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ONU pede investigações imparciais às mortes nos protestos no Peru

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Toucinho do céu

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O secretário-geral das Nações Unidas apelou esta quarta-feira (25) às autoridades peruanas “para levarem a cabo investigações rápidas, eficazes e imparciais” sobre as mortes registadas nos protestos no país, que decorrem há semanas.

Numa mensagem divulgada pelo seu porta-voz, António Guterres apelou também a “que se evite a estigmatização das vítimas” e reiterou a “grande preocupação” com a situação no país e o número de mortes.

O líder da ONU apelou também às autoridades para “cumprirem os seus compromissos internacionais em matéria de direitos humanos” e reiterou que as medidas de suspensão do direito à manifestação pacífica “devem limitar-se ao estritamente exigido pela situação e ser coerentes com outras obrigações ao abrigo do direito internacional”.

O apelo de Guterres também contém uma frase que parece ser dirigida aos mani- festantes, quando diz que “os protestos devem ser conduzidos de forma pacífica, respeitando o direito à vida e à propriedade”.

O secretário-geral salientou igualmente que é essencial “criar as condições para um diálogo significativo e inclusivo” para enfrentar a crise atual.

Até à data, de acordo com o gabinete do Provedor de Justiça peruano, 46 pessoas que participaram nos protestos morreram nos confrontos, enquanto um polícia faleceu, queimado vivo pelos manifestantes.

Para além destas vítimas, há a registar 10 mortes em acontecimentos relacionados com os bloqueios de estradas, de acordo com a polícia.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) relatou igualmente a morte de quatro haitianos que não puderam receber assistência médica devido ao bloqueio de estradas, além de um bebé por nascer, uma informação avançada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). JN/MS com casos ligados à lei de segurança nacional promulgada em 2020.

No entanto, o cidadão português foi acusado ao abrigo de uma outra lei, da era colonial britânica, que tem sido cada vez mais utilizada para silenciar vozes críticas.

As autoridades de Hong Kong acusam o homem de “trazer ódio e desprezo” e “estimular o descontentamento” contra o governo, promover a “desobediência” civil e “incitar à violência” através de publicações em redes sociais feitas entre 09 de outubro e 01 de novembro.

Em resposta enviada à Lusa a 4 de novembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português disse ter “conhecimento da detenção de um cidadão portador de passaporte português em Hong Kong”.

“De momento, o MNE, através do consulado-geral de Portugal em Macau, está a diligenciar junto das autoridades de Hong Kong para apurar mais elementos sobre este caso, bem como informar em conformidade a família, da qual foi recebido contacto”, referiram as autoridades portuguesas.

Alemanha planeia entregar tanques à Ucrânia entre março e abril

A Alemanha espera entregar os tanques Leopard 2 à Ucrânia entre o “final de março e o início de abril”, disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.

“Está previsto que teremos a companhia [de tanques blindados] no final de março e no início de abril” na Ucrânia, declarou o ministro alemão durante uma visita às tropas das Forças Armadas [Bundeswehr], na Saxónia-Anhalt, no leste da Alemanha.

O treino dos soldados ucranianos para a utilização dos blindados leves Marder, prometido por Berlim no início do ano, começará “no final de janeiro” na Alemanha e o treino para os Leopard 2 será “um pouco mais tarde”, de acordo com Boris Pistorius.

Após semanas de hesitação, os Estados Unidos e a Alemanha anunciaram na quarta-feira (25) a entrega de tanques pesados à Ucrânia, dando um novo passo no apoio militar a Kiev na preparação de uma possível contraofensiva à invasão russa.

A Ucrânia disse que espera receber estes veículos blindados o mais rápido possível, enfatizando que “a chave” seria a “veloci- dade e o volume” das entregas.

Berlim deverá fornecer a Kiev 14 tanques Leopard 2 tipo 2A6 da sua reserva e decidiu permitir que os seus aliados ocidentais que tenham estes blindados de fabricação alemã façam o mesmo.

A Polónia e a Noruega declararam-se prontas para entregar tanques Leopard 2 das suas reservas.

Outros países declararam a intenção de enviar estes veículos blindados de combate, como a Suécia, a Finlândia, Dinamarca e Países Baixos. A Espanha confirmou que está também “disposta” a entregar os tanques Leopard 2.

Segundo o Governo alemão, o objetivo é constituir, com os países parceiros, “dois batalhões equipados com tanques Leopard 2 para a Ucrânia”. Isto representaria entre 80 a 90 tanques. Washington, por sua vez, anunciou o envio de 31 tanques Abrams.

O Kremlin acusou os países ocidentais de “envolvimento direto” no conflito na Ucrânia, após o anúncio da entrega de dezenas de tanques europeus e norte-americanos.

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