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SETEMBRO 2013 · Diretora interina JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5511 · ANO 114 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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de
jornal abrantes
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Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha
Sardoal veste-se a rigor para as festas concelhias
Paulo Sousa
Entre os dias 19 a 22 de setembro, Sardoal promove uma mão cheia de atividades, da gastronomia ao desporto, da cultura à música, os festejos vão ser mote para uma animação constante. Aurea e Quem é o Bob? são os cabeças de cartaz! Também, o Festival Hípico e a já tradicional Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão são duas das atrações principais. Págs. 11 a 14
ENTREVISTA
ELEIÇÕES
EDUCAÇÃO
PSP de Abrantes aponta melhorias na segurança pública
Autárquicas em análise e novidades dos partidos
Mega-agrupamentos já implementados
Daniel Marques é o comandante da PSP de Abrantes. Apesar de ter tomado posse há relativamente pouco tempo, apresenta algumas melhorias na segurança pública e no decréscimo de furtos a residências. Pág. 3
Com a proximidade do dia 29 de setembro, dia das eleições autárquicas, o Jornal de Abrantes faz uma reflexão sobre as estratégias de comunicação dos candidatos em alguns concelhos. A análise foca-se nos outdoors espalhados na região. Págs. 4 e 5
Neste ano letivo Abrantes passa a ter apenas dois agrupamentos, que agregam todas as escolas do concelho, do préescolar ao secundário. São 4700 os alunos, centenas de assistentes e professores que desta forma veem alterados alguns dos pressupostos da escola pública. Pág. 8
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2 ABERTURA
SETEMBRO 2013
FOTO DO MÊS
de
jornal abrantes
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA Diretora interina Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Redação Hália Costa Santos (TE-865)
Tempo eleitoral
halia.santos@lenacomunicacao.pt
Joana Margarida Carvalho (CP.9319)
Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes @lenacomunicacao.pt
Redação Ricardo Alves (CP. 9685) ricardo.alves@lenacomunicacao.pt
Alves Jana, André Lopes, Francisco Rocha e Paulo Delgado
Publicidade
Francisco Rocha
joana.carvalho@lenacomunicacao.pt
Barreiras do Tejo - Um esgoto. Um emissário lança para o rio os dejetos da estação de recolha. Uma mancha com dezenas de metros.
INQUÉRITO
O que é que os próximos autarcas devem ter em conta no próximo mandato?
Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt
Secretariado Isabel Colaço
Design gráfico António Vieira
Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
Impressão Grafedisport, S.A.
Editora e proprietária Media On Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes
GERÊNCIA Francisco Santos Ângela Gil
Rafael Quinas
Elsa Pombinho
Abrantes, Estudante
Tramagal, Delegada Comercial
Maria Filomena Pereira Abrantes, Reformada
Penso ser cada vez mais importante definir uma estratégia de desenvolvimento do concelho, com mais envolvimento das pessoas, e dinamizando todos os sectores da região, como por exemplo as atividades culturais, ou o desenvolvimento da agricultura. Acho que era importante ouvir ainda mais as pessoas relativamente às decisões a tomar no sentido de recolher ideias.
Junto do governo, tentava que fosse reativado o projeto de conclusão do troço do IC9 ate Ponte de Sôr e a execução da ponte de ligação das duas margens do Tejo! Este eixo é primordial para o desenvolvimento do Nosso Concelho!
Com esta reforma das juntas de freguesia, começaria por aí mesmo. Fazer um inquérito para saber quem são realmente os seus residentes, como vivem ou o que precisam ou não. Ouvi-las de viva voz, e não se tomarem decisões sem realmente ouvir as pessoas na primeira pessoa. As pessoas estando bem, o resto acontece.
SUGESTÕES
Ana Margarida Lains da Silva Augusto
Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves info@lenacomunicacao.pt
Sistemas Informação Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 505 500 094 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia
jornaldeabrantes
IDADE 34 anos RESIDÊNCIA Lisboa PROFISSÃO Cantora UMA POVOAÇÃO Montalvo, a aldeia onde cresci. UM CAFÉ Bica de São Pedro em Sintra, e Pezinhos no rio em Constância PRATO PREFERIDO Muitos. Adoro comer. Destaco o Bacalhau à Brás da minha sogra UM RECANTO PARA DESCOBRIR Quinta do Agrinho no Ge-
rês UM DISCO O disco do ano, Desfado, Ana Moura UM FILME Billy Elliot de Lee Hall. Representa a força do querer e do acreditar! UMA VIAGEM Muitas... o mundo! Mas sonho com o Peru e Machu Picchu UMA FIGURA DA HISTÓRIA (E PORQUÊ) Nélson Mandela, por ter a grandeza de defender a humanidade como um todo. UM MOMENTO MARCANTE (E PORQUÊ) O nascimento da minha sobrinha. Mudou-me para melhor! UM PROVÉRBIO Não faças aos outros o que não gostarias que
te fizessem a ti! UM SONHO Acordar amanhã e deparar-me com o mundo perfeito que existe dentro de mim, onde as pessoas cuidam umas das outras. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO De manhã, descer o Zêzere em canoa e almoçar no D. Pinhão em Constância. Durante a tarde passear pelos recantos da bacia da barragem do castelo de Bode (Aldeia do Mato, Dornes, etc...) e acabar a tarde a jantar no complexo São Lourenço. No fim da noite, relaxar, sentado nas muralhas do castelo de Abrantes.!!! Perfeito!
Dentro de duas semanas vamos ter a responsabilidade de eleger quem vai dirigir os destinos da região. Num tempo de eleições, de democracia onde os cidadãos são chamados a decidir sobre o que deve ou não ser feito em prol do concelho onde habitam. Este é um momento decisivo ainda mais numa altura em que o país atravessa profundas dificuldades e está ainda a percorrer um longo e duro caminho, dentro desta crise que nunca mais tem fim. Nas nossas páginas continuamos a trazer a atualidade do que muitos candidatos prometem fazer e a forma como comunicam com os seus eleitores. Mas para além da política, continuamos a trazer às nossas páginas as vidas dos nossos concelho, do tecido empresarial, das festividades como é o caso de Sardoal, das várias organizações de âmbito público, privado e social. E é sobre estas realidades que recai a responsabilidade, a ação ou a falta de ação do poder local e central. São os nossos destinos que estão em jogo para os próximos anos. Tempos decisivos para a região, uma vez que se aproxima mais um quadro comunitário, mas também tempos difíceis, para a chegar ao fundo de um túnel que teima em não acabar. Ao longo destes quatro anos, os concelhos mudaram, alguns aproveitaram as suas potencialidades ao máximo, evoluíram! Outros foram vivendo! Mas o mais importante, é o agora, é o que está por fazer. Neste aspeto, quem for eleito tem responsabilidade acrescida, mas quem for opositor também, e o nosso papel aqui, também é crucial, pois na política local não se fazem milagres. Apesar do descontentamento geral com a política atual, não é tempo de ficar em casa, à espera que outros decidam o que deve ser e como deve ficar a nossa vida e o território onde estamos inseridos. A abstenção pode ser um facto considerável no próximo dia 29 de setembro, mas creio que todos compreendem a realidade, e a realidade é que se não cuidarmos daquilo que é nosso, ninguém mais o fará! Joana Margarida Carvalho
(diretora interina)
Nota: No próximo dia 24 de setembro pelas 22h00, no cineteatro São Pedro, a Rádio Antena Livre e o Jornal de Abrantes vão promover um debate autárquico com todas as forças politicas que se vão candidatar à Câmara Municipal de Abrantes. A moderação vai estar a cargo dos jornalistas Mário Rui Fonseca e Joana Margarida Carvalho. O debate será transmitido em direto em 89.7fm ou em www.antenalivre.pt!
ENTREVISTA 3
SETEMBRO 2013
“A segurança pública é um bem que não cabe apenas às instituições” RICARDO ALVES
Daniel Marques, 26 anos, é o Subcomissário que comanda a esquadra da PSP de Abrantes. Chegou em agosto de 2012 e aposta na proximidade entre a PSP e os cidadãos. O jovem comandante identifica as suas principais preocupações e aponta melhorias em diversas áreas, nomeadamente um decréscimo significativo em furtos a residências.
Como é que foi o seu percurso até chegar a Abrantes? Terminei o mestrado em Ciências Policiais e Segurança Interna no Instituto Superior da Polícia e iniciei funções na 16.ª esquadra na Zona J em Lisboa. Um ano depois lecionei Investigação Criminal na Escola Prática de Polícia de Torres Novas e voltei para uma esquadra da Amadora. Estive lá até me apresentar em Abrantes. O que identificou de mais problemático em Abrantes, que análise fez? Fiz um levantamento das dificuldades com na nossa atividade diária, na generalidade das competências da PSP. Identificámos alguns problemas e tentámos moldar todo o nosso policiamento, orientá-lo para os problemas existentes. E já que falamos de policiamento, foi reformulado o de proximidade e de visibilidade para que as pessoas se sintam mais seguras nos locais em que há maior número de trânsito de pessoas e bens, tentamos manter um policiamento visível. Essa visibilidade tem mais a ver com a prevenção? Obviamente, e a proximidade incide também sobre as classes de risco, os jovens, os idosos, classes mais vulneráveis, onde temos uma atenção especial. Programas como a Escola Segura, e o de Idosos em Segurança são exemplos dessa proximidade que queremos ter para com as classes mais vulneráveis.
Quando cá cheguei tentei redirecionar o policiamento e moldá-lo dessa forma e estamos a ter resultados positivos nessas vertentes e decorrentes disso.
distrito e é também uma das esquadras que tem vindo a registar um decréscimo mais acentuado na criminalidade. Obviamente que o facto de ser uma cidade pequena faz com que as pessoas facilmente passem informação entre si, basta conhecer uma situação ou outra pontual, e faz disparar o índice de insegurança. Mas não é mais que um empolamento. No entanto, trabalhamos todos os dias para contrariar esse sentimento.
A sua experiência em Lisboa, de alguma forma moldou a sua ação em Abrantes? Sim, foi uma experiência enriquecedora. As coisas aconteciam com uma velocidade muito maior do que acontecem cá. O número de ocorrências, obviamente, é totalmente diferente da realidade de Abrantes e é uma mais-valia na aprendizagem enquanto Comandante de uma esquadra. Como está a cidade em termos de segurança atualmente? Acho que a cidade é mais segura que há um ano. Identificámos problemas, nomeadamente na área da investigação criminal, no âmbito da sinistralidade rodoviária e também na proteção ambiental. Na vertente da investigação criminal um dos problemas com maior incidência eram os furtos em residências. Redirecionámos os nossos esforços de investigação para essa vertente e foram identificados dois grupos de indivíduos organizados que se dedicavam a esse ilícito criminal. Ambos foram intercetados e alguns desses indivíduos estão em prisão preventiva. Posso dizer que este tipo de criminalidade caiu cerca de 80%, o que é uma queda bastante representativa. Têm sido conhecidas algumas detenções relativas ao tráfico de estupefacientes, é um problema da cidade? É um problema real, preocupanos e tentamos minorar a atividade e temos vindo a ter resultados ultimamente, desde detenções a apreensões. Quais são as grandes preocupações com o trânsito? São sobretudo a sinistralidade rodoviária. Nos locais mais problemá-
Os radares na cidade são um bom modo de baixar a sinistralidade. Quais as maiores preocupações na área? A colocação de radares é um dado público. Hoje em dia até publicamos os locais na nossa página do facebook. Colocamos radares nas artérias onde estão os pontos negros. Não queremos que atuem apenas de forma repressiva mas também preventiva. O que me preocupa mais nem é isso, é a condução sobre o efeito do álcool, a condução sem carta, a existência de veículos alterados porque se dedicam ao que chamamos de street racing. Temos direcionado a nossa ação para estas três vertentes. Daniel Marques, comandante da PSP de Abrantes, pede colabo•ração da população
ticos, nos chamados pontos negros, tentamos baixar essa sinistralidade através de ações de fiscalização, ações de prevenção e da nossa presença diária nas artérias, através da visibilidade. E como tem corrido a ação da PSP nas escolas? É um problema que tem vindo a decorrer ao longo dos anos sem problemas de maior, pelo menos no último ano não tivemos situações problemáticas. Obviamente que existem crianças e jovens que apresentam alguns cuidados, são jovens de risco e nós temos isso em conta.
Como é a articulação com as outras entidades da cidade? Temos a Câmara Municipal, as instituições de apoio social, os tribunais, também a GNR, que partilha a segurança do concelho connosco, e são instituições com que diariamente mantemos estritas e produtivas relações. Como explica algum sentimento de insegurança por parte de algumas franjas da comunidade? O sentimento de insegurança não é possível de quantificar. Existem pessoas que se sentem seguras e outras que não. Abrantes é uma das esquadras com índices de criminalidade denunciada mais baixos do
A proximidade também tem muito que ver com os cidadãos? Não estamos sozinhos. A segurança pública é um bem que não cabe apenas às instituições e aproveito a deixa para solicitar a colaboração da população civil na causa que é a segurança pública. E podem participar fazendo chegar até nós informações, sugestões e até críticas. Nós temos o mail da esquadra - abrantes.santarem@psp.pt através do qual podem contactarnos. Para problemas urgentes ou de maior gravidade eu recebo sempre as pessoas no meu gabinete. Estamos sempre abertos e isso é um grande contributo que a população nos pode dar.
jornaldeabrantes
4 AUTÁRQUICAS
SETEMBRO 2013
Se eu não votar por mim, quem votará? Nível de abstenção nas Eleições Autárquicas de 2009 foi de 41%. É em dia de eleições que se decide o futuro de milhões de portugueses(as) A equação é simples: quem tem mais votos ganha, vê ser-lhe reconhecida a legitimidade para governar, gerir e traçar a realidade das comunidades, neste caso, das autarquias e suas freguesias. No dia 29 de setembro a decisão está nas mãos dos cidadãos. Em 2009, o distrito de Santarém registou uma abstenção muito similar à nacional: 40.1%. Olhando para os resultados a nível concelhio, há casos que fogem claramente à média distrital. Desde logo Mação, concelho que registou «apenas» 23.3% de abstenção, se guindo-se Sardoal (23.88%) e Constância
(26.5%). Por outro lado, os restantes concelhos abrangidos pelo Jornal de Abrantes, no distrito de Santarém, registaram níveis muito próximos da média nacional. Vila Nova da Barquinha registou 39.95% de abstenção, seguido de Abrantes com 39.21%.
Vila de Rei, concelho do distrito de Castelo Branco, esteve longe dos níveis médios nacionais com 27.56%. o distrito de Castelo Branco registou 37.52%. Abstenção estabilizou Protesto ou alienação da responsabilidade dos cidadãos são duas das explicações para a abstenção. A
Candidatos às Câmaras Municipais abstenção em Portugal, nas autárquicas, nunca registou diferenças percentuais de grande monta. Desde 1976 (35.34%) até 2009, o nível estabilizou entre os 36% e os 41% das mais recentes eleições autárquicas. O ano de 2009 marca o valor mais elevado de sempre de abstenção. Foram mais de 3.8 milhões eleitores que não marcaram presença nas urnas de voto. A nível nacional o destaque vai para o distrito de Braga, com a abstenção mais baixa de 2009, com 32.17%, seguido de Por talegre (33.23%) e Guarda (35.02%). Do lado oposto, bem acima da média nacional, o distrito de Setúbal, com 50.4% de abstenção. Ricardo Alves
No dia 29 de setembro há alterações forçadas. A lei de Limitação de mandatos dita a saída de Miguel Pombeiro em Vila Nova da Barquinha, Saldanha Rocha em Mação, Fernando Moleirinho em Sardoal e Irene Barata em Vila de Rei. Haverá mudança de cores políticas na região? Certamente. Difícil é prever em quantos concelhos. Os candidatos às Autarquias são os que a seguir apresentamos. No dia 29 de setembro, no início de noite, já o mapa político estará pintado. São os cidadãos que decidem.
Abrantes M aria do Céu Albuquerque (PS); Elza Vitório (PPD-PSD); Avelino Manana (CDU); Manuel António (BE) e Luís Miguel Reis (CDS-PP).
Constância Júlia Amorim (CDU); António Mendes (PS); José Alves da Luz (PPD-PSD); Adelino Gomes (CDS-PP/MPT).
Mação Vasco Estrela (PPD-PSD); Nuno Neto (PS); Maria Arminda Santos (CDU).
Sardoal Miguel Borges (PPD-PSD); Fernando Vasco (PS); Jorge Ferreira (CDU); Rui Miguel Serras (GIS).
Vila Nova da Barquinha Fernando Freire (PS); Luís Valente (PPD-PSD); Ana Paula Pinto (CDS-PP); Maria José Martinho (CDU).
Vila de Rei Ricardo Aires (PPD-PSD); Ana Pires (PS); Carlos Batata (CDS-PP); Carlos de Almeida (CDU)
PSD apresentou candidatos aos órgãos autárquicos
Partido Socialista aceita impugnação de Luís Valamatos e quer dar resposta nas urnas
A sessão pública de apresentação dos candidatos do PSD às próximas eleições autárquicas teve lugar na passada quarta-feira, dia 28 de agosto, na escadaria do Jardim do Alto de Santo António. Marco António Costa, vicepresidente do PSD e Octávio Oliveira, Secretário de Estado do Emprego foram as figu-
O PS decidiu não recorrer da decisão do Tribunal de Abrantes sobre o pedido de impugnação que o BE apresentou em relação à inelegibilidade de Luís Valamatos – presidente da Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo há mais de três mandatos – como candidato à União de freguesias de Rossio ao Sul do Tejo e São Miguel do Rio Torto. Os socialistas optaram por não recorrer da decisão do Tribunal abrantino, recurso que teria de ser efectuado junto do Tribunal Constitucional, e avançaram com o nome de Luís Teixeira Alves. Bruno Tomás explicou à Antena Livre o que esteve na base desta decisão, ressalvando em primeiro lugar que “o PS tinha a convicção que, avançando com a apresentação de Luís Valamatos, numa nova freguesia, num novo território administrativo, dava garantias para prestar um bom serviço à população”.
ABRANTES
jornaldeabrantes
ras nacionais que marcaram presença na iniciativa. Manuela Ruivo, a presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Abrantes e candidata à presidência da União de Freguesias de Abrantes (S. Vicente e S. João) e Alferrarede, teceu fortes críticas ao que considera ser uma “onda de medo que amarrou as pessoas, as associa-
ções e funcionários com os seus tentáculos impedindo a construção de candidaturas de qualidade em todas as freguesias”, referindo-se ao partido no poder, o PS. Elza Vitório, a candidata à Câmara, afirmou estar em “estado de missão”, propondose “servir o concelho, com o “saber que fomos adquirindo ao longo das nossas vidas, é
o ingrediente fundamental para que nos sintamos capazes neste grande desafio”. Sobre a cidade, que considera “bonita”, a candidata considera no entanto, ser “uma cidade sem centro, sem comércio, sem vida”, defendendo o seu futuro e “uma política de afetos, em que as pessoas contem e participem. Um concelho inclusivo”.
O presidente da concelhia do PS de Abrantes afirmou que “decidimos não avançar com o recurso mas sim com um outro nome”, pois segundo o dirigente, “o PS não quer prejudicar o ato eleitoral e a democracia”. Luís Valamatos passa de número um na lista para número quatro e, apesar de o candidato ser outro, Bruno Tomás defende que é a equipa que mais importa, “todas as listas e candidaturas do PS são de equipa, principalmente nestas agregações que nos foram impostas pelo governo”. Sobre a ação do BE que tem pedido a impugnação de várias candidaturas, um pouco por todo o país, Bruno Tomás afirma “que têm toda a legitimidade para o fazer mas a resposta será dada no dia 29 de setembro pelas pessoas”.
AUTÁRQUICAS 5
SETEMBRO 2013
IMAGENS DE CAMPANHA
Não basta ser, também é preciso parecer Rodrigo Saraiva deixa pistas sobre que características uma campanha de sucesso deve ter. “Acima de tudo devem ter bom senso e simplicidade, um cuidado em todos os pormenores, desde a escolha dos elementos gráficos, à fotografia e lettering. E não causar ruído em torno do que for central, que normalmente é a mensagem”. Rodrigo Saraiva não crê que a imagem faça ganhar votos “mas pode fazer perder. É importante não cometer erros. Mas acima de tudo, focando em cartazes, a imagem, a presença nas ruas, nos vários canais, serve para ajudar a criar dinâmica de campanha”. São muitos os bons e maus exemplos que Saraiva guarda na memória. “Recordo muito pela positiva, nas eleições autárquicas de 2005, o primeiro cartaz de Carmona Rodrigues com o slogan “vamos a isto Lisboa” e em que aparecia o candidato a arregaçar as mangas da camisa. O resultado foi tão bom que em 2009 foram vários os candidatos a optar por fotografias semelhantes. E ainda em 2005 um cartaz de Isaltino Morais, que tinha a fotografia do candidato entre o www.e o “.net”. qualquer pessoa lia ali o endereço www.isaltino. net, algo só possível num candidato de elevada notoriedade”. Em ambos os casos, o que ressalta é o facto de fazerem algo fora do habitual, que arriscam. E uma má imagem, pode vincular negativamente uma campanha de boas ideias? “Como diz o João Gomes de Almeida, que também faz parte da equipa do blogue, um cartaz de mau gosto, daqueles feios, diz-nos que o candidato tem mau gosto, logo, se for eleito arriscamo-nos a que deixe construir rotundas, jardins, etc de mau gosto. Isto não basta ser, também é preciso parecer.” Ricardo Alves
Na imagem, o bom senso e simplicidade são essenciais Há um blogue que analisa as imagens que por estes dias invadem as ruas do país. Perguntámos aos autores o que pensam sobre os cartazes desta região. Cingimo-nos a três concelhos na linha do Tejo. Por estes dias, mas não só, o blogue “imagensdecampanha. blogs.sapo.pt” é um dos preferidos pelos internautas. Trata-se de uma abordagem diferente às eleições autárquicas, com análises de especialistas em comunicação. “O blogue surgiu em 2009 com o objetivo de analisar as imagens das campanhas autárquicas e legislativas”, conta Rodrigo Saraiva, Consultor de Comunicação. Rodrigo foi fundador do blogue mas cedo decidiu “ir buscar reforços”. Chegaram Nuno Gouveia e João Gomes de Almeida e, aliando política à comunicação, começaram a análise detalhada de centenas de imagens de campanha por todo o país. “As expetativas foram ultrapassadas”, contou Rodrigo. Em pouco tempo chamaram a atenção dos media e os mails que chegavam aos autores “fizeram-nos perceber que o âmbito do blogue era algo bem mais partilhado”. À equipa juntaram-se Carlos Furtado, Telmo Carrapa e Virgínia Coutinho. Todos trabalham nas áreas da comunicação, marketing e publicidade. Na análise feita aos cartazes que enviámos para o blogue há boas e más avaliações.
Abrantes A campanha do PS em Abrantes é, para Rodrigo Saraiva, “fantástica” e “vai direta para o top de preferências”. Eis os argumen-
tos: “Fotografias da terra no fundo, algo distorcidas para não roubarem o destaque às mensagens e às fotos de abrantinos, devidamente identificados, um slogan a puxar pelo orgulho à terra. Depois as pessoas a segurarem um quadro branco, que foca a atenção, com mensagens que demonstram o querer que têm em Abrantes e a qualidade que afirmam existir.” Mas Abrantes tanto dá origem a elogios como também é um concelho onde Rodrigo teve um dos primeiros dissabores, “terra onde os meus olhos ficaram queixosos”. O cartaz da campanha do PSD de Elza Vitório tem “um slogan interessante (não original porque faz recordar o Constância em 2009) e que cumpre algo muito difícil, que é fugir aos slogans banais e muito utilizados”, mas que se perde na “panóplia de elementos e cores utilizados”. Rodrigo deixa ainda um aplauso irónico “ao designer que conjugou em harmonia o lenço da candidata com a barra inferior do cartaz”. “Em resumo:ai, os meus olhos!”
Vila Nova da Barquinha O PS aposta no atual vereador, Fernando Freire, com a saída de Miguel Pombeiro. “O slogan escolhido é daqueles que tanto dá para uma candidatura de continuidade mas, sem falar nisso, como para quem vai em oposição e tem noção que as pessoas por natureza são resistentes à mudança”. “A mudança tranquila” é um slogan já utilizado em outros anos, outras eleições e outras localidades. Graficamente o cartaz não está mal, embora não seja fã deste tipo de fundo”. Rodrigo elo-
gia ainda “o símbolo da candidatura, bem conseguido e que traz mais alguma cor ao cartaz”. Já sobre o do PSD, de Luís Valente, Rodrigo encontra ”um dos melhores slogans. Simples e genial. Jogo de palavras com os nomes da terra e candidato. “Barquinha (mais) Valente”. Gosto muito”.
Constância Sem cartazes da força política do executivo, a CDU, pelo menos para já, foram enviadas fotos dos cartazes de PS e PSD. A análise é de Carlos Furtado: “O slogan apela à idade do candidato procurando ser um contraponto à sua principal concorrente mas também ao candidato do PS. Parece ser um golpe baixo, até porque mais juventude nem sempre é garante de mais futuro”, analisa numa primeira abordagem. “A fotografia tem dois problemas: a posição muito rígida do candidato e os braços cruzados que numa fotografia de políticos dá sempre azo a segunda leituras”, acrescenta. Já sobre o cartaz socialista, Saraiva considera-o desde logo “interessante”. ”A utilização de uma frase de Luís de Camões que reforça a mensagem do candidato, mais a mais que é considerado um “filho da terra”. Sinceramente não me lembro de ter visto algo semelhante mas confesso que gostei”. E Carlos Saraiva explica porquê: “alerta a consciência das pessoas, e cria empatia o que nestes momentos é muito importante e credibiliza a mensagem”. Um blogue a visitar. Ricardo Alves
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ECONOMIA 7
SETEMBRO 2013
TAGUSVALLEY
Criar comunidades empresariais e ajudar a aumentar a produtividade O INOVA-TE é um gabinete do TAGUSVALLEY - Tecnopolo do Vale do Tejo que visa apoiar pessoas com ideias de negócio nos setores estratégicos do Tecnopolo, como sejam o Agroalimentar e Metalomecânica, a Energia e as Tecnologias da Informação e Comunicação. Apoia, também, outras áreas de atividade através do projeto Em_ Rede ou da CIMT. Como incubadora de empresas serve, justamente, para apoiar pessoas com ideias com potencial empresarial. “Importa falar com as pessoas e perceber as suas ideias e motivações orientando-as no sentido de compreenderem a estruturar o seu percurso e a recolher a informação necessária para uma tomada de decisão”, refere Homero Cardoso, responsável por este setor no
ABRANTES
TagusValley. O INOVA-TE é o ponto de contacto inicial para a incubadora, funciona uma vez por semana (às quartas-feiras) e também está aberto a empresários estabelecidos. O objetivo é o de apoiar o desenvolvimento de uma ideia de negócio, ajudar as empresas a aumentarem a sua competitividade e fazê-las crescer dentro do período em que lhes é permitido permanecer no parque e que é, atualmente, de quatro anos. Existem aqui empresas ligadas às áreas, da consultadoria, da formação, da criação de aplicações móveis, recrutamento para o estrangeiro, engenharia civil entre outras. Entre as últimas empresas a beneficiar deste serviço está a OW - Olive oil and Internacional Brands, ligada à expor-
tação de produtos nacionais como os vinhos e azeites, exportando cerca de 99% dos seus produtos com uma faturação anual de 500 mil euros. Existe, igualmente, a MERCOF, uma empresa ligada ao recrutamento de pessoal para trabalhar no estrangeiro nas áreas do gás e petróleo. A última a entrar para a “comunidade”, como carinhosamente refere Homero Cardoso, foi a Nessundorma ligada à consultadoria na área da formação internacional. Dos dados relativos à atividade do INOVA-TE para 2013, há já um número de contactos superior a 39, mais de 50 promotores e cinco empresas criadas ou em fase final de criação. No INOVPOINT – serviço de incubação, destaque para um número atual de empresas de 18 das quais as mais
recentes – a HIPERMED, INFORUJE, NOW WHAT e MACAL, um total de 32 postos de trabalho, tendo as firma MACAL e a UP4WEB estruturas humanas não residentes. Desde o seu início mais de 27 empresas foram criadas com sucesso e foram criados 56 postos de trabalho. Apenas quatro empresas não se desenvolveram e atingiu-se um volume total de negócios de cerca de 4,6 milhões de euros. “O sucesso para estes números passa por uma estratégia bem definida e a participação empenhada de todos”, visa apoiar o desenvolvimento de uma ideia de negócio e ajudar as empresas a aumentarem a sua competitividade, conclui Homero Cardoso. Francisco Rocha
Sinal Stop para RPP Solar mas Alexandre Alves não quer parar A Câmara de Abrantes (CMA) aprovou a declaração de caducidade do licenciamento para a unidade industrial da RPP Solar. A decisão foi tomada em reunião de câmara de dia 5 de agosto, mas o empresário responsável recusa-se a dar por encerrado o projeto. Em declarações à imprensa, uma semana depois, Alexandre Alves afirmou que o licenciamento referia-se aos trabalhos de construção de duas unidades “que estão prontas há dois anos”. Nos terrenos em Concavada foram erguidos dois pavilhões sem aparente utilização e não são visíveis quaisquer movimentações ou desenvolvimentos do projeto há largos meses. A decisão da CMA baseiase nestes factos, mas também nos “sucessivos incumprimentos por parte do promotor, tornando infrutíferos os esforços de monitorização efetuados pela Comissão de Acompanhamento”, lê-se
em nota informativa da autarquia. Alexandre Alves reafirmou que vai concretizar o projeto e que“não tem de dar justificações a ninguém”, apesar de a CMA já ter vendido os terrenos onde o projeto iria ser instalado. A venda dos terrenos foi feita por cerca de 100 mil euros quando foram adquiridos por 1.1 milhões de euros. Ainda em reação à decisão de declaração da caducidade, o promotor do projeto garantiu que vai pagar “voluntariamente” o valor dos terrenos, alegando ser “uma pessoa civilizada” e que não quer “ficar a dever favores a ninguém”. No entanto, a cronologia do processo mostra que por várias vezes o empresário faltou aos seus compromissos, nomeadamente quando pela primeira vez prometeu pagar o valor dos terrenos. Segue-se agora o processo para ditar a reversão dos terrenos para a posse da autarquia.
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8 REGIÃO
SETEMBRO 2013
REORDENAMENTO DA REDE ESCOLAR
Os novos agrupamentos de escolas A ideia de criar novas superestruturas escolares – os agrupamentos e os mega agrupamentos – não é nova. Ela surge ainda no anterior Governo, embora, efetivamente, só agora esteja a ser implementada com alterações sucessivas à legislação de 2008. Tal como decorre da leitura do preâmbulo da legislação sobre este assunto, podemos verificar que os agrupamentos de escolas são unidades organizacionais, dotadas de órgãos próprios de administração e gestão, constituídos por estabelecimentos de educação pré-escolar e de um ou mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um projeto pedagógico comum. Como facilmente se pode observar existem, na sua implementação, razões economicistas e de natureza pedagógica. A ideia subjacente a estas medidas era de alguma forma favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela es-
colaridade obrigatória numa dada área geográfica; superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social; reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional dos recursos ou ainda a valorização e enquadramento de experi-
ências em curso. Com estas alterações foram constituídos em Abrantes dois mega agrupamentos que englobam diversas escolas do pré-escolar ao secundário abrangendo cerca de 4700 alunos. Assim sendo, foram criados dois mega agrupamentos, o agrupamento número um que inclui as es-
colas Dr. Solano de Abreu, a Escola Dom Miguel de Almeida entre outras escolas de 1º ciclo e o agrupamento número dois, que engloba a Escola Dr. Manuel Fernandes, a Escola Dr. Octávio Ferreira (Tramagal) e algumas escolas de 1º ciclo espalhadas no concelho. Ouvidos os presidentes das
A capital das ruas enfeitadas
O Município de Vila de Rei e a Associação 4.Clube.Portugal organizam, no próximo dia 22 de setembro, a terceira edição da Feira de Clássicos de Vila de Rei – Peças e Usados. Este evento insere-se nas comemorações do Feriado Municipal de Vila de Rei. A organização espera aumentar o sucesso das edições anteriores, esperando ainda, este ano, mais visitantes e mais expositores. A III Feira de Clássicos de Vila de Rei pretende tornar-
da população que se dedicou à elaboração das muitas flores ao longo de todo o ano. Vasco Estrela, vice-presidente da Câmara Municipal, reconhece que a iniciativa tem contribuído “para a valorização e promoção do concelho”, dando os parabéns à população pelo trabalho realizado. Durante cinco dias as ruas floridas foram a atração principal, bem como o espetáculo de Quim Barreiros que aconteceu no último dia da festividade.
Melhoramentos no saneamento Estão a decorrer as empreitadas para instalação das redes de saneamento nas localidades de Bicas, Coalhos, Fojo e Cabrito, obras da responsabilidade da Abrantáqua, Serviço de Águas Residuais Urbanas do Município
jornaldeabrantes
de Abrantes, concessionária responsável pela gestão do sistema de recolha e tratamento das águas residuais do município de Abrantes. No lugar de Bicas, freguesia de São Miguel do Rio Torto, a execução da rede de drena-
gem de águas residuais constará da construção de oito coletores que farão o encaminhamento de efluentes para a futura ETAR, prevendo-se que venha a servir 494 habitantes. A outra empreitada prevê a execução da rede de
Francisco Rocha
Feira de Clássicos em Vila de Rei
PEREIRO
As ruas enfeitadas de Pereiro, no concelho de Mação, receberam milhares de forasteiros entre os dias 22 a 25 de agosto, durante os festejos anuais da freguesia. Na inauguração da cerimónia, Nuno Neto, vice-presidente da A.D.C.Pereiro, a entidade organizadora do evento, referiu que “não se trata de uma meta atingida, mas do início de uma nova era na história das ruas enfeitadas do Pereiro de Mação”. Nuno Neto agradeceu o empenho
comissões administrativas provisórias destes estabelecimentos de ensino, Jorge Costa e Alcino Hermínio, podemos constatar algumas virtuosidades do sistema, que as há, mas também algumas questões que se colocam à gestão destas estruturas escolares, nomeadamente em termos de gestão de recursos
humanos e de recursos materiais e financeiros. Segundo os dois responsáveis, estes constrangimentos não decorrem da constituição dos agrupamentos propriamente ditos, mas sim da conjuntura económica do país. Em causa está a colocação de professores, a sua deslocalização, o processo de rescisão na função pública dos assistentes operacionais e, naturalmente, os cortes nos orçamentos das escolas por via dos cortes orçamentais. Para Alcino Hermínio e Jorge Costa, o processo não está acabado. Este é um ano de transição e só para julho do próximo ano, com a eleição dos novos órgãos de gestão e dos novos diretores, se poderá fazer uma apreciação global destas medidas. Mesmo assim, para eles, muito do sucesso na implementação destas medidas tem passado pela dedicação, empenho, competência e profissionalismo de professores e pessoal das escolas.
drenagem de águas residuais de alguns arruamentos do lugar de Coalhos, Pego, e de alguns lugares de Rossio ao Sul do Tejo, vindo a servir 233 habitantes.
se um espaço onde se possam comercializar automóveis e motos antigas, peças de colecionismo e outros na área da automobilia. Os interessados em expor e/ou comercializar os seus produtos devem consultar as normas em www.cm-viladerei.pt e realizar a sua inscrição, até ao dia 13 de Setembro, enviando a respetiva ficha para turismo@cm-viladerei.pt.
Novo site para Vila de Rei A Junta de Freguesia de Vila de Rei tem um novo website (sítio na internet) desde o início de setembro. Os visitantes de www.jf-viladerei.pt podem agora consultar uma página com uma imagem mais moderna e atrativa, com conteúdos
atualizados e que permite uma navegação mais fácil e acessível. Este novo website permite a consulta de todas as notícias e trabalhos desenvolvidos, apresentando ainda uma completa galeria fotográfica de todas as atividades.
REGIÃO 9
SETEMBRO 2013
MERCADO RIBEIRINHO DE ABRANTES
Gastronomia dinamizou a região No seguimento de iguais iniciativas realizadas em Constância e na Vila Nova da Barquinha, decorreu nos dias 30 de agosto e 1 de setembro, no Aquapolis, em Abrantes, numa iniciativa do Tagus Valley, o Mercado Ribeirinho de Abrantes, sob o tema da gastronomia tradicional. Pedro Saraiva técnico coordenador da TAGUS, afirma que “esta iniciativa é resultante da candidatura ao projeto “Estratégia de Eficiência Colectiva PROVERE - Mercados do Tejo - Rede para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Tejo” e Co-financiados pelo QREN, Mais Centro - Programa Operacional Regional do Centro e União Europeia e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Os Mercados Ribeirinhos passaram pelos concelhos de Constância, Vila Nova da Barquinha e, agora, Abrantes, e
tiveram como principais objetivos valorizar a identidade cultural das comunidades que vivem em torno do rio Tejo e as suas potencialidades económicas e turísticas, dinamizando as zonas ribeirinhas. Estes eventos temáticos voltarão no próximo ano”. Das iniciativas previstas destacaram-se sessões de cinema ao ar livre, música e ranchos folclóricos, animação infantil, mercado de produtos locais e artesanato, corrida de jangadas, canoagem, pesca e BTT. Iguarias gastronómicas da região não faltaram, tendo sido instaladas para o efeito tasquinhas com petiscos e pratos típicos como o serrabulho, sopas de “verde”, couves com feijão e bacalhau assado, migas de batata com entrecosto frito, enchidos, semineta, fritos regionais, migas de couve, arroz de fei-
CERNACHE DO BONJARDIM
joca, peixe frito do rio, entrecosto grelhado, bucho e outros enchidos, sopa de couve, tigeladas e arroz doce. O certame contou ainda com 20 stands para venda de produtos típicos como vinho, mel, azeite, doçaria tradicio-
nal, móveis antigos, retalhos, bijutaria, artigos em origami, pinturas, bolsas em tecidos, entre outras peças. Participaram neste evento a Junta de Freguesia de Aldeia do Mato; a Associação de Melhoramentos de Tubaral, em
representação de Alvega; a associação JICA - Juventude Inovadora Com Atitude; o Agrupamento de Escuteiros 697 de Rossio ao Sul do Tejo e a Casa do Povo de Alvega. Para animar as refeições contou-se com a atuação da
Banda Filarmónica da Sociedade de Instrução Musical Rossiense, do Rancho Folclórico e Etnográfico de Casais de Revelhos, do Grupo Modinhas, Jogos e Brincadeiras de Casais de Revelhos e Marco Morgado, que interpretou os hits deste Verão. O domingo foi marcado pela atuação dos Amiguinhos da Sociedade Recreativa Pró-Casais de Revelhos e do Dj Tomezine, de Torres Novas. Paralelamente, houve, nos três dias do evento, o mercado de produtos locais e artesanato. No panorama desportivo, destaque para a canoagem; um convívio de pesca, com a colaboração do APA – Amadores de Pesca de Abrantes, cicloturismo com a Associação de Cicloturismo e BTT do Fôjo. Francisco Rocha
2013 - Audi A1 Sportback 1.6 TDi (Novo Modelo)
2013 – Seat Ibiza FR 1.6 TDi 105Cv (Bi-Xénon + LED's) (5portas/3portas)
2013 - Hyundai i30 SW 1.6 CRDi 110Cv Blue AcƟve (Novo Modelo)
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2007 - Alfa Romeo 159 JTDm 150Cv DisƟncƟve 63.000 Kms
2012 – Peugeot Partner 1.6 HDi Pack CD Clim (3 Lugares / Deduz IVA) 35.000 Kms
2007 – Opel Corsa 1.3 CDTI Van
2008 – Isuzu D-Max 2.5 DƟ 4X2 Cabine Simples (3 Lugares/Deduz IVA) 56.000 Kms
2011-Ford C-Max Grand 1.6 TDCI Trend 31.000 Kms 7 lugares
2004 - Corolla 1.4 D-4D 90Cv Sol
2010- Toyota Hilux 2.5 D-4D 4x4 (Deduz IVA)
2011 – Alfa Romeo Mito 1.3 JTDM 95 CV Progression 38.000 Kms
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10 REGIÃO
SETEMBRO 2013
VILA DE REI
Os centros de Portugal
Museu da Geodesia
É único em Portugal. Está no alto do Picoto da Melriça, à saída de Vila de Rei quando se vai para a Sertã. E fala-nos de uma disciplina científica, teórica e prática, da maior importância para as nossas vidas. A Geodesia pode dizer-se, para simplificar, o desenho do território. O Museu representa, por isso, uma atividade discreta, mas da maior importância para o tráfego rodoviário, aéreo e marítimo, para as operações militares, para o planeamento do território e muitas outras. Em Portugal, também a Geodesia, como tudo o mais, tem uma história. É disso que nos fala este Museu, que nasceu em 2002, de uma parceria entre a Câmara de Vila de Rei e a Direcção Geral do Território.
O vértice da pirâmide geodésica da Melriça fica a 592 metros de altitude (não de altura) e é uma referência de base no sistema dos marcos geodésicos do país. Ao lado, está o Museu, onde o visitante pode observar alguns instrumentos, já com valor histórico, e descobrir um pouco desta atividade que é a Geodesia. Esta história começa em 1870 e vem até aos nossos dias, já casada com o sistema do GPS. Além disso, a paisagem, só por si, já merecia uma pausa. Dali vê-se a estrutura física desta zona do interior e, com atenção cuidada, podemos perceber muito do que é a vida no interior profundo do país. Tudo junto, portanto, vale uma boa visita.
Alves Jana
Alves Jana
Para desenhar o país era necessário criar dois centros, arbitrários, por onde começar. O Picoto da Mertiça foi um deles, o outro fica algures no mar dos Açores. Trata-se, portanto, de um ponto arbitrário, não o centro geométrico, como alguns, erradamente, dizem. Aliás, não há um centro geométrico de Portugal, embora pareça absurdo. Pela simples razão de que não há uma fronteira fixa e definida mesmo de Portugal continental. Por exemplo, é diferente na maré alta e na maré baixa. E mesmo na fronteira terrestre, o limite depende do grau de minúcia com que se definisse a linha. Ou seja, diferentes desenhos teriam diferentes centros. - Mas há outro centro de Portugal, o da Matagosa, ouve dizer-se. Esse é apenas um centro simbólico, da iniciativa de dois irmãos da Matagosa, que serviram na Marinha portuguesa. Dedicaram uma parte da sua vida a marcar aquele lugar com o valor simbólico de centro: “centro de Portugal”, “lugar onde se encontram três concelhos”, “no coração da região centro do país de onde saíram muito dos marinheiros que iam nas caravelas”, e assim por diante. Por isso, mandaram construir em 1974 um monumento a Cristo Rei, sinal do Portugal cristão, e instalar já na década de oitenta do século passado uma pesada âncora, em memória dos descobrimentos. Em síntese, dos três centros, só um é um verdadeiro centro, mas geodésico. É o do Picoto da Melriça.
Homenagem à Escola Prática de Cavalaria
O ROTARY CLUBE DE ABRANTES homenageou o Coronel de Cavalaria Vítor Manuel Meireles dos Santos, como “reconhecimento pelos serviços prestados e pela colaboração dada ao Clube, enquanto Comandante da Escola Prática de Cavalaria, nomeadamente no que se refere à realização dos Cursos de Liderança, que já vão na sua 4ª edição”. No jantar de homenagem,
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várias intervenções sublinharam o “forte caráter” de Meireles dos Santos, “o seu elevado profissionalismo, a sua humildade e o seu espírito de solidariedade e companheirismo”. O Coronel deixou, recentemente, o comando da Escola Prática de Cavalaria para preparar o seu pessoal e partir em missão militar para o Afeganistão.
A Câmara de Abrantes homenageou, no dia 9 de agosto, a Escola Prática de Cavalaria (EPC) com a atribuição da Medalha de Honra da Cidade ao Comandante da Escola Prática de Cavalaria, Tenente Coronel Paulo Zagalo, durante uma cerimónia de Juramento de Bandeira realizada no Castelo da Cidade. Esta foi a última cerimónia pública da EPC em Abrantes, antes da partida para Mafra, onde vai funcio-
nar a nova Escola de Armas do Exército. Em Comunicado, a autarquia lembra que desde que se instalou em Abrantes, em 2006, a EPC assumiu e desenvolveu uma relação de proximidade e abertura com toda a comunidade abrantina. “Foram muitos os eventos e as instituições de caráter social, cultural e educativo que tiveram na Escola Prática de Cavalaria um aliado, nomeadamente através do
apoio logístico e mesmo em colaboração em material e recursos humanos. Também a proteção civil contou com o seu apoio no combate a incêndios.” Para o Quartel de Abrantes está anunciado pelo Chefe de Estado-Maior do Exército a instalação de uma nova unidade militar vocacionada para apoio de emergência à proteção civil e a situações de catástrofe.
ESPECIAL SARDOAL
Quem é o
Bob
Aurea
Th e J o e
s
Viver a música
Aurea - cabeça de cartaz nas festas de Sardoal em 2013 A noite mágica de Aurea em Sardoal vai acontecera 22 de setembro. Há quem lhe chame carinhosamente “namoradinha de Portugal” ou “a menina dos pés descalços”, mas na realidade esta menina nascida em Santiago do Cacem é conhecida um pouco por todo o mundo como Aurea. Desde cedo que Aurea afirmou que queria ser atriz, chegando mesmo a frequentar o curso de Teatro da Universidade de Évora, mas a veia musical foi mais forte e a 27 de setembro de 2010 Portugal ficou a conhecer o seu trabalho de estreia, produzido por João Matos e Ricardo Ferreira. Entre as suas influências estão nomes como Aretha
Franklin, Joss Stone, John Mayer, Amy Winehouse ou James Morrison. O seu primeiro álbum, homónimo, atingiu em poucas semanas o 1º lugar do Top Nacional de vendas, mantendo-se nessa posição durante dois meses, conseguindo um total de 64 semanas entre os 30 discos mais vendidos ao mesmo tempo todo o país cantava Busy (for Me), Okay Alright ou No No No. Em reconhecimento pelo sucesso, foi atribuído a Aurea um Globo de Ouro de “Melhor Intérprete Individual” em 2011, sendo que o ponto alto deste início de carreira terá chegado em 18 de outubro de 2011, data em que a artista venceu o “Best Portuguese Act” nos prestigia-
dos MTV Europe Music Awards - o espetáculo de música mais visto em todo o mundo. Com o primeiro disco a atingir a marca de dupla platina, a cantora lança «Aurea ao Vivo no Coliseu dos Recreios», gravado no dia 18 de novembro de 2011. No dia de lançamento conquista o galardão de Ouro. Em dezembro de 2012 chega o segundo álbum de estúdio de Aurea, «Soul Notes», exclusivamente composto por temas originais, tendo como cartão de visita o sucesso «Scratch my Back» e, mais uma vez, o reconhecimento chega através do galardão de Ouro e pelo facto do disco estar há oito meses entre os mais vendidos em Por-
tugal. Em 2012 volta a vencer o título de “Best Portuguese Act” nos MTV Europe Music Awards. Para além de Aurea, Sardoal vai receber ainda aquele que é considerado o melhor tributo a Bob Marley algum dia feito. “Quem é o Bob” sobe ao palco das festas de Sardoal sexta-feira, dia 20, depois dos “Piano Vox”. Este tributo a Bob Marley tem corrido Portugal de Norte a Sul e traz até ao Sardoal um concerto imperdível. Uma viagem musical até aos anos 70 é o que propõe o Projeto Viver a Música, de Tramagal, no sábado dia 21, enquanto que no dia 22 a música será dos anos 60 com “The Joe’s”. Festas de Sardoal, com muita, e boa música!
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12 ESPECIAL SARDOAL
JULHO 2013
FESTAS SARDOAL
A vila jardim vai encher-se de cor e de animação durante os dias 19, 20, 21 e 22 de setembro. Sardoal vai estar em festa com várias atratividades, que vão desde a gastronomia, ao desporto, à cultura e à música. São quatro dias que, para Miguel Borges, vice-presidente da Câmara Municipal, retratam a vida dos sardoalenses e o que o concelho tem para oferecer aos visitantes. O formato é parecido com o do ano anterior, uma vez que volta a juntar as festas concelhias à Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão. Para o vice-presidente, são duas atividades que não se atropelam mas que são “complementares”, sendo também uma forma de “gerir bem o financiamento e aproveitar as potencialidades de ambas as situações, com o objetivo de garantir uma grande festa”. No panorama musical vão marcar presença algumas bandas de âmbito regional, como os The Joe`s, Projeto Viver a Música e Piano Vox. Também os artistas nacionais vão subir a palco, como é o caso da banda “Quem é o Bob?” (Tributo a
Paulo Sousa
Uma mostra da vida do concelho
Bob Marley), no dia 20, e Aurea, no dia 22. No que diz respeito ainda à música, no dia 21 realiza-se o Encontro de Bandas Filarmónicas, com a banda de Sardoal, de Mação e de Mourão, a atuação do Rancho “Os Resineiros de Alcaravela” e uma atuação de acordeões e concertinas com Augusto Neves, Sónia Neves e
Michel Neves. O XI Festival Hípico realiza-se no dia 22 e, segundo Miguel Borges, “as festas não seriam na mesma coisa sem o Festival Hípico”. Para o autarca, “trata-se de uma iniciativa de grande qualidade que atrai um público bastante interessante”. No desporto, o programa é diver-
sificado e passa pela realização de um passeio de cicloturismo, um torneio de futebol e um passeio denominado “passeio da chapa amarela”, para dia 21. Já no domingo, o dia começa com a organização de um passeio pedestre organizado pela TAGUS que vai passar por alguns pontos turísticos do concelho.
e o espetáculo de enceramento tem sido um sucesso junto do público.”
Mas é sobretudo no prazer de ver os seus alunos a montar e a superar as suas dificuldades que incide o grande gozo e prazer de Pedro Manso: “As provas dedicadas aos mais novos são uma mais-valia e é muito bom vê-los a participar e, por vezes, a ganhar. No que diz respeito às provas em que participo, estas muitas vezes servem de preparação para mim, para as provas de âmbito nacional e internacional.” Para Pedro Manso e Jorge Gaspar, a equitação é uma das provas que mais estimula o sentido de responsabilização numa pessoa.
No centro cultural Gil Vicente vai estar patente a exposição de Álvaro Mendes, entre 20 de setembro e 16 de novembro. Já no átrio da Casa Grande vai estar em mostra a exposição de fotografia de Pedro Sousa e Maria Isabel Clara, até ao dia 22 de setembro. O grupo teatral Getas sobe a palco no dia 19, às 21h30, com a peça “o Morgado de Fafe em Lisboa”. Para a animação infantil, no recinto da festa, vai estar um carrossel artesanal. A inauguração oficial da festividade realiza-se no dia 20, às 18h00, com a presença do secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Octávio de Oliveira. Miguel Borges afirmou que o cuidado da autarquia passou por assegurar um “programa equilibrado” atendendo ao orçamento disponibilizado, cerca de 35 mil euros. Para o vice-preisdente, tratase de “um programa que dá espaço ao associativismo e a toda a sociedade”. Joana Margarida Carvalho
Festival Hípico volta a fazer as delícias dos amantes do cavalo O Festival Hípico de Sardoal tem sido presença constante nas festas do concelho. Miguel Borges, vicepresidente da Câmara Municipal, garante que “as festas já não eram a mesma coisa se não tivessem o festival”. A organização é da Associação Recreativa da Presa que, ao fim de dez anos, continua com toda a motivação para preparar mais um evento. Esta é XI edição e, à semelhança dos anos anteriores, reúne um conjunto de atracões. Ao longo do dia decorrem quatro provas de equitação, cada uma com um grau de exigência diferente, e uma delas, dedicada às escolas e às crianças para que possam tomar algum contacto com o cavalo e com a experiência de montar. Tal como tem acontecido em todas as edições do Festival Hípico, a meio da tarde, depois da realização das provas de equitação, acontece um espetáculo de encerramento. No ano passado foi
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o horseball que fez as delícias dos amantes da equitação. Este ano, Jorge Gaspar, presidente da associação organizadora, adianta que vai decorrer um espetáculo de Equitação Natural. Trata-se de uma modalidade que a vila de Sardoal nunca recebeu e que tem regras específicas: “O cavalo é conquistado pelo seu cavaleiro e em cada tarefa que executa. Não existe nenhum tipo de sanção, o cavalo é realmente liderado pela empatia que lhe é transmitida por quem o monta.” Este momento vai ser promovido pela Presidente da Associação Portuguesa de Equitação Natural, Janet Hakeney. Para Jorge Gaspar, o Festival Hípico de Sardoal demarca-se dos restantes espetáculos da modalidade que acontecem pelo país, pois reúne três vertentes essenciais, com o objetivo de atrair um público e um conjunto de participantes vastos: “A proximidade com as crianças é garantida, as provas são diversificadas
Da organização a quem participa Pedro Manso, praticante de equitação e professor desta modalidade, participa no Festival Hípico de Sardoal desde o seu início, portanto há dez anos. O cavaleiro explicou ao JA que as características do campo face à sua qualidade e dimensão, bem como a “excelente organização”, têm sido alguns dos motivos que o têm atraído a este evento.
Pedro Manso explica que “cada cavaleiro tem o dever de cuidar do seu animal, pois se simplesmente o monta não vai alcançar os resultados que pretende em prova. A interação e proximidade são essenciais”. Já para Jorge Gaspar, o cavalo é nada mais que “o animal mais humilde e generoso” que conhece, acrescentado que para se praticar a modalidade é necessário ter conta que “depois de uma queda temos sempre que nos levantar, e isso é crucial no dia-a-dia” . Joana Margarida Carvalho
ESPECIAL SARDOAL 13
JULHO 2013
SARDOAL – FEIRA NACIONAL DO FUMEIRO, QUEIJO E PÃO
O sucesso de anteriores edições da Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão no Sardoal, agora na sua 7ª edição, levou o município de Sardoal, em parceria com a Associação de Desenvolvimento TAGUS – Ribatejo Interior, no âmbito do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (Centro de Abrantes), a organizar mais este evento ligado à dinamização das potencialidades da produção local. Assim, no âmbito das Festas do Concelho de Sardoal 2013, vai decorrer de 20 a 22 de setembro a 7.ª Feira Nacional do Fumeiro, Queijo e Pão. Para o efeito, vão ser instalados, na Praça Nova, espaços destinados também à apresentação do artesanato do Sardoal como os leques de palhas, retalhos, cestaria, linho, trapilho e tecelagem. Haverá, também, a oportunidade de apreciar os presuntos, os salpicões, os chouriços, as morcelas, os paios, as farinheiras, os toucinhos, as tradicionais alheiras, as bolas de carne e os recheados maranhos e
bucho. Poderá, ainda, proceder-se a boas degustações que passam pelos conhecidos queijos de várias regiões do país, pelo pão de trigo e de centeio cozido em forno de lenha, pelos vinhos de produção concelhia (alguns premiados internacionalmente), pelas compotas, marmeladas, bolos e as tradicionais tigeladas. Esperam-se expositores e vendedores oriundos de Seia, Cabeceiras de Basto, Palmela, Vila Velha de Ródão, Mirandela, Vila de Rei, Abrantes e Sardoal, entre outros. O certame será abrilhantado com a atuação de diversos grupos musicais com animação musical diária como os Piano Vox, Trio de Acordeões e Concertinas, Rancho Folclórico “Os Resineiros” de Alcaravela, Grupo Ribatejano e “The Joe’s”. Para Pedro Saraiva, técnico coordenador da TAGUS, em Abrantes, “trata-se de um evento que pretende dispersar em termos de temas as organizações da nossa região nomeadamente em Abrantes, Constância e Sardoal e o tema do
Paulo Sousa
Valorizar os produtos e os produtores
fumeiro do queijo e do pão instalava-se muito bem no Sardoal e a realidade evidencia isso mesmo, daí que esta iniciativa tenha já alguns anos . É um evento que procura aliar algo muito particular das potencialidades na região à importância das festas do concelho do Sardoal.
É uma boa maneira de introduzir o tema e valorizar os nossos produtos e os nossos produtores locais ao nível do fumeiro e do pão. É um evento que procura aliar muito do que de melhor se produz na região, sendo por isso uma maneira de valorizar os nossos produtores e acres-
centar alguma diversidade, atraindo para o evento outros produtores do Alentejo e do norte do país. Pretendemos, deste modo, valorizar o que de bom temos na nossa região”. Francisco Rocha
UMA COOPERATIVA DE MULHERES
Artelinho continua a promover a boa doçaria Nasceu em 1989, com o objetivo de dar uma ocupação às mulheres de Alcaravela. Hoje assume-se como uma das casas mais conhecidas de Sardoal pelos bolos, doces e pão caseiro que confeciona para todo o concelho. Chama-se Artelinho e é uma cooperativa agrícola. Atualmente com cerca de 50 cooperantes, a Artelinho não se iniciou dedicada à doçaria tradicional. Esta opção surgiu há cerca de 10 anos, quando o trabalho com o linho deixou de dar rendimento. Maria Noélia Rafael é cooperante e vice-presidente da casa. Contou ao JA que, na década de 80, o linho foi a alternativa para um conjunto de 40 mulheres que entendiam que deveriam de ter uma ocupação, uma vez que os homens saíam das aldeias para trabalhar fora. Na época, o linho foi a primeira aposta, o Instituto Português do Emprego e da Formação Profissional, IEFP, em parceria com o Ministério da Agricultura, ainda chegaram a promover alguns cursos de tecelagem para as 40 mulheres. As tarefas eram múltiplas. Das muitas
• Noélia Rafael (à direita) admite que o trabalho é duro mas o sabor final é diferente e de qualidade atividades, Noélia Rafael destacou a sementeira, a rega, a apanha e o tecer: “Todas as mulheres tiraram o curso, e ficaram aptas para produzir e trabalhar o linho. As vendas eram uma constante e, assim, nasceu a nossa identidade.” Sem uma sede própria, a Artelinho começou a funcionar na antiga escola e em outros espaços da
freguesia, mas foi em 1992, que foi inaugurada a nova sede, bem no coração de Alcaravela. Casa que ainda hoje se mantém com as cozinhas próprias para a confeção das iguarias e com um espaço dedicado ao linho, onde ainda algumas mulheres passam as tardes a tecer. Noélia Rafael explicou que foi devido à apertada legislação que re-
caiu sobre o manuseamento do linho, associada ao decréscimo das vendas, que a cooperativa deixou de ter apenas uma valência para se dedicar também à gastronomia. Hoje todos dias, a partir das seis da manhã, cerca de 10 mulheres confecionam o melhor da vida. São as tigeladas, as ferraduras, as cavacas, os suspiros, os bolos de mel os bo-
linhos e o pão caseiro, entre outros, que satisfazem as delícias dos sardoalenses e de algumas pessoas de toda a região, que diariamente ou semanalmente se deslocam à Artelinho. É graças aos dois fornos a lenha, e com muita força de vontade, que as mulheres garantem a confeção dos bolos e pão da forma mais tradicional possível: “O trabalho é duro pois amassamos tudo com as nossas mãos, mas também acreditamos que é devido a este trabalho manual que o sabor e qualidade do produto se tornam superiores”, explicou a vice-presidente. As visitas de estudo à cooperativa são uma constante e a participação da casa em feiras também, nomeadamente no concelho de Sardoal. Assim, a Artelinho vai marcar presença durante a Feira do Fumeiro, Queijo e Pão este ano, nas festas do concelho. Noélia Rafael admitiu que as mulheres da cooperativa estão expectantes para mais um ano de festa, e que acreditam que vai valer a pena, como tem valido nos últimos anos. Joana Margarida Carvalho
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14 ESPECIAL SARDOAL
Joana Margarida Carvalho
JULHO 2013
• “As florestas hoje são territórios densos, desalinhados e desorganizados” JOSÉ CURADO, COMANDANTE DOS BOMBEIROS MUNICIPAIS DE SARDOAL
“O sistema de socorro aos incêndios no distrito tem sido um exemplo de eficácia” Fundada em 1 de outubro de 1953, a cooperação municipal de Sardoal é um corpo misto constituído por 19 profissionais e 60 voluntários. José Furtado, comandante da cooperação, afirma que o combate de incêndios no distrito está cada vez mais organizado e eficaz. Contudo, ainda existem algumas lacunas ao nível do socorro. As críticas incidem sobretudo no poder central e na falta de apoios. Qual é o ponto de situação dos Bombeiros Municipais de Sardoal? Temos concentrado os nossos objetivos naquilo que mais necessitamos e temos feito o nosso trabalho dentro do possível, uma vez que os recursos financeiros não abundam, devido a todos estes cortes que as autarquias sofreram e a de Sardoal não foi exceção. Nesta fase mais crítica do ano, o apoio financeiro que o Estado garante às cooperações é quase insignificante. Por exemplo, um bombeiro que faça 24 horas seguidas apenas ganha 45 euros e durante essas horas tem de se alimentar... é muito complicado. No Sardoal,
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não é o caso, pois nós fazemos a rendição de 12 em 12 horas, contudo bem soubemos o que aconteceu na região norte, os bombeiros passaram dias e dias em combate, com muito poucos apoios a todos os níveis. Como está a correr esta época de incêndios na região? Felizmente, este ano, a nossa região não está a ser muito fustigada pelos incêndios e esperemos que assim continue. Todo o sistema de socorro aos incêndios no distrito tem sido um exemplo de eficácia no país. Estamos integrados no dispositivo e, este ano, a cooperação de Sardoal já esteve em Ponte de Lima no combate às chamas. Qual é o seu olhar sobre uma realidade que é constante no verão, que são os incêndios florestais? O problema passa justamente por aí, continuamos todos os verões a repetir o mesmo. O problema incide na falta de prevenção mais atenta e duradoura ao longo de todo o ano. As florestas hoje são territórios densos, desalinhados e desorganizados
e entrar no mato para combater é muito complicado. O abandono de terrenos é uma constante, a poluição por vezes também e tudo isto são causas para aquilo que tem acontecido. Deveria haver uma maior sensibilização e apoio estatal neste âmbito, não é apenas num mês antes da fase crítica que a floresta deve ser trabalhada. Em Sardoal temos uma equipa de sapadores a trabalhar durante o ano na limpeza de mato e manutenção do mesmo, contudo os apoios e meios ainda são escassos também neste sentido.
Ao nível do combate aos incêndios há uma enorme coordenação por parte do dispositivo montado e o combate é feito de forma organizada e eficaz. No que diz respeito ao socorro de saúde o mesmo já não acontece. Muitas vezes há ocorrências críticas a cinco minutos de Sardoal e não nos chamam pois tratase de um território que pertence a outro concelho. É uma falta de coordenação que tem de ser resolvida o quanto antes. Ao nível da saúde, ainda se olha muito à sua capelinha, e não a uma realidade global.
Qual é o vosso ponto de situação face aos equipamentos que têm ou que necessitam? No passado dia 1 de junho, e através de uma candidatura ao QREN, conseguimos adquirir mais uma viatura de combate aos incêndios. Ao nível de veículos podemos considerar que estamos bem. No que diz respeito às ambulâncias de transporte é que apresentamos algumas carências, mas o trabalho vai-se fazendo.
Qual é o seu olhar sobre o mega agrupamento de bombeiros recentemente anunciado para servir a região, mas no qual Sardoal acabou por não entrar? Parece-me uma excelente iniciativa de coordenação e organização de meios, mas com alguns pontos a serem revistos, nomeadamente o apoio financeiro. Se iríamos servir um território mais abrangente, onde teríamos de investir mais em termos de recursos de socorro, teríamos de ser ressarcidos por tal e por quem tem responsabilidade por determi-
Como se coordena a região face ao trabalho de socorro?
nado concelho. Esta questão não ficou clara, mas de resto não tenho nada a opor. O que pensa da possível extinção de cooperações municipais devido à falta de apoios autárquicos? Hoje em dia, com as exigências que nos são feitas uma cooperação municipal reúne as características fundamentais para um trabalho de socorro bastante eficaz, certo e profissional. É um facto que representamos um peso grande na estrutura da Câmara, mas também é um facto que podemos afirmar que o nosso presidente está completamente descansado face às nossas obrigações. O poder central é que deveria compensar cada vez mais as autarquias que investem no socorro e na qualidade de vida dos seus munícipes e tal não acontece. Eu acredito que caso a cooperação deixasse de ser municipal em Sardoal, acabariam os bombeiros no concelho. As próprias cooperações voluntárias dependem fundamentalmente das câmaras, pois não há outra forma de sobrevivência. Joana Margarida Carvalho
SOCIEDADE 15
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O Cento de Apoio, Psicologia e Terapias de Abrantes (CAPTA) foi idealizado por Vanda Sardinha, terapeuta da fala que atualmente se encontra a exercer a sua profissão em Angola. O projeto nasceu porque Vanda sentiu a necessidade de ter mais profissionais ao seu redor para dar resposta a um maior número de casos, conta Vera Pratas, rececionista e a responsável pela parte logística, financeira e organização interna do CAPTA. Este centro de apoio, ao longo dos seus seis anos de vida, tem vindo a estabelecer protocolos de parceria com diversas instituições de solidariedade social e outras identidades da sua zona de atuação proporcionando, assim, facilidades aos integrados nas mesmas. É o caso da Creche, Jardim-de-infânc-
ia e ATL do Centro Social de Alferrarede, Creche e Jardim-de-infância da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, Associação Vidas Cruzadas (Tramagal) entre outras. Mas “são as Associações de Pais, principalmente, que nos procuram muito, porque são os professores que identificam novos casos (desde as áreas da psicologia, terapia da fala, terapia familiar, apoio ao estudo etc.) e porque o sistema público Estado não conseguem dar resposta a estes mesmos casos: ou porque não têm terapia da fala ou porque o psicólogo não tem forma de atender todos os casos”, refere Vera Pratas. Relativamente a protocolos futuros, Rita Raleira, umas das terapeutas da fala do CAPTA, diz que “quando há associações ou empresas que manifestam interesse, nós avalia-
mos até que ponto é viável para nós estabelecer um protocolo. Mas normalmente, e até agora, não temos recusado protocolos nenhuns e nós próprios nos propomos a fazê-los, isto porque temos a consciência que existe um número elevado de pedidos de ajuda e de pessoas a chegar a certas associações. O que acaba por acontecer, é sermos nós a propor que se estabeleça um protocolo”. Tudo isto acontece com a intenção de melhorar o acesso aos serviços que o CAPTA dispõe a um leque de pessoas que, do ponto de vista monetário, nunca iria conseguir obter se não fosse através destes protocolos. Relativamente à dinâmica de trabalho no CAPTA, Rita Raleira diz que “nós temos a sorte de nos complementar bastante e existe um grande
Micael Reis
CAPTA, há seis anos em Abrantes
Um centro que estabelece protocolos com instituições para apoiar •quem mais precisa
espírito de ajuda. Temos uma relação muito saudável, partilhamos muito as nossas dúvidas, os nossos medos e as alegrias também.” É a rececionista Vera que trata de encaminhar todos os novos casos para o profissional mais indicado. No caso da Rita, ela recebe crianças com problemas a nível da linguagem. É através da terapia da fala,
uma área técnica da saúde que implica que se trabalhe ao nível da fala (parte articulatória, fluência etc.), a parte linguística (que implica a semântica, morfossintaxe, fenologia, pragmática), que Rita desenvolve o seu trabalho no CAPTA. Um dos métodos utilizados na terapia da fala, para se conseguir obter resultados positivos na evolução dos pa-
cientes, é o método do espelho. A terapeuta com o seu paciente, em frente ao espelho, vão fazendo exercícios ao nível articulatório para que o paciente consiga imitar os movimentos articulatórios corretos, e assim, conseguir corrigir o seu problema. Micael reis
Aluno de Comunicação Social da ESTA
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16 REGIÃO
SETEMBRO 2013
A Santa Casa da Misericórdia de Sardoal, com 504 anos de existência, desempenha um papel relevante na estrutura económica e social, não só do concelho onde está inserida, mas de toda a região limítrofe. Atualmente, a instituição serve cerca de 200 pessoas nas suas quatro valências: Lar de Idosos (62), Centro de Dia (53), creche (22 crianças) e apoio domiciliário (58), contando, para isso, com o trabalho de perto de 100 colaboradores. A juntar a estes números estão as 25 refeições que a Misericórdia fornece diariamente nas designadas “Cantinas Sociais”, distribuindo refeições em casa de algumas famílias. De 2009 até ao presente ano, a Santa Casa viu aumentar os seus utentes em mais de 20 idosos. Em agosto de 2010, a Unidade de Apartamentos Lúcio Serras Pereira veio trazer alojamento para mais 13 clientes e para breve está prevista a construção de um Centro de Dia junto das atuais instalações. João Carola, que assume a direção da instituição desde 2001, refere ao JA que “as obras estão previstas começar em outubro e o prazo de execução termina em dezembro de 2014.” O in-
André Lopes
Santa Casa da Misericórdia de Sardoal aposta em novo Centro de Dia
• Luís Pita passa boa parte do seu tempo a pintar vestimento está estimado em “cerca de 400 mil euros, sendo que 200 mil serão financiados pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, através do programa PRODER”. O novo Centro de Dia terá “capacidade para 70 clientes e ocupará 620 metros quadrados” preenchidos por cozinha, refeitório, sala de estar e de atividades, lavandaria, casas de banho e um quarto
Cartório Notarial de Marinha Grande Ana Luísa Cabral de Melo Pereira Guerreiro Notária
REVOGAÇÃO DE PROCURAÇÃO - No dia vinte e seis de Agosto de dois mil e treze, no Cartório Notarial da Marinha Grande, sito na Rua das Portas Verdes, n.º 13, r/c, Loja H, perante mim, Ana Luísa Cabral de Melo Pereira Guerreiro, Notária do Cartório, compareceu como outorgante: - ANTÓNIO MANUEL RODRIGUES MOURA, natural da freguesia de São Vicente, concelho Abrantes, residente em Gouveia, Sintra, NIF 171 563 778, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Ana Maria de Matos Silvério, titular do cartão de cidadão 09041871 9ZZ6, válido até 24/08/2017, emitido pelos serviços da República Portuguesa; - Verifiquei a identidade do outorgante pela exibição do mencionado documento de identificação. - E PELO OUTORGANTE FOI DITO: - Que por este instrumento revoga todas as procurações outorgadas, em que constituiu procuradora Ana Paula Romão Brandão, divorciada, natural da freguesia de Alvega, concelho de Abrantes, e aí residente. - E PELO OUTORGANTE FOI DITO: - Assim o disse e outorgou. - Esta instrumento foi lido ao outorgante e explicado o seu conteúdo. a) António Manuel Rodrigues Moura A Notária a) Ana Luísa Cabral de Melo Pereira Guerreiro (Jornal de Abrantes, edição 5511 de Setembro 2013)
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para repouso em casos especiais. Esta obra advém da necessidade premente que a Santa Casa de Sardoal tem em dar resposta aos constantes pedidos de acolhimento de idosos. O futuro da instituição poderá passar por outro tipo de investimentos, dando ainda melhores condições de vida aos seus clientes.
Luís Pita, a história de um passado saudoso Dois senhores estão sentados num recanto da sala. Um está a pintar um desenho, enquanto o outro, de cadeira de rodas, ao seu lado, o observa silencioso. Há lápis de cor espalhados em cima da mesa e um pouco de roído. Assim que começamos a conversa, Luís Pita questiona-se que tipo de pássaros são os que estão no ninho que está a pintar. A imaginação é fértil. Cliente da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal há 18 anos, o seu passado está repleto de memórias e histórias que importam contar. Quando se pergunta a idade, a resposta é dada em língua inglesa e em alemão e, depois, diz a rir: “cinco dúzias”. Reformado por causa de uma doença crónica, nasceu em Alcaravela, Sardoal, em 1953, tendo começado a trabalhar aos 14 anos num escritório em Lisboa, cidade
onde viveu mais de 20 anos. A família divide-se entre Alcaravela e Almada, mas a sua história faz-se um pouco por todo o país. No verão da sua juventude, dedicou-se à hotelaria no Algarve, mas devido à sazonalidade, com o fim da estação, ia ficando sem trabalho. Resolveu aproveitar alguns cursos do Instituto de Emprego e Formação Profissional, como o de Desenhador Projectista, de Belas Artes e de Pintor Artístico, “do qual ainda tenho o diploma”, menciona com orgulho. O gosto por arquitetura era evidente. “Era uma área da qual gostava bastante e que ainda hoje me cativa”, mas “é preciso puxar muito pela cabeça para fazer um projeto e eu já não tinha essa capacidade”. Ainda pensou em ingressar num curso de economia, mas tal não passou de uma intenção. Mais tarde, porque não encontrava um trabalho fixo e estável, regressou a Alcaravela. Pelo Ribatejo permaneceu, até que numa viagem de mota teve um acidente em Entre Serras, Abrantes, causando-lhe um traumatismo craniano, que lhe originou mazelas até aos dias de hoje. Esteve 39 dias em coma num hospital em Coimbra e, refere, “já ninguém acreditava que voltasse a esta vida”. Ainda fruto do acidente de
mota surgiu a epilepsia, que lhe causou perda de memória e um futuro incerto, mas é com um sorriso no rosto que conta que tem estado estabilizado: “desde há sete anos que não voltei a ter nenhum ataque causado pela doença”. O Serviço Militar foi feito em Tancos, na Escola Prática de Engenharia, como condutor especial de artilharia, tendo feito também “o levantamento topográfico do Bairro da Encosta da Barata, em Abrantes”. Quando se deu a revolução dos cravos estava em Santarém, “foi o Salgueiro Maia que nos foi avisar às camaratas o que se estava a passar. Era tudo uma novidade para nós.” Na Santa Casa de Sardoal, Luís Pita gosta de pintar e fazer trabalhos manuais, tentando “estar ocupado e colaborar o mais possível”. Em tempos, andou na horta da instituição, “para andar entretido passava dias inteiros a semear e a regar”. Com ar pensativo, Luís Pita volta a dar cor ao seu desenho. Uma vez mais, olha para o ninho de pássaros e desabafa: “este ninho não é fácil de pintar”. Há dias em que a vida é pintada a preto e branco, mas outros há, onde reina a cor e a esperança. André Lopes
Novo Centro de Saúde em fase de concurso público
A nova valência de saúde para a cidade de Abrantes vai ser construída nas antigas instalações da rodoviária. A obra pública será executada por empreitada, tendo sido fixado o preço base de 1 milhão 381 mil euros, com um prazo de execução de 365 dias. Segundo a autarquia, o edifício das antigas instalações da rodoviária deverá ser parcialmente demolido, apresentando atualmente sinais de degradação, num projeto que após a sua conclusão, pretende servir cerca de 10 mil utentes. A nova construção vai ter três pisos, um deles em cave, que vão ter ligação por elevador. A unidade de saúde funciona atualmente no edifício do Hospital de Abrantes em instalações que, segundo a Câmara Municipal, “não reúnem as condições para acolhimento humanizado e atendimento compatível com os modernos padrões do Serviço Nacional de Saúde”. A Câmara de Abrantes vai assumir por inteiro o investimento e criou também um incentivo financeiro à permanência dos médicos que sejam reconhecidos pelo ACES, que venham a integrar a nova Unidade de Saúde Familiar. Após a cedência da nova infraestrutura, as obras de conservação ficarão a cabo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
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18 REGIÃO
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Com a bonita idade de 91 anos cheios de vida e obra, partiu o senhor Fernando Simão, como todos lhe chamavam. Devemos-lhe “metade” da obra de Maria Lucília Moita, pintora reconhecida, pois sempre foi o seu apoio e companheiro. Mas seria injusto lembrá-lo apenas, ou mesmo sobretudo, por isso. Ele deixa-nos também obra própria de artista, ainda que de outra arte, a arte de Viver. Nascido em Alferrarede em 1922, Fernando Tavares Dias Simão aqui se fixou e aqui casou. O seu nome fica ligado, no setor dos azeites, à empresa Simão & Cia e teve também um papel importante na Renova, onde ainda hoje os seus filhos continuam a presença da família. Mas também na área social deixou uma marca significativa. Foi um dos fundadores do Rotary Clube de Abrantes, onde continuou com uma participação firme quase até
aos seus últimos dias. Mas a “menina dos seus olhos” era o Centro Social de Alferarrede. Também aí manteve um papel ativo, de liderança até há muito pouco. Ainda no ano passado, 2012, Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações, com a bonita idade de 90 anos, ele ia, como presidente da Direção, todos os dias, ao Centro Social, manter-se a par de como iam as coisas com as suas crianças e os seus “velhinhos” e tomar as necessárias decisões. E ainda há pouco tempo falava da sua satisfação em poder partir agora “com a obra feita e bem entregue”. Por cima de todas essas dimensões, brilhava uma simpatia no trato e um cuidado sereno e discreto com as pessoas, que dificilmente poderemos esquecer. E uma vida interior que lhe deu força e direção aos seus empenhamentos, tanto familiares como cívicos. Ele foi, e continua a
ser para nós, em exemplo de homem comprometido desde o próximo singular até à cidade comum que pede a participação que está ao nosso alcance. E Fernando Simão esteve lá – esteve cá, connosco – até ao limite dos seus dias e das suas forças. Ele era um “homem bom”. E nós ficamos mais pobres e mais sozinhos. Mas também honrados por termos podido compartilhar de perto com ele, não por mérito nosso mas por virtude sua, alguns dos nossos dias, algumas das nossas horas felizes. E foi isso mesmo que se viu testemunhado na hora do seu funeral. E que também o disseram o Município de Abrantes que em 2012 lhe atribuiu Medalha de Honra da Cidade de Abrantes, grau bronze dourado, e também a Antena Livre que na sua Gala de 2003, lhe atribuiu o Galardão Prestígio/Carreira. Alves Jana
Francisco Rocha
Partiu Fernando Simão
MAÇÃO
Humberto Lopes
Autarquia atribui bolsas e manuais escolares
O CURSO DE LIDERANÇA decorreu na Escola Prática de Cavalaria entre o dia 5 a 10 de setembro. Durante a IV edição os jovens participantes desenvolveram várias atividades de âmbito físico e psicológico. Na foto os jovens prestavam homenagem aos mortos em combate.
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À semelhança dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Mação vai voltar a apoiar os alunos do 1º ciclo na aquisição de manuais escolares e os alunos do secundário que se vão candidatar ao ensino superior com bolsas de estudo. Vasco Estrela, vice-presidente, disse à Antena Livre que a autarquia tem cerca de 18 bolsas de estudo para entregar, tratando-se de 150 euros, durante 10 meses, para cada aluno. Um dos critérios de seleção é o aproveitamento escolar, bem como os baixos recursos económicos do agregado familiar do aluno. Na aquisição de manuais escolares, a autarquia maçaense está disponível para apoiar todos os
alunos do 1º ciclo do concelho. A iniciativa começou o ano passado e segundo, Vasco Estrela, “a adesão tem sido notória”. O processo já se iniciou e os can-
didatos devem preencher os formulários disponíveis na Câmara Municipal ou no site da autarquia durante o mês de setembro.
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NAQUELE TEMPO…
A dança das freguesias Hoje está na ordem do dia a reforma administrativa de que muitos falam e de que se sente a falta. Mas fazer uma reforma administrativa não é fácil. Há muita história, muita tradição e muitos interesses em jogo... Por isso mesmo, aquilo que deveria ser uma verdadeira reforma administrativa do território português concretizou-se como uma fusão mais ou menos arbitrária de umas quantas freguesias. Em Portugal, no decorrer das guerras liberais fizeramse as primeiras reformas administrativas: a de Mouzinho da Silveira, em 1832, e a de 1835 quando surgiram, pela primeira vez, “as freguesias” como órgãos administrativos
autonomizados da estrutura eclesiástica. Até aí a palavra “freguesia” e “paróquia” eram sinónimos, porque não havia uma estrutura civil separada da estrutura eclesiástica. Os limites territoriais destas primeiras freguesias coincidiram, na maior parte dos casos, com os limites das paróquias eclesiásticas que vinham desde a Idade Média. É por isso que hoje se diz que existem freguesias com muitos séculos de história. Ainda por efeito desta lei publicada a 18 de Julho de 1835, o número de concelhos existentes em Portugal passou de 817 para 351. Eliminou-se um vasto número de concelhos que tinham a sua origem em antigos forais
que entretanto tinham sido abolidos pela Reforma de Mouzinho da Silveira (1832). Neste contexto, em novembro de 1837, foi publicado o decreto que procedia à divisão do território e foram desanexadas do concelho de Abrantes as freguesias de Aboboreira, Aldeia do Mato, Alvega, Bemposta, Martinchel, Montalvo, Penhascoso, Santa Margarida e Souto. Bemposta passou então para o concelho de Ulme, Alvega para o de Gavião, Martinchel, Aldeia do Mato, Montalvo e Santa Margarida para o concelho de Constância, Souto e Mouriscas para o de Sardoal, Penhascoso e Aboboreira para o concelho de Mação.
O concelho de Abrantes ficou constituído apenas pelas freguesias de S. Vicente, S. João, Pego, S. Miguel, S. Facundo, Tramagal e Rio de Moinhos. Como é evidente, estas alterações não foram bem recebidas pelas populações locais e por isso mesmo seguiram-se uma série de tumultos e protestos generalizados. Logo a 14 de dezembro, a Câmara Municipal de Abrantes e representantes das freguesias desanexadas do concelho manifestam em plenários a sua oposição à medida governamental. No dia 29 de dezembro, o Administrador Geral do Distrito de Santarém acusa a CMA de promover o descon-
tentamento popular relativamente à desanexação das freguesias e de incentivar os povos à desobediência às novas autoridades. A 7 de janeiro de 1837, a CMA acusa a Administração Geral de Santarém de ter sido ali que tudo foi “forjado” de acordo com interesses vários. A CMA é dissolvida a 23 de janeiro e toma posse uma comissão municipal. A 17 de abril, 29 de Abril e 26 de maio são publicadas novas portarias que obrigam de novo à anexação das várias freguesias. Seguem-se mais tumultos. A 12 de junho 1837 é publicada a lei pela qual as freguesias de Aldeia do Mato, Martinchel, Souto, Bem-
posta, Mouriscas, Aboboreira e Penhascoso voltam a fazer parte do concelho de Abrantes. A 22 de fevereiro de 1838, Alvega, que tinha passado para o concelho de Gavião, volta a fazer parte do concelho de Abrantes. Santa Margarida e Montalvo ficam anexadas ao concelho de Constância. Como vemos, foi uma luta dura. Entre 1836 e 1838, um pouco por todo o país, num cenário de conflito permanente, foram-se redefinindo as fronteiras dos atuais concelhos. Não foi a última reforma administrativa, mas foi das que mais alterações provocou. Isilda Jana
O que é a Arqueologia Histórica e Pré-Histórica? Parte 1* A Arqueologia Terrestre em Portugal tomou variadas dimensões institucionais em função do enquadramento político das diferentes fases por que passou o nosso País já em plena Democracia. Por vezes “parente pobre”, por vezes olhada com “dignidade científica”, esta disciplina foise lentamente regulando e autonomizando quer da História, quer da Arquitetura, quer da Geologia consoante a perspetiva política dos vários movimentos partidários que tomavam os destinos do nosso País em mãos e que impunham novas directivas académicas. Ao longo de quatro décadas a Arqueologia impôs-se como ciência social e humana nos meios académicos, mas também ao nível autárquico, ao nível empresarial e ao nível do associativismo. Podemos hoje dizer que ela passou por um longo caminho de amadurecimento até atingir um patamar de correspondência e reciprocidade social. Atualmente não temos dúvidas em afirmar que é uma disciplina que tem um interesse primordial na conservação e preservação da memória cole tiva, logo, possui um interesse social que deve ser transmitido através da promoção e da divulgação a
• Centro de Pré-História do Instituto Politécnico de Tomar toda a comunidade. O “fazer” História, ou PréHistória, está hoje nas mãos de profissionais creditados e que possuem uma missão por demais importante. A missão de divulgar o passado, seja ele recente ou remoto, para que nos possamos conhecer melhor enquanto população, mas, ainda mais importante do que isso, enquanto Nação. O próprio conceito de Nação possui uma carga cultural extraordinária que nos liga uns aos outros enquanto portugueses, hoje cidadãos da “aldeia global”, mas que também nos uniu no passado e que criou condições
ideais para que nos distinguíssemos dos outros países europeus. É óbvio que existem semelhanças entre as populações da Europa, mas também é verdade que o que nos distingue dos outros é o nosso saber antigo e herdado dos nossos antepassados. Esse saber transmitido geração após geração faz de nós um tipo de nação sui generis que se sustenta em momentos sociais e políticos difíceis, mas que também soube “dar novos mundos ao mundo”. O que a Arqueologia Histórica e a Pré-Histórica fazem é precisamente redescobrir fragmentos do passado e
torná-lo legível, promove-lo e dar-lhe proteção legal. É este pendor social e profundamente cultural que responsabiliza cada profissional no momento em que age sobre a sua matéria-prima: a Memória. A Memória é ensinada e transmitida de forma didática e pedagógica nos vários níveis de ensino, mas é com particular ênfase que observamos uma preocupação crescente e incisiva de a pôr em prática no Ensino Superior. * A segunda parte deste artigo, sobre o trabalho desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Tomar nesta área, será publicada na próxima edição
a rádio como você gosta
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20 DIVULGAÇÃO
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ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO
As caras da rádio
TUBERCULOSE
Saiba como diagnosticar, prevenir e curar
Aurélio Luís e Cool Sound… “Cool Sound…Meia Dúzia de Minutos de Outros Sons” É este o mote para o novo espaço de música alternativa que estreou na Antena Livre no passado dia 2 de Setembro e que procura trazer à antena todas as semanas, sons que habitualmente não se escutam nas playlists das rádios. Dos blues ao soul, do funk ao jazz ou do rock à música electrónica, Cool Sound está no ar na Antena Livre às segundas quartas e sextas e será emitido seis vezes por dia em horários diferentes entre as 00h e as 24h de modo a poder chegar aos públicos de vários horários. A realização, produção e apresentação deste espaço está a cargo de Aurélio Luis, natural de Santana, na Ilha da Madeira onde nasceu em 1972 e residente em Lisboa, desde os 7 anos de idade, para onde veio com a mãe, a irmã gémea e um irmão mais novo. É em Lisboa que tem um estúdio próprio e onde ele próprio cria alguns projectos ligados à música electrónica. Aliás, a música esteve sempre presente na vida de Aurélio Luis, pois em casa cedo começou a ouvir fado. A sua mãe era uma fadista em ascensão quando decidiu abandonar a carreira para se dedicar à família a tempo inteiro. Além da música, Aurélio Luis tem ainda como hobbies a fotografia e a pintura. Cool Sound é a realização de um sonho antigo, e a oportunidade surgiu no passado mês de Julho numa conversa casual com amigos
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A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um micróbio chamado “bacilo de Koch”. É uma doença contagiosa, que se transmite de pessoa para pessoa. Atinge sobretudo os pulmões mas pode também atingir outras partes do nosso corpo. Os principais sintomas são: tosse crónica; febre; suores noturnos; dores no tórax; perda de peso, lenta e progressiva; falta de apetite, cansaço e falta de interesse. A transmissão do micróbio da tuberculose faz-se pelo ar, através da respiração. Quando um doente com tuberculose pulmonar, em fase avançada da doença, tosse, fala ou espirra, espalha no ar pequenas gotas que contêm o bacilo de Koch. Uma pessoa saudável que respire o ar de determinado ambiente onde permaneceu um doente com tuberculose pode ficar infetado. No entanto, nem todas as pessoas que entram em contacto com esses doentes são contagiadas. Geralmente, 15 dias depois de iniciado o tratamento, o doente já não elimina os bacilos de Koch, não oferecendo assim perigo de contágio. Quem tem tuberculose noutras partes do corpo não transmite a doença. A prevenção é a arma mais poderosa no combate à tuberculose. É feita através da vacina BCG. A vacina deve ser administrada de preferência até aos dois meses de idade e protege contra as formas mais graves de tuberculose. Para assegurar a interrupção da transmissão da doença é importante tratar os doentes com tuberculose e fazer exames de rastreio aos seus conviventes. Os ambientes saturados, pouco arejados e pouco limpos favorecem a transmissão, pelo que devem ser evitados. As pessoas devem tossir ou espirrar tapando sempre a boca e nariz com um lenço e é muito importante lavarem as mãos muitas vezes. A tuberculose tem cura, se o doente seguir as indicações do médico. O tratamento consiste na combinação de medicamentos e tem a duração de cerca de seis meses. É fundamental nunca interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam. Se suspeitar que tem tuberculose dirija-se ao seu Centro de Saúde ou ao Centro de Diagnóstico Pneumológico da sua área de residência. Respire aliviado, a tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito. em comum na Antena Livre. Daí até à estreia a 2 de Setembro, foi um saltinho. Cool
Sound, vem assim colmatar um vazio que a Antena Livre tinha em termos de música
mais underground, mas que é também para um público mainstream.
Maria Céu Henriques Paula Custódio
REGIÃO 21
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Uma noite imperdível
• Dormir numa escultura junto a um salgueiro e com vista para o Tejo Seria interessante aquilatar quantas pessoas da região visitaram o Castelo de Almourol, mesmo as do concelho de Vila Nova da Barquinha (VNB).
Quase todos reconhecem o monumento nacional, mas muitas vezes a proximidade e familiaridade com os locais de interesse leva-nos a não
dar prioridade a uma visita. Que relação tem o parágrafo anterior com a noite passada na escultura habitável “Shelter by GG”? Tudo.
Instalada no Parque Ribeirinho de VNB, rodeada por 12 esculturas contemporâneas, a escultura de Gabriela Gomes pode ser motivo de uma
noite inesquecível e também catapultar o visitante para outros motivos de interesse – muitos – do concelho e região. “Shelter by GG” está equipada com tudo o que é essencial nas suas divisões. No entanto, o que mais atrai é a sua colocação, aliada ao seu conforto. Bem junto à margem do rio Tejo, as refeições podem ser feitas debaixo da frondosa árvore que a protege do sol, na mesa e cadeiras disponibilizadas. Ao fim do dia basta pôr um pé na rua para acompanhar o pôr-dosol, na curva do Tejo junto à Cardiga, decerto um dos melhores locais na região para o fazer. Se preferir jantar e almoçar fora, a cerca de 500 metros há restaurantes que servem gastronomia regional, nacional e internacional. À noite descontraia no museu etnográfico e bar, ou nas esplanadas do parque. Durante o dia, pode visitar a estrondosa Igreja Matriz de Atalaia, o cenário maravilhoso de Tancos/Arripiado ou o Castelo de Almourol.
Pode percorrer mais alguns quilómetros, até Constância, e aí seguir de canoa descendo o Tejo até ao castelo. A paragem mais renomada é precisamente na ilha que alberga o monumento. Sobre a estada na escultura, imperdível, escrever ainda que o silêncio impera. A estrutura é acariciada levemente pelos ramos de um salgueiro, de manhã retiramse os painéis das janelas e acorda-se com o Tejo a correr brando e calmo. Se não quiser andar de carro, a 20 metros encontra a primeira de 12 esculturas contemporâneas. Mas antes de partir para a visita tome o pequeno-almoço que no dia antes marcou e escolheu no Posto de Turismo. À hora marcada um membro da empresa ‘Welcome To’ entrega uma simpática cesta à porta da escultura. Recomendamos, até dia 6 de outubro. O jornalista do Jornal de Abrantes pernoitou uma noite a convite do município de Vila Nova da Barquinha. Ricardo Alves
“QUARTEL” é a nova galeria de arte de Abrantes A cidade de Abrantes recebeu uma nova galeria municipal de arte, sediada no antigo Quartel dos Bombeiros. O espaço foi inaugurado no passado dia 31 de agosto comumaexposiçãodedicada às tapeçarias de Portalegre. O novo equipamento cultural chama-se “QUARTEL” e vai acolher “várias formas de fazer arte”, bem como irá “potenciar o turismo cultu-
ral e, assim sendo, a atrair mais turistas ao concelho de Abrantes”, tal como explicou Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia. O edifício polivalente tem duas salas destinadas às exposições, e uma outra que irá ser palco de workshops, seminários e outras atividades de âmbito cultural/artístico. A antiga Casa do Comandante, sediada junto ao
quartel, vai ser transformada numa residência artística, que ainda não ficará pronta nesta fase de obra. Maria do Céu Albuquerque explicou que se trata de um espaço que vai possibilitar acolher jovens criadores para mostrarem os seus trabalhos, potenciando-se novos projetos artísticos.
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22 CULTURA
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COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES
Uma história de amizade contada pelo Teatro Meridional
AGENDA DO MÊS Abrantes
O Teatro Meridional apresenta em Abrantes a peça “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão”, que retrata a história de amizade entre um rapaz de
11 anos e um velho merceeiro. O espetáculo, da autoria de Eric-Emmanuel Schmitt e encenada por Miguel Seabra, sobe ao palco do cine-teatro
S. Pedro no dia 20 de setembro, pelas 21h30. Nesta peça, passada nos anos 60, em Paris, a palavra e a música são as principais formas de comuni-
cação, num palco partilhado por um ator, Miguel Seabra, e por um músico, Rui Rebelo. A companhia Meridional, que comemorou em 2012 os seus 20 anos de vida, já andou em digressão por todo o mundo, tendo recebido mais de 30 prémios nacionais e internacionais, num total de 45 produções. As principais linhas de atuação prendem-se com a encenação de textos originais, mas também adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial.
Nova Galeria de Arte evidencia tapeçarias de Portalegre A Galeria de Ar te de Abrantes está a funcionar nas novas instalações, no antigo quartel dos Bombeiros, desde o dia 31 de agosto (ver pág. 21). A primeira exposição do QuARTel é dedicada à arte de Portalegre, com uma mostra da Tapeçaria de Portalegre e fotografia de António Cunha. “A Arte Tecida” estará patente na Galeria até 25 de outubro. Fundada em 1946 por Guy Fino e Celestino Peixeiro, a Manufactura de Portalegre representou
Exposição de pintura inspirada em Constância
Cinema – Org. Espalhafitas, Cine-teatro São Pedro, 21h30: 11 de setembro – “Lore” 18 de setembro – “Fausto” 25 de setembro - “A Gaiola Dourada”
Constância
um ponto de viragem na história da tapeçaria nacional, sendo mais de 200 os artistas consagrados que produziram as suas obras em Tapeçarias
de Portalegre, como é o caso de Almada Negreiros, Júlio Pomar, Le Corbusier, Álvaro Siza Vieira e Joana Vasconcelos. As novas instalações da
Galeria de Arte situam-se no Largo de Sant´Ana, de terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 14h às 18h30.
“Pinturas Inconstantes” é o nome da exposição de pintura que está patente no Posto de Turismo de Constância, entre 7 de setembro e 6 de outubro. Carlos Antunes é um pintor autodidata, natural de Torres Novas, e que busca inspiração para as suas pinturas em Constância,
procurando fazer uma “singela homenagem ao povo e à vila de Camões”. O autor desta mostra expositiva frequenta, desde 2008, o atelier de desenho e pintura do centro cultural de Vila Nova da Barquinha, é membro diretivo da Tertúlia Associativa de Arte e Cultura Torrejana e
tem exposto os seus trabalhos por vários locais do país como Abrantes, Coimbra, Figueira da Foz, Mangualde e Torres Novas. O Posto de Turismo está aberto durante a semana das 9h às 18h e aos sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18h.
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poles, Itália, que vão elaborar uma pintura 3D no chão, em frente à igreja de São João Baptista, na Praça da República. A partir das 22 horas, cerca de 10 estátuas vivas da edição anterior rumam também à Praça da República, enquanto a animação de esplanadas do centro histórico decorrerá até à 1h30. Nas manhãs de sábado e domingo, o Mouchão será palco das “Histórias aos Quadradinhos”, com 20 jovens das escolas tomarenses a recriarem estátuas vivas, inspirando-
Lore
2 a 30 de setembro – Mostra Bio-bibliográfica sobre Valter Hugo Mãe – Biblioteca Alexandre O´Neill, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30 5 e 12 de setembro – Ateliês de Verão – Caminhada e Ateliê arte & cor – Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, das 10h às 18h 7 de setembro a 6 de outubro – Exposição “Pinturas Inconstantes”, de Carlos Antunes – Posto de Turismo, de segunda a sexta-feira das 9h às 18, sábados e domingos das 11h às 13h e das 14h às 18 28 de setembro – Jornadas Europeias do Património e Dia Mundial do Coração – Ponto de Partida no Posto de Turismo, pelas 9h DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, 15h: 13 de setembro – “Força Ralph” 20 de setembro – “O Concílio de Pedra” 27 de setembro – “007 – Skyfall” Mação 5 de outubro – Feira de Artesanato – Largo dos Bombeiros
Sardoal 7 de setembro - Cinema “Monstros – a universidade” – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30 20, 21 e 22 de setembro – Festas do Concelho de Sardoal 2013 20 de setembro a 16 de novembro - Exposição de Pintura de Álvaro Mendes – Centro Cultural Gil Vicente
Vila de Rei Até 15 de setembro – “Exposição “Concurso de Fotografia Padre João Maia”, trabalhos fotográficos dos concorrentes ao concurso – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires Até 23 de setembro – Exposição “Engenhos em Miniaturas”, instrumentos e artesanato agrícola em madeira, ferro e pedra, de Rui Silva – Museu Municipal Até 31 de dezembro – Exposição “A Escola dos Nossos Avós”, trabalhos elaborados pelos alunos do 9º ano da E. B. I. do Centro de Portugal – Museu Escola da Fundada 19 de setembro a 31 de dezembro – Exposição de fotografia “Cheiros & Sabores”, de Jorge Menezes . Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 22 de setembro – III Feira de Clássicos, Peças e Usados - Parque de Feiras
Festival de Estátuas Vivas está de regresso a Tomar O IV Festival de Estátuas Vivas acontece em Tomar entre os dias 13 e 15 de setembro e são 44 os artistas que vão recriar 20 clássicos da literatura portuguesa. A edição de este ano traz algumas novidades, entre elas a iniciativa “Cultura de Faca e Garfo”, que, durante os três dias, promete trazer referências gastronómicas da literatura portuguesa para a mesa de 23 cafés e restaurantes de Tomar. A abertura do festival é feita a partir das 10h do dia 13 pelos Madonnari Street Painting, de Ná-
Até 30 de setembro – Exposição “Festas e Feiras Populares” – Arquivo Municipal Eduardo Campos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 25 de outubro – Exposição “Arte Tecida”, Tapeçarias de Portalegre e fotografia de António Cunha - quARTel, Galeria Municipal de Arte (novas instalações no antigo quartel dos Bombeiros) Até 31 de outubro – Exposição “2500 anos de Armas e Conflito”, V Antevisão do MIAA – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes Até dezembro de 2013 – Exposição “30 anos de Arquivo em Abrantes” - Arquivo Municipal Eduardo Campos 9 a 26 de setembro – Exposição “Água Water Eau Wasser”, aguarelas dos alunos da escola de artes AMARTE – Biblioteca António Botto 13, 14, 27 e 28 de setembro, 1 e 4 de outubro – Musicam - concertos, exposições de fotografia e workshops – Organizado pela Associação Envolve e Jazzores – Cine-Teatro S. Pedro, Jardim da República, Aquapólis Sul e Espaço “Bar Tejo” 14 de setembro – Teatro “Cinderela”, teatro de marionetas do Porto – Cine-teatro São Pedro, 10h 20 de setembro – Teatro “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão”, de Eric-Emmanuel Schmitt – Cine-teatro S. Pedro, 21h30 27 de setembro - Teatro “Isto é que me dói”, com José Raposo, Sara Barradas, Joaquim Nicolau – Cine-teatro São Pedro, 21h30
Vila Nova da Barquinha se no clássico da literatura, “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. Entre a capela de Santa Iria, o jardim da Várzea Pequena, a Corredoura, as arcadas dos Paços do Concelho, o Castelo Templário e o Convento de Cristo, as estátuas vivas representarão os seus quadros entre as 17h30 e as 19h30 nos dois úl-
timos dias do festival, e ainda das 22h00 às 24h00 na noite de 14 de setembro. Segundo a organização do evento, este ano são esperadas cerca de 100 mil pessoas. O público é, mais uma vez, convidado a votar no seu quadro favorito, sendo os vencedores anunciados na Praça da República, às 20h00, a 15 de setembro.
Até 20 de setembro – “Ofícios de Vila Nova da Barquinha”, exposição de pintura de Domingos Simões e de fotografia de Pérsio Basso – Centro Cultural Até 31 de dezembro – Exposição “Dimensões do Passado – Homenagem a José da Silva Gomes” – Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 7 de setembro – Palestra “1994/2013: Gabinete de Arqueologia do Município de Abrantes”, com Filomena Gaspar – Centro Cultural, às 17h 14 de setembro – Palestra “Formigas com Eduardo Sequeira” – Centro Integrado de Educação de Vila Nova da Barquinha, às 15h30 14 de setembro – Concerto de Tina Jofre – Centro Náutico, 19h30
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SETEMBRO 2013
CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690
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António Tomás de Brito 19/08/1944 - 02/08/2013 Abrantes
AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, nora, genro, netos, enteada e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde durante a sua doença, que o velaram, assistiram à Missa de corpo presente, ou as que de qualquer modo manifestaram o seu pesar e o acompanharam á sua última morada. Agradecem em especial à D. Isabel Pereira e sua família pela dedicação que sempre deram a seu marido, pai sogro e avô. A todos o nosso Bem-haja.
ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) L ADSE ADMG L ADM MEDIS L MINISTÉRIO DA JUSTIÇA L PSP L PT-ACS L SAMS MULTICARE L CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS L ALLIANZ L MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK L CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE L BOSCH L SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS L PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal L Mouriscas L Vila do Rei L Vale das Mós Gavião Chamusca L Longomel L Carregueira Montalvo L Stª Margarida L Pego L Belver L
SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075
ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira REUMATOLOGIA Dr. Jorge Garcia NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme
NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins
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