Aristides Luis Madureira
Pastoral da Partilha (Manutenção)
Editora A Partilha 3
Aristides Luís Madureira
Para: ______________________________________
Agradecimentos
Aos milhares de líderes da Pastoral do Dízimo da Igreja do Brasil, por seus esforços, criatividade e perseverança. Aos bispos e padres que apoiam e incentivam toda ação evangelizadora sobre a partilha.
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prefácio Amigos e amigas da pastoral do dízimo: É grande minha alegria em poder escrever mais esse subsídio que visa a dar suporte, fortalecimento e manutenção a todos vocês que, com amor, participam e lutam por esta pastoral que, todos sabemos, traz consigo tantas dificuldades. Conheço algumas centenas de coordenadores e/ou líderes de pastorais que, criativamente, sustentam com dinamismo e fidelidade o trabalho de implantação e manutenção do dízimo. O que fazer, no entanto, após a implantação? Como dar continuidade a esse passo inicial? Essas são algumas das questões que surgem para todos os que estão envolvidos nesse processo de conscientização do dízimo. A sensação experimentada pela grande maioria é a de que tudo já foi feito e nada mais pode ser realizado para propiciar o crescimento desta pastoral. Pois bem! Este livro é dirigido a você que se encontra em situação semelhante e também àqueles que desejam adquirir novas ideias e desenvolver novos métodos de organização para incrementar o trabalho já realizado. Ao longo desses anos, trabalhando como missionário, observei as dificuldades bem como as soluções encontradas pelas equipes em superar crises e estabelecer metas de trabalho. Este trabalho registra uma fração do enorme bem que a pastoral do dízimo promove em nossa Igreja. O Autor
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Sumário Introdução............................................................................... 07 Período da Implantação........................................................... 09 Perfil........................................................................................ 14 Atividades............................................................................... 17 Considerações Gerais.............................................................. 21 Equipe Administrativa............................................................ 27 Projetos Sociais....................................................................... 41 Equipe de Comunicação......................................................... 45 Textos Teatrais........................................................................ 48 Equipe de Visita...................................................................... 94 Equipe de Plantão................................................................... 98 Temas para Reuniões.......................................................... 102 Modelos de Carnês e Brindes............................................... 103 Frases sobre Dízimo.............................................................. 108 Conrole on line do dízimo.................................................... 103
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Introdução É enorme o número de subsídios literários sobre o Dízimo, publicados nos últimos anos. Fico feliz por este acontecimento, pois, como missionário leigo e um apaixonado pela Pastoral do Dízimo, entendo que, somente através de uma boa divulgação, haverá conscientização, para o bem da Igreja, em sua missão evangelizadora, e para nós, em nossa espiritualidade responsável. A experiência na implantação do dízimo por este “Brasil de Deus”desperta minha solidariedade em relação às equipes pastorais que lutam arduamente para manterem a conscientização, a arrecadação e a organização administrativa de suas paróquias. Estive em paróquias de regiões muito carentes, pobres e também, noutras de realidade oposta. O que há de comum entre elas são as equipes de trabalho, o mesmo amor, o mesmo empenho, o mesmo objetivo: evangelizar melhor, implantar o Reino de Justiça e Paz entre os Homens, servir à Igreja, assumindo o múnus de Cristo. Tenho, contudo, encontrado homens e mulheres ansiosos por novos subsídios para orientá-los sobre o que fazer após a implantação. Notamos que implantar a pastoral não é a etapa mais difícil, apesar de todas as exigências que esta etapa demanda. A dificuldade está em manter os objetivos alcançados. Manter e aumentar o número de dizimistas e a arrecadação na paróquia, assim como administrar os conflitos que o próprio crescimento da pastoral origina. A pastoral do dízimo é uma realidade na Igreja do Brasil. Os números mostram e comprovam que o trabalho sério e dedicado de dioceses e paróquias vêm mudando o estado de mendicância na qual algumas se encontravam anos atrás. Sabemos que há 7
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ainda um longo caminho a percorrer. Não somos tolos em achar que já se realizou tudo o que é possível. A Pastoral da Partilha é uma pastoral de formação de consciência, mentalidade e opinião constantes. As Equipes necessitam de formação contínua, pois, a cada ano, os desafios tornam-se maiores e diferentes. As distâncias no Brasil são continentais, impossibilitando visitas dos missionários, com maior frequência, em algumas paróquias . Buscando suprir essa carência, decidimos publicar subsídios práticos, resultado de muita experiência missionária. Neste livro, o objetivo é iluminar os caminhos para o período pós-implantação, o qual denominamos de “manutenção”, dirigido às paróquias com a pastoral já implantada. Os assuntos abordados são: 1) A distribuição de atividades em equipes de trabalho na pastoral; 2) Sugestões administrativas; 4) Ideias criativas para a equipe de comunicação; 5) Métodos de trabalho de relações públicas para a equipe de visitas; 6) Organização e formação das equipes de plantão; e ainda: - Peças de teatro sobre o tema, que poderão ser montadas para as celebrações mensais do dízimo; - Projetos sociais que poderão ser desenvolvidos nas paróquias; e muito mais.
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Período da implantanção Uma Abordagem Geral
Comumente, para se obter êxito na implantação da pastoral do dízimo, o sacerdote e a equipe devem considerar alguns aspectos importantes: Primeiramente, que seja um desejo de todos, mesmo que não tenham completo domínio sobre o assunto. Podem convidar um missionário para dar suporte, apoio ao trabalho. Equipe - A equipe deve ser em número suficiente para o desenvolvimento do trabalho. Geralmente acima de 15 pessoas e deve representar as diversas pastorais e movimentos da paróquia. É fundamental que tenham estudado,com antecedência o material a ser adotado. Agenda - O período a ser agendado para a implantação, com a presença ou não do missionário, deve ser reservado, com cautela, para que a data escolhida não choque com outros eventos da paróquia. Todos os membros participantes de pastorais e movimentos devem estar presentes. É aconselhável que o sacerdote faça uma convite escrito aos agentes pastorais. Material - Sacerdote e equipe devem escolher com prudência o material. Devem observar se o grupo que o desenvolveu tem experiência no trabalho. Há muitos oportunistas escrevendo sobre o dízimo, cuja experiência é a paroquial. Isto não basta, pois o Brasil é extenso demais e com diferentes realidades. O investimento, na maioria das vezes, é alto e não se pode correr riscos desnecessários, visto que temos grupos missionários muito bons no Brasil. Divulgação - Um bom trabalho de divulgação com faixas,
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cartazes e comunicados deve ser providenciado e, é claro, algum tempo antes da data de realização do trabalho na paróquia. É necessário que seja despertado o interesse de todos pelo assunto Dízimo e Oferta. Normalmente o período de implantação é de no mínimo 90 dias a iniciar-se a partir da celebração de animação missionária (geralmente realizada pelos missionários convidados). A paróquia deve ter preparado os seguintes materiais para o período de implantação: - Carnês ou envelopes. - Fichas de inscrição. - Se possível, computador com software. (Sug. pg 103 ) - Aquisição de subsídios. (sugestões pg 106) É fundamental para o sucesso de uma boa implantação, a abertura a mudanças na vida administrativa da paróquia por parte do sacerdote e dos leigos. Páginas de uma nova história estarão sendo escritas. Em virtude disso, faz-se necessário alertar sobre possíveis conflitos, como por exemplo: - Receio por parte de sacerdotes e algumas lideranças de perder o poder econômico; - Ciúme por parte de algumas equipes pastorais mais antigas; - Dificuldade com membros que estão em cargos de “status” e poder há muitos anos, e que, por ventura, tenham que ser remanejados; - Problemas de relacionamento com equipes de promoção social e/ou movimentos que tenham êxito em levantar dinheiro na paróquia através de festas e eventos sociais; - Resistência por parte de algumas pastorais e ou movimentos no que tange à necessidade de um caixa único, eliminando as “caixinhas”de tais grupos e outros ... 10