Jornal de Abrantes - Edição Janeiro 2014

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JANEIRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5515 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GR

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de

jornal abrantes

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Turismo Militar é uma das apostas do IPT Conferir atratividade ao património militar nacional e potenciar turisticamente fortificações, castelos e quartéis em todo o território é o objetivo da proposta de Carta Nacional do Turismo Militar, que está a ser elaborada pelo Politécnico de Tomar (IPT). Pag. 20

Fernando Baio - CM Abrantes

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

ENTREVISTA

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo está a preparar a estratégia para o próximo quadro de apoio - 2014/2020

A valorização do potencial turístico da região é uma das prioridades

Pag. 8 e 9

Santos Lopes, o escultor abrantino Santos Lopes é natural de Abrantes, está radicado há vários anos no Brasil e tem uma carreira internacional. “O sonho e a técnica” é um livro que assinala os 40 anos ligados à arte de esculpir e que foi recentemente apresentado em Abrantes. Pág. 3

JUSTIÇA

Assembleia Municipal reúne no próximo dia 10 de janeiro Autarcas, advogados e outros agentes do setor da justiça da zona do Médio Tejo já estiveram reunidos em Abrantes tendo rejeitado por unanimidade o esvaziamento do Tribunais da região, como define a reforma do mapa judicial. Agora uma Assembleia Municipal extraordinária em Abrantes acontecerá para debater o assunto. Pág. 6

ECONOMIA

Paulo Sousa

Caixa de Crédito Agrícola de Tramagal funde-se com Ribatejo Norte A Caixa de Crédito Agrícola de Tramagal assinou uma escritura de fusão com a Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Norte, com sede em Torres Novas. Um processo que se iniciou há três anos e que tem como objetivo potencializar o grupo Crédito Agrícola. Pág. 16


2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

JANEIRO 2014

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319)

Porque 2014 só poderá ser um Bom Ano...

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Colaboradores

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado Isabel Colaço

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico

CM Vila de Rei

Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado

O Museu Municipal de Vila de Rei já reabriu ao público com uma exposição de trabalhos dos participantes no concurso de pintura e desenho “Padre João Maia”. O equipamento cultural que retrata as vivências e tradições antigas do concelho esteve em obra durante um mês. Foi feito um conjunto de obras de manutenção e conservação do espaço, assim como se procedeu à restauração das peças existentes.

António Vieira

Impressão Grafedisport, S.A.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

INQUÉRITO

Acredita que 2014 vai ser um ano melhor?

Abel Silva

Mário Jacinto

António Paulo

Abrantes

Rio de Moinhos

Rossio ao Sul do Tejo

Penso que o ano de 2014 não vai ser melhor que o último ano. Até que se mantenham as políticas atuais a condição do país ou mantém-se ou piora.

Este ano 2014 vai ser igual, pelo que temos assistido e pelo que tem sido noticiado melhoras não se esperam. É uma condição muito penalizadora para todos nós e para o país.

Acredito que este ano correrá melhor. Para mim a nível pessoal e profissional vejo algumas melhorias futuras. Ao nível do país, penso que não vai ser um ano fácil, ainda com algumas dificuldades, mas considero que o pior já passou.

portuguesa UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Lapa, Cabeça das Mós, Sardoal UM DISCO? Música gregoriana UM FILME? My Fair Lady UMA VIAGEM? Turquia UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Francisco de Sá Carneiro, porque foi a pessoa que mais me marcou, quer antes, quer no pós 25 de Abril, pelas posições que assumiu. UM MOMENTO MARCANTE? O dia do meu casamento, porque foi um passo importante na

minha vida e que se tem prolongado até aos dias de hoje, graças a Deus. UM PROVÉRBIO? Devagar se vai ao longe UM SONHO? Que terminassem as desavenças e as guerras e que houvesse paz entre todos os povos. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Uma visita ao Sardoal explorando tudo quanto tem de bom, desde o turismo religioso, à gastronomia, ao carinho das suas gentes e às diversas aldeias que ainda têm habitantes e que não querem sair de lá.

GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.

SUGESTÕES

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.

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Anacleto Batista IDADE? 76 RESIDÊNCIA? Abrantes PROFISSÃO? Solicitador UMA POVOAÇÃO? Cabeça das Mós, Sardoal UM CAFÉ? Sopadel, Abrantes PRATO PREFERIDO? Cozido à

Talvez um dia, quando olharmos para trás, tenhamos que recordar 2013 como o ano mais complicado das nossas vidas. Talvez um dia, quando olharmos para trás, tenhamos que recordar 2014 como o ano de que todos falavam como o momento da retoma e no qual nada de especial aconteceu... Mas o melhor é pensarmos que cada ano é como é, como cada pessoa é como é, como cada terra é como é. Podemos sempre, individual ou coletivamente, tentar mudar rumo das coisas. Mas, depois, o que tiver que ser... será. Será o resultado da nossa força e da nossa vontade, muitas vezes numa luta de David e Golias, contra a vontade de outros. Mas a História e as nossas vidas dizemnos que sabemos lidar com o que nos vai acontecendo. Às vezes tropeçamos, mas acabamos por avançar. As mães e os pais continuarão a proteger e a educar os filhos o melhor que puderem e as crianças e jovens não serão nem melhores nem piores por passarem por estes anos. Talvez tenham que perceber, um pouco à força, que dependem muito mais da própria capacidade de trabalho do que de qualquer situação previamente dada como adquirida. Mas isto não é necessariamente mau... Os profissionais que têm ocupação continuarão a dar o melhor que têm porque o balanço entre a angústia sobre o futuro e a necessidade de avançar terá que ser necessariamente positivo. Os que foram apanhados pela crise certamente que não vão baixar os braços porque na fibra das nossas gentes não se registam grandes genes de desistência. E os que se habituaram a viver na sombra do trabalho dos outros vão ter que se fazer à vida... Os responsáveis políticos dignos dos cargos que ocupam continuarão a usar os poucos fundos que têm para acorrer às situações mais complicadas. E com o exemplo público que dão, contagiarão os munícipes a fazer o mesmo, cada um à sua escala. E os cidadãos, sozinhos ou organizados, vão sentir que importa estar atento ao que acontece aqui mesmo ao lado, porque vivemos em comunidade... No final de tudo isto, 2014 só poderá ser um Bom Ano! Hália Costa Santos


ENTREVISTA 3

JANEIRO 2014

JOANA MARGARIDA CARVALHO

SANTOS LOPES, ESCULTOR ABRANTINO, CONTA O SEU PERCURSO PROFISSIONAL DE 40 ANOS EM LIVRO

Santos Lopes é natural de Abrantes, está radicado há vários anos no Brasil e tem uma carreira internacional. “O sonho e a técnica” é um livro que assinala os 40 anos ligados à arte de esculpir e que foi recentemente apresentado em Abrantes (ver notícia na pág. 18). Nesta obra, pensada ao longo de muitos anos, o autor conta muitos dos episódios que contribuíram para ser o artista que hoje é. O gosto pela anatomia determina o movimento que Santos Lopes consegue dar às suas esculturas, feitas em materiais pesados, como o mármore e o bronze. O escultor é influenciado por figuras como Isadora Duncan e Fernando Pessoa. Gosta de trabalhar ao som da música clássica, em espaços grandes e com muita luz. A sua exposição pode ser vista na Biblioteca António Botto, até 8 de fevereiro.

Uma profissão no campo artístico não era valorizada… Eu soube desde muito cedo que era um pouco proibido. Por ser proibido eu queria fazer mais. Por exemplo, uma vez, também com seis anos, fiquei fechado na casa da minha tia por causa das cheias e pintei as paredes todas durante o tempo em que não pude sair de lá. Esse sentimento, essa vontade de fazer arte, vem desde criança? Sim, era uma coisa que eu não sabia explicar. Eu fui para a Escola Técnica a troco de uma paleta e de tintas a óleo. A

Joana Margarida Carvalho

Como é que se iniciou a sua vida dedicada à Arte e à Escultura? Aconteceu muito naturalmente. A minha tendência para a Arte aconteceu por volta dos seis anos de idade. A minha mãe foi chamada à escola porque eu recusava-me a desenhar as pessoas com um círculo na cabeça e os dedos com cinco tracinhos. Eu dizia à professora que não era assim (que se desenhava uma pessoa). A professora disse à minha mãe que eu tinha que fazer um curso de Arte e a minha mãe disse isso aos meus padrinhos. O meu padrinho disse: “Isso é horrível, são todos uns vadios, isso não é um futuro. Ele tem que ter um curso superior diferente.”

“Não ia ser feliz se não fizesse Escultura”

A exposição de Santos Lopes, em Abrantes, tem obras que são exibidas pela primeira vez

minha madrinha deu-me essas coisas, mas deu-me guaches e não tintas a óleo. Eu queria a espessura das formas saindo da tela mas aquilo caía tudo, porque o guache não prendia. O meu mestre, na Escola Industrial, em Abrantes, disse-me que eu devia fazer desenho de arte e não desenho técnico. Confirmei a minha frustração de não o poder fazer e ele mandou vir de Lisboa tintas a óleo para eu poder usar. Foi ele que me pediu as primeiras tintas a óleo. Mas só conheci a Escultura aos 15 anos. Depois de fazer a Escola Industrial, fui para a Escola Machado de Castro, com o objetivo de ser Agente Técnico de Engenharia ou mesmo Engenheiro, se conseguisse levar avante aquilo que os meus padrinhos e os meus pais queriam. Eu gostaria de ser arquiteto ou pintor. Mas, já na Machado de Castro, fui ver um busto de um amigo, que tinha aulas comigo, e

que me convidou para ir ao atelier de um escultor. Vi o busto e fiquei alucinado. É uma passagem muito importante na minha vida, que eu também conto no livro. A partir daí eu pensei que não ia ser feliz se não fizesse Escultura. Deu-se o clique? Tive a certeza de que iria fazer o curso de Engenharia para fazer a vontade aos meus pais e aos meus padrinhos, que eram muito importantes, não queria desapontá-los. Mas eu sabia que tinha que fazer Escultura, para ser feliz. Um dia tive uma branca quando estava a fazer um exame na Machado de Castro e nessa altura decidi que ia para a Escola António Arroio (escola de Artes). Frequentei a Escola António Arroio e ninguém sabia que eu estava a frequentar esta escola. Depois trabalhei com Publicidade e não tinha tempo, frequentava pouco as aulas. Acabei fazendo muito mais no

Brasil e em Nova Iorque do que cá. Nesta exposição em Abrantes estou apresentando pela primeira vez as obras que foram o grande arranque da minha carreira no Brasil, com trabalhos sobre a Isadora Duncan. Expos pela primeira vez no Brasil? O que é que esse momento significou para si? Foi a sua abertura enquanto artista envolvendo os seus familiares? Eu não falava muito com os meus familiares. A minha mãe queria o que eu quisesse, mas seguia muito a ideia do meu padrinho, que era uma pessoa mais culta. Ele fez-me um grande elogio, aos nove anos. Ele achava que eu não seria ninguém sendo artista. Foi muito bom ele ter-me dito aquilo. Isso acompanhou-me durante a vida inteira. Naquele instante aquelas palavras soaram-me muito mal, mas deramme diretrizes ao longo da minha vida.

Encontrou adversidades? Sim, muitas, por exemplo quando cheguei a Nova Iorque. As pessoas de uma galeria convidaram-me para fazer uma exposição num ano em que estava a apresentar peças em cerâmica queimada e depois cheguei lá com peças em bronze, porque num ano evolui. Eles disseram-me que não podiam expor as minhas peças em bronze porque não tinham clientela para elas, mas disseram-me que me iam ajudar. Deram-me um guia de galerias e sublinharam o nome de algumas delas, dizendo-me que tinha que visitar cinco ou seis por dia. Fiz isso durante dois anos até encontrar uma galeria que aceitou expor os meus trabalhos. Foi uma admiração para o dono da galeria, porque ele tinha medo. O americano não investe em artistas que não conhece. Mas a minha exposição correu muito bem, vendi muito bem e só trouxe três das obras (que estavam para venda). O que é que esculpe normalmente? Há uma presença grande do ser humano, como se pode ver na sua obra que está em Abrantes, nomeadamente o busto de António Botto, inaugurado há pouco tempo. Eu gosto muito do corpo humano. A anatomia é alguma coisa que me fascina. Adoro a anatomia e a coordenação dos músculos. Eu trabalho com materiais pesados, como o mármore e o bronze. Há uma tendência para fazer peças pesadas também na forma. Eu procuro aliviar, com o movimento. E o corpo humano presta-se muito a isso. Quem é que o inspirou ao longo da sua vida? Eu tinha esse fascínio pela Isadora Duncan, desde que, com 16 ou 17 anos, vi o filme dela em Lisboa. O filme é incrível. E desde essa altura eu queria homenagear essa mulher, até por tudo aquilo que ela nos trouxe, como a libertação da mulher. E ela foi uma grande percursora. Fernando Pessoa, também me inspira. Fiz um trabalho de ilustração sobre Fernando Pessoa e ganhei um prémio. Concorri sem saber que estava a concorrer e ganhei um prémio!

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4 MENSAGENS DOS PRESIDENTES DE CÂMARA

JANEIRO 2014

Os desejos dos autarcas para 2014 Retomar o sentido da justiça social No início deste novo ano saúdo toda a comunidade Abrantina Com o desejo que 2014 seja o ano em que se renove a esperança. Acredito que juntos seremos capazes de ultrapassar as dificuldades e encontrar caminhos para um futuro melhor, com confiança, perseverança e sentido de responsabilidade. Um desejo particular para que 2014 seja um ano de oportunidade para os cidadãos que se encontram em situação de desemprego. Num ano em que se celebram os 40 anos do Dia da Liberdade retomemos o sentido da justiça social, da democracia, da solidariedade e da liberdade. Da nossa parte deixamos o compromisso em mantermos a força e a determinação de, apesar das adversidades, tudo fazermos para que o nosso concelho saia mais forte desta crise, que a todos contemple sem exceção. Desejo a todas e a todos um 2014 jubiloso, pleno de realizações pessoais e profissionais.

Um voto especial para os jovens Mensagem de Ano Novo Em meu nome pessoal e no da câmara Municipal de Constância, desejo que o Ano de 2014 seja o Ano da Esperança num futuro melhor com oportunidade de trabalho, muita saúde e felicidade para todos (as). Um voto especial para que os jovens não desistam de lutar e muito menos de acreditar na sua capacidade de intervir e de mudar o mundo, na esperança que com a sua determinação possamos viver os próximos anos com menos preocupações. Feliz Ano de 2014!

Espírito de entreajuda e compreensão Tendo bem presente as actuais circunstâncias que atravessamos, a Câmara Municipal de Mação pautará a sua actuação em 2014 consciente dessa realidade, de forma a minorar os efeitos da mesma. Apesar das dificuldades vamos, seguramente, vencer as adversidades. Assim, será com esperança, determinação e entusiasmo que todo este Município irá, em conjunto com todos os Maçaenses, trabalhar para um Concelho melhor, convicto de que unidos no essencial será possível ultrapassar os momentos mais difíceis, num espírito de entreajuda e compreensão. Entramos no novo ano com uma renovada energia para novos desafios, pelas nossas gentes, pelo nosso futuro! Para todos os Maçaenses, Amigos de Mação e de toda a Região, votos sinceros de um Feliz 2014.

A Presidente da Câmara Municipal de Constância Júlia Amorim

O Presidente da Câmara Municipal de Mação Vasco Estrela A Presidente da Câmara Municipal de Abrantes Maria do Céu Albuquerque

Sonho e Realidade “Eu quero converter os meus sonhos em realidade”, são palavras de Gandhi que servem de mote a esta mensagem. Que 2014 seja, para todos nós, um ano de mudança, com oportunidades que nos ajudem a superar as dificuldades e a vencer os desafios com que nos deparamos, dando-nos a possibilidade de acreditar num futuro mais promissor. Que neste Novo Ano consigamos transformar os nossos sonhos e desejos em realidade. Em meu nome pessoal, dos Vereadores e Funcionários do Município de Sardoal, desejo aos Sardoalenses, aos Leitores e Colaboradores do “Jornal de Abrantes”, um Feliz Ano Novo!

O Presidente da Câmara Municipal de Sardoal António Miguel Borges

O início de uma mudança para melhor

Estar prontos para enfrentar o futuro

O início de um novo ano é sempre uma boa oportunidade para saudar familiares e amigos, desejando-lhe os maiores sucessos para o futuro. Assim, aproveito esta oportunidade, para também eu, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, desejar a todos os Vilarregenses, onde quer que se encontrem, os mais sinceros votos de felicidade para 2014. O nosso País vive um período de grandes dificuldades mas estamos convictos de que o ano que agora se inicia pode marcar o início de uma mudança para melhor. Aos Vilarregenses podemos assegurar que, apesar de conscientes das dificuldades do poder local, tudo faremos para que Vila de Rei continue na rota do desenvolvimento e crescimento sustentáveis, sempre com o objectivo final de proporcionar o máximo de bem-estar e qualidade de vida aos nossos munícipes. Sou a expressar o nosso objectivo de ajudar quem mais precisa, de não deixar ninguém para trás, porque, mais do que nunca, é tempo de união e de solidariedade para com aqueles que menos têm.

O tempo social, o tempo político e o tempo internacional, estão agitados. Tempos onde a teoria dos números parecer suplantar a dos valores. Tempos em que assistimos a discursos políticos gelados de indiferença. Tempos de grande sofrimento e de dificuldades para o povo português. Mas o caminho é de esperança e de mudança. Hoje, devemos apelar aos princípios e aos valores da honestidade, sinceridade, humildade, generosidade e, soltos de vaidades, estar prontos para servir os outros e enfrentar, com confiança, o futuro próximo. Estamos cientes que, o ano de 2014 será aquilo que semeamos no campo do saber, na fartura das amizades, na solidariedade dos actos, na luta, na coragem, na integridade dos actos, no acerto das decisões e no nosso efectivo empenho. Bom Ano de 2014

Desejo a todos um ano de 2014 repleto de concretizações.

O Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires

jornaldeabrantes

O Presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha Fernando Santos Freire


AMBIENTE 5

JANEIRO 2014

Entidades gestoras de ZIF vão poder intervir nas áreas privadas da floresta Bolsa de terras vai funcionar de forma desmaterializada

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, visitou em dezembro a ZIF de Aldeia do Mato, em Abrantes, no âmbito da Semana Europeia da Floresta, tendo apontado para virtudes de uma ZIF “exemplar” a nível nacional, com os seus 101 proprietários de área florestal agregados em torno da gestão de uma área de floresta superior a 1700 hectares. “Hoje temos 162 ZIF constituídas a nível nacional, que abrangem uma área de 848 mil hectares de floresta (de um total nacional de cerca de 3 milhões de hectares) o que significa que temos 28% do território nacional agregado em ZIFs”, disse Cristas, tendo defendido que as ZIF são um instrumento fundamental para o exercício de uma gestão integrada e sustentável” destas zonas comuns de floresta. As ZIF são áreas florestais que pertencem a vários proprietários, que se organizam para procederem à gestão e defesa comum do seu património florestal, sendo apontadas como a solução para ultrapassar os problemas estruturais das pequenas propriedades sem gestão flores-

Mário Rui Fonseca

A ministra da Agricultura anunciou em Abrantes uma alteração à lei que regula as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), uma medida que visa reforçar o papel das entidades gestoras, conferindolhes mais poderes de modo a poderem intervir nas áreas privadas

Assunção Cristas defende as ZIF como forma de •produzir riqueza e de proteger as florestas

tal ou viabilidade económica. A governante pediu aos pequenos proprietários para que se unam em torno de entidades gestoras para constituição de ZIF, um modo de produzir riqueza e defender a floresta, ao permitir reduzir as condições de ignição e propagação de incêndios, fomentar a recuperação dos espaços florestais afetado por incêndios e promover uma gestão sustentável ativa, integrada e permanente dos espaços florestais, defendeu. “Este é o caminho para a nossa floresta, agregando proprietários em torno de uma entidade gestora”, vincou. “Com a alteração à Lei das ZIF, que está a ser ultimada”, anunciou a governante, “contamos aumentar significativamente a adesão de proprietários em torno deste conceito e fazer crescer o número de ZIF no território florestal, uma fileira que representa 3% do Produto Interno

Bruto (PIB), tem um peso de 11% no setor da exportação de bens, e tem potencial para crescer mais”. A alteração à lei das ZIF, segundo especificou Assunção Cristas, para além de “simplificar as atuais exigências e facilitar o processo de constituição, vai reforçar os poderes das entidades gestoras e posicionar as ZIF em atores prioritários para absorver fundos do próximo quadro comunitário de apoio”. “As entidades gestoras, em defesa do interesse público, vão poder intervir em áreas de proprietários não aderentes às ZIF”, fez notar. “A adesão ao processo depende de cada um dos proprietários mas as entidades gestoras de ZIF vão ter poderes para intervir em toda a área do condomínio florestal desde que determinada área possa pôr em risco aquilo que é o conjunto da área intervencionada pela ZIF”, vincou a ministra.

A forma de ceder as terras do Estado através da bolsa de terras foi aprovada em dezembro pelo Conselho de Ministros, que definiu que o processo vai ser feito de forma “desmaterializada” e através de concurso, com ou sem negociação. O Conselho de Ministros aprovou também uma resolução que estabelece o procedimento de identificação e disponibilização de prédios do domínio privado do Estado e dos institutos públicos na bolsa de terras. Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, os prédios do Estado e dos institutos públicos disponibilizados na bolsa de terras podem ser cedidos onerosamente a terceiros, para utilização agrícola, florestal ou silvipastoril, mediante arrendamento ou venda. “O contrato de arrendamento rural, regulado na lei civil, constitui a forma típica de exploração e utilização destes prédios”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros. O procedimento da cedência de terras do Estado vai ser feito de “forma desmaterializada”, através do Sistema de Informação da Bolsa de Terras, e “com garantia da confidencialidade” dos dados pessoais, acrescenta o Governo no documento. Mário Rui Fonseca

Movimento pelo Tejo critica acordo espanhol para transvase entre os rios Tejo e Segura “O pacto espanhol e as alterações aos artigos do Projeto de Lei de Avaliação Ambiental são de todo condenáveis, e servem para proteger os interesses dos utilizadores das águas do transvase Tejo – Segura, em detrimento das necessidades ambientais e sociais do próprio Tejo”, disse ao JA Paulo Constantino. O porta-voz daquele movimento ambientalista criticou o fato do acordo não fazer menção ao tramo médio do Tejo e das consequências para o lado português do rio ibérico, tendo defendido que o plano não garante a recuperação ambiental do Tejo e também não protege os seus interesses. “Faltou uma palavra neste acordo para o lado português do Tejo, um rio que também é nosso, mas que não está a ser gerido pelos diversos atores com um plano único para toda a bacia”, apontou aquele dirigente. “Não satisfaz o lado português nem muitos municípios espanhóis do tramo médio do rio”, vincou. Paulo Constantino disse que o movimento ProTejo e as associações que engloba “condenam o facto de ter sido alterado o pacto inicial porque sentimos como bastante prejudicial a introdução do Acordo de Entendimento por meio da Lei de Avaliação de Impacto Ambiental, que invalida automaticamente o processo de planificação, garantindo a continuidade do Transvase Tejo-Segura fora das determinações técnicas e das necessidades da bacia do Tejo”. Em outubro último, o mo-

vimento ProTejo já havia enviado uma missiva ao Ministério do Ambiente português manifestando as suas “inquietações”, tendo defendido uma revisão da Convenção da Albufeira, que regula a Diretiva Quadro da Água e os bons caudais ibéricos ambientais do rio. “As nossas preocupações não tiveram resposta mas vamos continuar a lutar, em conjunto com as associações parceiras em Espanha, para a revogação deste transvase e propondo, em contrapartida, que o mesmo seja substituído pelas unidades de dessalinização construídas no sul de Espanha para o efeito, com verbas de fundos comunitários”, vincou Paulo Constantino. Aquele responsável reagiu às declarações do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que saudou em meados de dezembro o pacto alcançado com governos regionais, sobre o transvase entre o Tejo e o Segura, e onde afirmou que, em matérias como a da gestão da água, todos devem ser “solidários”. Rajoy falava no Palácio da Moncloa, em Madrid, onde se reuniu a 12 de dezembro com vários presidentes de Governos regionais de Espanha, para formalizar a assinatura do acordo. O acordo entre o Governo e as comunidades de Castela La Mancha, Extremadura, Madrid, Valência e Múrcia põe fim às disputas políticas em torno da água, e altera as condições aplicadas até aqui no transvase. Mário Rui Fonseca

jornaldeabrantes


6 JUSTIÇA

JANEIRO 2014

Advogados, funcionários e políticos contra esvaziamento do Tribunal de Abrantes Autarcas, advogados e outros agentes do setor da justiça da zona do Médio Tejo estiveram reunidos em Abrantes tendo rejeitado por unanimidade o esvaziamento do Tribunais da região, como define a reforma do mapa judicial

Mário Rui Fonseca

O que está em causa é o encerramento dos Tribunais de Ferreira do Zêzere e Mação e o esvaziamento defunções do Tribunal de Abrantes, tendo os cerca de 50 profissionais do setor reunido no dia 20 de dezembro para discutir alternativas ao modelo proposto para a reforma do mapa judiciário, e rejeitar a concentração de competências em Santarém, a cerca de 80 quilómetros de distância. “O que está desenhado reforça as valências dos Tribunais nas sedes de distrito, em Santarém e Portalegre, o que vai deixar um imenso vazio em termos territoriais de acesso à justiça, reforçando a condição de interioridade de muitos destes municípios e dificultando ou barrando,

Novo presidente da Delegação local da Ordem dos Advogados apresenta proposta de criação de um novo distrito judicial em Abrantes

Reforma vai “dificultar ou mesmo barrar” o acesso dos cidadãos do interior à •Justiça

mesmo, o acesso à justiça por parte dos cidadãos”, disse ao JA a presidente da Câmara Municipal de Abrantes (e também da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo), Maria do Céu Albuquerque (PS). “Para além dos Tribunais que vão ser encerrados, e de outros que vão ser desprovidos de um conjunto alargado de valências, a proposta faz com que nenhum Tribunal do Médio Tejo, que abarca 13 muni-

cípios e cerca de 250 mil habitantes, fique a funcionar com as competências ao nível do crime e do cível”, apontou. “Isto implica que os cidadãos terão de se deslocar sempre a Santarém para tratarem destes assuntos, a mais de 80 quilómetros de distância, uma medida que não faz sentido”, vincou Céu Albuquerque. O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), disse, por sua vez, que esta re-

forma do mapa judicial “vai atrasar muito mais os processos”. “A distância dos serviços vai levar a que as pessoas deixem de levar os processos a tribunal, pelo que não a podemos aceitar de ânimo leve e sem contrapor algumas medidas que nos parecem mais corretas para o território e para a população, nomeadamente com a manutenção em Abrantes das varas cível e criminal”, defendeu.

Santana-Maia Leonardo, o novo presidente da Delegação de Abrantes da Ordem dos Advogados (OA), defendeu a manutenção de todas as atuais competências do Tribunal de Abrantes, tendo sugerido, como proposta a apresentar ao Ministério da Justiça, a criação de um novo distrito judicial, com sede em Abrantes. “É o mais lógico do ponto de vista do interesse das populações, dos profissionais do setor e da coesão territorial. Mantém-se a proposta do Governo, para Santarém e Portalegre, e Abrantes ocupa a terra do meio, sendo o ponto mais cen-

tral de um vasto território”, defendeu o advogado, eleito em dezembro para um mandato de três anos à frente da Delegação de Abrantes da OA. O ante projeto de Decretolei do regime de organização e funcionamento dos tribunais judiciais, aponta para o encerramento do Tribunal de Trabalho e de Família e Menores de Abrantes, que passam para Tomar, bem como dos tribunais judiciais de Ferreira do Zêzere e Mação. O Tribunal de Alcanena também será alvo de transformação, passando a secção, e o Tribunal do Entroncamento fica com as execuções. Em declarações ao JA, o presidente em exercício da Delegação de Abrantes da OA, Américo Simples, disse que “o ideal era Abrantes manter a competência genérica”, tendo afirmado que “a mudança estrutural prevista é muito grave”. “É triste, mas esta reforma vai desproteger os cidadãos deste território”, observou. Mário Rui Fonseca

Contestação ao mapa judiciário ameaça travar ímpeto legislativo da ministra Atrasos na concretização do projeto, falta de consenso entre os operadores judiciários e contestação de autarcas de localidades onde serão encerrados tribunais tornam a reforma do mapa judiciário num dos principais desafios do Ministério da Justiça para 2014. A ministra da Justiça conseguiu fazer várias reformas na área penal, cível e do processo administrativo, muitas delas resultantes de compromissos

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com a ‘troika’, mas é o mapa judiciário que ameaça tornar-se uma “pedra no sapato” de Paula Teixeira da Cruz, depois de, durante o anterior governo socialista, a reforma não ter ido além de três comarcas-piloto. A nova reforma, redesenhada pelo PSD, ainda sobreviveu à polémica enquanto se discutiu e aprovou o primeiro diploma com as normas e os princípios mais genéricos da reorganização judiciária, mas

quando a ministra apresentou o novo mapa dos tribunais judiciais, que mexe com o quadro de magistrados e define os tribunais a encerrar, as vozes discordantes multiplicaram-se e subiram de tom. A Associação Sindical dos Juízes veio dizer que o número de juízes diminuía entre 145 e 260 e alertar que faltam 1.400 funcionários judiciais, criticando ainda os critérios utilizados na determinação do volume de processos entrados em cada tribunal e da forma como, com poucos juízes, serão atacadas as pendências. Também o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou“inexplicável” que o quadro de magistrados e de oficiais de justiça piore “significativamente” com o anteprojeto de reorganização dos tribunais, considerando “absolutamente inaceitável” o

regime de gestão dos oficiais de justiça, embora, o projeto aumente o número de Departamentos de Investigação e Ação Penal (DIAP). O Conselho Superior do Ministério Público considerou que a proposta do Governo foi uma “oportunidade perdida” para que fossem atualizados os quadros do MP e partilha da ideia do sindicato de que é preciso um DIAP em cada comarca. Contudo, a ministra disse no parlamento que o novo mapa judiciário aumenta em 15 por cento o atual quadro de juízes e em 19 por cento o de magistrados do MP, o que significa um aumento da “estabilidade das magistraturas”. Sobre a disparidade dos números, Paula Teixeira da Cruz referiu que “houve eventualmente uma leitura que não é a leitura adequada”. Também a recém-eleita bas-

tonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, já declarou que uma dos desafios imediatos será convencer o Ministério da Justiça a não avançar com o encerramento e desqualificação de vários tribunais. A reforma, que encerra alguns tribunais e reconfigura as valências de outros, também não agradou a alguns autarcas. A proposta para a Reforma Judiciária, divulgada em outubro, aponta para a extinção de 47 tribunais, menos dois do que a proposta conhecida há um ano, um número que contempla os que encerram definitivamente e aqueles que serão substituídos por secções de proximidade. Comparando com a proposta anunciada há um ano, o número de tribunais a encerrar passa de 26 para 22 e o número de secções de proximidade aumenta de 23 para 25.

As novidades passam pela retirada da lista de encerramentos dos tribunais de Oleiros, em Castelo Branco, e Melgaço, em Viana do Castelo, que surgem agora como secções de competência genérica, e pelo encerramento do tribunal da Meda, na Guarda, para onde estava anteriormente prevista uma secção de proximidade. O número de secções de proximidade é maior na nova versão e passam a ser abrangidos concelhos que inicialmente ficariam sem tribunais como Alfândega da Fé, Avis ou Golegã. Recentemente, sindicatos e associações do setor entregaram pareceres sobre o mapa ao Ministério da Justiça que ainda os está a analisar, prevendo-se uma decisão definitiva no início de 2014. Lusa


JUSTIÇA 7

JANEIRO 2014

Sete dos oito arguidos que se dedicaram durante mais de dez anos à extorsão de dinheiro e bens a comerciantes de Abrantes foram condenados a várias penas de prisão pelo Tribunal da comarca

O juiz que presidiu ao julgamento, que teve início em fevereiro e só terminou no dia 5 de dezembro de 2013, tendo contabilizado cerca de 20 sessões realizadas, fez a leitura do acórdão do coletivo de juízes, tendo condenado o arguido Francisco Inácio, alegado mentor do esquema, a uma pena de prisão efetiva de oito anos e seis meses, a pena maior, tendo condenado Francisco Candeias a um ano e 11 meses, e Pedro Lourenço a 11 meses de prisão. Quatro dos arguidos tiveram penas suspensas que variam entre 11 meses e os 23

ABRANTES

meses, um deles com pena suspensa e condicionada por três anos por ter sido considerado inimputável. Um dos arguidos foi absolvido. O esquema de extorsões teve início em 2000, e “tinha por único objetivo a obtenção mensal de quantias monetárias não inferiores a 50 euros, bem como géneros alimentícios e outras mercadorias, fornecidas por inúmeros proprietários de estabelecimentos comerciais da cidade, vítimas de intimidação física e coação psicológica, a troco de “proteção”, podia lerse na acusação. A maioria das vítimas pagava o exigido, em silêncio, perante os sucessivos distúrbios e mau ambiente criado, essencialmente, em bares e cafés, com agressões, provocações e ameaças a clientes, funcionários e aos próprios exploradores dos estabele-

Mário Rui Fonseca

Tribunal de Abrantes condena três membros de grupo a prisão efetiva por extorsão

Não foi feita prova sobre o termo “Camorra” nem sobre a existência de uma estrutura organizada

cimentos, garantindo os elementos daquele grupo que, se assim não procedessem, atentariam contra as vidas dos empresários e dos seus familiares. Na sessão final, realizada a 5 de dezembro, o juiz começou

por referir que o processo conhecido por “Camorra”, e que englobava um grupo alegadamente organizado, “não foi dado como provado, tal como dezenas de factos constantes da acusação” do Ministério Público.

“Não foi feita prova sobre o termo “Camorra”, que constava da acusação do MP, nem fez prova que houvesse uma organização estruturada”, relativamente à extorsão de dinheiro e bens a empresários e comerciantes da cidade.

“Sem estrutura organizada não há chefes”, vincou, tendo feito notar que algumas das vítimas acabaram por negar as acusações que tinham efetuado em anteriores sessões. Mas muitas das acusações foram provadas”, notou. O juiz, que se escusou a ler na íntegra as cerca de 300 páginas do acórdão, optou por fazer uma leitura sintética da sentença, tendo apontado para as 100 páginas de antecedentes criminais dos arguidos, três dos quais estavam em prisão preventiva e tidos como muitos violentos e perigosos. Os arguidos foram condenados com base em prova efetuada dos crimes de extorsão na forma tentada e consumada, coação, roubo, dano, ofensas à integridade física, ameaça agravada, entre outras. Mário Rui Fonseca

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8 MUNICÍPIOS

JANEIRO 2014

MIGUEL POMBEIRO, SECRETÁRIO EXECUTIVO DA COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO MÉDIO TEJO (CIMT)

“A atividade intermunicipal e municipal está cada vez mais centrada numa vertente imaterial” Miguel Pombeiro foi durante 16 anos presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Devido à lei de limitação de mandatos, nas últimas autárquicas não se pôde recandidatar. Hoje assume a secretaria da CIMT, uma das entidades que coordena e articula os destinos da região.

Como surge esta oportunidade de assumir o cargo de secretário executivo? Surgiu com alguma naturalidade pois, ao longo destes últimos anos, enquanto presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, estive por dentro de todo o trabalho realizado pela CIMT e devido ao cargo que assumia já tinha pertencido ao concelho executivo da comunidade. Por outro lado, a partir do momento em que a CIMT obteve outro enquadramento legislativo, as funções dos elementos da comunidade deixaram de ter apenas um

cariz técnico, para assumirem um cariz político. É sem dúvida um desafio bastante aliciante que decidi agarrar considerando todo o contexto atual e uma vez que a CIMT é uma das principais entidades coordenadoras de toda a região. Como é caracterizada a CIMT? A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo é composta por 13 municípios, com uma diversidade muito grande em termos da sua dimensão e características de cada concelho. Ao contrário das outras comunidades, a nossa não é polarizada por uma grande cidade que concentra grande parte da atividade. O que caracteriza o Médio Tejo é o facto de ter algumas cidades de média dimensão que depois são complementadas por um conjunto de vilas e onde a atividade está dividida. Qual é a importância da CIMT para a região? Trata-se de uma entidade que potencia uma articulação supramunicipal, que assume uma função coor-

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL E CARTÓRIO NOTARIAL DE SARDOAL CERTIFICO, narrativamente para efeitos de publicação, que no dia dezoito de Dezembro de dois mil e treze, foi lavrada uma escritura de Justificação, exarada de folhas vinte e duas a folhas vinte e quatro do Livro de Notas para escrituras diversas número Cem e um traço D, na qual os senhores, SERAFIM MARIA DOS SANTOS CAROLA, NIF 111709610, e mulher MARIA JOSÉ ALVES, NIF 131976265, casados sob regime da comunhão geral, naturais da freguesia e concelho de Sardoal, residentes na Rua do Barroco, n.º 7, Cabeça das Mós, Sardoal; declararam que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio rústico sito em Portela, freguesia e concelho de Sardoal, composto por cultura arvense de sequeiro, figueiras, oliveiras e construção rural, com a área de mil trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com Estrada, do sul com Caminho público e António Roldão, de Nascente com caminho público e do Poente com Herdeiros de António Oliveira Roldão, NÂO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Sardoal e inscrito na matriz respetiva, sob o artigo 231 secção AG, com o valor patrimonial e atribuído de VINTE E SETE EUROS E CINQUENTA E OITO CÊNTIMOS, estás inscrito na matriz em nome do justificante marido, por compra verbal feita no estado de casado com a dita Maria José Alves, no ano de mil novecentos e oitenta e três a Higinio Ambrósio e mulher Maria Roldão casados sob o regime da comunhão geral e residentes que foram em Cabeça das Mós, Sardoal. A compra foi realizada sem que os justificantes ficassem a dispor de título formal que lhes permita efetuar o respetivo registo na competente Conservatória do Registo Predial. Que, desde logo, entraram na posse e fruição do citado prédio, em nome próprio, posse que, assim, vêm exercendo há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio, agindo sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, usufruindo, como tal, do imóvel, conservando-o e mantendo-o, procedendo ao seu amanho, pagando os respetivos impostos e suportando os demais encargos. Que, esta posse em nome próprio, de boa fé, pública, pacifica, continua e do consenso que o prédio lhe pertence, desde o dito ano de mil novecentos e oitenta e três, conduziu à aquisição do direito de propriedade do identificado imóvel, por usucapião, o que invocam, justificando o direito de propriedade para efeito de primeira inscrição no registo predial, dado que não têm documentos que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. - Está conforme o seu original, na parte respetiva. Sardoal, 18 de Dezembro de 2013 A Ajudante, Maria José Serras Moucho (Jornal de Abrantes, edição 5515 de Janeiro de 2014)

jornaldeabrantes

Joana Margarida Carvalho

JOANA MARGARIDA CARVALHO

• Miguel Pombeiro: o desafio para 2014 é fazer mais com os mesmos ou com menos recursos denadora dos principais agentes do território, que devem agir de forma articulada, pois o próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) assim o prevê. O acesso aos fundos comunitários depende de um plano de desenvolvimento regional, e essa é uma das nossas principais tarefas. A estratégia deve ser conjunta, deverá existir uma visão supramunicipal e não só um olhar focalizado em cada concelho. O Transporte a Pedido, projeto iniciado no concelho de Mação, e que agora, durante o ano de 2014, será alargado aos territórios de Sardoal e o norte do concelho de Abrantes, é um dos exemplos desta estratégia de desenvolvimento local que não deve ser individualizada mas sim articulada entre todos os agentes. Face ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, quais vão ser os projetos tidos em conta? Quais vão ser as linhas mestras? Ainda não temos definido o nosso plano de ação, mas é necessário entender que há áreas determinantes neste próximo Quadro. A promoção da atividade económica, as questões ligadas ao emprendorismo, a criação de um negócio que potencie emprego, são áreas determinantes nas linhas orientadoras de cada município e que vamos trabalhar em conjunto com os grupos da ação local, como é o

exemplo da TAGUS. A reabilitação e regeneração urbana é outro exemplo de uma área onde queremos atuar. Em todos os centros históricos em que há zonas degradadas é possível ligar estas realidades à atuação da atividade económica, criando ninhos de empresas que possam ajudar novos empresários. Um outro exemplo é a área da promoção turística. Neste momento, estamos a desenvolver um plano conjunto de desenvolvimento turístico que determina um conjunto de ações que vão mostrar o potencial turístico do Médio Tejo e dos próprios produtos endógenos. Estes são apenas alguns exemplos! Assim sendo, uma política cada vez mais afastada do desenvolvimento e concretização de grandes obras? Sim, de alguma forma é o desenvolvimento natural da realidade. Não faz grande sentido pensar o futuro com a concretização de grandes infraestruturas e equipamentos, porque os mesmos já existem. Claro que há sempre alguns em falta, contudo a atividade intermunicipal e municipal está cada vez mais centrada numa vertente imaterial. O orçamento para 2014 da CIMT já foi aprovado. O que se pode esperar com o orçamento aprovado na ordem dos 3 milhões? Parece

um quanto reduzido para um território tão vasto e com tantas competências. É um orçamento que finaliza um ciclo face ao último quadro de apoio e que inicia um outro. É necessário compreender que muito do trabalho relevante da CIMT é um trabalho de coordenação e de articulação e não tanto um trabalho que afete milhões de euros em equipamentos ou infraestruturas, este é mais um trabalho municipal. Neste momento, os nossos objetivos passam pela concretização de uma boa estratégia para o próximo quadro de apoio de 2014/2020, e isto é pôr os vários agentes a pensar e a articularem-se em conjunto, e não tanto a gerir milhões. Há neste momento, uma componente em desenvolvimento que diz respeito às candidaturas já efetuadas e por outro, a abertura de novos horizontes, com a realização de vários estudos nas mais variadas áreas de interesse público. Estudos que vão ditar quais vão ser os grandes projetos futuros a implementar no território. Quais vão ser os grandes desafios deste ano 2014? O desafio passa pela capacidade de com os mesmos ou menos recursos fazer cada mais. Este é o grande desafio de qualquer organização, entidade, associação ou município.


MUNICÍPIOS 9

JANEIRO 2014

LIGEIRA REDUÇÃO EM RELAÇÃO AO ANO DE 2013

Em termos globais, o valor do orçamento da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) para 2014, aprovado a 18 de dezembro, quer ao nível da despesa quer ao nível da receita, sofreu um pequeno decréscimo relativamente ao ano de 2013, sendo o valor global de 3 milhões e 58 mil euros. A CIMT fez notar que este orçamento é “de continuidade para finalizar projetos em curso”, no âmbito do final do atual Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), e para “preparar o novo ciclo de investimento” 2014/2020. Em declarações ao JA, a presidente da CIMT (e presidente da Câmara de Abrantes), Maria do Céu Albuquerque (PS), disse que os 3 milhões de euros vão servir para a “conso-

lidação de projetos intermunicipais que se encontram em execução no âmbito do QREN, estando prevista a conclusão da grande maioria”, nomeadamente os projetos aprovados no âmbito da Contratualização, e outros projetos aprovados em outros programas operacionais como é o caso do POVT e POPH. “Será também o início pleno de projetos ligados à modernização administrativa da CIMT e seus municípios”, fez notar Céu Albuquerque, tendo destacado o projeto Médio Tejo Online. Perante a estratégia futura do Médio Tejo 2014-2020, os objetivos de médio prazo da CIMT vão assentar em cinco orientações estratégicas, que passam pela valorização dos recursos endógenos e do po-

Mário Rui Fonseca

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo aprova orçamento de 3 milhões de euros

A valorização do potencial turísticos e a regeneração dos centros históricos são duas das prioridades para 2014

tencial turístico, e por incorporar o valor na atividade empresarial, através da continuidade de ações de promoção do empreendedorismo na região. Por outro lado, a CIMT vai apostar em promover a coesão e a qualidade de vida na região, o que deverá resultar em intervenções de regene-

ração urbana nos centros históricos e nos centros urbanos das vilas e cidades do Médio Tejo, e consolidar a massa crítica urbana, que visa a valorização dos modelos urbanos de vivência na envolvente natural do Médio Tejo, de modo a promover uma maior coesão territorial.

Continuarão a ser uma prioridade para a região a Mobilidade de Transportes e a definição e implementação de Planos de Acessibilidade, e o “governar de forma inteligente e multidimensional”, dando-se continuidade à modernização administrativa da CIMT e dos municí-

pios associados. “O novo ciclo de investimento representa um novo paradigma de desenvolvimento, um plano estratégico que visa desenvolver uma região composta por 13 municípios em estreita relação de solidariedade entre todos, dos maiores aos de menor dimensão”, frisou a presidente da CIMT. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo é composta pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Vila de Rei e Sertã e abrange um território com cerca de 250 mil habitantes e mais de 3.000 quilómetros quadrados. Mário Rui Fonseca

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2008 – Opel Astra 1.7 CDTi 125Cv EdiƟon

2011- Renault Kangoo 1.5 dCi Super Pack Clim (AC)

2013 – Volkswagen Polo 1.6 TDi BlueMoƟon Technology

2014 – Renault Kangoo Business Energy 1.5 dCi 90Cv (3 Lugares) (Deduz IVA )(Novo Modelo)

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jornaldeabrantes


10 REGIÃO

JANEIRO 2014

José Maria Rebelo Ferreira tinha 53 anos, e foi o último Presidente de Junta de Freguesia de Concavada, antes da agregação. Faleceu no dia 26 de dezembro, uma quinta-feira, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. O seu corpo esteve em câ-

mara ardente no Salão da Assembleia de Freguesia em Concavada. As exéquias tiveram lugar na Igreja do Senhor Jesus dos Navegantes de Concavada, tendo sido sepultado no cemitério local.

Pequenos produtores de Vila de Rei regressam às “Praças do Pinhal” Vila de Rei vai receber, no dia 12 de janeiro, mais uma edição de “Os Quintais nas Praças do Pinhal”, iniciativa cujo objetivo passa pelo aproveitamento dos excedentes agrícolas provenientes dos pequenos produtores da região. O evento, organizado pela Pinhal Maior em colabora-

ção com os municípios de Mação, Oleiros, Proençaa-Nova, Sertã e Vila de Rei, pretende que os pequenos produtores possam vender os seus produtos em mercados periódicos, a realizar nos cinco concelhos, com animação de rua e uma divulgação alargada.

Santana-Maia Leonardo preside à delegação da Ordem dos Advogados de Abrantes O advogado e ex-vereador da Câmara Municipal de Abrantes, Santana-Maia Leonardo, é o novo presidente da Delegação da Ordem dos Advogados (OA) de Abrantes, tendo sido eleito no dia 18 de dezembro. No ato eleitoral votaram 26 advogados na única lista presente à liderança da Delegação sob o mote “Em defesa do Círculo Judicial de Abrantes”, uma lista que inclui os nomes dos advogados Bispo Chambel, como secretário, e Mariana Macide, como tesoureira. Em declarações à Antena Livre, Santana-Maia disse que os advogados estão “mobilizados e preocupados” com o presumível e

DR

Faleceu José Ferreira, ex-presidente da Junta de Freguesia de Concavada

Santana-Maia garante que os advogados estão •mobilizados

anunciado esvaziamento do Tribunal Judicial de Abrantes, como propõe o desenho do novo mapa judiciário.

“É mais o que nos une do que o que nos separa”, vincou o advogado relativamente à classe e à Delega-

PSD de Abrantes elege Comissão Política dia 25 de janeiro O PSD de Abrantes vai a votos sábado, dia 25 de janeiro, para eleger uma nova Comissão Política Concelhia (CPC), um mandato que será válido para os próximos dois anos. Anacleto Baptista, 76 anos, presidente da mesa da assembleia de militantes e um dos fundadores do PSD de Abrantes, manifestou ao JA o desejo que a nova CPC consiga fazer regressar os militantes social democratas que estão “eventualmente trans-

viados” e que, doravante, o espaço da crítica interna seja aceite e apresentada como “construtiva e não destrutiva”. “As opções e as questões internas do PSD de Abrantes não podem ser debatidas num qualquer café ou através de mensagens por rádios ou jornais”, observou Baptista, tendo defendido que as mesmas devem ser “debatidas, sim, mas no local próprio que é em sede de assembleia

de militantes”. Anacleto Baptista, militante do PSD desde o dia 13 de outubro de 1974, ex-deputado municipal, ex-vereador e deputado eleito pelo círculo eleitoral de Santarém entre 1981-84, o próximo líder da CPC de Abrantes deve ter em linha de conta três questões que considerou fundamentais: “Solidariedade, verdade e espírito de sacrifício e humildade”.

Sardoal reduz 5% e na Água e torna refeições escolares gratuitas A Câmara Municipal de Sardoal aprovou por maioria a redução em 5% das tarifas fixas de água, saneamento e resíduos para 2014, uma medida que o presidente da autarquia, Miguel Borges (PSD), justificou pelas “dificuldades” que a economia local atravessa. “A redução das tarifas visa incentivar e apoiar a manutenção e instalação de pequenas e médias empresas neste concelho, assim como do comércio local, num contexto de dificuldades econó-

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micas e financeiras”, notou. Foi também aprovado, e por maioria, o aumento de 1% (taxa de inflação para 2014) em ambos os serviços, para todas as tipologias referentes à tarifa variável. Na área da Educação, a Câmara Municipal de Sardoal vai fornecer de forma gratuita as refeições a todas as crianças que frequentam o ensino Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Sardoal. A medida tem efeitos a partir do dia 6 de janeiro e foi apro-

vada por unanimidade em reunião de executivo. Em nota de imprensa, o presidente da autarquia, Miguel Borges, refere que a apresentação e aprovação desta proposta tem o objetivo fixar jovens casais e “apoiar as famílias com crianças e jovens em idade escolar que, em virtude da crise económica, apresentam cada vez mais dificuldades em suportarem despesas indispensáveis e inadiáveis, como a educação e a alimentação”.

ção de Abrantes, tendo referido que o desenho do novo mapa judiciário “é uma irracionalidade na lógica da coesão territorial”. Este documento, sublinhou, “é totalmente inadmissível para quem, como eu, recusa liminarmente as sucessivas políticas governamentais que visam reduzir Portugal ao pequeno território entre Lisboa e Porto delimitado pela A1”. Segundo reiterou Santana-Maia Leonardo, o novo mapa judiciário é marcado por uma “irracionalidade criminosa que coloca em causa a unidade nacional e a defesa da integridade do território”.

CDU contra a transferência de farmácia A CDU de Abrantes votou contra a transferência da farmácia situada em Bemposta para a freguesia urbana de Alferrarede, por considerar que esta transferência “vai contra os interesses da população” da Bemposta, a qual é maioritariamente idosa e com dificuldade em deslocarse ao centro de Abrantes. O executivo da Câmara Municipal de Abrantes foi convidado pelo INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) a pronunciar-se, de acordo com a legislação em vigor, sobre um pedido de transferência da Farmácia Torres, da Bemposta para Alferrarede. O sentido de pronúncia foi positivo, tendo sido aprovado com os votos da maioria PS, e com a abstenção do vereador do PSD. Em nota de imprensa, a CDU fez notar que o encerramento destes serviços nas freguesias rurais são “importantes contributos para o seu despovoamento e abandono”.


REGIÃO 11

JANEIRO 2014

Colaboradores da Gallo apoiam abertura de nova loja social Abrantes tem agora uma nova loja social sediada em pleno centro histórico. Este é um equipamento da responsabilidade das paróquias do concelho e conta com a orientação do Centro Interparoquial de Abrantes, que pretende ser um espaço onde seja possível encontrar as mais variadas peças de roupa e calçado a valores simbólicos. Para a concretização do projeto, cerca de 120 colaboradores da Gallo Worldwide voltaram a arregaçar as mangas e, à semelhança do que fizeram no Patronato Santa Isabel e no Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, CRIA, remodelaram o espaço e garantiram os equipamentos para o funcionamento pleno desta nova loja social, denominada Sol. Pedro Cruz, da Gallo Worldwide, explicou que esta ação se insere num programa de responsabilidade social da empresa que é efetuado pelo menos uma vez por ano, no qual os colaboradores da Gallo se mobilizam para a remodelação de espaços que servem a comunidade do concelho de

Abrantes.“O objetivo é que a nossa ajuda perdure e que tenha significado. É uma política nossa, onde há o envolvimento de todos e algum apoio financeiro por parte da empresa”, referiu o responsável. A inauguração da loja social decorreu no passado dia 29 de novembro. O espaço recebeu os colaboradores da Gallo logo pela manhã e ao final do dia a loja estava pronta para ser inaugurada. Na cerimónia, José da Graça, presidente do Centro Interparoquial de Abrantes, explicou que “esta já era uma intenção antiga e que vai abranger todo o tipo de pessoas”, adiantando que se trata de “uma casa para todos e que vai funcionar em regime de voluntariado”. Já Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal, referiu que este é um espaço “essencial devido à crise que se faz sentir, representando mais uma resposta às necessidades atuais”. “Foi com grande satisfação que vi nascer este projeto que contou com o apoio da empresa Gallo”, finalizou a autarca. Joana Margarida Carvalho

MUNICÍPIO VAI ATRIBUIR NOVE MIL EUROS POR ANO, ATÉ MAIO DE 2015, COMO INCENTIVO PARA A PERMANÊNCIA DE MÉDICOS

Câmara de Abrantes adjudica construção de Unidade de Saúde Familiar por um milhão de euros A construção da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes, um investimento na ordem de um milhão de euros que visa substituir o antigo centro de saúde, foi adjudicada pela Câmara Municipal à empresa CIP – Construção.

O projeto de construção da nova USF, com um prazo de execução de um ano, prevê a demolição parcial da antiga garagem rodoviária situada no centro da cidade, um edifício que foi construído em meados do século XX e que apresenta sinais de degradação, por forma a instalar um edifício desta tipologia que possa servir cerca de 10 mil utentes. Em declarações ao JA, a presidente do município, composto por 13 freguesias e uma população de cerca de 40 mil habitantes, disse que a falta de médicos de família “é uma preocupação sentida há alguns anos”.

Maria do Céu Albuquerque sublinhou ainda que a construção desta obra é “fundamental para criar as melhores condições para poder atrair mais médicos” para Abrantes. “A atual situação está a constituir um grave problema de qualidade de vida para as populações, prejudicando em particular os cidadãos socialmente mais vulneráveis”, frisou a autarca. “Tendo optado por criar as melhores condições e pese embora não tendo competências específicas nesta

área, a Câmara de Abrantes entende que não se pode desresponsabilizar e deve ser parte ativa na procura de soluções que possam minorar as dificuldades, assumindo por inteiro este investimento” na sua componente nacional, num projeto financiado por fundos comunitários, frisou Maria do Céu Albuquerque. A realização desta obra foi alvo de um protocolo de entendimento celebrado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e o Agrupa-

mento de Centros de Saúde do Médio Tejo (ACES), sendo que a união de esforços entre as três entidades visa atenuar e encontrar uma alternativa à problemática da falta de médicos de família na região. O município de Abrantes criará ainda um incentivo financeiro de nove mil euros por ano à permanência dos médicos que sejam reconhecidos pelo ACES e que vierem a integrar a USF de Abrantes. O incentivo, que vigorará até maio de 2015, pode ser prorrogado e tem como pressuposto a estimativa de a USF abranger, no mínimo, 4.650 utentes distribuídos por três médicos. O futuro Centro de Saúde de Abrantes terá três pisos, um deles subterrâneo, com 41 lugares de estacionamento e áreas técnicas, e será dotado de elevador comunicante com todos os pisos. Mário Rui Fonseca

CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notaria EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada em trinta de Dezembro de dois mil e treze, no Livro de Escrituras diversas número Trinta e Quatro-G, iniciada a folhas sete, deste Cartório, Joaquim de Jesus Neto e mulher Maria Antonieta Lopes de Oliveira Horta Neto, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia das Mouriscas, concelho de Abrantes, onde são residentes Ferrarias, contribuintes fiscais números 121 826 490 e 108 928 837, declaram que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: Urbano, composto de casa de rés-do-chão, com noventa metros quadrados, e, quintal, com mil e seiscentos metros quadrados, área e configuração que mantem desde a sua edificação, sito em Casal dos Lousos, freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 1.102, com o valor patrimonial de 9.910,00€, a confrontar do Norte e do Nascente, com Joaquim de Jesus Neto, e, do Sul e do Poente, com caminho público, não descrito no registo predial, a que atribuem valor igual ao patrimonial; Rustico, composto de mato, pinhal, cultura arvense, citrinos e figueiras, com a área de quatro mil novecentos e sessenta metros quadrados, denominado “Sobral”, sito na dita freguesia das Mouriscas, inscrito na matriz sob o artigo 104, secção I, com o valor patrimonial IMT de 172,74€, a confrontar do Norte, com Samuel Matos, do Sul, com caminho público, do Nascente, André Dias Branco, e, do Poente com Joaquim de Jesus Matos, não descrito no registo predial, a que atribuem valor igual ao patrimonial; o certo porém é que os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, dos quais desconhecem por decurso do tempo artigos de proveniência ou origem, os quais vieram à sua posse, por sucessão por morte e partilha verbal com os outros co-herdeiros por óbito dos pais do justificante marido, Francisco de Oliveira Neto e mulher Felismina de Jesus, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Mouriscas, Abrantes, em data que não podem precisar, sensivelmente, cerca do ano de mil novecentos e setenta e dois; Não obstante isso, vêm os referidos prédios a ser possuídos pelos ora justificantes, há mais de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, conservando, procedendo à sua limpeza, fazendo as necessárias obras de restauro e conservação, desbastando, apanhando a lenha, e pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. - Está conforme o original. Abrantes, trinta de Dezembro de dois mil e treze. A Notária, a) Joana Maria de Faria Maia (Jornal de Abrantes, edição 5515 de Janeiro de 2014)

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12 FINANÇAS LOCAIS

JANEIRO 2014

A nova Lei das Finanças Locais, que prevê a criação de um fundo de apoio municipal para casos de rutura financeira e determina o fim do imposto sobre as transmissões onerosas de imóveis, entrou em vigor no dia 1 de janeiro. Esta lei (n.º 73/2013) estabelece que o Estado e a administração local “estão vinculados a um dever de solidariedade nacional recíproca, que obriga à contribuição proporcional do setor local para o equilíbrio das contas públicas nacionais”, pelo que, em “situações excecionais e transitórias”, podem ser estabelecidos “limites adicionais à dívida total autárquica” e o Orçamento do Estado (OE) pode conter transferências de montante inferior àquele que resultaria da aplicação da própria lei. O diploma determina uma participação dos municípios no Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) de 19,5% da média aritmética simples da receita proveniente dos impostos sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), o IRC e imposto sobre o valor acrescentado (IVA) cobrado no respetivo território. Prevê também o fim gradual do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), a partir de 2016, até à sua extinção, em 2018. Os municípios, lê-se, podem vir a cobrar os seus próprios impostos diretamente “nos termos a definir por diploma próprio” e têm direito a ter “acesso à informação atualizada dos impostos municipais e da derrama, liquidados

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e cobrados” pelo Estado. As câmaras recebem verbas através do Fundo Geral Municipal, que corresponde à transferência financeira do Estado para o desempenho das suas atribuições, e do Fundo Social Municipal, uma transferência do OE para financiar despesas relativas a atribuições e competências dos municípios associadas a funções sociais, nomeadamente na educação, na saúde ou na ação social. Têm ainda direito à participação variável de 5% no IRS cobrado localmente. É também criado um Fundo de Coesão Municipal, que pretende corrigir assimetrias entre municípios. O processo de recuperação financeira determina o recurso ao novo Fundo de Apoio Municipal, com a definição do capital necessário para o município. Este mecanismo é financiado pelo Estado e por todos os municípios. O limite da dívida total dos municípios não pode ultrapassar, no final de cada ano, 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores. Para evitar endividamentos excessivos, foram também criados mecanismos de alerta precoce e de recuperação financeira municipal para os casos em que a dívida total do município reportada à Direção-Geral da Administração Local atinja ou ultrapasse a média da receita corrente liquida cobrada nos três exercícios anteriores, de forma a serem acionados mecanismos de recuperação financeira municipal, que podem passar pelo saneamento ou a

Paulo Sousa

Entrou em vigor a nova Lei das Finanças Locais

• Sardoal “com a maior taxa de execução” de projetos financiados por fundos comunitários recuperação financeiras. As freguesias, que já recebiam o produto da receita do IMI sobre prédios rurais, passam também agora a ter uma participação no valor de 1% na receita do IMI urbano, além da participação nos impostos do Estado equivalente a 2 % da média aritmética simples da receita do IRS, IRC e do IVA, através do Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF). A lei das finanças locais foi aprovada com o acordo não unânime da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que continua a enumerar aspetos negativos no documento, nomeadamente a obrigação de as câmaras afetarem a determinados fins parte de receitas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e o fim progressivo IMT.

Mação: Plano de atividades e orçamento de 10.5 milhões aprovados para 2014 A Assembleia Municipal de Mação aprovou por maioria o Plano de Atividades e o Orçamento para 2014 da Câmara Municipal de Mação.

A apresentação do Plano de Atividades e o orçamento que o sustenta marcam o início de um novo ciclo na Câmara Municipal de Mação, situação reforçada pelo facto de coincidir com um novo mandato autárquico e ainda o final de um Quadro Comunitário de apoio e início de um outro. O Orçamento para 2014 prevê um total de 10.546.401, 56€. O Plano de Atividades para 2014 baseia-se nas oito áreas de intervenção prioritária consubstanciadas na candidatura vencedora das eleições autárquicas: Ação Social e Apoio às Famílias; Educação, Conhecimento, Cultura e Cidadania; Apoio às Empresas e Agentes Económicos – Empreendedorismo; Gestão Territorial, Turismo, Património, Floresta, Agricultura e Produtos Endógenos, Associativismo e Desenvolvimento Rural; Saúde, Bem-estar, Desporto e Lazer; Infraestruturas e Obras Públicas; Juventude; Comunicação e proximidade com o Munícipe. A par destas áreas de intervenção, a acção da Câmara Municipal assentará também num programa para o Desenvolvimento Rural Sustentável, que terá na sua implementa-

ção algumas medidas que se incluem nalgumas das áreas mencionadas.

Vila Nova da Barquinha: Novo Pavilhão Desportivo em construção Estão em curso as obras de construção do novo Pavilhão Desportivo de Vila Nova da Barquinha. O projeto surgiu na sequência da requalificação da Escola D. Maria II, cujo pavilhão apresenta sinais de avançada degradação, não reunindo as condições de segurança necessárias para a prática desportiva. Segundo autarquia, o novo equipamento servirá todo o Campus Escolar de Vila Nova da Barquinha que inclui a Escola Ciência Viva, podendo também ser utilizado pela população em geral. Está previsto para a execução do edifício a demolição do pavilhão gimnodesportivo existente, local que será aproveitado como área de recreio e lazer da escola. O novo equipamento terá capacidade para 222 lugares sentados nas bancadas. A intervenção contempla igualmente os arranjos exteriores do edifício. Serão cria-

dos dois campos desportivos associados aos balneários existentes que se irão manter, bem como uma zona de recreio informal e um outro campo desportivo, de acesso franco à escola. O valor de adjudicação da obra é de 1.273.020 euros, sendo comparticipada em 85% do valor elegível pelo QREN, no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro (Mais Centro), e da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Mais Centro distinguiu Sardoal pela maior taxa de execução de projetos A Câmara Municipal do Sardoal foi distinguida como a autarquia “com a maior taxa de execução” de projetos financiados por fundos comunitários do programa Mais Centro. O prémio foi entregue ao presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges, numa sessão que decorreu em Coimbra, e em que foi divulgada a lista dos Prémios de Reconhecimento Mais Centro 2013, atribuídos a dez entidades.


FINANÇAS LOCAIS 13

JANEIRO 2014

ABRANTES

Assembleia Municipal aprovou Opções e Orçamento para 2014 tas do Governo para o novo mapa judiciário, tendo terminado com a reafirmação do empenho e defesa da construção da nova ponte sobre o Tejo, junto das autoridades governamentais.

Câmara de Abrantes vai reasfaltar estrada industrial do Tramagal

Fernando Baio/CM Abrantes

A CM Abrantes reuniu em sede de Assembleia Municipal no início de dezembro tendo aprovado por maioria as Grandes Opções e Orçamento para o ano de 2014 da Câmara Municipal, um orçamento de cerca de 33 milhões de euros, com um voto contra do BE e as abstenções do PSD (7), quatro da CDU e uma do CDS. O Plano Plurianual de Investimento, orçado com 10.331.113,00€, corresponde a 31% das despesas previstas realizar no próximo ano e engloba os investimentos em curso como a conclusão do Centro de Acolhimento do Tejo e o Projeto de Educação para a Ciência, no Aquapolis Margem Sul, do Mercado Municipal de Abrantes, do Mercado do Tramagal - em parceria com a Junta de Freguesia do Tramagal (a câmara assegura a componente nacional do investimento), as Rotas do Tejo e do Zêzere, o restauro dos frescos da Igreja de Sta. Maria do Castelo, o Núcleo Museológico Duarte Ferreira - parceria com a Junta de Freguesia do Tramagal (a câmara assegura a componente nacional do investimento) e a Praça Central de S. Miguel do Rio Torto. Integra também projetos financiados com obras lançadas: Laboratórios da Escola Superior de Tecnologia e os Aceleradores de Empresas, ambas no Tecnopolo (com financiamento de 85% a fundo perdido já garantido) e a intervenção na Estrada Nacional 118 – Alvega. Inclui também projetos em conclusão e preparação de empreitadas: novo Centro de Saúde de Abrantes, Centro Escolar da Encosta Sul, Eficiência Energética, Pontão sobre a ribeira de Rio de Moinhos em Aldeinha, Pontão sobre a ribeira de Casais de Revelhos e processo de Reflorestação e Gestão Florestal. O Plano, segundo a autarquia, abre oportunidade para outros investimentos como são os casos da Requalificação do Jardim do Castelo, 1ª fase do Museu Ibérico de Ar-

2018, Rossio ao Sul do Tejo, S. Miguel do Rio Torto, Tramagal e Pego devem ser abastecidos pela Albufeira •de Em Castelo do Bode

queologia e Arte, Avenida Farinha Pereira em Alferrarede, Parque do Vale da Fontinha em Abrantes – Estacionamento, Mercado e Feiras, Praia Fluvial de Fontes, Requalificações dos espaços exteriores de Centros Escolares, todos com projetos em desenvolvimento.

Abrantes: Serviços Municipalizados (SMA) com orçamento de 5 milhões de euros O Orçamento e documentos previsionais dos Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) para 2014, por sua vez, com um valor global na ordem dos 5 milhões de euros, foi aprovado por maioria com as abstenções do BE, do CDS e bancada do PSD. Nesta previsão os SMA apresentam um novo ciclo de investimento para o período de 2014-2018 com a expansão para o sul do concelho do abastecimento de água a partir da Albufeira de Castelo do Bode, numa perspetiva de melhorar a qualidade dos seus serviços. Resultado de um investimento total na ordem dos 4.300.000€, financiados em exclusivo pelos próprios SMA, o documento prevê que as freguesias de

Rossio ao Sul do Tejo, S. Miguel do Rio Torto, Tramagal e Pego estejam no final do ciclo, em 2018, todos a ser abastecidos pela Albufeira de Castelo do Bode. A preparação do próximo ciclo de investimentos, assente na “Estratégia Europa 2020”, será também dos objetivos estratégicos para 2014, pretendendo a autarquia um planeamento rigoroso para criar condições para apresentar um conjunto articulado de candidaturas de projetos que promovam o crescimento sustentado e a competitividade da economia local e regional ao próximo Quadro Comunitário de Apoio.

PONTE do TRAMAGAL / Ligação ABRANTES/PONTE DE SOR/ CONCLUSÃO do IC9 No período de antes da ordem do dia usaram da palavra alguns membros das bancadas representadas politicamente, tendo Ana Rico, pelo PSD, proposto a criação de um grupo de trabalho, composto por elementos de todas as bancadas, para debaterem e colocarem na agenda politica de investimento governamental a construção de uma nova ponte sobre o rio Tejo, na zona do Tramagal

e no âmbito do IC9, inscrito no Plano Rodoviário Nacional (PRN). Francisco Vilela, por sua vez, falou do lado da bancada socialista, referindo a importância regional e nacional da ambicionada travessia, numa lógica de fixação e captação de empresas para a freguesia do Tramagal, concelho de Abrantes e municípios vizinhos. Vilela saudou o que considerou ser o empenho da presidente de Câmara relativamente a esta matéria e reclamou pela urgência do levantamento da suspensão da construção da ponte sobre o Tejo. Pelo Bloco de Esquerda, Sara Cura perguntou pelo orçamento participativo de Abrantes, José Vasco Matafome pediu a redução de impostos no município para ajudar à captação de empresas e Elsa Lopes, da CDU, reclamou, em moção, por políticas nacionais que desagravem os pequenos e médios empresários e pediu o fim das privatizações. A moção foi aprovada por maioria, com um voto contra da bancada do CDS-PP. A presidente da CM Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, usou da palavra apontando de imediato para as

iniciativas de desagrado que vão ocorrer a 20 de dezembro, relativamente às propos-

A este propósito, a autarca referiu que a Berliet Tramagal, atual Mitsubishi, assinala 50 anos em atividade em fevereiro de 2014 e anunciou o asfaltamento total da estrada industrial que liga a EN118 à fábrica da Mitsubishi, uma extensão de cerca de 1500 metros, que representa um investimento não inferior a 150 mil euros. Uma forma de, segundo disse, a autarquia apoiar e reconhecer o esforço de investimento que aquela unidade fabril está a realizar. Mário Rui Fonseca

Quinta da Parrada, Estrada Nacional, nº 2 2205-537 S. Miguel do Rio Torto tel: 241 365 269 quintadaparrada@gmail.com

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14 EDUCAÇÃO

JANEIRO 2014

Professores de Timor Leste concluem em Portugal formação de direção escolar

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• Professores timorenses fizeram aprendizagens ao nível da administração e gestão escolar

Mário Rui Fonseca

“Foi muito importante esta troca de experiências com professores timorenses e portugueses e em que este estágio de um mês serviu como que um treino prático de ensino em língua portuguesa para 28 professores timorenses”, disse Nuno Crato em Mação, numa visita efetuada no dia 10 de dezembro. Em declarações aos jornalistas, o ministro da Educação e Ciência de Portugal disse que o Ministério que tutela já destaca professores portugueses para quase todos os distritos de Timor, tendo assegurado que “os restantes serão inaugurados em breve”. “Ao longo das últimas semanas tivemos aqui professores de quase todas as regiões de Timor, país em que toda uma geração de pessoas, apesar do gosto, do querer e da vontade, tem dificuldade em expressar-se em português, sendo aposta do Governo timorense as línguas oficiais, tétum e português, sendo o português língua de ensino”, disse o governante. “Foi a primeira experiência, com esta densidade, uma medida para replicar”, disse Nuno Crato, tendo observado que os conhecimentos obtidos vão ser utilizados para a formação no âmbito da gestão escolar dos professores de Timor. Carlito Fernandes Ximenes, professor na escola secundária Nino Konis Santana, em Ermera, Gleno, disse ao JA que as necessidades da escola onde leciona se situam ao nível do recheio das bibliotecas e computadores, tendo apontado como mais valias do curso de formação “os ensinamentos ao nível da gestão da administração escolar, de projetos educativos, regulamentos internos e conceitos pedagógicos”. O diretor do Agrupamento

Mário Rui Fonseca

O processo de formação em gestão escolar para 28 professores de Timor Leste terminou em Mação, numa sessão em que o ministro da Educação anunciou a presença de professores portugueses em todos os distritos timorenses para muito breve

• Ministro da Educação inaugura escola que reúne quase todos os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo de Mação de Escolas de Mação, José António Almeida, disse, por sua vez, que a formação intensiva visou “aprofundar o aperfeiçoamento” da Língua Portuguesa e “dotar os professores de mecanismos mínimos para que façam a gestão escolar” em Timor. “Demos formação pedagógica, administrativa, financeira e organizacional e saem daqui a perceber melhor como funciona um agrupamento de escolas, aos mais variados níveis”, explicou.

Parque Escolar deixou escolas a meio, Governo sem dinheiro para resolver todos problemas Questionado sobre a con-

clusão das escolas cuja construção ficou por terminar, Nuno Crato disse que, “a pouco e pouco”, o Governo e o Ministério da Educação estão a resolver uma série de problemas. “Infelizmente, como toda a gente sabe, não há o dinheiro necessário para concluir com a velocidade que nós desejaríamos as diversas obras que estão em curso para a requalificação do parque escolar”, concluiu. As obras da Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, devido a dificuldades de financiamento com que a Parque Escolar se confrontou no final de 2011, foram suspensas, após conclusão da fase

1 da construção, não sendo possível, nesta data, adiantar quando se dará reinício aos trabalhos de requalificação. Metade da escola de Abrantes está nova, a outra metade em 30 pequenos contentores, onde são ainda lecionadas as aulas e sem as melhores condições de ensino.

Inauguração simbólica em Mação de um edifício “sem luxos”, mas “moderno, funcional e eficiente” A inauguração da Escola Básica de Mação tratou-se de um ato simbólico, como foi observado na ocasião, uma vez que o edifício já se encontra em funcionamento

desde o início do ano letivo, tendo agora ficado marcado por uma cerimónia mais solene. A obra teve um valor total de 1.117.000€, tendo sido comparticipada em 771.000 euros pelo Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro e o restante suportado pela Câmara Municipal de Mação. “É um grande prazer estar aqui na inauguração simbólica de mais um equipamento escolar que é tão importante para os jovens, para os filhos desta terra. Este é um equipamento moderno, funcional, eficiente, sem luxos, mas com todas as condições para prestar uma boa educação”,

referiu o ministro. “Este é o exemplo de envolvimento de uma autarquia e da realização de obras que são perfeitamente adequadas, que não são luxuosas e que estão pagas”, disse ainda Nuno Crato, aludindo ainda à extrema importância do préescolar e do 1.º ciclo no desenvolvimento e aprendizagem dos jovens e depois de ser brindado pelas crianças com um pequeno momento musical, ensaiado para a ocasião. Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, disse que a concretização daquela obra representa o culminar de um processo de reformulação da rede escolar no concelho de Mação, iniciado em 2003. “Concretamente, nesta escola, em virtude do encerramento de várias escolas no concelho, ao longo dos últimos 10 anos, concentra-se a esmagadora maioria dos nossos alunos do Ensino Básico. Este edifício colmata uma lacuna que sentíamos, uma vez que os edifícios onde até há algum tempo funcionava e ainda funciona a Escola Básica e o Jardim-de-Infância, apesar do bom estado em que se encontram, já não permitiam, essencialmente por falta de espaço, proporcionar as melhores condições a professores e alunos, bem como permitir que outras atividades de especial importância para os alunos pudessem ser ministradas. A vinda do ministro da Educação e Ciência a Mação deveu-se também ao encerramento do “Projeto de Partilha Pedagógica”, um programa estabelecido entre o Governo português e o Governo de Timor-Leste, que acolheu 28 professores timorenses durante dois meses e meio em várias Escolas do País, tendo o Agrupamento de Escolas Verde Horizonte sido um dos estabelecimentos selecionados. O dia terminou com a inauguração oficial anual do Restaurante Pedagógico do Agrupamento para todos os convidados. Mário Rui Fonseca


EDUCAÇÃO 15

JANEIRO 2014

ESCOLA PROFISSIONAL DAS MOURISCAS DUPLICOU O NÚMERO DE ALUNOS EM QUATRO ANOS

“Os nossos estudantes estão a olhar para a agricultura como uma oportunidade” O Governo vai continuar a financiar investimentos para a instalação de novos agricultores em Portugal, um número que tem vindo a crescer e que se situa em 280 novos empresários por mês, disse em Abrantes a ministra da Agricultura

Assunção Cristas, ministra da Agricultura e do Mar, esteve no início de dezembro de visita à Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, em Mouriscas, - uma escola pública profissional a funcionar desde 1989 e que ministra nove cursos ligados ao mundo rural para um universo de 319 alunos - onde assegurou que o Governo, quer através do Orçamento de Estado, quer atra-

vés dos fundos comunitários do próximo Quadro Comunitário de Apoio, vai manter um “apoio importante de financiamento na vertente rural e agrícola, nomeadamente ao investimento a efetuar pelos jovens agricultores”. “Nos últimos anos tem-se registado a criação de emprego no mundo agrícola, hoje são 280 os novos empresários agrícolas que se instalam mensalmente em Portugal, e a criação de emprego deve ser cada vez mais profissionalizante e sofisticada em termos de formação, exatamente aquilo que estas escolas profissionais estão a fazer”, sublinhou Assunção Cristas. Em declarações aos jornalistas, a governante fez notar que, ao longo dos últimos quatro anos, a escola profissi-

onal de Mouriscas duplicou o seu número de alunos, “sinal de que os nossos estudantes estão a olhar para a agricultura, e para o mundo rural nas suas várias vertentes, como uma oportunidade para desenvolverem as suas capacidades e os seus conhecimentos, para depois trabalharem nesta área”. A ministra da Agricultura e do Mar, acompanhada pelo Ministro da Educação, Nuno Crato, destacou ainda a importância da vertente do empreendedorismo desenvolvida na escola profissional de desenvolvimento rural de Abrantes. “Essa vertente é importante para que os jovens que aqui se formam possam eles próprios sentir a vontade, a competência e o conforto para

lançarem a sua própria empresa”, notou.

Governo quer metade dos jovens do secundário em formação profissionalizante O Governo quer reforçar a componente do ensino profissional tendo como objetivo envolver metade dos jovens do ensino secundário em cursos profissionalizantes, anunciou na mesma visita a Mouriscas o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato. Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, Nuno Crato, acompanhado da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção

Cristas, disse que o equipamento educativo visitado, situado numa herdade com 63 hectares onde se ministram nove cursos para um universo de 319 alunos, é um bom exemplo de uma escola pública profissional de qualidade. “O Governo tem feito uma aposta muito grande no ensino profissional e no ensino profissionalizante e esta escola pública é um bom exemplo de como trabalhar bem, neste caso, numa área muito importante para o país, como é a vertente agrícola”, notou. Nuno Crato destacou a junção de métodos modernos e métodos mais tradicionais na vertente rural e agrícola, com os seus mercados próprios, numa componente profissional que, vincou, “faz sentido

reforçar”. “É nossa intenção que cerca de 50% por jovens do ensino secundário possam estar numa formação profissionalizante e temos aqui um bom exemplo de como os jovens podem sair com boas aptidões para entrarem no mercado profissional de trabalho ou prosseguirem com os seus estudos”, frisou. O ministro inaugurou o novo lagar da herdade, um equipamento que foi recuperado e alvo de refuncionalização, servindo agora para a produção de azeite, com uma linha moderna e de produção contínua, assim como para questões de foro pedagógico, no âmbito da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural. Mário Rui Fonseca

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16 ECONOMIA

JANEIRO 2014

PEGOP CELEBRA 20 ANOS

grandes centros de produção a nível nacional. Ao longo dos 20 anos, a Pegop tem sido uma empresa de referência pelo trabalho e aposta no serviço de responsabilidade social, colocando a comunidade da região com um fator determinante no caminho da empresa. “Desde o início que temos a preocupação de servir bem a comunidade”, referiu Paulo Almirante, adiantando que “estamos aqui até que a comunidade nos aceite. Por isso, sempre mantemos uma relação de abertura e próxima com a mesma, tornando a nossa informação pública ao nível do nosso trabalho e das entidades que ajudamos”. Neste âmbito e na cerimónia dos 20 anos, o Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, CRIA, uma instituição que

BNI Estratégia premiado pelo valor de negócios alcançado Na primeira Gala de Natal do BNI Pinhal & Alto Tejo (grupos do BNI da região centro do país) o BNI Estratégia, grupo de Abrantes, destacou-se, mais uma vez, conquistando alguns dos prémios atribuídos. Venceu o 1º prémio de grupo com maior valor de negócios agradecidos nos últimos 12 meses, no total de 2.100.136,01€ e, ainda, o 1º prémio de grupo com maior valor de negócio agradecido por membro, também nos últimos 12 meses. A Gala aconteceu em Abrantes, na Quinta das Oliveiras, no passado dia 8 de dezembro. Este evento teve como principal objetivo premiar, por categorias, os grupos e os seus membros, distinguindo-os pelo seu desempenho e resulta-

dos conquistados ao longo deste ano. Os prémios atribuídos ao BNI de Abrantes foram recebidos pelo atual presidente do grupo, Manuel Bartolomeu, da empresa J. C. Bartolomeu – Instalações Eléctricas. A distinção é vista como “o reflexo do trabalho desenvolvido por todos os membros do Estratégia”. Em comunicado, o BNI de Abrantes refere que “esta Gala de Natal foi também especial pois abraçou uma grande causa solidária – a Associação Portuguesa Contra a Leucemia – conseguindo angariar neste dia a quantia de 2.035,00 €, que foi entregue ao Vice Presidente Associação, Dr. Carlos Horta e Costa, durante a Gala”.

INFORMAÇÃO O Centro de Apoio a Idosos da Freguesia de Rio de Moinhos, IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), com sede na Rua Fernando Ferreira, n.º 1-2200-798 Rio de Moinhos – Abt, vem por este meio informar todos os interessados que, no passado dia 10-12-2013 foi-lhe emitida, pelo Centro Distrital de Solidariedade Social de Santarém, a Licença de Funcionamento n.º 5/2013, para a Resposta Social Centro de Dia, com capacidade para 22 utentes.

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Paulo Almirante diz que a empresa quer apostar num projeto de energia biomassa e de energia solar

tem sido apoiada pela empresa ao longo dos anos, recebeu cerca de 5.000 euros, Para além do CRIA, a Pegop ainda se associa ao Rotary Club de Abrantes na atribuição de bolsas de estudo, à Câmara Municipal na atribuição dos prémios de mérito e

apoia outras instituições que trabalham no âmbito social da região. Os municípios da área de influência da Pegop, como Abrantes, Sardoal, Mação e Gavião, contam também com o apoio direto da empresa, através de uma renda municipal. Paulo Almi-

rante deu como exemplo o concelho abrantino: “Anualmente a nossa contribuição para o município de Abrantes é de cerca de 600 a 700 mil euros.” Ao longo dos últimos anos, o sucesso da empresa tem sido justificado pelas políticas de sustentabilidade económica que tem concretizado, tal como explica o administrador: “Recentemente, e através de um programa de redução de custos, implementámos um programa de outsourcing, em 2014 e 2015 esperamos que estas medidas venham a dar resultados. Otimizámos atividades que estavam estabelecidas há 20 anos, os colaboradores propuseram mais de 200 melhorias de eficiência, o que significa que temos uma equipa preocupada e que vê agora

muitas das ideias a serem aplicadas”. Com cerca de 250 colaboradores diretos, a central do Pego é uma das maiores a nível nacional, a maior no distrito de Santarém. A empresa tem como principais objetivos, para este ano, manter a eficiência e desempenho atingido, continuar a assegurar as parcerias com entidades diversas, esperando que a situação económica do país melhore. Por último, Paulo Almirante admite outra intenção: “A concretização de um projeto de energia biomassa e de energia solar que está guardado é algo que ambicionamos. Penso que nos próximos cinco a dez anos tenho a expectativa que o mesmo se venha concretizar.” Joana Margarida Carvalho

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE TRAMAGAL FUNDE-SE COM RIBATEJO NORTE

Uma fusão para ultrapassar os desafios atuais A Caixa de Crédito Agrícola de Tramagal assinou, no passado dia 30 dezembro, uma escritura de fusão com a Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Norte, com sede em Torres Novas. Trata-se de um processo que se iniciou há três anos e que, nas palavras de José Rodrigues, presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola de Tramagal, “traz vantagens a ambas as Caixas”. Após esta fusão, a sede da nova Caixa, que representa uma única unidade jurídica denominada Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Interior e Tramagal, ficará em Torres Novas, onde será possível a associação de um conjunto de fundos, sinergias, capitais próprios, património, recursos humanos, administrativos e técnicos de ambas as caixas, potencializando o grupo Crédito Agrícola. Arnaldo Santos, presidente do Conselho de Adminis-

Joana Margarida Carvalho

A Central Termoeléctrica do Pego, Pegop, celebrou 20 anos de existência no passado 10 de dezembro, numa cerimónia que juntou os colaboradores da casa e a administração da empresa, bem como as principais entidades do concelho de Abrantes. Paulo Almirante, administrador e delegado da Tejo Energia e Pegop, distinguiu alguns momentos cruciais na vida da empresa ao longo destes 20 anos. Recordou o ano de 2009 como o momento em que se fez um dos mais importantes investimentos da central, cerca de 170 milhões de euros, para que a empresa tivesse um menor impacto ambiental. O ano 2011 fica também marcado, por ter sido a altura em que foi construído a central a gás, tornando o local um dos

Joana Margarida Carvalho

Uma empresa preocupada com a sua comunidade

• Equipa das duas Caixas acredita que “é necessário criar energias e grandeza” tração da Caixa de Crédito Agrícola do Ribatejo Norte, referiu que esta é, também, uma forma de ultrapassar os desafios atuais do meio como “a complexidade dos mercados, a regulamentação exigente que obriga a uma capacitação maior dos colaboradores, a conjuntura financeira em que as margens financeiras do passado nunca mais vão existir. Tudo isto significa que é necessário criar energias e grandeza, e fortalecer a competitividade nos mercados”. Após a fusão, ambos os pre-

sidentes consideraram que objetivo passa agora por manter os mesmos serviços, recursos e balcões que são agora 11 distribuídos em Tomar, Entroncamento, Torres Novas, Abrantes, Tramagal, Bemposta, Pego e Sardoal. “A nossa ideia é crescer e quem sabe abrir novos balcões, mediante as nossas necessidades e os desafios que se impõe. Há dois concelhos onde não temos nenhum balcão que é o caso de Vila Nova da Barquinha e Constância onde no futuro poderá haver essa implementação”,

referiu Arnaldo Santos. José Rodrigues salientou a importância dos valores e da identidade ribatejana de ambas as caixas que foram incentivo para concretizada fusão. Joana Margarida Carvalho

Os números que resultam da fusão Nº de colaboradores: ....... 56 Nº de clientes:............. 13.000 População abrangida: ..................140.864 Nº de agências: ................... 11


ECONOMIA 17

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ERMIDA, DE ABRANTES, QUER CONQUISTAR OS MERCADOS NACIONAL E INTERNACIONAL

Cerveja artesanal prepara-se para aparecer com 2.500 litros neste ano

•ideiaRui Reis, promotor da duzindo, e a coisa começou a correr bem, a chegar àquilo que eu queria. E percebi que havia uma oportunidade de negócio para um nicho de mercado.” O nome de Ermida surgiu, depois de larga procura, a partir da morada do promotor, Rua Ermida de Sto. André. O termo “ermida” significa local de culto. E a cerveja que produz quer ser um produto

de culto. Batia certo. Hoje, tem já fechadas quatro receitas: uma preta, a stout, a partir de receita irlandesa, uma cerveja de trigo maltado, de inspiração alemã, uma ruiva, belga, tipo abadia, e uma cerveja pilsner, com base em receitas checas. Outras estão em estudo, como a ipa ou indian pale ale, que os ingleses produziam para as suas tropas que se encontravam na Índia e tinha de resistir à viagem e até uma com frutos vermelhos para lhe dar um toque local. “Isto é um mundo, uma história que não tem fim. Até gostava de produzir uma cerveja biológica.” Vê-se que projetos não faltam. Mas, diz Rui Reis, o artesão cervejeiro, “é preciso ir com calma e de modo sustentado”. Foi por isso mesmo

que o primeiro projeto, que chegou a vir a público, foi adiado. Era a construção de uma unidade industrial. Mas os custos mostraram-se superiores ao previsto. Optou então por uma arranque mais modesto. De momento está em arranjo um espaço em Alferrarede. Se as coisas correrem bem, arranca ainda no primeiro semestre deste ano, com uma produção 2.500 litros por ano. Depois, quando consolidado, o salto será para o projeto inicial, com uma produção de 3.000 litros por mês. Aí, sim, já à conquista de mercados exteriores. Neste momento a produção destina-se ainda a degustação para afinar o produto e testar a resposta do mercado. Alves Jana

Um mês para estar pronta, seis meses para estar esplendorosa A produção da cerveja Ermida começa com uma operação que demora oito horas de trabalho seguido: a moagem do grão, a braçagem para lhe retirar os açúcares e dar origem ao mosto, a filtragem, a fervura para esterilizar e incorporar o lúpulo que lhe dá o âmago típico e os aromas, o arrefecimento do mosto até 22º para lhe colocar as leveduras que, elas sim, é que vão produzir a cerveja. Durante os primeiros três dias, as leveduras convertem os açúcares em álcool e no final da primeira semana e de novo no final da segunda fazse a decantação para lhe retirar os materiais em depósito. No final da terceira semana está pronta a engarrafar, mas não ainda a beber. Já nas garrafas, dá-se a segunda fermentação e é aí que ganha o gás típico da cerveja. Estará pronta a beber um mês depois. E está no seu maior esplendor com seis meses de

Alves Jana

É Ermida, mas não serve para rezar. É para beber. Ou melhor, para ser bebida. É a nova cerveja artesanal que de Abrantes, com o nome de Ermida, espera lançar-se no mercado. Primeiro, nesta zona. Depois, se as coisas correrem bem, quer partir à conquista do mercado nacional e mesmo internacional. Rui Reis, o promotor da iniciativa e mestre cervejeiro, acredita que o produto tem potencialidades. “Há muita procura. Não como um produto de grande consumo, mas como produto de culto, para momentos especiais. Em Portugal, não há ainda muitas cervejas artesanais. Em França, por exemplo, há falta deste tipo de produto. E há todo o mercado do colecionismo.” A aventura começou há cerca de três anos. O engenheiro Rui Reis estava formado em engenharia zootécnica com duas pós-graduações em segurança alimentar e tecnologia dos alimentos. E tinha já, em Abrantes, uma empresa de segurança alimentar, apoio técnico a indústrias alimentares e desenvolvimento de novos produtos alimentares. Uma noite, ao pesquisar novos produtos na Internet, tropeçou nas cervejas artesanais. Interessouse. E foi ao Porto frequentar uma formação em produção artesanal de cerveja. Voltou já artesão, com o equipamento necessário para começar. “As primeiras tentativas não deram aquilo que eu queria, porque eu sou muito exigente. Mas continuei a fazer, a apurar a técnica, a estudar e a dar a provar o que ia pro-

Um produto de culto, para momentos •especiais

idade, embora algumas sejam para beber mais jovens. Ou seja, o nosso mestre cervejeiro, Rui Reis, está já a produzir a cerveja que vamos encontrar loira ou morena, mas certamente sedutora, na sua maturidade, quando abrir o seu espaço, que será não um bar, mas um local de comercialização e de eventual degustação. Para beber, será num bar ou num restaurante, perto de si, ou, é claro, em sua casa.

CONSTÂNCIA E SARDOAL CONTAM COM NOVOS PONTOS DE VENDA DE PRODUTOS

Lojas que potenciam o desenvolvimento regional Com o intuito de promover o que melhor se produz em Abrantes, Constância e Sardoal, a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior e os municípios de Sardoal e Constância, em parceria com os produtores locais, inauguraram mais dois novos espaços de comercialização na região, no início do mês de dezembro, nos dias 6 e 7. A loja de Sardoal, designada de “Cá da Terra”, abriu ao público, no Centro Cultural Gil Vicente, um espaço que conta com três valências. Além de comercialização de produtos, disponibiliza também um espaço expositivo e serviço de cafetaria para prova de produtos, e promoverá regularmente eventos tal como a Praça dos Sabores. A loja de Sardoal terá, ainda, exposições temáticas relacionadas com a história e cultura do Ribatejo Interior. A primeira, que esteve integrada na inauguração, foi uma mostra dedicada às malas de folha de flandres produzidas em Sardoal. Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, considera que este é um espaço “essencial na promoção das maiores riquezas do concelho, um ponto de partida para a visita de todo o património florestal, edificado e histórico do concelho”, e que torna possível a todos os visitantes a aquisição de “uma lembrança identificativa daquilo que é nosso”.

Já a “Camões com Sabor”, em Constância, foi inaugurada na Casa Santos Costa, localizada na rua Luís de Camões e com montra para a Praça Alexandre Herculano, no coração da vila poema. Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal de Constância, entende a nova loja como um espaço fundamental para” o escoamento e apoio aos produtores locais”, onde existe uma “lógica de complementaridade na venda dos produtos dos três concelhos e também, uma forma de revitalizar o património existente, trazendo uma dinâmica comercial ao centro histórico de Constância.” Mel, vinho, azeite, compotas, queijo, marmelada, enchidos e enchidos de fumeiro produzidos na região são alguns dos produtos que a loja vai comercializar, num espaço que visa preservar e promover as iguarias tradicionais ligados à ruralidade e à cultura local. A loja vai também perpetuar a memória da casa Santos Costa, sendo esse um dos motivos que levaram a autarquia a intervir num dos imóveis que, “em tempos foi uma das referências da atividade comercial da vila e do concelho”. As duas novas lojas têm o apoio da Tagus, no âmbito da criação de uma rede de lojas de produtos locais no território da sua intervenção. Joana Margarida Carvalho e Mário Rui Fonseca

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TEMPO E MEMÓRIA - MÁRIO SEMEDO (01.05.1956-12.12.2013)

Partiu mas o reflexo da sua filosofia de vida vai ficar Mário Semedo começou por nascer num dia histórico: o Primeiro de Maio de um tempo e de uma data que se fez épica porque levava já décadas de luta pela valorização do papel do trabalho no processo de produção, até então dominado quase exclusivamente pelo capital. Nasceu também num tempo e num mundo que tinha acabado de ser assolado por duas grandes guerras mundiais, com um curto intervalo de 20 anos entre si. Pelo caminho tinha despontado o Estado Novo, nascido do salazarismo de 1933, que foi também o berço de onde medrou o franquismo, aqui ao lado. Afinal esta geração do pós segunda grande guerra mundial também foi a primeira geração do consumismo de massas, quer nos Estados Unidos da América, quer na Europa, se bem que os seus ecos e estigmas no Portugal-

zinho de então, atrasadinho e acorrentadinho como o queria o tirano beirão, andavam pelos 60% de analfabetos, pela submissão da mulher no seu papel de mãe e de escrava do casal, pelas crianças descalças ou de tamancos nas escolas, pela emigração em massa para os bairros de lata de Paris ou da Alemanha, pela agricultura ainda dominada pelos boizinhos ou burrinhos como tração nacional maioritária. A mania das grandezas e a tentativa de manutenção de um império, completamente já fora do tempo da dominação colonial, ainda espartilhou mais este país e nem o marcelismo que sucedeu à queda da cadeira de Salazar conseguiu dar a volta ao “Estado Corporativo”, mesmo que o tentasse batizar de “Estado Social”, imaginem! Ser jovem e livre, então, ainda que oriundo de famílias das classes médias, tinha

de significar ser da oposição a este estado de coisas, a esta aberração de país que teimava em sobreviver numa mistura de Idade Média com alguns salpicos de modernidade. Os anos da adolescência de Mário Semedo como estudante em Abrantes são já

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Alves Jana

Rolando F. Silva

Alves Jana

um traço próprio que dá identidade às peças de sua autoria, em especial as de bronze. Várias delas marcam já a paisagem abrantina, por exemplo na rotunda junto à Escola Solano de Abreu e em frente à Biblioteca António Botto. Desde a data dos 20 anos da Biblioteca, também um busto de António Botto, de sua autoria, está ali patente. Além disso, têm também a sua assinatura a escultura na rotunda à saída da ponte rodoviária para o Rossio e o mural no Aquapolis Sul. Mas para melhor descoberta do escultor e da sua vasta obra, o melhor mesmo é visitar a exposição, ler a obra agora editada, explorar a sua página na Internet (www.santoslopes.com) e, sobretudo, conversar com o artista, que é um homem acessível e apaixonado por aquilo que faz.

militares foram sempre as de um cético, nunca apareceu deslumbrado, mas sempre mais próximo dos mais insatisfeitos e que aguardavam os desfechos mais sombrios que muitos excessos praticados deixavam antever. O resto, o resto foi o seu amor à terra de Abrantes e às pessoas que por aqui viviam, o amor ao património e às raízes deste aqui e agora, vivido na dureza do dia a dia e dos presságios que já auguravam que qualquer coisa iria mudar muito mais depressa do que se estava a pensar. Mário Semedo partiu mas o reflexo da sua filosofia de vida vai ficar ainda a pairar no ar, no dia a dia de Abrantes, por muitas décadas, como se estivesse aqui mesmo ao nosso lado a conviver connosco e a acompanhar-nos persistentemente.

Candeias Silva foi agraciado pela Academia Portuguesa de História

Escultor abrantino Santos Lopes mostra “Escultura, Sonho e Técnica” O escultor Santos Lopes apresentou no passado dia 19 de dezembro o seu livro “Escultura, o sonho e a técnica” na Biblioteca António Botto, ao mesmo tempo que era inaugurada uma exposição que mostra quarenta anos da sua obra. Com o livro e a exposição, que está patente até 8 de Fevereiro, Santos Lopes oferece-nos um brinde “três em um”. Conta-nos a sua história como artista, mostra-nos o essencial da sua obra e ensina-nos os segredos da sua técnica. É uma oportunidade rara. Santos Lopes nasceu na Concavada, concelho de Abrantes, e desde cedo descobriu e alimentou o seu interesse pela arte, em especial pela escultura. Em 1975 parte para o Brasil e é aí que se profissionaliza como escultor. Hoje assume a sua dimensão de luso-brasileiro e vive entre Abrantes e São Paulo. Como escultor conseguiu

anos de uma aceleradíssima tomada de consciência de todas estas discrepâncias e as Jornadas Culturais dos anos 70, aqui então realizadas, são a sua primeira grande jornada de reflexão e participação cívica, bem como a de muitos outros abrantinos. Depois veio o 25 de Abril de

1974, há já quase 40 anos, e saltou a tampa da liberdade num país há tantas décadas reprimido. Foi preciso aprender a fazer quase tudo de novo, quase até a viver, e a aprender outra vez a democracia, ainda que agora sob as mais diversas formas e circunstâncias, mas onde predominava o sentido da alegria e da festa. A adesão ao espaço europeu, os problemas da euforia dessa adesão, o otimismo desenfreado e as ideias e projetos megalómanos foram dando lugar a algum realismo, mas só a entrada na moeda única e o aparecimento dos défices é que começaram a colocar algum sentido de realidade nas coisas. Curiosamente, o Mário Semedo esteve sempre muito mais do lado de ceticismo do que do lado da euforia, a sua formação e o acompanhamento das ações dos setores

• Candeias Silva agradece o prémio Laranjo Coelho 2013 Joaquim Candeias Silva foi distinguido pela Academia Portuguesa de História com o Prémio Laranjo Coelho 2013. A entrega decorreu em cerimónia solene na Academia, pela sua presidente, no passado dia 4 de dezembro e foilhe atribuído pela autoria da monografia histórica sobre Cernache do Bonjardim. Este prémio vem sendo atribuído há cerca de 40 anos e com ele têm sido distinguidos alguns dos mais prestigiados autores da nossa historiografia.

Candeias Silva radicouse em Abrantes há cerca de quatro décadas como professor de História e além da sua atividade docente há muito que tem marcado a paisagem da historiografia desta região com importantes trabalhos. Destes destacam-se a sua tese de mestrado sobre D. Francisco de Almeida e a sua tese de doutoramento sobre “Abrantes no tempo dos Filipes”. Além de várias obras editadas sob sua assinatura ou em parceria, Candeias Silva é

membro do Centro de Estudos de História Local de Abrantes e a revista Zahara tem contado em todos os seus números com textos que fazem um conjunto de referência. Mas não só a região de Abrantes conta com a sua investigação aturada e a sua escrita cuidadosa. A zona de Castelo Branco e o Fundão, onde tem as suas raízes, contam também com importantes trabalhos seus. E não só, como se vê na obra que agora foi objecto de distinção, “Subsídios His-

tóricos – Cernache do Bonjardim”. Cernache do Bonjardim é o provável berço de Nuno Álvares Pereira e foi a “capital da missionação” portuguesa, por aí ter sido criado em 1791 o Seminário das Missões. Pelo seu continuado labor, pelo rigor do seu trabalho e por dedicar a sua investigação a zonas esquecidas do nosso país, Candeias Silva merece a atenção que a Academia Portuguesa de História acaba de lhe prestar. Alves Jana


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Carta Nacional do Turismo Militar vai potenciar o turismo em quartéis, castelos e fortificações

A elaboração do conceito e a construção da proposta de intervenção tem utilizado o território de Vila Nova da Barquinha como laboratório devido à histórica e forte presença de unidades militares no denominado Polígono de Tancos, como a Escola Prática de Engenharia (EPE), a Escola de Tropas Aerotransportadas (ETAT), a Unidade de Aviação Ligeira (UAL), da qual faz parte a Brigada de Reação Rápida, e a ligação aos Templários, exemplificada pelo castelo de Almourol. Em declarações ao JA, o técnico superior do IPT que coordena o projeto, João Pinto Coelho, disse que o turismo militar é um “novo conceito nacional enquanto segmento de turismo cultural”, um processo que está a ser elaborado pelos três parceiros, ao nível da conceptualização (IPT), do levanta-

Mário Rui Fonseca

Conferir atratividade ao património militar nacional e potenciar turisticamente fortificações, castelos e quartéis em todo o território é o objetivo da proposta de Carta Nacional do Turismo Militar, que está a ser elaborada pelo Politécnico de Tomar (IPT)

• Projeto está a ser estudado em Vila Nova da Barquinha mento do património militar (Brigada de Reação Rápida) e de “município laboratório experiencial” (Vila Nova da Barquinha). “Não existe turismo militar organizado em Portugal mas o conceito surgiu em abril deste ano, com a respetiva inscrição no Plano Estratégico Nacional de Turismo”, disse João Coelho, tendo su-

blinhado que na génese do projeto está o “vasto património material e imaterial de cariz militar espalhado por todo o país, desde a fundação de Portugal, e que se reflete nas fortificações, castelos, museus militares, centros de interpretação, entre outros”. Fernando Freire, presidente da Câmara da Barquinha, disse, por sua vez, que este

projeto “faz todo o sentido” ser testado naquele concelho, onde as várias unidades militares já oferecem produtos numa lógica de revisitação do espaço, como museus e diversos núcleos de memória, nomeadamente aos milhares de militares e seus familiares que desde 1961 foram formados na Base Aérea nº 3 para partirem para a

guerra do Ultramar”. “Agora estão criadas as condições para dar o salto”, frisou Freire, “ultrapassado que está um período em que os civis eram vistos como “corpos estranhos” dentro das bases militares”. “Hoje faz todo o sentido a implementação de um projeto turístico empresarial ligado aos afetos e aberto à

história militar, tanto para os empresários, como para a comunidade civil e para os de condição militar. Portugal, com o vasto património militar que dispõe, só tem a ganhar com este projeto”, defende o autarca. O trabalho, desenvolvido em parceria com a Brigada de Reação Rápida e a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha desde 2010, entrou no dia 16 de dezembro na fase de recolha de contributos da comunidade em geral, através do preenchimento de um formulário disponível na plataforma eletrónica www.turismomilitar. ipt.pt, e que servirão de base para a fixação conceptual do Turismo Militar e para a elaboração de uma proposta estratégica para a aplicação e desenvolvimento de produtos de Turismo Militar e de ações turísticas congéneres. Seguir-se-á o processo de discussão pública da proposta de Carta Nacional do Turismo Militar, a decorrer durante o mês de abril de 2014, estando o mês de maio do próximo ano reservado para a apresentação final do projeto de Carta Nacional. Mário Rui Fonseca

PRAXIS II: A Sustentabilidade dos Recursos Arqueológicos e Turísticos No passado dia 16 de dezembro, teve lugar, no Auditório Elvino Pereira em Mação, a segunda edição do PRAXIS, desta vez versando sobre A Sustentabilidade dos Recursos Arqueológicos e Turísticos. Foram variados os intervenientes quer no painel da manhã, quer no painel da tarde e deparámo-nos com uma grande riqueza do ponto de vista do conteúdo. Na vertente turística discutiu-se a importância da valorização turística das áreas envolventes às regiões naturais do País que estão sob tu-

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tela regional, de forma sustentada, questionando-se ainda ao formato de processamento, da promoção, da regulação e da regulamentação, central e local. Foram ainda avançadas hipóteses de sustentabilidade no âmbito do turismo municipal. Falou-se ainda do “Plano Estratégico Nacional do Turismo – Revisão do plano de desenvolvimento do turismo no horizonte de 2015” (Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2013, Diário da República, 1.ª série — N.º 74 — 16 de Abril de 2013) en-

quanto ideia geradora de dinâmicas de destino turístico. A importância da Didática do Turismo Industrial foi ainda sublinhada com ênfase na “Abordagem à Metalúrgica Duarte Ferreira: proposta de musealização”. Também o Turismo Imaterial é apresentado como uma consequência natural da gestão regional, onde os visitantes se deslocam para presenciar e sentir o que não existe, mas que se manifesta numa exclusividade temporal que lhe acrescenta uma mais-valia adicional.

O modelo das “Cidades Criativas” foi destacado na encruzilhada da passagem da Sociedade Industrial para a Sociedade da Informação e da Economia do Conhecimento. As cidades criativas apoiam o seu modelo de gestão territorial na criatividade enquanto estratégia diferenciadora, com aptidão para criar produtos e serviços inovadores mas, também, como catalisador de novas vocações para as cidades. Relativamente ao painel da tarde tivemos oportunidade de apreciar o excecional caso do Povoado dos Perdigões jun-

tamente com as suas diversas formas de estruturar arquitetonicamente o sítio de forma a co-existir o “mundo dos vivos” e o “mundo dos mortos”. Também a questão da visibilidade de territórios agricultados no passado foi alvo de apresentação, sendo estas pistas lidas através da fotografia aérea – uma nova tendência de exploração de territórios passíveis de serem agricultados na Pré-História recente é sem dúvida uma nova forma de observar o comportamento das primeiras comunidades agropastoris.

Foi ainda sublinhada a importância do trabalho de campo desenvolvido na região do Alto Ribatejo trazendo-nos novas pistas sobre interpretações passadas e, esperamos, futuras. Esta segunda edição do Colóquio PRAXIS II debruçouse sobre novas perspetivas de desenvolvimento regional que enriqueceram não só o debate, mas também a vontade de repetirmos este tipo de iniciativas. Ana Cruz

Centro de Pré-História do Instituto Politécnico de Tomar


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As caras da rádio

Joana Margarida Carvalho e Paulo Delgado (na foto) são, respetivamente, os responsáveis pela informação e programação da Antena Livre. Trabalham juntos há vários anos e como contaram ao JA, tem sido difícil, mas muito bom fazer crescer este órgão de comunicação social numa altura em que o país atravessa uma crise grave. Fazem questão de referir que nada seria possível sem a colaboração de todos os que estão na Antena Livre, fazendo com que uma rádio aconteça. Joana Margarida Carvalho lembra que “em 2013 a informação cumpriu os seus objetivos em termos de cobertura noticiosa nos concelhos onde tem mais influência - Abrantes, Constância, Sardoal, Mação, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei. Isto sem esquecer uma cobertura centrada nas questões mais fulcrais ligadas ao médio Tejo e, ainda, com um olhar atento na informação nacional. Um momento alto em termos de informação da Antena Livre foram as au-

Mário Rui Fonseca

Notícias de serviço público e conteúdos diversificados

Joana Margarida Carvalho e Paulo Delgado já estão a preparar a IX Gala da •Antena Livre e do Jornal de Abrantes

tárquicas de setembro de 2013, acompanhadas a par e passo. Tal como em 2013, Joana

Margarida Carvalho explica que, neste ano que agora começa, a informação da Antena Livre pretende “acom-

panhar de perto todos os eventos de cada município determinantes para o desenvolvimento regional”. A

jornalista acrescenta ainda que “queremos que a informação Antena Livre seja cada vez mais reconhecida como um verdadeiro serviço público, com um trabalho isento, imparcial e diversificado nas mais variadas áreas de interesse como: saúde, economia, educação, política, cultura e sociedade”. Paulo Delgado, responsável pela programação da Antena Livre, explica os objetivos desta área: “A aposta centra-se cada vez mais nos conteúdos, diversificados e de qualidade, que vão desde a música à filosofia, passando pela história ou pela saúde e ainda pelos mais diversos assuntos de interesse geral. Temos tido um feedback muito agradável relativamente aos conteúdos que estão no ar, e isso deixa-nos muito satisfeitos, pois quer dizer que estamos a ir ao encontro daquilo que as pessoas gostam de ouvir.” Na área da música, a Antena Livre pretende dar a conhecer tudo o que de melhor se faz em Portugal, com

entrevistas constantes aos artistas nacionais. A aposta continua a ser feita num estilo musical pop/rock quer nacional, quer internacional, continuando a divulgar os valores que vão emergindo da região a nível musical. Paulo Delgado acrescenta que “a aposta em 2014 é claramente feita nos conteúdos, quer na área da informação, quer na área da programação. Temos locutores 24 horas por dia a marcar presença em antena que fazem a ponte entre a música e os conteúdos. Sentimos que 2014 vai ser um grande ano para nós”. Os dois responsáveis não podem deixar de referir a satisfação de terem trazido de volta o trabalho excelente da equipa desportiva, conteúdo que consideram essencial e que trouxe de volta muitos ouvintes. Joana Margarida Carvalho e Paulo Delgado estão também já a trabalhar na IV Gala Antena Livre, que vai acontecer em maio e, de novo, vai homenagear a região.

TRIBUNAL JUDICIAL DE ABRANTES 2.º Juizo

Frutas e legumes

SENTENÇA “Coma frutas e legumes”. Todos nós já ouvimos esta afirmação vezes sem conta. A investigação mostra que é um bom conselho: dietas saudáveis ricas em frutas e vegetais podem reduzir o risco de cancro e outras doenças crónicas; as frutas e os legumes fornecem vitaminas e minerais essenciais, fibras e outras substâncias que são importantes para uma boa saúde; a maioria destes alimentos são naturalmente pobres em gorduras e calorias. A maioria de nós não tem a certeza acerca da quantidade de frutas e legumes que deveria comer todos os dias. Para comer a quantidade recomendada de frutas e legumes, a maioria das

pessoas precisa de aumentar diariamente a sua quantidade. Contudo cada corpo é diferente e na dúvida podemos calcular a quantidade recomendada de frutas e legumes com base nas necessidades de calorias para a nossa idade, sexo e nível de atividade (http://www. cdc.gov/nutrition/everyone/ fruitsvegetables/howmany. html). Podemos usar as frutas e os legumes para ajudar a controlar o peso. Há muitas maneiras diferentes para perder ou manter um peso saudável. Ao consumirmos mais frutas e vegetais, juntamente com cereais integrais, carnes magras e leguminosas conseguimos fazê-lo de forma segura e saudável.

Para perder peso, devemos ingerir menos calorias do que o nosso corpo precisa. Podemos criar versões de baixas calorias de alguns dos nossos pratos favoritos, substituindo ingredientes altamente calóricos por frutas e legumes. A água e as fibras das frutas e legumes vão adicionar volume aos nossos pratos, e assim podemos comer a mesma quantidade de alimentos, ingerindo menos calorias. Ao pequeno-almoço olhe bem para a sua tigela de cereais. Devemos diminuir a quantidade de cereais para criar espaço para algumas frutas. Desta forma podemos continuar a comer uma tigela cheia, mas com menos calorias.

Ao almoço e ao jantar olhe bem para o seu prato. Os legumes, as frutas e os cereais integrais devem ocupar a maior parte do prato. Se isso não acontecer devemos substituir uma parte da carne, do queijo, da massa ou do arroz por legumes. Esta fantástica opção irá reduzir o total de calorias da refeição sem reduzir a quantidade de alimentos que comemos. Mas lembre-se também de usar um prato de tamanho pequeno ou normal. João Paulo Palrilha

Enfermeiro-chefe do Centro de Saúde de Ferreira do Zêzere

Nos presentes autos de Processo Comum Singular, em que é demandante Norberto Agostinho Marques Timóteo, e demandado Pedro Miguel Nunes Serôdio, julgo valida a transação que antecede no concerne à instância cível nestes autos enxertada, que homologo, pela presente sentença, condenando as partes a cumpri-la nos seus precisos termos, declarando-se em consequência, extinta a instancia civil – artigos 283.º, n.º2, 284.º, 289.º a contrario, 290.º n.º 1 e 3, todos do Código de Processo Civil, e artigos 1248.º e 1249.º, ambos do Código Civil, aprovado pela Lei n.º 41/2013, de 26 de junho. Conforme acordado, condeno o demandado no pagamento das custas processuais – artigo 537º, n.º 2.º, do Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 41/2013, de 26 de junho. * Da antecedente sentença foram todos os presentes notificados, que disseram ficar cientes. *** Dada palavra pela Mmª Juiz ao Ilustre Mandatário do Assistente e ao Ilustre Mandatário do arguido no uso da mesma disseram: “No que concerne à demanda criminal o assistente desiste da queixa por si apresentada e, concomitantemente, o arguido aceita tal desistência de queixa, sendo que na presente data apresentará a sua retratação pelos factos constantes da acusação pública nos seguintes termos: - O arguido reconhece não ter procedido da melhor maneira, nos autos ocorridos no dia 29 de Junho de 2012, no posto de abastecimento de combustível da Galp em Abrantes. - Admite ter-se excedido na forma como se dirigiu ao Exmo Sr. Dr. Norberto Timóteo e também como o impediu de prosseguir a sua marcha. Por estes atos apresenta as suas desculpas.

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22 CULTURA

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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

Francisco Meneses apresenta “Loop” em Abrantes Francisco Meneses sobe ao palco do Cine-teatro São Pedro, em Abrantes, a 31 de janeiro, com “Loop”, um espetáculo onde a comédia e a música se aliam a uma performance de linguagem gestual. Em palco o humorista interpretará artistas como Pavarotti, Anastacia, Prodigy ou Queen com o auxílio de um loop station, aparelho que lhe permite desdobar a voz em múltiplos personagens. O

espetáculo conta com a participação do grupo Yllana, companhia de teatro espanhola especializada em humor gestual. Os bilhetes têm o custo unitário de 8€ e podem ser comprados no Posto de Turismo ou no dia do espetáculo na bilheteira do Cine-teatro São Pedro.

Abrantes 6 de janeiro a 28 de fevereiro – Exposição “Rota das 7 Irmãs”, principais pontos de interesse de sete capelas no Concelho de Abrantes e Sardoal – Antiga Galeria de Arte, 14h às 18h Até 8 de fevereiro – Exposição “Santos Lopes – 40 anos de escultura” – Biblioteca Municipal António Botto 10 de janeiro – Dia Mundial do Braile , ação de sensibilização – Biblioteca António Botto, 10h 10 de janeiro – Aniversário do blogue “A Certeza da Música” – concertos no Cine-Teatro São Pedro, 22h – 8€ 11 de janeiro a 21 de fevereiro – Exposição “Biombos”, de Catarina Castel-Branco – quARTel, Galeria Municipal de Arte 18 de janeiro - Música com Miguel Martins e Ana Dias – Sr. Chiado (Palha de Abrantes), 21h30 – 3€ 18 de janeiro - Teatro “Trava ou destrava línguas” (Artemrede) – Cine-teatro S. Pedro, 10h – 1 € 20 de janeiro – “Ler os nossos com…” José A. Movilha, apresentação da obra “Pedro Basílio: Um percurso de vida” – Biblioteca António Botto, 21h30

Companhia de Dança de Almada apresenta trabalho inspirado em René Magritte Partindo do trabalho de René Magritte, a Companhia de Dança de Almada leva à cena o espetáculo “La Ligne de Vie”, que recria parte do universo artístico do pintor. O cine-teatro São Pedro recebe no dia 24 de janeiro, pelas 21h30, cinco intérpretes bailarinos, que desenvolvem uma linguagem Magrittiana, onde o espetador é transportado para uma narrativa específica tornando possível uma leitura sem limites para o imaginário. A Companhia

AGENDA DO MÊS

24 de janeiro – Dança “La Ligne de vie”, pela companhia de dança de Almada – Cine-teatro São Pedro, 21h30 – 4€

de Dança de Almada é dirigida por Maria Franco e iniciou a sua atividade em 1990, a qual desenvolve de forma continuada nas vertentes de criação de espetáculos de dança contemporânea e na dinamização de ações pedagógicas de formação e sensibilização de públicos. “La ligne de Vie” é um espetáculo organizado pela Câmara Municipal de Abrantes em parceria com a Artemrede. O preço dos bilhetes é de 4€.

31 de janeiro – Comédia “Loop”, por Francisco Meneses – Cine-teatro São Pedro, 21h30, 8 € Cinema – Org. Espalhafitas, Cine-teatro São Pedro, 21h30: 8 de janeiro: “Padre Padrone” 15 de janeiro: “2001: Odisseia no Espaço” 22 de janeiro: “A Árvore dos Tamancos” 29 de janeiro: “Virgem Margarida”

Constância Até 31 de janeiro – Mostra bio-bibliográfica sobre Alice Munro – Biblioteca Alexandre O´Neill – 10h às 18h30 Até 2 de fevereiro – Exposição “Perpetuum mobile – Movimento Perpétuo”, pintura de Fátima Pinho – Posto de Turismo, 9h às 18h, sábados e domingos, 11h às 13h e das 14h às 18h Até 16 de fevereiro - Exposição “Animais Selvagens no Concelho de Constância”, fotografia de Luís Jorge – Parque Ambiental de Santa Margarida, 8h30 às 19h

Mação

Exposições de pintura e fotografia em Constância

Concerto de Ano Novo em Mação O Concerto de Ano Novo, que se realiza desde a abertura do Conservatório de Mação, acontece no próximo dia 12 de janeiro na Igreja Matriz da vila. Pelas 16 horas, a música faz-se ouvir pelo Conservatório de Música FirMação e pelo Canto Firme de Tomar.

Até 15 de janeiro – Exposição de Presépios feitos pelas crianças dos Jardins-de-infância e Escolas EB1 de Mação, Cardigos e Carvoeiro – Posto de Turismo 12 de janeiro – Concerto de Ano Novo 2014 com Conservatório de Música Firmação e Canto Firme de Tomar – Igreja Matriz, 16h

Sardoal Até 11 de janeiro – Exposição “Intemporalidades”, pintura e instalação de Joaquim Carvalho – Centro Cultural Gil Vicente 25 de janeiro a 29 de março – Exposição de pintura de Maria Conceição Pires Coelho – Centro Cultural Gil Vicente Cinema – Centro Cultural, 16h e 21h30: 18 de janeiro – “Ataque ao Poder”

Vila de Rei Até 30 de março – Exposição de pintura e desenho do Concurso \“Padre João Maia” – Museu Municipal Vila Nova da Barquinha

A pintura e a fotografia estão em destaque em duas exposições distintas em Constância e Santa Margarida. O Posto de Turismo de Constância acolhe uma exposição de pintura de Fátima Pinho até ao dia 2 de fevereiro. “Perpetuum mobile – Movimento Perpétuo” é a primeira exposição da artista e trata do movimento como “uma

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força absoluta que atua à distância e conserva o seu caráter maravilhoso”. Os trabalhos fotográficos de Luís Jorge podem ser vistos no Parque de Santa Margarida até ao dia 12 de janeiro, entre as 8h30 e as 19h. A exposição “Animais Selvagens no Concelho de Constância” retrata “várias espécies da fauna silvestre do concelho de Constância”.

Até 12 de janeiro - Exposição “Uma Linha Raspada”, de Daniel Barroca – Galeria do Parque, Edifício dos Paços do Concelho Até 31 de janeiro - Exposição “Retratos da Vida” – Centro Social e Paroquial da Atalaia, 14h às 16h 10 de janeiro - “Operação Stop” – O que anda bem e o que mal na escola?”, Documentários pelos alunos de V. N. da Barquinha, Mondim de Basto, Óbidos e Paredes – Centro Cultural, 21h30


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JANEIRO 2014

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

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CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros, Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

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ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme 16

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

José Manuel Farinhas Alves 03.03.1971 - 30.11.2013 S. Domingos - Carvalhal - Abrantes

AGRADECIMENTO Na incapacidade de agradecer pessoalmente a todos os que se juntaram a nós neste momento de dor, no derradeiro adeus ao nosso irmão, cunhado e tio, vimos por este meio, agradecer o apoio pela presença, pelas palavras e sentimentos de consolo que manifestaram. Que a sua alma descanse em paz na felicidade que procurou toda a vida. A todo a nossa gratidão. CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notaria EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada em trinta de Dezembro de dois mil e treze, no Livro de Escrituras diversas número Trinta e Quatro -G, iniciada a folhas quatro, deste Cartório, Miguel de Jesus de Oliveira Neto, viúvo, natural da freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, onde é residente na Rua da Fonte Velha, sem número, contribuinte fiscal número 149 201 435; Paulo Jorge de Matos Neto e mulher Patricia Alexandra Garrinhas Moura, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele, de Abrantes (São João), actual União das Freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede, concelho de Abrantes, ela, da freguesia de Alvega, actual União das Freguesias de Alvega e Concavada, concelho de Abrantes, residentes na Fonte Velha, indicada freguesia das Mouriscas, contribuintes fiscais números 190 373 601 e 195 753 429; e Anabela de Matos Neto e marido Luís Alberto Dias Marques, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da referida freguesia das Mouriscas, ele, da freguesia de Alcaravela, concelho do Sardoal, residentes na Rua da Horta Nova, sem número, dita freguesia de Mouriscas, contribuintes fiscais número 197 228 682 e 205 587 399; declararam que são os únicos interessados na herança aberta por óbito de Maria Amélia de Matos Lopes Neto, de quem são os únicos e universais herdeiros, fazendo os seguintes prédios parte do acervo patrimonial daquela herança, que, com exclusão de outrem é dona e legítima possuidora: Rustico, composto de mato e pinhal, com a área de seis mil e quatrocentos metros, denominado “Vale Rodrigo”, sito na freguesia das Mouriscas, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 111, secção Q, com o valor patrimonial IMT de 132.23€, a confrontar do Norte, com Regina Matos Barracas, do Sul, com caminho público e estrada, do Nascente, com Joaquim Jesus Lopes, e, do Poente, com Deolinda Lopes Bento Alpalhão, não descrito no registo predial, a que atribuem valor igual ao patrimonial; e rústico, composto de cultura arvense, figueiras, oliveiras, citrinos, dependência agrícola e figueiras, denominado “Milheiriças”, sito na referida freguesia de Mouriscas, com a área de dois mil quinhentos e sessenta metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 213, secção, M, com o valor patrimonial IMT de 129.21€, a confrontar do Norte, com Cremilde Luíza Pires Alves e outros, do Sul, com Leonilde Trindade Marques, do Nascente, com Severino Matos Lopes, e, do Poente, com caminho público e Leonilde Trindade Marques, não descrito no registo predial, a que atribuem valor igual ao patrimonial; o certo porém é que a herança que os ora outorgantes representam não possui título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, dos quais desconhecem por decurso do tempo artigos de proveniência ou origem, os quais vieram à posse do dissolvido casal, Miguel de Jesus Oliveira Neto, e, sua mulher, Maria Amélia de Matos Lopes Neto, já falecida, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, por sucessão por morte e partilha verbal com os outros co-herdeiros por óbito dos pais do ora indicado primeiro outorgante, Francisco de oliveira Neto e mulher Felismina de Jesus, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Mouriscas, Abrantes, em data que não podem precisar, mas sensivelmente, cerca do ano de mil novecentos e setenta e dois; Não obstante isso, vêm os referidos prédios a ser possuídos pelos ora outorgantes e por seus antepossuidores, os indicados Miguel de Jesus Oliveira Neto e mulher Maria Amélia de Matos Lopes Neto, há mais de vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, os outorgantes naquela invocada qualidade de únicos interessados de herança aberta por óbito de Maria Amélia de Matos Lopes Neto, adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. - Está conforme o original. Abrantes, trinta de Dezembro de dois mil e treze. A Notária, a) Joana Maria de Faria Maia (Jornal de Abrantes, edição 5515 de Janeiro de 2014)

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Isabel Maria de Jesus Grácio 01.02.1957 - 11.12.2013 Tramagal

AGRADECIMENTO A família da saudosa e querida Isabel Maria de Jesus Grácio, sensibilizados pela solidariedade, gesto e pesar tão gratificantes e externados por ocasião do seu inesperado e precoce falecimento, vêm através deste meio agradecer, indistintamente, a todas as pessoas que ali compareceram trazendo-nos conforto e paz espiritual tão importante para a superação desta irreparável perda. O nosso sincero e cordial abraço. Olímpia Cravo e José Grácio Funeral a cargo da Funerária Isilda Grilo Unipessoal-Tramagal 16

Manoel Damas Abrançalha de Baixo - Abrantes

AGRADECIMENTO Faleceu, no dia 20 de Dezembro, o senhor Manoel Damas, natural e residente em Abrançalha de Baixo. Sua esposa, filhos, nora, netos e restante família, na incapacidade de agradecer pessoalmente a todos que se juntaram a nós neste momento de dor, vimos por este meio agradecer a todos os amigos que o visitaram na doença e a quem o acompanhou à sua última morada, no cemitério dos Cabacinhos em Abrantes. Que a sua alma descanse agora em paz.

Mário Semedo A família agradece a todos os que lhe manifestaram o seu pesar e solidariedade. Funeral realizado por: Agência Funerária PAULINO

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