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Dragão cínico e letal volta a caçar leão sem garras
Voltou a repetir-se a história recente, com o Sporting a deixar boa imagem e o F. C. Porto a ganhar, com mérito e eficácia. Uribe abriu o caminho e Pepê baixou o pano. Chermiti reduziu, de cabeça.
Um F. C. Porto experiente, cínico e letal, venceu (2-1) o Sporting, em Alvalade, reduzindo para cinco os pontos de diferença em relação ao líder Benfica. Num clássico equilibrado e com alternância no controlo, os azuis e brancos foram mais fortes nos detalhes e eficazes no ataque. Foram felizes na génese do 0-1, mas deram sempre a sensação que, apesar da boa exibição leonina, poderiam puxar a si o destino que lhes tem sorrido nos últimos clássicos.
Os leões voltaram a deixar uma imagem positiva, assente na qualidade do jogo, veloz e a toda a largura do campo. Porém, voltaram a revelar pouca qualidade e con- fiança no momento de ferir o adversário e mostraram fragilidade anímica após o golo de Uribe.
Os dragões controlaram a luta a meio-campo na fase inicial, frente a um leão perigoso nas alas. Fatawu e Bellerín, surpresas no onze, geraram desequilíbrios, ao passo que Marcus Edwards e Trincão estiveram desinspirados.
O F. C. Porto preferiu baixar a intensidade e atacar com critério, num registo mais lento. A ideia, aparentemente, menos atrativa, deu frutos quando Taremi atirou à barra e Marcano, na recarga, de cabeça, atirou por cima. Foi a melhor chance do primeiro tempo.
O equilíbrio imperou até ao intervalo, com os verde e brancos mais soltos e rápidos. Só que a cada ameaça, os dragões respondiam na mesma dose, dando a sensação que teriam sempre um trunfo para lançar.
Ruben Amorim acabou por lançar cedo os
“titulares” Paulinho e Nuno Santos, que começaram o jogo no banco. O F. C. Porto reentrou decidido na tentativa desatar o nó e Galeno agitou o flanco, mas os leões voltaram a equilibrar as forças. Numa luta de contornos semelhantes, Uribe não tremeu na cara de Adán. O colombiano ganhou um ressalto, mas antes combinou de forma fina com Grujic. Com espaço na grande área, o colombiano rematou cruzado para o fundo das redes.
Em vantagem, o campeão nacional sentiu-se confortável, perante um Sporting psicologicamente afetado e a acusar os fantasmas do passado.
As alterações de Ruben Amorim não melhoraram a equipa, embora Chermiti tivesse marcado, mas em fora de jogo. Para as compensações ficou guardado o melhor golo da noite, com Pepê a fazer o 0-2, ao picar a bola por cima de Adán. O
F. C. Porto selava o triunfo e nem o golo de Chermiti, que mereceu a felicidade, tirou o ouro aos dragões.
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Mais: Uribe não tremeu frente a Adán e Pepê, sempre irreverente, fechou o duelo com classe. Diogo Costa foi providencial a segurar a equipa e Chermiti nunca desistiu.
Menos: Zaidu sentiu problemas para travar Bellerín e Marcano tinha condições para fazer melhor sem Adán na baliza. Trincão, condicionado por amigdalite, foi substituído.
Árbitro: Entendeu que Inácio não derrubou Pepê e socorreu-se do VAR para anular o golo de Chermiti.