DEZEMBRO 2013 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5514 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha JUSTIÇA
Fazer os outros felizes! Há muitas formas de ajudar quem mais precisa. Haja vontade e criatividade. Neste Natal, um grupo de jovens abrantinos – constituídos em Interact, dentro do movimento rotário – organiza uma festa, para todas as idades, com o objetivo de angariar fundos para a Casa de S. Miguel. Agendar: Mercado Criativo, 20 de dezembro. Pág. 21
Julgamento do caso “Camorra” quase a chegar ao fim O julgamento de um grupo organizado que alegadamente se dedicou, durante 12 anos, à extorsão de dinheiro e bens a comerciantes de Abrantes deve ter a sua conclusão no dia 5 de dezembro. O caso, conhecido por “Camorra”, envolve sete arguidos, todos sem atividade profissional remunerada e estável. Pág. 5
ECONOMIA
Investimentos de 35 milhões para a Celulose do Caima Paulo Portas e o ministro da economia, António Pires de Lima, estiveram na assinatura dos contratos de investimento celebrados entre a AICEP Portugal Global e a Caima e Celbi (grupo Altri). Os investimentos de 35 milhões de euros, que serão realizados nos próximos três anos na fábrica de Constância, transformarão o perfil da unidade industrial do Caima, tornando-a na única fábrica em Portugal a produzir pasta solúvel. Pág. 4
CULTURA
Biblioteca Botto continua a apostar em fazer mais
Fernando Baio/CM ABT
Para celebrar 20 anos de vida, a Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, apresenta um programa reforçado. Ao longo de duas décadas, o trabalho de sedução das crianças e jovens para a leitura tem sido uma constante. Mas também os adultos têm tido momentos especiais nesta biblioteca, como os encontros com escritores. Pág. 18
Especial: TAGUS celebra 20 anos A Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior está assinalar 20 anos dedicados ao desenvolvimento do mundo rural. O Jornal de Abrantes acompanhou o dia de aniversário onde foram conhecidos seis projetos apoiados pela TAGUS. Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS, dá a conhecer o trabalho e os resultados alcançados nos últimos anos. Pag 11 a 14
2 ABERTURA
DEZEMBRO 2013
FOTO DO MÊS
de
jornal abrantes
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt
Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319)
O verdadeiro espírito de Natal
joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
mario.fonseca@lenacomunicacao.pt
Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado
Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Secretariado Isabel Colaço
CM Abrantes/Fernando Baio
Mário Rui Fonseca (CP.4306)
A Biblioteca Municipal António Botto, de Abrantes, assinalou o seu 20º aniversário no dia 26 de novembro com a inauguração de um busto de homenagem ao poeta António Botto, natural de Concavada. A exposição intitulada “20 anos: Uma Rede de Bibliotecas Para a Sociedade do Conhecimento” pode ser visitada até ao dia 14 de dezembro.
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Design gráfico António Vieira
Impressão Grafedisport, S.A.
Contactos
INQUÉRITO
Qual é o seu maior desejo para 2014?
Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes
Inês Bernardino
Natália Manana
Marta Esteves
Rossio ao Sul do Tejo
Tramagal
Abrantes
Para o país desejo mais oportunidades de emprego e bom senso para o nosso Governo. Para a cidade de Abrantes ainda mais dinamismo e para mim ambiciono trabalho.
Desejo que esta crise acabe no país. Para mim ambiciono mais saúde, pois sem saúde nada se consegue.
Ambiciono concretizar um negócio meu, desejo portanto uma realização em termos profissionais e muita saúde. Para o país o que gostaria é que esta miséria acabasse e que houve mais emprego.
GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.
SUGESTÕES
Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt
Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.
jornaldeabrantes
Carla Sofia Pires Martins
IDADE? 40 Anos RESIDÊNCIA? Rua Manuel Lopes Valente Junior, 19 A, Alferrarede, 2200-260 Abrantes PROFISSÃO? Gestora hoteleira de Cascata Industrias Hoteleiras Lda. UMA POVOAÇÃO? Abrantes UM CAFÉ? Cascata Rosa Chá PRATO PREFERIDO? Bacalhau com natas UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Aldeias de Xisto UM DISCO? Paulo Gonzo – Quase tudo
UM FILME? Nothing Hill UMA VIAGEM? Bora Bora – Polinesia Francesa UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Luis de Camões UM MOMENTO MARCANTE? O nascimento das minhas duas filhas. UM PROVÉRBIO? A necessidade aguça o engenho UM SONHO? Continuar a ser feliz… UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Um passeio pela cidade, albufeira de Castelo de Bode a terminar com um jantar na Cascata ou Sabores da Cascata.
O ano de 2014 era apontado como o ano em que iríamos começar a respirar de alívio. O tempo que passou desde que nos disseram isso – que foi, mais ou menos, quando entrámos nesta crise – pode nem ter sido muito, mas pesa-nos a todos. Os tempos em que quase toda a gente vivia minimamente bem parecem tão distantes que já fazem parte da História. Há uns anos, fizeram-nos acreditar que em 2014 as coisas voltariam a equilibrar-se. Fomos aguentando, na esperança de que a promessa se concretizaria. Aceitámos pacificamente os cortes, resignámo-nos com as dificuldades e até fomos vendo o desemprego como uma inevitabilidade. Mas 2014 não só não traz boas notícias, como parece querer trazer ainda mais problemas. E estas épocas, que eram tradicionalmente festivas, certamente que já vão ser um espelho desses problemas. Nas primeiras décadas do século passado, as crianças da generalidade das famílias não tinham prendas de Natal. Essas gerações, quando cresceram, quiseram dar pelo menos uma prenda a cada criança da família, nesta época que entretanto se associou ao consumismo. A geração seguinte encheu os filhos com tantos presentes, que muitas crianças nem conseguiam abri-los todos na noite de Natal, porque adormeciam exaustas. Agora, estaremos a voltar ao momento da prenda única. Quem já teve muito, sente bem a diferença. Ninguém gosta de viver com menos. Ninguém gosta de abdicar do que já teve. Mas voltar a viver com o essencial, até pode não ser mau de todo. E se, ficando nós com o essencial, conseguirmos olhar para o lado, para quem está um pouco pior, e dar um bocadinho do que temos, concretiza-se o verdadeiro espírito de Natal. Mesmo que os donativos já praticamente não sirvam para deduzir no IRS. A Antena Livre e a Associação Vidas Cruzadas juntaram-se para tornar mais doce o Natal de muitas crianças. A intenção é, neste Natal, fazer uma criança feliz…. Até dia 18 de Dezembro poderá entregar nas instalações da Antena Livre na Avenida General Humberto Delgado em Abrantes ou na sede da Associação Vidas Cruzadas nas antigas instalações da PSP…brinquedos…leite…bolachas e cereais…. Junte-se a esta iniciativa e ajude a realizar este desejo de Natal. Sorria…e faça sorrir…Um Sorriso…resulta sempre.
ENTREVISTA 3
DEZEMBRO 2013
ENFERMEIRO BRAGANÇA, UM PROFISSIONAL DEDICADO À CARREIRA E AO VOLUNTARIADO
“Os problemas dos enfermeiros são inerentes aos problemas do país” fermeiros, a melhor aparelhagem hospitalar estavam ali concentrados. E não era em vão que o militar no mato, uma vez ferido, dizia apenas: se chegar com vida ao Hospital, já não morro.
José Bragança Ferreira tem 82 anos, mas mantém-se ativo, sobretudo a pensar nos outros. Em Abrantes, é conhecido como o “enfermeiro Bragança”. Para além do seu percurso profissional, tem vindo a dedicarse a projetos como a Liga dos Amigos do Hospital e o Centro Social Interparoquial de Abrantes. Há cerca de 35 anos foi um dos que ajudou a criar, em Abrantes, o Banco Alimentar contra a Fome. Por tudo o que fez em nome da comunidade, o Rotary Club de Abrantes decidiu homenageá-lo como o “Profissional do Ano”. A pretexto deste reconhecimento público, o enfermeiro Bragança respondeu, por escrito, a um conjunto de perguntas sobre a sua vida profissional e sobre o momento atual, no que concerne aos cuidados de saúde. Lamenta que o projeto da Unidade de Cuidados de Saúde Continuados tenha ficado suspensa e sublinha a importância de se criar um Centro de Saúde no centro de Abrantes. Mas também lança críticas, nomeadamente às escolas que “continuam a ‘vomitar’ enfermeiros” que as Instituições Hospitalares não vão conseguir absorver.
Como recebeu a informação de que seria o “Profissional do Ano”, uma homenagem do Rotary Club de Abrantes? Fiquei estupefacto dado não estar à espera de tal notícia, e ainda por a mesma me ter sido dado na própria Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes, onde a direção estava reunida, pelo Exmo. Presidente dos Rotários, Senhor Coronel Duque, e pelo Senhor Alberto Margarido, um amigo de há muitos anos. No jantar de homenagem, várias pessoas elogiaram o seu profissionalismo e a sua dedicação aos outros. Olhando para a sua car-
DR
HÁLIA COSTA SANTOS
Enfermeiro Bragança homenageado como “Profissional do •Ano” pelo Rotary Club de Abrantes
reira, o que destaca do seu percurso profissional? O caminho foi feito com o andar dos anos. Muito se passou ao longo da minha vida profissional, tanto como enfermeiro militar, como posteriormente como civil. Os dois anos passados no Hospital 241, em Bissau, marcaram, sem dúvida, alguns daqueles que por lá passaram e eu não posso fugir a essa regra. Colocado nas enfermarias de Cirurgia A e 2, eu tinha a responsabilidade de cerca de 40 homens, todos jovens, que ali estavam quase sempre com os diagnósticos ‘poliestilhaçados’, outros amputados ou ainda alguns com perda de visão. No meio deste quadro dramático, em que por vezes o soldado da cama ao lado lia a
carta que tinha chegado de Portugal ao amigo que tinha acabado de perder a visão em combate, o enfermeiro, apesar de sensível a todas estas situações, tinha de manter uma atitude que lhe permitisse continuar o seu trabalho, um trabalho que não admitia falhas de ordem profissional, apesar de ter estado em determinadas alturas quase 72 horas de serviço, o que infelizmente acontecia em grandes operações militares, dado o volume de feridos a transportar por helicópteros não parar. E é por tudo isto, que esta minha permanência no Hospital 241 se forma no ponto mais alto da minha carreira. Quero aqui lembrar, e é com orgulho que o faço, que os melhores médicos, os melhores en-
Nos últimos anos, tem prestado auxílio de forma gratuita, ao nível da enfermagem, a populações do concelho de Abrantes, nomeadamente Vale das Mós e Águas das Casas. O que retira destas experiências? Sim. Vocacionei a minha vida para a enfermagem e foi nela que me realizei profissionalmente, portanto não teria dúvida alguma em enveredar por esse caminho. A minha contribuição em Vale das Mós foi de poucos meses, porque também rápida parece ter sido a Segurança Social a resolver o assunto. Já em Água das Casas, a população tinha feito um esforço enorme na construção de um posto médico porque estava sem médico e sem enfermeiro. A minha ida até lá suavizou bastante o problema. Parece-me que andei por lá cerca de três anos. Ultimamente tive o apoio burocrático da Dona Benvinda, funcionária do Posto de Saúde. Era uma pessoa fantástica que tinha orgulho no Posto, dado estarem perdidos junto a uma das margens do Castelo de Bode. Hoje não sei o que se passa, mas possivelmente estarão como muitos outros, espalhados por este Portugal, sem médico e sem enfermeiro, o que é de lamentar. Continua a dedicar boa parte do seu tempo aos outros, nomeadamente através do Centro Social Interparoquial de Abrantes e da Liga dos Amigos do Hospital. Considera que o voluntariado faz cada vez mais sentido? O voluntariado está em fase crescente. Os voluntários do Hospital são aqueles que melhor conheço, fazem um serviço exemplar. São
cerca, de 50, incluindo uma senhora que já conta com 92 anos, mas as inscrições surgem constantemente. É um sinal de vitalidade. Dada a situação actual, ter voluntários formados em equipa que se pudessem deslocar ao domicílio de pessoas de parcos recursos económicos ou incapacitados seria um salto qualitativo enorme para a vida das pessoas. A região está bem servida ao nível de cuidados de saúde? Era necessário uma Unidade de Cuidados Continuados, com capacidade para 40 camas, que ficasse instalada no piso 10 do Hospital. Esteve para acontecer em Abrantes. As dificuldades financeiras começaram a surgir e, infelizmente, o que era para ser uma realidade, acabou por não sair do papel. Precisamos ainda de um Centro de Saúde a criar no centro da cidade e com vias de acesso bem definidas a todos os seus sectores, dado o atual não se enquadrar nos parâmetros atuais. Julgo que isso vai ser uma realidade. Como vê todos os problemas que têm sido noticiados relativamente às dificuldades que os atuais enfermeiros têm em ingressar na carreira ou mesmo em mantê-la? Os problemas dos enfermeiros são inerentes aos problemas do país. As escolas continuam a “vomitar” enfermeiros, para os quais as Instituições Hospitalares vão ter dificuldade em aceitar, ou por falta de vagas, ou por não haver capacidade financeira. Se mandasse no Serviço Nacional de Saúde, o que mudaria? Colocaria de novo o Dr. Arnauld à frente deste serviço, porque foi este homem que, como ministro, conseguiu fazer melhorias significativas para o Serviço de Saúde, há anos atrás.
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4 ECONOMIA
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Investimentos de 35 milhões de euros no Caima de Constância
Paulo Portas e o ministro da economia, António Pires de Lima, estiveram presentes na assinatura dos contratos de investimento celebrados entre a AICEP Portugal Global e a Caima e Celbi (grupo Altri), cerimónia que decorreu dia 8 de novembro no Centro Náutico de Constância e que assinalou a contratualização de um investimento total de 65 milhões de euros, repartidos pela Celulose do Caima, em Constância, e pela Celbi, unidade localizada na Figueira da Foz. Os investimentos de 35 milhões de euros, que serão realizados nos próximos três anos na fábrica de Constância, transformarão o perfil da unidade industrial da Caima, que este ano comemora 125 anos, tornando-a na única fábrica em Portugal, e uma das poucas na Europa, a produzir pasta solúvel. “Nos últimos seis anos, a Altri investiu cerca de mil milhões de euros e, a partir da Caima, foi construída uma das mais eficientes e respei-
Paulo Cunha
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, presidiu à cerimónia de assinatura de um contrato de investimento de 35 milhões de euros para a fábrica de Constância e mostrou-se animado com os sinais de melhoria do ciclo económico
Paulo Portas veio a Constância e foi abordado por autarcas locais sobre questões relacionadas com as •acessibilidades
tadas empresas a laborar na fileira da pasta de papel”, disse na ocasião o presidente do conselho de administração da Altri, empresa de produção de pasta de eucalipto e de gestão florestal, Segundo notou Paulo Fernandes, a Caima passará a produzir um produto de maior valor acrescentado, diversificando a geografia da sua carteira de clientes, e em que mais de 95% da sua pro-
dução global se destina ao mercado externo. “Da Europa à China”, vincou, tendo observado que a pasta solúvel, disponível a partir de 2015, vai ser exportada na totalidade para a China e Tawain. Em declarações aos jornalistas, o vice-primeiro ministro Paulo Portas sinalizou aquela que considerou ter sido uma “boa semana” para a economia nacional, destacando, a propósito, o investimento da
Altri, “num setor onde Portugal é um dos líderes mundiais”, e a descida da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE), que considerou ir “ajudar ao financiamento das empresas, condição essencial para o investimento”.
Autarcas sinalizam a Portas debilidades nas vias de comunicação O vice-primeiro-minis-
tro Paulo Portas foi confrontado com as presidentes das Câmara de Constância e de Abrantes, Júlia Amorim e Maria do Céu Albuquerque, respetivamente, autarcas que abordaram o governante à margem da cerimónia para lhe chamar a atenção para a necessidade de melhoramentos nas infraestruturas rodoviárias da região, nomeadamente a construção de uma nova ponte sobre o Rio
Tejo, na zona de Abrantes/ Constância. O governante afirmou às autarcas estar a par das dificuldades e constrangimentos na travessia do rio, naquela zona do Médio Tejo, e deu alguma esperança na resolução do problema, ao ter informado que o Governo está a tentar resolver o problema e prometendo novidades para breve. O problema centra-se nas unidades industriais exportadoras situadas na região, nomeadamente a Mitsubishi, no Tramagal, e a Caima, em Constância, para além de outras fábricas que vêm as suas despesas acrescidas pela falta de boas acessibilidades. Em declarações ao JA, Paulo Fernandes, presidente do conselho de administração da Altri, disse que as acessibilidades e os constrangimentos de circulação na ponte sobre o rio Tejo, na zona de Constância, são um obstáculo mas afirmou que o Governo, através de Paulo Portas, terá prometido resolver a questão muito em breve. “A questão está a ser analisada e já existe um orçamento para reforçar e melhorar as condições de travessia na ponte sobre o Tejo, aqui em Constância”, adiantou. Mário Rui Fonseca
Castelo de Almourol “estrela” do património histórico edificado do Médio Tejo O Castelo de Almourol foi eleito a “estrela” do património histórico edificado do Médio Tejo, e o Centro de Ciência Viva de Constância foi o escolhido na categoria Património Cultural, no concurso da Associação Empresarial da Região de Santarém. O resultado da votação nas “Estrelas do Médio Tejo”, que decorreu no portal Viver o Tejo, foi anunciado no dia 29 de novembro, sexta feira, no
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final do seminário internacional que decorreu em Vila Nova da Barquinha para divulgar os recursos turísticos, culturais e gastronómicos do Médio Tejo. Com seis categorias a concurso, os votantes escolheram ainda a Praia Fluvial do Vergancinho, em Ortiga (Mação), como a “estrela” do Património Natural na vertente de Praias Fluviais, e o Parque de Merendas do Brejo, também em Mação, na de Par-
ques Ambientais e Ribeirinhos. Na gastronomia, o arroz de lampreia venceu a categoria de Prato Principal e as Fofas de Mação a de Doces. O anúncio dos vencedores ocorreu no final do seminário internacional que decorreu no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha sob a designação “O Tejo que nos une”, no âmbito da estratégia que a Nersant tem vindo a desenvolver para promover a
marca Viver o Tejo, que criou no verão passado. O evento visou reforçar as relações entre empresas da área do turismo, operadores, investidores e entidades institucionais de turismo de diversos países, aproveitando a presença de mais de uma centena de empresas de 10 países que se encontraram na região para participar na segunda edição do encontro internacional Nersant Business.
REGIÃO 5
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Leitura de acórdão a grupo que extorquia dinheiro a comerciantes de Abrantes adiada para dezembro
• A sessão do julgamento vai realizar-se dia 5 de dezembro O Tribunal de Abrantes adiou para dia 5 de dezembro a continuação e eventual conclusão do julgamento de um grupo organizado que alegadamente se dedicou durante 12 anos à extorsão de dinheiro e bens a comerciantes da cidade
O juiz que preside ao julgamento, que decorre há cerca de um ano e conta com perto de vinte sessões realizadas, fez quinta feira, dia 28 de novembro, a junção global dos novos elementos que não constavam da acusação, elementos entendidos como “comunicações instrumentais” passíveis de influírem na moldura penal a aplicar. Os novos elementos permitiram alterar o número de crimes que passaram de um crime de extorsão na forma continuada para quatro crimes, três deles de extorsão
na forma tentada e um de extorsão na forma consumada. O juiz presidente fez ao longo de toda a manhã uma extensa leitura dos factos e junção de novos dados, tendo concedido aos advogados de defesa o tempo considerado “estritamente necessário para preparação da defesa” e adiado a continuação e eventual conclusão do julgamento para dia 5 de dezembro. Neste espaço de tempo, e caso a defesa não queira pronunciar-se relativamente à qualificação proposta para os alegados crimes, a sessão de 5 de dezembro representará o final do julgamento, com a respetiva leitura do acórdão do coletivo de juízes. A sessão está marcada para as 16h30. O caso, conhecido por “Camorra”, envolve sete arguidos, três dos quais estão em prisão preventiva, todos sem
atividade profissional remunerada e estável, e tidos como muitos violentos e perigosos. Estão acusados de associação criminosa, extorsão na forma tentada e consumada, coação, dano, ofensas corporais e ameaça agravada. No despacho de acusação, pode ler-se que o grupo se constituiu como “estrutura organizada de caráter permanente e estável” no início do ano 2000, o qual “tinha por único objetivo a obtenção mensal de quantias monetárias não inferiores a 50 euros, bem como géneros alimentícios e outras mercadorias, fornecidas por inúmeros proprietários de estabelecimentos comerciais da cidade, vítimas de intimidação física e coação psicológica, a troco de “proteção””. A obtenção de valores monetários desta forma, numa atividade que se prolongou
até junho de 2011, ficou conhecida por “Camorra”, sendo que as quantias obtidas eram depois distribuídas pelos vários elementos do grupo. A maioria das vítimas pagava o exigido, em silêncio, perante os sucessivos distúrbios e mau ambiente criado, essencialmente, em bares e cafés, com agressões, provocações e ameaças a clientes, funcionários e aos próprios exploradores dos estabelecimentos, garantindo os elementos daquele grupo que, se assim não procedessem, atentariam contras as vidas dos empresários e dos seus familiares. Apesar de levar sete arguidos a julgamento, o próprio MP reconheceu não ter conseguido identificar e deduzir acusação contra todos os elementos envolvidos neste esquema. Mário Rui Fonseca
Câmara de Abrantes adjudica nova empreitada para conclusão do mercado municipal A Câmara de Abrantes anunciou a adjudicação da empreitada de alterações ao mercado municipal da cidade por 700 mil euros à empresa CIP, Construção, SA, obras que têm estado paradas desde setembro do ano passado. A obra de construção do novo Mercado diário de Abrantes, situada no centro histórico da cidade, obrigou à retirada provisória e a uma reinstalação dispersa dos comerciantes por vários locais, com a promessa de que os trabalhos estariam concluídos em abril de 2012. Face aos atrasos, a autarquia negociou a rescisão de contrato com a empresa responsável pela construção do novo mercado municipal de Abrantes, obra orçada em 1,1 milhões de euros e que foi conhecendo sucessivos atrasos na sua execução. “É uma situação que não podíamos continuar a tolerar e que nos obrigou a negociar a rescisão do contrato ou a cessação da posição contratual para recomeçar a obra, o que agora vai poder, finalmente, ser
feito e concluído”, disse ao JA a presidente da autarquia. As alterações ao projeto do Mercado são confinadas ao piso 3 e consistem genericamente na reconversão do espaço afeto aos talhos para ampliação do “Welcome Center” (Loja do Turismo e Produtos Locais). Segundo Maria do Céu Albuquerque, os principais prejuízos que advêm dos sucessivos atrasos “revertem para os comerciantes, uma vez que se encontram dispersos” pela cidade. A autarquia de Abrantes decidiu lançar um novo concurso público para conclusão da obra, por 703 mil euros, com um prazo de execução de seis meses. Em comunicado, a autarquia “lamenta a situação e os transtornos que a paragem dos trabalhos acarretou”, recordando que “a empresa construtora Sociedade de Construções José Coutinho, SA viu-se forçada a parar os trabalhos por motivos de dificuldades de ordem financeira”. Mário Rui Fonseca
A construção do Mercado Municipal foi •adjudicada a outra empresa construtora
Município de Mação mantém IMI abaixo do limite mínimo legal em 2014 A câmara e a assembleia municipais de Mação aprovaram por unanimidade manter em 2014 uma taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,25% para prédios urbanos avaliados, abaixo do limite mínimo legal definido.
A decisão do município de optar por esta taxa visa “ajudar a aliviar a elevada carga fiscal que os munícipes têm vindo a suportar devido ao aumento dos valores patrimoniais dos prédios”, disse ao Jornal de Abrantes Vasco Estrela (PSD), presidente da
autarquia. O autarca disse ainda que a medida “procura evitar que muitos munícipes se desfaçam dos imóveis que não lhes sejam imprescindíveis”, o que provocaria mais degradação do parque habitacional e, por consequência, uma
maior desertificação. “Temos esta convicção de que, aliviando a carga fiscal, por via da redução a taxa do IMI, se está a dar um passo importante no combate à desertificação do concelho e, como consequência, a impulsionar a reabilitação urbana”,
defendeu Vasco Estrela. A câmara e a assembleia deliberaram também por unanimidade fixar em 4% a participação variável do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) a liquidar em 2014, com referência aos rendimentos dos munícipes do
ano de 2013, à semelhança do que já aconteceu em relação ao passado. De acordo com a lei, a taxa varia entre 0,3% e 0,5% no caso dos prédios já avaliados nos termos do Código do IMI. MRF
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6 POLÍTICA
DEZEMBRO 2013
JS de Abrantes reelege coordenador
ABRANTES
Rui dos Santos apresenta candidatura à liderança do PSD A Comissão Política do PSD de Abrantes vai a votos no próximo mês de Janeiro. Rui dos Santos é o primeiro nome que surge para liderar uma lista a estas eleições. O candidato é militante do PSD desde os 18 anos, anteriormente foi militante da JSD. Foi em Castelo Branco que exerceu os seus primeiros cargos políticos e desde há 12 anos que está em Abrantes, tendo pertencido ao secretariado-geral dos trabalhadores sociais-democratas e à assembleia distrital do PSD de Santarém. Há dois anos, esteve integrado na comissão política do partido em
Abrantes. Em entrevista à Antena Livre, o candidato explicou que a intenção de liderar o partido surgiu devido aos acontecimentos do último plenário de militantes do PSD, onde a “atual presidente, Manuela Ruivo, se referiu à necessidade de marcar eleições antecipadas, bem como onde se demitiram sete membros da comissão que é constituída por nove”. “O PSD está neste momento sem liderança e estas eleições são essenciais, para começar um novo ciclo”, referiu o candidato. Sobre as últimas autárqui-
cas, Rui dos Santos afirmou que “muita coisa correu mal para o PSD” e que os resultados representaram “o afastamento dos militantes do partido”. Contudo, para o candidato, o assunto “autárquicas” é um assunto terminado e chega, agora, o momento de “arrumar a casa”, referindo-se à comissão política. No seu entendimento, não será fácil fazer uma oposição forte e daqui a quatro anos ganhar a autarquia de Abrantes, mas inicialmente o partido terá de se reencontrar: “Vai ser uma tarefa difícil iniciar esta oposição, mas em primeira instância o PSD
tem de se reencontrar, os militantes têm de voltar a poder acreditar na sua comissão política, para que depois os próprios cidadãos o possam fazer e, assim, daqui a quatro anos estarmos prontos para sermos poder”. Sobre este “novo rumo” para o PSD, o candidato falou numa “liderança inclusiva, abrangente e aglutinadora, onde todos os militantes são necessários e todos têm direito à sua opinião para fazer uma oposição construtiva e credível ao PS em Abrantes”. Joana Margarida Carvalho
A Juventude Socialista de Abrantes reelegeu Afonso Costa como seu coordenador. O ato eleitoral decorreu no passado dia 16 de novembro, onde Afonso Costa foi reeleito por unanimidade para o próximo biénio 2013 a 2015. Na cerimónia, Tiago Chambel foi também eleito o presidente de mesa. Afonso costa referiu que “a JS Abrantes conseguiu reeleger a excelente equipa que tem trabalhado ardu-
amente durante estes dois anos em prol das políticas de juventude do nosso concelho”. “Estamos conscientes da responsabilidade que assumimos nos próximos dois anos, continuaremos a pautar o nosso trabalho com o mesmo rigor e responsabilidade que temos feito até agora”, acrescentou o coordenador. Joana Margarida Carvalho
Zona Industrial da Sertã 2013 – Hyundai i30 StaƟon Wagon 1.6 CRDi 110Cv
2010 – Renault Grand Scénic 1.5 dCi 110Cv Dynamique (7 Lugares)
2013 – Seat Ibiza SC FR 1.6 TDi 105Cv (Bi-Xénon + LED's)
2012 – Seat Mii 1.0 MPi 75 Cv Sport 22.000 Kms
2010 – Renault Mégane Break 1.5 dCi 110Cv Dynamique S
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2013 - Toyota Auris 1.4 D-4D Pack Sport (Viatura de Serviço) 480 Kms
2013 – Renault Clio Break Luxe Energy dCi 90Cv (Novo Modelo)
2009 - Renault Mégane Coupé 1.5 dCi 110Cv Dynamique S
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2008 – Opel Astra 1.7 CDTi 125Cv EdiƟon
2012 – Peugeot Partner 3 Lugares 1.6 HDi Pack CD Clim (Deduz IVA) 48.000 Kms
2013 – Volkswagen Polo 1.6 TDi BlueMoƟon Technology
2013 – Renault Kangoo Business Energy 1.5 dCi 90Cv (3 Lugares) (Deduz IVA )(Novo Modelo)
2013- Nissan Qashqai 360 1.6 dCi 130Cv (Serviço)
2008 - 207 XA 1.4 HDi Van (Deduz IVA) 72.000 Kms
2011 - Ford Focus 1.6 TDCi 115Cv Trend 42.000 Kms Azul e Cinza
2010 - Golf VI Variant 1.6 TDi 105Cv ConfortLine
REGIÃO 7
DEZEMBRO 2013
O Natal começa com a preparação da árvore de Natal, os enfeites por toda a casa. Os doces, os alguidares e os tachos saem dos armários da cozinha, a bancada fica repleta de ingredientes para a confeção dos bolos e do jantar da consoada. O Jornal de Abrantes falou com duas clientes da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal para saber como passavam o Natal de antigamente, o que comiam na noite da consoada, que prendas trocavam e o que faziam no dia 25 de dezembro. Para Florinda de Matos, de 73 anos, e Maria de Matos, de 92 anos, o Natal de
atualmente deixou de ter o encanto de outrora.
Maria de Matos, 92 anos Na véspera de Natal juntavame aos meus seis irmãos e aos meus pais para a ceia e depois, antes da meia-noite, os meus pais diziam para irmos para a cama. Deitávamonos mas estávamos sempre de olho, à espreita, para ver se dávamos pela chegada do Pai Natal. Eu, antes da meianoite, ia, às escuras, meter o sapatinho na chaminé para receber uma prenda. Acordávamos à meia-noite para co-
André Lopes
O Natal de antigamente contado por quem o viveu
• Florinda Matos (à esquerda) e Maria Matos (à direita)
mermos as filhoses e os sonhos. Os fritos eram feitos em tachos grandes, os alguidares ficavam cheios de massa. A minha mãe fazia as filhoses e o meu pai voltava-as quando estavam a fritar, mas também faziam os fritos de abóboras. Preparavam a mesa, com alguns doces, fazia-se uma grande cafeteira de café e era o que comíamos. Tínhamos um relógio de sala que tocava a cada hora. Quando dava a meia-noite, já tinha o sapatinho na chaminé. Deixava passar um bocado, porque o Pai Natal tinha muita distribuição a fazer, e ia, sorrateira-
mente ver o sapatinho, mas ficava desiludida. Não tinha nada, estava vazio. Perguntei à minha mãe que mal tinha feito ao Menino Jesus para não ter recebido nada. Todos os vizinhos têm um rebuçadinho, um bolito, e eu…nada. “Pensa que és pobre”, respondia a minha mãe, como justificando o não termos prendas. Eu não acreditava nisso. No dia de Natal disse à Catequista que tinha posto o sapatinho na chaminé e que o menino Jesus não tinha lá colocado nada. A catequista riu-se. Aí desiludi-me. O Menino Jesus não queria nada comigo.
Válido de 5 de dezembro de 2013 a 8 de janeiro de 2014
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Florinda de Matos, 73 anos Em S. Simão, concelho de Sardoal, na casa dos meus pais sempre se festejou o Natal. Mas em Entrevinhas era melhor. Tinha mais gente, iam os meus sogros. A minha sogra fazia uma panela de cozido à portuguesa. Lembrome que dava 50 escudos a cada um dos meus filhos, na altura era muito dinheiro. Ficavam todos contentes. Na consoada, acabávamos de jantar, os miúdos iam para a cama um bocado e depois acordavam para ir à missa do Galo, à meia-noite, no Sardoal. Comí-
amos fritos e bebíamos café. Como tínhamos medo que a minha mãe se queimasse a fazer os fritos, levávamos-lhe alguns. Depois, com o casamento dos meus filhos, eu e o meu marido fomos ficando sozinhos. Os filhos, cada um foi para seu lado. Como estávamos os dois, íamos almoçar em casa da minha mãe e ao jantar íamos comer ao restaurante. Desde que vim para a Santa Casa de Sardoal passo a consoada na instituição. Não quero sair de cá. Testemunhos recolhidos por André Lopes
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8 EDUCAÇÃO
DEZEMBRO 2013
O Jornal de Abrantes foi ouvir as considerações dos diferentes diretores da região sobre os rankings e as opiniões não divergem muito. Jorge Costa, do Agrupamento nº1 de Abrantes, é um dos responsáveis que defende que estes resultados servem para aferir: “Os rankings servem apenas para perceber como estamos em relação a outras escolas e nada mais. Os rankings não medem o valor acrescentado que cada escola dá aos alunos. O que é necessário é avaliar os alunos na entrada num ciclo de ensino e voltar a avaliá-los na saída do mesmo e os rankings não fazem isso. Logo, estes resultados são bastante subjetivos”. A falta de contextualização da realidade de cada escola é, para Ana Paula Sardinha, diretora do Agrupamento de Escolas de Sardoal, uma das
falhas destes resultados nacionais: “Os rankings devem ser analisados em contextos semelhantes, só devem ser comparadas as escolas que atuam no mesmo contexto. O nosso agrupamento apresenta um conjunto de alunos com necessidades educativas, apoiados pela ação social escolar e com pais pouco escolarizados. Estas características contribuem para que muitos destes alunos tenham poucas aspirações escolares e falta de cultura geral, a vários níveis, levando a uma fraca ambição de um futuro melhor. Estamos conscientes destes problemas e temos atuado neste âmbito.” Maria Guimarães, diretora do Agrupamento de Escolas de Vila de Rei, partilha da mesma opinião, considerando que é necessário olhar primeiro para o contexto ge-
ográfico de cada escola: “Para nós, os rankings não têm a importância que algumas escolas lhes conferem, uma vez que temos poucos alunos em cada ano e assim, a nível de exames os resultados vão sendo flutuantes. Os rankings servem apenas para refletirmos como é que está a correr e a ser orientado todo o sistema de ensino ao nível da região. A nível nacional não é possível fazer uma comparação, pois há outras realidades completamente diferentes. Olhando para o nosso contexto estamos a falar de uma região interior, onde os alunos não têm acesso a tanta oferta formativa e lúdica.”
“Os rankings são uma mera curiosidade” Anabela Grácio, diretora do Agrupamento de Esco-
Pérsio Basso
Diretores de Agrupamentos desvalorizam os rankings
las de Constância, considera que os rankings servem, apenas, para transmitir uma excelente ideia do ensino particular: “O que consideremos é que os rankings têm mais significado para o exterior do que propriamente para a escola. Os resultados dos testes são analisados por nós, pelos profissionais da escola, o que nos permite detetar o que são as nossas fragilidades e as nossas forças. Os rankings não são nada relevantes, são uma mera curi-
osidade para nós, uma vez que temos plena noção do que são os nossos alunos devido ao nosso trabalho. Estes resultados nacionais são sobretudo um incentivo para transmitir uma ideia positiva das escolas privadas. Estranho seria que estas escolas não apresentassem os melhores resultados, uma vez que as mesmas escolhem os seus alunos.” Para Alcino Herminio, diretor do Agrupamento nº2, de Abrantes, os rankings são
Médias negativas dominam mapa das escolas As notas médias dos exames realizados pelos alunos do 6.º, 9.º e 12.º ano desceram e nenhum distrito conseguiu ter média positiva nas provas realizadas no final do passado ano letivo. Este ano, pela primeira vez, todos os distritos tiveram média negativa tanto nos exames nacionais do 6.º como do 9.º e 12.º ano. No ensino secundário, as médias nos exames baixaram em relação ao ano passado e as instituições de ensino particular e cooperativo voltaram a conseguir as melhores classificações nas listagens elaboradas pela agência Lusa. A prestação dos alunos do 12.º ano fez com que apenas 151 escolas tivessem média
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positiva, num universo de 619 estabelecimentos de ensino (cerca 24%). No 9.º ano, quase 90% das escolas chumbou nos exames de Português e Matemática, os únicos realizados pelos alunos do 3.º ciclo: apenas 158 dos 1308 estabelecimentos de ensino
registaram uma média positiva na conjugação dos dois exames. A diferença das médias nos exames do 9.º ano foi muito ligeira: 86,24% das escolas tiveram médias negativas a Matemática e 86,62% chumbaram a Português. No 6.º
ano, os resultados das provas foram um pouco melhores, mas mesmo assim só 21% das escolas conseguiram chegar à média positiva. Olhando para cada uma das disciplinas, Matemática superou Português, mas por uma ligeira diferença: 23,2%
das escolas conseguiu uma média positiva a matemática contra 21% a Português. Pela primeira vez no ano passado, cerca de 100 mil alunos do 4.º ano foram chamados a prestar provas a Português e Matemática. Também neste nível de ensino os resultados foram negativos: apenas 27% das escolas conseguiram ter média positiva na conjugação das duas provas. Para os mais novos, Português colocou mais dificuldades: se na prova da língua, 85% das escolas tiveram média negativa, na Matemática cerca de 45% dos estabelecimentos conseguiram chegar à média positiva. MRF e JMC
apenas uma forma de medir o trabalho das escolas: “Os rankings são apenas uma forma de medir o nosso trabalho. São muitas as vitórias e as dificuldades sentidas que acontecem em contexto escolar e que não têm a projeção como têm os rankings, por exemplo. Sobre os resultados, não podemos ficar satisfeitos e queremos fazer mais e melhor. Contudo, considero que tem havido alguma consistência no nosso agrupamento, que tem signi-
Pais recus responsab e professo As associações de pais consideram que a responsabilidade pelos resultados negativos nos ‘rankings’ das escolas não pode ser atribuída nem a alunos nem a professores, atribuindo culpas ao Ministério e à instabilidade vivida no período de exames. “O que aconteceu com a greve no período de exames não ajudou ninguém”, considerou o presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascensão, que defendeu que a “instabilidade e a incerteza criadas à volta das datas” das provas da 1.ª fase do ensino secundário entre junho e ju-
EDUCAÇÃO 9
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Ministro da Educação do Quénia procurou Abrantes para identificar áreas de cooperação
ficado mais empenho e dedicação em prol de um ensino melhor.” Por último, José António Almeida, diretor do Agrupamento de Escolas de Mação, realçou alguns resultados, mas à semelhança dos outros diretores, desvalorizou a importância dos rankings: “Os resultados ao nível do 4º, 6º e 9 º anos ficaram dentro das expetativas, mediante as características do concelho. Tivemos uma surpresa com escola de Cardigos, de 1º ci-
clo, que foi a melhor do distrito e da região, e uma das melhores em termos nacionais, mas devido ao reduzido número de alunos, valorizamos o que temos de valorizar. Estes rankings são indicadores que estamos no bom caminho e que nos devemos orgulhar dos procedimentos que temos assumido, dado os problemas socioeconómicos dos alunos que recebemos”. JMC e MRF
O ministro da Educação e Ciência do Quénia, acompanhado de uma delegação com cerca de 20 membros da equipa governativa ligada à área da educação, esteve em Portugal durante quatro dias para identificarem áreas de cooperação bilaterais. Em declarações ao Jornal de Abrantes, à margem de uma visita à escola secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, com o propósito de visitar a exposição “A Física no dia-a-dia”, o diretor governamental queniano para a
área da Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) disse que a missão foi “enriquecedora”, tendo apontado a ciência e as novas tecnologias como algumas das áreas que despertam maior interesse na comitiva. “O nosso objetivo é perceber como funcionam em Portugal as TIC em contexto escolar, quer no meio citadino, quer em meio rural, e tentar estabelecer áreas de cooperação que envolvam a ciência, a investigação e o ensino superior”, disse John
Temba. A visita a Portugal, que decorreu entre os dias 18 e 21 de novembro, englobou a visita a várias escolas, a empresas ligadas à lógica computacional, a verificação in loco de como os alunos acedem aos conteúdos informáticos em contexto de sala de aula, e uma reunião de trabalho com o ministro da Educação e Ciência português, Nuno Crato. “Saímos todos daqui muito satisfeitos pelo êxito da missão e identificámos algumas
áreas de cooperação que poderão ser desenvolvidas entre os dois países”, disse John Temba, sem especificar. “O ensino da língua portuguesa” nas escolas superiores do Quénia poderá ser uma delas, admitiu. A visita de trabalho foi presidida pelo ministro da Educação e Ciência do Quénia, Jacob Kaimenyi, acompanhado por cerca de duas dezenas de elementos da sua equipa governativa. Mário Rui Fonseca
Aluno da ESTA premiado O filme “Untitled” de Jorge Romariz, produzido na ESTAIPT, recebeu a Menção Honrosa do Prémio Curtas-Metragens MEO para Melhor Ensaio Cinematográfico, no âmbito do Lisbon and Esto-
ril Film Fest. Trata-se de uma distinção importante para o jovem realizador, que já tinha visto o seu filme selecionado para a Competição Oficial de Curtas do DocLisboa 2013. A apresentação
deste trabalho, em competição com outras obras de escolas de cinema europeias, marca uma etapa importante para o curso da ESTA.
am bilidade de alunos ores nos resultados lho “perturbou toda a gente”. Apesar de o impacto mais direto da greve dos professores em período de exames se ter refletido na prova de Português – a primeira do calendário – o presidente da Confap entende que para os alunos foi como se tivesse sido declarada “uma guerra num território próximo, sem certezas se ela poderia alastrar”. Para a Confap há outros fatores a ter em conta: a falta de autonomia das escolas públicas, que podem explicar, em parte, as diferenças de resultados para as escolas privadas – melhor classificadas, de forma geral -, o contexto so-
cioeconómico atual, com a intranquilidade vivida pelos pais a passar para os alunos, mas, sobretudo, a construção dos próprios exames e os seus critérios de correção. O ministro da Educação, Nuno Crato, que ainda “há muito a melhorar nas escolas” portuguesas, quando questionado sobre os resultados do ranking das escolas. No entanto, o ministro considerou que este é “um trabalho que não é só das escolas, nem do Ministério da Educação”. MRF e JMC
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10 JUSTIÇA
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Mapa Judiciário: municípios do Médio Tejo lamentam tratamento “discriminatório” A mais recente proposta do Governo de organização dos tribunais, que aponta para o encerramento de alguns tribunais no Médio Tejo, foi classificada pela comunidade intermunicipal como “uma afronta” e uma medida “discriminatória”. O conselho consultivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), que abarca 13 municípios e representa cerca de 250 mil habitantes, critica de forma bastante incisiva o conteúdo do anteprojeto de decreto-lei do regime de organização e funcionamento dos tribunais judiciais, descrevendo-o como sendo de “um total desrespeito” pela região. Segundo a CIMT, presidida pela presidente da Câmara Municipal de Abrantes, o documento é contestado “por
manter a previsão de encerramento do Tribunal de Trabalho de Abrantes, dos Tribunais de Ferreira do Zêzere e Mação, bem como da transformação do Tribunal de Alcanena em mera secção de proximidade”. Além disso, pode ler-se, “vem ainda propor uma ‘mega’ concentração na sede da comarca em Santarém, ao ponto de todo o território do Médio Tejo deixar de ter competência especializada a nível criminal e cível”. Para a CIMT, estas são justamente as duas competências de maior relevo em termos de procura e em que se colocam com maior acuidade as questões de proximidade à Justiça. “A CIMT discorda, quando no Médio Tejo existem instalações em boas condições e em funcionamento,
para além da procura e do pessoal que está colocado”, defendem os autarcas. “Ao contrário de outros distritos com menor dispersão e área geográfica onde se efetuou o desdobramento
destas importantes competências, assistimos a um tratamento fortemente discriminatório para com o Médio Tejo quer no encerramento dos tribunais, quer no desdobramento das competên-
cias na nossa área geográfica, sendo fortemente limitador no acesso à Justiça por parte das nossas populações”, concluem. A Câmara de Abrantes e as autarquias do Médio Tejo
que se sentem prejudicadas e injustiçadas com a reforma da Justiça, que aponta para o encerramento dos Tribunais de Mação, Ferreira do Zêzere e dos Tribunais de Trabalho e de Família e Menores, em Abrantes, estão a planear uma ação de luta e protesto para o próximo dia 20 de dezembro, uma medida que visa chamar a atenção para aquilo que os autarcas consideram uma injustiça e uma afronta a toda a região do Médio Tejo. Os municípios abrangidos pela CIMT são Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha. Mário Rui Fonseca
Autarcas de Constância defendem inocência em alegado crime de prevaricação António Mendes, que exerceu o cargo de presidente da Câmara de Constância durante 24 anos (entre 1986 e 2009), começou a ser julgado pelo crime de prevaricação tendo alegado inocência por “desconhecimento da lei” que alegadamente infringiu.
Em causa estão alegadas irregularidades num caso relacionado com um concurso aberto pela Câmara de Constância para a prestação de serviços, conceção e coordenação de atividades no Centro Ciência Viva de Constân-
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cia, tendo aquele ex-presidente de Câmara eleito pela CDU sido investigado pela Polícia Judiciária e acusado posteriormente pelo Ministério Público da prática de crime de prevaricação. No mesmo processo, o Tribunal de Abrantes começou também a julgar no dia 26 de novembro, por coautoria, o presidente cessante da Câmara Municipal de Constância, Máximo Ferreira (CDU), e o chefe de Divisão de Administração e Finanças da autarquia, Francisco Caipirra, acusados pelos crimes de preva-
ricação e falsas declarações. António Mendes disse em Tribunal que o processo concursal “desenvolveu-se dentro do que sabia que a lei impunha”, um concurso que viria a ser ganho pela empresa de Máximo Ferreira, exmandatário das candidaturas de António Mendes e, à altura, candidato à presidência da Câmara de Constância. Mendes disse ainda que só se apercebeu de que poderia existir alguma ilegalidade quando foi informado pela Associação Nacional de Municípios que uma nova
lei tinha entrado em vigor e que impedia a acumulação de vencimento de aposentado de Máximo Ferreira e o regime de avença que estabeleceu com a autarquia. “Quando soube disso, pedi para verificarem de imediato a situação de Máximo Ferreira e legalizar o processo, dentro do que a lei determinava”, garantiu. Máximo Ferreira, por sua vez, disse ao Jornal de Abrantes que, “se alguma ilegalidade foi cometida, foi por puro desconhecimento e não por intenção deliberada.
Quando soube desvinculeime de imediato da condição assumida com a autarquia”. Marco Gomes, presidente da concelhia socialista e testemunha no processo, foi quem fez as primeiras denúncias de alegadas irregularidades e, em declarações ao JA, recusou “a ideia simplificadora de uma mera luta política”. “A questão é de foro judicial, uma vez que Máximo Ferreira não podia ser candidato pela CDU em 2009. Nessa altura não tinha terminado a avença com a Câmara
de Constância, tendo prestado falsas declarações”, disse aquele responsável. “Sentimo-nos prejudicados porquanto foi feito um contrato público exclusivamente para benefício de Máximo Ferreira, tendo este beneficiado, a poucos meses da realização de eleições autárquicas, de uma série de atividades e verbas da autarquia para promoção pessoal. Queremos que seja apurada a verdade e queremos que seja feita justiça”, concluiu. Mário Rui Fonseca
ESPECIAL TAGUS 20 ANOS 11
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Tagus cumpre 20 anos a brindar à ruralidade
Foi a 26 de novembro de 1993 que um grupo de autarcas e empresários da região, entre eles Elvino Pereira (Mação), Humberto Lopes (Abrantes), Jorge Martins (Gavião) e José Eduardo Carvalho (associação empresarial Nersant), fundaram a então ADIRI (Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior), hoje Tagus. Vinte anos depois, sopram-se as velas do trabalho efetuado no desenvolvimento e quali-
ficação do meio rural, na promoção da qualidade de vida do território, no combate ao êxodo rural e abandono da atividade agro florestal, na preservação e reforço de uma identidade territorial. Vinte anos depois, assinalam-se as 570 intenções de investimento, registam-se os 312 projetos apoiados, os 17,5 milhões de euros investidos, os 181 postos de trabalho gerados. Descobrimos, pela factualidade, que o mundo
em que habitamos, o nosso mundo rural, tem potencial e pode ser, quem diria, um lugar bom para investir, viver e trabalhar. Reforçando sentimentos de pertença, estreitando laços familiares, aumentando sentimentos de autoestima. Sim, com as couves de Valhascos, com os linhos e tapeçarias da cooperativa Artelinho, com os vinhos regionais, os nossos azeites, os queijos, as compotas, o mel, a doçaria, a mancha florestal, os rios que
se abraçam. Os desafios de hoje não são iguais aos de há 20 anos atrás, então com o arranque da PAC (Política Agrícola Comum) e com o trabalho de levantamento de planos de desenvolvimento agrário. O território de abrangência envolve agora, e desde a primeira candidatura no âmbito da estratégia de desenvolvimento Leader (1995), os municípios de Abrantes, Constância e Sardoal.Nem serão
iguais aos de amanhã, com o atual QREN a terminar este ano e em 2014 a ser chamado de “Portugal 2020”, envolvendo uma verba de 21 mil milhões de euros. No trabalho desenvolvido em 20 anos de afirmação de um território, do aumento da autoestima de um povo residente no Médio Tejo figuram muitos ilustres nomes, mas só um rosto é denominador comum: o de Pedro Saraiva, 42 anos, técnico coordenador da
Tagus, desde a primeira hora da fundação da associação. “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”, afirmou o gestor, em jeito de brinde a 20 anos de trabalho em prol de uma comunidade e de uma região. O próximo desafio, avança, no âmbito do próximo QCA, é “fazer a integração” dos projetos disseminados pelo território. Integre-se, pois… Mário Rui Fonseca
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12 ESPECIAL TAGUS 20 ANOS
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TAGUS celebra aniversário com visita a projetos apoiados pela Associação A TAGUS, Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, celebrou 20 anos no passado dia 26 de novembro. Para assinalar a data festiva, a equipa da TAGUS realizou uma visita a seis projetos de âmbito cultural, social, turístico e empresarial e convidou a comunidade a acompanhar estes casos de sucesso nos concelhos de Constância, Abrantes e Sardoal.
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Para além da equipa da TAGUS, marcou presença neste dia, Elizete Jardim, Diretora Regional da Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Miguel Borges, Júlia Amorim e Maria do Céu Albuquerque, da direção da associação.
Horta Viva foi o primeiro projeto visitado…
SEIS PROJETOS, SEIS HISTÓRIAS DIFERENTES, SEIS DESEJOS ALCANÇADOS
João Dias dedica-se à produção de agricultura biológica, nomeadamente de agriões e ervas aromáticas, há cerca de 11 anos. A sua produção está sediada em Santa Margarida da Coutada, no concelho de Constância, e numa extensão de 1,5 hectares é possível encontrar uma exploração agrícola de vários produtos hortícolas frescos e biológicos. Com o apoio da TAGUS, através de uma candidatura aos apoios da abordagem LEADER, João Dias conseguiu uma verba de cerca de 42 mil euros para o desenvolvimento de algumas vertentes na sua empresa: uma horta pedagógica, um ponto de venda, para a comercialização dos produtos sob a marca Hortas da Aldeia e para o desenvolvimento de formações e workshops, uma instalação de um estábulo para animais de raças autóctones e uma instalação de painéis fotovoltaicos para o aproveitamento da energia solar. A partir destes investimentos vão ser criados dois postos de trabalho para a manutenção da horta e para a comercialização dos produtos, bem como serão estabelecidas algumas parcerias com escolas e entidades locais e regionais, entre as quais o Parque Ambiental de Santa Margarida. João Dias referiu que o novo projeto vai permitir “gerar receitas adicionais e diminuir a dependência exclusiva da produção agrícola, pois através da dinamização de atividades pedagógicas e com o posto de venda novas portas se irão abrir”.
ESPECIAL TAGUS 20 ANOS 13
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A visita integrada nos 20 anos da TAGUS continuou… e a segunda paragem foi em Montalvo
transporte de utentes. Esta última, devidamente equipada com uma rampa elétrica e um degrau elétrico, permite todas as condições para o transporte de utentes em cadeiras de rodas.
Na freguesia do Pego e já durante a tarde as visitas continuaram…
tradição desta cooperativa constituída essencialmente por mulheres. Conceição Pereira, cooperante, explicou que esta candidatura reuniu um conjunto de objetivos, que passaram “pelo aumento do número de visitantes, divulgação dos produtos, criação de mais pontos de atração e aumento do volume de negócio”. Numa mistura entre a modernidade e a tradição o novo núcleo representa mais uma valência para cooperativa e uma forma de divulgar as tradições locais.
Um projeto empresarial no concelho de Sardoal foi a última visita… Com quase 28 anos de existência, a Associação Filarmónica Montalvense 24 Janeiro reúne, atualmente, cerca de 110 músicos com idades entre os 6 e os 30 anos. Com um reportório renovado, a orquestra constituída por cerca de 35 músicos, interpreta músicas de compositores portugueses, músicas de filmes, sul americanas, entre muitas outras. Ao longo dos anos, a banda tem contado com o apoio da TAGUS. Rui Ferreira, presidente da direção da banda, explicou que “as quotas mensais não têm sido suficientes para as necessidades da instituição e, assim, se não fosse através dos apoios não tínhamos chegado onde chegámos”. O presidente acrescentou que, para além da banda no ativo e a realização constante de concertos, a Associação Filarmónica ainda promove quase todos os dias aulas de música, para crianças e jovens, que chegam de todos os concelhos envolventes. Através de uma candidatura à abordagem LEADER, a banda filarmónica conta agora com um conjunto de instrumentos novos, bem como um fardamento novo para os seus músicos. Rui Ferreira realçou a importância deste apoio:“ Alguns instrumentos musicais que adquirimos custam cerca de 4.000 mil euros, 2.000 mil euros, entre outros valores. Para nós teria sido muito complicado adquiri-los sem um apoio financeiro. Com esta aquisição continuamos a despertar o interesse da população pela área musical e a dar continuidade ao nosso trabalho.”
A empresa chama-se Vale de Ferreiros Agro Turismo, está sediada na freguesia do Pego e tem como objetivo incrementar um conjunto de investimentos nas áreas do turismo rural e do turismo equestre. Vitor Henrique foi o responsável pela constituição da empresa em 2010, devido à sua atividade dedicada à criação de cavalos e à aposta na modalidade de hipismo em Portugal e na Holanda. Através da abordagem LEADER, com uma comparticipação de cerca de 178 mil euros, foi possível remodelar e reconverter duas casas antigas em duas casas de turismo rural. Para além deste investimento, foi ainda possível a construção de dois novos picadeiros e a criação de dois postos de trabalho. O projeto apresenta condições para o desenvolvimento de diversas atividades que vão desde o lazer à prática desportiva equestre. Vitor Henrique explicou que no futuro os objetivos passam pela construção de uma cavalariça, algumas boxes e um projeto dedicado aos jovens agricultores. Os alojamentos turísticos estão prontos há cerca de um mês e sua inauguração deverá estar para breve.
O terceiro momento do dia dedicou-se à área social e já em Abrantes…
De saída do concelho de Abrantes a visita continuou em Sardoal…
Com mais de 500 anos de existência e com um serviço dedicado à causa social, a Santa Casa da Misericórdia conta com cerca de 105 utentes. Para além do serviço aos clientes institucionalizados e do apoio domiciliário, a instituição assegura todas as necessidades de um grupo de 19 jovens que vivem no Patronato Santa Isabel. A instituição ainda garante, mensalmente, cerca de 2.000 mil refeições sociais para as famílias mais carenciadas do concelho. Alberto Margarido, provedor da Santa Casa da Misericórdia, explicou que “a Santa Casa é uma das instituições mais pobres do país” e que os apoios são, portanto, “essenciais”. Para dar uma resposta mais presente à zona norte do concelho de Abrantes, onde se denota uma escassez da oferta de serviços sociais, a Santa Casa, através de um apoio da abordagem LEADER, conta agora com duas novas viaturas. Uma viatura para apoio domiciliário, para transportar refeições e roupas em simultâneo, criando uma equipa em permeância para o serviço domiciliário e uma outra para
Nasceu em 1989, com o objetivo de dar uma ocupação às mulheres de Alcaravela. Hoje assume-se como uma das casas mais conhecidas de Sardoal pelos bolos, doces e pão caseiro que confeciona para todo o concelho. Chama-se Artelinho e é uma cooperativa agrícola. Com cerca de 52 cooperantes, a Artelinho não se iniciou dedicada à doçaria tradicional. Esta opção surgiu há cerca de 10 anos, quando o trabalho com o linho deixou de dar rendimento. Contudo, na década de 80, o linho foi a alternativa para um conjunto de 40 mulheres que entendiam que deveriam de ter uma ocupação, uma vez que os homens saíam das aldeias para trabalhar fora. Atualmente, e devido ao apoio do LEADER, a Artelinho conta já com um acesso melhorado, um muro de proteção, painéis fotovoltaicos e até ao final do mês de dezembro vai ver nascer um novo núcleo museológico. Um novo espaço expositivo que vai dar a conhecer todo o espólio e
Medida Larga é o nome do mais recente projeto empresarial sediado no concelho de Sardoal. Trata-se de uma empresa familiar constituída por dois sócios irmãos que desde novos se dedicaram à carpintaria. David Martins e Joaquim Martins acabaram a escolaridade obrigatória e depressa começaram a trabalhar com o pai para dar continuidade ao negócio de família. Em 2007, formaram a empresa, e sentiram a necessidade de mudar de espaço para dar continuidade ao desenvolvimento da atividade profissional. Com aquisição de dois lotes na zona industrial de Sardoal e através da abordagem LEADER, o passo seguinte foi a construção da nova empresa e a aquisição de novas máquinas e equipamentos. No novo espaço é possível a produção diversificada de mobiliário com diferentes cores. David Martins explicou que agora o objetivo passa por “criar dois novos postos de trabalho e que o caminho seguinte é criar uma nova linha de mobiliário para quarto e sala”.
O dia terminou com um jantar de aniversário no recente espaço de restauração Tasquinha da Aldeia sediado em Fontes, onde Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS, fez um balanço bastante positivo destes 20 anos atividade e de intervenção no meio rural. A TAGUS já aprovou 312 projetos, num total de 17, 2 milhões que representaram a criação de 181 postos de trabalho. Joana Margarida Carvalho
Numa parceria entre os municípios de Constância e Sardoal e a TAGUS, vão ser inaugurados, no próximo mês de dezembro, dois espaços dedicados à promoção e venda de produtos regionais, à semelhança do que já acontece em Abrantes na Praça dos Sabores. Em Sardoal, o espaço denominado “ Cá da Terra” vai ser inaugurado no próximo dia 6 de dezembro no Centro Cultural Gil Vicente. Em Constância, na praça Alexandre Herculano, o espaço será inaugurado no próximo dia 7 de dezembro.
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14 ESPECIAL TAGUS 20 ANOS
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ASSOCIAÇÃO TAGUS ATINGE 17,5 MILHÕES DE INVESTIMENTO EM 20 ANOS DE DESENVOLVIMENTO RURAL
“Há gente interessada em investir neste território” • Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS A Tagus - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, assinalou os seus 20 anos de existência no dia 26 de novembro, tendo apoiado 312 projetos que resultaram na
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criação de 181 postos de trabalho. Fundada a 26 de novembro de 1993, e trabalhando em territórios de baixa densidade populacional nos concelhos de Abrantes, Cons-
tância e Sardoal, a Tagus desde 1995 que é gestora local de Programas de Iniciativa Comunitária (LEADER II, LEADER + e abordagem LEADER), tendo recebido ao longo de duas décadas 570
intenções de investimento que resultaram no apoio direto a 312 projetos, somando um investimento total de cerca de 17,5 milhões de euros. O técnico coordenador da Tagus, Pedro Saraiva, disse ao JA que esta celebração pretende assinalar os 20 anos desta associação privada, sem fins lucrativos, que resultou da união de 24 entidades locais públicas e privadas para promover, apoiar e realizar um aproveitamento racional das potencialidades de Abrantes, Constância, Sardoal e dos concelhos limítrofes, de modo a desenvolver todas as componentes do território e a melhorar as condições de vida das populações. “Estas iniciativas comunitárias trouxeram vastos benefícios para o território ao contribuírem para promoção da qualidade de vida, valorização do património e desenvolvimento económico da região, numa lógica de aumento da atratividade e de fixação de população em meio rural”, defende Pedro Saraiva, de 42 anos. Segundo o gestor da TAGUS, o trabalho desenvolvido tem tido como objetivo principal o estruturar de um território de forma setorial, ao nível cultural, agrícola, patrimonial e outros, envolvendo entidades públicas e privadas representativas dos principais setores de atividade da região. Do total dos 17,5 milhões de euros investidos em projetos no âmbito da promoção da quali-
dade de vida, turismo rural e preservação do património, entre outros, a maioria foi empregue no concelho de Abrantes (65%), seguido dos concelhos de Sardoal e Constância (14% cada) e os restantes 7% em projetos com abrangência supramunicipal. Do total das 570 candidaturas manifestando intenção de investimento, em 20 anos, 312 projetos foram aprovados, 22% dos quais dinamizados por mulheres, representando um investimento médio de 60 mil euros por projeto. Do total de 312 projetos apoiados por fundos comunitários, 242 eram projetos sequenciais, e 43 não vingaram (16%), tendo-se perdido 15 dos 181 postos de trabalho. “As intenções de investimento e os projetos que avançaram traduzem o potencial existente nestes concelhos em torno dos seus produtos endógenos, como os rios Tejo e Zêzere, a mancha florestal, a cortiça e o azeite”, observa Saraiva. “A realidade demonstra que há gente interessada em investir neste território, prova de que existe um potencial de criação de riqueza, emprego e fixação de pessoas, e esse é o nosso propósito, o de gerar atividade económica, preservar a nossa identidade conferindo sentimentos de pertença, e aumentar os níveis de qualidade de vida para poder fixar a população em espaço rural.” Próximo QREN começa a ser atribuído no 2º semestre
de 2014 O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, por sua vez, mostrou-se convicto que no segundo semestre do próximo ano vão ser atribuídos os primeiros financiamentos do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional. “Da última vez demorámos dois anos”, disse o governante num encontro promovido em Lisboa pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-espanhola, acrescentando que o Governo “está já em condições de atribuir os primeiros financiamentos do QREN no segundo semestre de 2014”. O governante salientou ainda a “mudança de paradigma” dos novos fundos comunitários, referindo que “não deve ser o financiamento do Estado a origem do projeto mas devem ser os bons projetos a justificar o financiamento do Estado”. Mais de 90% dos fundos vão em 2014 para as regiões do Norte, Centro, Alentejo e Açores, anunciou o ministro sendo os restantes 7% investidos nas regiões de Lisboa, Algarve e Madeira. O atual QREN termina este ano e em 2014 passa a ser chamado de “Portugal 2020”, envolvendo uma verba de 21 mil milhões de euros no próximo programa. Mário Rui Fonseca
DESPORTO 15
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Núcleo Sportinguista do Tramagal assinala 29º aniversário em festa A conclusão das obras de ampliação e requalificação do Núcleo Sportinguista de Tramagal marcou a festa do 29º aniversário daquele que é o Núcleo nº 8 do Sporting Clube de Portugal (SCP), um dos mais antigos no universo leonino.
O convívio, que decorreu num espaço de restauração da Vila, reuniu em Tramagal cerca de 120 membros da família sportinguista, entre sócios, simpatizantes, representantes de outros núcleos e representantes do Conselho Diretivo do SCP, que ali anunciaram condições especiais de ingresso para sócio do Sporting a todos aqueles que já o sejam nos 258 núcleos espalhados por todo o Mundo.
Luís Agostinho, presidente da direção do Núcleo Sportinguista de Tramagal (NST), destacou na ocasião o esforço financeiro e as inúmeras ofertas, ao nível de material de construção civil e de mão de obra, para que fosse possível dotar a sede, situada na rua da Fonte Nova, de um espaço mais amplo e com novos espaços, como gabinetes de trabalho, espaço de cafetaria, galerias e salas de troféus. “Modernizar o núcleo e as suas instalações e trazer gente jovem para dentro desta família tem sido o nosso objetivo desde há 14 meses a esta parte, a par da estabilidade financeira que hoje vivemos”, disse Luís Agostinho, que solicitou “mais presença e mais apoio” seja nas reuniões de direção,
sportinguista reuniu-se para celebrar mais •umFamília aniversário
seja nas atividades do NST, como forma de dar “alento e moral” à equipa diretiva. Carlos Serrano, do Núcleo Sportinguista de Alferra-
rede (NSA), presente na festa de aniversário, disse ao JA que a instituição que lidera movimenta cerca de 50 jovens em torno da atividade
desportiva e destacou a implementação da escola de guarda redes Joaquim Carvalho, uma velha glória do SCP. “A escola de guarda redes do NSA é uma novidade a nível regional, está já a funcionar com três técnicos e está aberta, não só aos sócios do NSA, mas a todos aqueles que aqui queiram inscrever os seus filhos para aprofundarem conhecimentos e treinarem esta vertente específica do futebol”, revelou. Bruno Mascarenhas, responsável pela área de expansão e dos núcleos, esteve em Tramagal em representação do Conselho Diretivo do SCP e anunciou uma nova categoria de preços para inscrição como sócios do Sporting. “Desde que tenham liga-
ções aos núcleos do Sporting, e falamos de cerca de 40 a 50 mil pessoas espalhadas por todos os núcleos, a nova categoria cria sócios a partir de 4 euros, uma modalidade bastante mais acessível, com um preço convidativo, mais a mais em tempos de crise. É uma condição especial que favorece quem já faz parte da família sportinguista”, enfatizou, tendo referido que a campanha vai começar em breve. O dirigente anunciou ainda um jantar convívio a realizar em Tramagal, no dia 7 de dezembro, e em que a equipa sénior de futsal do SCP, atuais campeões nacionais, vai marcar presença, no regresso do jogo que irão disputar ao Fundão. Mário Rui Fonseca
ABT NIGHT RUNNERS, DESPORTO EM ABRANTES
“Um Concelho a Mexer” Abrantes comprometeu-se, através do ABT Night Runners, a praticar exercício físico pelas ruas da cidade. Todas as quintas-feiras a população vestese a rigor para mais uma caminhada, que promove a atividade física e o convívio entre os atletas. Não tem custos, obrigações ou regras, a única exigência é que todos passem um bom tempo enquanto cuidam da sua saúde. O movimento de Caminha e Corrida às Quintas, que se iniciou em agosto com um grupo de 72 pessoas, tem aumentado em número de atletas, batendo já o record de 730 participantes. A combinação do desporto com o convívio tem atraído todo o tipo de pessoas, dos novos aos mais idosos e dos mais rápidos aos mais lentos, e nem o frio que se tem sentido para os corajosos. Até a banda abrantina Kwantta se juntou a este grupo para a gravação do seu novo videoclipe, fazendo um mini concerto junto dos “caminheiros”, que encararam a música como um incentivo e fizeram
o aquecimento para a caminhada. A dia 21 de novembro, 530 pessoas reuniram-se no Estádio Municipal de Abrantes para mais uma marcha. As cores fluorescentes das camisolas, os gorros e os cachecóis destacaram-se nesta noite fria, embora o bom ritmo e a animação do grupo aqueçam a cidade. Os motivos da participação são variados. “Preciso de emagrecer”, confessa Mariana Costa. Outros, como Aristides Silva, admitem que “esta é uma boa desculpa para fazer exercício”. Já Ricardo Barata diz que participa porque “é uma forma de convívio e assim corremos todos juntos”. Luís Emídio, membro do Staff que guia as pessoas na
corrida, revela que a grande adesão que o projeto tem tido se deve à “amizade que existe entre as pessoas e também para fazer um pouco de exercício” e acredita que a cada quinta-feira a cidade fica mais unida. O sucesso do movimento é visível, “as críticas têm sido bastante positivas e temos recebido os parabéns pelo evento”. A iniciativa do Desporto em Abrantes tem ainda um cariz solidário, pois na compra de um DVD com fotos, que custa cinco euros, três deles reverterão a favor do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA). Alexandra Silva e Ana Rita Bibi
alunas de Comunicação Social da ESTA
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16 REGIÃO
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Jovens de seis países em intercâmbio sobre estilos de vida mais saudáveis Intercâmbio com jovens de seis associações internacionais aborda a temática alimentar e os estilos de vida saudáveis
Join the kitchen of flavors to a bit of knowledge / Junta à cozinha de sabores um tanto de saberes foi o tema do projeto promovido e dinamizado pela FAJUDIS - Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, de 28 de outubro e 4 de novembro do corrente ano, no âmbito do Programa «Juventude em Ação». Este intercâmbio contou com a presença de cerca de 50 jovens de seis países: Bielorrússia, Itália, Macedónia, Moldávia, Itália, Portugal e Roménia. Estimulou para a temática alimentar na Europa e no mundo. Motivou para as trocas culturais e gastronómicas (conhecimento de tradições, métodos de confeção de alimentos, re-
ceitas antigas e criativas). Sensibilizou para comportamentos e estilos de vida saudáveis e fomentou a saúde e o bem-estar, através da prá-
tica de exercício físico. Alertar para a problemática fast food, para o aumento de peso e a obesidade na sociedade atual foi um dos focos deste projeto que convocou para a discussão temas como o flagelo da fome em alguns países e para o des-
perdício de comida noutros. Numa semana de diálogo intergeracional e de proximidade com as comunidades locais, preenchida com atividades que foram ao encontro da temática do projeto (workshops, ateliers, visitas, dinâmicas de grupo, noites
interculturais, tertúlias, reuniões de trabalho, entre outras), estes/as jovens tiverem a oportunidade de visitar espaços que proporcionaram o conhecimento da confeção de produtos alimentares saudáveis. No Sardoal os jovens visita-
ram a “Quinta do Côro” (produção de vinho, confecção de doces,…) e a “Artelinho” (confecção de pão, tecelagem manual em tear,…). Visitaram as “Hortas Comunitárias de Abrantes” (Câmara Municipal de Abrantes). Conheceram uma quinta de agricultura biológica, no Rossio ao Sul do Tejo, “A Nossa Horta”, um projeto fruto do trabalho de dois jovens empreendedores, tendo um deles, André Freire, envolvido os/as participantes num workshop que lhes proporcionou o contacto com a terra, sendo que esta atividade foi relevante na promoção do empreendedorismo e da empregabilidade. Entre um Village Game, na vila de Constância, e a presença dos/as jovens no ABT Night Runners, na cidade de Abrantes, todas as atividades foram enriquecedoras no sentido de munir os/as participantes de ferramentas que lhes proporcionem desenvolver estilos de vida mais saudáveis.
Um livro que “mete água” na nossa memória coletiva
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Todos sabemos que os SMA – Serviços Municipalizados de Abrantes nos fornecem água ao domicílio. Poucos sabemos que nos tratam também dos lixos e dos esgotos, embora de outro modo. E quem sabe que houve tempos em que sobretudo forneciam eletricidade? Estas e outras informações podem ser colhidas num oportuno livro sobre a história dos SMA e publicado por ocasião dos 85 anos dos Serviços, como vulgarmente são chamados. Pina da Costa, o autor, na ocasião com a responsabilidade da gestão dos SMA, quis “homenagear os colaboradores dos SMA”, antes de mais porque “vestem a camisola” da casa. Era para serem uns apontamentos so-
bre a História dos Serviços, mas a informação foi-se acumulando e deu origem a um livro de 232 páginas que salva do esquecimento muita informação preciosa, contou o autor na recente apresentação do livro no Sr. Chiado. Entre outras lições, esta obra mostra-nos que um não profissional da História pode fazer trabalho de mérito e deixar-nos a memória que, sem estes trabalhos, tende a perder-se no nevoeiro do passado, se não mesmo no nada do total esquecimento. “Memórias da Água de Abrantes: Contributos para a história dos SMA”, de Pina da Costa, foi editado pelos SMA, onde pode ser adquirido. Alves Jana
CULTURA 17
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SÃO DUAS JOVENS ARTISTAS, UMA FORMADA NA ÁREA DO DESIGN, OUTRA NA ÁREA DO CINEMA. AMBAS SÃO NATURAIS DO CONCELHO DE ABRANTES E REÚNEM O MESMO OBJETIVO: FAZER AQUILO QUE MAIS GOSTAM!
Abrantina mostra o lado mais pessoal de Pessoa e de António Botto através de uma curta
Jovem designer de Abrantes expôs na LX – Factory em Lisboa
Hippienosia é nome da exposição que esteve patente ao público na LX – Factory em Lisboa até ao passado dia 28 de novembro. Uma exposição que retrata o olhar artístico e o estilo gráfico de três jovens, Ruben Tomás, Mauro Carmelino e Daniela Gaspar. Esta última é natural de Abrantes e residente na freguesia de Rio de Moinhos.
Formada em Design de Comunicação, desde 2010, pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, Daniela Gaspar nunca desistiu de fazer aquilo que realmente gosta: o “Design”. Em conjunto com o seu namorado, Ruben Tomás, lançaram a marca “Image Color” e, desde então, o trabalho tem surgido através das mais variadas formas de fazer Design. Daniela Gaspar explicou ao JA que a intenção desta marca é juntar trabalhos de outros designers, tal como aconteceu com o colega Mauro Carmelino, para a exposição Hippienosia. Inaugurada no passado dia 8 de novembro, a exposição juntou um conjunto de quadros onde a união de “padrões, cores e formas foram uma constante”. A inspiração, segundo Daniela, resul-
tou do contacto com “a natureza, os padrões antigos portugueses, como as rendas e os azulejos, até às formas geométricas”. Para Daniela, a exposição Hippienosia foi “um sonho tornado realidade”. O objetivo passa agora por trazer a exposição para a cidade de Abrantes: “Gostaria muito de poder expor na minha terra, e mostrar um pouco daquilo que tenho desenvolvido nos últimos anos.” O desemprego nos jovens é uma realidade que preocupa Daniela, mas que não tem sido impedimento para fazer aquilo que mais lhe dá prazer. Para a designer, “a criatividade, o fazer diferente e a dedicação” são as armas essenciais para vingar num país onde há cada vez mais “bons profissionais na área”. Por isso,“ a diferenciação é essencial”.
“O Segredo segundo António Botto” é nome da curta-metragem exibida nas celebrações dos 20 anos da Biblioteca Municipal António Botto. Rita Filipe, natural de Abrantes, e Maria Azevedo, são as mentoras do projeto cinematográfico que já alcançou alguns prémios e reconhecimentos a nível a
nacional. Rita Filipe explicou que a curta-metragem retrata uma relação amorosa homossexual, que se constrói através de cartas, entre os poetas António Botto e Fernando Pessoa, este último que se apresenta através de um heterónimo chamado Manuel Andrade. Para Rita Filipe, a intenção de realizar um filme sobre Pessoa já era antiga, “já no secundário tinha a intenção de fazer um trabalho sobre o poeta”. Em 2012, no curso de Cinema, na Universidade Lusófona, a oportunidade foi-lhe concedida. Sobre a exibição em Abrantes que decorreu no passado dia 15 de novembro, Rita Filipe disse que foi com orgulho que mostrou o seu trabalho na sua terra: “Fiquei muito feliz de po-
der mostrar o meu trabalho para a minha comunidade, ainda mais integrado nas celebrações dos 20 anos da biblioteca”. A curta-metragem estreou no Festival OverOut 2012, um festival de cinema da Universidade Lusófona, onde ganhou o prémio de “melhor curta-metragem” e já alcançou uma menção honrosa na categoria Arte e Cultura nos prémios nacionais de multimédia, onde competiu com trabalhos de profissionais da área. Este ano voltou a ganhar um prémio no OverOut de melhor fotografia. Rita Filipe referiu que o objetivo, agora, passa por exibir a curta para o maior número de pessoas nos vários festivais nacionais e internacionais. Joana Margarida Carvalho
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18 DESTAQUE
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BIBLIOTECA MUNICIPAL ANTÓNIO BOTTO, EM ABRANTES
Vinte anos de serviços públicos Vinte anos é pouco tempo, para uma biblioteca que se diz herdeira de uma tradição centenária de bibliotecas públicas em Abrantes. Mas vinte anos da nova biblioteca, inaugurada em 26 de novembro de 1993, justificam um programa reforçado para assinalar o facto, “sobretudo, com uma intensidade maior, que atraia novos públicos, que é um trabalho que é preciso fazer sempre”, disse Francisco Lopes, o responsável pela Biblioteca, à Antena Livre. Com “um fundo bibliográfico rico”, que inclui livros, discos e filmes, jornais e revistas, a Biblioteca António Botto presta um vasto leque de serviços. Da consulta local ao empréstimo domiciliário, da mostra de exposições produzidas fora ao contacto com escritores, da cedência de espaço para exposições locais e para a realização de reuniões de vários tipos, são vários os serviços que a Biblioteca António Botto presta à comunidade local. Uma das tarefas em que a Biblioteca aposta, para lá da organização das várias coleções de que dispõe, é a “produção de iniciativas que respondam às necessidades dos seus públicos”. Desde há vinte anos que o trabalho de sedução das crianças e jovens para a leitura tem sido uma constante. Incluindo o contacto com grandes ilustradores, de que Portugal é reconhecido como um país rico. Mas também com o público mais adulto esse trabalho tem vindo a ser feito, embora com outra metodologia. Neste caso, destacam-
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• Francisco Lopes se os encontros com escritores, sobretudo “os grandes intelectuais portugueses, os grandes criadores”, na expressão de Francisco Lopes. “Do nosso ponto de vista”, continua, “é fundamental, porque é importante que em todas as localidades tenhamos hipóteses de partilha, de reflexão, de debate, de apreciação da obra de pessoas com a dimensão intelectual de Lobo Antunes, Saramago, Eduardo Lourenço ou Gonçalo M. Tavares, por exemplo”. Numa direção próxima, uma ou outra iniciativa visa colocar os leitores em contacto directo com os textos e outras formas de comunicação, como por exemplo a música. Outro trabalho que tem sido feito é a formação “duas a três vezes por ano” de “mediadores de leitura”, sobretudo professores e pais. Além destes vários serviços no edifício, a Biblioteca tem ainda uma presença on line e há alguns meses que sai de portas através da BIA, Biblioteca Itinerante de Abrantes, que percorre o concelho
à procura dos leitores que (ainda) não procuram os serviços disponíveis na sede. A Biblioteca António Botto pretende, apesar da crise, continuar a dirigir-se aos seus vários públicos. Agora com horário de abertura “alargado” aos sábados de manhã, continua a procurar respostas para os seus leitores. E promete, através do seu responsável, puxar pela “imaginação” e procurar fazer “mais com menos recursos”. Sem esquecer que para 2014 tem na agenda o 25 de Abril. As obras de construção da Biblioteca António Botto ini-
ciaram-se em 15 de novembro de 1990, sob projeto da autoria do professor - arquiteto Duarte Castro Ataíde Castel-Branco, e a inauguração foi em 1993, em ambos os casos sob a presidência de Humberto Lopes.
Momentos e sinais marcantes Francisco Lopes destaca, ao longo destes vinte anos, algumas iniciativas que marcaram dos dias da comunidade abrantina. “São sempre marcantes os momentos que permitem conviver com per-
sonalidades de uma craveira intelectual extraordinária”, referiu à Antena Livre. Mas também, outros casos pontuais. “Há mais de uma dezena de anos, apercebemonos de uma menina, de dez ou onze anos, que percebemos que estava a faltar às aulas”. Num caso destes, frisou, há que intervir, o que a Biblioteca fez, mas “sem a assustar, para que não passe a procurar outro sítio eventualmente pior”. Noutra ocasião, “um emigrante romeno”, no pólo da biblioteca no Pego, “após o trabalho na Central, ia para biblioteca para, pela Internet,
comunicar com os amigos” no país de origem. “Através da sua presença na biblioteca, fora do contexto de trabalho, passa a ser visto como um da comunidade. Este é um papel de integração” feito também pela biblioteca. “Há imensas história destas, que são muito gratificantes, que nos mostram que podemos dar muitos contributos” à sociedade local, avaliou Francisco Lopes. Alves Jana
DIVULGAĂ‡ĂƒO 19
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ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO
Dia Mundial de Luta Contra a SIDA 1 de dezembro de 2013 O Dia Mundial de Luta Contra a Sida ĂŠ comemorado a nĂvel mundial no dia 1 de dezembro. Este dia visa sensibilizar as populaçþes para a necessidade de prevenção e de precaução contra o vĂrus da SIDA, para as consequĂŞncias desta doença e seu impacto social nas comunidades. A SIDA ou VIH (VĂrus da ImunodeficiĂŞncia Humana) foi descoberta no ano de 1981 e jĂĄ matou mais de 30 milhĂľes de pessoas em todo o mundo, sendo Ă frica o continente onde a SIDA tem feito mais vĂtimas. Em Portugal o primeiro caso de SIDA foi diagnosticado em 1983, ano em que se registou o diagnĂłstico de trĂŞs casos. Em 2012, cerca de 30 anos depois, registaram-se 42.580 pessoas in-
fetadas. A SIDA ĂŠ uma doença cuja TRANSMISSĂƒO se faz atravĂŠs de relaçþes sexuais nĂŁo protegidas com pessoa infetada, contacto direto com sangue infetado (principalmente pela partilha de seringas) e de mĂŁe para filho, durante a gravidez e amamentação. A PREVENĂ‡ĂƒO ĂŠ o mĂŠtodo mais eficaz contra a infeção por VIH e passa essencialmente por evitar comportamentos de risco, como sejam a multiplicidade de parceiros, as relaçþes sexuais ocasionais sem proteção (uso de preservativo), a partilha de material cortante ou perfurante (lâminas, seringas,‌), o contacto direto com sangue ou outros fluidos corporais sem proteção. A SIDA NĂƒO
SE TRANSMITE, pelo contacto social (beijo, aperto de mão, abraço,‌), pela partilha de copos, talheres, ou espaços
de casa (WC), pela picada de insetos, pela tosse, espirros ou suor. EstĂĄ implementado em todos os Centros de Sa-
úde da årea geogråfica do ACES MÊdio Tejo (Abrantes, Constância, Sardoal, Mação, Ferreira do Zêzere, Tomar, Vila
Nova da Barquinha, Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e OurĂŠm) o Programa “Diz NĂŁo a Uma Seringa em Segunda MĂŁoâ€?. Trata-se de um programa de troca de seringas cuja filosofia ĂŠ minimizar o abandono de seringas usadas (e potencialmente infetadas) promovendo a recolha e destruição controladas com diminuição do tempo de circulação numa perspetiva de prevenir a transmissĂŁo endovenosa nos utilizadores de drogas injetĂĄveis. Na Luta contra a SIDA todos devemos contribuir para as metas da ONUSIDA para 2015: ZERO novas infeçþes, ZERO mortes associadas, ZERO discriminaçþes NĂŠlia Costa
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20 DIVULGAÇÃO
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LUGARES COM HISTÓRIA
A ponte rodoviária sobre o Zêzere, em Constância A travessia do Zêzere, junto a Constância, foi desde sempre tarefa difícil, especialmente nos Invernos chuvosos, quando as fortes correntes o tornavam praticamente intransponível. As frágeis barcaças, que faziam a travessia, ficavam paradas nas margens, pois os barqueiros sabiam bem os perigos que corriam e as pontes de barcas, que às vezes se construíam, eram rapidamente destruídas e arrastadas pela força das águas. As populações dos concelhos limítrofes às duas margens, ficavam assim impedidas, durante os meses de Inverno, de fazerem trocas comerciais, conviverem nas festas, ou simplesmente visitarem os seus familiares, o que muito as contrariava. Os próprios exércitos de Napoleão, quando, na Primeira Invasão, invadiram Portugal, depararam-se com este inesperado inimigo. Alguns
dos militares, vindos dos lados de Abrantes, chegaram às margens do Zêzere a 24 de Novembro de 1807, dia de grande temporal, que tornou o rio extremamente perigoso. No dia seguinte, chegaram as restantes tropas, trazendo à frente o próprio general Junot. Era urgente atravessar o rio, pois aquele general francês queria chegar rapidamente a Lisboa, para apanhar de surpresa e prender o Príncipe Regente, futuro D. João VI e os restantes membros da família real, antes que eles se lhe escapassem. A população apavorada e de resto aconselhada pelo próprio Regente, não opôs qualquer resistência. O Zêzere, esse sim, enfurecido, impediu os franceses de o atravessarem, obrigando-os a ficar retidos em Constância, denominada então Punhete. Travaram uma luta titânica com o rio, que só passados quatro dias amansou, permit-
INSOLVÊNCIA Hélder Jorge da Silva Rodrigues Ouvida a Assembleia de Credores proceder-se-á à VENDA EXTRAJUDICIAL por NEGOCIAÇÃO PARTICULAR através do envio de PROPOSTAS EM CARTA FECHADA a remeter para o escritório do Administrador da Insolvência, dos bens apreendidos no Processo de Insolvência nº 682/12.0TBABT, do 3º Juízo do Tribunal Judicial de Abrantes. Verba: Fracção autónoma designada pelas letras AC, destinada a habitação, tipologia T3, correspondente ao 7º Andar B, com uma arrecadação no r/c designada por 7º B, inscrita na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o nº 212, sita na Rua Capitão Salgueiro Maia, nº 50, 7º B, Urb. Encosta da Barata, Abrantes. Valor Mínimo de Venda: 50.000,00€ Para mostra do imóvel ou outras informações contactar o Administrador de Insolvência através dos contactos: Telefone: 245 203 550 E-mail: azevedocoutinho.ai@sapo.pt; Condições da Venda; As propostas deverão ser enviadas para o escritório do Administrador da Insolvência, Dr. António José Vieira de Azevedo Coutinho, Av. do Brasil nº1,1ºEsqº, 7300-068 Portalegre, até ao dia 13 de Dezembro de 2013. A abertura das propostas será efectuada no escritório do Administrador da Insolvência, dia 16 de Dezembro de 2013, pelas 14:30 horas, convidando todos os interessados a comparecer na abertura das mesmas. As propostas deverão vir assinaladas com a menção propostas em carta fechada, aposta no exterior do envelope. Deverão, ainda vir instruídas com o endereço e contactos do proponente e fotocópia do Cartão do Cidadão/Bilhete de Identidade (no caso de se tratar de pessoa singular) ou de cartão de identificação de pessoa colectiva (no caso de se tratar de pessoa colectiva) do respectivo preponente sob pena de aqueles que não cumprirem este requisito serem limiarmente rejeitadas. Reserva-se o direito de não se proceder à venda caso o valor não seja aceite pela Comissão de Credores. O Administrador da Insolvência António José Vieira de Azevedo Coutinho
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indo-lhes a passagem, tempo mais que suficiente para que a família real, avisada antecipadamente, abandonasse Lisboa e seguisse rumo ao Brasil. Quando Junot e os seus homens chegaram ao estuário do Tejo, ficaram literalmente “a ver navios” , olhando, cheios de fúria, as velas que se iam esfumando no horizonte. E assim o façanhudo Zêzere e um Inverno rigoroso modificaram os cursos das Histórias de Portugal e do Brasil, que de outro modo teriam sido bem diferentes. Os problemas que todos os invernos surgiam, aliados com os decorrentes do movimento entre as duas margens, que era já demasiado grande para a única barca existente, faziam com que a construção de uma ponte, que solidamente ligasse as duas margens, se tornasse numa aspiração premente das populações vizinhas.
O pedido para a sua construção foi formalizado em 1887, quando era Presidente da Câmara o Dr. Francisco Augusto da Costa Falcão. Várias personalidades se empenharam na concretização do projecto, destacandose entre elas as famílias Falcão e Sommer, e o deputado Avelar Machado, a quem se devem importantes melhoramentos nos concelhos de Abrantes e Constância, pelo que a autorização não demorou e o projecto começou a concretizar-se rapidamente. A obra foi adjudicada à “Empreza Industrial Portugueza” e em 1890 foi iniciada, conforme refere uma placa metálica que foi afixada no tabuleiro da ponte. Cresceu rapidamente, de modo que em 1893 já se encontrava aberta ao público e este estava tão ávido desta ponte que acabou por ser inaugurada mesmo antes de estar completamente concluída.
Com efeito, algum tempo depois, a barca e o seu antipático barqueiro foram reformados (não tão depressa como o povo queria, pois os acessos ainda demoraram algum tempo até ficarem completos) e o trânsito assim facilitado entre as duas margens do Zêzere permitiu um contacto rápido e seguro entre as populações, dando origem a um desenvolvimento maior da região. Obra importante para a altura, foi construída em ferro, como era habitual na época, assente sobre sólidos pilares de alvenaria, sendo a sua altura de 23m acima da superfície das águas, a largura da faixa de rodagem é de 4,40m e o comprimento do tabuleiro de 200m, dimensões mais que suficientes para a época. Poucos anos após a sua inauguração, em 1896, foi esta ponte engalanada e assim vestida de festa recebeu
importantes visitas, nada menos que o rei D. Carlos, a rainha D. Amélia e o príncipe D. Luis Filipe. As populações vizinhas ficaram tão ligadas à sua ponte, que, em 8 de Novembro de 1993 comemoraram festivamente o seu primeiro centenário e colocaram nova placa comemorativa num muro lateral, à saída da mesma. Como S. Martinho se aproximava, houve castanhas e água-pé e a animação musical esteve a cargo da Banda da Associação Filarmónica Montalvense. Bibliografia: - COELHO, António Matias, História do Património do Concelho de Constância, edição da Câmara Municipal de Constância, 1999. - Boletim Informativo nº 17, edição da C. M. de Constância, Set/Out de 1992 - Jornal “O Abrantes” de 28 de Maio de 1893 Teresa Aparício
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Interact Club
DEZEMBRO 2013
Interact Club de Abrantes apresenta-se ao mundo São novos e são novíssimos. São o Interact Club de Abrantes, um grupo de jovens que existe desde o passado dia 18 de novembro. São, pode dizer-se, o clube rotário juvenil. A história é-nos contada por Ana Albuquerque, a presidente da Direção. Tudo começou quando o Rotary Clube de Abrantes convidou Ricardo Madeira, do Rotaract Club de Entroncamento, para uma conferência. Parêntesis: Interact Club para jovens de 12 a 18 anos; Rotaract para jovens entre 18 e 30 anos; Rotary Club para maiores de 30; fim de parêntesis. Para essa conferência foram convidados filhos do Rotary Club, jovens que tinham frequentado o curso de liderança e outros próximos dos anteriores. A palavra pegou fogo, os jovens ficaram entusiasmados e desde outubro que trabalham para se afirmarem como grupo. Estão já reconhecidos como tal e são, no mo-
mento desta conversa, 32 membros. E que querem estes jovens? Ana Albuquerque refere o seu caso pessoal: procura “novas experiências”, o “partir à aventura”, “ajudar”, “poder fazer alguma coisa de diferente que sozinha não conseguiria” e “a vivência em grupo”. E também aquilo que é o grande objetivo de um Interact Club, nas palavras da jovem presidente, “desenvolvermo-nos enquanto profissionais”, não do ponto de vista técnico específico de cada profissão, é claro, mas naquilo “que se aprende quando é preciso organizar alguma coisa, como por exemplo a festa que vamos fazer no dia 20”. Do ponto de vista oficial, o Interact é um grupo patrocinados por um Rotary Club, e que pretende desenvolver competências de liderança e serviço às comunidades, uma melhor compreensão do mundo e laços de fraternidade. E a melhor forma de
aprender é fazendo. Daí a festa. A primeira atividade é já a 20 de dezembro, uma Christmas Nightout, no mercado criativo, a partir das 21h30. Para “passar um bocado da noite”, mas sobretudo para “angariar bens alimentares e de higiene para serem oferecidos à Casa de S. Miguel”, que é um centro de acolhimento temporário para crianças em risco. O programa é de animação musical com os The Kast e os Hollow Page e depois com o DJ Slow Motion. Foi “feito a pensar nos jovens, mas é aberto a todos”. A entrada é paga com um bem alimentar ou de higiene (ou 3.5€ se não puder levar o contributo em géneros). Para quem quiser contactar este novíssimo grupo, a melhor via é através do Facebook: Interact Club Abrantes. Alves Jana
Como se distingue um cogumelo comestível de um cogumelo venenoso? A resposta nem sempre é fácil. Para evitar correr riscos, o melhor é recorrer a especialistas. Foi o que o Rotary Club de Abrantes fez, no dia 23 de novembro, num Passeio Micológico feito nas Mouriscas, que começou nos terrenos da Escola Profissional de Desenvolvimento Regional de Abrantes (EPDRA) e que foi guiado por um dos seus professores, Simão Pita. As características dos cogumelos foram explicadas com clareza, mas convém perceber as diferenças que separam um bom petisco de uma má surpresa. Na dúvida, o melhor é não arriscar. Os participantes, de todas as idades, entusiasmaram-se com o desafio lançado no sentido de distinguir os bons dos maus cogumelos. Acabaram por levar para casa alguns exemplares de determinadas espécies para serem degustados, em segurança.
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22 CULTURA
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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Abrantes recebe a voz de Luísa Sobral O segundo disco de originais de Luísa Sobral vai estar em destaque no concerto que a cantora dá a 6 de dezembro, no Cineteatro São Pedro, em Abrantes. Dois anos depois de ter surpreendido com “The cherry on my cake”, Luísa Sobral regressou a estúdio para gravar “There’s a flower in my bedroom”, álbum que serve de mote à digressão nacional e que agora passa por Abrantes. O novo álbum re-
flete o amadurecimento da artista, e conta com a colaboração de Jamie Cullum, António Zambujo e Mário Laginha. A intérprete tem no currículo uma extensa lista de países por onde tem atuado como Espanha, França, Suíça, Alemanha, Inglaterra ou Marrocos. Os bilhetes têm o preço unitário de 10 euros, estando à venda no Posto de Turismo ou no dia do concerto na bilheteira do Cineteatro São Pedro.
Pintura de Joaquim Carvalho no Centro Cultural de Sardoal As “Intemporalidades” de Joaquim Carvalho estão patentes até ao dia 11 de janeiro de 2014 no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, através de quadros de pintura e uma instalação. Na inauguração da exposição, que decorreu no passado dia 22 de novembro, o autor afirmou que, para esta mostra, pensou “em pedra basilares da nossa identidade, obras e pessoas importantes que fizeram com que chegássemos ao que somos, nos dias de hoje, enquanto povo”. Algumas personalidades históricas são retratadas nas intemporalidades, como é o caso de D. Nuno Álvares Pereira, Fernando Pessoa, Pedro e Inês de Castro. Acerca da instalação, o artista explicou o seu significado: “caminho que todos nós percorremos, com várias encruzilhadas mas, no final, com linhas retas e claras.” Joaquim Carvalho, o autor da exposição, nasceu em 1953, em Sátão, distrito de Viseu e atualmente vive, trabalha, estuda e exerce a sua atividade artística em Lisboa. Os primeiros passos na arte foram dados na Iniciação Vocacional pós-infantil e
Abrantes Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 6 de dezembro – Concerto de Luísa Sobral – Cineteatro São Pedro, 21h30 7 de dezembro – Teatro “O Problema do Corvo”, pela Artemrede – Cine-Teatro São Pedro, 10h Cinema – Org. Espalhafitas, Cine-teatro São Pedro, 21h30:
Constância Até 31 de dezembro – Exposição “Desenhos da Prisão”, desenhos por Álvaro Cunhal – Biblioteca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 Até 31 de dezembro – “Mostra bio-bibliográfica sobre Luísa Ducla Soares – Biblioteca Alexandre O´Neill, 10h às 18h30 7 de dezembro a 5 de janeiro – “Exposição de peças Natalícias”, artes decorativas de artesãos do Concelho – Posto de Turismo, das 9h às 18h 7 de dezembro – “Gostar de Constância” – 21h DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, 15h: 6 de dezembro – “O Fantasma da Ópera” 13 de dezembro – “Polar Express” 27 de dezembro – “Grinch”
Mação Até 16 de dezembro – Exposição “Bonecas do Mundo pela Tolerância” – Posto de Turismo, 9h30 às 13h e 15h às 18h30 16 de dezembro – Colóquio “A sustentabilidade dos Recursos Arqueológicos e Turísticos em Discussão” – Centro Cultural Elvino Pereira, 9h às 18h
Sardoal Até 11 de janeiro – Exposição “Intemporalidades”, pintura e instalação de Joaquim Carvalho – Centro Cultural Gil Vicente 28 de dezembro – Concerto de Boas Festas 2013, pela Filarmónica União Sardoalense – Centro Cultural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural, 16h e 21h30:
Vila de Rei
adolescente, em Desenho e Pintura (experiências suspensas prematuramente). Entre 1987 e 1988 frequentou as Oficinas de Pintura e Desenho da Ar.Co. e, em 1989, fez um Curso de Se-
rigrafia. Expõe, tanto a nível individual como coletivo, desde 1989, editou livros sobre a poesia e pintura e colabora frequentemente com publicações temáticas.
Centro Cultural de Mação acolhe colóquio sobre turismo e arqueologia O colóquio que vai decorrer no Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação, no dia 16 de dezembro, tem como tema “A Sustentabilidade dos Recursos Arqueológicos e Turísticos em Discussão”. O património arqueológico e arquitetónico, os saberes tradicionais e a diversidade paisagística são algumas das matérias que vão ser tratadas neste colóquio organizado pelo Centro de Pré-História, do Instituto Politécnico de Tomar e o Ins-
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AGENDA DO MÊS
tituto Terra e Memória, de Mação. A sessão de debate da manhã focar-se-á no turismo como forma de responsabilidade e cidadania, enquanto a “descoberta da gestão do território na proto-história” ocupará a segunda parte do colóquio, a partir das 14h30. Para se inscrever, gratuitamente, consulte o endereço www.ipt. pt/praxisII.
Até 30 de dezembro – Exposição de trabalhos do concurso de pintura e desenho “Padre João Maia” – Biblioteca Municipal Até 31 de dezembro – Exposição “A Escola dos Nossos Avós”, trabalhos elaborados pelos alunos do 9º ano da E. B. I. do Centro de Portugal – Museu Escola da Fundada Até 31 de dezembro – Exposição de fotografia “Cheiros & Sabores”, de Jorge Menezes - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 2 de dezembro a 6 de janeiro – Exposição “Presépios tradicionais e Presépios de Montra” – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Vila Nova da Barquinha Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 31 de dezembro – Exposição “Uma Linha Raspada”, de Daniel Barroca – Galeria do Parque, Edifício do Passos do Concelho – Quarta, quinta e sexta, das 11h às 13h e das 14h às 18h, sábado e domingo das 14h às 19h 7 de dezembro – Palestra “Vila Nova da Barquinha: Uma visão da arqueologia de José da Silva Gomes” – Centro Cultural, 17h 18, 19 e 20 de dezembro - Férias Mágicas com ciência – Centro Integrado de Educação em Ciências
CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO
VII ALMOÇO CONVÍVIO NATAL 20 de dezembro 2013 Inscrições Abertas QUINTA D’OLIVEIRAS (Antiga QUINTA DO LAGO) Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq. 2200-235 Abrantes Telef. 241 371 715 | Fax 241 371 715 geral@abranfir.pt
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CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690
CONSULTAS POR MARCAÇÃO
CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.
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ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L
SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075
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Vasco Manuel Coelho Damas 20.05.1942 23.12.2002
MISSA DE 11º ANIVERSÁRIO 23 de dezembro pelas 19h15 na Igreja de S. Vicente, em Abrantes
Porque a dor é grande E a perda irreversível Resta-nos a memória Dos momentos que vivemos contigo
Novena a Santa Clara Oh Santa Clara que seguiste a Cristo com a sua vida de pobreza e oração, faz que entregando-nos confiantes à Providência do Pai Celeste no inteiro abandono, aceitemos serenamente Sua Divina Vontade. Ámen. Rezar esta oração e nove Avé-Marias durante nove dias com uma vela acesa e no nono dia deixar a vela queimar até ao fim. Fazer três pedidos, dois impossíveis e um de negócios. C.S.
DECLARAÇÃO Eu, José Gaspar Dias, contribuinte Fiscal 106439243, morador em Sardoal, venho por este meio comunicar que não me responsabilizo por qualquer divida que venha a ser contraída em meu nome. Sardoal, 26 de novembro de 2013 José Gaspar Dias
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