Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2014

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DEZEMBRO 2014 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5526 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

DESTAQUE NATAL As Câmaras Municipais da região do Médio Tejo vão assinalar esta quadra natalícia. O objetivo autárquico passa pela dinamização dos centros históricos e pela promoção de momentos lúdicos e culturais para com as comunidades. Págs. 5 a 7

CM Abrantes

Autarcas apostam na animação natalícia ENTREVISTA

CULTURA

ECONOMIA

José Alberto Marques fala sobre 50 anos de obra

Cinema comercial regressa a Abrantes

CIMT aprova orçamento de 4,5 milhões para 2015

Poeta, ficcionista, professor e performer, assim se apresentou ao JA. Fez este ano 75 anos de idade e 50 anos desde que publicou o primeiro livro, A Face do Tempo (1964). Pag 3

Sete anos depois, a autarquia reativou a sala de cinema instalada no Edifício Millenium, com sessões diárias de cinema comercial.

A Assembleia aprovou o orçamento da Comunidade Intermunicipal para 2015, destinado à conclusão de projetos do atual quadro comunitário e ao arranque de outros. Pag 10

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2 ABERTURA FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes

DEZEMBRO 2014

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

O verdadeiro espírito de Natal

Colaboradores Alves Jana, André Lopes e Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado

Sandra Eunice Reis

mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

A Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, recebeu a XII Jornada de História Local com o tema “A Religião”, organizada pelo Centro de Estudos de História Local, (CEHLA) da Palha de Abrantes. Na cerimónia foi apresentado o nº24 da Revista de História Local Zahara. Na foto José Martinho Gaspar, coordenador do CEHLA, Alves Jana e Joaquim Candeias da Silva colaboradores da publicação.

Isabel Colaço

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

INQUÉRITO

O que é que deveria de mudar no próximo ano - a nível local, nacional ou mundial?

Impressão Grafedisport, S.A.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária

Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

João Costa

Conceição Duarte

José Pereira

28 anos Restauração

75 anos Reformada

51 anos Desempregado

“Gostava que o sistema político mudasse. Os políticos atuais deviam sair porque é por causa deles que estamos como estamos.”

“Tudo devia mudar, mas na saúde fazia falta uma grande mudança. Devia haver mais médicos. Quando precisamos, não temos.”

“A nível regional gostava que se criassem postos de trabalho e que a política de saúde fosse mais organizada. É triste ver pessoas, com idade, estarem tempos e tempos à espera. A nível nacional, gostava de ver uma mudança na classe política. Faltam pessoas honestas e genuínas.”

UMA POVOAÇÃO Serra do Gerês. Passei lá momentos inesquecíveis da minha infância. UM CAFÉ Aquapolis em Abrantes. Acolhedor. Sou recebido com simplicidade e afetividade. A paisagem permite recriar a mente. PRATO PREFERIDO Bacalhau cozido com batatas. UM RECANTO PARA DESCOBRIR Veneza. UM DISCO Pink Floyd – Another Brick In The Wall. UM FILME “Os Gatos não têm Vertigens” do João Pedro Vasconcelos, pela profundidade e pelas mensagens implícitas. UMA VIAGEM Angola, no tempo da tropa. Vivi lá 4 anos ao sabor da Guerra. Uma experiência única.

UMA FIGURA DA HISTÓRIA (E PORQUÊ) D. João I, pela perspetiva que teve na organização da cidade face aos constrangimentos sociais e políticos. UM MOMENTO MARCANTE (E PORQUÊ) O nascimento dos meus dois filhos. Não se pode dizer porquê. É indescritível. UM PROVÉRBIO “Vozes loucas não chegam ao céu”. UM SONHO Acabar a montagem da minha biblioteca pessoal. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Um passeio convívio pelo fantástico ambiente do Parque de São Lourenço em Abrantes. É sem dúvida um sítio para se usufruir e para sentir.

SUGESTÕES

GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis. Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho info@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.

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Luís Marques Barbosa IDADE 70 anos. NATURALIDADE /RESIDÊNCIA Nasci em Lisboa e resido em Mouricas há 4 anos. PROFISSÃO Professor do centro universitário. Professor associado de nomeação definitiva da universidade de Évora.

No final de novembro, o Natal ainda não se sentia no centro de Abrantes. Os comerciantes começavam, um pouco timidamente, a enfeitar as montras. Os clientes também eram poucos, apesar de algumas lojas terem adotado uma estratégia de fazer promoções mesmo antes dos habituais saldos depois do Natal. O desemprego e o corte do subsídio de Natal dos funcionários públicos pairam no ar, como sendo os principais responsáveis por este panorama. E são. O discurso pouco varia: o cidadão comum não tem dinheiro para fazer as compras de Natal como antigamente e os comerciantes do centro histórico de Abrantes receiam que este mês de dezembro traga pouco movimento em termos de negócios. A última esperança parece residir no regresso das iluminações, da música natalícia e de atividades organizadas pelo Centro Comercial Ar Livre. Pode ser que estas iniciativas atraiam mais pessoas ao centro, dando ao comércio tradicional a possibilidade de mostrar o que tem para vender. Pelo menos isso. Por muito que a maioria das pessoas ainda veja o Natal como uma época mágica, o certo é que cada vez mais as prendas vão sendo um exclusivo das crianças. Essas, mesmo nas famílias mais carenciadas, continuarão a ser a prioridade. E as associações que apoiam quem mais precisa estão especialmente atentas a esta realidade, recolhendo brinquedos em bom estado para alegrar o Natal dos mais pequenos, que não têm que pagar por esta situação. Impõese, pois, um apelo para quem ainda consegue ter uma árvore de Natal com embrulhos infantis: que peçam às suas crianças para escolherem brinquedos a que já não dão valor para oferecerem a outros meninos e meninas. É uma questão de cidadania e de solidariedade, o verdadeiro espírito de Natal.

Hália Costa Santos


ENTREVISTA 3

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JOSÉ-ALBERTO MARQUES FALA SOBRE 50 ANOS DE OBRA LITERÁRIA

“Percorri caminhos sempre de vanguarda” ALVES JANA

Como foi editar o primeiro livro? Gostei muito, no ensino secundário, da literatura portuguesa. Em 1958 publiquei o primeiro poema concreto conhecido em Portugal. Fui escrevendo e acabei por reunir material para um livro. Contactei algumas pessoas, mas… Um amigo meu, em Torres Novas, que tinha uma papelarialivraria, disse: “Eu pago-te isso.” Foi assim. Qual é o olhar, hoje, sobre este percurso de 50 anos? O essencial foi a leitura. Depois, os mestres que tenho tido. E também os contactos que fui fazendo ao longo dos anos. No secundário, fora da escola punha um livro debaixo do braço, como eu sabia que se fazia em Paris, usava cachimbo… Nessa encenação ia-me construindo. Comecei por ler autores portugueses, não a Enid Blyton, mas Camilo, Eça e outros. E, no original, “La nausée”, de Sartre. Comecei a catalogarme logo de existencialista (riso). A filosofia não me interessou muito, mas a literatura, sim. Li, do Proust, em português, “À la recherche…” E a obra feita nestes 50 anos? Ninguém está satisfeito com aquilo que fez. Mas eu

Sandra Eunice Reis

Poeta, ficcionista, professor e performer, assim se apresentou ao JA (Set. 2010). Fez este ano 75 anos (Torres Novas, 1939) e 50 anos de que publicou o primeiro livro, A Face do Tempo (1964). Vive em Abrantes desde 1969, onde foi professor na Escola D. Miguel de Almeida. É uma referência na Poesia Experimental em Portugal.

• “Mesmo com as mãos, faço um certo contorcionismo, porque isto é sempre difícil, é preciso torcer as palavras…” fiz o meu melhor. Por isso, é o melhor… (riso) de que fui capaz. Percorri caminhos sempre de vanguarda. Mesmo no campo político. Quando Humberto Delgado regressa a Portugal, eu fui escolhido para falar sobre ele na sua apresentação em Torres Novas, porque ele é dali perto. Eu já falava em público nos encontros de futebol que a equipa do Colégio Andrade Corvo, onde eu estudava, fazia. Na primeira vez como orador, não fui capaz de dizer nada, mas eu não desisti e, na segunda, que por acaso foi no Rossio de Abrantes, já me saiu bem e ganhei confiança. Por essa altura, foi fundado o Cine Clube de Torres Novas: eu também participei e tive de falar algumas vezes em público. Além disso, no jornal “Almonda”, comecei a assinar uma secção de crítica literária. E, não sei se já tinha 20 anos, lia Herberto [Helder], Melo e Castro [uma referência na poesia experimental],

alguns anos mais velhos que eu. Foi assim que as coisas começaram. O que é Poesia Experimental? É a decorrência natural do surrealismo. Muitos dos poetas que andaram pelo surrealismo, acabaram na Poesia Experimental. Fruto do tempo e da tradição: nós temos em Portugal um forte grupo de poetas barrocos e uma boa teoria do barroco, que a Ana Hatherly estudou muito bem. Mais tarde, Mário de Sá-Carneiro já aparece com um verso que não é apenas a linha reta. E os [poetas] surrealistas já tinham coisas de natureza visual. Quando aparecem autores vindos das artes plásticas, que também escreviam, introduzem a componente visual no poema. É o caso de Fernando Aguiar [que no mês passado apresentou em Abrantes o mais recente livro de J.-A Marques, “BibliotecapessoaL”].

Por exemplo, quando acontece o happening na Galeria Quadrante [1967], onde eu participei, e onde o músico de vanguarda Jorge Peixinho apresentou um trabalho que fez história, o apresentador era José-Augusto França. Isso mostra as ligações que havia entre tudo isto. Portanto “experimental” quer dizer uma coisa bastante nova, com arrojo. A poesia parece ter um outro lugar no seu cuidado com a linguagem oral. Certo? Sim, eu tenho o defeito de me armar em poeta quando estou a falar. Mas isto é um defeito, não é uma virtude, digo eu. Tenho uma tendência natural para isso. Acho piada. Mesmo com as mãos, faço um certo contorcionismo, porque isto é sempre difícil, é preciso torcer as palavras… Nunca me tinham dito isso, obrigado. Sobre a escrita, sim, mas sobre o ato de fa-

lar… Faço isso de propósito. Quais são os autores de referência? Já falei do Mário de Sá-Carneiro, o próprio Fernando Pessoa, Herberto Hélder, um dos maiores poetas vivos, o António Ramos Rosa foi sempre uma grande referência… Não referiu nenhuma mulher (reclamou a nossa repórter fotográfica). Tem razão. Mas digo já: Ana Hatherly, Luísa Neto Jorge, Salete Tavares, Fiama Hasse Pais Brandão, Maria Teresa Horta, Isabel da Nóbraga… Um conselho para um jovem, ou adulto, que se queira dedicar à poesia. Voltei agora [a propósito do último livro e dos 50 anos de vida literária] à Escola D. Miguel de Almeida e recordei que tivemos ali, em tempos, o Festival de Literatura Infanto-Juvenil [concebido e dirigido então por J.-A. Mar-

ques] Na escola, agora, encontrei alunos que, alto lá… dominavam muita coisa, leram e via-se que perceberam textos meus muito difíceis… Aquilo que eu tinha idealizado há anos, agora podese materializar: um Instituto Experimental de Criação Poética, para crianças, integrado na Escola D. Miguel de Almeida. Porque a poesia é a parte sempre menos tocada. Não seria uma disciplina, mas algo diferente, com professores bem escolhidos, capazes de tocar os alunos. E agora, projetos? Tenho um livro de poesia para crianças e um outro de poemas, ambos prontos a publicar, e estou a trabalhar noutro. Tenho uma tradução do livro “Tropismes”, de Nathalie Sarraute. Estou a trabalhar n’ “O sítio da memória”, estórias que vivi ou a que assisti. E tenho outras coisas para publicar.

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4 DESTAQUE

CM Abrantes

O Natal pela região…

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está prevista a exposição e venda de peças Natalícias a decorrer no posto de turismo. O espaço Camões com Sabor vai reunir um conjunto de produtos regionais e cabazes de Natal. A autarquia vai garantir a iluminação e montagem de um presépio junto ao edifício da câmara. Por sua vez, o Agrupamento de Escuteiros associa-se a esta quadra e vai realizar a montagem de um presépio no adro da igreja matriz da vila. O Agrupamento de Escolas vai promover, em colaboração com o município, algumas festas de Natal previstas para os dias 15 e 16 de dezembro. Neste âmbito, irá decorrer a entrega de ofertas Natalícias às turmas e a todas as crianças do pré-escolar e 1º ciclo do agrupamento escolas. Para assinalar a quadra, irá ainda realizar-se um almoço de Natal, para os trabalhadores e colaboradores do município, com entrega de cabazes.

As autarquias da região do Médio Tejo vão assinalar esta quadra natalícia. Umas com mais, outras com menos iniciativas, quase todas as Câmaras Municipais se associam a este mês de festa, em que o objetivo autárquico passa pela dinamização dos centros históricos e pela promoção de momentos lúdicos e culturais para com as comunidades.

Vila de Rei A CM de Vila de Rei está a promover um conjunto de atividades para assinalar esta época festiva. Já na sua oitava edição, está a decorrer o Concurso de Presépios novamente dividido nas categorias de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra. O concurso, com prémios monetários, apresenta como objetivo principal a recuperação de antigas tradições Natalícias e a revitalização do simbolismo dos presépios, incentivando a sua construção através de materiais recicláveis e matérias-primas tipicamente regionais. A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires está a receber mais uma edição “Centro Livro - Natal”. Até ao dia 7 de janeiro, a biblioteca está a disponibilizar um conjunto diversificado de livros a um preço mais baixo que o de mercado, com várias promoções associadas. A autarquia vai ainda promover no dia 14 de dezembro, pelas 15h30, um concerto de Natal na igreja matriz da vila. A iniciativa, de entrada livre, vai contar com a presença da Orquestra Típica de Alcains, Grupo Coral de Proença-a-Nova e com as participações especiais da soprano Mariana Sousa e do maestro Carlos Gama.

Abrantes Na cidade de Abrantes são diversas as atividades previstas para este mês de dezembro que vão envolver o comércio tradicional e a comunidade em geral. Até ao dia 31 de dezembro, vai estar em mostra a Exposição de Natal, no posto de turismo da cidade. No local vai estar presente o artesanato local e produtos regionais. A Biblioteca Municipal António Botto vai ter ao longo deste mês de Natal uma Feira de Edições Municipais. “Doar Histórias e Brincadeiras” é nome da campanha solidária que vai estar a decorrer no Espaço Jovem, na Biblioteca e na Associação Comercial Ar Livre. O objetivo da ação é sensibilizar o público a oferecer brinquedos, jogos infantis usados, mas em bom estado, e os mesmos irão reverter a favor da Associação Vidas Cruzadas e da Juventude Amiga por forma a chegarem às crianças e jovens que, por algum motivo, este ano, não poderão ter um presente novo. A música de Natal vai animar o centro histórico numa ação da Universidade da Terceira Idade de Abrantes e de Tramagal nos dias 6 e 7 dezembro, às 15h00. No dia 13 dezembro, o Coro da Sociedade Artística Tramagalense vai também animar o Largo João de Deus com músicas de Natal. Por último, dia 20 de dezembro, o centro histórico vai re-

Mação

Constância A CM de Constância e as Juntas de Freguesia do concelho estão a preparar diversas decorações Natalícias e iniciativas. Para este Natal, entre os dias 6 de dezembro a 4 de janeiro

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CM Abrantes

Nesta época de Natal, a Câmara Municipal de Mação promove em colaboração com a Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação, e Vila de Rei um conjunto de ações. A câmara vai assegurar a iluminação da vila, à semelhança do ano passado, bem como a música Natalícia pelas ruas. No dia 16 de dezembro, será oferecido a todas as crianças dos jardins-de-infância e escolas EB1 do concelho um fato de Pai Natal, onde irá decorrer um “Desfile de Mini Pais Natal” pelas ruas, a que seguirá um espetáculo no cineteatro. O projeto “Presépios em Espaço Público” vai proporcionar a mostra de presépios espalhados na vila, entre os dias 7 de dezembro a 7 de janeiro. Já o 4.º Concurso de Montras de Natal, que se destina a todos os comerciantes das várias freguesias do concelho, vai também decorrer entre os dias 7 de dezembro a 7 de janeiro. A Expo-Venda de Natal irá realizar-se este ano até ao dia 30 de dezembro, em frente à antiga Singer. Um espaço dedicado aos artesãos do concelho, que podem garantir algumas prendas de Natal. A Câmara Municipal já desafiou os habitantes e comerciantes de todo concelho para que montem um pinheiro de Natal, à sua porta. Os pinheiros resultam dos trabalhos de limpeza da floresta e vão estar disponíveis nas sedes de cada freguesia até ao dia 5 de dezembro.

ceber “Uma Noite Dourada” com animação de rua e espetáculo de fogo. A Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes recebe, entre os dias 8 dezembro a 8 de janeiro, a exposição Presépios. Com recurso a materiais diversificados, os alunos de educação visual e de educação moral e religiosa católica construíram os presépios que vão estar em mostra. A animação de rua no centro histórico será uma constante entre os dias 13 a 24 de dezembro. Por exemplo, o Espaço Criança vai receber um insuflável, uma piscina de bolas, alguns contos de Natal, a expressão plástica, entre outras. Já o Espaço Jovem vai contar com a oficina “Adoça o teu Natal”, no dia 13, às 15h00, e nos dias 22 e 23 de dezembro, duas oficinas destinada às crianças intituladas: “Enfeite o teu Natal” e ainda “Embrulhos para Presentes de Natal.” Entre os dias 17 a 23 de dezembro, a CM de Abrantes vai promover as férias jovens, chamadas “Natal é Festa”, que preveem a realização de jogos tradicionais, natação, basquetebol, ateliers, futsal, contos de atletismo, entre outros. Dia 18 de dezembro, está prevista uma caminhada solidária numa organização dos ABT Night Runners e um conto solidário na Biblioteca Municipal. Nesta quadra, o edifício Millenium vai receber uma oficina denominada “Adoça o Teu Natal,” com biscoitos e bolachas. Dia 20 de dezembro, acontecerá uma venda de doces de Natal a favor das IPSS`s do concelho numa ação a decorrer no Largo Ramiro Guedes, intitulada “Sonhos e Doces de Natal”. A Biblioteca Municipal recebe nos dias 19 e 20 de dezembro, a iniciativa “os Livros que Sonham com o Natal”, uma atividade que irá proporcionar uma noite na biblioteca, destinada às crianças, entre os 6 e os 10 anos. À semelhança dos anos anteriores, irá decorrer um concerto de Natal na igreja de S. Vicente numa promoção do Orfeão de Abrantes, que terá ainda a participação do “Coral Samouco”. A passagem do ano volta à cidade, com a presença dos dj`s Mossy, Kamy, Pokol e Dried Flower Power e com uma largada de balões com led`s. Dia 3 de janeiro, vai realizar-se o tradicional cantar das janeiras, numa iniciativa promovida pelos agrupamentos de escuteiros do concelho. Joana Margarida Carvalho

Sardoal Associadas à época Natalícia estão as atividades que vão decorrer na Biblioteca Municipal de Sardoal durante o mês de dezembro. Mas na Vila Jardim, o Natal não é vivido apenas pelos mais novos, mas também pelos graúdos, estando a Câmara Municipal a organizar uma panóplia de iniciativas que agradem a todos os gostos. De 17 de dezembro a 2 de janeiro, a Biblioteca de Sardoal propõe um “Doce Natal”, destinado a crianças e jovens entre os 6 e os 14 anos de idade. As iniciativas decorrem na Biblioteca e no Espaço Cá da Terra, no Centro Cultural Gil Vicente, e as temáticas relacionam-se com o Natal: Bolas de Neve, Aulas de Culinária (Fritos, Bolachinhas e Sonhos), Árvore de Natal, Estrela do Natal, Globo de Neve e Árvore dos Desejos. A participação nas atividades é gratuita. Em dezembro, o espaço Cá da Terra festeja o seu primeiro aniversário com a inauguração, a 6 de dezembro, de uma exposição alusiva ao do GETAS, grupo de teatro de Sardoal que no passado mês de Novembro comemorou o seu 32º aniversário. O Centro Cultural Gil Vicente recebe, no dia 12 de dezembro, às 21h30, o escritor Pedro Chagas Freitas para falar sobre o seu percurso literário. O teatro de marionetas toma de assalto o palco do Centro Cultural, no dia 20, às 16h, com a peça “A Carochinha, o Urso Dorminhoco & Companhia”, pelo Veto Teatro Oficina de Santarém. O Dia Mais Curto está de regresso à sala de espetáculos da vila com a exibição de curtas-metragens a 21 de dezembro. Em cartaz vão estar curtas selecionadas do Festival de Curtas de Vila do Conde. O Sardoal tem, com estas e outras atividades, uma programação eclética pensada para todos os públicos. Este ano o Natal no Sardoal vai ficar mais doce. André Lopes


DESTAQUE 5

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Inspirado numa visita ao presépio de Penela, em 2011, José Manuel Pires decidiu criar o seu próprio presépio na localidade da Serra, na freguesia de Penhascoso. As suas primeiras figuras foram compradas em Fátima, mas todas as outras figuras que vieram a fazer parte deste projeto foram feitas pelo próprio. Sendo a sua área de trabalho a mecânica, teve a ideia de dar vida às suas figuras do presépio, criando movimen-

to. Com apoio da sua esposa, conseguiu terminar a primeira ideia de presépio num ano. Desde então, todos os anos são adicionadas novas figuras. Este ano há mais elementos característicos da localidade: um alambique, um barco típico de Ortiga, uma picareta e um lagar de uvas. José Manuel Pires quer “construir uma casa para instalar o presépio e ter mais espaço para crescer e acrescentar mais figuras”. Isto porque

a “ideia é tornar o presépio numa aldeia total em movimento”. A abertura ao público vai ser no próximo dia 7 de dezembro, podendo ser visitado até ao 11 de janeiro. Quem visitar este projeto vai poder encontrar um presépio que representa 25 profissões, 36 figuras estáticas, 52 figuras em movimento com uma altura de 20cm, todas em ferro e com motores elétricos. SER

Sandra Eunice Reis

Presépio em movimento com mais figuras

• Representação natalícia, em Penhascoso, até 11 de janeiro

Comerciantes lamentam falta de poder de compra No final de novembro, mal se sentia o Natal em Abrantes. Ana Barata, 35 anos, proprietária da loja Estrela D’Alma, dizia que “neste momento a cidade está morta”, considerando que esta atual situação é um “reflexo da fraca carteira”. Ana não pede muito, só que seja um pouco melhor que o ano passado: “Espero que as coisas se movimentem um bocadinho mais.” Para além do fraco poder de compra, considera que as dificuldades de mobilidade condicionam o dinamismo e o acesso ao comércio no centro histórico. Isabel Tomás, dona da loja Raízes, adianta que a Câmara Municipal podia “tornar os parques gratuitos durante esta altura do ano”. A lojista, de 53 anos, conta que já colocou “dinheiro do próprio bolso” para tentar segurar o negócio. E acrescenta que “não há muita margem de manobra para fazer chamariz através das promoções”. Apesar de tudo, Isabel Tomás está otimista e levanta um pouco o véu acerca das decorações natalícias no centro histórico: “Está-se a apostar na iluminação da cidade para que esta fique mais apelativa às pessoas a virem visitar.” “Não há poder de compra. Isto é tudo derivado da economia, desde que eles tiraram o 13º mês”, lamenta Lurdes Mendes, de 50 anos, da SMF, uma loja pequenina e res-

guardada no centro histórico da cidade, ainda por decorar. “Estou no comércio há 30 anos e, no dia de hoje, se fosse há 15 anos atrás, já estaria a fazer prendas.” “Eu consumo sempre no comércio tradicional. Seja Natal, seja quando for”, conta Telma Dias, proprietária do café Chave D’Ouro. De forma imperativa, defende, enquanto consumidora, a importância do comércio tradicional e diz ser “um bocadinho contra os hipermercados”. Ainda assim, adianta que não vai entrar em grandes gastos no que a presentes diz respeito. “Não está fácil, mas sempre se acaba por comprar qualquer coisa para aqueles que são mais chegados.” Telma Dias tem esperança que o centro da cidade seja mais animado este ano uma vez que “vai haver uma série de atividades relacionadas com a época e que são um bocadinho voltadas para as crianças, que são também um meio para trazer os pais”. Mais animada, aplaude o regresso da iluminação de Natal que não houve em anos anteriores. “As iluminações vão ficar muito engraçadas”, frisa com um sorriso. Eduarda Charneca, Daniel Bento, Pedro Ferreira e Luís Martins, com Alexandra Arroja, Creusa André, Marta Gonçalves e Naomi Nortey, estudantes de Comunicação Social da ESTA

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6 DESTAQUE

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Apesar do Natal ser conhecido hoje como a festa tradicional dos cristãos em que se celebra o nascimento do Menino Jesus - não obstante o seu caráter, também, de festa da família ser extensivo a muitos não cristãos -, nas suas origens mais remotas foi uma festa pagã. Estava ligada ao solstício de Inverno, ou seja, ao dia com a luminosidade mais curta do ano e à mudança para um novo ciclo solar em que os dias vão, a pouco e pouco, crescendo em número de horas diárias de sol. Mesmo os Romanos antigos, antes da sua conversão ao cristianismo, tinham a festividade da Saturnália (17 a 24 de Dezembro) e a da Brumália (25 de Dezembro) que eram festas pagãs do culto do sol, bem como a celebração do nascimento de Mitra, a divindade persa da luz, que as tropas de Pompeu, na sua marcha pela Ásia Menor, assimilaram e introduziram em Roma. A festa cristã do Natal representa, portanto, a continuidade renovada destas tradições (embora não existisse entre as primeiras comunidades de cristãos, nem nas tradições bíblicas). Quando o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, no séc. IV, adquiriu desde logo uma feição universal, quer na civilização cristã ocidental, quer na oriental. Embora sendo atualmente a festa mais universal dos cristãos, contudo, nem todas as suas tradições têm origem na mesma altura e no mesmo lugar. Assim, por exemplo, a árvore de Natal existe desde o segundo milénio antes de Cristo representando, nas festividades pagãs, o culto da fertilidade. Nas saturnais romanas enfeitavamse os pinheiros com máscaras de Baco (o deus do vinho) para venerar Saturno, o deus da agricultura, da justiça e da força. Mas, na tradição cristã, apenas foi introduzido na Alemanha, no séc. XVI, segundo alguns, pelo próprio Lutero. Já o presépio começou a ser tradição em Itália, no séc. XIII, sendo atribuído a S. Francisco de Assis, enquanto que

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CM Constância

Tradições e gastronomia de Natal

• O presépio começou a ser tradição em Itália, no séc. XIII a Portugal terá chegado por volta do séc. XVII. Ao contrário da origem pagã da árvore, o presépio tem basicamente uma tradição cristã e representa uma imitação ao vivo da descrição do Novo Testamento do nascimento de Jesus, numa gruta fria, apenas aquecida pelo bafo de dois animais e manda a tradição que seja montado um mês antes do dia de Natal e levantado após o dia 6 de janeiro, que é o da chegada dos três Reis Magos à gruta para saudar o nascimento do Menino e trazer-lhe como presentes ouro, incenso e mirra. O seu caminho foi dirigido por uma estrela, a estrela de Belém ou estrela de Natal, que representa Cristo, a Luz do Mundo. No princípio do ciclo de Natal coloca-se uma coroa ou ramo de azevinho, cuja tradição também remonta ao tempo dos Romanos, que as usavam nas portas das suas casas como sinal de saúde para todos os que lá viviam. Para os cristãos, hoje, simboliza o tempo de preparação e de alegria perante o próximo

nascimento do Menino Jesus e em que devem prevalecer os sentimentos de arrependimento e de perdão, bem como o de harmonia e de paz entre todos os elementos da família e da co-

munidade. Se o presépio ou a árvore de Natal, bem como as coroas, possam ter caído um pouco em desuso - exceto quando há pequenada em casa -, nestes tempos consu-

mistas há principalmente lugar para a troca de presentes entre todos os membros da família e, sobretudo, para os mais novos, no caso de eles se terem portado bem. As crianças devem pôr o sapa-

Bacalhau, peru ou polvo As tradições culinárias que marcam esta refeição devem ser rigorosamente observadas e, em Portugal, a mais comum é o bacalhau cozido com batatas e couves, mas também o peru assado ou o polvo frito. Este prato é complementado pelos bolinhos de bacalhau, filhós ou rabanadas, arroz ou aletria doce e frutos secos e o inevitável Bolo Rei. Em Espanha, mesmo aqui ao lado, as tradições da consoada e das prendas variam bastante, desde a data, que lá é no dia 6 de Janeiro, o Dia de Reis, até à ementa, que inclui, além do peru assado (que é comum a muitos países europeus), o presunto serrano e o marisco (não é por acaso que têm a terceira maior frota pesqueira a nível mundial e viveiros de marisco na Galiza) e, claro, o “Roscón de Reyes”, que é semelhante ao nosso. O que caiu já mesmo em desuso completo - com algumas notáveis exceções, sobretudo nas pessoas mais idosas -, nesta

era da globalização e dos computadores e internet, é o envio das Boas Festas através do Postal de Natal e a obrigatoriedade de agradecer e retribuir as saudações que são enviadas. Mesmo assim, é provável que o tráfego de e-mails com boas festas bloqueie parcialmente a rede nestes dias. Isto, para já não falar das conversas e mensagens ao telemóvel… Finalmente, e embora já não tenha a mesma frequência assídua de algumas décadas atrás, há a Missa do Galo, que se celebra à meia-noite e cuja origem remonta aos católicos romanos no já longínquo século quinto. Em muitas aldeias é também de tradição a queima do cepo do Natal, nesta noite, num local central e que é o ponto de encontro de toda a gente. À volta deste lenho ou madeiro – e até ele se extinguir, o que só costuma suceder já madrugada adentro – cantam-se canções tradicionais portuguesas e desfiam-se velhas e lendárias estórias.

tinho junto à árvore de Natal para poderem receber uma prenda do Pai Natal que, a partir de uma campanha de publicidade de uma marca de refrigerantes, passou a ser inevitavelmente representado com as cores vermelha e branca). Associado ao Pai Natal, que é o S. Nicolau dos nórdicos, vem a inevitável representação das suas viagens de trenó, puxado pelas renas através da brancura da neve da estação fria (pelo menos no hemisfério norte…) e a sua azáfama em entrar pelas chaminés das casas para distribuir as prendas. Mas aquilo que já vem de tempos imemoriais (pelo menos desde a Roma antiga pré-cristã) é a reunião à volta da mesa de todos os elementos da família para uma refeição – a ceia de Natal ou consoada – que ocorre à noite, na véspera de Natal. A família reúne-se em conjunto e evoca também nesse dia os seus mortos. Os sentimentos que devem reinar durante esta refeição são a paz e o amor entre todos. Rolando F. Silva


DESTAQUE 7

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NO NATAL, MANUEL PARDAL, DE 86 ANOS, TERÁ COMPANHIA

Na Serra, localidade da Freguesia de Penhascoso (Mação), estava uma tarde solarenga, mas fresca. Sentia-se um ligeiro vento misturado com o berrar das cabras. Visualizando-se apenas casas e campo, passava um senhor com as suas companheiras nos últimos anos, as suas muletas.

folhear lentamente uma ou outra revista e ouvir o que se passa no mundo pela rádio. “Tinha televisão, mas... aí sou um bocado infeliz. Tinha uma boa televisão, veio o caso de cortarem as televisões, ela liga e tudo, mas não dá imagem. Tinha outra a preto e branco, e que para mim já dava, mas agora cortaram-na também. Nem uma nem outra dá! É uma das coisas que me faz falta.” Referindo-se, sem saber, à instalação da Televisão Digital Terrestre (TDT), explica como a falha das redes na localidade faz os mais velhos sentirem-se mais isolados e sozinhos.

Sandra Eunice Reis

Manuel Lopes Pardal, 86 anos, viveu desde sempre nesta localidade. Com o passar do tempo a família foi crescendo e migrando acabando por ficar, ali, a viver sozinho. Faz questão de dizer que tem a sorte de poder ver a família

regularmente, e a época de Natal não será exceção. Trabalhou em tudo o que envolvia o campo e a agricultura. “Trabalhei em muita coisa e tudo rendeu pouco. A minha vida foi muito pesada, mas vivia feliz” - afirmava Manuel, com um olhar vivo, enquanto fazia a sua caminhada diária. A última vez que se recorda de ter feito e enfeitado uma árvore de Natal em sua casa foi já há 12 anos. Desde então que o passar do tempo de Manuel é, quando o clima o permite, a fazer a sua caminhada de rotina, embora a maior parte do seu tempo seja passado em casa, a

• Manuel Pardal caminha até à associação que lhe dá apoio

Sandra Eunice Reis

“Não estou abandonado”

• A última vez que fez a árvore de Natal foi há 12 anos O tempo passa, o sol começa a desaparecer, e por nós ainda não havia passado uma só pessoa. Questionado sobre a falta de gente, este senhor diz : “Graças a Deus, não estou abandonado.” Mas, numa grande maioria, a pequena população, praticamente toda, “tem mais de 80 anos e vivem muito sozinhos”. A noite de Natal e toda esta época festiva é passada por alguns, entre família. Para todos aqueles em que tal não é possível acontecer, o Lar de Penhascoso tem vindo a ajudar toda esta população a passar o tempo. Para além de levarem as refeições de alguns habitantes, ao domicílio, este lar oferece momentos de convívio a estes idosos através de algumas atividades de passeio e festas de época, conseguindo que estejam acompanhados, distraídos, divertidos e que, por

momentos, esqueçam a solidão, os anos que passaram e os que ainda faltam vir. “O Lar oferece-nos muito carinho e há dias nos ofereceu uma festa. Combinaram fazer-nos uma outra para o Natal. Sempre dá um bocadinho de alívio e animação à gente, verse uns aos outros”, explica Manuel Pardal. Já passavam mais minutos do que o previsto e o Sr. Manuel ainda ia a meio da sua caminhada depois de ter vindo aproveitar o sol de inverno e ver os ares da Associação ARCOS, sítio onde as festas são organizadas e onde por momentos lá se cruzam com uma ou outra pessoa. No entanto, parecia que embora o frio e o cansaço já se sentissem, não queria abandonar a companhia que tinha encontrado: “Eu tenho de lhe agradecer por este bocadinho de conversa. Faltam

caras novas por este lado.” Ao fim do dia, numa busca para tentar encontrar respostas sobre o que é o Natal das pessoas que vivem em locais mais desertificados, mais isoladas, mais sozinhas, o Sr. Manuel partilhou a sorte que ainda tem por ter uma família que olha por ele. Mas também referiu a falta desse apoio mais íntimo a muitos dos que ali vivem. A última pergunta feita a Manuel Pardal foi a respeito do que desejava ver neste Natal e a resposta saiu-lhe sincera, tal qual como o seu olhar: “Falta juízo na juventude. Não só pelo Natal, mas em todas as alturas. Falta terem a garra que os pais e os avós tiveram. Quando isso acontecer, de certeza que os velhos vão ser mais respeitados e não vão ficar tão sozinhos como estão hoje.” Sandra Eunice Reis

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8 AUTARQUIAS

DEZEMBRO 2014

Orçamento de 9,5 milhões de Vila Nova da Barquinha expressa “conjuntura económica” A Câmara de Vila Nova da Barquinha aprovou o orçamento municipal para 2015, de 9,5 milhões de euros e que expressa “as condicionantes legais e da conjuntura económica”, disse o presidente da autarquia, Fernando Freire, do PS. O documento, aprovado com o voto contra do PSD, representa uma diminuição em relação a este ano, quando o orçamento foi de 11 milhões de euros. O presidente da autarquia afirmou que um dos princi-

pais objetivos orçamentais é procurar “melhorar a aderência dos orçamentos à capacidade real de execução física e financeira”. O autarca defendeu a “urgência de atuar ao nível social, de forma a proporcionar um maior bem-estar às famílias que estão em situações mais desprotegidas”. Por isso, as apostas “mais significativas” para o próximo ano centram-se nas políticas sociais e nos estímulos à criação de emprego, além do investimento no setor tu-

rístico, um dos “principais vetores nas Grandes Opções do Plano de 2015 e um dos mais importantes motores na geração de riqueza regional e nacional”. Uma loja social, um ninho de empresas, a remodelação da Escola D. Maria II e a conclusão do novo pavilhão desportivo, a par da criação de um projeto de ciclovias e outro de percursos ribeirinhos, são alguns dos projetos apontados no documento. Outras apostas são a intervenção ao nível dos arranjos

paisagísticos do Castelo de Almourol, um investimento ao nível de conteúdos de musealização daquela fortaleza (monumento nacional), um projeto de equipamento, infraestruturação e programação do Parque de Esculturas de Arte Contemporânea e a criação de um Centro de Interpretação Templário. Em matéria de impostos, a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha vai devolver os 0,5% do Imposto sobre o Rendimento Singular

(IRS) aos munícipes e vai isentar as empresas instaladas no concelho do pagamento da derrama, imposto municipal sobre o lucro tributável em sede de Imposto sobre o Rendimento Coletivo (IRC). A medida, que visa ser um “incentivo à criação de emprego e ao aumento da competitividade” no concelho, vigorará a partir de 01 de janeiro de 2015. Fernando Freire assegurou que o município é de “boas contas”, com uma “execução orçamental a rondar os

75%, um prazo médio de pagamento a fornecedores de 11 dias e uma capacidade de endividamento na ordem de um milhão de euros”. “Os condicionamentos existentes obrigarão o executivo a um rigor de gestão”, notou, assegurando que esses limites “não serão impeditivos de aposta em áreas-chave e que se impõem face ao presente contexto do concelho, dos seus cidadãos e do país”. MRF

Recursos da autarquia de Constância espelhados em 6,3 milhões de euros

A Câmara Municipal do Sardoal aprovou um orçamento de 6,9 milhões de euros para 2015, que será “ajustado em termos de projetos estruturais” quando abrirem candidaturas ao novo quadro comunitário de apoio. O orçamento sofre uma redução global da despesa na ordem de 1,4 milhões de euros, menos 17% em comparação com o plano e orçamento de 2014, documento que contou com os votos contra do PS e a abstenção do Grupo de Independentes do Sardoal (GIS). “É um orçamento com o rigor da boa gestão e que incorpora um conjunto de investimentos que queremos realizar, uns com as verbas próprias da autarquia, outras com o recurso ao novo quadro de apoio comunitário”, disse à Antena Livre o presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges, do PSD. “Vamos reforçar o apoio social à comunidade mais desfavorecida, com o alargamento da gratuitidade das refeições a todas as crianças dos jardins de infância e escolas do 1.º e 2.º ciclos do concelho, iniciar a revisão do Plano

A Câmara Municipal de Constância aprovou um orçamento de 6,3 milhões de euros para 2015, um documento que “espelha os recursos do município”, segundo a presidente da autarquia, Júlia Amorim, da CDU. No documento, que foi viabilizado com os votos a favor dos três eleitos da CDU e a abstenção dos dois vereadores do PS, pode ler-se que, “apesar do condicionamento gerado pela indefinição relativa aos fundos comunitários”, o orçamento para 2015 “teve em conta o planeamento estratégico que a autarquia está a definir” com vista à preparação do novo quadro de investimentos comunitários. “Um planeamento que se desenvolve em sintonia com as macroestruturas onde o município se insere, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Centro e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo”, precisou Júlia Amorim. Segundo a autarca, o documento “reflete também a conclusão de alguns investimentos ainda em curso”, decorrentes do Quadro de

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Paulo Sousa

Sardoal aprova orçamento de 6,9 milhões condicionado aos fundos comunitários

Sardoal vai alargar gratuitidade das refeições a todas as crianças dos jardins de •infância e escolas do 1.º e 2.º ciclos

Diretor Municipal (PDM), investir na melhoria da eficiência energética, e melhorar a mobilidade e acessibilidades na zona histórica e no edifício dos Paços do Concelho”, disse o autarca. Miguel Borges fez notar que existe ainda um conjunto de projetos estruturais dependentes do próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA), que “estão prontos a submeter a candidatura”, e que deverão conduzir a uma “alte-

ração e ajustamento do atual plano” de investimento. “Sabemos o que queremos e estamos prontos para avançar com os projetos. Ainda não sabemos é como os vamos concretizar, devido a esta fase em que se aguarda pela definição das regras de acesso ao novo quadro de fundos comunitários e abertura de candidaturas”, notou. Nesta vertente, Miguel Borges destacou a requalificação do parque escolar, a

criação de um Centro de Estudos e Interpretação do Património, a requalificação da zona industrial do Sardoal, e a implementação do Arquivo de Memória, a par do estudo e promoção da marca Sardoal. O autarca sublinhou o seu “agrado pela novidade em termos de acesso aos fundos comunitários”, tendo destacado o “alargamento temporal” dos anúncios de candidatura. MRF

Referência Estratégico Nacional, dos quais se destaca a construção do Centro Escolar de Montalvo, um equipamento que se junta aos outros dois centros escolares do concelho (Constância e Santa Margarida da Coutada). O orçamento para 2015 destaca que o apoio social às populações “continuará na linha da frente das preocupações” do atual executivo, bem como o empenho na manutenção do parque escolar. A autarquia também vai manter o apoio a coletividades, a instituições de solidariedade social e aos Bombeiros Voluntários de Constância – neste último caso “de forma mais intensa” – e a investir no Parque Ambiental de Santa Margarida e do Centro Ciência Viva - Parque de Astronomia. “É um orçamento que espelha a nossa realidade e que, apesar dos constrangimentos orçamentais, visa o contínuo progresso e a melhoria da qualidade de vida da população”, defendeu a autarca comunista. MRF


REGIÃO 9

DEZEMBRO 2014

O prazo da primeira fase das obras na ponte rodoviária sobre o rio Tejo em Abrantes foi alargado, segundo a informação das Estradas de Portugal (EP), veiculada pela Câmara Municipal. A circulação de pesados vai assim manter-se até ao início da segunda fase, cuja data de arranque ainda está por divulgar. João Caseiros Gomes, vereador com o pelouro das obras na CM de Abrantes, explicou que “durante esta primeira fase, não haverá nenhuma alteração ao trânsito. Já no início da segunda fase, a circulação ficará condicionada aos veículos de pesados e a Câmara irá informar com antecedência necessária, para que todos os munícipes e o setor empresarial se possam organizar”.

O presidente do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Abrantes (SMAS), Manuel Jorge Valamatos, anunciou ao JA que já foi concluída toda a intervenção na estrada 358 de Mouriscas, que estava a ser alvo de obras de restruturação. Devido aos problemas estruturais com o saneamento efetuado na freguesia, levado a cabo por duas empresas, a estrada acabou por abater. Entre processos burocráticos e entendimento entre partes, a empreitada acabou por ter a duração de cerca de seis meses. “Devido aos problemas no saneamento, foi feita uma retificação no coletor central, mas também em quase todos os ramais de ligação que ficaram mal colocados. Já a estrada que acabou por

Sandra Eunice Reis

Ponte Abrantes: primeira fase de obra foi alargada

PROBLEMA COM O SANEAMENTO CHEGA AO FIM

Na segunda fase das obras a circulação dos veículos •pesados ficará condicionada

“A informação que temos é que este alargamento da primeira fase não levará a um prolongamento geral da obra”, adiantou João Caseiro

Gomes, acrescentando que “esta fase está a incidir no reforço dos pilares, onde estão a ser colocadas micro estacas desde o tabuleiro à

estrutura do pilar”. Em nota de imprensa, a CM de Abrantes esclarece ainda que até ao momento não se verificou, no decorrer da obra, qualquer problema na circulação das viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) do Médio Tejo. O posto de atendimento da CM de Abrantes, com instalações no pólo da União das Freguesias do Rossio ao Sul do Tejo, foi encerrado. Segundo a autarquia, não houve afluência da parte dos munícipes que justificasse o seu funcionamento. A empreitada, a cargo das Estradas de Portugal, representa um investimento de 2,9 milhões de euros e vai ter uma duração de 540 dias, cerca de ano e meio. Joana Margarida Carvalho

Obra na estrada de Mouriscas já foi concluída abater também foi restruturada nestes últimos meses”, explicou o presidente. “No nosso entendimento, as duas empresas que estiveram a trabalhar nesta obra não se entenderam. Neste sentido, os SMAS tiveram de intervir fazendo uma articulação entre as partes envolvidas no processo”, adiantou Manuel Jorge Valamatos, acrescentado que, “neste momento, a estrada está completamente requalificada e pensamos que estão asseguradas todas as condições de segurança”. Recorde-se que o arranjo da estrada 358 já era uma revindicação antiga da população da freguesia que vinha apelando para a resolução do problema. JMC

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10 REGIÃO

DEZEMBRO 2014

Vila de Rei vai criar em cinco anos mais 100 postos de trabalhos com novas respostas sociais estão a funcionar seis lares para prestação de cuidados permanentes a idosos, uma unidade de cuidados continuados e a Fundação João e Fernanda Garcia, que presta atividades de apoio social para pessoas com deficiência, o que resulta em 400 postos de trabalho diretos na prestação de cuidados de saúde.

O concelho de Vila de Rei vai acolher três novas infraestruturas de solidariedade social, um investimento na ordem dos 6 milhões de euros e que vai possibilitar a criação de 103 novos postos de trabalho.

O projeto, privado, prevê a criação de três respostas sociais no concelho de Vila de Rei na área da deficiência e saúde mental, nomeadamente uma unidade de cuidados continuados de saúde mental, com capacidade para 32 utentes, um centro de atividades ocupacionais, para 50 utentes, e um lar residencial com capacidade para acolher 48 pessoas com deficiência. “É um projeto extremamente importante para a economia local, pelo dinamismo que acresce ao concelho e pelo reforço do papel

Vila de Rei reforça apoios à natalidade com subsídios à fertilização in-vitro

do concelho de Vila de Rei no que respeita à sua especialização na área social, mas, e sobretudo, pela criação de postos de emprego, muitos deles qualificados”, destacou o autarca.

O projeto global fixa, através do protocolo, o início da construção no prazo de dois anos e a conclusão do mesmo no prazo de cinco anos, e prevê a criação de 103 postos de trabalho, repartidos pela

Unidade de Cuidados Continuados de Saúde Mental (48 funcionários), pelo Centro de Atividades Ocupacionais (18 funcionários), e Lar Residencial (37 funcionários). No concelho de Vila de Rei

A Câmara de Vila de Rei vai reforçar os apoios municipais de apoio à natalidade tendo aprovado um apoio adicional de 1 500 euros aos casais que necessitem de recorrer ao método de fertilização in-vitro Segundo a tabela definida pela autarquia para o regulamento de Apoio à Fixação

da População Jovem, os valores a atribuir são de 750 euros por casamento, 750 euros pelo nascimento do 1º filho, 1000 euros pelo nascimento do 2º filho, e 1250 euros para o terceiro e seguintes, acrescida agora de 1 500 euros para os casos onde tenha havido recurso à fertilização invitro. O presidente da Câmara de Vila de Rei, Ricardo Aires, do PSD, disse ao JA que “a luta contra a desertificação continua a ser uma das principais apostas” da autarquia, tendo feito notar que o novo subsídio vem juntar-se às medidas de apoio às famílias implementadas no concelho e que levaram Vila de Rei a ser considerado um dos ‘Municípios + Familiarmente Responsáveis’ pelos últimos seis anos consecutivos. Mário Rui Fonseca

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo aprova orçamento de 4,5 milhões para 2015 A Assembleia Intermunicipal do Médio Tejo aprovou o orçamento da Comunidade Intermunicipal para 2015, de 4,5 milhões de euros, destinado à conclusão de projetos do atual quadro comunitário e ao arranque de outros no âmbito da estratégia 20142020. O secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Miguel Pombeiro, disse à Antena Livre que as Opções do Plano e Orçamento para 2015, aprovadas no dia 25 de novembro, se apresentam num contexto de transição de ciclo, em que decorre a consolidação e conclusão de alguns projetos intermunicipais que se encontram em execução no âmbito do QREN, e simultaneamente se avança com a operacionalização da estratégia futura do Médio Tejo para o período de programação estrutural 2014-2020. Miguel Pombeiro realçou que o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Médio Tejo 2014-2020 aponta cinco áreas prioritárias de intervenção: valorização dos recursos endógenos e do poten-

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cial turístico, incorporação de valor na atividade empresarial, promoção da coesão e da qualidade de vida, consolidação da massa crítica e urbana e governação inteligente e multidimensional. Entre os novos projetos, a CIMT destaca as ações de “marketing territorial”, as que visam a programação cultural e a formação de novos públicos, a “educação de excelência” e a formação de nível superior, nomeadamente através do programa Erasmus +, o empreendedorismo, a aquisição de Unidades Móveis de Saúde, a criação do Observatório da Mobilidade. Na área da mobilidade, Miguel Pombeiro referiu “que esta é uma área onde estamos a ganhar competências, com o projeto Transporte a Pedido e onde temos previsto o desenvolvimento do estudo em todos os outros concelhos que compõe a CIMT, à exceção do Entroncamento”. O secretário executivo disse ainda que está prevista a “criação de uma estrutura regional de caminhos e ciclovias promovendo os modos suaves de mobilidade”. Refere

ainda a regeneração e reabilitação urbana, a promoção da eficiência energética nos edifícios públicos, o apoio à modernização administrativa local, a gestão e ordenamento do território, a gestão integrada de proteção civil e florestas, a monitorização ambiental e a operacionalização e monitorização do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Médio Tejo 2020. Sobre a área cultural, Miguel Pombeiro adiantou que é pretensão da CIMT “a criação de uma programação cultural regional que crie uma lógica intermunicipal, de formação de novos públicos, exaltando o que está acontecer no Médio Tejo, onde seja possível ter uma agenda que irá envolver todos os municípios da CIMT”. Por último, o secretário executivo destacou a área da educação e adiantou que a CIMT pretende “ trabalhar no desenvolvimento e promoção da cultura científica nas escolas, na área do abandono escolar e na construção de uma eventual Carta Educativa Regional”. JMC/MRF


REGIÃO 11

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SETE ANOS DEPOIS

Cinema comercial regressa a Abrantes integrado em projeto social As exibições regulares de filmes considerados comerciais regressaram a Abrantes no dia 27 de novembro, depois de, em 2007, a Câmara Municipal ter decidido acabar com o cinema devido a médias baixas de espetadores e ao elevado custo de exibição.

Até agosto de 2007, a exibição em salas de cinema de Abrantes de filmes recentes, ou em estreia, decorreu no cineteatro São Pedro, com capacidade para cerca de 600 pessoas, tendo a autarquia, gestora do espaço, decidido acabar com o cinema devido à “falta de espetadores” e ao “elevado custo de exibição” dos filmes comerciais mais recentes. Uma outra sala de cinema,

situada no Edifício Millenium, na Urbanização Vale de Rãs, de gestão privada e com capacidade para 120 espetadores, haveria de fechar pouco tempo depois, mas por motivos de insegurança, com atos de vandalismo e desacatos frequentes. Sete anos depois, a autarquia reativou a sala de cinema instalada no Edifício Millenium, com sessões diárias de cinema comercial, iniciativa concretizada através de concessão e que ocorre no âmbito de um projeto social do município denominado “Bairro Convida”, representando um investimento na ordem dos 200 mil euros. “É um momento importante para a cidade a vários níveis, desde logo em termos cultu-

rais, pelo regresso do cinema à cidade, com os filmes tidos como comerciais, e, por outro lado, pela dimensão do projeto de cariz social que está associado”, disse ao JA a presidente da Câmara de Abrantes. “O cineteatro São Pedro continua a ter o seu espaço para atividades no âmbito da música, dança e teatro, mas a reabertura do espaço Millenium vai dar resposta a quem procura filmes novos, ou em estreia, em Abrantes, e tem de se deslocar a outras cidades”, notou Maria do Céu Albuquerque. A exibição de filmes alternativos, ou não comerciais, que tem decorrido nos últimos anos no cineteatro São Pedro, sob organização do cineclube

Espalhafitas, deve também decorrer futuramente no espaço Millenium, disse ainda a autarca, que assegurou já ter informado os responsáveis da Associação Palha de Abrantes dessa pretensão. Por outro lado, realçou, o cinema é “estratégico” no âmbito do projeto social que o incorpora, e “autossustentável”, na medida que a sala é mais pequena, e com custos muito menores em termos de gestão, manutenção, limpeza e aquecimento do espaço. A Câmara vai coordenar a dinamização dos espaços comerciais do edifício Millenium, assegura o pagamento do condomínio (70 mil euros para dois anos), gás, água, energia elétrica e segurança, renovou a sala de cinema e

adquiriu um projetor digital (50 mil euros) e todo o material necessário ao funcionamento do projeto. “O investimento global é de 200 mil euros, para os dois anos iniciais de implementação do projeto Bairro Convida, sendo que a EDP Produção contribui com 150 mil euros no âmbito de um protocolo para municípios eletroprodutores e para projetos de coesão social”, assinalou a autarca. Além dos vários parceiros envolvidos, a autarquia conta ainda com a parceria do Conselho Municipal de Segurança, desempenhando todos eles um papel ativo no apoio ao desenvolvimento do projeto e à sua monitorização e avaliação.

O objetivo do projeto passa por reativar a sala de cinema, criar um centro comunitário de porta aberta, gerido por duas associações juvenis e de solidariedade, reabrir a antiga pastelaria existente no edifício, e que vai ser utilizada como polo de formação da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA), no seu curso de hotelaria, entre outras medidas. Os objetivos da intervenção passam por “contribuir para a integração dos indivíduos nas respetivas comunidades”, e por um projeto que visa a “alteração das dinâmicas sociais e económicas” do bairro Vale de Rãs, uma das zonas residenciais mais povoadas da cidade. Mário Rui Fonseca

Mesmo tendo estado fechada durante sete anos, a sala de cinema do Millenium não precisou de nenhuma intervenção especial para voltar a funcionar. Em termos práticos, bastou uma limpeza. Juntando a vontade da autarquia e a aposta de um empresário do setor audiovisual, a sala voltou a abrirse para proporcionar cinema comercial aos abrantinos, perto de casa. Na noite de 27 de novembro, a sessão inaugural foi gratuita, tanto para entidades oficiais convidadas como para aqueles que, ávidos de cinema, solicitaram as suas entradas. Sozinhos, com a família ou com amigos, do

centro da cidade ou de freguesias um pouco mais afastadas, os abrantinos que marcaram presença na reabertura do cinema Milleninum estavam claramente satisfeitos com a novidade. Alexandra Pires, empresária de Abrantes, estava “curiosa e expectante”. A falta de cinema comercial em Abrantes “era uma lacuna e os miúdos queixavam-se bastante”. A filha, que estuda fora, poderá agora aproveitar as sessões de fim de semana. Aliás, os jovens, que marcaram forte presença na sessão inaugural, são dos principais interessados no cinema em Abrantes. Ana Silva tem 16 anos e

ainda se lembra de ir ao Millenium “ver os bonecos dos meninos pequeninos”. Decidiu ver o filme inaugural – Interstellar – porque viu o ‘trailler’ e gostou. Estava acompanhada por um grupo de amigos e tinha por hábito ir ao cinema a Torres Novas. Mas “em Abrantes é muito mais fácil e implica menos gastos”. Paula Gaudência, de 42 anos, referindo que “é uma pena estar tudo a acabar”, reconhecia que o regresso do cinema “é bom para a cidade”, mas sobretudo “importante para a juventude”. Com 50 anos, Joaquim Baptista Estriga, do Carvalhal, mesmo não sendo um frequentador assíduo de ci-

nema, estava satisfeito com a novidade:“Fico contente, porque sou daqui e acho que faz falta cinema na nossa área.” Gostou do filme exibido, sobretudo por causa dos atores e por não ter “aquela violência”. Vai continuar a ir ao cinema no Millenium, até porque, de vez em quando, gosta “de ir ao imaginário”. Francisco Oliveira, do Pego, foi à primeira sessão acompanhado pela mulher e pela filha, Joana. Gostam especialmente de ficção científica e, por isso, o primeiro filme foi “uma boa escolha”. Antes frequentavam o cinema do Millenium, e na altura, receberam “com tristeza a notícia do fecho”. Nos últimos tempos

Sandra Eunice Reis

“É muito mais fácil e implica menos gastos”

Os abrantinos que assistiram à reinauguração do •cinema estavam claramente satisfeitos

viam cinema sobretudo em Torres Novas ou em Lisboa, no caso de Joana, quando lá estudava. Francisco remata com um desejo: “Esperemos que continue aberto durante muito tempo, para não termos que nos deslocar tão longe.”

João Almeida, o empresário que agarrou o desafio de trazer filmes comerciais para Abrantes, espera que o número de espetadores corresponda às expetativas. E promete trazer os filmes “que as pessoas querem ver”. HCS

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Município de Vila Nova da Barquinha revoga alvará de suinicultura

A presidente da Câmara de Abrantes anunciou que a implementação das diversas estruturas do Aquartelamento de Apoio Militar de Emergência (RAME) vai decorrer nas instalações da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em janeiro, com um total de 473 militares efetivos. O quartel militar de S. Lourenço, em Abrantes, onde nos últimos anos esteve instalada a EPC, vai ser a base operacional do RAME, uma força militar de apoio civil que terá a missão de prestar apoio às populações em caso de catástrofes, ou à Proteção Civil, sempre que seja acionado para qualquer teatro de operações a nível nacional. Para lá da estrutura base, o RAME vai ter um Agrupamento Sanitário (AgrSan) com 134 efetivos a instalar em Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, mas dependente do comando do Regimento em Abrantes, a cerca de 30 quilómetros de distância. Em Abrantes ficarão as com-

Os maus cheiros e a falta de licença ambiental levaram a Câmara de Vila Nova da Barquinha a deliberar a revogação do alvará de autorização de uma suinicultura a laborar junto à sede do concelho. “Uma recente inspeção detetou irregularidades na exploração, nomeadamente descargas para linhas de água sem qualquer tipo de tratamento e a falta de barreiras retentoras de maus cheiros”, disse à Antena Livre o presidente da autarquia, Fernando Freire, do PS, factos que poderão estar na origem dos odores incómodos para a população.

Sandra Eunice Reis

Abrantes recebe Aquartelamento de Apoio Militar de Emergência (RAME) em janeiro

Antiga Escola Prática de Cavalaria vai ser base operacional da força •de Aapoio civil, com 473 militares efetivos

ponentes fixas e operacionais do sistema de forças, com 78 efetivos afetos ao RAME, oito militares na Unidade de Apoio Militar de Emergência (UAME) e 175 efetivos na Companhia de Reabastecimento e Serviços (CReabSvc). O documento refere ainda um elemento destacado para o Comando da Companhia Geral de Cooperação Civil e Militar, dez militares para

o destacamento de Cooperação Civil e Militar do Exército, e 67 para uma Companhia de Engenharia de apoio militar de emergência, num total de 339 elementos. Em nota de imprensa, a presidente da autarquia Maria do Céu Albuquerque, do PS, disse que a informação resultou de uma reunião com o ministro da Defesa Nacional, AguiarBranco, tendo acrescentado

que a estrutura desta nova unidade será repartida entre Abrantes e Tancos, mas dependente do comando do Regimento em Abrantes. A implementação das diversas estruturas do RAME ocorrerá a partir de janeiro de 2015, sendo do Exército a responsabilidade pela sua operacionalização, acrescenta a mesma nota.

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CM Abrantes

• Novo equipamento está inserido no âmbito do projeto Percursos Ribeirinhos ção enfrentam, onde tem sido difícil cumprir os prazos,” explicou a autarca. Assente numa laje, o novo edifício possibilita a passagem da água do rio sem degradar a estrutura e é composto por uma serie de valências como: um bar, um posto de primeiros socorros, estacionamento, instalações sanitárias, chuveiros, um espaço que recebe e

guarda as embarcações e ainda uma zona fluvial que permite a prática desportiva de atividade ligadas ao rio. Maria do Céu Albuquerque adiantou que aspiração da autarquia é que o espaço seja um marco de ligação entre o “concelho de Gavião a Constância e a VN da Barquinha e também a Lisboa e à nascente do rio em Espanha”.

“Todos os dias recebo re-

MRF

Autarquia de Vila de Rei reforça medidas de Prevenção Rodoviária

MRF

Estação de Canoagem de Alvega já está aberta ao público A CM de Abrantes anunciou a conclusão das obras na estação de canoagem de Alvega. Avaliada em 258 mil euros, o novo equipamento representa agora uma nova infraestrutura inserida no âmbito do projeto Rotas e Percursos Ribeirinhos do Tejo, sendo este o primeiro ponto de paragem no concelho de Abrantes. A empreitada, que teve o seu início a 8 de setembro de 2013, que tinha como prazo de execução seis meses, acabou por atrasar. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, explicou que um dos motivos esteve relacionado com o local onde se encontra a estação. “No ano passado a obra teve de parar devido à subida do rio. Foi uma obra que assumiu características diferentes e tudo isto atrasou o processo. A par disso todos nós temos sentido as dificuldades financeiras que as empresas de constru-

Queixas de cidadãos

clamações por parte de cidadãos que não podem com o mau cheiro”, vincou o autarca, tendo destacado as “péssimas condições de funcionamento” da suinicultura, com dois funcionários, dois pavilhões e cerca de 2.900 porcos, assim como a “caducidade das licenças” de funcionamento desde o início do ano. “Esta é, inevitavelmente, uma questão sensível para Vila Nova da Barquinha, um concelho que aposta no turismo e na qualidade de vida, e esperamos que, com esta decisão, possamos eliminar este problema de uma vez por todas”, frisou o autarca.

Integrado em espaço natural, “este é um equipamento que deve marcar e que deve ter todas as condições para receber os visitantes. Uma zona de promoção turística, de turismo ativo e de natureza, que vai possibilitar a realização do caminho do Tejo,” finalizou a presidente. Joana Margarida Carvalho

O município de Vila de Rei procedeu à colocação de novas passadeiras sobrelevadas e lombas de redução de velocidade em várias localidades espalhadas pelo concelho. Num investimento de cerca de 10 mil euros, a Câmara Municipal pretendeu com esta ação reforçar a segurança rodoviária nas estradas vilarregenses. “Surgiu esta necessidade de intervirmos devido aos pedidos de moradores que nos chegaram, e onde se assiste a uma condução e conduta automobilística fora das normas, onde o excesso de velocidade é uma constante,” explicou Paulo César, vice-presidente da autarquia. “Numa atitude de prevenir alguns acidentes que possam surgir, procedemos

assim à colocação de um conjunto de passadeiras e lombas de redução de velocidade,” adiantou. No decorrer dos trabalhos já se encontram efetuadas quatro passadeiras sobrelevadas, localizadas nas aldeias de Lagoa, Quinta das Laranjeiras e Cabeça do Poço. Em fase de execução encontram-se as passadeiras sobrelevadas nas aldeias de Silveira e São João do Peso, ainda por colocar, estão quatro lombas de redução de velocidade, três na aldeia de Silveira e uma Ladeira. Paulo César admitiu que a CM de Vila de Rei está analisar novos pedidos para outras intervenções rodoviárias. JMC


SAÚDE 13

DEZEMBRO 2014

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) saudou a “coincidência de objetivos” com o novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo no sentido de valorizar e melhorar a prestação de cuidados na região. Manuel José Soares, portavoz da CUSMT, disse à Antena Livre que a primeira reunião com o Conselho de Administração (CA) liderado por Carlos Andrade Costa, realizada no dia 25 de novembro, deu início a um processo de diálogo e que espera, dentro de três a quatro meses, um balanço das medidas preconizadas. A CUSMT apresentou “a visão” que vem preconizando em termos de cuidados de saúde na região, em particular o entendimento de que a articulação entre cuidados hospitalares, primários e continu-

ados é “basilar” para melhorar a qualidade e a proximidade dos serviços e a eficácia dos vários recursos, disse. Por outro lado, foi reafirmada a preocupação com a escassez de recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros, e com o “crónico subfinanciamento do CHMT”, acrescentou. Manuel José Soares saudou a postura da administração empossada em julho para valorizar a eficiência e a eficácia, apostando numa valorização das várias unidades do CHMT (Abrantes, Tomar e Torres Novas), não usando a questão financeira, de premência da redução do défice, como objetivo, “como aconteceu no passado”. O porta-voz da CUSMT disse ter sido dada a indicação de que existe abertura da tutela para o desbloqueamento da

Sandra Eunice Reis

Utentes da Saúde do Médio Tejo saúdam postura da nova administração do Centro Hospitalar

• Manutenção da maternidade em Abrantes continua a ser uma prioridade contratação de enfermeiros e de auxiliares de ação médica até ao final do ano, estando o CA do CHMT a procurar recuperar a possibilidade de formação de médicos em especialidades que perderam essa idoneidade. A comissão de utentes declarou a sua disponibilidade em fazer pressão para que

haja um reconhecimento de que esta é uma zona que deve ser alvo de discriminação positiva no acesso a incentivos que ajudem a atrair médicos, tendo em conta que se insere no grupo de zonas desfavorecidas em termos do rácio de médicos por número de habitantes, adiantou.

Manuel José Soares referiu ainda a indicação de que o novo Conselho Consultivo do CHMT deverá estar constituído até ao final do ano. Reconhecendo que “Roma e Pavia não se fizeram num dia” e que “as orientações do Ministério [da Saúde] e da Administração Regional de Saúde nem sempre vão ao

encontro à vontade da administração”, o porta-voz da CUSMT afirmou que esta estrutura “não vai largar mão nem desistir” do conjunto de questões que tem vindo a defender. Além da articulação de serviços e da contratação de profissionais, a CUSMT insiste no funcionamento das valências das Urgências, Internamento em Medicina Interna, Cirurgia e Pediatria nas três unidades hospitalares que integram o CHMT, como consta do abaixo-assinado que reuniu 30.000 assinaturas, frisou. Por outro lado, mantém a “defesa da manutenção da maternidade em Abrantes”, propósito que Manuel José Soares disse coincidir com a vontade manifestada na reunião pela administração do CHMT. Mário Rui Fonseca

Sandra Eunice Reis

Enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo suspendem greve de três dias

Os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo (Tomar, Torres Novas e Abrantes) decidiram suspender o préaviso da greve prevista para os dias 24, 25 e 26 de novembro, após o compromisso assumido pela administração para contratar profissionais, afirmou fonte sindical. Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse à Antena Livre que a suspensão da greve de três dias se deve ao compromisso de “contratação de 32 enfermeiros até ao dia 28 de novembro e regularização

imediata da situação dos enfermeiros subcontratados”. Por outro lado, acrescentou, a administração comprometeu-se a “encetar a negociação de um regulamento de horários específicos para os enfermeiros e a proceder ao levantamento das horas em dívida”, com a elaboração de um plano de pagamento. Segundo a dirigente do SEP, os enfermeiros decidiram em plenário determinar a data de 31 de dezembro como limite para que a administração cumpra não só estes compromissos como o da

promoção da harmonização salarial dos contratos individuais de trabalho (CIT), para que o ano de 2015 se inicie sem qualquer hora em dívida aos enfermeiros. “Caso contrário, realizaremos a greve nos dias 5, 6 e 7 de janeiro de 2015”, afirmou. A paralisação agora suspensa visava “contestar as subcontratações a três euros por hora, a ausência de dotações seguras, irregularidades na organização do tempo de trabalho e coação sobre os enfermeiros”. MRF

jornaldeabrantes


14 JUVENTUDE

DEZEMBRO 2014

O projeto inovador que envolve quatro turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, tem como principal promotor o Agrupamento de Escolas, com a parceria do Município, Nersant, Tagusvalley, Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) e Associações de Pais.

Cerca de 100 alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, participantes no projeto “Empreendedorismo na Escola”, foram recebidos na Câmara Municipal, no dia 25 de novembro, onde o presidente do executivo camarário, Fernando Freire, do PS, anunciou a criação do “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, uma medida inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico “Barquinha 2020”. Os participantes na iniciativa visitaram, na ocasião, duas empresas a laborar no Centro de Negócios de Vila

Nova da Barquinha – Gonfersol e Espaço Mecânico. Seguiu-se uma passagem pela Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha, onde os jovens empreendedores ficaram a conhecer o processo de constituição de uma empresa. Fernando Freire, presidente da autarquia, foi o anfitrião da cerimónia protocolar realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com palavras de incentivo aos pequenos empresários, tendo lançado também o desafio aos alunos para que participem no “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, cujos resultados serão anunciados no final do ano letivo. O Agrupamento de Escolas anunciou também uma iniciativa inédita no âmbito deste projeto – a criação de um “Viveiro de Empresas” em ambiente escolar, ou seja, existirá um espaço na escola destinado ao efeito, com meios e equipamentos próprios. Desafiar os jovens a pensar

Mário Rui Fonseca

Vila Nova da Barquinha anuncia Prémio Municipal de Empreendedorismo

• Fernando Freire deixou palavras de incentivo a potenciais empreendedores e criar empresas enquanto estudantes desde tão tenra idade, num espaço próprio, é uma medida anunciada como pioneira em Portugal. Marcaram presença nesta cerimónia o presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha, Rui Picciochi, a Diretora do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, Antó-

nia Coelho, o representante da Tagusvalley, Homero Cardoso, o representante da CIMT, Hugo Rodrigues, entre autarcas, empresários e professores.

Vila de Rei recebeu “Empreendedorismo no Centro de Portugal” A equipa do CLDS+ de Vila

de Rei, em parceria com a Câmara Municipal, organizou, de 19 a 21 de novembro, a iniciativa “Empreendedorismo no Centro de Portugal” que deu especial destaque à importância da qualificação e empreendedorismo para a obtenção de emprego. Ao longo dos três dias da iniciativa, foram vários os painéis alusivos a estas temáti-

cas e que contaram com oradores de instituições como o Instituto de Formação Profissional, Pinhal Maior, NERSANT, Grupo Gesbanha, NERCAB e vários empresários do concelho de Vila de Rei. As sessões tiveram lugar na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires e na E.B.I. do Centro de Portugal, onde os alunos puderam ainda participar na “Feira das Profissões”, com representações dos Institutos Politécnicos de Tomar, Castelo Branco e Portalegre. O presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires, esteve igualmente presente na iniciativa enquanto moderador de um dos painéis, onde destacou “a vontade e coragem dos empresários vilarregenses para se imporem e vencerem no interior do país. Este investimento na criação de empresas e emprego é de extrema importância para a evolução positiva da economia do nosso concelho”, destacou. Mário Rui Fonseca

ENCONTRO NACIONAL DA FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES JUVENIS DO DISTRITO (FAJUDIS)

Os jovens do distrito de Santarém privilegiam as relações afetivas relativamente aos bens materiais e os estudos e o emprego estão no topo das suas preocupações, revelou o presidente da Federação das Associações Juvenis do distrito (FAJUDIS).

“É um dado que nos surpreendeu, até pelo número de jovens que a destacaram, mas o certo é que uma maioria significativa dos jovens aponta as relações afetivas como o fator mais importante para o seu bem-estar, em detrimento dos bens materiais”, disse à Antena Livre Jorge Claro, à margem do encontro nacional de associações juvenis que decorreu entre 20 e 22 de novembro em Fátima. O encontro, que reuniu

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mais de 200 jovens de todo o país, debateu a temática “Percursos de Mudança – Dar o Salto”, tendo a FAJUDIS – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, com sede em Constância, divulgado os resultados de um trabalho de auscultação, realizado ao longo do ano, junto de escolas e associações juvenis sobre solidariedade, politica e emprego. “O número de jovens mantém-se estável em termos de participação em atividades associativas, apesar de estarem mais preocupados com os estudos, o emprego e a precariedade do trabalho no seio familiar, e de revelarem algum ceticismo relativamente ao aproveitamento político dos seus anseios e opiniões”, destacou Jorge Claro.

Sandra Eunice Reis

Jovens de Santarém não estão motivados para a política mas gostam de participar

Jorge Claro: “Os jovens, apesar de tudo, gostam de envolver-se na vida das associações”

O inquérito revelou uma percentagem considerável de jovens que afirma “não se sentir motivado ou fascinado para a política por entenderem que está tudo decidido e que a sua opinião não conta”, revelou o dirigente associativo, tendo observado que os

municípios que já implementaram orçamentos participativos “revelam-se como casos de processos muito participados em termos de envolvência juvenil”. “Os jovens, apesar de tudo, gostam de envolver-se na vida das associações, e os

que não participam referem no estudo que nunca tinham pensado no assunto, ou que nunca foram convidados”, sublinhou Jorge Claro. O presidente da FAJUDIS disse ainda que existe um “défice de penetração da informação” ao nível dos programas juvenis disponíveis -“existe mais informação mas menos conhecimento” -, um assunto que defendeu merecer “atenção e reflexão.” Autarquia disponibiliza nova sede à Federação Juvenil no centro histórico da vila A Câmara Municipal de Constância e a FAJUDIS – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém, assinaram no dia 23 de novembro um protocolo de colaboração com vista à criação de um Fórum Associativo e de Juventude e à instalação

da nova sede da FAJUDIS – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém -, no centro histórico da vila. A Federação das Associações Juvenis do Distrito de Santarém e o Fórum Associativo e de Juventude passam assim a funcionar na rua Luís de Camões, no antigo Centro de Empresas de Constância. O novo espaço disponibiliza três salas, uma para atendimento e informação, outra para reuniões e ações de formação, e uma terceira sala multifunções, equipada com recursos tecnológicos e audiovisuais, como computadores, televisão, internet, fotocopiadora e videoprojetor, entre outro material informático. Mário Rui Fonseca


TURISMO 15

DEZEMBRO 2014

Jornadas de Enoturismo em Abrantes Festival do Azeite, Migas, Almeirão e Enchidos de regresso a Mação

Em Vila Nova da Barquinha o azeite está em destaque

Até ao dia 31 de dezembro, Mação vai promover o 4º Festival Gastronómico dedicado ao Azeite, às Migas, ao Almeirão e aos Enchidos. Vão participar neste festival nove restaurantes do concelho de Mação que aderiram à iniciativa e que vão apresentar, durante um mês, pratos que incluam azeite, almeirão, migas e enchidos. Este é um festival dedicado aos aman-

O município de Vila Nova da Barquinha, em parceria com nove restaurantes, está a realizar até ao dia 14 de dezembro a mostra gastronómica “À mesa com azeite”. A iniciativa, que se realiza há 14 anos consecutivos, apresenta como sugestões para degustação petingas no forno com azeite, o bacalhau à la-

tes da cozinha típica associada ao meio rural em que Mação é muito rico. Os restaurantes regionais que aderiram a esta iniciativa são: Restaurante Avenida (Pica-Fino), Café Restaurante da Recta, Casa Velha, O cantinho, O Godinho, Solar Do Moinho, O Pescador, Casa Cardoso (Envendos), Dona Flor (Penhascoso) e Solar Do Moinho (Cardigos).

gareiro, a sopa de couve com feijão, o polvo à lagareiro, entre outras. Em nota de imprensa, o município de Vila Nova da Barquinha refere que o azeite sempre foi um importante motor da atividade económica concelhia, chegando ali a laborar cerca de duas dezenas de lagares.

Os projetos que valorizem produtos endógenos, como o vinho ou o enoturismo, “irão ter prioridade” na aplicação dos apoios comunitários até 2020, defendeu a presidente Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Ana Abrunhosa, na apresentação das IV Jornadas de Enoturismo, subordinadas ao tema “O Centro de Portugal como destino de enoturismo”, defendeu que o programa “tem os ingredientes todos para ajudar os atores do território a terem visibilidade”. As Jornadas vão decorrer em Abrantes e Tramagal (na Quinta Casal da Coelheira), nos dia 10 e 11 de dezembro. Esta e outras iniciativas idênticas, associando o turismo

ao vinho, ao património ou à religiosidade, por exemplo, visam “responder às novas tendências que o mercado coloca”, disse Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro. As Jornadas de Enoturismo “ajudam-nos a trazer coesão ao território e a aproxima territórios que até aqui não tinham relação entre si”. A presidente da Câmara de Abrantes e da CIM do Médio Tejo, Maria do Céu Albuquerque, reconheceu que o seu concelho e a região, num passado recente, “não tinham grande fama na produção de vinho”. Mas a aposta na vitivinicultura permite atualmente “produzir uma percentagem bastante grande” para a exportação. Lusa

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16 PATRIMÓNIO

DEZEMBRO 2014

A divulgação das componentes naturais, históricas e culturais do rio Tejo e a sensibilização das comunidades para a sua valorização e conservação, é o objetivo de um jogo didático apresentado e distribuído na Escola Básica 2,3/S de Mação. MÁRIO RUI FONSECA

No jogo de tabuleiro, escrito em português e espanhol e desenvolvido pela parceria Tejo/Tajo Vivo - Rede para a Revalorização dos Territórios Vinculados ao Tejo, plataforma constituída por 18 associações ibéricas de desenvolvimento local, os jogadores têm de responder a perguntas relacionadas com este recurso, promovendo o conhecimento dos troços do Tejo

em cada região por parte dos seus habitantes. “Este jogo didático sobre o Tejo é direcionado para o público infanto-juvenil dos dois países que o rio atravessa, Portugal e Espanha”, disse à Antena Livre o técnico coordenador da Tagus, associação de desenvolvimento do Ribatejo Interior. “Por outro lado”, acrescentou Pedro Saraiva, este jogo, que vai ser distribuído pelas associações intervenientes no âmbito da cooperação ibérica, “permite, ainda, o desenvolvimento de atividades práticas pedagógicas sobre o Tejo”, em iniciativas que poderão ser realizadas pelas comunidades educativas dos dois países. As seis associações nacionais vão distribuir pelos di-

Mário Rui Fonseca

Parceria ibérica apresenta em Mação jogo pedagógico sobre rio Tejo

• A primeira edição do jogo terá 5.000 exemplares versos estabelecimentos de ensino da sua área, de forma gratuita, os 5.000 exemplares da primeira edição desta jogo didático, num investimento que Pedro Saraiva estimou na ordem dos 50 mil

euros, incluindo os módulos multimédia dos Centros de Interpretação do Tejo, equipamentos que foram apresentados no dia 27 de novembro, em Vila Nova da Barquinha. Os Centros de Interpretação

Tejo/Tajo Vivo são módulos expositivos constituídos por equipamentos multimédia com as funcionalidades de quiosque de produtos locais e de sistema de informação turística, que vão ser instala-

dos em Abrantes, Belver, Santarém, Vila Velha de Rodão, Vila Nova da Barquinha, Constância e Sardoal, entre outras regiões nacionais parceiras do projeto. A parceria Tejo/Tajo Vivo é constituída por 18 Grupos de Ação Local portugueses e espanhóis, que têm em comum o rio Tejo, e pretende contribuir para o aumento da competitividade e para o desenvolvimento económico, social e ambiental destes territórios. Em Portugal é representado pela ADRACES - Raia CentroSul, Pinhal Maior - Pinhal Interior Sul, LEADER SÔR - Alto Alentejo, TAGUS - Ribatejo Interior, ADIRN - Ribatejo Norte e APRODER - Ribatejo.

Ministério da Defesa assina protocolo para ativação turística do património histórico militar Potenciar turisticamente o património histórico militar nacional e criar uma rede no âmbito dos PALOP é o objetivo de um protocolo de cooperação assinado entre o Ministério da Defesa e o Instituto Politécnico de Tomar (IPT). A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional considerou o protocolo de cooperação assinado entre o Ministério da Defesa Nacional e o IPT como “uma nova etapa no desenvolvimento do Turismo Militar”. Em causa está um universo patrimonial que engloba unidades militares, museus militares, campos de batalha, espólio documental, necrópoles, monumentos e outro património edificado sob a tutela do Ministério da Defesa Nacional, mas também de outras entidades estatais e municipais, ou mesmo sob propriedade de privados, que queiram associar-se a este movimen-

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to e reúnam condições para o efeito. “Ao nível dos roteiros, por exemplo, tanto o IPT como o Exército, através da Brigada de Reação Rápida e da Direção de História e Cultura Militar, têm um histórico meritório que nos permitirá avançar de imediato com um conjunto de circuitos e itinerários nas regiões de Lisboa, Médio Tejo e de Elvas, autênticos projetospiloto para o todo nacional”, revelou a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, acrescentando que, em breve, serão apresentados um sítio na internet e uma aplicação para dispositivos móveis específicos para o Turismo Militar. Evocando o Centenário da Grande Guerra, Berta Cabral falou de novos caminhos e avançou o exemplo francês, onde o Turismo da Memória já movimenta mais de 7 milhões de turistas anualmente. Entre 2010 e 2013, o

número de visitantes a memoriais em França, sobretudo monumentos e cemitérios militares, aumentou 16 por cento. “O Turismo Militar, em todas as suas vertentes, reúne todas condições para dar um contributo importante para a manutenção e criação de postos de trabalho, com a vantagem de ser menos sazonal do que outros tipos de turismo”, afirmou a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional. Imediatamente após a assinatura do protocolo realizou-se o seminário “Turismo Militar: um projeto dinamizador de destinos turísticos”, com intervenções de especialistas académicos e um militar, na presença dos presidentes das Câmaras Municipais de Tomar, Aveiro, Abrantes, Constância, Sardoal e Vila Nova da Barquinha e de outras entidades ligadas ao Turismo. MRF


REGIÃO 17

DEZEMBRO 2014

Fundada a 24 de maio de 2006 e atualmente com 275 sócios, a Casa do Benfica de Vila de Rei representou um investimento na ordem dos 80 mil euros. MÁRIO RUI FONSECA

O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, bem como o vice-presidente para as Casas e Modalidades, Domingos Almeida Lima, e o ex-futebolista Fernando Chalana, entre outros, inauguraram no dia 21 de novembro a Casa do Benfica de Vila de Rei, perante centenas de entusiastas. Na ocasião, Ricardo Aires, presidente da Casa do Benfica de Vila de Rei, e simultaneamente presidente da Câmara Municipal, ofereceu, em nome do município, um terreno e respetivo proje-

to de arquitetura em Vila de Rei para acolher a Casa dos Atletas do Benfica, instituição que visa acolher antigos atletas e antigos funcionários do clube da águia. Luís Filipe Vieira agradeceu, mas disse que a Casa do Atleta é para concretizar no Seixal, apesar de estar com algum atraso, e do projeto inicial poder a vir a sofrer alguns ajustes. O presidente do Sport Lisboa e Benfica afirmou ainda, em Vila de Rei, que o maior património do clube são os seus sócios, tendo feito um apelo para que a meta de 300 mil associados seja alcançada. “Não estamos em competição com ninguém, mas queremos ter uma base de sócios cada vez maior, para sermos cada vez mais fortes e com mais capacidade de afirma-

ção, num ciclo muito exigente do ponto de vista económico e em que todos devem estar envolvidos”, afirmou o dirigente benfiquista, na cerimónia de inauguração da Casa do Benfica em Vila de Rei, casa número 203 do clube. O presidente da Casa do Benfica e da Câmara Municipal de Vila de Rei aceitou a resposta de Luís Filipe Vieira com fairplay mas disse à Antena Livre que vai continuar a bater-se pela construção de um equipamento social do Benfica naquele concelho. “Hoje foi lançada uma primeira semente, e vamos continuar a trabalhar no sentido de estreitar laços entre as duas instituições. Não somos de desistir à primeira e gostaríamos muito de contribuir para que os antigos jogadores e funcionários do

clube possam encontrar em Vila de Rei as melhores condições para a sua reforma”, vincou. Atualmente com 235 mil sócios, o Benfica é o clube com maior número de sócios do mundo, seguido do clube alemão Bayern Munique com 223,985 sócios, segundo os dados divulgados em fevereiro pela revista “The Weekly”, da FIFA. Realce para o facto de a Casa do Benfica de Vila de Rei ter um projeto pioneiro dentro das instalações: uma Escola de Concertinas, com mais de 80 alunos, e que animou a festa benfiquista durante as cerimónias. Fundada a 24 de maio de 2006 e atualmente com 275 sócios, a Casa do Benfica de Vila de Rei representou um investimento na ordem dos 80 mil euros.

Sandra Eunice Reis

Luís Filipe Vieira inaugurou Casa do Benfica de Vila de Rei

• “Queremos ter uma base de sócios cada vez maior”

A cientista Joana Gaspar, 31 anos, natural de Abrantes, recebeu no início de novembro, em Bruxelas, o Prémio Europeu da Federação Internacional de Diabetes para jovem investigador, pelo estudo de como, após uma refeição, o organismo é capaz de aumentar a sensibilidade à insulina. O dinheiro do prémio - dez mil euros - vai ser doado à Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, onde, a par do Centro de Doenças Crónicas da Universidade Nova de Lisboa, a investigadora está a fazer o seu pósdoutoramento.

Joana Margarida Navalho Gaspar disse ao JA que a linha de investigação consiste em perceber como é que, após uma refeição, “o organismo é capaz de aumentar a sensibilidade à insulina”, hormona responsável pela redução do açúcar no sangue. Segundo a investigadora, o metabolismo da insulina, ao nível do fígado, leva, após a ingestão de alimentos, “à produção de outras moléculas, que podem ou não derivar da degradação da insulina”. As moléculas, juntamente com a insulina, vão “atuar nos tecidos periféricos, nomeada-

DR

Cientista de Abrantes premiada pela Federação Internacional de Diabetes

Abrantina investiga a sensibilidade do organismo à insulina

mente no músculo, no rim e no coração, e vão aumentar a sensibilidade à insulina, promovendo a captação da glucose e a regulação dos níveis

de glucose”, defendeu. A investigação, para a qual são esperados resultados preliminares dentro de um ano, inclui experiências com rati-

nhos e com pessoas saudáveis que têm irmãos com diabetes tipo2, e por isso em risco de virem a contrair a doença. Joana Gaspar disse ao JA que continua a visitar a cidade de Abrantes, onde nasceu em junho de 1983, “uma ou duas vezes por mês e em épocas festivas”, onde mantém família e amigos, tendo o desporto, a leitura e as viagens no topo das suas preferências de lazer. O castelo de Abrantes é o monumento preferido da jovem cientista que concluiu o curso de Bioquímica em 2006, na Universidade de Coimbra,

tem o Doutoramento em Biologia Celular e Molecular desde 2011, e está atualmente a tirar o curso de Ciências do Desporto na Faculdade Motricidade Humana, em Lisboa. Sendo a diabetes uma doença silenciosa e sem cura, Joana Gaspar deixou alguns conselhos, sobretudo para quem tem excesso de peso e uma vida sedentária, e que passam por um estilo de vida saudável e vigilância constante, fazendo testes regulares. MRF

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18 REGIÃO

DEZEMBRO 2014

O Centro Ciência Viva (CCV) de Constância - Parque de Astronomia inaugurou o anfiteatro “Rómulo de Carvalho”, um espaço coberto, com capacidade para acolher 240 pessoas, e que vai permitir realizar novas iniciativas. O novo equipamento representou um investimento de 140 mil euros, comparticipado a 85% por fundos comunitários, vai permitir alargar as atividades a grupos de maior dimensão, e ao longo de todo o ano, independentemente das condições atmosféricas, disse ao JA o astrónomo Máximo Ferreira, coordenador do CCV de Constância, equipamento que recebeu em 2013 cerca de 20 mil visitantes. A inauguração do anfiteatro “Rómulo de Carvalho”, professor, poeta e pedagogo, decorreu no domingo, dia 24 de novembro, assinalando, assim, em Constância, o arranque da semana Europeia da Cultura

No âmbito de um projeto de investigação apoiado financeiramente pelo QREN e INAlentejo surgiu uma bicicleta de rodas ovais, um projeto que conta com a colaboração de estudantes e uma docente da licenciatura em Comunicação Social da ESTA, no que diz respeito ao plano de comunicação. “Por que é que as rodas têm que ser redondas?” foi a pergunta que deu origem ao projeto dos sócios de Ponte de Sôr, Jacinto Oliveira e Carlos Real. “A responsabilidade era comprovar que, mecanicamente, a roda elítica é funcional. E foi cumprida. No entanto, já estamos a pensar em mudar outras coisas na sua totalidade e fazer uma bicicleta excêntrica, marcada pela diferença”, explica Carlos Real. A bicicleta de passeio “tem

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Investimento de 140 mil euros permite alargar as •atividades

Científica e Tecnológica. O novo equipamento vai permitir acolher grupos em iniciativas de âmbito cultural e científico, sendo objetivo alargar a sua utilização a eventos a organizar pela comunidade envolvente, civil e militar, frisou Máximo Ferreira. O programa de inauguração do novo anfiteatro incluiu uma intervenção de Ana Maria Dias sobre o “Diálogo de Saberes”, entre Rómulo de

Carvalho e a obra de António Gedeão, seu pseudónimo, uma evocação pelo seu filho, Frederico de Carvalho, a inauguração da exposição “A física no dia-a-dia”, que incide sobre o fenómeno da propagação do som, luz e imagens, e um momento musical a cargo de Manuel Freire, que evocou Rómulo de Carvalho como cidadão e poeta, com canções e poemas. Mário Rui Fonseca

Pedro Bochechas / edição: Gonçalo Holtremann

Uma bicicleta com rodas ovais

Mário Rui Fonseca

CCV de Constância inaugurou anfiteatro “Rómulo de Carvalho”

um efeito visual excêntrico e agradável à vista, com a vantagem de reduzir a fadiga muscular”. Mas, apesar de ser aplicada neste veículo, Carlos Real acrescenta que “o conceito surge com maiores vantagens em máquinas agrícolas e militares pois melhora a tração e tem uma eficiência muito maior”.

“Daqui para a frente queremos encontrar um parceiro para industrializar isto ou vender a patente a alguém. Estamos abertos a todas as propostas que nos cheguem”, conclui Carlos Real. Bárbara Gonzalez Gomes e Sandra Reis, estudantes de Comunicação Social da ESTA


CULTURA 19

DEZEMBRO 2014

RUI FERREIRA, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA MONTALVENSE 24 DE JANEIRO

Com cerca de 100 alunos em formação musical e cerca de 35 na banda filarmónica, a Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro encontra-se com grande dinâmica. Foi oficialmente formada em 1986, mas foi na altura do 25 de abril de 1974 que deu os primeiros passos, “período em que as pessoas ansiavam muito por um acesso mais facilitado à oferta cultural,” conta ao JA Rui Ferreira, presidente da direção. Concretamente em 1985, é formada a primeira escola de música, composta por algumas pessoas que já reuniam alguma experiência musical e que eram provenientes da banda filarmónica de Rio de Moinhos (freguesia vizinha). O projeto arranca depois em 1986, com um conjunto de jovens habilitados a formar a banda filarmónica. Durante os 28 anos, o percurso da associação foi divido em três períodos: “Desde 1986 até ao ano 2000, a banda era essencialmente constituída por elementos com conhecimento empírico da arte musical. A partir do ano 2000, introduzimos pessoas formadas. Em 2009, demos um outro salto e estabelecemos uma parceria com o Agrupamento de Escolas de Constância e o Choral Phydellius de Torres Novas, onde damos início ao ensino articulado da música.”

Com esta parceria, hoje em dia o ensino oficial da música é garantido através do coral e a parte instrumental é realizada na sede da associação, em Montalvo. São cerca de 100 jovens que beneficiam semanalmente deste ensino, cerca de 22 integrados numa banda juvenil e ainda 35 elementos residentes na banda filarmónica. Rui Ferreira caracteriza este projeto como sendo “desafiante, trabalhoso e muito recompensador, pois estamos a formar jovens”. Este responsável admite ainda que “todas as crianças e jovens deveriam frequentar o ensino da música, pois aprendem a ouvir e a saber estar”. Para além da parceria que a associação reúne com a escola sede do agrupamento, ainda promove, junto dos jardins-de-infância, o projeto denominado A B C da Música. Esta atividade é suportada financeiramente pelas Juntas de Freguesia e pela Câmara Municipal, destinada aos alunos, entre os três e os cinco anos, onde se inicia o despertar do gosto musical. Integrada no A B C da Música, a associação já tem uma turma composta por 13 crianças. “Há sempre alguns alunos que não dão continuidade a este gosto e dedicação musical, mas também temos verdadeiros casos de sucesso. Exemplo disso é uma jovem que esteve

connosco, que passou por todos os graus de ensino, e que hoje está com duas bolsas de estudos nos EUA”, conta Rui Ferreira. Para este mês de Natal, a banda filarmónica montalvense vai estar a participar na iniciativa “Gostar de Constância”, no próximo dia 5 de dezembro. No fim de semana anterior ao Natal irá promover, à semelhança dos anos anteriores, o seu concerto de Natal. Rui Ferreira conta que a principal dificuldade que a associação enfrenta, de momento, é a falta de espaço. Com a quantidade de alu-

Sandra Eunice Reis

“Todos os jovens deveriam frequentar o ensino da música, pois aprendem a ouvir”

Rui Ferreira diz que a Associação aguarda a mudança •para o Centro Escolar de Montalvo

nos em formação, a sede em Montalvo já não reúne as condições espaciais para albergar tantas crianças, jovens e adultos. “Temos o compromisso da Câmara que iremos mudar para o novo Centro Esco-

lar de Montalvo quando o mesmo estiver pronto. Estamos aguardar esta mudança”, admite o responsável. Como objetivo principal, o dirigente associativo confessou ao JA que pretende manter ou reforçar a

dinâmica de formação, aumentando a abrangência territorial e, assim, trazer mais elementos dos concelhos vizinhos para o seio desta associação que ambiciona ganhar escala. Joana Margarida Carvalho

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20 CULTURA

DEZEMBRO 2014

GETAS CELEBRA 32 ANOS

A celebrar 32 de vida, o GETAS, grupo de teatro do Sardoal, mantém uma dinâmica dentro e fora da região. Tratase de “um grupo de pessoas que sobretudo têm uma grande paixão por aquilo que fazem”. Quem leva as peças ao palco não são atores nem profissionais: “Nós somos amadores e temos de fazer um pouco de tudo. Tudo isso mostra o nosso grande amor pela arte”.

Sandra Eunice Reis

Amadores que fazem teatro por amor à arte

O Grupo GETAS é uma associação criada oficialmente em 1982, que desenvolve atividades como o teatro, a dança, música coral e a pintura. No âmbito da celebração do seu 32º aniversário, o grupo apresentou o espetáculo “GETAS TV”, no Centro Cultural Gil Vicente, no passado dia 16 de novembro. Nesse mesmo dia, e ainda dentro das comemorações o GETAS promoveu um Peddy-Paper, outra das suas atividades. A associação tem prestigiado o concelho do Sardoal, a região e até Portugal. O Grupo de Teatro já representou o país além-fronteiras numa aventura pelas Astúrias onde representou o texto

Em cada peça que estreia, o grupo tem sala cheia duas ou três vezes seguidas

de um autor espanhol Frederico Garcia Lorca, “A Casa de Bernarda Alba”, que adaptou para“A Casa das Alba”. Cristina Curado, atriz e presidente do Grupo GETAS – Centro Cultural, partilha o que sentiu por terras vizinhas: “Estávamos um pouco curiosos de saber como é que o público espanhol nos iria receber. No final tivemos uma grande ovação de pé a bater-nos palmas durante bastante tempo.” O GETAS tem desenvolvido um intenso trabalho de dinamização sociocultural e artística e, sendo uma associação sem fins lucrativos, conta com algumas ajudas. “Temos um grande apoio por parte do nosso município, uma vez que usufruímos deste espaço

A Biblioteca Municipal António Botto, em Abrantes, recebeu Paulo Falcão Tavares, natural de Alferrarede, para apresentar o livro “O Real Convento de S. Domingos de Abrantes, Nossa Senhora da Consolação”. A obra é dedicada ao convento e a quem lá viveu e deixou história ao longo de quatro séculos. Neste livro, dedicado à Ordem dos Dominicanos na Europa, mas principalmente na cidade de Abrantes, Paulo Falcão Tavares aborda importantes questões de cariz religioso e descreve biograficamente centenas de religiosos que pas-

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Sandra Eunice Reis

Obra sobre o convento de São Domingos foi apresentada em Abrantes

Livro de Paulo Falcão Tavares descreve biograficamente centenas de religiosos

saram pelo Convento de S. Domingos. A apresentação que aconteceu no passado dia 17 de novembro, pelas 18h30, contou com a presença do Padre Prior Provincial da Ordem de S. Domingos de Portugal, Pedro da Cruz Fernandes. JMC

(Centro Cultural Gil Vicente) e a nossa sede pertence ao município. O município é a nossa base”, revela Cristina Curado. Também a população do Sardoal mostra o seu apoio a este grupo. “Cada vez que estreamos uma peça temos duas, três vezes casa cheia e isso quer dizer alguma coisa”, conta a atriz. O sucesso que este grupo tem obtido, tendo sido já reconhecidos como “dos mais ativos e inovadores do Distrito de Santarém”, parte pelo grupo em si, que Cristina Curado caracteriza como “um grupo de pessoas que sobretudo têm uma grande paixão por aquilo que fazem, um grande amor à camisola. Não somos só atores, nós somos amadores e

temos de fazer um pouco de tudo. Tudo isso mostra o nosso grande amor pela arte”. Esta paixão releva-se também nos restantes elementos, como é o caso do Encenador – Pedro Agudo – que revela como se sente na associação onde se envolveu desde os 16 anos: “Sinto-me neste grupo como um peixe na água, faço parte dele há 32 anos. Este grupo foi marcante e ainda hoje o é a nível distrital e até a nível nacional, em termos de teatro amador. Temos pautado por manter uma qualidade nos nossos espetáculos.” Este encenador sente que aquele palco lhe pertence. Pedro Marques, de 29 anos, é ator amador do grupo do Sardoal e vê este projeto como um grupo de amigos que transmite uma grande importância histórica para o Sardoal. O Grupo de teatro regressa ao palco Gil Vicente, no Sardoal, em fevereiro, com a peça “Mosqueta”. A 6 de Dezembro haverá uma exposição com fatos utilizados pelo grupo. Alexandra Silva

estudante de Comunicação Social da ESTA

Jovem cineasta abrantina recebe Menção Honrosa O filme de animação “Orchis Mirabilis”, “Maravilhosas Orquídeas”, recebeu a Menção Honrosa atribuída pelo CINENIMA’14 na competição e na categoria do concurso. Na sua estreia mundial, “Orchis Mirabilis”, produzido pela secção de cinema da Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes, Espalhafitas, foi selecionado para a competição Nacional do CINANIMA’14, na categoria Jovem Cineasta Português, conseguindo ser a escolhida entre 1328 filmes a concurso. Segundo a nota de imprensa, trata-se de mais

uma distinção a juntar aos muitos prémios e louvores nacionais e internacionais feitos à produção cinematográfica realizada na Associação Palha de Abrantes, com crianças e jovens da região.

Curta-metragem de Mónica Batista tem estreia mundial A curta-metragem da jovem realizadora Mónica Batista, “Teares”, uma produção da Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes, foi uma das poucas obras selecionadas para a ‘Competição Portuguesa Curtas-Metragens’. A sua estreia mundial deu-se no passado dia 21 de outubro, no decorrer da 12ª edição do DocLisboa, Festival Internacional de Cinema, um dos mais importantes festivais inter-

nacionais de cinema documental. Segundo a nota de imprensa, o documentário que Mónica Batista realizou dá a conhecer duas realidades distintas: a Barragem de Castelo de Bode, cuja construção começou em 1945, e a atividade de tecedeiras, nascidas na década em que se iniciou as obras da barragem, na bacia do rio Zêzere.

Banda Filarmónica de Alvega assinala 20 anos de Festivais

Projeto “Viver a Música” com novo espetáculo em 2015

A Banda Filarmónica Alveguense (BFA) assinalou em novembro o XX Festival de Bandas Filarmónicas, com o maestro Francisco Lamarosa na batuta da formação de jovens através de uma escola de música, de frequência gratuita, monitorizada pelo seccionista Joaquim Ferreira. João Moutinho, presidente da direção da BFA, disse ao JA que os registos mais antigos da fundação da banda remontam a 1 de janeiro de 1936, com a designação de “Banda da União Desportiva

Idealizado nos finais de 2011 no seio da Sociedade Artística Tramagalense (SAT), em Tramagal, o projeto “Viver a Música” já deu cerca de duas dezenas de espetáculos nos palcos da região, dando corpo a um projeto que se apresenta como de música ao vivo/variedades e entretenimento Composto por 15 elementos, o “Viver a Música” tem levado ao palco os mais variados temas musicais, representativos de um “tema”. Em 2012, o tema foi a música dos “Anos 60”, no ano seguinte os “Anos 70” e este ano “A Volta ao Mundo em 25 Canções”, um espetáculo que alia a música, multimédia e representação. António José Santos, vice

e Recreativa da Casa do Povo de Alvega”, embora existam testemunhos de pessoas mais antigas que indicam a sua existência muito antes dos anos de 1900. As suas mais atuações decorreram em novembro, no cineteatro São Pedro, em Abrantes, e no 3º Desfile de Bandas Filarmónicas, em Lisboa, que contou com transmissão em direto pela RTP1, no âmbito das comemorações do 1º Dezembro. MRF

presidente da SAT e coordenador do “Viver a Música”, disse ao JA que o novo espetáculo, cujo tema ainda “está no segredo dos deuses”, vai ser estreado na primavera de 2015. Até lá, continuam a aceitar convites para darem “A Volta ao Mundo em 25 Canções”. MRF


DIVULGAÇÃO 21

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ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Saúde aos 50 anos! As doenças oncológicas têm cada vez mais relevo na saúde mundial, acarretando uma elevada morbilidade (doença), mortalidade (mortes) e também elevados custos no seu diagnóstico e tratamento. O cancro do cólon e reto assume um dos papéis principais devido ao crescente número de casos e mortes. Afeta tanto o homem como a mulher e surge principalmente a partir dos 50 anos. Pessoas com história de doença inflamatória no intestino, dieta pobre em fibras, rica em gorduras, vida sedentária, obesidade e antecedentes familiares da doença, têm um risco aumentado de contrair cancro do cólon e reto. A maioria destes cancros desenvolvem-se a partir de lesões benignas no intestino grosso ou cólon, conhecidas como adenomas ou pólipos

adenomatosos, que evoluem para malignidade. Esta evolução ocorre geralmente sem sintomas. Alguns sinais de alerta são: alteração persistente dos hábitos intestinais como o aparecimento de prisão de ventre ou diarreia, ou uma alternância das duas; perda de sangue pelo ânus ou misturado nas fezes, ou fezes muito escuras; sensação de que o intestino não esvazia completamente; cansaço, dor forte ou desconforto abdominal, sem explicação aparente, nestes casos não hesite, procure o seu médico. A implementação de programas de rastreio e a realização de exames complementares ao rastreio permitem uma deteção precoce e evitar a doença, nomeadamente através da remoção de lesões pré-malignas. Um dos exames indicado para fazer rastreio é a pes-

quisa de sangue oculto nas fezes, é um teste simples que pretende identificar a existência de sangue nas fezes. O resultado de um teste positivo implica a realização de colonoscopia - observação do intestino utilizando um tubo fino e flexível com uma luz na ponta, o endoscópio. A prevenção do cancro do cólon e reto também passa por adotar estilos de vida saudáveis, como a alimentação equilibrada e o exercício físico regular, mas não nos podemos esquecer que existem riscos que não podemos controlar. Após os 50 anos faça rastreio do cancro do intestino, fale com o seu médico. Previna-se, pode salvar a sua vida.

“Bons filmes trazem prémios” A Curta-metragem de Sara Santos, aluna do curso de Vídeo e Cinema Documental (VCD) da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), recebeu uma “Menção Honrosa” na competição Prémio Meo de Melhor Curta-metragem do Lisbon & Estoril Film Fest. Gonçalo Velho, diretor deste curso, destaca que o reconhecimento “é bom mas ainda não estamos contentes,

queremos sempre mais”. E acrescenta: “O filme da Sara representa algo muito importante para a Escola porque talvez seja o filme mais completo, mais estruturado e mais inteligente que se produziu até agora” na ESTA. “Este prémio no Estoril faz parte de uma estratégia de reconhecimento do trabalho que foi feito pela Sara e este processo abrirá portas para a futura distribuição do filme noutros festivais e, muito provavelmente, para

depois poder circular em salas de cinema”, isto porque “os filmes fazem-se para serem vistos”. A licenciatura em VCD conseguiu, recentemente, financiamento por parte do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA). Gonçalo Velho remata: “Bons filmes trazem prémios, prémios trazem reconhecimento e o reconhecimento traz financiamento.” Sérgio Aleluia, estudante de Comunicação Social da ESTA

Paula Custódio e Paula Gil – Enfermeiras, Unidade de Saúde Pública

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22 CULTURA

DEZEMBRO 2014

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

Encontro com o escritor Pedro Chagas Freitas em Sardoal

AGENDA DO MÊS Abrantes

O Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, recebe no próximo dia 12 de dezembro, às 21h30, o escritor Pedro Chagas Freitas. “Prometo Falhar”, o seu mais recente livro, editado em Abril de 2014, aborda o amor sob várias perspetivas: o amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta. Jornalista, redator, publicitário e guionista,

Pedro Chagas Freitas, que no seu sítio da internet se define como “um palerma”, já escreveu mais de 150 obras de todos os géneros, das quais já publicou 21, tais como “Eu Sou Deus” (Chiado Editora, 2012), “Ou é Tudo ou Não Vale Nada” (Chiado Editora, 2012), “In Sexus Veritas” (Chiado Editora, 2013). Aos 35 anos, Pedro Chagas Freitas é um dos autores mais lidos em Portugal, estando a obra “Prometo Falhar” há vários meses entre os livros mais vendidos.

Cantora Sophia apresenta “Amor à Segunda Vista” em Abrantes A cantora Sophia vai apresentar o disco “Amor à Segunda Vista” no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, dia 12 de dezembro, pelas 21h30. A artista, natural de Leiria, compôs um disco com várias influências da cultura lusófona, sendo a autoria dos poemas que canta de João Monge, Alexandre O´Neill, David Mourão-Ferreira, Sérgio Godinho, AC Firmino, entre tantos outros poetas. Em conversa com o Jornal de Abrantes a cantora revelou que a sua ligação à cidade “já tem muitos anos, porque cantei em Abrantes e, por isso mesmo, posso dizer que muitos dos que me ouviram cantar, começaram por ser meus fãs e hoje são meus amigos. Foi uma ligação que ficou e que espero recordar no dia 12 de dezembro no Cine Teatro São Pedro”. Sophia gravou o seu primeiro trabalho discográfico “Pensa Positivo” em 2001, tendo feito as primeiras partes de concertos de Rui Veloso e Nuno Guer-

reiro. Em 2003 foi nomeada para melhor voz, na categoria de intérprete individual, nos Globos de Ouro. Durante dez anos a cantora integrou vários projetos musicais nunca deixando de procurar a sua própria identidade. Em 2013 subiu mais um patamar na carreira musical, gravando o disco “Amor à Segunda Vista”, reservando o ano de 2014 para percorrer o país com uma digressão em auditórios. Segundo Sophia, o concerto em Abrantes será “bastante eclético”, levando “o público a sentir como

se estivesse a fazer uma viagem pelo mundo, passando por vários países, como o Brasil, Argentina ou Cabo Verde. Acima de tudo quero seja uma viagem de emoções”, conclui. A cantora sobe ao palco do Cineteatro São Pedro acompanhada por Pedro Soares (guitarra acústica), Nuno Louro (piano/teclados), Ricardo Dikk (baixo) e Rui Reis (bateria). Os bilhetes podem ser comprados no Posto de Turismo de Abrantes ou na bilheteira do Cineteatro no dia do espetáculo.

Até 15 de dezembro – Exposição “8000 anos a transformar o barro. Cerâmicas do MIAA” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo, de terça a domingo das 9h às 13h e das 14h às 18h Até 3 de janeiro de 2015 – Exposição “Realidades e Mitos”, pintura de Joaquim de Carvalho – Biblioteca Municipal António Botto Até 3 de Janeiro de 2015 – Exposição bibliográfica de José Alberto Marques – Biblioteca Municipal António Botto 5 de dezembro – Concerto de João Guiomar, apresentação do disco “Fados D’alma” – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 4€ 6 de dezembro – Teatro de marionetas “Portucale” – Cineteatro São Pedro, 10h – 1€ 6, 7, 13 de dezembro – Música no Centro Histórico de Abrantes com Universidades da Terceira Idade do Concelho, às 15h 8 de dezembro a 8 de janeiro de 2015 – Exposição de Presépios pelos alunos de Educação Visual e Educação Moral e Religiosa Católica da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes - Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes de segunda a sexta, das 17h às 21h30 12 de dezembro – Concerto de Sophia, digressão de “Amor à segunda vista” – Cineteatro São Pedro, 21h30 13 de dezembro a 23 de janeiro de 2015 – Galeria Aberta, pintura de artistas locais – QuARTel, Galeria Municipal de Arte 19 de dezembro – Conversa com Mickael Knoch sobre formas básicas da angústia – Sr. Chiado, 21h30 21 de dezembro – Concerto de Natal com o Orfeão de Abrantes – Igreja de S. Vicente, 17h 31 de dezembro – Passagem de Ano com Dj´s – Praça Barão da Batalha, das 22h às 5h Cinema – Cineteatro São Pedro, 21h30 – Org. Espalhafitas: 10 de dezembro – “Dreamcracy” de Raquel Freire e Valéria Mitteaux 17 de dezembro – “O Dia Mais Curto” – Seleção de curtas do Festival de Vila do Conde

Constância Até 31 de dezembro – Exposição “Desenhos na prisão”, desenhos de Álvaro Cunhal – Biblioteca Alexandre O´Neill Até 31 de dezembro – Comemoração dos 20 anos da Biblioteca Alexandre O´Neill - Biblioteca Alexandre O´Neill

Mação Até 7 de janeiro de 2015 – Exposição “Presépios em espaço público” Até 30 de dezembro – Expo-Venda de Natal, artesanato concelhio - Praça Gago Coutinho Até 31 de dezembro – Exposição itinerante “A Assembleia da República – Breve história do Parlamentarismo Português” – Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira

Sardoal Até 7 de dezembro - Exposição de fotografia “Centro Cultural – 10 anos” – Centro Cultural Gil Vicente A partir de 6 de dezembro – Exposição alusiva ao Teatro do GETAS – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente 12 de dezembro – Encontro com o escritor Pedro Chagas Freitas – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 17 de dezembro a 2 de janeiro de 2015 – Iniciativa “Doce Natal” – Biblioteca Municipal de Sardoal, das 14h30 às 16h30 20 de dezembro – Teatro “A Carochinha, o Urso Dorminhoco & Companhia” pelo Veto Teatro Oficina de Santarém – Centro Cultural Gil Vicente, 16h 21 de dezembro – Cinema – Seleção retirada do Festival de Curtas de Vila do Conde – Centro Cultural Gil Vicente, 16h

Vila de Rei Até 31 de dezembro – Exposição de pintura “Ofícios tradicionais” de Alves Dias – Museu Municipal de Vila de Rei Até 7 de janeiro de 2015 – Centro Livro Natal, venda de livros – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Até 7 de janeiro de 2015 – Venda de Natal, exposição de trabalhos realizados pelos utentes da Fundação João e Fernanda Garcia – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires A partir de 1 de dezembro – Exposição do VIII Concurso de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da Barquinha Até 11 de janeiro – Exposição “Confidencial/Desclassificado: Missa Campal”, fotografia de Manuel Botelho – Galeria do Parque

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CARTÓRIO NOTARIAL DA LIC. LUCINDA DO ROSÁRIO BERNARDO MARTINS GRAVATA Alameda Bonifácio Lázaro Lozano, n.º 3 piso 2 –A, Oeiras Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de JUSTIFICAÇÃO, outorgada hoje, nesta Cartório, lavrada a folhas 89, do livro de notas 401E, JOÃO MARIA PERDIGÃO e mulher MARIA VIRGINIA DO ROSÁRIO CASEIRO PERDIGÃO, casados no regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Mário Dionísio, 3, 1.º esq. Moinhos da Funcheira. Mina de Água, Amadora, justificaram ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, destinado a habitação, composto de um piso com 5 divisões, com área total e coberta de 27m2, sito em Várzea da Portela, união das freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com João Maria Perdigão, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz da referida união de freguesias sob o artigo 67 (que teve origem no artigo 122 da extinta freguesia de Aldeia do Mato), o qual foi adjudicado ao justificante marido em partilha verbal a que procedeu com os demais interessados, na herança aberta por óbito de seu avô, Manuel António Perdigão, realizada no ano de 1984, em dia que não podem precisar. Que, daquele prédio não têm os justificantes titulo formal de aquisição, encontrando-se na posse do mesmo prédio desde a data da referida partilha, ou seja, há mais de 20 anos, posse que sempre exerceram sem oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, publica, pacifica e contínua e do consenso que o imóvel lhes pertence, por praticarem todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, pelo que adquiriram por usucapião, não tendo assim documentos que lhes permitam fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original. Oeiras, 27 de Novembro de 2014 A Notaria Lucinda Gravata

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