NĂ“S a comunidade
camilla de marco borges
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Ficha Catalográfica Borges, C. M. NÓS, A COMUNIDADE: Projeto de Habitação Social para a Favela do Trevo/ Camilla de Marco Borges. Ribeirão Preto, 2017. Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Estácio Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Prof.ª. Me. Ana Teresa Cirigliano Villela. Capítulo 1. 1.1 Segregação nas cidades 1.2 Privatização do solo urbano 1.3 O coletivo; Capítulo 2. Nós, a Comunidade; Capítulo 3. Da fita a nó; Capítulo 4. O projeto
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Obrigada a todos que me apoiaram nessa incrível jornada.
“Quem faz a moradia é você” Rita de Cássia, moradora há 16 anos
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sUMÁRIO
RESUMO O projeto tem como tema o desenvolvimento de um conjunto habitacional para os moradores da comunidade Favela do Trevo, situada em Ribeirão Preto. Localizada na parte leste da cidade, isolada por rodovias, córrego e montes de lixo, a favela sofre pela falta de elementos diários fundamentais, principalmente com a ausência de infraestrutura, como água, gás, eletricidade e transporte público e de moradias adequadas às necessidades de seus moradores. A proposta inicial trata-se de um artifício de expansão, ou seja, cada morador, usando a autoconstrução, poderá aumentar sua residência, dentro dos parâmetros permitidos, a ponto de cada família ter seu espaço pessoal da maneira que desejar. Os novos grupos domésticos existem, muitas vezes, em apenas certos períodos do ciclo de vida familiar, de maneira simultânea ou alternada. Para isso é necessário a criação de novas tipologias de moradias conforme as carências levantadas e, posteriormente, consentir com as possíveis mudanças feitas, tornando a autoconstrução uma dádiva, não um problema. Conta-se com a participação popular da Favela do Trevo para que essas premissas iniciais possam ocorrer e, além disso, as crianças da comunidade participaram desenhando a casa que elas gostariam de morar, para entender de maneira simples o pré-projeto.
CAPÍTULO 1 Segregação nas cidades Privatização do solo urbano O coletivo
CAPÍTULO 2 Nós, a comunidade
CAPÍTULO 3 Da fita ao nó
CAPÍTULO 4 O projeto
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linha cronológica da segregação
1940-1970
Início século XX - 1930
habitação como mercadoria Inchaço populacional
BNH e a reprodução em massa de projetos propostas inovadoras para Habitação de Interesse Social
cortiços
população marginalizada; cortiços foram demolidos por questões sanitárias
ditadura militar
periferias das cidades foram ocupadas (favelas)
crescimento de identidade dessa população
Atualidade
1980 - 2000
habitação com ideais do BNH (falho) habitação social em 2ª instância
Programa Minha Casa Minha Vida
maior desigualdade social
larga escala habitacional, porém de baixa qualidade
oportunidade de serem beneficiados pelo PMCMV
moradores com casa própria, mas com qualidade de moradia insuficientes
tentativas da retomada de novos projetos de HIS
forte resistência da quebra de parâmetros antigos (modernismo)
projetos internacionais com participação popular
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Capítulo 1 Segregação nas cidades? Meios de morar Privatização do solo urbano O coletivo
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segregação nas cidades 1. panorama histórico da segregação: internacional
Civilização.
Do latim civis, cidadão. Em grego, aquele que pertence à pólis, à cidade-Estado, berço do termo “política” (MOSSÉ, 2004). A pólis era o modelo das antigas cidades gregas, e devido às suas características, o termo pode ser usado como sinonimo de cidade-Estado. As poleis, definindo um modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental, mostraram-se um elemento fundamental na constituição da cultura grega. Essa comunidade organizada formada pelos considerados cidadãos da época, isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. Tais requisitos funcionavam de maneira exclusiva, segregando parte da população.
Em contrapartida, entre os séculos XI e XV as Cidades Medievais perdem papel político, de controle do território, tornam-se fortificadas. Elas são isoladas, muradas em formas orgânicas: ruas em curva acompanham topografia, fazendo com que possuissem planta orgânica. (BENEVOLO 1993). Nessa época houve o crescimento da população no campo, o que incentivou o aumento de produtividade, gerando o crescimento do comércio e das cidade e, por consequência, deu forças para iniciari-se bases do modo de produção conhecido por capitalismo. Trocas e moedas se generalizam e põem em xeque o regime da economia de base feudal.
Razão e ciência acima da fé, o culto ao homem ao invés de a Deus, grandes navegações, desenvolvimento da competição entre os homens: características do Renascimento, movimento de valorização da antiguidade clássica grega que provocou ampla renovação cultural, social e religiosa na Europa. Tomada pelos turco-otomanos, as rotas comerciais por terra no território europeu ficaram impedidas. Isso favoreceu o desenvolvimento de portos em cidades italianas, que passaram a se enriquecer e, consequentemente, a financiar a arte (mecenato). Entre as rupturas importantes deste período é possível analisar a passagem do feudalismo para o capitalismo, uma vez que houve um contato crescente entre mercadores europeus e asiáticos, o que impulsionou o comércio entre estes continentes.
Ainda que as cidades tenham aumentado sua importância a partir do renascimento e algumas adquiriram importância comercial, poucas atingiram uma faixa considerável de habitantes. Somente a partir do início do século XIX, com o desenvolvimento da
industrialização, ocorreu um grande
impulso da urbanização. Ela está ligada ao movimento migratório do campo para a cidade, isto por causa de mudanças estruturais ocorridas no campo nos séculos anteriores, as quais possibilitaram que as cidades possuíssem uma capacidade produtiva maior. Assim, pode-se perceber uma estreita relação entre industrialização (Revolução Industrial) e urbanização.
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As funções de cada membro da família se transformaram na medida em que alterou a estrutura socioeconômica das cidades após a industrialização. No século XIX, era divido entre razão (homem) e sensibilidade (mulher), de maneira que esse padrão não poderia ser quebrado para não colapsar a base da família nuclear. A submissão da mulher era clara: obrigada a cuidar dos filhos e da casa. O poder do homem exercido sobre a família era visto como proteção devido ao seu caráter econômico, ser a única fonte de renda.
Figura 1. “O prestígio dos homens é dado pelas calças” (Paris, Biblioteca de Artes Decorativas)
“Mas as estratégias matrimoniais se diversificam e se complexificam. O dinheiro assume formas variadas: móveis, imóveis, negócios. Outros elementos entram em linha de conta: o nome, a consideração, a situação, a classe e a beleza fazem parte dos termos de troca.” (PERROT, 2009)
Os problemas urbanos pelos quais passavam as grandes cidades européias do século XIX com maior ênfase para os extratos economicamente geraram consequências para população carente. Ambientes escuros e úmidos tornaram-se habitat, o acúmulo de pessoas em um mesmo cômodo, aumentando as possibilidades de transmissão de doenças respiratórias provocadas pela fumaça das
fábricas,
já que estas não eram separadas da malha urbana, fazendo com que suas cinzas estivessem constantemente em contato com operários e moradores locais. Um dos grandes exemplos de reformas urbanas pós-industriais foi a realizada em Paris, pelo prefeito Georges-Eugène Haussmann. Os projetos de reordenamento urbano se tornaram não só uma reforma física mas também moral, na cidade. Demoliram-se antigos edifícios e vielas medievais com o objetivo de reformular o desenho urbano de Paris. A qualidade dos requisitos de insalubridade (ventilação e insolação) nas casas também foi um dos objetivos da reforma de Haussmann, sendo que uma de suas disposições foi a, utilização de recuos largos entre os prédios, fazendo com não provoquem sombreamento em outros edifícios, como ocorria antes da reforma (BEGUIN, 1999).
as diferentes realidades: burguesia x operariado
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O século XX foi repleto de movimentos com o intuito de romper com valores antigos, enraizados. As discussões em favor de uma arquitetura e um urbanismo adequados aos novos tempos concentravam-se nos CIAMs (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna), realizados na Europa com o objetivo de discutir e difundir os princípios da arquitetura e do urbanismo modernos, que se propunham a solucionar o caos das cidades industriais (FRAMPTON, 1997). A racionalização, a padronização, pré-fabricação e a produção em série da construção; o uso de novas tecnologias e usar a arquitetura como premissa de mudança eram seus principais preceitos.
Mais do que aspectos físicos e estruturais, a proposta dos modernos era criar edifícios e cidades que tivessem um caráter social. Ao dar linhas de orientação sobre o exercício e o papel da arquitetura e do urbanismo dentro da sociedade, o movimento moderno rompeu com os sistemas tradicionais de se pensar a cidade, baseados na relação centro para os ricos e periferia para os pobres. A
Carta de Atenas considerava a
cidade como um organismo a ser concebido de modo funcional, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. Desse modo, recomenda a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho e de circulação, propondo, em lugar do caráter e da densidade das cidades tradicionais, uma cidade na qual os edifícios se desenvolvam em altura e inscrevam em áreas verdes, por esse motivo. “…dar à arquitetura um sentido real, social e econômico… e estabelecer os limites dos seus estudos.” (LE CORBUSIER)
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sEgregação nas cidades 1.2. panorama histórico nacional
Ao adentrar na história das grandes
cidades
brasileiras,
é possível entender como a segregação como uma manifestação injusta à uma certa população, a qual teve seus direitos, principalmente o da moradia, renegados. Os primeiros centros urbanos se formaram no começo do século XVI, ao longo do litoral e em razão da produção agrícula. A partir dos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro, como em Mariana e Ouro Preto, fez surgir vários núcleos no interior do país, porém com características vernaculares, uma vez que os próprios garimpeiros residiam nestes locais. Já no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização. Sucessivamente no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento e parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para os núcleos urbanos com intuito de trabalhar junto da economia que crescia.
“PAREM AS REMOÇÕES!”
A segunda cidade a servir de exemplo
Duas cidades são exemplos dessa segregação, sendo a primeira delas o
Rio de Janeiro. Em meados do século XIX, diversas cidades sofreram modificações sociais, como a abolição da escravidão e, paralelamente, o início do desenvolvimento de indústrias, o que ocasionou a vinda de estrangeiros para o país e os ex-escravos tiveram que se adaptar à nova realidade, porém sem condições financeiras e sem a permissão para adentrar à sociedade de maneira digna. Em seus primeiros anos da República, passa por um processo de reforma aos moldes de Haussmann, realizado pelo prefeito Pereira Passos, com o propósito de extinguir o retardo colonial, substituindo todos os casebres por edificações em estilo eclético (CARVALHO, 1990). O urbanismo “bota abaixo” ignorou a população mais pobre, que começou a ocupar os morros, surgindo as primeiras favelas. Atualmente houve um processo semelhante à rejeição dos casebres, com a chegada das Olimpíadas de 2016. O Rio de Janeiro implantou painéis adesivados ocultando a paisagem da favelas, omitindo tal fenômeno para seus visitantes.
debates e conclusões
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Tais fatos demonstram que ações executadas em meiado do século XX ainda são repertório para a tomada de decisão política excludente, ou seja, a segregação é um problema estrutural nacional.
O ano de 1930 foi responsável pela mudança, tanto na economia quanto na habitação brasileira. A Revolução Industrial foi decisiva ao afastar do poder os fazendeiros do café, onde construiu o caminho para uma significativa reorientação da política econômica do país. Tendo em vista as oportunidades o fluxo migratório intensificou-se, proporcionando o crescimento da população nos centros urbanos.
é São Paulo, a qual teve seu processo de periferização da população correspondente à lógica de desmembramento da cidade causado pelo crescimento de moradores que migraram para a área urbana em busca de emprego, sendo a maioria de baixa renda, abrigando-se nas regiões centrais ou industriais (favelas, loteamentos clandestinos ou cortiços). A disseminação da pobreza tornou o ato de realizar pequenas invasões em áreas não ocupadas pela urbanização mais recorrente, de modo que essa população tem menos acesso a serviços públicos, como saúde, lazer e educação. “A solução mais importante de São Paulo é a autoconstrução, esta magnífica fórmula que o capitalismo depende deflagrou para rebaixar o custo de reprodução da força de trabalho, compatibilizando uma alta taxa de acumulação com salários crescentemente deteriorados.” (KOWARICK, 1979, página 61)
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É necessário enfatizar que no início do século XX a questão da habitação não era encarada pelo Estado como uma problemática urbana/social, a qual deveria ser sanada e orientada. Tal postura altera-se na década de 1920/1930, devido às problemáticas de falta de sanitarismo. A urbanização no segundo processo de êxodo rural, foi comum nos países subdesenvolvidos e, como ocorreu de acordo com a intensidade do processo de industrialização, houve falta de planejamento, criando uma desordem no crescimento das cidades. O êxodo gerou um excesso populacional que o Estado não conseguiu gerir essas necessidades e, assim uma das tentativas do governo de subsidiar a construção de habitações para a população de baixa renda, afim de mitificar o dpeficit, foi a criação do BNH (Banco Nacional da Habitação), extinto em 1986 iniciou a campanha de criação de conjuntos habitacionais para a população de baixa renda. (ORNSTEIN e VILLA, 2013).
Com a criação do BNH também houve a exploração da verticaldade, fazendo com que o Estado fosse um forte aliado da questão imobiliária. Com promessas de ter um maior aproveitamento do solo, tais empreendimentos geraram vários problemas para o espaço público. Os prédios de repertório modernistas tinham os preceitos de alongar sua altura com a função de liberar a região térrea, e recuo entre os edifícios, porém estes foram substituídos por espaços privados para os moradores ou estacionamentos. Essa “falha” ampliada na esfera pública cirou
“Desde 1990 vem se constituindo no Brasil mecanismos jurídicose institucionais que preparam o terreno para a ampliação e consolidação da produção privada de moradias(...). A relação entre política publica habitacional e produção privada se redesenhou com a entrada do capital financeiro nas grandes empresas construtoras e incorporadoras e com o aumento de recursos dos principais fundos públicos e semipúblicos - FGTS - a partir dos meados dos anos 2000.” (SHIMBO, pág 23. 2010)”
adensamento. Relacionando-se à outro fenômeno preocupante, o salubridade, principalmente a ventilação e iluminação natural, causam efeitos tanto nas moradias quanto na população, de maneira que o modo em que se vive torna-se sufocante. Além da escala da moradia, núcleos urbanos adensados fazem com que a cidade não seja convidativa, especialmente ao se tratar do pedestre. crescimento irrefreável
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segregação nas casas Nesse período os cômodos nobres, como salas e quartos, voltava-se para a fachada principal, no caso dos palacetes da burguesia; os banheiros, e área de serviços, cozinhas e quarto de empregados eram de menor importância, muitas vezes expulsos da construção principal da casa. A casa burguesa se dividia em áreas bem definidas: A) Área social: ambiente localizado na parte inicial, criando uma divisão clara entre os espaços destinados a visitantes daqueles destinados a empregados e áreas íntimas dos moradores. A área social, sobretudo na casa burguesa, tinha mais recursos decorativos, com o intuito de demonstrar riqueza. B) Área íntima: Esse setor é o espaço no qual se encontram os ambientes mais reservados, como quartos, suítes, banheiros e escritórios e, como dito anteriormente, quase sempre acessados por um elemento conector, o corredor. Os banheiros privativos foram a principal conquista desse espaço, sendo que nos edifícios estudados havia sempre um banheiro compartilhado entre dois ou três dormitórios, característica cada vez menos presente nos empreendimentos contemporâneos que optam por reduzir as áreas dos dormitórios para incluir banheiros privativos, formando suítes. C) Área técnica ou de serviço: Destinado a áreas de limpeza e manejo cotidiano de alimentos, são representadas pelas as cozinhas, áreas de serviço, dormitórios de empregadas, depósitos e despensas. A cozinha, na história da arquitetura brasileira, sempre foi um cômodo apartado do resto da casa, reservado as sujeiras e preparos de alimentos; atualmente, ainda que possua certa segregação, ela tem se integrado mais aos espaços sociais. Para entender as diferenças e semelhanças entre os modelos habitacionais anteriores e os atuais, foram apresentadas ao lado plantas esquemáticas do modelo básico do Programa Minha Casa Minha Vida e daqueles encontrados na Favela do Trevo, em Ribeirão Preto, área de estudo deste trabalho. Uma das principais semelhanças é a manutenção da setorização como princípio de organização da moradia. A Figura 2 revela a tentativa de se criar uma sensação de privacidade para os moradores, já que seus quartos são ocultos das partes coletivas, localizados em suas extremidades. Em contrapartida a Figura 3 consiste na tripartição mais flexível por causa da sala e cozinha aproximadas, mas com a separação ainda visível. Na residência da favela a segregação interna é desordenada no sentido da divisão dos cômodos, porém sua metragem e tripartição existe. Suas semelhanças apontam como a construçao civil não possui grandes evoluções, por mais que o Movimento Moderno tenha enfatizadp com o propósito de planta livre. Essas divisões mostram o enraizamento dos antigos modos de morar nas moradias contemporâneas, tanto de baixa quanto de alta renda.
sala
sala
quarto
sala quarto sala quarto
quarto
quarto quarto
Cozinha
Figura 2. Exemplo de casas da villas da região de Frascatti. Croquis do autor COFFIN disponível em <<http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.129/3748>>
quarto
quarto
banheiro
Cozinha
sala
Figura 3. Croqui esquemático feita pela autora baseado em informações videográficas do “Programa Minha Casa Minha Vida”
banheiro Cozinha
sala/quarto/despensa
Área pessoal Área coletiva Área mista (serviço)
quarto Figura 4. Planta esquemática feita pela autora de uma das casas da favela de acordo com
Figura 5. “Família que vive em uma favela do sótão de um quarto”, New York City, 1890. Jacob Riis “Como a outra metade vive” (1890)
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privatização do solo urbano O ano de 1930 foi responsável por muitas mudanças, tanto na economia quanto na habitação brasileira. A Revolução Industrial foi decisiva ao afastar do poder os fazendeiros do café e construiu o caminho para uma significativa reorientação da política econômica do país. Nesse período, ocorreram intervenções do Estado sobre o setor de habitação, inicialmente ditando as leis sanitárias e impondo a questão moral sob a população, e consequentemente com projetos de habitação popular. A princípio, discute-se a mudança da construção civil: a casa como produto ao unvés de lar. As tais vilas provinham a privada, destinadas para locação e a pública, destinado a assentamentos operários construídos pelas próprias empresas. Tais empreendimentos privados apontam a nova discussão sobre habitação da época: entender a habitação como um empreendimento ao invés de apenas um teto, fazendo com que latifundiários “loteassem” suas terras e as comercializassem. Esse momento foi crucial com a Crise da Bolsa de 1929, que afetou a economia, principalmente das Américas. Além desse fator, a aglomeração nas cidades metropolitanas fez com que esse mercado aumentasse, mas apenas para aqueles que podiam pagar os aluguéis. As vilas operárias foram os primeiros projetos a serem entregues para a população com o caráter de moradia popular, porém essa experiência foi insuficiente para a população no âmbito de satisfação dos moradores e número de moradias.
vila operária gamboa (1932) Ficha Técnica: Arquitetos: Lúcio Costa e Gregori Warchavchik Ano: 1932 Local: Rua Barão Gamboa, 150. Santo Cristo, Rio de Janeiro
Figura 6. Localização da Vila Operária.
Patrimônio modernista localizado no Rio de Janeiro, a “Vila
Operária Gamboa” foi objeto de descaracterização de
sua forma original pelos moradores, uma vez que, insatisfeitos tanto com seus arreadores na cidade, quando sua disposição (atualmente ela consiste em uma planta baixa desconexa). Problemas com a gentrificação do local, os moradores antigos foram forçados pela lógica capitalista a mudarem do local, fazendo com que as residências fossem desativadas aos poucos. É possível identificar ausência de cuidados tanto dos moradores quanto do poder público.
Áreas molhadas (cozinhas e banheiros)
N
Figura 7. Plantas e imagens da Vila, disponíveis em <<http://www.jobim.org/lucio/handle/2010.3/70>> acesso em 20 de Maio. 2017. >> Colagem de imagens feita pela autora.
Quartos Salas 0
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O que acontece com o “Minha Casa Minha Vida?
Com o intuito de barrar a especulação dos latifundiários, criou-se em 1964 o Banco Nacional de Habitação para suprir as necessidades residenciais da população após o fenômeno de êxodo rural. O já extinto banco teve início no governo de Castelo Branco e tinha o objetivo dar os cidadãos de baixa renda a possibilidade de moradia, mesmo que básica, mas com o título de casa própria, bem como a construção de habitações de interesse social por intermédio da iniciativa privada. Apesar do nome, ele era um instrumento, atuando por intermédio de outros bancos realizando operações de crédito imobiliário. Tanto o
BNH
quanto o recente
Ilustrações feitas pela autora.
Programa “Minha Casa
Minha Vida” ações de caráter populista e muitas vezes ineficazes. Pontos negativos, como a degradação desses imóveis e a revolta dos usuários por serem excluídos da cidade são fatos que entrelaçam os dois programas: a insatisfação. Priorizando o quantitativo ao invés do qualitativo, essas políticas utilizam de soluções projetuais repetitivas e sem a participação popular. Apesar dos esforços do governo, o projeto do BNH foi insuficiente, tanto financeiramente quanto satisfação popular. No caso do PMCMV, o qual seu programa é essencial para combater o déficit habitacional, mas sua prática é insuficiente. Organizado por diversas fontes de financiamentos da casa própria, empresas terceirizadas ganahram destaque por sua quantidade de imóveis para financiar através do programa, dando a elas liberdade de criar espaços nas cidades que não condizem com seu crescimento ordenado e de criar habitações com menor custo possível. O esquema abaixo ilustra como funciona essa tercerização:
(programa lançado em 2009)
visam lucro
ESTADO $
empresas privadas
Permitir o acesso à casa própria para famílias de renda baixa e média.
$$$
moradia popular
Ilustrações feitas pela autora.
famílias segregadas da cidade e com casas de má qualidade
HABITAÇÃO COMO PRODUTO
Êxodo rural Ilustrações feitas pela autora.
Privatização do solo
HIS
Favelização
Terceirização dos imóveis (lucro)
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o coletivo Ainda que a produção habitacional tenha sido importante, foi insuficiente para suprir o déficit habitacional, agravando o processo de urbanização que ocorreu na segunda metade do século XX. A estratégia implementada pelo BNH contribuiu em uma pequena parte para o empecilho que ocorria no país. Com isso, foram excluídas da política habitacional parcelas significativas da população de baixa renda. Em conseqüência, ocorreu um intenso processo de construção informal, distantes das áreas urbanizadas e carentes de infra-estrutura e equipamentos sociais. Com a terceirização da construção dessas moradias, abre-se o espaço para que essas empresas visem apenas o lucro e ignorar a participação dos futuros moradores ao projetar as residências. ANDRADE, L. & LEITÃO, G (2007) afirmam que quanto mais a liberdade dos usuários ao se envolver com o projeto, melhor a aceitação da moradia e menos depredação acontecerá. A arquitetura teve exemplos memoráveis ao se falar do habitar coletivo, como a princípio as Siedlungs (tentativas de criar espaços funcionais com o intuito de resolver a escassez das moradias) na Alemanha, especificamente em Frankfurt. Os projetistas construíram prédios alongados horizontalmente, exemplo seguido pelos brasileiros nos anos seguintes, com a composição plástica e formal pura que priorizavam pela verdade dos materiais. Este modelo foi seguido por diversos conjuntos habitacionais brasileiros, como o primeiro feito pelo IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões), o Conjunto Residencial Operário em Realengo, em 1942, com a volumetria prismática, destacando-se das casas térreas do entorno imediato. Na década seguinte o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, conhecido como “Pedregulho” foi um exemplo de como este tipo de moradia é problemática, dado que seus primeiros anos foram vangloriados pela preocupação da interação entre os moradores, com áreas de serviço públicas e equipamentos dentro do conjunto. Porém, com o descaso do governo e dos próprios moradores, atualmente encontra-se descaracterizado e muitas de suas funções coletivas foram desativadas. Como último exemplo, o Pruitt Igoe, conjunto nos EUA encontrava-se isolado do centro da cidade e possuia características parecidas com as de Pedregulho, como a falta de manutenção e assistência estrutural e social. Tal edifício seguia os preceitos modernistas, porém com graves problemas dentro do projeto, como ventilação e orientação solar. Seu fracasso levou a sua demolição, determinando o fim do MOVIMENTO MODERNO.
1920
1942
1952
1972
Figuras 8,9,10 e 11. Conjuntos Habitacionais Siedlung (disponível em <<https://angelinawittmann.blogspot.com.br/2016/04/arquitetura-siedlung-hufeisensiedlung.html>> acesso em 29 de Maio. 2017), Conjunto Residencial Operário em Realengo (disponível em <<http://habitacaosocial.com/conjunto-residencial-operario-em-realengo/>> acesso em 29 de Maio. 2017), Residencial Prefeito Mendes de Moraes (disponível em <<http://www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy>> acesso em 30 de Maio. 2017) e The Pruitt Igoe Myth (disponível em <<http://www.filmmonthly.com/film/video-and-dvd/the-pruitt-igoe-myth>> acesso em 30 de Maio. 2017). Colagem de imagens feita pela autora.
1920 Siedlung Ilustrações feitas pela autora.
1942 Realengo (IAPs)
1972
1952 Pedregulho
Pruitt-Igoe
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Com a quebra desse modelo, a partir da década de 70, a crítica à arquitetura moderna centra que não mais responderia às demandas contemporâneas. Além desses conceitos, a questão da privacidade cresceu de maneira que áreas livres de conjuntos habitacionais fossem cercadas, impedindo o livre passeio da população, fomentando a segregação espacial das cidades (BONDUKI, 2004). “O MCMV é, na origem, um programa econômico. Foi concebido pelos ministérios de “primeira linha” – Casa Civil e Fazenda – em diálogo com o setor imobiliário e da construção civil, e lançado como Medida Provisória em março de 2009, como uma forma declarada de enfrentamento da chamada crise dos subprimes americanos que recentemente tinha provocado a quebra de bancos e impactado a economia financeirizada mundial (...). O perigo de se repetirem os erros reconhecidos do BNH, de produção periférica em locais mal servidos por infraestrutura urbana, já era mencionado, tendo em vista a desarticulação da produção habitacional em relação às matérias urbanísticas, em relação às ações municipais de regulação do uso e ocupação do solo, que estariam apoiadas na efetivação da função social da propriedade, na implementação dos instrumentos do Estatuto da Cidade, na elaboração dos Planos Diretores em bases diferentes daquelas que os tinham caracterizado durante os anos 1970 e 1980. A questão da terra, o nó da política urbana brasileira, e da segregação socioespacial eram enfim apontadas como o principal gargalo que o Minha Casa Minha Vida não enfrentava, com consequências ainda difíceis de serem previstas.” (AMORE, SHIMBO, RUFINO, pág 18, 2015)
1970
fortalecimento dos movimentos sociais
O conjunto Brooklin! Quatro imponentes blocos de confortáveis apartamentos, com 2 ou 3 dormitórios, que a Guarantá está acabando de construir para você. Tão logo sejam publicados os novos planos do BNH, iniciaremos as vendas. Mas você já pode visitar o seu apartamento!
1980 institucionalização da assistência técnica
1990 programas habitacionais intensificados no país
2000 aumento dos assentamentos
humanos nas capitais
2010
mercado imobiliário responsável
por aumentar a segregação social Figura 12. Anúncio do BNH - FSP - 1971 Colagem de imagens feita pela autora.
Ilustrações feitas pela autora.
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”Concurso codhab sobradinho DF” (2016)
“Congresso Internacional Sustentabilidade e Habitação de Interesse Social” (2014)
“Conjunto Habitacional Barcelona” (2009)
UNIDADES DE HABITAÇÃO COLETIVA – SOBRADINHO/DF O projeto parte da premissa de que a implantação dos 5 edifícios de habitação social deve gerar a requalificação do espaço público da quadra 2 de Sobradinho. O projeto urbanístico da região é caracterizado pela mistura de tipologias habitacionais individuais e coletivas, modelo comum no Distrito Federal, o que gera espaços residuais entre as casas geminadas e as projeções prediais. Portanto, pareceu fundamental que o projeto se iniciasse a partir do desenho do solo. Primeiramente, o gramado que conecta a rodovia BR 010 – principal acesso do transporte coletivo – às qua-
dras B7 e B4 foi pavimentado e arborizado nos trechos próximos à via. Ali, o desenho também sugere a implantação de uma ciclovia articulando a passarela de pedestres ao restante do bairro. Transversalmente a esse eixo, um caminho pavimentado conecta as quatro projeções alinhadas (quadra B7, A e C; quadra C6 A e C), promovendo a utilização do espaço público entre as casas e os novos edifícios, além de conectar a circulação aos equipamentos circunvizinhos – escola, igreja, e quadras esportivas. Nesse eixo, cada edifício construído ganha uma praça, que funciona como uma extensão natural do pilotis. Para
vencer a topografia acidentada, as praças foram divididas em platôs sequenciados que promovem a acessibilidade urbana a partir de um sistema de rampas – recurso que torna o projeto facilmente adaptável à topografia dos 5 lotes. Nas quadras B7 e C6, os espaços entre as projeções A e C foram preservados, criando um ambiente mais densamente arborizado. Já na projeção B da quadra B4, a praça assume um papel gregário devido ao caráter misto do uso urbano, conectando o edifício aos espaços comerciais vizinhos. A seguir, detalhamos o projeto do bloco A da quadra B7.
Concurso Nacional de Arquitetura unidades habitacionais coletivas Sobradinho - Brasília | DF
1/5 Figuras 19, 20 e 21 Informações retiradas do site do escritório vencedor <http://www.onl.cat/work/more_info/?work_id=31> Acesso em: 10 de maio de 2017.
Figuras 13, 14 e 15. Informações retiradas do próprio concurso disponível em <http://www.codhab.df.gov.br/concursos/uhc-sobradinho/resultado>. Acesso em: 10 de maio de 2017.
Figuras 16, 17 e 18 Informações retiradas site <https://concursosdeprojeto.org/2014/06/09/concurso-de-estudantes-chis-2014/> Acesso em: 10 de maio de 2017.
Muito embora os modelos modernistas tenham apresentado uma série de falhas, eles continuam sendo repetidos na atualidade, como pode-se observar nas propostas que vem sendo apresentadas em concursos públicos de projetos de arquitetura. Os concursos mostrados acima ainda representam a estética modernista, com seus blocos alongados e racionais, priorizando quantidade de apartamentos ao invés da qualidade, afirmando a dificuldade de romper com este pensamento. Por mais que esse tipo de projeto facilite a adaptação do terreno e conseguir mantar a cota de famílias alcançadas, é claro a sua decadência ao passar dos anos, gerando insatisfação dos próprios moradores.
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Para que tais equívocos sejam minimizados, é necessário o entendimento da cultura popular, que deve considerar o regionalismo e a arquitetura vernacular. NESBITT (2008) destaca que a revalorização do regionalismo implica no desejo de criar-se uma identidade e não apenas o sonho da casa própria, classificando esse fenômeno como “expressão dialética”. Essa liberdade em arquitetar torna todo o processo interativo e interessante para o proprietário,
tornando-se
uma
Em contrapartida, a arquitetura chamada “vernacular” precisa de cuidados e auxílio, principalmente para casas feitas com materiais primários, como barro, pau a pique, entre outros. É papel do arquiteto oferecer assistência técnica para a população de baixa renda, almejando a melhoria dessas casas e/ou sua expansão. A lei que garante esse recurso apesar de estar em vigor desde 2008 , o desconhecimento desta faz com que seja inexplorada na maioria das cidades brasileiras.
estado
estratégia
essencial a ser utilizada para o projeto na comunidade
da Favela do Trevo. Dois exemplos no Chile foram feitos a partir da gestão participativa, o que gerou satisfação dos moradores, diferentemente dos conjuntos habitacionais mostrados anteriormente. O primeiro, do arquiteto Alejandro Aravena, traz a cultura local por parte dos materiais e dos costumes da população, além de ouvir quais seriam as intensões futuras deles em questão da moradia, transformando as residências em algo expandível. Já o segundo exemplo, do arquiteto Cristián Undurraga, teve um processo diferente por se tratar de uma população indígena que foi inserida em uma comunidade urbana. A solução foi trazer os materiais evidentes na região, principalmente a madeira, e adaptou a realidade deles com as técnicas construtivas do país, criando uma espécie de vila, mais uma vez, formando uma identidade local. Já no âmbito do objeto de estudo, como será mostrado posteriormente no Capítulo 2 “Nós, a comunidade” a gestão participativa é fortemente presente.
Figura 22. Morador da Favela do Trevo expandindo sua casa. Foto autoral.
Assistência técnica
população
Há dois pontos que se entrelaçam, o político e o social, já que os “clientes” são moradores da cidade, que não apenas habitam (o que acontece com a maioria da população que aceita morar em conjuntos habitacionais longe da cidade), mas transitam por ela. Afastar essas pessoas é outro meio de continuar a segregação espacial que tanto é criticada. Fazer um balançeamento entre a parte política e a social é o que torna a assistência complexa, uma vez que depender do órgão público para ter esses recursos (capital) torna-a árdua. Compilar atividades da arquitetura e do urbanismo auxilia nesse processo, fazendo com que a comunidade exerça seus direitos de habitar a cidade como um todo, e não apenas no local em que sua residência foi relocada. Acreditar na importância da arquitetura social e no sonho de torna-la acessível e democrática a todos é o objetivo principal da proposta, e é o que torna o projeto para a comunidade possível.
Nota Oficial – Lei 11.888/2008 “Assegura às famílias de baixa renda
assistência técnica pública e gratuita para
projeto e construção de habitação de interesse social, o Ministério das Cidades esclarece que: O Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - gerido pelo Ministério das Cidades - repassou a 172 contratos o valor total de R$ 27,9 milhões de investimentos em assistência técnica. Famílias de 16 estados brasileiros e 122 municípios estão sendo diretamente beneficiados. A atual gestão do Governo Federal prioriza, por meio de recursos federais, o direito social à moradia somado à assistência técnica pública e gratuita para projetos e construção de habitação (...) O Ministério das Cidades estruturou suas ações de política habitacional em um tripé que visa garantir ao cidadão a reforma da casa própria; a construção de unidades habitacionais destinadas, prioritariamente, à população que se encontra em áreas de risco; e a concessão gratuita da escritura de imóveis em situação irregular às famílias com renda de até dois salários mínimos, por meio da regularização fundiária urbana.”
20
O COLETIVO: a experiência no chile, “Quinta Monroy”
chile
Sold Pedro Prado, Iquique, Tarapacá
Modificar o pensamento antes de encarar o problema: ao invés de projetar a menor unidade possível, planejar a possibilidade de expansão de acordo das necessidades dos próprios moradores. Para que não houvesse modificações feitas pelos usuários, prejudicando a paisagem e a estrutura planejada, optou-se por residências que trabalham com cheios:
A verba disponível para a realização desse projeto era equivalente a fazer uma casa de 40m² para cada família, tamanho considerado inapropriado para o grupo de projetistas, já que a ideia inicial era chegar a 80m² .Então, a solução foi criar várias casas com a primeira metragem, porém criando um vazio no núcleo edificado para que os moradores aumentarem suas casas assim que necessário.
Reurbanizar a favela que, durante os últimos 30 anos,
ocupou ilegalmente um terreno no centro de Iquique também foi um desafio, uma vez que o custo de terras neste local da cidade é maior do que a periferia, local onde as famílias optaram por não morar. A preferência pelo centro foi escolhida pela praticidade em se locomover e habitar, não apenas a casa, mas a cidade como um todo (JARDIM, 2O16).
antes
depois
plano de localização
Todas as imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório ELEMENTAL: http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/. Acesso em 17 de maio de 2017.
Ficha Técnica: Arquitetos: Elemental - Alejandro Aravena, Alfonso Montero, Tomás Cortese, Emilio de la Cerda Localização: Sold Pedro Prado, Iquique, Tarapacá, Chile Área: 5000.0 m² Ano projeto: 2001 / Ano execução: 2004
21
O conjunto “Quinta Monroy” possui duas tipologias de habitação: a casa térrea e o apartamento duplex . Elas se combinam de forma a permitir a expansão desejada por cada família onde as casas térreas poderiam crescer por todo o térreo. Pelos desenhos fornecidos pelo arquiteto Alejandro Aravena, a parte do estar e jantar devem estar contidas nos módulos já executados e a parte pessoal a ser construída pelo morador. Ou seja, uma habitação extremamente funcional, adaptável e sem hierarquia dos espaços. Essas unidades, pela linearidade da sequência lateral, possuem aberturas somente nas fachadas frontal e fundos, as emp nas laterais são cegas. A única abertura lateral é a porta de acesso aos apartamentos duplex, que acontece na lateral direita da parte construída, mas dentro da área expansível da casa. Na fachada frontal cada habitação possui uma janela com um único tipo de abertura; na fachada dos fundos, no apartamento duplex, possui uma janela de mesmo tipo. Diferentemente do que ocorre na casa térrea, em que existem duas janelas projetantes, uma porta no módulo direito e uma divisória leve ao longo dos três metros do módulo esquerdo.
“Em resumo, quando se tem fundos para fazer somente metade do projeto, qual se faz? Optamos por fazer aquela metade que uma família, individualmente, nunca poderá alcançar, por mais tempo, esforço e dinheiro que se invista. E é dessa forma que procuramos responder com ferramentas próprias da arquitetura a uma pergunta não-arquitetônica: como superar a pobreza.” Alejandro Aravena, 2012.
*Figura 23. Implantação do projeto
N Acesso veicular Acesso às casas Unidades Habitacionais (sem expansões dos moradores)
Uma vez que era contra os princípios do arquiteto movê-las para a periferia da cidade, excluindo sua convivência com o bairro e vizinhos, Aravena propõe habitações menores, mas com soluções sobre orientação solar e ventilação melhoradas, além de acessos adequados, tanto de pedestres quando de veículos.
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/>>
22
A casa térrea, localizada no primeiro pavimento, possui espaço para futuras expansões no sentindo horizontal como novos quartos, salas ou quintal. As partes estruturais, hidráulicas e elétricas foram feitas pela equipe técnica, para que assim todas as famílias pudessem ter suas necessidades básicas atendidas e apenas aumentassem o número de ambientes conforme os anos. Outro ponto favorável é a questão da acessibilidade: por estar contida em mesmo nível, sem acesso por escada, a casa acomoda pessoas com deficiência e idosos. Pela dimensão, essa tipologia acomoda de duas a quatro pessoas, variando conforme desejar cada morador.
Principais acessos internos Acesso ao Duplex Expansão dos moradores Construção principal
*Figura 24. Planta Baixa Casa Térrea
Possibilidade de uso misto: usar tal ambiente como ponto de comércio ou prestação de serviço (subsistência familiar).
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/>>
23
Já o segundo pavimento e o terceiro pavimento são
Duplex, constituindo 20m² por cada
futura ampliação
futura ampliação
pavimento. Esta parte é composta por dois módulos sobrepostos e um vazio lateral, ambos com pé-direito duplo. A parte construída, no primeiro nível, é composta pela escada e o posicionamento da tubulação de água e esgoto para a cozinha.No pavimento superior está localizado o banheiro e um espaço livre, destinado aos dormitórios. No total, a casa é entregue com 40m² e, considerando toda a possibilidade de área construída, a habitação chega a 80m². Caso ocorram as ampliações, a habitação acomodará até cinco pessoas em três dormitórios. Ao contrário da casa térrea, essa habitação não está dentro das normas de acessibilidade, em razão de existir escada externa de acesso e a escada interna para acesso ao banheiro e demais espaços contidos no segundo nível. Os apartamentos Duplex do terceiro pavimento são compostos, inicialmente, por um banheiro de metragem mínima, um espaço construído para um possível quarto.
Residências Duplex Acessos internos
futura ampliação
*Figura 25. Planta Baixa Duplex *Figura 25. Planta Baixa Casas Superiores
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/>>
UNIDADE AUTÔNOMA DUPLEX
24
Ampliação de 2 a 3 dormitórios
*Figura 24. Elevações
Nas elevações acima é possível reconhecer quais são as residências térreas e quais são as duplex, ambas com a mesma metragem quadrada, apenas com diferenças de locação de vasos sanitários, pias, tomadas e aberturas. A parte básica realizada pela equipe tráz uma valorização na circulação entre as habitações, já que anteriormente a esse projeto, o bairro em que os moradores moravam era considerado um labirinto, com casas apertadas e sobrepostas, tornando os caminhos em vielas escuras e de difícil passagem (JARDIM, 2016). Residência Duplex
Expansão Duplex
Residência Térrea
Expansão Térrea
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/>>
UNIDADE AUTÔNOMA TÉRREA
Ampliação de Sala de estar/sala de jantar/ entrada
*Figuras 27. Cortes
Sala de estar/sala de jantar
crescimento da primeira parte da casa (pátio): quarto 1 e 2
UNIDADE AUTÔNOMA TÉRREA
crescimento da primeira parte da casa (pátio): quarto 1 e 2
UNIDADE AUTÔNOMA DUPLEX
Ampliação de Sala de estar/sala de jantar/ entrada
Ampliação de 2 a 3 dormitórios
Ampliação de Sala de estar/sala de jantar/ entrada UNIDADE AUTÔNOMA TÉRREA
Ampliação de 2 a 3 dormitórios
UNIDADE AUTÔNOMA DUPLEX
25
Sala de estar/sala de jantar
26
prancha de zinco telhas metálicas
concreto viga de madeira pino pilar de ferro descarga: cano pvc concreto estrutural
viga de madeira pino
Trata-se de um conjunto de moradias populares, com custo de 7.500 dólares (na época) por unidade, vendidas a pessoas de baixa renda que antes viviam em um terreno ocupado ilegalmente. Os materiais escolhidos são
concreto
parafuso galvanizado forro de zinco
prancha ondulada de zinco isolamento entre as pranchas telhas metálicas
armado como sua estrutura básica, madeira
de pinus para detalhamentos e steel frame para sustentação. A escolha desses elementos foi feita a partir do que os moradores sabiam construir, além de ser algo que fosse facilmente encontrado na região.
blocos de concreto
*Figuras 28. Elementos estruturais
27
O projeto tem como a principal base a
gestão
participativa no desenvolvimento de ideias, criando
um laço entre projetistas e moradores, o qual tende a atender as necessidades de todos de uma maneira mais democrática. As habitações de interesse social tem como fator positivo o intuito de devolver a essa população marginalizada um local digno de vivência. Além da participação, há a possibilidade de expansão das unidades, tanto horizontais quanto verticais, dando a possibilidade do morador intervir na área útil da unidade habitacional da maneira que lhe convém. Com programas bem definidos, o QUINTA MONROY serve de base para o trabalho em questão. *Coleção de Figuras 29. Participação das famílias para o conceito do projeto.
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.elementalchile.cl/en/projects/quinta-monroy/>>
28
O COLETIVO: a experiência no chile, “ruca” Este conjunto habitacional constituído por 25 habitações, e está localizado na periferia da cidade de Santiago para a comunidade Mapuche (”homem da terra”). Essa população indígena estava disposta a participar da sociedade contemporânea, porém sem perder suas tradições, como a agricultra, a conexão com a natureza, fazendo com que as duas realidades se vinculassem. O desafio foi conciliar os valores culturais dos moradores com aspectos globalizados.
chile
Arquitetos: Undurraga Devés Arquitectos Localização: La Pincoya, Huechuraba, Região Metropolitana de Santiago, Chile Arquiteto Responsável: Cristián Undurraga Área: 1537.0 m2 Ano Do Projeto: 2011
“Nestes parlamentos, que ocorriam em uma ruka, nos ensinaram sua história, suas tradições e sua cosmo-visão: o Az Mapu. Nele estão contidos os princípios que estabelecem as relações entre os Mapuches e o mundo visível e invisível: o mundo territorial, político, social, cultural e religioso.” Cristián Undurraga, 2014.
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.undurragadeves.cl/?p=1093>>
povo
INDÍGENA habitação de interesse social La Pincoya, Huechuraba, Santiago
N
N N
29
quarto principal
sala quarto
cozinha lavanderia
*Figura 30. Planta Baixa Térreo
banheiro
Cozinha e sala
Expansão
Quarto
Quarto
Lavanderia
*Figura 31. Planta Baixa Primeiro Pavimento
Banheiro
O projeto é divido em duas plantas, catecterizado pela parte de baixo ser o básico com um quarto menor, cozinha e lavanderia e o andar superior com o dormitório principal, banheiro e um cômodo a mais para que o morador possa ampliar da maneira que desejar. Suas antigas residências eram espaços transitórios formados por estruturas leves de ramos e troncos. Estas casas, confundidas com a paisagem, se degradam com o tempo para retornar à terra acompanhando o tempo circular da natureza. *Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo próprio escritório em seu site <<http://www.undurragadeves.cl/?p=1093#>>
*Figura 32. Interior da residência
30
*Figura 33. Corte A
*Figuras 34. Corte B
*Figura 35. Corte C
*Estas e outras plantas e imagens foram disponibilizadas pelo prรณprio escritรณrio em seu site <<http://www.undurragadeves.cl/?p=1093#>>
31
Na composição formal e na escolha da materialidade este projeto integra técnicas de construção atuais e ancestrais, no entanto representava um desafio para estritas regulamentações de habitação social institucionalizadas, muitas vezes avessas às singularidades culturais. Além de quaisquer deficiências que o projeto possa ter em termos de estética ou escala . As habitações Ruca são uma oportunidade para revalorizar o conhecimento local tradicional e para
contestar a homogeneização dos conjuntos habitacionais
populares. Trata-se dos primeiros alojamentos sociais desenhados de acordo com a lógica de uma ruca Mapuche, na comuna de Huechuraba. O projeto qualificou como um "marco" no desenvolvimento habitacional que vivem em Santiago. O desenho deste projeto foi produto de um
trabalho participativo
entre a comunidade e arquitetos, mostrando novamente a importância do saber popular mesclado com o técnico. A assistência de profissionais da área para criar habitações adequadas para esse tipo de população deve ser valorizada.
ctiva Perspe . 6 3 a *Figur
*Figura 37. Fachada Frontal
idência
da res
*Figura 38. Fachada Posterior
32
33
CapĂtulo 2 NĂłs, a comunidade
34
Onde estamos? Jardinópolis Rodovia Cândido Portinari Rodovia Anhanguera
Sertãozinho
Ribeirão Preto
Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira
Serrana
SÃO PAULO RIBEIRÃO PRETO Rodovia Anhanguera
Cravinhos N
35
01
deverá apresentar aprovação na ARTESP da chegada da marginal em dispositivo existente
prever viaduto sobre rodovia será necessária aprovação de projeto na ARTESP prever ponte sobre linha ferrea para inteligacao da marginal
02 19
20
03 04
13 12
prever passagem em nível sobre a ferrovia projeto deverá ser aprovado na concessionária responsável pelo ramal
18 15
09 16 17
14
21
07 05
22 08
23 24 29 27
18
0.0
0
25
06
7
18
5.0
R75
0
NÃO DA PARA RASSAR A AVENIDA POR BAIXO DO VIADUTO DA FEPASA
BALBO
26
31
28
32
30 B
10
VER: AV
FERNAN DO
FERREI RA
LEITE - 0_NOVA PROPO OUTUB RO
2015_ZE ROBER TO
SMMA
11
44 4 9 9184 20
33
A
3 3 14
SANT'ANN
35
STA
34
N
36
Rodovia Anhanguera
A Favela Jardim do Trevo está localizada na Zona Leste da cidade de Ribeirão Preto, no bairro do Jardim do Trevo, já existente há mais de 30 anos, quando houve desocupação da Favela da Mabel que ficava próxima a Av. Niterói, na Lagoinha. Após a desocupação da Favela da Mabel muitas famílias migraram para o terreno público ocupado atualmente. Segundo alguns moradores, o município tentou desocupar uma vez a favela, fornecendo casas no Bairro Jardim Maria Casa Grande Lopes, porém a adesão à proposta foi pequena. Com a resistência das famílias, novos moradores julgaram que era seguro ocupar o terreno, expandindo-a de forma irregular. Apesar da união dos moradores em tornar o local mais agradável, são nítidos os problemas sociais e estruturais que os usuários sofrem. Esse projeto tem como objetivo melhorar a vida deles através da proposta de moradias adequadas.
Comunidade do Trevo
N
37
FAVELAS SITUAÇÃOATUAL ATUAL FAVELAS - SITUAÇÃO Região 1
Norte
2
Norte
3
Norte
4
Norte
5
Norte
6
Norte
7
Norte
8
Norte
9
Norte
10
Norte
11
Norte
12
Norte
13
Norte
14
Norte
15
Norte
16
Norte
17
Norte
18
Norte
19
Norte
20
Norte
21
Norte
22
Norte
23
Norte
24
Norte
25
Norte
26
Oeste
27
Oeste
28
Oeste
29
Oeste
30
Oeste
31
Leste
32
Leste
33
Sul
34 35
Sul Oeste
Denominação
Sub Setor
Bairro
Destinação da área
Nº do Cadastro
Tempo Form.
Ruas Limítrofes
Área Total / Favela
Cad. 501639 / Cad. 501647
Av. Magid Simão / Trad Antônio Taveira de Miranda
36.570,6000 m²
19.349,0000 m²
Simioni - Magid Simão Trad
N 10
Cj. Hab. Adelino Simioni
Sistema de Lazer / Institucional
Simioni - Brejo
N8
Cj. Hab. Adelino Simioni
Área Institucional / Sistema de Lazer
Cad. 500596 Cad. 500592 / Cad. 500593
Érico Veríssimo / Di cavalcanti / Jos é V. P. Leite / Olympio Rossi
Simioni - Via Norte
N8
Via Norte
Área Verde
Cad. 500596 Cad. 500592 / Cad. 500593
Av. Mário Covas
(Usina de Reciclagem)
Área Institucional
Cad. 500591
José Paterno/ Luiz Venâncio / Estrada sete / R. Henrique J.J. Morgano
24.334,0000 m²
Jd. Aeroporto
Área Verde (praça)
Cad. 501679
It ápolis / Porto Feliz / Angra dos Reis / Porto Ferreira
27.942,3000 m² 110.401,0000 m ²
Simioni - Usina de Reciclagem Aeroporto
N 13
Do Jóquei Clube
N 14
Jd. Aeroporto / Jóquei
Área Verde
Cad. 501709
Hermenegildo A. Faccioli / Theodora F. Grillo/ HermelindoDel Rosso
Da Mata
N 13
Jd. Aeroporto
Área Particular / Área Verde
Cad. 502199
R. Itápolis
99.867,6000 m²
Leão - Leão itabirite
N 13
Jd. Aeroporto
Área Particular (vizinha à Itabirite)
Diversos Cadastros / Áreas particulares
estrada das palmeiras / Thomas Alberto Watelly / Av. Recife / Borborema
6.690,0000 m²
Adamantina
N 13
Jd. Salgado Filho I
Área Verde ( Praça)
Cad. 501683 / Cad. 501684 / Cad. 501691
Aguaí / Americana / Analândia / Adamantina
13.610,6000 m²
Ação civil
N°de Barracos
Pop. Estimada
512
2560
Proc. 4248/05 - 2ª vara
150
750
Proc. 1568/05 - 1ª vara
300
1500
120
600
170
850
45
225
413
1612
34
140
98
490
26
130
Pro. 4400/05 - 2ª vara
Proc. 3970/05 - 2ª vara
Anhanguera I
L 12
Recreio Anhanguera
Área Verde ( Praça)
Cad. 501774
Lupércio bartochi / Sebastião M. Vianna/ Elisa S. Caldana
3.773,2000 m²
duas ações: Proc. 2970/05 1ª vara e Proc.517/02 - 5ª vara
AnhangueraII
L 12
Recreio Anhanguera
Área de rua
Sem cadastro / Área de rua
Jos é D. Machado / Orestes Manzoli
793,3000 m²
Proc. 4317/05 - 2ª vara
Salgado Filho
N 19
Jd. Salgado Filho II
Área Verde ( Praça)
Cad. 501699
Ubatuba / Anhembi/ Mogi Guaçu
5.437,5000 m²
86
430
Cad. 501689
Nuporanga/ Anhembi e Mogi das Cruzes
10.659,0000 m²
60
300
Salgado Filho - R. Nuporanga
N 19
Jd. Salgado Filho II
Área Verde (Praça) / Possui um campo de futebol utilizado pela Secretariade Esportes
Transerp
N3
(Vila Fábio Barreto)
Praça
Cad. 501570
David Salomão / Tapajós / Sebastião Leite / Tabatinga
10.087,6000 m²
70
350
Jd. Jandaia - Torre
N7
Jd. Jandaia
Praça
Cad. 501590
Paulo Marzola / Japurá / Joaquim Gonçalves Ledo / Itapicurus
6.223,0000 m²
54
270
5.749, 0000 m²
39
195
Jd. Jandaia - Igreja
N7
Jd. Jandaia
Praça / Sistema de Recreio
Cad. 501821 / Cad. 501595
Antônio Junqueirada Veiga / Avenida Maestro H. Clodovil
Jd. Jandaia - Via Norte
N7
Jd. Jandaia
Praça
Cad. 501793
João Rivoro / Tocantins / Antônio A. Veiga / Porto Seguro
4.203,0000 m²
44
220
Jd. Jandaia - Japurá
N7
Jd. Jandaia
Sistema de Recreio
Cad. 501820
AntônioJunqueira da Veiga / Japurá
4.603,7000 m²
72
360
Valentina Figueiredo
N7
Valentina Figueiredo
Área Institucional / Sistema de Recreio
Cad. 500549
Tito Bonagamba/ Avenida João Batista Duarte / Nazareno Caporalli
8.557,0000 m²
44
220
22.573,5000 m²
183
915
Proc. 3811/05 - 1ª vara
P.I Avelino A. Palma
N 11
P.I Avelino A. Palma
Sistema de Recreio
Cad. 501670 / Cad. 501671
Professores Maria Ignez L. Rossi / Humberto Veloni / José Joaquim / Ângelo Matioli / VereadorAparecido Araújo
Vila Elisa
N 11
Vila Elisa
Área Verde
Cad. 183855 / Cad. 501920
Campinas / Ribeirão Preto / Coimbra / It ália
7.381,0000 m²
27
135
Mandaguari/ Itajuba / Caravelas
5.952,0000 m²
50
250
23.007,6000 m²
110
550
12
28
36
120
397
1354
321
1171
Coca-Cola - Vila Augusta
N2
Vila Augusta
Praça
Cad. 0501520 / Cad. 0501519
Córrego do Tanquinho
N4
Vila Mariana
Área desapropriada
Cad. 502097 / Cad. 500584 / Cad. 500483
Araraquara/ São Carlos
Diversos Cadastros
Córrego do Tanquinho (Próx. a Rua Top ázio)
Vila Zanetti
N4
Vila Zanetti
Áreas de APP / Áreas desapropriadasde sistema viário
Flórida Paulista
N 14
Hipódromo
Sistema de Recreio do Pq. Cel. Quito Junqueira
Cad. 502013 / Cad. 501624
R. Flórida Paulista
12.716,3000 m²
Jd. Ita ú
O 10
Jd. Ita ú
Praça / Área Verde
Cad. 501602
Diva Egnácio Ambrósio / Maestro Giammarusti / Prisco Cruz Prates / Conti Bolivar Alves Lima
25.918,0000 m²
Monte Alegre - SBT
O6
Monte Alegre
Área Institucional / Praça/ Sem informação
Cad. 0500527 / Cad. 0501428 / Cad. 0501497 / Cad. 0501884
Av. Francisco Massaro / Javari / Juazeiro do Norte / Av. Rio Pardo
51.197,0000 m²
42.687,0000 m²
Proc. 1749/05 - 2ª vara
Mangueira
01
Jd. Piratininga
Sistema de Praça
Cad. 502112
Anália Franco / Lúcio de Mendonça / Barão de Mauá / Gonçalves de Magalhães / J úlia Lopes
Rio Pardo
O6
Alto do Ipiranga
Área de Via Férrea
Sem cadastro
Linha Férrea / Av. Rio Pardo
15.268,1500 m²
190
950
Av. Andradas
O3
Pq. Ribeirão Preto
Área verde
Cad. 501413
Av. dos Andradas
45.985,0000 m²
32
128
Jd. Zara
L7
Jd. Zara
Praça
Cad. 0501357
Antônio S. de Oliveira / Maria Cândida / Clair Camargo / Jos é Firmino
14.604,1200 m²
94
349
Cad. 0501731
R. Nicola Caldo/ Agostinho L. Leite / Anita O. Feitosa
12.877,5000 m²
150
750 133
Proc. 10122/05 - 2ª vara
Proc. 648/03 - 6ª vara
Jardim do Trevo
L 10
Jd. Do Trevo
Praça
Faiane - Bonfim
S 10
Vila do Rosário
Linha Férrea
Cad. 502088
Via do Rosário
4.998,4500 m²
43
Cad. 167837 (COHAB) / Cad. 503136 / Cad. 503135
Jd. Vida Nova
6.121,0000 m²
12
Lagoa Progresso
O7
Jd. Vida Nova
Área Verde
O7
Pq. Ribeirão Preto
Verde
Figura 39. Tabela retirada do “Mapa Viário Geral da Cidade e Distrito. Secretaria de Planejamento e Gestão Pública”. Ribeirão Preto. 2011.
Cadastro 502023
Av. Manoel Antonio Dias
1.500
7.500
38
como é nossa vizinhança? Cemitério Bom Pastor
Cemitério Bom Pastor
Cemitério
Vazio
Bom Pator
Entidade Filantrópica “Alvorada”
Cemitério Bom Pastor
Entidade Filantrópica da Comunidade
Favela do Trevo
Transportadora/ Depósito Magazine Luiza
Transportadora/ Depósito Magazine Luiza
Via Anhanguera
Favela do Trevo
Transportadora / Depósito Magazine Luiza Depósito Magazine Luiza Escola Estadual Legendas Residencial
0 á 2 pavimentos
Comercial Prestação de Serviço / Industriais
3 á 5 pavimentos
Institucional
6 ou + pavimentos
Vazios Áreas Verdes
N
UBS
Favela
Praça ligada a Igreja
N
Residenciais
Lazer
Quadra Pública Quadra de no terreno da UBS esporte no terreno da UBS Lazer: Quadra pública no terreno da Unidade Básica de Saúde
O recorte feito foi do Bairro Jardim do Trevo para que o entorno da comunidade fosse entendido, compreendendo quais são os equipamentos precários, suas barreiras naturais ou construídas e, principalmente, assimilar maneiras de unir a comunidade. Esse recorte do uso
do solo mostra que são moradias, seguidos por vários prestadores de serviço. O projeto
tem como opção, para os moradores que já possuiam comércio local na favela, continuem com eles dentro do conjunto habitacional proposto.
Já o mapa acima indica os diferentes gabaritos do entorno da área de estudo. É possível ver que a maioria das edificações possui entre 1 a 2 pavimentos, tendo uma paisagem horizontal, permitindo que o morador do bairro consiga ter uma visão melhor de seu caminho, seja ele a pé ou motorizado. Para o futuro projeto de habitação coletiva é necessário pensar na altura do edifício, para não contrastar com a paisagem inicial, descaracterizando a identidade do bairro.
Residencial
Áreas verdes
1 a 2 pavimentos
Prestação de serviço
Vazios/estacionamentos
3 a 5 pavimentos
Comércio
Favela do Trevo
6 ou mais pavimentos
Institucional
*Os mapas de uso do solo e gabarito foram realizados pela aluna na disciplina “Projeto de Arquitetura: Habitação de Interesse Social” em 2015.
39
A bacia do Córrego das Palmeiras possui 37km² e está inserida na zona leste do município de Ribeirão Preto e em trechos da zona norte e é composta pelos Jardim Juliana, Parque dos Servidores, Jardim Helena, Jardim Ouro Branco, Conjunto Habitacional Palmeiras, complexo Ribeirão Verde, Jardim Aeroporto, Jardim Salgado Filho e Vila Hípica. A bacia do Córrego das Palmeiras faz parte da bacia hidrográfica do rio Pardo. O córrego das Palmeiras é afluente da margem esquerda do rio Pardo, com 10.120 m de comprimento e a ocupação destas áreas e sua consequente impermeabilização geram riscos não só para a qualidade das águas subterrâneas e para os níveis hídricos, mas também podem agravar alguns problemas já existentes, como as enchentes na cidade. O zoneamento do município de Ribeirão Preto classifica essa área como zona de uso especial, mas poucas melhorias são feitas para tentar reverter o quadro atual. A Favela do Trevo não faz divisa diretamente com o córrego das palmeiras e nem com as área de preservação permanente. Existe entre os dois uma barreira de chácaras que dificulta o acesso às suas margens, contudo, a favela está em área de abastecimento do Aquífero Guarani. O córrego das Palmeiras se situa em uma área de recarga do Aquífero Guarani, ou seja, ele possui uma sensibilidade maior a poluição. Como parte do partido arquitetônico, como diretriz, este córrego e sua APP terão como papel a criação de um parque linear para integrar a natureza, tão presente na paisagem, com a comunidade que a envolve.
Favela do Trevo
Cemitério Bom Pastor
N N
N
L
O
S O
E Sentido de
S
escoamento das águas
mapa d e mo vimen t o s o l ar e es t u d o d e ven t o s d o min an t es .
Local de escoamento para o córrego 0
50m
200m
300m
A partir do mapa topográfico, observa-se que a Favela Jardim do Trevo se localiza em uma área considerada íngreme por causa da presença do córrego, além de abrigar a zona de recarga do aquífero.
Favela do Trevo Favela do Trevo
Rodovia Anhanguera
N *Os mapas de hidrografia e topografia foram realizados pela aluna na disciplina “Projeto de Arquitetura: Habitação de Interesse Social” em 2015.
40
E NOSSO BAIRRO?
N
NO
Orientação solar e ventos predominantes
SE Rua pouco movimentada Rua com movimento mediano Rua muito movimentada Árvores de porte grande (frutíferas)
A Comunidade do Trevo tem um caráter de vizinhança com moradores que criaram laços afetivos entre eles e o próprio local e essa proximidade cria o Genius Loci (referente ao espírito do lugar) da comunidade do Trevo. A presença de alguns equipamentos e edifícios institucionais, assim como a boa relação da comunidade com o Bairro do Trevo, acaba acarretando um acolhimento da comunidade pela vizinhança. Suas ruas locais são pouco movimentadas, fator influenciado pela pouca quantidade de carros que os moradores possuem, posto que em sua maioria utilizam tranporte público ou bicicletas para se deslocarem. A arborização, ainda que moderada, consegue suprir o miolo da favela com as árvores de grande porte, majoritariamente frutíferas, deixando que essa parte seja mais fresca que a face norte, o qual possui um campo apenas com grama. Neste local está localizado o depósito de lixo, onde mobílias, restos de materiais de construção e outros entulhos são encontrados a céu aberto, deixando esta parte do terreno com maior índice de insalubridade entre os moradores.*
Árvores de porte médio Árvores de porte pequeno *Dados obtidos através da pesquisa de campo feita no local, juntamente da Agente Comunitária da UBS responsável pelo bairro, 2017.
N
41
Chácaras Casas da comunidade
“Bar do Irineu” BNF Fomento Mercantil Creche Alvorada Funilaria “Bar da Dona Ilma”
O mapa do entorno imeditado da comunidade indica como as casas estão adensadas, sem recuo, iluminação e ventilação adequados. Nesse recorte apenas aparecem edifícios com funções institucionais, comerciais, prestadores de serviços e habitações. A proposta do novo conjunto habitacional é conter a insalubridade decorrente da ocupação adensada das casas dos moradores, principalmente nas que compõe o meio e a face norte da favela.
Situação atual
Institucional
Comércio
Serviços
Situação ideal
Habitação
44
como é nossa vizinhança? Tipologia 1
Tipologia 2
N TIPO 1
TIPO 2
TIPO 3 Tipologia 3
Tipologia 1
Área não urbanizada Técnicas vernaculares
Madeira e palafitas
Tipologia 2
Miolo da favela Técnicas específicas
Tipologia 3
Alvenaria Área urbanizada
45
falta de recuo lateral
telhas de fibracimento
As habitações existentes na comunidade do Jardim do Trevo possuem algumas características semelhantes, como por exemplo o zelo pelas áreas de convivência, como cozinhas, quintais e salas. As plantas abaixo indicam algumas repartições dos cômodos, além de identificar quais são as ações mais recorrentes dos moradores de acordo com o tamanho destes ambientes, mostrando suas prioridades. Os quartos, todavia, são elementos facilmente substituídos por outros espaços. Apesar das partes internas serem semelhantes, as fachadas diferem-se entre si principalmente na questão plástica. As representações acima, referentes às tipologias 2 e 3, as quais abrigam moradores com faixas de renda semelhantes, mas com estruturas diferentes. Esse fato mostra como a proposta de que o próprio morador possa modificar sua casa e expandi-la como quiser é significativo.
Cozinha
banheiro
sala/quarto/despensa
despensa
banheiro cozinha
banheiro
quarto Cozinha
quarto
sala/quarto
sala/quarto
46
quem mora na favela? como se locomove?
faixa etária 23%
23%
20-30
60-70 30-40
50-60
Os moradores entrevistados responderam uma série de questionários relacionados a comunidade e sobre a infraestrutura de suas casas com o intuito de entender quais são suas vontades e necessidades.
A PÉ/bicicleta
6% 8%
carro/moto/ van
19%
40-50 15%
31%
Morador há quanto tempo? 31%
20-30 anos 30-40 anos
31%
50%
40-50 anos
0-10 anos
50-60 anos 60-70 anos
35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% o próprio morador comprou e expandiu comprou pronto
gostaria de ter um parque por perto problema com lixo jogado na rua Problema com cheiro ruim problema com barulho problema com calor problema com esgoto gosta dos vizinhos
90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0
não sim
90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0
0
trabalha/estuda sim não
deseja expandir sua casa?
o tamanho da casa é suficiente?
50% 45% 40%
10-20 anos 20-30 anos
gênero dos entrevistados
não sim
92%
8%
quem mora com você?
questões sociais e ambientais
Conta-se com a participação popular da comunidade para as premissas iniciais possam ocorrer, como reuniões com os moradores para registrar os melhoramentos que o local precisa. Seu saber popular é fundamental para a diretriz do projeto, fazendo com que eles possam criar seus próprios espaços através dos materiais encontrados no local, barateando a residência e facilitando sua construção.
quem construiu sua casa?
gestão participativa
38%
ônibus
0
20%
40%
60%
80%
100%
5% parentes diversos
10%
15%
filhos e netos
20% filhos e cônjuge
30%
25% filhos
35%
sozinha(o)
47
O projeto consiste em pensar soluções para o espaço como um todo, desde o habitar ao comercializar,no qual se desenvolve a vida cotidiana atual, estruturado sobre uma lógica urbana das cidades contemporâneas. Os novos grupos domésticos existem, muitas vezes, em apenas certos períodos do ciclo de vida familiar, de maneira simultânea ou alternada Há uma
...mas, afinal, como se configura a nova família?
nova
família, não mais formada por um pai, uma mãe e seus filhos, mas por diversas formas de amor, compondo companheirismo, seja ele por uma família desmembrada, ou um grupo de pessoas morando junto. Além disso, há também as uniões livres, com casais sem vínculos legais e/ou sem filhos, aumentado principalmente por questões sociais, como o aumento da liberdade sexual e a perda de valores religiosos, caracterizando assim a mudança da antiga chamada “família tradicional” para a uma família mutável e flexível. Além dos novos núcleos, houve também uma mudança nas atividades realizadas em cada parte da casa, não tendo mais um cômodo estanque representado por uma única ação. Agora eles são apenas partes da casa, muitas vezes organizado por equipamentos hidráulicos ou com mobiliários principais, deixando o espaço maior e com melhor circulação da família e seus visitantes. Cada espaço, para o conceito contemporâneo de habitação, possui uma ação principal, porém esta não exclui as demais, proporcionando um aproveitamento melhor da casa, sendo na área interna ou externa da mesma. Por mais que os ambientes dentro das casas das famílias da comunidade ainda tenham resquícios da tripartição.
Figura 40. “Os pequenos moradores”. Foto feita pela autora.
50
51
Capítulo 3 Da Fita ao Nó
52
da fita ao nó Conceitos
Execução Construção de habitações dignas para os moradores da Comunidade Possibilidade de extensão
Casas geminadas
Habitações feitas com material de rápida construção Estrutura metálica e fechamento em alvenaria
Aumentar número de ambientes
Estrutura moldada para a expansão sem fechamento: escolha do morador de como usar tal ambiente
Criar espaço comercial
Diretrizes projetuais
Reurbanização da Comunidade da Favela Jardim do Trevo
Criação de um Parque Linear na APP do Córrego das Palmeiras
A área contém como delimitação natural o Córrego das Palmeiras, o qual sua Área de Preservação Permanente torna-se um elemento de conexão entre a natureza e os edifícios do conjunto habitacional. Por tratar-se de um espaço interditado de edificar, a solução visa em criar um parque que permeia a área verde do local até as habitações.
Subsistência da família
estrutura metálica
estrutura moldada
habitação base
expansão
Criar uma extensão da creche da Comunidade
A Creche Alvorada consta com atividades extracurriculares para as crianças do bairro, sendo inversa aos horários que as crianças e adolescentes permanecem nas escolas. Dessa maneira o projeto figura-se em um espaço de apoio a esta instituição, de maneira que as famílias que não conseguiram vaga possam deixar seus filhos em um lugar seguro. Durante a pesquisa em campo constatou-se essas crianças passam esses períodos nos vizinhos da comunidade para não ficarem sozinhas em casa, dessa maneira essa nova extensão torna esse cuidado mais prazeroso, com caráter de uma “Creche Parental”.
53
1
sensação de pertencimento
áreas molhadas Residência inicial
Expansão de quintal, quarto ou banheiro
social
horta adaptação
dormir banheiro
quintal
Residência inicial
Expansão de ambientes adaptados e quintal
crescimento apenas horizontal
2
social
barras de adaptação acessibilidade
dormir banheiro
quintal
3
relação entre público e privado
mesas e cadeiras Residência inicial
Expansão de comércio com ou sem banheiro
social
comércio e residência
bares
banheiro
social
56
Poesia dos desejos A poesia dos desejos é uma ferramenta usada na Avalição Pós-Ocupação (APO), processo de avaliação de edifícios, tendo como objetivo de análise seus usuários e suas necessidades. Para esse diagnóstico foram feitas visitas na comunidade para que crianças de diferentes famílias pudessem desenhar a sua casa ideal, mostrando quais eram seus maiores desejos. A partir dos desenhos foram encontradas algumas características como: criação de grandes muros para segurança, casas com grandes recuos laterais, interação com a natureza, locais para interação com a família, locais para armazenamento e grandes aberturas (portas e janelas). Alguns fatores que podem ter levado essas crianças a representar a residência almejada, como o adensamento das casas, a insegurança nas ruas, a falta de áreas verdes públicas ao redor, as delimitações físicas serem grotescas e amedrontadoras (como a Distribuidora da Magazine Luiza e a Rodovia Anhanguera), entre outros. Esse método faz com que as crianças possam ter mais liberdade de expressão, tanto verbalmente quanto ilustrada, sendo que as informações sejam mais inconscientes sejam interpretadas de uma maneira mais sensível, entrando no universo e na escala delas.
POESIA DOS DESEJOS: MINHA CASA
66
67
---
CapĂtulo 4 O Projeto
68
O “BEM-PUXADO” Dimensionamento dos ambientes
Locação de pilares
Pilares estruturais para expansão
Pilares para locação de paredes
Locação de vigas
0.3m
1.2m
0.6m
Locação de paredes
Parede hidráulica
Parede com aberturas
Parede Estrutural Alvenaria
Porta camarão Janelas
esquadria
coluna de aço
revestimento alvenaria
69
Estrutura Metรกlica
Alvenaria
70
do micro ao macro ---
Área de convivência Área
-
“Kits” de morar
individual Área de higiene
Autonomia Autoconstrução
Garantir o conforto familiar para, em seguida, reunir o sentimento de comunidade
Habitar
Arborização
Pedestre
Bicicleta
Ônibus Van
Casa crua Casa acessível
Paisagem urbana
Transitar
Casa completa
Parque linear com a APP
Carros
Diminuição do calor
1
C 1
71
Planta baixa 1:75 A
Expansão 9m²
0.15
3.00
3.00
3.00
D
0.15
Quarto 9m²
0.10
-0.05
-0.05
-0.05
Banheiro 4,5m²
3.00
0.00
0.10
3.00
C
1.50
-0.05 0.10
Banheiro 4,5m²
12.60
C
1.50
0.10
Expansão 9m²
Quarto 9m²
Lavanderia 4,5m²
0.00
B
Sala/Cozinha 27m²
rte 1
0.10
3.00
5
Sala/Cozinha 27m²
4 3.00
3.00
0.30
Quarto 9m²
B
3.00
6.00
Lavanderia 4,5m²
Corte 4 1 : 75
0.10
Quarto 9m²
12.90
A
D
N
72
Planta estrutural 1:75 A P1
P2
B
C
D
E
F
P7
P3
P8
P4
P9
G P19
P14
P12
P15
P13
P17
P18
P20
I
H P24
P28
P25
P29
1
---
2
3
P21
Viga de Perfil Seção Caixão
P5 P16
P10 PROFESSOR
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
---
P22
P26
P23
P27
4
-
OBRA/ENDEREÇO
P6
-
P11
---
TITULO DO DESENHO TIPO DE PROJETO
PRANCHA F02
DATA
5
ESCALA:
Pilar de Perfil Seção Caixão
Indicadas nos Desenhos
TURMA
2
Vista 3D 2 - Cozinha
N
Elevação
73
pLANTA COBERTURA 1:75
inclinação de 9%
inclinação de 9%
calha 0.30m x 6.00m
Elevação frontal ação frontal Elevação frontal rontal Elevação frontal Elevação frontal
N
74
2
0.30
CORTES 1:75
1
1 : 75quarto
quarto/ escritório
cozinha
sala
+0.10
+0.10
1
Corte 4
4
1 : 75
2.80
Corte 1
C
0.00
corte A-A
sala
cozinha
cozinha
1 : 75
sala
expansão
2.80
expansão
Corte 4 0.30
Corte 1 1 : 75
4
tela de proteção
0.00
+0.10
+0.10
0.00
corte B-B
2
Corte 2 1 : 75
1 1
Corte Corte 1 1
1
1 : 75
1 : 75
Corte 2 1 : 75
3
Corte 3 1 : 75
2
Vista 3D 2 - Cozinha
Corte 1 1 : 75
3
C 1
rte 2
1
Vista 3D 1 - Quintal
75
5 calha
sala
lavanderia
banheiro
+0.10
banheiro
-0.05
Laje impermeabilizada em todos os cômodos
sala
lavanderia
+0.10
-0.05
0.00
corte C-C
rte 3
2
5
lavanderia
cozinha
1
Vista 3D 2 - Cozinha
Vista 3D 1 - Quintal
0.00
3
+0.10
-0.05
Vista 3D
0.00
corte D-D
4 4
Corte Corte 4 4
Corte 4
4
1 : 75
1 : 75
1 : 75
PROJETO
ARQUITETÔNIC O
1
Corte 1 1 : 75
FOLHA ÚNICA
OBRA: LOCAL:
2
Vista 3D 2
BAIRRO:
CIDADE:
PROPRIETÁRIO: R.G.:
SITUAÇÃO SEM ESCALA
1
Vista 3D 4
C.P.F.: Declaro para os devidos fins que a aprovação do projeto não implica no reconhecimento por parte da Prefeitura, do direito de propriedade do terreno, as águas pluviais não serão ligadas na rede de esgoto e sera cumprida a Lei nº 4868/97.
PROPRIETÁRIO
ZONEAMENT O INSCR. CADASTRAL Nº DA QUADRA
USO DO SOLO
MATRÍCULA C.R.I.
QUADRO DE ÁREAS (m²) CLASSIFICAÇÃO DE VIA Nº DO LOTE
I. PERMEABILIDADE DO SOLO PÉ DIREITO (m)
I. APROVEITAMENT O
I. COBERTURA VEGETAL
ESCALA
Indicadas no Desenho
TIPO DE PISO
TIPO DE FORRO
REVESTIMENTO IMPERMEÁVEL (m)
ALVENARIA
ESCADA (m)
ESPESSURA DAS PEREDES (m)
ALTURA DO FECHO FRONTAL (m) TIPO DE COBERTURA
N.º DE PAVIMENTOS
BEIRAL (m)
Declaro que a obra será executada rigorasamente de acordo com o projeto aprovados, e se houver alguma irregularidade que impeça a concessão do habite-se, a adequação da mesma às normas em vigor serão de minha inteira responsabilidade.
TERRENO: CONSTRUÇÃO:
TÉRREO SUPERIOR -
LOTEAMENTO
ENDEREÇO DO PROPRIETÁRIO
I. OCUPAÇÃO
TOTAL: LIVRE:
Autor e Responável pelo Projeto Arquiteto e Urbanista - nº C.A.U.: RRT.:
Elevação
6 Vista 3D 4 4 Quarto/Escritório
V
76
elevações 1:75
0.00 elevação norte
Placa cimentícia
Viga de perfil seção caixão
PROFESSOR
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
0.00 TURMA
OBRA/ENDEREÇO TITULO DO DESENHO TIPO DE PROJETO
4
Corte 4 DATA
1 : 75
PRANCHA F02
Indicadas nos Desenhos
elevação sul
ESCALA:
Lavanderia
4 etroC 57 : 1
4
rontal frontal
3D 6 - Expansão
2
3
Vista 3D 3 - Lavanderia
77
Telha metálica sanduíche PROFESSOR
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
TURMA
0.00
OBRA/ENDEREÇO TITULO DO DESENHO TIPO DE PROJETO
elevação leste DATA
Alvenaria como revestimento
0.00 elevação oeste
1 etroC 57 : 1
sta 3D 2 - Cozinha
Vista 3D 6 - Expansão
1
-
---
PRANCHA F02
78
Kits de casas 1:75
Corte 3
2
2
Corte 2
1 : 75 2 Corte
1 : 75
3
2
Vista 3
Corte 2 1 : 75
1 : 75 Casas adaptadas com barras de apoios nos banheiros.
3
3
Corte 3 1 : 75
Corte 3 1 : 75
3
Corte 3 1 : 75
6
Adquirir a residĂŞncia sem os mobiliĂĄrios, apenas com a estrutura principal.
N
3 - Lavanderia
OBRA/ENDEREÇO
2
Vista 3D 4 4 Quarto/Escritório
TITULO DO DESENHO PRANCHA F02
DATA
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
79
1 : 75
ESCALA:
TIPO DE PROJETO PROFESSOR
Corte 2 Indicadas nos Desenhos
TURMA
TITULO DO DESENHO PRANCHA F02
DATA
ESCALA:
TIPO DE PROJETO
3
PROFESSOR
TURMA
PROFESSOR
Corte 3 1 : 75
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
O
PROFESSOR
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
OBRA/ENDEREÇO
TITULO DO DESENHO
sta 3D 6 - Expansão
-
PRANCHA
DATA
PRANCHA TIPO DE PROJETO F02
OBRA/ENDEREÇO F02 AHCNARP ATAD 20F TITULO DO DESENHO
ESCALA:
TIPO DE PROJETO
DATA
:ALACSE
TIPO DE PROJETO OBRA/ENDEREÇO
TURMA
sohneseD son sadacidnI
TURMA
TITULO DO DESENHO
---
-
---
Diferentes tipologias que o morador pode realizar.
N PROFESSOR
TURMA
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
Indicadas nos Desenhos ESCALA: Indicadas nos Desenhos
OBRA/ENDEREÇO
Indicadas nos Desenhos
TURMA
80
esquadrias
J.01
J.01 V.01 J.02
J.03
J.02
J.02
J.02
Porta 03
Porta 03
J.03
V.01 Porta 02
Porta 02
Porta 01
Porta 02
Porta 02
Porta 03
Porta 03
J.01 J.01
J.01 J.01
Porta 01
81
Porta 1.00m x 2.80m 1:25 02 4 peças por unidade geminada
Porta 1.60m x 2.80m 1:25 01 2 peças por unidade geminada
As portas seguem o preceito de abertura total para caso o morador sinta necessidade de juntar todos os ambientes. P1: Porta de entrada semelhante a Janela 1, a qual tem estrutura em todo vão e abertura de uma folha. P2: Ocupa todo o vão entre o ambiente coletivo e o individual (sala e quartos) e tem a possibilidade de abertura total (porta camarão). P3: Abertura para áreas molhadas (banheiros e áreas de serviço) com a possibilidade de pequena abertura.
-
---
82
Vistas banheiros A, B Vista 1 Vistas banheiros A, B Vista 1 Vistas banheiros A, B Vistas banheiros A
Porta 3.00m x 2.80m 1:25 03 4 peรงas por unidade geminada
Vista 1 Vista 1
83
B e D 1:20 B e D 1:20 B, Be De D 1:20 1:20 J1
3.00m x 2.80m 1:25 6 peรงas por unidade geminada
J2
1.47m x 2.80m 1:25 4 peรงas por unidade geminada
Vista 3 Vista 3 Vista 3 Vista 3
84
J3
4.00m x 2.80m 1:25 2 peças por unidade geminada As janelas possuem um conceito principal no projeto para que os moradores possam ter uma melhor ventilação e a entrada de luz. Há três diferentes janelas: J1 e J3: Ocupa toda a parede do ambiente, possui aberturas basculantes em cima, janelas de correr no meio e peitoril de vidro fosco embaixo. Esse modelo foi pensado para criar uma privacidade entre o morador e a rua. J2: Ocupa toda a parede do ambiente, possui aberturas basculantes em cima, janelas de correr no meio e peitoril de vidro. Esse modelo foi pensado para criar uma privacidade entre o morador e a rua. dJ: O “Tapa Sol Colorido” é constituído por uma veneziana de metal feita sob medidas para as janelas, com possibilidade de abertura na parte externa, transformando-a em um possível pergolado. Para criar uma identidade, casa grupo de casas terá uma cor específica:
4.00 4.00
85
1.00m x .1.40m 1:25 8 peรงas por unidade geminada
PROFESSOR
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
OBRA/ENDEREร O TITULO DO DESENHO DATA
TIPO DE PROJETO
PRANCHA F02
Indicadas nos Desenhos
TURMA
ESCALA:
V1
o tapa sol colorido 4.00 4.00
86
V2
1.47m x .1.40m 1:25 4 peças por unidade geminada (banheiros)
Maior interação entre os vizinhos
87
mobiliรกrios
M.01
M.01
M.03
M.03
M.04
M.02
M.04
M.02
88
M.01 1:25
2 conjuntos por unidade geminada
Perspectivas sem escala
89
M.02 1:25
2 conjuntos por unidade geminada
Os mobiliários foram projetados para que os moradores tenham todo o auxílio ao receberem as moradias sem ter a preoucopação de mobiliar às pressas. Os móveis sob medida são compostos por armários, opções de cama, mesas e suportes diversos. Nos ambientes extremos possuem opções de camas embutidas na parede, a fim de liberar espaço de circulação quando não estiverem em uso, armários e escrivaninhas. A lavanderia e o banheiro foram dotados de espaços para armazenamentos e suporte (tábua de passar), enquanto a cozinha possui armários e mesas. “(...) Gropius argumentava a necessidade periódica de revisar as padronizações para que não se tornassem ultrapassadas. A estandardização chegou ao extremo com os conjuntos habitacionais de Frankfurt em 1920, onde os elementos internos da habitação também eram estandardizados, como as dimensões de portas e janelas e todos os detalhes construtivos. Nos estudos realizados em Frankfurt para a habitação mínima os arquitetos defendiam aspectos quantitativos e aspectos qualitativos propondo uma planta com os espaços bem definidos e situados adequadamente, aberturas de portas e janelas em lugares estratégicos para concentrar o mobiliário de maneira que obtivesse espaços amplos e boas conexões entre as zonas, além de uma configuração espacial harmônica para resultar em um conforto e iluminação adequados.” (PIRES, 2015, pág.56).
1
Vista 3D 1 - Quintal
90
M.03 1:25
2 peรงas por unidade geminada
varal retrรกtil
2
Vista 3D 2 - Cozinha
3
Vista 3D 3 - Lavanderia
91
M.04 1:25
2 conjuntos por unidade geminada
ArmĂĄrios e pia
FogĂŁo e bancada
Mesa e bancada
92
“nós” Área de convivência Área
“Kits” de morar
individual Área de higiene
Autonomia Autoconstrução
Garantir o conforto familiar para, em seguida, reunir o sentimento de comunidade
Habitar
Arborização
Pedestre
Bicicleta
Ônibus Van
Casa crua Casa acessível
Paisagem urbana
Transitar
Casa completa
Parque linear com a APP
Carros
Diminuição do calor
Esquadrias do piso a viga
Kits de cozinha
PROFESSOR
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
TURMA
TURMA
DATA
PRANCHA F02
ESCALA:
OBRA/ENDEREÇO
Indicadas nos Desenhos
OBRA/ENDEREÇO
TITULO DO DESENHO TIPO DE PROJETO
---
TITULO DO DESENHO TIPO DE PROJETO
DATA
PRANCHA F02
Indicadas nos Desenhos
PROFESSOR
-
---
ESCALA:
-
Espaços acessíveis
Espaços adaptáveis para as famílias
-
PROFESSOR
---
AUTOR DO PROJETO/GRUPO
TITULO DO DESENHO DATA
PRANCHA F02
ESCALA:
TIPO DE PROJETO
Indicadas nos Desenhos
TURMA
OBRA/ENDEREÇO
Espaços acessíveis
Barras de apoio
97
o macro Área de convivência Área
“Kits” de morar
individual Área de higiene
Autonomia Autoconstrução
Garantir o conforto familiar para, em seguida, reunir o sentimento de comunidade
Habitar
Arborização
Pedestre
Bicicleta
Ônibus Van
Casa crua Casa acessível
Paisagem urbana
Transitar
Casa completa
Parque linear com a APP
Carros
Diminuição do calor
98
implantação 1:1000
2
1
5 3
4
N
6
3 Legenda Unidades habitacionais geminadas Áreas sem intervenção Creche App e áreas verdes Caminhos permeáveis (piso intertravado) Árvores de pequeno porte
Árvores de médio porte
4
Árvores de grande porte
1
5
2
6
101
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