem muito edu-

cado, dirigindo-se mesmo aos mais pobres de forma respeitosa. Ora, a família Prior deu especial valor ao património natural desta região, valorizando-o da forma que lhe pareceu mais adequada. Trouxe também, de Lisboa, elementos patrimoniais de valor. Para além da âncora que se encontra no monumento ao Cristo Rei, fizeram deslocar para a Matagosa um dos portões do antigo Mercado da Praça da Figueira (demolido em 1949), o qual passou a dar acesso à sua residência. Homem de cultura, Joaquim António Prior, o mais novo dos irmãos e o último a falecer, nos seus últimos anos de vida convidou jovens da região para o acompanharem a Lisboa a visitar variadíssimos espaços culturais, ofereceu enciclopédias e outros livros a bibliotecas e associações que surgiram na região e propôs vezes sem conta, às populações locais e às autoridades, a abertura de estradas em redor da albufeira de Castelo de Bode, na proximidade da

água, neste braço da antiga ribeira do Codes. Passados estes anos, a abertura destas vias pela Câmara de Vila de Rei e a definição da Grande Rota do Zêzere (menos ambiciosa no traçado do que a que propunha o velho oficial da Armada) provam bem que estamos a falar de alguém que viveu muito à frente do seu tempo. O mesmo pode ser visto na atitude ecologista que o caracterizava quando apontava o dedo a quem caçava ou pescava nos períodos de veda. O norte do concelho de Abrantes e o concelho de Vila de Rei tinham, especialmente até meados do século passado, uma afinidade e uma proximidade que, em larga medida, a albufeira de Castelo de Bode veio cortar. Ainda assim, quando esta transformação parecia

trazer as populações destas aldeias da freguesia do Souto para o Sardoal e Abrantes, a família Prior persistiu em querer orientá-las ainda no sentido de Vila de Rei. Desde cedo foi alcatroada a estrada entre a Matagosa e o Brescovo, enquanto a ligação entre a Matagosa e S. Domingos só viria a ser asfaltada no final do século passado. Seria porque esta família era originária de Vila de Rei? Talvez, mas terá sido sobretudo porque os “Priores”, como por ali são conhecidos, sabiam que entre aquelas fragas e conheiras há mouras encantadas de que era necessário cuidar, as quais ainda vão dar muito que falar. José Martinho Gaspar


DIVULGAÇÃO 19

OUTUBRO 2013

CENTRO DE PRÉ-HISTÓRIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR

O que é e qual a sua missão? A implantação do Ensino Superior em Tomar fez-se de forma progressiva mas segura e robusta, oferecendo uma panóplia diversificada de matérias-alvo como forma de valorização do meio no qual está inserido. Uma delas é a Pré-História. Também esta disciplina que agora se encontra institucionalizada como Centro de PréHistória percorreu o seu próprio caminho adaptando-se às várias fases de crescimento próprias do seu Instituto. Inicialmente, em 1987, foi criado o Laboratório de Arqueologia e Paleontologia a que se seguiu uma alteração em 1993, altura em que se passou a chamar Laboratório de Pré-História, antecessor do atual Centro de Pré-História, formalizado oficialmente em 1995. A existência da Pré-História no Instituto Politécnico de Tomar (IPT) é o reconhecimento da sua importância enquanto gerador de memória local, o que nos faz ser mais responsáveis não só perante a comunidade, mas também perante as autarquias com quem trabalhamos. É nosso empenhamento prosseguir

com o reconhecimento social do passado da região do Alto Ribatejo. O Centro de Pré-História (C.P.H.) é um serviço central institucionalmente integrado no Instituto Politécnico de Tomar que acolhe atividades realizadas no âmbito das Ciências da Terra e da Vida, das Ciências Sociais e Humanas e das Tecnologias. Enquanto centro de investigação tem por missão, entre outras, contribuir para a projeção a nível nacional e internacional do IPT (através das suas Unidades de

Campo, Laboratorial e Editorial e Didática), realizar atividades de investigação através da Inventariação e gestão de colecções, da valorização do património arqueológico pré-histórico da região, em colaboração com as outras entidades, públicas e privadas, que nele intervêm, e centralizar os resultados científicos e patrimoniais daí decorrentes e, ainda, realizar prestação de serviços ao exterior. A Unidade de Trabalho de Campo gere fundamentalmente os trabalhos arqueológicos levados a cabo em vários concelhos, mas com especial incidência no concelho de Abrantes. A suportar estes trabalhos temos aprovado pela Direção Geral do Património Cultural um projecto quadrienal, o Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos. Dele são fruto alguns dos artigos já publicados anteriormente neste meio de comunicação social. A Unidade Laboratorial processa todos os achados exumados segundo metodologias descritas para o efeito, processa ainda os sedimentos recolhidos que nos

Parte 2

darão informação preciosa sobre questões paleobiológicas e de formação de solos. A Unidade Editorial e Didáctica dedica-se fundamentalmente à divulgação do trabalho desenvolvido através da promoção de exposições, quer temporárias, quer permanentes, da promoção dos arqueossítios pré-históricos em fóruns da especialidade, da divulgação dos trabalhos em congressos, da organização de palestras sobre Património e da publicação de artigos também eles publicados em revistas da especialidade. Desta forma o Centro percorre um caminho, nem sempre linear, por vezes mesmo bastante duro, desde os trabalhos de detecção de sítios até à sua produção final – a divulgação, que é feita e direccionada para todas as idades e para qualquer tipo de público, onde incluímos os portadores de deficiência. Este é pois o nosso modesto contributo para o aumento do interesse pelo Património, mas também pelo gosto de preservar e proteger o que nos foi legado pelos que vieram antes de nós.

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

a rádio como você gosta

www.antenalivre.pt

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20 DIVULGAÇÃO

OUTUBRO 2013

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

As caras da rádio

Miguel Pequeno, a fazer rádio desde o tempo das “piratas”

Ter saúde. Porque sim!

Antena Desportiva aos domingos, entre as 14h30 e as 19h00

Saúde, um bem inquestionável que necessita de ser “alimentado” ao longo da vida. Ter saúde está associado ao aumento da qualidade de vida, precisamos de aprender a mantê-la. Os comportamentos de risco presentes nos hábitos de vida pessoal são responsáveis por doenças crónicas, como as doenças cardiovasculares, o cancro, a doença pulmonar crónica, entre outras, responsáveis por cerca 50% das mortes na União Europeia. Há pelo menos quatro grandes comportamentos de risco que devemos combater: 1 -Tabagismo: Não fume; se fuma, deixe de o fazer. Se não consegue deixar de fumar, não fume na presença de não fumadores; 2- Álcool: Modere o consumo de bebidas alcoólicas a duas bebidas por dia, em caso de indivíduo do sexo masculino, e a uma, em caso de indivíduo do sexo feminino; 3 – Obesidade: Evite a obesidade, coma todos os dias uma variedade de frutas e vegetais e limite a ingestão de alimentos que contêm gorduras de origem animal; 4 - Sedentarismo: Comece a mexer-se, faça exercício físico todos os dias. A par da prevenção, o diagnóstico precoce da doença é importante com vista ao rápido restabelecimento da saúde ou, pelo menos, a uma evolução favorável da situação - cura e/ou redução das consequências. Faça regularmente exames médicos que permitem detetar doenças como a diabetes. Participe em rastreios: Mulheres a partir dos 25 anos de idade façam rastreio do cancro do colo do útero; mulheres a partir dos 45-50 anos de idade participem no rastreio do cancro da mama; Homens e Mulheres a partir dos 50 anos de idade façam rastreio do cancro do intestino ou colo-retal. Não ignore os sinais de alerta: perda de peso não explicada, perda de apetite, cansaço sem explicação, rouquidão ou tosse seca persistentes, aparecimento de nódulo ou caroço, perda de sangue, etc. Controle a tensão arterial e o colesterol. Adiar a decisão de mudar um comportamento, de realizar um exame, de participar num rastreio, etc, é adiar a saúde. Na vida todos estamos suscetíveis à doença. Optar por comportamentos saudáveis diminui os riscos, previne a doença e conduz a benefícios inquestionáveis na saúde e bem-estar pessoal. Pergunte a si mesmo se não é capaz de fazer mais pela sua saúde?!

Miguel Pequeno iniciou a sua aventura no mundo da rádio em 1987. Tinha apenas 16 anos. Era a “Rádio Disco Jovem” que emitia a partir de São Miguel do Rio Torto, Abrantes. Era uma rádio “pirata” e, por isso, com a legalização das rádios locais, não conseguiu sobreviver. Foi o tempo suficiente para que Miguel Pequeno pudesse criar o “bichinho da Rádio”. Um ano depois, acabou por ser convidado por Sousa Casimiro para fazer programação na RAL, que acabava de iniciar as suas emissões 24 horas por dia e aí passou a fazer as madrugadas ao fim de semana, entre as 2 e as 7 da manhã.

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Como o desporto sempre foi uma das suas grandes paixões, acabou por integrar também o desporto da RAL, que naquela altura marcou uma época. Era novidade, era bem feito, e não havia quem não estivesse ligado para ouvir os relatos e comentários desportivos. Em 1993, acabaria por experimentar os microfones da Rádio Tágide onde acabou por ficar dez anos consecutivos a fazer pivot no programa desportivo dos domingos. Em 2003 Miguel Pequeno regressou à então nova Antena Livre e, de novo, ao desporto. Entretanto, e durante vários anos, a direção da Antena Livre optou por não dar continuidade à emissão de espaços desportivos e Miguel Pequeno acabaria por fazer uma pausa no

mundo da rádio. Mas o regresso aconteceu em 2011, outra vez na Tágide e no desporto. Em 2012 a Antena Livre decidiu retomar as emissões desportivas de domingo à tarde, e Miguel Pequeno foi de novo convidado para ser “a cara (voz)” do desporto. Um ano memorável para a rádio em geral e para o desporto em particular, visto que os níveis de qualidade voltaram a fazer lembrar as várias épocas nos anos 80/90 em que a rádio marcou uma posição de enorme relevo. Em 2013, a época desportiva já arrancou e Miguel Pequeno continua a dar voz como pivot nas tardes de domingo e a gerir a equipa desportiva que é reconhecida no meio desportivo como “a equipa”. Miguel pequeno ex-

plicou ao JA as linhas gerais da aposta: “Estamos a tentar manter a fasquia bem alta, com um trabalho sério, rigoroso, isento e em que primamos pela informação e divulgação das diversas modalidades que vão decorrendo no distrito ou em que participam ilustres abrantinos. Os apoios comerciais apostam em nós porque olham ao parâmetro da qualidade. Eles sabem que o que fazemos, fazemos bem, e por isso apostam. Mas, mais apoios são sempre bem vindos. As entidades desportivas também reconhecem que a esquipa desportiva da Antena Livre merece a sua consideração, e por isso damos sempre o nosso melhor.” Paulo Delgado

Paula Gil

Enfermeira – Unidade Saúde Publica do Médio Tejo


ENTREVISTA 21

OUTUBRO 2013

KWANTTA, ALEGRIA E FRESCURA, DE ABRANTES PARA TODO O PAÍS…

António Courinha

“As músicas tornaram-se palpáveis”

• “Somos seis tipos com vidas mais ou menos interessantes, cómicas e loucas” “Casa Real” é o primeiro álbum dos abrantinos Kwantta e já se pode comprar nas Fnac’s de todo o país. A apresentação oficial foi no Teatro do Bairro, em Lisboa, a 27 de setembro, onde a banda de Marco Pereira, André Pedro, David Quinas, André Tomáz, Eduardo Soares e Diogo Pereira conquistou novos públicos. O JA esteve à conversa com Marco Pereira, vocalista, trombonista e compositor da banda há cerca de 15 anos.

Como é que a banda viveua noite do lançamento oficial do novo (e primeiro) cd dos Kwantta “Casa Real” ? Teve certamente um sabor especial… Sim, claro que teve. Era uma noite muito ansiada por nós, pois o que ali mostrámos foi o resultado de mais de um ano de trabalho. Estávamos preocupados com todos os pormenores, e preparámos um concerto especial para este lançamento. A sala estava cheia e o público foi excecional. Foi uma noite espetacular. Estávamos um pouco nervosos, confesso, mas mal começámos acho que nos esquecemos e entregámo-nos ao concerto de corpo e alma.

E como reagiu o público? Muitos Amigos? Muita gente nova? O público fez a festa do costume. Foram imparáveis! Aliás, no final não sei quem estava mais cansado, se nós ou eles, que não pararam de dançar. Quem não nos conhecia, ficou fã de certeza. E porquê o Teatro do Bairro, em Lisboa? Decidimos fazer o lançamento do álbum em Lisboa por questões promocionais, e fomos bater a várias portas. Lembrámo-nos de várias bandas que fizeram lançamentos de álbuns no Teatro do Bairro, entre elas os nossos conterrâneos The Kaviar. Visitámos o espaço, apresentámos a nossa proposta e no espaço de duas semanas agendámos a data. Revelou-se uma escolha feliz, pois o Teatro do Bairro é um ótimo espaço, bem equipado e com uma equipa impecável. E quando é que Abrantes vai poder ver o lançamento deste álbum? Não esquecemos Abrantes, nem podíamos, não é? É a nossa casa. Apesar de estarmos distantes, temos o “quartel-general” aí montado. É para muito breve. Não queremos

adiantar datas porque há coisas que não dependem só de nós. “Casa Real”…como surgiu este nome? Tem certamente um significado diferente do que à partida lhe atribuímos… Sim, não tem nada a ver com monarquia. Aqui o “real” é de verdadeiro. Mas “Casa Verdadeira” não soava bem. Esta “Casa Real” é um lugar onde nos sentimos confortáveis, enquanto músicos e amigos que fazemos aquilo que gostamos. É real porque finalmente as músicas tornaram-se palpáveis, por assim dizer… Ou seja, já as podes levar para casa e ouvi-las. Todas as músicas e letras deste disco são tuas e do Diogo Pereira (Guitarrista e 2ª voz). Como é que funciona este processo em família? Funciona bem. Não sei se é por ser meu irmão, mas entendemonos bem quando estamos a compor. Facilita encontrarmo-nos praticamente todos os fins-de-semana para ensaiar. Tentamos tirar sempre algum tempo para vermos novidades. Temos sempre material novo a surgir. Ou eu tenho uma letra para a qual me falta música, ou o contrário,

o Diogo tem uma música e falta-lhe um refrão… A composição tornase mais rica assim. O resto da malta depois traz mais coisas quando nós levamos os temas novos para os ensaios. É uma dinâmica porreira. Eu e o Diogo levamos uma canção que às vezes ainda é um rascunho. O resto do pessoal trata de o embelezar. Inspiram-se em quê? Epá…tanta coisa! Sabes que somos seis tipos com vidas mais ou menos interessantes, cómicas e loucas. E cada história é um potencial tema. Por vezes só uma ideia, um sentimento, inspira-nos para escrever um tema. As letras deste “Casa Real” falam de quê? Os temas não foram escritos propositadamente para o “Casa Real”. Este primeiro álbum é uma compilação de temas que escrevemos nos últimos anos, portanto não há uma linha que una estas letras. Falam de coisas tão variadas como desgostos amorosos em “Gina” ou noites de copos com amigos em “A última rodada”. Há uma ida a um “Peepshow” também lá pelo meio… Este álbum chega na altura

certa? Quiseram fazê-lo agora? Porquê depois de mais de uma década de carreira a pisar palcos? Durante os anos fizemos uma ou outra gravação, mas o resultado nunca nos satisfazia. Então deixámos de lado a ideia de gravar e concentrámo-nos em compor cada vez mais e em tocar. Por um lado foi bom, pusemos toda a experiência destes anos de estrada num álbum mais tardio. Também nos deu margem de manobra para escolher os temas que fazem parte do “Casa Real”. E agora? Qual é a vida que querem dar a este Casa Real, e onde o podemos comprar? Gostaríamos de levar esta “Casa Real” o mais longe possível. Acima de tudo queremos dar-nos a conhecer. Temos sempre uma boa receção quando tocamos em sítios em que ninguém nos conhece, portanto isso só nos dá força para continuar. O “Casa Real” está à venda nas Fnac’s de todo o país! Se quiserem também podem entrar em contacto connosco via facebook ou para o nosso e-mail kwantta@ gmail.com e encomendar. Paulo Delgado

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22 CULTURA

OUTUBRO 2013

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

“Santas de Roca”, o lado feminino num projeto multidisciplinar “Santas de Roca” é um espetáculo no qual a dança e as artes plásticas se cruzam com profissionais das artes cénicas e gentes locais. Tendo como tema central a mulher na sociedade contemporânea, o projeto multidisciplinar sobe ao palco do Cine-teatro São

Pedro, em Abrantes, no dia 19 de outubro, pelas 21h30. Constanza Givone, coreógrafa e bailarina, envolveu um grupo de mulheres de Alcanena que integram o elenco, juntamente com duas profissionais (Inês Tarouca e Rafaela Salvador) e habitantes

AGENDA DO MÊS Abrantes

de Abrantes. O espetáculo começa com uma procissão pelas ruas da cidade, rumando até ao Cine-teatro, utilizado como santuário esta noite, e onde as palavras e as orações são substituídas pela música e pela dança. Feito por mulheres, “Santas de Roca” aborda

o sagrado e o universo feminino, em que tudo se transforma e nada é o que parece. A Artemrede, promotor do espetáculo, é um projeto de qualificação e desenvolvimento cultural que pretende apoiar na gestão e programação dos teatros associados.

Exposição de pintura de Álvaro Mendes no Sardoal Álvaro Mendes, a comemorar 25 anos enquanto pintor, expõe “Memórias - Imagens que o tempo nos vai roubando” no Centro Cultural Gil Vicente, até 16 de novembro. A exposição de pintura, inaugurada nas Festas do Conce-

lho de Sardoal, retrata vários temas, como a matança, a apanha e seleção do trigo ou a apanha da azeitona. Álvaro Mendes nasceu em Sintra, em 1945, mas está ligado ao Sardoal, mais propriamente a Cabeça das Mós, por laços

familiares, residindo atuallmente na vila. Desde 2006 leeciona desenho e pintura naa Associação Cultural Palha de e Abrantes. O Centro Cultural está aberto de terça a sextafeira, das 16 às 18h e sábados, das 15h às 18h.

Feira Tradicional de Doçaria de Abrantes regressa em outubro A 12ª Feira Tradicional de Doçaria de Abrantes acontece no centro histórico da cidade entre os dias 25 e 27 de outubro, procurando reunir um pouco da doçaria de todo o país. Este evento, organizado pela Tagus em parceira com a Câmara Municipal de Abrantes, terá lugar no

Edifício dos Claras (antiga Rodoviária de Abrantes), onde serão expostos os mais variados doces, desde a Palha de Abrantes a compotas, passando pelas broas de nozes, até licores e mel. Em paralelo haverá animação musical e uma exposição sobre o personagem animado Palhinhas.

Memórias coletivas de Daniel Barroca em exposição na Barquinha

Conferências do Liceu com Manuel Carvalho da Silva

“Uma Linha Rasgada” é o nome da exposição que o artista Daniel Barroca leva à Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha até 31 de dezembro de 2013. Nesta mostra, Daniel Barroca volta a trabalhar a memória, mas desta vez “o trabalho lento da memória coletiva”, através de fotografias sobre a guerra colonial retiradas de um álbum que era do seu pai. Segundo escreve no catálogo de apresentação de “Uma Linha Rasgada” o comis-

As “Conferências do Liceu” estão de regresso ao centro histórico de Abrantes no próximo dia 18 de outubro. A primeira sessão da série 2012/2013 terá como convidado o Professor Manuel Carvalho da Silva, que comandará o tema “Na Construção de Uma Nova Era: o trabalho, a família, a escola, o estado”. As “Conferências do Liceu”, iniciativa do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes e da Associação Palha de Abrantes, terão a segunda sessão a 15 de novembro com o professor Luís Portela, que abordará o tema “Ser Espiritual. Da evidência à ciência”. Esta atividade tem lugar no Sr. Chiado, no Largo Raimundo Soares, pelas 21h12.

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sário da exposição, João Pinharada, “Barroca reconfigura memórias pessoais e colectivas”, reconfigurando “realidades de protagonistas e de tempos passados que se sobrepõem a protagonistas e a tempos presentes”. A Galeria do Parque situa-se no Edifício dos Paços do Concelho, de quarta a sexta-feira, das 11h às 13h, das 14h às 18h, sábados e domingos, das 14h às 19h.

Até 25 de outubro – Exposição “A Arte Tecida”, Tapeçarias de Portalegre e fotografia de António Cunha - quARTel, Galeria Municipal de Arte (novas instalações no antigo quartel dos Bombeiros) Até 31 de outubro – Exposição “2500 anos de Armas e Conflito”, V Antevisão do MIAA – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes, de terça a sexta, das 10h às 13 e das 14h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h30 Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 7 de outubro a 2 de novembro – Exposição “20 Anos de Geminação com Parthenay” – Biblioteca Municipal António Botto 12 de outubro – Teatro “Barriga da Baleia”, pela Cultur Project – Cineteatro São Pedro, 10h (1€) 15 de outubro – “A Menina Dança” – Pequeno Auditório do Cineteatro São Pedro, 15h 15 de outubro – “Conversa sobre os 20 anos de geminação de Abrantes com Parthenay” – Biblioteca António Botto, 21h30 17 de outubro – Encontro com os autores Maria Inês Almeida e Joaquim Vieira, apresentação da coleção Duarte e Marta (Porto Editora) – Biblioteca Municipal António Botto, 21h30 18 de outubro – Conferências do Liceu com Manuel Carvalho da Silva, subordinada ao tema “ Na construção de uma nova era: o trabalho, a família, a escola, o estado” – Espaço Sr. Chiado, 21h12 19 de outubro – Teatro “Santas de Roca”, pela Artemrede – Cineteatro São Pedro, 21h30 (4€) 25 a 27 de outubro – 12ª Feira de Doçaria Tradicional de Abrantes – Edifício dos Claras (antiga Rodoviária de Abrantes) 26 de outubro – Música “O Gringo Sou Eu: Frankão”- Sr. Chiado, 21h30 27 de outubro – Concerto solidário com José Cid, João Chora e Dora Maria- bilhetes (7,5€) revertem a favor da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes – Cine-teatro São Pedro, 21h30 31 de outubro – “Entre Nós e as Palavras com…” Manuel Curado e José António Alves, apresentação da obra “Um Génio Português: Edmundo Curvelo (1913-1954) ” – Biblioteca Municipal António Botto, 21h30

Constância 1 a 31 de outubro – Mostra bio-bibliográfica de José Jorge Letria – Biblioteca Municipal Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 12 de outubro a 3 de novembro – Exposição “Do Lagar para a Tela”, pintura de Massimo Esposito – Posto de Turismo, dias úteis das 9h às 18, aos sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18h Mação 9, 16, 23 e 30 de outubro – Sessão de cinema com pipocas – Biblioteca Municipal, 14h30 13 de outubro – “Os Quintais nas Praças do Pinhal” – Largo dos combatentes 18 a 31 de outubro – Exposição coletiva de Azulejaria “Os animais fantásticos” – Museu de Arte Pré-histórica e do Sagrado do Vale do Tejo 2 de novembro – Feiras de Artesanato – Abobereira

Sardoal Até 16 de novembro - Exposição de Pintura de Álvaro Mendes – Centro Cultural Gil Vicente

Vila de Rei Até 31 de outubro – Exposição “Irene Barata: Retratos de um Percurso”, fotografias e objetos pessoais e profissionais da Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei – Biblioteca Municipal Até 31 de dezembro – Exposição “A Escola dos Nossos Avós”, trabalhos elaborados pelos alunos do 9º ano da E. B. I. do Centro de Portugal – Museu Escola da Fundada Até 31 de dezembro – Exposição de fotografia “Cheiros & Sabores”, de Jorge Menezes - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da Barquinha Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 31 de dezembro – Exposição “Uma Linha Raspada”, de Daniel Barroca – Galeria do Parque, Edifício do Passos do Concelho – Quarta, quinta e sexta, das 11h às 13h e das 14h às 18h, sábado e domingo das 14h às 19h 12 de outubro – Fado com Maria Armanda, João Chora, Liliana Jordão e Manuel João Ferreira – CIR ex-Tuna, Moita do Norte, 21h30 7 de novembro – Simpósio “Ciência e Religião: dualidade ou unicidade?”, Centro de Pré-história do Instituto Politécnico de Tomar – Auditório do Centro Cultural, das 10h às 18h 9 de Novembro – XI Gala do Fado com Vicente da Câmara, Nuno Aguiar, Deolinda Bernardo – Clube União de Recreios da Moita do Norte, 21h30 (12,5€)


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OUTUBRO 2013

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES

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Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

José António Manaças Vieira da Rocha Abrantes 16

AGRADECIMENTO Luís Filipe Costa Duarte de Matos AGRADECIMENTO Em seu nome se agradece a todos no CRIA – Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, pelo amor e carinho que sempre lhe deram; àqueles que de algum modo o trataram e acompanharam, e aos que carinhosamente sempre se interessaram por si; a todos que um dia receberam o seu sorriso, o sorriso mais terno e doce e ainda a quem, no último adeus, o acompanhou bem como a seus pais e irmã.

CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária

EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada em vinte e quatro de Setembro de dois mil e treze, no Livro de escrituras diversas número Trinta e Dois – G, iniciada a folhas sessenta e um, deste Cartório, José Maria Rebelo Ferreira e mulher Maria de Lurdes da Cruz Ferreira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia Abrantes (São João), concelho de Abrantes, residentes na Rua António Botto, número 7, freguesia de Concavada, concelho de Abrantes, contribuintes fiscais números 118 489 623 e 118 489 569, declararam que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores, do prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão para garagem, sito na Rua da Barroca, lugar e freguesia de Concavada, concelho de Abrantes, com a área total e coberta de treze vírgula oitenta metros quadrados, a confrontar do Norte, com Porfírio Castanho de Matos, do Sul e do Poente, com Carlos Alberto Coelho, e, do Nascente, com caminho público, inscrito na matriz, sob o artigo 78, com o valor patrimonial que é também o que atribuem de 1.600,00€, não descrito no registo predial; e do prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão que se destina a arrecadação agrícola e logradouro, sito no lugar e dita freguesia de Concavada, com a superfície coberta de cinquenta metros quadrados e descoberta, de quarenta metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 420 (teve origem no artigo 1467 da freguesia de Alvega, concelho de Abrantes), com o valor patrimonial, que é também o que atribuem, de 3.560,00€, não descrito no registo predial; O certo porém é que os ora justificantes, não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à sua posse, o primeiro daqueles, por compra verbal, pelo preço de duzentos e cinquenta euros, a Jacinto Marques Coxinho, e mulher Antónia Maria, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na dita freguesia de Concavada, já falecidos sem todavia ter sido celebrada entre eles, escritura, em data que não podem precisar mas cerca do ano de dois mil e nove, os quais, por sua vez, o haviam adquirido também por compra e venda verbalmente ajustada a Alfredo Alves Varanda e mulher Joaquina Campos, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na citada freguesia de Concavada, sensivelmente no ano de mil novecentos e cinquenta; o segundo daqueles descritos prédios foi adquirido pelos ora justificantes também por compra e venda à titular matricialmente inscrita, Maria José Rosa Neponuceno e marido Joaquim de Matos Tavares, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Lisboa, ambos já falecidos, em data que não podem precisar, sensivelmente no ano de mil novecentos e oitenta e oito; Que, são obstante isso, os justificantes, têm por si e por seus antepossuidores, usufruído dos mencionados prédios, usando todas as utilidades por eles proporcionadas, conservando-os, procedendo à sua limpeza, fazendo as necessárias obras de restauro e conservação, com animo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos por seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, tudo isto há mais de vinte anos; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, eles justificantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Esta conforme o original. Abrantes, vinte e quatro de Setembro de dois mil e treze. A Notária Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes, edição 5512 de Outubro de 2013)

Na impossibilidade de o fazer individualmente a todos quantos se associaram às cerimónias fúnebres ou endereçaram mensagens de condolências, a esposa e restante família de José António Manaças Vieira da Rocha vem por este meio manifestar-se profundamente sensibilizada e expressar o seu reconhecimento pelas manifestações de carinho e pesar recebidas aquando do falecimento do seu ente querido. Um agradecimento especial a todos quantos o apoiaram e acarinharam até ao seu último dia de sofrimento. Estarás sempre nos nossos corações, obrigado por tudo o que nos deste. Serás sempre recordado com muita saudade. Descansa em Paz.

CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia dez de Setembro de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada de folhas treze a folhas quinze verso do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem e um traço D, na qual os senhores, ANTÓNIO SERRAS PITA, NIF 103881867, e mulher, CONCEIÇÃO DOS ANJOS BENTO PITA, NIF 111848954, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, residentes na Rua da Ribeira, Vale Formoso, Alcaravela, Sardoal, titulares ele do Cartão de Cidadão numero 07147870 1ZZ1, válido até 20/10/2016, emitido pelo Estado Português; e ela do Bilhete de Identidade número 7749822-4, de 09/03/2007 emitido pelo SIC de Santarém, vêm justificar que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: - PRÉDIO MISTO, sito em Saramaga, freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, composto por parte urbana, correspondente a um edifício em ruínas, com a superfície coberta de cento e quarenta e nove metros quadrados, e logradouro com quinhentos e setenta e um metros quadrados, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1562 com o valor patrimonial de 3.380,00 euros; e parte rústica correspondente a cultura arvense de sequeiro, citrinos, figueiras, oliveiras, horta, cultura arvense de regadio e leito de curso de água, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 26 da secção AC, com o valor patrimonial de 70,47 euros, prédio com a área total de mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do Norte com Estrada, do Sul Ribeira, Nascente Herdeiros de Daniel Bento Pita, e Poente Rua do Tanque, Diamantino Alpalhão, Américo Canas Lopes, Maria Leonor Lopes Louro e levada da Azenha, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal. Que totalizam os valores patrimoniais supra mencionados o valor de três mil quatrocentos e cinquenta euros e quarenta e sete cêntimos, que é atribuído a esta justificação. - Que a parte urbana do identificado prédio misto está inscrito na matriz em nome da herança de António Lourenço Lopes, viúvo de Florinda de Matos, Queixoperra, Mação, pessoa a quem os justificantes adquiriram a mencionada parte urbana por compra verbal feita no ano de mil novecentos e noventa; - Que a parte rústica do identificado prédio misto está inscrito na matriz em nome de Elias d’Assunção Pita Lopes, casado com Maria Amélia Jesus Alves Pita Lopes sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Aquilino Ribeiro, 19, 3.º Dit, em Carnaxide, pessoas a quem os justificantes o adquiriram, também por compra verbal ocorrida no mesmo ano de mil novecentos e noventa. - Em ambos os casos estas compras foram realizadas sem que os justificantes ficassem a dispor de título formal que lhes permita efectuar o respectivo registo na competente Conservatória do Registo Predial; - Que, em tempos, estes artigos corresponderam a prédios autónomos, contudo, após terem sido adquiridos pelos justificantes passaram a constituir uma única unidade predial. - Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, do imóvel, conservando-o e mantendo-o, procedendo ao seu amanho e suportando todos os encargos com o mesmo; - Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacífica, contínua e do consenso que o prédio lhes pertence, desde o dito ano de mil novecentos e noventa, conduziu à sua aquisição do direito de propriedade do identificado imóvel, por USUCAPIÃO, o que invocam, justificando o direito de propriedade para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que não tem documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. - Está conforme o seu original, na parte respectiva. Sardoal, 10 de Setembro de 2013 A Conservadora, a exercer funções de Notário a) Nélia Carla Henriques Ferreira (Jornal de Abrantes, edição 5512 de Outubro de 2013)

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