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1"3026*"Revista formativa, informativa e litúrgica da Paróquia Santo Antônio da Lapa Diocese de São José dos Pinhais, PR. Nº 118, Ano X, Novembro/2017.

Editorial O Povo do Caminho Devoção NOSSA SENHORA DO ROCIO Formação na Fé O persignar-se e o sinal da cruz Doutrina Católica O QUE É O PURGATÓRIO?

www.santoantoniolapa.com.br


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Boletim Informativo Paroquial


Editorial

Índice

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Pe. Celmo Suchek de Lima

SACRAMENTO

Batismo: enxertados em Cristo DEVOÇÃO

NOSSA SENHORA DO ROCIO

09 11 13 14

FORMAÇÃO NA FÉ

O persignar-se e o sinal da cruz PAPA FRANCISCO

Síntese da Mensagem do Santo Padre o Papa Francisco para o 1º Dia Mundial dos Pobres Formando hoje os padres para amanhã DOUTRINA CATÓLICA

O QUE É O PURGATÓRIO?

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PAPA FRANCISCO

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Agenda Pastoral : Novembro 2017

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Escala das Celebrações

Como você imagina o momento da sua própria morte?

Expediente

Boletim Informativo Paroquial Publicação da Paróqua Santo Antônio da Lapa Praça General Carneiro, 84 - Fone 41 3622.1484 Direção: ....................Pe. Celmo Suchek de Lima Jornalista Responsável: ..........Pe. Marcio Adriano Krefer (MTE 78268/SP) Tiragem: ...................3 mil exemplares Diagramação: ........Aramis José Gorniski (41) 9.9901.1579 Impressão: ..............Grafinorte

O mês de novembro é iniciado com a solenidade de todos os santos e santas e também com a celebração de todos os falecidos. Estas pessoas hoje fazem a experiência de morar na casa do Pai. É a realização da promessa de Jesus no evangelho de João (14,2-4): na casa do meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho. Eles fizeram o Caminho. E hoje somos nós o Povo do Caminho! Os adeptos do Caminho são aqueles que se decidiram em fazer a experiência do encontro amoroso com o Senhor, aqueles que se decidiram em tornar-se cristãos, discípulos-missionários de Jesus Cristo. Quando voltamos o nosso olhar para o livro dos Atos dos Apóstolos, várias são as vezes que encontramos este título (verifique At 9,2 – 19,9 – 22,4 – 24,14 – 24,22).

VOCAÇÃO

Thiago Cardoso

O Povo do Caminho

(41) 9.9662.2136

O Caminho é a experiência à qual somos convidados há trilhar nos tempos atuais. O Caminho é um itinerário que nos leva a fazer a experiência do Deus de Jesus Cristo: doador da vida, rico em misericórdia, Aquele que está no meio de nós. E para que isto se realize, a Diocese de São José dos Pinhais está investindo na formação das pessoas, na elaboração de subsídios – inclusive o nosso subsídio para grupos de reflexão tem este nome - O Caminho. Esta experiência do Caminho está sendo realizada em várias dimensões de nossa vida comunitária, como, por exemplo, no encontro personalizado em preparação ao sacramento do matrimônio. Vários casais da Pastoral Familiar de nossa Paróquia de Santo Antônio da Lapa assumiram a missão de catequistas daqueles que realizam o discernimento vocacional em vista do sacramento do matrimônio. E quantas experiências belíssimas nos são contadas. Em comunhão com a Diocese de São José dos Pinhais nossa Paróquia está dando mais um passo: a catequese em vista do sacramento do batismo. A partir do ano de 2018 não existirá mais o “curso de batismo”. O batismo é um evento tão importante na vida da comunidade que se faz necessário toda a comunidade ser envolvida. Como vai acontecer a partir do próximo ano? Todas as pessoas da comunidade serão introdutores para a iniciação à vida cristã, e o batismo é a porta de entrada para o início. Todo membro da comunidade que conhecer alguma família que está grávida terá a missão de ir ao encontro daquela família e dizer da alegria da comunidade pela vida que está sendo gerada. Nesta visita pedirá a autorização da gestante e da família para que possa conduzir até a sua casa um dos catequistas do batismo da comunidade onde residam para celebrarem juntos o dom da vida. Cada comunidade terá seu catequista do batismo. Depois de apresentar a família grávida ao catequista do batismo a missão do introdutor estará cumprida. Deste momento em diante o catequista do batismo assumirá a missão de acompanhar e iniciar à vida cristã não somente quem será batizado, mas toda a família que aguarda o nascimento da criança renovando a fé recebida no dia do próprio batismo. Depois do nascimento da criança o catequista do batismo motivará a apresentação da criança na capela da comunidade onde a família reside, junto dos pais e, se possível, dos padrinhos da criança. A apresentação ainda não será a celebração do sacramento do batismo. Durante o período pré-batismal os catequistas do batismo acompanharão por mais três encontros a família que aguardará a celebração do sacramento do batismo. O batismo é inserção na vida da comunidade cristã, por este motivo, será muito importante que o batismo aconteça na capela da comunidade onde reside a família da criança a ser batizada. Depois de certo tempo após a celebração do batismo acontecerá mais um encontro na casa da família daquele que é batizado para refletir sobre a missão de cada pessoa na comunidade-Igreja. Será um itinerário, um caminho a ser realizado. E produzirão incontáveis frutos. Que o Povo do Caminho possa experimentar o amor de Deus e testemunhá-lo a tantas pessoas quantas encontrar no caminho da vida.

(43) 3420-7777

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Sacramento

Pe. Marcio Adriano Krefer

Batismo: enxertados em Cristo O Batismo é o fundamento da vida cristã, é a porta da vida no Espirito, a porta que abre e dá acesso aos demais sacramentos. O amor de Deus acolhe aqueles que desejam viver a vida em Cristo. É pelo batismo que somos libertados do pecado e regenerados como filhos e filhas de Deus. Não mais criaturas, mas filhos e herdeiros, membros de Cristo, incorporados à Igreja. Mas o que significa ser regenerados? É ser gerado de novo, nascer de novo, um novo homem, uma nova mulher. Jesus disse a Nicodemos: “Eu te asseguro que, se alguém não nascer da água e do Espirito, não poderá entrar no reino de Deus” (Jo 3,5). Deus criou o homem perfeito segundo à Sua imagem e semelhança. Porém, a imagem perfeita do homem foi estragada pelo pecado. Por este motivo, toda pessoa precisa ser gerada de novo ou recriada por Deus. É o novo nascimento, a nova criação e transformação da pessoa executada pelo Espirito Santo. A pessoa humana regenerada pelo batismo e que recebeu Jesus em seu coração, recebe um grande presente: A VIDA ETERNA. E não só isso. Torna-se filho de Deus, herdeiro do Reino de Deus, ou seja, para o batizado está reservado o patrimônio de uma vida interminável. O fiel batizado ganha este direito de participar da vida divina para sempre. Torna-se templo do Espirito Santo. Mas a vida do fiel batizado precisa estar de acordo com os princípios cristãos e com a vontade de Deus. Esta nova criatura não deve se conformar com este mundo, deve distanciar-se das práticas perversas, imorais e pecaminosas. É contraditório um batizado em Cristo viver a prática habitual da imoralidade sem a preocupação da conversão. O voltar-se para Deus é uma atitude constante na vida do cristão. A todo momento precisamos voltar o nosso coração para Deus abandonando o pecado. Diante desta acolhida de Deus como filhos, a regeneração é necessária, porque o ser humano é incapaz de obedecer a Deus, devido à sua miséria e natureza pecaminosa. A pessoa nascida de novo pelo batismo, procura sempre obedecer e agradar a Deus em todas as coisas. É aquela pessoa que foge do pecado, evita o mal, arrepende-se profundamente de suas faltas e volta-se para Deus com o coração cheio de confiança na misericórdia de Deus. Paulo expressa essa realidade: “está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5,17). Ao ser incorporado e enxertado em Cristo, o batizado é configurado a Cristo. É a nova identidade recebida para sempre. O batismo sela o cristão com um sinal espiritual indelével de sua pertença a Cristo. O batismo imprime caráter na pessoa, ou seja, é selada para sempre. Nenhum pecado apaga esta marca. O pecado pode impedir de produzir frutos de salvação, porém, o batismo não pode ser retirado e nem repetido. Uma vez recebido, o cristão é marcado, selado para sempre. Este selo batismal capacita e compromete o cristão a servir a Deus,

testemunhar a fé e praticar a caridade. Santo Irineu dizia que “O batismo é o selo da vida eterna”. No batismo, o fiel participa da vida em Cristo e, por isso, ganha uma linda missão. A missão de realizar ações e viver como Jesus viveu. A pessoa humana que recebe o batismo já não é a mesma pessoa, pois está enxertado em Cristo para sempre. Desta forma, o batismo torna-se necessário para a salvação. A Igreja não conhece outro meio senão o batismo para garantir a entrada na vida eterna. Ao tornar-se filho de Deus pelo sacramento do batismo, o fiel é obrigado a professar a fé que recebeu da Igreja e participar da atividade missionaria do povo de Deus. Pelo batismo, o fiel tem também alguns direitos dentro da Igreja. Ao seguir Jesus Cristo e os mandamentos, pode receber outros sacramentos e ser alimentado com a Palavra de Deus e sustentado por todos os benefícios espirituais que a Igreja oferece. Aqueles que não conhecem Jesus estão condenados para sempre? A Igreja ensina que toda pessoa que desconhece o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas procura viver a verdade e pratica a vontade de Deus segundo seu entendimento, pode ser salvo. A Igreja supõe que essas pessoas teriam desejado o batismo caso tivessem tido conhecimento da necessidade dele. Deus é misericordioso para com aqueles que não conhecendo a Palavra praticam a caridade e fazem o bem, mesmo não conhecendo os mandamentos e ensinamentos de Cristo. E as crianças mortas sem o batismo, são salvas? A Igreja confia à misericórdia de Deus. Jesus vai dizer: “deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14). Isto significa que há um caminho de salvação para as crianças mortas sem o batismo. Por isso, as crianças vivas não podem ser impedidas de receber o sacramento. É um direito do ser humano e um comprometimento com Jesus Cristo e a sua Igreja. O ser humano foi criado por Deus para viver eternamente com Ele no seu glorioso Reino. O cristão que permanecer fiel às exigências do batismo e caminhar marcado pelo sinal da fé, poderá contemplar a face de Deus e viver feliz para sempre no Reino Celeste preparado para todos. Boletim Informativo Paroquial

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Devoção

Padre Joaquim Parron, CSSR Reitor do Santuário do Rocio – Paranaguá

NOSSA SENHORA DO ROCIO Com a Mãe do Rocio seguimos Jesus Cristo, aprofundando a fé! FESTA DA PADROEIRA DO PARANÁ 2017 O maior evento religioso do sul do país, que é a Festa de Nossa Senhora do Rocio, será realizado entre os dias 04 a 19 de novembro, no Santuário da Padroeira do Paraná, em Paranaguá. Este evento tem atraído dezenas de milhares de pessoas nos anos anteriores e promete ser um evento de destaque neste ano. O tema da festa é: “Com a Mãe do Rocio seguimos Jesus Cristo, aprofundando a fé”. No dia 05 de novembro, domingo, o Redentorista Padre Robson de Oliveira, do Divino Pai Eterno, irá presidir a missa das 16h30 na Praça do Santuário do Rocio. A edição deste ano trará milhares de pessoas não apenas para os atos religiosos, mas também para os shows artísticos e para as exposições que já estão programadas. A Festa da Padroeira do Paraná já faz parte do Calendário do Estado e o Santuário é Polo de Turismo Religioso por lei estadual. Nisso, a cada ano esta festa tem atraído mais gente a Paranaguá. O Irmão Jorge Tarachuque, Redentorista, recorda que o Paraná é o único estado brasileiro que tem uma padroeira oficializada pelo Vaticano e pelo Governo do Estado. O Papa Paulo VI declarou em 1977 Nossa Senhora do Rocio como Padroeira do Paraná e o então governado Jaime Canet Jr. a declarou civilmente também como padroeira deste estado. Muitas graças Deus tem derramado pela intercessão da Mãe do Rocio em todos estes anos. Nossa Senhora do Rocio tornou-se intercessora dos paranaenses já no início da formação do Estado, quando no século XVII teve o aparecimento da imagem milagrosa e o povo foi livre de várias pestes graças à intercessão desta santa. A primeira festa da Padroeira do Paraná foi realizada em 1813, quando foi inaugurada a primeira igreja. Esta festa que é bicentenária realizada sempre no dia 15 de novembro com a procissão dos milagres. Esta procissão nos anos anteriores atraiu 100 mil pessoas para o ato religioso. Mais informações www.santuariodorocio.com Fone: 41 3423 2020

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Formação na Fé

Zêza Gomes

O persignar-se e o sinal da cruz (†) Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos DEUS, nosso SENHOR, (†) dos nossos inimigos! (†) Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém! Uma das primeiras orações que aprendemos é o Sinal da Cruz. Quando não entendemos a importância dessa oração, fazemos de qualquer maneira, ficando apenas no gesto. O “Sinal da Cruz” não é um gesto ritualístico, mas sim uma verdadeira e poderosa oração. É o sinal dos cristãos! No dia do nosso Batismo o ministro diz: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Nesse momento a Trindade divina começa a habitar em nós. É o próprio nome de Deus que recordamos toda vez que fazemos em nós mesmos o sinal da cruz, explicava Bento XVI em um discurso sobre Santíssima Trindade. “No sinal da cruz e no nome do Deus vivente está, portanto, contido o anúncio que gera a fé e inspira a oração”, escreveu ele. Por meio dele muitos santos invocaram a proteção do Altíssimo, e através dele pedimos a Deus que, pelos méritos da Santa Cruz de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos livre dos nossos inimigos e de todas as ciladas do mal, que atentam contra a nossa saúde física e espiritual. Mas, o que é PERSIGNAR-SE? Desmembrando a palavra, temos: a preposição per, que na língua portuguesa do Brasil caiu em desuso há muito tempo, mas que está na origem das contrações com artigos definidos que formaram pelo, pela; e o vocábulo signo, que tem o mesmo sentido de ‘sinal’. Deste modo, persignar-se se apresenta como aquele gesto que os mais antigos chamavam de “fazer o ‘pelo sinal’”. Possivelmente, os primeiros cristãos tomaram como sugestão de Gênesis (4, 15), de Ezequiel (9, 4) e de Apocalipse (14, 1 e 22, 4). Em seguida, o gesto tomou formas mais elaboradas, com dois dedos usados para indicar as duas naturezas de Cristo ou três dedos para indicar a fé na Trindade. Tertuliano, descreveu que os primeiros cristãos realizavam esta prática em suas atividades normais do dia-adia, na tentativa de consagrar todos os aspectos de sua nova vida em Cristo. Dois séculos mais tarde, Cyril (c. 310-386), patriarca de Jerusalém, exortou os catecúmenos a incorporar o sinal da cruz na vida cotidiana. A ideia era não ter vergonha em esconder a sua fé em Cristo, mas para serem testemunhas ousadas para Cristo fazendo o sinal da cruz publicamente. Assim, podemos entender que não se trata de algo dos dias de hoje, mas que essa oração vem sendo praticada no mínimo por mais de 1700 anos. Mesmo na liturgia da Santa Missa, a assembleia faz esse gesto – talvez um pouco sem perceber. É traçando a cruz sobre si (testa, boca e peito) que seguimos as palavras do celebrante, no momento em que este anuncia:

“Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo [um dos quatro evangelistas]”. O momento litúrgico onde o Evangelho assume o centro das atenções acaba por favorecer, infelizmente, o esquecimento e a distração com que realizamos este ato tão simbólico. Para melhor praticá-los, é bom recordar o ‘para quê’ destes gestos: com o traçar das três cruzes, pedimos interiormente a Deus que “abra nossa mente para entender, nossa boca para anunciar e nosso coração para acolher a Palavra que está sendo proclamada. Sem essa consciência, este ou qualquer gesto dentro da liturgia perde o sentido. Mas e nós, sabemos fazer o “sinal da Cruz”? De forma solene, sem pressa, e com a maior devoção e respeito: † Pelo sinal da Santa Cruz (na testa): pedimos a Deus que nos dê bons pensamentos, nobres e puros. E que Ele afaste de nós os pensamentos ruins, que só nos causam mal. † Livrai-nos Deus, Nosso Senhor (na boca): pedimos a Deus que de nossos lábios só saiam louvores. Que o nosso falar seja sempre para a edificação do Reino de Deus e para o bem estar do próximo. † Dos nossos inimigos (sobre o coração): para que em nosso coração só reine o amor e a lei do Senhor, afastando-nos, pois, de todos os maus sentimentos, como o ódio, a avareza, a luxúria… Fazendo-nos verdadeiros adoradores. † Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém. – Por ter o poder de renovar as graças batismais – que nos foram comunicadas “em nome da Trindade”, o próprio traçar do gesto precisa ser bem realizado. O ‘sinal da Cruz’ é para ser traçado sobre todo o corpo do orante: o “Pai” sobre a testa e o “Filho” na altura do umbigo, manifestando a dimensão vertical da Cruz, e o “Espírito Santo” sobre os dois ombros, o esquerdo e o direito alternados, mostrando-lhe a dimensão horizontal. Cabe aqui uma observação, o uso do ‘e’ entre as três Pessoas da Trindade, invocadas no ‘sinal da Cruz’. A presença delas é que garante a correção teológica da invocação, já que coloca o Pai e o Filho e o Espírito Santo na devida condição de igualdade de Sua comum divindade. É bonito quando aliamos a compreensão do significado profundo daquilo que ofertamos a Deus, desde o menor dos atos. Agora que já sabemos a importância do “sinal da Cruz”, façamo-lo antes de sair de casa, antes de qualquer trabalho, nas horas difíceis e nas horas de alegria. Vamos fazer em nós mesmos, mas sempre que possível, também na testa dos filhos, do marido, da esposa, do irmão, do sobrinho… Peçamos a Deus, sempre, para que Ele nos livre de todos os males, a fim de fazermos tudo: acordar, comer, estudar, trabalhar, dormir, viajar… Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo! Amém! Boletim Informativo Paroquial

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Papa Francisco

Leandro e Sandra, coordenadores da Pastoral Familiar na Paróquia Santo Antônio da Lapa.

Síntese da Mensagem do Santo Padre o Papa Francisco para o 1º Dia Mundial dos Pobres (XXXIII Domingo do Tempo Comum – 19 de novembro de 2017) Tema: “Não amemos com palavras, mas com obras” Em 13 de junho deste ano, foi publicada a Mensagem do Papa Francisco que, no termo do Jubileu da Misericórdia, quis oferecer à Igreja o Dia Mundial dos Pobres. Convida-nos ele a atentarmos para a bem conhecida forma de amar do Filho de Deus: “Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade” (1 Jo 3, 18). Diz-nos o Papa que estas palavras do apóstolo João mostram uma obrigatoriedade, uma atitude de compromisso do qual nenhum cristão pode abrir mão. Segundo o Papa, o amor não admite que fiquemos arranjando desculpas: quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo quando somos chamados a amar os pobres. Fala que já nas primeiras páginas do livro dos Atos dos Apóstolos nós temos um grande testemunho, quando Pedro pede para se escolher sete homens “cheios do Espírito e de sabedoria” (6,3), que assumam o serviço de assistência aos pobres. Este é, sem dúvida, um dos primeiros sinais com que a comunidade cristã se apresentou no palco do mundo: o serviço aos mais pobres. O Papa nos relembra de que nestes dois mil anos quantas páginas de história foram escritas por cristãos, homens e mulheres que, com toda a simplicidade e humildade, serviram os seus irmãos mais pobres, animados por uma generosa fantasia da caridade! Dentre todos, ele destaca o exemplo de Francisco de Assis, que foi seguido por tantos outros homens e mulheres santos, ao longo dos séculos. Por ter os olhos fixos em Cristo, soube reconhecê -Lo e servi-Lo nos pobres. Um testemu-

nho que mostra a força transformadora da caridade e o estilo de vida dos cristãos. E reforça que a oração, o caminho do discipulado e a conversão encontram, na caridade que se torna partilha, a prova da sua autenticidade evangélica. E ele nos dá um alerta: infelizmente nos nossos dias, enquanto sobressai cada vez mais a riqueza descarada que se acumula nas mãos de poucos privilegiados, frequentemente acompanhada pela ilegalidade e a exploração da dignidade humana, causa escândalo a extensão da pobreza a grandes setores da sociedade no mundo inteiro. Diante deste cenário não se pode permanecer parado e, menos ainda, sem envolvimento. Lembra um dizer do Beato Paulo VI, que todos os pobres pertencem à Igreja por “direito evangélico” e nos obrigam à opção fundamental por eles. O Papa convida a Igreja inteira a fixar o olhar, neste dia e sempre, em todos aque-

les que estendem as suas mãos pedindo a nossa ajuda. Ele ainda deseja que, na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres, as comunidades se empenhem na criação de momentos de encontro e amizade, de solidariedade e ajuda concreta. Que este novo Dia Mundial se torne um forte apelo à nossa consciência, para ficarmos cada vez mais convictos de que partilhar com os pobres permite-nos compreender o Evangelho na sua verdade mais profunda. Os pobres não são um problema a ser solucionado: os pobres são a oportunidade que Deus nos dá para acolher e para viver a essência do Evangelho. Por isso precisamos aprender a deixar de suprir necessidades pontuais, é fácil fazer “assistencialismo”, e de fato ajudar as pessoas a superarem a pobreza que é um fruto da indiferença para com os irmãos e irmãs, alcançando a dignidade da pessoa humana por inteira.

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Vocação

Pe. Celmo Suchek de Lima

Formando hoje os padres para amanhã

Deus os abençoe pelo zelo na formação e na ajuda do processo de discernimento vocacional dos seminaristas da Diocese de São José dos Pinhais. COMUNIDADES

SETOR I

VALOR

I FAXINAL

R$ 50,90

FAXINAL DOS DIAS

R$ 53,00

PEDRA ALTA

R$ 20,00

ESPIGÃOZINHO

R$ 8,75

FAXINAL DOS PINTOS

R$ 25,00

COMUNIDADES

SETOR II

SETOR III

SETOR IV

SETOR V

SETOR VI

SETOR VII

SETOR VIII

Quando voltamos o nosso olhar para a Escritura Sagrada, na capítulo 5 da carta aos Hebreus, encontramos: “Um homem tirado por Deus do meio do povo e colocado a serviço desse mesmo povo nas coisas de Deus!” Este homem é o padre, o sacerdote. O sacerdote é aquele que é um canal pelo qual corre, sobre a humanidade, a misericórdia de Deus. De fato, o padre é o canal frágil escolhido por Jesus Misericordioso que conduz ao Povo de Deus o sangue e água que jorram do seu Coração, que são os sacramentos da Igreja, e de modo particular a Eucaristia, a Unção dos Enfermos e a Reconciliação. Estes três sacramentos tornam-se inexistentes se nos faltar o sacerdote. A vocação do padre não é para construir prédios, nem para fazer teatro, nem para governar cidades e estados. A vocação sacerdotal é estar a serviço do povo nas coisas de Deus. E o Povo de Deus, consciente da necessidade de padres para a administração das coisas de Deus, generosamente contribui através das orações e da ajuda financeira na formação dos seminaristas hoje. Os seminaristas realizam hoje o processo do discernimento vocacional em vista do sacerdócio amanhã. Nem todos os seminaristas de hoje serão padres amanhã. O tempo de formação no seminário é um tempo de discernimento. Por ser um tempo de discernimento, este tempo é prolongado e exigente nos estudos, no trabalho, na oração e na disciplina. Venho agradecer aos paroquianos de Santo Antônio da Lapa pela generosidade na colaboração da coleta anual pelas vocações que acontece no último domingo do mês de agosto. Abaixo descrevemos o que recebemos de cada uma das nossas comunidades e já repassamos para os seminários.

VALOR

CAMPINA DAS DORES

R$

50,00

FAXINAL DOS CORREIAS

R$

20,00

ESPIGÃO BRANCO

R$

13,80

PEDRA LISA

R$

25,00

FAZENDA DOS FORJOS

R$

7,00

FLORESTA SÃO JOÃO

R$

20,00

PAIQUERÊ

R$

60,00

JOÃO PAULO II

R$

15,00

JOHANNESDORF

R$

70,60

CAPÃO BONITO

R$

100,00

VISTA ALEGRE

R$

76,45

SANTO AMARO

R$

30,00

SÃO BENTO I

R$

77,65

SÃO BENTO II

R$

20,90

PINHEIROS

R$

10,00

PEDRINHAS

R$

10,00

MARAFIGO

R$

34,00

COLÔNIA MUNICIPAL

R$

60,00

FAXINAL DOS PRETOS

R$

20,00

PASSA DOIS

R$

30,00

KM 202

R$

42,50

CAPÃO ALTO

R$

20,00

ESTAÇÃO

R$

80,00

VILA SÃO JOSÉ

R$

55,00

VILA DO PRÍNCIPE

R$

152,50

COHAPAR

R$

67,95

MILAGRES

R$

80,50

VILA JOSÉ LACERDA

R$

54,35

VILA ESPERANÇA

R$

30,00

MATRIZ E SANTUÁRIO

R$ 1.841,25

TOTAL

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R$ 3.332,10

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Doutrina Católica

Diogo Marangon Pessoto

O QUE É O PURGATÓRIO? (I) Ao tratarmos das realidades últimas da existência humana percebemos nossa incapacidade de compreendê-las e explicá-las em sua totalidade. Nos âmbitos da fé e da teologia, estas realidades são denominadas escatológicas, do grego eschaton, que significa “último”. Desse modo, a escatologia é a doutrina que se ocupa da abordagem destas últimas coisas. Contudo, tais coisas não devem ser compreendidas apenas como uma sucessão de eventos: morte, juízo, inferno e paraíso. As realidades escatológicas nos remetem às últimas coisas como as realidades definitivas da vida humana e da Igreja, àquilo para o que Deus nos criou: para a comunhão plena com Ele, para o Reino definitivo. Assim, a escatologia trata da esperança cristã como atitude de fé diante das contrariedades e contingências da existência humana, que encontra (e encontrará) sentido pleno e definitivo em Deus. O Reino definitivo anunciado por Jesus já se dá na vida dos cristãos e da Igreja que caminham para Deus vivendo como Jesus viveu. Nesse sentido, afirma Bento XVI: “é na esperança que fomos salvos: diz São Paulo aos Romanos e a nós também (Rm 8,24). A ‘redenção’, a salvação, segundo a fé cristã, não é um simples dado de fato. A redenção nos é oferecida no sentido de que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente [...]” (Spe Salvi 1). A partir desta perspectiva escatológica da esperança e de definitivo/pleno, podemos compreender adequadamente o

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que a Igreja afirma sobre a realidade do purgatório, que não é um lugar (físico e material), mas um estado da alma imortal que, após a morte, contemplará a face de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (n. 1030) afirma que “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu”. Em primeiro lugar, verificamos o caráter positivo do purgatório: não se trata de um “castigo” ou “tortura” divina, mas de um estado no qual a alma reconhece amorosamente sua necessidade de purificação para enfim contemplar o Amor, que é Deus. A garantia da salvação e da comunhão plena com Deus no Reino definitivo é o que anima as almas do purgatório a obter a santidade. Nesse sentido, há na Bíblia alguma referência ao purgatório? Qual o fundamento bíblico desta doutrina da Igreja? Pois bem, não encontramos a palavra “purgatório” na Bíblia. Porém, o conceito e o sentido de purgatório estão presentes na Sagrada Escritura. 1) “Se alguém disser uma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas se disser contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem nesta era, nem na outra” (Mt 12,31-32). Nestas palavras de Jesus reconhecemos implicitamente que há pecados que serão


Doutrina Católica

Diogo Marangon Pessoto

O QUE É O PURGATÓRIO? (II) perdoados no mundo futuro, após a morte. 2) “De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mc 12,44-45). Este episódio refere-se à atitude de Judas Macabeus, que cerca de 200 anos antes de Cristo, orou pelos soldados judeus que haviam morrido num campo de batalha, crendo e esperando a ressurreição. 3) “Aquele servo que conheceu a vontade de seu senhor, mas não se preparou e não agiu conforme sua vontade, será açoitado muitas vezes. Todavia, aquele que não conheceu e tiver feito coisas dignas de chicotadas, será açoitado poucas vezes” (Lc 12,47-48). É uma referência clara ao que a Igreja chama de purgatório. Após a morte, portanto, há um “estado” onde os “poucos fiéis” haverão de ser purificados. 4) “Com efeito, também Cristo morreu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de vos conduzir a Deus. Morto na carne, foi vivificado no espírito, no qual foi também pregar aos espíritos em prisão, a saber, aos que foram incrédulos outrora, nos dias de Noé [...]” (1Pd3,18-19). Nesta “prisão” dos antepassados a Igreja viu uma figura do Purgatório, “estado” no qual as almas destes antepassados aguardavam a salvação. Se todo ser humano foi criado para participar da felicidade e comunhão plena de Deus, esta comunhão perfeita com Ele é comunhão de santidade, pois como recitamos na Santa Missa Deus é Santo, Santo, Santo, ou seja, Santíssimo. Assim, o purgatório é a extirpação total dos resquícios de pecado na alma, de modo que a infinita misericórdia de Deus nos concede essa oportunidade de purificação após a morte. Purgatório, portanto, não é castigo de Deus mas graça de sua misericórdia, que nos convence em definitivo da desordem de nossa alma e da necessidade de sua purificação para O contemplarmos face a face. A ideia de que o purgatório é marcado pelo fogo deve ser compreendida metaforicamente: o fogo purifica e elimina toda impureza. Trata-se, então, do amor de Deus que permite à alma visualizar sua debilidade e fragilidade, seguindo-se de uma rejeição total àquilo que se opõe à vontade santa e amorosa de Deus. O purgatório é o estado do arrependimento pelo amor, pois a alma se penitencia por retardar seu encontro definitivo com Deus. Se podemos falar em sofrimento no purgatório devemos falar de um sofrimento nobre e espontâneo, inspirado pelo amor de Deus e rejeição do pecado. Bento XVI exprime de modo sublime essa realidade: “O encontro com Ele [Jesus Cristo] é o ato decisivo do Juízo. Ante o seu olhar, funde-se toda a falsidade. É o encontro com Ele que, queimando-nos, nos transforma e liberta para nos tornar verdadeiramente nós mesmos. As coisas edificadas durante a vida podem então revelar-se palha seca, pura

fanfarronice e desmoronar-se. Porém, na dor deste encontro, em que o impuro e o nocivo do nosso ser se tornam evidentes, está a salvação. O seu olhar, o toque do seu coração curanos através de uma transformação certamente dolorosa ‘como pelo fogo’. Contudo, é uma dor feliz, em que o poder santo do seu amor nos penetra como chama, consentindo-nos no final sermos totalmente nós mesmos e, por isso mesmo totalmente de Deus [...] No fim de contas, esta sujeira já foi queimada na Paixão de Cristo. No momento do Juízo, experimentamos e acolhemos este prevalecer do seu amor sobre todo o mal no mundo e em nós. A dor do amor torna-se a nossa salvação e a nossa alegria [...]” (Spe Salvi, 47). São Francisco de Sales (1567-1655), doutor da Igreja, tem um belíssimo ensinamento sobre o purgatório, que não deve ser entendido como estado de medo, mas de consolação da alma: 1) as almas ali vivem uma contínua união com Deus; 2) estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer; 3) purificam-se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus; 4) querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele; 5) são invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição; 6) amam mais a Deus do que a si próprias; 7) são consoladas pelos anjos; 8) estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável; 9) as suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda; 10) se sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura; 11) o Purgatório é um feliz estado, porque as chamas que lá existem são chamas de amor. Considerando e afirmando a realidade do purgatório, a Igreja, desde o primeiro século reza pelas almas do purgatório. O mesmo Bento XVI afirma: “[...] se o ‘purgatório’ consiste simplesmente em ser purificados pelo fogo no encontro com o Senhor, Juiz e Salvador, como pode então intervir uma terceira pessoa ainda que particularmente ligada à outra? Ao fazermos esta pergunta, deveremos dar-nos conta de que [...] as nossas vidas estão em profunda comunhão entre si; através de numerosas interações, estão concatenadas uma com a outra. Ninguém vive só. Ninguém peca sozinho. Ninguém se salva sozinho [...] Deste modo, a minha intercessão pelo outro não é de forma alguma uma coisa que lhe é estranha, uma coisa exterior, nem mesmo após a morte. Na trama do ser, o meu agradecimento a ele, a minha oração por ele pode significar uma pequena etapa da sua purificação [...] Como cristãos, não basta perguntarmo-nos: como posso salvar-me a mim mesmo? Deveremos antes perguntar-nos: o que posso fazer a fim de que os outros sejam salvos e nasça também para eles a estrela da esperança? Então terei feito também o máximo pela minha salvação pessoal” (Spe Salvi 48). Neste mês de novembro, mês que a Igreja dedica às almas, retomemos com intensidade a vivência da virtude teologal da esperança, pois é por ela que somos salvos e é por ela que podemos compreender as realidades últimas da existência humana a partir de Jesus Cristo, especialmente o purgatório como estado em que a alma é inundada pelo amor e pela misericórdia de Deus. Boletim Informativo Paroquial

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Liturgia

Professor Felipe Aquino

Dia de todos os Santos No dia 1º de novembro a Igreja celebra a memória de todos os santos, para homenagear todos que estão no céu, diante da visão beatífica de Deus, “intercedendo por nós sem cessar”, como diz a Liturgia. Numa única solenidade a Igreja homenageia a multidão dos moradores do céu. No Apocalipse, São João teve esta visão: “E vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as gentes e tribos e povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados com vestes brancas e palmas nas mãos” (Ap 7,14)…” A Igreja já canonizou mais de vinte mil santos, mas há certamente muito mais que esse número. Na Santa Missa desse dia a Igreja propõe a leitura do Evangelho das Bem-aventuranças (Mt 5), pois elas espelham a vida dos santos: os pobres de espírito, os mansos, os que sofrem, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça e todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da ofensa e da humilhação. Os que colocam toda a sua confiança em Deus e sabem que sozinhos nada podem. Os santos são a força mais poderosa da Igreja, foram eles que levaram a evangelização até os confins da terra; sofreram os martírios, esvaziaram-se de si mesmos para em tudo fazer a vontade de Deus.

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O Papa João Paulo disse certa vez que “a santidade é a força mais poderosa para levar os homens a Cristo”. A História da Igreja confirma essas palavras; mesmo sem usar um rádio, tv ou internet, os grandes santos abalaram o mundo com suas vidas. Assim foi, por exemplo, Santo Antão no deserto do Egito; São Francisco na Itália, Santa Teresa de Ávila na Espanha, Santo Estevão na Hungria, Santa Isabel em Portugal, Santa Teresinha e Santa Joana D´Arc na França e Santo Frei Galvão no Brasil. João Paulo II disse que “a Igreja não precisa de reformadores, precisa de santos”. Todos os batizados são chamados a serem santos, e a Igreja existe para nos levar à santidade. Ela nos oferece os meios adequados para isso: os sacramentos, a Palavra de Deus, a oração, o jejum, a esmola, etc. A Carta aos Hebreus diz que “sem a santidade ninguém pode ver o Senhor”. Por isso, muitas almas precisam passar pelo Purgatório para adquirir a santidade plena para entrar na comunhão com Deus. A origem da festa de todos os santos vem desde o século IV, onde se celebrava em Antioquia a festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. No ano de 835, esta celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro. Fonte: www.cleofas.com.br


Papa Francisco

Fonte: pt.aleteia.org

Como você imagina o momento da sua própria morte? O Papa Francisco convidou as pessoas a fechar os olhos e pensar no momento da própria morte. “Cada um pense em sua própria morte”, disse o pontífice diante de um público surpreso, já que é difícil imaginarmos como será esse instante tão misterioso. Isso aconteceu na audiência geral do dia 18 de outubro de 2017, na Praça São Pedro. Como um professor, Francisco instigou os fiéis e peregrinos a imaginar o momento, “quando Jesus nos pegará pelas mãos e nos dirá: ‘Vem comigo, levanta-te’”. O Pontífice também continuou a série de catequeses sobre os contrastes que existem entre a esperança cristã e a realidade da morte. “Ouço idosos que dizem: a vida passou como um sopro”, lembrou Francisco, que tem 80 anos. Para que servem a vaidade e o orgulho? O Papa afirmou que o mundo moderno dissimula a morte e, por

isso, “quando ela chega, ninguém está preparado, nem consegue entender seu sentido”. Francisco também disse que a morte é um mistério sobre a “fugacidade da vida”, e ela nos ensina o quanto “nosso orgulho, ira e ódio são somente vaidades”. Então, “a morte desnuda a nossa vida. O essencial é amar, porque não amamos o suficiente e não buscamos o essencial”. Da mesma forma, a morte “nos indica que somente o bem e o amor que semeamos enquanto estamos vivos permanecem”. Francisco destacou que Jesus “é o único capaz de iluminar os mistérios da morte”. Ele nos ensinou a sentir a dor da perda de um ente querido. Neste sentido, o Papa esclareceu que sofrer por causa de uma morte na família ou da perda de um amigo não é contra a esperança, e que a morte faz parte do plano amoroso de Deus para a humanidade: “Jesus, com sua obediência total ao Pai, restaura o

projeto original de Deus e nos outorga a vida em abundância”, declarou. Através de várias passagens bíblicas, o Pontífice lembrou que Jesus também sofreu pela morte de seu amigo Lázaro e que Ele conhecia a dor do homem que lhe pediu para curar sua filha enferma. Francisco reiterou a mensagem de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida: aquele que crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá”. Medo da morte No momento da morte, “ali terminará a esperança e será a realidade da vida”, disse Francisco. Em seguida, fez a pergunta: “Como vocês imaginam sua própria morte? Pensem. Jesus virá e nos pegará pela mão com sua mansidão, sua delicadeza e seu amor. E a cada um repetirá: ‘Levanta-te, vem, ressuscita’”. Francisco também convidou os fiéis a não ter medo da morte, mas a confiar nos ensinamentos divinos e a “manter viva a chama da fé”.

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Avenida Aloisio Leoni, 672 - Lapa / PR

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Agenda Pastoral - Novembro 2017

FORMAÇÃO PARA OS CATEQUISTAS E AGENTES DA PASTORAL FAMILIAR Domingo 05 de novembro, na casa comunitária. Programação

08h às 12h 13h às 17h

Acolhida e café, seguido da missa 09h e formação para os catequistas iniciantes e permanentes. Projeto diocesano evangelização com as famílias dos catequizandos apresentado pelos membros da equipe diocesana de catequese. São convidados a participar os catequistas e agentes da pastoral familiar de todas as comunidades da Paróquia. Será importantíssima a presença de todos os catequistas e agentes da pastoral familiar de todas as comunidades da Paróquia de Santo Antônio da Lapa. Os coordenadores da catequese das comunidades deverão confirmar presença de seus catequistas até o dia 03 de novembro (sexta Feira) na secretaria paroquial ou com a coordenação paroquial. É muito importante a confirmação da presença para que possamos acolher bem todos os que virão participar.

MISSA DIOCESANA COM OS MEMBROS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO Domingo, 05 de novembro, 15h, no Santuário de N. Sra. dos Remédios em Araucária.

FORMAÇÃO PARA OS MAC - Ministros Auxiliares da Comunidade Horário: das 08h00 às 11h30. Setor 2: 04 de novembro em SÃO JOÃO PAULO II. Matriz e Santuário: dia 11 de novembro, no Santuário de São Benedito.

FESTA DO PERDÃO Celebração do sacramento da reconciliação com os catequizandos da 3ª. etapa catequética.

Setor 1: Setor 2: Setor 4: Setor 5: Setor 6: Setor 6: Setor 7: Setor 7: Setor 7: Setor 7: Setor 8:

04 de novembro, 16h em Faxinal dos Dias. 04 de novembro, 16h em Faxinal dos Correas. 12 de novembro, 17h em São Bento 1. 02 de dezembro, 16h em Passa Dois. 10 de novembro, 19h30, para as comunidades da Estação e Vila São José, em Estação. 17 de novembro, 19h30, em Santa Terezinha. 16 de novembro, 19h30, em Cohapar. 14 de novembro, 19h30, em Milagres. 14 de novembro, 19h30, para a comunidades de José Lacerda e São Lucas em José Lacerda. 16 de novembro, 19h30, em Vila Esperança. 09 de novembro, 19h30, para a Matriz-Santuário, na casa comunitária.

ASSEMBLEIA PAROQUIAL DE REVISÃO 09 de dezembro, das 08h às 16h. Em Senhor Bom Jesus, Colônia Municipal. Quem deverá participar:

Coordenador e secretário dos CMPC, membros da Pastoral do Batismo de todas as comunidades, coordenadores das Pastorais e Movimentos eclesiais a nível paroquial, diáconos permanentes e padres.

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Paróquia Santo Antonio

Parte 1/3

Escala das Celebrações Novembro de 2017 01/11 – Quarta

05/11 – Domingo

Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Celebração, na Matriz: 06h, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 13h15, 14h30, 16h, 17h30, 19h, 20h30, 22h. Confissões: 09h, 14h30 e 19h.

02/11 – Quinta 08h 08h 08h 09h30 09h30 09h30 09h30 11h 11h 11h 19h

Missa no cemitério municipal. Missa no cemitério em São Bento 1. Missa no cemitério em Fazenda dos Forjos. Missa no cemitério em Colônia Municipal. Missa no cemitério em Faxinal dos Correas. Missa no cemitério em Passa Dois. Celebração da Palavra no cemitério PASTOR WIEDMER. Missa no cemitério em Johannesdorf. Missa no cemitério em Faxinal dos Pretos. Missa no cemitério em Faxinal dos Castilhos. Missa na Matriz.

03/11 – Sexta 14h 14h30 14h30 18h 19h 19h30 20h

Missa no Santuário. Batizados na Matriz. Missa em Vila do Príncipe. Missa em São Bento 2. Missa na Matriz. Missa em Capão Bonito. Missa em Pedrinhas. Missa no Santuário.

06/11 – Segunda 19h 19h

Celebração da Palavra na Matriz. Missa na cadeia semi-aberta.

07/11 – Terça 19h

Missa em honra de Santo Antônio na intenção dos paroquianos e do município da Lapa, na Matriz.

08/11 – Quarta Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Celebração, na Matriz: 06h, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 13h15, 14h30, 16h, 17h30, 19h, 20h30, 22h. Confissões: 09h, 14h30 e 19h.

04/11 – Sábado

09/11 – Quinta

06h30

19h 19h30

07h 16h 16h 16h 18h 18h 18h 19h 19h30

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Confissões no Santuário. Missa no Santuário. Missa no Hospital. Missa em Espigãozinho. Confissões para o Natal em Faxinal dos Pintos. Missa e CMPC em Faxinal dos Pintos. Missa e visita do ícone de N. Sra. Perpétuo Socorro em Vista Alegre.

09h 09h 09h 09h 10h30 10h30 10h30 19h

Confissões, Adoração ao Santíssimo e terço em Estação. Missa em Estação. Missa na Matriz. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa, setor pastoral 2 em Faxinal dos Correas. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa, setor pastoral 1 em Faxinal dos Dias. Missa em Faxinal dos Dias. Missa em Faxinal dos Correas. Missa em Faxinal dos Pretos. Celebração da Palavra na Matriz. Missa em Km 202.

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Missa na Matriz. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa da Matriz-Santuário, na Casa Comunitária.

10/11 – Sexta 08h30 14h 14h30 14h30 19h30

Missa no Educandário. Confissões no Santuário. Missa no Santuário. Missa no Hospital. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa das capelas Estação e Vila São José, em Estação.


Paróquia Santo Antonio

Parte 2/3

Escala das Celebrações Novembro de 2017 11/11 – Sábado

16/11 – Quinta

16h 18h 19h 19h30 20h 20h

17h30 19h 19h30

Missa na Matriz. Missa em Pedra Lisa. Celebração da Palavra na Matriz. Missa em Campina das Dores. Missa em Capão Alto. Missa em Vila Esperança.

19h30

Missa em Campo de Telha. Celebração da Palavra na Matriz. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa Cohapar. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa em Vila Esperança.

12/11 – Domingo

17/11 – Sexta

09h 09h 09h 09h 10h30 10h30 17h

08h30 14h 14h30 14h30 19h30

19h 19h 19h30

Missa no Santuário. Batizados na Matriz. Missa em Fazenda Lagoa Dourada. Missa em Johannesdorf. Missa na Matriz. Missa em Paiquerê. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa, setor pastoral 4, em São Bento 1. Missa no Santuário. Missa em São Bento 1. Missa em Cohapar.

13/11 – Segunda 19h

19h 19h30 19h30

18/11 – Sábado 09h 16h 17h 18h

Missa na Matriz.

14/11 – Terça Missa na Matriz. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa em Milagres. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa de São Lucas e Vila José Lacerda em Vila José Lacerda.

15/11 – Quarta

Missa no lar das idosas. Confissões no Santuário. Missa no Santuário. Missa no Hospital. Festa do perdão com os catequizandos da 3ª. etapa em Vila do Príncipe.

18h 19h

Missa em São Lucas. Missa na Matriz. Confissões para o Natal em Faxinal dos Correas. Missa e acolhida do ícone jubilar de N. Sra. Perpétuo Socorro em Faxinal dos Correas. Missa em I Faxinal. Celebração da Palavra na Matriz.

19/11 – Domingo 09h 09h 09h 10h30 19h 19h

Missa no Santuário. Batizados na Matriz. Missa em Vila São José. Missa na Matriz. Missa no Santuário. Missa em N. SRA. MILAGRES.

Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Celebração, na Matriz: 06h, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 13h15, 14h30, 16h, 17h30, 19h, 20h30, 22h.

20/11 – Segunda

Confissões: 09h, 14h30 e 19h.

19h

19h

Celebração da Palavra na Matriz.

21/11 – Terça Missa na Matriz.

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Paróquia Santo Antonio

Parte 3/3

Escala das Celebrações Novembro de 2017 26/11 – Domingo

22/11 – Quarta Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Celebração, na Matriz: 06h, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 13h15, 14h30, 16h, 17h30, 19h, 20h30, 22h. Confissões: 09h, 14h30 e 19h.

Missa em Vila José Lacerda. Missa em Espigão Branco. Missa na Matriz. Missa em Passa Dois. Missa em São João Paulo II. Missa no Santuário.

23/11 – Quinta

27/11 – Segunda

19h 19h 19h30

19h 19h 20h

Missa na Matriz. Confissões para o Natal em Lavrinha. Missa em Lavrinha.

Celebração da Palavra na Matriz. Confissões para o Natal em Marafigo. Missa em Marafigo.

24/11 – Sexta

28/11 – Terça

14h 14h30

19h 19h 19h30 20h 20h

14h30 19h

Confissões no Santuário. Missa e reunião com o Apostolado da Oração, no Santuário. Missa no Hospital. Confissões para o Natal em Faxinal dos Dias.

25/11 – Sábado 16h 16h 16h 16h30 18h 18h 19h 19h 19h30 19h30

08h30 09h 09h

Missa na Matriz. Missa nos Vicentinos. Confissões para o Natal em Fazenda dos Forjos. Missa e acolhida do ícone jubilar de N. Sra. Perpétuo Socorro em Fazenda dos Forjos. Confissões para o Natal em Floresta São João. Confissões para o Natal em Santo Amaro. Missa em Floresta São João. Celebração da Palavra na Matriz. Missa em Pedra Alta. Missa em Santo Amaro.

Confissões para o Natal em Espigão Branco Missa em ação de graças pela Rádio Legendária, no Santuário. Batizados na Matriz.

Novembro / 2017

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Missa na Matriz. Confissões para o Natal em Colônia Municipal. Confissões para o Natal em Pinheiros. Missa em Pinheiros. Missa em Colônia Municipal.

29/11 – Quarta

26/11 – Domingo

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09h 09h 10h30 10h30 10h30 19h

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Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Celebração, na Matriz: 06h, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 13h15, 14h30, 16h, 17h30, 19h, 20h30, 22h. Confissões: 09h, 14h30 e 19h.

30/11 – Quinta 10h 19h 19h

Missa na cadeia fechada. Missa na Matriz. Missa em Vila do Príncipe.


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