Miguel Mourão_ Portfólio

Page 1

Miguel MourĂŁo



“A beleza por si mesma é uma coisa que não existe. Existe de acordo com um período histórico, depois muda. Quando é uma coisa imprescindível ligada à colectividade, é bonita, porque serve e continua a viver. “

Lina Bo Bardi


Miguel Filipe Paulino Mourão Morada: Rua Quinta da Gaia, nº 61, Requeixada 2580-654 Alenquer, Lisboa Contacto: +351 919 489 160 E-mail: mygmourao@gmail.com Nacionalidade: Portuguesa Nascimento: 19 de Abril de 1992

Educação Data Título de Qualificação Projeto Final de Mestrado Classificação na prova final Localização

Faculdade de Arquitetura Universidade de Lisboa 2010 - 2016 Mestrado em Arquitetura “Intervenção em Território Tropical. Alternativa Urbana e Arquitetónica ao Formal e Informal. Bairro Chabá, Luanda.” 19 valores Lisboa, Portugal

Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo Universidade de Buenos Aires Data Título de Qualificação Localização

2013 - 2014 Programa de Intercâmbio Buenos Aires, Argentina

La Sapienza University of Rome Data Título de Qualificação

Localização

Experiênicia profissional

22 - 29/07/2011 IX Seminário Internacional de Arquitectura “Território em transformação - Tradição - Contemporaneidade - Sustentabilidade - Projecto de reflecção sobre as cidades históricas” Narni, Itália

MMCV

www.mmcv.com.ar

Localização

Villa Devoto, Buenos Aires

Montenegro and Partners www.montenegroandpartners.com

Localização

Projectos Pessoais Site Site

Alcochete, Setúbal

Tu Praça Acho Graça, Tu Prédio Acho Tédio

http://tupracaachograca.tumblr.com/

Trespalermasenpalermo

http://trespalermasenpalermo.blogspot.com.ar/ https://vimeo.com/131006008

Competências Idiomas

Software

Português - nativa Inglês - boa compreensão, escrita Castellano - boa compreensão, escrita e fala Adobe Photoshop, Indesign, Illustrator, Premier Pro Autodesk Autocad, Rhinoceros, Archicad, Sketchup Pro, V-ray


PROJETOS SELECIONADOS 2012|16

Portefólio de Arquitetura Miguel Mourão

Intervenção em Território Tropical.

Caminho Ecológico.

Observatório da Água

Projeto de Emergência

Guest House

Janela Indiscreta

Luanda, Julho, 2016 FA-UL

Marvila, Julho, 2012 FA-UL

Buenos Aires, Julho, 2014 FADU

Estoril, Fevereiro, 2015

Buenos Aires, Junho, 2014 FADU

Porto, Novembro, 2014

Tu prédio acho tédio Tu praça acho graça

_tupracaachograca.tumblr.com

Projeto Final de Mestrado.

Projeto academico.

Concurso privado.

Concurso de de 48h.

Projeto pessoal


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

Alternativa Urbana e Arquitetónica ao formal e Informal - Bairro Chabá, Luanda

Orientador Científico: Dº Arquit. João Sousa Morais Co-Orientador: Dº Arquiteto Jorge Firmino FA-UL _ Faculdade de Arquitectura, Universidade de Lisboa Julho, 2016

O projecto localiza-se na cidade de Luanda, no Bairro Chabá um lugar particular do território tropical. Encontra-se numa periferia da cidade que está precisamente no entre: o formal e o informal. Este posicionamento, conjugado com todos os problemas sociais, de extrema desigualdade, pobreza e a desestruturação das infraestruturas urbanas, serviu como ponto de ignição para uma busca ampla dos problemas existentes em cidades globais. Entendendo a profundidade dos problemas destas realidades, o documento toma uma posição, dentro do quadro utópico, onde são considerados os valores de uma cidade sustentável, a diversidade em contraponto à uniformidade. Sabendo de ante-mão que tal só é alcansável com a correspondente sociedade sustentável. Após a exaltação dos problemas desde os mais genéricos, partilhados pelas cidades globais, às específicas do contexto, a solução projectual busca valores humanos. A importância de aproximar as pessoas em espaço público. A cooperação e a exploração de recursos humanos e naturais à escala do lugar como o processo de autonomia e liberdade de populações das manifestações de control e poder.


3

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

1.1

3.6

2.2

3.1

2.1 2.4

1.3

2.6


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

4

1.2

3.2

2.3

3.3 3.7 2.5

3.5

3.4

Plano Urbano

Implantação

Bairros 1.1 Bairro Prenda. 1.2 Bairro Quinanga. 1.3 Bairro Catambor. Plano Urbano 2.1 Quarteirão Comércio. 2.2 Quarteirão Lazer. 2.3 Quarteirão Arte. 2.4 Zona Desportiva. 2.5 Parque Urbano. 2.6 Ciclovia Periferia 3.1 Rua Amilcar Cabral. 3.2 Rua Cmte. Arguelles. 3.3 Rua dos Heróis. 3.4 Rua Francisco Satto Mayor. 3.5 Rio Seco. 3.6 Hospital do Prenda. 3.7 Cinema Tivoli


5

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

13 12

11 1 10 5

5

13

7

4

8


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

6

12

3 6

9 5

2 7

Plano Urbano

Axo Geral

Geral 1 “Quarteirão Comércio”. 2 “Quarteirão Lazer”. 3 “Quarteirão Arte”. 4 Zona Desportiva. 5 Ciclovia. 6 Posto de Informação. 7 Hortas Comunitárias. 8 Miradouro do Parque. 9 Acesso ao Auditório e oficinas. 10 Acesso aos Depósitos. 11 Armazenamento de Água. 12 Acessos ao Estâncionamento. 13 Eixos Viários Principais


7

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

1

1

7 3

2

5

4

5

5

6

6

6

2

2

4

COTA 14

1 Acesso Privado 2 Acesso Público 3 1º nível de Estâncionamento 4 1º nível cargas de Descargas . Armazéns “Quarteirão Comércio” 5 1º nível Mercado . bancas de Mercado tradicional 6 1º nível Supermercado . escritórios 7 1º nível de Lojas . Comercialização de prod. e reparações “Quarteirão Lazer” 8 1º nível da Área de Lazer . Esplanada “Quarteirão Arte” 9 1º nível da Biblioteca . Espaço de Leitura 10 1º nível da Creche . Salas de actividades

3

3

6

4

3

5

8

7

5

5

10

4

4

13

9 3 11

1

8

1

12

6

2

COTA 5

1 Acesso Privado 2 Acesso Público 3 Hortas 4 Zona de Árvores de Fruto 5 Campo Desportivo 6 Bancada 7 Balneário “Quarteirão Comércio” 8 Depósitos 9 Tanques. . Lavagem de Roupa 10 Balneários “Quarteirão Arte” 11 Balneários 12 Oficinas 13 Auditório

2

10

8

9

4 6

3

5

7


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

8

COTA 17

1 Acesso Privado 2 Acesso Público 3 Acesso Estâncionamento 4 Tipologias de Habitação Temporária . T0 Associáveis 5 Salas de Condomínio 6 Kiosk Público . transição entre conta 17 e 8 7 Jardim . Pendente para servir de bancada natural

4

4

2 3 8

9

10 2

2

COTA 8

18 17

14 3 15

19

16

20

1

2

11

13 12

4

2

1 Acesso Privado 2 Acesso Público 3 Estâncionamento 4 Casas de Banho 5 Carga de Descargas 6 Ciclovia 7 Galeria Pública “Quarteirão Comércio” 8 Estabelecimento Independentes 9 Mercado Tradicional 10 Supermercado 11 Lojas de Roupa 12 Posto de Informação . Acesso a hortas, depósitos, balneários e tanques de lavagem de roupa “Quarteirão Lazer” 13 Restaurantes 14 Cafes 15 Estabelecimentos Independentes 16 Posto de Informações . Aluguer de Bicicletas “ Quarteirão Arte” 16 Espaço Expositivo 17 Biblioteca 18 Zona de Espectáculos exterior 19 Creche 20 Posto de Informações . Acesso a Auditório e oficinas

3

Plano Urbano

Axo Explodida


9

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

3

16

Corte A-A”

18 19

17

20

16

3

13

15

14

16 15 3

10

11

2

2

2

9

6 8

12

Plano Urbano

Cota 8


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

10

8 8 7 1.2 1.3

2

1.4

Corte A-A”

5

2

4

6 2.6

2.5

2

1.1

1

2

1.5

1.2

2

1.3

1

Quarteirão

Cota 14

Geral 1 Acessos privados habitação. 2 Acessos públicos. 3 W.C. 4 Armazéns. 5 Depósitos de lixo. 6 Elevadores de mercadorias. 7 Tip. de habitação temporária (T0). 8 Habitação (T0, T1, T2, T3, T4). 9 T0. 10 T1. 11 T2. 12 Posto de Informação. 13 Balnearios. 14 Depósitos Mercado 1.1 Venda e Reparação de objectos. 1.2 Bancas de flores e frutos. 1.3 Estabelecimentos de venda: carne e peixe. 1.4 Produtos verdes e animais vivos. 1.5 Fiscalização. Supermercado 2.5 Escritórios. 2.6 Espaço exterior


11

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

5

3

13

3

Corte E-E”

2

5

7

3

3

6

3

2

5

5

6

2

5

6

2

5

6

1

1

5

Plano Urbano

Cota 17


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

12

8 8 7 2.5 12 14

2

1

13

Corte B-B”

10

10

11

10 2

11

11

10

10

1

2

10

10

10

10

2

11 12

11

1

11

10

Quarteirão

Cota 21

10


13

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

10

10

10

Nível de habitação temporária, composta por tipologias T0 e T1, que através da galeria e de uma porta interior do se podem associar vários fogos, criando uma galeria que comunica visualmente com a praça de maiores dimensões, dando origem a novas de formas de apropriação do espaço. Cumprindo as necessidades de dois tipos de público alvo, por um lado oferecer um espaço para visitantes que queiram conhecer e integrar nas actividades culturais deste modelo urbano, ajudando à coexistência de uma multiplicidade de etnicas e a dinamizar económicamente os estabeleciamentos locais. Por outro servir as pessoas locais que queiram integrar laboralmente num emprego local, criando assim uma porta aberta para artistas, ou pessoas com as mais variadas valias e conhecimentos, para a economia formal.

9

10

10

10

9 9

9 9

Cota 17


INTERVENÇÃO EM TERRITÓRIO TROPICAL

T0

T1

T1

6

14

T1

6

T2+1

T3+2

7

8

1 5

T3+2

2

4

3

Habitação

T2+1

1 Sala de jantar ( 19,7m2 ). 2 Sala de estar ( 15,5m2 ). 3 Varanda ( 7m2 ). 4 Quarto I ( 10,4m2 ). 5 Quarto II ( 10,4m2 ). 6 W.C. ( 3,5m2 ). 7 W,C. ( 2,3m2). 8 Cozinha ( 8,8m2 )


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS


CAMINHO ECOLÓGIO

Intervenção no Delta, Paraná, Argentina

Colaboração: Francisco Pitrez FADU _ Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo, Universidad de Buenos Aires Julho, 2014 O Delta del Paraná é um espaço de paisagem protegido, composto por inúmeros afluentes e ilhas. O espaço de implantação tem uma dimensão horizontal muito forte, pelo que em nenhum momento se distingue um centro. O caráter abstrato que apresenta, por causa da sua grande extensão indefinida, insita a busca de um ponto de referência. Neste sentido surge a cruz - referêncial cartesiano - a forma de apropriação do espaço sem referências construídas. A partir dessa mesma cruz, implantou-se todo o projeto, identificando o espaço aberto do bosque como o ponto de referência base, a partir do qual partem os caminhos simbólicos. O caminho que leva ao observador da água - onde se situa um ponto estratégico, estritamente pedonal, contemplativo, para a toma de banhos num dos maiores canais do Delta. O outro caminho dirige as pessoas ao observatório da selva, um lugar onde não existem marcas da presença humana, de caráter introspetivo. No espaço central implantam-se três pátios articulados entre si, estabelecendo várias relações entre si e a paisagem. Do pátio central extende-se um pontão de atracagem das embarcações, guiando o visitante diretamente ao pátio central, de onde partem todas as atividades e serviços. No pátio central desenvolvem-se as atividades relacionadas com o Club house, recepção, zona de estar e restaurante. O pátio Oeste contém um programa de dezasseis habitações, sendo este um local privado, do lado interior do pátio estão direcionadas as áreas de esplanada e para no lado exterior as galerias de acesso, que funcionam como barreiras visuais e de ensombramento. O pátio Este possui um programa misto que alberga distintas atividades de caráter público, desde espetáculos em palco, piscina, expansão da sala da sala de jogos, entre outras.


17

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

21

21

20 28

19

12

9

10

11

25

18

27 8

14 26

24

17 13

7 22

15

6

16

23 5

4

3 1 2

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

Programa

Nível térreo elevado

Implantação I Eco-turismo. II Observatório da selva. III Observatório da água Programa 1 Atracagem de barcos. 2 Segurança e fiscalização. 3 Dormitório dos guardas. 4 Espaço para staff. 5 Espaço para staff. 6 Arrumos recepção. 7 Recepção. 8 Café com esplanada. 9 W.C. público. 10 Espaço de leitura. 11 Sala de estar. 12 Sala de jogos. 13 Restaurante. 14 Cozinha do restaurante. 15 Espaço para conferências e festas. 16 Arrumos do palco. 17 Palco de espectáculos. 18 Ginásio. 19 Balneários masc. e fem. 20 Dormitório isolado. 21 Espaço introspetivo. 22 Arrumos. 23 Galeria de acesso aos quartos. 24 Esplanada particular. 25 Pátio privado. 26 Pátio central elevado. 27 Pátio recreativo. 28 Jardim comum.


CAMINHO ECOLÓGICO

18

1:250

1:250

1:250

1:250

GSEducationalVersion

T

GSEducationalVersion

N K

E

D

U

C

A

T

I

O

A

L

P

R

O

GSEducationalVersion

D

U

C

GSEducationalVersion

D D

B

Y

A

N

A

U

T

O

E

S

GSEducationalVersion

U D O

GSEducationalVersion

R

GSEducationalVersion

P

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

C

E

GSEducationalVersion

I

GSEducationalVersion

II

GSEducationalVersion

III

GSEducationalVersion

GSEducationalVersion

GSEducationalVersion

GSEducationalVersion

GSEducationalVersion

GSEducationalVersion

II

III

I

Implantação

Cobertura


19

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

Generic Axonometry

GSEducationalVersion

26

1

28

25

PRODUCED BY AN AUTODES 26

25

26


CAMINHO ECOLÓGICO

20

28

Corte L-L”

Corte M-M”

SK EDUCATIONAL PRODUCT 28

Corte N-N”

Corte O-O”


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT


OBSERVATÓRIO DA ÁGUA Intervenção no Delta, Paraná, Argentina

Colaboração: Francisco Pitrez FADU _ Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo, Universidad de Buenos Aires Junho, 2014

Pertencendo ao projeto anterior “Caminho Ecológico”, este observatório pretende materializar a ideia do observatório da água. Localiza-se num local apenas acedido pedonalmente, pretende estabelecer-se como um lugar onde a natureza e mais particularmente a foz do rio Paraná é protagonista . O projeto é composto por três volumes interconetados, em que cada um deles difere na sua relação esapacial com o rio, dependendo do seu nível diversas atividades vão sendo permitidas ou impedidas. Inspirado nos múltiplos pontões que existem ao longo de todo o Delta (Tigre), este espaço permite ser acedido tanto por terra como por mar. A sua relativa dificuldade de acesso, no seio de um território natural protegido, transformaria este espaço num lugar desejado por amantes da natureza, onde a sua relação com a mesma seria esponenciada.


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS


PRO J ET O DE EM ERG ÊNC IA Marvila, Lisboa

Professor: Carlos Lameiro FA-UL _ Faculdade de Arquitectura, Universidade de Lisboa Julho, 2012

O projeto consiste no desenvolvimento de um protótipo (33m2 de área e 165m3 de volume máximos) e posteriormente da agregação de 24 habitáculos e do sistema urbano. Todo o sistema de agregação “em núcleo” está envolto de galerias que cumprem as funções de acesso aos habitáculos e de extensão do espaço inferior de cada habitação. Para a optimização desta relação entre galerias exteriores e o nível 0 dos habitáculos (nível 0 – público/ nível 1 – privado) foi desenvolvido um sistema de vãos flexível e adaptável às necessidades de cada conj. de residentes. Os hab. possuem apenas um grande vão de 3m central que por sua vês se subdivide em portadas de 90cm que podem ser abertas verticalmente, por eixos horizontais individuais e em ângulos de abertura diferenciáveis conferindo assim a todo o sistema arquitectónico um caráter dinâmico a toda a estrutura rígida de agregação. Fazendo-se notar a vivência das diferentes comunidades humanas que poderiam coexistir no mesmo local, dando-lhes meios físicos com os quais se poderiam exprimir. Outro elemento de caráter semelhante é a estante estrutural presente em todos os hab. que se desenvolve verticalmente. Este elemento permite que diferentes pessoas apropriem o mesmo lugar de diferentes formas. Assim, iguais habitáculos possuem diferentes atmosferas sem ser preciso recorrer a elementos mobiliários que interferiam no desafogar e na maximização do espaço útil escasso, derivado aos 33m2. móvel – estrutura – meio de expressão A disposição dos 24 habitáculos foi desenvolvida tendo em conta relações com a escarpa e a zona envolvente, porém consoante o número necessário, a disposição poderia alterar-se, sempre tendo em conta um compromisso entre o nº de hab. e a relação com a envolvente, minimizando o mais possível o choque visual com o existente. Desta forma, à imagem do protótipo criado, mantem-se o conceito originário de estruturas flexíveis e adaptáveis às constantes mudanças de necessidades ao longo do tempo, sendo este um projeto que responde a uma “emergência” temporária.


25

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

1

1/2 Sequêcia dos 2 níveis do Protótipo. Relação dos elementos móveis e fixos do mobiliário com os diferentes espaços, desde os privados ( no 2º nível ) aos públicos ( 1º nível ), 3 Os diversos tipos de banco possíveisa través de apenas um elemento. Cada tipo corresponde uma vivência em determinado espaço da casa. 4 Relação entre o espaço, o armário e a sua respectiva função. À medida que sobe, os seus módulos de arrumos possuem um carácter mais privado.

2


PROJETO DE EMERGÊNCIA

3

26

4

Agregação

Fotos da implantação urbana


27

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

10

8 13 12

11

9

Nível 2

6 5

4 7

Nível 1

3

2

1

Nível 0 1 Entrada. 2 Espaço de manutenção. 3 Resguardo. 4 Cozinha. 5 Sala de jantar. 6 Sala de estar. 7 Estante de arrumação. 8 Quarto 1 ( casal ). 9 W.C privativo. 10 Quarto 2. 11 W.C. público. 12 Armários, Arrumação. 13 Passadiço.


PROJETO DE EMERGÊNCIA

28

10

8

4

3

5

2

1

Alvenaria Betão

Protótipo

Corte C1

Corte na terra


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS


ESTORIL GUEST HOUSE Estoril, Portugal

Colaboração: Adriano Niel, Luis Pinto Leite Fevereiro, 2015

Este concurso baseava-se numa competição entre grupos de estudantes do 5ºano de Arquitetura que foram convidados por um atelier, com a finalidade de eleger a melhor ideia de projeto, para a execução de uma reabilitação no Estoril. Não havendo qualquer regras ou programa a cumprir, o cliente pretendia uma visão para a casa inovadora. Analizando a casa e o terreno em que está inserida, desde cedo que um dos objetivos passava por clarificar os espaços da casa tanto a nível interior com exterior. No que diz respeito à casa esta clarificação passou por remeter todos os quartos para o nível 0 que comunica com o jardim, no nível 1 todos os espaços de caráter mais público, mantendo a varanda de grandes dimensões. No nível 2, o sotão, desenhou-se uma salão de jogos. Em construção nova é desenvolvido um volume vertical onde no nível 1 encontra-se um biblioteca/ espaço de leitura, n 2º um quarto privativo e no último um estudio. Este volume pode-se tornar independente do resto da casa, cumprindo assim uma sequência de espaços que poderiam estar à margem da “Estoril guest house”, permitindo ao cliente usufruir da sua privacidade e conforto. O espaço exterior é muito escalonado, e difícil de acompanhar por qualquer edificado/ anexo, assim a opção sugerida, para dar resposta aos espaços de garagem, arrumos, churrasco, zona de estar, depósitos para as hortas, foi através de uma cobertura de 5m de profundade que acompanha toda a dimensão do muro Norte da moradia, desde o ponto mais baixo ao mais alto. Assim pôde-se regularizar o terreno acompanhando e comunicando o mesmo com os diferentes espaços (como observável no último corte das páginas seguintes).


31

MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS

18

Nível 3 3

Pré-existente

4

7

3 4

5

7

16

17 Circulação pré-existente Nível 2

3

7 4

14

15

11

12 11

Proposta Serviços . Espaço de estar 13

Nível 1 1 7

8

Proposta

2

7

3 5

3 5

9

Nível 0

1 Entrada. 2 Hall. 3 W.C. 4 Circulação. 5 Quarto. 6 Sala de comer. 7 arrumos. 8 Casas das máquinas. 9 Jardim. 10 Piscina. 11 Varanda. 12 Sala de estar. 13 Sala de jantar. 14 Sala de leitura. 15 Cozinha. 16 Sala de jogos. 17 Terraço. 18 Estudio.


ESTORIL GUEST HOUSE

32


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS


JANELA INDISCRETA Fontaínhas, Porto.

Colaboração: Adriano Niel, Francisco Pitrez, Luis Pinto Leite Novembro, 2014 A ideia passa por criar um elemento marcante na chegada à cidade, que contém uma duplicidade de funções. Num primeiro momento, como janela da cidade, virada à ponte do Infante, serve como ponto de cartaz cultural - informa-nos dos diferentes acontecimentos que a cidade tem para nos oferecer como a programação em cena exposições, teatros, concertos, óperas, músicais, mercados, feiras ... No seu verso, resguardadas do grande fluxo da chegada, o acontecimento é outro. Aproveita-se a vitalidade estudantil e o dinamismo cultural que a envolvente oferece, para criar um novo espaço à cidade: um ponto de encontro onde coincide o estar, o ler, o aprender; Na praça elevada, podemos estar na esplanada do café a ver um filme projectado na empena; Podemos, em dia de Feira da Vandoma, aproveitar a sala semienterrada que abriga a continuidade do espaço público para conviver ou descansar; Com o cair da noite, o edifício oferece a possibilidade de experenciar de diferentes formas a 7ª arte. Existe uma diversidade de salas ao longo de toda a altura do edifício, que permitem ver um filme de uma nova forma - entramos na nossa sala de cinema, com “ os nossos”, e através da janela, apreciar relaxadamente um filme, projetado na empena. Apartir de fora, a luz prevalece sobre o silêncio.


MIGUEL MOURÃO | PROJECTOS SELECIONADOS


TU PRÉDIO ACHO TÉDIO TU PRAÇA ACHO GRAÇA

http://tupracaachograca.tumblr.com/ Colaboração: Francisco Pitrez, Adriano Niel, Luis Pinto Desde 2014

Este tumblr surgiu na época de intercâmbio e de uma necessidade de juntar numa plataforma digital as experiências que cada um dos seus elementos estava a viver em lugares muito distintos do globo. Havia por um lado a curiosidade de saber algo sobre as experiências que estávam a viver e para isso nada melhor que o desenho sem compromissos. A título pessoal também pode servir como um refúgio, um momento de reflexão, uma bolha de onde observamos a cultura que nos rodeia, o desenho permite isso, a desculpa ideial para essa paragem por largos minutos em que apenas somos. Após a ideia ter sido partilhada, mais pessoas quiseram partilhar os seus modos de ver o mundo no tumblr, permitindo assim alargar esta ideia a qualquer pessoa que tenha o gosto genuíno pelo desenho. No site é possível fazer uma seleção dos desenhos de cada um dos elementos, no meu caso é através de: http://tupracaachograca.tumblr. com/tagged/MIK.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.