3 minute read

e. Prototipagem na arquitetura

PÁG _ 14

O regulamento também diz, que pelo menos um dia da semana, o Fab Lab deve oferecer serviço gratuitos para a comunidade. Fora isso, trazer atividades, oficinas, treinamentos, workshops e cursos, compartilhando os conhecimentos da cultura maker.

Advertisement

Um dos requisitos, são os maquinários mínimos que devem conter, como:

Esses equipamentos são os protagonistas do Lab. São manufaturas subtrativas e aditivas, comandadas por computadores capazes de configurar suas funções com base em arquivos CAD (computer aided design), seguindo coordenadas de um "plano cartesiano" X, Y e Z. As configurações segue o raciocínio da programação, onde é determinado para a máquina as ordens de posição, velocidade, corte, extrusão etc. Meio de desenvolver projetos com exatidão.

Além disso, o Fab Lab precisa ser equipado com equipamentos eletrônicos, para desenvolvimento de robótica, vídeo conferência para os Labs estarem 24h conectados online, ferramentas, insumos, mobiliários adequados etc.:

IMAGEM 7. MAQUINÁRIOS

PROTOTIPAGEM NA ARQUITETURA

As novas tecnologias está presente no processo de projeto arquitetônico, principalmente nos últimos dez anos, com a produção pós-industrial, inovando desde o planejamento inicial, até na execução do espaço construído. A área de informática aplicada à arquitetura, faz parte do profissional desde a sua formação, mas com a Fabricação Digital, o modo de pensar está muito mais "evoluído".

Os arquitetos, geralmente, iniciam um projeto conhecendo seu objeto de estudo, mas a partir desse momento, com a prototipagem digital, é possível criar uma maquete física de levantamento a base de software. Dessa forma, à produção de projeto tem tomado um rumo revolucionário no quesito produzir, avaliar, conhecer, gerenciar e construir a arquitetura. Tornando-se um catalisador de ideais.

Depois de se obter com êxito um modelo representativo tridimensional, os arquitetos têm desenvolvido novas "linguagens" ou "vocabulários", devido a variedade de técnicas e ferramentas que vem surgindo para completar o desenvolvimento tradicional de projeto, e uma delas é a Prototipagem Digital. Onde os arquitetos podem sair da sua zona de conforto, do modelo de pensar convencional e limitado, para experimentação de processos automatizados de manufatura, que aumenta a complexidade das formas arquitetônicas.

Ainda é recente os termos "Prototipagem Rápida" e "Fabricação Digital", até mesmo são confundidos pelos profissionais da área. De acordo com o artigo, Técnicas de Prototipagem Digital para Arquitetura, é possível diferencia-los da seguinte forma:

IMAGEM 9. CAPOS DE UTILIZAÇÃO DE PROTOTIPAGEM DIGITAL E FABRICAÇÃO DIGITAL

Portanto, nesse caso, pode-se visualizar que no primeiro momento, é a Prototipagem Digital, onde cria-se maquetes em diferentes escalas, até mesmo em 1:1. Já a Fabricação Digital, possuí técnicas destinadas a peças finais, executadas em equipamentos como CNC, como elementos fixos no edifício.

As vantagens da prototipagem é o aumento da qualidade, reduzindo tempo de produção e custo. São modelos conceituais, que não exigem resistência e precisão. São frequentemente usados também, para estudos de iluminação, simulação de túneis de vento, identificação de erros de design, proporção e melhor perspectiva de volumetria.

O processo de prototipagem parte de uma modelagem (3D) ou desenho (2D), onde são criados em softwares CAD com facilitadores determinados para cada tipo de projeto, como Modelagem Arquitetônica, Mecânica ou Orgânica. Assim, é possível desenvolver de uma forma mais ágil e eficiente.

Após a criação das modelagens ou desenho, é necessário exportar o arquivo na extensão do software de controle da máquina, que no caso da impressora 3D, é necessário salvar em STL para abri-lo no programa fatiador, por exemplo, CURA onde fateia-se a modelagem em camadas para ser impressa.

No planejamento, já é pensado em qual equipamento será feito o seu protótipo, levando em consideração a praticidade de execução e o objetivo final de estudo. Com isso, os materiais são selecionados: Cortadora a Laser - MDF, acrílico, tecidos, papéis etc.; Impressora 3D - ABS, PETG, PLA ou PLA flexível, resina etc.; Cortadora de Vinil - Papéis, acetato etc. E assim por diante.

IMAGEM 10. ETAPAS GERAIS DE PROCESSO DE PROTOTIPAGEM RÁPIDA PÁG _ 15

Entretanto, a maioria dos protótipos é preciso se dar acabamento. Como em peças cortadas na laser, podendo ser mixada, coladas e encaixadas, dependendo do projeto.

IMAGEM 11. COMPARAÇÃO DA IMPRESSORA 3D COM A CORTADORA A LASER

Conclui-se que o processo de Fabricação Rápida parte de um Modelo 3D (a), seguida da manipulação do arquivo no software de controle da máquina, a execução do projeto (b), acabamento e montagem, se houver necessidade (c) e por fim, o objeto pronto para ser estudado (d).

IMAGEM 12. EXECUÇÃO DE PROJETO NA CORTADORA A LASER

This article is from: