Redesenho de Cadeira de Rodas Manual para Adulto ParaplĂŠgico Milrem Koury Eltz
O quê ?
Projeto de cadeira de rodas manual para adulto paraplégico, artefato de média complexidade tecnológica, para redesenho de produto.
Por quê ?
Para tornar o artefato mais adequado ao usuário e procurar a alta ordem geométrica
Milrem Koury Eltz TCC 01
Definindo e delimitando o projeto
Como ?
Dividindo o projeto em três partes distintas (I) Compreensão preliminar, i.é., fazer uso de técnicas analíticas para produto industrial (Bonsiepe, 1996; Baxter, 1998; Dreyfuss, 2000); (Ii) Concepção liminar, i.é., fazer uso de técnicas de geração de alternativas (Jones, 2002; Cssilag, 1998; Bonsiepe et al. 1984); (Iii) Apresentação pós-liminar, i.é., fazer uso de técnicas de visualização de produto (aulas de Projeto de Produto com Gomes, 2005).
Textualização
Artefato de 900mm de largura com apoio de pé com 190mm de largura por 50mm de profundidade, chassis em alumínio tubular dobrável em X com articulações, conexões em placas, apoio de braços, suporte dos pés rebativeis e rodas traseiras infláveis.
Milrem Koury Eltz TCC 02
Definindo e delimitando o projeto
Por que o tema é importante?
Devido a uma grande parcela da população sofrer com a limitação paraplégica, por ser um tema cheio de nuances e por proporcionar uma grande articulação de conhecimentos.
Qual a minha pergunta central?
Por que o artefato cadeira de rodas manual para adulto paraplégico é de baixa ordem apesar de geométrico.
Como vou realizar o trabalho?
Pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo: experimental, descritiva. Simulando uma encomenda da empresa Baxmann Jaguaribe.
Quem ja pesquisou o tema?
Tecnologia Assistiva, Katsuo Kawasaki, Fisioterapeutas, Fisiatras.
Como vou organizar o material?
Através de fundamentação, foco, dados, contribuição e conclusão.
O que mudar no artefato?
Tornar a cadeira de rodas menos pejorativa.
Milrem Koury Eltz TCC 03
Tecnologia Assistiva
Milrem Koury Eltz TCC 04
Denomina-se Tecnologia Assistiva qualquer ítem, peça de equipamento ou sistema de produtos, adquirido comercialmente ou desenvolvido artesanalmente, produzido em série, modificado ou feito sob medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar habilidades de pessoas com limitações, sejam físicas ou sensoriais.
Denominando a Tecnologia Assistiva
Adequação da Postura Sentada
Existe um grande número de produtos que permitem montar sistemas de assento e adaptações em cadeiras de rodas individualizados. Permitem uma adequação da postura sentada que favorece a estabilidade corporal, a distribuição equilibrada da pressão na superfície da pele, o conforto, o suporte postural.
Equipamentos para Mobilidade
Cadeiras de rodas e outros equipamentos de mobilidade, como andadores, bengalas e muletas. Ao selecionar um dispositivo de auxílio à mobilidade, este deve ser adequado à necessidade funcional do usuário, avaliando-se força, equilíbrio, coordenação, capacidades cognitivas, medidas antropométricas e postura funcional.
Adaptações em Veículos
Incluem as modificações em veículos para a direção segura, sistemas para acesso e saída do veículo, como elevadores de plataforma ou dobráveis, plataformas rotativas, plataformas sob o veículo, guindastes, tábuas de transferência, correias e barras.
Milrem Koury Eltz TCC 05
Ramificações da Tecnologia Assistiva
Equipamentos para Mobilidade
Cadeira de Rodas
Manual Motorizada p/ Banho Hospitalar Esportiva
Andadores
Andador com assento e 4 pontos de apoio. Andador com 4 pontos de apoio. Andador com 4 pontos de apoio.
Muletas
Muleta axilar com 1 ou 2 pontos de apoio. Muleta canadense com 1 ou 2 pontos de apoio. Muleta com altura regulável.
Milrem Koury Eltz TCC 06
Ramificações dos Equipamentos para mobilidade
Cadeira de Rodas Manual
Paraplegia
Quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores; podendo ter como causa resultante uma lesão medular torácica ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como conseqüências, além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais.
Monoplegia
Condição rara em que apenas um membro é afetado.
Hemiplegia
Quando são afetados os membros do mesmo lado.
Milrem Koury Eltz TCC 07
Ramificações de paraplegias de acordo com WYLLIE (1951)
1 Como posso saber especificações de uso?
Através da Análise de produto existente com Relação ao Uso.
2 Qual é o material que pode ser utilizado?
O material utilizado será o titânio, devido a ser mais leve que o alumínio e estar dentro dos materiais utilizados pela Baxmann Jaguaribe.
3 Condicionantes para o projeto?
Processos de fabricação utilizados na empresa Baxmann Jaguaribe. Sem desconsiderar processos de fabricação de marcas dominantes.
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Verificando e especificando o projeto
4 O que pode ser evoluido no produto atual?
Diferenças de material, assento que não previne escaras, exposição dos pés e incoerências formais são aspectos a evoluir no produto atual.
5 O que pode se considerar quanto a venda?
Procurar não estabelecer requisitos que acabem por onerar a fabricação sem um objetivo bem definido.
6 Como referênciar horas de trabalho?
Através de cronogramas diários e mensais.
Milrem Koury Eltz TCC 09
Verificando e especificando o projeto
(1)
A existência de camas e cadeiras de rodas está documentada já em período pré-cristão (1) Exemplo de uma cadeira de enfermos, do ano 1595. Cadeiras para inválidos existiam somente como produtos feitos a pedido para os ricos e aristocratas (2) Na Segunda metade do século XVII surgem cadeiras para inválidos, também na camada social burguesa. Existem exemplos de locomoção pessoal independente. Fabricam-se cadeiras de rodas, com rodas grandes de propulsão. Cadeira de rodas não servem somente para locomoção de inválidos, mas também para o transporte de pessoas em estâncias de saúde.
(2) Milrem Koury Eltz TCC 10
Análise diacrônica conforme Bonsiepe (1982)
Quebra de sintagma
Cadeira “Merlin”, do professor Merlin de Bath (Inglaterra) é considerada a precursora das cadeiras de rodas modernas.
Quebras de paradigma
As cadeiras de rodas dão a impressão de poltronas pesadas acolchoadas. A partir de 1850 aparecem modelos mais leves, permitindo uma maior mobilidade. 1896 Modelo dobrável. Utilizam-se rodas de borracha.
Nos anos 20 do século XX encerra-se uma fase de desenvolvimento, chegando-se a um tipo de cadeira standardizado.
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Análise paradigmática e sintagmática
Altura
Largura
Comprimento Largura Assento
Distância Distância Assento/Solo Assento/Braço
Freedom Clean
88/98cm
60/64cm
105cm
41/45cm
50cm
Carci Paraplégico/Hemiplégico
95cm
68cm
111cm
44cm
44cm
Tokleve Pratika
90cm
66cm
98cm
44cm
40/45cm
40/50cm
Ortometal127 i/h
96cm
64cm
107cm
42cm
Invacare Action 4
90/103cm
65cm
105/111cm
38/50cm
40/45cm
30cm
67cm
97cm
32/50cm
28cm
Küschal Compact Milrem Koury Eltz TCC 12
Análise Sincrônica
17/25cm
Milrem Koury Eltz TCC 13
Levantando o artefato e posicionando a cadeira no porta malas
Milrem Koury Eltz TCC 14
Verificando a falta de espaรงo e retirada do artefato do porta malas
Problemas enfrentados por usuário e ajudante
Vulnerabilidade dos pés do cadeirante
Necessidade de muita força para acessibilidade veícular
Assento que não previne escaras
Dobrável em somente um sentido
Afrouxamento dos freios com o uso
Pneus infláveis somente nas rodas traseiras e não nos rodízios
Milrem Koury Eltz TCC 15
Artefato Cadeira de Rodas Manual
01 Partes 01.1 Encosto 01.2 Guidão 01.3 Sistema Pantográfico de Dobra
02 Componentes 02.1 Cubo da roda 02.2 Eixo da roda 02.3 Eixo do rodízio
03 Elementos 03.1 Tampa Protetora 03.2 Estrutura Suporte do pedal 03.3 Rolamentos
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Reconhecendo a estrutura
Artefato Cadeira de Rodas Manual Função Principal 01,02,03 Função Secundária 04 01 02 03 04
Assento, Encosto, Apoio para os pés = Acomodação para o usuário Rodas = proporciona mobilidade Guidão, aro de condução, rodízios = dirigibilidade Pantógrafo = proporciona redução de dimensões quando não utilizado como assento
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Reconhecendo a função
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Parafusos de Fixação Encosto Guidão Tampa Protetora Roda de Borracha Aro da Roda Aro de condução Rolamentos Porca de eixo Cubo da roda Eixo da roda Freio Eixo do rodízio Rodízio Garfo do Rodízio Tampa Protetora Pedal Estrutura Suporte do pedal Sistema Pantográfo de Dobra Estrutura Tubular Apoio do Braço Assento
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22 03 02
22
07 17
14
Reconhecendo a estrutura referenciando a função
Funções Técnicas
Locomoção
Atributos semânticos
Conservação
Manutenção
Repouso
Funções Relacionadas a utilização
Manejo
Durabilidade
Transferências
Segurança
Transporte
Situação ergonômica
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Limpeza
Quedas
Posicionamento
Sinalização
Manobras
Cinto de segurança
Reconhecendo a função da estrutura a partir de Bertoncello (2001)
1
2
3
4 1 Padrão cromático: formado por monocromia de cor secundária + escala preto/cinza. Alto grau de atenção 780 milimicrons. Facilmente identificada. 2 Tonalidade, luzes, branco. 3 Tonalidade, sombras, preto. 4 Preto, cinzas, branco. Milrem Koury Eltz TCC 20
Reconhecendo o croma baseado em Germani (1979)
1
2
3
4 1 Padrão cromático. 2 Hierarquia cromática. 3 Saturação. 4 Brilho.
Milrem Koury Eltz TCC 21
Reconhecendo o croma
Rotação
Singenometria
Homeometria
Reflexão especular enantiomorfa
Translação
Milrem Koury Eltz TCC 22
Fenômenos morfológicos do artefato
1 Filosóficos estética industrial, ética antropocêntrica 2 Geométricos apresentação ordem, limpeza e arranjo 3 Ergonômicos facilitar o manuseio 4 Tecnológicos 1 5 Psicológicos 6 Antropológicos 7 Econômicos 2 8 Ecológicos 9 Mercadológicos 3
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100% 100% 80%
4
60%
5
70%
6
50%
7
75%
8
30%
9
40%
Requísitos para a evolução do produto
Singenometria
Homeometria
Isometria
Translação
Rotação
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Exercício quebra de paradigmas
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Milrem Koury Eltz TCC 26
Milrem Koury Eltz TCC 27
Milrem Koury Eltz TCC 28
Milrem Koury Eltz TCC 29
Milrem Koury Eltz TCC 30
Milrem Koury Eltz TCC 31
Vista Lateral da cadeira fechada sem roda.
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Elaboração: desenho de convenção
Norma da ABNT (ABNT-NBR-7195) para cores de segurança defini o padrão cromático.
1
1 Vermelho (aparelhos de proteção e combate a incêndio) 2 Laranja (alerta, partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos) 3 Amarelo (atenção, acidentes de piso, avisos e letreiros de advertência) 4 Verde Folha (segurança, avisos de segurança e de socorros de urgência) 5 Azul Mar (cuidado, equipamentos fora de serviço, sinais de advertência)
2 3 4 5 6 7
6 Preto (coletores de resíduos) 7 Branco (àreas de armazenagem e em torno de equipamentos de emergência)
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Referenciando padrão cromático
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Modelo em escala 1:1 com e sem carenagem