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Jornadas Mundiais Da Juventude Papa emociona-se com vítimas de abusos e pede perdão em nome da Igreja

Ao fim do primeiro de cinco dias em Portugal, o Papa Francisco reuniu-se com 13 vítimas de abusos sexuais, a quem por várias vezes pediu perdão em nome da Igreja Católica. As vítimas foram levadas até à Nunciatura Apostólica –, tendo o Santo Padre pedido a cada uma que lhe contasse a sua história.

Francisco ouviu tudo o que as vítimas lhe contaram e interagiu, admitindo que os abusos sexuais na Igreja são uma “catástrofe” e que o seu desejo é que a Igreja seja segura. Mostrou-se emocionado à medida que ouvia os testemunhos e admitiu que as cicatrizes vão ficar para sempre. Uma das vítimas é hoje padre e foi abusada na infância por um sacerdote.

O momento teve lugar em absoluto segredo, numa cerimónia bastante reserva- da e longe dos holofotes, já depois de, no encontro da tarde com o clero, nos Jerónimos, o Papa ter falado nos “escândalos” que “desfiguram” o rosto da Igreja e contribuem para “a desilusão e a raiva que alguns nutrem” face à instituição.

As vítimas encontraram-se num mesmo local e foram transportadas em duas carrinhas descaracterizadas até à Nunciatura. Estiveram também presentes elementos do “Grupo Vita”, criado pela Igreja para seguir este processo ao longo dos próximos três anos. Bem como Pedro Strecht, o pedopsiquiatra que liderou a comissão que estudou os abusos sexuais de crianças na Igreja ao longo dos últimos 70 anos. Recorde-se que foram validados 512 dos 564 testemunhos recebidos, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de vítimas na ordem das 4815.

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