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AGOSTO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5522 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
AT U
de
jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha
PUB
Mação e Sardoal vão receber água de Castelo de Bode Pág. 17
OBRAS
Escola Dr. Manuel Fernandes avança, ponte aguarda Os trabalhos de requalificação da Escola Dr. Manuel Fernandes implicam um investimento global de 15 milhões de euros e um período de intervenção de cerca de 18 meses. Quanto à ponte, ainda não há uma data para o início das obras e para os constrangimentos que irão surgir. Pág 8 e 9
POLÍTICA
Federação Distrital do PS em momento eleitoral Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, e António Gameiro, atual presidente da federação, são os dois candidatos à liderança da distrital socialista. Ao Jornal de Abrantes apresentam os motivos das suas candidaturas. Págs. 11 e 12
JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA COMUNICAÇÃO SOCIAL DE ABRANTES
AGOSTO DE 2014 EDIÇÃO Nº 34 www.estajornal.com
ECONOMIA
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
DIRETORA: HÁLIA COSTA SANTOS DIRETORA ADJUNTA: RAQUEL BOTELHO
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CM de Abrantes recebe viatura elétrica da Mitsubishi
Espaço urbano de Abrantes recheado de arte e criatividade A nova edição do ESTAJornal, jornal laboratório do curso de Comunicação Social da ESTA, é exclusivamente dedicada à semana que encheu Abrantes de arte. O 180 Creative Camp voltou e deixou marcas de criatividade no espaço urbano.
mp 180 CreativeadaCa pela arte Abrantes transform
Convidados pelo canal de inovadores criadores televisão 180, alguns dos mais internacionais, a cultura contemp com talentos que desafiam juntaram-se orânea, andaram pelas ruas desenvolvendo jovens de 17 nacionalidades, abrantinas. A eles que foram também vídeo, intervenç dos seus projetos. Foram oito dias de criação ão urbana, mastercla e talks. No balanço, de sses, worksho o diretor do se realizou é Canal 180 diz ps, concertos impressionante". que "a obra que criatividade A cidade ficou e a populaçã com marcas o foi interagin do, com curiosida de de.
A autarquia é uma das seis entidades nacionais que irá testar, em regime experimental e durante um ano, uma viatura Canter E-Cell, da Mitsubishi Fuso, concebida e desenvolvida na Mitsubishi do Tramagal. Pág. 14 PUB
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4 ABERTURA FOTO DO MÊS
EDITORIAL
de
jornal abrantes
AGOSTO 2014
FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt
Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319)
Vale a pena saber o que fazem as escolas
joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt
Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Secretariado Isabel Colaço
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Design gráfico António Vieira
Impressão Grafedisport, S.A.
Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
Mário Rui Fonseca
Colaboradores Alves Jana, André Lopes e Paulo Delgado
Creative Camp devolve sapatos aos abrantinos Os “12 mil pares de sapatos d’Abrantes” entregues pelos abrantinos às tropas franceses há centenas de anos, em período de invasões, foram devolvidos a Abrantes no âmbito do Creative Camp. O evento, que decorreu em Abrantes durante uma semana, premiou com 2500 euros a proposta dos espanhóis Victor Garcia, Juan Moncho e Mateo Fernández-Muro. O singular conceito pode ser apreciado na praça Ramiro Guedes, no centro histórico da cidade.
INQUÉRITO
Qual a sua opinião sobre a semana cultural Creative Camp?
Editora e proprietária
Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes
GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.
Carlos Dias
João Matos
Abrantes
Abrantes
Amieira do Tejo
Gostei. Foi bom porque criou movimento e encheu a cidade de juventude. Beneficiou comercialmente o centro histórico de Abrantes.
Não gostei, não me disse nada e vi pouca ou nenhuma informação sobre as atividades. Pouca gente deve ter percebido o que aqui se passou e o negócio ainda piorou, porque cortaram o trânsito durante um dia inteiro.
Não acho bem estes sapatos todos aqui pendurados. Vem aí o inverno e depois os sapatos ficam cheios de água e isto vai pingar para cima das pessoas. Não vejo a piada e acho um desperdício de tempo e dinheiro porque isto vai ter de ser retirado daqui dentro de pouco tempo.
UM CAFÉ Aquapolis…por causa do enquadramento paisagístico PRATO PREFERIDO Magret de pato UM RECANTO PARA DESCOBRIR Trás-os-Montes… porque é a região do país que conheço menos UM DISCO Qualquer um dos U2… durante a década de 80 UM FILME Uuuui, tantos… adoro cinema em vários registos…”América Proibida”, “Os Rapazes não Choram”, “E a tua mãe também”, “Mulholland Drive”, “A Vida é Bela”, “P.S. – i love you” e a trilogia “American Pie”… entre muitos outros. UMA VIAGEM Aquela que ainda não fiz às Ilhas Moreia na
Polinésia Francesa UMA FIGURA DA HISTÓRIA Nelson Mandela UM MOMENTO MARCANTE O nascimento da minha filha UM PROVÉRBIO Não é bem um provérbio é mais uma filosofia de vida “somos nós que fazemos acontecer” UM SONHO Não perder a capacidade de sonhar…ter a possibilidade de ir realizando alguns desses sonhos…e se não for pedir demais, conseguir ser feliz…todos os dias! UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Promover a “marca” REGIÃO através dos produtos que aqui são produzidos…junto ao rio.
SUGESTÕES
Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt
Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.
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Vasco Damas IDADE 44 anos RESIDÊNCIA Casais de Revelhos PROFISSÃO Gestor (Grupo SONAE - Maxmat Abrantes) UMA POVOAÇÃO Tantas… mas gosto particularmente do “circuito” Óbidos-Praia d’el ReyBaleal-Peniche
Maria José Rosa
Embora o momento ainda seja de férias, nesta altura muito se decide ao nível daquilo que será o próximo ano letivo. No caso concreto de Abrantes, 2014/15 é definitivamente um ano marcado pela entrada em pleno de uma nova era, com os dois agrupamentos a funcionar em pleno. Os dois diretores já foram eleitos e os próximos passos serão de consolidação do trabalho que tem vindo a ser feito até agora. É impossível num jornal mensal explicar os projetos de todas as escolas da sua área de influência. Mas a certeza que fica é que as escolas têm vindo a trabalhar para proporcionar o melhor possível. Abrantes não será o único exemplo disso, mas é o que nos é mais próximo e, por isso, entendemos dar-lhe destaque nesta edição. Para além dos Agrupamentos de Escolas nº 1 e nº 2, também a EPDRA tem vindo a desenvolver um trabalho notável, preparando profissionais em áreas de especialização de que o país necessita, como a restauração ou a floresta. A abertura que esta escola profissional das Mouriscas tem vindo a fazer em relação ao meio em que se insere é uma interessante forma de se integrar na comunidade. Ao nível do ensino superior, a ESTA continua com a sua oferta ao nível de licenciaturas, mestrados e CET, continuando a procurar novas ofertas que respondam, cada vez mais, às necessidades do mercado de trabalho. Porque faz parte do Instituto Politécnico de Tomar e porque este sistema de ensino tem precisamente essa característica de forte ligação com os meios profissionais. Abrantes é, pois, um concelho com uma oferta de ensino diversificada, estruturada e pensada em função dos alunos e do seu futuro. Às vezes, a sensação que fica é do ‘perto que está tão longe’. A formação que aqui se faz é boa e recomenda-se, mas nem sempre os abrantinos a conhecem. E a verdade é que as escolas estão, cada vez mais, de portas abertas. Parece-me que basta pedir para entrar para saber o que se faz nestas escolas… E vale a pena ver! Hália Costa Santos
ENTREVISTA 5
AGOSTO 2014
ALCINO HERMÍNIO, DIRETOR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº2
“Queremos apostar no espaço público de educação” MÁRIO RUI FONSECA
Alcino José Brás Hermínio tomou posse para o quadriénio 2014-2018 como diretor do Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes, em cerimónia que decorreu no dia 27 de junho no auditório da Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Fernandes, e que consagra o projeto educativo preconizado pelo professor e pela sua equipa. O diretor do Agrupamento de Escolas Nº 2 tem 52 anos de idade, nasceu Covilhã e veio para Abrantes em 1992 para exercer como professor de Matemática. Tem a experiência de cerca de 12 anos de exercício de funções em diversos cargos de administração e gestão escolar. Na primeira pessoa, aquele responsável respondeu às questões do JA sobre o projeto que preconiza.
introdução de fatores de quebra é um dos problemas da educação em Portugal. As equipas de trabalho que foram constituídas estão no terreno e depois existe sempre qualquer coisa que muda, ou interrompe o que está em curso. O meu primeiro mandato de diretor foi interrompido em abril 2013 quando o Ministério decidiu criar os mega agrupamentos de escolas. Estivemos um ano a dirigir, enquanto convidados, e que culminou agora com a eleição e tomada de posse como diretor para quatro anos, se o contexto não for alterado.
Não concorreu sozinho ao lugar de diretor do Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes. Como decorreu e como viveu este processo competitivo? Não vivi com nenhum dramatismo o processo eleitoral ou concursal. Tenho alguma experiência de gestão educacional, o que conferiu alguma tranquilidade ao processo. Havia dois projetos, dois candidatos e o Conselho Transitório escolheu.
Quais são as escolas que compõem o Agrupamento? Que leitura faz do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes? Temos oito escolas, do préescolar ao 12º ano, espalhadas pelas margens norte e sul do concelho de Abrantes, com 2100 alunos, cerca de 200 professores e 80 assistentes, dependentes do Ministério da Educação. Já é uma máquina pesada. Os mega agrupamentos têm aspetos positivos e outros menos positivos, como o distanciamento. Há questões de organização que têm de ser trabalhadas e melhoradas, para um melhor acompanhamento do dia a dia nas escolas.
O Agrupamento esteve durante algum tempo sem diretor. É uma situação salutar? Esteve sem diretor durante um ano. Aliás, a constante
O que destaca do Projeto de Intervenção a desenvolver no Agrupamento de Escolas Nº2? Os problemas concretos que identificámos e as res-
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No âmbito da oferta formativa o objetivo é oferecer cursos que “diferenciem o Agrupamento”
petivas estratégias de abordagem giram em torno de quatro eixos, que denominamos de apostas, e que passam por apostar no espaço público de educação, na democracia, na relação com os pais e na aprendizagem para todos. Queremos continuar a promover uma política ativa de parceria com associações culturais, desportivas e empresariais, entre outros, com o objetivo de realizar iniciativas de interesse mútuo, acompanhar a 2ª fase das obras de renovação das instalações da escola sede, da responsabilidade da em-
presa Parque Escolar, e defender a necessidade de intervenção nas instalações da Escola Octávio Duarte Ferreira, em Tramagal, entre outros. A oferta do ensino da música e dança e recuperar a antiga residência de estudantes do La Salle são outras das ações propostas? Sim, já avançámos com a proposta à Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares e à Câmara Municipal de Abrantes para a integração na Escola Dr. Manuel Fernandes do edifício da antiga Re-
sidência de Estudantes. Com efeito, este edifício encontra-se dentro do espaço “vital” da escola sede do agrupamento e não se vislumbra outra utilização que seja compatível com este facto. A ser aceite esta proposta, seria possível, apenas com a substituição da cobertura e a pintura do exterior e do interior do edifício, assegurar excelentes condições para o funcionamento, em Abrantes, do ensino artístico através do curso básico da música (2º e 3º Ciclos) e do curso básico da dança (2º e 3º Ciclos).
Por outro lado, queremos recuperar um antigo projeto do ex-Agrupamento Dr. Manuel Fernandes, o projeto Amigo Grande, pelo papel que pode desempenhar na integração dos novos alunos do 5º ano e na formação cidadã dos alunos mais velhos, e já propusemos, no âmbito da definição da oferta formativa a disponibilizar no agrupamento, cursos profissionais que diferenciem o Agrupamento e, muito particularmente, a Escola Octávio Duarte Ferreira, no Tramagal, talvez com os cursos de Mecatrónica e Enologia. A proposta de trabalho que apresentamos nesta matéria tem por base a realização, durante o próximo ano letivo, de um debate e consequente elaboração e aprovação do primeiro Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Nº 2 de Abrantes. O debate poderá ter como pontos de partida os Projetos Educativos dos ex Agrupamentos de Escolas Dr. Manuel Fernandes e do Tramagal, bem como o Projeto Educativo Municipal entretanto aprovado. Nos anos seguintes, do Projeto Educativo e dos resultados do processo de autoavaliação decorrerá a elaboração de Planos de Melhoria. O projeto ‘Conferências do Liceu’ continuará no ano letivo 2014-15, estando agendada para o dia 31 de outubro mais uma edição, com a presença do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
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6 EDUCAÇÃO
AGOSTO 2014
ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE ABRANTES (EPDRA)
Fotos: Joana Margarida Carvalho
“A escola necessita de investimento, precisa de se atualizar constantemente”
• Os alunos concluem os cursos com qualificação académica e profissional Prestes a celebrar 25 anos de existência, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) encontra-se a preparar mais um ano letivo que irá contar com diversos cursos profissionais, workshops e projetos nas mais variadas áreas.
A EPDRA iniciou a sua atividade no ano letivo de 1989/1990, na freguesia de Mouriscas, contando apenas, na altura, com uma turma de 20 alunos do curso Técnico de Gestão Agrícola. Atualmente, aposta numa diversidade formativa, centrada nos cursos de agricultura, gestão equina, floresta, restauração, animação sociocultural, entre outros. Com um ensino gratuito, a EPDRA representa a solução para quem pretende uma inserção mais rápida no mercado de trabalho, uma vez que os alunos concluem os cursos com uma qualificação académica e profissional. João Quinas, diretor da escola, explica ao JA que a diversidade formativa se complementa e tem obtido uma boa adesão por parte dos alunos que chegam de várias partes do país. “No âmbito da animação, entendemos que este curso
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tem funcionado muito bem. Está integrado num espaço rural, onde podem ser desenvolvidas as mais diversas atividades práticas com crianças, entre outros públicos. A restauração está interligada com a agricultura. Somos uma herdade produtora que confere todas as condições para desenvolver este curso, numa forma de valorizar os produtos. A gestão equina é normalmente um curso também com bastantes candidatos.” Já no âmbito florestal, João Quinas lamenta a reduzida procura nos últimos anos. “Já aconteceu não termos alunos suficientes para abrir uma turma. A escola entende que a floresta é uma área onde importa fazer técnicos para a trabalhar, mas tal não tem sido conseguido.” Para o diretor, faltam algumas apostas “sérias e honestas” nesta matéria por parte do poder central e das entidades responsáveis, “para que estes jovens olhem para a floresta como algo que tem potencial e oportunidades”.
Uma escola que produz Para além de ser uma escola de formação, a EPDRA é uma escola produtora. Os mais va-
riados produtos hortícolas, hortofrutícolas e, mais recentemente, os produtos transformados, como o azeite e o vinho, são uma constante na herdade da Murteira. Neste campo, o desafio tem sido o escoamento dos produtos. João Quinas explica que a aposta na comercialização “é determinante”, sendo uma forma de rentabilização do trabalho efetuado que traz alguma receita à escola. “Temos muito azeite por escoar… já produzimos cerca 3.000 litros de azeite. No vinho esperamos que daqui a três a quatro anos vamos ter 30 mil a 40 mil litros de vinho. São realidades que nos lançam desafios e, por isso, já temos algumas ideias, que passam por uma campanha de marketing forte, estruturada e com objetivos, uma vez que temos produtos de qualidade”, adianta o diretor. A EPDRA está envolvida no PROVE, projeto dedicado à venda dos mais variados produtos hortofrutícolas para os abrantinos, e agora recentemente, aceitou o convite da CM de Abrantes para ingressar no projeto Bairro Convida (ver pág.14). A escola profissional irá dinamizar a pastelaria sedeada no centro comer-
cial, dando a conhecer e a provar os mais variados produtos de padaria e pastelaria a quem procurar aquele espaço. “Ali pretendemos oferecer um produto diferente. Não é mais uma padaria, restaurante ou pastelaria da cidade. Ali vão estar produtos que resultam das formações que se vão apresentar, em jeito de novidade, dependente do conteúdo que se está a lecionar, logo os produtos serão diferentes de semana para semana”, explica João Quinas.
Alojamento por resolver O diretor da escola admitiu ao JA que o alojamento continua a ser uma “das carências da EPDRA”. A escola dispõe de um edifício para acolher os jovens alunos que chegam de vários pontos do país, que tem cerca de 70 anos de existência. Com uma idade avançada, este pólo necessita de uma intervenção mas, nas palavras de João Quinas, “esta é uma responsabilidade do Ministério da Educação”. Numa realidade de 300 alunos 200 são residentes. Com escassez de quartos na escola muitos destes alunos acabam por procurar e arren-
João Quinas diz que a aposta na comercialização dos •produtos, como o vinho e o azeite, “é determinante”
dar alojamento na freguesia de Mouriscas. João Quinas admite que entre os muitos desafios, o alojamento é uma situação a ter em conta num futuro próximo. Para o diretor, a escola necessita de um investimento regular e nem sempre isso é possível. “A tutela tem de pensar se quer alunos atualizados e preparados para o futuro tem de ter escolas atualizadas. A escola necessita de investimento precisa de se atualizar constantemente.”
Com esta maneira de ver o ensino, João Quinas reúne um conjunto de desafios e objetivos a ter em conta nos próximos anos. Um deles será o desenvolvimento de um projeto na área agropecuário. O objetivo final passa por “uma escola com qualidade, num ensino feito em autenticidade, com características muito específicas com muita qualidade e sucesso”. Joana Margarida Carvalho
EDUCAÇÃO 7
AGOSTO 2014
A EPDRA promoveu mais um “Almoço Pedagógico” no Restaurante de Aplicação da Herdade da Murteira. Tratou-se de uma oportunidade para dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos alunos do 1º ano Curso de Técnico de Restauração – variante cozinha/pastelaria, que apresentaram uma demonstração gastronómica da sua inteira responsabilidade. João Quinas, diretor da EPDRA, referiu ao JA que o objetivo da iniciativa passou em primeiro lugar por “dar oportunidade a estes jovens de experienciarem o que estão aprender”, sendo também “uma forma de responsabilizá-los para perceberem o que se passa na vida lá fora, no mundo de trabalho”. O momento serviu, também, para a EPDRA dar a co-
nhecer o seu projeto educativo, as ofertas formativas, os produtos da sua exploração e as parcerias estabelecidas com a comunidade. O almoço pedagógico, aberto à comunicação social, decorreu no passado dia 30 junho, ao que se seguiram outros durante este último mês de julho. Sob a batuta do Chefe Luís Alves, os aprendizes de cozinha confecionaram uma entrada, um prato de peixe e um prato de carne. A sobremesa ficou a cargo dos alunos do curso Técnico de Restauração, variante Pastelaria, curso ministrado pelo Chefe Pasteleiro Fernando Correia. O professor Luís Alves, com 40 anos de cozinheiro, é quem coordena os alunos e os futuros profissionais de hotelaria, ao nível de cozi-
Joana Margarida Carvalho
Alunos da EPDRA mostram serviço em almoço pedagógico
•
Sandro Paredes e Márcia Campos satisfeitos com o 1º ano do curso de Técnico de Restauração
nheiros. Em declarações ao JA, o mestre cozinheiro destacou a preocupação em dar uma “boa base de forma-
ção” aos alunos, sendo que a matéria prima de trabalho é a base dos produtos endógenos, “típicos da região”, e
produzidos, “quase integralmente”, nos campos da Herdade da Murteira. “Aqui existe quase de tudo, talvez à exceção do peixe, mas esta região é muito rica nos legumes, nos azeites, vinho, fruta e carne. É com estes materiais de qualidade e diferenciadores que queremos trabalhar”, vincou. Luís Alves considerou ainda que a profissão de cozinheiro e pasteleiro “tem futuro” num país vocacionado para o turismo. “Temos muito sol, praia e um país com défice de cozinheiros. É um curso que aconselho a quem gosta, e tendo em conta que tem mercado aberto de trabalho”, defendeu. Márcia Campos, 18 anos, residente em Mouriscas, e Sandro Paredes, de Rossio ao sul do Tejo, dois alunos do curso
de cozinha e pastelaria da EPDRA, manifestaram ao JA a sua satisfação pela conclusão do 1º ano de um curso que tem a duração de três anos. “Este é o curso que eu queria tirar e o 1º ano até superou as minhas melhores expectativas”, observou Márcia Campos, tendo referido que “gostaria de trabalhar fora do país, depois de tirar uma especialização”. Sandro Paredes, por sua vez, destacou como positiva a “quantidade e qualidade de conhecimentos práticos e teóricos adquiridos”, tendo feito notar que o seu futuro passa por trabalhar em Portugal”, quando concluir o curso. “É o meu país, e é aqui que tenho a minha família e amigos”, frisou. Joana Margarida Carvalho e Mário Rui Fonseca
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8 EDUCAÇÃO
AGOSTO 2014
Em abril do próximo ano o antigo liceu estará •completamente remodelado
As obras de requalificação da Escola Básica e Secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, interrompidas em setembro de 2012, foram retomadas em julho e devem estar concluídas em abril de 2015, disse ao JA o diretor do Agrupamento de Escolas nº2 de Abrantes, Alcino Hermínio. Os trabalhos de requalificação e ampliação da Escola Secundária Manuel Fernandes implicam um investimento global de 15 milhões de euros e um período de intervenção de cerca de 18 meses, tendo a empreitada sido suspensa há cerca de dois anos devido a “dificuldades de financiamento” com que a empresa pública se confrontou no final de 2011, após conclusão da primeira fase. Atribuindo a suspensão das obras a “dificuldades de financiamento”, fonte da Parque Escolar referiu que o projeto de intervenção contempla a “ampliação e reformulação das construções existentes, de forma a ir ao encontro das necessidades curriculares”, mantendo-se o projeto inicial concebido para a escola secundária. No total, a escola passará a ter 40 salas de aula, quatro salas de tecnologias de informação e comunicação, seis laboratórios, sete salas de artes, um núcleo oficinal,
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uma sala de artes performativas, uma sala de música, uma biblioteca, um auditório, cinco salas para docentes, refeitório e bar, um ginásio coberto e dois campos desportivos exteriores. Alcino Hermínio, diretor da Escola Dr. Manuel Fernandes, estabelecimento de ensino com cerca de 800 alunos e 120 professores, disse que o retomar dos trabalhos “repõe a justiça e colmata uma necessidade”, tendo em conta que, desde o início do ano letivo transato, “metade da escola estava nova e a outra metade funcionava em 30 monoblocos alugados”, servindo de salas de aula e gabinetes para serviços administrativos. “Vivemos aqui em dois mundos distintos, metade da escola está nova e modernizada, a outra metade ainda funciona em instalações provisórias”, observou, manifestando a sua “satisfação” pela manutenção do projeto inicial. “Depois de se iniciarem as obras, ainda vão demorar cerca de um ano mas a comunidade educativa já vai encarar esta situação pela positiva, tendo em conta que é um processo bom para todos e porque vai estar em fase final de resolução”, defendeu o responsável. Mário Rui Fonseca
ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO SECUNDÁRIO E ENSINO SUPERIOR
Escola Dr. Solano de Abreu aposta na Mecatrónica A Escola Secundária Dr. Solano de Abreu, em Abrantes, vai abrir três cursos profissionais, que equivalem ao ensino secundário. A novidade é o curso de Técnico de Mecatrónica, uma oferta pensada em articulação com a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA). A ideia é que os alunos que optem por este curso profissional da Solano de Abreu possam prosseguir os seus estudos no ensino superior, uma vez que a ESTA está a preparar um curso de Técnico Superior Profissional (TeSP) na mesma área. Jorge Costa, diretor do Agrupamento de Escolas nº 1 de Abrantes (que inclui a Escola Secundário Dr. Solano de Abreu), considera que esta parceria com ESTA é “importante porque será uma maisvalia para a cidade, para a região e para o mercado de trabalho”. Para além disso, uma parte do curso profissional de Mecatrónica será ministrada na ESTA, ao abrigo do protocolo que existe entre as duas instituições, desde que a ESTA recebeu o equipamento de Engenharia Mecânica que existia na Solano de Abreu. Para além do curso de Mecatrónica, a Escola Solano de Abreu terá também dois outros cursos profissionais: Técnico de Vendas e Técnico de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos. Uma outra novidade do Agrupamento de Escolas nº 1 são os novos cursos vocacionais para os 2º e 3º ciclos,
Hália Costa Santos
Joana Margarida Carvalho
Obras suspensas em 2012 em escola de Abrantes foram retomadas pela Parque Escolar
Jorge Costa foi eleito como diretor do Agrupamentos de Escolas nº 1 por •unanimidade
na área da Bijuteria, da Jardinagem e da Encadernação. Jorge Costa explica que um dos objetivos destes cursos é aproveitar o concurso de Empreendedorismo que é promovido pela Tagus Valley. O que se pretende é “agarrar os alunos”, fazendo com que, para além do objetivo de acabar o curso, possam ter “a motivação diária de fazer do curso uma empresa e dela tirar um pequeno lucro”. Uma parte desse lucro será para os próprios alunos, a outra parte será para oferecer a instituições a região. Relativamente à criação do Agrupamento de Escolas nº1, Jorge Costa atribui o sucesso do processo de união de escolas ao profissionalismo dos professores e dos funcioná-
rios que teve “a sorte de encontrar”. O diretor do Agrupamento, recentemente eleito por unanimidade, adianta que os vários projetos e atividades vão ter continuidade, nomeadamente o apoio em algumas disciplinas-âncora em que os alunos têm mais dificuldades. Os principais problemas são na Geometria Descritiva e na Físico-Química. No caso da Biologia, “já se conseguiram resolver alguns problemas”. Relativamente aos recentes resultados dos exames, na Solano de Abreu, em geral, não há grandes disparidades entre as classificações internas de frequência e as notas dos exames. Nalguns casos, como Português, Literatura e Matemática A, as médias
dos exames são superiores às médias nacionais, embora as classificações internas sejam inferiores às nacionais. A interpretação que se pode fazer destes dados será a do rigor com que os alunos são avaliados internamente. No ano letivo de 14/15 o Agrupamento de Escolas nº 1 vai ainda dar continuidade a projetos diversificados no campo do desporto escolar, clubes e outras atividades. Ao nível do funcionamento interno, uma novidade é a introdução do sumário eletrónico na Escola Dr. Solano de Abreu, procedimento que será depois alargado às outras escolas e níveis de ensino, assim como o registo de faltas eletrónico. HCS
Politécnico mantém propinas e atribui prémios Para além das quatro licenciaturas a que dará continuidade (Comunicação Social, Engenharia Mecânica, Vídeo e Cinema Documental e Tecnologias da Informação e Comunicação), a ESTA tem abertas candidaturas de segunda fase, até 19 de setembro, para o Mestrado em Engenharia Mecânica –
Projeto e Produção Mecânica. Quanto a Cursos de Especialização Tecnológica (CET), a oferta da ESTA é diversificada: Desenvolvimento de Produtos Multimédia; Eletrónica Médica; Fabricação Automática; Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos; Projeto
de Construções Mecânicas; Tecnologias e Projeto de Sistemas Informáticos. Entretanto o IPT anunciou que vai manter os valores das propinas do ano letivo anterior e criar de um programa de incentivos e prémios de mérito para os melhores estudantes do ensino secundário a candidatarem-
se na primeira escolha a este estabelecimento de ensino. Eugénio Pina de Almeida, presidente do IPT, diz que, “com esta tomada de decisão, pretendemos evitar o aumento das desistências por parte dos estudantes ou os pedidos de adiamento do pagamento de prestações de propinas”.
OBRAS 9
AGOSTO 2014
População de Atalaia quer semáforos na localidade
A circulação de veículos na ponte de Abrantes, travessia sobre o rio Tejo e principal ponto de acesso à cidade, continua a decorrer na normalidade. Ainda não há uma data que determine o início dos constrangimentos ao trânsito, assim como ainda não há uma data quanto ao início da tão esperada obra. João Caseiro Gomes, vicepresidente da CM de Abrantes, adiantou ao Jornal de Abrantes que no terreno está “uma equipa que tem estado a realizar alguns estudos e a fazer alguns testes fora do tabuleiro da ponte para que possam estar acauteladas todas as situações possíveis que irão decorrer durante a obra”. “O compromisso que temos com a Estradas de Portugal é que a empresa irá avisar a Câmara com oito dias de antecedência do início da obra,
A população da Atalaia, no concelho de Vila Nova da Barquinha, está a promover um abaixo-assinado para exigir à Estradas de Portugal (EP) a colocação de semáforos redutores da velocidade no percurso da Estrada Nacional 110, via que atravessa a localidade. No documento, que recolheu até ao momento cerca de 250 assinaturas, pode ler-se que a colocação de portagens na A23 e na A13 “transferiu a circulação de milhares de carros e camiões para o meio da Atalaia, situação que veio colocar em causa as condições de segurança” dos moradores. Reclamando pela colocação de semáforos redutores de velocidade, para maior segurança e mobilidade da população, o documento destaca ainda a
ABRANTES
Paulo Sousa
Obras na ponte de Abrantes aguardam o seu início
para que possamos informar os nossos munícipes de tudo o que irá acontecer”, explicou o vereador. Segundo a autarquia, a CP já demonstrou a sua disponibilidade quanto ao reforço do transporte ferroviário de ligação a Alferrarede, Rossio ao Sul do Tejo e Tramagal. Para além disso, a Câmara já entrou em contacto com al-
gumas empresas de modo a “identificar horários e turnos e perceber se a oferta é suficiente”. Contudo, João Caseiro Gomes referiu que primeiro é necessário perceber “quais vão ser as condicionantes para minimizar o impacto das mesmas junto da população”. Desde o dia 23 de junho que está disponível nas instalações do polo do Rossio ao Sul
do Tejo um posto de atendimento da Câmara Municipal, a funcionar nos dias úteis, das 09h00 às 13h00, e das 14h00 às 16h00. A empreitada, a cargo das Estradas de Portugal, representa um investimento de 2,9 milhões de euros e vai ter uma duração de 540 dias, cerca de ano e meio. Joana Margarida Carvalho
“degradação das condições ambientais e a destruição do piso das vias” que estão a ser utilizadas. “Trata-se de uma estrada com perigo iminente devido ao grande volume de tráfego que por ali passa diariamente. É uma questão que vejo com grande preocupação, pois tem sido um milagre ainda não ter acontecido um acidente com peões” explicou Fernando Freire, presidente da CM de VNB. “Já me disponibilizei para reuniões, já expliquei a importância do assunto e até agora não obtive nenhuma resposta por parte das entidades competentes. Parece que é necessário acontecer um dano maior para que algo seja feito”, lamentou o autarca. MRF e JMC
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RUA DAS ESCOLAS | ALFERRAREDE | ABRANTES | TEL. 241 360 460 jornaldeabrantes
10 SAÚDE
AGOSTO 2014
Nova administração no CHMT
TRAMAGAL, ABRANTES
Médica cubana atende 2600 utentes Miviala Atencio, 48 anos, é a médica natural de Guantánamo, Cuba, que chegou há poucas semanas a Abrantes para atender os cerca de 2600 utentes que estão hoje sem médico de família no centro de saúde de Tramagal. Aquela extensão de saúde, a funcionar sem qualquer médico de família há vários meses, perdeu em dois anos cerca de 700 utentes que decidiram inscreverse em outros centros de saúde das proximidades, nomeadamente em Alferrarede (Abrantes) e Santa Margarida (Constância). A trabalhar em Tramagal há poucas semanas, a médica cubana, que já esteve dois anos a trabalhar em Sines, no
• Miviala Atencio litoral alentejano, disse que atende em consulta aberta todos os utentes da freguesia de Tramagal. “Ainda estou em fase de adaptação ao Tramagal e Abrantes, mas posso dizer
que estou a gostar e que os utentes estão a aceitar-me bem”, disse Miviala, tendo observado que o povo português “é muito solidário e muito amigo, à semelhança do povo cubano”.
Sobre o trabalho em si, Miviala disse que recebe os utentes em consulta aberta, todos os dias, e que a passagem de receituário está já em dia. “Recebo todos os dias, com marcações de consulta presenciais ou por telefone, e atendo no mesmo dia os casos mais urgentes. A passagem de receitas está em dia e não existem pessoas à espera de receituário.” Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM Abrantes, disse, por sua vez, que a vinda da médica cubana é uma boa notícia, mas fez notar que o problema não fica resolvido, uma vez que cerca de 40% da população do concelho de Abrantes continua sem médico de família. MRF
Distrital social-democrata garante que Maternidade de Abrantes não fecha Os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Santarém asseguraram ter obtido garantias do ministro da Saúde da contratação de 23 novos especialistas e mais médicos de família para a região e da manutenção da maternidade em Abrantes. Nuno Serra, deputado e presidente da distrital socialdemocrata, disse que as garantias foram dadas durante uma reunião com Paulo Macedo, na qual os deputados insistiram na criação de um regime especial temporário que permita aos médicos aposentados colmatarem as faltas de clínicos.
Nuno Serra, presidente da distrital •social-democrata de Santarém
Os deputados afirmam ter obtido garantias de que, “ao contrário do que alguma oposição quis fazer passar na opinião pública”, a Materni-
dade da unidade de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) “não vai fechar”. O ministro “foi mais longe dizendo que jamais
essa possibilidade esteve em cima da mesa”, afirma a nota. Paulo Macedo adiantou na reunião que “estão já abertas 14 novas vagas de especialistas para os hospitais de Santarém e do Médio Tejo e mais nove em regime de mobilidade, num total de 23 novas vagas para médicos especialistas, o que será ainda reforçado com um novo concurso a abrir em outubro”. O ministro ainda assegurou que vão ser abertos novos concursos para a contratação de médico para os Agrupamentos de Centros de Saúde da Lezíria e do Médio Tejo. Lusa
A nomeação da nova administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), por um mandato de três anos, liderada por Carlos Andrade Costa, até aqui na direção do polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas, foi já publicada em Diário da República. O conselho de administração do CHMT integra ainda Cristina Horta Marques (diretora clínica), António Horta Lérias, Bruno Santos Ferreira e Nelson Paulino da Silva (enferm-
eiro-diretor). Carlos Andrade Costa, 48 anos, é licenciado em Direito, possui o curso de administração hospitalar e foi membro da direção do polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas e administrador-delegado do Centro de Medicina Física e Reabilitação de Alcoitão, tendo-lhe sido autorizada a atividade de docência em estabelecimentos de ensino superior público ou de interesse público.
Municípios do Médio Tejo vão elaborar Carta de Saúde Regional Os 13 municípios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMTEJO), preocupados com a qualidade da oferta ao nível dos cuidados de saúde, aprovaram por unanimidade a criação de uma Carta de Saúde Regional. A presidente da CIMTEJO, Maria do Céu Albuquerque, que também preside à Câmara de Abrantes, disse ao JA que aquela entidade vai “iniciar os procedimentos e recolha da informação ao nível dos cuidados hospitalares, primários e continuados, com a ambição da execução de uma Carta de Saúde Regional”, que abranja todo o território do Médio Tejo. Em causa está a prestação dos cuidados de saúde na região, tendo a autarca manifestado “forte preocupação pela degradação progressiva dos cuidados de saúde que hoje se verificam de forma acentuada”, e onde cerca de 38 mil
pessoas estão sem médico de família num universo de perto de 250 mil habitantes. “A CIMTEJO está também bastante apreensiva e preocupada pelas insistentes notícias sobre a criação do agrupamento hospitalar do Ribatejo, com todas as consequências em termos da diminuição das valências médicas disponíveis no nosso território”, destacou. Céu Albuquerque disse ainda que a CIMTE JO “não quer andar a reboque de soluções conjunturais”, tendo feito notar que aquela entidade vai começar a “estudar a fundo” a problemática da saúde no âmbito do Médio Tejo, com identificação das necessidades, de soluções articuladas, e com a quantidade de investimentos envolvidos na prestação de cuidados de saúde. Mário Rui Fonseca
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POLÍTICA 11
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A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, vai disputar a liderança da Federação Distrital de Santarém do PS contra o atual presidente, António Gameiro, nas eleições agendadas para 5 e 6 de setembro. Maria do Céu Albuquerque aproveitou a sessão pública com o candidato a secretário-geral do partido António Costa (de cuja candidatura é mandatária distrital), para anunciar a sua vontade de “regenerar a intervenção regional do PS no Distrito de Santarém”. O aparecimento da candidatura de Maria do Céu Albuquerque surge depois da votação da proposta de realização de um congresso extraordinário e da eleição direta do secretário-geral do partido na última comissão política distrital, cujo resultado (28 votos contra e 26 a favor) foi lido como sintoma da divisão no seio do PS distrital. A autarca já fez a primeira apresentação pública da sua candidatura para os militantes do partido em Abrantes,
DR
Maria Céu Albuquerque é candidata à liderança da distrital do PS
no passado dia 18 de julho, no espaço 53 by Trincanela. A presidente da CM de Abrantes explicou que dentro “das federações existe uma nova forma de se fazer política, existem novos protagonistas capazes de dar alento e esperança às
pessoas, nomeadamente trazendo para a discussão pública aquilo que são os valores do PS, como a solidariedade, a defesa do estado social, a qualidade de vida com justiça, saúde, educação, etc” e que a sua candidatura se vai centrar
na “defesa do que é melhor para os cidadãos da região”. Sob o lema “Mobilizar o Ribatejo”, a candidatura de Maria do Céu Albuquerque assenta em duas vertentes: “uma de trabalho interno, com os nossos cidadãos, capazes de estabe-
lecermos um calendário de discussão política regular e não apenas quando há processos eletivos”, como também “num trabalho virado para o exterior, para capitalizar para o Ribatejo o que é nosso por direito, numa região com protagonismo
às portas de Lisboa e com grande potencial,” afirmou. Maria do Céu Albuquerque é a atual mandatária distrital de António Costa, candidato a secretário-geral do PS, e vai disputar a liderança da federação distrital socialista, contra o atual presidente e recandidato, António Gameiro, apoiante assumido de António José Seguro. Na cerimónia do passado dia 18 julho, entre os vários apoiantes, marcaram presença para falar aos presentes, Francisco Madelino, antigo presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, José Alho, adjunto de Maria do Céu Albuquerque na CM de Abrantes e coordenador da sua campanha, Nelson Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, e Bruno Tomás, presidente da concelhia de Abrantes do PS. As eleições da federação distrital vão decorrer nos dias 5 e 6 de setembro e as primárias do PS a 23 de setembro do corrente ano. Joana Margarida Carvalho
António Gameiro recandidata-se à liderança da distrital socialista O presidente da federação distrital de Santarém do PS apresentou a sua recandidatura ao cargo, apontando como grande desígnio para o próximo mandato “ganhar as legislativas de 2015 no distrito com maioria absoluta”. Em declarações à agência Lusa, António Gameiro disse que, caso vença a eleição para a liderança da distrital, marcada para 5 e 6 de setembro, se vai bater para que sejam eleitos pelo menos cinco deputados socialistas pelo círculo de Santarém nas eleições legislativas do próximo ano. Entre as suas propostas
contam-se conseguir que a regionalização se torne uma realidade, num processo que deve “nascer de baixo para cima”, num movimento que “reforce o poder autárquico e o sistema democrático”, aproximando as populações dos centros de poder. “A ideia é criar um centro de decisão na região e não em Lisboa”, referiu, adiantando que este nível de poder não deve implicar nem a criação de cargos nem de estruturas, mas surgir na figura de um gestor eleito pelos autarcas e pelas forças vivas de cada região, que definem as estratégias
a concretizar. Sublinhando o caráter único do distrito de Santarém, com “duas realidades distintas”, “já que o Médio Tejo se articula com a região Centro e a Lezíria com o Alentejo”, António Gameiro disse serem necessárias políticas de desenvolvimento regional e de coesão territorial, admitindo uma região alargada ao Oeste e a Leiria. António Gameiro afirmou ter “um pensamento muito claro sobre o que é um partido de esquerda”, pelo que considerou que o PS deve fazer “uma defesa intransigente” dos valores que estão na sua génese, como os
da igualdade, da solidariedade e da justiça. Tendo por lema “Santarém no Rumo Certo”, Gameiro fez um balanço positivo dos dois anos do mandato que agora termina, referindo a “vitória histórica” nas autárquicas de 2013, com a conquista de 13 dos 21 municípios do distrito, a melhoria das relações e da comunicação, tanto nas estruturas do partido como com as bases, e a qualificação de estruturas, como é exemplo a sede da distrital em Santarém. Lusa
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O QUE APRESENTAM OS CANDIDATOS À DISTRITAL DO PS:
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Maria do Céu de Oliveira Antunes Albuquerque, 44 anos, natural de Abrantes
Apresento-me às eleições para a Federação, marcadas pelo Secretário-geral do PS, por imperativo de consciência e em nome de um projecto alternativo na vida do PS nacional protagonizado pelo António Costa, logo também nesta região – Médio Tejo e Lezíria -, no Distrito de Santarém. Dentro das federações existe uma nova forma de se fazer política, existem novos protagonistas capazes de regenerar o partido, dar alento e esperança às pessoas, nomeadamente trazendo para a discussão pública aquilo que
são os valores do PS, como a solidariedade, a defesa do estado social, a qualidade de vida com justiça, saúde, educação, pelo que esta candidatura se vai centrar na defesa do que é melhor para os cidadãos da região. O PS nacional precisa dum PS Santarém forte, cooperante, solidário e empenhado no apoio à nova liderança socialista. Com capacidade reivindicativa para termos uma voz ativa junto de quem nos representa para encontrarmos soluções para os problemas que o nosso Distrito enfrenta como o desmantelamento dos serviços públicos, especialmente a nível da saúde e justiça, deixando ao abandono as populações locais. Sob o lema “Mobilizar o Ribatejo”, esta candidatura assenta em duas vertentes: uma de trabalho interno, com os nossos cidadãos, capazes de estabelecermos um calendário de discussão política regular e não apenas
quando há processos eletivos, como também, num trabalho virado para o exterior, para capitalizar para o Ribatejo o que é nosso por direito, numa região com protagonismo às portas de Lisboa e com grande potencial. Estamos a trabalhar num projecto de mudança que privilegie a abertura do partido à sociedade civil e para uma visão alargada para o nosso território. Uma das propostas da Moção que vamos apresentar à eleição para a Federação, cujas linhas orientadoras estão a ser delineadas pela equipa liderada pelo camarada Francisco Madelino, com os contributos dos militantes e simpatizantes que estamos a ouvir nos 21 concelhos do Distrito, é precisamente a da criação de um Fórum distrital que reúna periodicamente para debater abertamente temas sobre o nosso partido e sobre a nossa região para em conjunto trabalharmos soluções.
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António Ribeiro Gameiro, 43 anos, natural de Urqueira, Ourém
Candidato-me porque entendo que a minha missão, enquanto Presidente da Federação, não se esgotou neste mandato. Tenho um projeto político para a minha região e para a minha gente e quero implementá-lo. Quero trabalhar por um Distrito com autonomia para fazer as suas opções estratégicas; por uma região articulada entre si, com uma forte rede autárquica e por um Distrito com dinâmica e desenvolvimento económico e social. Quero que os Ribatejanos tenham orgulho na sua terra e não sejam
espoliados dos serviços públicos a que têm direito. Do ponto de vista partidário, quero um PS forte e unido, virado para as pessoas, interessado nelas, a trabalhar para elas e capaz de fazer frente a um tempo de crise e de total vazio de ideias e de propostas capazes de fazerem avançar Portugal. Quero que os militantes se sintam motivados para este desafio e disponíveis para dar o melhor de si ao PS. Cumpri todos os objetivos com que me comprometi na Moção Ganhar 2013, percorri todo o Distrito em iniciativas voltadas para os Ribatejanos e para a defesa dos seus interesses, promovi ações de esclarecimento sobre os temas mais pertinentes para a região, trouxe figuras nacionais para explicar e debater todo o tipo de assuntos com as pessoas, apoiei os autarcas, usei todos os instrumentos políticos à minha disposição na Assembleia
da República para encontrar soluções para os problemas do Distrito de Santarém, a federação marcou a agenda política, dinamizou as estruturas locais do PS, apoiou o processo autárquico e venceu as eleições com um resultado histórico, promoveu um ciclo exemplar de conferências sobre a União Europeia, fez campanha de forma intensa e obtive um resultado acima da média nacional do Partido. É por isto que devo o próximo Presidente: porque tenho resultados para apresentar. As pessoas conhecem-me, sabem que tenho uma vida profissional intensa fora da política, sabem que nunca me servi nem precisei de cargos políticos para nada, sabem que não estou na política para dar resposta a interesses pessoais ou coletivos de ninguém. Estou na política porque tenho um objetivo: fazer mais e melhor pela minha terra e pela minha gente.
CDS-PP celebrou 40 anos em Abrantes A Comissão Política Distrital do CDS-PP de Santarém realizou a cerimónia de tomada de posse em Abrantes, no passado dia 19 de julho, dia em que se assinalou os 40 anos da fundação do CDS-PP. A cerimónia contou com a presença de Paulo Portas, presidente do partido. José Vasco Matafome tomou posse como presidente da Comissão Política Distrital de Santarém do CDS-PP. Na sessão solene, o líder da distrital referiu que “a desertificação do mundo rural” é um dos atuais problemas que o distrito de Santarém
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atravessa. “Ao fim de 40 anos esperava-se o mínimo de ruralidade ativa e nunca a desertificação do mundo rural, o falecimento dos povoados e das aldeias, das vilas e agora de algumas cidades no distrito de Santarém”, salientou. “O Estado não tem de ser opressivo e exigente, mas sim eficiente. Não podemos permitir a desestruturação do tecido social, geradora de conflitos graves, de insegurança, de desespero e de violência,” afirmou ainda José Vasco Matafome, acrescentado que “sem paz social
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José Vasco Matafome foi reeleito presidente da Comissão Política Distrital de Santarém do CDS-PP por dois anos
não há democracia.” Na cerimónia dos 40 anos em Abrantes, Paulo Portas lembrou que o partido sempre contribuiu para a governabilidade de Portugal, nomeadamente quando “a casa estava a arder”. “O CDS sempre contribuiu para a governabilidade do país nos tempos mais difíceis. Nas três vezes em que o fez, a casa estava a arder e era preciso arrumá-la”, referiu o líder em Abrantes. “Tudo o que nós somos foi conquistado com o nosso esforço. Nada nos foi dado”, sublinhou Portas. O presidente do partido
adiantou ainda que atualmente, o partido conta com 34 mil militantes e que é necessário um crescimento e aumento da militância. Na cerimónia, que decorreu no Parque Urbano de São Lourenço, tomaram posse as concelhias do CDSPP e da Juventude Popular de Abrantes. A noite contou ainda com as presenças do secretário-geral, António Carlos Monteiro, e do deputado Filipe Lobo D’ Ávila, eleito por Santarém, entre outras personalidades e dirigentes nacionais do CDSPP. Joana Margarida Carvalho
JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTES
AGOSTO DE 2014 EDIÇÃO Nº 34 www.estajornal.com
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
DIRETORA: HÁLIA COSTA SANTOS DIRETORA ADJUNTA: RAQUEL BOTELHO
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Convidados pelo canal de televisão 180, alguns dos mais inovadores criadores internacionais, com talentos que desafiam a cultura contemporânea, andaram pelas ruas abrantinas. A eles juntaram-se jovens de 17 nacionalidades, que foram também desenvolvendo dos seus projetos. Foram oito dias de criação de vídeo, intervenção urbana, masterclasses, workshops, concertos e talks. No balanço, o diretor do Canal 180 diz que "a obra que se realizou é impressionante". A cidade ficou com marcas de criatividade e a população foi interagindo, com curiosidade.
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Criativos de todo o mundo no centro histórico de Abrantes
O poder de contar histórias através da arte
FOTOGRAFIA HÁLIA COSTA SANTOS
O 180 Creative Camp é um conceito original do Canal180. Convidados por este canal de televisão, durante uma semana, alguns dos mais inovadores criadores internacionais, com talentos que desafiam a cultura contemporânea, andaram pelas ruas abrantinas. Foram oito dias de criação de vídeo, intervenção urbana, masterclasses, workshops, concertos e talks. O tema deste ano foi “The Power of Storytelling”. Artistas como We Came From Space, Noiserv, Tocha Pestana, Lara Luís, Arthur Carvalho, Lagaet, Maria Mónica, Wasted Rita, Margarita Louca, Artists & Engineers, Dub Video Connection, mo.ca. design, Boris Hoppek e Juanma LoDo marcaram presença nesta semana altamente criativa. Os Claustros do Convento de S. Domingos foram o espaço escolhido para inaugurar esta terceira edição do 180 Creative Camp, a segunda feita em Abrantes. João Vasconcelos, director do canal180, referiu que este “é um projeto em expansão e de encontros criativos em que o pensamento contemporâneo é o pontapé de partida”. Este responsável sublinhava ainda, no dia da inauguração do evento, a importância de
contar com “participantes de 17 nacionalidades e, depois, ter as pessoas locais em contacto e a envolverem-se com esta dinâmica”. Questionado sobre a programação do 180 Creative Camp, João Vasconcelos argumentou que a finalidade desta programação, um pouco mais eclética, é de marcar a diferença, fugindo, assim, ao momento efémero que normalmente é característica base de uma programação mais tradicional: “Se nós quiséssemos fazer uma programação tradicional, essa programação seria cara e é efémera. Porque as pessoas vêem, é espetacular e, se calhar, conseguíamos juntar aqui dez mil pessoas e isso tinha um valor imediato. E não é esse o esforço que temos diluído. Quisemos trazer uma programação variada, eclética. Mas sobretudo criar as condições para que consigamos capacitar as pessoas porque elas é que vão fazer a diferença.” Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, lembrou que é um “privilégio contar com a grande equipa do canal180 e que é nos momentos de crise que precisamos de cultura e de arte”. No momento em que acolheu os artistas e os participantes, a autarca garantiu que “este é um evento da maior importância para Abrantes e para os abrantinos”. J
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L No momento de abertura do Creative Camp a presidente da Câmara de Abrantes garantiu que este é um evento “da maior importância” para o concelho
Diretor do Canal 180, que organizou o Creative Camp, faz balanço positivo
“Temos que retribuir de maneira generosa a forma como nos acolhem” FOTOGRAFIA DR
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MICAEL REIS ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL
ESTA JORNAL
L “Há coisas que resultam melhor e há vontade de ir testando”
BÁRBARA GONZALEZ GOMES ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL
JOÃO VASCONCELOS, diretor do Canal 180, fez o balanço do 180 Creative Camp. Falou sobre o investimento e sobre a ligação com a comunidade. “A obra que se realizou é impressionante.”
Qual o feedback dos participantes? Há sempre o primeiro impacto que é bom e tem a ver com o formato de tirar os criativos dos grandes centros urbanos. Mais do que dizer palavras simpáticas, importa ver como desenvolveram os trabalhos e a vontade com que se envolverem com a comunidade. Eles sentem que mudaram a vida a alguém e, nesse caso, que se pode dizer? Não basta dizer que a cidade é bonita, que gostaram e se divertiram. É muito mais que isso. O objetivo de se envolverem com a cidade foi cumprido? Sim. Sou obsessivo com isso pois temos que retribuir de maneira generosa a forma como nos acolhem. As relações constroem-se ao longo
do tempo e foi o que aconteceu, demos outro passo. Houve mais tempo para contactar associações e, mesmo assim, achamos que poucas se abriram. Muitas lojas aderiram, mas com as instituições ainda há muito a fazer. É engraçado juntar aqui um grupo de pessoas que vêm de todo o mundo mas, se vimos ocupar este lugar, tem que ser muito mais. Escolhemos Abrantes pelas condições que tem e se não valorizamos quem cá está, perdemos em grande parte. Quando fazemos a programação com Noiserv ou Video Mapping no centro, permite às pessoas terem mais contacto e, depois, voltarem a procurar. Para o ano as pessoas já sabem que há um infopoint onde podem saber a programação. Isto leva algum tempo e precisamos realmente de mobilizar mais pessoas. O evento decorreu em vários pontos da cidade. Como foi gerir isso? É um dilema quando dispersamos porque perdemos algum controlo e o impacto pode ser menor. É preciso perceber os contextos onde faz sentido. É essa a difi-
“ ”
A obra que se realizou é impressionante
culdade na programação: que local, artistas e áreas. O desenho de animação, por exemplo, foi uma surpresa, onde não só os artistas como as pessoas se sentaram ali a fazer desenhos. Há coisas que resultam melhor e há vontade de ir testando. Ficarmos alojados na Pousada da Juventude obrigou-nos a estar mais tempo no centro. Foi difícil pelo calor e alguma dispersão da nossa parte mas, por outro lado, ajudou-nos a descobrir mais. Qual foi o investimento total e identidades envolvidas? Há três partes que tornam isto possível. A Câmara, com a parte logística e financeira que nos permite mobilizar os artistas. A nossa parte, em que trabalhamos todo o ano, a contactar com artistas, construir equipas para organizar o evento e a pro-
dução dos conteúdos que também implica um valor grande. Depois temos a comunicação e apoios de parceiros. Ainda vamos fechar o valor mas estará sempre entre os 200 e 300 mil euros. Qual o balanço que faz? É muito positivo, ao fim de uma semana, ver o que foi feito, ver pessoas que quiseram voltar. Demonstra que é uma coisa séria, que ambicionamos ter um nível elevado. A obra que se realizou é impressionante e com destaque para a exposição na galeria municipal que também estreou a residência. Quando se estreia uma residência de artistas, com uma exposição destas, valoriza-se um equipamento em que a cidade investiu. Isso pode determinar o nível e o que aquilo pode representar. É um ganho para a cidade. Para nós foi outra semana boa, muito exigente, a tentar responder a todas as necessidades dos artistas. É um esforço grande mas faz-nos acreditar que é um conceito que vale a pena. E o reconhecimento da cidade é importante para nós, dá-nos bagagem para fazermos outros Creative Camps lá fora. J
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A importância do ouro na história de Abrantes influencia instalação artística
Jovens italianos apresentam KARAT D
MICAEL REIS ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL
Foi na tarde do dia 14 de julho, na praça Raimundo Soares, que os habitantes e os visitantes da cidade florida puderam contemplar, nas fachadas altas dos edifícios estreitos que compõem umas das mais belas praças da cidade, a instalação artística que reflete a história de Abrantes. Uma estrutura alta, dourada e com uma forma geométrica de linhas retas apareceu na praça. É o projeto KARAT, da autoria de Francesco Bernabei e Magnus Gustafsson, ambos de Itália, um dos dois projetos vencedores do “URBAN INTERVENTION PROJECTS FOR 180 CREATIVE CAMP”. Era notória a curiosidade que aquela peça artística provocava nas pessoas que passavam pela praça. Muitas delas (maioritariamente crianças e jovens) tocavam nas peças rotativas e tiravam fotografias, para mais tarde recordar, ou simplesmente ficavam a ver o seu reflexo a mudar de forma enquanto faziam rodar cada peça. Francesco explicou ao ESTAJornal as inspirações que deram origem à obra KARAT: “Tivemos muitas referências diferentes. Primeiro,
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
L A obra KARAT pretende “dar a oportunidade aos abrantinos para refletir sobre a sua origem, o seu quotidiano e as possibilidades futuras”
a história da cidade e do nascer do nome. A sua forma foi inspirada no logotipo da cidade. Eu sou um grande adepto destas formas geométricas, pelo que acabou por ser bastante interessante poder misturar estas sugestões.” A propósito do dourado, Magnus lembrou a importância do ouro e de como este é um “elemento
crucial” na história de Abrantes. “O metal precioso pode ter favorecido a localização geográfica e o seu desenvolvimento como cidade estabelecida no centro de Portugal. O ouro tem sido um precioso material ao longo do tempo, cativando as pessoas com a sua beleza, e é uma moeda mundialmente aceite, independente da política e da história.”
Relativamente aos moradores de Abrantes, Francesco e Magnus adiantam que esta obra “deve dar a oportunidade aos abrantinos para refletir sobre a sua origem, o seu quotidiano e as possibilidades futuras. É um incentivo à reflexão. Para que isso aconteça, colocámos a instalação artística numa praça de Abrantes, onde a combinação de luz e interação mudasse a aparência da cidade”. Para David Nobre, que veio de propósito de Lisboa para apanhar os últimos dias do Creative Camp, esta “é das peças mais marcantes que me lembro de ter visto aqui no Creative Camp. Não só chama a atenção, como tira partido da praça onde está, sendo interativa. Reflete a luz do sol nos edifícios em volta e, quando se giram as peças, parece magia. Pontos de luz dourados a navegar pelas fachadas, o que, em certa forma, faz com que a peça não seja só o que se mexe mas todo o volume da praça”. Os dois artistas espanhóis irão apresentar um projeto fotográfico (num web site ainda a designar) que consiste numa mostra de todas as fotografias que foram tiradas de forma a mostrar a interação que houve entre a comunidade abrantina e a instalação artística. J
O meu 180 Creative Camp foi assim... “Foi muito divertido trabalhar neste projeto” Participante: Marisa Mariscal Nacionalidade: Espanhola
Abrantes”. De manhã transformámos uma cabine num confessionário e à noite tivémos a inauguração da loja. Música e luz ambiente especialmente criada para o evento. Veio muita gente! Foi muito divertido trabalhar neste projeto. E o dia não podia acabar melhor, com um concerto de música ao vivo. 20 - Domingo E isto acabou, nem posso acreditar. O último dia é o dia de relaxar, de falar com as pessoas de aproveitar. Há tantas pessoas interessantes e tão puco tempo para desfrutar delas. Vou sentir a falta delas. Só posso dizer uma coisa ... OBRIGADA!!! Foi uma semana incrível, obrigada por me deixarem participar nesta maravilhosa semana com todos vocês. Um dia voltaremos a encontrar-nos... (tradução: Bárbara Gonzalez Gomes) D
13 - Domingo Estamos muito emocionadas porque a Laura, a Arien e eu vamos para Abrantes. Para o 180 Creative Camp. Depois do avião e 6 horas de carro chegámos um pouco cansadas. Não sabemos o que nos espera mas a nossa primeira impressão foi que todos são muito amáveis e simpáticos. O meu sexto sentido diz que vai ser uma semana boa. O Opening foi no Convento de S. Domingos, um lugar antigo com muito encanto e decorado com mobiliário amovível de cortiça, uma luz suave e boa música. Havia admiração geral e a frase que se ouvia era: “Isto é muito bom para ser verdade.” 14 - Segunda- feira Depois das boas-vindas, chegou o verdadeiro primeiro dia. Perguntava-me se iria estar ao nível das expectativas depois da abertura. Visitámos a cidade e as lojas pois os participantes vão ter que realizar um projeto inesperado mas muito interessante. Gosto dos projetos em que só tens três ou quatro dias e o material do próprio lugar porque o desafio é maior e o resultado mais satisfatório. Vamos ver no que dá! 15 - Terça-feira Finalmente tive a oportunidade de ajudar outros artistas. Tendo em conta a imensidão da obra de Ella&Pitr, pediram-nos ajuda. Assim, um grupo foi para lá. Nem imagino duas pessoas sozinhas a fazer aquilo... é enorme. Adorei vê-los a trabalhar, a felicidade que transmitem e a sua amabilidade. À noite fomos ao centro, havia atividade re-
lacionadas com música e ilustração. Todos estavam loucos a participar, a desenhar em qualquer canto. As horas voavam. 16 - Quarta- feira O dia de hoje foi particularmente intenso para nós. Tínhamos que preparar o nosso workshop para essa mesma noite. Depois de todo o dia a trabalhar nele, foi realmente gratificante ver as pessoas a participar no nosso pequeno projeto. Mas se tivesse que escolher um momento, seria quando decidi vir cá fora e descobri que as pessoas estavam sentadas à volta a observar enquanto as crianças corriam. Foi, sem dúvida, uma grande experiência. 17 - Quinta-feira Quinta-feira foi o dia de trabalhar nos pequenos projetos das lojas. O trabalho começou a toda a velocidade, tudo tem que estar preparado para amanhã. Às vezes pensamos que não, mas alguma coisa, por muito pequena que seja pode dar uma grande quantidade de horas de trabalho. Também depende do projeto e das loucuras que te surgem para ele. Nós terminámos quase todas as nossas lojas de roupa interior e tenho muita vontade de trabalhar amanhã com o Rúben e ajudá-lo no seu grande projeto. 18 - Sexta-feira Contar tudo o que fiz hoje seria impossível. Principalmente ajudei o Rúben com a inauguração da “loja dos segredos de
“Fui rebelde e pintei um mural algures em Abrantes” Participante: Leonor Cunha Nacionalidade: Portuguesa
Entroncamento, forever alone, apenas estrangeiros, pânico! Apesar do pânico inicial (uma vez que não me desenrasco muito bem no inglês) o 180 Creative Camp foi uma experiência incrível, tanto a nível pessoal como profissional. É uma ótima oportunidade de conhecer diferentes vertentes artísticas, artistas e culturas. Todo o staff e colaboradores foram excelentes e tudo muito divertido. Nos primeiros dias, foi bastante importante conhecer Abrantes e nos mostrarem onde e o que podíamos transformar na cidade. Fiz workshops com o Arthur CarvaFOTOGRAFIA lho, de ilustração para apoio de víCARMEN ALVES deo. No “We came from Space” elaborei uma série de cartazes através da risografia e letterpress. Dei apoio a quase todas as atividades e intervenções dos artistas convidados. Por fim, para projeto pessoal, decidi intervir na montra que menos gostei em Abrantes. Gosto deste tipo de desafios para tentar ajudar ao máximo. A intervenção consistiu no redesign da tipografia da montra e acrescento de elementos gráficos ilustrados no vidro. Também fui rebelde e pintei um mural algures em Abrantes. Este graffiti dentro do 180 Creative Camp fez com que começasse um novo projeto na minha carreira, espalhando o meu trabalho através da streetart.
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Porftolio fotográfico de Carmen Alves ESTA - Comunicação Social
180 Creative Camp Abrantes 13/20 Julho
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“Os 12 mil Sapatos de Abrantes”, um dos projetos vencedores do concurso de intervenção no espaço urbano
Instalação criada por artistas espanhóis recorda episódio das invasões francesas BÁRBARA GONZALEZ GOMES ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
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O LARGO RAMIRO GUEDES encheu-se de 800 pares de sapatos e flores colhidas nos campos de Abrantes. Quem passava tentava descobrir a razão de tal acontecimento. Terá a ver com reciclagem? Será uma alusão às pessoas que caminham pelo mundo fora? Não. É uma instalação artística que recorda o dia em que os abrantinos conseguiram 12.000 pares de sapatos para as tropas de Junot.
Os criadores - NODOPIA Mateo Fernández Muró tem 30 anos, é madrileno. Juan José Pérez Moncho tem 29 anos, é valenciano, vive em Madrid. Victor Lledó García tem 29 anos, é de Alicante, atualmente vive na capital espanhola. Arquitetos de profissão, conheceram-se durante as suas formações académicas e criaram o grupo NODOPIA. O nome surgiu de uma combinação de conceitos. Por um lado, a palavra nó (em espanhol nodo) que interpretam também pelo lado mais sociológico com significado de rede e colaborações. Por outro, a terminação “ía” que, vinda do latim, significa “país dos”. Desta forma, criaram, assim, o país do nós. O país dos nós (os NODOPIA) não se dedica “exclusivamente às intervenções urbanas, mas à arquitetura de forma geral”. Juan explica: “Fazemos trabalhos de todos os tipos. Desde casas a intervenções paisagísticas. Por exemplo, fizemos um em Valencia, também por concurso, em que a intenção era encontrar uma forma em que as pessoas dessa zona interagissem, criando caminhos que passassem pelos locais até chegar a uma albufeira muito bonita que ali existe.” A acompanhá-los, em Abrantes, esteve Miriam Regadera, de 29 anos. Não é arquiteta, mas sim formada na área de medicina. Apesar de uma área tão distinta da sua, juntou-se aos amigos no desafio. Ao longo de toda a semana trabalhou de forma incansável na construção do projeto. Para Mateo, esta participação na 3ª edição do 180 Creative Camp foi “incrível”. “Não esperávamos ganhar nem que tivesse tanto impacto aqui na cidade. Isso para nós é maravilhoso.” Ainda sobre a presença no evento, Juan acrescentou que “é muito interessante neste tipo de eventos podermos relacionar-nos com outro tipo de pessoas, de outras áreas criativas, como a música ou a pintura. Para nós, arquitetos, é muito bom pois normalmente andamos muito no nosso mundo, quase só nos relacionamos com arquitetos. No final, isto enriquece-nos muito e abre-
L ”Deixa cá ver se há algum que dê para o meu pé!”
-nos muito a mente. Para mim, é uma das coisas mais interessantes neste tipo de iniciativas.” Além deste, o grupo NODOPIA ganhou outros concursos, nomeadamente, em Paris e Barrancos. Acontecimento histórico de Abrantes Era uma vez, Um general francês chamado Junot que, indo rumo a Lisboa, entrou em Abrantes com os seus soldados. Estávamos então no ano de 1807 e decorriam as invasões francesas. Na chegada à cidade, todos os soldados encontravam-se em pleno estado de exaustão e os seus sapatos num estado lastimável. Por forma a melhorar as condições das suas tropas, o General Junot pediu aos habitantes da cidade que conseguissem doze mil sapatos para os seus soldados. Os abrantinos mostraram a sua generosidade e conseguiram algo que parecia quase impossível. Juntaram todos os sapatos que lhes foram pedidos e ofereceram aos soldados de Junot. Este feito que parecia quase impossível de realizar, ficou desta forma conhecido como o Efeito Junot. O projeto Quando tomaram conhecimento do concurso para a 3ª edição do 180 Creative Camp a realizar em Abrantes pelo Canal 180, Mateo recordou quando, no Porto, lhe falaram do efeito Junot. “É quan-
do alguém te pede alguma coisa impossível de fazer. Essa expressão vem da história do General Junot, que pediu aos abrantinos para reunirem 12 mil sapatos em dois dias”, explica o jovem arquiteto que aprendeu a falar português durante o período em que trabalhou na cidade invicta. No centro histórico de Abrantes, precisamente no Largo Ramiro Guedes, estão representados 800 sapatos que compraram numa fábrica de roupas em segunda mão, perto de Madrid. Dentro deles, e por forma a decorar e a adquirir um pouco de sombra, os jovens arquitetos colocaram flores do campo que colheram nos arredores da cidade. Um projeto destes envolve muitos detalhes e, “na prática, é muito mais difícil do que na teoria. Só nos demos conta de muita coisa consoante fomos fazendo. Como não conhecíamos o largo, só quando chegámos pudemos perceber as distâncias e as árvores, por exemplo. Além disso, toda a instalação tem muitas peças e cordões. No final, todas elas têm que encaixar corretamente na mesma estrutura”, esclareceu Victor sobre o processo de construção da instalação. A escolha do local também não foi ao acaso. Durante a pesquisa, “vimos que, em 2007, fizeram neste largo uma montanha de sapatos para comemorar o segundo centenário deste acontecimento histórico”, clarificou Victor. Para os jovens espanhóis, Juan diz
que “é importante que os abrantinos se sintam identificados, já que é um acontecimento histórico da sua cidade. Por outro lado, também é interessante para aqueles que não conhecem a história, poderem conhecê-la através desta intervenção. Sabemos que os mais velhos têm a informação mas os mais jovens talvez não a conheçam”. Trabalho intenso e feedback dos abrantinos Juntámo-nos aos artistas numa tarde em que a temperatura rondava os 35 graus. Encontravam-se ali desde as 10 da manhã acompanhados de jovens voluntários do 180 Creative Camp. Enquanto estes queimavam e tiravam atacadores, os artistas definiam estratégias para a construção de um autêntico puzzle de cordas e sapatilhas. No intenso calor da tarde, valeram-lhes os “sombreros” que Miriam decidiu comprar numa das lojas de Abrantes. Munidos de borrifadores, iam-se refrescando e aproveitavam o repuxo que ali se encontra para mergulharem os seus novos chapéus e os colocarem na cabeça de imediato. Enquanto trabalhavam, muitos abrantinos que circulavam pelo Largo Ramiro Guedes, paravam e observavam-nos atentos e curiosos. Alguns questionavam os artistas, outros apenas passavam. Depois, os menos tímidos, brincavam: “Tenham cuidado que estes gajos roubam sapatilhas”; “Oh João, não queres um par de sapatos
novo?”; “Deixa cá ver se há algum que dê para o meu pé!” No entanto, quando questionados sobre o significado da obra, poucos souberam explicar do que se tratava. Foram várias as suposições e ideias dos abrantinos. “Pode ter a ver com a não utilização das coisas”, arriscou Rui Oliveira, de Abrantes. Já Sérgio, também abrantino, questionou se “terá a ver com reciclagem?”. Diogo Silva, um jovem da cidade, reconheceu que ainda não tinha pensado muito no assunto: “Pode ter a ver com o número de caminhantes que existe pelo mundo, pelo pessoal que anda à boleia. Uma homenagem ou algo assim.” No final, todos pediram para que os elucidássemos. “Ai que engraçado, não sabia.” “Ainda bem que os devolveram, já faziam falta!” Dois dias depois do fim Voltámos ao Largo Ramiro Guedes dois dias depois do 180 Creative Camp ter terminado. Os sapatos continuavam ali e, por coincidência ou não, estavam duas pessoas a fotografar. Sorriam também, como fazem os turistas em férias. Parece que a missão foi cumprida e os abrantinos ficaram satisfeitos com a devolução dos seus sapatos. A pacata cidade de Abrantes voltou “quase” à normalidade. Os artistas foram embora mas as ruas, essas, ficaram marcadas com esta e outras obras. Deixaram em nós não só os sapatos... mas um pedaço de cada um. J
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WWW.ESTAJORNAL.COM
Workshop com LAGAET
A complexidade do B-boying “agarra-nos completamente” 180 Creative Camp. Workshop de B-boying com LAGAET. Abrantes. Cine-teatro São Pedro. 17 de Julho. 17 horas. Enquanto se preparam os últimos detalhes no espaço do bar, local onde se realizará o workshop, já alguns participantes esperam à porta do teatro. Estão cerca de 14 participantes e querem aprender técnicas de breack dance com um dos mais conceituados praticantes da modalidade. Entre miúdos e graúdos, nota-se de imediato algum conhecimento já adquirido e aproveitam desde logo para colocar questões técnicas. Esclarecidas as dúvidas, LAGAET fala um pouco da sua experiência. Esclarece os presentes sobre o movimento hip hop e onde entra o B-boying dentro do movimento. Ao longo da explicação teórica, o bailarino foi exemplificando alguns movimentos. Consoante cada movimento de LAGAET, os participantes, ali
sentados no chão de forma descontraída, mostravam-se cada vez mais surpreendidos com a capacidade de, por exemplo, sustentar o corpo com uma só mão. Chegada a fase mais esperada, os participantes entram também em ação. Seguem os passos de LAGAET
ao som da música cheia de ritmo e batidas. Uns com mais facilidade, outros com mais esforço, mas todos chegam lá. Lançam frases como: “Agora mais devagar”. Riem-se, cansam-se, tentam duas e três vezes até conseguirem. “Isto é viciante, sabes?” - pergunta LA-
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
L Grupo de miúdos e mais graúdos experimentam uma dança ritmada com bailarino caribenho
Mo.ca Mobiliária é o nome do projeto feito de cartão D
O OBJETIVO deste workshop, integrado no Creative Camp, foi o de levar os adultos a pegar em cartão e fita-cola e deixarem a imaginação fluir, para depois os mais pequenos se poderem divertir.
Mo.Ca Mobiliária de cartão é o nome do projeto que ocupou o Jardim da República, no âmbito do Creative Camp. Jorge Sá, o responsável que trouxe este workshop até a cidade de Abrantes, nos dias de criatividade, pretendeu dar ao cartão uma nova vida. Para além de dar a conhecer o projeto, o objectivo era “fazer com que as pessoas se habituem a trabalhar este material” para que, depois, “cada um, com a sua criatividade possa também fazer as suas criações.” Jorge Sá afirma que o seu instrumento essencial é o cartão. Entre cola e fita-cola, as peças recortadas começam a ganhar novas formas, vida e acima de tudo, um novo uso. Das formas geométricas espalhadas à sua volta surgem pequenos balouços em forma de cavalinho, daqueles que relembram a infância de muitos nós e que apimentam a dos mais pequenos. O workshop era para adultos, mas as crianças é que tirariam maior proveito dos objetos que magicamente nasceram do cartão. Nota-se através da voz de Jorge Sá que este projeto, além de cartão, é também de amor. Juntar crianças e adultos a fazer coisas divertidas e diferen-
GAET no final do workshop, em conversa com o ESTA Jornal. Após os minutos dedicados à experimentação, é chegada a hora de fazer a tradicional roda onde todos os praticantes vão individualmente ao centro mostrar a sua habilidade de movimentos. Entre os aplausos D
BÁRBARA GONZALEZ GOMES ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
tes é uma aposta que não se deve perder. “Não desisto desta causa”, garante, enquanto corta e recorta cartão. A Mo.Ca Mobiliária de Cartão venceu já um prémio finalista num concurso Pops, na Fundação Serralves, do Porto, com o L Jorge Sá coordenou um workshop que apelou à projeto de um criatividade dos adultos para proveito das crianças candeeiro. “A verdade é que nos últimos três anos até Abrantes pairou no ar. As animafelizmente temos tido alguma visibidoras da Biblioteca prometem fazer de lidade.” Este prémio abriu-lhes portas tudo para que volte e ajude as crianças para o resto do mundo, tendo já sido e adultos a brincar com este tipo de convidados para um evento internamaterial. “Para além de usar matecional. “As peças já não são novidade, riais reutilizáveis, este trabalho apela mas eu considero que ainda estamos muito à criatividade nas crianças, que a explorar.” hoje em dia está um pouco esqueciJorge Sá viu em Abrantes uma cida e é pouco explorada pelos pais e dade fantástica e rendeu-se aos pela escola”, lembra Sílvia Rodrigues, encantos da vista do castelo. Não também ela animadora da Biblioteca. conhecia Abrantes e adorou. Antes A participação no workshop não de iniciar o workshop dizia: “Vamofoi muito significativa, mas isso -nos divertir imenso, os adultos vão não desmotivou Jorge Sá: “Não é parecer crianças.” Celeste Santos, uma falta de comunicação, estão a animadora da Biblioteca Municipal, acontecer muitas coisas em vários deu uma “mãozinha” ao criador e locais e os participantes estão diafirmou a importância do projevididos por aí.” No final, alunos da to: “Acho fantástico, nem todas as Esta juntaram-se a este workshop pessoas conseguem fazer e valorizar e decidiram ir ajudar o criador a tereste trabalho.” minar as suas obras. J CARMEN ALVES. ESTA>COMUNICAÇÃO SOCIAL A ideia de trazer Jorge Sá novamente
e a satisfação estampada no rosto de todos, o artista acrescenta: “Fiquei surpreendido porque nem todos costumam participar na roda e aqui participaram. Estiveram todos muito bem.” No final, desafiámos LAGAET: “Se tivesses que convencer alguém a praticar B-boying que lhe dirias?”. “Diria para experimentar. Para quem gosta de dança e quiser experimentar o B-boying vai ver que a complexidade deixa-nos completamente agarrados, é um vício, mesmo.” Quem é LAGAET? O caribenho que nasceu na pequena ilha chamada Martinica corre o mundo em competições de B-boying. “Em cada fim-de-semana estou num sítio diferente”, diz. Vive no Porto e compete por Portugal há cerca de 10 anos. Trabalha com a Red Bull desde 2009 e é oficialmente patrocinado pela marca desde a sua vitória no campeonato europeu em 2011. O bailarino, que é também membro dos Momentum Crew e professor de dança, diz treina quase diariamente: “Se não estou a treinar, estou a dar aulas ou em espetáculos. Dançar é praticamente todos os dias. Além dos treinos de B-boying, costumo complementar com ginásio, corro e faço exercícios para trabalhar os músculos por forma a evitar lesões.” Nunca pensou viver da dança, “foi um sonho que se realizou”. Entre correr o mundo e “estar num escritório das 9 às 5, prefiro isto. Há altos e baixo e em Portugal não está fácil. Mas isto é a minha vida”. J
“Estar sempre presente” LUÍS STOFFEL, estudante de Vídeo e Cinema Documental da ESTA, foi um dos voluntários do Creative Camp.
Como é que um voluntário descreve o Creative Camp? Fazer parte do motor que leva o Creative Camp aos participantes é uma tarefa difícil, requer muito trabalho, mas acho que é muito gratificante ver que as pessoas estão a aderir e gostam daquilo que fazemos. É estar sempre presente para aquilo que é preciso. Já é a segunda edição em que participas. Porquê? A primeira foi como participante, e gostei tanto da experiência que queria viver tudo isto por trás. Criei grandes laços com a equipa do canal 180 e este ano convidaram-me para ser voluntário. Aceitei de bom grado. Além de ser um voto de confiança, é um trabalho que gostei bastante de desenvolver. Abrantes é a cidade onde estudas e o Creative Camp está a decorrer aqui pela segunda vez. Isso motivou-te a decidir que irias ser voluntário? Sim. Porque uma vez que estudo cá em Abrantes já conheço a cidade minimamente bem e eles precisavam também de uma pessoa que conhecesse os cantos à casa, como se costuma dizer. Vim com esse intuito de fazer ligação entre Abrantes-Porto, Canal
180-Abrantes, e ajudar nesses aspetos. Quais os frutos que tens colhido nesta experiência? Além de conhecer muita gente, criei laços de amizade mesmo com equipa do canal. Já estive também com eles no Rock in Rio, em Lisboa, e em Guimarães, no Creative Lab. Estou a desenvolver outras áreas que gosto, como a da produção. Aqui posso trabalhar um bocado essa área e perceber que se calhar é isto que quero fazer e seguir numa vida futura na área do Cinema. É sempre bom poder participar nos workshops e conviver com os artistas convidados e com os participantes Descreve esta experiência numa palavra. Poder ser em duas? Criativamente fantástico. J CARMEN ALVES. ESTA>COMUNICAÇÃO SOCIAL
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AGOSTO 2014
ESTA JORNAL
David Santos
NOISERV
L “Quando tens um sonho e vês que ele se está a concretizar, não é por isso que tens de deixar de te dedicar como te dedicavas antes.” DAVID SANTOS – ou Noiserv – foi o protagonista de um concerto que fez parte do Creative Camp. O “homem orquestra”, que toca vários instrumentos e objetos, diz que a proximidade que tem vindo a construir com o seu público talvez se deva ao facto de ser apenas ele em palco. Desistiu de um futuro na Engenharia por este caminho da música e já lá vão dez anos a conquistar o seu espaço, num género alternativo, que não é fácil de explicar. O melhor mesmo, diz Noiserv, é ir a um concerto e ouvir. As músicas que apresenta são resultado de um processo que começa no estúdio e acaba nos palcos: “Gravo uma base e a partir daí vou fazendo experiências por cima até que há uma experiência de que eu gosto.”
BÁRBARA GONZALEZ GOMES MICAEL REIS ESTA D COMUNICAÇÃO SOCIAL
Para o público que eventualmente não te conhece, quem é o Noiserv? Sei lá eu. Acho que é sempre complicado para a pessoa ou para o músico que faça a sua própria música conseguir explicar às outras pessoas que género de música é que é ou qual é o tipo de música que faz. Portanto, quando me fazem essa pergunta, eu digo sempre: a melhor maneira que eu para te responder é convencer-te a ires ver um concerto e conseguires perceberes, tu próprio, o que é e o que não é, se gostas ou não. Mas tentando resumir de alguma forma, acho que é a ideia de ser apenas uma pessoa a tocar vários instrumentos e não apenas uma. E o género poderá estar no género alternativo, só porque os outros géneros que são mais específicos não se enquadram tanto. Tendo em conta a indústria musical portuguesa e o estilo mais alternativo do teu trabalho, quais foram os desafios que encontraste ao longo do teu percurso? Os principais desafios começam logo no início com a ideia de tu quereres fazer as tuas próprias músicas e perceber como é que as levas às
outras pessoas. Aquela ideia do sonho americano em que envias uma maquete com três músicas para um gigante qualquer, ele adora-te e de repente todo o mundo te conhece... isso não é mesmo assim. No meu caso, que já toco há mais ou menos dez anos, nos últimos dois anos sinto que as pessoas vão reconhecendo que tudo está a acontecer com mais regularidade. Mas foram precisos oito anos para trás para, aos poucos, ir conquistando pessoas, sítios e uma série de coisas. Não consigo definir os principais porque acho que tudo isto é um desafio. No meu caso, tirei (o curso de) Engenharia e abdicar de uma coisa mais certa, indo para uma vertente em que não há regras nem um percurso definido para fazer as coisas bem feitas… vai-se sempre encontrando desafios. O maior desafio é mesmo esse, conseguires que a tua música chegue às pessoas porque são muitas etapas e é muito complicado. Tocas com vários instrumentos e objetos, o que de certa forma torna a construção da tua música um pouco mais complexa. Como é que é o processo de construção de uma música tua?
O processo de construção ou de composição de uma música é, se calhar, muito parecido com aquilo que as pessoas depois vêem ao vivo. Claro que, em estúdio, quando estou a fazer as músicas, há muitas ideias que acabo por não pôr e por não fazerem parte da música. Mas aquelas ideias que toco ao vivo, e que também estão no disco, surgem muito de uma coisa deste género: eu gravo uma base e a partir daí vou fazendo experiências por cima até que há uma experiência de que eu gosto. Ficam duas experiências juntas e depois há uma terceira, uma quarta, uma quinta, uma sexta e é assim que as músicas vão crescendo. Até que chega a uma altura em que eu sinto que já não capaz de pôr mais nada, e que já nada mais faz falta à música, e a música fica feita. Consideras que o facto de utilizares objetos tão distintos é uma marca que te faz chegar mais perto do público? Não sei se é uma marca que me faz chegar mais próximo, mas tem sido uma marca que faz a diferença. Não que o tenha feito com esse objetivo. Por vezes, até mesmo pelo nome “homem orquestra”, há essa diferenciação de outros projetos, por utilizar realmente muitos instrumentos. Mas não sei se é isso que aproxima das pessoas ou não. Acho que, comparando com uma banda de muitas pessoas, o que pode aproximar mais é o facto de ser só mesmo uma pessoa. Quando se vê um concerto de uma só pessoa aproximas-te mais dela do que se for um conjunto de cinco ou seis. Se há um factor que aproxima, acho que será esse. As tuas músicas contam histórias. Quais é que são as principais dife-
renças entre aquelas que contaste ou cantaste em 2008 com o álbum “One Hundred Miles From Thoughtless” e, depois, em 2013, com o álbum “Almost Visible Orchestra”? Eu acho que a temática do primeiro disco não tinha um tema concreto à volta das músicas. Quase todas tinham sido músicas criadas desde o princípio. Desde de 2003, 2004 eram quase como que um best of de tudo o que eu tinha feito até àquela altura. Eu acho que este disco de 2013 já vem muito naquele seguimento que eu estava a dizer: numa altura em que eu já sentia que as pessoas já conheciam mais as músicas e, se calhar, inconscientemente, na minha cabeça, uma das temáticas que estava sempre presente era esta ideia de tu teres um sonho e veres que ele se está a concretizar e não é por isso que tens de deixar de dedicar como te dedicavas antes. Portanto, eu acho que todas as músicas deste novo disco, mesmo que só um bocadinho, acabam por ter sempre essa ideia de fazeres o melhor que tu consegues independentemente de as pessoas já poderem, se calhar, gostar do que já fizeste antes. Isso não é uma temática direta em cada uma, mas acho que todas elas falam um bocado dessa ideia. No caso do Creative Camp, se participasses durante todo o evento, de que forma achas que te poderia influenciar do ponto de vista criativo? Acima de tudo acho que é sempre muito enriquecedor conhecer pessoas que têm outras ideias muito diferentes das tuas e conseguir absorver as ideias dos outros de forma a fazer os tais trabalhos em conjunto que faz com que se aprenda sempre. Não sei dizer concretamente, mas
FOTOGRAFIA CARMEN ALVES
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“O que me motiva a andar de um lado para o outro com os instrumentos todos é essa luta por uma coisa em que eu sempre acreditei”
da experiência que tenho, do que tenho feito com outras pessoas e de ver aquilo que outras pessoas fazem, de alguma forma acaba sempre por influenciar as coisas que vou fazendo. É como crescer sempre um pouco. E o que é que te inspira? Acho que é a ideia de ter um objetivo ou algo em que acreditas que pode ser possível e lutar para que isso aconteça, independentemente das barreiras possas encontrar ou até da nada poder chegar a acontecer. Não sou daquelas pessoas que escreve músicas de amor ou sobre um relacionamento que não aconteceu porque toda a gente já falou sobre isso e eu não teria nada de diferente a acrescentar. O que me motiva a andar de um lado para o outro com os instrumentos todos é essa luta por uma coisa que eu sempre acreditei e então a inspiração deve ser essa. A seguinte pergunta é mais uma curiosidade pessoal. Porquê o nome das músicas tão extenso? Neste disco em específico é porque eu me fui apercebendo, ao longo dos tempos, que se calhar as bandas não ligam nenhuma ao nome das músicas e se calhar são as duas palavras do refrão, é o início da música. E eu acho que, tal como os próprios CD’S, os títulos podem ser algo mais do que um template com um disco lá dentro, também podem dizer mais do que apenas duas palavras que a música tenha. Então a minha ideia é que como se as pessoas já estivessem a ouvir música quando lêem o título. Quando vão ouvir a música já têm uma ideia de qualquer coisa. Eu acredito que a música ajude a complementar essa ideia que eles têm. J
FICHA TÉCNICA | DIRETORA: Hália Costa Santos DIRETORA ADJUNTA: Raquel Botelho REDATORES: Bárbara Gonzalez Gomes, Carmen Alves e Micael Reis FOTOGRAFIA: Carmen Alves | PROJETO GRÁFICO: José Gregório Luís PAGINAÇÃO: João Pereira Tiragem: 15000 exemplares
REGIÃO 13
AGOSTO 2014
Médio Tejo imputa atraso do equipamento para bombeiros à ANPC
“A ANPC definiu o valor e disse às autarquias qual o teto máximo para abrir concurso para fornecimento dos diversos equipamentos, desde os capacetes, aos capuzes e aos fatos. No caso das botas, definiu os requisitos técnicos e um valor de 48 euros para cada par, um valor desfasado da realidade e que levou a que os concursos não tivessem concorrentes e que não haja ainda botas para entregar”, disse à Antena Livre o secretário executivo da CIMTEJO. “Se as comunidades intermunicipais não têm hoje os equipamentos completos para entregar às corporações de bombeiros é porque os concursos ficaram desertos, devido às incompatibilidades indicadas pela ANPC entre o nível de exigência e o preço máximo que definiu”, reforçou Miguel Pombeiro. Aquele responsável consi-
Joana Margarida Carvalho
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMTEJO) imputou as responsabilidades à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) no atraso do fornecimento de equipamento aos bombeiros, tendo adiantado que as luvas e as botas só deverão ser entregues em agosto.
• Comunidade do Médio Tejo critica concursos derou ainda “caricato” que a ANPC, “para as mesmas botas e os mesmos requisitos técnicos”, tenha aberto um concurso público com um preço referência de 150 euros. “A ANPC lançou recentemente um novo procedimento para aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI’s) onde se denota que os valores unitários são substancialmente superiores aos valores que anteriormente deram como referência para a CIMT”, destacou. “O erro é da ANPC e o atraso deve-se a esta situação”, observou ainda, tendo Pom-
beiro referido que a CIMTEJO “vai agora” abrir novo concurso. “Significa que só em agosto vamos conseguir entregar as botas e as luvas aos bombeiros”, criticou. A CIMTEJO, disse ainda Miguel Pombeiro, “atualmente encontra-se em condições de efetuar a entrega referente aos capacetes florestais e aos capuzes de proteção florestal” (cogulas) e que, “ainda durante o mês de julho”, seriam efetuadas as entregas dos fatos de proteção individual. O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
manifestou-se preocupado por os bombeiros ainda não terem recebido, no início da época de fogos, os equipamentos de proteção individual das Comunidades Intermunicipais (CIM). No âmbito de um protocolo assinado com o Ministério da Administração Interna em 2013, as CIM ficaram com a responsabilidade de dotar os bombeiros com equipamentos de proteção individual, que são compostos pelo fato, luvas, botas, capacete e máscara.
e XVIII, e a instalação de um sistema expositivo de conteúdos referentes aos Templários, no interior do monumento, trabalhos que devem estar concluídos até março de 2015. Edificado numa pequena ilha, em pleno rio Tejo, aquela fortaleza foi recons-
truída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171, sendo hoje um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos do período da Reconquista, e um dos que melhor evoca a memória dos Templários no nosso país.
A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Abrantes realizou no passado dia 23 de julho, no quartel dos Bombeiros de Abrantes, a cerimónia de comemoração do seu 1º aniversário. Os Bombeiros de Abrantes assinalaram o seu aniversário com a bênção de uma nova ambulância de socorro, que vai integrar um conjunto de sete ambulâncias que apoiam o corpo de bombeiros nas suas intervenções. No primeiro aniversário da mais jovem associação humanitária de bombeiros do país, João Furtado Pereira, presidente da direção da Associação, destacou o crescimento do corpo e sublinhou a aposta na formação. A cerimónia contou ainda com uma homenagem aos Bombeiros Paulina Pereira e Álvaro Serrano, com a entrega de equipamentos de proteção individual, a promoção de nove recrutas ao posto de bombeiros de 3ª classe e com a entrega de certificados aos 12 bombeiros que terminaram o curso de Tripulante de Ambulância de Socorro.
Mário Rui Fonseca
Castelo de Almourol reabre ao público O Castelo de Almourol, em Vila Nova da Barquinha, reabriu ao público no dia 4 de julho, após a conclusão da intervenção na torre de menagem e beneficiação das muralhas e interiores. As obras, que se prolongaram por oito meses, implicam um investimento na ordem dos 500 mil euros e incidiram em diversas zonas de desagregação dos panos da muralha e das torres, com a sua impermeabilização, drenagem das águas e beneficiação das muralhas. A intervenção na torre de menagem incidiu na substituição do terraço e na colocação de uma escada metálica de circulação vertical, visando
preservar e proteger o monumento e possibilitandolhe melhores condições de acessibilidade e circulação. O presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire (PS), disse que este é um “momento importante para a dinâmica turística e empresarial do concelho e da Região, tendo em conta as mais de 60 mil visitas anuais ao Castelo”, monumento nacional desde 1910. As próximas empreitadas incluem a criação de percurso pedonais na envolvente ao castelo, e a recuperação e preservação das espécies vegetais autóctones que ali floresciam nos séculos XVII
jornaldeabrantes
14 REGIÃO
AGOSTO 2014
Autarquia abrantina Autarcas e advogados recebe viatura elétrica de Abrantes protestam da Mitsubishi Fuso em Lisboa
• Comitiva abrantina reforçou “posições conjuntas” No dia do arranque das férias judiciais 2014, que decorreu no passado dia 15 de julho, aconteceu em Lisboa, frente à Assembleia da República, uma concentração contra o Novo Mapa Judiciário. A manifestação contou com participantes de vários pontos do país, especialmente dos locais que vão ficar sem tribunal, oficialmente, a partir de setembro. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes, João Gomes,
Fotos: Mitsubishi
A Câmara Municipal de Abrantes é uma das seis entidades nacionais que irá testar, em regime experimental e durante um ano, uma viatura Canter E-Cell, da Mitsubishi Fuso, concebida e desenvolvida na Mitsubishi do Tramagal. Em nota de imprensa, a autarquia adianta que a viatura será utilizada para trabalhos nos serviços de jardinagem e remoção de resíduos. Tratase de uma viatura comercial, 100% elétrica, livre de emissões de CO2, praticamente silenciosa, fácil de conduzir e dotada de uma bateria com autonomia para 100 km. Jorge Rosa, presidente da Mitsubishi Fuso, entregou à presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, as chaves da viatura Canter E-Cell que vai ser testada no concelho de Abrantes, durante a cerimónia de apresentação da nova viatura realizada no passado dia 10 de julho no Pátio da Galé (Terreiro do Paço), em Lisboa.
DR
CONTRA O NOVO MAPA JUDICIÁRIO
As outras entidades que vão testar a nova viatura são as câmaras de Lisboa e do
Porto, a REN, a Transporta e os CTT.
jornaldeabrantes
DR
A canoísta abrantina Francisca Laia, do Clube Desportivo Os Patos, e Maria Cabrita, participaram nos Mundiais sub-23 de K2 500 de sub-23, na Hungria, tendo sido sextas classificadas, com uma marca de 1.48,875 minutos, mais 4,292 segundos do que as alemãs Sabrina Hering e Steffi Kriegerstein. A húngara Ana Kárász é nova campeã mundial, num campeonato que finalizou no passado dia 20 de julho. Em Montemor-o-Velho, Francisca Laia, foi campeã nacional de velocidade, na prova dos 200 m e 500m, realizada no passado dia 27 de julho. Francisca Laia referiu ao Jornal de Abrantes que “participar num mundial é sempre muito bom, conseguimos o sexto lugar num nível muito alto e competitivo. Demos o nosso melhor e agora é continuar a
na ação de protesto. Em nota de imprensa, autarquia explica que a presença da comitiva veio reforçar “as posições conjuntas das duas entidades, tomadas desde o início do processo, contra o Novo Mapa Judiciário que terá implicações altamente negativas para a população local”. O protesto nacional foi promovido pela Ordem dos Advogados e ocorreu no último dia que antecedeu a entrada em vigor do Novo Mapa Judiciário.
Marina António é campeã nacional em Atletismo
DR
Francisca Laia alcança sexto lugar no mundo em Canoagem
vereador, Manuel dos Santos, representante do presidente da Assembleia Municipal, e os presidentes das Juntas de Freguesia de Abrantes e Alferrarede, Martinchel, Alvega e Concavada, Tramagal, Bemposta, estiveram presentes ao início da tarde neste protesto nacional contra o Novo Mapa Judiciário. SantanaMaia Leonardo, presidente da delegação de Abrantes da Ordem dos Advogados, e alguns advogados desta estrutura também estiveram
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Francisca Laia
trabalhar para chegar ainda mais alto nos resultados”. A canoísta admitiu ainda que pretende finalizar o seu curso de medicina continuando a conciliar com a prática da modalidade no Clube Desportivo Os Patos. “Estou há onze na canoagem e é algo que faço com muito gozo. Vou continuar a conciliar tudo e a ir ao clube se sempre que posso para praticar e estar com os meus amigos.”
O sonho de Mariana António é ir aos Jogos •Olímpicos
Mariana António, atleta do Sporting Clube de Abrantes, integrou a estafeta de Portugal e conquistou a medalha de ouro nos Jogos da CPLP, em Luanda, no passado dia 28 de julho. No passado mês de junho, a atleta já se tinha sagrado campeã nacional dos 300m barreiras, em juvenis, nos campeonatos nacionais que decorreram na cidade de Abrantes, no final
do mês de junho. A jovem atleta admitiu ao JA que o seu sonho desde pequena foi o de representar Portugal num campeonato do mundo e, ainda, ir aos Jogos Olímpicos. Mariana António referiu que “tudo se consegue” e que pretende continuar a conciliar a modalidade com a família, os amigos e os estudos. JMC
SOCIEDADE 15
AGOSTO 2014
ASSOCIAÇÃO JUVENIL VALE DE RÃS – RÃS SEM LIMITES
Bairro Convida “é o nosso grande projeto”
Bairro de Abrantes objeto de intervenção social para aumentar segurança MÁRIO RUI FONSECA
A recuperação do clima de segurança no bairro de Vale de Rãs, em Abrantes, é o objetivo do projeto ‘Bairro Convida’, que a Câmara Municipal vai promover a partir de setembro.
Nasceu para estabelecer uma ligação entre as comunidades da cidade de Abrantes e a do bairro de Vale de Rãs. Foi constituída legalmente em maio de 2013 e hoje está prestes a agarrar um novo desafio que passa pelo edifício Millenium. Associação Juvenil Vale de Rãs – Rãs Sem Limites é o nome desta associação que congrega todos e que pretende acabar com alguns preconceitos. A convite da CM de Abrantes, a Rãs Sem Limites vai participar ativamente no projeto Bairro Convida, previsto para o edifício Millenium. Fábio Barrocas, presidente desta associação, explica que o objetivo passará por dinamizar um espaço dentro do centro comercial. “Vai chamar-se “Espaço Aberto” e trata-se de um local de autêntico convívio e momentos lúdicos. Pretendemos ter atividades para todas as idades, dos 8 aos 80, e vários jogos e computadores que possam instruir e promover momentos de convívio entre os habitantes do bairro e não só”, adianta o presidente da associação. Fábio Barrocas vê com bons olhos esta ação da CM de Abrantes, que, no seu entendimento, é mais uma forma de aproximar a generalidade dos abrantinos aos moradores do bairro de Vale de Rãs. “É um projeto que vai dar vida ao espaço e a todo o bairro e vai, certamente, estabelecer uma ligação entre a comunidade da cidade e os moradores de Vale de Rãs. É um edifí-
cio com todas as condições para estar aberto e terá uma boa dinâmica devido às valências que irão integrar o espaço.” Para Fábio Barrocas, entre algumas atividades que associação tem desenvolvido, esta do Bairro Convida será “o grande projeto” da associação. O jovem presidente diz que há uma série de iniciativas que a Rãs Sem Limites pretende dar continuidade, nomeadamente no âmbito desportivo. Atualmente, a associação está envolvida num projeto de futebol de praia e está participar no campeonato nacional da modalidade, a decorrer na praia da Nazaré até ao dia 23 de agosto. Para além do desporto, a associação juvenil pretende participar em mais uma edição das festas de São Lourenço. “No ano passado estivemos representados nos festejos e, pela primeira vez, ao fim de muitos anos, não houve conflitos nem desacatos durante toda a festividade. Esta ligação que garantimos é muito importante, apesar do preconceito que ainda existe,” lamenta Fábio Barrocas. “No Bairro Vale de Rãs moram pessoas afáveis, acolhedoras e simpáticas e outras menos boas, mas penso que isso acontece um pouco por todo o lado. Se não formos nós a dar este passo, mais ninguém o dará, e o importante é continuar a assegurar alguma dinâmica e vida na cidade e no nosso bairro”, remata o presidente. Joana Margarida Carvalho
A Câmara vai coordenar a dinamização dos espaços comerciais do edifício Millenium, um centro comercial instalado naquela zona periférica da cidade e que está votado ao abandono, devido aos frequentes episódios de vandalismo registados nos últimos anos. O objetivo do projeto passa por reativar a sala de cinema, criar um centro comunitário de porta aberta, gerido pela Vidas Cruzadas - Associação de Solidariedade Social e pela Associação Juvenil de Vale de Rãs, onde a população do bairro pode aceder a uma livraria, assistir a um filme, beber um café ou socializar. Por outro lado, a antiga pastelaria existente no edifício vai ser utilizada como polo de formação da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), nos seus cursos de Restauração e Pastelaria, onde os alunos terão oportunidade de confecionar e comercializar os seus próprios produtos.
Hália Costa Santos
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Fábio Barrocas: “É um projeto que vai dar vida ao espaço e a todo o bairro”
Cabazes do “Prove” entregues no Millenium Uma das lojas será disponibilizada à Tagus - Associação de Desenvolvimento Rural, onde passarão a ser distribuídos semanalmente os cerca de 100 cabazes de produtos hortofrutícolas “Prove”, numa lógica de aproximação de públicos e de interação comunitária. Também a empresa privada Alma Lusa, que produz peças de artesanato tradicional, será parceira do projeto, instalando ali um ateliê de produção de artesanato, a par
de salas de formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional na área da costura, carpintaria e metais. À União de Freguesias de Abrantes caberá a tarefa de dinamizar o polidesportivo ao ar livre existente junto ao edifício comercial. Em declarações à Antena Livre, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, disse que os objetivos da intervenção passam por “contribuir para a integração dos indivíduos nas respetivas comunidades”, e por um projeto que visa a “alteração das dinâmicas sociais
e económicas” do bairro Vale de Rãs. “Ao devolver o bairro Vale de Rãs aos seus moradores e à comunidade, acreditamos também que o projeto contribuirá para aumentar o sentimento de segurança relativamente ao mesmo”, frisou a autarca. Além dos vários parceiros envolvidos, o projeto conta com a parceria da EDP Produção e do Conselho Municipal de Segurança, que terão um papel mais relacionado com o apoio ao desenvolvimento do projeto e à sua monitorização e avaliação.
CARTÓRIO NOTARIAL JOANA DE FARIA MAIA, NOTÁRIA EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, rés-do-chão, na cidade de Abrantes, Certifica, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada a vinte e oito de Julho de dois mil e catorze, no Livro de escrituras diversas número Trinta e Sete – G, iniciada a folhas dezoito, deste Cartório Notarial, Luciano de Jesus Santos, viúvo, natural do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, residente na Rua D. Pedro de Almeida Portugal, número 10, primeiro direito, na Cova da Piedade, contribuinte fiscal número 114 433 399; Deolinda da Ascensão Moura Santos Campos e marido José António Gonçalves Campos, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela, do Souto, indicada União das freguesias da Aldeia do Mato e Souto, ele, da freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, residentes na Rua João Barros, número 38, Charneca da Caparica, contribuintes fiscais número 182 282 376 e 164 982 736; e Lucinda da Ascensão Moura Santos, divorciada, natural do Souto, indicada União das freguesias da Aldeia do Mato e Souto, residente na Estrada do Casal Velho, número 118, freguesia e concelho de Almeirim, contribuinte fiscal número 191 227 382, na qualidade de únicos e universais herdeiros e interessados na herança aberta por óbito de Maria Ascensão de Moura Santos, declaram que com exclusão de outrem, a herança que representam (NIF 707844746) é dona e legitima possuidora do prédio rústico, composto de oliveiras e pinhal, com a área de quatro mil seiscentos e quarenta metros quadrados, denominado “Malhadais”, sito na freguesia de Carvalhal, concelho de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 7, secção H, com o valor patrimonial IMT de 175,75 €, a confrontar do Norte, com Maria Nazaré Lucas Pereira da Silva, do Sul, com Nuno Miguel do Carmo Gaspar, do Nascente, com Albufeira de Castelo de Bode, e, do Poente, com Herdeiros de Maria de Lurdes Baptista; e do prédio rústico, composto de pinhal, com a área de quatro mil oitocentos e quarenta metros quadrados, denominado “Vale da Macieira”, sito na freguesia de Santiago de Montalegre, concelho de Sardoal, inscrito na matriz sob o artigo 65, secção B, com valor patrimonial IMT de 238,73 €, a confrontar do Norte, com caminho, do Sul e do Nascente, com Nuno Miguel do Carmo Gaspar, e, do Poente, com Herdeiros
de Mateus Matias Dias, ambos não descritos no registo predial; e o prédio rústico, composto de pinhal, cultura arvense, oliveiras e mato, com a área de três mil trezentos e vinte metros quadrados, denominado “Vale da Macieira”, sito na referida freguesia de Santiago de Montalegre, inscrito na matriz sob o artigo 71, secção B, com valor patrimonial IMT de 100,61 €, a confrontar do Norte e do Poente, com Nuno Miguel do Carmo Gaspar, do Sul, com Maria Teresa Martins Passarinho, todos não descritos no registo predial, a que atribuíram valor igual ao patrimonial; O certo porém é que a herança que representam não possui título formal que legitime o seu domínio sobre os referidos prédios, os quais vieram à posse do dissolvido casal Luciano de Jesus Santos, e mulher, Maria Ascensão de Moura Santos, já falecida, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, por partilha com os co-herdeiros de sua falecida mulher, por óbito de Maria da Ascensão e marido Aniceto Galucho de Moura, casados sob o regime da caminhão geral de bens, residentes em Atalaia, Souto, em data que não podem precisar, mas sensivelmente, cerca do ano de mil novecentos e oitenta e seis. Não obstante isso, vêm os referidos prédios a ser possuídos pelos interessados na supra descrita herança, e por seus antepossuidores, Luciano de Jesus Santos e mulher Maria Ascensão de Moura Santos, há mais vinte anos, deles retirando todas as suas utilidades, limpando-os, desbastando-os, apanhando a lenha, e, pagando todos os impostos com ânimo de quem exerce direito próprio, fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse essa que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, naquela invocada qualidade adquiriram os citados prédios por usucapião, titulo este que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, vinte e oito de Julho de dois mil e catorze. A Notária a) Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes, edição 5522 de agosto de 2014)
jornaldeabrantes
16 REGIÃO
AGOSTO 2014
Associações ibéricas definem novas áreas de intervenção para os territórios do Tejo A inovação social, o desenvolvimento económico e o ambiente são as novas áreas de intervenção para os territórios do Tejo até 2020, definidas pela plataforma associativa Tejo/Tajo Vivo no âmbito de um seminário internacional realizado em Constância.
Em declarações ao JA, o técnico coordenador da Tagus, Associação de Desenvolvimento sediada em Abrantes, disse que a plataforma associativa ibérica, que reúne 17 associações portuguesas e espanholas de desenvolvimento local (ADL), “elegeu a inovação social, o desenvolvimento económico, com especial enfoque nas relações entre produtores e consumidores, e o ambiente e as alterações climáticas como as três grandes áreas” que a associação Tejo/Tajo Vivo vai procurar desenvolver nos
próximos anos. “Estes vão ser os três grandes temas que vão nortear a Tejo Vivo até 2020”, vincou Pedro Saraiva, no final do seminário internacional, tendo destacado a “renovação dos laços de cooperação” dos vários parceiros, através da assinatura de nova carta de compromisso para o Tejo/Tajo Vivo 2014-2020. O técnico coordenador da Tagus explicou que foi feito “um balanço do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos, um trabalho de construção e consolidação dos laços que unem as 17 associações ibéricas em torno do rio Tejo e territórios associados”, tendo destacado o “debate e contacto com experiências internacionais” proporcionados pelo seminário realizado. “Nos últimos quatro anos foi criada uma dinâmica no âmbito de uma parceria es-
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Pedro Saraiva: “inovação social, desenvolvimento económico e ambiente são as novas áreas de intervenção”
Munícipes de Sardoal com descontos nas termas da Ladeira de Envendos Os sardoalenses vão poder usufruir de descontos nos serviços e tratamentos na estância termal da Ladeira de Envendos, no concelho de Mação, devido a um acordo comercial estabelecido entre a autarquia sardoalense e a empresa VMPS – Águas e Turismo. O Balneário da Ladeira de Envendos é uma estância termal que proporciona um conjunto de práticas termais, através da utilização da riqueza hidromineral da água que brota da
rocha a 21ºC, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Este é um espaço indicado para o tratamento de doenças de pele, do sistema osteoarticular e respiratório. Segundo a autarquia de Sardoal, as reservas deverão ser realizadas no posto de turismo da vila, quer sejam individuais ou em grupo, todos os munícipes vão usufruir de descontos entre os 20% e os 35%, entre os meses de agosto e outubro do corrente ano.
Estrada panorâmica reaberta ao público depois de obras de reparação As obras de reparação da estrada panorâmica que liga as aldeias de Zaboeira e Fernandaires, no concelho de Vila de Rei, já foram finalizadas. Num investimento autárquico, que rondou os cerca de 19 mil euros, a CM de Vila de Rei avançou com a reparação do troço devido à sua degradação provocada pelas intempéries que se fizeram sentir em todo o país, durante o inverno. O deslizamento de terras tornou impossível a circula-
jornaldeabrantes
ção de pessoas e viaturas. Para Ricardo Aires, presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, “a reabertura da estrada panorâmica é uma excelente notícia para todos aqueles que vivem ou visitam o concelho durante o verão. Os milhares de turistas podem assim, voltar a usufruir das fantásticas paisagens sobre a Albufeira de Castelo de Bode que a Estrada Panorâmica possibilita”.
tratégica que tem dado frutos e se tem consolidado, como é exemplo a participação em Feiras Internacionais de Turismo, divulgando o potencial dos territórios do Tejo, da nascente à sua foz, a participação em seminários, a criação da maior rota ibérica em BTT nas margens ribeirinhas, de um festival gastronómico que contou com a participação de dezenas de restaurantes, ou, ainda, o lançamento para breve de um jogo didático para distribuir aos alunos do 1º ciclo sobre o rio Tejo”, elencou. Sobre o seminário, Pedro Saraiva realçou a “partilha de experiências internacionais sobre os três vetores em causa” – Finlândia, Áustria e Espanha - e a abordagem efetuada sobre as “oportunidades que as novas estratégias europeias podem trazer” aos territórios rurais. “Esta conferência foi orga-
nizada em torno de três temas essenciais que se prendem com a inovação social, o desenvolvimento económico e o ambiente, de modo a indicar que rumos podem ser seguidos pelas associações parceiras do projeto Tejo Vivo e por outras entidades, cujos objetivos são os de promoção do desenvolvimento integrado dos territórios, nos seus trabalhos futuros”, frisou. O seminário internacional Tejo Vivo decorreu no âmbito dos Mercados Ribeirinhos de Constância, evento que decorreu em julho nas margens ribeirinhas dos rios Tejo e Zêzere, e que abarcou um mercado de produtos locais, feira de artesanato, turismo de interior, hortofrutícolas e plantas, cinema, fado, atividades de desporto e aventura, gastronomia tradicional, animação e espetáculos musicais e teatrais. Mário Rui Fonseca
TRAMAGAL
Associação de Melhoramentos investe em parque infantil e circuito de manutenção A Associação de Melhoramentos do Tramagal (AMFT) assinou no dia 25 de julho um protocolo de colaboração com a Câmara de Abrantes tendo em vista a construção de um parque infantil e um circuito de manutenção no espaço contíguo aos atuais campos de ténis. O projeto, no valor de cerca de 125 mil euros e comparticipado em 75% por fundos comunitários (20% pela autarquia e 5% pela AMFT), prevê ainda a criação de um campo multiusos no espaço contíguo à sede da AMFT, na zona verde e desportiva de Tramagal, e que permita a prática de diversos tipos de modalidade. No documento pode ler-se que o espaço “tem demonstrado grande capacidade de atração de população local mas também de concelhos vizinhos, pelo que importa continuar a melhorar as condições de utilização do espaço, tornando-o cada vez mais atrativo indo de encontro às expectativas da população”. “Há vontade das partes em oferecer melhores condições e um
leque mais variado de atividades e eventos aos utilizadores desta área de recreio, desporto e lazer”, é ainda referido no protocolo, e em que o município de Abrantes se compromete a transferir para a AMFT uma verba de cerca de 25 mil euros para apoio à concretização das ações delineadas. O protocolo foi assinado pela presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, e pelo presidente da direção da AMFT, António Rui Veiga, tendo a autarca destacado o facto de ser uma “iniciativa da sociedade civil que, não satisfeita com as condições que tem, trabalha em parceria com
as instituições do concelho para encontrar as melhores soluções para responder às necessidades e aspirações da população que representa”. Em declarações ao JA, António Veiga, presidente da AMFT, por sua vez, disse que o principal objetivo da associação é “ver as pessoas felizes no local onde habitam. Para isso, e sendo da nossa competência, o que queremos é dotar o espaço que está a nosso cargo de infraestruturas que tragam maisvalias às pessoas e que permitam à população uma melhoria da sua qualidade de vida”. MRF
OBRAS 17
AGOSTO 2014
Águas do Castelo do Bode vão abastecer concelhos de Mação e Sardoal MÁRIO RUI FONSECA
A empresa Águas do Centro assinou protocolo com a Câmara Municipal de Abrantes para que esta forneça a quantidade de água necessária para o abastecimento dos concelhos de Sardoal e Mação.
O fornecimento de água aos municípios de Sardoal e Mação vai ser feita a partir da Estação de Tratamento de Águas (ETA) da Cabeça Gorda, instalada em Abrantes, junto à albufeira de Castelo do Bode, a partir do verão de 2015, um investimento que a empresa Águas do Centro estimou em cerca de 10 milhões de euros. No âmbito do protocolo celebrado dia 4 de julho com a Câmara de Abrantes, vai ser construído um novo reservatório na zona do Carva-
lhal para abastecimento em terrenos da ETA de Cabeça Gorda, cujo investimento estará a cargo da Águas do Centro. Em declarações aos jornalistas, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes congratulou-se com um acordo que, apontou, “valoriza e rentabiliza um investimento de grande vulto no concelho, realizado de forma autónoma pelos Serviços Municipalizados de Abrantes”, estrutura que tem a responsabilidade do abastecimento de água a partir da albufeira do Castelo do Bode a uma parte significativa do concelho de Abrantes. O acordo vai permitir um encaixe financeiro para os cofres do município, pela venda da água em alta, a rondar os 150 mil euros por ano, num contrato que terá a duração de 30 anos.
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Maria do Céu Albuquerque diz que o acordo permitirá investir no abastecimento de água ao sul do concelho de Abrantes
“É uma boa notícia para Abrantes, é um exemplo de negócio pela poupança e rentabilização de recursos, e é um encaixe financeiro que vai servir para investir no pro-
jeto de abastecimento de água ao sul do concelho de Abrantes, também a partir da albufeira”, notou Maria do Céu Albuquerque. No âmbito deste acordo, a
Águas do Centro suportará as obras da conduta adutora, reservatório e estação elevatória para garantir o armazenamento, a elevação e o transporte de água, desde
a ETA até ao reservatório do Carvalhal. “O objetivo é abastecer os dois concelhos a partir de um ponto comum, no caso a albufeira de Castelo do Bode, a partir da Estação de Captação de Cabeça Gorda, em Abrantes, sendo que Mação ainda vai ter mais dois pontos de abastecimento, a partir do Brejo e das Corgas”, disse o administrador delegado da Águas do Centro, Amável Santos. Segundo Amável Santos, o projeto global “vai implicar um investimento na ordem dos 10 milhões de euros, no abastecimento de água e tratamento de águas residuais, com a construção de cerca de 130 quilómetros de condutas e construção ou remodelação de mais de 50 reservatórios, de maior ou menor dimensão”.
Avenidas de Abrantes já estão em obra
Mário Rui Fonseca
Edital Cessão de Exploração da Albergaria D. Dinis Hotel *** Hasta Pública
Já se iniciaram as obras na Avenida das Forças Armadas e a Avenida 25 de Abril, na cidade de Abrantes. Trata-se de uma obra orçada em cerca de 150 mil euros, que irá incluir a repavimentação das duas avenidas, uma intervenção na rotunda da Família e a substituição das luminárias por led`s.
Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, explicou que o intuito dos trabalhos na rotunda da Família passa pela “demolição do passeio envolvente com o objetivo de garantir a circulação de duas viaturas ao mesmo tempo, havendo uma maior fluidez do trânsito”.
No que diz respeito à instalação das led`s na cidade e no concelho de Abrantes, a CM pretende avançar para já nas duas avenidas por forma“a diminuir a fatura da iluminação pública, contribuindo para uma maior sustentabilidade energética e ambiental”, explicou a presidente.
Ricardo Jorge Martins Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, torna público que ao abrigo da deliberação tomada em Reunião da Câmara Municipal de 17 de Junho de 2014, e da Assembleia Municipal de 27 de Junho de 2014, se deliberou adjudicar através de hasta pública a Cessão de Exploração da Albergaria D. Dinis Hotel. Os possíveis interessados deverão apresentar as suas propostas em invólucro fechado como a indicação no exterior da identificação da hasta pública, a denominação “Proposta” bem como a identificação do concorrente, devendo as mesmas dar entrada na secretaria da Câmara Municipal de Vila de Rei até às 16 horas do dia 13 de Agosto de 2014. A abertura de propostas será feita em sessão pública, na Sala das Sessões do Edifício dos Paços do Concelho, na Praça Matos Silva Neves, 6110-174 Vila de Rei, pelas 15 horas do dia 14 de Agosto de 2014, sendo posteriormente analisadas por um Júri. Na referida sessão pública apenas poderão intervir os concorrentes/ou seus representantes devidamente mandatados, que tenham apresentado proposta escrita. O preço base de licitação para a cessão de exploração é de € 250,00 (duzentos e cinquenta euros), referente ao valor da prestação mensal, durante 4 anos, correspondendo ao total mínimo de € 12.000,00 (doze mil euros). Os critérios de adjudicação são: A) Preço (renda mensal) – 60 pontos; B) a empresa ou a gerência ter comprovada experiência no ramo da restauração há pelo menos 5 anos - 8 pontos; C) a empresa ou gerência ter comprovada experiência no ramo de hotelaria há pelo menos 3 anos – 10 pontos; D) possuir no seu quadro de pessoal, um Chefe de Cozinha – 5 pontos; E) ser ou ter sido considerada uma PME Excelência nos últimos 5 anos – 5 pontos; F) ser ou ter sido considerada uma PME líder nos últimos 5 anos – 2 pontos; G) ter sido premiado com prémios nacionais ou regionais, na área da gastronomia, nos últimos 5 anos – 3 pontos; H) ter participado em festivais gastronómicos regionais ou nacionais, nos últimos 5 anos – 2 pontos I) Plano de investimento físico e imaterial- 5 pontos. A participação na hasta pública implicará a aceitação por parte dos licitantes do facto de serem conhecedores do conteúdo do Programa de Procedimento e do Caderno de Encargos bem como dos documentos anexos e a declaração de vontade de os pretender cumprir integralmente. Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Município de Vila de Rei, 1 de Julho de 2014 O Presidente da Câmara, Ricardo Jorge Martins Aires
JMC
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18 REGIÃO
AGOSTO 2014
O Tribunal de Abrantes decretou a prisão preventiva a um dos seis seguranças privados detidos pela PSP no fim de semana de 12 e 13 de julho, alguns com ligações ao caso “Camorra”, processo de extorsão continuada a empresários de Abrantes. Os restantes cinco indivíduos foram constituídos arguidos, tendo o Juiz do Tribunal Judicial de Abrantes aplicado o Termo de Identidade e Residência (TIR) e apresentações periódicas às autoridades da área de residência. Os homens, com idades entre os 36 e 58 anos, foram detidos em virtude dos mesmos se encontrarem no exercício de segurança privada em estabelecimentos sem possuírem os requisitos legais. Jorge Soares, Relações Públicas da PSP de Santarém, destacou a realização de oito buscas domiciliá-
jornaldeabrantes
DR
PSP detém seguranças privados em Abrantes
Materiais apreendidos na sequência de uma •investigação de seis meses
rias, duas não domiciliárias e oito buscas a veículos automóveis. A operação, continuou, “decorreu na sequência de uma investigação que decorreu ao longo de seis meses, e resultou na apreensão diversos materiais”. Alguns dos detidos foram também interveni-
entes noutra investigação que culminou com julgamento e foi denominada de “Camorra”, destacou aquele responsável, um processo continuado de extorsão a empresários e comerciantes de Abrantes e que chegou a julgamento há cerca de dois anos.
ABRANTES
Assalto a ourivesaria rende dezenas de milhares de euros Um casal assaltou uma ourivesaria no centro histórico de Abrantes, tendo a dupla conseguido levar todo o ouro depositado em cofre, avaliado em algumas dezenas de milhar de euros, disse fonte da PSP. “O assalto ocorreu no passado dia 23, cerca das 17h00, e não houve recurso a violência”, disse o oficial de relações públicas da PSP de Santarém, Jorge Soares, tendo adiantado que o cofre da ourivesaria “estaria aberto” na altura do assalto. “Talvez tenha sido um descuido por parte dos donos da ourivesaria, mas o que é certo é que os assaltantes conseguiram levar o ouro que estava depositado em cofre e que os proprietários avaliam entre 50 a 60 mil euros”, destacou.
A dupla encontrase a monte e a PSP está a investigar o caso. José Santana, o empresário proprietário da ourivesaria, disse ao JA que a dupla de burlões já havia sondado o estabelecimento há alguns dias atrás e que o conseguiram distrair, para efetuar o roubo. “Eram muito simpáticos e não suspeitei de nada. O homem, aproveitando um momento em que estávamos no exterior a ver artigos expostos em montra, entrou e meteu o ouro para um saco. Fugiram e quando dei por ela já era tarde”, contou, visivelmente consternado. O empresário estimou o valor do assalto em cerca de 50 a 60 mil euros, bens cujo valor não estava protegido por qualquer seguro.
CULTURA 19
AGOSTO 2014
No próximo ano letivo, Yasmine Nunes, de oito anos, frequentará o 3.º ano de escolaridade. Agora, é tempo de férias e de descanso, mas também de manter a mente e o corpo ocupados. E para aproveitar as férias, Yasmine frequenta as iniciativas que a Biblioteca de Sardoal organiza neste verão. Até ao dia 5 de setembro, a Câmara Municipal de Sardoal, através da Biblioteca Municipal, coloca à disposição dos mais novos um conjunto de atividades tendo como mote a agricultura familiar. “Todos os anos penso num tema e apercebi-me que 2014 iria ser o Ano Internacional da Agricultura Familiar. Achei que pudesse ser um tema interessante para as atividades de verão”, refere Susana Afonso, 39 anos, bibliotecária e mentora da iniciativa “A Vida Numa Semente”. Cerca de 10 crianças, com idades compreendidas entre os oito e os 13 anos, participam diariamente nas atividades. Yasmine mora no Sardoal, mas para esta ini-
André Lopes
Biblioteca de Sardoal organiza atividades de verão
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Susana Afonso, bibliotecária, explica que o objetivo é que “as crianças aprendam de uma forma lúdica e descontraída”
ciativa de verão vêm crianças de várias aldeias do concelho de Sardoal. “Em cada semana há um novo tema que vai sendo debatido de segunda a sextafeira. Começamos a semana com um debate, que é o que
as crianças gostam menos. É como se fosse a introdução ao tema, falamos de tudo um pouco. Depois passamos para as atividades mais práticas”, esclarece Susana Afonso, que considera gratificante quando as “crianças vão para casa, fa-
Pereiro de Mação com 125 mil flores de plástico
zer as atividades junto da família”. O material que utilizam é, quase sempre, reciclado. “Usamos garrafas de água, tampas, pacotes de leite, pratos de plástico”. Segundo a responsável, o objetivo desta iniciativa é que “as crianças aprendam de uma forma lúdica e descontraída”, aliando a aprendizagem ao divertimento e à troca de conhecimento. Susana Afonso é formada em História de Arte e especializada em Ciências da Informação, na variante de Biblioteconomia e Documentação. Depois de dois anos a trabalhar fora do Sardoal, regressou em maio último para prosseguir com o trabalho que durante três anos desenvolveu na Biblioteca Municipal. Ainda no mês de agosto, “A Vida Numa Semente” traz inúmeras atividades que passam pela construção de um teatro, plantação de árvores, reutilização de pneus em puff, culinária.
A aldeia de Pereiro, no concelho de Mação, volta a enfeitar-se com cerca de 125 mil flores de plástico que vão ornamentar as 20 ruas e largos entre 26 e 31 de agosto. Desde há duas décadas que oPereiro de Mação, considerada a Capital das Ruas Enfeitadas, adorna as ruas na preparação para a festa anual dedicada à sua padroeira, Nossa Senhora da Saúde. A inauguração das ruas enfeitadas decorre no dia 26,
pelas 19 horas, seguindose um fim-de-semana repleto de animação com a Banda Myllenium, o Dj Massivedrum (dia 29), os Némanus e o DJ Bruno F (dia 30). O domingo, 31 de agosto, é dedicado às cerimónias religiosas com missa solene e procissão. Pelo segundo ano consecutivo será construído o girassol gigante, um dos motivos que atraiu milhares de visitantes na edição de 2013.
CONSTÂNCIA
Os Quatro Cantos do Cisne prometem organizar o “Pior Festão de Sempre”
André Lopes
TRAMAGAL
Festas em Honra da Padroeira entre 14 e 17 de agosto As festas populares da freguesia de Tramagal, festas profanas e em Honra à Padroeira Nossa Senhora da Oliveira, vão decorrer este ano entre os dias 14 e 17 de agosto, no espaço envolvente ao edifício sede da junta de freguesia da localidade. Com organização da Junta de Freguesia de Tramagal, os tradicionais festejos de agosto vão contar este ano com muita animação, de onde se destaca, entre outros, um grande concerto de tributo aos The Beatles, com os The Peakles, a única banda portuguesa escolhida para participar num festival internacional a decorrer em Liverpool, Inglaterra, de tributo aos Beatles. Concertos com Time Ridge,
Kwantta e Unión Salsera, dj´s e arraiais populares com Fernando Fortes e Tocábrir, entre outros, vão animar os quatro dias de festa. Os The Peakles são o grande destaque do certame, um coletivo que vai marcar presença na Beatle Week, um festival internacional dedicado aos legendários Beatles. Será o primeiro grupo luso a
ter a honra de atuar no reconhecido festival, que acontece entre 20 e 26 de agosto, em Liverpool. “Estamos muito contentes com o convite, trabalhámos muito para que isto pudesse acontecer, e aconteceu”, disse Ricardo Monteiro, um dos elementos da banda, à Agência Lusa. Apesar da curta existên-
cia dos Peakles – apenas um ano -, os portugueses decidiram enviar exemplos do seu trabalho para a organização do festival. Dias depois, recebiam o convite oficial. Os artistas consideram que esta será uma oportunidade para obter “reconhecimento pelo trabalho que se faz em Portugal“. Quem visitar o Festival Internacional Beatle Week poderá desfrutar de concertos ao vivo, exposições, palestras e excursões por Liverpool – a cidade que viu nascer os Beatles. Antes da atuação em Inglaterra, o espetáculo dos The Peakles pode ser apreciado em Tramagal no dia 15 de agosto.
Com organização a cargo da Associação Quatro Cantos do Cisne (4CC), com sede na aldeia da Pereira, Constância, a tradicional Festa Rural deste ano, a decorrer entre os dias 29 e 31 de agosto, promete ser “O Pior Festão de Sempre!”. Em declarações ao JA, Nuno Alfaiate, presidente da 4CC, disse que a Festa Rural da Pereira tem primado por pôr as pessoas a “mexer” de maneira diferente, procurando todos os anos ter um tema que marque pela diferença e que desperte a curiosidade das pessoas desafiando-as a pensar “o que é que aqueles artistas terão preparado para este ano?!”. “Se na “Festa ao Contrário” os homens vestiam rosa e as mulheres vestiam azul e todos com a roupa às avessas, como será este ano! O pior fato de sempre, claro está! Prometemos também ou-
tras animações como a pior cerveja de sempre acompanhada dos piores petiscos de sempre e os piores artistas de sempre? Será?!”, conta-nos, com uma gargalhada. Nuno Alfaiate revelou ainda ter perdido um contrato com um dj, “não gostou muito da ideia de ser o pior dj de sempre” -, e antecipou algumas das piores iniciativas, já agendadas para o último fim de semana de agosto. “Vamos ter o pior concurso de gastronomia, o pior concurso de fotografia, e o pior MotoRural de sempre! Vai ser mesmo uma Festa do Pior!”, garantiu o dirigente associativo, tendo remetido os leitores do JA para o mote da Festa Rural 2014: Se te sentes mal, e ainda queres ficar pior, anda à Festa Rural!! O Pior Festão de Sempre!”. Ok. Lá estareMRF mos.
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20 DIVULGAÇÃO
AGOSTO 2014
NO 10º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE MARIA DE LOURDES PINTASILGO
À procura de um novo paradigma político Quando, em 1979, Maria de Lourdes Pintasilgo (MLP) foi chamada a formar governo, surgiu com um pensamento social e político, mas à margem do quadro partidário. Ora aquele era ainda o tempo de institucionalização da democracia partidária representativa. O 25 de Abril tinha sido apenas há cinco anos e o primeiro governo constitucional há três. Era, por isso, inevitável que a política partidária rejeitasse uma mulher que aparecia como corpo político estranho, podendo colocar em causa a própria ideia da política assente nos partidos. Hoje, passados 35 anos, dá-se o facto curioso de que os partidos parecem esgotados, o eleitorado afirmase cada vez mais divorciado dos partidos e cada vez menos acredita que das personagens partidárias possa vir uma solução governativa à altura dos desafios. Além disso, as próprias matrizes do pensamento partidário, ou melhor, da falta dele, encontram-se esgotadas e na Europa, próxima e distante, já se ensaiam soluções governativas à margem dos partidos.
Muita água correu debaixo das pontes desde então. Os 10 anos da morte de MLP são uma boa oportunidade para sondar algumas das suas ideias. Se os partidos querem ter futuro, parece hoje evidente que têm de refundar-se ou dar uma volta tal que ganhem a credibilidade pública que perderam. Quem sabe se por esta via não poderão encontrar algumas pistas bastante fecundas. Porque, embora bastante esquecido, o pensamento de MLP não perdeu atualidade. MLP era engenheira química de formação. Não admira, por isso, que tenha incorporado no seu pensamento uma matriz científica pouco comum ainda hoje. Basta ler os seus textos, para nos apercebermos de que conceitos como incerteza, instabilidade, imprevisibilidade, circularidade, flexibilidade e outros da mesma família estruturam a gramática do seu pensamento. E autores como Prigogine e Morin são explicitamente referidos num contexto de exercício de pensar a política em termos de complexidade. Por
• Maria de Lourdes Pintasilgo isso, MLP propõe uma mudança de paradigma do pensamento político e da respetiva ação: não a mera gestão ou administração clássica de sistemas, financeiro, económico, judicial e assim por diante, mas uma atitude de cuidado, de atenção vigilante sobre o que está, o que se faz
e o que resulta desse fazer. E um cuidado centrado na vida das pessoas, transitando de um modelo de quantidade para o de qualidade. Através, não apenas de um discurso em moda, mas de ação concreta na sociedade. E também aqui a sua proposta é inovadora. Não se trata de,
segundo uma matriz que nos vem já desde Platão, governar de cima para baixo. Pelo contrário, a matiz da complexidade e da incerteza mostranos que a realidade se forma de baixo para cima. Por isso MLP propõe uma política justamente de baixo para cima e a partir de dentro, envolvendo todos os atores sociais, portanto através da participação tanto das pessoas como das organizações. E foi isso que fez toda a vida e foi isso que passou a vida a estimular e a apoiar. Curiosamente, ou talvez não, o poder continua a afirmar-se de um modo linear de cima para baixo. Porém, cada vez mais ele é uma realidade difusa pelo tecido social, por isso incapaz de produzir os efeitos que deseja. Justamente por colocar à margem aqueles que poderiam participar e dar-lhe consistência. Por isso mesmo, cada vez mais parece que temos mais impotência que poder e menos resultados desejados que efeitos perversos, imprevisíveis, indesejados. Passados 10 anos da morte de MLP há uma evidência manifesta: os partidos políti-
cos estão esgotados e a própria democracia corre perigo se eles não souberem reinventar-se. Como o pensamento nunca nasce do nada, esta pode ser uma fonte de rejuvenescimento. Há, no entanto, um aviso a fazer, quase como condição à partida. MLP, até pela sua formação católica, sempre pensava a política como ação centrada nas pessoas, ao serviço das pessoas. E essa é uma matriz nuclear do seu pensamento e da sua ação. E é essa matriz que pode dar à política, agora agnóstica e laica, aquilo que lhe está a faltar: uma ação das pessoas e para as pessoas. Ou seja, muita coisa teria de mudar. E não só nos partidos. Porque a verdade é que estes são apenas organizações de topo e mais expostas que reproduzem um modo de pensar e de agir de uma sociedade que não consegue sair de um paradigma que já se mostrou improdutivo, sobretudo daquilo que se deseja. Basta ver que as empresas mais eficazes e inovadoras já há muito o perceberam e mudaram de rumo. Mas isso é já outra questão. Alves Jana
ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO
Rastreio do Cancro da Mama Uma medida essencial no combate ao Cancro Na mulher, o cancro da mama é o cancro mais comum e a 2ª causa de morte por cancro. Na fase inicial, raramente provoca sintomas. Por isso os exames de rastreio são essenciais. O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. É uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade, pela sua frequência e mortalidade mas também porque atinge um órgão cheio de simbolismo na feminilidade e na maternidade. O rastreio destina-se à deteção do cancro da mama numa fase o mais precoce possível, aumentando por isso, a possibilidade de tratamento e cura, proporcionando desta forma
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melhor qualidade de vida. Se for detetado “a tempo” e tratado corretamente, a maioria das situações de cancro da mama tem cura. O rastreio do cancro da mama deve ser realizado regularmente, de 2/2 anos, a partir dos 45 anos e é feito através de mamografia - um exame muito simples, que tem como finalidade estudar o tecido mamário utilizando raios X. Este é um exame rápido que demora em média 4-5 min. a fazer e permite detetar lesões não palpáveis, 3 a 4 anos antes do aparecimento dos sintomas. Neste sentido, informamos que está a decorrer no Concelho de Abrantes de 1 de Julho a 25 de Novembro, o rastreio
do cancro da mama, realizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. Serão convidadas a participar as mulheres com idade compreendida entre os 45 e
os 69 anos de idade através de uma carta convite com indicação do dia e hora do exame (pode remarcar se não puder comparecer nesse dia). Todas as mulheres devem
ser portadoras de Cartão do Cidadão/ Bilhete de Identidade e Cartão de Utente e ainda levar mamografia anterior, se tiverem, mesmo que realizada à muito tempo. Uti-
lize o nº de telefone indicado na carta em caso de dúvida. Se recebeu uma carta para realizar mamografia PARTICIPE! FAÇA o rastreio do cancro da mama, é gratuito e pode salvar a sua vida!! A Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo lembra que: A mamografia é um exame muito simples que permite o rastreio do cancro da mama e deve ser realizada regularmente. A não realização deste exame pode significar uma oportunidade perdida no diagnóstico e tratamento da doença e uma qualidade de vida perdida. Paula Gil
Enfermeira – Unidade Saúde Pública do Médio Tejo
CULTURA 21
AGOSTO 2014
SAT assinala 113º aniversário
Palha de Abrantes reedita a revista “Tudo Como Dantes?”
A Sociedade Artística Tramagalense (SAT), coletividade fundada a 1 de julho de 1901, assinalou em festa os seus 113 anos de atividade contínua em prol da cultura, do associativismo e do desporto na freguesia de Tramagal. O convívio, em que participaram cerca de uma centena de associados e amigos da coletividade, incluiu um almoço de aniversário, uma tarde musical e a inauguração de uma pequena mostra histórica das atividades desenvolvidas ao longo de mais de um século naquela que é conhecida como a Catedral da Cultura do concelho de Abrantes. A exposição, em visita conduzida por António José Santos, vice presidente da SAT, era composta por fotografias, cartazes, pautas musicais, fatos e instrumentos da anda de música, entre outros.
A Associação Palhaa de Abrantes apresentou tou a reedição da revista sta “Tudo Como Dantes?”. s?”. A Associação Cultural ral vai assim dar contitinuidade e atualidade de a um projeto que e envolveu, no pas-sado, personalida-des do concelho de Abrantes. Na data da sua primeira edição, 1991, esta revista já tinha conteúdo que, segundo a Palha de Abrantes, “problematizou, ematizou, refletiu e divulgou informações relevantes.” A revista “vai tentar ser uma publicação com um sentido cultural muito amplo, abrangendo as preocupações dos abrantinos e dos portugueses em geral. Vai procurar fazer uma cobertura de atualidade, dos problemas vigentes no mundo”, explicou Rolando Silva, do conselho editorial da publicação. A revista está apenas disponível online no site da Associação Palha de Abrantes em www.palhadeabrantes.org. A cerimónia de apresentação decorreu no passado dia 18 de julho, no espaço Sr. Chiado. JMC
TRAMAGAL
António Santos garante que a SAT •“é muito importante para a comunidade”
“Esta exposição, que nos conduz a uma viagem pelo tempo, antecipa uma ideia, um projeto que visa a criação de um espaço museológico permanente, um espaço nobre” que a direção da SAT, presidida por Sérgio Santos, pretende ali criar. O vice presidente da SAT disse que os desafios do pre-
sente e futuro breve passam pela melhoria das condições da coletividade, com a requalificação do telhado e da zona de palco, para que, dentro de pouco tempo, a coletividade possa reforçar e aumentar a sua aposta na dinamização e diversificação na oferta de espetáculos culturais. “A SAT é muito importante
para a comunidade onde está inserida, e é das coletividades que melhor interpreta o sentido e a importância da oferta de qualidade ao nível da cultura”, vincou António Santos. Segundo assegurou o dirigente, os grupos culturais residentes na SAT vão continuar a ser apoiados e acarinhados numa lógica de crescimento sustentado, tendo elogiado o trabalho desenvolvido no grupo cénico da SAT, grupo de cantares populares, grupo coral e escola de música, a mais recente aposta da coletividade. “A escola de música já está a funcionar em bom ritmo, já tem muitos alunos, e estou convencido que dentro de um ano ou dois vai proporcionar bons espetáculos e muitas alegrias aos nossos associados e tramagalenses em geral”, vincou.
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22 CULTURA
AGOSTO 2014
COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Centro Cultural de Sardoal recebe Teatro de Revista com Vera Mónica
AGENDA DO MÊS Abrantes
O Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, recebe uma nova produção teatral no dia 9 de agosto. “É revista, com certeza” promete soltar muitas gargalhadas, contando com um elenco de luxo onde se destaca a prestação de Vera Mónica, conceituada atriz com participação em musicais de Filipe La Féria, Hugo Rendas, ator e cantor em espetáculos como “Violino no Telhado” e “Jesus Cristo Superstar”e Flávio Gil, que acumula as funções de ator e encenador da revista. Os temas da atualidade vão fazer as delícias do público. Ao Jornal de Abrantes, o produtor do espetáculo, Ricardo Miguel, refere que “há sempre referências à terra onde atuamos”, não esquecendo as “críticas à disputa de António Costa e António José Seguro, à troika, à realidade televisiva”. “É revista, com certeza” conta com textos de Mário Rainho,
Até 29 de agosto - Exposição “Portugal na Guerra de 1914-1918”, painéis sobre a Primeira Grande Guerra – Biblioteca Municipal António Botto Até 19 de setembro –“Meta – New digital art biennale”, exposição coletiva de arte digital – QuARTel – Galeria Municipal de Arte Até 31 de outubro – Exposição “8000 anos a transformar o barro” – Museu D. Lopo de Almeida – Castelo de Abrantes 22 de agosto – Animação de Verão com Canto Firme (Tomar) – Praça Barão da Batalha, 21h30
Constância Fins de semana de agosto – “Astronomia no verão 2014”, atividades ligadas à astronomia – Centro Ciência Viva, 15h às 18h e das 21h às 24h
Sardoal 23 de agosto – 4º Festival Estímulo “Colour and Glow Party” – Traseiras da Biblioteca Municipal, a partir das 16h 9 de agosto – “É revista, com certeza” (ver notícia)– Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 10€
Mação Flávio Gil e Marisa Carvalho e música de Carlos Dionísio e promete levar“ um bocadinho” do Parque Mayer com boa disposição, músicas orelhudas e uma sentida homenagem ao
Teatro de Revista. “São duas horar a rir à gargalhada, a deslumbrar-se com um luxuoso guarda-roupa e com boa vozes, num espetáculo que vive da entrega e do amor dos ato-
res”, conclui Ricardo Miguel. Os bilhetes têm o preço de 10€ e podem ser comprados na bilheteira do Centro Cultural Gil Vicente.
que passa por Curtas em Flagrante (mostra itinerante que vai na sua sexta edição), atividades com burros — cortesia da AEPGA que traz o burro de Miranda para aulas e passeios —, e não esquece os mais pequenos, dedicandolhes as manhãs (música para bebés, concertos didáticos). A noite de 13 de agosto será a da receção ao campista com a presença de Bons Rapazes e Holy Nothing. A entrega dos prémios Megafone, que acontece pela primeira vez no festival e que conta
com a atuação das três bandas finalistas, tem lugar no dia 14. Atuarão ainda no primeiro dia oficial do festival Ciclo Preparatório, O Martim e JP Simões. No dia 15 o destaque vai para os concertos de Gaiteiros de Lisboa, Ca-
Vila Nova da Barquinha picua, Gisela João e Samuel Úria. O fadista Ricardo Ribeiro, o multi-instrumentista Noiserv e o pop alternativo dos Guta Naki dão música a Cem Soldos no dia 16 de agosto. O último dia do festival, dia 16, fica reservado a Sérgio Godinho, Memória de Peixe, Amélia Muge, António Chainho, We Trust+Banda Filarmónica Gualdim Pais. O bilhete diário custa 15€ e o passe para os quatro dias do festival, com campismo incluído, 35€. Em agosto, venha “Viver a Aldeia”.
Festival do Crato com nomes internacionais no cartaz The Hives, Anselmo Ralph, Aloe Blacc, Gisela João, Miguel Araújo e Natiruts são os nomes musicais mais sonantes da edição deste ano do Festival do Crato, que se realiza de 27 a 30 de agosto. Integrado na Feira de Artesanato e Gastronomia do Crato, o festival, promovido pelo município, apresenta um programa diversificado que vai além da música, apostando no artesanato e na gastronomia, com cerca de 150 stands de expositores que pretendem dar a conhecer o que de melhor se faz no Alto Alentejo. A organização está convicta
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de que este ano a afluência de público seja a maior de todos os tempos, pois a programação é eclética, agradando
a vários tipos de público. No primeiro dia, o destaque irá para a atuação da fadista Gisela João e do norte-americano Aloe Blacc, passando ainda pelo palco do festival a Filarmónica do Crato e os Ar de Bluesy – Tributo a Rui Veloso e Carlos Tê. A 28 de agosto, a noite estará a cargo de Dengaz, Inner Circle e Natiruts. No dia seguinte, o Festival do Crato vai contar com a presença em palco de três projetos portugueses: Capitão Fausto, Miguel Araújo e Anselmo Ralph. No dia 30 de agosto é a vez da atuação das bandas The Happy Mess, We
Vila de Rei Até 15 setembro – Exposição “O Campo e o Mar”, pintura de José Figueira - Museu Municipal de Vila de Rei
A aldeia de Cem Soldos volta a encher-se de Bons Sons A aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, recebe a quinta edição do Bons Sons, festival bienal de música. Este ano, o evento decorre de 14 a 16 de agosto e pretende, tal como nas edições antecedentes, transformar a aldeia no maior festival de música portuguesa. Durante quatro dias, 55 bandas ocupam os oito palcos espalhados por praças, largos e equipamentos locais. Os habitantes são os anfitriões da música e da programação paralela do festival,
26 a 31 de agosto – Pereiro, Capital das Ruas Enfeitadas – animação e tasquinhas 6 de setembro a 5 de outubro – Festival Arroz e Maranhos – Restaurantes aderentes do Concelho de Mação
Trust e os The Hives, que encerram a edição de 2014. Durante o festival, haverá diariamente animação de rua e “After Hours”, com os Djs Nuno Luz, DJoana, Dj Chumbo (Ricardo Moreno), Wilson Honrado, Ana Arroja e João Vaz. Os bilhetes para o festival estão à venda nos locais habituais e os preços variam entre os 8 (para os dias 27 e 28) e os 10 euros (para os últimos dois dias). Os passes de quatro dias, que dão acesso ao campismo, têm o custo de 22 euros.
Até 31 de agosto – “Trabalho de Campo”, exposição dos alunos finalistas do Curso de Artes Plásticas do IPT – Galeria do Parque Até setembro – atividades desportivas (Zumba, Spinning bike, insufláveis) – Barquinha Parque
Nº23 da ZAHARA já está na rua O CEHLA, Centro de Estudos de História Local de Abrantes, procedeu a mais um lançamento do número 23 da revista ZAHARA, no espaço Sr. Chiado. A revista ZAHARA, publicação semestral, da responsabilidade do CEHLA, destaca nesta edição: a Oposição ao Estado Novo numa entrevista a Manuel Dias, as Réquilas da Igreja Matriz de Constância, a construção da Capela da Matagosa, a Imprensa Periódica Abrantina no final do séc. XIX, os Maçaenses na Malha da Inquisição, um trabalho intitulado Tramagal: Sinais do Tempo, a Anta do Penedo Gordo e o Museu das Tropas Páraquedistas. Na apresentação deste novo número, José
Martinho Gaspar, diretor da revista, admitiu que CEHLA está disponível para a aceitar novos colaboradores que tenham interesse em colaborar com a revista. A revista Zahara é um documento dedicado à antropologia, à história local, à sociologia, ao quotidiano e à etnografia da região onde se insere, envolvendo muitos colaboradores, professores e estudiosos na sua elaboração
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CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690
CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
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José António Correia Pais AGRADECIMENTO
ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L
Na impossibilidade de o fazer pessoal e individualmente a todos quantos se dignaram associar-se às cerimónias fúnebres ou endereçaram mensagens de condolências, a família de José António Correia Pais, vem por este meio manifestar-se profundamente sensibilizada e expressar o seu reconhecimento pelas manifestações de carinho e pesar recebidas aquando do falecimento do seu ente querido. Funeral a cargo de AGÊNCIA FUNERÁRIA PAULINO
NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE. - Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezasseis de Julho de dois mil e catorze, exarada de folhas quarenta e oito a folhas quarenta e nove verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E DEZASSEIS – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores MARIA DO CARMO DA CONCEIÇÃO RAMOS, e marido JOÃO DO ROSÁRIO DA CRUZ, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Abrantes (São João) e ele da freguesia do Pego, ambas do concelho de Abrantes, residentes na Rua Direita, número 8, em Rio de Moinhos, Abrantes, DECLARARAM, que com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do Prédio Urbano, sito em Caldeiras, na freguesia de Rio de Moinhos, do concelho de Abrantes, composto de casa de rés-do-chão para habitação e telheiro, com a área coberta de setenta e três metros quadrados e logradouro com a área de quarenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Rua Pública (Rua das Caldeiras), de Sul com Francisco Vicente, de Nascente com Luís Filipe Ferreira Santos e de Poente com Caminho, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes e inscrito na respectiva matriz sob o artigo 506. - Que, eles justificantes são possuidores do prédio acima identificados por o mesmo lhes ter sido doado verbalmente por seus pais e sogros Felismina da Conceição e marido Joaquim Ramos, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Rio de Moinhos, Abrantes, em data anterior a mil novecentos e oitenta e cinco, que por sua vez o tinham adquirido por partilha verbal com os demais herdeiros por óbito de Augusto Luís e mulher Joaquina da Conceição, casados que foram no regime da comunhão geral, residentes em Rio de Moinhos. - Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de beneficiação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verificando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião, titulo este que não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. - Esta conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 16 de Julho de 2014. A Notária Sónia Maria Alcaravela Onofre (Jornal de Abrantes n.º 5522 edição de Agosto 2014)
SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075
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NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE. - Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia onze de Julho de dois mil e catorze, exarada de folhas vinte e quatro, a folhas vinte e oito, do livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E DEZASSEIS – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual as Senhoras MARIA CANAS SERRAS, viúva, natural da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, residente na Rua Nazaré Canas, no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, EUNICE MARISA SERRAS RODRIGUES, solteira, maior, natural da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, residente na Rua Nazaré Canas, no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, ANA CRISTINA SERRAS RODRIGUES, solteira maior, natural da freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, residente na Rua Nazaré Canas, no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, NÉLIA MARIA SERRAS RODRIGUES e marido LUÍS FILIPE LOPES LAVRADOR, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Abrantes, (São João), do concelho de Abrantes, e ele da freguesia e concelho de Sardoal, residentes na Rua do Outeiro, em Panascos, Alcaravela, Sardoal, DECLARARAM, que são donas e legítimas possuidoras, em comum e sem determinação de parte ou direito, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: - UM) Prédio Rústico, sito em Vale das Barrocas, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com a área de nove mil metros quadrados, a confrontar de Norte com Deolinda Rosa Alexandre Frade, de Sul com João Fernando Marques Batista, de Nascente com Isilda Serras Bento Martins e de Poente com Carlos Manuel Serras Lobato e outro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 189 da secção P. - DOIS) Prédio Rústico, sito em Carapinhosa, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com área de seis mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Herdeiros de Augusto Rodrigues Vermelho, de Sul com João António e de Poente com Herdeiros de Daniel Bento Pita, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 31 da secção AA. - TRÊS) Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Estrada e de Sul e Poente com Fraternidade da Mãe de Deus, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 246 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD). - QUATRO) Prédio Rústico sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal e cultura arvense, com área de dois mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte, Sul, Nascente e Poente com Estrada, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 245 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD). - CINCO) Prédio Urbano, sito no lugar de Casos Novos- Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de casa de habitação de rés-do-chão com a área coberta de sessenta e sete metros quadrados, a confrontar de norte com Avelino Inácio, de Sul e Poente com Evangelina Canas Serras da Silva e de Nascente com Manuel Dias, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 460. - SEIS) METADE do Prédio Rústico, sito em Canto, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, mato, oliveiras, citrinos, horta, cultura arvense de regadio, leitos de curso de água e macieiras, com a área de nove mil setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Herdeiros de João Pedro e Outros, de Sul com Chã- Exploração de Florestas e Agrícolas, Lda, de Nascente com Caminho e Poente com António dos Santos Serras e outros, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 167 da secção AD. - SETE) METADE do Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de horta e mato, com área de dois mil e cem metros quadrados, a confrontar de Norte com Herdeiros de Joaquim Oliveira Rodrigues, de Sul com Estrada, de Nascente com Cristina Maria Martins Fernandes Marques e Poente com Caminho, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 242 da secção AD (anterior artigo 157 da secção AD) com o valor patrimonial tributário correspondente para IMI de €33,91, e para IMT de €92,31, valor que adoptam para efeitos fiscais. - OITO) METADE do Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de cultura arvense, com a área de mil e trezentos metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Estrada, de Sul com Maria Clara Chaves e Poente com Francisco Pedro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 244 da secção AD (anterior artigo 157 da secção AD) com o valor patrimonial tributário correspondente de IMI € 3,67, e para IMT de € 10,00, valor que adoptam para efeitos fiscais. - NOVE) UM QUARTO do Prédio Rústico, sito em Telheiro, na freguesia de Mouriscas, do concelho de Abrantes, composto de mato, olival e pinhal, com a área de quarenta e três mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de Norte com João Pimenta de Jesus Pereira, Herdeiros de Amorim Valente e outros de Sul e de Nascente com Manuel Luís da Costa Santos e de Poente com Herculano da Conceição Martins e outro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 64 da secção F, com o valor patrimonial tributário correspondente para IMI de € 29,66, e para IMT de € 360,20, valor que adotam para efeitos fiscais. - Que os prédios oram justificados vieram à posse da primeira outorgante da alínea a) por partilha verbal, com os demais herdeiros, por óbito de seu pai ANTÓNIO SERRAS, casado com Nazaré Canas, no regime da comunhão geral de bens, residente em Alcaravela, Sardoal, por volta do ano de mil novecentos e setenta e quatro, ainda no estado de casada, sob o regime da comunhão de adquiridos com JOAQUIM OLIVEIRA RODRIGUES, sem que chegassem a outorgar a correspondente escritura de partilhas. - Desde aquela data, que a primeira outorgante da alínea a) e o seu referido marido, passaram a ser detentores dos prédios, agindo como seus legítimos proprietários, usufruindo de todas as utilidades dos prédios e pagando as respectivas contribuições e impostos, posse que sempre exerceram sem interrupção, com conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse. - Que, posteriormente, no dia dez de Novembro de dois mil e seis, na freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, faleceu o seu marido JOAQUIM OLIVEIRA RODRIGUES, no estado de casado, em primeiras núpcias de ambos e sob o regime da comunhão de adquiridos, com ela outorgante Maria Canas Serras, natural que era da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, com última residência habitual no lugar de Casos Novos, em Alcaravela, Sardoal, sem deixar testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, tendo deixado como suas únicas e universais herdeiras as ora primeiras outorgantes, sua mulher e filhas, o que verifiquei pela escritura de habilitação de herdeiros outorgada hoje, exarada a folhas vinte e duas e seguintes, deste Livro de Notas. - Que após o falecimento do mencionado Joaquim Oliveira Rodrigues, a sua mulher, a ora primeira outorgante identificada na alínea a) e as suas filhas as ora primeiras outorgantes identificadas nas alíneas b),c) e d), mantiveram-se na posse dos referidos imóveis, posse essa que se manteve ininterrupta, à vista e com o conhecimento de toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, amanhando-os, cultivando-os, apanhando a fruta, limpando o mato, cortando a madeira, fazendo obras de conservação e beneficiação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidas como suas donas por toda a gente, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menos oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, o que lhes permite invocar a seu favor a usucapião dos prédios, já que lhes é impossível por meios normais obter o registo do seu direito de propriedade. - Está conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 11 de Julho de 2014. A Notária, Sónia Maria Alcaravela Onofre (Jornal de Abrantes n.º 5522 edição de Agosto 2014)
CARTÓRIO NOTARIAL Joana de Faria Maia, Notária EXTRACTO Joana de Faria Maia, Notária deste concelho, com Cartório sito na Avenida 25 de Abril, número 248, résdo-chão, na cidade de Abrantes, CERTIFICA, narrativamente para efeitos de publicação, que, por Escritura de Justificação, lavrada a trinta de Julho de dois mil e catorze, no Livro de escrituras diversas número Trinta e Sete – G, iniciada a folhas vinte e nove, deste Cartório Notarial, Eduardo Rosa Guia e mulher Luísa de Jesus dos Santos, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais do Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, onde são residentes na Rua Nossa Senhora da Guia, número 86, lugar de Atalaia, contribuintes fiscais números 100 468 284 e 100 468 250, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores seguinte prédio: urbano, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar destinado a habitação, sótão amplo, logradouro e quintal, sito na Rua Nossa Senhora da Guia, número 86, lugar de Atalaia, no Souto, União das Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, com a área coberta de cento e vinte e um metros quadrados, e, descoberta de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do Norte, com estrada pública, do Sul e do Poente, com Manuel António Passarinho, e, do Nascente, com José Francisco Lourenço, inscrito na matriz sob o artigo 1.519, com valor patrimonial IMT de 35.070,00€, a que atribuem igual valor, não descrito no registo predial; o certo porém é os justificantes não possuem título formal que legitime o seu domínio sobre o referido prédio, o qual veio à sua posse por dação em pagamento de Luís Francisco Júnior, casado com Isilda Maria, residente na Atalaia, Souto, já falecido, em data que não podem precisar mas sensivelmente no ano de mil novecentos e oitenta e dois; que, não obstante isso, os justificantes, têm usufruído do mencionado prédio, usando todas as utilidades por ele proporcionadas, conservando-o, procedendo à sua limpeza, fazendo as necessárias obras de restauro e conservação, com animo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos por seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, tudo isto há mais de vinte anos; e que, dadas as enunciadas características de tal posse, eles justificantes adquiram o citado prédio por usucapião, titulo este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original. Abrantes, trinta de Julho de dois mil e catorze. A Notária a)Joana de Faria Maia (Jornal de Abrantes, edição 5522 de Agosto de 2014)
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EXPOSIÇÃO
ATÉ 19.SET.14//QUARTEL — GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DE ABRANTES
META
IS A DIGITAL ART GROUP EXIBITHION EXPOSIÇÃO
ATÉ 29.AGO.14 BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO
PORTUGAL NA GUERRA DE 1914-1918 EXPOSIÇÃO
DESPORTO
12.AGO.14//21H00 CIDADE DESPORTIVA
ATÉ 19.AGO.14 QUARTEL — GALERIA MUNICIPAL DE ARTE DE ABRANTES
PASSEIO AO LUAR
IS A DIGITAL ART GROUP EXIBITHION
CAMINHADA JUNTO ÀS MARGENS DO ZÊZERE
META
EXPOSIÇÃO
ATÉ 31.OUT.14 MUSEU D. LOPO DE ALMEIDA
8000 ANOS A TRANSFORMAR O BARRO DESPORTO
12.AGO.14 PISCINA MUNICIPAL DE AR LIVRE
AGOSTO 2014
DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE
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DESPORTO
16.AGO.14//09H00 SOUTO
MÚSICA
22.AGO.14//21H30 PRAÇA BARÃO DA BATALHA
CANTO FIRME DESPORTO
30.AGO.14//16H00 PARQUE URBANO DE S. LOURENÇO
2ª RESISTÊNCIA BRANQUINHOS DO PEDAL BTT