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MARÇO 2015 · Diretora HÁLIA COSTA SANTOS · MENSAL · Nº 5529 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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de
jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha
ENTREVISTA
CULTURA
EVENTO
Centro Hospitalar anuncia medidas de saúde pública
Museu de Mação quer centro internacional de referência
Abrantes vai estar com os azeites e festival gastronómico
Centro Hospitalar do Médio Tejo vai contratar 39 médicos e anuncia a prestação de serviço à diabetes pediátrica alargada. Pág. 3 a 5
O diretor do Museu de Mação defende que Portugal tem condições para se assumir como um centro de referência cultural internacional. Pág. 20
Entre os dias 27 de fevereiro a 1 de março Abrantes vai acolher o III Encontro Ibérico do Azeite, no Mercado Criativo. Pág. 6
Água de Castelo Bode vai chegar a todo o concelho de Abrantes Num processo a decorrer até 2020 e que representa um investimento 10 milhões de euros. A novidade é a chegada da água canalizada à localidade do Baralho, na freguesia de Bemposta. Pág. 11
IRS solidário: dê 5% dos seus impostos Várias instituições particulares ou de solidariedade social podem beneficiar dos donativos dos contribuintes, sem que estes paguem mais. Basta, no Anexo H, da declaração de IRS assinalar a instituição beneficiária e o seu código. Assim, 5% dos impostos que seriam canalizados para o Estado vão diretamente para essa instituição, sem que o contribuinte pague mais. Na zona de influência do Jornal de Abrantes são várias as instituições a quem pode dar este contributo. A lista está disponível na internet (http://www4.seg-social.pt/documents/10152/864429/Listagem_ ipss.PDF). Para além de várias associações e centros sociais de freguesias, pode optar por outras entidades que localmente desenvolvem trabalho em prol das comunidades. Por exemplo, a Santa Casa da Misericórdia de Abrantes (500239878), o CRIA (501064869), a Vidas Cruzadas (507921534) e a Liga dos Amigos do Hospital de Abrantes (505852080).
2 ABERTURA EDITORIAL
FOTO DO MÊS
de
jornal abrantes
MARÇO 2015
FICHA TÉCNICA Diretora Hália Costa Santos (TE-865)
Solidariedade em Entrevinhas reconstruiu habitação de casal desalojado por incêndio
halia.santos@lenacomunicacao.pt
Redação Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Mário Rui Fonseca (CP.4306) mario.fonseca@lenacomunicacao.pt
Colaboradores Alves Jana, André Lopes e Paulo Delgado
Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Uma casa que foi totalmente destruída em dezembro por um incêndio, em Entrevinhas, concelho de Sardoal, foi totalmente reconstruída por um movimento de solidariedade surgido entre a população local e vai ser devolvida ao casal desalojado no sábado, dia 28 de fevereiro, numa festa que vai decorrer para o efeito. Para a reconstrução da habitação, que envolveu colocação de chão, paredes, janelas, tetos e telhado, entre outras necessidades, a AMAE contou com o trabalho gratuito de mais de 30 profissionais de diversas áreas, desde pedreiros a serventes, instaladores de gás, colocadores de salamandras, colocadores de chão flutuante, canalizadores, ladrilhadores e eletricistas, entre outros.
Afinal, há Feira de S. Matias!
Secretariado Isabel Colaço
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Design gráfico António Vieira
INQUÉRITO
Como avalia as condições do novo espaço da Feira de São Matias? Quais são as suas expetativas?
Impressão Grafedisport, S.A.
Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
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jornaldeabrantes
Daniel Vaz
Saul Teixeira
carrinhos de choque, Lisboa
espaço Nutella, Aveiro
Laurinda Ferreira espaço artesanato, Leiria
Em Alferrarede tínhamos mais escolas do que aqui, também temos a ponte sobre o rio condicionada, mas há muitas localidades nos arredores que nos podem trazer bastantes pessoas ao fim de semana. O espaço é relativamente pequeno, não foi fácil a montagem, mas esta foi a melhor solução porque ao menos estamos a trabalhar para pagar as nossas despesas.
Estou satisfeito…é um espaço muito bonito devido ao rio e aos jardins existentes, a feira tem assim todas as condições para correr bem. Nós devemos defender as nossas tradições e se esta tradição acabasse por falta de espaço era muito triste.
Esta foi a melhor solução que autarquia nos arranjou. É nossa primeira feira do ano e é muito importante, para nós, dar início às vendas nesta altura. Foi um grande alívio para mim saber que iríamos fazer a feira porque, como toda a gente, precisamos de comer e de beber.
4) O JORNAL DE ABRANTES é um projeto independente face a qualquer tipo de poder e recusará sempre qualquer pressão de pessoas, partidos políticos, grupos económicos, religiosos e ideológicos que queiram pôr a informação ao serviço dos seus interesses;
dão, da realidade dos concelhos de Abrantes, Constância, Mação, Sardoal, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei.
Estatuto editorial 1) O JORNAL DE ABRANTES é um projeto editorial que trabalha em prol do desenvolvimento da região e do bem-estar dos seus habitantes, através de edições publicadas mensalmente, de distribuição gratuita; 2) Enquanto projeto jornalístico, o JORNAL DE ABRANTES é um defensor da democracia, da Constituição da República Portuguesa e dos direitos fundamentais aí consagrados; 3) A atividade da redação do JORNAL DE ABRANTES rege-se pelo cumprimento das disposições do Código Deontológico do Jornalista e em absoluto respeito pelos princípios éticos que norteiam a profissão;
5) JORNAL DE ABRANTES entende que a informação é um dos pilares da democracia, pelo que quanto mais e melhor informada estiver a população, melhor esta consegue formar a sua própria opinião e mais capacitada se encontra para a tomada de decisões; 6) Enquanto projeto jornalístico, o JORNAL DE ABRANTES tem por missão o relato, com rigor e exati-
7) O JORNAL DE ABRANTES aposta numa informação diversificado, dando, sempre que possível, voz aos protagonistas das notícias, mas também aos cidadãos comuns; 8) O JORNAL DE ABRANTES vive de receitas próprias, obtidas através da publicidade; 9) O JORNAL DE ABRANTES conhece como único limite à sua atividade o espaço privado do cidadão exceto quando estiver em causa o interesse público.
A manchete da última edição do Jornal de Abrantes dizia que a Feira de S. Matias este ano não se iria realizar. Na verdade, no momento em que o jornal seguiu para impressão, essa era a situação real, que correspondia à informação oficial veiculada aos jornalistas. Quando o JA saiu da gráfica para distribuição, a realidade tinhase alterado: Câmara Municipal de Abrantes e feirantes encontraram uma solução que permitiu a realização da Feira de S. Matias, num outro espaço, conforme noticiamos nesta edição. Estas são situações que, obviamente, nenhuma redação gosta de viver, mas as decisões que são apresentadas como definitivas, por vezes, têm retorno, e foi esse o caso. A questão temporal não jogou a nosso favor: estando o JA impresso e em início de distribuição com a informação que era rigorosa no momento em que foi escrita, já não foi possível fazer uma nova edição. Relativamente à fotografia de capa, onde se mostrava a Feira de S. Matias numa edição anterior, com uma família onde se incluía uma criança, foi nosso entendimento que o interesse público da imagem não se centrava nas pessoas, mas antes no ambiente que o certame proporcionava (carrosséis e pessoas que fazem compras e passeiam). Considerámos, também, que tendo sido tirada no espaço público e não expondo nenhuma das pessoas (incluindo a criança) numa situação que atentasse contra a sua imagem ou mesmo privacidade, a fotografia tinha um valor informativo que justificava a sua publicação. No entanto, uma familiar da criança contactou o JA manifestando o desagrado da família face à publicação da fotografia por incluir a menor. Naturalmente que lamentamos o desagrado causado, mas, pelo que atrás ficou exposto, o objetivo sempre foi o de retratar um cenário normal e típico da Feira de S. Matias que, a concretizar-se a manchete que a foto ilustrava, deixaria de acontecer este ano. Hália Costa Santos
ENTREVISTA 3
MARÇO 2015
CARLOS ANDRADE, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO (CHMT)
“Os hospitais são casas viciantes”
JOANA MARGARIDA CARVALHO
Qual foi o motivo que o levou a aceitar este desafio, de gerir um centro hospitalar composto por três hospitais, como se fosse um único? Na verdade, eu e a equipa que me acompanha somos pessoas que gostamos de hospitais e que vibramos com os hospitais. Os hospitais são ca-
plementaridade de valências em Abrantes, Tomar e Torres Novas, uma vez que nós precisamos destes três polos de forma integrada, a prestar todos serviços que reunimos.
Joana Margarida Carvalho
Carlos Manuel Pereira Andrade Costa, 49 ano, com Licenciatura em Direito, Curso de Administração Hospitalar e experiência acumulada na qualidade de Administrador Hospitalar em diversos hospitais, é o novo presidente do Conselho de Administração, (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), por um período válido por dois anos. Com uma equipa que acredita no Sistema Nacional de Saúde, aceitou um desafio “exigente”, prometendo dar o seu melhor, “a favor dos utentes”. O objetivo é aperfeiçoar o que foi feito e manter um “regime de complementaridade de valências em Abrantes, Tomar e Torres Novas, uma vez que nós precisamos destes três polos de forma integrada, a prestar todos serviços que reunimos”. Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes,Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 255 mil habitantes de 12 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.
Carlos Andrade sugere que as forças vivas da região ajudem a resolver •o problema do transporte entre os três hospitais do Médio Tejo
sas viciantes, quem gosta destas casas gosta cada vez mais. Estive dez anos fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a exercer funções de gestão hospitalar noutros estabelecimentos. Desejava muito regressar ao Ministério da Saúde e pôr-me à prova numa casa que nós sabemos que é exigente, que tem as suas particularidades, com uma equipa que acredita no SNS, na prestação pública de saúde. Aqui nos reagrupamos para dar o nosso melhor, a favor dos utentes, desta unidade constituída por três edifícios, mas que é uma casa única. Quais as primeiras medidas que tomou, desde que assumiu funções, há cerca de seis meses? Entrámos a 4 de julho, o que significa que entrámos automaticamente no processo de elaboração do orçamento e, portanto, tivemos de fazer
uma aprendizagem muito grande e uma leitura muito rápida desta estrutura. Começámos por analisar os contratos de programa, começámos por perceber algumas alterações que podíamos discutir com a nossa tutela, já com o objetivo de expandir os nossos recursos humanos e a nossa atividade. Essa expansão tinha de passar pela capacidade de atrair mais profissionais de saúde, e foi das primeiras ações que tivemos de tomar: reforçar a equipa de enfermagem na urgência médico-cirúrgica, com 27 profissionais. Ao longo destes seis meses, também quisemos estabilizar o hospital de dia oncológico e, por isso, desde o passado dia 18 de fevereiro, já iniciou funções uma médica oncologista que está assumir a liderança do hospital de dia. Esta situação significou um salto na segurança clínica que passámos a garantir na prestação de cui-
dados. Temos assim um plano de ação que tem uma primeira fase, que é recapitalizar o CHMT ao nível dos seus recursos humanos. Atualmente, somos cerca de 1700 profissionais. Seis meses depois, apresenta aos autarcas do Médio Tejo as contas reais do CHMT, faz um balanço exaustivo do que encontrou, aponta metas para o presente e para o futuro. O que destaca? Atualmente, nós procuramos manter a gestão do CHMT, sem que haja aqui qualquer rutura, mantendo uma linha, aperfeiçoando-a, reajustando -a e procurando fazer cada vez melhor. Quando terminarmos o nosso mandato, quem vier a seguir também vai certamente corrigir e aperfeiçoar o que foi feito para trás. O nosso objetivo é seguir esta linha, mantendo um regime de com-
O serviço de urgências, concentrado no hospital de Abrantes, tem sido notícia pelos “congestionamentos e aumentos muito significativos nos tempos de espera” dos utentes. O que pensa este CA fazer relativamente às Urgências? É uma realidade nacional! Nós temos tido procuras assimétricas no conjunto das urgências no CHMT. No mês de janeiro, e por mais estranho que esta situação possa parecer, tivemos uma menor procura no serviço de urgência em Abrantes. Os doentes que chegam estão numa condição muito mais fragilizada, e portanto requerem um esforço e uma atenção redobrada, o que faz com que os tempos médios daqueles que chegam com cores de não urgência acabam por ficar bastante tempo à espera. Este é um cenário com o qual nós vamos ter de nos habituar a viver. O grau de complexidade é maior, porque os doentes também estão mais idosos e, por isso, é necessário saber lidar com estas situações. Por exemplo, para este inverno, já abrimos 31 camas que podem ser descativadas quando este pico gripal passar. Nós estamos avaliar o desempenho das nossas cinco urgências e, portanto, o cenário é de alguma complexidade e deve ter uma leitura integrada. Ainda não houve tempo para realizar essa leitura, que deve de ser feita com todos os profissionais. Em termos concretos, como é que desenhou a
complementaridade de serviços para os três hospitais. O que é que gostaria de implementar em Abrantes, de ver a funcionar em Tomar, e que oferta diferenciadora deve ter o hospital de Torres Novas? Hoje, os utentes do CHMT podem estar tranquilos face à qualidade da prestação de cuidados de saúde. Em Torres Novas, gostaríamos que nos próximos meses tivéssemos a funcionar o serviço de nefrologia, sendo este o principal serviço do distrito e queremos tê-lo a trabalhar em toda plenitude para breve. Passámos a ter o serviço da diabetes, em Tomar, e, em Abrantes, outras valências como a maternidade, a ginecologia e a obstetrícia. (ver páginas 4 e 5) A questão da mobilidade entre as unidades do CHMT é incontornável, tendo em conta que os três hospitais estão separados por cerca de 30 km, características que devem ser únicas no país, em termos de centro hospitalar. Como está este CA a olhar para esta situação? Quando entrámos no CHMT procurámos fazer um esforço no nosso compromisso financeiro, na viabilização da carreira que percorria as três unidades. Para garantir a continuidade do serviço, comprámos um maior número de passes. Contudo, e muito recentemente, a empresa que explora a carreira reconheceu que apesar do esforço do CHMT o projeto continuava a ser inviável. É muito difícil fazermos um esforço sozinhos, mas sentimos que não podemos ir para além disso. É aí que podem entrar as forças vivas da nossa região, num esforço conjunto para a viabilização do projeto.
jornaldeabrantes
4 DESTAQUE
MARÇO 2015
GESTOR PRETENDE AUMENTAR A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS AOS CERCA DE 255 MIL UTENTES
Centro Hospitalar do Médio Tejo contrata 39 médicos O Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) anunciou que vai contratar 39 médicos, medida inserida na estratégia de reforço global dos recursos humanos para viabilizar financeiramente aquele centro hospitalar.
Em declarações à Antena Livre/Jornal de Abrantes, no âmbito do Dia Mundial do Doente, o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Carlos Andrade, fez um balanço dos seus primeiros seis meses de gestão. Para o responsável, é necessário “recapitalizar” o CHMT composto pelos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas - em termos de recursos humanos “para, daí, poder obter mais proveitos”, medidas que espera que tenham resultados visíveis em 2017,
Sandra Eunice Reis
MÁRIO RUI FONSECA E JOANA MARGARIDA CARVALHO
ou seja, depois de terminar o seu mandato do gestor, no final de 2016. “Os anos de 2015 e de 2016 vão ser de muito trabalho, em termos de estruturação, captação de profissionais e da sua integração. No ano de
2016 já tem de ser evidente a expansão da atividade assistencial no CHMT e os resultados começarão a surgir em 2017, já para lá deste mandato”, afirmou Carlos Andrade, que tem um mandato válido para dois anos.
As dívidas do Centro Hospitalar do Médio Tejo ascendem hoje aos 42 milhões de euros, números que o gestor pretende contrariar com o reforço dos quadros globais do CHMT e com o consequente aumento da pres-
tação de cuidados aos cerca de 255 mil utentes da sua área de abrangência. “O acrescento da prestação de cuidados vai permitir que os proveitos possam, também eles, crescer”, defendeu, tendo adiantado que o
objetivo é “atingir um nível em que os proveitos estejam equilibrados com a dimensão da despesa global”. Por outro lado, observou, a despesa com a contratação de médicos prestadores de serviços, “rotina institucionalizada no CHMT”, vai ser transferida para pagar a médicos que queiram trabalhar no CHMT, numa lógica de “fidelizar os profissionais de saúde”. No âmbito da estratégia do novo CA do CHMT, foram já contratados 27 enfermeiros e 15 auxiliares de ação médica, tendo Carlos Andrade afirmado já ter autorização da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Ministério da Saúde para iniciar procedimentos para a contratação de 39 médicos, de diversas especialidades, nomeadamente ortopedia e cirurgia geral. “A resposta para avançarmos com estas contratações foi imediata”, garantiu.
Maternidade do Médio Tejo inverte tendência e regista aumento de nascimentos em 2014 A maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) registou 800 partos em 2014, mais 15 nascimentos do que em 2013, resultado ‘em linha’ com o país e que inverte a tendência de decréscimo que se registava desde 2009. “É um aumento ligeiro, uma ténue inversão de tendência que queremos consolidar e gostaríamos de ver aumentar nos próximos anos, sabendo nós que o valor mínimo para repor gerações, por casal, é de 2,4 filhos”, disse à Antena Livre o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Carlos Andrade. Nesse sentido, apontou, o CHMT vai “desenvolver e reforçar o trabalho de articulação” com os médicos de fa-
jornaldeabrantes
mília, com médicos obstetras e com os centros de saúde da zona, para que, “pela relação de proximidade e acompanhamento do processo de gravidez, desde o seu início, as parturientes possam optar, de forma natural, pela maternidade” daquele centro. O gestor lembrou ainda que, para além da anestesia epidural, a atividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do CHMT passou este mês a ser assegurada pelos meios clínicos existentes na maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes. A concentração da atividade cirúrgica de uma mesma especialidade, apontou, vai contribuir para “um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na
prestação de cuidados” de ginecologia/obstetrícia. “A medida traz ganhos evidentes, não só em termos de eficiência, como também de segurança para as utentes”, frisou. Co n c e n t r a d a n a u n i dade hospitalar de Abrantes desde 2001, a maternidade registou 1.079 bebés em 2009, mais 11 do que em 2008. A partir daí, e até ao ano de 2014, houve decréscimos consecutivos, com 1.046 partos em 2010, 985 em 2011, 908 em 2012 e 784 (número mais baixo de sempre) em 2013. O ligeiro aumento do número de partos em 2014 está ‘em linha’ com o pequeno aumento de nascimentos registados no ano passado a nível nacional. Segundo as es-
timativas da Direção Geral de Saúde (DGS), em 2014 registaram-se em Portugal 83.511 nascimentos, o que representa um aumento de 724 partos em relação ao ano anterior, em que se registaram 82.787 partos. Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 255 mil habitantes de 12 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.
de ginecologia do CHMT passou •esteEspecialidade mês a ser assegurada pelos meios clínicos de Abrantes
DESTAQUE 5
MARÇO 2015
POPULAÇÃO DE SÃO MIGUEL DO RIO TORTO, EM ABRANTES, PROTESTA POR FALTA DE MÉDICO
Prestação de serviços à diabetes pediátrica alargada
“Pelo menos um médico de família”
O Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) vai instalar e autonomizar a valência de diabetes pediátrica na região, serviço inexistente em todo o distrito de Santarém. “Posso anunciar que estamos já a dar formação específica de diabetes pediátrica a médicos e a enfermeiros para instalar esta valência no CHMT dentro de poucos meses”, disse à Antena Livre o presidente do CA do CHMT. “Estamos a reforçar a equipa que já existe no serviço de diabetologia, em Tomar, e a nova valência representará um significativo reforço das competências do CHMT, no caso, na área da diabetes pediátrica, permitindo evitar, assim, que as crianças e os seus pais tenham de se deslocar propositadamente a Lisboa para consultas e tratamentos, como hoje acontece”, frisou Carlos Andrade. “Até ao início do verão”, apontou, “ficaremos completamente autónomos no tratamento da diabetes pediátricas e de patologias associadas”, reforçou o gestor. A medida insere-se na estratégia de reforço global dos recursos humanos para viabilizar financeiramente aquele centro hospitalar, tendo o CA anunciado no dia 11 de fevereiro ter obtido autorização da tutela para a contratação de 39 médicos (ver notícia nesta página). O gestor disse ainda que o Hospital de Dia de Oncologia do CHMT conta, desde o dia 18 de fevereiro, com uma médica especialista a tempo inteiro a coordenar aquele serviço. “A contratação decorre da necessidade de se estabelecer um elo de ligação maior entre a equipa médica, que era composta apenas por médicos prestadores de serviços, e os doentes que recorrem ao Hospital de Dia de Oncologia para realizarem os tratamentos e intervenções oncológicas.” Carlos Andrade acrescentou que “a curto prazo ingressarão no CHMT mais um ginecologista\obstetra, um otorrinolaringologista e um internista”. MRF
Mais de mil utentes estão desde outubro sem médico de família em São Miguel do Rio Torto e Bicas, no concelho de Abrantes, tendo a junta de freguesia iniciado uma recolha de assinaturas para protestar contra a situação.
“Encetámos em fevereiro a recolha de assinaturas pela população, através de abaixo-assinado, por forma a mostrar o nosso descontentamento e para pressionar o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo a colocar aqui um médico de família”, disse o presidente da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo Segundo Luís Alves, o manifesto, que está a ser desenvolvido em parceira com a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), abrange as localidades de São Miguel e de Bicas, onde 1.047 utentes estão sem médico de família há mais de três meses. O objetivo é exigir à tutela que “reponha a presença de pelo menos um médico de família para servir São Miguel do Rio Torto e Bicas” e também de serviços de enfermagem diários. “Grande número de utentes
Sandra Eunice Reis
MÁRIO RUI FONSECA
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Presidente da Junta de Freguesia chama a atenção para as dificuldades dos utentes em se deslocarem à consulta de recurso
é de idade avançada, com poucos recursos económicos e sem transporte próprio, e têm de se deslocar às consultas de recurso em Abrantes, a vários quilómetros de dis-
tância. Os transportes públicos em São Miguel passam de manhã e regressam só à noite, pelo que a atual situação implica um grande transtorno para doentes e familia-
res, com mais sofrimento físico e mais despesas”, vincou. A diretora executiva do ACES do Médio Tejo disse que a falta de médico, desde outubro, no polo do São Miguel
do Rio Torto, onde se deslocava um médico da prestação de serviços um dia por semana, se deveu ao facto de, nesse período, haver uma “redução de médicos na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Abrantes, devido a aposentações, entre outras situações”. Nesse contexto, observou Sofia Theriaga, a opção do coordenador da UCSP foi de “reforçar a consulta de recurso para garantir a consulta e a prestação de cuidados de saúde ao maior número possível de utentes sem médico de família”. A responsável observou ainda que a consulta de recurso, instalada em Abrantes, presta cuidados de saúde a todos os utentes do concelho sem médico de família e referiu que, “para agravar toda esta situação, o ACES Médio Tejo sofreu uma considerável redução de horas da prestação de serviços, pelo que a UCSP de Abrantes não foi uma exceção”. Sofia Theriaga disse ainda que o ACES tem “reiterado” que lhe sejam atribuídas mais horas da prestação de serviços, “a fim de poder alocar profissionais médicos nas Unidades Funcionais com maior número de utentes sem médico de família”, como é o caso de São Miguel do Rio Torto.
Cirurgias ginecológicas do Centro Hospitalar do Médio Tejo passam para Abrantes A atividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) passou em fevereiro a ser assegurada pelos meios clínicos existentes na maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes. Em comunicado, o Conselho de Administração (CA) do CHMT defende que a concentração da atividade cirúr-
gica de uma mesma especialidade numa Unidade Hospitalar, no caso em Abrantes, das três que compõem o Centro Hospitalar, a par de Tomar e Torres Novas, “contribuirá para um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na prestação de cuidados” de ginecologia/ obstetrícia. A atividade cirúrgica de gi-
necologia em Abrantes, onde está a maternidade do CHMT, passou, assim, desde o início de fevereiro, a ser ali realizada, “depois da reflexão clínica que tem sido efetuada no âmbito funcional do departamento cirúrgico e do serviço de ginecologia e obstetrícia”, destaca o CA do CHMT, uma medida que é acompanhada pela “necessi-
dade de otimização dos recursos técnicos e humanos disponíveis” no Centro Hospitalar do Médio Tejo. Em declarações à Antena Livre/Jornal de Abrantes, o CA do CHMT, disse que, “apesar deste reforço cirúrgico na Unidade de Abrantes, mantêm-se no Hospital de Tomar, sem alteração, as consultas de Ginecologia e a Cirurgia
de Ambulatório desta especialidade”, em que o doente é admitido e tem alta para o seu domicílio no dia da intervenção. Segundo números fornecidos pelo CA do CHMT, realizaram-se durante o ano de 2014 cerca de 200 cirurgias eletivas de ginecologia /obstetrícia. MRF
jornaldeabrantes
6 AZEITE
MARÇO 2015
LUÍS SIMÕES, DIRETOR GLOBAL DE OPERAÇÕES DOS AZEITES GALLO
e outros produtos, como os frutos secos. Há registos de em 1908 a marca Gallo ter conquistado no Brasil alguns prémios, mas efetivamente foi apenas em 1919 que a marca foi registada pelo Sr. Victor Guedes. A empresa sempre teve uma vocação exportadora, inicialmente para o Brasil e Venezuela, sendo estes na altura os principais mercados da marca. Em 1989, decorre um forte investimento na empresa a nível industrial com aquisição de uma refinaria de azeite, granulagem, a construção de um lagar, entre outros equipamentos. Em Abrantes ficaram reunidas as condições para a seleção e loteamento do azeite. O produto era depois enviado a granel para Lisboa e seguia para uma unidade de embalamento em lata em Cabo Ruivo, onde de lá saía para o mundo. Hoje em dia, a unidade de Abrantes reúne todas as valências, até à saída do produto para o mercado. A empresa teve um caráter familiar até 1989. Não havendo descendentes, a marca acabou por ser vendida e ingressou no grupo Jerónimo Martins. Em 2009, a empresa continuou integrada no grupo, mas assumiu um registo autónomo
JOANA MARGARIDA CARVALHO
Reza a história que o azeite Gallo canta desde 1919. Contudo, na verdade, há indicadores de que tenha começado a cantar muito antes, pelas mãos da família Victor Guedes, quando abriu uma fábrica em Abrantes, com o nome de Azeite Gallo. A marca nasceu pela mão de Victor Guedes, passou para o filho, que, sem descendentes, a vendeu. Mas a tradição mantém-se até aos dias de hoje. Atualmente, a Gallo é terceira marca de azeites no mundo, apenas suplantada por duas marcas italianas. Todo o azeite comercializado é feito em Abrantes e conta com a participação de 190 colaboradores. Em 2014, os azeites Gallo atingiram um volume de faturação que rondou os 170 milhões de euros. A empresa está envolvida na organização do III Encontro Ibérico de Abrantes.
Como é que surgiu a empresa e como é que a mesma evoluiu até aos dias de hoje? A história remonta a 1860, em Abrantes, onde hoje estamos sediados. Na altura já existia a empresa que se dedicava à produção de azeite
Joana Margarida Carvalho
“Queremos ser a primeira marca mundial de azeite”
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Luís Simões diz que o objetivo é levar ao consumidor um produto de elevada qualidade
e começou a ser gerida pela Gallo Worldwide, dedicandose desde então à seleção, loteamento e embalamento de azeites e óleos alimentares. Como é que a empresa labora em Abrantes? O nosso primeiro objetivo passa pela seleção dos melhores azeites provenientes do país e do mundo. O desafio é saber cominá-los, alcançando perfis organoléticos de sabores e aromas distintos. Não somos, portanto, detentores de um olival, nem
de um lagar, pois entendemos que, do ponto de vista estratégico, seria bastante limitador para a marca. O azeite é um produto natural: quer a qualidade como a quantidade gerada pelos olivais oscila bastante. Assim, estarmos agarrados a estas estruturas seria bastante limitador. Optamos por procurar no mundo inteiro os melhores azeites e chegamos a receber entre 5 a 7 mil amostras por ano. Destas cerca de 30% são aceites, 70% são rejeitadas,
pois não se enquadram nos nossos parâmetros de qualidade. De seguida, os nossos mestres loteadores têm a tarefa de saber combinar os azeites, com o objetivo de atingirem os perfis desejados, ou seja, harmoniosos, equilibrados e com uma intensidade distinta. Para atingirmos a qualidade reconhecida, todos os nossos azeites estão sujeitos a um processo de avaliação bastante exigente, que passa por um conjunto de análises físico-químicas e organoléticas e um painel acreditado de provadores. Anualmente, chegamos a produzir cerca de 40 mil toneladas de azeite. Quais são os principais mercados exportadores da Gallo? Estamos em 47 mercados, 70% do nosso volume de vendas é feito fora da Europa. Temos forte presença no Brasil, Venezuela e Angola e algumas apostas na Rússia e na China. Os nossos escritórios estão sediados em Abrantes, Lisboa, São Paulo e Xangai. Portugal é, para nós, um mercado maduro, com alguma expressão no nosso volume de venda, mas que cresce pouco e que não cria muito valor.
Entre os dias 27 de fevereiro a 1 de março Abrantes vai acolher o III Encontro Ibérico do Azeite, no Mercado Criativo. Esta iniciativa conta com a realização de um simpósio técnico, que decorre nos dias 27 e 28 de fevereiro, no Cineteatro S. Pedro, onde serão abordadas três grandes áreas: o Azeite, os Mercados e a Política. Durante os três dias do evento, decorrerá em simultâneo um fórum, onde será possível encontrar diferentes espaços expositivos, uma mostra subordinada ao tema “O Azeite em Abrantes - 2000 anos de história” ou, ainda,
jornaldeabrantes
Joana Margarida Carvalho
Abrantes vai voltar a exaltar o ouro vegetal
segunda edição do Encontro Ibérico decorreu •naAantiga rodoviária, hoje futura Unidade de Saúde familiar
uma exposição e venda de azeites por produtores do
concelho. Os produtos cosméticos feitos com azeite e,
numa variante mais artística e artesanal, também serão uma constante. Em destaque também vai estar a gastronomia que terá uma presença marcante, onde vai ser possível provar os melhores petiscos com azeite. O Encontro Ibérico do Azeite é organizado pela Câmara Municipal de Abrantes e conta com uma Comissão Organizadora na qual se encontram representados diversos agentes governamentais e não-governamentais que intervêm na fileira do azeite, são eles: Gabinete de Planeamento e Políticas - Mi-
nistério da Agricultura, Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Casa do Azeite - Associação do Azeite de Portugal, Associação de Agricultores do Ribatejo, Associação de Agricultores dos Concelhos de Abrantes, Sardoal e Mação, INOV’LINEA - Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar, TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, SAOV e Vítor Guedes - Indústria e Comércio, S.A.
Qual é a mensagem que a marca Gallo deseja passar ao consumidor? O nosso objetivo é levar ao consumidor um produto de elevada qualidade. Na empresa, todos temos uma grande paixão pelo que fazemos e isso tem sido refletido na qualidade obtida, que é o principal diferenciador da marca. A nossa intenção é também passar a mensagem que a Gallo é uma marca que define perfis de azeite e sabe preparar os azeites para que os perfis correspondam e sejam consistentes no tempo. Quais sãos os objetivos para este ano 2015? O nosso objetivo é crescer a todos os níveis na exportação, na faturação, etc. Nós queremos ser a primeira marca mundial de azeite! Como é que se vão envolver no III Encontro Ibérico? Desde o primeiro momento que estamos na Comissão Organizadora do encontro, acabamos por ter alguma interferência na escolha dos temas para abordar em cada edição. Esta é uma iniciativa importante para divulgar o concelho e o bom azeite que se faz por cá!
Diversos restaurantes, cafés e pastelarias do centro histórico de Abrantes vão dar destaque ao peixe do rio e ao azeite produzido no concelho, num festival gastronómico que vai decorrer até ao dia 8 de março. A ação promocional ‘Sabores do Tejo’, organizado e promovido pela autarquia nos últimos anos, é uma iniciativa da que pretende dar a conhecer os sabores e a cultura gastronómica da região, assim como dinamizar a restauração local.
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de uma dimensão menor, a feira apresenta •umApesar conjunto de divertimentos e as habituações atrações
Municipal de Abrantes, admitiu que, para o próximo ano, a intenção da autarquia é criar condições para ins-
talar a Feira de São Matias e o mercado semanal no Vale da Fontinha, no centro da cidade: “Mesmo não estando
Bombeiros de Abrantes fazem parto inesperado em ambulância a infraestrutura concluída, o nosso compromisso é instalar ali o mercado semanal e a feira no próximo ano”. “Esta é uma feira secular, muito importante porque estimula economia local e as atividades económicas destas famílias. Há muitos feirantes que já fazem este certame há muitos anos, uma vez que iniciam aqui o calendário anual deste tipo de festividades”, acrescentou a autarca. A Feira de S. Matias, que remonta ao século XIII, é uma organização da Câmara Municipal de Abrantes, sendo considerada um dos ex-libris culturais do concelho e motivo de atração e desenvolvimento local. O certame foi inaugurado no passado dia 20 de fevereiro. JMC e MRF
DR
Até ao dia 8 de março, a tradicional Feira de S. Matias está animar o espaço do Aquapolis, nas margens ribeirinhas do Tejo, em Rossio ao Sul do Tejo. Carrosséis e outros divertimentos, espaços com jogos eletrónicos, barracas de quinquilharia, exposição e venda de viaturas e de alfaias agrícolas, bares, roulottes de farturas, pipocas e algodão doce são algumas das atrações do secular certame. Este ano, os feirantes estão a ocupar os terrenos do Aquapolis, junto ao hipódromo dos Mourões, um local “provisório”, tendo em conta que nos terrenos do Tecnopolo, em Alferrarede, local que acolhe habitualmente o evento, estão a decorrer obras. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara
Joana Margarida Carvalho
Feira de S. Matias anima a região até 8 de março
Os bombeiros Sylvie Alvarez e Ricardo Daniel, da corporação dos bombeiros voluntários de Abrantes, realizaram no dia 15 de fevereiro, um parto inesperado, mesmo à saída da casa da parturiente, em Tramagal. Foram chamados para transportar a futura mãe à maternidade do Hospital de Abrantes, mas “foi tudo muito rápido”. Sylvie Alvarez conta que depois de encaminharem a senhora até à ambulância viram “que as
águas tinham rebentado e que não havia tempo”. Os bombeiros concluíram que “o parto teria de ser feito na ambulância” e pediram à parturiente para confiar neles. “Felizmente tudo correu bem, nasceu uma menina linda que esperneava e chorava muito”, lembra Sylvie. Com 30 anos de idade e 14 de profissão, remata: “Foi o dia mais inesquecível da minha vida, com um misto de emoções inexplicáveis.” MRF
jornaldeabrantes
8 ECONOMIA
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VN Barquinha inaugura viveiro de empresas em ambiente escolar
que pretende associar as novas tecnologias ao turismo do concelho. Pedro Gonçalves, aluno do 9ºB, disse ao JA que o projeto Empreendedorismo na Escola representa uma forma de ver o mundo dos negócios: “É algo incrível, uma responsabilidade autêntica, onde o mais interessante foi aprender a trabalhar com os outros.”
os alunos já visitaram diversas empresas instaladas no Centro de Negócios da Atalaia, em Vila Nova da Barquinha, “para perceberem no terreno como funcionam as empresas” e estiveram na Loja do Cidadão, onde ficaram a conhecer o processo de constituição de uma empresa. A professora Ana Santos, coordenadora do VEAE, disse, por sua vez, que vários professores foram agregados a este projeto, desenvolvendo conteúdos programáticos das disciplinas relacionados com a temática do empreendedorismo, tendo destacado “a importância do enquadramento local, ao nível histórico, ambiental e patrimonial”, aquando da conceção e desenvolvimento das ideias de projeto. “Tanto os professores como os alunos estão muito motivados e entusiasmados com este projeto”, notou a subdiretora do Agrupamento de Escolas, tendo destacado a importância de “formar bons cidadãos, em termos académicos, mas também no saber fazer, aguçando o espírito empreendedor”.
JMC
Mário Rui Fonseca
O VEAE envolve quatro turmas do 1º e 3º ciclos do ensino básico, com alunos entre os 8 e os 15 anos, e está a funcionar nas instalações daquele estabelecimento escolar, integrado em projeto educativo, e num espaço exclusivamente destinado ao desenvolvimento e criação de ideias de negócio, com meios e equipamentos próprios. “O VEAE foi implementado num edifício autónomo da escola, é uma sala ampla (‘open space’) equipada com mobiliário, telefone, computador e uma secretária/rececionista, e onde os jovens candidatos a empresários têm liberdade total para criarem as suas pequenas e médias empresas (PME), desenvolverem ideias e criarem produtos, sendo acompanhados por monitores”, disse à Antena Livre/Jornal de Abrantes o presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire.
Joana Margarida Carvalho
A Escola D. Maria II, em Vila Nova da Barquinha, inaugurou um viveiro de empresas em ambiente escolar (VEAE), projeto que pretende desafiar os alunos do ensino básico a pensar e criar empresas.
• Alunos apresentaram projetos que vão das iguarias ao desporto motorizado “Desafiar os jovens a pensar e criar empresas desde
tenra idade, e familiarizar as crianças e jovens com con-
ceitos em torno do universo empresarial é o grande ob-
jetivo deste viveiro de empresas, como se estivessem no mundo real dos negócios, partilhando custos e desenvolvendo ideias e criando riqueza “, concretizou. O projeto surgiu na sequência da iniciativa “Empreendedorismo na Escola”, medida implementada no início do presente ano letivo e inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico “Barquinha 2020”, no âmbito do qual cerca de 100 alunos do Agrupamento de Escolas disputam o “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambiente Escolar”, galardão instituído como sendo “uma forma de incentivar os jovens empresários”. Desde o início do ano letivo,
O mais interessante foi aprender a trabalhar com os outros No dia 5 de fevereiro, pelas 14h30, no auditório da Escola D. Maria II decorreu a apresentação dos projetos de negócio elaborados pelos alunos do 3º, 7º,8º e 9 anos de escolaridade. Os projetos criados pelos mais alunos do 3ºA, intitulados “Chocociência” e “Vilaromática”, foram elaborados numa alusão à ciência e à utilização do laboratório do Centro Integrado de Educação e Ciência, CIEC. Os alunos do
7º C procederam à apresentação da empresa “Aromas de Almourol”, um projeto destinado à produção de doces e produtos cosméticos baseados na iguaria. Já os alunos do 8º C criaram uma ideia de negócio de âmbito desportivo, a “Barquinha Cross”, num incentivo à prática do desporto motorizado. Por último, o 9º B dedicou-se à elaboração de um projeto informático intitulado “Inova Team”, uma empresa
Tornar as empresas mais competitivas e promover a sua internacionalização são as prioridades dos fundos comunitários que aí vêm para a Região Centro no âmbito do novo quadro de apoio “Portugal 2020”. O anúncio foi feito por Ana Abrunhosa, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), durante o seminário realizado no final de janeiro no Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes. Durante a sessão, a responsável referiu ainda que uma das grandes preocupações deste novo pacote de incentivos financeiros prende-se com a elevada taxa de de-
jornaldeabrantes
semprego jovem e que, neste âmbito, o novo quadro comunitário irá apostar fortemente no apoio à criação de novas empresas. Em declarações à Antena Livre, Ana Abrunhosa salientou que “a ideia é aumentar o emprego e as exportações ou a substituição de importações. Estamos a falar de aumento de investimento que promova as exportações, estamos a falar de estimular o investimento no setor de bens transacionáveis, que traga a criação de emprego, e também o apoio ao empreendedorismo, que é a criação do próprio emprego por jovens qualificados em setores de alta tecnologia, nas áreas
da cultura e da criatividade porque isso também reduz o desemprego”. Para Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, “é essencial para a região Centro que o ciclo de investimento que se vai iniciar traga as condições para gerar mais emprego, para qualificar o próprio emprego e para estimular a nossa economia para devolvermos aquilo que parou neste último ano”. Na ocasião, foi ainda assinalada a adesão do Tagusvalley – Tecnopolo do Vale do Tejo e do Instituto Politécnico de Tomar ao projeto INOV-C – Ecossistema de Inovação, liderado pela Universidade de
Tagus Valley
Fundos comunitários apostam na criação de novas empresas
Coimbra, com a assinatura de um protocolo de colaboração que terá como objectivo “promovermos a economia regional em conjunto”, salientou Maria do Céu Albuquerque. “Aquilo que é previsível é que a partir de Tomar e a partir de Abrantes, num raio de 30 kms, todos os concelhos
que gravitam à volta possam fazer parte deste ecossistema inovador, de desenvolvimento, e possam também candidatar-se ao que vier a estar acordado neste pacote de investimento do INOV-C, seja por via da capacitação, da formação, da participação em certames nacionais e internacionais”, referiu
a autarca. Este seminário inseriu-se nas comemorações dos dez anos de atividade do Tagusvalley, que está em fase de conclusão da sua infra-estruturação e dotação de meios tecnológicos que estarão ao serviço da comunidade local e regional. Margarida Tomé Serôdio
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A presidente da Câmara de Abrantes anunciou que, até final de 2015, a empresa concessionária de águas residuais vai construir a ETAR dos Carochos e resolver um antigo problema ambiental, “Até ao final do ano, a empresa concessionária, no âmbito do contrato de concessão, tem de concluir o plano de investimento previsto, incluindo a nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) na zona dos Carochos”, disse Maria do Céu Albuquerque, na Assembleia Municipal de Abrantes de 20 de fevereiro. A nova ETAR, que vai ser construída ao lado da atual (em estado inoperacional e com descargas para o Tejo sem o tratamento adequado), vai implicar um investimento de cerca de 1,7 milhões de euros e estará preparada para servir um universo de 10 mil pessoas. Concebida em 1991, em colina sobranceira ao rio Tejo,
Mário Rui Fonseca
Câmara de Abrantes anuncia nova ETAR dos Carochos até final do ano
• A nova ETAR estará preparada para servir 10 mil pessoas a ETAR dos Carochos nunca funcionou corretamente, pelo que a Câmara sempre recusou a receção definitiva da obra, tendo entrado em litígio judicial com a empresa construtora. A autarquia anunciou a construção de uma nova ETAR no ano 2009, ao tempo com Nelson de Carvalho (PS) como presidente de Câmara,
um objetivo consagrado na ocasião com a Abrantáqua, a empresa concessionária do saneamento de águas residuais. Nesse ano, o ministério do Ambiente levantou um auto de notícia à autarquia, criticando no relatório de inspeção o estado da ETAR –“fora de serviço por abandono” -, a par das “descargas dos es-
gotos sem tratamento” para o Tejo. Até hoje, a ETAR dos Carochos nunca chegou a ser construída. A Abrantáqua disse em fevereiro que as obras de construção “já se encontram a decorrer”, tendo imputado os atrasos do arranque da empreitada a “dificuldades na aquisição do terreno onde
decorre a construção da instalação”. As primeiras denúncias do “atentado ambiental” decorreram em 2005, tendo o deputado municipal do BE, Manuel António, promovido, então, uma visita guiada à ETAR, já em evidente estado de degradação e abandono. No dia 17 de fevereiro deste ano, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) respondeu ao atual deputado municipal do BE, Armindo Silveira, dando conta que a antiga ETAR estava a funcionar “com tratamento provisório” desde dezembro de 2014, e que a Abrantáqua “prevê que a nova ETAR esteja a funcionar até final de 2015”. “Dez anos depois de tantas denúncias sobre este atentado ambiental e de nada ter sido feito, agora só acredito depois de ver a obra feita e com relatório técnico assinado por entidades externas ao processo”, afirmou Silveira.
vante a reabertura da ponte de Constância ao tráfego de pesados, como medida que permitiria atenuar mais este constrangimento”, defende fonte oficial do Caima. A administração da Mistubishi Fuso (MFTE), com fábrica no Tramagal, disse que a ponte de Abrantes é utilizada mensalmente por cerca de 100 viaturas que fazem entrega de componentes, e também por algumas viaturas que transportam o produto final, que são carros montados. Nuno Rodrigues, proprietário dos vinhos Casal da Coelheira, com cerca de 80% da produção a ser escoada da adega através de empresas transportadoras (nacionais e internacionais) disse as implicações vão ser ao nível do “cumprimento de prazos de entrega e na capacidade de satisfazer encomendas mais urgentes”.
A construção do “Centro Geriátrico de Vila de Rei Estrutura Residencial para Pessoas Idosas”, empreitada que tem um prazo de execução de 300 dias e representa um investimento de 2 milhões de euros, entrou em fase de concurso público. Da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Rei, a empreitada de execução da obra prevê a construção de uma estrutura residencial com capacidade para 58 utentes, numa área superior a 3.000 m2. Com a construção deste novo espaço, prevê-se a criação de aproximadamente 50 novos postos de trabalho. O futuro Centro Geriátrico de Vila de Rei resulta de um protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), a Santa Casa da Misericórdia de Vila de Rei e a autarquia local, tendo o município cedido o terreno e o projeto para a sua implementação. A SCML comparticipa 1,5 milhões de euros e terá direito a uma reserva total de 20 vagas para os seus utentes. Esta nova resposta social que vai surgir no Centro de Portugal, a cerca de uma hora de Lisboa, perto da albufeira de Castelo do Bode, é destinada à prestação de cuidados de saúde para grandes dependentes e deficientes profundos e pessoas idosas em situação de risco ou dependência. Em declarações à Antena Livre, o presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires, destacou a importância deste investimento pelo “aumento da resposta social aos idosos do concelho e da região de Lisboa e consequente criação de mais emprego e mais riqueza” para o município.
Mário Rui Fonseca
Mário Rui Fonseca
tendo em conta que as travessias mais próximas se situam na Chamusca e em Alvega/Mouriscas, a cerca de 30 quilómetros e 25 quilómetros, respetivamente. “Temos cerca de 20 viaturas pesadas todos os dias na estrada a fazer distribuição, pelo que estes condicionalismos têm um impacto significativo para as contas da empresa, devido a maior dispêndio de combustível e pagamento de portagens”, disse o gerente da Aviludo, uma empresa de distribuição alimentar, com sede em Alferrarede. Segundo Filipe Guerreiro, a empresa, com cerca de 80 funcionários e 20 viaturas de venda e distribuição, teve de alterar as suas rotas normais de circulação, tendo em conta que a ponte de Abrantes era sempre a travessia utilizada para o trabalho a desenvolver na sua área de abrangência, e que inclui o Ribatejo, Alentejo, Beira Lito-
Mário Rui Fonseca
Interdição a pesados na ponte de Abrantes aumenta despesas das empresas da região A interdição de circulação a pesados na ponte sobre o Tejo, em Abrantes, está a obrigar a desvios e a aumentos significativos de despesas nas empresas da região. A interdição de circulação a veículos pesados vai decorrer até final de novembro e resulta do início da segunda fase de requalificação da ponte que liga Rossio ao Sul do Tejo a Abrantes, no âmbito de uma obra das Estradas de Portugal (EP) orçada em 2,9 milhões de euros, tendo a intervenção arrancado em setembro de 2014 e perspetivando-se a conclusão dos trabalhos para final de 2015. Todas as empresas contactadas apontaram para “aumentos significativos das despesas” previstos para este período de 330 dias, quer ao nível do combustível e em portagens, quer ainda no tempo despendido para circular em vias alternativas,
•
O cumprimento dos prazos de entrega também está em causa
ral e Beira Interior. Também a administração da fábrica do Caima, em Constância-Sul, apontou para dificuldades acrescidas na circulação de bens e pro-
dutos, tendo defendido a reabertura da ponte da Praia a viaturas pesadas. “Pelo menos enquanto durarem as obras na ponte de Abrantes, seria muito rele-
Centro Geriátrico de Vila de Rei entra em concurso público e vai custar 2 ME
jornaldeabrantes
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As autarquias do Médio Tejo anunciaram a redução do consumo de energia nas piscinas municipais em cerca de 50%, resultados alcançados após um investimento na instalação dos variadores eletrónicos de velocidade naqueles equipamentos. O investimento, na ordem dos 100 mil euros, foi efetuado através da MédioTejo21, Agência Regional de Energia e Ambiente do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul, e contemplou a instalação de 101 variadores eletrónicos de velocidade (vev´s) em 39 máquinas, repartidas por 17 piscinas municipais dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Oleiros, Proença-aNova, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da
CM Anrantes
Região do Médio Tejo reduz em 50% o consumo de energia nas piscinas municipais
• Num ano os municípios, em conjunto, pouparam 85 mil euros Barquinha e Vila de Rei. Com esta intervenção, suportada em cerca 30% pelos municípios, “foi melhorada a eficiência energética das piscinas municipais, diminu-
indo o consumo de energia e o valor de fatura a pagar pela mesma, melhorando também o desempenho dos equipamentos existentes”, destaca a MédioTejo XXI, em
nota de imprensa. O presidente do Conselho de Administração (CA) da MédioTejo21, Vasco Estrela, disse que os primeiros dados obtidos no terreno, após a insta-
lação dos vev´s, “deram resultados que ultrapassam significativamente o esperado” em fase de candidatura. Segundo Vasco Estrela, que também preside à Câmara de Mação, o investimento está a permitir uma poupança de energia de 735.4 MWh/ano, as emissões de CO2 evitadas ciframse nas 345 toneladas anuais, e a poupança estimada em fatura de energia cifra-se nos 85.700 euros/ano para o conjunto de municípios. De acordo com as contas de Vasco Estrela, a poupança média alcançada é de 34,2%, o prazo estimado de retorno do investimento dos municípios é de cerca de cinco meses, e o retorno total da intervenção será alcançado em pouco mais de um ano. Mário Rui Fonseca
Médio Tejo vai apoiar criação de perfis de consumo de energia a empresas e particulares A MédioTejo21 vai percorrer, até final de março, todas as empresas e particulares dos 15 municípios associados para os apoiar na análise de fatura de energia elétrica e na criação de perfis de consumos energéticos. Nesse sentido, e com o objetivo de “ajudar a reduzir os consumos de energia”, até ao dia 31 de março a MédioTejo21 - Agência Regional de Energia e Ambiente, estará um dia em cada município
para recolher das empresas e munícipes as faturas de energia elétrica referentes a um ano civil. O presidente do Conselho de Administração da MédioTejo21, Vasco Estrela, disse que, da análise às faturas recolhidas de cada entidade, “resultará um perfil de consumo que vai permitir verificar quais os meses mais críticos, pontos de otimização de energia e até mesmo apoiar a contratação em mercado li-
beralizado”. Na calendarização das visitas a cada município, os aderentes à iniciativa deverão fazer-se acompanhar das cópias das faturas de energia elétrica referentes a um ano completo (por exemplo de janeiro de 2014 a janeiro de 2015), observou o gestor, tendo acrescentado que, todas as solicitações recebidas até ao dia 31 de março receberão uma análise de perfil de consumo de energia elé-
trica e quais as possibilidades de financiamento. “Este processo pode resultar em ganhos significativos para as pessoas e para as empresas, mas também para as instituições de solidariedade social, tendo em conta a análise a efetuar, caso a caso, e as propostas que apresentaremos para adaptação a novos modelos de consumo, energeticamente e financeiramente mais sustentáveis”, vincou. O atendimento decorre du-
rante o mês de março. Os locais de atendimento serão indicados pelos municípios e as inscrições para o atendimento presencial deverão ser efetuadas junto de cada autarquia. Nos concelhos de abrangência do JA os dias de atendimento serão os seguintes: Constância no dia 3, Abrantes no dia 11, Vila Nova da Barquinha no dia 12, Vila de Rei no dia 20, Sardoal no dia 25 e Mação no dia 31. Mário Rui Fonseca
Autarquia dá 24 bolsas a estudantes do ensino superior
jornaldeabrantes
gados familiares, e que constituem um sério obstáculo ao prosseguimento dos estudos” por parte dos jovens. “Apesar das conhecidas dificuldades pelas quais as autarquias estão a passar”, o município destaca “fazer questão de continuar este apoio” aos jovens estudantes do ensino superior com menores recursos económicos, “contribuindo, assim, para um maior e mais equilibrado desenvolvimento social, económico e cultural”.
Bombeiros Voluntários criam gabinete de comunicação A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Abrantes (AHBVA) criou um Gabinete de Comunicação, anunciou a instituição, tendo nomeado para o cargo Gisela Oliveira, 50 anos, docente na Pós-Graduação em Proteção Civil - Comunicação no Risco, nas Emergências e na Crise, da ESTA/ IPT. Segundo a AHBVA, este gabinete serve para dar apoio aos jornalistas, sócios, bombeiros e cidadãos abrantinos, fornecendo informações e esclarecimentos sobre a sua atividade no concelho. O contacto poderá ser feito através do email: comunicacao.ahbv.abrantes@ gmail.com.
VILA DE REI
CONSTÂNCIA
A Câmara Municipal de Constância decidiu atribuir este ano letivo 24 bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, no valor de 13 600 euros, no âmbito da concessão anual de apoios a estratos sociais desfavorecidos. Em nota de imprensa, a autarquia faz saber que “tem vindo a aumentar” a atribuição do número de bolsas de estudo, como forma de “minimizar as dificuldades económicas que afetam os agre-
ABRANTES
Equipa de cuidados domiciliários alargada no concelho A Câmara Municipal de Vila de Rei e a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE, anunciaram um protocolo de colaboração que se traduzirá num reforço dos serviços de saúde prestados à população local, através da criação de uma equipa de apoio domiciliário. O protocolo prevê que a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de Vila de Rei, criada a 1 de fevereiro deste ano, possa desempenhar o seu trabalho de prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social, no âmbito domiciliário e comunitário, através da implementação de uma unidade móvel de intervenção.
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A água canalizada vai chegar à localidade do Baralho, Bemposta, pequeno aglomerado populacional que se abastece com recurso a furos, poços e fontes.
A primeira fase da obra de abastecimento de água ao sul do concelho, a partir da Albufeira de Castelo do Bode, vai ter início em meados de março, com a construção da conduta adutora no troço entre a Samarra e o açude no rio Tejo. O prazo para execução é de 180 dias, com um valor de cerca de 370 mil euros. Para abril, está previsto o início da construção da conduta adutora entre o açude e Vale de Donas (São Miguel do Rio Torto), com um investimento de 515 mil euros e que terá a duração estimada de 150 dias. Na freguesia de Rio de Moinhos está previsto para o mês de março a remodelação do sistema de abastecimento
de água nas ruas Dr. João de Deus, do Canto e do Adro. “Neste momento, o abastecimento de água é feito através de um dreno e nós queremos que Rio de Moinhos seja abastecido diretamente pela Barragem de Castelo Bode. Para este fim, vamos instalar um troço da adutora que vem de Castelo Bode para a distribuição da água na aldeia”, referiu Manuel Valamatos, presidente do Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA). Durante a realização da obra, que deverá prolongarse por dois meses, o trânsito de ligeiros e de pesados na rua Dr. João de Deus, Canto e Adro será cortado, e apenas está prevista a passagem de autocarros. Assim, para circular na freguesia os automobilistas terão de circular na Rua Direita, que atualmente apenas assume um sentido. “É uma obra que tem alguma complexidade e, possivelmente, na rua transitável
Mário Rui Fonseca
Serviços Municipalizados de Abrantes vão levar água a todo o sul do concelho
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Manuel Valamatos, presidente dos SMAS, e Manuel João, presidente da Junta de Freguesia da Bemposta
(Rua Direita) será proibido o estacionamento uma vez que os ligeiros terão de circular nos dois sentidos”, explicou o presidente do SMAS. O autarca acrescentou ainda que os riomoinhenses poderão aproveitar esta intervenção para mudar os seus ramais de ligação, “pois são estruturas muito antigas e já em processo de deterioração,
pelo valor de cerca de 80 euros”. As “famílias mais carenciadas vão poder pagar de forma faseada”, garantiu. Rui André, presidente da Junta de Freguesia, afirmou ao JA que “esta nova canalização é uma mais-valia para a nossa população, podendo esta intervenção abranger no futuro o resto da localidade”. Novidade é a chegada da
água canalizada à localidade do Baralho, na freguesia de Bemposta, pequeno aglomerado populacional que se abastece, desde sempre, com recurso a furos, poços, fontes e armazenamento da água da chuva. “É uma revolução para esta povoação porque estas pessoas nunca tiveram acesso a água canalizada”, disse José
Cortes. Para regas, banhos e lavagem de loiça e roupas, Joaquim Gil, 64 anos, recorre à água de um poço. Para beber, vai à fonte buscar 10 garrafões por semana. “É uma zona de expansão natural de Bemposta e este é um investimento irrisório, tendo em conta os benefícios que podem representar para o desenvolvimento local”, destacou Maximino Chaves. O presidente da Junta de Bemposta, por sua vez, disse que a decisão “salvaguarda os interesses da população no acesso aos serviços básicos”. Manuel João classificou a situação que sempre se viveu no Baralho como de “inadmissível”. “Não se percebe como um bem essencial como a água ainda não chegou a este povoado pelo que é de enaltecer o trabalho do atual executivo”, destacou. Joana Margarida Carvalho e Mário Rui Fonseca
DR
António Mor (PS) eleito presidente da Assembleia Municipal de Abrantes
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, agraciou no dia 13 de fevereiro 15 antigos presidentes de câmaras municipais com o grau de comendador da Ordem do Mérito, entre eles, António Mendes, ex-presidente da CM Constância, em exercício que executou ao longo de 24 anos. Cavaco Silva decidiu agraciar um conjunto de 15 antigos presidentes de câmaras “como reconhecimento do papel insubstituível dos autarcas portugueses” para o desenvolvimento do país e para o reforço da coesão territorial. A cerimónia de condecoração decorreu no Palácio de Belém.
O deputado municipal António Gomes Mor, do PS, foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, substituindo no cargo Nelson de Carvalho, que havia pedido renúncia em novembro último. Militante socialista, António Lucas Gomes Mor, 66 anos, economista, licenciado em Gestão, nasceu na freguesia do Pego, concelho de Abrantes, e desempenha cargos políticos e responsabilidades associativas desde 1977. Sempre eleito pelo PS, foi
vereador da Câmara Municipal de Abrantes entre 1977 e 1993 (entre 1978 e 1989 em regime de permanência), tendo assumido cargos políticos durante 26 anos, repartidos por cinco mandatos, e foi ainda responsável pelos Serviços Municipalizados de Abrantes, entre 1977 e 1989, entre outros cargos. Em 1997 regressou à vida política ativa, sendo sempre eleito deputado municipal nas listas do PS. António Mor foi, em termos associativos, dirigente do Clube de Amadores de
Pesca e Caça do Pego, sócio fundador do Grupo Desportivo do Pego, diretor do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pego, e presidente do conselho fiscal do CRIA. Atualmente, é presidente do Conselho Fiscal e sócio fundador da AHBVA – Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, preside à direção do Centro Social do Pego (IPSS) e à direção do Centro Social do Pessoal do município de Abrantes. António Gomes Mor assumiu o cargo de presidente
da Assembleia Municipal de Abrantes no dia 20 de fevereiro depois de Nelson de Carvalho (PS) ter renunciado em novembro do ano passado ao mandato para o qual havia sido eleito em outubro de 2013, invocando “opções pessoais de vida e do tipo de atividade profissional e de envolvimento cívico” que pretendia assumir. MRF
jornaldeabrantes
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Autarcas do Médio Tejo preocupados com variações nos caudais do Tejo Os autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) afirmam estar preocupados com as “grandes variações diárias” dos níveis do caudal do rio Tejo, situação que, apontam, “resulta dos transvases do Tejo para o sul de Espanha”.
Os 13 autarcas do Médio Tejo destacam como causa para as variações do volume de água no Tejo “a gestão dos caudais em função das necessidades de produção de energia pelas grandes barragens espanholas”, junto à fronteira com Portugal. Em declarações à Antena Livre, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, disse que os últimos anos hidrológicos “têm sido generosos quanto às disponibilidades de recursos hídricos” na bacia do Tejo, quer em Espanha quer em Portugal, e que “nada justifica os níveis anormalmente baixos de rio, em plena época de inverno”. “Este é um problema que
Hália Costa Santos
MÁRIO RUI FONSECA
Presidente da CIMT diz que o caudal diminuto prejudica investimento desenvolvido na reabilitação das •margens ribeirinhas
subsiste há muitos anos, mas temos sempre sido surpreendidos com notícias de novos transvazes do rio Tejo do lado espanhol, pelo que o que importa, e entendemos como absolutamente vital, alertar e reivindicar junto das autoridades nacionais o caudal necessário para o sustento dos
caudais ambientais em Portugal”, vincou. Maria do Céu Albuquerque destacou ainda as “disponibilidades de 75,8% da capacidade de armazenamento” total das albufeiras da bacia do Tejo em Portugal, em dezembro de 2014, “e de 61,93% da capacidade de armazena-
mento total das albufeiras da bacia do Tejo em Espanha”, em janeiro de 2015, valores que, frisou, estão “acima da média dos 10 últimos anos”. Por outro lado, acrescentou a autarca, que também preside à Câmara Municipal de Abrantes, “o caudal diminuto que chega a Portugal, no-
Governos português e espanhol negam incumprimento O Ministério do Ambiente português garantiu não haver registos de qualquer incumprimento de caudais semanais e trimestrais no rio Tejo por parte das entidades espanholas, tendo sublinhado a intensa cooperação entre os dois países. “O Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não regista, até ao momento, qualquer incumprimento de caudais semanais e trimestrais”, pode ler-se na resposta que o gabinete do secretário de Estado do Ambiente enviou à agência Lusa. Para além de afirmar que não existem registos de incumprimentos do nível dos caudais do maior rio ibérico, o Governo português destacou a “intensa cooperação
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entre as autoridades portuguesas e espanholas, em particular no respeitante ao processo em curso, correspondente ao segundo ciclo de planeamento das regiões hidrográficas”. O próprio Governo espanhol rejeita que os transvases de água do Tejo realizadas em Espanha sejam responsáveis pelas variações do caudal do rio no lado português, afirmando que os critérios es-
tabelecidos no convénio bilateral têm sido “escrupulosamente cumpridos”. Confrontado com as críticas dos autarcas portugueses, o Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha garantiu que todos os critérios sobre volumes de água estabelecidos na Convenção de Albufeira – que regula esta matéria entre os dois países – têm sido “escrupulosamente cumpridos”.
meadamente ao Médio Tejo, prejudica de forma evidente todo o investimento desenvolvido na reabilitação e revitalização das povoações e margens ribeirinhas”. “No curso de rio que atravessa a região do Médio Tejo tem-se assistido, nos últimos anos, a um preocupante as-
soreamento do leito do rio, à deterioração da qualidade da água face aos caudais cada vez mais reduzidos”, vincou. Além disso, acrescentou Maria do Céu Albuquerque, também se têm verificado “danos em infraestruturas fluviais que ficam a descoberto devido à ausência de condições para a prática de desportos náuticos, prejudicando os serviços do turismo e lazer, componente importante da estratégia de desenvolvimento do Médio Tejo”. As 13 autarquias que compõem a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo decidiram, por unanimidade, solicitar a intervenção do ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia no sentido de, em conjunto com o Ministério de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente de Espanha, garantir a existência de um nível regular dos caudais do rio Tejo que sejam adequados à preservação dos ecossistemas aquáticos e à utilização dos equipamentos de turismo e lazer pelas populações ribeirinhas.
Movimento pelo Tejo quer sanções por falhas dos caudais acordados com Espanha
“Desde o início do ano hidrológico (2014/2015) o volume de água do rio Tejo que passou pelo ponto de controlo [estabelecido pela Convenção de Albufeira] rumo a Portugal cumpre, escrupulosamente os critérios da Convenção” indicou o Ministério à agência Lusa. Os dados, adianta, foram divulgados pela Comissária de Águas da Confederação Hidrográfica do Tejo. Lusa
O Movimento ProTejo defendeu a instauração de sanções por incumprimento financeiro ou ambiental da Convenção de Albufeira (CA), caso se confirmem falhas nos volumes dos caudais do Tejo acordados entre Espanha e Portugal e regulados pela convenção. A associação ambientalista reagiu assim à posição pública dos autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) (ver artigo ao lado). Em declarações à agência Lusa, os porta-vozes do ProTejo, Sara Cura e Paulo Constantino, defenderam o estabelecimento de indicadores do estado ecológico das massas de água
transfronteiriças e a inscrição dessa avaliação no relatório sobre o cumprimento da Convenção de Albufeira, assim como a determinação de caudais ambientais nos vários troços de rio e na chegada à foz, em função do objetivo de estado ecológico. “São questões para as quais vimos alertando desde sempre, e que incluem ainda a aproximação do caudal ambiental ao caudal instantâneo [duplicação dos atuais caudais trimestrais e semanais para alcançar 80% do caudal anual], e a quantificação dos caudais ambientais” em hectómetros cúbicos (hm3) e metros cúbicos (m3) por segundo. Lusa
OBITUÁRIO 13
MARÇO 2015
Manuel Dias, fundador do PS em Abrantes e deputado à Constituinte, morreu Manuel Pereira Dias, histórico socialista abrantino e deputado eleito para a Assembleia Constituinte em 1975, faleceu no dia 27 de janeiro, em Abrantes, aos 84 anos, vítima de doença prolongada. Militante do Partido Socialista, Manuel Pereira Dias nasceu em Abrantes a 9 de novembro de 1930, onde fundou o PS local, após o 25 de Abril de 1974. Manuel Dias foi alfaiate de profissão até aos 70 anos, dirigente desportivo no Sporting Clube de Abrantes, no Clube Amadores de Pesca e no Clube de Campismo de Abrantes, tendo assumido ainda responsabilidades de âmbito cultural no Orfeão e no Cineclube de Abrantes. Foi também presidente da direção da Associação Comercial de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação, e desenvol-
veu, paralelamente, uma intensa atividade política. Em 1949, com 19 anos, participou na campanha de Norton de Matos, tendo ficado comprometido com a oposição ao regime do Estado Novo. Após o 25 de Abril inicia a militância no Partido Socialista e funda o partido em Abrantes. Em julho de 1974, Manuel Dias integrou a Co-
O Quim do 21
missão Administrativa da Câmara Municipal de Abrantes. Em 1975, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e, no ano seguinte, para a Assembleia Municipal de Abrantes, onde esteve 37 anos. Em 2012, a Câmara Municipal de Abrantes entregou-lhe a Medalha Municipal de Mérito Cívico e Político. Mário Rui Fonseca
A Barquinha perdeu no dia 5 de fevereiro um dos seus fiéis guardadores de memórias. Genuinamente irreverente, o Quim Vieira foi um apaixonado pela sua terra. Colecionou-a e deu-a a conhecer. Dono de vários talentos desde a cerâmica, desenho, poesia e fotografia foi um impulsionador da cultura e da arte. Sempre fiel a si próprio. Era uma figura típica da terra. Quem não conhecia o Quim do 21 e o famoso abafado? Este ilustre barquinhense nasceu a 21 de Dezembro de 1959 no antigo Hospital da Misericórdia, em Vila Nova da Barquinha. Quim Vieira criou um local de culto, em 1994, onde a sua figura era tão ou mais carismática que o próprio lugar. O Museu Etnográfico 21 era um espaço único na região, que albergava o fruto da sua recolha, desde fotografias, cartazes e objetos.
No bar museu mantinha um pequeno atelier, onde dava azo à imaginação criando, entre figuras menos ortodoxas, as miniaturas do Castelo de Almourol em cerâmica. Além do artesanato e do colecionismo, dedicava-se também à escrita. No verão de 2012 tornouse vendedor ambulante, indo ao encontro dos clientes e amigos por entre esculturas, plátanos e pedaços do
Tejo, no Barquinha Parque, apregoando o abafadinho. Criou uma personagem em que não faltava a bicicleta “pasteleira”, boina, bigode fininho e fato domingueiro a condizer, “tal como as figuras típicas barquinhenses do século passado”, dizia. Pelos seus atos e talentos perdurará na memória coletiva de toda uma região. Até sempre Quim. Pérsio Basso
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14 EDUCAÇÃO
MARÇO 2015
Projeto de transferência de competências na Educação divide municípios
Na região do Médio Tejo, os concelhos de Mação, Constância e Abrantes foram considerados municípios piloto para a implementação do processo de municipalização da Educação, mas as opiniões dos autarcas divergem e não são consensuais. Mação vê vantagens, mas está em conversações com o Agrupamento. Constância rejeita por não ver mais-valias tendo em conta a sua dimensão. Abrantes não está fora do processo, mas quer ‘afinar’ algumas questões. No caso de Mação, Vasco Estrela admite que este pode ser um processo com “alguns ganhos”. Contudo o município ainda está em fase de conversações com o Agrupamento de Escolas sobre o assunto. “Aquilo que para nós é importante é que a escola possa cumprir a sua missão com as melhores condições possíveis. Estamos disponíveis para discutir este assunto que, para nós, poderá representar alguns ganhos, mas é fundamental que o Agrupamento
jornaldeabrantes
porquê: “Tendo em conta as características e especificidades do nosso concelho, com um agrupamento apenas, o acordo que a Administração Central prevê com a implementação da municipalização da Educação, não acrescenta mais-valias para o agrupamento, para o concelho e para os alunos, que são o nosso foco de interesse.” A autarca de Constância lembra que “todo este processo demorou imenso tempo, conAbrantes não desistiu, mas aguarda que o Ministério responda às suas pretensões tudo não foi o tempo suficiente para se fazer uma discusras municipais passam cada ção do PS de “rejeição da mu- a participação dos territórios são alargada sobre o assunto, vez mais por uma prestação nicipalização da Educação”, educativos”, e recomenda que como é necessário. Eu própria de serviços públicos” e deixa tendo criticado a “forma uni- a comunidade local promova tenho participado em varias uma ideia clara: “A nossa fun- lateral” como o Governo tem um amplo debate sobre a ma- iniciativas sobre o assunto, onde ainda persistem bastanção é garantir qualidade de conduzido o processo, numa téria. medida que consideram “disJúlia Amorim, presidente tes dúvidas e onde não há um vida aos munícipes.” cutível, mas nada participada da CM de Constância, já ad- consenso alargado para a imConstância critica processo e nem aberta aos interessados”. mitiu que este processo não plementação deste processo.” A Assembleia Municipal re- será concretizado no conceNo caso de Abrantes, a prerejeita proposta do Governo jeitou, assim, “a forma enca- lho que lidera. A autarca ga- sidente da autarquia, a sociaA Assembleia Municipal de potada” como esta medida rante que “não estão reunidas lista Maria do Céu AlbuquerConstância, de maioria CDU, está a ser negociada, “envolta as condições para que o con- que, já veio dizer que o muaprovou por maioria uma mo- num grande secretismo e sem trato seja assinado”. E explica nicípio que lidera assume a condição de município piloto no âmbito do processo de transferência de competências, mas afirma que existem situações que têm ainda de O presidente da Associação Nacional que tem sido feito”, afirmou à agência a agência Lusa teve acesso, relativo à ser ‘afinadas’ com o Ministério de Municípios Portugueses (ANMP), Lusa o presidente da ANMP, referindo descentralização de competências na da Educação, nomeadamente Manuel Machado, exige que o Governo que alguns municípios têm sido con- Educação, ainda a ser negociada com ao nível financeiro e de auto“não discrimine e que trate de forma tactados pelo Governo para estabele- os municípios, “a contratação para fornomia das escolas. igual” as câmaras, no âmbito da trans- cerem, de forma isolada, acordos de mação específica de base local só pode “Nós não desistimos do proferência de competências na área da transferência de competências na área ocorrer quando não exista pessoal docesso e, por isso, já fizemos Educação. da Educação, no âmbito dos projetos- cente dos quadros dos agrupamenvárias propostas ao Governo No processo de delegação de compe- piloto. tos ou de zona pedagógica disponípara melhoria deste processo tências da administração central para as As disciplinas de caráter regional, que veis para afetar a esta formação, otimide transferência de competênautarquias, no setor da Educação, para podem vir a ser criadas no âmbito do zando o corpo docente existente”. cias na área da Educação. Não o respetivo projeto-piloto, “as câmaras processo de municipalização da EducaO mesmo documento diz que escoatirámos, assim, `a toalha ao têm vindo a ser contactadas [pelo Go- ção, terão de ser lecionadas preferenci- las e municípios vão poder gerir 50% chão`, mas ainda não chegáverno] num procedimento de pesca à almente por docentes dos quadros do das poupanças conseguidas no âmbito mos a um entendimento que linha”, sustenta Manuel Machado. Ministério da Educação, mas há mar- do projeto-piloto de transferência de corresponda às nossas pretenA expressão ‘pesca à linha’“não agrada gem para contratações. competências de Educação. sões nesta matéria”, explicou a muita gente, mas objetivamente é o De acordo com um documento a que Lusa Maria do Céu Albuquerque.
de Escolas entenda que isto será uma mais-valia.” Vasco Estrela, autarca social-democrata, adiantou ainda que a transferência de competências da Administração Central para as Câmaras pode ser um garante de mais respostas e serviços de proximidade para com os munícipes. “Não podemos passar a vida a reclamar que tudo se concentra em Lisboa e que a capital controla tudo e, quando há uma vontade de descentralizar, muitos se assustam. O que é importante é que as respostas têm de ser dadas ao nível dos serviços públicos. A forma como são dadas é quase um acessório em todo este processo.” O autarca maçaense questiona: “Se os municípios estão mais próximos dos cidadãos, se conhecem bem as suas necessidades e reclamam por mais autonomia, porque não assumir alguns destes serviços?” Vasco Estrela defende que “as funções das câma-
Hália Costa Santos
A eventual delegação de competências para as autarquias em matéria de contratações, transferências e salários de professores está a revelar-se um foco de controvérsia entre tutela, sindicatos e órgãos do poder local. Há municípios que consideram que a área da Educação deve ser da sua responsabilidade, enquanto outros dizem não haver condições para implementar o projeto porque as escolas perdem autonomia e as verbas não responderiam às necessidades.
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Municípios exigem tratamento igual na transferência de competências na Educação
Joana Margarida Carvalho
EDUCAÇÃO 15
MARÇO 2015
POSIÇÕES E QUESTÕES DE TRÊS DIRETORES DE AGRUPAMENTOS DE ESCOLA SOBRE A PROPOSTA DE MUNICIPALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
Inquestionavelmente, o sistema educativo português enferma de um excessivo centralismo e dependência da administração central, que controla, através de uma forte teia burocrática, a vida das escolas. Esta realidade traz fortes constrangimentos à ação dos diretores e outros órgãos de gestão, para além de se revelar manifestamente ineficiente. É neste contexto que temos reclamado uma maior autonomia das Escolas e que presidiu à assinatura do Con-
trato de Autonomia do Agrupamento de Escolas de Constância em outubro de 2013. A perspetiva de poderem as Autarquias assumir algumas das competências, atualmente detidas pela administração central, também nos parece desejável uma vez que, no caso de Constância, sabemos que a autarquia faz melhor do que a administração central. No entanto, o que o atual Programa Aproximar preconiza, na prática, é a transferência de competências para as autar-
quias, sem o correspondente reforço da autonomia das escolas. Aliás, este programa remete as escolas para um papel secundário, ficando na dependência das vontades das autarquias, mesmo em questões de natureza pedagógica-didática e de gestão de profissionais, competências inalienáveis das escolas. A aproximação deve, assim, fazer-se numa autoestrada de duas vias – em direção às escolas e em direção às autarquias, mantendo cada uma
Joana Margarida Carvalho
“Este programa remete as escolas para um papel secundário”
Diretora do Agrupamento de Escolas de Constância defende que os •estabelecimentos de ensino e as autarquias “devem manter o seu espaço autonómico e específico”
o seu espaço autonómico e específico – que conduzam uma maior eficiência e eficácia na construção de respos-
Autonomia ou dependência? A educação em Portugal, especialmente na última década, ganhou novas dinâmicas, novos intervenientes, novas problemáticas. As escolas, de forma mais visível as do ensino básico e secundário, passaram e continuam a passar por grandes alterações nas suas dinâmicas internas e externas, sendo obrigadas a alterar e alargar a sua atuação a campos que lhe estavam vedados. Hoje, temos uma escola para todos; a escola, obrigatória e inclusiva, chama para si um conjunto de problemas aos quais tenta dar resposta, que decorrem, não tanto da quantidade, mas da diversidade de alunos que, diariamente, chegam a cada uma das nossas escolas com necessidades e problemas singulares e que exigem, cada vez mais, respostas também elas diferenciadas. Para lá de alunos cada vez mais heterogéneos, à escola é pedido que os mantenha por períodos mais longos (até aos dezoito anos e diariamente, por vezes, mais que doze horas). Estes novos públicos, e de maior permanência, remetem a escola para novas dimensões, para novos papéis e funções que durante décadas e até séculos estiveram destinadas a outros atores, a outros agentes, especialmente à família.
Assim, é importante chamar ao “palco” outros atores e dar-lhes mais relevo. Chamar os Municípios a assumir novas funções e protagonismos não será, certamente, o apocalipse que muitos apregoam mas também, não será, longe disso, a solução para todos os problemas da educação, como alguns têm defendido. Se nos conseguirmos libertar destas posições extremas, este programa “Municipalização da Educação” pode tornar-se, para algumas realidades e só para algumas, um caminho interessante a ser preparado e, quem sabe, mais tarde, até trilhado. Esquecendo a forma como foi desenhado ou a metodologia usada para apresentar o programa por parte dos serviços do Ministério de Educação e Ciência, que relegou para uma plano excessivamente subalterno os Agrupamentos de Escolas, a primeira reflexão que temos de fazer e acerca da qual temos que nos entender é delimitar o que está em causa, isto é, qual o objeto ou objetos destes “Contratos de Transferência de Competências”, ou por outras palavras, qual o objeto desta “Municipalização”? Como, facilmente, se extrai da documentação de suporte ao programa, um dos grandes objetivos é um au-
mento da autonomia dos Agrupamentos de Escolas, até porque, a assinatura do programa tem como consequência a obrigação da celebração de um contrato de autonomia por parte destes; portanto se o presente programa se assumir como um “colete de forças” sobre a pouca autonomia que os Agrupamentos ainda têm não será nem uma decisão coerente nem daí advirá nenhum benefício para as escolas, alunos ou comunidades locais; a ser assim, em vez de contratos de autonomia, teremos contratos de submissão ou dependência. Tendo por referência toda a documentação disponibilizada, especialmente a matriz de competências, se for aplicada sem alterações, poderá trazer alguns conflitos de gestão, dado que se confundem um conjunto de competências; de todos os pontos, penso que a gestão de recursos, será o grande problema de todo este processo criando dificuldades na gestão de recursos financeiros, materiais e humanos. Se fizermos uma leitura atenta vemos, com muita facilidade, que o papel que está destinado aos Agrupamentos de Escolas, em toda a matriz, é de subalternidade, aparecendo como um órgão consultivo do respetivo Mu-
nicípio, assumindo um papel de menoridade, estando a decisão administrativa sempre do lado dos Municípios. Não podemos transformar, num “estalar de dedos”, um Agrupamento de Escolas num departamento ou, pior que isso, numa secção da Câmara Municipal, em que a gestão diária irá a despacho do senhor Presidente da Câmara. A gestão dos recursos, sejam eles financeiros, materiais ou humanos tem que ser da responsabilidade dos Agrupamentos ou Escolas não Agrupadas, caso contrário a pouca autonomia, as poucas competências, a pouca autoridade dos Agrupamentos e respetivos diretores, ficarão colocadas em causa. No limite, podemos mesmo dizer que se a Administração Central quer transferir para o poder local a maioria das suas competências em matéria de educação que o faça, mas que não transfira as competências que estão, já, nos Agrupamentos de Escolas e escolas não agrupadas e que tão bem têm sido exercidas; se essas competências forem retiradas não teremos um “aproximar” mas sim afastar da decisão. José António Almeida
diretor do Agrupamento Verde Horizonte, de Mação
tas adequadas, específicas e atempadas aos grandes desafios do sistema educativo, concretizado em cada escola/
agrupamento. Anabela Grácio
diretora do Agrupamento de Escolas de Constância
“O pior que pode suceder será o enviesamento do debate” Pede-me o Jornal de Abrantes que me pronuncie sobre a chamada municipalização da educação (deixemos para outro momento a questão das diferentes formulações jurídicas possíveis). Inquestionavelmente um debate da maior importância, seja qual for a decisão final que em cada município venha a ser tomada, que implica de todos os agentes educativos um grande sentido de responsabilidade e a ponderação cuidada de todas as possíveis consequências. O importante neste caso, como em muitos outros, não é por isso a posição individual de cada diretor, mas sim a posição de cada comunidade escolar, coletivamente construída após debate esclarecido e esclarecedor. Limitome pois a referir algumas preocupações pessoais que entendo deverem estar presentes no debate: - Identificação dos problemas concretos com que o sistema educativo se confronta no município de Abrantes. Não se pode correr o risco de inventar soluções para depois procurar
problemas que por elas possam ser resolvidos, mesmo que artificiais ou não prioritários. - Identificados problemas concretos, qual o seu nível de prioridade para os atores educativos? - E quais as possíveis soluções e respetivas alternativas? Será a municipalização a melhor resposta aos problemas identificados? Será uma real autonomia de escola uma alternativa a ponderar? - Que estudos fundamentam cada uma das soluções? Que experiências foram feitas e quais os resultados obtidos noutros países? O pior que pode suceder será o enviesamento do debate. A Escola Pública e os seus profissionais não o merecem. Quem todos os dias luta para cumprir a sua missão, tantas vezes contra ventos e marés, precisa de medidas que promovam a serenidade e a acalmia, condição essencial para, com os alunos, se atingir o almejado porto do sucesso educativo. Alcino Hermínio
diretor do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes
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16 EDUCAÇÃO
MARÇO 2015
Projeto da nova ESTA redimensionado A Câmara Municipal de Abrantes, a Tagus Valley e a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) estão a trabalhar no novo projeto de instalações para este estabelecimento de ensino superior politécnico que funciona no centro histórico. A mudança de toda a estrutura para o Tecnopolo, em Alferrarede, volta a ser a opção, mas desta vez com um orçamento que é aproximadamente um terço do investimento inicialmente previsto: cerca de três milhões em vez de 11 milhões de euros. Pedro Saraiva, diretor executivo da Tagus Valley, explica que neste momento se está “a rever o projeto que estava feito inicialmente, para um determinado contexto económico”. Concretamente, estão a ser revistas opções arquitetónicas, “nomeadamente em termos de áreas e de materiais”, que
possam baixar o volume de investimento para valores “mais defensáveis neste contexto de maiores restrições financeiras”. Embora ainda se esteja na fase do estudo prévio, que está a ser preparado por uma equipa de arquitetos contratada pela Tagusvalley, uma das opções “será, provavelmente, reduzir um dos três pisos” que inicialmente estavam previstos. Pedro Saraiva adianta que “as necessidades mínimas de áreas, e também em relação ao que é expectável em termos de crescimento da Escola”, estão a ser auscultadas junto do Instituto Politécnico de Tomar e da própria ESTA. “Estamos a ajustar com este objetivo de reduzir o montante do investimento.” A versão final de projeto de arquitetura deve estar concluída em junho e estima-se que o processo esteja con-
cluído em outubro, para depois se iniciarem as obras. Enquanto aguarda a construção do novo espaço, a ESTA tem já a funcionar os laboratórios de Engenharia Mecânica no Tecnopolo. Sofia Mota, diretora da ESTA,
espera que também os alunos de Comunicação Social e de Vídeo e Cinema Documental possam usufruir, já no próximo ano letivo, dos laboratórios no mesmo espaço, substituindo os que atualmente funcionam no
Convento de S. Domingos. Relativamente às novas instalações, a diretora da ESTA confirma que internamente, “inclusivamente com os docentes”, se estão a fazer sessões “para tentar otimizar os espaços futuros das
novas instalações”. Do resultado do diálogo com os arquitetos, Sofia Mota espera que se possa “idealizar a Escola mais adequada” Joana Margarida Carvalho e Alexandra Silva
Palestra afetiva na Escola Dr. Manuel Fernandes Na véspera do dia dos namorados, decorreu na Escola Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, uma palestra sobre os afetos intitulada Um passeio pelas emoções humanas: o amor, a paixão e outros mistérios que a razão desconhece! , conduzida por Nuno Colaço, psicólogo e docente da Universidade de Évora. Alunos, professores e funcionários participaram numa conversa sobre a capacidade humana de se relacionar com os outros. De 9 a 13 de fevereiro, a escola promoveu os afetos e todos os dias. Durante o intervalo da manhã, alunos e professores trocaram abraços, beijos e deram as mãos. Este movimento afetivo da escola não passou em claro ao psicólogo convidado. Nuno Colaço achou “extraordinário estarem a semana toda a falar de afetos e terem a preocupação de dar a mão e abraçar”.
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Nuno Colaço começou por fazer uma breve contextualização do Homem, explicando o seu desenvolvimento físico e cognitivo. De seguida comparou o homem ao animal, e protagonizou momentos bastante divertidos com um humor característico. O psicólogo encantou alunos e professores com o tema, refletindo sobre o cuidado das mães e a necessidade de proteção, os namoros na adolescência e, ainda, as relações entre pais e filhos. De forma informal, o professor conseguiu captar a atenção dos alunos no que diz respeito às emoções, reforçar a ideia de importância dos grupos nas sociedades, dando como exemplo a selva, em que “a mãe controlava o seu bebé para que este não chorasse, mas não estava sozinha, era um grupo que o controlava” para que este não fosse cap-
turado. Para finalizar, o professor pediu que fossem os alunos a colocar algumas questões relacionadas com os afetos. Surgiram algumas dúvidas, no que diz respeito às novas interações humanas, e levantaram-se algumas questões, nomeadamente sobre o ‘bullying’. Também o namoro dos jovens foi questionado. Nuno Colaço lembrou que “a nossa liberdade termina quando inicia a liberdade do outro”, referindo-se à violência no namoro. O professor mostrou-se entusiasmado por reunir ali alguém que pense nas interações humanas e mostrou-se grato por “Abrantes ter uma data de seres humanos”. Alexandra Silva
aluna de Comunicação Social da ESTA
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18 DESPORTO
MARÇO 2015
Futebol Feminino da União Desportiva Rossiense (UDR) é sensação no Campeonato O novo projeto da União Desportiva Rossiense (UDR) - o Futebol Feminino - começou na época passada, pela mão do dirigente rossiense José Carvalho, com uma equipa sénior e júnior de futebol sete no campeonato distrital de Leiria, onde teve uma boa representação. Na presente época, a equipa sénior faz a sua estreia no Campeonato Nacional de Promoção, serie C, que conta com 11 equipas. No final de fevereiro, a UDR ocupava uma honrosa 5ª posição na classificação, a um ponto do 4º lugar e com um jogo a menos, e está a ser considerada a equipa sensação do Campeonato. Na segunda volta ainda não perdeu um jogo (já lá vão seis jornadas sem perder), resultados que coincidem com a mudança que a atual direção, liderada por Carlos Alberto Francisco, incrementou na estrutura técnica da equipa de
Futebol Feminino. A solução de uma equipa técnica que trouxe à equipa uma mudança de atitude e com resultados desportivos de grande relevo. O treinador Hermínio Rosado conta diretamente com o apoio do diretor Emanuel Gomes, de dois adjuntos, Bruno Miguel e João Rosa, e ainda de um massagista (Joaquim Miguel). O plantel é constituído por 22 jogadoras, com uma média de idade de 22 anos, e com profissões variadas: enfermeiras, farmacêuticas, estudantes do ensino secundário e universitário, empregadas de balcão e empregadas fabris, uma bombeira e algumas desempregadas. São mulheres que veem no futebol “uma paixão, um sonho de criança”, segundo as palavras de Sérgio Matos, pai de uma das atletas e o mais apaixonado dos adeptos. “Além da prática de exercício físico, é uma modalidade que
• “Dizem que nasceram para jogar futebol e quem lhes tira o futebol tira-lhes tudo” lhes confere uma competição saudável, com um espírito de grupo muito forte. Dizem que nasceram para jogar futebol e quem lhes tira o futebol tiralhes tudo”, relata. Como aspetos mais posi-
tivos, Sérgio Matos destaca, para além das vitórias ao Belenenses por 5-4 ou em Vila Nova de Poiares (0-2), “o espírito de grupo” que reina no seio da equipa de Rossio ao Sul do Tejo.
Sérgio Matos caracteriza, assim, a equipa: “Não recebem qualquer renumeração, mas não é por isso que deixam de ir aos treinos ou aos jogos. É uma verdadeira família composta por atletas e dirigentes
que assumem as suas responsabilidades e que têm alcançado resultados muito meritórios, tendo em conta que defrontam equipas com muito mais experiência nos campeonatos da modalidade.” O grupo de atletas é composto por mulheres dos concelhos de Abrantes, Mação, Sardoal, Constância e Entroncamento. No passado recente, o Rossiense teve pela primeira vez duas atletas a serem chamadas a seleção Distrital Sub 16: Filipa Matos e Érica Batista. O plantel da equipa feminina do Rossiense: Ana Rita; Sandra Sousa; Cátia Rodrigues; Filipa Matos; Joana Alves; Susana Rosa; Carla Fontinha; Ana Filipa Ana Grácio; Andreia Batista; Maria Madalena; Ana Barrento; Liliana Nunes; Tânia Santos; Ana Sousa; Andreia Martins; Maria João; Lucia Pinto; Renata Alves; Inês Lopes; Érica Batista; Sara Cruz. MRF/SAM
CAMPÕES DISTRITAIS DE COLUMBOFILIA PREPARAM MAIS UMA ÉPOCA
Os pombos correio de Joaquim e João Jacinto voam desde 1977. Os dois irmãos de Rio de Moinhos começaram a praticar a columbofilia ainda pequenos. O gosto foilhes despertado pelos praticantes mais velhos da freguesia. Em 1977, eram autênticos amadores, apenas reuniam 11 pombos, hoje são pelo terceiro ano consecutivo campeões gerais do distrito de Santarém e já contam com cerca de 130 pombos. “Quando iniciámos a modalidade não entendíamos nada, mas foi a falar com outras pessoas mais velhas, a ler muito e hoje com a internet que fomos evoluindo”, conta Joaquim Jacinto. O objetivo da modalidade é garantir que o pombo em competição percorra determinados quilómetros e que regresse o mais rápido possível. São vários os campeonatos que estimulam a prática da modalidade: as provas de
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velocidade até 290 km, meio fundo entre 300 a 500 km e o fundo entre 500 a 1000 km. As três juntas constituem as provas gerais. Joaquim e João fazem parte da Sociedade Columbófila de Abrantes, sediada no primeiro piso da rodoviária da cidade, composta por cerca de 16 membros oriundos de várias localidades do concelho. É nesta sede que os pombos são preparados para os campeonatos que decorrem entre os meses de fevereiro e junho. “Na nossa sede os pombos são preparados para as provas, é-lhes colocado um chip e cada um tem uma anilha identificativa, depois são transportados por um camião e são lançados para percorrerem os quilómetros definidos. Quando regressam, se tudo correr bem se nenhum se perder ou for atacado, vão parar sempre ao nosso pombal. Lá temos um sistema que
Joana Margarida Carvalho
“Os pombos são autênticos atletas”
• Joaquim e João com a 44, considerada a melhor pomba no distrito de Santarém possibilita a marcação da entrada, a contagem do tempo e a identificação de cada pombo”, explica João Jacinto. Para cada prova só podem ser enviados, no máximo, 30 pombos. Os dois primeiros podem ser classificados, ganharem pontos e conseguirem prémios individuais. Para a prática da modali-
dade, os pombos carecem de inúmeros cuidados. Os irmãos contam que as atividades são diárias e passam pelos treinos duas vezes ao dia, uma alimentação cuidada com suplementos, vacinação, banhos semanais, entre outras tarefas. “Os pombos têm de estar em forma para competir, são
autênticos atletas. Para mim, basta olhar-lhes para os olhos e perceber se estão bem. No nosso pombal temos um pouco de tudo, pombos belgas, holandeses, etc. São animais dispendiosos, um pombo de competição pode custar entre 200 a 300 euros”, adianta Joaquim. Para esta época que acaba
de arrancar, o objetivo dos dois irmãos é consagrarem-se novamente campeões gerais do distrito. Com esta modalidade referem que já conheceram muitas pessoas, desde homens a mulheres que pelo país fora praticam a columbofilia. “As fêmeas são mais resistentes à dor e são mais resistentes para as provas. Temos uma que foi a melhor no distrito de Santarém que é a 44, muitas alegrias nos tem dado”, refere João. Quando ganham os campeonatos, os dois irmãos referem que o melhor é constatarem que tudo correu bem com os seus “atletas”. João Jacinto explica como tudo termina: “Quando os pombos chegam das provas é-lhes atribuído sempre uma recompensa, podem acasalar (risos). Até às provas não há junção entre machos e fêmeas.” Joana Margarida Carvalho
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Às Artes Atenção! Na galeria da Barquinha temos uma exposição de Ângela Ferreira, considerada uma das melhores de 2014. Na galeria de Abrantes está o percurso de Maria Lucília Moita 1928 – 2011. E desde o Centro Cultural do Sardoal oferece-nos um raro encontro imediato com o grande Nadir Afonso. Quantos quilómetros são da Barquinha ao Sardoal? É um privilégio. A não perder. E não é mero acaso.Cada um destes “espaços” mantém uma atividade continuada na mostra das artes plásticas. Em Abrantes, desde 1996, no Sardoal desde 2004 e na Barquinha desde 2012 (neste caso continuando outro programa bem anterior). Há ainda o trabalho complementar, neste campo, da Biblioteca António Botto. Se adicionarmos o recente Parque de Escultura Contemporânea, na Barquinha, as duas apostas no Creative Camp, em Abrantes, e a dotação da mesma Abrantes de um já significativo conjunto de esculturas em espaço público, percebemos o esforço desta pequena região no domínio
das artes plásticas. (Mação acaba de inaugurar a sua galeria de exposições, fica a fazer parte deste processo.) E a sociedade civil não ficou parada. Quando em 1996 (?) a Palha de Abrantes abriu a sua Escola de Artes Plásticas, quantas pessoas havia a pintar em Abrantes? Umas três ou quatro. Hoje, maior que esse é o número de escolas privadas de pintura no concelho, a que devemos acrescentar a do Sardoal e o CEAC na Barquinha. E alguns cafés e restaurantes passaram a exibir artes plásticas. Devemos, portanto, concluir que muito tem mudado entre nós, nos últimos vinte anos.
A caminho Mas há alguns elementos que faltam neste sistema local de arte contemporânea. Falta uma divulgação integrada desta paisagem artística e das suas dinâmicas. Cada Câmara divulga as suas actividades e pouco cruzamento de informação existe, o que é pena. Os jornais e a rádio fazem o que podem, mas é insuficiente. Falta uma comunidade de
Cláudia Costa/CM Sardoal
As Artes em destaque na região
• Inauguração da exposição Nadir Afonso em Sardoal artistas e de apreciadores de arte plástica contemporânea. Hoje, até as empresas procuram construir uma comunidade de clientes: “As empresas inteligentes não se limitam a vender produtos; criam uma comunidade” (Bem Arment). Não devemos pedir o mesmo no campo das artes plásticas? Esse é o caminho para potenciar os investimentos e democratizar o acesso às artes. Falta ainda um trabalho de educação do olhar dos po-
tenciais apreciadores. Não consigo dar conta de tudo, mas nunca dei conta, nesta região, de um curso de História da Arte fora das escolas, ou de Filosofia da Arte. Não admira, por isso, por exemplo, que muitas pessoas entrem na exposição de Ângela Ferreira, na Barquinha, ou encontrem uma intervenção do Creative Camp e perguntem “mas isto é que é arte?” Sim, é um primeiro passo; mas não deve ser o último. Falta, por último, um traba-
MAÇÃO
lho, decisivo, de qualificação das práticas artísticas entre nós. Sem dirigismo, mas com efeitos na qualidade do que se produz. A multiplicação dos praticantes é positiva. Mas a baixa do nível médio é uma consequência inevitável. Como é que se eleva esse nível? Que estamos a fazer para isso? A atual exposição do percurso de Maria Lucília Moita é um desafio a pensarmos esta dimensão da vida artística de uma comunidade. E a Gulbenkian é um exemplo neste campo a nível nacional Há, portanto, e muito mais haveria a dizer, um longo trabalho a realizar. De animação, de captação e educação de públicos, logo desde a escola básica, de formação dos artistas. Um trabalho que ajudaria na criação da tal comunidade de interessados e de praticantes de artes plásticas nesta nossa região. Muito já se fez, sim. Mas o mais importante é sempre o que falta fazer, sem esquecer a manutenção do que já se conquistou. Alves Jana
P.S. Na Escola Solano de Abreu continua o curso de artes, que completa este ramalhete.
Festival gastronómico da Lampreia até 19 de abril Um festival gastronómico dedicado à lampreia vai estar em destaque em sete restaurantes do concelho de Mação até dia 19 de abril, no âmbito do Festival da Lampreia 2015. Durante um mês e meio, os pratos confecionados à base do ciclóstomo, gastronomia tradicional daquele concelho ribeirinho, assumem lugar de destaque nas ementas dos restaurantes, tendo as receitas da zona sido eleitas, em 2013, Estrela do Médio Tejo na categoria de Prato Principal, a nível regional. A história da confeção da lampreia no concelho cruza-se com a do rio Tejo e das gentes de Mação, sobretudo na freguesia ribeirinha de Ortiga, onde ainda existem vários pescadores. Os restaurantes aderentes são: A Lena, Avenida, Dona Flor, O Cantinho, O Godinho, O Pescador e o Solar do Moinho.
VENDA
LUÍS MIGUEL DUQUE CARREIRA Administrador da Insolvência, nomeado no processo de Insolvência n.º 1187/11.2TBABT, que corre no Tribunal de Comarca de Santarém – Secção do Comércio – J2, em que foi declarado insolvente Sílvia Isabel António Martins, faz saber que, vai proceder à venda no estado físico e jurídico em que se encontram, por negociação particular através de propostas em carta fechada seguida de licitação, os seguintes bens apreendidos a favor da massa insolvente, pelos respetivos valores: DESCRIÇÃO DE BENS VERBA Nº1: 1/5 do prédio urbano, em propriedade total, com área total de 1198m2, área coberta 285m2 e área descoberta 913m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Constância, sob o nº440, inscrito na matriz predial sob o art. 565, sito na freguesia de Constância, com o valor base de dois mil duzentos e noventa e nove euros e noventa e sete cêntimos 2.299,97€ VERBA Nº2: 1/5 do prédio urbano, em propriedade total, com área total de 1158m2, área coberta 145,60m2 e área descoberta 1012,4m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Constância, sob o nº439, inscrito na matriz predial sob o art. 629, sito na freguesia de Constância, com o valor base de quatrocentos e trinta e três euros e trinta e três cêntimos 433,33€ Para efeito de apresentação das propostas, os bens podem ser vistos mediante marcação pelos tel/telm nºs: 963054865 e 249840757. REGULAMENTO DE VENDA 1. Só serão consideradas as propostas recebidas até ao dia 12 de março de 2015 que inclui a data do registo de expedição dos CTT, remetidas em envelope fechado e dirigidas ao Administrador de Insolvência LUÍS MIGUEL DUQUE CARREIRA, com endereço na Rua General Trindade – Apartado 20 – 2485-135 Mira de Aire. 2. Para efeito de apresentação das propostas, os bens podem ser vistos mediante marcação pelos seguintes contatos: 963054865/ 249840757. 3. As propostas devem conter os seguintes elementos: identificação do proponente - nome ou denominação completa, morada ou sede social, contribuinte, telefone/ telemóvel, e-mail; Identificação do processo – identificação das verbas e respetivo valor oferecido por extenso, o envelope no exterior deve constar a identificação do processo e assinalado com a menção proposta em carta fechada. 4. A abertura das propostas realizar-se-á no dia 13 de março de 2015 às 14.15 horas, no escritório do Administrador de Insolvência Luís Miguel Duque Carreira com sede na Rua Academia Recreativa Mindense, n.º 24, 2395-145 Minde, onde podem também comparecer os proponentes. Serão excluídas todas as propostas que não contenham todos os elementos solicitados à data supra indicada. 5. Se existir mais que um proponente para o mesmo bem, serão os mesmos convidados para licitarem entre si a compra dos bens, com valor base de licitação igual à melhor proposta recebida, o que se fará nas mesmas instalações após a abertura das propostas. 6. Se os bens forem adjudicados, o comprador entrega um cheque no valor de 20% da adjudicação. 7. Caberá ao Meritíssimo Juiz do processo de insolvência, a resolução de todas e quaisquer questões surgidas, que não estejam contempladas no presente regulamento. O Administrador de Insolvência. Luís Miguel Duque Carreira
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O diretor do Museu de Mação defende que Portugal tem condições para se assumir como um centro de referência cultural internacional, tendo alertado o secretário de Estado da Cultura para a importância de consolidar a dimensão institucional. MÁRIO RUI FONSECA
“Estamos a fechar os acordos com uma muito forte rede no Brasil, por um lado, onde iremos colaborar no plano de gestão integrada da baía da Guanabara e orientar a construção de um novo Museu em Minas Gerais, mas também com a China e, naturalmente, com a UNESCO. Podemos, se nos articularmos bem, consolidar em Portugal um centro internacional de referência em Humanidades, vinculado diretamente à perspetiva do congresso mundial que o Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas [CIPSH] e a UNESCO vão realizar em 2017. O facto de termos criado o Instituto Terra e Memória [ITM], no Brasil, alargou as nossas possibilidades”, defendeu Luíz Oosterbeek. A intervenção do diretor do Museu de Arte Pré-Histór-
ica e do Vale do Tejo, em Mação decorreu na cerimónia de inauguração da exposição “Do Gesto à Arte: criar, fazer, comunicar”, realizada no âmbito do projeto Gestart - Gestos Artísticos revisitando a diversidade e a convergência na Europa, programa apoiado pela Comissão Europeia, e que contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. A instituição, fundada em Mação em 1986, desenvolve, neste momento, projetos próprios em quatro países europeus, seis países africanos, dois da América e um da Ásia. “Estamos no início da terceira etapa de construção do projeto de Mação, tal como foi definida em 2002, e estamos em condições de afirmar que Portugal pode agora reforçarse de forma exponencial na vertente internacional, o que inclui a questão da exportação de ‘know-how’. Nesse domínio, a equipa que temos está agora em condições de se afirmar com um modelo muito competitivo no campo da museologia”, disse Luiz Oosterbeek. O responsável alertou, no entanto, que tal tem sido possível graças a um “esforço que tem sido, sobretudo munici-
Mário Rui Fonseca
Museu de Mação quer centro internacional de referência cultural para Portugal
• Secretário de Estado da Cultura diz que o projeto desenvolvido pelo Museu de Mação “é exemplar” pal, e com um forte apoio do Politécnico de Tomar”, tendo feito notar que “o que falta agora é a integração regional e nacional destes planos e a consolidação da dimensão institucional”. “Hoje está aqui um centro que tem o envolvimento de pesquisadores de muitos países e que se pode consolidar, se o país e a região quiserem,
como um centro português de referência internacional. Para isso, porém, a escala dos compromissos estratégicos com o Estado deverá mudar, para que o maior investimento estruturante ao nível do funcionamento (e não apenas da pesquisa e divulgação) não seja de outros países, como começa a acontecer”, apontou.
Em declarações à Antena Livre/Jornal de Abrantes, Jorge Barreto Xavier disse que o projeto desenvolvido pelo Museu de Mação “é exemplar”, tendo destacado a “capacidade de integração das autoridades regionais, nacionais e internacionais, a investigação e a articulação da universidade com a comunidade envolvente e o sistema
educativo, e a projeção dos resultados em termos de geração de conhecimento”. “É um projeto cultural que contribui para o desenvolvimento regional e nacional, numa perspetiva de articulação em rede de âmbito internacional. Todos estes parâmetros são dignos de realce”, destacou.
Equipa de Luiz Oosterbeek quer 100 palavras-chave da sustentabilidade até 2017 Formar 40 líderes por ano e definir as 100 palavras-chave da sustentabilidade até 2017 são objetivos do projeto internacional APHELEIA, que reúne 17 parceiros de sete países e é coordenado pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT). O projeto parte de um balanço negativo dos resultados concretos das últimas décadas de políticas de desenvolvimento sustentável, e defende um novo quadro de referência, que assume as necessidades humanas e a diversidade cultural como o núcleo de um
jornaldeabrantes
novo paradigma de desenvolvimento. Com coordenação geral de Luiz Oosterbeek, Benno Werlen e Renaldas Gudauskas, a parceria, intitulada APHELEIA (o espírito da simplicidade na Grécia antiga), tem na sua base a colaboração estreita em Portugal entre o IPT, a Comunidade Internacional do Médio Tejo (que será o território europeu prioritário para a formação de quadros em contexto aplicado), o Instituto Terra e Memória (que desenvolveu o modelo de gestão
territorial cultural integrada, o município de Mação (onde ficará a sede do Centro de Ações de Referência do IYGU (International Year of Global Understanding para a Europa ocidental) e o Centro de Geociências da Universidade de Coimbra (o único que em Portugal integra as ciências naturais e as ciências humanas). Em declarações à Antena Livre, Luíz Oosterbeek, professor do IPT e diretor do Museu de Arte Pré-Histórica e do Instituto Terra e Memória (ITM), ambos em Mação, disse que
o objetivo do projeto, aprovado em sede de Comissão Europeia, é desenvolver um conjunto de atividades até 2017 em torno do desenvolvimento sustentável, tendo defendido a “importância da cultura na sustentabilidade do planeta”. “Até 2017, o objetivo é, por um lado, produzir três livros em que vão colaborar as pessoas que, no espaço europeu, refletem sobre estas questões, e criar um léxico base com as 100 palavras-chave da sustentabilidade, a traduzir
numa série de línguas”, elencou Oosterbeek, que é, atualmente, o secretário-geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas da UNESCO. “O significado das palavras varia de entendimento de país para país e isso tem levantado problemas na aplicabilidade de conceitos. Por isso, vamos organizar um debate aberto, na internet, a nível mundial, e queremos formar até 2017, ainda no âmbito deste processo, cerca de 40 líderes por ano para a Europa”, destacou.
O projeto APHELEIA decorre da reflexão desenvolvida na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável realizada em 2012, na cidade do Rio de Janeiro, e que contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas e articulase com a proposta do IYGU, do ano internacional do entendimento global, e com o conceito de Filosofia e Ciências Humanas da UNESCO. Mário Rui Fonseca
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Projeto Time – Tributo a Pink Floyd no 86º aniversário do Orfeão de Abrantes Na rua o frio que se fazia sentir não demoveu os abrantinos de irem ao Cineteatro São Pedro na noite de 21 de Fevereiro. No interior da sala o público, que quase lotou a sala de espetáculos, ia acomodando-se para uma noite que se previa revivalista e quente. No âmbito do 86º aniversário, o Orfeão de Abrantes organizou um concerto de Tributo aos Pink Floyd mas em cima do palco não estiveram os elementos desta associação quase centenária. O Orfeão decidiu convidar o projeto Time - Tributo aos Pink Floyd para embelezar a noite. Em palco estiveram nove elementos, quatro deles do concelho de Abrantes, que, entre guitarras, baixo, bateria, teclados e um coro de três vozes femininas, conjugaram o melhor da música dos Pink Floyd com a projeção de imagens de videoclips da banda,
numa simbiose perfeita. Em Abrantes, a reação do público foi efusiva, demonstrando conhecer as músicas da mítica banda. Durante as quase duas horas de concerto ouviram-se os intemporais “Time”, “Shine on you crazy diamond” ou “Wish you were here” que tiveram as maiores ovações da noite. No fim do concerto, a banda subiu novamente ao palco, a pedido do público, para tocar mais três temas. “O concerto foi muito bom, com
uma sala espetacular, o público foi bastante recetível à música e ficou com vontade de mais.”, referiu ao Jornal de Abrantes (JA) Ricardo Miguel, teclista da banda. A satisfação era evidente nos rostos dos músicos e também na plateia. Sónia Picão, 33 anos, residente no concelho de Abrantes, explicou ao JA que veio acompanhada por um grupo de amigos e que todos gostam de Pink Floyd. Para esta abrantina, o con-
certo foi “fantástico, superou as minhas expectativas, as imagens projetadas, em sintonia com a música fizeram uma harmonia interessante”, referiu. Os próximos concertos da banda, que se estreou no Sardoal em 2012, são em Ponte de Sor (4 de abril) e em Leiria. Parabéns ao Orfeão de Abrantes pelos seus 86 anos de atividade. Parabéns ao projeto Time pelo concerto e profissionalismo. André Lopes
Mediação Familiar disponível na Associação Vidas Cruzadas A Associação Vidas Cruzadas inicia neste mês de março um novo serviço disponível para todo o concelho de Abrantes, mas também para os concelhos limítrofes: a Mediação Familiar. Trata-se de um meio alternativo de resolução de conflitos familiares que ajuda as partes a chegar a acordo em situações da esfera privada e resultantes das relações familiares, nomeadamente regulação/ alterações ou incumprimentos de responsabilidades parentais, divórcios, reconciliação de cônjuges separados, atribuição de pensão de alimentos, entre outros. A mediação tem a vantagem de ser um processo informal, com maior eficácia, já que o acordo é negociado entre
as partes, mais rápido e mais barato. De salientar que o divórcio é sempre uma experiência marcante para todos os membros da família, contudo, não implica necessariamente desajuste ou perturbação emocional/psicológica nos filhos. Nesse sentido, a Associação oferece também a possibilidade de aconselhamento psicoterapêutico. Os pedidos de mediação podem ser feitos através do 960 471 890, do e-mail mediacao@associacaovidascruzadas.org ou no edifício Millenium em Abrantes loja 1.3. Mais informações em www.associacaovidascruzadas.org
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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Vortice Dance Company com espetáculo de dança contemporânea em Abrantes
AGENDA DO MÊS
Depois do espetáculo “Drácula”, aclamado pela crítica especializada, a Vortice Dance Company tem uma nova produção de dança – “Your Majesties, Welcome to the Anthropocene”, que vai ser apresentada no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 20 de março, pelas 21h30. A criação aborda “o impacto global da atividade humana nos ecossistemas terrestres” e a humanidade, envereda por um paradigma, a “Antropocena”, resultante
Abrantes
do impacto dos excessos sobre o planeta e caracterizado pelo contraste entre a ligação tecnológica constante e a desconexão solitária das pessoas e sociedades. O espetáculo tem como coreógrafos Cláudia Martins e Rafael Carriço, os diretores da companhia sediada em Fátima. Dos intérpretes fazem parte os próprios coreógrafos, a quem se junta ainda Jaana Nurminen, Alexandru Pretu, Anna Kurlikova e Silviu M..
A Vortice Dance Company tem sido distinguida com vários prémios nacionais e internacionais como o Grand Prix of Choreography (Finlândia, 2001), Audience Award (Japão, 2002) Menção Honrosa da cidade de Ourém (2003) ou Phillip Morris Recognizement Award (Letónia, 2004). As suas performances já passaram por vários palcos internacionais, designadamente em Espanha, Finlândia, Letónia, Roménia, Japão, Hungria, Dinamarca, Itália e
Estados Unidos da América. Depois da sua passagem por Abrantes, a companhia de dança contemporânea tem uma digressão pelo Brasil durante os meses de março e abril. Os bilhetes para o espetáculo “Your Majesties, Welcome to the Anthropocene” têm o preço de 10€ e podem ser comprados antecipadamente no Posto de Turismo ou no dia do 20 de março no Cineteatro São Pedro.
Até 28 de fevereiro – Exposição “Escreler” de Manuel Portela – Biblioteca Municipal António Botto Até 1 de março – III Encontro Ibérico do Azeite – Cineteatro São Pedro e Mercado Criativo Até 20 de março – Exposição de pintura de “Maria Lucília Moita” – quARTel – Galeria Municipal de Arte de Abrantes 28 de fevereiro –Stand Up Comedy com António Raminhos e Hugo Sousa – Sociedade Artística Tramagalense, 22h – 5€ 6 de março – Concerto com a banda Meu e Teu – Cineteatro São Pedro, 21h30 20 de março –“Your Majesties, Welcome to the Anthropocene”, espetáculo de dança pela Vortice Dance Company – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 10€
Constância Até 31 de março – Exposição “Física do Voo” – Centro de Ciência Viva, das 14h30 às 18h
Mação
Ex-vocalista dos Silence 4 apresenta livro em Vila Nova da Barquinha Sofia Lisboa, que até 2001 foi vocalista da banda Silence 4, lançou o livro “Nunca desistas de viver”, em novembro de 2014, e tem vindo a fazer apresentações um pouco por todo o país. Em Vila Nova da Barquinha, a obra vai ser dada a conhecer no dia 14 de março, no Centro Cultural, às
16 horas. A obra retrata, na primeira pessoa, a luta contra uma leucemia linfoblástica aguda. Contrariamente a todos os prognósticos, Sofia Lisboa venceu a doença e regista o seu testemunho no livro escrito em co-autoria com Natália Heleno Pereira e com
prefácio do músico David Fonseca. “Nunca desistas de viver” transmite uma mensagem de esperança, luta e amor. Sofia Lisboa nasceu em França em 1977, regressando a Portugal em 1988. Estava a terminar o secundário em Leiria, cidade onde vive atu-
almente, quando foi desafiada para ser vocalista dos Silence 4, grupo de que fez parte desde o início (1995) até ao fim (2001). Depois da passagem pelos Silence 4, geriu uma empresa familiar e foi instrutora de fitness até lhe ser diagnosticada a leucemia.
NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE. - Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezanove de Fevereiro de dois mil e quinze, exarada de folhas cento e dois a folhas cento e cinco verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E VINTE E UM – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores EVANGELINA CANAS SERRAS DA SILVA, e marido JOSÉ MATEUS DA SILVA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal e ele da freguesia de Cardigos, do concelho de Mação, residentes na Rua Serras, em Casos Novos, Alcaravela, Sardoal, DECLARARAM, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte: - UM) Prédio Rústico, sito em Pescoso, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de horta oliveiras, leitos de curso de água e pinhal, com a área de mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Maria Benvinda Pimenta Lobato Pires, de Sul e Nascente com Gorette Amado Serras e Poente com Estrada omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 57 da secção AD. - DOIS) Prédio Rústico, sito em Várzea Marmoral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com a área de cinco mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Carlos Manuel Serras Lobato, de Sul com Eusébio Serras Dias, de Nascente com Herdeiros de Daniel Bento Pita e Poente com Herdeiros de Abílio Gaspar omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 197 da secção P. - TRÊS) Prédio Rústico, sito em Várzea Doca, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, com a área de nove mil quinhentos e vinte metros quadrados, a confrontar de Norte com Manuel Serras Vermelho e outros, de Sul com Joaquim Serras, de Nascente com António Manuel Lopes Chaves e Poente com Herdeiros de Josefina Florinda, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 69 da secção AA. - QUATRO) Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de cultura arvense, com a área de quinhentos metros quadrados, a confrontar de Norte e Poente com Estrada e de Sul e Nascente com Maria Clara Chaves, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 243 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD). - CINCO) Prédio Misto, sito em Sobral – Casos Novos, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto na Parte urbano de casa de rés-do-chão para habitação, com a área de noventa e um metros quadrados e na parte rústica de cultura arvense, com a área total de mil e setenta e três metros quadrados, a confrontar de Norte com Herdeiros de José Santos Serras e outros e de Sul, Nascente e Poente com Herdeiros de José Santos Serras e outros e de Sul, Nascente e Poente com Estrada, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na matriz urbana sob o artigo 1560, (anterior artigo 827) e na matriz rústica sob artigo 241 da secção AD), (anterior artigo 157 da secção AD). - SEIS) Prédio Misto, sito em Sobral – Rua da Escola, na freguesia de Alcaravela, do Concelho de Sardoal, composto na parte urbana de garagem com a área de trinta virgula sessenta metros quadrados, logradouro com a área de quinhentos e dezanove virgula quarenta metros quadrados e na parte rústica de pinhal, com a área total de dois mil e quatrocentos metros
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quadrados, a confrontar de Norte com Lídia Paulina Serras e outro, de Sul e Nascente com Estrada e Poente com Pedro Miguel Martins Alves Damas e outros, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na matriz urbana sob o artigo 1568 e na matriz rústica sob o artigo 240 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD). - SETE) METADE do Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela do concelho de Sardoal, composto de horta e mato, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sardoal sob o número TRÊS MIL OITOCENTOS E NOVE/Alcaravela, sem inscrição quanto à metade que ora se justifica, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 242 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD). - OITO) METADE do Prédio Rústico, sito em Sobral, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de cultura arvense, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sardoal sob o número TRÊS MIL OITOCENTOS E DEZ/Alcaravela, sem inscrição quanto à metade que ora se justifica, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 244 da secção AD, (anterior artigo 157 da secção AD). - NOVE) UM QUARTO do Prédio Rústico, sito em Telheiro, na freguesia de Mouriscas do concelho de Abrantes, composto de mato, olival e pinhal, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número CINCO MIL NOVECENTOS E VINTE UM/Mouriscas, sem inscrição quanto ao quarto que ora se justifica, inscrito na respetiva matriz cadastral sob o artigo 64 da secção F. -DEZ) METADE do Prédio Rústico, sito em Canto, na freguesia de Alcaravela, do concelho de Sardoal, composto de pinhal, mato, oliveiras citrinos, horta, cultura arvense de regadio, leitos de curso de água e macieiras, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sardoal sob o número TRÊS MIL OITOCENTOS E OITO/Alcaravela, sem inscrição quanto á metade que ora se justifica, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 167 da secção AD. - Que são possuidores dos mesmos há mais de quarenta anos, por partilha meramente verbal, com os demais herdeiros, por óbito de seu pai e sogro António Serras, casado com Nazaré Canas, no regime da comunhão geral de bens, residentes em Alcaravela, Sardoal, por volta do ano de mil novecentos e setenta e quatro. - Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, amanhando-os, cultivando-os, apanhando a fruta, limpando o mato, cortando a madeira, fazendo obras de conservação e beneficiação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, o que lhes permite invocar a seu favor a usucapião dos prédios, já que lhes é impossível por meios normais obter o registo do seu direito de propriedade. - Está conforme o original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. - Abrantes, 19 de Fevereiro de 2015. A Notária (Sónia Maria Alcaravela Onofre) (jornal de Abrantes edição de Março n.º 5529)
Até 28 de fevereiro – Exposição “Os Bainounk em Mação” de Amadou Kane Beye – Edifício dos Paços do Concelho Até 6 de abril – Exposição“Passagem e Memórias”de homenagem a Cipriano Dourado – Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira 6 de março – Conferência com Chris Scarre sobre “Megalithic monuments and landscapes of death” – Museu de Arte PréHistórica de Mação, 18h 1 de março a 19 de abril – Festival da Lampreia – Restaurantes aderentes do concelho de Mação Até dezembro - Exposição“Do gesto à arte: criar, fazer, comunicar” – Museu de Arte Pré-Histórica de Mação
Sardoal Até 7 de março – Exposição alusiva ao Teatro do GETAS – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente Até 26 de abril – Exposição de pintura de Nadir Afonso – Galeria do Centro Cultural Gil Vicente 8 de março – Concerto pela Filarmónica União Sardoalense – Edifício da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre, 15h
Vila de Rei Até 28 de fevereiro – Exposição “Desafio”, pintura de Edite Nunes – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 26 de março – Encontros Documentais “Arquivos” – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires
Vila Nova da Barquinha Até 24 de Maio – Exposição “Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira - Galeria do Parque Até 5 de abril – XXI Mês do Sável e da Lampreia – Restaurantes aderentes 14 de março – Apresentação do livro “Nunca desistas de viver” de Sofia Lisboa – Centro Cultural, 16h
ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L
SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075
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MARÇO 2015
CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690
CONSULTAS POR MARCAÇÃO ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE. - Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte de Fevereiro de dois mil e quinze, exarada de folhas cento e nove a folhas cento e dez verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas CENTO E VINTE E UM – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores JOÃO DA CONCEIÇÃO INÁCIO, e mulher MARIA DE JESUS VICENTE INÁCIO, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais, ambos da freguesia de Martinchel, do concelho de Abrantes, residentes na Rua da Fonte, número 12, em Martinchel, Abrantes, DECLARARAM, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte: -Prédio urbano, sito em Vale da Louza, na freguesia de Martinchel, do concelho de Abrantes, composto de casa de habitação de rés-do-chão, com a área coberta de dezanove metros quadrados e logradouro com área de cento e sessenta e um metros quadrados, a confrontar de Norte com Via Publica, de Sul, Nascente e de Poente com Herdeiros de João Inácio, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 510. -Que o prédio encontra-se inscrito na matriz em nome dele justificante marido e que são possuidores do referido prédio desde, pelo menos, mil novecentos e setenta e sete, por o terem construído em terreno que lhes foi doado verbalmente, por seus pais e sogros João Inácio e mulher Maria da Conceição, residentes que foram em Martinchel, Abrantes, portanto há mais de trinta anos. - Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, habitando-o fazendo a sua conservação, obras de beneficiação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercer do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verificando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição imóvel por usucapião. - Esta conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 20 de Fevereiro de 2015. A Notária, Sónia Maria Alcaravela Onofre (Jornal de Abrantes n.º 5529 edição de Março 2015)
CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃO CONSULTAS FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL Construção Civil e Obras Públicas, Lda.
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EXTRATO PARA PUBLICACÃO Maria João Gonçalves dos Santos Pereira, Notária do Cartório Notarial em Sintra, sito na Rua Anta de Agualva, número 8 C, loja 3, Agualva-Cacém, CERTIFICA, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte de Fevereiro de dois mil e quinze, lavrada a folhas cento e onze do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e sete, deste Cartório, FRANCISCO DA SILVA SOBREIRA, com o NIF 153 644 150 e mulher MARIA MATILDE SERRAS com o NIF 153 644 168, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da, freguesia e concelho do Sardoal e ela da freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, residentes na Praceta Cristóvão Falcão, lote 56, 3º A, Massamá, Sintra, declararam-se, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do prédio rústico com área de sete mil setecentos e sessenta metros quadrados, composto de pinhal, cultura arvense de sequeiro, cultura arvense de regadio e oliveiras, que confronta de norte com David Chaves, de sul com caminho público, de nascente com Paulo Manuel Silva e de poente com João Romeu, sito em Sobrosa, freguesia de Alcaravela, concelho do Sardoal, inscrito na matriz sob o artigo 104 secção U em nome de Joaquim Martins, não descrito na Conservatória do Registo Predial - Invocaram a USUCAPIÃO como causa da sua aquisição fundada na posse em nome próprio, continua, pública e pacífica, iniciada em mil novecentos e noventa e um, em virtude de compra e venda meramente verbal, invocando, por isso, esta forma de aquisição originária do direito de propriedade, para todos os efeitos legais ESTÁ CONFORME. Agualva-Cacém, vinte de Fevereiro de 2015. A Notária, Maria João Gonçalves dos Santos Pereira (jornal de Abrantes edição de Março n.º 5529)
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