Jornal de Abrantes - Edição Dezembro 2015

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DEZEMBRO 2015 · Diretora Interina JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5538 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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O

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha

Quando o escritório é lá fora! É abrantino, chama-se Carlos Bernardo, gosta de viajar e dá-nos a conhecer as suas experiências através de um blogue. Pág 10

Carlos Bernardo

ESPECIAL

PRODUTOS REGIONAIS Hotel Turismo reabre em 2016

Câmaras da região aprovam orçamentos

O Hotel Turismo de Abrantes, que se encontra encerrado há um ano, vai reabrir em 2016, segundo deu a conhecer a presidente da Câmara.

Num clima de incertezas várias, os municípios da região já aprovaram os seus orçamentos para 2016. Fique a conhecer as prioridades dos autarcas locais.

Para esta quadra natalícia em que a família e a solidariedade são máximas a ter em conta, damos especial destaque ao melhor que se produz na região. Produtos de excelência que estão bem perto de nós.

Pág 15

Pág 6 e 7

pág 11, 12 e 13

ECONOMIA

POLÍTICA

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2 ABERTURA

DEZEMBRO 2015

FOTO DO MÊS

ERRATA

de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA

Diretora Interina Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Redação

mario.fonseca@lenacomunicacao.pt

Colaboradores Alves Jana e Paulo Delgado

Publicidade Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Cristina Azevedo cristina.f.azevedo@antenalivre.pt

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

Produção gráfica

Marta Rainho

Mário Rui Fonseca (CP.4306)

Chegámos à altura do ano em que, mais uma vez, o nosso centro histórico, bem como a torre de telecomunicações se encontram iluminados. A Câmara Municipal de Abrantes optou por uma política de Eficiência Energética e investiu na compra de 62 mil lâmpadas LED, para conseguir um efeito visível a 25 km de distância, em particular a partir da A23. A torre ficará iluminada até ao dia 6 de janeiro num trabalho realizado por colaboradores da Câmara. A autarquia investiu 18 mil euros na iluminação, que também conta com a comparticipação da Associação Centro Comercial Ar Livre.

EDITORIAL

Na edição do mês de novembro do Jornal de Abrantes por um lapso foi cometido um erro. Deste modo apresentamos a correção do erro localizado na página 3 da edição, correspondente à entrevista feita a Joaquim Serras, presidente da Associação Comercial e Empresarial dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei, pelo colaborador Alves Jana. No título onde se lê “Preocupações que se impõem; sexta pergunta NERSANT e não o que está…”, deve lerse “Preocupações que se impõem”. Também na sétima questão colocada na entrevista, onde se lê NERSABNT deve ler-se NERSANT. Pedimos desculpas aos visados.

INQUÉRITO

Qual será a melhor prenda que pode receber neste Natal?

Semanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Contactos Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda. Capital Social: 50.000 euros Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

Marta Rodrigues

Maria José Clemente

Abrantes

Abrantes

Abrantes

Este Natal gostava de receber um curso de programação intensivo de três meses. São cursos muito caros e assim conseguia melhorar as minhas fragilidades a nível profissional.

Gostava de saber que iria voltar a haver paz no mundo. A nível pessoal, gostava de outras coisas, mas acho que a melhor prenda seria essa.

As melhores prendas que me poderiam dar este Natal era ter a família toda reunida, como nos velhos tempos. Era talvez a melhor prenda que poderia receber este Natal e que me faria muito feliz.

laia, Portalegre, Beja e Abrantes. Todas aquelas em que vivi me marcaram sempre. UM CAFÉ? Todos aqueles em que tenha oportunidade de estar com Amigos. PRATO PREFERIDO? Sarapatel. UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Os moinhos da Ribeira da Alferreireira. Percurso pedestre em Atalaia. É fantástico e aqui tão perto. Fica a sugestão. UM DISCO? Final Cut: o décimo segundo álbum de estúdio da banda britânica Pink Floyd. Foi lançado em março de 1983. UM FILME? Em Nome do Pai, de Jim Sheridan. É um filme de 1993 baseado no livro autobiográfico Proved Innocent, de Gerry Conlon. É muito bom.

UMA VIAGEM? Menorca. UMA FIGURA DA HISTÓRIA? (E PORQUÊ) Salgueiro Maia, pela importância que teve na revolução e pela sua humildade. UM MOMENTO MARCANTE? (E PORQUÊ) O dia meu casamento, senti-me uma planta que é transplantada. UM PROVÉRBIO? Quem boa cama fizer nela se há-de deitar. UM SONHO? Um mundo justo e tolerante. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Sugiro um passeio de barco pelo Tejo. Partindo do abandonado cais de Rio de Moinhos até à bonita vila de Tancos ou Arripiado.

SUGESTÕES

Detentores do capital social Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.

Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

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Liliana Estrela

Adriana Gravilha

IDADE? 45 Anos. NATURALIDADE /RESIDÊNCIA? Atalaia de Gavião, residente em Abrantes. PROFISSÃO? Empresária - Comércio de Tintas – Armazém da Côr. UMA POVOAÇÃO? São várias: Ata-

Joana Margarida Carvalho

Diretora interina

Perspetivas e Balanços

O caminho é em frente… E passou mais um ano…o espírito de Natal já sente pela região, com as autarquias locais a prepararem os seus programas e os lojistas a começarem timidamente a enfeitar as suas montras. Com o aproximar do Natal, o comércio tradicional espera ansioso pela afluência de pessoas, mas ao mesmo tempo encontra-se receoso pelo pouco movimento. À semelhança de anos anteriores, as famílias, devido aos cortes a que foram sujeitas, fazem contas à vida e sobretudo, tal como se pode verificar no inquérito desta edição do jornal, apelam à paz, à saúde, ao amor e à união. Verdadeiramente é nestes valores que deverá residir o espirito desta época. Curioso é refletir sobre aquilo que queremos e que nos rodeia, onde quase todos dias somos confrontados com acontecimentos que nos perturbam, que nos fazem pensar que estamos cada vez mais a assistir a atos desumanos de grande violência que criam um sentimentos de desconfiança e de insegurança neste mundo globalizado. Ao longo dos meses, a região foi acompanhando as exigências dos tempos. Apesar de toda a indefinição que paira sobre o país, os orçamentos autárquicos foram aprovados, as estratégias foram definidas e os olhos estão postos no que vem ai em 2016. Efetivamente, apesar de nos sentirmos por vezes envolvidos neste turbilhão de notícias avassaladoras e de momentos de grande indefinição, não podemos parar de prosseguir com os nossos objetivos. Impõe-se nesta altura fazer uma reflexão sobre o que é que aconteceu, o que é que foi mais e menos relevante, o que é que deverá continuar a ser uma aposta para cada um de nós! Feliz Natal e Bom Ano Novo!


ENTREVISTA 3

DEZEMBRO 2015

HUMBERTO FELÍCIO

“A música portuguesa, neste momento, está a passar por uma fase muito boa” Humberto Felício, antigo membro dos Kaviar, deu a conhecer um pouco da sua história e como foi embarcar no seu novo projeto com o nome de FEL. O seu primeiro trabalho tem o título de‘Experiências com Humanos’ que retrata as diversas “experiências com diferentes tipos de música, essencialmente com a música popular portuguesa”.

Quais as influências musicais que tem? Quando era puto ouvia muito aquilo que os putos da altura ouviam. Ouvia punk rock, bandas como DeadKennedy’s, Sexpistols, as bandas que a malta achava cool na altura. Com o tempo, comecei a tocar com outros músicos e comecei a descobrir outras sonoridades. Descobri Jimmy Hendrix, Led Zepplin, essa malta toda mais da área do rock n’ roll e blues. Foram os que me prenderam mais a atenção e que continuam a fazer parte da minha playlist diária. Como foi mudar dos Kaviar para FEL? Não foi fácil. Custou-me imenso parar com os Kaviar. Isso levou-me a refletir sobre o que eu andava a fazer. Acabei por fazer um estúdio em casa e comecei a trabalhar sozinho. Daí foram surgindo novas ideias, novas canções, que foram ganhando forma ao longo do tempo. Tenho andado a fazer experiências ao vivo, a tocar com diferentes músicos, a experimentar as canções com diferentes sonoridades, para que quando chegue à fase de registar em estúdio eu já tenha alguma margem para perceber o que é que funcionou melhor e qual é o melhor caminho a levar. Não foi fácil arrancar com um novo projeto sozinho. Estava habituado a ter uma estrutura enorme com

FEL

Como surgiu o interesse pela música? Foi em casa. O meu pai tinha uma guitarra e todos os dias ouvia as mesmas cassetes. Os que me lembro mais são PinkFloyd e Creedence ClearwaterRevival. Mais tarde juntei-me a dois primos meus, que já andavam na música, e decidimos formar uma banda. Comecei por tocar baixo, a cantar e a inventar músicas. Os meus primos foram os principais responsáveis por ter engraçado na música.

os Kaviar, não só de músicos, mas também de pessoas que ajudavam na promoção, no agenciamento. Agora o que estou a fazer é a construir novamente essa estrutura que permita editar um disco e andar para a frente. O primeiro trabalho discográfico tem o nome de Experiências com Humanos. Porquê esse título? Experiência com Humanos são experiências com diferentes tipos de música, essencialmente com a música popular portuguesa que teve mais impacto nos últimos anos. Essas experiências foram importantes. Eu prefiro a língua portuguesa. A música portuguesa, neste momento, está a passar por uma fase muito boa, e acho que estar a insistir no inglês, quando nunca me senti muito à vontade, era um erro. Sempre tive as minhas musiquitas

em português que foram ficando esquecidas lá em casa e foi um bocado isso que eu fiz. Foi redescobri-las, refaze-las e testá-las ao vivo. Portanto, destas experiências com humanos, vão provavelmente sair daqui a seleção de músicas para o primeiro disco. Como é a aceitação por parte do público a cerca deste novo projeto? Eu acho que tem sido boa. A não ser que as pessoas sejam muito falsas para mim. Mas, felizmente, tenho tido um bom feedback. Tenho muitos amigos que já me conhecem, estão fartos de me ver a tocar e que dizem que está muito bem, esses são sempre suspeitos. Tenho recebido elogios de diferentes pessoas e acho que têm sido sinceras. Identificam com facilidade as palavras que utilizei para cantar, isso

é muito bom. É sinal que tiveram com alguma atenção. Espero não as desiludir daqui para a frente, espero estar a andar para o caminho certo, mas o tempo é que o vai dizer. Pretende com este projeto dar vida à cultura em Abrantes? Sim, claramente. Tenho noção que os Kaviar tiveram um pouco essa função. Motivamos muita malta mais nova a criar bandas, a fazer outros projetos. Se o FEL contribuir novamente para essa motivação eu acho muito bem. Não posso estar a falar muito neste momento sobre a estratégia de lançamentos para o ano, mas passa muito por ai e passa muito pelo concelho. Até porque a cidade faz 100 anos, não é uma data qualquer e portanto, naturalmente, essa data também será evidenciada no trabalho.

Tem alguma perspetiva sobre o seu futuro na música? Gostava de garantir algum sucesso a este primeiro trabalho que tenho a intenção de lançar até ao final de 2016. Apresenta-lo a nível nacional, e se possível, lá fora também, apesar de isso ser outro processo mais complicado e mais demorado, mas tenho essa intenção. Acho que é mais fácil encontrar pessoas interessadas em ouvir um projeto cantado em português lá fora do que em inglês. Eu tenho a esperança de conseguir ir lá fora como fui este ano a Espanha. Quero ir a outros países porque sei que isso também me ajuda a crescer, a ter outra perspetiva sobre o meu trabalho. Foi isso que eu senti em Espanha e provavelmente vou sentir nos outros países. Pedro Ferreira

Aluno de Comunicação Social, ESTA

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4 POLÍTICA

DEZEMBRO 2015

Assembleia Municipal de Abrantes aprova orçamento de 26,6 milhões para 2016 Maria do Céu Albuquerque (PS), presidente da Câmara Municipal, destacou as “muitas indefinições” ao nível do Orçamento de Estado e dos fundos comunitários, tendo afirmado em sede de Assembleia Municipal, realizada a 20 de novembro, ser o “orçamento possível, muito exigente e realista”, mas com “rubricas abertas e atentas a novas oportunidades de investimento”. O documento, que se traduz numa verba a rondar os 26,6 milhões de euros, contou com o voto contra do deputado do BE, 5 votos contra e 2 abstenções da bancada do PSD, e abstenção das bancadas do CDS e da CDU. As escolas do ensino básico (melhoria nos espaços exteriores dos centros escolares e conservação de edifícios), despesas com aquisição de equipamentos e software informático e a rede viária são as áreas que irão receber mais investimento camarário durante 2016. Sobre o peso grande de investimento em equipamento informático, Maria do Céu Albuquerque explicou que isso se prende “com a aquisição de serviços e equipamentos informáticos para, a partir do próximo ano, equipar o edifício do Colégio de Fátima que será o novo Centro Escolar de Abrantes”. A autarca destacou a inter-

venção ao nível de acessibilidades e regeneração urbana no Largo 1º de Maio e a construção de uma casa mortuária junto ao Tribunal. Entre outras, a autarca destacou ainda, e no que se refere à rede viária, que a estrada entre São Facundo e Vale das Mós vai ser alcatroada “aproveitando uma candidaturas que vimos aprovada no âmbito da intervenção que realizámos entre Bemposta e Vale das Mós, como conse-

guimos esse financiamento em overbooking que não estávamos à espera vamos utilizá-lo para esta intervenção”, explicou Maria do Céu Albuquerque. Também a estrada entre o Souto e Carvalhal será alvo de intervenção durante o próximo ano. As grandes obras de intervenção previstas, como é o caso da reabilitação da Avenida Farinha Pereira terão de aguardar pela

aprovação dos fundos comunitários, tendo a autarca destacado outras intervenções em outras localidades.

Orçamento dos SMA ascende a perto de 5 milhões de euros O orçamento para 2016 dos Serviços Municipalizados de Abrantes (SMA), no valor de 4 milhões e 835 mil euros, foi igualmente aprovado por

maioria, contando apenas com um voto contra. Dos investimentos previstos para 2016, os de montante mais significativo reportamse ao abastecimento de água ao sul do concelho, a partir da Albufeira de Castelo do Bode. A Assembleia Municipal de Abrantes, presidida por António Mor, principiou com a apresentação de um voto de louvor a José dos Santos Jesus (José Bioucas), primeiro

presidente da Câmara de Abrantes eleito democraticamente pós Abril de 74. O voto de louvor foi aprovado por unanimidade e aclamação. Também o deputado Armindo Silveira, do Bloco de Esquerda, apresentou um voto de pesar pela morte recente de dois agentes da autoridade com ligações a Abrantes, tendo sido aprovado por unanimidade. Mário Rui Fonseca

Assembleia da República apreciou petição pela manutenção dos tribunais da região A petição sob o mote “A Favor da Não Desqualificação/ Extinção dos Tribunais do Médio Tejo” foi apreciada no passado dia 24 de novembro, em plenário na Assembleia da República (AR), na sequência da entrega daquele documento em Lisboa pelos autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), a 23 de setembro de 2014. Maria do Céu Albuquerque presidente da CIMT e da Câmara de Abrantes, disse à An-

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tena Livre que “os autarcas e as mais de 5 mil pessoas que assinaram esta petição pedem é que o Mapa Judiciário seja revisto, em função das necessidades dos cidadãos e das empresas, criando igualdade em relação a outras zonas do país, como seja o caso de Braga e Faro, em que há o desdobramento efetivo de instâncias importantes, como a grande instância civil e criminal, no sentido de dar acesso por parte dos nossos cidadãos à justiça”.

A autarca de Abrantes adiantou que “ a centralização em Santarém da instância civil e criminal afasta os nossos cidadãos, sendo que alguns têm de fazer mais de 100km para poder ir ao tribunal de Santarém tratar dos seus processos”. Para Maria do Céu Albuquerque a atual situação “não está a significar celeridade e menos custos”, e, por isso os autarcas locais aguardam que o novo Governo “possa pegar de novo neste processo, e de acordo com

o que estava no programa eleitoral, fazer a reversão daquilo que for necessário”, por forma a “tornar a região mais competitiva”. A autarca reforçou ainda que “passado um ano, com a entrada do Mapa Judiciário, com certeza que existem dados que vão permitir verificar se este mapa com os encerramentos e alterações veio a tornar-se mais eficiente e mais eficaz e se houve redução de custos sem prejuízo do serviço prestado. É tudo

isso que pedimos que seja revisto”. A CIMT havia já aprovado uma moção no dia 14 de março de 2014, perante a aprovação do diploma que regulamenta a Lei da Organização do Sistema Judiciário e estabeleceu o regime aplicável à organização e ao funcionamento dos tribunais judiciais, em que se podia ler que o processo “fomenta a dispersão e a não fixação de muitos técnicos na região, e incentiva o desinvestimento,

sobretudo de empresas”. O novo mapa judiciário entrou em vigor a 1 de setembro de 2014. No distrito de Santarém, além da passagem dos tribunais de Alcanena e da Golegã a ‘secções de proximidade’, o novo mapa judiciário ditou o encerramento dos tribunais de Ferreira do Zêzere e de Mação e ainda o “desmantelamento” do círculo judicial de Abrantes. JMC


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6 POLÍTICA

DEZEMBRO 2015

Câmara de Constância reduz orçamento para 2016 e corta 10% em quase todas as rubricas A Câmara de Constância aprovou um orçamento de 5 milhões e 700 mil euros para 2016, “uma redução de cerca de 8% e de grande contenção de despesa corrente com um corte de 10% em quase todas as rúbricas”, disse à Antena Livre a presidente da autarquia, Júlia Amorim (CDU). O orçamento aprovado para 2016 representa menos meio milhão de euros quando comparado com o ano de 2015 (6,2 milhões de euros), tendo o mesmo sido aprovado por maioria, com as abstenções dos vereadores do PS. Entre as principais prioridades traçadas pela maioria CDU do município de Constância para o próximo ano está a conclusão do Centro Escolar de Montalvo, a continuidade da aposta em projetos como a Festa de Nossa

Senhora da Boa Viagem e nas Pomonas Camonianas,a ampliação do cemitério da Portela e a requalificação do

Vila Nova da Barquinha aprova redução orçamental de 14% para 2016 A Câmara de Vila Nova da Barquinha aprovou para 2016 um orçamento de 8,2 milhões de euros, valor que representa uma redução de 14% face ao orçamento do ano anterior. Em declarações ao Jornal de Abrantes, Fernando Freire (PS) disse que o Orçamento “prevê investimentos ajustados às reais possibilidades do município, mantendo-se um nível de investimento significativo”, e que representa 15% do total da despesa do orçamento. O documento prevê uma diminuição global do seu valor relativamente ao apresentado no ano anterior em cerca de 1,3 milhões de euros, uma redução de 14% que o autarca deste município ribeirinho justifica “pelo fim do ciclo do anterior quadro comunitário de apoio, e início de alguns projetos cofinanciados, no novo quadro comunitário”. Os arranjos paisagísticos da ilha do Castelo de Almourol,

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assim como a criação de conteúdos de musealização daquele monumento nacional, a par da execução do projeto de percursos ribeirinhos e da criação de um Centro de Interpretação Templário, são alguns dos projetos apontados no documento, na área do Turismo. Na área da Educação, para além da manutenção da parceria com a Universidade de Aveiro no projeto Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC), está prevista a construção de um novo Jardim de Infância em Vila Nova da Barquinha. “Com vista à dinamização económica”, a autarquia anuncia a criação de um Centro de Apoio à Atividade empresarial e Ninho de empresas, junto da Loja do Cidadão, e uma “forte aposta” na área da regeneração urbana, feitas que estão as delimitações das áreas de regeneração (ARU´s) em todas as freguesias do concelho”.

Parque Infantil da zona ribeirinha de Constância, entre outros. A presidente da autarquia,

Júlia Amorim, disse que o orçamento de 2016 “é de grande rigor e em que todas as despesas fixas estão co-

bertas pela receita”. “Será um ano de grande contenção de despesa corrente”, afirmou a autarca,

tendo observado que, no entanto, a autarquia vai continuar a investir ao nível da Educação e Ação Social, e no apoio ao associativismo, desporto e promoção turística e cultural como fatores de desenvolvimento sociocultural e económico do concelho”. Dos projetos previstos para o próximo ano, a Câmara de Constância destaca ainda a área da regeneração urbana com a elaboração dos Planos de Ação para Reabilitação no espaço público e privado, “instrumentos de planeamento obrigatórios para o desenvolvimento de candidaturas aos fundos comunitários”, sendo que, destacou Júlia Amorim, a reconversão urbanística do centro histórico “continuará a ser uma área de ação prioritária”.

Câmara de Sardoal aprova orçamento de 7,4 milhões para 2016 A maioria PSD da Câmara de Sardoal aprovou um orçamento de 7,4 milhões de euros para 2016, verba idêntica à deste ano, em documento que contou com a abstenção dos independentes e o voto contra do PS. Miguel Borges (PSD), presidente da Câmara de Sardoal, destacou à Antena Livre o investimento a efetuar ao nível da educação, onde os principais investimentos situam-se ao nível da requalificação do Parque Escolar, no Programa de Combate ao Abandono e Insucesso Escolar, na atribuição de refeições gratuitas ao alunos do 1º ciclo, e na atribuição de Bolsas de Estudo e de Mérito. Ao nível social, Miguel Borges disse querer implementar uma Universidade Sénior em Sardoal e um serviço de teleassistência para os mais idosos, para além de introduzir incentivos financeiros à natalidade. O orçamento contempla ainda um investimento ao nível da Eficiência Energética,

com “utilização inteligente” da energia e utilização de energias renováveis nas infraestruturas públicas. O plano de investimentos engloba ainda intervenção ao nível do Ciclo Urbano da Água, com cadastro das infraestruturas, requalifica-

ção de condutas de saneamento, e pavimentação em todas as freguesias do município, um investimento que o autarca estimou em 1,2 milhões de euros e a realizar em dois anos. A segunda edição do Festival Sardoal Jazz, a introdu-

ção do Festival “Sardoal ao Piano”, com a primeira edição a decorrer em 2016, e a Candidatura a Património Imaterial da Semana Santa de Sardoal marcam o documento estratégico ao nível cultural. Mário Rui Fonseca


POLITICA 7

DEZEMBRO 2015

Vila de Rei aumenta orçamento em 2016 para seis milhþes de euros

Câmara de Mação aprova orçamento de 11,6 ME, menos 3% do que em 2015

O executivo de maioria PSD da Câmara Municipal de Vila de Rei aprovou um orçamento de cerca de seis milhĂľes de euros para 2016, anunciou a autarquia, mais 250 mil euros quando comparado com o ano anterior. O documento, que contou com a abstenção do PS, tem como projetos prioritĂĄrios a “manutenção e reforço do apoio socialâ€? Ă população, a ampliação da escola bĂĄsica

A Câmara Municipal de Mação, de maioria PSD, aprovou as Grandes Opção do Plano atĂŠ 2020 e um orçamento municipal para 2016 no valor de 11,6 milhĂľes de euros, menos 3% do que para 2015. O orçamento municipal foi aprovado pela maioria, contando com as abstençþes dos vereadores do PS, e contabiliza menos 400 mil euros para 2016 do que o orçamento deste ano. Em declaraçþes Ă Antena Livre, o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, disse que, entre os “projetos prioritĂĄriosâ€? para o prĂłximo ano estĂĄ a reabilitação da entrada sul da vila de Mação, a entrada que tem mais movimento para a sede do concelho e cuja obra representa um investimento de mais de um milhĂŁo de euros. O autarca destacou ainda os “apoios que a Câmara Municipal vai continuar a dar e a

e secundĂĄria de Vila de Rei (com provisĂŁo de 700 mil euros), e a adoção de medidas de eficiĂŞncia energĂŠtica. “Este ĂŠ um orçamento de contenção, decido Ă indefinição do Orçamento de Estado e dos fundos comunitĂĄrios mas, se houver oportunidade de fazer obra com o dinheiro comunitĂĄrio, faremos,â€? disse ao JA Lusa Ricardo Aires (PSD), presidente da Câmara Municipal

de Vila de Rei. Para alĂŠm das obras que a autarquia pretende efetuar, “a grande apostaâ€? do executivo social-democrata para o prĂłximo ano “continua a ser a vertente de apoio socialâ€?, frisou o autarca. “Cerca de 42% do orçamento da Câmara ĂŠ para estas funçþes sociais que pretendemos manter e atĂŠ, possivelmente, aumentar em alguns casosâ€?, destacou.

reforçar na vertente social e de apoio Ă s famĂ­liasâ€?, tendo destacado que, em 2016, a autarquia vai começar a “oferecer todas as refeiçþes Ă s crianças do 1Âş ciclo e jardinsde-infânciaâ€?, alĂŠm de bolsas de estudo e apoios sociais de diversa ordem num total de 400 mil euros. Na ĂĄrea da educação, a intenção ĂŠ criar dois nĂşcleos museolĂłgicos: um em Envendos, dedicado Ă indĂşstria

dos presuntos, e um outro em Ortiga, dedicado Ă s artes da pesca. Vasco Estrela destacou ainda o investimento na ordem dos 50 mil euros num “Plano de Intervenção Florestal, que seja adequado Ă legislação atualâ€?, nomeadamente para a ĂĄrea das Zonas de Intervenção Florestal. MĂĄrio Rui Fonseca e Joana Santos JCC ESSE Portalegre

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8 EDUCAÇÃO

DEZEMBRO 2015

Nova edição do projeto EMPRE começa com 160 alunos em Vila Nova da Barquinha A segunda edição do projeto Empreendedorismo num Viveiro de Empresas em Ambiente Escolar começou no passado mês e conta com cerca de 160 alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha. O número de alunos cresceu relativamente à edição passada e Ana Santos, coordenadora do VEAE, disse em declarações ao JA que

muito se deve “ao apoio do município e à adesão de toda a comunidade escolar e educativa ao projeto”. “São sete turmas, duas do 1º ciclo, uma de 2º ciclo, duas de 3º e duas do Ensino Secundário”, adiantou Ana Santos que espera que este projeto seja “dinâmico, proativo, e que contribua para o desenvolvimento, quer do concelho, quer do agrupamento.

E, acima de tudo, que faça com que os nossos alunos sejam felizes”. O projeto pretende incutir o espírito empreendedor aos alunos, para os dotar de “ingredientes basilares para que os alunos ganhem aptidão para o mundo competitivo em que vivemos. (…) Temos que dotar as nossas crianças e os nossos jovens desde muito cedo para uma

cultura do ‘saber-fazer’. É fundamental para que tenham sucesso em termos profissionais e pessoais”, finalizou a coordenadora. O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Freire, mostrou contentamento com a parceria, dizendo que “temos aqui um conjunto de jovens empresários dedicados, preocupados nomeadamente com as novas atitudes

Mário Rui Fonseca

Constância assinala centenário da primeira escola primária

Divulgar o património e a história do concelho de Constância foi o mote para uma jornada que uniu no dia 21 de novembro a população local em torno da história da educação e do ensino no município, a par da apresentação pública de pessoas e instituições que trabalham no dia-a-dia nos elementos ligados aos trajes, à música e à tradição oral, no âmbito das cerimónias de abertura da comemoração do centenário da Escola Primária Mixta de Constância. “Preservar, recuperar e divulgar estes testemunhos de vida é muito importante porque é precisamente onde assenta a nossa identidade e que nos difere enquanto povo e dos demais concelhos”, disse a diretora da Bi-

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blioteca Municipal Alexandre O´Neill, Anabela Cardoso, a propósito do centenário da primeira escola primária do município que foi assinalado no sábado, dia 21 de novembro, com a realização de diversas atividades. O edifício onde está hoje instalada a Biblioteca Municipal funcionou durante muitos anos (até 1985) como Escola Primária Mixta de Constância, tendo marcado gerações de alunos que ainda hoje guardam memórias e vivências daquele local de aprendizagem, e que assistiram à apresentação de um programa cultural que incluiu uma exposição de uma sala, de fotografias, e um colóquio e um documentário, entre outras. Com o envolvimento da comunidade, foi possível recriar

uma sala de aula do período do Estado Novo, recorrendo à exposição de antigos manuais, mobiliário, material escolar, fotografias, objetos religiosos, exames, provas escritas, e outros, que foram cedidos com o objetivo de recordar aos mais novos a escola de antigamente e acima de tudo mostrar que este património não deve ser esquecido, mas transmitido e divulgado. A Exposição: Memórias da minha escola”… que inclui a recriação de uma sala de aula, do período do Estado Novo, estará patente ao público durante os dias úteis das 9:30 às 18:00, na sala polivalente da Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill, até ao dia 29 de janeiro de 2016. MRF

perante as empresas (…) este é um projeto dedicado às novas oportunidades de negócio, formando o seu próprio negócio com autonomia, e entendemos continuar e apostar [no EMPRE VEAE] que teve um grande sucesso no primeiro ano, e que no segundo ano certamente terá, face à adesão que se vê em todos os alunos da escola. Irá ser extremamente ambicioso

e motivante quer para os alunos, quer para os docentes”. Nesta sessão que aconteceu no dia 13 de novembro, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, ocorreu também a entrega do prémio aos alunos vencedores da primeira edição do projeto EMPRE e ainda o Dia do Diploma que distinguiu os alunos que se destacaram em várias áreas do saber.

Autarquia de Constância promove programa piloto “a pé para a escola” A pé para a escola é um programa piloto de fomento das atividades pedestres no seio da população escolar, desenvolvido pela Câmara Municipal de Constância em parceria com o Agrupamento de Escolas de Constância. Pretende fomentar junto dos alunos do 1.º ciclo do ensino básico, maior autonomia relativamente às suas famílias para se deslocarem no percurso casa-escola, dotando-os e sensibilizando-os com as seguintes noções: importância de atividade física diária ou regular, orientação em espaço público, segurança rodoviária, cidadania, utilização e respeito do espaço público, sustentabilidade e saúde. A Pé para a escola funciona até junho de 2016, e em regime de uma vez por semana, a Câmara Municipal de Constância coloca um técnico de desporto a enquadrar, monitorizar e acompanhar o percurso dos alunos participantes. O programa piloto teve início na freguesia de Montalvo, todas as quartas-feiras, às 8h15 e o regresso será da responsabilidade dos participantes.


ABRANTES 9

DEZEMBRO 2015

ABRANTES

Autarquia lança empreitada de 4,5 milhões para Museu Ibérico de Arqueologia e Arte A Câmara de Abrantes procedeu a apresentação do projeto de empreitada do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, MIIA. Projetado pelo arquiteto Carrilho da Graça, o equipamento é para autarquia uma peça central no processo de regeneração urbana da cidade. O investimento para a integração do MIIA no Convento de São Domingos é de 4,5 milhões de euros. A empreitada de construção tem uma duração contratualizada de 30 meses e está condicionado à obtenção de fundos comunitários. A presi-

dente da autarquia de Abrantes disse que esta obra, que deve estar concluída em finais de 2018, é “fundamental para a revitalização do centro histórico”. Segundo observou Maria do Céu Albuquerque, com o lançamento da empreitada (o concurso público tem a duração de seis meses) a autarquia “não quer perder mais tempo e quer criar as condições para avançar de imediato com a obra assim que sejam libertadas as verbas”, relativas aos fundos comunitários. O MIAA vai ocupar todos

os espaços disponíveis atuais do Convento de S. Domingos para áreas de exposições, permanentes e temporárias, que serão predominantes, com os espaços que irão albergar parte da coleção de arqueologia e arte municipal,

o espólio de pintura contemporânea da pintora Maria Lucília Moita e a coleção arqueológica Estrada, propriedade da Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos, assim como para instalar os serviços indispensáveis ao funcio-

namento do Museu e Centro de investigação associado, da receção ao serviço educativo, uma área de armazém e diversas áreas técnicas. A obra desenvolver-se-á em 2 pisos, sendo intervencionada uma área bruta de construção

correspondente a 3 280 m2. No edifício que prolonga a ala norte do Convento, e que se desenvolve num piso, será intervencionada uma área bruta de construção correspondente a 256 m2. MRF

Pousada da Juventude encontra-se novamente encerrada ao público

Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, anunciou no passado dia 1 de dezembro, que a Pousada da Juventude da cidade se encontra fechada ao público, por um período quatro meses, entre 1 de dezembro a 31 de março de 2016. Tal como sucedeu em anos anteriores, a autarca explicou que a notificação chegou por parte da Movijovem, entidade que faz a gestão do espaço, que “mais uma vez vem-nos dizer que estão disponíveis para manter a Pousada aberta durante este tempo, desde que a Câmara Municipal assuma o défice de exploração de acordo com os

custos que aqui nos apresentam. Nomeadamente dizem que após uma análise rigorosa apuraram um défice de exploração para o período de encerramento na ordem dos 16 mil euros”. A autarca explicou que “a pousada não tem condições neste momento, do nosso ponto de vista, para se manter aberta neste ou noutro período. E tem de ter uma intervenção de fundo para poder ser reabilitada”. “Nós já nos disponibilizámos para podermos ser donos de obra, desde que nos garantam o financiamento, nomeadamente a partir do Portugal 2020”, finalizou.

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10 REPORTAGEM

DEZEMBRO 2015

“O MEU ESCRITÓRIO É LÁ FORA”

Carlos Bernardo

“Gosto de viajar, de sentir o cheiro, de levar com o vento na cara e de as pessoas se meterem comigo”

• Carlos Bernardo avança que o mais importante é “acharmos o nosso caminho” É abrantino, chama-se Carlos Bernardo, gosta de vigiar e dá-nos a conhecer as suas experiências através do seu blogue chamado “O meu Escritório é lá Fora”. JOANA MARGARIDA CARVALHO

O projeto na internet remonta ao verão de 2013, “numa altura muito especial da vida” de Carlos Bernardo. O jovem abrantino encontrava-se a estudar Engenharia Civil, em Coimbra, e passava os dias com medo de ser engenheiro porque não era aquilo que sonhava e que queria realmente. “No final de 2012 tive coragem de dizer que não era aquilo que eu queria. Já na altura tinha feito algumas viagens e gostava muito da parte cultural do viajante e sentia que tinha potencial para ser algo melhor do que engenheiro”, conta. Surge então “O meu Escritório é lá Fora”. Neste espaço na internet é possível encontrar imensas fotografias de vários recantos do país. “ A fotografia surge como uma extensão do nosso olhar e eu também gosto muito de fotografia, apesar de ser um fotógrafo bastante amador e descuidado, procuro dar-lhe um olhar real”. Já a bicicleta “tem a ver com o meu lado desportivo porque eu sempre adorei desporto”.

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Carlos Bernardo associa este gosto pessoal com um trabalho de gestor numa rede de hotéis bikefriendly. Este lugar profissional foi conquistado através de uma forma diferente de enviar um currículo. “Fiz um vídeo-currículo porque não conseguia colocar as minhas mais-valias num currículo normal. Passado umas horas de ter publicado o vídeo, já tinha três propostas de trabalho”, adianta Carlos. “Gosto muito do meu trabalho porque acaba por se complementar com o blogue, acabam por ser destinos onde se pode andar de bicicleta e, no fundo, são hotéis “amigos” das bicicletas e dos ciclistas”, avança o abrantino. Carlos tem corrido o país de norte a sul na sua bicicleta: “as viagens vão desde o muito espontâneo até ao mais preparado. Muitas das vezes não é preciso ir para muito longe para se fazer uma viagem interessante. Desde que tenho o blogue descobri sítios fabulosos mesmo ao pé de mim e que não conhecia”. “Quando entramos neste ciclo só nos lamentamos de não ter conhecido isto e aquilo mais cedo. Hoje em dia, conheço muito melhor a minha terra. Já percorri Portugal de norte a sul, já fui aos Açores e, em 2016, espero ir a mais sítios”, refere. Mais do que fazer algumas viagens, Carlos aproveita

para conhecer as tradições, os costumes e as gentes das terras por onde passa: “eu quero conhecer e quero ser um bocadinho como as pessoas daquela terra são e viajo de bicicleta porque tem uma passada engraçada. Gosto de viajar, de sentir o cheiro, de levar com o vento na cara e de as pessoas se meterem comigo”. O abrantino confessa que o Alentejo é um dos sítios mais especiais por onde já passou: “tenho um carinho muito especial pelo Alentejo, é dos meus sítios de eleição. Se tivesse que fazer vida noutro sítio, ia para o Alentejo”. Por sua vez a viagem que fez de Bragança até Abrantes “foi também muito especial pelos sítios que percorri, desde Trás-os-Montes, a zona do Douro, as aldeias históricas, a Serra da Estrela, etc”. “Eu sou um sortudo porque nunca fui maltratado, as pessoas são realmente simpáticas de uma maneira geral no nosso país”, confessa.

lugares definidos quanto ao sítio para dormir, o sítio para comer e para o caso de ter uma avaria”. Durante estes últimos anos, “ O meu Escritório é lá Fora” foi nomeado para melhor blogue de viagens pessoal e no SAPO foi considerado um dos dez melhores de viagens nacionais. “É sempre bom, é um reconhecimento. Toda a gente agora me associa ao blogue. E acaba por ser um reconhecimento e pensar, isto vale a pena! Este é o caminho a seguir”, afirma o jovem. “Com a nomeação em fevereiro deste ano, para melhor blogue de viagens na BTL, foi uma mudança muito grande, principalmente na maneira como as pessoas me encaram. Depois veio tudo atrás. Saí no Público, na Sábado, na

Cosmopolitan, duas vezes no Lifecooler, fui à RTP. Hoje em dia, sou contactado por imensos hotéis e imensas regiões de turismo do género e também sou contactado por marcas”, conta Carlos. Com 60 e 70 mil visitas, o jovem admite que “ o blogue acaba por ser uma extensão de mim, e como eu gosto também de partilhar, este projeto acaba por ser uma maneira bastante fácil de partilha e de chegar a muita gente com alguma facilidade, até com a ajuda das redes sociais. Mas não sinto essa obrigação. É quase: nem penso, faço. E aliás, o blogue surgiu de uma maneira tão natural, não foi a pensar em prémios ou nomeações ou em número de visitas”. Quanto aos objetivos futuros, o abrantino confessa que

deste projeto poderá surgir um livro sobre esta experiência: “provavelmente, se alguém me lançar o desafio, aceito. Mas isso é uma questão que se calhar não se coloca amanhã. Vai colocar-se daqui a uns tempos”. No que diz respeito às viagens internacionais, Carlos Bernardo avança já com alguns desafios para o próximo ano: “viagens maiores provavelmente para o ano vou fazer, lá fora. E, provavelmente, não as vou fazer de bicicleta. Tenho a ideia de fazer o tour do Monte Branco a pé, que é ali uma voltinha a pé de quase 200 km em França. E provavelmente gostava de fazer no próximo ano, uma viagem grande de comboio”. Mas, o mais importante para o jovem é “ acharmos o nosso caminho, isso é muito bom”.

Tenho um plano B, C D e E Carlos Bernardo considerase “um aventureiro bastante cauteloso” e justifica “não me vou meter a pedalar 130 km durante sete dias seguidos sem ter uma preparação. Eu sou aventureiro, mas não sou maluco! Tenho um plano B, C D e E. Tenho pelo menos

• Carlos Bernardo tem corrido o país de norte a sul na sua bicicleta


ESPECIAL PRODUTOS 11

DEZEMBRO 2015

Marta Rainho

Prato confecionado no restaurante Santa Is •Abrantes

São os bons momentos que tornam a vida feliz. Os produtos regionais são segredos bem guardados, mas podem ser degustados por todos nós. Alguns ficam por casa, quase em privado. Outros têm produção industrial, mas procuram salvaguardar o melhor da tradição. Fomos à procura de alguns e fomos falar com os entendidos na matéria. Pedimos a Armando Fernandes, Investigador, que nos fizesse uma ementa com os produtos mais tradicionais e a Fernando Correia, chefe pasteleiro, um olhar sobre a doçaria conventual. Aproveite e delicie-se!

A origem da doçaria regional do concelho de Abrantes está sem dúvida nos conventos femininos que existiram na cidade no século XVI, embora a sua confeção e venda tenha, apenas, surgido no século passado, em Rio de Moinhos, uma das freguesias do concelho. Os conventos, mais propriamente a cozinha destes, eram verdadeiros laboratórios no que concerne à criação de doces. Especialistas em doces conventuais, o fabrico deste doce em particular foi passando de gerações em gerações mas rodeado de muito secretismo, apenas quem vivia no convento podia ter acesso a estas receitas. Como se sabe as donzelas que não tinham dote para casar entravam para o convento e com elas levavam um enxoval determinado pelas freiras do convento, bem como criadas que trabalhavam para servir as meninas e nas tarefas conventuais. Estas criadas tinham acesso direto às receitas e foi este o veículo de propagação para a transmissão do saber fazer deste doce secular.

Marta Rainho

Doçaria Conventual

De acordo com a lenda, os doces de Abrantes, são de origem conventual, mais concretamente do antigo Convento da Nossa Senhora da Graça. Conta-se que as mulheres de Rio de Moinhos, lavadeiras da cidade, prestavam alguns serviços às freiras dominicanas deste convento, e ao ganhar a

confiança destas, conseguiram obter as receitas das Tigeladas, Broas de Mel e da tão conhecida Palha de Abrantes. A Palha de Abrantes é uma iguaria constituída por gema de ovo com amêndoa, coberto por fios de ovos ligeiramente tostados no forno bem quente, sendo conside-

rada o símbolo gastronómico da cidade. Este doce tem origem no excesso de gemas de ovos que sobravam após a engoma da roupa, tarefa na qual eram utilizadas as claras de ovos. A tradição popular liga o nome “Palha de Abrantes” à imagem da palha, que vinda do Alentejo passava por Abrantes, im-

portante entreposto fluvial, a caminho dos estábulos de Lisboa. No entanto, a palavra “Palha” esteve também associada a algumas praças do centro histórico, onde outrora se realizava o mercado da palha. Fernando Correia

Chefe Pasteleiro

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12 ESPECIAL PRODUTOS

DEZEMBRO 2015

Joana Santos

Produtos Regionais

• Prato de perdiz confecionado no restaurante Santa Isabel, em Abrantes

Mel “Ao ficarmos só com as abelhas, apaixonei-me por elas e dura até hoje”

Ementa Pedem-me uma Ementa a realçar produtos abrantinos. Logo sem apresentação e representação de cada uma das receitas, mesmo assim, trata-se de uma espiga de milho verde a assar delicadamente a fim de as sapidades não se perderem. No referente a entradas sugiro lâminas de queijo de cabra barradas com mel, aspergidas com gotas de romã e servidas sobre finas fatias de pão trigo ou centeio de lavra caseira, fritas ao de leve em azeite. Em alternativa, caso o Tejo o possibilite, preconizo postas de fataça fritas em azeite num escabeche apurado. O célebre preparado de inspiração muçulmana deve ser concebido empregando azeite da fritura, vinagre de eleição, louro e grãos de pimenta. Há quem inclua rodelas de cebola e ervas aromáticas. Prefiro a primeira versão, servida fria. No que tange a sopas caso as consigam, a de azedas aguça o apetite e não atafulha o estômago, na falta, os agriões substituem a preceito, senão experimentem a de favas. Na época da sua captura, só nessa altura, elejo açorda da senhora sável, impregnada de ovas extraídas cautelosamente do seu corpo. Se o sável apenas na época, frito em postas finíssimas, assado no forno ou grelhado em postas nédias, as migas de feijão podem aparecer a todo o momento e, acicato as cozinheiras e cozinheiros, elaborem cuidadosamente feijão guisado com ovos e chouriço. Pitanças de carne não faltam, célebre homem de letras dizia que os queixos corriam atrás de cabrito assado, por estas bandas o chibinho recebe tratamento de mimo, mimosas favas grávidas de enchidos ilustram o receituário abrantino.

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Alguém discorda? Sim, caça já houve mais, mesmo assim, menciono as almôndegas de lebre, a receita de perdiz à moda de Alferrarede, e o láparo bravo ao modo dos caçadores, quanto mais temperos, maiores as suas proezas. Seria pecado maior não referir o melhor amigo do homem cristão, agnóstico ou ateu – o porco – dada a sua omnipresença na nossa cozinha homenageio-o trazendo à colação o cozido abrantino. Em matéria de sobremesas é um fartote onde as interpretações culinárias freiráticas abundam, sem esquecer o talento das Mestras de todo o terrunho local. Façam o favor de ler: bolinhos de amêndoa, bolos de batata, bolos de celeiro, bolos de mel, bichas, broas, esquecidos, folares, lustrosos, pudim de batata, pudim de laranja, pudim melindroso, queijadinhas de amêndoa, raivas, talhadas cobertas e a torta real. Para lanches e chá anoto pastéis de várias estirpes, ainda compotas e marmeladas. Bem sei, esqueci os doces famosos. Se já têm fama, para quê lembrá-los? Não esqueci os célebres agora na obscuridade, não esqueço os formidáveis pêssegos ao natural, e em vinho, os outrora disputados, mas desaparecidos, os gulosos melões, os anais referem-nos concedendo-lhe repenicados elogios. A ementa é esta, se o leitor tiver o cuidado de apurar quais os ingredientes de cada uma das referências verificará quão ingente é resgatar-se e reabilitar-se o receituário tradicional. Armando Fernandes

Começou tudo com uma plantação de morangueiros, que dava trabalho e o desgaste levou a que se invertessem os papéis: as abelhas compradas para a polinização ganharam o papel principal na vida de António Marques. Apicultor desde os anos 90, uma estimativa feita pelo próprio pois “já vai há uns anos a perder de vista”, António Marques reconhece que “ao ficarmos só com as abelhas, apaixonei-me por elas, e dura ainda hoje. Há bastantes anos que estamos a produzir para fora”. A marca da Quinta Vale da Murta, em Montalvo, está a afirmar-se não só regionalmente como também marca presença a nível nacional, sendo que o produtor, António Marques, revela já ter estado “na televisão, umas três ou quatro vezes, ou mais até”. O mel enquanto produto regional de excelência, uma colheita com toque caseiro, é cada vez mais procurado pe-

los consumidores. As suas caraterísticas assim o justificam, pois “é um mel que não é escuro de todo, mas também não é muito clarinho. É um mel âmbar. Que é rico principalmente em rosmaninho, em alecrim, em eucalipto e um bocadinho de malte. Isto porque eu só estou a colher uma vez por ano, então deixo que ele amadureça bem na colmeia, e depois fica com uma cor que agrada e um sabor bastante apreciado pelas pessoas”, conta o produtor. “Noto que há uma procura cada vez maior, e neste momento, está consolidada já a marca aqui em Constância, e agora estamos a prepararnos para alargar o nosso mercado no futuro, para as coisas avançarem”, acrescenta o apicultor. António Marques colabora com várias lojas locais, com o Município de Constância, Abrantes e Tomar. Mas revela já planos futuros que permitirão alargar não só a produção, como também o seu mercado. “Sim, estamos já mesmo a tratar de planos para avançar e avançar bem. Já está decidido cá em casa”, disse.

Textos: JOANA SANTOS, ALUNA JCC ESE PORTALEGRE MARTA RAINHO, ALUNA COMUNICAÇÃO SOCIAL ESTA Fotos: DR


ESPECIAL PRODUTOS 13

DEZEMBRO 2015

Vinho “Há aqui possibilidade para termos excelentes vinhos no mercado” São inúmeros os vinhos que se produzem na região do Ribatejo, passando pelos brancos, tintos e também os licorosos e os espumantes. Todos únicos mas com caraterísticas muito próprias e que os diferenciam seja pelas castas escolhidas ou

pelo território onde as vinhas crescem. Os vinhos do Tejo estão cada vez mais a dar cartas tanto no panorama nacional, como no internacional. Nuno Falcão Rodrigues, enólogo da Quinta do Casal da Coelheira, em Tramagal, explica que a “principal caraterística que distingue os vinhos do Tejo é a grande diversidade de estilo de vinhos que conseguimos produzir”. Desde os tintos, mais macios e mais fáceis de beber até estilos mais rigorosos e com potencial de guarda maior, a produção Casal da Coelheira reúne os factores cruciais para a boa produção de vinho: o clima e o solo ideais para a diversidade de castas. Mas diversidade pode trazer implicações quanto à identidade vinícola da região, que segundo Nuno Rodrigues, continua indefinida. O enólogo adianta que “não há propriamente uma linha condutora que consiga identificar os vinhos do Tejo. Hoje em dia é cada vez mais difícil pela diversidade de castas que nós temos”. Nuno Rodrigues explica que “não há nenhuma casta típica da nossa região, o que torna difícil nós dizermos que os vinhos do

Presunto “É essencial que o tradicional se mantenha” O presunto é a imagem de marca do Concelho de Mação, não só pelo fato de se encontrar na área do Concelho, mas pelas propriedades únicas que lhe são conferidas. A fábrica de Presuntos TioZé da Beira, situada em Cardigos, Concelho de Mação, é um dos exemplos de indústria que se dedica à produção de presunto e enchidos. João Marques, gerente da fábrica, diz que a principal caraterística do presunto é “ter uma boa qualidade de matéria-prima e um tratamento adequado para sair um bom produto final”. O gerente da fábrica afirma que é complicado dizer aquilo que diferencia os seus produtos, porque “o processo de pro-

Pão “Gostaríamos muito de manter a cooperativa em funcionamento por uns bons tempos” O pão é um dos alimentos mais importantes para uma alimentação equilibrada. Sendo considerado um hidrato de carbono, deverá ser consumido com moderação, mas Alina Rodrigues, cooperante na Cooperativa Artelinho, em Alcaravela, conta-nos mais sobre a história da produção do pão. Alina Rodrigues conta que “fabricamos o pão de modo tradicional, não alterámos nada. O pão é amassado à mão como nos tempos antigos”. O segredo para se fazer um bom pão “é o forno de le-

Queijo “Nunca quero deixar de produzir o queijo à mão, tenha a produção que tiver” A Queijaria Brejo da Gaia, na freguesia do Tramagal, surgiu em novembro de 2012. Uma queijaria criada no seio de uma exploração de caprinos

de leite, onde o queijo é produzido individualmente. Susana Carrolo, responsável pela Queijaria Brejo da Gaia, afirma que os seus queijos são diferentes dos produtores restantes porque são “produzidos com 100% leite de cabra puro, em que não há qualquer adição de leite em pó”. Acrescenta ainda que “o fabrico é feito de forma artesanal, ou seja, cada queijo é feito individualmente e manualmente, e isso é uma mais-valia para o consumidor”. Susana admite que pretende preservar o método de produção antigo, em que não há utilização multimodos nem moldes industriais. “Eu quero continuar a fazer o queijo sempre da mesma forma, foi dessa maneira que ganhei clientes e, para mim, não faz sentido fazer de outra maneira”.

Tejo são diferentes”. A Quinta do Casal da Coelheira, para o enólogo, é um caso diferente porque “não temos uma gama muito grande de vinhos, mas temos sim, estilos de vinhos bastante diferentes, e estamos a falar de um único produtor”. Nuno Rodrigues explica ainda que, este ano, “a vindima em termos qualitativos foi excecional, foi sem dúvida, um dos melhores anos que tivemos”. “Este verão não foi excessivamente quente, foi um verão em que as temperaturas estavam moderadas, o que permitiu a uma maturação mais progressiva e mais equilibrada, um fator essencial para obter uvas de qualidade”, afirma o enólogo. No que diz respeito à produção de vinhos, “este será um ano excecional. Estou muito satisfeito com os vinhos que temos desta colheita, há aqui possibilidade para termos excelentes vinhos no mercado dentro de dois ou três anos”. O enólogo acrescenta ainda que “os vinhos brancos são muito frescos e elegantes, e os tintos estão poderosos e bem maduros”.

dução tem que ver com a cura e com a parte de secagem. Cada produtor trabalha à sua maneira e nenhum produto é igual”. Relativamente ao uso de métodos tradicionais, João Marques confirma que “há coisas que têm que se manter. A base dos enchidos são curados a lenha, é essencial que o tradicional se mantenha”. Dos produtos que se destacam na empresa o presunto e os enchidos são os mais procurados pelos consumidores. “Há sempre alguma coisa que se destaca, e no nosso caso, os clientes procuram muito o presunto com osso”, afirma o gerente. A nível de planos futuros, o responsável pela fábrica pretende apostar na imagem da empresa, “a imagem da empresa é muito importante para o cliente, por isso, estamos a apostar nessa vertente”, finaliza João Marques.

nha, isso é essencial para a produção do pão”, afirma a cooperante. A Cooperativa Artelinho limita as suas vendas a pessoas singulares e através de encomenda. “Preferimos este método porque assim não desperdiçamos pão, as pessoas encomendam ou então, mesmo que não encomendem, vêm cá buscar”, afirma Alina Rodrigues. Para a cooperante, a geração mais jovem irá continuar a produzir pão, mas de maneira diferente, “os jovens vão seguir a receita tradicional mas, certamente, vai sofrer alterações”. Para planos futuros, Alina Rodrigues apenas diz que “gostaríamos muito de manter a cooperativa em funcionamento por uns bons anos”.

A responsável pela produção adianta ainda que “nunca quero deixar de produzir o queijo à mão, tenha a produção que tiver”. Um dos grandes sucessos de vendas da Queijaria Brejo da Gaia é o queijo curado com vinho tinto, segundo Susana Carrolo “esse queijo tem tido um sucesso fenomenal, é procurado por imensa gente”. No que diz respeito a estratégias de mercados, Susana aposta essencialmente “a nível de grandes cidades, como Lisboa e Porto”no entanto, está a ter uma “recetividade muito grande dos mercados espanhóis”, adianta. Para planos futuros Susana pretende continuar a apostar nas bolachas de queijo de cabra, produto lançado recentemente e também alvo de muito sucesso, e “alargar os nossos leques de produção”. “Queremos continuar a apostar nos nossos produtos com a mesma qualidade e com a mesma matéria-prima e não aumentar brutalmente a produção”, finaliza Susana Carrolo.

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14 ECONOMIA

DEZEMBRO 2015

HORTA GRANDE

Chama-se Horta Grande, está sediada em Abrançalha de Cima, no concelho de Abrantes, e é uma quinta produtora de morangos. Com um sistema inovador, a Horta Grande produz morangos com um aroma mais intenso e com um sabor inegável.

A Horta Grande é uma empresa familiar que existe desde 1896. Desde sempre dedicada à produção de frutas e legumes, iniciou em 2013 um projeto inovador dedicado à produção de morangos, que representou um investimento de meio milhão de euros. Maria Inês Pereira da Silva, com 22 anos, é uma das responsáveis pela iniciativa. Com os seus irmãos Afonso e Tomás Pereira da Silva, tem-se dedicado a esta produção. “O projeto começou quando os meus irmãos foram estudar para a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, EPDRA, e trouxeram esta ideia para casa. Em

2013, eu decidi avançar com o projeto e como sabíamos que isto era um sistema muito dispendioso, tivemos que procurar algumas ajudas e candidatamo-nos aos apoios do PRODER. Eu candidatei-me ao programa jovem agricultor, fiz o curso e eles apoiaram-nos”, conta a jovem. Com os apoios do PRODER, foi possível adquirir todo o equipamento e a grande estufa onde se encontram os morangos em sistema hidropónico, distribuídos por 5 mil metros quadrados. Tratando-se de um sistema inovador, Maria Inês da Silva explica que “a hidroponia é um sistema fechado, com um circuito em água, que economiza 70% de água e não tem contato com o solo e é uma produção em sistema suspenso. Além de economizar água, economiza também os nutrientes e fertilizantes. Isto funciona num circuito fechado, em que a água sai do furo e vai diretamente para o

Marta Rainho

Onde há morangos todo o ano!

• Maria Inês da Silva e os irmãos são os mentores do projeto tanque e, assim, nós calculamos o que é que faz falta às plantas”. Com um historial familiar dedicado à agricultura, atualmente a Hora Grande garante uma produção por campanha de 75 toneladas de morangos. “Relativamente ao método tradicional, conseguimos produzir três vezes mais. Por norma, apanhamos até 75

toneladas de morangos. O nosso fruto não tem contato com a a terra. Apesar de não se tratar de uma agricultura biológica, os nossos fertilizantes são todos biológicos”, adianta Maria Inês. A empresa conta com dois colaboradores fixos e cerca de 20 pessoas que apoiam na altura da apanha. Com os olhos focados na exportação, da Horta Grande seguem moran-

gos sobretudo para Madrid e para outros países na Europa, como por exemplo Inglaterra, Luxemburgo…Na região é possível encontrar os morangos da Horta Grande no Intermarché, na loja Raízes sediada no centro histórico da cidade, e também em alguma venda ambulante. Maria Inês admite que “gostava de vender mais em Portugal, porque era uma mais-

valia”, contudo a jovem empresária confessa que “o nosso sistema de produção é uma mais-valia para o morango e o preço que temos que praticar tem que ser mais elevado, e o mercado português não valoriza essa parte”. Quantos aos objetivos futuros, a jovem avança que “gostaria de aumentar a área da estufa, mas com outro produto, por exemplo, mais virado para a área das hortícolas”. Já em curso, a responsável refere que está a apostar no aproveitamento total do produto: “ com os morangos que estão mais maduros temos que fazer alguma coisa, não os vamos deitar fora, então optámos por fazer compotas e vinagrete. De morangos esmagados fazemos um xarope concentrado, tipo groselha, que se utiliza muito nos gins e nesse tipo de bebidas, fica logo com um sabor diferente”, finaliza. Joana Margarida Carvalho

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REGIÃO 15

DEZEMBRO 2015

Rui Santos reeleito presidente da Comissão Política do PSD de Abrantes

O H o t e l Tu r i s m o d e Abrantes, que se encontra encerrado há um ano, vai reabrir em 2016, segundo deu a conhecer a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque. Maria do Céu Albuquerque afirmou que “queremos responsabilizarmo-nos para que este processo possa acontecer de forma rápida porque sentimos falta de uma unidade hoteleira a funcionar aqui na cidade”. “Há intenção de recuperar rapidamente o imóvel e abrilo durante o ano de 2016. O projeto de arquitetura e engenharia para a recuperação já está a ser feito e já há várias propostas de financiamento”, adiantou a autarca. A presidente da Câmara anunciou também que o promotor irá avançar com a recuperação do espaço, dos seus 44 quartos e restantes salas, pedindo a passagem de três para quatro estrelas.

Rui Santos foi reeleito no sábado presidente da Comissão Política do PSD em Abrantes, depois de ter sido eleito para o cargo em janeiro de 2014. O mandato é válido por dois anos, até 2017, ano em que decorrem eleições autárquicas. No ato eleitoral participaram 45% dos militantes do PSD de Abrantes, com capacidade eleitoral ativa. Sob o lema “Abrantes terá um Rumo com Futuro”, Rui Santos avançou que vai trabalhar “ com a mesma base de trabalho e praticamente com a mesma equipa que estava em funções, desta vez com 13 pessoas”. Para o presidente da Comissão Política, “Abrantes precisa de ter um novo rumo e futuro, precisa de voltar a ser posta no panorama a nível nacional”. Para concretizar este feito, Rui Santos quer “nestes próximos dois anos, vamos fazer uma oposição mais cerrada, mais do que

Joana Santos

Hotel Turismo de Abrantes voltará a abrir em 2016

A autarca falou que numa fase posterior à recuperação do imóvel, e após o alargamento do número de quartos, as piscinas antigas serão utilizadas para “acrescentar valor a este projeto tão importante para a nossa região”, acrescentou a presidente da câmara. O contrato de aluguer foi assinado dia 2 de novembro, com a duração de 15 anos, com o grupo Luna Hotéis que irá assumir a gestão do espaço, e o Turismo Fundos, proprietária do hotel. Recorda-se que o Hotel Turismo de Abrantes está en-

cerrado desde o dia 31 de março de 2014, depois de o plano de viabilização da unidade ter sido recusado pelos credores. “O que podemos acrescentar nesta fase é que temos reunido desde 2009 com o grupo Luna Hotéis, a partir do momento em que o grupo manifestou preocupação em abrir uma unidade hoteleira para reestruturação do projeto”, referiu Maria do Céu Albuquerque. Marta Rainho Aluna Comunicação Social ESTA

temos feito. Ao longo destes anos as nossas propostas têm sido sistematicamente chumbadas e reprovadas e entendemos que a partir deste momento não faz sentido estarmos a fazer propostas em sede de sessões de câmara ou da Assembleia Municipal. As nossas propostas terão de ser feitas na rua, junto dos cidadãos”. Entre as áreas que a Comissão Política se propõe a trabalhar está a política fiscal e a política de investimentos levada a cabos pela maioria socialista. Quando questionado se será o candidato do PSD às eleições autárquicas

em Abrantes, o responsável adiantou que “é prematura estar a falar de candidatos”. Rui Santos vai contar na sua equipa com António Manuel Santos Lopes, Luís Filipe Murra Inácio, José Maria Azevedo de Carvalho, Susana Baptista Martins, António da Fonseca Ataíde CastelBranco, Sónia Ercília Alves Anastácio Frade, Carlos Manuel de Melo Dias Ferreira, João Francisco Salvador Fernandes, Helmut Martins Saraiva, Ana Sofia Chambel Dias, Pedro José Fernandes Pereira Coelho e João Miguel da Conceição Salvador. Joana Margarida Carvalho PUBLICIDADE

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16 NATAL

DEZEMBRO 2015

CRÓNICA

E se por um momento pensássemos no verdadeiro significado da palavra solidariedade e refletíssemos sobre o motivo pelo qual se associa este valor ao Natal? Será que o natal é mesmo uma época de solidariedade? Ou apenas banalizamos as palavras e os conceitos?

Simples é fazer a lista das pessoas que conhecemos, ou aquelas que não conhecemos, que não nos são nada, mas com as quais nos sentimos na obrigação de oferecer “qualquer coisa” porque fica bem. Simples é ir ao centro comercial, ou à loja do centro da cidade, fazer as compras dos presentes e ouvir a mesma música sentimental desta época. Simples é estar a olhar para a televisão e sermos espectadores daquilo a que chamam solidariedade nos programas dos hospitais, e acre-

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ditar que os doentes são mais felizes com aquelas três horas de animação e música em playback – com certeza é um dia diferente e de muito entusiasmo, e que lhes faz muito bem. Simples é ir à missa do galo e sentir a emoção de reviver aquela noite em que Cristo nasceu juntamente com a necessidade de salvar o mundo – parece que todos os anos há uma tentativa. Simples é combinar, até porque já está automaticamente combinado, com a família, como vai ser a Ceia de Natal e o almoço do dia 25 de Dezembro – talvez os momentos mais felizes e verdadeiros do Natal. Simples é fazer do Natal uma época de consumismo e de uma solidariedade de espetáculos, parece um cliché, mas é disto que se trata. Todos os anos. Todos os Natais. Todas as famílias. Todos os grupos de amigos. To-

dos os presentes. Todos os hipermercados. E claro está, é bonito, emocionante e trás muitas alegrias. Todos nós nos lembramos dos semabrigo, dos idosos que estão sozinhos, das famílias e crianças pobres, dos doentes que estão nos hospitais, das pessoas que já não estão entre nós e que nos são queridas, dos que tiveram que emigrar, das guerras das religiões, dos refugiados, e de tantas outras situações que são de uma tristeza profunda quando estão próximas de nós. A verdade é que o Natal é uma época propícia a avivar estas angústias da humanidade, e é ótimo que assim seja e que a solidariedade predomine nesta altura, mesmo que a par e passo com o consumismo, que acaba por ser aquilo que dá alegrias a muitos de nós. Então e o resto do ano? Continuam a haver pes-

Marta Rainho;

O Natal em 365 dias

soas sem casa, doentes nos hospitais, famílias e crianças pobres, idosos sozinhos, pessoas que emigraram, a guerra ativa, os refugiados com medos próprios de uma fuga, e o esquecimento, para a maior parte de nós, da tal solidariedade.

E se o Natal passasse também a ser uma data para relembrar todos os momentos de solidariedade que fizemos durante o ano. Não é preciso muito. Se todos olharmos para uma pessoa que precise de nós, e soubermos dar um abraço, um

sorriso, ou um leite quente, nem que seja uma vez por ano, a solidariedade vai prevalecer. E vamos ser tão felizes durante 364 dias, como no Natal. Feliz Natal!

Cristiana Seroto


NATAL 17

DEZEMBRO 2015

As mensagens dos nossos autarcas Natal é tempo de paz, de luz. De fé Nestes tempos difíceis em que vivemos e em que diariamente somos confrontados com notícias de um mundo onde o medo, a fome, o desespero, a intolerância parecem não parar de crescer, desejo profundamente que a época natalícia que se aproxima nos possa trazer de novo a esperança num mundo melhor. Um mundo onde todos e todas, independentemente do seu credo, sintam o conforto da presença dos que amam e, nesse conforto, encontrem a serenidade e a força para renovar dia a dia essa esperança. Nas nossas casas, em família, junto daqueles que mais amamos, que seja um tempo de paz interior. Como disse Miguel Torga, que seja um tempo “cúmplice do milagre, que acontece todos os anos e em todas as nações”. Maria do Céu Albuquerque, Presidente da CM de Abrantes

“Ninguém o viu nascer. Mas todos acreditam Que nasceu. É um menino e é Deus. Na Páscoa vai morrer, já homem, Porque entretanto cresceu E recebeu A missão singular De carregar a cruz da nossa redenção. Agora, nos cueiros da imaginação, Sorri apenas A quem vem, Enquanto a Mãe, Também Imaginada, Com ele ao colo, Se enternece E enternece Os corações, Cúmplice do milagre, que acontece Todos os anos e em todas as nações”

Aproxima-se a quadra natalícia! Em meu nome pessoal e no da Câmara Municipal de Constância dirijome a todos vós para vos desejar que os sentimentos próprios desta quadra sejam vividos com intensidade e vos animem nos restantes dias do ano que aí vem. Bem sei que não é fácil esquecer as agruras da vida, principalmente as que não conseguimos controlar e tanto nos fazem sofrer. Mas também sei que as luzes, a música natalícia e a alegria das crianças nos dão força para encararmos o futuro com esperança, aquela esperança que um nascimento – um natal – sempre representa. Neste Natal também pretendo lembrar todas as vítimas dos conflitos internacionais, quando a intolerância levada ao extremo vitimiza tantos inocentes. Não estando na nossa mão tomarmos medidas que acabem com esta violência, à qual não podemos ficar indiferentes, resta-nos acreditar que, à semelhança da família de Nazaré, seja cada família um exemplo de união, compreensão, tolerância e amor pelo próximo. E é isso mesmo que desejo: que a paz, a tolerância, a fraternidade e o amor reinem no seio das famílias, das organizações e da nossa comunidade. Feliz Natal! Júlia Amorim, Presidente da Câmara

Uma mensagem de esperança O Natal é, por si só, uma época em que a Fraternidade e a Solidariedade se fazem sentir com mais força. Mas o Natal deve ser, sobretudo, sinónimo de Esperança porque é a Esperança que mantém viva e acesa a nossa capacidade de acreditar, lutar e resistir. Tenho consciência que muitos são os que passam por dificuldades neste momento e é, para todos eles, que deixo estas palavra de ânimo e fé. O Município de Sardoal, dentro das suas competências e na sua área de atuação, continuará a desenvolver projetos sociais e solidários que possam minimizar as situações mais graves e injustas. Em meu nome pessoal, e no do Município de Sardoal, desejo aos leitores do Jornal de Abrantes em geral, e aos Sardoalenses em especial, um Feliz Natal e que o Novo Ano possa corresponder às melhores expectativas. Que os símbolos desta época nos ajudem a acreditar num futuro melhor! António Miguel Borges, Presidente da Câmara Municipal de Sardoal

Continuaremos a trabalhar com convicção e entusiasmo

Com o aproximar da época Natalícia e toda a alegria própria desta quadra, não podia deixar de desejar, em nome da Câmara Municipal e em meu nome pessoal, umas Festas Felizes a todos, recheadas de tudo o que transforma esta época na mais especial do ano: família, harmonia e espírito de união e paz. Desejo igualmente que este Natal possa trazer grandes momentos de alegria e fraternidade, aproveitando ainda esta via para transmitir uma mensagem de esperança e confiança para o futuro, formulando os mais sinceros votos de felicidades nesta quadra Natalícia e próspero ano de 2016. A todos desejo um Santo e Feliz Natal!

Caros munícipes e amigos, Numa época marcada pela austeridade material, vamos dar ao próximo, neste período festivo, o melhor que a humanidade tem - a amizade, o amor e a paz. Num mundo estigmatizado pelos atos de ódio e de terrorismo, vamos continuar com o nosso modo de vida livre e solidário e dar as mãos a quem mais precisa. Em 2016, em Vila Nova da Barquinha, vamos apostar no turismo e na regeneração urbana das nossas freguesias. Vamos lutar por uma melhor educação das nossas crianças, mais desenvolvimento económico, mais emprego, mais qualidade de vida. Que seja um ano cheio de energia para concretizar os projetos, materializar as ideias e realizar todos os sonhos. Que sejam dias de felicidade. O futuro será aquilo que quisermos que seja. Para todos, um natal recheado de sorrisos e um excelente novo ano!

Caros(as) Amigos(as), Nesta quadra natalícia, os meus votos são naturalmente de alegria, saúde, de esperança para todos, assim como de união e, sobretudo, de tolerância. Nos tempos que se vivem atualmente impõe-se que sejamos tolerantes no nosso diaa-dia e que haja respeito recíproco entre as pessoas. Considerando a conjuntura mundial atual gostaria, de facto, que a tolerância entre os povos configurasse um novo paradigma, sem ser preciso abdicar dos seus valores essenciais. Pode soar a utopia, mas quem não almeja a paz e a solidariedade? Particularmente para os Maçaenses e, enquanto autarca, reitero a minha determinação em proporcionar sempre o melhor aos Munícipes do nosso Concelho. O Executivo Municipal não deixará de estar ao lado da população e, apesar dos constrangimentos com que nos deparamos diariamente, continuaremos a trabalhar com convicção e entusiamo para concretizar os projetos a que nos propomos. Ao nível da região do Médio Tejo manteremos o espírito de trabalho em rede para levar a bom porto as ações intermunicipais em prol do desenvolvimento regional. Boas Festas e um Excelente 2016 são os meus sinceros votos para todos os Maçaenses, Amigos de Mação e toda a região do Médio Tejo.

Ricardo Aires, Presidente da CM de Vila de Rei

Fernando Freire, Presidente da CM de VN Barquinha

Vasco Estrela,, Presidente da CM de Mação

O futuro será aquilo que quisermos que seja Miguel Torga

Uma mensagem de confiança

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20 REGIÃO

DEZEMBRO 2015

CRÓNICA

Abrantes e os grandes feitos desportivos O desporto leva a que na população desperte o interesse de forma mais intensa, sendo visto como um dos principais caminhos para a identificação colectiva, afirmação e distinção social. Hoje falaremos de atletas que conquistaram grandes feitos desportivos, o que é extremamente difícil, porque são vistos de forma diferente. Proponho-me a falar de atletas abrantinos que se notabilizaram internacionalmente. Começo pela canoísta Francisca Laia, futura médica, de apenas 21 anos, que integrou a formação nacional de K4 200m, tendo conquistado o ouro e o bronze em k4 500metros, na Taça do Mundo de velocidade disputada em Montemor-o-Velho. Uma atleta que começou a dar nas vistas nos escalões jovens, tendo conquistado os dois bronzes no Europeus de Juniores em K1 200me-

tros, em 2011 e 2012. Para enumerar todas as conquistas desta abrantina, seriam necessárias muitas linhas, porque ela já fez subir a bandeira nacional inúmeras vezes nos mastros das competições. Assim, apenas falarei dos seus últimos feitos, Mundiais de Sub-23 onde conquistou a medalha de prata de K1 200metros no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho e na mesma especialidade na Roménia, o bronze no Campeonato da Europa de Sub23, tendo sido suplantada por uma atleta dinamarquesa e outra russa. Susana Estriga é outra atleta que tem no atletismo a sua paixão. Natural de Tramagal, treinadora da Secção de Atletismo do Sporting Clube de Abrantes e atleta do JOMA-Juventude Operária de Monte Abraão, Sintra. Desde 2011, iniciou a sua participação nos Cam-

peonatos Europeus e Mundiais de Veteranos, escalão 35 a 40 anos, tendo obtido a partir daí diversos títulos de campeã nacional, nomeadamente nas especialidades de 80, 100 e 400m barreiras e 100, 200 e 400m planos. A atleta tramagalense, após conquistar no ano passado o título de campeã europeia nos 100 e 400m barreiras, na Turquia, conquistou, este ano, duas medalhas de prata no Campeonato do Mundo de Veteranos (V40) nas especialidades de 80 e 400m barreiras, que decorreu em Lyon, França. São estes feitos que levam os adeptos a motivar o atleta, para que possa melhorar a sua performance. Por fim, atribuo todos os títulos ao blogue Desporto em Abrantes. Um blogue que desenvolve um trabalho notável na divulgação das actividades desportivas do concelho de Abrantes e

fora deste. Foi há 4 anos que nasceu pela persistência de um homem, Carlos Soares, que de uma forma inteligente construiu aquilo que é hoje o maior veículo de informação desportiva, com actualizações diárias e notícias para além de 40 modalidades. Carlos Serrano

• Susana Estriga

• Francisca Laia

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Partiu à frente, o Eng. Bioucas José dos Santos de Jesus, ou Eng. Bioucas, ou Zé Bioucas como gostava de ser e era respeitosamente chamado, faleceu a 3 de novembro último, com 87 anos (n: 1928). Habituámo-nos a vê-lo à frente. Primeiro, das suas aulas, na Escola Industrial e Comercial de Abrantes, desde o seu início. Depois, da Câmara de Abrantes. Finalmente, à frente do CRIA. Participou na Comissão Administrativa da Câmara de Abrantes como vogal, desde o início (17 julho 1974), onde assumiu o pelouro das águas, eletricidade, parque de máquinas e oficinas. A 2 de Junho de 1976 passa a presidente da mesma Comissão Administrativa. A 12 Dezembro desse ano, nas primeiras eleições autárquicas, conquista, pelo PS, a presidência da Câmara e ali permanece até 3 de Janeiro de 1990. Estes foram anos tão difíceis que não é fácil hoje imaginar. Era o tempo em que

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faltava tudo, mas as pessoas sentiam que tinham direito a tudo, e já. Foi ao Eng. Bioucas que coube uma dupla tarefa: por um lado, trabalhar sem descanso para que as coisas se fossem fazendo o mais rapidamente possível, por outro dialogar com as populações por vezes mais ou menos em fúria, por exemplo por falta de água. Acresce que naquele tempo “não havia dinheiro”, era necessário ir conquistá-lo aos ministérios, em Lisboa.

Além disso, vínhamos de um regime autoritário, onde a democracia e as suas regras não eram praticadas. Agora, tinham de ser inventadas e aprendidas. O Eng. Bioucas foi, então, um homem aberto, dialogante, humilde no seu fato de macaco e mãos na obra, e capaz de se entregar verdadeiramente à causa pública do seu concelho. E os seus munícipes reconhecem-lhe, ainda hoje, essa entrega. Quando em 1989 perdeu as eleições para a Câmara, retirou-se sem amargura, deixando o terreno livre ao seu sucessor. Entregouse, então, à presidência do CRIA, que havia ajudado a criar (1977) e em cuja gestão sempre participou. Ali se manteve, com trabalho e ternura, até que a idade lhe aconselhou a passar a pasta a outros. E assim fez. Esta é outra obra, de interesse público, que ficamos, em muito, a dever-lhe.

Em síntese, o Eng. Bioucas esteve sempre “à frente”, em lugares em que os destinos do seu concelho e da sua região se construíam e discutiam. Fez, apesar do lugar comum, uma vida de trabalho ao serviço de todos nós. Isso mesmo lhe foi reconhecido no galardão “personalidade”, atribuído na Gala Antena Livre e Jornal de Abrantes em Abril passado, com enorme aplauso da assistência, e em que ele, emocionado, se “despediu” da sua gente. Não foi um homem perfeito e intocável, que ninguém o é, mas foi claramente um homem decisivo e com uma estatura humana infelizmente pouco vulgar. Como ficou também expresso no seu funeral e nas manifestações decorrentes da sua morte. Agora que partiu à nossa frente, resta-nos dizer-lhe “Obrigado”, guardar a sua memória e dar continuidade ao seu trabalho. Alves Jana


SAUDE 21

DEZEMBRO 2015

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Nunca é tarde demais... não desista! O tabagismo é considerado pela OMS a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Estima-se que 1/3 da população mundial é fumadora. Na Europa, o consumo de tabaco é responsável por um milhão e duzentas mil mortes anuais com tendência a aumentar. Em Portugal, esta prática atinge cerca de 20 a 25% da população com predomínio da população masculina. O tabagismo causa graves problemas de Saúde Pública, pela diminuição da qualidade e duração de vida, mas também por ser um fator de risco tanto para o fumador como para os que se encontram expostos ao fumo passivo. Quem fuma, tem, em média, menos 10 anos de vida, pois as substâncias do fumo do tabaco afetam órgãos importantes tornando o organismo mais frágil. O tabaco é responsável por: • 25 a 30% da totalidade dos cancros • 80% dos casos de Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva • 75 a 80% dos casos de Bronquite Crónica • 90% dos casos de Cancro do Pulmão • 20% dos casos de Doença Coronária As Doenças Cardiovasculares são duas a quatro vezes mais frequentes nos fumadores. Deixar de fumar é assim a medida pre-

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22 CULTURA

DEZEMBRO 2015

Sérgio Godinho apresenta livro Vida Dupla em Abrantes Por ocasião da comemoração dos 41 anos da Revolução de Abril, Sérgio Godinho atuou no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, apresentando um repertório representativo da sua longa car-

reira. Passados oito meses, o cantor está de volta à cidade abrantina, desta vez para apresentar o livro Vida Dupla, na Biblioteca Municipal, dia 17 de dezembro, às 21h30.

AGENDA DO MÊS Em Vida Dupla, Sérgio Godinho conta, na primeira pessoa, uma série de 9 histórias, num mosaico em que as figuras se desdobram de pessoas comuns em fantasiosas personagens (e vice-versa).

Imortalidade da canção francesa no piano do Maestro António Victorino d’Almeida António Victorino d’Almeida e Nádia Sousa sobem ao palco do Cineteatro São Pedro, em Abrantes, para juntos celebrarem a canção francesa. O pianista encontra-se com a voz de Nádia Sousa no espetáculo “Pequena História da Canção Francesa”, no dia 11 de de-

zembro, às 21h30. Será uma viagem até à primeira metade do século XX com paragem obrigatória nos temas de Jacques Brel, Léo Ferré, Charles Aznavour, sem esquecer Édith Piaf, nomes responsáveis pela imortalidade da “chanson”.

Os bilhetes para o espetáculo custam 10€ e encontram-se à venda no Welcome Center (Loja de Turismo), na bilheteira onlinee no Cineteatro São Pedro, no dia do espetáculo.

Abrantes Até 31 de dezembro – Exposição “Sociedade de Instrução Musical Rossiense - 100 anos a dar música” – Biblioteca Municipal António Botto Até 31 de dezembro – VII Antevisão do MIIA “O homem e o território. 7000 anos de estratégias de ocupação do território de Abrantes” – Museu D. Lopo de Almeida 5 de dezembro – “Ler os nossos” com Ilda Ruivo. Apresentação do livro “Pétalas ao sol” – Biblioteca Municipal António Botto, às 11h 5 de dezembro a 15 de janeiro de 2016 – Exposição coletiva de fotografia, por autores da região – Quartel, Galeria Municipal de Arte 9 de dezembro – Ópera ligeira infantil “À procura de um pinheiro”, com interpretação de Marta Presume – Biblioteca Municipal António Botto, às 10h30 10 de dezembro – Encontro Infantojuvenil com o escritor António Torrado – Escola António Torrado (11h) e Biblioteca Municipal António Botto (14h30) 10 de dezembro – “Ler os nossos” com Carlos Lopes Bento – Biblioteca Municipal António Botto, às 18h 11 de dezembro – Maestro Vitorino de Almeida com o espetáculo “Pequena História da Canção Francesa” – Cineteatro São Pedro, às 21h30 – 10€ 17 de dezembro – “Entre nós e as palavras…” com Sérgio Godinho. Apresentação do livro “Vida Dupla” – Biblioteca Municipal António Botto, às 21h30

Constância 5 de dezembro a 3 de janeiro de 2016 – Exposição e venda de peças natalícias – Posto de Turismo 7 de dezembro – “Gostar de Constância”, com várias atividades e convidados – Cineteatro Municipal, às 20h30

Mação 7 de dezembro a 8 de janeiro de 2016 – 6.º Concurso de Presépios em Espaço Público – Por todo o concelho

Sardoal Até março de 2016 – Exposição “No Fio do Azeite” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente 5 de dezembro – Espetáculo “Amália numa grande noite” com a fadista Joana Cota – Pavilhão da Associação Recreativa da Presa, Alcaravela, às 20h – 13€ e 15€

Vila de Rei Até 31 de dezembro – Exposição “Rosa dos Ventos”, trabalhos elaborados pelos alunos do 7.º ano na disciplina de Geografia – Museu da Geodesia Até 31 de dezembro – Exposição “A Antiga Filarmónica de Vila de Rei” – Museu Municipal Até 6 de janeiro de 2016 – Exposição do IX Concurso de Presépios - Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 3 de dezembro a 6 de janeiro de 2016 - Venda de Natal, trabalhos elaborados pelos utentes da Fundação Garcia – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da Barquinha Até 31 de janeiro 2016 – Exposição “Manual de Conversação (Revisto e Aumentado)”, de Henrique Ruivo – Galeria do Parque Até 6 de dezembro – Mostra Gastronómica “À mesa com azeite” – Restaurantes aderentes do concelho 13 de dezembro - Festival de Sopas - Clube União de Recreios, Moita do Norte 19 de dezembro - XVI Natal da Criança - Clube União de Recreios, Moita do Norte

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ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho

ORTOPEDIA Dr. Matos Melo

OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi

CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa

MISSA DE 13º ANIVERSÁRIO

DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva

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Porque a dor é grande E a perda irreversível Resta-nos a memória Dos momentos que vivemos contigo

GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira

PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia

NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro

NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes

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NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

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CARTÓRIO NOTARIAL TOMAR Notária Paula Cristina Viegas Rodrigues Ferreira EXTRACTO Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de Justificação de 30/09/2015 exarada a folhas 134, do Livro de Notas n.º 71, deste Cartório, compareceram como outorgantes: ZULMIRA MARIA PIRES, NIF 173.102.107 e marido JOÃO ROSA ANTÓNIO, NIF 173.102.123, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Aldeia do Mato, concelho de Abrantes, residentes na Rua Quinta das Gorduchas, Estrada do Barreiro, n.º 8 A, Tomar. Declararam que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, sito na Rua das Fontes, Medroa, União das freguesias de Aldeia do Mato e Souto, concelho de Abrantes, composto por casa de habitação de résdo-chão, com a superfície coberta de 64,00 m2, a confrontar de todos os lados com Zulmira Maria Pires, ora justificante, inscrito na matriz sob o artigo 308, com o valor patrimonial tributário e atribuído de € 1.550,00, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes. Que, o referido prédio veio à sua posse, em 1985, por partilha verbal realizada por óbito da avó da ora justificante, Justina Maria, viúva, com última residência em Medroa, Aldeia do Mato, Abrantes, após o que, de facto, passaram a possuir o aludido prédio em nome próprio, tendo pago desde sempre os respectivos impostos, dele usufruindo e utilizando-o para os fins a que se destina, limpando-o ou mandando limpar, posse que sempre foi exercida por eles de forma a considerarem tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercerem um direito próprio sobre coisa própria. Que, esta posse assim exercida ao longo de 32 anos se deve reputar de pública, pacífica e contínua. Assim, na falta de melhor título, eles outorgantes adquiriram o mencionado prédio para o seu património, por usucapião, que aqui invocam, por não lhes ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme. Tomar, 30 de Setembro de 2015 A Colaboradora Autorizada, SÍLVIA LOPES FERREIRA, n.º de inscrição na Ordem dos Notários: 294/01 (Por delegação de poderes, da notária Paula Cristina Viegas Rodrigues Ferreira, publicitada no sítio da Ordem dos Notários em 31/01/2011)

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2015 De acordo com o disposto no artigo 31º. n.º1 alínea A dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral, em sessão ordinária, para o dia 19 de dezembro de 2015, sábado, pelas 14,30 horas, que terá lugar nas instalações do Centro de Dia, da ACATIM, no lugar das Aldeias, em Mouriscas, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto único: - Eleição dos membros do Órgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral. Para tanto convidam-se os associados e formarem listas de candidaturas, tanto para os Órgãos Sociais, como para Mesa da Assembleia Geral. As listas são dirigidas ao Presidente da Mesa da Assembleia geral e entregues na Acatim até às 17,00 horas do dia 11/12/2015, acompanhadas dos respetivos programas. Se à hora indicada não se verificar a presença de mais de 50% dos Associados a Assembleia Geral funcionará meia hora depois com qualquer número de presentes. Mourisca, 26 de novembro de 2015 O Presidente da Assembleia Geral (Israel de Matos Dias)

Mesa da Assembleia Geral do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes Nos termos da alínea a) do número cinco do Artigo Décimo Quarto dos Estatutos do CRIA, por solicitação da Direção e pelo que me confere o número seis do mesmo artigo dos referidos Estatutos, convoco a Assembleia Geral dc sócios para uma reunião extraordinária a realizar no dia catorze de dezembro de dois mil e quinze, pelas 17 (dezassete) horas nas instalações do CRIA. Se à hora indicada não se registar a presença de metade, pelo menos, dos seus associados a Assembleia Geral reunirá, com qualquer número de associados, meia hora depois (número dois do Artigo Décimo Quinto dos Estatutos), com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto um - Informações; Ponto dois - Reestruturação das operações financeiras com a Banca I Aprovação das minutas de contrato propostas pela Caixa Geral de Depósitos. Abrantes 30 de novembro de 2015 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jorge Manuel do Carmo Beirão

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