4 minute read

MARO Eurovisão, Eric Clapton e timbre único

Quem é Mariana Brito da Cruz Forjaz Secca? É simplesmente Maro. Foi só aos 19 anos que percebeu que queria seguir a música a tempo inteiro. Atualmente é agenciada pelo artista norte-americano Quincy Jones e fez parte da banda do britânico Jacob Collier. Antes de regressar a Portugal, Maro ainda viveu no Brasil e em Paris e formou-se na Berklee College of Music em 2017. É atualmente uma das artistas portuguesas mais conhecidas além fronteiras.

Quando eras pequena lembras-te do momento em que pensaste: “um dia vou ser uma artista”?

Sim, não era tão pequena assim. Já tinha 19. Foi a ouvir uma música do Milton Nascimento, “Cais”… e aconteceu. Pensei: o que é que eu quero fazer? Porque não? Enfim, aquela coisa de ouvir uma música e não conseguir dormir de entusiasmo. Mas já estava com 19 anos.

Curiosamente, despertou em ti o querer fazer isto que fazes agora?

Eu já o fazia, mas de um jeito que eu não percebia que dava para fazer e ter esta vida. Eu escrevia músicas como quase o meu diário secreto. Eu tinha coisas para contar. E assim, de repente, esse momento na vida fez-me perceber que eu não devia fazer mais nada além de música.

O que é que o Festival da Canção trouxe?

Exposição. Muita gente que nem nunca tinha ouvido falar de mim, de repente começa a ter interesse pelo meu trabalho. Também foi aquela coisa de ser uma experiência nova, fazer uma coisa que eu se calhar não irei fazer nunca mais. Muita gente, um palco diferente, mas tudo diferente. Foi bom para um crescimento não só musical, como artista, mas pessoal também.

Já costumavas acompanhar o Festival?

Sim. Nunca fui assim super ferrenha, mas fui vendo um bocado porque eu vivia fora. Mas fui sempre acompanhando.

Fora de Portugal, a canção ainda ganhou mais reconhecimento?

Acho que sim. Vi uma reação incrível. Recebi muito carinho não só de portugueses como também de outros lados do mundo. Outros lados do mundo. Foste para Los Angeles. O que é que aprendeste de novo? Que visões artísticas é que trouxeste de lá?

Acho que o conhecer pessoas. Eu estudei em Boston durante três anos, portanto foi a primeira vez fora de casa. Conheci muita gente de países diferentes, culturas diferentes, e aí já foi um grande salto de crescimento.

Em LA acho que foi um bocadinho a afirmação de continuar a viver coisas novas em sítios novos, continuar a crescer como artista, como pessoa. Como é que a Maro em 2018 lança cinco discos?

Foi um ano em que eu já não tinha escola, não tinha aulas e que podia fazer o que eu queria da vida. Então, de repente peguei muitas coisas antigas, que já tinha escrito há algum tempo. Agora tem sido mais difícil com as outras coisas que tenho de fazer, mas a ideia é continuar a lançar com mais frequência assim.

Cinco discos é obra!

E eu acho que este ano vai por esse caminho.

O caminho que seguiste foi com Jacob Collier e com a editora Quincy Jones. Foi um salto enorme e uma aprendizagem muito grande?

Sim, eu acho que é uma palmadinha nas costas, não é? Quando alguém que foi e é uma referência na minha vida vem e diz que me apoia, diz vamos em frente e faz parte da minha equipa como peça essencial, acho que isso é muito, muito incrível. Como é que se faz um direto com o Eric Clapton?

Eu tinha feito um videozinho de um minuto e ele viu. O vídeo chegou ao Eric por meio de um produtor que me segue desde a Ber- klee College of Music. Ele acabou por mandar para o Eric Clapton. O Eric amou e pediu se eu podia fazer uma versão completa. Foi na altura que eu estava a organizar a série de duetos à distância. Eu resolvi arriscar e dizer-lhe que estava a preparar esses duetos e se poderíamos fazer uma versão completa os dois. E ele disse que sim. Portanto, foi incrível. Foi sorte também. Não é sorte. Os astros estavam todos alinhados. O Bruno Nogueira também deu aqui uma ajuda nisso?

Com certeza, com certeza. Acho que essa coisa também do Bruno ter feito na era pandemia e numa altura tão complicada, uma maneira de alegrar as pessoas e de as puxar para cima foi muito bom. De repente dizer – “olhem esta miúda” - ele apostou um bocado em mim. Ele foi tão simpático, tão respeitoso comigo, que penso que foi mais uma grande “palmadinha nas costas.” Uma última mensagem para os nossos leitores.

Obrigada por me ouvirem, por estarem aqui. E é isso. Um beijinho a todos os portugueses no Canadá.

1. Que é irracionalmente inflexível; obstinado, teimoso

2. Aquele que se exprime sem intenção de disfarçar seu pensamento; verdadeiro, leal

3. Que ou quem não tem finura de maneiras; cafona

4. Que vive no campo ou na roça; roceiro

5. Que é destituído de sentido, de racionalidade

6. Que não se expõe; oculto, íntimo, discreto

7. O que não receia o perigo, tem espírito de luta; corajoso

8. Belo, bonito; prazeroso de se contemplar, de se apreciar

Jogo das 10 diferenças

9. Que é próprio e particular de cada pessoa

10. Aquilo que possui baixa temperatura

11. De altura superior à média; de grande dimensão vertical

12. Que é tomado ou considerado no todo, por inteiro

13. Quieto, sossegado; não apresenta agitação, perturbação

14. De pouca idade; moço

15. Que provoca sentimentos de piedade; desolador, doloroso

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

This article is from: