Ano II | Número 02 | 2016
Sinta-se em casa! Conheça a decoração aconchegante das suítes e tente resistir aos móveis e objetos que você só encontra na loja da Pequena Tiradentes Bike Passeio na zona rural para quem quer conhecer a cidade de um jeito diferente
CAPA 01
Receitas Tutu à mineira e pão de queijo, os queridinhos da culinária local
Revista Cidadela | 1
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Revista Cidadela | 3
Sumรกrio
26 30 72 12
84
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12 Capa A decoração das suítes da pousada são cuidadosamente pensadas para que o hóspede sinta-se em casa. O melhor é que tudo está à venda para que leve com ele parte da experiência vivida em Tiradentes.
26 Gastronomia Conheça a origem de um clássico da culinária local: o tutu à mineira. E, claro, a receita preparada em um dos restaurantes mais tradicionais da cidade, o Padre Toledo.
30 Vinhos mineiros Pois é, eles existem! E provam que a vocação de Minas Gerais vai além do café e da cachaça.
72 Casa e jardim Especial da revista Casa e Jardim mostra a área de convivência criada pela arquiteta Andrea Murao para uma fazenda no litoral norte de São Paulo.
84
34 Casa e Comida Os ingredientes ideias, tanto na comida quanto na decoração, para criar em sua casa um clima de almoço na fazenda. Especial da revista Casa e Comida.
40 Tour
Gastronômico
Guia dos melhores restaurantes para você fazer um roteiro certeiro dos quais pretende visitar.
66 Passeio rural Tiradentes tem mais do que lojas, igrejas e museus. Que tal alugar ou trazer sua bicicleta para conhecer o lado B da cidade?
78 Personagens da cidade
Apesar de terem a mesma formação como ourives, dois artesãos utilizam seus conhecimentos para produzir objetos completamente diferentes.
80 Museus A cidade possui um interessante circuito com espaços interativos e multimídia. Vale a pena incluir na programação.
Turismo
88
Quer programar sua próxima viagem? A agência Teresa Perez Tours tem uma dica de encher os olhos: Myanmar, país do Sudeste Asiático
Pit stop na Europa. Blogueiras do Carpe Mundi indicam os melhores programas para fazer em Côte d’Azur
10 Agenda 24
Literatura
33 Aqui é o meu lugar
46 Armazém de Minas 50 Receita de família 52 Editorial Alphorria 64 Saúde e
bem estar
68 Tiradentes para crianças
94 Mais do que
uma pousada
96 Check-in/Check-out 98 Foto em foco
Turismo
Revista Cidadela | 5
Editorial
Expediente A revista Cidadela é uma publicação da Pousada Pequena Tiradentes. Avenida Governador Israel Pinheiro, 670, Tiradentes Diretora-geral e comercial Vanilce Barbosa
“Tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4:13 Cidadela é uma iniciativa da Pousada Pequena Tiradentes. Com ela, queremos que você transforme sua passagem por Tiradentes em uma experiência especial. Para que isso aconteça, não dá para deixar escapar nenhuma de nossas maravilhas gastronômicas, culturais e ecológicas. Aqui, reunimos dicas de restaurantes, passeios e artesãos para que você faça suas escolhas e facilmente encontre o que a cidade tem de melhor para oferecer. Se veio por causa da fama da comidinha mineira, acredite, vai descobrir que aqui tem muito mais do que um saboroso tutu! Mas o fato é que nós, mineiros, somos bons em pegar as pessoas pelo estômago. Por isso, nesta edição, revelamos a receita de um clássico da pousada: o pão de queijo preparado com um belo queijo da Canastra. Depois de experimentá-lo, vai ser difícil você aceitar aquelas massas prontas encontradas nos supermercados. E já que receber bem também é uma das especialidades do mineiro, na Pequena Tiradentes não poderia ser diferente. Os quartos são decorados como se fossem únicos. Um não é igual ao outro, seja na roupa de cama, nos móveis e, seja nos objetos. Sim, objetos! Assim, você vai se sentir em casa! Tão em casa que é possível que queira levar um pouquinho daqui deste ambiente gostoso e acolhedor para o seu lar. Por conta disso, é que oferecemos a possibilidade de você adquirir qualquer item que encontrar na pousada e que tenha tocado o seu coração. No fundo, no fundo, queremos deixar saudades, porque queremos que você retorne mais vezes.
6 | Revista Cidadela
Diretora comercial Gabriela Barbosa Diretor executivo Bruno Barbosa Projeto gráfico Filipe Alvarenga 2 Pontos Comunicação Diagramação José Carlos Saldanha 2 Pontos Comunicação Fotos Alexandre Disaro Lufe Gomes Jornalista responsável Bia Camargo MTB 25.511 Produção de imagem Cláudia Moratto Revisão Andréa Vidal Assessoria Jurídica Ivan Barbosa Tiragem 10.000 exemplares A revista Cidadela não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados, anúncios e fotos de arquivo pessoal.
Para conversar com a gente, envie um e-mail para cidadelarevista@ cidadelarevista.com.br
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Agenda
Calendário caprichado Durante os 12 meses do ano, a cidade de Tiradentes recebe turistas do Brasil inteiro em busca de uma programação cultural de alto nível. A beleza dos museus e igrejas, o artesanato, os inúmeros restaurantes e o clima interiorano da cidade encantam quem passa para uma visita. Além disso, eventos de grande porte, como a Mostra de Cinema ou o Festival de Gastronomia, compõem um calendário vasto de opções para todos os gostos. Confira as principais atrações
Daniel Mansur
Festival de Teatro
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Daniel Mansur Mostra de Cinema de Tiradentes
Dezembro
Janeiro 2017
07 a 09 de outubro Final de Semana Light
02 a 04 de dezembro Final de Semana Light
06 a 08 de janeiro Final de Semana Light
14 a 16 de outubro Encontro à Mesa
22 a 25 de dezembro Pacote Especial de Natal com ceia natalina na noite de 24 de Dezembro e Brunch Natalino
20 a 29 de janeiro Mostra de Cinema Tiradentes Acesse e Saiba Mais: mostratiradentes.com.br
Outubro
Novembro 11 a 15 de novembro Feriado da Proclamação da República 25 a 27 de novembro Final de Semana Light
29 de dezembro a 01 de janeiro de 2017 Pacote Especial de BoasVindas 2017 com jantar longe na noite de 31 de Dezembro de 2016
Final de Semana Light Pequena Tiradentes
Você paga a primeira noite e ganha a segunda
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Capa
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A cidadela Pequena Tiradentes As suítes da Pequena Tiradentes são pensadas para que você realmente se sinta em casa, daí a decoração aconchegante, com móveis e objetos diferentes em cada quarto. E o melhor: está tudo à venda, assim você pode levar com você parte da sua experiência na pousada Fotos Lufe Gomes
Sessenta e duas casinhas compõem a cidadela da Pequena Tiradentes. Cada portinha revela uma suíte diferente, seja no tamanho, seja na ambientação. Em comum, elas têm conforto e aconchego para que os hóspedes – solteiros, casais ou famílias inteiras – sintam-se em casa mesmo que estejam a quilômetros de distância. Essa sensação não acontece por acaso. O segredo está na decoração. Móveis, roupas de cama, luminárias e demais acessórios não seguem um padrão nas suítes e nas demais dependências da pousada. Muitos são únicos e selecionados pela proprietária Vanilce Barbosa em viagens pela região, pelo Brasil ou ao exterior. E o melhor: tudo está à venda! “Fazemos a curadoria vislumbrando a casa do cliente”, conta. Inaugurada no ano 2000, a pousada já nasceu, naturalmente, com o conceito de hotel boutique. Para driblar os gastos com a obra, Vanilce abusou da criatividade e decorou o lugar com peças recicladas ou reaproveitadas e devidamente etiquetadas. E o que nasceu como necessidade acabou se tornando o maior diferencial da Pequena Tiradentes. “Quando fiz a pousada, nunca havia visto ou lido algo sobre esse conceito. Foi só em 2009, numa viagem a Washington (EUA), que me hospedei num hotel assim e me dei conta de que eu já havia feito isso intuitivamente”, lembra Vanilce.
Suítes Ouro | Em uma delas, o estilo é de época com cama queen size
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Apoiados no banco de madeira, xĂcara, jarra, bule de prata, passarinho de cerâmica e caixas-livros
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1 2
3
1 | Na cama, colcha de casal com dois porta-travesseiros e almofadas 2 | Criado-mudo com acabamento em fibra natural. Destaque para a bombonière de bico de jaca 3 | Passarinho de cerâmica com caixas em formato de livros
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1
2 3
1 | Vasinhos artesanais 2 | Serviço “banho de espuma” com direito a espumante 3 | Luminária indiana com vela de led 4 | Outra opção de suíte Ouro, desta vez com cama com dossel. Detalhe da acolhedora lareira, ao fundo
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2 3
4 1 | Suíte Ouro com decoração mais romântica 2 | Cama com cabeceira alta, porta-travesseiros e colcha com motivos em boutis e almofada 3 | Bandeja com taças indianas importadas pela casa. Nela, copos de vidro 4 | Vaso alto de cerâmica
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1
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1 | Hidratante e perfume de ambiente com aroma da Pequena Tiradentes 2 | Bandeja espelhada 3 | Caixa artesanal
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A bancada do lavabo fica fora do banheiro. Destaque para cesto de ferro indiano importado pela casa – ideal para acomodar toalhas usadas – e caixinha de metal
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2 lugares em jeans e couro envelhecido Origem: Índia
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Rua dos Inconfidentes, 233 . Tiradentes . MG . (32) 3355.2421Revista Cidadela | 23
Divulgação
Literatura
Ler é abrir portas! A leitura é um hábito cultural fundamental na formação do caráter e da identidade de uma pessoa. Quando abrimos um livro, abrimos portas para dentro e fora de nós, abrimos horizontes. Conhecemos outras ideias e pensamentos, outras culturas e sabedorias, universos que incluem desde a alimentação até a arte, que é a herança de um povo. Antigamente, se passavam oralmente esses saberes. Eram os contadores de histórias que perpetuavam as civilizações. Em alguns povos eram as mulheres as responsáveis por essa tradição. Elas guardavam essa sabedoria e passavam para outras mulheres, naquela conversa íntima “de mulher para mulher” e na educação de seus filhos. A partir do advento da escrita, pode-se abrir esses conhecimentos para um número muito maior de pessoas, povos, culturas e línguas. Por meio da leitura, temos acesso a 5.000 anos de história, desde que o homem tomou para si a responsabilidade de registrar seus passos pela humanidade e contar seus feitos, suas conquistas e descobertas. Mas para que esse hábito tão transformador se torne real em nossas vidas, precisamos iniciá-lo na infância, em casa, na escola e com um certo grau de prazer. Somos apresentados para a leitura como se fosse uma obrigação, e não um prazer. Ligamos a ideia de leitura a uma “imposição”, e não a um fruto da vontade boa de se 24 | Revista Cidadela
Beth Goulart Atriz
envolver nas histórias, se identificar com os personagens, satisfazer a curiosidade por novas culturas e informações. Ler, além de instruir, também é diversão! Temos que ler para nossas crianças, contar as histórias, virar os personagens. Tenho certeza de que, a partir disso, elas se lembrarão dessa atividade também como um gesto de carinho, afeto e amor. É dentro de casa que o hábito cultural se forma. Temos que levar nossos filhos, netos, sobrinhos e amigos para o teatro, para ver exposições, ir ao cinema, ouvir boa música e ler livros. Com isso, além de abrir horizontes, melhoramos nossa linguagem e nossa comunicação. É por meio da troca de conhecimentos e informações que criamos nosso pensamento crítico, nossa opinião diante do mundo, do outro e da sociedade em que vivemos. O homem é ator e portador de cultura. A leitura é um instrumento de autoconhecimento, de conhecimento do mundo e de aprendizado de vida. Somos o que vemos, ouvimos, lemos e sentimos do mundo, mas somos também criadores, e essa é uma tarefa que herdamos da criação. Sem aprender, como podemos surpreender? Sem conhecer, como podemos criar? Quantos livros você já leu este ano? Nenhum? Que tal começar?
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Gastronomia
Tutu à mineira Uma mistureba que dava ‘sustança’ em tempos escassos e de longas jornadas, atravessou séculos até se tornar um clássico da culinária mineira. E como não poderia deixar de ser, o prato está no cardápio de um restaurante tradicional da cidade, o Padre Toledo Fotos Lufe Gomes
A origem da comida típica mineira está relacionada ao período da mineração e às influências indígenas, africanas e portuguesas. Com o tutu à mineira não foi diferente. Segundo historiadores, o prato teve origem no Estado de São Paulo, onde o tutu faz parte do tradicional virado à paulista – sucesso até hoje nos botecos de Sampa. Conta-se que, quando os bandeirantes faziam suas incursões ao interior, levavam feijão e farinha no farnel do cavalo. Com o chacoalhar da viagem, os ingredientes se misturavam, daí a origem do “virado”. O tutu de feijão também fez parte da alimentação dos antigos tropeiros. Por onde passava, a ‘mistura’ ia ganhando novos ingredientes nas mãos de indígenas e cozinheiras escravas. Isso aconteceu até chegar à versão que conhecemos em
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Minas: feijão, farinha de mandioca, bacon, couve, ovo e linguiça. Assim como o virado em São Paulo, o tutu é um dos pratos mais requisitados dos mineiros. Portanto, nem pense em passar por Tiradentes e deixar de provar a iguaria. A dica é escolher um restaurante tradicional da cidade, localizado numa casa de arquitetura colonial construída em 1722. Inaugurado em 1970, o restaurante foi batizado como Padre Toledo. O nome é uma homenagem ao, vigário que teve um importante papel na Inconfidência Mineira (veja mais na pág. 49). E já que a ideia é provar um quitute local, encare o pacote completo e peça a cachaça Padre Toledo para acompanhar. O santo agradece.
O tutu à mineira acompanha uma porção de couve puxada na gordura de porco, além de lombo assado, costelinha cozida no bafo, linguiça de lombo e torresmo fritos, geralmente Revista Cidadela dispostos sobre o tutu | 27
Giovanni Bessa
Tutu à mineira INGREDIENTES • 500 g de feijão vermelho cozido e com caldo • 2 cebolas picadas • 3 dentes de alho socados • 200 g de bacon frito em cubos • Farinha de mandioca torrada a gosto • Couve refogada cortada em tirinhas finas • 500 g de linguiça de lombo aferventada e frita • 250 g de torresmo frito • Cebolinha picada a gosto • 2 ovos cozidos
MODO DE FAZER 1 Bata o feijão no liquidificador com o caldo do cozimento. 2 Doure e a cebola e o alho na mesma gordura em que os cubos de bacon foram fritos. 3 Acrescente o feijão batido ao refogado e acerte o sal. 4 Quando levantar fervura, coloque a farinha de mandioca aos poucos e sem parar de mexer, até a mistura engrossar (o tutu deve fi car mole). 5 Junte o bacon frito e a linguiça. 6 Despeje numa travessa, decore com as rodelas de ovos, o torresmo e a couve. 7 Para finalizar, salpique a cebolinha. TEMPO DE PREPARO: 20 MIN (sem contar o tempo de cozimento do feijão) RENDIMENTO: 6 PORÇÕES
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O restaurante Padre Toledo funciona numa construção histórica de 1722, tipicamente colonial, com paredes de 40 cm de largura
Restaurante Padre Toledo Rua Direita, 202 – Centro Histórico Tiradentes – Tel.: (32) 3355-2132 Horário de funcionamento: Todos os dias das 11h30 às 22h
FINAL DE SEMANA LIGHT PEQUENA TIRADENTES. 07 A 09 DE OUTUBRO/2016
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08 A 10 DE OUTUBRO/2016 25 A 27 DE NOVEMBRO/2016 02 A 04 DE DEZEMBRO/2016
06 A 08 DE JANEIRO 17 A 19 DE MARÇO 01 A 03 DE ABRIL 05 A 07 DE MAIO 02 A 04 DE JUNHO [ DATAS PARA 2017] Revista Cidadela | 29
Vinhos mineiros
Aceita um ‘vinhozim’? O Sul de Minas une conhecimento e tecnologia para produzir vinhos finos e mostra que sua vocação vai além do café e da cachaça Fotos Alexandre Disaro
Provavelmente você já ouviu falar – e bem – do café e da cachaça mineiros, mas a região do sul de Minas tem se aventurado (e com o mesmo sucesso) na produção de outra bebida: vinhos finos. “Surpreso? Pois não fique! Se China, Índia e México têm vinho, por que não Minas Gerais?”, pergunta a sommelière do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Silvia Mascella Rosa. “Então, vamos deixar o preconceito e o desconhecimento de lado e entender esse negócio. Em primeiro lugar, nada de comparações. Os vinhos mineiros não são melhores, nem piores do que os chilenos ou argentinos, por exemplo. Comparar é uma bobagem, porque cada vinho é único no ano em que foi feito, na maneira em que foi feito e na uva do qual foi feito”, diz Silvia. E, cá entre nós, essa é a graça.
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A incursão mineira não aconteceu por acaso, e a produção, embora recente, foi apoiada em estudos da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), que constatou terrenos com os nutrientes necessários. O “senão” estava na época de colheita. As videiras atingem seu ápice no verão, período de muita chuva na região. Para garantir uvas sãs, é necessário que a colheita seja feita em períodos secos. Para driblar a umidade, os enólogos utilizam a técnica da inversão, que inclui podas em janeiro e em agosto. “O método induz a videira a formar cachos no início de março e a colheita acontece no final do outono, quando os dias são secos e ensolarados e as noites apresentam temperaturas amenas e frias”, explica a também sommelière Eliana Araújo. Ela completa: “O excesso de água (chuva) dilui os açúcares e polifenóis da fruta, resultando em um vinho desequilibrado em sua composição aromática e de sabores”. Inverter o ciclo da planta também é um recurso utilizado pelos produtores no interior de São Paulo.
Rótulos para harmonizar com pratos mineiros Sugestões da sommelière Silvia Mascella Rosa
Em suas primeiras incursões, Minas elegeu castas francesas, como Sauvignon Blanc, Chardonnay, Syrah e Cabernet Sauvignon, para produzir bebidas mais elaboradas. A produção ainda é isolada e baseada em pequenos produtores. Silvia cita duas vinícolas já bem estruturadas: Estrada Real, em Três Corações, e Luiz Porto, em Cordislândia. Mas também elogia e até indica (veja ao lado) um rótulo da Casa São Geraldo, em Andradas. “Por enquanto, os vinhos mineiros têm características de terroir de clima quente, por virem de uma zona mais próxima da linha do equador. De maneira geral, têm um volume de boca mais delicado, aromas que puxam para frutas vermelhas e acidez pouco alta”, explica Silvia. A sommelière diz “por enquanto” porque os pesquisadores já estão estudando outros tipos de uvas para serem cultivadas na região, então podem aparecer boas surpresas por aí. O defeito do vinho mineiro é a dificuldade (ou até impossibilidade) de encontrá-lo fora de sua terra natal. Pensando bem, é mais um bom motivo para visitar Minas Gerais. Em Tiradentes, você encontra rótulos no restaurante Pacco & Bacco.
Dom de Minas, Sauvignon Blanc Vinícola: Luiz Porto Localidade: Cordislândia Harmonização: Frango com quiabo Comentário: O frescor do vinho “segura” a intensidade do prato e o sabor único do quiabo
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Primeira Estrada, Syrah, tinto seco Vinícola: Estrada Real Localidade: Três Corações Harmonização: Vaca atolada Comentário: Por ser um prato denso e pesado, mas não gorduroso, combina com o perfumado Syrah
Dom de Minas, Cabernet Franc Vinícola: Luiz Porto Localidade: Cordislândia Harmonização: Feijão tropeiro à mineira ou costelinha suína Comentário: Com as temperaturas altas do Brasil e uso de pimenta fresca, o vinho tinto precisa ser refrescado na porta da geladeira por cerca de 20 minutos. Se a costelinha tiver molho adocicado, vale combinar com Syrah também
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Toronto: paixão de verão, outono, inverno e primavera
Divulgação
Aqui é o meu lugar
Priscila Kallfelz
Minha primeira viagem a Toronto, no Canadá, foi no verão de 2006. Dez anos depois, cá estou novamente, morando há três anos e meio. O que começou como uma paixão de verão, hoje se tornou um grande amor.
dores de uma boa música, um programa imperdível é o Symphony in the Garden no Casa Loma, com apresentações da Orquestra Sinfônica de Toronto no jardim do castelo nos fins de tarde.
Toronto é uma cidade envolvente, eclética, às vezes tímida, mas sempre surpreendente. Para os marinheiros de primeira viagem, oferece inúmeros passeios, como a CN Tower, de onde se tem uma bela vista da cidade banhada pelo Lake Ontario. O Ripley’s Aquarium of Canada, com 16 mil animais aquáticos, te transporta para um universo à parte, onde você fica imerso por horas. Já o ROM - Royal Ontario Museum, museu de arte, cultura mundial e história natural, encanta com suas mais de 40 galerias, sendo o maior do Canadá. Para os visitantes mais aventureiros e curiosos, a diversidade étnica da cidade é um prato cheio e se revela a cada esquina através de restaurantes, lojas locais, food trucks etc.
O outono traz as mudanças nas folhas das árvores e o verde cede espaço para tons de amarelo, laranja, vermelho e roxo, que transformam a paisagem em verdadeiras obras de Monet. Essa também é uma ótima estação para conhecer a AGO, galeria de arte de Ontário, as bibliotecas públicas e inúmeros cafés que a cidade oferece.
As estações do ano ditam as atividades e passeios de moradores e turistas. Na primavera e no verão, as bicicletas e patins tomam conta das ruas enquanto os parques e praças transbordam de frisbees, toalhas de piquenique e flores deslumbrantes, como no High Park com suas belíssimas Cherry Blossoms. Pessoas se amontoam nos disputados pátios de bares e restaurantes em busca de uma cerveja gelada. A fila para a Toronto Island passa a ser uma atração por si só! Para os aprecia-
Para os corajosos que pretendem visitar a capital da província de Ontário no inverno, quando a sensação térmica pode chegar a espantosos 30 ou 40 graus, os diversos rinques de patinação no gelo atraem um público de todas as idades. Para o final do dia, nada melhor do que apreciar um bom chocolate quente ou apple cider no Distillery District, uma área de belos edifícios históricos com lojas e restaurantes impecáveis. No mesmo local, em dezembro, o Christmas Market contagia a todos com o espírito natalino relevado através da música, decoração e opções de comida e bebida. Independentemente da estação, Toronto é uma cidade de muitas facetas e para todos os gostos. Nada melhor do que uma experiência ao vivo e em cores para que ela revele seus mais belos encantos. Revista Cidadela | 33
Casa e Comida
Lá da roça Louças misturadas, um bule de café fumegante, um pouquinho de vida ao ar livre. E, claro, um cardápio reconfortante e saboroso. É preciso pouco para criar em sua casa um clima de almoço na fazenda Texto Roberta Malta Fotos Rogério Voltan Realização Cláudia Pixu Produção Camile Comandini Assistente de produção Ellen Annora
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Leite tirado na hora, cheiro de café coado, barulho de riacho. No imaginário de muita gente, fazenda tem gosto de infância. Casa e Comida resgatou esse clima em um almoço na Fazenda Capoava, em Itu, interior de São Paulo. Do cardápio aos detalhes da decoração, tudo pode ser reproduzido no sítio, no quintal, em qualquer ambiente ao ar livre. A majestosa Capoava passou pelos ciclos do açúcar, do café e do gado, e hoje resgata seu passado pela gastronomia. Há 16 anos, o proprietário, Paulo Almeida Prado, transformou as construções de colonos italianos do final do século 19 em um hotel digno da Associação de Hotéis Roteiros de Charme. Sua mãe, Lucy de Andrade Machado, de 92 anos, ainda escreve à mão receitas antigas para compor o cardápio da fazenda, como o bolinho de chuva servido no café da manhã. “Na casa da minha avó, tudo era motivo para misturar
farinha, açúcar e leite e fritar às colheradas”, ela conta. Lembrança parecida tem Heloisa Bacellar, chef convidada para atualizar as receitas de quatro gerações da Capoava. Como seus pais têm fazenda de gado no Vale do Paraíba, em São Paulo, e na Serra da Canastra, em Minas Gerais, é perto do mato que ela se sente melhor. “Nada é mais gostoso do que a simplicidade de lugares assim”, afirma a dona do Lá da Venda, em São Paulo. Mesmo na cidade, Heloisa gosta de preservar o clima de fazenda à sua volta. “Tenho pomar, horta e acordo com passarinhos cantando”, revela. Quando quer fazer uma tigelada de chuchu, pega os legumes no pé. Se a época é de abobrinha, beterraba ou tomate, é só adaptar a receita. “Gosto de trabalhar com ingredientes de verdade. Não tem problema se a cenoura for meio tortinha. Ela é real, isso é o mais importante”, diz.
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Cooler rĂşstico A floreira antiga, cheia de gelo, acomoda a limonada e outros refrescos
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Tigelada de chuchu (Receita de Heloisa Bacellar para a Fazenda Capoava) INGREDIENTES • 2 chuchus maduros, sem casca, sem caroço e cortados em cubinhos • 50 g de manteiga • 1 cebola média em cubinhos • 1 dente de alho picadinho • 1/3 de xícara (chá) de salsinha picada • 2 colheres (sopa) de farinha de trigo • 1 xícara (chá) de leite • 2 colheres (sopa) de queijo meia cura ou parmesão ralado • 2 ovos (claras separadas das gemas) • Manteiga para untar e farinha de rosca para polvilhar o quanto baste • Sal a gosto MODO DE FAZER 1 Em uma panela média, aqueça a metade da manteiga e doure ligeiramente a cebola e o alho. Junte o chuchu e um pouquinho de sal. Tampe e cozinhe em fogo baixo por uns 15 minutos, até amaciar. 2 Acrescente a salsinha e passe para uma tigela grande. Reserve. 3 Em outra panelinha, aqueça o restante da manteiga com a farinha e misture até obter uma pasta. 4 Junte o leite, sal e mexa até ferver e engrossar. 5 Junte o chuchu, o queijo, corrija o sal e deixe amornar por 10 minutos, enquanto o forno aquece a 180 oC (médio). 6 Unte uma tigela média com manteiga e polvilhe com farinha de rosca. 7 Bata as claras em neve até ficarem bem firmes. 8 Junte as gemas à pasta de chuchu. Em seguida, com delicadeza, incorpore as claras. 9 Coloque tudo na tigela untada, polvilhe com um tiquinho de farinha de rosca e asse por uns 40 minutos, até crescer, dourar e firmar no centro.
Comida com alma A tigelada também pode ser feita com abobrinha ou tomate. A vaca atolada (abaixo), prato tradicional da Fazenda Capoava, é feita com costela de boi e mandioca
TEMPO DE PREPARO: 1 HORA RENDIMENTO: 4 PORÇÕES
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Em mĂłdulos Caixotes de feira viram armarinhos na mesa de cafĂŠ
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Bolinho de chuva (Receita de Lucy de Andrade Machado, da Fazenda Capoava) INGREDIENTES • 2 ovos • 2 colheres (sopa) de açúcar • 1 xícara (chá) de leite • Farinha de trigo o quanto baste • 1 colher (sopa) de fermento • 500 ml de óleo de soja • Açúcar e canela para polvilhar, a gosto MODO DE FAZER 1 Bata os ovos, o açúcar, o leite, a farinha e o fermento no liquidificador, até obter uma massa cremosa, nem muito rala, nem muito espessa. 2 Em uma panela de tamanho médio, aqueça o óleo. 3 Ponha colheradas da massa no óleo e baixe o fogo para que fritem por completo e não fiquem crus por dentro. 4 Vire os bolinhos delicadamente com uma escumadeira, para que dourem por igual. 5 Coloque os bolinhos sobre papel absorvente, para retirar o excesso de óleo. 6 Passe-os em açúcar e canela. Sirva quente. TEMPO DE PREPARO: 40 MINUTOS RENDIMENTO: DE 40 A 60 UNIDADES
Mimos doces Potinhos cremosos de café com leite, da chef Heloisa Bacellar. Para agradar na despedida, a geleia da fazenda arrematada com fita de pompom é sucesso na certa
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Tour gastronômico
Fome de quê? Um dos principais motivos que fazem a cidade ser tão especial é o cardápio variado de restaurantes para todos os estilos, bolsos e idades. Aqui, uma seleção no
Alexandre Disaro
capricho para facilitar a sua escolha
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Pau de Angu Endereço: Estrada Real (Tiradentes-Bichinho), a 3 km de Tiradentes Tel.: (32) 99948-1692 Horário de funcionamento: Todos os dias, das 12h às 17h Não aceita cartão de crédito
Lufe Gomes
Comida mineira, forno a lenha... O Pau de Angu fica no caminho do Bichinho, em um ambiente rural, e é ideal para quem busca comida típica da região e quer fugir do Centro Histórico de Tiradentes. A linguiça caseira de pernil (foto ao lado) é uma das boas pedidas do cardápio, mas o prato não vem acompanhado de farofa de jiló, que pode ser feita para quem solicitar a iguaria à parte. Fica a dica.
Uaithai Bistrô O chef Ricardo Martins, que já teve passagem nas cozinhas de Alex Atala (Dom e Dalva e Dito), abriu, no ano passado, o Uaithai, cujo cardápio mescla com sutileza e criatividade as cozinhas mineiras e tailandesas. Criatividade, aliás, é o que não falta no espaço, que tem decoração garimpada por Lufe Gomes, irmão e sócio na empreitada, em feirinhas de antiguidades e lojas de usados. O hit do cardápio é o Mangethai (foto): filé mignon em tiras, pimentões coloridos, ervilha torta, amendoim, gengibre, cebola roxa, óleo de gergelim torrado,
shitake e tâmaras, tudo sobre cama de abobrinha grelhada em garan marsala e hortelã. Finalizado com azeite trufado de torresmo. Acompanha arroz de jasmim. Endereço: Rua Direita, 205A – Centro Histórico Tel.: (32) 99927-9903 www.uaithai.com.br Horário de funcionamento: Das 12h às 16h e das 19h às 23h. Aberto todos os dias, exceto às quartas-feiras. Aceita cartões de crédito
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Lufe Gomes
CasAzul Bistrô Latino O colorido restaurante é uma homenagem à artista plástica mexicana Frida Kahlo. Tudo é inspirado nela, da decoração ao cardápio. Engana-se quem pensa que as opções se restringem aos famosos tacos, burritos e quesadillas. O CasAzul, de Rejane Cunha e Penha Lima, vai além e apresenta releituras com um toquezinho mineiro de receitas da própria Frida, descobertas em pesquisas e muita leitura. A salada Frida Kahlo (foto) leva um mix de folhas (azedinha, ora-pro-nobis, alface e rúcula), frango, pera, pepinos em conserva, gorgonzola, molho de azeite e limão com alho.
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Endereço: Rua da Cadeia, s/nº – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1868 Horário de funcionamento: De terça a quinta, das 19h30 às 23h. Sextas, sábados e feriados, das 12h às 16h e das 20h às 23h. Domingos, das 12h às 18h. Aceita cartões de crédito
Beco do Cachorro Se o nome do quiosque já soa divertido, prepare-se para conhecê-lo. Despretensioso, é o endereço perfeito para jovens e crianças que querem dar um tempo da farta comida mineira e também dos restaurantes mais sofisticados da região e saborear um cachorro-quente. A produção do pão é própria, assim como o molho de tomate que o acompanha. O sanduíche também leva fatias de bacon e, claro, 100 g de salsicha. Para acompanhar, molhos da marca Heinz.
Alexandre Disaro
Endereço: Largo da Forras, 13 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1250 Horário de funcionamento: De sexta a domingo e nos feriados, das 18h à meia-noite. Durante as férias, funciona de segunda a segunda. Aceita cartões de crédito
Santíssima Gula
Alexandre Disaro
Para quem procura mais do que um jantar, mas uma experiência, a dica é o Santíssima Gula, comandado pela chef carioca Nancy Souza. O endereço fica um pouco afastado do Centro Histórico, o que confere um charme extra ao local, dá aquela impressão de “achado”. O ambiente é aconchegante, reforçado pela iluminação agradável e trilha sonora impecável. O atendimento é personalizado, daí a obrigatoriedade da reserva. Vá sem pressa, pois trabalha somente com menu degustação, que vai do antepasto (foto) à sobremesa. A cozinha é confort, mas altamente sofisticada. Endereço: Rua Padre Gaspar, 343 - Santíssima Trindade Tel.: (32) 3355-1162 Horário de funcionamento: De quarta a sábado, a partir das 20h até o último cliente (reserva obrigatória) Aceita cartões de crédito
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Luth Dá para fazer uma lista de bons motivos para visitar o local: o belo casarão com seu grande jardim impecável já é um deles. Mas as surpresas não param por aí. A antiga senzala, no porão da casa, foi transformada num aconchegante ambiente, ideal para os dias frios ou chuvosos. O cardápio é bem variado e um dos poucos lugares da cidade onde se come um belo risoto. Uma boa pedida é a Costelinha primavera (foto). Trata-se de uma costela de porco marinada no malte ao molho agridoce de amora, jabuticaba e cerveja preta acompanhado de mandioca rústica com manteiga de garrafa e queijo das vertentes. Tentador, não?.
Pacco & Bacco A decoração sofisticada e o ambiente intimista proporcionado pela iluminação pra lá de especial, assinada pelo mestre no assunto Maneco Quinderé, já valem a visita ao restaurante Pacco & Bacco, de Francisco Rodriguez. Mas a casa oferece mais. Faz juz ao nome do deus Baco ao apresentar uma carta de vinhos respeitável, com rótulos do mundo todo, inclusive os mineiros. A cozinha é comandada pelo chef Rafael Pires. A indicação é o duo de carne suína (foto), toucinho especial e lombinho, acompanhado de polenta, folhas de mostarda e chips de banana (foto). Endereço: Rua Direita, 166 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1136 - www.paccobacco.com.br Horário de funcionamento: De terça a quinta, das 19h às 23h; sexta, das 19h à meia-noite; sábado, das 13h às 16h e das 19h à meianoite; domingo, das 13h às 16h e das 19h às 23h. Aceita cartões de crédito
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Lufe Gomes
Alexandre Disaro
Endereço: Rua Direita, 224 – Centro Histórico Tel.: (32) 99966-2819 Horário de funcionamento: De quarta a sexta, das 19h à meia-noite. Sábados, das 12h às 17h e das 20h à 0h. Domingos, das 12h30 às 17h Aceita cartões de crédito
Templário Quer juntar os amigos e tomar uns chopes ou umas cervejinhas? Então vá ao bar Templário, que aposta nos petiscos em um ambiente com inspiração medieval. Para a curtição ficar completa, tem música ao vivo todas as noites. Entre as porções do cardápio, destaque para a de salsichas Viena, Oxford e Chipolata acompanhadas de trës tipos de mostarda (foto).
Alexandre Disaro
Endereço: Largo das Forras, 60 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1197 Horário de funcionamento: De segunda a quinta, das 16h à meia-noite. De sexta a domingo, das 16h à meia-noite. Aceita cartões de crédito
Outras opções Angatu Rua da Cadeia, 38 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1391 Atrás da Matriz Rua Santíssima Trindade, 201 Santíssima Trindade – Tel.: (32) 3355-2150 Estalagem do Sabor Rua Ministro Gabriel Passos, 280 Centro Histórico – Tel.: (32) 3355-1144 Empório das Massas Rua Frederico Ozanan, 327 Centro Histórico - Tel.: (32) 3355-1104 Leitão Villa Paolucci Rua do Chafariz, s/nº – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1350 e (32) 9981-8003 Mandolim Av. Governador Israel Pinheiro, 670 anexo à Pousada Pequena Tiradentes Restaurante das Mercês Rua Maria Ferreira Barbosa, 307 Cuiabá – Tel.: (32) 3355-1911 Restaurante do Celso Largo das Forras, 80 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1193
Sabor Rural Estrada da Caixa D’água, km 4 Tel.: (32) 9934-4005 Santíssima Gula Rua Padre Gaspar, 30 Santíssima Trindade – Tel.: (32) 3355-1162 Seu Barthô Rua Francisco Cândido Barbosa, 31 Centro Histórico Tels.: (32) 3355-2300 e (32) 98874-8812 Theatro da Villa Rua Padre Toledo, 157 Centro Histórico Tels.: (32) 3355-1275 e (32) 98456-0606 Tragaluz Rua Direita, 52 – Centro Histórico Tels.: (32) 3355-1424 e (32) 99968-4837 Trattoria Via Destra Rua Direita, 45 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1906 Viradas do Largo Rua do Moinho, 11 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1110 Revista Cidadela | 45
Armazém de Minas
Onde encontrar? J. Viegas
Gostosuras locais que valem cada caloria
1 | Bala de coco que derrete na boca, servida aos hóspedes e visitantes na recepção da Pousada Pequena Tiradentes 2 | Picolés de frutas produzidos artesanalmente desde 1965, Picolé do Amado 1
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Alexandre Disaro
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3 | Bolo de abobrinha sempre fofinho, preparado por Fausto Guimarães, Marcas Mineiras 4 | Queijadinhas aeradas que saem que nem pão fresco, Rocambole & Cia.
Alexandre Disaro
5 | Chaleira (750 ml ou 1,5 l) trincando de gelada com caipirinha de limão ou, se preferir, com limonada, Sabor Rural 6 | “Criminosa” fatia de pudim de queijo de minas, Padaria Padre Toledo
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J. Viegas
1 | Queijo de Minas 2 | Requeijão caseiro, ambos no Salão do Café da Manhã da Pousada Pequena Tiradentes
J. Viegas
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Alexandre Disaro
Alexandre Disaro
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3 | Entre pimentas, méis, feijões e queijos dos mais variados tipos, como o parmesão curado, Armazém de Secos e Molhados da Casa do Sino 4 | Cafezinho coado com especiarias para testar novos sabores, Uaithai Bistrô
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Armazém de Secos e Molhados da Casa Sino Largo da Rodoviária, 39 Centro Histórico – Tel.: (32) 3355-1481
Pousada Pequena Tiradentes Av. Governador Israel Pinheiro, 670 Várzea de Baixo – Tel.: (32) 3355-1262
Marcas Mineiras Largo das Mercês, 49 Centro Histórico – Tel.: (32) 3355-1682
Rocambole & Cia Rua Ministro Gabriel Passos, 115 Centro Histórico – Tel.: (32) 3355-2897
Padaria Padre Toledo Largo do Sol, 187 Centro Histórico – Tel.: (32) 3355-1474
Sabor Rural Estrada da Caixa D’Água, km 4, Caixa D’Água – Tel.: (32) 99934-4005
Picolé do Amado Rua dos Inconfidentes, 79B Centro Histórico – Tel.: (32) 99988-4899
Uaithai Bistrô Rua Direita, 205 A Centro Histórico – Tel.: (32) 99174-8890
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Receita de família
O conquistador A origem é mineiríssima, mas o pão de queijo já virou unanimidade nacional. Por isso, o quitute tem presença garantida no café da manhã da Pequena Tiradentes. Para matar a saudade do gostinho, Cidadela revela a receita preparada na pousada, uma herança de família Foto Lufe Gomes
Pão de queijo INGREDIENTES • 1 kg de polvilho azedo • 4 ovos • 1 copo de óleo • 1 copo de leite • 4 batatas grandes e cozidas • 1 kg de queijo da Canastra ralado • 1 colher (sopa) de sal MODO DE FAZER 1 Coloque o polvilho em uma tigela e reserve. 2 Bata os ovos com óleo e o sal no liquidificador por 5 minutos, despeje a mistura sobre o polvilho e misture bastante com as mãos até o polvilho soltar (primeiro a massa vai ficar bem grudenta, mas aos poucos vai ficar soltinha). 3 Bata a batata cozida com o leite, também no liquidificador, até virar um purê. Junte esse purê à massa de polvilho, misture bem, acrescente o queijo ralado e incorpore os demais ingredientes. 4 Faça bolinhas com a massa, acomodeas numa assadeira (não é preciso untar) e leve para assar no forno preaquecido a 180oC por aproximadamente 20 minutos.
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O pão de queijo da Pousada Pequena Tiradentes tem lá os seus segredos... O mais surpreendente é que a massa leva batata e o queijo usado é o da Canastra, que pode ser substituído por outro queijo de minas meia cura.
TEMPO DE PREPARO: 50 MIN. RENDIMENTO: 50 PÃEZINHOS
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Editorial
ALPHORRIA Fotografia: Nello Aun . Modelo: Alyne Rodrigues - Mega Models BH Beleza: Jô Martins . Stylist: Marta Duque . Locação: Pousada Pequena Tiradentes Roupas: Alphorria . Sapatos: Luiza Barcelos Acessórios: Claudia Mares Guia e Semijoias Carolina Gonzaga
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Divulgação
Saúde e bem-estar
A beleza e a atividade física Bom, o que dizer sobre a beleza? Para mim, a melhor definição foi a do célebre Michel de Montaigne: “... qualidade que proporciona poder e ascendência. Aparece em primeiro lugar nas relações humanas, aparece em primeiro plano, seduz e influencia favoravelmente nossos julgamentos, exerce grande autoridade e é prodigiosamente impressiva”. Impactante, não? Como isso está associado ao tema “atividade física”? Bem, quando nos exercitamos, aceleramos nossa frequência cardíaca, suamos e eliminamos toxinas, “esquentamos” e exigimos mais da nossa musculatura, desencadeamos a liberação de endorfinas em nossa corrente sanguínea. Além disso, entramos em contato íntimo com as sensações proporcionadas pela atividade física, nos conectamos mais intensamente com nosso corpo físico, reparamos nas manifestações físicas da aceleração cardíaca, em nossa respiração, em nossa temperatura... Enfim, esse é o momento em que nos conectamos com nosso eu, conexão esta tão dificultada ultimamente, com tantos estímulos visuais e tecnológicos a que somos submetidos. É o momento de ouvir uma música, de nos olhar no espelho, de finalmente sentir. Junto com a sensação de saúde e bemestar, vem a apreciação de nosso corpo
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Dra. Patrícia Leite Cirurgiã plástica
como um bem físico que possuímos e do qual temos o dever de cuidar. Nosso corpo é, sim, o nosso maior templo. Nós o habitamos, afinal. Dentro do conceito de beleza, está o de bem-estar físico. Ao nos exercitar, contribuímos para que fiquemos mais belos. Correto? Corretíssimo! E além do bem-estar físico, superimportante, ganhamos formas mais agradáveis ao olhar, firmeza ao toque e definição muscular. Isso nos dá um poder, uma energia, nos coloca de alguma forma “para cima”. Pensamos melhor, raciocinamos mais rápido, nos sentimos mais bonitos, enfim... Com isso, conseguimos influenciar positivamente outras pessoas, porque passamos a sentir em maior grau o bem que há na vida e em tudo o que nos rodeia. Passamos a funcionar mais próximo de nossas maiores potencialidades. Desse modo, impressionamos os outros por cuidar de nossa saúde e de nossa forma física. Considero tudo isso uma coisa só. A beleza é o que faz bem. E o bem está na ordem, que influencia favoravelmente nossos julgamentos, exerce grande autoridade e é prodigiosamente impressiva...
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Passeio rural
Tiradentes sobre duas rodas Para fugir da programação tradicional e, de quebra, queimar as calorias extras adquiridas na viagem,
César Reis
que tal explorar o lado B da cidade em uma bicicleta?
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Grupo de ciclistas percorrem a plana estrada da caixa d’água
Manter a linha em Tiradentes não é tarefa fácil, mas pode ser tão prazeroso quanto se lambuzar com as tentações gastronômicas oferecidas em cada esquina. Há poucos metros das irregulares ruas de pedras do Centro Histórico, há uma estrada plana de terra, batizada de Caixa D’Água, que leva à porção rural da cidade. Ela começa ao lado da Estação Ferroviária e ladeia o rio das Mortes, levando até o município de Prados. A dica é percorrer os 19 km de bicicleta, mas vá com calma, para aguentar os outros 19 km da volta. “É uma estrada sem desafios, ideal para iniciantes”, garante o arquiteto e ciclista Vicente Parmigiani, cliente frequente da Pousada Pequena Tiradentes.
suas casas simples e usando a típica receptividade local para oferecer maravilhas mineiras: artesanato, queijos, doce de leite, biscoitos, farinhas e até leitão assado – este é bem famoso, mas precisa ser encomendado.
Mas não subestime o trajeto. Se percorrido em sua totalidade, leva cerca de duas horas só de ida. Capacete, luvas e água são essenciais e bem-vindos. “É preciso tomar cuidado, porque tem muito mata-burro”, alerta Vicente. Aproveite para admirar a paisagem e prestar atenção no entorno. Segundo o fotógrafo e também ciclista César Reis, por entre fazendas e sítios, há grandes chances de você se deparar com bugios, gaviões, seriemas, capivaras, pacas, coelhos-domato, esquilos, além de muitas vacas, bois e cavalos. Afinal, estamos na roça, lembra-se? E é claro que o caminho também tem uma igreja, a da Nossa Senhora da Conceição, construída nos anos 1980.
A origem da Caixa D’Água
Moradores, comerciantes locais e agências de turismo já começam a se organizar para proporcionar ao turista uma experiência rural, a vivência de seu dia a dia, abrindo as portas de
Na volta, há 4 km do final da rota, fica o restaurante Sabor Rural, que oferece uma certa chaleira refrescante, à base de limão, açúcar, água ou... pinga (veja pág. 49), sem dúvida, uma dose de estímulo para encerrar a jornada com chave de ouro. Opa! Esse era para ser um passeio para queimar calorias, e não incluir outras tantas! Fazer o quê? Em Tiradentes tudo acaba em comida mesmo. E numa boa prosa, claro!
Se de um lado a estrada Caixa D’Água da Esperança ladeia o rio das Mortes, do outro está uma antiga linha ferroviária, construída em 1880 e desativada desde 1985. O caminho ganhou esse nome graças à caixa d’água, que, nos tempos áureos da ferrovia, tinha a importante função de alimentar o reservatório da Maria Fumaça para gerar o vapor que acionava os mecanismos de movimento da locomotiva. A caixa, que ainda está lá, contava com uma bomba carneiro (ou carneiro hidráulico), que funcionava sem energia elétrica, somente por meio de pressão. Segundo César Reis, diz-se que o Esperança vem do nome da Baronesa “Esperança”, que morava em frente à caixa d’água. Para confirmar essa história, “estacione” sua bicicleta e pergunte aos moradores locais. Taí mais um bom motivo para vivenciar o turismo rural de Tiradentes. Revista Cidadela | 67
Tiradentes para crianças
Diversão em família Em Tiradentes, os pequenos podem experimentar programas divertidos e bem diferentes dos que estão acostumados a fazer. A viagem tem tudo para se tornar inesquecível para eles também! Fotos Alexandre Disaro
Tiradentes encanta e surpreende os adultos. Seja pela imponência do paredão de pedra da Serra de São José, pela arquitetura, pelos museus, pelos restaurantes de alta gastronomia, pelos quitutes regionais, seja pelas lojinhas de artesanato… Mas o que fazer com as crianças? Será que elas aguentariam essa programação de gente grande? A boa notícia é que a cidade oferece experiências especiais para elas. A hospedagem
Gabriela Barbosa
Para a viagem ser um sucesso para a família toda, equilibre a programação. E isso já vale para a escolha de onde ficar. A Pequena Tiradentes investe em uma agenda de atividades caprichada para que as crianças se divirtam enquanto os adultos tiram um tempinho para
descansar e curtir as opções de lazer da pousada. “Começamos a receber muitas famílias com crianças pequenas e percebemos que elas já gostavam da pousada por se sentirem em uma cidadezinha, já que cada acomodação é uma casinha. Isso nos despertou a vontade de criar mais laços com esse perfil de público, daí criamos o Espaço Kids”, conta Gabriela Barbosa, gerente comercial e de marketing da Pequena Tiradentes. Lá, a criançada participa de oficinas de cupcake, docinhos, biscoito, pinturas e origami. Fazem teatro, shows e brincadeiras ao ar livre, como pique-esconde e piqueniques. Temos tranquilidade em deixar a Nize (à direita na foto, ao lado de Beatriz) com os monitores, que são muito atenciosos e educados. A programação infantil permite que os pais relaxem com leituras, façam caminhadas com a certeza de que as crianças estão seguras e felizes”, diz a advogada Flávia Cristina Medonça Faria Da Pieve, de Belo Horizonte, cliente da pousada. Vale ressaltar que, nas férias e feriados, as atividades são mais intensas. Já nos fins de semana comuns, o horário das brincadeiras é reduzido.
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Tour a cavalo
Volta ao passado
Aproveite que o Centro Histórico costuma estar menos movimentado de manhã e leve os pequenos para passear de charrete pelas ruas de calçamento de pedra. Impossível não notá-las no Largo das Forras, praça principal da cidade, e até mesmo na na Estação Ferroviária. Os condutores oferecem opções de trajetos – e de preços –, mas todos passam por pontos importantes da cidade e costumam estar preparados para dar informações sobre eles. Ao lado da Ponte das Forras, importante construção de pedras do século 18, ficam cavalos e pôneis que fazem pequenos passeios com adultos e crianças. Nesse caso, também há opções de caminhos.
Na Estação Ferroviária Tiradentes, datada de 1881, há uma autêntica Maria Fumaça, “musa inspiradora” de muitas músicas brasileiras, à disposição de todos os que queiram embarcar numa viagem no tempo. Centenária, a locomotiva a vapor percorre 12 quilômetros entre Tiradentes e São João del Rey em cerca de 40 minutos, tempo suficiente para curtir o passeio sem entendiar os pequenos. Chegando lá, dá tempo de passear por São João e ainda voltar de Maria Fumaça ou, se preferir, de táxi. Certamente, depois desse programa as crianças voltarão para casa com uma história muito boa para contar. Revista Cidadela | 69
Show de marionetes Só há um motivo para ir embora de Tiradentes sem assistir ao espetáculo de bonecos da Companhia de Inventos: quando seus criadores, o casal Bernardo Rohrmann e Renata França, estão se apresentando em outra cidade – a dupla costuma fazer apresentações em escolas e comunidades carentes, principalmente do Norte e Nordeste do Brasil. Bernardo e Renata não só criam os roteiros das
Agência de Turismo Estrada Real Tels.: (32) 3355-1187 e (32) 99194-1404 Site: www.tiradentesestradareal.com.br
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apresentações como também produzem todos os personagens artesanalmente, seja em madeira cedro, seja com materiais reciclados. E, claro, eles conduzem os bonecos em cena com maestria, demonstrando uma habilidade surpreendente. O programa também agrada, e muito, os adultos. A dona de casa santista Yara Quintas, 78 anos, foi com os netos e saiu de lá emocionada: “É lindo demais!”.
Teatro Casa de Boneco Rua Direita, 288 Tels.: (32) 3355-1337 e (32) 98846-1337 Apresentações às sextas e aos sábados, às 19h
O seu evento começa aqui. O melhor esquenta da cidade. Happy-hour • Pré-wedding • Comemoração de aniversário
R E S E R VA S E M A I S I N F O R M A Ç Õ E S :
3 2 9 9 9 8 7. 8 5 6 7 • 3 2 3 3 5 5 . 1 8 1Revista 7 Cidadela | 71
Casa e Jardim
A história continua Preservar a linguagem da construção e incluir modernidade foram os motes da arquiteta Andrea Murao ao criar esta área de convivência em uma fazenda no litoral norte de São Paulo Texto Roberto Abolafio Junior Repórter de imagem Mario Mantovanni Fotos Edu Castello
Uma ousada missão chegou ao escritório da arquiteta Andrea Murao seis meses atrás: construir, do zero, um grande living sem paredes laterais, com vista para a mata e para a piscina, em uma fazenda colonial. Localizada na estrada de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a propriedade já esbanjava personalidade, com seus móveis rústicos e janelas pintadas de azul. “A maior dificuldade foi desenhar um espaço que não competisse visualmente com o que já existia”, conta a profissional. Com 200 m2, o living teve piso e paredes revestidos de pedras rústicas. Parte da cobertura recebeu telhado tradicional, com tesouras aparentes. A outra parte, que funciona como um elo entre a ala antiga e a construção nova, foi coberta com extenso 72 | Revista Cidadela
pergolado de madeira, pintado de cor azul-clara. Por ter vidro com película protetora, ele preserva o mobiliário do sol, da chuva e proporciona maior conforto térmico. Decorar o grande lounge foi uma diversão. Muitas peças puderam ser aproveitadas da própria fazenda, como poltronas, luminárias, castiçais e cachepôs. Outros objetos vieram da cidade histórica Tiradentes. “Passamos quatro dias por lá, garimpando item por item. Foi uma verdadeira maratona”, diz Andrea. Das terras mineiras vieram a queijeira, que serve de aparador, o baú, utilizado como mesa lateral, e os pufes, forrados com tapeçaria de estampa kilim. Segundo a arquiteta, o próximo passo é cercar a área com toldos transparentes, para que fique ainda mais protegida das intempéries.
Casa grande | As janelas de estilo colonial, ao fundo, inspiraram a paleta de azuis. Poltrona com pufe de fibra sintÊtica, parte da antiga decoração da casa Revista Cidadela | 73
Pergolado | De madeira, a cobertura tem camada de vidro protegido com película térmica. No sofá, da Pequena Tiradentes, almofadas e iluminação U feita pelo Studio S
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Paredão | Coberta de pedras Tetris, a parede serve de apoio às gravuras. À frente dela, aparador de madeira
Castiçais | Emprestados da decoração original da casa, eles têm o tom do pergolado. Os garrafões de vidro podem virar vasos solitários
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PĂŠ-direito | Amplo, ele ĂŠ valorizado pelas tesouras aparentes do telhado, pintadas com a cor azul. A queijeira acomoda objetos. No piso, revestimento travertino | Revista Cidadela 76rĂşstico
DECORAÇÃO: MÔNICA LIPIANI • FOTOGRAFIA GUSTAVO LOVALHO
ILUMINAÇÃO CÊNICA | BOATE AÉREA | PALCO | LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ÁUDIO VISUAL | SERVIÇOS
+55 (32) 98418.8641
• primetiradentes@gmail.com Revista Cidadela | 77
Personagens da cidade Um dos grandes motivos que fazem Tiradentes ser tão apaixonante é seu preservado conjunto arquitetônico, que remonta aos séculos 18 e 19. Mas a cidade não seria a mesma se as novas construções, longe do Centro Histórico, fugissem do estilo que lhe deu fama e faz com que ela seja o cenário perfeito para filmes e novelas de época. Esse cuidado vai além da escolha das telhas, das portas, das janelas e da pintura. Está também nos detalhes. E é aí que entra o trabalho artesanal, minucioso e solitário do tiradentino Joel Rocha, 64 anos. Ferreiro, Joel transforma ferro em chaves, trincos, dobradiças e qualquer tipo de ferragem, ajudando a manter vivos os elementos do estilo colonial.
O ferreiro Joel Rocha faz ferragens em estilo colonial
À moda antiga Joel Rocha: o artífice forjador que mantém viva a produção de ferragens típicas coloniais para as construções tiradentinas Fotos Alexandre Disaro
Joel Rocha Tel.: (32) 98847-3479
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A tarefa é dura. Ou melhor, quente. Ao ser trabalhada, a matéria-prima precisa estar em alta temperatura, “avermelhada”, para amolecer e ganhar curvas e formas. “No verão, começo a trabalhar às 4h30 para aguentar o calor”, conta Joel. “Demoro um dia inteiro para fazer uma fechadura”, completa o artesão. Não espere encontrar um mostruário em sua pequena oficina. “Meu mostruário são as casas que fiz”, brinca. Não há ferragem de época que ele não consiga replicar ou desenho que não consiga executar. Criou até um espelho de fechadura de porta com jeito de antigo, mas que esconde um moderno e seguro conjunto de chave Tetra. Tamanha habilidade vem desde os tempos de menino. Aos 12 anos, Joel já trabalhava como ourives, e assim foi até o momento em que a profissão acabou na cidade. Por um tempo, buscou sustento como motorista, mas a arte falou mais alto e Joel transferiu a experiência com os metais preciosos para o ferro. Joel se lembra de um trabalho curioso e inesperado, feito a quatro mãos. Uma arquiteta propôs que ele produzisse um corrimão com sucata, material que estava jogado na oficina, dado por ele como perdido, e que fatalmente iria para o lixo. “Se der errado, eu não tenho nada a ver com isso!”, disse Joel à época, em tom de brincadeira. Claro que ele não decepcionou e cumpriu o desafio. Se é que existe algum desafio que Joel Rocha, ferreiro há mais de 40 anos, não seja capaz de executar.
Homem de lata Com refugo, talento e criatividade, o ourives Marcelo Gomes tirou do lixo a sua mina de ouro Fotos Alexandre Disaro
Para muitos, ir do luxo ao lixo pode parecer um declínio. Não para Marcelo Gomes, 41 anos. Ourives de formação, Marcelo criava peças em ouro e prata na capital mineira. Em 2009, mudou-se para Tiradentes na intenção de se manter no ofício, mas encontrou um cenário desolador. “Não tinha mais oficinas de ourives para trabalhar”, lembra. Garoto de sorte – só que ele não sabia disso ainda. Para não ficar parado, começou a produzir um passarinho de barro aqui, um apito de barro acolá, arte essa que aprendera com a mãe. Até que um primo apareceu com chapas de latas descartadas e sugeriu que Marcelo as transformasse em rosas, pois a ideia já fazia sucesso na cidade. Da rosa para o girassol, para a orquídea e para a criação de uma série de outras espécies de flores e folhagens foi um pulo. “Agreguei meus conhecimentos de ourives e comecei a criar peças diferentes”, conta o artesão.
O artesão Marcelo Gomes em sua oficina, onde recebe lojistas e turistas
Fruteira de folhas, R$ 60
O pulo do gato foi a criação de um site, que deu visibilidade ao trabalho. Começaram a chegar pedidos de todo o país. Para atendê-los, contratou mão de obra, comprou maquinário e hoje é capaz de produzir 25 mil peças por mês, entre ganchos, lustres, castiçais, paneleiros, arranjos de parede, fruteiras, bicicletas decorativas etc. Comprar as flores e folhas de Marcelo significa também contribuir para que milhares de latas deixem de ser despejadas no meio ambiente. Somente em sua oficina, cerca de 40 mil quilos do material são usados por ano. Na decadência do ouro para a prata, da prata para o barro e do barro para a lata desprezada, Marcelo Gomes encontrou o sucesso e a nobreza ao preservar a natureza.
Orquídeas de Lata Rua Ouvídeo de Abreu, 989, Várzea de baixo Tel.: (32) 3355-2225 Site: www.orquideasdelata.com.br
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Museus
Para alimentar a alma A cidade reúne importantes museus e espaços culturais onde é possível conhecer mais sobre personalidades da nossa história e admirar obras sacras em ambientes agradáveis e até interativos
Instituto Mario Mendonça
Divulgação
Pouquíssimo divulgado, o espaço reúne um impressionante acervo do artista plástico carioca Mario Mendonça. Além de suas próprias obras, que vão de paisagens, autorretratos a pinturas sacras, lá estão trabalhos (incluindo desenhos e esculturas) de Guignard, Di Cavalcanti, Castagneto, Volpi, Milton da Costa, Ivan Serpa, Bandeira, Iberê Camargo, Carybé, Portinari, Tarsila do Amaral, entre outros.
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Endereço: Praça das Mercês, 149 Tel.: (32) 3355-1260 www.mariomendonca.com.br Horário de funcionamento: De quinta a sábado, das 13 às 17h Entrada franca. Os ingressos devem ser retirados na Secretaria Municipal de Turismo, Tel.: (32) 3355-1212
A hora das trevas, 1987, acrílico e óleo sobre tela, 73 x 100 cm Coleção particular
Alexandre Disaro
Museu de Sant’Ana Não é somente o rico acervo de 291 imagens de Sant’Ana, produzidas por artistas em sua maioria anônimos, entre os séculos 17 e 19, que impressiona no museu. A própria localização já é, por si só, digna de visita. As obras, que esbanjam técnicas, estilos e materiais diversos, estão distribuídas em salas da antiga cadeia pública de Tiradentes, erguida em 1730. Para receber o museu, a construção foi revitalizada e até modernizada, mas sem comprometer em nada a arquitetura de época. Em um dos espaços, repare no piso central envidraçado, que deixa o antigo e impressionante calabouço à mostra. Endereço: Rua Jogo de Bola, 15 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1552 www.museudaliturgia.com.br Horário de funcionamento: De quinta a segunda-feira, inclusive feriados, das 10 às 17h
Museu da Liturgia Um espaço destinado a um tema tão antigo, representado por cerca de 420 objetos sacros, como vestes, acessórios e ex-votos dos séculos 18 a 20, o Museu da Liturgia é também o mais moderninho da cidade em termos de interação e recursos multimídia. Logo na entrada, o visitante é convidado a se sentar em bancos de alvenaria e a encostar um dos ouvidos em caixas de som embutidas para ouvir músicas sacras e provérbios. Sente-se, feche os olhos, relaxe e gaste uns minutos ali para entrar no clima. Antes de adentrar os ambientes do museu, não deixe de espiar a vista da Serra de São José, imperdível. Lá dentro, também deixe a pressa de lado e deixe-se levar na sala que traz uma instalação audiovisual das diferentes formas de rezar. Você vai terminar a visita de alma lavada.
Endereço: Rua Direita, 93 – Entrada pela Rua da Cadeia – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-2798 www.museudesantana.org.br Horário de funcionamento: De quarta a segunda-feira e nos feriados, das 10 às 19h.
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Daniel Mansur
Museu Casa Padre Toledo
Endereço: Rua Padre Toledo, 158 – Centro Histórico Tel.: (32) 3355-1549 Horário de funcionamento: De terça a sexta-feira, e nos feriados, das 10h às 17h; sábados, das 10h às 16h30; e domingos, das 9h às 15h. A bilheteria encerra meia hora antes do fechamento. Visitas guiadas mediante agendamento prévio.
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Daniel Mansur
Construído no século 18 e considerado um marco arquitetônico do período de exploração mineral, o solar onde morou Carlos Correia de Toledo e Melo, o padre Toledo, ficou famoso por abrigar o primeiro encontro dos inconfidentes mineiros. Transformado em museu, reabriu suas portas em 2012, depois de passar por um grande restauro. O endereço foi dividido em cinco salas, que procuram retratar o dia a dia da habitação em sua época, além de deixar à mostra os elementos arquitetônicos e as pinturas típicas, cuidadosamente restaurados e belamente mantidos.
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Shwedagon Pagoda, na cidade de Yangon
Turismo
O essencial de Myanmar, a terra dos templos dourados O país do Sudeste Asiático tem uma série de atrativos para quem procura por um destino com história e experiências transformadoras Texto Teresa Perez Tours Fotos Divulgação
Para conhecer de fato Myanmar, é preciso uma dose de entrega e estar aberto para assimilar uma cultura que em um primeiro momento pode parecer até exótica, mas logo revela-se totalmente enriquecedora. Conhecida como a “terra dourada”, Myanmar, a antiga Birmânia, é um 84 | Revista Cidadela
destino diferente. Exotismo, espiritualidade, costumes diversos, povo receptivo e belezas naturais estão ao alcance de quem visita o país. Por muito tempo fechado para o turismo, o país do Sudeste Asiático renasce aos olhos do mundo e deve estar na wish list de qualquer apaixonado por viagens.
A porta de entrada Para chegar a Myanmar, a antiga capital Yangon é ideal. As mudanças pelas quais Myanmar tem passado, com a troca do regime político, trouxe prosperidade à região e melhora na infraestrutura, mas ainda guarda seu povo com costumes intactos. Inevitável não se sentir envolvido pelas feiras de rua, cheia de cores, ruidosas, e os templos e monumentos, que são fascinantes. O Shwedagon Pagoda é considerado o templo mais impressionante do Sudeste Asiático com quase 100 metros de altura e uma estupa coberta por placas de ouro. Outro imperdível é
o Kyaukhtatgyi Pagoda, famoso por sua enorme imagem do buda deitado, que mede 65 metros e está alojado em uma estrutura de ferro coberta com chapas de zinco. Mais de 2 mil templos e experiências infinitas O inverno, entre outubro e fevereiro, é a melhor época pra visitar o país. As temperaturas são mais amenas e as atividades se tornam mais fáceis e agradáveis, sobretudo os passeios de bike, que são uma forma diferente de percorrer os principais pontos de interesse. Um dos melhores lugares para entendermos plenamente por que Myanmar é conhecida como a “terra
dourada” é Bagan. Com milhares de templos grandiosos, num imenso vale, a região é obrigatória pelas várias experiências que proporciona. Desde um jantar em meio aos templos, organizado no fim da tarde, com shows de danças típicas, até conhecer de perto uma feira de negociação de pedras preciosas. As experiências no país são infinitas, mas o passeio de balão sobre Bagan é daquelas que ficam na memória. Na cidade, mais de 2 mil templos com suas estupas douradas compõem um cenário de rara beleza e poesia. A melhor forma de admirá-los nesse horizonte quase infinito é em balões de ar quente que sobrevoam a cidade.
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Bagan
Feira de rua em Yangon
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Voo de balĂŁo em Bagan
Cruzeiro pelo Rio Ayeyarwady
Centro cultural de Myanmar A 145 km de Bagan está Mandalay, o principal centro cultural e econômico de Myanmar. Um dos destaques da cidade é o palácio real: situado no sopé do imponente Mandalay Hill, ele é circundado por um fosso que reflete a construção de forma magnífica. É lá também que está uma das mais antigas e referenciadas imagens de buda no país. Pensando 6,5 toneladas, Mahamuni Buddha é cultuado de uma forma muito peculiar. Devotos aplicam finas folhas de ouro à sua superfície. Depois de séculos deste costume, o monumento apresenta hoje uma cobertura de ouro de 15 centímetros, que distorce sua imagem original. Também imperdível é o cruzeiro pelo rio Ayeyarwady. Ele atravessa o país e em suas margens vive uma parte significativa de birmaneses. A navegação pelo rio é um dos pontos altos de uma viagem para Myanmar, e uma forma de descobrir detalhes arquitetônicos e ângulos inéditos de suas paisagens.
A cada dia, no deck do navio, um pôr do sol mais inspirador do que o outro. A cada parada, a observação de traços diferentes e cenas rurais repletas de significados. Grupo Especial Myanmar by Teresa Perez Completando 25 anos de atuação, a Teresa Perez Tours é uma agência especialista em criar roteiros personalizados. Com filiais em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, ela também é reconhecida por ter ganhado vários prêmios de âmbito mundial. Em outubro, a agência realizará o Grupo Especial Myanmar, um roteiro de oito dias pensado para um grupo de pessoas com interesses comuns e estilos diferentes, mas mantendo a individualidade de cada um para garantir uma experiência única e altamente enriquecedora.
Teresa Perez Tours Site: www.teresaperez.com.br
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Turismo
Achados da Côte d’Azur Parada obrigatória na viagem pelo sul da França, o vilarejo de Èze tem arquitetura provençal e vegetação mediterrânea, em uma colina a 700 metros do nível do mar, no caminho de Nice para Mônaco. Pertinho dali também está a praia mais bonita da Côte d’Azur, a Plage Mala, escondida ao lado de Monte Carlo. Conheça mais sobre os dois destinos dos sonhos. Texto e fotos: Anna Laura e Betina Neves
Èze Village O vilarejo medieval de Èze é a verdadeira expressão do que a Riviera Francesa é – ou deveria ser. Construída sobre as ruínas de um castelo do século 12, a village-musée, uma porção da comuna de Èze a 700 metros do nível do mar, é uma espécie de labirinto de ladeiras, escadas e muralhas para se percorrer a pé, revestidas por graciosos ateliês, bistrôs familiares, dois castelos onde funcionam luxuosos hotéis e restaurantes com estrelas no Guia Michelin, uma fábrica da perfumaria Fragonard aberta ao público e um jardim exótico com vista imbatível do Mediterrâneo, o Jardin Exotique d’Èze. Uma tarde é suficiente para desbravar o local, mas, se quiser estender o tempo no povoado, opte por dormir no Château Eza (diárias a partir de € 270) ou no Château de la Chèvre d’Or (diárias a partir de € 310), 88 | Revista Cidadela
também ótimas oportunidades para um café ou almoço com vista. Ficar em Èze é uma experiência e tanto para quem busca autenticidade nas viagens e gosta de contar com uma localização privilegiada, em um pico exclusivo de frente para o Mediterrâneo, a poucos minutos de carro de destinões de peso da Côte d’Azur, como Nice e Mônaco. Aliás, achados como esse são exatamente o que mais surpreende nas férias no sul da França. Fazer o passeio do Chemin de Nietzsche, trilha panorâmica de 1,6 km por onde o filósofo alemão Friedrich Nietzsche costumava vagar durante seus dias de verão na região, exige algum esforço, mas, como o percurso vai montanha abaixo em direção ao mar, o pior só vem no dia seguinte – a dor nas panturrilhas. Contudo, vale cada passo. A trilha acaba em Èze-sur-mer, de onde dá pra pegar um táxi de volta ao vilarejo de Èze.
Lojinhas, restaurantes e flores no charme do centrinho de Ăˆze Village
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No topo de uma colina, Èze Village tem vegetação mediterrânea e arquitetura provençal
Plage Mala Um pouco mais adiante, escondida ao lado de Mônaco, a apenas uma estação de trem de Monte Carlo, repousa a praia mais bonita da Côte d’Azur, a Plage Mala. Entre o mar e a montanha, a baía dourada de Mala, na comuna de Cap-D’Ail, é o crème de la crème do sul da França. Da gare – ou estação de trem – de Cap-D’Ail até a baía de Saint-Laurent, a base de Mala, são dez minutos de caminhada, agraciados por uma passarela que beira o oceano, revelando aos poucos o ritmo do local. Primeiro vêm as mansões, que não são poucas, mas que são de uma riqueza sutil, sem pretensão. O luxo, por toda parte, entra em harmonia com o cenário. Após um sobre-e-desce de escadas entre as pedras, a coisa finalmente toma forma. O minúsculo litoral da praia mais bonita da Côte d’Azur é dominado por dois clubes de praia à la Cannes: uma faixa de areia – na verdade, ela é toda de pedrinhas – e algumas casinhas de moradores. Mas melhor do que isso é alugar uma prancha 90 | Revista Cidadela
de stand up paddle no quiosque de esportes e curtir o dia na Plage Mala da melhor forma possível: dentro do mar. De cima da prancha você desfruta melhor de todo o negócio, vendo os iates ancorados e os 50 tons de azul do Mediterrâneo. Depois de remar em volta dos corais, tomar sol e meditar no sup, é obrigatório explorar rapidinho a pequena caverna à direita da praia mais bonita da Côte d’Azur, aonde só dá pra chegar pela água. No fim do dia, a boa é tomar um drinque, comer canapés e observar o cenário com os pés na areia no clube de praia La Réserve de la Mala, aberto de abril a setembro. Dá pra assistir ao entardecer das mesas, cabanas ou espreguiçadeiras do local, com ótima infraestrutura para recepções. Èze e a Plage Mala ainda são segredos da Côte d’Azur, cujos destinos, em sua maioria, tomaram forma turística e artificial demais. Quem frequenta os dois lugares não ostenta muito, por isso não espere ver uma porção de itens de grife na pessoa ao seu lado, apesar de ela provavelmente ser alguém importante que detesta muita afetação.
Gruta na Plage Mala, a praia mais bonita da Côte d’Azur
Veja mais no blog Carpe Mundi, com informação e inspiração para viajantes conectados: roteiros, tendências, experiências, achados e fotografia. Autoras: @anna.laura e @betina.neves www.carpemundi.com.br
Panorama do Jardin Exotique d’Èze, ponto mais alto do vilarejo com vista do Mar Mediterrâneo
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O CORAÇÃO DE TIRADENTES BATE AQUI.
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Mais do que uma pousada
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O evento dos sonhos Com tanta coisa boa para ver e fazer em Tiradentes, saiba que a cidade ainda pode ser cenário para o seu evento. A Pequena Tiradentes tem toda a infra-estrutura para receber com profissionalismo e acolhimento mineiro Quem prepara um evento quer que ele seja especial, inesquecível, único. Para dar certo, a fórmula requer ingredientes básicos que vão além do conteúdo. A Pequena Tiradentes tem infra-estrutura para receber pequenos ou grandes acontecimentos. Um salão de festas de 900 m2 acomoda confortavelmente 1.400 convidados em festas e casamentos. Some a esta metragem mais 350 m2 de uma deliciosa área pergolada. Se o seu sonho é realizar um mini wedding – um casamento charmoso para poucos, tendência do momento –, todo este espaço pode ser modulado para se tornar o ambiente perfeito. A pousada também está preparada para receber eventos corporativos e empresariais. Além do auditório com capacidade para 700 pessoas, também dispõe de um salão de convenções que acomoda 600 participantes no mesmo módulo. A área pode ser dividida em quatro salas, que comportam até 50 convidados em cada uma. E pensar que depois de se divertir em uma festa, de trabalhar em uma feira ou de participar de palestras e discussões, é só caminhar poucos metros para desfrutar da hospedagem mais confortável e hospitaleira da cidade. Não importa o tamanho do seu evento. Ele cabe na Pequena Tiradentes.
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Check-in/Check-out
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1 | Roberto Bontempo, ator | “A Pousada entrou na minha vida por acaso e nunca mais saiu. Ali, conheci minha mulher, mãe dos meus filhos, e comecei a trabalhar na empresa em que estou há 11 anos. A partir daí, me apaixonei pela pousada, maravilhosa em todos os sentidos. Pelos quartos, jardins, culinária e, principalmente, pelos donos, que se tornaram grandes amigos.” 2 | Paulo e Lucia, empresário | “Pequena Tiradentes é um lugar magnifico onde você revitaliza a sua alma. Aqui nos sentimos no paraíso.”
André Frade
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André Frade
3 | Cheila Diniz, empresária e engenheira | O que falar dessa maravilha que é a Pequena Tiradentes… Bem, vou tentar. Andei, andei até encontrar um lugar tão bonito, que me fez parar. Nesse pedaço de chão, no coração de Minas Gerais, encontrei meu lugar. Aqui, não se vê tristeza, em meio à natureza, rodeado de amigos, de mimos e de carinho, onde nos tornamos uma só família. Cada vez que volto sinto mais vontade de ficar. Parabéns, equipe Pousada Pequena Tiradentes! Amo todos vocês! Já me sinto em casa.
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Arquivo pessoal
Experiências e sensações de quem passou pela Pequena Tiradentes
André Frade
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5 | Rosangela Marques, bancária aposentada | “Pousada extremamente acolhedora com quartos despojados, situados em ruelas de estilo colonial. Café da manhã incomparável, piscinas maravilhosas e várias opções de lazer, fácil acesso ao centro da cidade, longe do agito, funcionários comprometidos em tornar a estadia mais confortável. Gostamos muito! Inclusive de comprar na loja da Pousada, que chamamos de lojinha encantada.”
André Frade
Arquivo pessoal
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4 | Ingrid Og Esteves Duayer (à direita), empresária | A família Pequena Tiradentes nos recebe com tanto carinho, que hoje essa linda pousada já faz parte de nossas vidas! Muitos momentos felizes e importantes passamos aqui, neste lugar encantado!
6 | Juliana Martins, Atriz | “O cuidado e a delicadeza em todos os detalhes fazem da Pequena Tiradentes um lugar especial, um grande lugar. Passei dias e momentos maravilhosos e inesquecíveis nesse ambiente tão encantador.”
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Foto em foco
Texto e foto Alexandre Disaro
"A foto foi tirada em uma noite fria. A cidade dormia enquanto eu caminhava pelas ruas silenciosas, buscando uma foto do tempo que ali não havia passado. Ao virar na rua da Cadeia, vi que a lua surgia preguiçosa por entre as folhas da árvore do largo. Alguns passos à frente, percebi que ela se erguia atrás da capela de São Francisco. Sua cor alaranjada lembrava uma lâmpada recém-acesa que, aos poucos, tomava força. Um lindo acaso: a capela iluminada, a lua tímida e o breu ao redor. Achara minha foto, meu conforto, meu tempo não passado." Nascido em Curitiba e criado em Florianópolis, o fotógrafo Alexandre Disaro atualmente vive em São Paulo, mas é frequentador de Tiradentes.
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Uma experiência gastronômica na Pequena Tiradentes
CAPA 03
14 A 16 DE OUTUBRO / 2016 10 A 12 DE MARÇO / 2017
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CAPA 04 Mais que uma pousada, a Pequena Tiradentes é o cenário ideal para a realização de casamentos, bodas, eventos corporativos e executivos, oferecendo estrutura e serviços completos. Nossa equipe cuida de todos os detalhes, desde a definição do menu até o apoio logístico, com excelência e experiência de quem realiza sonhos há mais de 15 anos . É mais tranquilidade para quem organiza e conforto para quem é convidado.
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