O CALVÁRIO INFORMATIVO DA IGREJA DO CALVÁRIO - PARÓQUIA SÃO PAULO DA CRUZ - NO 56 - ANO 31 - MAIO / 2012
PALAVRA DO PÁROCO se perdeu silenciosamente no Filho. Ela foi a virgem da escuta e da resposta silenciosa e generosa. Ela viveu como a verdadeira discípula de Jesus, isto é, sua seguidora, aquela que ouvia e colocava em prática o que Jesus falava. Foi discípula da concepção aos pés da Cruz no Calvário. Por isso, ela se tornou um modelo proposto pela Igreja a ser imitado, seguido pelos fiéis, não tanto pela sua pobreza e humildade, mas sim pela sua adesão total e cumprimento da vontade de Deus. Maria é alguém sempre atenta e disponível à vontade de Deus.
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stamos no mês de maio, dedicado a Maria. Ela verdadeiramente é mãe generosa, discípula fiel, modelo de disponibilidade. Para compreender a pessoa de Maria em sua plenitude, torna-se necessário lembrar que também ela originou- se de uma família como nós. Seus pais são conhecidos como Ana e Joaquim. Ela nasceu no dia 8 de setembro. A festa de seus pais é celebrada no dia 26 de julho. Quando se deu a encarnação? Quando Deus percebeu que havia uma pessoa preparada para acolher seu Filho. “E quando chegou a plenitude dos tempos” (Gal 4,4). Maria foi a Mãe que
A vida de Maria nos inspira hoje como Igreja a continuar sua ação no mundo. Sentimo-nos chamados a sermos discípulos (as) fiéis de Jesus, ouvindo, acolhendo e guardando sua Palavra no coração e praticando no dia a dia como verdadeiras testemunhas: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48). Alimentamos com Maria, um coração agradecido a Deus, que O louva por todo o bem que Ele realiza em nosso meio e através de nós. E nos empenhamos na luta pela solidariedade e pela cultura de paz, para construir uma sociedade mais de acordo com o projeto de Deus.
Maria de Nazaré, que se Toda de Deus e muito encontra na humana: eis o segre“Quando se deu a plenitude do de Maria. Um seencarnação? Quaneterna com gredo que ajuda cada o Pai, foi na um de nós a ser mais do Deus percebeu terra uma autênticos seguidoque havia uma pesexímia cares de Jesus, como minhante. soa preparada para ela. Que, iluminados C o n s c i e nt e pelo exemplo de Made sua mis- acolher seu Filho. “E ria, possamos sempre são, na fide- quando chegou a ple- e cada vez mais fazer lidade soube de nossas vidas uma nitude dos tempos” oferenda agradável a dizer SIM às exigências, Deus e aos irmãos. (Gal 4,4).” aos desafios que a vida lhe Fiquem todos com apresentava. minha benção, O SIM de Maria encontra continuidade no sim de cada pessoa, que deseja ser fiel aos desígnios de Pe. Rogério de Lima Mendes, CP, Deus. Pároco
MARIA
LÉIA NESTA EDIÇÃO:
MARIA, MÃE DE DEUS 1º de Janeiro - Iniciamos o ano sob a proteção de Maria, Mãe de Deus e nossa mãe. Neste dia dedicado à Paz, em Nossa Senhora temos a garantia de que o Deus da Paz, Senhor da História, Deus conosco, há de nos valer na busca do diálogo, da compreensão e da fraternidade entre os povos.
1 PALAVRA DO PAROCO 2 MARIA 3 PENTECOSTES 4 VATICANO II 5 FORMAÇÃO 6 ESPIRITUALIDADE 7 SANTORAL 8 COMPORTAMENTO 9 SAÚDE 10 SAÚDE 11 PASTORAIS 12 HORÁRIOS
OCALVÁRIO
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Informativo da Comunidade da Igreja do Calvário Paróquia São Paulo da Cruz - Pinheiros - São Paulo Editor: Padre Rogério de Lima Mendes, CP - Redação: Pe. Alcides David Bassani, CP / Iara Pecoraro / Jussara Maria Silva / Lydia Bechara / Mauricio Mammana / Moacir Cordeiro / Osmar Pessi / Sérgio José Andreucci / Silvia Maria Ortolan / Guido José Louvada de Azevedo Diagramação: Paul Toscano Tiragem: 1.000 exemplares Impressão: W. Teixeira (6601-3668) Distribuição interna e gratuita www.paroquiadocalvario.org.br
e-mail: jornal_o_calvario@yahoo.com.br
Q
uerendo Deus, sumamente benigno e sábio, realizar a redenção do mundo, “quando chegou à plenitude dos tempos, mandou o seu Filho, nascido de mulher... para que recebêssemos a adoção de filhos” (GI 4,4-5), “O qual, por amor de nós homens e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria”.1 Este mistério divino da salvação nos é revelado e continua na Igreja, que o Senhor constituiu como seu corpo, e na qual os fiéis que aderem a Cristo, sua cabeça, e em comunhão com todos os seus santos - devem também, e em primeiro lugar, venerar a memória da gloriosa sempre virgem Maria, Mãe de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo”.2
Jovem, você é chamado a um desafio: deixar sua marca
na história, abrir caminhos e viver seduzido pelo amor do Cristo Crucificado.
A festa de Maria Santíssima, Mãe de Deus: trata-se da primeira Festa Mariana que surgiu na Igreja do Ocidente e proclama que Maria é verdadeiramente a Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Esta verdade de fé foi proclamada solenemente no Concílio de Éfeso, em 431, e mantida até nossos dias. Na Bíblia vemos que a comunidade de Lucas amava muito a mãe de Jesus. Ela é o melhor modelo para os discípulos; confiou em Deus e colaborou com ele (Lc 1,38); alegrou-se com a salvação trazida aos pobres e com justiça do Reino de Deus (Lc 1,47.51-53); manteve firme sua esperança mesmo no abandono, na dor e na dúvida (Lc 2,7.34-35.52); em Pentecostes, estava com os discípulos e foi enviada, como eles, a testemunhar a palavra (At 1,14). Maria amou a Deus com toda a intensidade de seu coração e por isso, também, é amada por todos nós.
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PENTECOSTES Maria foi modelo de entrega incondicional nas mãos de Deus; entreguemo-nos também nós, sem vacilar e sem medos. E se em nossa vida depararmos com situações difíceis, recorramos à oração, para pedir as luzes que necessitamos e, muito em particular, peçamos a proteção maternal de Maria, que não deixará de ouvir-nos. Maria, sinal de esperança certa e de consolação para o povo de Deus peregrino Do mesmo modo que a Mãe de Jesus, já glorificada no céu em corpo e alma, é imagem e primícias da Igreja, que há de atingir a sua perfeição no século futuro, assim também já agora na terra, enquanto não chega o dia do Senhor (cf. 2Pd 3,10), ela brilha, como sinal de esperança segura e de consolação, aos olhos do povo de Deus peregrino. (Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM do Concílio Vaticano II sobre a Igreja – capítulo VIII). _____________
Jussara Maria Silva
Notas: Símbolo Constantinopolitano: Mansi 3,566. Cf. Conc. de Éfeso, ib. 4,1130 (e também ib. 2,665 e 4, 1071); Conc. de Calcedônia, ib.7, 111-116; Conc. Constantinopolitano II, ib. 9,375-396: Missal romano, do Credo. 1
Missal romano, do Cânon da missa) Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM do Concílio Vaticano II sobre a Igreja – capítulo VIII). 2
PENTECOSTES
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a edição nº 48 de O Calvário, de julho/2010, falamos da origem da festa judaica de pentecostes que acabou incorporada ao calendário cristão por conta do evento extraordinário que aconteceu no dia de sua comemoração.
quanto Jesus disse vai também formá-la para a vida de oração. Depois do Pentecostes, com a força do Espírito Santo, os Apóstolos começaram desassombradamente a pregar a doutrina de Jesus, isto é, nasceu a Igreja.
Pela infusão do Espírito Santo, a Igreja manifesta-se ao mundo. O dom do Espírito inaugura um tempo novo na "dispensação do mistério", o tempo da Igreja, durante o qual Cristo maniNo dia de Pentecostes festa, torna presen(no termo das sete sete e comunica a sua manas pascais), a Pásobra de salvação pela coa de Cristo compleLiturgia da sua Igretou-se com a infusão ja, Cristo vive e age, do Espírito Santo que agora na sua Igreja Se manifestou, Se deu e com ela, de modo e Se comunicou como novo, próprio deste pessoa divina: da sua tempo novo... plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito. O fogo está associado com a presença de Deus A Igreja primitiva celebrou o Pentecostes, como parte das festividades na teofania do Sinai (Ex 19;18). judaicas, até o fim do século II e a O discurso de Pedro (At 2,14-36) é ele se refere São Paulo (1Cor 16,8). uma explicação para os discípulos Nos fins do século IV a festa da Asda manifestação escatológica da vi- censão já era celebrada pela Igreja, 40 dias depois da Páscoa. A partir são do profeta Joel (Jl 3,1-3). daí se deixou de celebrar o festival O Espírito da promessa foi derra- judeu na Comunidade Cristã e os mado sobre os discípulos "reunidos dias entre a Ascensão e o Pentecosnum mesmo lugar" (At 2,1), en- tes passaram a ser considerados um quanto O esperavam "todos numa período de preparação para a vinda só alma" entregues "assiduamente do Espírito Santo, a que se chamava à oração" (At 1,14). O Espírito que “novena do Pentecostes”. Exploremos um pouco mais o seu significado dentro da Doutrina Católica, conforme nos ensina o Catecismo:
ensina a Igreja e lhe recorda tudo
Moacir Cordeiro
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VATICANO II
CONCÍLIO VATICANO II - 50 anos
são, tomou-se a importante decisão O segundo período foi aberto em sede que o Concílio não seria uma ela- tembro de 1963, por Paulo VI. Em seu boração de heresias e anátemas para discurso de abertura, esclarece o Papa: condenar, mas proposições positivas “Busca-se a renovação da Igreja, é clada missão evangélica da Igreja; não ro. (...) A renovação, pois, a que visa se elaboraria um catálogo de desvios o Concílio, não é uma revolução na doutrinais, morais e litúrgicos, mas se Igreja, nem uma ruptura com suas trarefletiria sobre a identidade da Igreja, dições, no que tem de mais vigoroso e sua abertura ao mundo, sua missão na venerável, pelo contrário, é uma tenhistória humana. No discurso de en- tativa de melhor respeitar a tradição, despindo-a de formas cerramento desse “Busca-se a renovaberto em 12 de outubro de caducas e mentirosas, primeiro perío1962 pelo Papa João XXIII, ção da Igreja, é claro. (...) em favor de modos mais do, em dezembro o CONCÍLIO VATICANO II A renovação, pois, a que genuínos e fecundos de de 1962, falou o encerrou-se em oito de dezemPapa João XXIII: visa o Concílio, (...) é uma vivê-la.” Neste segundo bro de 1965, festa da Imaculada primeira tentativa de melhor respei- período foi aprovada e Conceição, com Paulo VI, suces- “Na promulgada a Constisessão a porta sor de João XXIII que falecera tar a tradição, despindo-a tuição sobre a Liturgia foi se abrindo em três de março de 1963. aos poucos, antes de formas caducas e men- (Sacrosanctum ConciTeve a representativa presença de que se chegas- tirosas, em favor de modos lium) e o Decreto sobre 2.540 padres conciliares vindos de se ao âmago das mais genuínos e fecundos os meios de comunicação (Inter Mirifica). 79 países dos cinco continentes; questões. Era o de vivê-la. ” de 17 Igrejas cristãs ou organiza- começo. Alegres, Paulo VI Em setembro de 1964 ções eclesiais não unidas a Roma; os padres foram lenteve início a terceira delegados oficiais dos Estados e entrando organismos internacionais, bem tamente na medula da problemática fase. No discurso de abertura, Paulo como convidados especiais. De- levantada, seguindo os caminhos de VI afirmou: “A Igreja quer melhor se senvolveu-se em quatro períodos Deus. Foi preciso que os irmãos vin- contemplar a si mesma, na mente de dos de longe e reunidos nessa velha sé Jesus Cristo, seu divino fundador, e conciliares. caíssem em si. Precisavam se encon- interrogar-se a respeito de sua idenOs trabalhos do primeiro perío- trar e se olhar nos olhos, para se dar tidade.” Foi aprovada e promulgada do começaram com o projeto da conta do que realmente estava ocor- a Constituição sobre a Igreja (Lumen Gentium) e os Decretos sobre as Igreliturgia e, embora nenhum docu- rendo.” jas Orientais (Orientalium Ecclesiamento fosse aprovado nessa ses-
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FORMAÇÃO rum) e sobre o Ecumenismo (Unitatis Redintegratio). No discurso de abertura do quarto período, em setembro do ano seguinte, 1965, falou o Papa Paulo VI: ”Quão magnífico está sendo o Concílio! Alegra-nos celebrar a unidade da Igreja visível nesta cerimônia grandiosa”. Este quarto período foi o mais fértil: aprovou e promulgou a Constituição sobre a Revelação (Dei Verbum) e a Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje (Gaudium et Spes); seis Decretos: sobre o episcopado (Christus Dominus), a vida religiosa (Perfectae Caritatis), a formação sacerdotal (Optatam Totius), a ação dos leigos (Apostolicam Actuositatem) , as missões (Ad Gentes) e sobre o ministério e a vida sacerdotal (Presbiterorum Ordinis) e ainda três Declarações: sobre a educação (Gravissimum Educationis), as religiões não cristãs (Nostra Aetate) e a liberdade religiosa (Dignitatis Humanae). Foram ao todo dezesseis documentos: quatro Constituições que são disposições solenes de um Concílio sobre pontos de doutrina da Igreja; nove Decretos e três Declarações. Estes documentos, fonte riquíssima de formação e orientação para as pastorais, podem ser encontrados em publicações de um único volume ou no site www. vatican.va/archive/hist_concils. Lydia Bechara
OS CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA QUINTO MANDAMENTO
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quinto mandamento da Igreja recorda aos fiéis, que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme suas possibilidades. Trata-se de uma realidade que às vezes não é bem compreendida pelo povo, mas que é necessária para que o Evangelho chegue cada vez, a mais pessoas. Neste mandamento a Igreja prescreve que os cristãos batizados em Cristo também são responsáveis e provedores da construção do Reino de Deus aqui na terra, providenciando os meios materiais com ofertas ou dízimo, a fim de prover o sustento dos responsáveis pela obra que Deus quer que levemos adiante.
através dos seminários, na formação de novos sacerdotes, etc.
Outra dimensão importante é a social, pois Cristo pediu que cuidássemos dos pobres e desamparados e a Igreja está muito envolvida nessa tarefa. Cerca de 25% das obras sociais é realizada pela Igreja Católica e de onde vem esses recursos??? Da contribuição generosa das pessoas. Essa prática já era comum no Antigo Testamento, onde o povo contribuía com o dízimo (a décima parte dos rendimentos ou da colheita) como uma forma de agradecer os inúmeros benefícios de Deus. Portanto dando o dízimo, estamos buspessoas não se comprometem porque cando de alguma forma retribuir a não compreendem bem sua impor- bondade de Deus. tância. Preconceitos como, por exemplo, “a Igreja já é muito rica”, acabam A Igreja de certo modo não estasendo aceitos como verdade, princi- belece uma quantia “exata” que se palmente por pessoas que não querem deve pagar nas ofertas do dízimo, se comprometer. mas que deveria ser feito com uma certa constância. Os chefes de família sabem muito bem que uma casa possui uma série de des- Não é obrigatório que o dízimo seja pesas que precisam ser cobertas: ali- de 10% do salário. Nem o Catecismento, vestimenta, saúde, serviços, mo, nem o Código do Direito Cadentre outras coisas. A Igreja por ser nônico obrigam essa porcentagem. uma casa, a nossa casa, também pos- O importante é, como disse São sui necessidades materiais, tais como Paulo, dar com alegria, pois “Deus manter ou conservar o templo cons- ama aquele que dá com alegria” (cf. truído em honra a Deus, assim como 2Cor 9,7). auxiliar a instituição religiosa católica Mauricio Mammana
Marilza Witkowshi Confianca e Honestidade no trabalho de comercializacão de imóveis Creci 114 551 Cel 6481 6422 (Vivo) | 7213 3214 (Tim) e-mail: mayimoveis@gmail.com
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ESPIRITUALIDADE
REDESCOBRIR A ORAÇÃO
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oração é um exercício fundamental na busca pela qualidade de vida. Nas indicações que não podem faltar, especialmente para a vida cristã, estão a prática e o cultivo disciplinado da oração. É um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, como livros e DVDs, muito comuns na atualidade. A crise existencial contemporânea, em particular na cultura ocidental, precisa redescobrir o caminho da oração para uma vida de qualidade. Equivocado é o entendimento que pensa a oração como prática exclusiva de devotos. A oração guarda uma dimensão essencial da vida cristã. Cultivar essa prática é um segredo fundamental para reconquistar a inteireza da própria vida e fecundar o sentido que a sustenta. É muito oportuno incluir entre as diversificadas opiniões, junto aos variados assuntos discutidos cotidianamente, o que significa e o que se pode alcançar pelo caminho da oração. Perdê-la como força e não adotá-la como prática diária é abrir mão de uma alavanca com força para mover mundos.
A fé cristã, por meio da teologia, tem por tradição abordar a importância da oração ao analisar a sua estrutura fundamental, seus elementos constitutivos, suas formas e os modos de sua experiência. Trata-se de uma importante ciência e de uma prática rica para fecundar a fé. A oração tem propriedades para qualificar a vida pessoal, familiar, social e comunitária. Muitos podem desconhecer, mas a oração pode ser um laço irrenunciável com o compromisso ético. É prática dos devotos, mas também um estímulo à cidadania. Ao contrário de ser fuga das dificuldades, é clarividência e sabedoria, tão necessários no enfrentamento dos problemas. Na verdade, a oração faz brotar uma fonte interior de decisões, baseadas em valores com força qualitativa.
por razões socioculturais, por uma crise. Aliás, uma crise numa cultura ocidental que nunca foi radicalmente orante. O secularismo e a mentalidade racionalista se confrontam com aspectos importantes da vida oracional, como a intercessão e a contemplação. Diante desse cenário, é importante sublinhar: paga-se um preço muito alto quando se configura o caminho existencial distante da dimensão transcendente. O distanciamento, o desconhecimento e a tendência de banir o divino como referencial produzem vazios que atingem frontalmente a existência.
“É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração.”
É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração. Faz falta a clareza de que existem situações e problemas que a política, a ciência e a técnica não podem oferecer soluções, como o sentido da vida e a experiência de uma felicidade duradoura. A oração é caminho singular. É, pois, inA oração como prática e como inques- dispensável aprender a orar e cultivar tionável demanda, no entanto, passa, a disciplina diária da oração. Tratar-se
SANTORAL de um caminhar em direção às raízes e ao essencial. Nesse caminho está um remédio indispensável para o mundo atual, que proporciona mais fraternidade e experiências de solidariedade. A lógica dominante da sociedade contemporânea está na contramão dessa busca. Os mecanismos que regem o consumismo e a autossuficiência humana provocam mortes. Sozinho, o progresso tecnológico, tão necessário e admirável, produz ambiguidades fatais e inúmeras contradições. Orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Impulsiona à experiência humilde do próprio limite e inspira a conversão. É recomendação cristã determinante dos rumos da vida e de sua qualidade. A Igreja Católica tem verdadeiros tesouros, na forma de tratados, de estudos, de reflexões, e de indicações para o cultivo da oração, que remetem à origem do cristianismo, quando os próprios discípulos pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar”. É uma tarefa missionária essencial na fé, uma aprendizagem necessária, um cultivo para novas respostas na qualificação pessoal e do tecido cultural sustentador da vida em sociedade. Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte – MG
A Solenidade de Corpus Christi
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Solenidade de Corpus Christi acontecerá só daqui a um mês, mais especificamente, no dia 7 de junho. Contudo a Arquidiocese de São Paulo já divulgou sua programação para a data, que marcará também os 70 anos de realização do 4º Congresso Eucarístico Nacional, que, em 1942, foi realizado em São Paulo. Segundo informações da própria Arquidiocese, as atividades comemorativas de Corpus Christi começam na quarta-feira, 06 de junho, com uma Vigília Eucarística na igreja de Santa Ifigênia, que começará por volta das 20h. Já no dia 7 de junho, a partir das 8h, haverá uma grande concentração, também em frente à igreja Santa Ifigênia, para depois, às 9h, as pessoas saírem em procissão eucarística pelas ruas do centro de São Paulo. Durante a procissão, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, juntamente com seus bispos auxiliares, promoverá a Bênção com o Santíssimo em pontos previamente determinados no percurso a ser percorrido pela procissão. O mosteiro São Bento, o largo São Francisco e a sede da Prefeitura serão algumas destes pontos. A chegada da procissão será na Praça da Sé. No local, haverá tapetes de serragem para acolher Jesus sacramentado. As comemorações serão concluídas com uma Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal Dom Odilo, às 11horas. No Calvário a missa de Corpus Christi será as 18:00.
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COMPORTAMENTO alcoólicas em festinhas para adolescentes. “Dentro de casa pode”.
POR QUE OS FILHOS TRANSGRIDEM AS LEIS?
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or que nós brasileiros temos tanta dificuldade com as leis? Por que somos tão indisciplinados e achamos que somos tolos em seguir regras? Por que temos sempre medo de pensar que somos otários se fizermos as coisas conforme a legalidade? Talvez poucos façam essas perguntas, mas deveriam. Esse orgulho de transgredir, contudo, está custando caro. Algumas famílias estão pagando muito por causa da conduta antissocial dos filhos. Cada vez com mais frequência se vê na mídia os chamados “filhos da classe média” envolvidos em diversos tipos de crimes, antes cometidos pelos excluídos da sociedade. Esses exemplos são cada vez mais comuns, não há mais exceções à regra e por isso fazem parte da nossa realidade. Há, no entanto, outro evento, esse bem mais comum, que atinge todos os que têm filhos adolescentes. É o uso abusivo das bebidas alcoólicas, entre jovens de forma indiscriminada e generalizada. Esse comportamento gera as piores consequências: nunca tantos jovens morreram em acidentes de trânsito como nos últimos anos, nas madrugadas das grandes cidades. Vale ressaltar que entre 2002 e 2010 ocorreram 40.610 mortes em acidentes
de trânsito, segundo o Ministério da Saúde e destes 32,4% são jovens entre 18 e 29 anos e 150 mil foram vitimas de algum tipo de sequela como: tetraplegia e paraplegia, deficiência sensorial (cegueira), mutilação, retardos mentais graves, deformações estéticas e transtornos mentais como depressão, fobias, psicoses e ainda algumas debilidades.
Por que nós brasileiros temos tanta dificuldade com as leis? Por que somos tão indisciplinados e achamos que somos tolos em seguir regras?
Onde está a participação dos adultos? Nessa cultura de transgredir acredita-se que se desviar da lei “só um pouquinho” não faz mal. Assim, é comum os pais acharem um exagero que os filhos só possam consumir bebidas alcoólicas aos 18 anos, como prevê a lei. E, por isso, tratam de antecipar o evento pelo menos em dois anos, na medida em que não proíbem os próprios filhos de beber álcool. Raros são os pais que não permitem bebidas
Com isso as pessoas acabam criando suas próprias leis e ensinam aos filhos a fazerem o mesmo. Dentro de casa pode? Então, pensam eles, deve poder também dentro da casa dos amigos, na escola (ou no bar perto da escola), de dia, de noite, a qualquer momento. Quando os pais percebem que as transgressões dos filhos começam a fugir do controle, é comum agirem desta forma: tendem a afastar a ponta de preocupação que teima em surgir na cabeça, negando o que é claro: “não, ele não faria isso, não acredito, está tudo bem”. Deixam de lado a capacidade de raciocinar e tirar conclusões, porque, a essa altura, a realidade já é muito dolorosa de se enfrentar. Não é o que sonham para as próprias vidas, muito menos para as vidas de seus filhos. Por isso, negam. Quando esse primeiro mecanismo de defesa deixa de funcionar, os pais não conseguem ter tranquilidade, por mais que se esforcem. Passam a ficar inquietos, querem falar com seus filhos, ir até o fim, mas têm medo de ser rejeitados por eles. Muitos pais não sabem nem se têm direito de interferir na vida dos filhos, ficam confusos, angustiados. Mas não se pode esquecer que adolescentes são seres em formação. Dizem para os pais que estão prontos, que sabem tudo de si mesmos, mas não é verdade. Precisam de uma diretriz em suas vidas e cabe aos pais fornecê-la a eles. Contestar a opinião dos pais é papel dos adolescentes. Os pais é que não podem sair da posição de responsáveis pela formação dos filhos para se colocar ao lado deles, como se também fossem adolescentes. Estão assim, apenas tentando se poupar de um papel criticado, incômodo, mas insubstituível: o de transmissores de valores éticos e morais aos filhos. Silvia Maria Ortolan
SAÚDE
CÂNCER DE BOCA
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s principais fatores que podem levar ao aparecimento do câncer de boca são o vício de fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso. Quando fumo e álcool estão associados, o risco de desenvolver a doença aumenta mais de 100 vezes. No caso dos lábios, a exposição ao sol é o principal fator, seguido do fumo. O câncer de boca aparece geralmente como uma ferida, que no início não dói, não tem tendência à cicatrização e cresce continuamente. O câncer de boca também pode se apresentar como alteração de cor, tais como manchas brancas, vermelhas ou pretas e aumento de volume (caroços, bolinhas e “carnes crescidas”). Uma alteração na boca que não desaparece em 21 dias deve ser avaliada pelo cirurgião-dentista. A principal forma de se detectar precocemente o câncer bucal é pelo autoexame da boca. Com um espelho, em local bem iluminado examine: lábios, língua (principalmente as bordas), região em baixo da língua, gengivas, muco-
sa das bochechas, céu da boca e região das amígdalas. Quando qualquer alteração for encontrada, deve-se procurar o cirurgião-dentista que irá avaliar a necessidade da realização de uma biópsia (remoção de pequeno fragmento para exame microscópico) para confirmação ou não do diagnóstico. O CÂNCER DE BOCA TEM CURA? Sim. Se diagnosticado no início e tratado de maneira adequada, o câncer pode ser curado na maioria dos casos. Geralmente, metade deles é diagnosticada tardiamente e a melhor maneira de reverter essa situação é com a informação e o autoexame da boca. COMO PREVENIR: Deixe de fumar, evite bebidas alcoólicas, proteja-se dos raios solares (chapéu, protetor solar, etc.), elimine fatores traumáticos na boca, como próteses mal adaptadas, dentes quebrados ou tortos, cáries, etc. Alimente-se de maneira saudável, execute o autoexame periodicamente e procure o cirurgião-dentista se encontrar qualquer alteração em sua boca.
Nos últimos anos o Instituto Nacional do Câncer estimou 10.380 casos entre homens e 3780 casos em mulheres, sendo 4.510 casos só no Estado de São Paulo. O câncer de boca ocupa segundo estatísticas, o quinto lugar entre o sexo masculino e o sétimo entre o sexo feminino. Mauricio Mammana
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SAÚDE DESCUBRA SEUS DIREITOS
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Campanha da Fraternidade deste ano versou sobre o importante tema do direito à saúde como meio de promoção da vida com qualidade. Muito embora a perda ou abalo da saúde exponha a pessoa a um sistema de saúde público deficiente, conforta saber, nesta hora, que existem alguns direitos específicos que podem ser úteis às pessoas nestas situações. Portadores de neoplasia maligna (câncer) e de SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e os doentes em estágio terminal de doenças graves, podem sacar o seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Pessoas com neoplasia maligna e SIDA podem sacar também o PIS/PASEP. Os salários, pensões ou aposentadorias de pessoas acometidas por neoplasia maligna, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, fibrose cística, hanseníase, entre outras, tem assegurado legalmente o direito a isenção do Imposto de Renda retido na fonte, a partir da data do laudo pericial emitido pelo serviço de saúde pública da União, Estados ou Municípios. Inclusive o de reaverem valores retidos a partir do mês de emissão do laudo. Pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, entre outros, poderão adquirir veículos de fabricação nacional isentos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ainda que menores de idade. Pessoa incapacitada para dirigir veículo comum tem direito a isenção também do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Terá direito a isenção de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) caso o veículo seja financiado e, anualmente, isenção do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Mulheres têm direito a cirurgia de reconstrução mamária gratuita, em caso de amputação ou mutilação em decorrência de tratamento para retirada de câncer mamário. Esses e outros direitos podem ser buscados com orientação de profissional competente da confiança de cada necessitado. Nada impede, entretanto, que a pessoa busque seus direitos diretamente nos órgãos públicos. Osmar Pessi
ACONTECEU NO CALVÁRIO:
1.
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CCA – PÁSCOA No dia 05 de abril as crianças e adolescentes frequentadoras do CCA São Paulo da Cruz festejaram a Páscoa de uma forma diferente, juntos saíram do seu espaço onde é feita a tradicional “Caça ao Coelho” e se dirigiram a Praça Benedito Calixto para participarem de uma gincana de brincadeiras e jogos. Divididos em grupos e acompanhados por uma linda coelhinha (frequentadora do CCA fantasiada) distribuíram bombons para os transeuntes e motoristas e participaram dos jogos na Praça onde se divertiram e chamaram a atenção de todos. De volta ao CCA todos saborearam uma deliciosa bacalhoada e ganharam ovos de chocolate. Marli Marlei de Carvalho (Assistente técnico)
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5.
1 e 2 - Semana Santa 3 - 90 anos da Confrária da Paixão 4 - Festa Italiana 5 - Visita de Nossa Senhora de Fátima
Vigília de Pentecostes dia 24 Junho na Igreja do Calvário. Trazer lanche para partilha
PLANO DE SAÚDE Diversos Planos: A partir de 3 vidas Helio Marcos e Silvanete Lea (11) 38146545 / (11) 9559-4455
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HORÁRIOS FUNDO DO BAÚ
C
hovia aos baldes. Teríamos a reunião das quintas-feiras da equipe de periferia do Rio Pequeno. Estávamos em 1978. Cheguei mais cedo e me protegi da chuva sob a laje do salão de recepções. Nisto chega um taxi, salta dele uma senhora, sem guarda chuva, corre em minha direção e sem “boa noite”, fala: “Padre, o senhor tem de vir comigo agora, estou com o taxi esperando. Preciso que o senhor ministre a extrema unção (unção dos enfermos) ao meu marido que está no fim, seu padre” (chorando).
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Tentei acalmá-la e informei que eu não era padre e que estava ali esperando para participar de uma reunião. Pedi a ela que fosse à secretaria e tocasse a campainha, que algum padre iria atendê-la. Ela, ainda mais nervosa vociferou que isto era desculpa minha, que ela já havia assistido missa celebrada por mim e continuou: “Sou pobre, católica, vou levar e trazer o senhor no taxi do meu cunhado, seu padre” Respondi: “Desculpe,
eu não sou padre, a senhora quer que eu vá chamar um padre?” Neste momento chega o Odone Butti, coordenador do trabalho na periferia, cara brincalhão e gozador, grandão e vozeirão mineiro. Já bem próximo, eu disse ao Odone: “Por favor, explique para esta senhora que eu não sou padre.” Odone curvando-se e beijando minha mão disse: “sua benção, seu padre”. A senhora, sem olhar para trás, entrou no taxi e foi embora. Odone ao chegar, não havia percebido o verdadeiro drama nem que a senhora estava aflita, achou que ela estivesse também aguardando a reunião e, como sempre, brincou comigo. Não tenho notícias dessa senhora, mas acho que ela gostaria muito de ter tempo para passar uma descompostura em nós dois, com chuva e tudo. Sergio José Andreucci
HORÁRIOS DA IGREJA DO CALVÁRIO
Missas Segunda a Sexta: 7h / 17h30 Sábado: 7h / 15h Domingo: 7h30 / 9h / 11h30 / 18h / 19h30 Adoração ao Santíssimo Sexta: 16h30 Capela Santa Luzia Terça a Sábado: 18h30 Domingo: 8h Rua Cônego Eugênio Leite, 825 Expediente Segunda: 8h30 às 12h / 14h às 17h30 Terça à Sexta: 8h30 às 12h / 13h30 às 20h Sábado: 8h30 às 12h Nos sábados à tarde, domingos e feriados a secretaria permanece fechada. Confissões Podem ser feitas um pouco antes do início das missas ou durante a semana no horário de expediente. Rua Cardeal Arcoverde, 950 - Pinheiros - São Paulo - SP Tel: 11 3085 1307 | Fax: 11 3088 3595 www.paroquiadocalvario.org.br
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