Portefólio Académico de Arquitetura Paisagista

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Portefólio Académico

de Arquitetura Paisagista Miguel Pedro



Índice Conteúdo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

páginas

Curriculum Vitæ Da forma ao projeto, uma primeira abordagem Parque de Nitra, Parque Residencial Campus de Gambelas, Parque Urbano Terraços da Ponte, Jardim Residencial Parque de Monsanto, Planeamento Conceptual Município de Odivelas, Planeamento Territorial

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O presente portefólio tem como objetivo dar a conhecer alguns dos trabalhos académicos desenvolvidos durante o meu período de formação em Arquitetura Paisagista (licenciatura e mestrado), demonstrando a minha evolução ao longo do curso e a minha metodologia projetual. Os trabalhos foram selecionados com o intuito de apresentar uma variedade de escalas e tipologias, onde estão presentes projetos desde jardins residenciais, parques e de planeamento do território.


1. Curriculum vitæ

Percurso Académico

Nome: Miguel Jorge Pedro Morada: Rua Ary dos Santos, Lote 6 - 5º andar

1500-063 Lisboa, Portugal Contactos: +351 968 233 289 | migueljpedro@gmail.com Sexo: Masculino | Data de nascimento: 15 de Abril de 1989 Nacionalidade: Portuguesa

Outubro de 2013 até à atualidade Mestrado em Arquitetura Paisagista Universidade de Lisboa – Instituto Superior de Agronomia

Atualmente tenho 27 anos e encontro-me a terminar a minha tese para obter o grau de mestre de Arquitetura Paisagista no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Considero que este curso é aquele em que mais me sinto vocacionado para desempenhar futuras funções, onde as áreas de Projeto e de Ordenamento do Território são as que mais me marcaram e destacaram durante o meu percurso académico. Desde 2011 tenho trabalhado como freelancer na área do design, tendo realizado diversos trabalhos para diferentes clientes, cujos ramos vão desde as áreas de saúde, jardinagem, design de interiores e até arquitetura paisagista, o que me faz sentir preparado e entusiasmado para começar a exercer funções como arquiteto paisagista o mais breve possível.

Competências Informáticas AutoCAD ArcGIS SketchUp Cinema 4D Modo Maya Lumion Photoshop Lightroom CorelDraw Illustrator InDesign After Effects

Línguas Faladas

Português Nativo

Fevereiro de 2012 até Julho de 2012 Participação no programa Erasmus Universidade de Nitra – Faculdade de Horticultura e Engenharia da Paisagem Setembro de 2007 até Julho de 2012 Licenciatura em Arquitetura Paisagista Universidade do Algarve – Faculdade de Ciências e Tecnologia

Percurso Profissional

C2

A2

A1

Inglês Fluente

Francês Básico

Eslovaco Básico

Competências e Pontos Fortes

Hobbies e Interesses

2011 até à atualidade Designer (freelance) •• Modelação 3D e renderização de projetos de arquitetura paisagista •• Desenho de elementos de comunicação, publicidade e montras •• Cobertura fotográfica de eventos

Cinema

Fotografia

Música

Leitura

Viajar

Natureza

Design

Arquitetura

Abstração

Conceptualização

Desenho

Honestidade

Resolução de problemas

Ambição

Comunicação

Empenho

Investigação

Sensibilidade

Análise

Criatividade

Formalização

Organização

Visualização

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2.

Da forma ao projeto

Unidade Curricular Creation of Parks Docentes Mรกria Bihuล ovรก, Jรกn Supuka Universidade Universidade de Agricultura de Nitra Ano 2012


2. Da forma ao projeto uma primeira abordagem Introdução Este trabalho teve como objetivo introduzir uma linha de pensamento conceptual, explicitando a forma de como chegar a um projeto de arquitetura paisagista através do simples exercício de desenhar e conjugar várias formas geométricas básicas.

Objetivos

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•  Através de formas geométricas (círculos, retângulos ou linhas) e posterior refinação das mesmas, organizar e dividir espaços que se apresentem com potencialidade para servir como base de um projeto de arquitetura paisagista.

9.

Parque Residencial

Evolução conceptual

Plano Geral

Diretrizes •  Criação de um pequeno parque residencial com um ambiente mais intimista para um número reduzido de utilizadores, com o intuito de promover um convívio e o desenvolvimento da sensação de proximidade de vizinhança e segurança. •  Desenho de um percurso pedonal que permita várias entradas ao parque residencial. •  Introdução de um elemento de água que integre o desenho e a forma lógica do planeamento conceptual do mesmo. •  Disposição da componente vegetativa pelo desenho resultante e segundo princípios ecológicos.

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2. Da forma ao projeto uma primeira abordagem

Parque Urbano

Diretrizes

Vistas

•  Criação de um pequeno parque urbano, preparado para receber um maior número de visitantes, bem como para um uso múltiplo: lazer, convívio, recreio e lazer e ainda com a possibilidade de receber uma variedade de usos festivos e culturais. •  Desenho de um percurso pedonal que permita várias entradas ao parque residencial. •  Introdução de um elemento de água que integre o desenho e a forma lógica do planeamento conceptual do mesmo. •  Disposição da componente vegetativa pelo desenho resultante e segundo princípios ecológicos.

1.

2.

Vista 1

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Evolução conceptual

Vista 2


2. Da forma ao projeto uma primeira abordagem

Vistas

Plano Geral

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3.

Parque de Nitra

Localização Nitra, Eslováquia Tipologia Parque residencial Unidade Curricular Creation of Parks Docentes Mária Bihuňová, Ján Supuka Universidade Universidade de Agricultura de Nitra Ano 2012


3. ParqueParque de Residencial Nitra

Introdução Nitra, Eslováquia

Localização e Enquadramento

A área de intervenção está localizada em Nitra, Eslováquia. Este espaço está enquadrado numa zona residencial, destinando-se assim a proposta para um parque residencial, com o intuito de tornar este espaço um ponto central para os residentes, bem como tornar o parque como um espaço âncora para os habitantes de Nitra, pois esta zona apresenta-se bastante privilegiada com a sua proximidade com o rio de Nitra e com o rico sistema de vistas que oferece.

Objetivos Parque de Nitra, Eslováquia

•  Introdução de um sistema de circulação pedonal articulado com a circulação existente, permitindo o atravessamento transversal e longitudinal de toda a área; •  Introdução de espaços reservados para o recreio, lazer, estadia, cultura e prática de desportos, devidamente articulados com o sistema de mobilidade e potencializando a riqueza de vistas que o espaço oferece com a sua envolvente; •  Introdução de princípios de sustentabilidade ecológica, nomeadamente na utilização de vegetação autóctone e de promover um conforto bioclimático.

Análise Enquadramento da área de intervenção

Área de Intervenção

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3. ParqueParque de Residencial Nitra

Princípios de Intervenção Nitra, Eslováquia

Proposta de Intervenção

Esta proposta de desenho surgiu a partir de uma grelha das linhas do edificado que originou um zonamento para integrar as várias funções para o espaço: recreio, lazer, estadia, cultura e prática de desportos, fazendo-se acompanhar pelo desenho dos caminhos pedonais, nomeadamente o caminho principal e os caminhos secundários. O caminho principal liga o parque de uma forma transversal e interligado com os percursos que se apresentam nos limites da área de estudo, com o intuito de promover e estruturar entradas para o parque residencial. Os caminhos secundários promovem ligações estratégicas entre os caminhos e os espaços previamente pensados para diversas funções do espaço, resultantes do desenho geral dos caminhos pedonais. Por fim apresenta-se a última hierarquia dos caminhos pedonais dentro do parque, os percursos residenciais, que integram a malha residencial com o parque proposto, convidando assim os moradores a utilizar o espaço e ainda promover uma maior interação entre eles. Foi a partir do traçado e da interseção dos caminhos pedonais que se pensou na componente verde do espaço, havendo uma preocupação em se desenvolver um contínuo natural em harmonia com a vegetação existente e circundante à área de estudo, devidamente articulada com o sistema de circulação pedonal proposto. Esta preocupação tem o intuito de gerar não só um bem-estar para os utilizadores do espaço mas também promover um conforto bioclimático através da sombra bem como criar uma sensação de movimento com a disposição da vegetação de uma forma irregular, acabando ainda por se desenvolver diversos tipos de ambientes e espaços contrastantes, uns mais abertos e outros mais fechados, contribuindo para a formação de diferentes ambientes neste parque residencial. De seguida foi planeada a integração do último elemento que marca a tipologia de um parque: a água. Este elemento foi conjugado com espaços que foram desenvolvidos com a função de estadia, lazer e recreio e ainda com os espaços mais abertos do parque, contrastando a luz com a sensação de frescura que representa o elemento de água. Por fim foi pensada a instalação de algum mobiliário urbano, nomeadamente bancos e algumas mesas nos locais onde a necessidade destes elementos se apresentam com maior preponderância e mais lógicas para o correto funcionamento do parque.

Mobilidade Pedonal

Lazer

Recreio

Sistema de Vistas

Sustentabilidade Ecológica

Conforto Bioclimático

Formalização do Conceito

Cultura

Integração Social


3. ParqueParque de Residencial Nitra

Vistas Nitra, Eslováquia

Plano Geral

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4.

Campus de Gambelas

Localização Gambelas, Faro Tipologia Parque urbano Unidade Curricular Projetos de Arquitetura Paisagista III Docente Ana Paula Gomes da Silva Universidade Universidade do Algarve Ano 2011


4. Campus de Gambelas Parque Urbano

Introdução Gambelas, Faro

Localização e Enquadramento

Campus de Gambelas, Faro

A área de intervenção está localizada no Pinhal de Gambelas, Faro. Este espaço está enquadrado num Campus Universitário, destinando-se assim a proposta para um parque urbano com conotação académica, com o intuito de tornar este espaço um ponto central para os residentes, bem como para a massa universitária. Será ainda de salientar que esta zona apresenta-se bastante privilegiada com a sua proximidade com o mar e com o Parque Natural da Ria Formosa, oferecendo uma riqueza de património cénico e natural.

Objetivos •  Introdução de um sistema de mobilidade articulado com a circulação pedonal existente, possibilitando o atravessamento transversal e longitudinal de toda a área; • Introdução de espaços reservados para o recreio, lazer, cultura e desporto, devidamente articulados com o sistema de mobilidade; •  Introdução de princípios de sustentabilidade ecológica, nomeadamente na utilização de vegetação autóctone e na proteção da linha de água.

Enquadramento da área de intervenção

Análise do Espaço

Área de Intervenção

1. Análise Sensorial

2. Análise Sensível

Localização da área de intervenção Portefólio académico de Miguel Pedro

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4. Campus de Gambelas Parque Urbano

Gambelas, Faro

paisagística). Em termos de vegetação, o coberto vegetal não só apresenta uma importância na definição de um maior conforto bioclimático do espaço como está na base da formalização conceptual da proposta: Luz-Sombra. A organização do coberto arbóreo define espaços abertos e espaços fechados, onde as superfícies pavimentadas dos pontos de encontro delimitam clareiras e os alinhamentos arbóreos definem a orientação dos percursos pedonais principais. Por sua vez, o coberto arbustivo apresenta um papel fundamental para a preservação de caraterísticas fisiomorfológicas da área de intervenção, destacando a consolidação da linha de água existente e prevenção de erosão nas zonas desprovidas de vegetação.

Princípios de Intervenção

3. Análise de Declives

4. Exposição de Encostas

Mobilidade

Lazer

Recreio

Cultura

Investigação

Sustentabilidade

Formalização do Conceito

5. Rede Hidrográfica Fundamental

6. Análise de Vegetação

Proposta de Intervenção

A organização espacial da proposta apoia-se na morfologia atual do espaço, onde foi desenhado um sistema de circulação pedonal baseado na orientação das linhas de festo. Este sistema é formado por uma série de percursos interligados entre si, permitindo, por sua vez, a introdução de pontos de encontro nas suas interseções, facultando a prática de recreio e lazer. Para além destes pontos de encontro, foram também introduzidos três espaços com dimensões significativas, oferecendo as mesmas condições dos pontos de encontro e potenciando um sistema de vistas naturais. Associadas a esta rede de circulação prevê-se a instalação de infra-estruturas e equipamentos, categorizadas pela sua prática: lazer, desportiva, académica e de investigação (botânica, hortícola e

O conceito luz-sombra traduz-se numa organização espacial dos espaços edificados e de encontro/lazer segundo a quadrícula do edificado actual, nas linhas de festo para enquadrar o “esqueleto” do sistema de circulação e no contraste da disposição da vegetação proposta.


4. Campus de Gambelas Parque Urbano Plano Geral

Gambelas, Faro

Vistas

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5.

Terraços da Ponte

Localização Sacavém, Lisboa Tipologia Parque residencial Unidade Curricular Projeto de Execução de Arquitectura Paisagista Docente Luís Paulo Ribeiro Universidade Universidade de Lisboa Ano 2013


5. Terraços da Ponte Jardim Residencial

Introdução Sacavém, Lisboa

Localização e Enquadramento

A área de intervenção está localizada em Sacavém, Lisboa. Este espaço está enquadrado numa zona residencial, destinando-se assim a proposta para um jardim residencial, essencialmente reservado para os residentes locais mas preparada para receber outros visitantes.

Objetivos • Organização física e espacial da área de intervenção com base em princípios ecológicos, associando, de uma forma racional, a vegetação proposta de acordo com as suas caraterísticas, formas e funções. • Desenho de um sistema de mobilidade exclusivamente pedonal articulado entre si, possibilitando o atravessamento transversal e longitudinal de toda a área, apresentando-se ligado com os espaços propostos reservados para o recreio, lazer e cultura e com um elemento de água. Estes espaços referidos encontram-se devidamente assinalados, tanto pela sua dimensão bem como pelo pavimento proposto e ainda pelo equipamento urbano que apresentam.

Terraços da Ponte, Sacavém

Enquadramento da área de intervenção

Área de Intervenção

Localização da área de intervenção

Conceito de Intervenção

O desenho base da proposta apresenta como referência o Rio, assumindo assim as formas sinuosas e arcadas, caraterísticas da morfologia destes elementos marcantes da paisagem, fazendo assim uma alusão ao Rio Trancão já que este adquire uma relevância muito grande devido à sua expressão e presença na paisagem da envolvente da área residencial. Este propósito manifesta-se de uma forma mais expressiva no desenho dos caminhos, adotando uma intenção clara de forma que se assemelha à forma do Trancão, seguido da definição dos espaços de lazer e recreio, mantendo a mesma “linguagem” codificada pelo desenho dos percursos e ainda do elemento de água. Estes espaços são devidamente acompanhados pelo mobiliário urbano que se manifesta fundamental para o seu propósito. Por fim, a alusão ao Rio Trancão está presente também na componente vegetativa, ao serem propostos prados e espaços arbustivos bem definidos, rompendo o movimento gerado pelo desenho dos percursos pedonais e criando um novo movimento próprio, atravessando os mesmos percursos e definindo a sua lógica de desenho, demarcando assim uma vivência e espacialidade distinta e afastando uma possível ideia de monotonia ao atravessar o espaço. A componente arbórea reforça esta ideia através da sua verticalidade e copas caraterísticas das espécies escolhidas, gerando espaços mais densos ou abertos. Os elementos arbóreos acompanham, de uma forma assumida, os percursos principais e ainda fecham algumas vistas do jardim proposto, criando assim um efeito-surpresa ao utilizador do espaço, convidando-o a entrar e explorar os diferentes ambientes presentes no jardim e ainda direcionam a sua vista, sugerindo o percurso do espaço e a apreciação da paisagem que envolve a área e Portefólio académico de Miguel Pedro

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5. Terraços da Ponte Jardim Residencial

Vistas Sacavém, Lisboa

em que foi inspirada para o desenho proposto. Esta visão é possível devido às caraterísticas morfológicas em que se insere a proposta, pois o jardim privilegia a sensação de proximidade e enquadramento com o rio com a sua localização num terraço elevado e ainda com a introdução de um anfiteatro esculpido na topografia e com o propósito da contemplação desta vista muito particular na cidade de Lisboa.

Princípios de Intervenção

Mobilidade Suave

Lazer

Recreio

Cultura

Integração Social

Sistema de Vistas

Vista 1 Princípios Ecológicos

Integração do Ciclo de Água

Desenvolvimento do Conceito de Intervenção Deck com vista para o Rio Trancão Coberto arbustivo (definição de novos espaços)

Espelho de água Parque infantil Caminho para manutenção residencial Mobiliário urbano Caminho principal

Vista 2


5. Terraços da Ponte Jardim Residencial

Sacavém, Lisboa

Plano Geral

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6.

Parque de Monsanto

Localização Monsanto, Lisboa Tipologia Parque florestal Unidade Curricular Tópicos Avançados em Teoria da Arquitetura Paisagista Docente Maria Teresa Alfaiate Universidade Universidade de Lisboa Ano 2013


6. Parque Planeamento de Monsanto Conceptual

Monsanto, Lisboa

Localização e Enquadramento

Introdução e Objetivos

A área de estudo remete ao Parque Florestal de Monsanto, o maior espaço verde pertencente à cidade de Lisboa. O trabalho foi dividido em 2 fases, uma primeira de cariz analítica e uma segunda de proposta para o espaço. Em ambas estas fases foi pedido para se usar uma abordagem particular, a representação abstrata e conceptual da paisagem.

Análise

Parque Florestal de Monsanto, Lisboa

Numa fase inicial de análise foram estudadas as relações entre Monsanto e a sua envolvente territorial em 3 diferentes escalas: local, municipal e regional. De forma a poder apresentar uma base sólida para ser possível uma comparação direta entre estas 3 diferentes escalas foi necessário desenvolver uma metodologia analítica comum, tendo início com o estudo do limite das áreas nas diferentes escalas territoriais. Durante o processo de delimitação destes limites surgiram as ideias de gradiente e caixa, remetendo-nos o gradiente para os valores mínimos e máximos dos parâmetros analizados, enquanto que a caixa se apresenta como o movimento segundo os valores referidos, de forma a complementar a a ideia de gradiente. Neste sentido foram escolhidos e estudados 6 diferentes parâmetros analíticos: luz, topografia, elementos culturais, estrutura urbana, infraestrutura e água.

Enquadramento da área de intervenção

Escala local

Área de Intervenção

Mar da Palha 509 m Serra de Sintra

228 m Parque Florestal de Monsanto

28 m Forte de São Lourenço do Bugio

461 m Serra da Arrábida

Localização da área de intervenção

Escala regional

Escala municipal Numa fase seguinte foram comparadas e cruzadas as informações resultantes da análise dos parâmetros referidos, servindo como base da intervenção conceptual para o Parque Florestal de Monsanto, de forma a desenvolver ligações entre este parque florestal, as áreas urbanas adjacentes e à cidade de Lisboa, de uma forma lógica, sólida e com uma forte conotação conceptual de intervenção.

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6. Parque Planeamento de Monsanto Conceptual Luz

Topografia 2

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Elementos Culturais Estrutura Urbana 2

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Tabela comparativa regional

Escala Municipal Escala Regional

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Tabela comparativa municipal

Tabela comparativa local 2

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• Para a proposta de intervenção o ciclo natural serviu como base para o desenho estratégico para os elementos estruturantes da paisagem considerados: luz, topografia, eventos, infraestrutura e água, como se pode ver na tabela que se segue. • Este ciclo natural assume como base de movimento a topografia devido ao simples facto de que a estrutura morfológica do terreno se apresenta como a mais imponente, constituindo assim o argumento que já existe um movimento natural preestabelecido para se desenvolver um equilíbrio pretendido para este espaço.

Água

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Monsanto, Lisboa

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Elementos Culturais Estrutura Urbana

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maior é a intensidade da circulação automóvel. •  Exceção: a estrutura urbana da escala municipal apresenta-se sem qualquer movimento – movimento constante, contrastando com os movimentos fluidos e sem ordem lógica das escalas locais e regionais.

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Tabela comparativa final

Conclusões •  O movimento cultural está diretamente associado ao movimento urbano – quando se está na presença de grandes áreas construídas, a presença cultural desenvolve-se com a mesma intensidade. No entanto existe uma exceção na escala municipal: a cidade apresenta-se totalmente edificada em todo o seu espaço, não sendo possível a leitura de qualquer movimento: movimento estático. Por outro lado, ao ter-se em conta a história da cidade, estas edificações estão mais concentradas e aglomeradas quando mais perto do rio e do mar, onde se localizam as maiores concentrações de registos históricos e culturais. Quanto menor for a proximidade destes corpos de água menor são os registos desta herança histórico-cultural. Desta forma pode afirmar-se que existe uma ligação direta entre a geografia e o movimento cultural, bem como a expansão da cidade de Lisboa pelo tempo. •  Ao comparar o movimento da luz nas várias escalas estudadas pode-se afirmar que Monsanto espelha a cidade de Lisboa – a luz é refletida com a mesma intensidade nos limites de Monsanto da mesma forma como a cidade a reflete nos seus limites. •  Ao comparar o movimento da topografia com o movimento das infraestruturas na escala municipal, estes dois estão correlacionados – quanto mais íngreme se apresenta o terreno

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Tabela de Proposta Conceptual •  Infraestrutura – rede proposta que promove a ligação entre a cidade e o parque florestal através de pontos de entrada estratégicos. Estes pontos estratégicos são os elementos-chave para a ligação, pois desenvolvem uma ponte que une o conjunto edificado adjacente, estreitando as relações entre os residentes, permitindo assim uma unidade sólida e compacta para toda a área de estudo. •  O sistema de circuitos apresentam 3 níveis hierárquicos distintos de intenção e desenho: 1º nível - pontos de entrada e caminho principal; 2º nível - caminho de ligação; 3º nível - caminho cultural. Esta hierarquia de circulação foram desenhados a partir de diretrizes distintas:


6. Parque Planeamento de Monsanto Conceptual

Plano Geral Monsanto, Lisboa

-- O caminho principal (1º nível) assume a forma do caminho antigo que atravessa Monsanto com a intenção de trazer o contexto histórico para o parque e para a proposta. Esta forma articula-se com as entradas para o parque florestal, disposta ao longo de elementos morfológicos existentes: festos, tirando partido das vistas privilegiadas destes elementos. -- O caminho de ligação (2º nível) assume uma forma meandrizada das linhas-mestras do desenho topográfico existente com a intenção de conectar todos os elementos de comunicação, oferecendo assim um movimento fluido e contínuo à proposta. -- O caminho cultural (3º nível) agrega todos os elementos categorizados por eventos (elementos culturais e urbanos existentes) com a rede de circuitos proposta, vinculando e interligando toda a infraestrutura de comunicação proposta. •  Água – para este elemento não foi proposta a introdução de um novo ciclo de água mas sim a revitalização e destaque de linhas de água estratégicas. A escolha das linhas de água resultou do cruzamento dos elementos que compõem a categoria de infraestrutura com a topografia e do movimento conceptual proposto, resultando assim na revitalização dos talvegues que acompanham a rede de circulação, oferecendo um ambiente mais apelativo e agradável aos utilizadores do espaço, para além de respeitar o equilíbrio ecológico deste parque florestal. •  Luz – sistema baseado na oposição natural de áreas abertas e fechadas, onde a sombra está representada em áreas fechadas e a luz em áreas abertas, conceito-base para os elementos de iluminação (postes de luz, iluminação de solo, etc.), associados ao desenho da infraestrutura de comunicação. Esta associação não é a única caraterística partilhada, pois está ainda proposta uma hierarquia de 3 níveis de importância: primária, secundária e terciária. •  Topografia – elemento imponente e estático, constituindo a base do movimento natural conceptual e de toda a proposta, interligando todos os elementos individuais e define uma unidade sólida ao parque florestal de Monsanto.

Rede de circulação

Linhas de água revitalizadas

Rede de iluminação Portefólio académico de Miguel Pedro

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7.

Município de Odivelas

Localização Odivelas, Lisboa Tipologia Planeamento urbano Unidade Curricular Ordenamento do Território - Nível Municipal Docentes Pedro Arsénio, Selma Pena Universidade Universidade de Lisboa Ano 2014


7. MunicípioPlaneamento de Odivelas Territorial

Introdução e Objetivos Odivelas, Lisboa

Localização e Enquadramento

Município de Odivelas, Lisboa

Enquadramento da área de intervenção

A área de intervenção enquadra-se no município de Odivelas, concelho com uma grande presença humana que assenta numa densa estrutura edificada, onde será desenvolvida uma proposta de intervenção a nível do planeamento urbano. O trabalho teve como principal preocupação a componente de aptidão ecológica e foi dividido em duas fases: uma de análise e outra de proposta. A fase de análise foi desenvolvida de uma forma progressiva, isto é, iniciou-se o estudo a nível do município a uma escala mais geral (1:25.000) até a uma escala com maior detalhe (1:10.000). Após esta extensa análise da área municipal de Odivelas foi escolhida uma área onde se desenvolveu a proposta com um maior grau de detalhe, onde se trabalhou à escala 1:2.000. Esta área foi escolhida não só pela dimensão da componente ecológica que apresenta como pela complexa malha urbana, desprovida de uma unidade funcional e de identidade urbana. Por outro lado, ainda existe uma grande potencialidade na área que levou à escolha deste espaço, como a possibilidade de consolidar a unidade destes complexos urbanos ao requalificar e potencializar estes mesmos espaços, ao serem dinamizadas as grandes áreas verdes que compõem esta paisagem urbanizada e ao interligá-las através dos espaços de dimensão mais reduzida (podendo classificar-se desde as tipologias de pequenos parques urbanos até aos logradouros privados) através de um sistema contínuo e pontuado, aproveitando ainda para se desenvolver um sistema pedonal onde seja possível o atravessamento de toda a área.

Análise

Área de Intervenção

Localização da área de intervenção

Proposta de Estrutura Ecológica Fundamental

Análise Fisiográfica

Portefólio académico de Miguel Pedro

+351 968 233 289 | migueljpedro@gmail.com

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7. MunicípioPlaneamento de Odivelas Territorial

Odivelas, Lisboa

Metodologia •  Estruturação de uma hierarquia racional de organização de trânsito de uma forma mais lógica, com o intuito de se prolongar e estender a ligação ecológica entre os vários espaços verdes desordenados e desligados entre eles, fazendo-se ainda acompanhar pelo sistema de circulação pedonal. •  Delimitação de áreas onde a componente agrícola seria a mais adequada, tendo em conta a presença de um solo que ostenta um valor que se afirma com essa potencialidade intrínseca (solos que se apresentam com um elevado valor ecológico, bem como substratos resultantes da atividade do complexo vulcânico de Lisboa-Mafra) e a sua proximidade com a malha urbana (essencialmente de baixa densidade residencial). •  Delimitação de áreas onde manchas de vegetação de proteção seriam as mais adequadas, podendo ainda apresentar uma dupla funcionalidade: proteção de solos e produção, definidas por se estar na presença de solos com declives elevados (superiores a 25% de inclinação), bem como se localizar em áreas desprovidas de manchas edificadas. •  Delimitação de áreas onde uma mata ou galeria ripícola seriam as mais lógicas, perante a presença de linhas de água e dispostas ao longo de zonas contíguas a estas linhas de água. •  Delimitação de manchas de vegetação com uma componente arbórea autóctone, compreendendo e respeitando assim os fenómenos ecológicos do território em questão, promovendo ligações ecológicas entre os vários espaços verdes que se encontram na área de estudo, bem como ligações pedonais.

Princípios de Intervenção

Ligações Ecológicas

Estrutura Ecológica Urbana

Mobilidade Suave

Mobilidade Ciclável

Integração da Estrutura Cultural

Integração do Ciclo de Água

Integração Social

Proposta de Intervenção •  Criação de uma hierarquia racional tendo em conta os sentidos de trânsito e o direcionamento do fluxo automóvel. -- Classificação hierárquica das vias: vias principais, vias secundárias e vias terciárias (residenciais), fazendo-se acompanhar sempre de uma alternativa de circulação pedonal e ciclável, bem como por um sistema de vegetação arborizado pontual e autóctone e um sistema contínuo onde a ausência de superfícies impermeabilizadas o justificavam. -- Desenvolvimento de alguns circuitos onde a circulação mista de peões e bicicletas impera face à circulação automóvel, encontrando-se essencialmente dispostos ao longo dos espaços classificados como logradouros, cujo objetivo é a conexão do tecido urbano da área de estudo, tecido este que exprime a realidade morfológica do lugar, incluindo o espaço público e o edificado (privado), ou seja, as ruas, infraestruturas, quarteirões, parcelas, edifícios e logradouros. Estes espaços apresentam também um cariz ecológico pois a componente arbórea acompanha estas interligações, introduzindo assim uma nova dimensão no que toca ao conforto bioclimático e a uma melhor integração dos espaços na paisagem urbana. •  Criação de uma tabela de aptidões e condicionantes, com o intuito de se propor de uma forma lógica e racional a componente vegetativa, ao conjugar conhecimentos e estudos de base em ciências exatas com o desenho territorial ecológico. -- Levantamento e identificação dos agentes atuantes no território de estudo (matrizes territoriais), informando a qualidade do meio biofísico face a determinados usos ou atividades, tendo assim um apoio para a definição das aptidões ou condicionantes, sendo a qualidade o valor resultante do seu conjunto. Desta forma reflete-se a importância do uso que se revela com maior aptidão ou vocação intrínseca numa perspetiva de utilização continuada, dando-nos uma boa garantia de permanência ou sustentabilidade do território no tempo. -- Classificação dos usos que melhor se adaptam à realidade da matriz territorial da área de estudo e introdução da função que melhor define a necessidade do território perante a transformação proposta, visando alguns princípios subjacentes à definição de aptidão territorial, destacando-se a proteção e valorização de recursos naturais e culturais, enfatizando fatores de risco perante os recursos naturais e humanos e uma visão a médio-longo prazo, balançando ainda os custos-benefícios provenientes da intervenção nesta paisagem urbana.


7. MunicípioPlaneamento de Odivelas Territorial

Plano Geral Odivelas, Lisboa

Agricultura

Pomar

Proteção

Produção

Coberto ripícola

Atividades de recreio e/ou lazer

Declives superiores a 25%

Ø

Ø

++

+

Ø

Solos de elevado valor ecológico

++

++

+

+

Áreas de máxima infiltração

Ø

+

+

Zonas contíguas às linhas de água

+

++

Ø

Património cultural Outros solos

• +

• +

• •

• ++

• •

++ ++

Culturas agrícolas

Usos Matrizes

Matas (uso florestal)

Legenda ++ Mais apto

+ Apto

– Menos apto

Ø Inapto/impeditivo

• Sem relação de aptidão

(*) Quando na proximidade com a malha urbana (essencialmente de baixa densidade residencial)

Tabela de Aptidão e Condicionantes Matrizes Territoriais Declives superiores a 25%

Usos/atividades Mata de proteção Mata de produção

Funções Mata de uso múltiplo

Conservação, suporte e proteção da Natureza

Culturas agrícolas múltiplas com cariz recreativo

Estabilidade biofísica e conservação da natureza e da biodiversidade

Mata de uso múltiplo

Suporte, proteção de habitats e estabilidade biofísica

Mata ripícola de proteção

Conservação, suporte e proteção da natureza, estabilidade biofísica e conservação da natureza

Agricultura Solos de elevado valor ecológico

Pomar Atividades de recreio e/ou lazer

Áreas de máxima infiltração

Zonas contíguas às linhas de água

Património cultural

Mata de proteção Mata de produção Coberto ripícola Mata de proteção

Atividades de recreio e/ou lazer Mata de produção

Outros solos Atividades de recreio e/ou lazer

Produção com cariz recreativo

Preservação e integração do património cultural urbano Estabilidade biofísica e conservação da natureza e da biodiversidade

Proposta de Usos e Funções

Portefólio académico de Miguel Pedro

+351 968 233 289 | migueljpedro@gmail.com

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