Jornal de Abrantes Edição Fevereiro 2015

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FEVEREIRO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5528 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Hália Costa Santos

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Por estarem a decorrer obras no espaço que, em Alferrarede, habitualmente acolhe o certame, este ano não haverá Feira de São Matias. A Câmara alega que um espaço alternativo teria um encargo de cerca de 100 mil euros. Apesar de haver feirantes dispostos a comparticipar, a decisão está tomada. Pág.11

Câmara de Abrantes suspende realização da Feira de São Matias ENTREVISTA

REGIÃO

PROTEÇÃO CIVIL

Nelson de Carvalho passa da política para o CRIA

Fusão das freguesias de Abrantes em balanço

“Canarinhos” vão manter posto em Sardoal na época de incêndios

Nelson de Carvalho apresentou a sua demissão da Assembleia Municipal de Abrantes e foi eleito, no dia 6 de janeiro, para o cargo de presidente da direção do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA). Pág. 3

Com a reorganização administrativa das freguesias, as populações tiveram que habituar-se a uma nova realidade. Há quem veja vantagens numa “economia de escala” e há quem se queixe da fusão, sobretudo nos meios rurais. Pág. 4

O novo quartel para a Força Especial de Bombeiros, em Almeirim, será a nova casa dos “Canarinhos”. Esta força especial deixará de estar em permanência no concelho de Sardoal, mas a época de incêndios está salvaguardada. Pág. 13


2 ABERTURA EDITORIAL

FOTO DO MÊS

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jornal abrantes

FEVEREIRO 2015

FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865) halia.santos@lenacomunicacao.pt

Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319) Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Colaboradores Alves Jana, André Lopes e Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Secretariado Isabel Colaço

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico

Sandra Eunice Reis

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Descodificar a nova realidade

Há cinema em Abrantes, a divulgação e promoção é que deixa a desejar. Última visualização (19-01-2015)

INQUÉRITO

Após um ano da junção de freguesias no concelho de Abrantes, qual é o balanço que faz?

António Vieira

Impressão Grafedisport, S.A.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária

Media On - Comunicação Social, Lda. Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Maria Luísa Alves

José Alves

José Fundeiro

48 anos, Rossio ao Sul do Tejo Empregada de Balcão

76 anos, São Miguel do Rio Torto Reformado

91 anos, São Facundo Reformado

“Penso que essencialmente para as pessoas mais idosas não é benéfico. Têm que se deslocar muitas vezes para tratar dos seus assuntos e, muitas vezes, sem carro ou meios de transporte para o fazer.”

“Penso que em alguns serviços ficou muito mais complicado. Tivemos de nos unir para não nos tirarem a Junta daqui. Já tiraram a médica, a farmácia e agora se nos tirarem a Junta, para onde íamos e como?”

“Eu penso que foi boa a decisão da junção das freguesias. As ruas até andam muito mais limpas e organizadas.”

PRATO PREFERIDO? Esta é a pergunta mais difícil… não tenho um predileto, mas não resisto a uma farinheira assada, por exemplo. UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Ilhas do mediterrâneo, num cruzeiro. UM DISCO? Qualquer um dos Queen UM FILME? “The Vow” UMA VIAGEM? Maui, Hawaii UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Ayrton Senna. Morreu ainda eu era muito jovem, mas lembrome perfeitamente de o ver correr e da sua atitude. É impressionante como hoje em dia ainda é relembrado. UM MOMENTO MARCANTE? Sem contar com o nascimento da minha filhota, claro, talvez o

momento antes da partida no campeonato do mundo x-terra no Hawaii. Foi um sonho realizado, e “lutei” muito para estar ali presente, ao lado dos melhores dos melhores. O helicóptero a poucos metros, a ondulação a tocar nos pés, o ambiente.... Vou recordar aquele momento para sempre.

SUGESTÕES

GERÊNCIA Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis. Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho info@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Lena Comunicação SGPS, S.A.

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Octávio Vicente

IDADE? 30 anos NATURALIDADE / RESIDÊNCIA? Nasci em São Miguel do Rio Torto, e vivo em Tramagal PROFISSÃO? Triatleta/Professor Natação UMA POVOAÇÃO? Nazaré UM CAFÉ? Qualquer um que seja à beira mar

UM PROVÉRBIO? Os cães ladram e a caravana passa. UM SONHO? Ver sempre a minha filhota sorrir dia após dia...o resto vai acontecendo...apenas desejo uma vida normal com saúde.

Já muito se disse, nomeadamente nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social regionais e nacionais, sobre o caso da cidadã abrantina a quem foi retirado o Rendimento Social de Inserção, supostamente por causa de um comentário que colocou no facebook. Parecia que ia para o estrangeiro, mas argumenta que apenas se estava a preparar para uma operação. Embora o Instituto de Segurança Social agora alegue que o subsídio foi retirado pelo facto de a senhora não ter concluído nenhuma das ações de formação que frequentou, o certo é que, generalizando a questão, está em causa a utilização que damos às redes sociais. A facilidade com que comunicamos e a rapidez com que o fazemos (às vezes sem refletir o necessário) dá origem a casos ridículos, mas pode também resultar em viragens, sem retorno, nas nossas vidas. E esta realidade não é necessariamente má. É assim. Temos que aprender a viver com ela. Não podemos viver estes tempos com os mesmos enquadramentos com que vivíamos há 10, 20 ou 30 anos. São tempos diferentes e, por isso, também os julgamentos que fazemos daquilo que lemos ou que vemos terão que ser diferentes. A partilha pública da vida privada pode até ter aspetos positivos, se pensarmos nos casos de solidariedade que frequentemente se desenvolvem nas redes sociais. Pode, também, servir de alerta, de sensibilização e de prevenção. Basta pensar em temas tão diferentes como o ‘bullying’ ou as técnicas de assaltos a casas. O que faz falta é formar para esta nova realidade. E, em primeira instância, ter, nas instituições e nas entidades empregadoras, profissionais que saibam descodificar esta nova realidade. Hália Costa Santos

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Aproveitar melhor o Castelo de Almourol e a albufeira do Castelo do Bode.


ENTREVISTA 3

FEVEREIRO 2015

NELSON DE CARVALHO PASSA DA POLÍTICA PARA O CRIA, UMA INSTITUIÇÃO SOCIAL

“Estas instituições representam que há um coração num mundo desenfreado” em conta quando assume um cargo deste tipo, numa casa também especial pelos utentes que reúne? Os utentes são na sua maioria pessoas carentes de grande afetividade, quando os encontramos devemos de ter uma postura disponível, conversando com eles. Devemos de ter uma enorme sensibilidade para com os utentes conhecendo as suas potencialidades e limites, explorando e desenvolvendo as potencialidades e dando-lhes realização.

Nelson Augusto Marques de Carvalho, 60 anos de idade, ex-presidente da Câmara Municipal e ex-presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, foi eleito no dia 6 de janeiro presidente da direção do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA), instituição fundada em julho de 1976. Nelson de Carvalho substitui no cargo Humberto Lopes, num mandato válido para um período de quatro anos.

Porquê esta vontade de assumir o cargo desta instituição social do concelho? Verdadeiramente a iniciativa não foi minha, não é que eu tivesse este cenário fora da minha cabeça, mas provavelmente para mais tarde. O Dr. Humberto Lopes demonstrou a sua vontade em sair. Abriu um período eleitoral e acabou por falar comigo. Eu ainda estive um pouco hesitante, mas há convites que acho que temos dizer que sim e as IPSS ´s fazem um trabalho que eu admiro. Há muita gente a dar o melhor de si para manter estas casas abertas, são verdadeiras causas nobres. Vivemos num mundo onde as finanças a competitividade enchem os discursos de toda a gente, num mundo onde só se vê lucro e onde estas instituições representam que há um coração num mundo desenfreado. As comunidades seriam muito mais infelizes se não tivessem estas casas. Até ainda há poucos anos as pessoas com deficiência no concelho de Abrantes, e nos municípios envolventes, eram escondidas em casa, sem qualquer tipo de acompanhamento especializado. Tem noção de quão difícil

Sandra Eunice Reis

JOANA MARGARIDA CARVALHO

• “Em termos de envolvimento com a comunidade, a minha dama hoje é o CRIA” seria para os cidadãos e familiares viverem essa realidade? Seria impossível para muitas famílias conseguirem gerir situações de deficiência sem o apoio do CRIA, seriam casos de absoluta falência das comunidades. O CRIA e as instituições similares asseguram a rede necessária, com serviços especializados, para que os seus utentes tenham uma vida com níveis de qualidade importantes. É um serviço para toda a comunidade, uma vez que se trata de um problema coletivo. Tem de haver respostas coletivas e estas instituições estão cá para dar essas respostas. Quem é a equipa que consigo vai liderar e conduzir os destinos da instituição? O ex-presidente do CRIA, Humberto Lopes, assume a presidência da Assembleia Geral. Piedade Pinto e Aníbal Melo estão na direção. Bruno Tomás, Sónia Alves e Luís Silvério são suplentes da direção e Bento Henriques preside ao

Conselho Fiscal da instituição. Quais são os objetivos para este primeiro ano de mandato? E depois a longo prazo? No meu entendimento, ao entrar numa instituição não se deve fazer nada num par de meses. Ao entrarmos numa instituição temos de conhecê-la primeiro, perceber o seu modo de funcionamento, a sua gestão financeira, de onde provêm os recursos, quais são os projetos em marcha. Não vamos, certamente, começar nada do zero. O CRIA tem um plano estratégico a três anos, o nosso objetivo é cumpri-lo e, mais tarde, podemos chegar a conclusão que temos de ajustálo. Mas não vamos “inventar a pólvora”, nem inventar nada de novo. Vamos ter em conta o novo quadro comunitário e tentar finalizar algumas instalações que foram iniciadas e que ainda não foram concluídas, que são importantes na instituição.

O CRIA só conheceu quatro presidentes, em 39 anos de história. Depois do trabalho desenvolvido pelo seu fundador, José Bioucas, foi um outro ex-presidente de Câmara, Humberto Lopes, presidente cessante do CRIA, a dar continuidade ao projeto, um trabalho que acompanhou mais de perto. Como caracteriza/classifica o trabalho desenvolvido por Humberto Lopes? A instituição CRIA é uma casa que tem evoluído muito, está a fazer apostas na excelência dos serviços prestados e isso deve-se ao trabalho do Dr. Humberto Lopes, da sua direção e à sua estrutura técnica que o acompanhou. Do ponto de vista das novas respostas sociais, o CRIA tem crescido muito, tem garantido a prestação de vários serviços numa gestão de qualidade e eficiência. No seu entendimento, quais são os principais desafios que uma pessoa deve ter

Como é que as pessoas, nomeadamente os empresários e a sociedade civil, olham hoje para o cidadão portador de deficiência. Têm hoje mais aceitação e oportunidades no mercado de trabalho ou ainda há um caminho a percorrer, nesse sentido? Há sempre um longo caminho a percorrer, mas acho que se tem feito muito trabalho a este nível. A sociedade portuguesa há algumas décadas descobriu este mundo de pessoas com deficiência a quem era necessário dar uma resposta, que passaram a ser tratados de modo diferente, com serviços altamente especializados, num trabalho de qualidade, de inclusão e de valorização, proporcionando também o que uma sociedade pode proporcionar. A sociedade civil acarinha estas instituições, mas é claro que há mais trabalho a fazer numa mobilização maior das pessoas e entidades, por exemplo para serem associadas nas instituições deste tipo. Esta direção que presido deve fazer este trabalho na procura de mais associados, que possam participar mais na vida da instituição e no que ela precisa.

Renuncia ao cargo de deputado e presidente na Assembleia Municipal. Algumas dúvidas deixou. De que forma é que se tornou incompatível conciliar a sua profissional com a sua vida dedicada à política? Deixa um mandato a meio com a sensação de dever cumprido ou com a noção de que há muito a fazer? Eu nunca disse que havia incompatibilidade, é uma questão de opções. Porque ser presidente do CRIA não é incompatível com os cargos que tinha na Assembleia Municipal. Ao fim de muitos anos em exercício na política local, apareceram outras coisas porque a vida é mesmo assim… Eu não sou um desiludido com a vida política, pelo contrário fiz um percurso que me deixou orgulhoso. Saio com a sensação que me empenhei, participei e dei o melhor de mim para a comunidade de que faço parte. Fiz em muitos casos o que era necessário fazer-se, para dar um forte contributo na melhoria das condições de habitabilidade, para termos padrões de desenvolvimento melhores do que tínhamos no passado, por isso acho que cumpri o meu dever. Para lá da política local, há outras coisas na comunidade onde podemos dar outro contributo, o CRIA é um exemplo. Para além do CRIA, onde vamos poder ver Nelson de Carvalho em termos de envolvimento cívico? Pois não sei, neste momento tenho o CRIA e vai dar-me alguma ocupação, em termos de envolvimento cívico é sem dúvida a minha aposta. Continuarei com os meus projetos profissionais, mas em termos de envolvimento com a comunidade, a minha dama hoje é o CRIA.

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4 DESTAQUE

FEVEREIRO 2015

FUSÃO DAS FREGUESIAS DE ABRANTES EM BALANÇO, COM CONSCIÊNCIA DAS DIFICULDADES, CRÍTICAS E ASPETOS POSITIVOS

“O caminho faz-se a olhar para a frente” Com a reorganização administrativa das freguesias, decidida a nível central, as populações tiveram que habituar-se a uma nova realidade. Dependendo da forma como esta mudança afetou a vida dos cidadãos, no momento de um primeiro balanço, há quem veja vantagens numa “economia de escala” e há quem se queixe da fusão, sobretudo nos meios rurais. JOANA MADEIRA, MÁRCIA GOMES E SÉRGIO ALELUIA, ALUNOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ESTA

“Temos consciência de que temos muito a melhorar” Pedro António de 34 anos, habitante de São João, critica a forma como a reestruturação foi pensada: “Abrantes é uma freguesia demasiado grande em termos de população e houve ajuntamentos que não fazem sentido.” Já Gabriela Rosa, habitante de São Vicente, também manifesta algumas preocupações, defendendo que, “assim, acabam por não ter conhecimento dos problemas de cada região”. Como resultado da decisão governamental de fundir freguesias, a zona urbana de Abrantes passou a ter uma única Junta: a União de Freguesias de Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede. Afastados do centro histórico, onde antes existiam as outras duas freguesias, temia-se que os habitantes de Alferrarede ficassem em desvantagem. Mas Bruno Tomás, o presidente eleito para a União de Freguesias, optou por manter o atendimento de proximidade. Bruno Tomás diz que “este primeiro ano da reestruturação foi um ano para todos de aprendizagem, tanto para o executivo da Junta de Freguesia, como também para os fregueses”. Frisa que, para minimizar os efeitos da fusão de freguesias, rece-

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Sandra Eunice Reis

São Vicente, São João e Alferrarede

• Apesar de o principal descontentamento se encontrar nas freguesias rurais, há quem reconheça vantagens na fusão be as pessoas “tanto na sede como nos polos”. O polo de Alferrarede está aberto em horário normal, de segunda a sexta-feira. Paulo Gomes diz que “foi bom deixarem o polo (aberto), seria muito mais complicado se só ficasse São Vicente”. Isto porque as pessoas dos Casais de Revelhos “fariam oito quilómetros para virem à Junta e falamos de pessoas de alguma idade”. Mas este também é um ponto que preocupa o presidente da União de Freguesias, que vê o afastamento das autarquias locais como um ponto negativo, acreditando “que têm de estar o mais próximo das pessoas”. Esta nova organização geográfica ainda confunde alguns populares, sobretudo os que não estão devidamente informados. Alguns contam que só souberam das alterações pelos jornais. António Bernardino, de 59 anos, denuncia as consequências das mudanças: “Tinha a Junta a dois passos, agora nem sei onde hei-de ir tratar das coisas. Só há cortes e não há nada que seja feito, ou seja visto. Fazem tudo e esquecem-se do Zé Povinho.” Ainda em Alferrarede, no

Centro de Saúde, Diamantino Quintela, um filho da terra, garante que “agora nem as ruas têm manutenção”. Bruno Tomás reconhece que ser um presidente a fazer o papel de três, um secretário a fazer a função de três e um tesoureiro a fazer o trabalho de três “dificulta a chegada de reclamações ou sugestões”. O presidente da União de Freguesias admite que esta gestão de recursos humanos e materiais nem sempre é fácil: “Temos consciência de que temos muito a melhorar e temos de procurar soluções para que isso mude.”

Rossio ao Sul do Tejo e São Miguel do Rio Torto “Os problemas têm sido resolvidos” “É um desafio maior, mais interessante e também mais positivo.” É assim que Luís Alves, presidente da União de Freguesias de Rossio ao Sul do Tejo e São Miguel do Rio Torto, que alberga cerca de 5000 habitantes, faz o balanço deste primeiro ano de junção. Este responsável defende que “o passado é o passado e o caminho faz-se a olhar

para a frente”. E acrescenta: “Quando somos bairristas, não nos devemos esquecer de uma realidade maior que é a União das Freguesias.” Domingos Ferreira Alves, habitante na freguesia de São Miguel do Rio Torto que encontrámos numa praça aparentemente abandonada pelos anos, criticou a união de freguesias, pois considera que “é o afastamento da cidade em relação às freguesias”. Acreditando que “a vontade dessas mesmas situações é transportar as pessoas da aldeia para a cidade”, este habitante conclui que o deslocamento das pessoas conduz a “uma aldeia morta”. Já uma moradora do Rossio, que não se quis identificar, abordada num café, defendeu que a união “é benéfica e todos ganham com isso. Os problemas têm sido resolvidos com a maior das atenções e empenho”. Numa paragem de autocarro, a conversar para fazer o tempo passar, um reformado do Rossio discordava, garantindo que para lá da linha do caminho de ferro, em direção a São Miguel do Rio Torto, deixou de haver manutenção das bermas da estrada.

Com um discurso positivo, Luís Alves, conclui: “Para o bem e para o mal, estamos a caminhar. Temos uma economia de escala maior. Não interessa ser perfeito, interessa é ser feliz.”

São Facundo e Vale das Mós “Não trouxe benefícios nenhuns para as pessoas” António Campos, presidente da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós, explica que “os serviços estão a funcionar nas duas freguesias”, o que significa que se mantém um atendimento de proximidade. Mas não concorda com a junção das freguesias nos meios rurais: “Se fosse em meios urbanos, até podia concordar.” Segundo o presidente, “isto veio afastar os eleitores dos eleitos e dificultar a vida das pessoas”. Para além de que “não trouxe benefícios nenhuns para a população, trouxe foi mais trabalho para o presidente da Junta. Se eu não tivesse a disponibilidade que tenho, teria muita dificuldade em resolver os problemas das pessoas. Ainda assim, que eu tenha dado conta, não houve

descontentamento da parte das pessoas a esta fusão.” António Campos considera que não existiu nenhuma forma diversificada de informar as pessoas para tal acontecimento, frisando que apanhou “o barco em andamento”. Mas tem consciência de que só “quando a lei saiu é que as pessoas se aperceberam da agregação das freguesias”. Acrescenta que, desde aí, “as modificações não foram sentidas”. António Rodrigues, ex-presidente da Junta de São Facundo e habitante nesta freguesia, continua atento ao que se passa. Revela que o que os habitantes da localidade tinham se mantém, mas acrescenta: “As pessoas, quando tiveram a intenção de fazer a fusão, deviam logo ter falecido porque isto só se compreende se for feito numa cidade, não é num meio rural.”

Alvega e Concavada Relativamente a esta União de Freguesias, o Jornal de Abrantes tentou contactar o presidente da União de Alvega e Concavada, José Felício, para uma entrevista. Até à data de fecho desta edição, tal não foi possível.


SAÚDE 5

FEVEREIRO 2015

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) apontou as razões do mau funcionamento das urgências naquele Centro Hospitalar, tendo afirmado que se devem à concentração da urgência médico-cirúrgica e ao crónico subfinanciamento dos hospitais. MÁRIO RUI FONSECA

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém. “A concentração da urgência médico-cirúrgica num único hospital”, no caso, em Abrantes, “e o crónico subfinanciamento dos hospitais, questões da responsabilidade do Ministério da Saúde, são os dois constrangimentos de raiz que contribuem para os recorrentes problemas na urgência do CHMT”,

disse ao JA o porta voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT). “Em causa estão os tempos de espera para os atendimentos, em alguns casos a qualidade dos serviços prestados, e também o sofrimento a que são sujeitos alguns utentes que se deslocam às urgências, questão que coloca em causa a dignidade (e por vezes a vida) de quem a elas recorre”, defendeu Manuel Soares. “Protestam os utentes e familiares, pelas demoras e pelo corrupio constante entre as urgências básicas de Tomar e Torres Novas e a urgência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de percorrer dezenas e dezenas de quilómetros, protestam os profissionais por serem poucos e não terem condições de funcionamento, e protestam as corporações de bombeiros pelo demasiado tempo de espera pelas macas, o que põe em causa, muitas vezes, o seu serviço e a vida de pessoas”, apontou. Manuel Soares defendeu a “resolução urgente dos pro-

Sandra Eunice Reis

Utentes da Saúde do Médio Tejo criticam concentração de urgências num único hospital

Ambulâncias, e respetiva tripulação, ficam “retidas no hospital por falta de macas durante várias horas e de forma recorrente”

blemas de funcionamento das urgências no Médio Tejo e a nível nacional”, afirmando “temer por um agravamento da situação devido ao anunciado surto da gripe”. No hospital de Abrantes, unidade que agrega ainda as urgências dos hospitais de Tomar e Torres Novas, do Centro Hospitalar do Médio

Tejo (CHMT), os bombeiros debatem-se “de forma recorrente” com o problema da falta de macas. Em declarações à Antena Livre, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, António Jesus, disse que as ambulâncias, e respetiva tripulação, ficam “retidas no hospital por falta de

macas durante várias horas e de forma recorrente, comprometendo o socorro às populações”, situação que afirma assinalar no livro amarelo, como forma de protesto. O Conselho de Administração do CHMT, através da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, disse, por sua vez, que, no período entre o dia 1 e 4 de janeiro

de 2015, o número de atendimentos no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do CHMT, em Abrantes, foi “abaixo do tempo médio de espera previsto”. “O registo foi de 607 episódios, com um tempo médio de espera entre a triagem e o atendimento médico de 1 hora e 23 minutos, um tempo abaixo do tempo médio de espera previsto, inclusive para a cor verde (pouco urgente), do Sistema de Triagem de Manchester, sistema utilizado no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar”. O Conselho de Administração daquele centro hospitalar não confirmou o encerramento da Unidade de Curta Duração Cirúrgica (UCDC) de Abrantes no dia 17 de janeiro, encerramento que chegou a estar previsto, tendo observado que, “para garantir o melhor funcionamento dos serviços prestados aos utentes”, foram abertos procedimentos concursais para a contratação de assistentes operacionais e de enfermeiros, números que não especificou.

Centro Hospitalar reforça números de camas nos hospitais do Médio Tejo O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) anunciou o reforço do número de camas nas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, medida que decorre da “grande afluência de doentes às urgências” do CHMT. O Conselho de Administra-

ção (CA) do CHMT anunciou, no dia 20 de janeiro, que 31 novas camas foram abertas no hospital de Abrantes, onde está concentrada a urgência médico-cirúrgica, iniciativa que “começou a ser implementada desde o período natalício e após a gran-

de afluência de doentes às urgências” do Centro Hospitalar. Em comunicado, a administração do CHMT afirma ter “em preparação” a abertura de 26 camas em Tomar e, caso sejam necessárias, numa fase posterior, mais 26

camas em Torres Novas”, no âmbito do plano de contingência à gripe. “Estes recursos estão preparados para serem utilizados assim que sejam necessários, para que se possam minimizar os constrangimentos decorrentes da eventual afluên-

cia aos serviços de urgência, no período de pico da gripe”, pode ainda ler-se no documento. Segundo os registos do CA do CHMT, os diferentes serviços de urgência do Centro Hospitalar do Médio Tejo realizaram, desde o dia 1 de ja-

neiro, 8.488 atendimentos, e disponibilizaram ainda 15 camas ao Hospital de Santarém em “política de entreajuda e apoio entre os diversos meios hospitalares existentes no distrito de Santarém”.

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6 SAÚDE

FEVEREIRO 2015

Utentes do Médio Tejo anunciam ações populares para novas políticas de saúde

MÁRIO RUI FONSECA

tentes fruto da aplicação de erradas políticas de recursos humanos”. “As sucessivas reestruturações falhadas do CHMT e do ACES Médio Tejo transformaram qualquer necessidade de saúde numa ‘dor de cabeça’ para as populações”, vincou Manuel Soares. Aquele dirigente disse ainda que a CUSSP vai solicitar reuniões à direção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo e ao Conselho de Administração do CHMT para “apresentar propostas concretas para uma organização dos cuidados de saúde que permitam respeitar os interesses das populações, poupar recursos e ter ganhos em saúde”. As estruturas de utentes reiteraram o propósito de “promover uma organização baseada no princípio de cuidados de saúde de proximidade e qualidade”, tendo manifestado, ainda, a “disponibilidade para organizar e calendarizar ações públicas, como reuniões com as populações, vigílias, concentrações e outros protestos que sejam fatores de pressão junto de entidades responsáveis.

Sandra Eunice Reis

“Vamos lançar um abaixoassinado para dar a possibilidade a dezenas de milhares de cidadãos do Médio Tejo de reafirmarem a exigência de uma nova organização dos serviços de saúde, e que deverá passar pela valorização dos cuidados de saúde primários, em centros e extensões de saúde, e pela sua articulação com os cuidados hospitalares prestados pelos hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)”, disse à Antena Livre um porta-voz da CUSSP. Segundo defendeu Manuel José Soares, os três hospitais do CHMT - Abrantes, Tomar e Torres Novas -, “devem ter serviços de urgência, medicina interna, cirurgia e pediatria, para além de desenvolverem as outras valências”. Constituído pelas unidades

hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém. Em conferência de imprensa realizada nas três cidades com hospitais, no mesmo dia e à mesma hora, a 12 de janeiro, a CUSSP apresentou os resultados de um ciclo de reuniões realizadas com diversas estruturas no distrito de Santarém, para “elencar prioridades de ação para 2015”. Das decisões anunciadas, a CUSSP disse que vai pedir, com caráter de urgência, reuniões à Comunidade Intermunicipal de Médio Tejo e às autarquias, com o objetivo de “envolver os autarcas na defesa de cuidados de saúde que respondam às necessidades das populações”, e estabelecer contactos com as estruturas representativas dos profissionais de saúde, com o objetivo de “estudar formas de ação comuns que tenham em vista ultrapassar os constrangimentos exis-

Utentes querem “envolver os autarcas na defesa de cuidados de saúde que respondam às necessidades das populações”

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DR

As Comissões de Utentes da Saúde e Serviços Públicos (CUSSP) do Médio Tejo reiteraram a “exigência de uma nova política” para a saúde, tendo anunciado o lançamento de um abaixo-assinado que visa recolher milhares de assinaturas.

PCP pondera projeto de resolução em defesa dos cuidados de saúde no Médio Tejo

Depois de uma visita não anunciada às urgências de Abrantes, o deputado •António Filipe disse que a resposta “é muito deficiente”

O deputado do PCP, António Filipe, admitiu em Abrantes estar a ponderar apresentar um projeto de resolução à Assembleia da República (AR), relativa à prestação de cuidados de saúde no Médio Tejo. MÁRIO RUI FONSECA

“Comparando a nível nacional, esta é uma das zonas do país com mais dificuldades em relação à prestação de cuidados de saúde, e estamos a avaliar a apresentação de uma medida excecional na AR, uma iniciativa específica de intervenção para o Médio Tejo relativamente aos problemas que aqui se verificam”, concretizou o deputado. Em declarações ao JA, depois de uma “visita não anunciada” às urgências médico- cirúrgicas da unidade hospitalar de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT),

que integra ainda serviço de urgências básicas nos hospitais de Tomar e Torres Novas, António Filipe disse que a resposta “é muito deficiente” ao nível dos cuidados de saúde primários, situação que leva as pessoas a recorrer às urgências hospitalares.

“Largas horas de espera” “Esse facto causa dificuldades nas urgências e as pessoas têm de desesperar com largas horas de espera e, até, infelizmente, com casos de pessoas que acabaram por falecer à espera de atendimento”, notou o deputado do PCP, eleito pelo distrito de Santarém. “O problema na dificuldade de acesso às urgências no CHMT está identificado e é bem conhecido, e tem origem, não apenas em picos de afluência causados por gripes ou outras situações, mas sobretudo

por falta de meios humanos, nomeadamente pessoal médico e de enfermagem”, defendeu. António Filipe reuniu com a diretora do serviço de urgências do CHMT tendo aquela responsável dado conta ao deputado do PCP das dificuldades que existem em matéria de meios humanos, situação que, observou, “teve um reforço, recentemente, mas em número ainda aquém do necessário para acorrer em tempo útil a todas as solicitações”. Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, no distrito de Santarém.


REGIÃO 7

FEVEREIRO 2015

ACES do Médio Tejo tem 30 mil utentes a descoberto e precisa de 16 médicos de família O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, no distrito de Santarém, tem 29.500 utentes sem médico de família, uma situação que só ficaria resolvida com a colocação de 16 médicos, indicou a diretora do ACES.

A diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Sofia Theriaga, revelou que tem cerca de 29.500 utentes sem médico de família, de um total de 228.000 utentes pertencentes a 11 concelhos, sendo os casos de Abrantes (12.000 utentes a descoberto), Ourém (8.100), Torres Novas (6.300), Sardoal (2.000) e Ferreira do Zêzere (1.100) “os mais complicados”. Para colmatar as necessidades de prestação de cuidados de saúde seria necessário contratar 16 médicos, apontou, em declarações à Antena

Livre, tendo o ACES Médio Tejo estado a reforçar junto da população a importância do recurso, em primeiro lugar, às Unidades de Cuidados de Saúde Primários ou contacto com a Linha de Saúde 24 antes de se dirigirem às Urgências Hospitalares. “Temos capacidade de resposta, apesar de dificuldades em alguns concelhos, e os utentes devem procurar, em primeiro lugar, as unidades de saúde de proximidade nos cuidados primários, ao invés de se dirigirem para as urgências dos hospitais”, alertou. Sofia Theriaga afirmou não se verificar um aumento significativo de procura por motivo de doença aguda nas unidades de saúde do ACES do Médio Tejo, tendo observado que a generalidade dos utentes tem tido resposta no próprio dia.

“No ACES Médio Tejo, para além de consultas programadas, existem respostas para casos de doença aguda, e todos os médicos de família têm no seu horário períodos de consulta aberta diários, para dar resposta à doença aguda dos seus ficheiros”, notou, tendo lembrado que existem, igualmente, consultas de recurso, aos utentes sem médico de família, ou cujo médico está ausente, a funcionar durante o fim de semana e feriados. Relativamente ao surto da gripe, a diretora do ACES disse que implementará os mecanismos necessários face a qualquer alteração da procura por parte dos utentes (nomeadamente alargamento do horário de atendimento), garantindo o acesso e prestação de cuidados de saúde à população.

• Sofia Theriaga “As diversas Unidades de Saúde do ACES Médio Tejo estão preparadas para responder a estas medidas e garantir a prestação de serviços de saúde adequados”, reiterou. Segundo observou ainda aquela responsável, o ACES do Médio Tejo foi o que mais vacinas da gripe administrou, no inverno passado, dentro de toda a ARSLVT, com 25.869 vacinações. Com os melhores níveis de vacinação contra a gripe seguiram-se os ACES de Almada-Seixal e Loures-Odiv-

elas, com 22.668 e 22.136, respetivamente. Esta época, observou Theriaga, o ACES do Médio Tejo já suplantou aqueles números, tendo administrado, até ao dia 10 de janeiro, 29.376 vacinas da gripe. Com área territorial de 2.700 quilómetros quadrados, o ACES Médio Tejo cobre os municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, com 10 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, 8 Unidades de Saúde Familiares e 7 Unidades de Cuidados na Comunidade. No total o ACES tem 100 locais de atendimento, cerca de 228.000 utentes, 115 médicos (incluindo 5 médicos de saúde pública), e 188 enfermeiros.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) informou que, até ao dia 27 de fevereiro, algumas unidades de saúde terão um horário de funcionamento mais alargado para fazer face à época gripal. Os locais de atendimento nos Cuidados de Saúde Primários no período do Plano de Contingência da Gripe são, na área de influência do ACES Médio Tejo: Abrantes, em consulta de recurso, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 22:00, de segunda a sexta-feira. Ourém, também na sede da consulta de recurso, das 9:00 às 22:00 (de segunda a sextafeira) e das 9:00 às 19:00, aos sábados e domingos. Torres Novas (Sede - Consulta Recurso) 8:00 às 22:00 (de segunda a sexta-feira). Mário Rui Fonseca

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8 ECONOMIA

FEVEREIRO 2015

MITSUBISHI ADMITE AUMENTAR A PRODUÇÃO NO TRAMAGAL

O ministro da Economia, António Pires de Lima, contou que na reunião que manteve em meados de janeiro com o grupo automóvel Daimler, que detém a Mercedes-Benz, foi estudada a possibilidade de a empresa aumentar a produção no Tramagal, em Abrantes. Pires de Lima falou aos jornalistas em Estugarda, Alemanha, após uma reunião com os responsáveis da Daimler, numa agenda que incluiu a visita a uma fábrica e ao museu da Mercedes-Benz. “Foi importante falarmos sobre a fábrica que o grupo [Daimler] tem em Portugal, no Tramagal”, com a marca Fuso da Mitsubishi, “e que continua a manter um nível de produção interessante, muito dele dirigido para a exportação”, disse o ministro, que esteve dois dias na Alemanha. “Estudámos as possibilidades de crescer a atividade de produção no Tramagal. É claramente esse o objetivo, aproveitando também as boas relações que Portu-

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gal tem com África e com os países lusófonos”, salientou o governante. “É importante apontar pontes para o futuro, foi bom termos demonstrado a nossa disponibilidade para estudar com a Mercedes a possibilidade de outros investimentos, nomeadamente na área dos serviços, em Portugal”, acrescentou. António Pires de Lima sublinhou que Portugal “é hoje um excelente mercado, que atrai multinacionais de todo o mundo para localizar os seus serviços de valor acrescentado de engenharia, de serviços a clientes, de investigação e desenvolvimento e de marketing”. O ministro da Economia, que estava acompanhado pelo secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, sublinhou que a “Mercedes teve em 2014 o melhor ano de sempre em Portugal, o que provavelmente significa que a economia e os consumidores estão mais

confiantes e a economia está a mexer no sentido positivo”. Isto porque “muita da actividade da Mercedes está relacionada com automóveis e veículos comerciais”, disse, revelando que confirmou que a empresa “vai desenvolver acções de formação que deslocarão a Portugal pessoas que ocuparão 35 mil noites de hotéis”. Esta iniciativa, de acordo com o ministro, estará desta vez concentrada na área da Grande Lisboa durante os meses de Maio, Junho, Julho e Agosto. “Isto é uma boa notícia que vem na sequência de um grande esforço que a Mercedes já fez em 2014 e que foi muito apoiado pelo Turismo de Portugal”, concluiu. Segundo Jörg Heinermann, presidente executivo da Mercedes-Benz Portugal, esta foi uma visita “de cortesia” do ministro português à Daimler e que permitiu “ver possibilidades para o futuro”. No entanto, “ainda não temos nada definido a curto prazo”, acres-

centou. “Obviamente que temos iniciativas em Portugal, é um mercado importante para nós, mesmo como vendas”, disse o presidente executivo da empresa. Jörg Heinermann recordou que, no ano passado, o grupo Daimler trouxe a Portugal mais de 30 mil pessoas em termos de formação internacional. Jörg Heinermann destacou que a empresa “está muito perto da economia” e que vê “com grande optimismo o desenvolvimento da economia portuguesa”. Contactada pelo JA, a presidente da Câmara de Abrantes congratulou-se com a notícia “que já não é nova”, observou, tendo lamentado que os problemas das acessibilidades na região não tivessem sido objeto de informação, como seja a nova travessia sobre o Tejo, de ligação Abrantes a Ponte de Sor, no âmbito do IC9, e inscrita há vários em Plano Rodoviário Nacional”.

DR

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Fuso “continua a manter um nível de produção interessante, muito dele dirigido para a exportação”

Mitsubishi Fuso/Radiografia Atualmente com 313 trabalhadores, a fábrica da MFTE em Tramagal/Abrantes produziu 4075 unidades em 2014 (o ano mais produtivo foi o de 2008, com 12 mil unidades), e um volume de negócios de 103,5 milhões de euros (contra os 200 milhões alcançados em 2008). A MFTE comercializa e exporta atualmente para 31 países: Austria; Bosnia; Croatia; CzechRepublic; France; Germany; Hungary; Poland; Portugal; Servia/Montenegro; Romania; Slovakia; Slovenia; Spain; Switzerland; Belgium; Bulgaria; Cyprus; Denmark; Estonia; Finland; Greece; Ireland; Israel; Italy; Latvia; Lithuania; Netherlands; Norway; U.K.; Marrocos.


REGIÃO 9

FEVEREIRO 2015

Em declarações ao Jornal de Abrantes, após a CIMT ter analisado o Plano de Investimentos 2015-2020 e o Plano de Proximidade a Médio Prazo 2015-2019 da Estradas de Portugal, o secretário executivo daquela entidade, com sede em Tomar, disse que os documentos manifestam um conjunto de “omissões muito relevantes relativamente a investimentos essenciais para a melhoria da mobilidade” no Médio Tejo, espaço territorial que agrega 13 municípios do distrito de

Santarém. Entre outros, Miguel Pombeiro destacou a “ausência de uma estratégia” relativamente às passagens rodoviárias entre as duas margens do rio Tejo, “ao arrepio do Plano Rodoviário Nacional” (PRN), e sublinhou o “caráter vago e impreciso” da referência à Ponte Praia do Ribatejo – Constância Sul, onde apenas viaturas ligeiras podem circular. “O Plano apresentado não resolve os problemas das acessibilidades na região e omite outros por completo, como seja a nova travessia sobre o Tejo, de ligação Abrantes a Ponte de Sor, no âmbito do IC9, e inscrita há vários em PRN”, notou. “Por outro lado”, acrescentou Pombeiro, “surge no Plano uma verba de 5 milhões de euros para a ponte

DE 29 DE JANEIRO A 15 DE FEVEREIRO

Miguel Pombeiro critica a “ausência de uma estratégia” relativamente às passagens rodoviárias entre as duas margens do rio Tejo

da Praia, que Constância Sul à Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha, mas não se explica onde e como vão ser investidos. Desconhecemos quais as obras que se preveem executar, se é para alargamento ou reforço para abertura a pesados, enfim, não se percebe a intenção”, destacou aquele

responsável. O secretário executivo da CIMT lembrou ainda a importância para o desenvolvimento económico da intervenção da ER 243, que estabelece a ligação da A23 ao Terminal Multimodal de Riachos, tendo considerado “bastante prejudicial” o “arrastamento da atual situa-

ção até 2018”, altura em que o documento prevê a intervenção. “É também com preocupação que se vê adiar para 2017 a conclusão da requalificação da EN 361 (troço Amiais de Cima – Alcanena), previsto inicialmente para 2015, e estranhamos não haver qualquer referência à requalifica-

ção da Estrada Nacional 238, que liga o concelho da Sertã ao eixo Tomar-Lisboa-Litoral”, acrescentou. “É manifesta a nossa preocupação com os baixíssimos valores de investimento previstos”, notou, tendo reiterado que o Plano “ignora diversas intervenções há muito identificadas e que contribuiriam decisivamente para o adequado desenvolvimento regional, assim como para promover a salvaguarda da coesão territorial”. Com uma população na ordem dos 250 mil habitantes, a CIMT é composta pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha. Mário Rui Fonseca

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A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) manifestou a sua “apreensão e preocupação pelo caráter muito limitado” das intervenções previstas entre 2015 e 2019 para a região, anunciadas pela empresa Estradas de Portugal.

Sandra Eunice Reis

Médio Tejo considera insuficientes investimentos da empresa Estradas de Portugal na região

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10 REGIÃO

FEVEREIRO 2015

Doze dos treze municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) vão ter um conjunto de 36 Espaços do Cidadão, em protocolo assinado no dia 16 de janeiro com a secretaria de Estado para a Modernização Administrativa À exceção do município de Constância, cujo executivo, de maioria CDU, reprovou a assinatura do documento, foram protocolados, ao todo, 35 Espaços do Cidadão (EC) na região do Médio Tejo, onde residem cerca de 250 mil pessoas, sendo os concelhos de Alcanena (com 10 EC), Ourém (5 EC), Abrantes (4 EC) e Tomar (com 3 EC) aqueles que vão receber mais unidades, a disseminar pelos respetivos territórios. Entroncamento, Torres Novas, Mação, Sertã e Vila de Rei vão ter dois EC, e os municípios de Ferreira do Zêzere, Sardoal e Vila Nova da Barquinha vão ficar com um Espaço do Cidadão. O Espaço do Cidadão, que pretende ser um espaço complementar à rede de Lojas do Cidadão, numa lógica de proximidade dos utilizadores e em especial dos que se encontram em territórios

com baixa densidade populacional, é um local onde os cidadãos podem aceder aos serviços digitais disponibilizados pela Administração Central, proporcionandolhes um modelo de atendimento mais rápido e mais próximo. Nos serviços a disponibilizar, numa primeira fase, estão a ADSE, a Caixa Geral de Aposentações, Segurança Social, Portal do Cidadão, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Instituto da Mobilidade Terrestre e Autoridade para as Condições de Trabalho, entre outros, e onde o cidadão pode obter também o registo criminal, renovar uma autorização de residência, revalidar a carta de condução, entre outros. Estes Espaços irão ficar integrados em instalações cedidas pelas autarquias, cabendo a sua gestão, em parte, aos municípios, e outra parte, à AMA – Agência para a Modernização Administrativa. Em declarações ao Jornal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, disse que o momento era “importante” para as populações do Médio Tejo,

DR

Médio Tejo assegura em protocolo 36 Espaços do Cidadão para 12 concelhos

• Novos espaços vão “permitir trabalhar mais em proximidade com o cidadão” “tendo em conta os encerramentos e deslocalizações de serviços públicos que se têm verificado na região, nos últimos anos”. “Os EC vão permitir trabalhar mais em proximidade com o cidadão e congratulamo-nos por isso, mas não podemos deixar de criticar o facto de serem as autarquias a substituírem-se ao Estado central e assumindo competências que não são as suas, como sejam as despesas com contratação de pessoal, des-

pesas correntes e outras”, observou Céu Albuquerque, que também preside à Câmara Municipal de Abrantes. A Câmara Municipal de Constância decidiu “por consenso” não estarem reunidas as condições para aceitar o protocolo proposto pela AMA, no âmbito da criação do Espaço de Cidadão, sendo o único dos 13 municípios do Médio Tejo a não protocolar aqueles equipamentos. Júlia Amorim, presidente da autarquia, da CDU, disse ao JA

que os serviços a prestar pelos EC “são competências da Administração Central e não dos municípios”, que “vão ver aumentar os seus custos com a obrigação da cedência de espaço, responsabilidade financeira pelo acréscimo de despesa com pessoal, consumíveis e comunicações”, entre outros. Por outro lado, foi ainda entendimento da Câmara de Constância “não ser o timing adequado para aceitar protocolar EdC pelo facto de se

realizarem, dentro de poucos meses, eleições legislativas”, manifestando ainda a “intenção de continuar a dialogar com o Governo Central no sentido de encontrar soluções que melhor respondam às necessidades das populações sem colocar em causa a autonomia do Poder Local”. À exceção do município de Constância, cujo executivo reprovou a assinatura do documento, a AMA protocolou, no dia 16 de janeiro, ao todo, 35 Espaços do Cidadão (EC) na região do Médio Tejo, no distrito de Santarém, onde residem cerca de 250 mil pessoas. Segundo a secretaria de Estado para a Modernização Administrativa, na CIM do Médio Tejo já estão em funcionamento três EC (um em Abrantes, um em Mação e outro na Loja do Cidadão de Vila Nova da Barquinha), a que se vão juntar, doravante, 35 novos espaços. Segundo informou a secretaria de Estado da Modernização Administrativa, já existem 133 Espaços do Cidadão em funcionamento espalhados pelo país.

O Centro Ciência Viva de Constância no Ano Internacional da Luz Depois de, em dezembro de 2013, a Assembleia Geral das Nações Unidas ter proclamado 2015 como o ano em que a Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) promoveria, a nível mundial, ações que chamassem a atenção para a importância da luz na vida e bem-estar dos povos, durante o ano seguinte constituíram-se comissões em mais de uma centena de países com o objetivo de preparar programas nacionais próprios. Em Portugal (como noutros países), considerou-se o conjunto de recomendações para que as ações a desenvolver realcem, junto dos

jornaldeabrantes

cidadãos, questões relacionadas com o consumo de energia elétrica - particular e pública - mas também outras aplicações e tecnologias que envolvem luz de vários comprimentos de onda, em áreas tão diversas como a ciência, a indústria, a agricultura, a bilogia, as artes e a medicina. O Centro Ciência Viva de Constância, integrado na Comissão Nacional (http://ail. org), foi incumbido de coordenar atividades no âmbito da “luz cósmica”, tema que abrange desde a “luz radio” emitida de objetos celestes (como algumas galáxias) até aos raios-x e raios gama provenientes de buracos negros e de erupções solares. Para

além de ações em diversos locais do país, coordenadas por investigadores de instituições da região em que tiverem lugar, a “luz cósmica” levará o Centro Ciência Viva de

Constância a alguns pontos do território nacional, proporcionando ocasiões de palestras e atividades práticas, nomeadamente visualizações de aspetos da superfície

solar, observações do céu noturno em ambientes de poluição luminosa diferenciada e fenómenos celestes pouco frequentes como o eclipse do Sol de 20 de março, as estrelas cadentes de agosto ou o eclipse lunar de 28 de setembro. Nas instalações do Centro Ciência Viva a referida variedade de iniciativas será aumentada com as potencialidades de equipamentos que não podem ser deslocados, como o laboratório de holografia ou o observatório solar, com os quais os participantes nas sessões podem partilhar a aplicação de uma luz particular – laser – na produção de imagens ou con-

templar o efeito de luz solar de diferentes comprimentos de onda, traduzido em imagens diversas com destaque para os “bagos de arroz” ou as “protuberâncias”, erupções gigantescas que interferem com o magnetismo terrestre. Os horários de funcionamento do Centro Ciência Viva de Constância (e outras informações) poderão ser consultados em http://constancia.cienciaviva.pt, ou obtidos através de info@constancia.cienciaviva.pt ou telef. 249739066/911588984. Máximo Ferreira

astrónomo e coordenador do Centro Ciência Viva de Constância


REGIÃO 11

FEVEREIRO 2015

A Câmara Municipal de Abrantes decidiu suspender da realização da Feira de São Matias, a primeira no calendário das grandes feiras nacionais, por estarem a decorrer obras no espaço que habitualmente acolhe o certame. MÁRIO RUI FONSECA

A Feira de S. Matias, cujas origens remontam ao século XIII, decorre habitualmente entre os meses de fevereiro e março no espaço adjacente ao Tecnopólo do Vale do Tejo, em Abrantes. A feira conta com carrosséis, carrinhos de choque e outros divertimentos eletromecânicos, a par de restaurantes e dezenas de vendedores do comércio a retalho, das tradicionais barracas de roupa, quinquilharia, cerâmica, utensílios de cozinha e objetos de decoração.

“O espaço do Tecnopólo está em obras e não temos um espaço alternativo com características físicas que permitam acolher este certame, pelo que decidimos suspender a Feira de São Matias deste ano”, disse à Antena Livre a presidente da autarquia à margem da reunião de executivo realizada a 21 de janeiro. Maria do Céu Albuquerque, do PS, disse ainda que as alternativas pensadas “não se mostraram viáveis” - exemplificando com o antigo campo de futebol do Barro Vermelho -, “porque implicariam um investimento provisório de mais de 100 mil euros”, nomeadamente para o abastecimento de energia elétrica. “Pensamos que, em 2016, o evento já possa decorrer num novo espaço da cidade, no Vale da Fontinha, que vai ser objeto de uma profunda requalificação para que possa

Hália Costa Santos

Feira de São Matias não se realiza este ano

Comerciantes disponíveis para viabilizar a feira noutro local mesmo que tenham que investir algum dinheiro

acolher, de forma definitiva, o mercado semanal, o mercado grossista e a Feira de São Matias”, acrescentou. Cerca de duas dezenas de feirantes, provenientes de diversas zonas do país, marca-

ram presença na Câmara de Abrantes, tendo apresentado à autarca diversas propostas para viabilizar a realização do certame. “Se o problema é os 100 mil euros e a questão elétrica, nós

estamos disponíveis para ajudar a resolver a questão”, disse Saul Teixeira, comerciante de farturas, que se deslocou de Aveiro. “Todos os feirantes têm investimento feito em gerado-

res, o que garante a autonomia das máquinas e dos divertimentos. Se, mesmo assim, ainda for preciso realizar algum investimento, estamos disponíveis para o assumir, pela importância que esta feira tem para nós”, vincou. Germano Tavares, feirante residente em Lisboa, disse, por sua vez, que a Feira de São Matias é “importante por ser a primeira feira depois do período de inverno”, e lembrou que os profissionais do setor não trabalham entre outubro e fevereiro/março. “Esta feira não é a mais rentável, mas é importante porque é a primeira do calendário de feiras, porque estamos parados há muito tempo, e porque este é o nosso ganhapão”, referiu, tendo feito notar que há 30 anos que anima a Feira de São Matias com os seus carrosséis e o evento “nunca deixou de se realizar”.

O mês de fevereiro vai assinalar o início da segunda fase de trabalhos na ponte de Abrantes, sobre o rio Tejo, uma intervenção que vai agora incidir no tabuleiro da travessia e que vai proibir a passagem de veículos pesados. MÁRIO RUI FONSECA

O contrato da empreitada para a reabilitação da ponte metálica de Abrantes sobre o Tejo, obra orçada em 2,9 milhões de euros a executar em 18 meses, foi assinado a 30 de janeiro de 2014, prevendo-se a conclusão dos trabalhos no final deste ano. Durante a segunda fase de intervenção na ponte que liga Rossio ao Sul do Tejo a Abrantes, com uma extensão

de 368 metros, será interditada a circulação a veículos pesados, ficando condicionada a uma faixa de rodagem para os veículos ligeiros. O vereador João Gomes, da Câmara de Abrantes, disse ao JA que, até ao dia do início da segunda fase, que não especificou, “vão continuar a realizar-se alguns testes no trabalho efetuado às microestacas e a circulação vai poder efetuar-se, durante alguns dias, especialmente ao fim de semana, sem condicionalismos”. Segundo o autarca, os sinais de trânsito proibitivos da circulação a pesados está a ser colocada na região envolvente, e as pontes alternativas, mais próximas, são as de Alvega/Mouriscas e de Cha-

musca, a 20 e 30 quilómetros, respetivamente. A intervenção, segundo as Estradas de Portugal (EP), surge em antecipação à previsível degradação desta obra de arte, atualmente classificada como estando em estado de conservação (EC) de nível 3 (sendo o nível 5 o pior), e visa a melhoria das condições de segurança e o conforto dos utilizadores desta ligação sobre o rio Tejo. No âmbito da empreitada serão realizados trabalhos de fundação e reforço dos pilares, reparação e proteção da estrutura metálica e das zonas de betão armado, repavimentação e impermeabilização do tabuleiro, beneficiação do sistema de drenagem, colocação

Sandra Eunice Reis

Viaturas pesadas com proibição de passagem na ponte de Abrantes em fevereiro

• Intervenção na ponte visa melhoria de condições de segurança de guardas de segurança e juntas de dilatação, reparação do sistema elétrico e a substituição de todos os elementos danificados bem como a limpeza geral da ponte.

No decorrer das obras será necessário a desinsuflação do açude construído no rio, num período estimado entre seis a oito meses, e que irá abranger os meses de verão. Quanto à iluminação, toda

a instalação atualmente existente será substituída e serão disponibilizadas soluções que visem a sua eficiência energética. A pintura da ponte será também garantida com a realização da obra.

jornaldeabrantes


12 REGIÃO

FEVEREIRO 2015

TEATRO SÃO PEDRO, EM ABRANTES, SEM CINEMA EM 2015

A Câmara Municipal de Abrantes conferiu uma nova designação ao Cineteatro São Pedro, situado no centro histórico da cidade. A autarquia decidiu concentrar a exibição de filmes no Edifício Millenium, em Vale de Rãs, pelo que o São Pedro vai chamar-se apenas Teatro São Pedro.

“A intenção é a manutenção do São Pedro, não como cine, mas como teatro”, disse à Antena Livre a presidente da Câmara de Abrantes. Não faz sentido projetar cinema naquela sala, que é desconfortável e onde o cinema não funciona para massas, como acontecia quando o espaço foi construído e quando, hoje, quem vai ao cinema são grupos mais pequenos”, acrescentou Maria do Céu Albuquerque. “Havendo uma sala como a do Millenium, com máquina digital, os custos de contexto são muito mais pequenos”, acrescentou.

Quem não concorda com a decisão é a direção do Cineclube Espalhafitas, da Associação Palha de Abrantes, a trabalhar na área do cinema há 13 anos no São Pedro, e que se vê obrigado a mudar de armas e bagagens para outro local. Em declarações à Antena Livre, Lurdes Martins, presidente da Palha de Abrantes, disse que a decisão apanhou os responsáveis “desprevenidos” uma vez que “a Associação tomou conhecimento, através do Jornal de Abrantes (edição de dezembro de 2014, n.º 5526, ano 115), de que a autarquia decidiu unilateralmente acabar com o cinema no centro histórico da cidade”. A dirigente contestou a “falta de diálogo”, até porque “nenhum responsável da Associação Palha de Abrantes foi informado ou chamado para discutir ou debater questões relativas ao cinema” e criticou ainda a anunciada

Hália Costa Santos

Cineclube Espalhafitas “rejeita” exibir no Millenium

Lurdes Martins, da Associação Cultural Palha de Abrantes, critica a decisão e a “falta de diálogo”

deslocalização por entender que o centro histórico precisa deste tipo de atividades culturais. “Rejeitamos, a extinção de mais uma oferta a nível cultural do centro histórico da cidade. Rejeitamos

que o cinema, tal como o Arquivo Histórico e tantos outros serviços de utilidade pública, saiam da cidade.” “Para além da exibição e projeção, promovemos trabalho de produção e realiza-

ção, para além de arquivo e registo. O Millenium não é alternativa para nós até porque nascemos no centro histórico e é aqui que queremos continuar a promover atividades culturais”, vincou a dirigente

associativa, relativamente ao Cineclube de Abrantes, localidade onde está sediada a presidência da Federação Portuguesa de Cineclubes. O vereador com o pelouro da Cultura na Câmara de Abrantes, Luís Dias, disse, por sua vez, que a decisão da autarquia é “perfeitamente legítima do ponto de vista organizativo”, tendo destacado que o espaço Millenium permite uma “otimização de recursos numa sala que está bem apetrechada” e que proporciona “outro conforto, a par da necessária transição para a projeção digital”. Desde o início do ano, que o Espalhafitas tem utilizado o Sr. Chiado, localizado no centro histórico da cidade, para a exibição de filmes às quartas-feiras, pelas 21h30, uma situação que pretendem manter “por agora”, deixando em aberto uma outra solução futura. Joana Margarida Carvalho / Mário Rui Fonseca

2ª GALA DO CLUBE DESPORTIVO “OS PATOS”

O Clube Desportivo “Os Patos”, de Rossio ao Sul do Tejo, promoveu a sua 2ª Gala da Canoagem numa homenagem a cerca de 42 atletas, entre infantis, iniciados, cadetes, juniores, seniores e veteranos. A cerimónia, que juntou os atletas homenageados, familiares, amigos e algumas individualidades locais e nacionais, como o presidente da Federação de Canoagem, Vítor Félix, e o presidente da Associação de Canoagem da Bacia do Tejo, Óscar Soares, decorreu no dia 17 de janeiro, no AquaClub, por volta das 16h00. José Miguel Trigo, responsável pela seção de canoagem do clube desportivo, referiu a todos os presentes os diversos resultados alcançados a nível nacional, admitindo que foram “resultados alcan-

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çados com um orçamento diminuto e em algumas provas com barcos emprestados”. O responsável referiu-se aos atletas, pedindo compreensão por algumas limitações que a seção reúne, nomeadamente com as obras na ponte que têm levado a que todos os atletas tenham de treinar em Belver, apelando a uma mobilização da comunidade na resolução de algumas lacunas. “Pedimos compreensão para o facto de ainda não termos conseguido balneários e instalações mais adequados à prática da modalidade, não termos conseguido a introdução da canoagem no desporto escolar, não termos conseguido um cais flutuante para a entrada e saída das canoas, que o açude se mantenha insuflado, embarcações mais competitivas e maior

Carlos Soares

“A nossa canoagem é um projeto consolidado”

Os desportistas precisam que a comunidade ajude a colmatar algumas das dificuldades

compreensão por termos de ir para outro concelho treinar”, enumerou o dirigente. José Miguel Trigo acrescen-

tou que “tudo isto está ameaçar” a actividade do clube, deixando, por isso, apelo à sociedade civil para ajudar “a

colmatar estas lacunas”. Hélder Rodrigues, presidente da direção do Clube Desportivo os Patos, admitiu

que o nível praticado pelos atletas de canoagem é um nível de excelência e que os Jogos Olímpicos podem ser uma realidade. “A nossa canoagem é um projeto consolidado, de referência que fala por si. Temos conseguido resultados de destaque, de excelência e agora o desafio é manter estes níveis. Ao levantarmos a possibilidade que a nossa canoagem pode vir a estar representada nos Jogos Olímpicos é algo que nos deixa um quanto arrepiados”. Por sua vez, Luís Dias, vereador com o pelouro do desporto na CM de Abrantes, salientou a importância da cerimónia realizada, sendo para o vereador um motivo de orgulho os resultados alcançados pelo clube desportivo rossiense. Joana Margarida Carvalho


SARDOAL 13

FEVEREIRO 2015

Bombeiros “Canarinhos” vão manter posto em Sardoal na época de incêndios

As obras do quartel para a Base Permanente para o Grupo de Santarém da Força Especial de Bombeiros “Canarinhos”, que está a ser construído em Almeirim, devem estar concluídas durante o primeiro trimestre deste ano, mas esta obra “não implica que os Canarinhos deixem de estar no Sardoal na época de incêndios”, disse ao Jornal de Abrantes o presidente da autarquia, Miguel Borges. O quartel começou a ser construído em março de 2014, representa um investimento de cerca de 500 mil euros e é a primeira infraestrutura do seu género a ser construída de raiz, permitindo acomodar em permanência 60 homens e mulheres, e ficando dotada de todas as condições materiais necessárias ao desempenho das funções de proteção e socorro em todo o distrito de Santarém. Nos 600 m2 a edificar, incluem-se áreas de trabalho, de lazer, de refeições, de uma sala de formação, bem como acomodação para a totalidade do Grupo, aliando funcionalidade com es-

DR

Construção do novo quartel para a Força Especial de Bombeiros, em Almeirim, deve estar pronto no primeiro trimestre deste ano, e vai ser a Base da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

• Presidente diz que a saída da força especial de bombeiros não prejudica o território, oposição socialista contesta treitos requisitos estéticos. Depois de construída, será a Base cedida à Autoridade Nacional de Proteção Civil, e acomodará a FEB e os profissionais do Comando Distrital de Operações de Socorro, a funcionar atualmente em instalações provisórias, também na zona industrial de Almeirim. A mudança dos “Canarinhos” do Sardoal para as instalações na zona industrial de Almeirim é um tema que, de forma cíclica mas recorrente, é avançada pela imprensa e alvo de

questões levantadas pelos deputados da oposição ao atual executivo municipal de Sardoal, mas que Miguel Borges, do PSD, presidente da autarquia, desvaloriza, reafirmando a importância da presença da FEB na zona norte do distrito de Santarém para os combates imediatos aos incêndios numa fase inicial. “Esta Força não pode estar apenas centrada num local, deverá estar onde há necessidade. Numa situação de inverno esta Força estará onde é comum aconte-

cerem cheias, mas no verão estará centralizada por cá”, explicou o autarca. “O Centro de Comando estará sediado em Almeirim, mas será mantida uma equipa em permanência no Sardoal com homens prontos atuar. O território não ficará desprotegido, muito pelo contrário, a ideia é que estejam em permanência pela região, numa maior abrangência, até porque não podemos ter centro de comandos em todo o lado”, vincou o presidente.

“Irresponsabilidade política” Contactado pelo JA, o vereador Fernando Vasco, do PS, que tem lembrado, com insistência, os fundamentos do protocolo assinado em 2008, considerou que “o não cumprimento pelo município do Sardoal do protocolo celebrado com a ANPC”, em 12 de junho de 2008, que previa a instalação e localização da sede distrital dos “Canarinhos” no concelho do Sardoal, “foi a maior irresponsabilidade política

concelhia ocorrida nos últimos 20 anos”. E explica: “Porque permitiu, por incumprimento do contrato pelo município, que a ANPC rescindisse tacitamente o mesmo e celebrasse outro para o mesmo efeito com o município de Almeirim.” Segundo defendeu aquele vereador, “Sardoal perdeu, por provincianismo, a oportunidade de ter, a custo zero, a sede distrital dos Canarinhos no seu concelho e o consequente desenvolvimento operacional, infraestrutural e social que isso representaria”. Nos últimos meses tem havido várias especulações sobre a continuidade da Força Especial de Bombeiros ‘Canarinhos’ atendendo aos custos que tem para a Autoridade Nacional de Proteção Civil. E há quem avance que a FEB vai acabar, informações que não são confirmadas pelos seus responsáveis. Contactado pelo JA, o responsável máximo da Proteção Civil, Major General Francisco Grave, disse que a Força Especial de Bombeiros “encontra-se a funcionar sem qualquer alteração ao seu dispositivo”, não confirmando a saída dos Canarinhos da zona Norte do distrito, onde estão atualmente (Sardoal), nem o fim da FEB. Mário Rui Fonseca e Joana Margarida Carvalho

Na Rota do Javali é o quarto percurso pedestre, de uma rede inicial de quatro, inaugurado no concelho de Sardoal, no dia 18 de janeiro, em Andreus. O percurso tem cerca de 10 quilómetros, uma duração aproximada de duas horas e meia, e um grau de dificuldade considerado fácil. Nos últimos quatro meses já foram inaugurados os três primeiros percursos desta rede: a “Via Romana”,

em Valhascos, o “Trilho do Pastor”, em Sardoal, e a rota “Do Pão ao Vinho”, entre a Lapa (Cabeça das Mós) e Entrevinhas. A recuperação e preservação do património cultural, ambiental e natural, a possibilidade de dar a conhecer este património de forma estruturada, organizada e integrada, a par da dinamização do turismo natureza, são objetivos da autarquia, destacou o presi-

dente da Câmara Municipal de Sardoal, Miguel Borges. A inauguração deste percurso integrou-se na celebração do 34.º aniversário da Associação de Moradores de Andreus, sendo que, neste âmbito, os caminhantes puderam par ticipar num almoço convívio, cuja ementa teve como destaque o javali.

CM Sardoal

Sardoal inaugurou percurso pedestre “Na Rota do Javali”

• Conhecer o património de forma estruturada e organizada é o objetivo jornaldeabrantes


14 REGIÂO

FEVEREIRO 2015

Mulher queixa-se de ter ficado sem apoio social devido a comentário em facebook Uma mulher beneficiária do Rendimento Social de Inserção (RSI), residente em Abrantes, queixa-se de lhe ter sido retirado o apoio após ter publicado na rede social ‘facebook’ que iria viajar. MÁRIO RUI FONSECA

“Eu nunca saí do país, nem podia andar devido ao estado físico em que me encontrava. Vivo em casa dos meus pais, tenho dois filhos menores, fiquei sem trabalho devido ao acidente, e agora a Segurança Social tira-me os 285 euros de Rendimento Social de Inserção (RSI) por causa de uma brincadeira no facebook. É uma injustiça muito grande”, disse ao JA a ex-beneficiária. Maria, de 39 anos, contou que esteve entre junho e outubro nos hospitais de Abrantes e Tomar a recuperar de um acidente de viação, com duas intervenções cirúrgicas à perna direita, tendo decidido partilhar com os amigos, no dia 31 de outubro, e através da rede social ‘facebook’, a “alegria por finalmente ir tirar os parafusos à perna e iniciar o período de reabilitação”. “Estou no aeroporto de Lisboa a viajar para a Suíça”, escreveu na sua página pessoal, fazendo acompanhar o comentário com uma imagem de uma mulher em cima de várias malas de viagem. Duas semanas mais tarde, no dia 14 de novembro, em documento a que o JA teve acesso, a Segurança Social es-

• Imagem colocada no facebook creve a Maria Conceição informando-a da cessação do RSI, alegando a alínea a do artigo 22.º (ausência do país). Maria recorreu, protestou e encaminhou documentos, atestados médicos e fotografias a comprovar onde esteve durante o período em causa. Apesar dos argumentos da mulher, a Segurança Social de Santarém manteve a mesma leitura dos factos: “analisada a resposta apresentada (…) a proposta de decisão foi mantida. Deixaram de se verificar os requisitos e condições de atribuição (alínea a) do artigo 22.º (ausência do país)”, pode ler-se no documento. “Agora pediram-me para juntar uma declaração do presidente da Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo a certificar que eu nunca tinha saído do país”, acrescentou, adiantando que a de-

claração da Junta de Freguesia “já seguiu” para o Instituto da Segurança Social “a par de uma reclamação por escrito” a explicar porque publicou aquele comentário na rede social. Luís Alves, presidente da Junta da União de Freguesias de Rossio e São Miguel, confirmou ao JA ter “passado o documento a certificar que Maria reside na localidade há, pelo menos, dois anos”. “Falta bom senso em alguns serviços, mas é claro que passámos atestado de residência a dizer que a Maria reside em Portugal há mais de dois anos. São pessoas que precisam deste apoio e parece que o ISS pretende, mais do que incluir, excluir pessoas do sistema. Este processo é escandaloso”, desabafou o presidente da União de Freguesias de São Miguel e Rossio ao

• Carta do Instituto de Segurança Social que confirma o fim do pagamento do RSI Sul do Tejo, Luís Alves. O ISS informou, entretanto, que “no seguimento dos diversos incumprimentos ocorridos ao longo do contrato de inserção, foi cessado o direito à prestação de RSI, perdendo

a beneficiária o direito à prestação”. Não abordando a questão da “ausência do país”, o Instituto da Segurança Social acrescenta que, “com base na informação prestada pelo Cen-

tro de Emprego, a beneficiária frequentou diversas ações de formação, não tendo concluído nenhuma por motivos de desistência da própria, não cumprindo assim o estipulado no contrato de inserção”.

O arquiteto Duarte CastelBranco, que trabalhou em planos urbanísticos em Lisboa, Porto e Abrantes, morreu no passado dia 4 de janeiro, aos 86 anos, em casa, em Abrantes, disse à Lusa fonte da família, Nascido em Macau, em julho de 1928, de uma família de Abrantes, e diplomado em Arquitetura, no Porto, Duarte de Castro Ataíde Castel-Branco diplomou-se em Arquitetura com 20 valores, no Porto, ten-

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do doado, em 2007, ao município de Abrantes, a coleção documental do seu trabalho, à guarda do Arquivo Histórico Municipal Eduardo Campos. Em Itália e em França completou a sua formação com estudos de urbanismo, área em que trabalhou nomeadamente em Lisboa, colaborando no Plano Diretor de Lisboa, e no Porto, no Plano Geral de Urbanização e Plano Diretor Municipal, tendo desenvolvido uma

intensa atividade como professor, urbanista e arquiteto. Em Abrantes, e enquanto arquiteto, a ele se devem o edifício-sede do Grémio da Lavoura, os blocos habitacionais na rua de Goa, o Monumento a D. Nuno Alvares Pereira, localizado no Outeiro de S. Pedro, e o projeto de restauro de parte do Convento de S. Domingos para a instalação da atual Biblioteca Municipal António Botto. No Porto, desenhou a

ponte de S. Francisco. Em Abrantes, e entre outras manifestações cívicas, Duarte Castel-Branco foi presidente da Assembleia Geral da Tubucci-Associação de Defesa do Património da Região de Abrantes. Atualmente era professor catedrático da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa. LUSA

DR

Morreu o arquiteto Duarte Castel-Branco

Castel-Branco, à direita, na Biblioteca Municipal •António Botto


REGIÃO 15

FEVEREIRO 2015

Os autarcas do Médio Tejo, no distrito de Santarém, autores de uma petição a favor da “não desqualificação/extinção dos tribunais” na região, defenderam no Parlamento a reposição de competências de âmbito criminal e civil naquelas estruturas.

Os 13 autarcas do Médio Tejo dizem que em causa está o “grave esvaziamento de competências de âmbito criminal e civil em toda a região”, o fecho dos tribunais de Mação e Ferreira do Zêzere, a passagem do tribunal de Alcanena a “mera secção de proximidade” e o “desmantelamento” do círculo judicial de Abrantes, que perdeu as instâncias cível e criminal, que ficaram concentradas em Santarém, na vizinha Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

“Isto implica que os cidadãos têm de se deslocar sempre a Santarém para tratar destes assuntos, a mais de 80 quilómetros de distância de Abrantes, por exemplo, uma medida que não faz sentido”, disse a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque. A implementação do decreto-lei do regime de organização e funcionamento dos tribunais judiciais levou ainda, em setembro do ano passado, ao fecho do Tribunal de Trabalho e de Família e Menores de Abrantes, que passou para Tomar. “Queremos que o Governo corrija o decreto-lei e permita o desdobramento das instâncias cível e criminal para a região do Médio Tejo”, defendeu Céu Albuquerque, que também preside à Câmara de

DR

Autarcas do Médio Tejo defendem no Parlamento reposição de valências em tribunais

Críticas sobre o “esvaziamento de competências” nos tribunais do Médio Tejo levadas à Assembleia da República

Abrantes, uma pretensão defendida em petição apresentada no dia 23 de setembro e subscrita por “mais de cinco mil pessoas”. “Já fomos ouvidos por todos os partidos com assento na Assembleia da República

(AR), a quem demos conta de como a população está a ser gravemente prejudicada em termos de custos de contexto e de distanciamento de acesso à justiça, pelo que, o que queremos é o desdobramento das duas instâncias, a exemplo do

que sucedeu noutros distritos e sub-regiões”, vincou a presidente da CIMT. A autarca de Abrantes criticou, ainda, os vários pedidos “infrutíferos” de audiência ao Ministério da Justiça. No âmbito da audição dos

primeiros subscritores da petição, que decorreu no dia 20 de janeiro na AR e em que foram convocados os autarcas dos municípios “mais afetados” pela adoção do novo mapa judiciário, Maria do Céu Albuquerque disse à Antena Livre esperar que a mesma “resulte numa recomendação ao Governo”. “Uma recomendação que o Governo possa acatar, e que, com isso, os 250 mil habitantes do Médio Tejo vejam as suas pretensões atendidas”, vincou. Com uma população de cerca de 250 mil habitantes, a CIMT é composta pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha. Mário Rui Fonseca

Fernando Baio

Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo tem novo parque infantil

Renovação ficou em cerca de 30 mil euros, contando com comparticipação da Associação de Pais

A Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo voltou a contar, no dia 15 de janeiro, com o seu parque infantil renovado e remodelado, com equipamentos dos mais modernos e adequados às crianças da escola, quer do ensino préescolar, quer do 1º Ciclo do Ensino Básico. Embora a chuva persistente não tivesse colaborado na festa de inauguração, foram muitas as crianças, educadores e encarregados de educação que se juntaram na Bi-

blioteca Escolar e Centro de Recursos da Escola, para escutarem os discursos de todos aqueles que uniram esforços para procederem a esta renovação, avaliada em cerca de 30 mil euros, e há muito ansiada por toda a comunidade escolar. A remodelação do parque infantil da Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo, orçado em cerca de 30 mil euros, resultou da sinergia entre a Associação de Pais, que comparticipou com 12.600 eu-

ros na aquisição e aplicação do pavimento de segurança dos equipamentos, a Junta de Freguesia de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, que investiu cerca de 8 mil euros nos trabalhos de construção civil e em materiais de construção, e o município de Abrantes, que comparticipou com cerca de 9 mil euros na recuperação dos equipamentos infantis existentes e na colocação de um novo equipamento. MRF

jornaldeabrantes


16 REGIÃO

FEVEREIRO 2015

VN Barquinha: Comandante Carlos Gonçalves troca bombeiros da Barquinha pelos Municipais de Tomar Carlos Gonçalves vai ser o novo comandante dos Bombeiros de Tomar, substituindo no cargo Manuel Mendes, que se reformou. Carlos Gonçalves, 54 anos, atual comandante dos bombeiros voluntários de Vila Nova da Barquinha aceitou o convite da autarquia e irá ser coadjuvado por Vítor

Tarana (2.º comandante) e ainda pelos adjuntos Paulo Silva, Paulo Freitas e Vítor Bastos. Carlos Gonçalves é técnico superior no Município da Barquinha e foi eleito recentemente presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém, que integra como filiadas as 21 associações de bom-

Vila de Rei: II Concurso de Arte Digital incentiva criatividade juvenil A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em parceria com o Agrupamento de Escolas, a Rede de Bibliotecas Escolares e a Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, está a organizar a segunda edição do “Concurso de Arte Digital”. A iniciativa, a decorrer até dia 27 de março, tem como objetivo a produção de trabalhos na área do desenho digital, incentivando a cri-

atividade e a arte neste setor, quer no espaço escolar, quer para a população em geral. O concurso estará dividido em três escalões etários (10 aos 15 anos de idade, 16 aos 18 anos e maiores de 19 anos), havendo um prémio monetário para o vencedor do concurso em cada escalão.

Abrantes: Luís de Matos vai espalhar o “Chaos” no Teatro São Pedro

beiros voluntários e as sete câmaras que têm corpos de bombeiros municipais. Carlos Gonçalves será substituído pelo atual adjunto do comando, Jorge Gama, que assumirá a liderança dos bombeiros voluntários de Vila Nova da Barquinha.

Abrantes: Fadista Raquel Tavares no Teatro São Pedro O Teatro São Pedro, em Abrantes, vai receber, no dia 13 de fevereiro, a fadista Raquel Tavares, pelas 21h30. Raquel Tavares, é hoje considerada como uma das mais importantes vozes do fado contemporâneo, tendo cantado pela primeira vez quando tinha 5 anos de idade, e aos 12 anos já participava em concursos de fado, conseguindo conquistar 14 primeiros lugares. A fadista inicia assim, a sua carreira profissional aos 17 anos, onde a convite do fadista Fernando Maurício, estreia-se a cantar em casas de fado por toda a cidade de Lisboa, conseguindo em 2006 editar o seu primeiro disco “Raquel Tavares”, vencedor dos prémios Amália Rodrigues e Casa da Imprensa, na categoria de revelação. Em 2014, a fadista cantou

O mágico Luís de Matos, que anda em digressão pelo país a apresentar o espetáculo “Chaos”, vai estar no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 31 de janeiro, às 21h30. Com um trabalho reconhecido a nível nacional e internacional, Luís de Matos é o mágico português mais premiado, tendo sido distinguido em 2013 com o “Magic Golden Grolla”, um

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dois mais prestigiados prémios italianos atribuído aos melhores artistas na área do cinema, televisão, música e magia. Os bilhetes para este espetáculo, com duração de cerca de 90 minutos, podem ser comprados no Posto de Turismo de Abrantes ou na bilheteira do Cineteatro São Pedro, no dia do evento.

O executivo da Câmara Municipal de Sardoal aprovou uma redução de 5% nas tarifas fixas de água, saneamento e resíduos para os estabelecimentos comerciais e industriais, anunciou a autarquia. Da atualização de tarifas de Abastecimento Público de Água, Gestão de Resíduos Urbanos e Saneamento de Águas Residuais e Urbanas para o ano 2015, destaca-se ainda a decisão do município em manter os preços praticados no ano

2014 relativos às tarifas fixas e variáveis de todos os serviços, com exceção da tipologia Estabelecimentos Comerciais e Industriais. Em nota de imprensa, a Câmara de Sardoal observa que esta deliberação “tem por base as dificuldades que a economia local atravessa, e pretende incentivar e apoiar a manutenção e instalação de pequenas e médias empresas” no concelho, assim como o comércio local.

Abrantes: Encontro Ibérico do Azeite de 27 de fevereiro a 1 de março

e encantou na Feira do Livro de Bogotá e no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquéz, na Colômbia, onde deu forma ao mote escolhido para a comitiva Portuguesa “Da minha língua vêse o mar”. O espetáculo vai decorrer, essencialmente, sobre os temas que a artista desenvolveu ao longo da sua carreira, podendo ainda contar com alguns temas novos.

Constância: Filarmónica Montalvense assinala XXIX aniversário Fundada a 24 de Janeiro de 1986, por elementos que então faziam parte da Junta e Assembleia de Freguesia de Montalvo, a Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro promoveu, no passado dia 24 de janeiro, o seu XXIX Aniversário. As cerimónias contaram com um desfile pelas ruas da freguesia, uma homenagem a todos os músicos da Banda Filarmónica que completaram 5, 10, 15 e 20 anos de atividade musical e um concerto de aniversário denomina-

Sardoal: Autarquia reduz em 5% tarifas fixas de água, saneamento e resíduos

do “Músicas do Mundo”. Ao longo da sua existência a Banda Filarmónica de Montalvo tem tido uma diversificada atividade através do acompanhamento de cerimónias religiosas e espetáculos realizados de norte a sul do país, no Arquipélago dos Açores e, ainda, em França. Atualmente, a Banda Filarmónica é composta por 35 músicos com idades compreendidas entre os 13 e os 32 anos, sendo dirigida pelo maestro Miguel Alves.

De 27 de fevereiro a 1 de março a cidade de Abrantes volta a receber mais uma edição do Encontro Ibérico do Azeite, um evento que conta com debates, demonstrações culinárias e cursos em torno da temática do azeite. Durante três dias, o certame promove um Fórum para profissionais, mas também muitas iniciativas para o público em geral, nomeadamente provas, cursos e

demonstrações culinárias. Segundo a organização, o evento pretende dar continuidade à estratégia de promoção do azeite produzido no concelho. O terceiro Encontro Ibérico do Azeite, ainda sem programa oficial, é organizado pelo município de Abrantes e pela Tagus – Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior.

Abrantes: Autarquia lança Comunidade Leitora A Câmara Municipal de Abrantes abriu as inscrições até ao dia 31 de janeiro para todos os interessados em aderir à Comunidade Leitora Abrantina. Em nota de imprensa, a autarquia explica que a Comunidade Leitora Abrantina tem como objetivo fo-

mentar o debate sobre diferentes obras literárias, através da organização de encontros e com propósito de tornar a leitura mais estimulante, onde poderá existir reflexão, troca de ideias e confronto dos diversos pontos de vista da leitura. JMC/MRF


EDUCAÇÃO 17

FEVEREIRO 2015

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) está a preparar um conjunto de Cursos Técnico Superiores Profissionais (CTeSP), que são uma nova Formação Superior Politécnica com funcionamento previsto para o próximo ano letivo e que respondem às prioridades e necessidades da economia do Médio Tejo. Atento às necessidades do mercado e da região do Médio Tejo, onde se encontra inserido, o IPT tem previsto o funcionamento destes novos cursos nas mais variadas áreas estratégicas, delineadas tendo em conta as áreas de formação do Politécnico de Tomar ao nível dos cursos de licenciatura, mestrado e pós-graduação e as áreas de especialização onde o IPT tem já uma tradição de produção de conhecimento, prestação de serviços e articulação com o setor produtivo. São elas: Contabilidade; Fiscalidade; Gestão; Turismo Cultural; Recursos Humanos; Marketing Digital; Modelação 3D; Dispositivos Móveis; Sistemas Mecatrónicos; Som e Imagem; Bases de Dados; Conteúdos Digitais; Construções Mecânicas; Reabilitação Urbana; Recursos

Renováveis; Curtumes; Gestão de Qualidade, Controlo e Segurança alimentar; Qualidade Ambiental; Sistemas de Informação; Design Multimédia; Proteção Civil; Manutenção de Instalações Elétricas e Equipamentos Industriais e Eletrónica, Automação e Eletrotecnia. Em funcionamento encontrase já o TeSP em Produção Artística para a Conservação e Restauro.

te mercado de trabalho, no sentido de maiores ganhos de produtividade, crescimento sustentado da economia regional e aumento do emprego cada vez mais qualificado. Estes cursos são também dirigidos aos jovens que pretendem retomar os estudos e aos ativos que procurem requalificação nas suas áreas de formação”. Estes cursos irão funcionar também deslocalizados do campus do IPT, em regiões definidas tendo em conta uma ótica de crescimento inteligente do Médio Tejo. Os alunos que optarem por este tipo de formação superior adquirem e desenvolvem as técnicas específicas necessárias para iniciar uma atividade profissional, a possibilidade de prosseguimento de estudos bem como a integração imediata numa empresa através do estágio assegurado pelo IPT através do estabelecimento de protocolos com parceiros institucionais estratégicos e preponderantes na economia regional e nacional. No final, estes cursos conferem um diploma de técnico superior profissional de nível 5 do Quadro Nacional de Qualificação (QNQ) e da Classifica-

Responder ao “exigente mercado de trabalho” A este propósito, João Coroado, vice-presidente do Instituto Politécnico de Tomar afirma que “os CTeSP estão a ser preparados no sentido da consolidação da oferta formativa a disponibilizar pelo IPT em toda a região do Médio Tejo. Para o efeito, a formação que está a ser ministrada, no âmbito da formação profissional do ensino secundário e da Rede de Formação Tecnológica na região, está a ser a chave para permitir a escolha de percursos formativos que vão dotando os formandos de mais competências, conhecimentos e aptidões especializadas e que respondem ao exigen-

DR

Instituto Politécnico de Tomar prepara Cursos Técnico Superiores Profissionais para o Médio Tejo

• A nova oferta formativa do IPT vai ser descentralizada por vários concelhos da região ção Internacional Normalizada da Educação (ISCED). Estes Cursos Técnico Superiores - com a duração de quatro semestres letivos a que correspondem 120 unidades de créditos e cuja propina mensal rondará os 50 euros destinam-se a titulares de um curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente, a todos os que tenham sido aprovados nas provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do

ensino superior dos maiores de 23 anos. Podem ainda candidatar-se ao acesso aos cursos técnicos superiores profissionais os estudantes que, tendo obtido aprovação em todas as disciplinas dos 10.º e 11.º anos de um curso de ensino secundário, ou de habilitação legalmente equivalente, e não tendo concluído o curso de ensino secundário, sejam considerados aptos através de prova de avaliação de capacidade a realizar pela instituição de ensino superior.

A vertente de apoio social aos alunos que frequentem estes novos cursos reflete-se na possibilidade de atribuição de bolsa de estudo, complementos de bolsas de estudo para alojamento, complementos de bolsas de estudo para transportes de alunos das Regiões Autónomas, auxílios de emergência, acesso a unidades alimentares a preços sociais, acesso a alojamento; atribuição de bolsas de mérito e atribuição de bolsas de estudante-colaborador.

Sofia Silva Mota, docente da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, tomou posse como diretora desta instituição no dia 14 de janeiro, numa cerimónia que reuniu no auditório da ESTA o presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Eugénio Pina de Almeida, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, bem como diversas entidades oficiais convidadas. Sofia Mota leciona na ESTA desde a sua fundação, há cerca de 16 anos. Em declarações ao Jornal de Abrantes, destacou “os desafios que se levantam no futuro” relativamente à escola, reforçando que “serão criadas equipas de trabalho para concretizar todos os objetivos que foram

apresentados”, tais como a contribuição para a promoção e atratividade da região. Eugénio Pina de Almeida, presidente do IPT, destacou o “dinamismo muito particular da ESTA”, reconhecendo que é um momento “de novos desafios para a nova diretora”. Quanto ao futuro, que engloba novas instalações no Tecnopolo, a nova diretora concluiu: “As obras para a transferência dos laboratórios da Escola para novas instalações já começaram e esperamos que no próximo ano letivo possamos começar as aulas nesses espaços. Trabalharemos sempre para o conseguir.” Joana Madeira, Márcia Gomes e Sérgio Aleluia, alunos de Comunicação Social da ESTA

Sandra Eunice Reis

Sofia Mota é a nova diretora da ESTA

• Sofia Mota com os três anteriores responsáveis pela Escola Superior de Tecnologia de Abrantes jornaldeabrantes


18 EDUCAÇÃO

FEVEREIRO 2015

ALUNOS DO ENSINO ARTÍSTICO DE ABRANTES FORAM A LISBOA PARA APRENDER COM OS MÚSICOS DA ORQUESTRA GULBENKIAN

SANDRA EUNICE REIS

A Escola Dr. Manuel Fernandes, do Agrupamento nº 2 de Abrantes, é uma das escolas públicas que investe numa educação alternativa no ensino básico. Desde o início deste ano letivo, os alunos, ao findarem o 4º ano de escolaridade, podem escolher entre o ensino regular e o ensino artístico especializado. No ensino artístico especializado os alunos, para além de terem as disciplinas normais e regulares de todas as outras escolas, fazem também uma aprendizagem no mundo da música, por exemplo. Desta forma, estes alunos que querem aprender música não têm que se deslocar a outras instituições de ensino para o fazer. Pode considerar-se que quem frequenta este ensino está a ter uma formação equivalente ao que se oferece em conservatórios e escolas de música. O professor e diretor do Agrupamento de Escolas nº2, Alcino Hermínio, acentua a importância de dar uma educação alternativa desde cedo e, neste caso, aprendendo especificamente mais sobre música. Para além de apostarem num ensino especializado, apostam igualmente em visitas e outras atividades dentro do mundo da música. “Estas visitas (de estudo) são um estímulo e é importante que eles tenham estas experiências enriquecedoras. Queremos apostar também neste tipo de for-

jornaldeabrantes

mação. Pô-los em contacto com instituições de prestígio e de qualidade .... “ Na chegada a Lisboa, os 30 alunos do 5º ano que constituem a primeira turma deste ensino artístico especializado da Escola Dr. Manuel Fernandes, já se preparavam para seguir as ordens dadas pelos professores sobre como o dia viria a ser organizado. A visita à Fundação Gulbenkian, começou pela Sala do Coro, onde já os aguardava aquele que viria a ser o professor responsável por lhes falar mais de música, instrumentos, inspiração e empenho. Ainda antes de iniciarem o workshop programado, os alunos tiveram a oportunidade de assistir ao ensaio da Orquestra Gulbenkian. A admiração e o respeito pelos músicos mais crescidos era visível e audível, visto que, com apenas 10 anos de idade, 30 crianças estavam em completo silêncio e a observar atentamente toda aquela imensidão de músicos e instrumentos em palco. Ao serem questionados sobre o que tinham mais gostado daquela manhã, as respostas não eram muito distintas. “O que eu mais gostei foi da aula (workshop) onde aprendemos a ser músicos de orquestra. Também gostei muito de assistir ao ensaio. Nunca tinha visto um oboé na minha vida “, dizia uma das alunas. No fim do dia, altura em que se esperava que as crianças acusassem algum cansaço, depois de um dia tão ativo e intenso, a agitação era tão visível como quando no início da viagem. O entusiasmo, por terem aprendido e conhecido novos mundos da música, era tão grande que era possível ouvir-se, na viagem de regresso, a maioria afirmar que aquele tinha sido “o dia mais interessante” das suas vidas.

Diretor do Agrupamento nº 2 diz que o objetivo das visitas é pôr os alunos em contacto com “instituições de prestígio e de qualidade”

Sandra Eunice Reis

A primeira turma de ensino artístico da Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, foi à Fundação Gulbenkian, em Lisboa, para tomar contacto com uma orquestra. As crianças, do 5º ano de escolaridade, assistiram a um ensaio de músicos profissionais e participaram num workshop. Foi, para a maioria, “o dia mais interessante” das suas vidas.

Sandra Eunice Reis

“Nunca tinha visto um oboé na minha vida“

Apesar da tenra idade, os alunos do 5º ano do ensino artístico de Abrantes aproveitaram ao máximo tudo o que viram, ouviram e experimentaram


EDUCAÇÃO 19

FEVEREIRO 2015

ABRANTES

MAÇÃO

Prémios de Mérito atribuídos a seis estudantes

Bolsas de estudo e de mérito reforçadas

CM Abrantes

A Câmara Municipal de Mação entregou 20 bolsas de estudo e cinco de mérito a alunos do concelho, uma ação que teve início há 10 anos e que premeia o bom desempenho escolar. Num investimento autárquico de 30 mil euros, cada aluno bolseiro recebe 150 euros mensais, durante 10 meses do período letivo. Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, admite que esta atribuição representa um valor com algum significado, mas prende-se

com uma aposta autárquica na educação e no apoio aos alunos que têm um bom desempenho. “Este ano reforçámos o apoio financeiro e isto insere-se numa estratégia traçada há muitos anos de apoio à comunidade educativa, em especial aos estudantes universitários do concelho e àqueles que são mais carenciados e que devido ao apoio da Câmara conseguem frequentar o ensino superior”, explicou o presidente.

“O objetivo é que estes jovens possam mais tarde exercer a sua atividade profissional no seu concelho, na região ou no país. Estamos conscientes das dificuldades que ultrapassamos, mas o meu desejo, como qualquer autarca, é que estes jovens possam desenvolver as suas atividades profissionais nas suas terras na melhoria de um futuro melhor”, vincou Vasco Estrela. JMC

A Escola Secundária Dr. Solano de Abreu, de Abrantes, realizou a tradicional cerimónia da entrega de Prémios de Mérito a diversos estudantes dos estabelecimentos de ensino do concelho. Na sua terceira edição, os seis alunos premiados deste ano foram: Inês Alexandra, da Escola Octávio Duarte Ferreira, de Tramagal; Carolina Batista e Maria Ramos, da Escola Dr. Manuel Fernandes; Carlos Matos e Ana Albuquerque, da Escola Dr. Sola-

no de Abreu; e João Marcelo Fontaínhas, da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA). Jorge Costa, diretor do Agrupamento nº 1, referiu as mais-valias e propósitos da iniciativa, destacando a ação da Câmara Municipal de Abrantes e da empresa Tejo Energia no evento. “Estes Prémios de Mérito substituíram os Prémios de Méritos que no passado eram dados pelo Ministério da Educação. A Câmara e a Tejo Energia re-

cuperam esta cerimónia que é muito importante para os jovens estudantes. Trata-se de um evento que serve de estímulo e de incentivo, uma vez que é determinante premiar o mérito”, admitiu o diretor. A cerimónia, organizada pela Escola Secundária Solano de Abreu, contou com o apoio da Câmara Municipal Abrantes e da Tejo Energia e realizou-se no passado dia 19 de dezembro. JMC

CM Mação

• Uma cerimónia que “serve de estímulo e de incentivo”

• O objetivo é que os jovens possam vir a trabalhar na região

jornaldeabrantes


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A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) entregou no passado dia 12 de dezembro o “Prémio Projecto Internacional” ao Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em Mação. O prémio reconhece o trabalho do Museu “como pólo coordenador de uma rede internacional de centros de património, museus e centros de investigação”. Com efeito, a intervenção do projeto do Museu de Mação liga atividades da Europa (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), África (Angola, Namíbia, Tanzânia, Senegal, Etiópia, Cabo Verde), América do Sul (Brasil) e Ásia (Filipinas). Luiz Oosterbeek, diretor do Museu, disse ao JA que este prémio é o “reconhecimento de uma estratégia do Museu Municipal e do Instituto Terra e Memória (ITM), com o apoio do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), no sentido de construir em Mação uma nova forma de encarar o papel dos museus, intervindo na escala global. O Museu e o ITM estão hoje envolvidos em proje-

tos de património cultural em mais de 10 países de quatro continentes”. Ou seja, esta distinção vem premiar, segundo Luiz Oosterbeek, “a internacionalização do Museu”. Que não é apenas do Museu, explica: “É um projeto do Museu, que se articula com os projetos de cursos do Instituto Politécnico de Tomar, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Universidade de Extremadura (Espanha), com os programas de investigação do ITM em vários países, etc, mas que é sobretudo a capacidade de tecnicamente ajudar a construir projectos patrimoniais fora de Portugal”. Quanto aos efeitos que pode ter este prémio, “como todos os outros prémios, é um estímulo para continuar e reforça os novos projetos que temos pela frente. Em 2014 tivemos este reconhecimento por parte da APOM, tivemos o prémio Ibermuseus pelos nossos serviços educativos e tivemos o reconhecimento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia pela museologia

Joana Margarida Carvalho

Museu de Mação recebe “Prémio Projecto Internacional”

Para além da atividade local, a distinção recai sobre o trabalho desenvolvido em mais de 10 países de quatro continentes

científica. Em conjunto, isso mostra-nos que o caminho estará globalmente correto, e também que é preciso ir mais longe construindo projetos

mais ambiciosos”. Entretanto, o Museu não esquece o seu próprio espaço em Mação. Por isso, está a fazer a reestruturação da

sua exposição permanente, centrada no gesto, com inauguração a 30 de janeiro. Não admira, por isso, que Luiz Oosterbeek tenha tam-

bém acabado de ser eleito para um importante cargo junto da UNESCO.

Luiz Oosterbeek eleito para renovar o ensino da Filosofia e das Humanidades

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as suas posições aí defendidas têm sido escutadas e os seus membros “interessaram-se pelas coisas que temos feito com o Politécnico de Tomar, particularmente em Mação, e agora com a Comunidade Intermunicipal, e também por projetos que estamos a fazer no Brasil, e que vão ter a participação deste Conselho”. Por isso, foi convidado para assumir o lugar. Começou por recusar, mas acabou por aceitar, quando percebeu que era possível conciliar o novo desafio com o trabalho que tem desenvolvido em Mação e Tomar: “Percebi que podia continuar os trabalhos aqui na região, que

me eram prioritários, e percebi que uma coisa pode ajudar a outra.” O projeto de Oosterbeek é ambicioso: “Mudar, renovar completamente no ensino superior, embora com muita ponderação, a forma de ensino das ciências humanas. Mudar a Geografia, Mudar a História, mudar a Arqueologia. Esse é o programa na base do qual eu fui eleito.” Registe-se que o CIPSH coordena neste momento uma reflexão internacional sobre o sentido e a função das humanidades nas sociedades do século XXI e participa nos principais programas internacionais

de ciência, tecnologia e desenvolvimento, em colaboração com a UNESCO e as academias e universidades dos diversos países. É neste quadro que se insere a tarefa assumida pelo agora eleito secretário-geral. Quanto aos efeitos que terá para a região este seu novo cargo, Luiz Oosterbeek crê que a sua nomeação “pode ser benéfica para o próprio IPT, se não fosse assim, não teria aceitado”. E é provável que, em consequência, “novos cursos – transversais – venham a ser criados no IPT”. DR

Luiz Oosterbeek foi eleito secretário-geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH), na sua Assembleia Geral reunida em Paris (UNESCO). Este Conselho foi criado em 1949 e reúne a União Académica Internacional e as federações internacionais das disciplinas de filosofia e ciências humanas (História, História da Arte, Linguística e Literatura, Estudos Clássicos, Pré-História e Proto-História e Filosofia, entre outras). Segundo Luiz Oosterbeek, pró-presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), que tem participado nos trabalhos deste Conselho,

Alves Jana

A eleição “pode ser benéfica” para o IPT •e para a região

Alves Jana


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Rotary Club de Abrantes faz novo rastreio visual e auditivo

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

A gripe chegou!? “Mal estar, febre alta, dores musculares e nas articulações, dores de cabeça e tosse seca” Estes são os sintomas/sinais mais comuns da gripe, uma doença viral de início súbito, contagiosa, frequente entre Novembro e Março, sobretudo em presença de tempo frio. É uma doença de curta duração, normalmente 3-4 dias, que habitualmente cura espontaneamente. Contudo pode complicar-se sobretudo nas crianças, pessoas idosas e doentes crónicos, levando a uma recuperação mais longa e a um maior risco de complicações como a pneumonia, ou levar à descompensação da doença crónica existente (asma, diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal). Previna-se! A vacinação é a melhor forma de prevenir a doença e suas complicações, sobretudo nas pessoas mais vulneráveis. Outras medidas importantes de proteção e prevenção da transmissão são: lavar frequentemente as mãos com água e sabão (ou toalhetes húmido), usar lenços de papel de utilização única

(deitar nos sanitários ou lixo comum), espirrar ou tossir protegendo a boca com lenço de papel ou com o antebraço (não utilize as mãos) e reduzir o mais possível, o contacto com outras pessoas. Se estiver com sintomas de gripe deve … • Ficar em casa, em repouso. • Agasalhar-se, mas não demasiado. • Medir a temperatura ao longo do dia e controlar a febre. • Utilizar soro fisiológico para a obstrução nasal. • Beber muitos líquidos: água e su-

mos de fruta. Não tome antibióticos sem recomendação médica. Não atuam nas infeções virais, não melhoram os sintomas, nem aceleram a cura. Proteja-se também do frio - Use várias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente; proteja as extremidades do corpo (use luvas, gorro, meias quentes e cachecol); ingira bebidas e alimentos quentes. Se possível aqueça o ambiente em casa. Tome especial cuidado com crianças e idosos, para evitar queimaduras, e se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás mantenha a correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde. Antes de se deitar ou sair de casa certifique-se de que apagou ou desligou os equipamentos de aquecimento, de forma a evitar fogos ou intoxicações. Se tiver duvidas, ligue para a linha 808 24 24 24. Evite deslocar-se diretamente aos serviços de saúde. (Adaptado da DGS) Paula Gil Enfermeira, USP Médio Tejo

À semelhança do que tem vindo a acontecer desde 2002, o Rotary Club de Abrantes (RCA) organiza, entre os dias 2 e 5 de fevereiro, um rastreio visual e oftalmológico a todas os alunos do 1º ciclo de Abrantes, Sardoal e Mação. As situações que forem detetadas serão encaminhadas para que os problemas possam ser resolvidos o mais cedo possível. Até agora, quase 5.000 crianças passaram por este rastreio, tendo o RCA ajudado as mais carenciadas. Júlio Miguel, responsável por este projeto do RCA, explica que o rastreio tem diferentes níveis de consequências. “Às vezes, as professoras, tomam logo providências.” Por exemplo, quando percebem que uma criança que vê ou ouve mal está no fundo da sala, mudamna logo para a frente. Noutros casos, os pais são avisados das dificuldades auditivas e oftalmológicas dos filhos e tratam do assunto pelos seus meios. Nas situações mais complicadas, de carências económicas, o RCA, com a ajuda dos seus parceiros (Caixa Geral de Depósi-

tos, Sarclínica – Sardoal, Óptica Alípios e SMA), providencia consultas e obtém descontos ou ofertas de óculos. “Infelizmente, há uma percentagem grande de miúdos que tem dificuldades auditivas ou de visão”, adianta Júlio Miguel. Por isso, esta atividade do RCA, que começa por ser um alerta, é importante. O despiste precoce de eventuais deficiências permite minorar as consequências e esse é o objetivo dos rotários abrantinos. No ano passado, a intervenção do rastreio permitiu encaminhar um menino com grandes dificuldades de visão para o Sistema Nacional de Saúde. A gravidade do problema exigia já uma intervenção cirúrgica, mas a criança não estava a ser acompanhada. O médico de oftalmologia que apoia este projeto do RCA consultou a criança e encaminhou-a, evitando que o problema se arrastasse. Neste processo e noutros mais simples, os professores, as escolas e os agrupamentos têm sido parceiros decisivos.

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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

AGENDA DO MÊS

Rock na Vila anuncia primeiros nomes do cartaz

Abrantes Até 28 de fevereiro – Exposição “Escreler” de Manuel Portela – Biblioteca Municipal António Botto 21 de fevereiro – Concerto Time - Tributo a Pink Floyd – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 8€ 27 de fevereiro a 1 de março – III Encontro Ibérico do Azeite – Cineteatro São Pedro 28 de fevereiro –Stand Up Comedy com António Raminhos e Hugo Sousa – Sociedade Artística Tramagalense, 22h – 5€ 31 de janeiro a 20 de março – Exposição “Maria Lucília Moita” – quARTel – Galeria Municipal de Arte de Abrantes

Constância Até 28 de fevereiro – Exposição “Física do Voo” – Centro de Ciência Viva, das 14h30 às 18h

Mação Vila de Rei começa a preparar a décima segunda edição do Festival Rock na Vila, que acontece nos dias 5 e 6 de junho. Diego Miranda, Fernando Alvim e Hugo Rafael são os primeiros DJs anunciados pela autarquia que vão marcar presença na Tenda Eletrónica. No palco principal, Soul Brothers Empire e Checkpoint Charlie são as bandas confirmadas até ao

momento. O prestigiado Diego Miranda ruma a Vila de Rei no dia 5 de julho. Considerado um dos DJs e Produtores mais influentes de Portugal, Diego Miranda tem vindo a conquistar um forte destaque internacional, prova disso é a digressão que fez em janeiro pelo Brasil e China. Ainda no dia 5, a banda Soul Brothers Empire,

de Proença-a-Nova, interpretará temas reggae, punk, rock e ska. Checkpoint Charlie, banda oriunda de Lisboa, abre a segunda noite com o seu rock com influência em Radiohead, Pixies, The Cure, Depeche Mode, Nirvana… Já presença habitual no festival, Fernando Alvim encerra o Rock na Vila no dia 6 de junho. O reconhecido radi-

alista português, regressa a um palco que bem conhece e é garantia de animação até ao início da manhã. Estão assim revelados os primeiros nomes de um programa que integrará mais bandas e DJs. Em breve a autarquia vilarregense divulgará mais nomes a que o Jornal de Abrantes dará destaque nestas páginas.

1 de fevereiro – Festa do Senhor das Encruzilhadas – Arruada pela Filarmónica União Maçaense, cerimónia religiosa e almoço-convívio Até 28 de fevereiro – Exposição “Os Bainounk em Mação” de Amadou Kane Beye – Edifício dos Paços do Concelho

Sardoal Até 7 de março de 2015 – Exposição alusiva ao Teatro do GETAS – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente

Vila de Rei Até 28 de fevereiro – Exposição “Desafio”, pintura de Edite Nunes – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da Barquinha Até 24 de Maio – Exposição “Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira - Galeria do Parque

A arquitetura e o passado colonial em exposição de Ângela Ferreira A Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, recebe uma exposição de Ângela Ferreira, artista representada no Parque de Escultura Contemporânea Almourol. Em “Indépendance Cha Cha”, a autora apresentará uma nova escultura, inspirada na sua participação na Bienal de Lubumbashi 2013, na República Democrática do Congo, evocando a arquitetura colonial dos anos 50 no centro ur-

bano da capital de Katanga. A exposição reúne trabalhos de escultura e vídeo. “Indépendance Cha Cha” não se resume a vídeos, consiste, antes, numa escultura que reproduz a fachada de um edifício. Uma experiência do espaço através do som, da música, dos sentidos das canções. Ângela Ferreira nasceu em Maputo, Moçambique, em 1958, e atualmente vive e tra-

balha alternadamente entre África do Sul e Portugal. A exposição sucede a “Confidencial/Desclassificado: MISSA CAMPAL”, de Manuel Botelho, e insere-se, uma vez mais, na parceria do Município de Vila Nova da Barqui-

nha com a Fundação EDP na programação da Galeria do Parque. “Indépendance Cha Cha” tem entrada gratuita e pode ser visitada de quarta a sexta-feira das 11h às 13h e das 14h às 18h e aos sábados e domingos das 14h às 19h.

Banda Time presta tributo aos Pink Floyd em Abrantes O Cineteatro São Pedro, em Abrantes, vai receber o espetáculo “TIME – Tributo a Pink Floyd”, a 21 de fevereiro, pelas 22 horas. No concerto vão ouvir-se temas como “Breathe”, “Another brick in the wall”, “Time”, “Shine you crazy diamond” e “Wish you were here”, entre muitos outros, em interpretações da banda “TIME”. O tributo pretende prestar homenagem à mítica banda, através de temas imortais que durante os anos 70 e 90 povoaram a memória de vá-

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rias gerações. A banda “TIME” integra António Tomás, António Bernardo, Paulo Bispo, Ricardo, Tó Zêzere, Zé Pedro, Ana Bernardo, Ana Patrícia Sanganha e Mariana Azevedo. Depois de Abrantes, a banda tem já agendado um concerto no Cineteatro Municipal de Ponte de Sor, a 4 de abril. Os bilhetes custam 7,5 euros e podem ser comprados na loja FH5 em Alferrarede.

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075


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Pedro Manuel Tavares Campos Ferreira da Costa 30 de Janeiro de 1995

20º ANIVERSÁRIO LUTUOSO

Era uma manhã muito cedo, húmida e a chuva caía miudinha. À saída, como sempre: - ATÉ LOGO! Foi a última vez que o pronunciaste e a derradeira que te ouvimos. Decorreram 20 anos, e se o tempo vai diluindo as mágoas, uma lágrima furtiva e teimosa aflora aos nossos olhos sempre que a tua imagem é referida – o teu sorriso, a tua bonomia. Ficarás para Sempre na nossa memória. Sufragando a sua memória será celebrada missa em 30 de Janeiro de 2015, na Igreja de S. Vicente, pelas 19h15. Agradecemos desde já a todos quantos puderem assistir, em presença ou espírito. Seus Pais Seus Irmãos.

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