NOVEMBRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5525 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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de
jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha
ESPECIAL
Produtos regionais estão em expansão
Sandra Eunice Reis
De Alvega para vários países partem as amoras da Manuela, o Inov`Linea abre as suas portas a novos produtores e as tigeladas tradicionais de Abrantes agora já podem percorrer o mundo. Págs. 11 a 14
ENTREVISTA
POLÍTICA
INVESTIMENTO
POLÍTICA
Eurico Consciência foi homenageado
PSD de Abrantes aponta fortes críticas ao PS
Autarca de Barquinha quer reativar a base de Tancos
Autarquias apresentam orçamentos mais baixos
O advogado aos 78 anos de idade mantémse em atividade e refere que “é uma sorte poder ajudar as pessoas”.
A Comissão Política do PSD acusa a autarquia liderada pelo PS “de falta de estratégia e de um plano de ação”.
Fernando Freire defende a reativação da base área nº3 de Tancos para aeroporto civil e de transporte de mercadorias.
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As autarquias da região aprovaram orçamentos municipais mais baixos para 2015 e referem-se a uma indefinição face ao próximo quadro comunitário de apoio. Pág 4
2 ABERTURA FOTO DO MÊS
EDITORIAL
de
jornal abrantes
NOVEMBRO 2014
FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt
Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Mário Rui Fonseca (CP.4306)
Hino aos velhos
mario.fonseca@lenacomunicacao.pt
Colaboradores Alves Jana, André Lopes e Paulo Delgado
Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785
Secretariado Isabel Colaço
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Design gráfico António Vieira
Impressão
Sandra Eunice Reis
miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Algumas das instalações deixadas pelo Creative Camp edição 2014 estão hoje destruídas. A pergunta que se impõe é: qual é a sua utilidade agora?
Grafedisport, S.A.
Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
INQUÉRITO
O que pensa da tradição de “Pedir os Bolinhos”?
Editora e proprietária
Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes
GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.
Manuel Brites
Conceição Florindo
Maria de Fátima
74 anos Aposentado
48 anos Cabeleireira
55 anos Empregada de balcão
“A tradição em si era boa! Só que a mesma terminou, com a retirada do feriado. Continua a ser um dia santo para mim, mas no geral não é.”
“Acho fantástico. Até tenho pena de já não poder andar a “pedir os bolinhos”, porque adorava. Desde pequena que pedia os bolinhos e concordo que a tradição se mantenha.”
“ É uma tradição que sempre existiu e acho bem continuar. Embora tenham retirado o feriado, considero que é necessário preservá-la, pelas crianças.”
PROFISSÃO Engenheiro Processo UMA POVOAÇÃO Mação porque faz-me sentir em casa. UM CAFÉ O qual possa estar com os meus amigos. PRATO PREFERIDO Arroz de pato feito pela mãe. UM RECANTO PARA DESCOBRIR Alto douro, pela sua paisagem. UM DISCO Damien Rice – “O”. UM FILME The Bucket List – pela sua história UMA VIAGEM A Barcelona em boa companhia UMA FIGURA DA HISTÓRIA? (E PORQUÊ) Henry Ford pela
introdução de várias técnicas de produção em massa na indústria moderna UM MOMENTO MARCANTE? (E PORQUÊ) A primeira vez que entrei no estádio da Luz para ver um jogo das competições europeias. O ambiente que se cria não se consegue explicar, só sentindo UM PROVÉRBIO A ganhar se perde e a perder se ganha UM SONHO Fazer uma viagem pelos continentes do mundo UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Prova de karting, seguido de almoço com família e/ou amigos
SUGESTÕES
Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho info@lenacomunicacao.pt
Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.
jornaldeabrantes
António Manuel dos Santos Dias IDADE 30 anos NATURALIDADE / RESIDÊNCIA Venezuela / Abrantes
Os nossos velhos, tenham tido muita ou pouca formação, têm sempre muito para dar. Porque os anos que viveram também lhes deram muitas oportunidades de olhar para as coisas, uma vez e outra e mais outra. Por isso, passaram a vê-las com olhos mais abertos, mais iluminados, mais focados. A experiência dada pelo tempo que passa é dos nossos velhos, mas pode ser nossa também, se quisermos aprender com ela. Carlos Pinto Coelho, o grande jornalista que se tornou conhecido pelo programa “Acontece”, na RTP2”, veio várias vezes à Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA). Numa delas, referiu-se a quem tem mais idade como ‘os velhos’. E alguns jovens ficaram surpreendidos, habituados que estavam a usar expressões como “idosos” ou “terceira idade”. Mas Carlos Pinto Coelho, que nunca chegou a ser velho, apesar de toda a sua experiência e de tanto que tinha para dar, ensinou-os a não ver ofensa na palavra “velho”. Envelhecer é avançar no tempo e ganhar com isso. Ser velho é, também, assumir a generosidade da partilha, passando aos que se seguem ideias, histórias, conselhos e experiências que só lá muito para a frente conseguimos ter. Mas, se as ouvirmos antes de lá chegarmos, fazemos o nosso avanço no tempo de forma mais sensata. Por isso, sempre que perdemos os nossos velhos, quando ainda tinham tanto para partilhar, sentimos que perdemos a oportunidade de envelhecermos melhor. Perder um velho não é só deixar partir quem já viveu a sua vida. Perder um velho é perder uma grande oportunidade. Os nossos velhos fazem-nos falta sempre, mesmo quando se apagam como uma vela que chega ao fim. Mesmo sendo a lei da vida, é difícil aceitar que não houve tempo para absorver tudo. E quando morrem na sequência de atos bárbaros, sem justificação possível, o incómodo é imenso. Não resolve nada, mas apetece fazer este hino aos velhos. Hália Costa Santos
ENTREVISTA 3
NOVEMBRO 2014
EURICO CONSCIÊNCIA CHEGOU A ABRANTES HÁ 50 ANOS
“É uma sorte, a de poder ajudar as pessoas” Fez 78 anos em finais de outubro, mantém-se em atividade e foi homenageado a 18 de outubro pelo Conselho Distrital da Ordem dos Advogados como “advogado de referência” e “homem de convicções”. Que quer isso dizer? Hoje há demasiados “profissionais” de advocacia, cerca de 30.000 no ativo. A Áustria, com a mesma população, tem 6.000. Isso agravou a luta dos advogados pela vida e levou a uma degradação da profissão em termos da responsabilidade deontológica. À medida que vamos envelhecendo, vamos percebendo que quanto mais sabemos mais ignoramos. Mas, em termos deontológicos, há mais de 50 anos como advogado, nós pensávamo-nos como uma elite, no ainda hoje desejável bom sentido, um escol de pessoas com um grande sentido de responsabilidade e obrigadas a corresponder ao que a comunidade esperava delas. Hoje, infelizmente, não é assim de todo, o que não quer dizer que não haja excelentes Advogados (com A grande). Quais são as suas convicções? Em primeiro lugar, a lealda-
de: os homens devem ser leais, não devem ser hipócritas, traidores, não devem passar rasteiras. E em Abrantes há muitos rasteirantes. E o sentido de responsabilidade. São, para mim, os valores fundamentais. E depois a tolerância. Foi presidente da Câmara antes do 25 de Abril. O meu sogro, homem de boa memória, era o cacique local em Meda e por isso convidaram-me para presidente da Câmara. Disse que aceitava se pudesse dizer na posse que “não tenho nada que ver com este regime e tomo posse como administrador da minha terra deixando as funções políticas para o meu sogro”. O governador civil falou com o ministro, Santos Júnior, e eu tomei posse. Mas dei-me muito mal, não com os ministros, mas com o governador civil. E passados três meses pedi a demissão. Não fui autorizado a demitir-me e abandonei o cargo. Acabei por retomar funções e concorri para notário em Abrantes, para terem de me deixar sair. Como era Abrantes quando chegou, em 1964? Era um cartório muito requestado, pois ganhava-se bem: com os emolumentos, mais do dobro do juiz da co-
Tem sido o homem das mil e umas intervenções. Por exemplo na ARA – Associação de Desenvolvimento da Região de Abrantes. O que era? Em 1966 comemorou-se o cinquentenário de Abrantes cidade e eu fui participando. O Dr. João Salgueiro era Sub-Secretário de Estado do Planeamento e Vítor Constâncio era diretor do Secretariado Técnico da Presidência do Conselho, então uma instituição magnífica que atraía as melhores cabeças que saiam das faculdades. A ARA foi criada como estrutura regional de suporte de uma plano de desenvolvimen-
marca. Eu vim para regressar a Meda ao fim de um ano. Mas gostei muito de Abrantes. Era uma cidade pequena, mas tinha um equipamento urbano notável: hospital, casa de saúde, colégios masculino e feminino, escola comercial e industrial, e tinha outras escolas secundárias (Alvega, Tramagal e Mouriscas). Eu tinha já dois filhos e outro para nascer. Decidimos ficar por aqui, “não vamos outra vez para o deserto”, porque lá em cima era mesmo um deserto, sem hospital, sem escolas… Fomos ficando. E como eu sou um lírico, adorei a paisagem, a orografia de Abrantes. E quando ia fazer 33 anos, deixei o notariado e retomei a advocacia, em 1970. Depois ainda deslocámos a família para Oeiras, pelo que abri escritório em Lisboa, que mantenho. E Abrantes, hoje… Tem perdido, é uma terra em declínio. Tem a ver também com as pessoas que estão nos lugares de que depende o desenvolvimento ou retrocesso de uma comunidade. Fizeram-se coisas bonitas, mas perderam-se de vista as coisas realmente importantes para o desenvolvimento. Abrantes chegou a ter mais de 50.000 habitantes e hoje não chega a
to regional. Aqui era a cobaia e depois seria para estender a todo o país. Eu era o secretário geral. Prepararam-se as condições para a criação do chamado Triângulo Abrantes-Tomar-Torres Novas, pensando numa cidade com cerca de 200.000 habitantes. Havia uma comissão com duas pessoas de Abrantes, duas de Tomar e duas de Torres Novas. A coisa estava a andar muito bem, mas a certa altura, por razões políticas, locais, houve querelas pessoais… (ri-se) “aquele tipo está a subir mais que eu”… E a coisa rebentou numa reunião no Hotel, eu saí porta fora.
40.000. E não é um problema de interioridade, que é relativa, a um quarto de hora do eixo Lisboa-Porto. Por exemplo, Castelo Branco nunca perdeu população, com uma interioridade muito maior. Como advogado, qual é a sua actividade dominante, a sua especialidade? Costumam dizer de mim “especialista em seguros e acidentes de viação” [área em que tem vários livros publicados, vários com reedição]. Hoje há muito menos acidentes que há 20 anos, por causa das auto-estradas, os automóveis são muito mais seguros e sobretudo porque desapareceram as motorizadas. Eu fiz centenas, se não milhares, de julgamentos de acidentes de viação. E mais tarde fui advogado de várias companhias de seguros. Conheço o problema de um lado e do outro. Com 78 anos, ainda exerce. Não pensou reformar-se? Se eu me mantiver fisicamente mais 15 anos, são 15 anos mais que eu advogarei. Não haja dúvida. Alguém já disse que não há profissão mais nobre que a de advogado. É uma sorte, a de poder ajudar as pessoas. É isso que eu sinto.
Como era a Oposição ao regime, em Abrantes? O chefe da Oposição era o Dr. Semedo, uma jóia de homem. Era uma terra de “brandos costumes”: a Situação e a Oposição confraternizavam. Havia eleições, lá ia o Dr. Semedo e o Dr. Orlando Pereira, e o Manuel Dias, que é tão cioso da sua contribuição… Arranjavam uma sessão de propaganda da Oposição. Depois do 25 de Abril viuse que a mulher do Dr. Orlando era do Partido Comunista.
Sandra Eunice Reis
ALVES JANA
• Eurico Consciência, um “advogado de referência” Eurico Consciência Nasceu em Meda (Guarda) em 1936. Estudou no Porto e depois formou-se em Direito em Coimbra (1959). Regressou à sua terra onde casou e foi notário e advogado, sub-delegado procurador da República e depois presidente de Câmara até se fixar em Abrantes em 1964, como notário. Em 1970 passa a exercer advocacia aqui e depois também em Lisboa) e mantém múltiplas intervenções na sociedade local e regional. Fundador do PS de Abrantes e depois candidato a presidente da Câmara pelos GDUP. Membro da direção da
ARA, do Sporting Clube de Abrantes, do Cine Clube de Abrantes. Colaborador dos jornais Correio de Abrantes, de que foi diretor antes do 25 de Abril, do Jornal de Abrantes, do Primeira Linha, d’ O Ribatejo e do Expresso. Professor de Direito Comercial e Economia Política na E.I.C.A. e de Introdução ao Direito na Universidade Internacional (Abrantes). Publicou vários livros de Direito, sobretudo na área do Direito dos Seguros e um livro de recolha de crónicas.
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Sandra Eunice Reis
4 DESTAQUE
NOVEMBRO 2014
Abrantes aprova um dos orçamentos mais baixos da última década • Opções para 2015 condicionadas pela austeridade, pelo “desinvestimento em projetos estruturantes” e pela diminuição de receitas A Câmara de Abrantes aprovou, no dia 24 de outubro, a proposta de orçamento para 2015, no valor de 27,6 milhões de euros, menos 6 milhões do que o orçamento deste ano. “Este é um orçamento muito baixo, dos mais baixos dos últimos 10 anos”, disse à Antena Livre a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, tendo apontado para a “redução de receitas através dos impostos municipais e as dificuldades inerentes a um novo quadro comunitário de apoio que teima
em começar”. O Plano de Atividades, Investimentos e Orçamento para 2015 foi aprovado com os votos favoráveis da maioria PS, a abstenção do eleito da CDU e o voto contra da vereadora do PSD. A autarca disse ainda que o Plano e Orçamento para 2015 foi “condicionado pela continuação das medidas de austeridade que o país atravessa e pela manutenção do desinvestimento em projetos estruturais e potenciadores do desenvolvimento” económico e social, com reflexo na
vida dos cidadãos, das instituições e das empresas. “Este é um orçamento também fortemente condicionado pela expectável acentuada diminuição de receitas, sobretudo, e pela incerteza quanto aos mecanismos de financiamento a disponibilizar pelo novo Quadro Comunitário”, frisou. A autarca lembrou que 2015 será “o primeiro de 7 anos” em que o município de Abrantes contribui do seu orçamento para o Fundo de Apoio Municipal criado pelo Governo para apoio aos mu-
nicípios em difícil situação financeira (Abrantes contribui com 1,2 ME). Céu Albuquerque disse que 50% daquele montante do orçamento diz respeito a despesas de funcionamento da autarquia, como ordenados com os funcionários, refeições escolares, transportes, e apoios às juntas de freguesia, entre outras, e os restantes 50% estão divididos para uma componente do plano de atividades, culturais, desportivas e outras, e outra componente relativa a investimentos em curso.
“Em 2015, e até que o novo quadro comunitário de apoio comece a funcionar, vamos concluir os projetos em curso, na ordem dos 5 milhões de euros, como o novo centro de saúde de Abrantes, o núcleo museológico do Tramagal e o novo mercado diário de Abrantes”, frisou a autarca, tendo realçado as “boas contas” de um município que apresenta um “prazo médio de pagamento de 25 dias” a fornecedores. “Este é um município cumpridor dos limites de endividamento nos termos
da Lei das Finanças Locais e continua a diminuir o número de colaboradores ao serviço”, referiu, dizendo que em 30 de setembro de 2014 a redução foi de 3,7%, face ao período homólogo de 2013. A presidente do município assegurou que a Câmara de Abrantes “não vai despedir ninguém e poderá mesmo vir a contratar pessoal, embora no quadro de uma forte conjuntura de restrição”. Mário Rui Fonseca e Joana Margarida Carvalho
Mação privilegia em 2015 apoios sociais e economia local em orçamento de 11 ME
Vila de Rei com 5,4 ME no orçamento para os mais carenciados e infraestruturas
A Câmara Municipal de Mação aprovou o orçamento para 2015, da ordem dos 11 milhões de euros, com o presidente do município, Vasco Estrela, do PSD, a sublinhar o “condicionamento” gerado pela indefinição em relação aos fundos comunitários. O próximo quadro de apoios comunitários “vem quase impossibilitar que as autarquias possam fazer obra (física) da forma como era habitual”, frisou, tendo o autarca referido a “alteração de paradigma”, para justificar opções que vão, no essencial, centrar-se na prestação de serviços de proximidade, de apoio às pessoas, às instituições sociais, à
A Câmara de Vila de Rei aprovou por maioria as Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para 2015, uma verba de 5,4 milhões de euros, a mais baixa da última década. Ricardo Aires, autarca social-democrata, disse ao JA que o orçamento está “focado” em áreas muito concretas de apoio à comunidade, levando a efeito “políticas de proximidade e de apoio aos mais necessitados, às famílias e às instituições sociais”. No documento, aprovado pela maioria dos votos do PSD e com a abstenção do PS, pode ler-se que a autarquia de Vila de Rei projeta
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educação e cultura, e às empresas e agentes económicos. No documento, é ainda vincada a aposta na cultura, através da“afirmação do concelho como polo de conhecimento”, por via do ensino especializado ministrado no Museu do Sagrado do Vale do Tejo e no Instituto Terra e Memória. Vasco Estrela defendeu ainda o processo de reformulação do Gabinete Empreendedor de Mação (GEMA), através de novas instalações e melhoria na prestação de serviços, e reputou de “fundamental” a elaboração do Plano Estratégico - Mação 2025, um documento de “extraordinária importância” para a defi-
nição futura da política e ação autárquica para os próximos anos. O documento prevê ainda a conclusão da elaboração de cadernos de especificações dos principais produtos tradicionais de panificação, pastelaria e doçaria, a operacionalização do percurso pedestre junto ao Rio Tejo, desde Ortiga até ao limite do concelho de Abrantes, criação de um outro percurso entre Vale de Abelha e a Albufeira da Barragem de Belver (Ortiga), e dinamização da Marca Mação e dos produtos endógenos a ela associados. MRF
para o próximo ano a conclusão do projeto de construção e infraestruturas de um centro geriátrico no concelho, a construção de um parque urbano ambiental na Eirinha/Carrascal, a re-
abilitação da antiga cadeia para fins culturais, a criação de uma quinta pedagógica em São João do Peso, um parque de campismo em Fernandaires e um parque aventura em Água Formosa. O documento prevê ainda a construção de um edifício para a instalação de um lagar e destilaria, com zona de embalamento e aquisição de respetivo equipamento, a construção de um heliporto, a requalificação do Parque de Feiras municipal, e a beneficiação do acesso ao centro geodésico de Portugal, entre outros. MRF
SAÚDE 5
NOVEMBRO 2014
Um problema informático levou ao encerramento parcial da extensão de saúde de Santa Margarida, em Constância, tendo sido resolvido três dias depois pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). MÁRIO RUI FONSECA
Um problema informático afetou a normal prestação de serviços dos médicos e dos 2.543 utentes da extensão de saúde de Santa Margarida da Coutada, Constância, que, ao longo de três dias, tiveram de se deslocar para a extensão de saúde do Tramagal, freguesia vizinha situada já no concelho de Abrantes, a cerca de sete quilómetros, para a prestação de consultas.
“Foi um problema na rede de internet, um problema de performance que tinha a ver com a infraestrutura existente e que condicionou os aplicativos”, disse a responsável pela comunicação da SPMS, entidade responsável pela gestão e manutenção dos sistemas de informação do Ministério da Saúde. “O problema não era de acesso aos ficheiros dos utentes mas eventualmente no programa de prescrição de medicamentos, devido a um ‘up grade’ que efetuámos recentemente. Com a substituição do link, e em articulação com o ACES do Médio Tejo, as consultas voltaram três dias depois à normalidade em Santa Margarida”, assegurou Ana Davó.
CMConstância
Problema informático afetou Extensão de Saúde de Santa Margarida
Responsável espera que a extensão de saúde agora “já possa trabalhar •normalmente e sem sobressaltos”
A presidente da Câmara de Constância, Júlia Amorim, disse que “as preocupações tornadas públicas levaram o SPMS a acelerar as medidas para solucionar o problema, tendo-se deslocado ao local um técnico de informática”. A autarca defendeu ainda que, “caso o problema per-
sista, e até que a situação se resolva definitivamente, a Extensão de Saúde “devia voltar a trabalhar com o anterior sistema de prescrição de receituário”. A diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, Sofia Theriaga, confir-
mou que “o problema principal situou-se ao nível da plataforma do programa de Prescrição Eletrónica Médica” (PEM) uma aplicação informática desenvolvida pela SPMS destinada à prescrição eletrónica de medicamentos, cuidados respiratórios domiciliários e de
meios complementares de diagnóstico. Esta ferramenta, disponível tanto nas instituições de cuidados de saúde primários como em ambiente hospitalar, possibilita o envio de dados para o sistema central. “É uma plataforma exigente e que obriga a uma maior largura de banda do que aquela que existia na extensão de saúde de Santa Margarida. O Ministério já havia dado instruções esta semana para voltarmos ao antigo sistema informático mas agora, com a instalação de um novo sistema pelos técnicos da SPMS, esperamos que a extensão de saúde já possa trabalhar normalmente e sem sobressaltos”, disse.
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6 SAÚDE
NOVEMBRO 2014
O Ministério da Saúde garantiu não ter tomado qualquer decisão no sentido do encerramento da maternidade de Abrantes, em resposta a uma pergunta levantada pelo deputado socialdemocrata Duarte Marques. “O Ministério da Saúde reitera que, não só não foi tomada qualquer decisão no sentido do encerramento da maternidade do hospital de Abrantes, que integra o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), assim como não se encontra em curso ou em preparação qualquer procedimento no sentido de um eventual encerramento”, pode ler-se no documento assinado pelo chefe de gabinete do ministro da Saúde, Paulo Macedo. O deputado Duarte Marques, eleito por Santarém, disse à Antena Livre que as perguntas que colocou à tutela surgiram “na sequência de uma preocupação revelada pela concelhia do PSD de Abrantes”, que o havia alertado para um abaixo-as-
sinado que circula em várias localidades daquele concelho, em defesa da manutenção da maternidade. “Estranhei a pertinência do abaixo-assinado, porque já por diversas vezes o próprio ministro da Saúde tinha desmentido notícias semelhantes”, notou o deputado social-democrata, tendo colocado ao ministro duas perguntas relacionadas com a maternidade do hospital de Abrantes. “Perguntei se estava previsto o encerramento da maternidade do hospital de Abrantes e se este Governo tomou alguma decisão relativamente a esta matéria”, explicitou o deputado, tendo afirmado que a resposta do Ministério “desmente a especulação feita pelo Partido Socialista de Abrantes, que numa lógica de terror político tentou passar a imagem que o Governo se preparava para encerrar a maternidade do Hospital de Abrantes”. “Os recentes comunicados e informações difundidas por
dirigentes do PS do concelho de Abrantes visam apenas enganar a opinião pública, fugir à verdade e prosseguir uma política de medo e de criação de casos junto da população da região e que é servida pela maternidade do Hospital de Abrantes ”, reiterou. O presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Abrantes, Bruno Tomás, desmentiu “categoricamente” qualquer relação de dirigentes do PS com o abaixo-assinado que circula há várias semanas na cidade. “É redondamente mentira o que afirma o deputado Duarte Marques, pois os dirigentes socialistas de Abrantes não têm nada a ver com o abaixo-assinado que está a decorrer no concelho, sendo este promovido por uma comissão de utentes”, afirmou. “Temos conhecimento do documento, que circula em locais públicos, respeitamolo, mas o PS e os seus dirigentes não o promoveram nem são responsáveis pelo seu conteúdo”, vincou o dirigente
Sandra Eunice Reis
Ministério da Saúde assegura manutenção da maternidade em Abrantes
“Preocupação revelada pela concelhia do PSD de Abrantes” leva deputado a •esclarecer dúvidas
socialista. A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes (CUSPCA) deu início à recolha de um abaixo-assinado em defesa da manutenção da ma-
ternidade do Hospital de Abrantes. Em comunicado, a CUSPCA refere que o documento, que será dirigido ao Ministério da Saúde com o conhecimento dos representantes do poder autárquico
da região, das unidades de saúde e de todos os grupos parlamentares, foi colocado a circular “no maior número de locais públicos de todo o concelho”. Mário Rui Fonseca
Valor “ofensivo” pago aos enfermeiros “transcende” administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo O Sindicato de Enfermeiros Portugueses (SEP) criticou a contratação de oito enfermeiros para o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) com vencimentos de 510 euros por mês, pouco mais de três euros por hora. O valor pago aos profissionais de enfermagem contratados através de uma empresa é um assunto que transcende o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), assegurou o Conselho de
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Administração (CA), em resposta às críticas do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). O Sindicato de Enfermeiros havia denunciado e criticado a contratação de oito enfermeiros para o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) com vencimentos de 510 euros por mês, um valor que afirmam ser de “absurda exploração”, tendo responsabilizado o CA do CHMT pela contratação de oito enfer-
meiros, através da Empresa Sucesso 24, para um horário de 40 horas por semana com um vencimento que reprovou por considerar “não só muito baixo, como ofensivo”. “Esta absurda exploração dos enfermeiros está a aprofundar o já instalado sentimento de indignação e revolta dos enfermeiros do centro hospitalar, em concreto, na urgência de Abrantes onde foram colocados cinco destes colegas”, notou
Helena Jorge, do SEP. O CA do CHMT respondeu hoje às questões levantadas pelo SEP, tendo confirmado que, por “prementes necessidades operacionais” daquele Centro Hospitalar, recorreuse, em agosto deste ano, à contratação de oito profissionais de enfermagem, que assegurassem funções até 31 de dezembro próximo. O CA faz saber que esta contratação foi efetuada através de uma empresa que opera
na área da colocação de profissionais de saúde, tendo assegurado que “a média mensal que o CHMT paga por cada enfermeiro à empresa de prestação de serviços é de 1.184,00 euros”. O CA do CHMT conclui o esclarecimento notando que o valor pago pela referida empresa aos profissionais de enfermagem contratados é um “assunto que transcende este Centro Hospitalar”. Helena Jorge, do SEP, de-
fendeu a responsabilização do CHMT e do Ministério da Saúde pela “conivência” com a atual situação, “de profunda humilhação, não só para quem veio trabalhar nestas condições como para quem trabalha a seu lado, com as mesmas competências e qualificações, e é um profundo desrespeito pela classe de enfermagem”. Mário Rui Fonseca
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8 REGIÃO
NOVEMBRO 2014
A REDE DE ESTRADAS E O FLUXO DE TURISTAS, INCLUINDO OS QUE VÃO A FÁTIMA, JUSTIFICAM PROPOSTA DE FERNANDO FREIRE
Autarca da Barquinha quer reativação da base aérea de Tancos para aeroporto civil e de mercadorias
No âmbito de um colóquio que decorreu no dia 23 de outubro no Centro Cultural da de Vila Nova da Barquinha, e em que se debateram as oportunidades e desafios para o turismo e para a cultura na perspetiva do novo ciclo de fundos comunitários, Fernando Freire, presidente da autarquia, defendeu a reativação da base área nº 3 (BA3) por forma a poder ser utilizada na dinamização do tecido económico da região, uma intervenção muito aplaudida pelos congressistas presentes, como autarcas, agentes turísticos, empresários, historiadores e investigadores do Instituto Politécnico de Tomar (IPT). Em declarações à Antena Li-
Sandra Eunice Reis
O presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha defende a reativação da base aérea nº 3 (BA3), situada em Tancos, para aeroporto civil e transporte de mercadorias, argumentando que seria um fator indutor de desenvolvimento.
• Oportunidades e desafios para o turismo e para a cultura debatidos em colóquio vre, o autarca disse que a BA3 pode ser “indutora de desenvolvimento e dinamização do tecido económico da região através do seu uso para transporte de mercadorias, e de dinamização da atividade turística pelo transporte de civis”. A ideia, assegurou, foi já apresentada e defendida por unanimidade em sede de Conselho da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, e consta da lista de projetos re-
levantes no âmbito da estratégia 2020 da região do Médio Tejo, a realizar através do Programa Operacional Regional do Centro e no Programa de Desenvolvimento Rural. Fernando Freire apresentou no colóquio os fundamentos que sustentam a defesa da reativação da BA3 para uso civil, nomeadamente a sua centralidade a nível nacional, a existência de um nó ferroviário central no Entroncamento, um suporte significativo de
rede de autoestradas e itinerários principais (A13 e A23), a existência de uma plataforma logística em Riachos, e a proximidade da A23 com acesso ao aeroporto a uma distância de 200 metros. Por outro lado, notou, a proximidade da estação ferroviária de Almourol (2000 metros) e do Entroncamento (6000 metros), a distância relativa entre Tancos e Fátima (A13 e A23), a 20 minutos de Fátima, tendo destacado ainda o tu-
rismo religioso naquela localidade, com cerca de 5 milhões de visitas por ano, para além da capacidade de atração do Convento de Cristo, Castelo de Almourol e Torre de Dornes. “Também ao nível empresarial e do transporte de mercadorias se justifica a implementação desta medida, pela elevada penetração no mercado internacional de empresas do Médio Tejo ao nível da indústria automóvel, curtumes e
têxteis, a exploração florestal, a madeira, o mobiliário e o papel”, reforçou o autarca. O presidente da Entidade Regional Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, disse, por sua vez, que os “pilares” da promoção do turismo na região a que preside, com mais de 100 municípios, “assentam na promoção e defesa da cultura, história e património”, vetores que entende que ajudam a compreender o que distingue um determinado destino – o seu estilo de vida, a sua arte, as suas populações. “Tem-se verificado que o sucesso dos eventos desenvolvidos no âmbito do Turismo Cultural assentam, essencialmente, na arte de envolver as comunidades, reforçando a sua identidade cultural e sentimento de pertença”, notou Pedro Machado. “O desafio está em saber transmitir e interpretar essa oferta cultural, da forma mais genuína possível, junto dos visitantes”, defendeu. Mário Rui Fonseca
Autarquias do Médio Tejo investem 130 mil euros em novos sítios da Internet
Os Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA) deram por concluídos os trabalhos de requalificação e infraestruturação da Estrada nacional (EN) 118, na localidade de Alvega, e a consequente reabertura à circulação rodoviária no passado dia 15 de outubro, seis meses depois do início dos trabalhos. As obras, que principiaram no dia 24 de março e representaram um investimento de 500 mil euros por parte dos cofres dos SMA, responsável pela empreitada, constaram da instalação de novas infraestruturas de água, esgotos domésticos e pluviais, telecomunicações e eletricidade, passeios e novo pavimento, visando resolver também um problema de cotas de soleira, explicou ao
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) anunciou que vai lançar até final do ano novas páginas de internet das autarquias que a integram, numa estratégia de comunicação que pretende ser mais eficaz e de mais fácil utilização. “Pretendemos gerir conteúdos de forma mais eficiente e célere ao nível de uma resposta adequada às atuais necessidades das autarquias o que, até à data, tem tido uma série de entraves, pouco compatível com os níveis de eficácia e eficiência exigíveis nos dias de hoje”, disse o secretário executivo da CIMT. Miguel Pombeiro adiantou que a CIMT e as autarquias do Médio se encontram na “fase final de desenvolvimento” dos novos sítios da internet, num investimento global na ordem dos 130 mil euros – comparti-
jornaldeabrantes
CM Abrantes
Aldeia de Alvega renasce após reabertura da circulação na EN 118
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Apesar dos constrangimentos causados pela obra, a população reagiu com “compreensão”
JA, Manuel Jorge Valamatos. Valamatos, que também é vereador na Câmara de Abrantes, disse que a obra obrigou a “bastantes constrangimentos” e ao desvio de trânsito, durante os seis meses do período de execução, tendo destacado a “pos-
tura e compreensão” das gentes de Alvega num processo que “interferiu” com o dia-a-dia da comunidade e com o comércio e negócios na aldeia. “Hoje, depois dos constrangimentos inerentes a uma intervenção deste género,
podemos dizer que estamos todos satisfeitos pelo modo como decorreram os trabalhos e que deixaram a freguesia de Alvega mais qualificada, ao nível das áreas intervencionadas”, vincou. MRF
cipados pelo FEDER - e que inclui servidores, plataforma de alojamento dos sítios e seu desenvolvimento. “Cada vez mais a afirmação do nosso território detém nas tecnologias da informação e da comunicação uma ferramenta essencial para a promoção do Médio Tejo, pelo que entendemos que a criação destes sítios vem favorecer e acentuar a integração dos municípios na CIMT, fomentar uma maior proximidade e interação entre os seus munícipes e contribuir para a criação de economias de escala”, sublinhou Pombeiro. A CIMT integra os municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.
POLÍTICA 9
NOVEMBRO 2014
O PSD de Abrantes acusou a Câmara Municipal liderada pela maioria socialista de “falta de estratégia e de um plano de ação” para os próximos anos de mandato. Em conferência de imprensa, realizada no passado dia 20 de outubro, na sede do partido, Rui Santos, presidente da Comissão Política do PSD em Abrantes, António Lopes da comissão e Margarida Togtema, líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal, apontaram fortes críticas à política do PS que, nas palavras dos responsáveis, “passa pela mesma postura dos anos anteriores”, ou seja, “sem uma estratégia para o concelho”. A reforma do Mapa Judiciário foi um dos assuntos abordados na conferência de imprensa. Rui Santos explicou que “o PS não teve em conta
a proposta apresentada pelo PSD quando se começou a falar da reforma nas Assembleias Municipais,” admitindo que “hoje o PSD tem conhecimento que Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, apresentou há relativamente pouco tempo, uma proposta que vem ao encontro da nossa, na Assembleia da República, com o objetivo de recuperar algumas valências judiciais para a cidade”. Antes da aplicação da reforma judicial, o PSD defendia a divisão das instâncias centrais civil e criminal entre as cidades de Abrantes e Tomar. Já o PS considerava que Abrantes deveria manter todas as instâncias que a cidade reunia. Sobre a baixa natalidade e a desertificação a que se assiste no concelho e na região, Rui Santos admitiu que
Sandra Eunice Reis
PSD de Abrantes acusa PS de “falta de estratégia para o concelho”
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António Lopes, Rui Santos e Margarida Togtema identificam situações que consideram ter sido mal conduzidas
o PSD tem apresentado algumas propostas para minimizar estas duas realidades: “Propusemos que houvesse uma descida nos impostos aplicados, uma vez que, segundo a presidente, as finanças da autarquia estão bem, e assim poderia existir um benefício para com os muníci-
pes. A proposta foi chumbada na sessão de Câmara e na Assembleia” No campo da educação e sobre a revisão da Carta Educativa, o presidente da comissão política referiu que “não entende como é que autarquia não tem capacidade para fazer a revisão da sua
carta educativa e que tem de a entregar a uma empresa de fora da região. A isto chamamos falta de estratégia”. Margarida Togtema referiu um outro assunto relativo à freguesia de Rio de Moinhos, explicando que foi retirado o transporte escolar das 15h30, ficando os alunos apenas com a alternativa de transporte às 17h00. “Não houve dinheiro para assegurar este serviço, completamente sem pensar no futuro, pois estamos a falar nas crianças, aquelas que serão os munícipes do futuro”. Rui Santos chamou ainda atenção para as acessibilidades do concelho, dando o exemplo de Aldeia do Mato: “A falta de asfaltamento na localidade onde se encontra uma das praias fluviais mais movimentadas do concelho não se compreende”. O pre-
sidente da comissão política ainda levantou outras questões e afirmações sobre as unidades turísticas do concelho: “Abrantes não tem um hotel. Qual é o estado da Pousada da Juventude? O que está a ser feito para que esta unidade não feche de vez?” Margarida Togtema finalizou a conferência referindo que “não há um plano concreto de ação que estabeleça metas e objetivos e com instrumentos de avaliação na autarquia de Abrantes”. Admitindo ainda outras preocupações, “a falta de transparência é algo que nos preocupa, pois a título de exemplo continuamos à espera de saber quem redigiu o contrato da RPP Solar. Parece-nos ser um assunto que não interessa mexer”. Joana Margarida Carvalho
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10 REGIÃO
NOVEMBRO 2014
Abrantes investe dez milhões para levar água do Castelo do Bode a todo o concelho
Mercado Diário de Abrantes sem data de abertura
MÁRIO RUI FONSECA
Joana Margarida Carvalho
A adjudicação da primeira empreitada foi decidida no dia 29 de outubro pelo Conselho de Administração (CA) dos Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA), representando um investimento global da ordem dos dez milhões de euros, que deverá estar concluído em 2020. Em declarações à Antena Livre, Manuel Jorge Valamatos, presidente dos SMA, disse que o projeto dá início a um novo ciclo de investimento para o período de 2014-2020, visando levar a toda a margem sul do concelho a água de Castelo do Bode, “com mais qualidade e em maior quantidade”, a partir da albufeira que integra parte do espaço territorial de Abrantes. “É um projeto muito importante, num espaço territorial com 714 quilómetros quadra-
Sandra Eunice Reis
O concelho de Abrantes vai ficar totalmente abastecido de água a partir da albufeira de Castelo do Bode até 2020, tendo os SMA adjudicado a primeira fase do processo de construção do sistema.
• Conclusão da obra adiada mais uma vez
da obra é fazer um abastecimento de água, em quantidade e qualidade, •numO objetivo único sistema, a partir de Castelo do Bode
dos, e vai implicar a construção de mais de 70 quilómetros de condutas e eliminar, gradualmente, os inúmeros sistemas de captação, como furos e drenos, e o tratamento e distribuição existentes, concentrando todo o abastecimento de água num único sistema, a partir de Castelo do Bode”, vincou. Composto por 19 freguesias, algumas delas agregadas em União de Freguesias, e
com cerca de 40 mil habitantes, apenas a zona norte do concelho de Abrantes é hoje abastecida a partir da maior albufeira de Castelo do Bode, que abastece também a população de Lisboa, à exceção das freguesias de Mouriscas, Fontes e Carvalhal. Até 2020, o objetivo dos SMA é assegurar o abastecimento faseado de todas as localidades das freguesias de Tramagal, Rossio ao Sul do
Tejo, Pego, Bemposta, Concavada, São Miguel do Rio Torto, Alvega, São Facundo e Vale das Mós, integrando as infraestruturas existentes e a construção de outras, necessárias à viabilização deste objetivo. A primeira fase dos trabalhos tem um prazo de execução de seis meses para a instalação de condutas ao longo de uma distância de cerca de cinco quilómetros.
Mulher de 77 anos morreu vítima de assalto e sequestro em Abrantes Uma mulher, de 77 anos, morreu na madrugada de quinta-feira, dia 30 de outubro, no hospital de Abrantes, na sequência de um alegado assalto ocorrido na noite anterior em Alferrarede. O alegado assalto a uma residência em Tapadão, Alferrarede, no concelho de Abrantes, ocorrido na noite de quarta-feira, 29 de outubro, culminou com agressões a um casal de idosos – a mulher de 77 anos e o homem de 89 anos -, que foram “manietados e amarrados” e tiveram de ser transportados
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Sandra Eunice Reis
MÁRIO RUI FONSECA
Quadro de violência sobre duas pessoas de idade •avançada”, em habitação de Alferrarede
para o hospital da cidade. “Os dois idosos foram encontrados amarrados, vítimas de agressões”, e a mulher teve de ser reanimada pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Mé-
dica (INEM) destacados para o local, disse ao JA o portavoz da PSP de Santarém, Jorge Soares. “Entrámos na casa dos idosos na quarta-feira à noite”, face a um alerta “de que algo
não estaria bem no interior da habitação e deparámos com este quadro de violência sobre duas pessoas de idade avançada, e em que a senhora estava inanimada”, acrescentou aquele responsável. A PSP constatou que os assaltantes terão entrado na habitação “por uma porta das traseiras, deixando-os [aos idosos] amarrados e prostrados no solo de uma das divisões da residência”. As duas vítimas foram transportadas ao hospital de Abrantes, onde a mulher morreu cerca das 05h00. A ocorrência está a ser investigada pela Polícia Judiciária.
A obra do Mercado Diário de Abrantes, orçada em cerca de 700 mil euros, estava para ser concluída e inaugurada ao longo deste mês de outubro, segundo tinha anunciado a autarquia. Contudo, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, já avançou “que não vai ser possível, com certeza”. “Estamos a pressionar o empreiteiro no sentindo de concluir a obra dentro do prazo estipulado, mas vai ser difícil. O empreiteiro está consciente que as limitações a esta altura são grandes e que nos condicionam até à execução financeira do quadro comunitário em vigor”, explicou a autarca. “Este é um projeto difícil do ponto de vista da sua arquitetura e a par disso as empresas têm tido dificul-
dades para cumprir os seus objetivos. Nós sabemos que devemos criar todas as condições técnicas e financeiras, no entanto há coisas que extravasam a nossa atuação”, adiantou ainda a presidente. Maria do Céu Albuquerque não conseguiu referir ao JA uma nova data para abertura do equipamento, mas admitiu que o objetivo da Câmara é “que a obra seja concluída o quanto antes para instalarmos o mercado diário e o ‘welcome center’, para podermos alimentar a vida do centro histórico”. Recorde-se que a construção do novo mercado diário de Abrantes ganhou novo fôlego depois da falência da empresa que tinha iniciado as obras. JMC
GALLO lança escala de intensidades de sabor de azeite A Gallo lançou uma nova escala de intensidades de sabor de azeite, que pretende simplificar o processo de escolha dos consumidores. Em nota de imprensa, a empresa explica que a nova escala de intensidades de sabor de azeite demonstra a especialidade da marca e permite simultaneamente melhorar a experiência dos consumidores. Para além disso, com esta nova escala a Gallo pretende possibili-
tar a escolha do azeite com base na sua preferência e necessidades dos consumidores. A nova escala de intensidades de sabor é visível através de um ícone presente nas embalagens Gallo e conta com quatro diferentes graus de intensidade de sabor: Extra Suave (meia gota), Suave (uma gota), Clássico (duas gotas) e Reserva (três gotas).
ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS
Partem de Casa Branca, na freguesia de Alvega, concelho de Abrantes, para o mundo. São saborosas e pretas como noite, tratam-se das amoras da Manuela. Foi no ano de 2009 que Manuela Ruivo, engenheira agrícola, começou este projeto. Inicialmente o objetivo estava centrado na produção de framboesas e ervas aromáticas para extração de óleos, contudo foi nas amoras que Manuela Ruivo encontrou potencialidade a nível internacional. Em junho de 2013 estabeleceu uma parceria com uma multinacional chamada Driscoll`s, que desde então lhe garante a comercialização das suas amoras para os vários mercados espalhados no mundo, em concreto para os mercados alemão e holandês. Quando iniciou a sua plantação, com plantas que chegaram dos EUA, Manuela Ruivo não previa que, em junho de 2014, tivesse amoras para a comercialização. O que é certo em que em junho passado a engenheira obteve cerca de 6 mil
Sandra Eunice Reis
Amoras de Manuela partem de Alvega para mercados internacionais
A próxima produção poderá •permitir uma aposta
•
em doces e licores
Manuela Ruivo, engenheira agrícola: “A colheita obedeceu a um trabalho muito rigoroso.”
quilos de pequenas amoras, “com um sabor extraordinário”, como refere. “As condições climatéricas e as técnicas que tive de desenvolver e de estudar foram com certeza dois aliados nesta conclusão”, conta ao JA. Foram dois meses “de muito tra-
balho” pois, segundo explica, “a colheita obedecia um trabalho muito cuidadoso e bastante particular e todos os dias tinha de me dirigir a Almeirim para deixar as amoras. Era de lá que as mesmas seguiam para os mercados internacionais”. A aposta no mercado interna-
cional é, para Manuela Ruivo, determinante: “São mercados onde o produto é bastante valorizado e onde as amoras são compradas a mais alto preço, sendo esta uma área que ainda está a proliferar.” Manuela Ruivo trabalha ainda com uma organização de produ-
tores, chamada Luso Morango, e apostou também nos apoios do PRODER, que lhe possibilitaram algum investimento, pois em apenas um hectare, dedicado à plantação das amoras, já foram investidos cerca de 250 mil euros. A produção de amoras ao ar livre de Manuela é quase única, uma vez que somente existe uma similar no distrito de Santarém e no país. A engenheira já está a preparar a cultura para a próxima produção de 2015. No próximo ano, aspira ter cerca de 15 mil a 20 mil quilos de amora e o objetivo passa também pelo aproveitamento de todas as potencialidades do produto, com a criação de doces e de licores. Manuela Ruivo conta com o apoio do seu pai e de dois estagiários na sua dedicação ao meio agrícola. Juntos, na última produção de junho, garantiram amoras para vários locais do concelho e para a criação de um gelado de amora, na gelataria Paulo Dias em Abrantes. Joana Margarida Carvalho
Chama-se FOOD FAB LAB e é o mais recente projeto do Inov`Linea, no Tagus Valley, em Alferrarede, no concelho de Abrantes. Lançado há praticamente um mês, o FOOD FAB LAB representa uma nova alternativa a quem se dedica ou pretende dedicar a atividade de transformação alimentar e que carece de um espaço para o fazer. O processo agora é simples, a cozinha e a nave industrial do Inov`Linea estão disponíveis à comunidade. O público-alvo são todos aqueles que pretendam dedicarse à produção de compotas, bolachas, croquetes, entre outros produtos transformados, “desde que não passem pelos produtos que
contenham álcool ou pescado,” explicou Joana Grácio, coordenadora do Inov`Linea. Este serviço integrado do FOOD FAB LAB não consiste apenas num espaço: os técnicos do Inov `Linea estão também disponíveis para prestar o apoio técnico e todo o aconselhamento ao nível da legislação em vigor, no que diz respeito à rotulagem, à segurança e ao licenciamento do produto. São estes requisitos necessários, hoje em dia, para quem pretende iniciar uma atividade profissional neste âmbito e, assim, usufruir deste novo projeto. “Sentimos a necessidade de iniciar o FOOD FAB LAB devido à procura e aos pedidos de ajuda de algumas
Sandra Eunice Reis
InovLinea abre as portas à comunidade com projeto inovador
Nave industrial e cozinha disponíveis para quem queira produzir •compotas, bolachas, croquetes ou outros produtos transformados
pessoas que queriam iniciar atividade. Já temos cerca de quatro interessados, três da região e um está instalado em Lisboa. Temos produtos que passam pelas marmeladas, sobremesas com fruta e de origem animal”, contou ao JA a responsável. Com o objetivo de alavancar as pequenas atividades de produção alimentar da região e a nível nacional, o FOOD FAB LAB é “um incentivo a todos os que querem iniciar uma atividade de transformação alimentar, mas que devido às contrariedades e às exigências legais e de espaço não o fazem e acabam por desistir”, finalizou Joana Grácio. Joana Margarida Carvalho
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12 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS
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A Merceneta é a mais recente mercearia do centro histórico da cidade de Abrantes. Um espaço que abriu ao público no início do mês de outubro, no dia 6, e que representa uma viragem na vida de um jovem casal. Teresa Amaral é natural da Ericeira e tem família no concelho de Abrantes, formou-se Biologia Molecular e Genética e estava empregada quando decidiu há cerca de um ano mudar a sua vida. Deslocou-se para Abrantes, para os terrenos agrícolas da sua família, para se dedicar à vida no campo onde até chegou a integrar o projeto Prove da TAGUS. Pedro Pereira é natural de Abrantes, estava na Força Aérea como militar, mas já estava cansado da sua vida profissional e decidiu também voltar à terra, para se dedicar ao meio agrícola. Este gosto e interesse comum acabou por dar origem a uma relação entre os dois jovens. Ao deixarem as suas atividades profissionais para trás, iniciaram uma vida em conjunto dedicada à produção e venda de produtos hortícolas. Aos sábados começaram por vender no mer-
Sandra Eunice Reis
Uma nova mercearia no centro histórico
Teresa e Pedro mudaram de vida para se dedicarem à •agricultura e ao comércio
• A Merceneta aposta nos produtos da região
cado diário e as participações na Feira Franca tornaram-se constantes. Não satisfeitos, no verão passado, iniciaram a procura de um espaço para a venda dos seus produtos. O centro histórico foi a opção. Primeiro, “porque gostamos do centro”. Depois, “porque nos mudámos para cá para viver”. Por último, “ porque temos noção deste despovoamento que se faz sentir nestes locais”, explica Teresa Amaral ao JA.
Para além da Merceneta, o jovem casal ainda faz entregas ao domicílio no centro da cidade e tem a intenção de alargar este serviço a uma maior área de abrangência no concelho. A venda de vinho ao litro, de pão com chouriço, de chás, de frutos secos desidratados e sementes, é uma particularidade que demarca o novo espaço. Pedro confessou ao JA que aprecia mais o trabalho no campo no meio
agrícola, já Teresa gosta imenso do contacto com o público, desta nova realidade comercial que hoje estão a vivenciar. O jovem casal está expectante e acredita nesta nova aposta e nesta vida dedicada ao comércio tradicional. Horário da Merceneta: 8h30 – 13h00 14h30 – 19h30
em Abrantes, e tigeladas como as nossas são muito afamadas, pelo saber de experiência feito”, defendeu, tendo feito notar que as encomendas e a procura das tigeladas e da palha para outros mercados deram “outro ânimo” para realizar o investimento necessário. O investimento, na ordem dos 235 mil euros, contou com o apoio de 140 mil euros por parte da Tagus – Associação de Desenvolvimento
Local, entidade que coordena os fundos dos quadros comunitários no âmbito do PRODER. A empresa vai criar quatro novos postos de trabalho e apostar ainda na criação de uma imagem, embalagem e site para divulgação e comercialização nacional e internacional dos produtos fabricados, com o apoio de empresas sedeadas no Tecnopolo do Vale do Tejo.
Abrem, assim, em pleno coração da cidade, a Merceneta. Uma loja com um conceito próprio, onde há uma diversidade de produtos hortícolas produzidos pelos jovens, e também alguns produtos da região como os vinhos, os enchidos, o pão os queijos, entre outros. A aposta nos produtos da região é determinante para Pedro Pereira, pois “ao estarmos na região, faz sentido apostar naquilo que é produzido por cá”.
Joana Margarida Carvalho
Processo de ultracongelação vai levar tigeladas de Abrantes a todo o mundo Um empresário de Abrantes desenvolveu e investiu num processo de ultracongelação que vai permitir que os doces tradicionais da região, as tigeladas e a palha de Abrantes, possam ser exportados sem perder as qualidades para degustação. “Estes doces têm mercado em todo o país e também no estrangeiro mas o problema era conseguir responder às solicitações e iniciar um processo de exportação, mantendo a frescura de um produto feito à base de ovos e que começa a perder as suas qualidades em cerca de 48 horas”, disse à Antena Livre Nuno Neto, gestor de empresas e proprietário de uma fábrica panificadora e de diversos estabelecimentos na área dos doces e dos bolos, na região de Abrantes. “Uma encomenda de tigeladas demora quase um dia a chegar ao Porto ou ao Algarve, a partir de Abrantes. Pouco mais de 24 horas restam ao revendedor para que este produto não comece a secar e a perder as suas qualidades, o que
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inviabilizava a ideia de negócio e o consumo destes produtos na sua plenitude”, notou o empresário, que herdou o negócio dos seus pais e dos seus avós. Com o apoio de uma empresa especializada, Nuno Neto desenvolveu um “equipamento inovador” que permitiu trabalhar o conceito de ultracongelação com as tigeladas e a palha de Abrantes, e em que estes doces serão ultracongelados bastando estar à temperatura ambiente para descongelarem e serem degustados em qualquer hora e em qualquer parte do mundo. “A máquina que vai permitir levar os doces em fase líquida para dentro dos fornos ainda está em fase final de montagem, deverá estar a produzir no início do ano, mas a exposição desta ideia no SISAB” - salão internacional do setor alimentar e bebidas que se realizou em Lisboa -, “já deu origem à assinatura de um contrato de fornecimento com o Grupo SONAE, o que vai possibilitar que as tigeladas e a palha de Abrantes come-
cem a estar disponíveis nas grandes superfícies comerciais nacionais a partir do próximo ano”, assegurou. Com uma capacidade atual de produção de 3 mil tigeladas e 500 “palhas de Abrantes” por dia – “um processo de fabrico que requer muita mão-de-obra” – a ideia “Simplesmente Divinal” de Nuno Neto, nome dado à nova empresa que constituiu, vai permitir passar para uma produção de 10 mil tigeladas e 2 mil “palhas de Abrantes” diárias. “A mostra da ideia no salão internacional permitiu ainda abrir as primeiras portas para o denominado mercado da saudade, ou seja, para os países com comunidades emigrantes significativas e que procuram muito por estes produtos típicos regionais”, notou ainda o gestor, tendo revelado que o processo de exportação destes doces está a começar a ser trabalhado com empresários sedeados em França, Bélgica e Luxemburgo. “Não há palha de Abrantes em mais lugar nenhum do que aqui,
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ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS 13
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O QUEIJO CURADO COM VINHO OU FOLHADO DE QUEIJO COM NOZES E MEL SÃO DUAS DAS NOVAS APOSTAS DA QUINTA DA BEATA
Com gestão e exploração dos irmãos Carrolo, Susana e Pedro, a Quinta da Beata do Tramagal tem hoje 600 cabras leiteiras a produzir mais de 200 mil litros de leite por ano, a par de uma queijaria artesanal que produz queijos gourmet 100% de leite de cabra. MÁRIO RUI FONSECA
de preços na matéria prima. “Conjugados esses fatores, e depois de termos conseguido sobreviver a um período muito crítico, mas onde nunca descurámos a qualidade do produto, desde então (2012) que a empresa entrou numa fase de aceleração dos ritmos de produção e hoje estamos a trabalhar a todo o vapor”, destaca Pedro Carrolo. O investimento total realizado na empresa da Quinta das Beatas é hoje de 500 mil euros, segundo a estimativa dos empresários. Com duas ordenhas diárias através de um moderno equipamento próprio para o efeito e com três épocas de reprodução por ano, com as cabras a parir no Natal, Páscoa e Verão, os irmãos Carrolo conseguem assim “equilibrar” a quantidade de leite produzida ao longo do ano. Com quatro funcionários, entre eles Pedro e Susana, um estagiário profissional e um contratado a tempo inteiro, para além de várias parcerias de estágios com a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural (EPDRA), a produção diária é de 600 litros por dia, cerca de 200 mil litros de leite por ano, com toda a produção vendida por antecipação à indústria da região Centro. A aposta mais recente, para além de projetos ao nível de compotas e doces de figo da Índia, centra-se
• Os irmãos Carrolo fazem a exploração da Quinta da Beata numa queijaria artesanal gourmet, “Brejo da Gaia”, numa lógica de “otimização e acrescento de valor” ao produto central, o leite de cabra, um projeto que arrancou este ano e que contou com um investimento na ordem dos 50 mil euros, e que mereceu o apoio financeiro da Câmara Municipal de Abrantes, através do programa Finicia, e com juros bonificados. “É um queijo com 100% de leite de cabra, que não queremos produzir em grandes quantidades, sendo mais um produto gourmet e para vender aqui na Quinta ou no mercado tradicional regional”, explica Susana, apesar dos contactos da Bélgica para exportação, a par do
interesse manifestado por outros empresários de outros pontos do país. “Produzimos por encomenda e à medida que vamos vendendo, e estamos ainda em fase de lançamento, mas temos alguma variedades menos convencionais, ao nível da mistura com ervas aromáticas, ou o queijo curado com vinho do Tramagal, ou ainda o Cabrada, um folhado de queijo com nozes e mel”, refere a engenheira zootécnica. “Tudo isto representa um projeto muito exigente, que requer uma dedicação e uma entrega total durante os sete dias da semana, mas este é o nosso projeto de vida”, afirmam, de mãos dadas, os irmãos Carrolo.
Sandra Eunice Reis
Sandra Eunice Reis
São mais de 600 as cabras que integram a exploração leiteira da Quinta das Beatas, no Tramagal, mas muitas delas atendem pelo nome próprio: Rosa, Alice, Flor, Ritinha, Xica, Cornita, Xuxa, Ménita, Nana e Valentina (“batizada” no dia da reportagem do JA), que levantam as orelhas e ocorrem de imediato ao chamamento de Susana Carrolo, 41 anos, mentora, proprietária e tratadora de uma cabraria cujo projeto remonta a 2002, quando iniciou o negócio da venda de leite de cabra com o seu irmão, Pedro, de 36 anos. Formados em engenharia zootécnica, os dois irmãos, imbuídos de espírito empreendedor, desde cedo sabiam o que queriam fazer em termos do investimento e das apostas a desenvolver que assegurassem o sucesso no segmento da produção de leite de cabra. “Apostámos desde logo nas cabras murciano granadinas (uma das
principais raças de aptidão leiteira em Espanha, oriundas da região de Múrcia e Granada), porque é uma raça que alia a produtividade à qualidade do leite, com mais gordura e proteínas”, destaca Pedro Carrolo. “Por outro lado”, observa, “é uma cabra rústica que gosta de calor e que se adapta muito bem ao nosso clima”. Aliado o “desenho mental” do projeto a um investimento inicial na ordem dos 250 mil euros, numa quinta que era já propriedade da família, os dois avançaram para a fase de exploração numa “conjuntura muito difícil que não facilitou a queima de etapas e consolidação do projeto”. Na altura “o mercado ibérico estava saturado de leite de cabra, com muitos produtores e com os preços a cair a pique, pelo excesso de oferta, numa conjuntura em que os preços da matéria prima estavam muitos altos e sempre a aumentar”, lembra Susana Carrolo. Passados os períodos conturbados de consolidação de uma empresa jovem que se queria manter no mercado, “com muitas dificuldades e ginásticas de algibeira”, o empreendimento ganhou um novo fôlego em 2012, quando fecharam muitas das produções que existiam e começou a faltar no mercado o leite de cabra, a par de uma baixa
Sandra Eunice Reis
Região Centro consome 200 mil litros de leite de cabra do Tramagal
• Os queijos gourmet são feitos só com leite de cabra
• Duas ordenhas diárias através de um moderno equipamento próprio
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14 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS
NOVEMBRO 2014
Embora as tradições já não sejam o que foram há umas décadas atrás, o pão-por- Deus era, ou ainda é, um peditório ritual feito pelas crianças que saem à rua em pequenos grupos (em princípio, até aos 10 anos de idade) e em que, antigamente, os pobres também participavam, estando associado a antigas práticas relacionadas com as cerimónias do culto dos mortos. Sendo também conhecido por “pedir o(s) bolinho(s)”, consoante as terras onde tem lugar este peditório, está ligado ao antigo costume de oferecer alimentos aos defuntos: pão, bolos, vinho e doces, antigamente, a que se juntam agora, nas terras onde ainda se faz, broas, romãs, frutos secos, nozes, tremoços, amêndoas, castanhas e muitas vezes, rebuçados e outras guloseimas. Logo vemos que isto remete para a época do Outono, ou mais precisamente para o dia 1 de Novembro (um dos feriados religiosos que “caíram” por imposição deste governo), no chamado Dia de Todosos-Santos. O peditório que as crianças fazem é acompanhado por versos cantados, que podem variar de lugar para lugar, mas que J. Leite de Vasconcelos fixou do seguinte modo no “Cancioneiro Popular Português”, em relação à região de Coimbra: Bolinhos, Bolinhós, Para mim e para vós, Pelos vossos finados Que estão enterrados Ao pé da vera cruz
Sandra Eunice Reis
Do Pão-por-Deus ao Dia das Bruxas
Para sempre. Amen, Jesus. Truz; truz; truz.
religião oficial do Império Romano, no séc. IV. Hoje, na era da globalização, ou seja, aqui no espaço do ocidente europeu, a aldeia global cada vez mais norteamericanizada (na economia, política, literatura, televisão, cinema, cultura, roupa, comida e até já mesmo nas tradições) e, portanto, o que está a dar é comemorar a tradição anglo-saxónica equivalente a esta e que é o Dia das Bruxas, ou mesmo, a sua referência em língua inglesa, já usada por mui-
Há portanto uma ligação entre o Dia de Todos-os Santos e o Dia de Finados, que a Igreja Católica fixou para o dia seguinte, ou seja o dia 2 de Novembro. A comemoração do primeiro desses dias está ligada aos que que abraçaram o cristianismo dos primeiros tempos na Roma Antiga e foram martirizados, quase sempre até à morte, antes desta religião ter sido declarada a
tos, o Halloween, que se realiza na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro. Só que, originalmente, o Halloween estava, provavelmente, ligado às tradições célticas dos povos que habitaram a França e as ilhas da GrãBretanha entre os séculos VI e VIII, realizava-se entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e era uma festa pagã dos druidas que não tinha nada a ver com bruxas, mas sim com o Samhain, ou seja, a Festa dos Mortos, e que era marcada no tempo pela
morte ou declínio do sol no fim do Verão e que representava, portanto, o começo do Inverno. Mas quem tem razão é o Padre Fontes, que conseguiu meter o Dia das Bruxas no mapa turístico de Vilar das Perdizes e do concelho de Montalegre, atraindo centenas ou milhares de turistas todos os anos à cerimónia de esconjurar as bruxas. Eu já lá estive uma vez e digo-vos que vale a pena lá ir…
ABRANTES
A 13ª edição da Feira Nacional de Doçaria Tradicional reuniu as iguarias portuguesas representadas pelos doceiros das várias regiões do país em Abrantes. Este certame, de referência nacional, foi realizado no Mercado Criativo, antigo mercado diário, no centro histórico da cidade, e contou com cerca de três dezenas de doceiros. Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS, entidade que em parceria com a CM de Abrantes organizou o certame, referiu que “afluíram à feira cerca de 4 mil visitantes, pois tivemos sempre bastante público durante os três dias e nomeadamente na sexta-feira que habitual-
jornaldeabrantes
mente era um dia mais fraco. Fazemos uma apreciação bastante positiva no geral”. Sobre a mudança de espaço, o responsável admitiu que “as pessoas e os próprios expositores ficaram agradados com o novo espaço. Devido à sua localização, este equipamento é mais visível, o que fez com que mais pessoas de passagem parassem para afluir à feira”. Recorda-se que a Feira Nacional de Doçaria Tradicional era realizada na antiga rodoviária que está a ser convertida na nova Unidade de Saúde Familiar. JMC
Sandra Eunice Reis
Feira Doçaria juntou milhares no centro histórico
F. S.
EDUCAÇÃO 15
NOVEMBRO 2014
A 21 de Junho de 2011 tomou posse o XIX governo constitucional, presidido por Passos Coelho, e em 25 de Novembro do mesmo ano efetuou-se um seminário na Figueira da Foz, sob o tema: Das Cartas Educativas ao Projeto Educativo Local: Novas Perspetivas sobre a Municipalização da Educação, destinado a debater esta problemática, mas que foi subordinado ao incongruente título: Projeto Educativo vs. Projeto Educativo Local. Participantes: representantes das câmaras municipais de Óbidos e da Figueira da Foz, da Universidade de Coimbra, da Comissão Parlamentar de Educação e José Manuel Canavarro (ex-Secretário de Estado do governo de Santana Lopes e consultor ou ex-consultor do grupo GPS, que é dono de 26 escolas privadas, a maioria das quais com alunos subsidiados pelo Estado). Na altura essa reunião passou completamente despercebida na opinião pública. Em 11 de Janeiro de 2014, discursando no dia do feriado municipal de Óbidos, o novo presidente da Câmara Municipal, Humberto Mar-
Sandra Eunice Reis
Cronologia de uma “municipalização” adiada?
A Câmara de Abrantes aprovou, no final de setembro, uma moção que, entre •outros aspetos, pretende que se garanta a autonomia da gestão escolar
ques, que era vereador por alturas do seminário, anunciava: Colocámos um desafio ao Governo: a escola pública em Óbidos precisa de autonomia pedagógica! (…) O desafio foi aceite! É neste contexto que vos digo que o ano de 2014 é um ano de grande esperança, mas, sobretudo, de muita exigência para todos: pais, alunos, professores, animadores, auxiliares de ação educativa, associações, empresas, juntas de
freguesia, executivo da câmara municipal, entre outros, pois estamos no momento da construção conjunta do nosso próprio modelo educativo, para se aplicar no próximo ano letivo. Tão bombásticas declarações também não encontraram nenhum eco na opinião pública nacional, mas um despacho da Lusa no final do passado ano letivo dava como adquirido que o processo da municipalização
iria ser implementado, a título experimental em algumas escolas em 2014/2015. A jornalista Natália Faria, no Público do dia 4 de Julho escrevia: O Ministério da Educação e Ciência (MEC) está por estes dias em reuniões consecutivas com mais de uma dezena de municípios nos quais quer avançar com a descentralização de competências na área da educação, ao nível do ensino básico e secundário. O MEC queria que a chamada
“municipalização das escolas” (com os municípios a assumir responsabilidades na definição da oferta curricular e, eventualmente, na gestão dos próprios docentes) arrancasse já no ano letivo de 2014/2015. Também na primeira semana de Julho, a pedido de alguns professores das escolas de Abrantes, o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) realizou na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes um debate, moderado pelo seu presidente, António Avelãs, que contou com a presença de cerca de 50 professores, para a discussão do tema municipalização, e que teve a participação de Paulo Sucena (antigo Secretário-geral da FENPROF e membro do Conselho Nacional de Educação), Celeste Simão (na qualidade de Vereadora da Educação da CM de Abrantes) e de eu próprio, que fui convidado para o efeito. Em 29 de Setembro de 2014, o Vereador da CDU, Avelino Manana, apresentou uma proposta de recomendação à Câmara do seguinte teor, que apresentamos resumidamente:
(1) Que avalie ponderadamente os riscos associados à municipalização da educação; (2) Que admita discutir a transferência de outras competências para a autarquia desde que enquadrada numa Lei de Financiamento e Autonomia das Escolas e que seja objeto de debate público e negociação com as organizações representativas das comunidades educativas; (3) Que qualquer alteração (…) seja antecedida de um amplo processo de auscultação e envolvimento da comunidade educativa [do concelho] ; (4) Que em nenhum momento possa ser posta em causa a autonomia da gestão escolar, concretamente a organização curricular e pedagógica das escolas, recusando-se qualquer processo que signifique a retirada de poderes de gestão aos agrupamentos de escolas; (5) Que seja rejeitada em absoluto a entretanto anunciada intenção do Governo de transferência de qualquer competência para os municípios relativa ao pessoal docente, designadamente recrutamento, salários, carreiras, avaliação do desempenho, exercício da ação disciplinar ou qualquer outra tutela.
Esta proposta foi aprovada por unanimidade. Rolando F. Silva Escrito de acordo com a antiga ortografia
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16 EDUCAÇÃO
NOVEMBRO 2014
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Para além das aulas, a Escola de Equitação Itinerante também organiza atividades como festas de aniversário e passeios a cavalo
Três jovens iniciaram há seis meses o projeto da Escola de Equitação Itinerante, que abrange vários concelhos da região. Transportando os cavalos, procuram levar esta experiência a todas as pessoas. Marta Onofre e Inês Xavier, de 19 anos, encontramse agora a iniciar a sua atividade, após finalizarem o curso de Gestão Equina na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) e o Curso de Especialização Tecnológica (CET) em Cuidados Veterinários, em Santarém. Joana Onofre, de 16 anos, também faz parte da equipa, mas ainda se encontra a frequentar o curso de Gestão Equina. Com o apoio das câmaras de Abrantes, Sardoal, Vila de Rei, Mação e Gavião, pretendem pôr o seu projeto em prática. Marta Onofre explica que o objetivo é “fazer chegar a equitação a todos”. Transportando dois cavalos numa carrinha própria, fazem chegar esta atividade a estes e a outros concelhos. A ideia é permitir que quem tem interesse, mas não não vive perto de centros hípicos, possa praticar equitação e conviver com os cavalos. As jovens estabeleceram uma parceria com o Cen-
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tro Equestre de Abrantes que lhes permite partilhar aquele espaço, onde dão aulas de iniciação e volteio a quem tenha mais de seis anos de idade, encaminhando os alunos, numa fase mais avançada, para os dois os instrutores João Botto e Pedro Manso, também neste centro. Para além da atividade no Centro Equestre de Abrantes, o caráter de itinerante é dado pelo facto de se deslocarem a escolas e a instituições de solidariedade social, trabalhando com pessoas com necessidades educativas especiais ou portadoras de deficiências, com pessoas em idade sénior e com crianças. Este tipo de atividade começa sempre pela interação com o animal. Apesar de ser um projeto recente, a Escola de Equitação Itinerante já realizou duas atividades de demonstração. A primeira foi na praia fluvial da Ortiga, na Festa da Família organizada pela Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de escolas Verde Horizonte de Mação, na qual participaram cerca de 200 pessoas. A segunda atividade foi no Aquapólis, em Abrantes, pela causa da Associação de Defesa dos Animais do Concelho de Abrantes (ADACA), gestora do canil
intermunicipal de Abrantes, Constância e Sardoal. Os municípios e as populações têm-se mostrado bastante recetivos a este novo projeto e o interesse pelo mesmo tem vindo a crescer de dia para dia. Em breve a Escola de Equitação Itinerante irá realizar uma terceira atividade de demonstração, com a finalidade de apresentar o seu trabalho, trazendo mais pessoas para o “mundo dos cavalos”, que agora passa a estar mais acessível. Os objetivos de Marta, Inês e Joana são imensos. Um deles é que a equitação possa ser disponibilizada como oferta integrada nas Atividades Extracurriculares (AEC’s) das escolas do 1º cilco para, assim, poderem chegar a mais crianças. Neste momento a Escola de Equitação Itinerante disponibiliza já os seguintes serviços: Aulas de Equitação, Festas de Aniversário, Campos de Férias e Passeios a Cavalo. Os contactos poderão ser feitos através do Facebook (https://www.facebook.com/EEItinerante) ou da página de internet da Escola (http://eequitacaoitinerante.wix.com/eeitinerante#!quem-somos/mainPage). Sara Ribalonga, aluna de Comunicação Social da ESTA
Sandra Eunice Reis
O Curso Técnico Superior Profissional (TeSP) em Produção Artística para a Conservação e Restauro já arrancou e vai ser lecionado em Sardoal, numa parceria entre a autarquia e o Instituto Politécnico de Tomar (IPT). A cerimónia que marcou o início deste curso decorreu no Centro Cultural Gil Vicente, com a presença do Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. Na sessão, Miguel Borges, presidente da autarquia sardoalense, referiu que “existe uma riqueza enorme patrimonial no concelho” e que através deste curso poderá surgir a criação de emprego. Miguel Borges lançou ainda um desafio aos presentes acerca do desenvolvimento de um Centro de Estudos e Interpretação do Património no concelho. Eugénio Pina de Almeida, presidente do IPT, salientou que este curso “é o resultado de uma conjugação de vontades e objetivos estratégicos que visam dinamizar os recursos endógenos da região”. O Secretário de Estado do Ensino Superior dirigiu o seu discurso, em primeiro lugar, aos alunos, realçando a importância de serem os pio-
Secretário de Estado José Ferreira Gomes (ao •centro) salientou a importância de uma “experiência educativa enriquecedora”
neiros neste curso, enquanto “oportunidade única para viverem uma experiência educativa enriquecedora”. O Curso Técnico Superior Profissional irá funcionar nas instalações do Centro Cultural Gil Vicente e no antigo “Lagar dos Paulinos” e surge no seguimento de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal e o IPT. Segundo a autarquia de Sardoal, o TeSP em Produção Artística para a Conservação e Restauro tem como objetivo dotar os participantes de um conjunto de competências de técnicas tradicionais
de produção artística, contribuindo para a preservação e recuperação do património cultural e artístico e demarcando o caráter único e diferenciador da herança cultural de cada região. No final desta formação, os alunos ficarão habilitados a desenvolver as técnicas específicas necessárias para iniciar uma atividade profissional sua, ou para integrarem uma empresa, através de um estágio assegurado pelo IPT. Os 21 candidatos já foram admitidos na primeira fase de candidatura deste curso. JMC
A ilustração dos livros explicada aos mais pequenos No âmbito do projeto de promoção da leitura e de encontros com autores, a Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, organizou, no dia 9 de outubro, um ateliê com a ilustradora Madalena Matoso e 24 crianças do 1º ciclo da Escola Nº 2 do Agrupamento Nº 2, acompanhadas pela professora Lídia Falcão. Para além de dar o conhecer o seu novo livro, intitulado ´´O meu vizinho é um cão´´, escrito por Isabel Minhós Martins, Madalena Matoso, também fundadora da editora Planeta Tangerina, salientou a importância das ilustrações nos livros, uma vez que também contam histórias para além da história escrita. Quanto à forma de conceber um livro, explicou que é “essencial existir um esboço antes de se começar a
Hália Costa Santos
Sara Ribalonga
“A Equitação chega a todos”
Curso Técnico Superior Profissional arranca em Sardoal
A ilustradora Madalena Matoso com crianças de •Abrantes
criar uma história’’. A ilustradora revelou também a razão de o seu livro ter uma paleta de cores reduzida, argumentando que quer ‘’trazer para os livros de agora o que eles tinham no antigamente’’. Depois da conversa com os alunos abrantinos, Madalena Matoso entregou o nome de um animal a cada um deles
e pediu-lhes para imaginarem o que esse animal levaria numa mala, se fosse viajar. As crianças desenharam os objetos que imaginaram, produzindo, cada uma delas, uma mala de cartão que levaram para casa. Roberto Ferreira, aluno de Comunicação Social da ESTA
REGIÃO 17
NOVEMBRO 2014
O Gabinete de Apoio Social (GAS) de Rio Moinhos é a mais recente valência da Junta de Freguesia desta localidade, no concelho de Abrantes. Dinamizado por Olga Serrano, psicóloga, e pela equipa que compõe a Comissão Social da Freguesia, o GAS é destinado ao combate do isolamento, da solidão, da pobreza e da exclusão social. O mais recente projeto deste gabinete chama-se Escola dos Sorrisos e do Esquecimento, destinada a pessoas com mais de 55 anos, que tem reunido um conjunto de atividades. Desde o passado mês de setembro, a escola tem sido dinamizada por duas voluntárias, que promovem dois ateliês, um destinado aos trabalhos manuais, outro destinado à escrita e à leitura e que têm abrangido cerca de 33 idosos. “Os idosos costumam dizer que vêm aqui para sorrir…eles cantam, brincam uns com os outros, partilham experiências…é muito giro,” contou Olga Serrano ao JA, adiantando que a escola continua aberta a inscrições. A iniciação à informática será o próximo ateliê a ter início para breve. Para além do atendimento ao público, e após a realização de um questionário na localidade, Olga Serrano já diagnosticou alguns problemas na freguesia, ao nível da carência alimentar, desemprego, solidão e violência doméstica. No que diz respeito à carên-
Sandra Eunice Reis
Gabinete de Apoio Social, uma porta que pode significar uma ajuda
A psicóloga Olga Serrano tem feito “de tudo” para •ajudar, desde o campo da saúde até aos afetos
cia alimentar, a psicóloga explicou que todos os casos são encaminhados para a Conferência São Vicente Paulo, que tem apoiado com bens alimentares. Todas as outras situações são encaminhadas para as diferentes entidades competentes, como a Segurança Social, o IEFP e a Câmara Municipal. “Por vezes surgem necessidades menos complicadas, que passam pelo preenchimento de papéis, pensões de sobrevivência, criação de currículos ou simplesmente a necessidade de conversar. Tenho feito um pouco de tudo”, explica a psicóloga. “Estes gabinetes são muito importantes, pois para além do encaminhamento para as entidades competentes, são também núcleos onde as pessoas encontram um conselho, uma palavra de orientação”, confessa Olga Serrano. O GAS tem também uma atividade direcionada na área da saúde que, tal como a Escola dos Sorrisos, é concretizada graças ao voluntariado,
e que passa pela realização de medições de tensão, colesterol e glicémia nas localidades de Amoreira e Pucariça, pertencentes à freguesia de Rio de Moinhos. Olga Serrano conta que o GAS já se associou a uma causa social: “Em março último, deparámo-nos com senhor da freguesia que precisava de uma cadeira de rodas. Rapidamente procedi ao contacto de várias entidades e a uma pesquisa na internet para encontrar uma solução. Acabei por encontrar uma empresa sediada no Porto, que numa ação puramente solidária, acabou por oferecer a cadeira de rodas ao idoso.” Hoje o objetivo do GAS passa pela criação de um centro de recursos que poderá funcionar como uma loja solidária e que poderá dar resposta a outras necessidades da freguesia. Horário GAS: 09h00 às 18h00, todos os dias úteis da semana Joana Margarida Carvalho
Hélder Silvano demite-se do cargo de coordenador do centenário de Abrantes Hélder Silvano demitiuse do cargo de coordenador das comemorações do Centenário da Elevação de Abrantes à condição de cidade, efeméride que será celebrada no dia 14 de junho de 2016. Hélder Silvano apresentou a sua carta de demissão no passado dia 18 de setembro à Câmara Municipal e apontou como razões: “divergências insanáveis e divergências de opinião”. Hélder Silvano referiu-se a “formas diferentes de atuar, de agir e de fazer” e, por isso, entendeu “que deveria demitir-me a tempo útil do cargo”. “Tenho uma forma muito peculiar de trabalhar e tenho algum receio, ao aperceber-me de outras formas
de trabalho que têm surgido hoje em dia, e que possam pôr em perigo um momento único como é este centenário”, adiantou. Hélder Silvano também apresentou a sua demissão do cargo que assumiu no Conselho Consultivo, órgão que iria acompanhar e monitorizar as ações municipais para o próximo período de programação dos Fundos Comunitários (20142020), e que foi apresentado no passado dia 14 de junho, nas cerimónias oficias do dia da cidade. Hélder Silvano afirmou ainda que não recebeu qualquer resposta por parte do município relativa à sua carta de demissão. Por sua vez, Luís Filipe Dias,
vereador com o pelouro da cultura na CM de Abrantes, explicou a posição da autarquia, alegando as mesmas justificações que Hélder Silvano: “Houve algumas diferenças de opinião e agora devemos valorá-las olhos nos olhos e adequadamente. Como é óbvio, ficámos tristes com esta situação, mas a vida continua, as prioridades estratégicas continuarão e teremos todas as condições para assinalar o centenário de Abrantes a elevação a cidade.” O vereador não se quis pronunciar acerca da próxima estratégia da autarquia que servirá de preparação às cerimónias do centenário. Joana Margarida Carvalho
Banda Congruity ganha caixão em concurso de música em Bemposta Uma urna funerária foi o prémio atribuído aos Congruity, de Abrantes, a banda vencedora do concurso nacional de bandas de música alternativa que decorreu no dia 1 de novembro, organizado pela Sociedade Recreativa e Musical de Bemposta, Abrantes. O Coffin Festival (“coffin” significa caixão, em português), na sua oitava edição, apresentou-se como um encontro nacional de música alternativa, com bandas de garagem que, em concurso, demonstraram num concerto ao vivo, perante cerca de 300 pessoas, as suas capacidades. A banda mais votada pelo júri e pelo público presente, os Congruity, foi a merecedora do prémio que dá o nome ao evento: um caixão. A iniciativa, com entradas livres, regressou à sala de espetáculos da coletividade da Bemposta depois de estar interrompida durante alguns anos, um festival que “nunca esteve morto”, disse ao JA o presidente da direção, Filipe Oliveira. A organização prevê que o Coffin Festival, para “não saturar”, volte a decorrer dentro de dois anos. MRF
Mariana Herrero
RIO DE MOINHOS
• Prémio original em festival alternativo
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18 CULTURA E PATRIMÓNIO
O Plano Nacional do Turismo Militar vai entrar em fase de operacionalização
MÁRIO RUI FONSECA/ALVES JANA
Trabalhos de conservação e restauro na capela-mor da igreja de Santa Maria do Castelo revelaram uma “descoberta fabulosa”, nas palavras do pesquisador responsável: pinturas raras dos finais do período do século XV/início do século XVI.
José Artur Pestana, da empresa Mural da História, um dos membros responsável pelos trabalhos em curso de conservação e restauro na capela-mor da igreja de Santa Maria do Castelo, em Abrantes, foi taxativo nas suas declarações: “Estamos perante uma descoberta fabulosa”. O “fabuloso”, para este profissional na arte da conservação e restauro, é uma pintura escondida por detrás de uma parede de azulejos, que se estende ao longo da parede, e que ficou a descoberto após
a retirada de alguns azulejos que estariam soltos e em risco de cair da parede. “Com a remoção dos primeiros azulejos, cuja data remonta a uma época pós terramoto de 1755, ficou pintura a descoberto. Mas não é uma pintura qualquer. É uma boa e rara pintura datada dos finais do século XV, início do século XVI, e que em Portugal apenas existem pequenos fragmentos. Aqui, e pelas sondagens efetuadas, a pintura é enorme e estende-se ao longo de toda a parede o que é uma riqueza para esta igreja e para toda o património nacional da pintura deste período”, vincou. Artur Pestana defendeu a remoção completa dos azulejos, “de fácil restauro e acomodação”, para permitir abrir em toda a linha o horizonte dos “frescos” agora postos a descoberto.
Sandra Eunice Reis
Sandra Eunice Reis
Igreja do Castelo de Abrantes revela pinturas “fabulosas” do final do século XV
NOVEMBRO 2014
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“Conferir atratividade ao património militar nacional e potenciar turisticamente fortificações em todo o território é o objetivo,” ideia que ficou presente no Centro Cultural de VN da Barquinha MÁRIO RUI FONSECA
O Plano de Implementação Nacional do Turismo Militar (PINTM) vai entrar em fase de operacionalização até ao final deste ano, assegurou o tenente-coronel Luz Costa, na sua intervenção num colóquio sobre potencialidades do turismo e da cultura.
A sessão, que decorreu no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, juntou autarcas, agentes turísticos e culturais, empresários e professores do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) num debate sobre as oportunidades e desafios para o turismo e para a cultura, tendo aquele militar, em representação do Exército para a Região Centro, destacado a “mais-valia” do património histórico e cultural de âmbito militar para o “desenvolvimento integrado de uma oferta cultural e patrimonial” na região do Médio Tejo e no País. Conferir atratividade ao património militar nacional
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e potenciar turisticamente fortificações, castelos e quartéis em todo o território é o objetivo da proposta de Carta Nacional do Turismo Militar, que está a ser elaborada pelo IPT, a nível do ensino superior, pelo Exército, através da Brigada de Reação Rápida, sediada em Tancos, e pelo município de Vila Nova da Barquinha, que agrupa no seu território diversas corporações militares, a Base Aérea nº 3, e resguarda ainda mais de 1500 hectares de área de servidão militar. Em declarações ao Jornal de Abrantes, o tenente-coronel Luz Costa disse que, ao longo do processo, que remonta a 2008, “foi identificado mais de um quilómetro linear de documentação para estruturar e operar cientificamente um espólio imenso ao nível do património histórico e cultural de âmbito militar que temos de estudar, organizar e contextualizar”, justificando assim o adiamento da apresentação e aprovação do PINTM,
prevista para o mês de maio, para, “previsivelmente” até ao final deste ano. “O turismo militar pretende ser um instrumento que se coloque ao serviço da comunidade científica, dos operadores turísticos e do público em geral, um vasto património que é tutelado por vários ministérios, e que se deve ainda juntar a Força Aérea e a Marinha, património esse que ainda não está integrado na oferta turística das mais de vinte localidades e regiões onde temos aquartelamentos militares”, observou. “O que pretendemos é criar uma rede integrável e visitável, nas ofertas turísticas e culturais existentes, para que os operadores turísticos saibam com o que podem contar a nível nacional, com um fio condutor ao nível dos cerca de 20 quartéis existentes e com os Museus da Marinha e do Ar, por exemplo, e projetando esta marca a nível internacional, certificando-a, e tendo em conta a apetência de um pú-
blico muito específico para consumir este tipo de oferta cultural”, vincou Luz Costa. A elaboração do conceito e a construção da proposta de intervenção tem utilizado o território de Vila Nova da Barquinha como laboratório devido à histórica e forte presença de unidades militares no denominado Polígono de Tancos, como a Escola Prática de Engenharia (EPE), a Escola de Tropas Aerotransportadas (ETAT), a Unidade de Aviação Ligeira (UAL), da qual faz parte a Brigada de Reação Rápida, e a ligação aos Templários, exemplificada pelo castelo de Almourol. “Tem lógica que o município de Vila Nova da Barquinha possa constituir-se como região piloto para implementação do PINTM, e essa é a proposta que apresentámos no relatório do documento final para apreciação”, adiantou à Lusa o tenente-coronel Luz Costa.
CULTURA E PATRIMÓNIO 19
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“Tudo pronto” para lançar concurso público para o MIAA A Câmara de Abrantes vai investir 5 milhões de euros na construção do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA), um equipamento tido como “central” no processo de regeneração urbana da cidade, defendeu a presidente da autarquia.
Em declarações ao Jornal de Abrantes, à margem da V Jornadas Internacionais do MIAA, que se realizou em Abrantes nos dias 17 e 18 de outubro, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, referiu ter “tudo pronto” para lançar o concurso público para a construção daquele equipamento, que estimou possa estar concluído “dentro de dois a três anos”. A autarca disse que apenas aguarda pela oportunidade de acesso aos fundos comunitários para submeter o projeto a candidatura e iniciar uma obra que afirmou ser “fundamental para a revitalização do centro histórico”, no âmbito de um projeto mais vasto de regeneração urbana da cidade e que assenta na requalificação e musealização do Convento de São Domingos, situado naque-
Sandra Eunice Reis
MÁRIO RUI FONSECA
• O projeto foi redimensionado atendendo à atual conjuntura, passando de 13 para 5 milhões de euros la zona da cidade, e pela dinamização de outros espaços, ao nível do MIAA. O investimento, segundo afirmou a presidente da Câmara Municipal, “permitirá uma afirmação cultural muito forte no contexto nacional e internacional, tornando público o acesso a uma coleção de valor inestimável e de foro privada, além da criação de um grande centro cultural que complementará as vá-
rias funções do centro histórico, como as residenciais, administrativas e comerciais”. Com um investimento inicialmente estimado de 13 milhões de euros, o projeto original de criação do museu desenhado pelo arquiteto Carrilho da Graça implicava a construção de uma torre de 27 metros para acolher as cerca de cinco mil peças que integram as coleções da Funda-
ção Estrada ao nível de ourivesaria, armaria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, um projeto, entretanto, redimensionado. “O projeto foi redimensionado, mas vamos honrar um conjunto de compromissos assumidos”, assegurou a autarca, tendo feito notar que, “atendendo à atual conjuntura, seria irresponsável” avançar para este investimento nos moldes em que estava inicial-
mente previsto. Desde 2008 e até ao dia de hoje a autarquia já investiu cerca de 1,5 milhões de euros nos estudos, elaboração e conceção do projeto, da autoria de Carrilho da Graça, a par de processos de investigação, promoção e divulgação das diversas coleções do acervo. O futuro museu irá incluir coleções de numismática, arquitetura romana, medieval e moderna, relógios
de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local, para além de ourivesaria ibérica com artigos recolhidos no que foi o antigo território da Lusitânia. Uma das alas do MIAA será formada por artefactos arqueológicos pré e proto-históricos em pedra, cerâmica, bronze e outros materiais que representam a vida económica e social de várias culturas e povos que viveram no território que hoje é Portugal. A coleção das cerca de cinco mil peças arqueológicas referentes ao período anterior à fundação da nacionalidade e relacionados com a Lusitânia, foram “recolhidas e adquiridas em leilões” ao longo de meio século, em vários pontos da Península Ibérica. O acervo da Fundação Estrada será cedido à Câmara de Abrantes através de protocolo. Associado ao Museu Ibérico, o espaço terá um centro de investigação que assegure a continuidade do estudo das coleções ali expostas e que sirva de polo dinamizador de projetos de investigação e de parcerias com universidades, museus nacionais e estrangeiros.
Rota ibérica em BTT vai ligar o Tejo da nascente à foz A plataforma associativa luso-espanhola Tajo/Tejo Vivo anunciou a primeira edição de uma travessia Ibérica em BTT entre a nascente e a foz do rio Tejo, num percurso de mais de 1.200 quilómetros, a realizar de 15 a 30 de maio de 2015. Em declarações à Antena Livre, à margem da apresentação no Festival Bike, em Santarém, da rota Transibérica em Bicicleta Todo o Terreno (BTT), o técnico coordenador da Tagus - Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, uma das entidades portuguesas envolvidas no projeto, disse que a iniciativa visa a promoção e afirmação dos territórios ribeirinhos do Tejo como destino turístico,
• Os percursos pretendem contribuir para o desenvolvimento da cultura e do turismo numa lógica de desenvolvimento local. “O projeto e as 13 etapas do percurso foram validados em edição piloto realizada na primavera deste ano, e que serviu para conhecer melhor o território, os par-
ceiros e as questões logísticas e de alojamento”, disse Pedro Saraiva. Segundo aquele responsável, para a edição “número um” a organização necessitou apenas de fazer “pequenos ajustes” num percurso
dividido por 13 etapas e onde o Tejo “estará sempre presente”, uma por dia numa média de 100 quilómetros diários, e que vai ter início na Serra de Albarracín (Espanha) e terminará 1.210 quilómetros depois, na foz, em
Lisboa. “O percurso foi desenhado através de antigos caminhos rurais e estradas secundárias, atravessa diversos parques naturais e tem sempre o rio Tejo como pano de fundo”, acrescentou. Pedro Saraiva disse ainda que a “Transibérica em BTT Tejo Vivo” se baseia numa “estratégia concertada de aproveitamento e promoção dos recursos dos territórios abrangidos”, projeto que pretende “combater o êxodo rural, estimular a fixação da população e acrescentar quantidade e qualidade na oferta turística”. “O objetivo é criar uma rota turística integradora, numa temática que tem mercado e procura no âmbito do des-
porto natureza e aventura, e numa lógica de criação de novos fatores que sejam indutores de desenvolvimento, valorização e promoção da cultura das povoações que cresceram junto ao rio Tejo”, vincou. A prova, com inscrições limitadas, é organizada pela Tejo Vivo - Rede para a Valorização dos Territórios Vinculados ao Tejo, projeto de cooperação ibérica que reúne 18 associações de desenvolvimento local (ADL) e organizações não-governamentais (ONG) de Portugal e Espanha, e tem apoio da iniciativa comunitária LEADER, do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR). MRF
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20 REGIÃO
NOVEMBRO 2014
ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO
“Comichão na cabeça … não, obrigado” A saúde e o bem-estar das crianças continuam a ser uma preocupação dos serviços de saúde neste início de ano letivo. Parece-nos importante alertar as famílias para os cuidados a ter relativamente à “Pediculose” (infestação por piolhos), uma problemática que todos os anos afeta muitas das crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino dos nossos Concelhos. Os piolhos são incómodos, causam comichão irritante e propagam-se de forma rápida. São pequenos parasitas que se ligam aos cabelos para picar a pele e alimentarse do sangue. A transmissão ocorre por contágio através de contacto direto, cabeça a cabeça ou com roupas contaminadas. Isto significa que mesmo os melhores amigos,
ao segredarem na escola, ao trocarem chapéus, ao partilharem pentes e escovas, podem desencadear o processo de infestação. A infestação por piolhos pode acontecer a qualquer pessoa, não significa falta de higiene. Detetar a presença destes parasitas implica um exame ao couro cabeludo, particularmente atrás das orelhas e na nuca, locais onde se alojam facilmente. A partir do momento em que estes parasitas são detetados, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, pois esta afeção dissemina-se rapidamente. É muito importante tratar toda a família, usando um tratamento adequado. Deve lavar a cabeça com champô próprio (existem várias marcas no mer-
cado). Após a lavagem, deve pentear o cabelo com um pente fino, molhado em vinagre para remover os restantes ovos (lêndeas). Finalmente, deve lavar muito bem o pente e a escova com o mesmo champô. Não se esqueça de pedir ao seu filho para não partilhar chapéus na escola, e não usar os mesmos pentes dos amigos. Observe regularmente e com atenção a cabeça da criança e utilize o pente fino. Informe a escola se a criança tiver piolhos, de modo a que todos os alunos sejam tratados e se interrompa o ciclo de reinfestação. Para se controlar uma epidemia escolar é necessário que todas as crianças tomem este tipo de atitude. Ana Paula Gonçalves
Enfermeira na USP
Sandra Eunice Reis
Rotary Club distingue o professor Manuel João Gonçalves
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António Domingues, presidente do Rotary Club de Abrantes, e Manuel João Gonçalves, o profissional homenageado
O Rotary Club de Abrantes prestou, no passado dia 28 de outubro, num jantar comemorativo, uma homenagem ao professor Manuel João Gonçalves, distinguindo-o como profissional do ano. António Domingues, presidente do Rotary Club de Abrantes, explicou que esta homenagem incidiu no plano de atividades do Rotary a nível internacional,
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no qual o mês de outubro é dedicado aos serviços profissionais, e onde é sempre distinguido um profissional pela sua carreira. O professor Manuel João Gonçalves referiu que esta homenagem “representou um reencontro entre amigos” e que foi com bastante agrado que recebeu a distinção. Em nota de imprensa, o Rotary Club de Abrantes re-
fere que Manuel João Gonçalves foi professor de Educação Física e treinador de atletismo. Dedicou grande parte da sua vida aos jovens, às sucessivas gerações de atletas, tendo treinado inúmeros campeões nacionais, entre o desporto escolar e o federado. Foi ainda treinador nacional em seis campeonatos do mundo em atletismo escolar. JMC
Marcelo Rebelo de Sousa na ESTA
ISABEL MACHADO
No próximo dia 5 de novembro, pelas 14h30, a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) recebe Marcelo Rebelo de Sousa para uma sessão aberta ao público em que abordará o tema “A Comunicação”. A convite dos estudantes da licenciatura em Comunicação Social, Marcelo Rebelo de Sousa responderá a questões ligadas ao panorama audiovisual português, ao papel das televisões na imposição da agenda mediática e ao desafio que, neste campo, é constituído pela internet e pelas redes sociais. O balanço das mudanças introduzidas pelos canais privados, cerca de duas décadas depois do seu aparecimento, e o ensino da Comunicação Social em Portugal serão outros dos temas abordados. O professor Marcelo foi diretor do jornal Expresso e ganhou popularidade como comentador na estação de rádio TSF. Atualmente é comentador da TVI.
Maria Isabel Vicente Teixeira Machado (1951-2014) nasceu em Angola e em 1975 veio para Abrantes, onde tinha as suas raízes, em concreto no Pego. Gerações de alunos conheceram-na como professora de Matemática na Escola D. Miguel de Almeida, onde chegou a ser presidente do Conselho Diretivo e também dirigiu a formação de professores de Matemática. Da sua atividade profissional estava já aposentada. Entretanto, tornou-se também conhecida e igualmente respeitada como membro da Junta de Freguesia de S. Vicente, durante 20 anos, até há um ano, sempre sob a presidência de Aníbal Melo. “Normalmente, na Junta é o presidente e os outros. Não era assim com a Isabel: foi sempre muito ativa, muito presente, sobretudo nas campanhas de solidariedade, que coordenava. Também colaborava sempre com empenho, por exemplo, nos prémios de atletismo, sobretudo na fase de preparação de tudo o que era necessário”, recorda Aníbal Melo. “Foi o único elemento que esteve sempre comigo ao longo dos
Uma cidadã que parte
cinco mandatos, um como secretária e mais quatro como tesoureira. Tinha sempre as contas em ordem em todas as reuniões, com toda a documentação necessária. E era cuidadosa quando se tratava de avançar para algum projeto, chamando a atenção para o controlo dos custos.” Aníbal Melo acrescenta ainda que “viveu sempre como quis e controlou a sua vida até ao momento da morte, decidindo o que queria e o que não queria que lhe fizessem”. Partiu cedo, mas com uma folha de serviços bem cheia. E deixou uma imagem de simpatia e respeito na memória dos que a conheceram. Alves Jana
REGIÃO 21
NOVEMBRO 2014
MEMÓRIAS DAS PONTES, UM LIVRO DE TERESA APARÍCIO
PSD celebra 40 anos de partido
O projeto, disse a autora na apresentação, nasceu há mais de 20 anos, quando começou a publicar no jornal Nova Aliança, onde então co-
laborava, pequenos textos que visavam chamar a atenção para as pontes que “estavam esquecidas e em processo de degradação”. Passa-
dos vinte anos, constata que “foi em vão” tal esforço, porque “as pontes estão ainda mais degradadas e uma ou outra já desaparecida”. Por isso, se este livro dá testemunhos de formas de vida do passado, ele é também desafio a que não deixemos morrer as nossas pontes. Teresa Aparício é colaboradora do Jornal de Abrantes, onde publica os Lugares com História, de que saiu já uma edição (Câmara M. Abrantes), já aqui assinalada. Além disso, a autora tem vindo a publicar, na revista Zahara, um importante conjunto de trabalhos sobre profissões em extinção. Ao todo, é um imenso trabalho de recolha e divulgação da nossa cultura popular, que dá à autora uma particular sensibilidade para estas matérias e que merece ser acompanhado. E lido, é claro.
4/2014 – Nissan Qashqai 1.5 dCi 110 Cv N-Tec (Novo modelo)
CERNACHE DO BONJARDIM
Alves Jana
Sandra Eunice Reis
Teresa Aparício acaba de lançar um livro (edição Palha de Abrantes) em que nos traz rica informação sobre 41 pontes do concelho de Abrantes, sobretudo, e ainda Constância, Gavião, Mação, Sardoal, Vila de Rei e Sertã. São sobretudo pontes já velhinhas, uma ou outra já desaparecida. Teresa Aparício salva-as do desaparecimento total e traz-nos muitas histórias, que recolheu, cheias de vida de um tempo que já lá vai. As pontes são objectos arquitetónicos e de engenharia, exemplos de um modo de fazer as coisas e têm valor museológico. Mas são também formas condensadas do modo de viver do tempo em que foram construídas e das gerações que delas se serviram. Esta obra dá boa conta disso. Lê-se quase como um romance em fascículos da história de um povo.
Joana Margarida Carvalho
Testemunho e desafio
O PSD celebrou 40 anos do partido em Abrantes, no espaço de restauração Cascata, no passado dia 25 de outubro. A cerimónia, que juntou José Matos Rosa, secretário-geral do partido, os deputados eleitos pelo distrito de Santarém, a concelhia, membros e simpatizantes, foi dedicada aos 40 anos do partido e aos 40 anos de democracia.
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3/2011- BMW 318 D Limousine 143 CV
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22 CULTURA
NOVEMBRO 2014
COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Filme “Os Maias” exibido em Abrantes
AGENDA DO MÊS Abrantes
“Os Maias – Cenas da vida romântica”, filme do realizador João Botelho, vai ser exibido em Abrantes no dia 19 de novembro. O cineteatro São Pedro recebe a adaptação cinematográfica de “Os Maias”, de Eça de Queiroz, que está em exibição pelo país desde
Setembro e já conta com mais de 90 mil espetadores, sendo o filme mais visto este ano em Portugal. De acordo com a produtora Ar de Filmes, estão previstas duas sessões; uma para estudantes e outra para o público em geral, sendo ambas acompanhadas pelo realiza-
dor ou por um dos atores. O filme teve um orçamento de 1,5 milhões de euros e do elenco fazem parte cerca de 50 atores, entre os quais João Perry (Afonso de Maia), Graciano Dias (Carlos da Maia), a atriz brasileira Maria Flor (Maria Eduarda), Pedro Inês (João
da Ega), Pedro Lacerda (Thomaz d’Alencar), Adriano Luz (Conde de Gouvarinho), Ana Moreira (Maria Eduarda Runa), Rui Morrison (Vilaça), Rita Blanco (D. Maria da Cunha) e Catarina Wallenstein (Maria Monforte). A voz narrada de Eça de Queirós é a do barítono Jorge Vaz de Carvalho. O romance queirosiano narra a vida de três gerações de uma família da burguesia no século XIX. Depois de Abrantes, o filme tem sessões agendadas até janeiro de 2015 em cidades como Castelo Branco, Caldas da Rainha, Santarém ou Portalegre. Em Abrantes o filme é exibido através da Associação Cultural Palha de Abrantes/Espalhafitas.
Teatro Solidário em Vila de Rei A X Quinzena do Teatro está de regresso ao Auditório Municipal Monsenhor Dr. José Maria Félix, em Vila de Rei, nas noites de 15, 22 e 29 de novembro. Esta é uma iniciativa de âmbito solidário, uma vez que o público é convidado a doar um género alimentício para apoiar as famílias vilarregenses mais carenciadas. As sessões têm início marcado para as 20 horas. Na noite de 15 de novembro, sobe ao palco o Grupo de Teatro “Dupla Personalidade”, de Arraiolos”, com a peça “Romeu e Julieta dos Tempos Modernos”. A 22 de novembro é a vez do grupo “A Casa dos Dias Felizes”, de Idanha-a-Nova, apresentar “Yulé – A Árvore de Natal” – Teatro Infantil e no dia 29, a peça “Harpagão, o Velho Avarento” é interpretada pelo Grupo de Teatro Olimpo. A Quinzena do Teatro é organizada pela Autarquia de Vila de Rei e tem sido ao longo dos anos um sucesso em prol dos mais desfavorecidos.
Constância Até 31 de dezembro – Exposição“Desenhos na prisão”, desenhos de Álvaro Cunhal – Biblioteca Alexandre O´Neill Até 31 de dezembro – Comemoração dos 20 anos da Biblioteca Alexandre O´Neill - Biblioteca Alexandre O´Neill
Sardoal
Comédia musical “Táxis d’Os NossosDias” no Cineteatro São Pedro
O Cineteatro São Pedro, em Abrantes, vai receber a comédia musical “Táxis d’Os Nossos Dias”, na sexta-feira, dia 14 de novembro, pelas 21h30. O núcleo de taxistas celebrizados na telenovela “Os Nossos Dias”, da RTP, chega ao teatro, numa peça
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que se apresenta tão louca como esse grupo de personagens e que aborda a realidade portuguesa atual, transformando o tema da crise económica numa verdadeira comédia. A peça conta com as interpretações de Anabela, Rosa do Canto,
Até 15 de dezembro – Exposição “8000 anos a transformar o barro. Cerâmicas do MIAA” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo, de terça a domingo das 9h às 13h e das 14h às 18h Até 3 de janeiro de 2015 – Exposição “Realidades e Mitos”, pintura de Joaquim de Carvalho – Biblioteca Municipal António Botto 7 de novembro – Stand up comedy com António Raminhos – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 4€ 8 de novembro a 5 de dezembro – Exposição “Gravura/A oficina, a técnica e o impressor de Tomás Dias – quARTel, Galeria Municipal de Arte 13 de novembro a 3 de janeiro de 2015 – Exposição “José Alberto Marques – 50 anos de vida literária” – Biblioteca Municipal António Botto 14 de novembro – Teatro“Táxis d´os nossos dias”com Anabela, Rosa do Canto, Joaquim Nicolau – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€ 21 de novembro – Música “Pelas bandas de Abrantes com a Filarmónica Alveguense – Cineteatro São Pedro, entrada gratuita 22 de novembro – Noite de fados com Gonçalo da Câmara Pereira e Dora Maria – Casa do Povo de Rio de Moinhos – 20h 26 de novembro – II Jornadas Biblioteconómicas de Abrantes – Biblioteca Municipal António Botto, 9h às 18h 28 de novembro – Teatro de marionetas “Casa dos Ventos” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 4€ 6 de dezembro – Teatro de marionetas “Portucale” – Cineteatro São Pedro, 10h Cinema – Cineteatro São Pedro, 21h30 – Org. Espalhafitas: 5 de novembro – “Amar, Beber e Cantar” de Alain Resnais 12 de novembro – “Alentejo, Alentejo” de Sérgio Tréfaut 19 de novembro – “Os Maias - Cenas da vida romântica” de João Botelho 26 de novembro – “Gertúlio” de João Jardim
Miguel Costa, Joaquim Nicolau, Sofia de Portugal, Pedro Giestas, Ana Guiomar e Rita Frazão. A história tem início com a Imperial Táxis a descobrir que, como o país, está à beira da bancarrota. Sem dinheiro para pagar ordenados, a Central vê-se obrigada a pedir um resgate a uma banqueira alemã muito rigorosa, que impõe cortes profundos na despesa, redução de salários e despedimentos. Os taxistas procuram as mais variadas soluções para fazer face às dificuldades, mas quando tudo falha e o desespero aumenta, aparecem as ideias mais radicais: afinal, se o resgate mais parece um sequestro, por que não sequestrar quem os resgata? Uma comédia da autoria de José Pinto Carneiro e Mário Cunha, encenada por José Martins. Os bilhetes, com o preço de 10€, podem ser comprados no Posto de Turismo ou na bilheteira do cineteatro no dia do espetáculo.
Até 28 de novembro - Exposição “Resineiros” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente Até 7 de dezembro - Exposição de fotografia “Centro Cultural – 10 anos” – Centro Cultural Gil Vicente 7 de novembro – Teatro de Revista “P´ro Diabo kus carregue” – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 12,50€ 22 de novembro – IV Mostra de Teatro do GETAS – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 22 de novembro – Cinema - “Aviões: Equipa de Resgate” – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 25 de novembro - Cinema - “Aviões: Equipa de Resgate” - Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 29 de novembro - IV Mostra de Teatro do GETAS - Centro Cultural Gil Vicente, 21h30
Vila de Rei Até 29 de novembro – Exposição de fotografia “O olhar do povo” de Telmo Martins e Hugo Mendes – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Até 31 de dezembro – Exposição de pintura “Ofícios tradicionais” de Alves Dias – Museu Municipal de Vila de Rei 15, 22 e 29 de novembro – X Quinzena do Teatro – Auditório Municipal Monsenhor Dr. José Maria Félix, 20h A partir de 1 de dezembro – Exposição do VIII Concurso de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires
Vila Nova da Barquinha Até 11 de janeiro – Exposição “Confidencial/Desclassificado: Missa Campal”, fotografia de Manuel Botelho – Galeria do Parque 8 de novembro – Apresentação do livro “O gato branco do bar 42”, de Maria João Gonçalves, por Fernando Freire e Emílio Miranda – Auditório do Centro Cultural, 15h
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AGRADECIMENTO Seu marido, filho, nora, netos e restante família, agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada, ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Tratou: Funerária Nossa Sr.ª da Oliveira, Lda
De acordo com o n.º 1 do Art.” 30.° do Compromisso, CONVOCO os Irmãos desta Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, para a Reunião Ordinária da Assembleia Geral , que se realiza, Sábado, dia 22 de novembro de 2014, pelas 14HOO, (OU UMA HORA DEPOIS COM QUALQUER NÚMERO DE IRMÃOS - N.º 2 DO ART.º 28.° DO COMPROMISSO) no Auditório do Sector Cultural do LAR - HOSPITAL D. LEONOR PALER CARRERA DE VIEGAS. ORDEM DE TRABALHOS 1.° - Eleição dos Corpos Gerentes - MESA DA ASSEMBLEIA, MESA ADMINISTRATIVA e CONSELHO FISCAL, para o triénio de 2015-2016-2017; Ficam abrangidos pela doutrina do art.” 26.° - Seco 1 - Capo V do Compromisso, os Irmãos reeleitos; 2.° - Apreciação e votação do Plano de Atividades e Orçamento Ordinário para o ano de 2015; 3.° - Análise e votação de propostas da Mesa Administrativa para alienação de prédios urbanos e rústicos; 4.° - Período de 30 (trinta) minutos para se tratar de qualquer assunto que a Assembleia considere de interesse para a vida da Instituição; PARA O ATO ELEITORAL A MESA ELEITORAL FUNCIONA APÓS O INICIO DOS TRABALHOS DURANTE 2 HORAS Em seguida será feito o apuramento do resultado eleitoral prosseguindo os trabalhos com os restantes pontos da Convocatório. Chama-se a atenção aos IRMÃOS de que as listas a que se refere o ponto 1.° da Ordem de Trabalhos, devem ser entregues na Secretaria da Irmandade, ate 5 dias da data marcada para a reunião da Assembleia Geral ABRANTES, 20 DE OUTUBRO DE 2014 O Presidente da Assembleia Geral Dr. Humberto Pires Lopes
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TEATRO DE MARIONETAS
28.NOV.14//21H30//CINETEATRO S. PEDRO
CASA DOS VENTOS TEATRO E MARIONETAS DE MANDRÁGORA
“Casa dos ventos” é uma casa e é uma viagem. É uma casa em viagem. Qual a dimensão de uma casa? Pode uma pessoa ser uma casa? Necessita uma casa de paredes? Pode uma casa ser um local, uma língua, um país...? Este espetáculo narra uma viagem de duas personagens em busca de manterem a sua forma de estar, o seu espaço de afetos e emoções num mundo em transformação. Numa grande cidade, Alba e Maria tentam atravessá-la carregando um moinho de vento às costas na procura de uma nova colina que lhes garanta um local para viverem. Mas a cidade respira, oprime e fascina. A casa parte da procura da integração das memórias pessoais e coletivas na vida quotidiana, olhando para os legados tradicionais como a possibilidade de construir a imagem de um futuro próprio, repleto de memórias e tradições reinventadas. PREÇO €4 // DURAÇÃO 50’ // M/4
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EXPOSIÇÃO
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07.NOV.14—03.JAN.15 BIB. MUN. ANTÓNIO BOTTO
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TÁXIS DOS NOSSOS DIAS
PINTURA DE JOAQUIM DE CARVALHO
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EXPOSIÇÃO
50 ANOS DE VIDA LITERÁRIA