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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ

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ANO XXXII - 332

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JULHO DE 2017


editorial “A comunidade cristã não é uma instituição, mas uma participação efetiva na vida de Jesus. Unido a Jesus, cada membro é chamado a testemunhá-lo, colocando a comunidade em contínua expansão e crescimento” [Dom José Lanza Neto, Centenário Diocesano]

expediente Diretor geral

DOM JOSÉ LANZA NETO Editor

SÉRGIO BERNARDES | MTB - MG 14.808 Equipe de produção

Douglas Ribeiro Jane Martins

A

Igreja de Cristo é formada por muitos membros, todos eles de fundamental importância para a concretização do Reino de Deus. Nesta edição recordamos os 10 anos de dom José Lanza Neto na Diocese de Guaxupé. O espírito de comunhão que une bispo, clérigos e leigos é a mola propulsora que torna possível a caminhada pastoral na diocese. Sob a orientação do bispo, que age na missão de Cristo-Cabeça, o Corpo de Cristo perpetua a missão de Jesus de Nazaré ao encontrar no ministério episcopal a orientação para seguir em frente diante dos desafios e das vicissitudes da história.

“Mediante o Batismo, todos os cristãos são chamados a participarem do sacerdócio comum e a serem membros do corpo místico de Cristo, isto é, a viver de forma indivisível com ele”. Com essa reflexão a partir da compreensão mistagógica da Igreja, podemos compreender como o Espírito unifica todos os ministérios e as vocações para a construção do Reino de Deus. Assim, três testemunhos inspiram esta edição. O primeiro deles é do nosso bispo na Voz do Pastor que reflete sobre a experiência de colocar-se à frente de uma Igreja Particular e, ao mesmo tempo, aprender com ela. A missão de educar partindo va-

lores autênticos é apresentada por uma religiosa que dedica a sua vida ao carisma da educação. O terceiro testemunho de fé será de um leigo de Paraguaçu que consciente da tarefa cristã de ser sal e luz no mundo se lança nas instituições públicas como representante do povo. Você poderá conhecer também um pouco mais da trajetória da equipe diocesana de Catequese, assim como o itinerário para a apresentação do novo Diretório Diocesano de Catequese que se mantém como uma referência para o processo de Iniciação Cristã, assunto em pauta na Igreja do Brasil.

Revisão

JANE MARTINS Jornalista responsável

ALEXANDRE A. OLIVEIRA | MTB: MG 14.265

Projeto gráfico e editoração

BANANA, CANELA bananacanela.com.br | 35 3713.6160

Impressão

GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO Tiragem

3.950 EXEMPLARES Redação

Rua Francisco Ribeiro do Vale, 242 Centro - CEP: 37.800-000 | Guaxupé (MG) Telefone

35 3551.1013

E-mail

jornal.comunhao.guaxupe@gmail.com Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal. Uma Publicação da Diocese de Guaxupé www.guaxupe.org.br

voz do pastor

Dom José Lanza Neto, Bispo da Diocese de Guaxupé

DEZ ANOS DE CAMINHADA

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á dez anos, chegava à cidade episcopal de Guaxupé, com grande ansiedade sobre como seria a cidade e mesmo a diocese em suas dimensões pastoral, eclesial e geográfica. Num primeiro momento, fui surpreendido pela dimensão geográfica e, por isso, fui auxiliado pelo então diácono João Batista com o objetivo de percorrermos a diocese, realizando uma visita rápida às paróquias. Em três meses, visitei todas as paróquias, além de ser um período intenso de crismas. Fui bem acolhido por todos e sentia a alegria de todos ao receber o novo bispo. Percebi, ainda, certa tristeza pela perda trágica de Dom José Mauro. Fui me adaptando aos poucos e tomando conhecimento da realidade pastoral que, por sinal, foi bem conduzida pelos coordenadores de pastoral, com um grande empenho por parte de padres e leigos. É perceptível a reflexão acompanhada

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de objetivos. Diria que se sente certa preocupação em ser uma Igreja “pé no chão”, sempre fundamentada a partir das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Quanto à eclesialidade, reina uma busca constante de ser uma Igreja sinodal, tão bem estruturada em seus conselhos e dinâmica em sua ação. Fui caminhando, observando; hoje percebo que frutos são colhidos por causa do empenho de todos. Nesses dez anos que se passaram, sou grato, feliz e realizado por tantas vocações, já foram ordenados por mim mais de 60 padres, entre diocesanos e religiosos. Vi o despertar de muitos leigos que se formaram e percebi o surgimento de lideranças e pessoas bem preparadas para evangelizar. Os padres, sempre solícitos, por isso realizamos as Santas Missões Populares. Creio que tivemos um ganho enorme, nossas comunidades de certa forma se renova-

ram, ouve um despertar por parte de todos: padres, leigos, comunidades, paróquias e setores. Um verdadeiro movimento no interior de nossas comunidades. Poderia destacar o meu desejo, juntamente com o clero, de implantar o diaconado permanente e o tribunal eclesiástico de primeira estância. A Mitra se encontra organizada. Ainda é sonho o bom funcionamento do setor patrimonial e jurídico, dando estabilidade e garantia para todos. Neste ano mariano dos 300 anos do encontro da Imagem Peregrina de Nossa Senhora da Conceição Aparecida no rio Paraíba do Sul, nós nos sentimos amparados e fortalecidos por nossa Mãe Aparecida. Que Deus Pai, bondoso e misericordioso, seja sempre nosso amparo e proteção. Que nossa Igreja Diocesana tenha a marca deste Pai, e sob a materna intercessão de Nossa Senhora das Dores, caminhe sempre na harmonia e na paz.


opinião

Por Luciano Nascimento, seminarista – Teologia

BISPO: VISITA DE DEUS NAS COMUNIDADES DE ONTEM E HOJE

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ma década se passou e as conclusões da Quinta Conferência dos Bispos Latino-americanos e do Caribe ainda são ressonantes e atuais quanto ao modo de se fazer pastoral, em nossa reflexão e debate teológico. Ao reler o documento, tem-se a impressão de que se está diante de diagnóstico inusitado e um prognóstico efetivamente viável. As duas expressões marcantes - discípulos missionários e conversão pastoral – emolduram o conteúdo do precioso documento que ilumina a Evangelização no Brasil, na América Latina e no Caribe e, inclusive, no restante do mundo. A figura do bispo nunca foi tão evidenciada como na eleição do Papa Francisco. Podemos recordar, entre as diversas particularidades de sua apresentação, o gesto de dar ênfase à sua escolha como bispo de Roma. Tal ação nos lembra que o título de papa, conferido a ele, é devido à sua sucessão à cátedra de Pedro e da Igreja Particular de Roma. E sua missão é de governar, reger e erguer o corpo místico de Cristo, a Igreja. Tríade de edificação já percebida desde a Igreja do período apostólico, na qual os Apóstolos, desejosos que a missão incumbida a eles perpetuasse na história, de maneira cuidadosa, colocam os ministérios a serviço da Igreja nascente e do povo, dentre os quais a função episcopal ocupava lugar de destaque. Eles eram encarregados de uma comunidade local. Suas ações diante da comunidade aconteciam por meio da colegialidade e sua eleição acontecia com auxílio da comunidade local

e imposição das mãos. Sabe-se por meio da Didaché, documento do primeiro século da Era Cristã, que o epíscopo deve ser um modelo e ter um testemunho de vida segundo o Evangelho (cf. 1Tm 3, 2-7; 2 Tm 2, 24-26) e guardar o depósito da fé (cf. 1Tm 6, 20; 2Tm 1, 12-14). Tais preocupações se dão pelo fato de uma possível interpretação do termo episkopé como a “visita de Deus” (2 Pd 2, 12), portanto o epíscopo tinha a importante missão de manter a comunidade na graça suprema da visita de Deus. Nesta perspectiva de a comunidade receber a visita de Deus por meio do epíscopo, o Concílio Vaticano II irá fundamentar a figura do bispo em quatro perspectivas: em relação ao seu serviço pastoral; a ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento; o exercício do tríplice ministério da palavra, dos sacramentos e do pastorado; e o colegiado dos bispos tendo o sucessor de Pedro à frente (cf. LG 23-27) Havendo os desdobramentos destas dimensões no decreto Christus Dominus, no qual se lembra que Cristo veio para salvar-nos dos pecados e santificar os homens. Confere o envio desta missão também aos apóstolos de ontem e de hoje, que a abraçam por meio da consagração. Consagração sacramental que os coloca em comunhão com o sucessor de Pedro e todos os outros sucessores dos Apóstolos. Cabendo a cada um edificar o corpo místico de Cristo na sua Igreja Particular por meio do múnus de santificar, reger e apascentar todo o povo de Deus a ele confiado, podendo contar com seus colaboradores presbíteros, diáconos e religiosos.

para se aprofundar

Assumindo, assim, a tão necessária urgência de sempre: comunicar eficazmente o Evangelho. Cada um no seu ministério e carisma. Sendo o bispo aquele que, como o maestro, diante das riquezas de sua Igreja particular, é capaz de articular para que toda movimentação eclesial expresse e plenifique a fé, a esperança e a caridade. Articulação que se dá por meio dos dons hierárquicos que ele recebeu do próprio Cristo para governar e vigiar a Igreja local para uma eficácia da evangelização com o auxílio dos dons carismáticos, aqueles que expressam de maneira clara o chamado de cada cristão à santidade, à missão, à fé católica e ao testemunho. Concluímos, portanto, como afirma o instrumentum laboris da 10ª Assembleia do Sínodo dos Bispos, “que o bispo sólido na ‘fé é a figura do firme fundamento das coisas que se esperam e uma demonstração das que não se veem’ (Hb 11,1), tendo

sempre à disposição a fazer progredir seu povo, como Israel no deserto, imagem viva da Igreja peregrina no tempo e com o olhar fixo no Cristo, autor e aperfeiçoador da fé, e sustentado pela plêiade das testemunhas da fé e da esperança possa se tornar uma testemunha crível da fidelidade de Deus em todo tempo”.

Assessoria de Comunicação - Paulus

O BISPO

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omposta por quatro capítulos, esta obra propõe reflexão inédita, fruto de experiência pessoal, sobre uma figura institucional muito citada na imprensa, mas talvez não tão conhecida. Os escritos do cardeal jesuíta italiano, falecido em 2012, arcebispo da arquidiocese de Milão por duas décadas, revelam como o bispo vive concretamente. Ele descreve as relações do bispo com as pessoas com quem tem contato, como passa os diversos momentos de seu dia,

seus principais compromissos. Mostra a figura do bispo em contato com o povo. Como alguém se torna bispo? Quais as primeiras coisas que ele deve fazer? Quais as dificuldades? Que perfil deveria ter hoje? Esta e outras questões são respondidas na obra que também narra relações amigáveis, críticas ou polêmicas com crentes e não crentes, chegando a características que tornam o bispo capaz de viver e de anunciar o Evangelho no mundo pós-moderno. COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA

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notícias Iniciação à Vida Cristã é tema de encontro provincial Texto/foto: padre Jean Poul Hansen

Coordenadores diocesanos de pastoral, assessores e coordenadores de Catequese e Liturgia das dioceses de Guaxupé e Campanha e da arquidiocese de Pouso Alegre estiveram reunidos nesta segunda-feira, 22/05, na Comunidade Teológica Senhora do Carmo (COTESC), teologado da Diocese da Campanha, em Pouso Alegre, para prosseguir a reflexão sobre a Iniciação à Vida Cristã. Em outubro do ano passado, a Iniciação à Vida Cristã foi tema do Encontro Provincial de Animação Pastoral, em Guaxupé, e lá surgiu a ideia de prolongar a reflexão, chamando os assessores e coor-

necessidade denadores da de assumirmos Pastoral Litúrjuntos, como gica para parIgreja no sul ticipar, a fim de Minas Gede se estudar rais, esse proa viabilidade jeto comum de de assunção Iniciação de de um projeto Adultos à Vida comum de IniCristã, uma vez ciação Cristã que a Igreja no de Adultos. Brasil (CNBB) Ao final, Equipe mista de Catequese e Liturgia discute a Iniciação Cristã acaba de torpercebeu-se o na Província nar premente consenso de este tema e esta urgência pastoral em todos sobre a viabilidade e – não só! – a

sua assembleia. Para tanto, as equipes de Guaxupé e Campanha passam a colaborar, com tarefas específicas, no trabalho já iniciado em Pouso Alegre. O tema será agora levado aos bispos e ao clero das três circunscrições eclesiásticas, bem como às equipes de liturgia e catequese. O segundo semestre de 2017 será tempo de capacitação de leigos e clero e de elaboração do material para que, na festa da Epifania do Senhor de 2018, as três dioceses iniciem comumente esse processo de Iniciação de Adultos à Vida Cristã.

Província e Regional realizam formação missionária para seminaristas

Texto/fotos: Filipe Zanetti/ José Eduardo da Silva

Atentos aos apelos da ação missionária no Brasil, os seminaristas da Província Eclesiástica de Pouso Alegre participaram da Formação Missionária de Seminaristas (Formise) Provincial, entre os dias 26 e 28 de maio no Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora. O encontro reuniu 120 seminaristas da arquidiocese de Pouso Alegre e das dioceses de Guaxupé e da Campanha, sob a assessoria de padre Henrique Neveston, coordenador diocesano de pastoral da Diocese de Guaxupé. Padre Henrique Neveston, em suas assessorias, apresentou os três “resgates” importantes para o missionário: o resgate do conceito de pessoa; o resgate da mística; e o resgate da definição “Igreja em saída” no decreto Ad Gentes. Padre Henrique apresentou

que o Concílio Vaticano II ensina que a missão não é simplesmente uma atividade da Igreja, nem se reporta a apenas uma expansão geográfica da fé católica, mas é a essência da Igreja. E enfatizou: “se a Igreja não for missionária, ela não é a Igreja de Jesus Cristo”. Leste 2 Já entre os dias 2 e 4 de junho, em Três Corações, aconteceu a 7ª edição da Formação Missionária para Seminaristas (Formise) do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com o tema: A Alegria do Evangelho para uma Igreja em Saída. O assessor do encontro foi o padre Jean Poul Hansen, coordenador diocesano de pastoral da Diocese da Campanha. A Diocese de Guaxupé enviou três seminaristas: José Eduardo da Silva (Teologia),

Otávio Augusto (Filosofia) e Samuel Almeida (Propedêutico). A formação contou com 50 seminaristas representantes de 21 dioceses dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Para o seminarista Otávio, o encontro regional foi bastante válido. “As partilhas com outros irmãos seminaristas que, por sinal, foram de imensas riquezas, me ajudaram a conhecer melhor as realidades e desafios que cada diocese enfrenta nos dias atuais”. Dom José Lanza, bispo referencial para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, esteve presente nos dois eventos.

Todos os seminaristas da Diocese participaram da formação conduzida pelo padre Henrique Neveston

Evento promovido pelo Regional teve a participação de 3 representantes de Guaxupé, além de dom José Lanza, bispo referencial para a Ação Missionária

Encontros de Comunicação são realizados na Diocese e no Leste 2

Texto: Assessoria de Comunicação/padre Sandro Henrique fotos: Sara Fideles/padre Sandro Henrique

meiro Mutirão de Comunicação No dia 27 de maio, cerca para os estados de Minas Gerais de 60 comunicadores de toda e Espírito Santo. Bispos, padres a Diocese se reuniram na Cúria e leigos de 18 dioceses estiveDiocesana, em Guaxupé, para ram reunidos na PUC-Minas, em o Encontro Diocesano de CoBelo Horizonte, nos dias 2 e 3 municação. Evento que ocorre de junho, para aprofundar o coanualmente e é promovido pela nhecimento sobre comunicação Pastoral da Comunicação. da Igreja no mundo pós-moderO encontro apresentou a teno. mática do 51º Dia Mundial das A Diocese de Guaxupé foi Comunicações Sociais, “Não terepresentada por membros da nhas medo, que eu estou contiEquipe Diocesana de Comunicago”, a partir da fala do coordenador diocesano da Pascom, padre À esquerda: Promoção de Eventos foi o assunto abordado por profissionais da comunicação | À Direita: Mutirão Regional valorizou temas ção, Ândrei Viterno, Alessandro atuais em sua primeira edição Calixto e padre Sandro HenriSandro Henrique. A Pastoral da Comunicação do Regioveira e Silvio Leossi, ambos da agência Baque, coordenador diocesano de ComuniAlém da temática, os participantes punal Leste 2 da Conferência Nacional dos nana, Canela e Design, de Poços de Caldas. cação. deram realizar uma formação técnica com a Bispos do Brasil (CNBB) promoveu o priMutirão de Comunicação presença dos publicitários Alexandre de Oli4 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ


CF 2017 é tema de concurso escolar em Alfenas e Fama Texto: Da Redação Foto: Arquivo Pessoal

O Conselho de Meio Ambiente de Alfenas (Codema) organiza todos os anos, no Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), uma semana de educação ambiental para crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares. Para incentivar o envolvimento e a conscientização sobre a questão ecológica, é promovido um concurso cultural com os estudantes sobre o tema. Neste ano, a temática foi relacionada à Campanha da Fraternidade, com o tema Fraternidade: Biomas Brasileiros e a Defesa da Vida. Cerca de 5 mil estudantes estiveram envolvidos no concurso, todas as escolas da rede municipal e estadual, além das instituições particulares da cidade, participaram. As crianças do 1º ao 5º ano fizeram desenhos com frases sobre o tema, já os adolescentes do 6º ao 9º

Em Fama, iniciativa foi motivada e apoiada pelo padre da cidade

ano produziram redações ou histórias em quadrinhos destacando a conscienti-

zação sobre a riqueza natural brasileira, especialmente os biomas Mata Atlântica

e Cerrado, presentes na região. Para o integrante do conselho ambiental e vereador, Waldemilson Gustavo Bassoto, o resultado da iniciativa com os estudantes é satisfatório. “Eles conseguiram entender a importância da preservação e a necessidade de cuidar da Casa Mãe. Trabalhar a consciência ecológica com as crianças é fundamental para a sobrevivência de nosso planeta”. A Escola Estadual Professora Maria Olímpia de Oliveira, em Fama, também realizou um trabalho sobre a Campanha da Fraternidade atendendo à sugestão do padre Benedito Clímaco, pároco na cidade. O trabalho realizado com os alunos do 6ª ano teve o objetivo de conscientizar as pessoas sobre este tema tão relevante e pertinente para a sociedade atual.

Bispos e padres participam da Encontro Vocacional destaca Assembleia CONSER Leste 2 espiritualidade mariana para jovens Texto: Assessoria de Comunicação – Leste 2 | Foto: Arquidiocese de Belo Horizonte

Arcebispos, bispos e padres estiveram reunidos entre os dias 5 e 8 de junho, na Casa de Retiros Monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro, em Caeté (MG), para a Assembleia do Conselho Episcopal do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) e Encontro dos Coordenadores Diocesanos de Pastoral. O encontro, que reuniu 80 participantes, teve como tema central a “Iniciação a vida Cristã e Comunidade”, com ênfase no RICA (Rito de Iniciação à Vida Cristã de Adultos), uma das urgências pastorais as-

sumidas pelo Conselho Episcopal do Leste 2 para o quadriênio 2015-2019. A assessoria do tema central ficou a cargo do teólogo, padre Francisco Taborda, que apresentou pistas e etapas de preparação de um catecumenato. O encerramento da Assembleia do CONSER e Encontro dos Coordenadores de Pastoral aconteceu na manhã de quinta-feira, 08 de junho, com a celebração Eucarística na Ermida da Padroeira de Minas Gerais – Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG).

Texto e foto: Renan Beraldo Reis – seminarista

Interação entre seminaristas, vocacionados e padres foi um dos pontos valorizados no encontro

Participantes concluíram o evento no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG)

Entre os dias 9 e 11 de junho, a Diocese de Guaxupé promoveu o primeiro Encontro Vocacional para vocacionados ao sacerdócio no Seminário São José, em Guaxupé. Estiveram presentes 38 rapazes de toda a diocese, já acompanhados por meio de correspondências e visitas a suas casas pelos animadores vocacionais. A temática mariana, motivada pelo tricentenário de Aparecida e centenário de Fátima, foi o eixo central das atividades realizadas, que tornaram o retiro mais elucidativo quanto à dimensão vocacional. Para isso, contou-se com a assessoria da psicóloga Alessandra Dias Ribeiro, de Campestre, cuja palestra era intitulada “Amadurecimento humano à luz de Maria”. O coordenador do Serviço de Animação Vocacional da diocese, padre Éder Carlos, também contribuiu com colóquio de título

“Discernimento dos sinais de Deus à luz da vida de Nossa Senhora”. Por sua vez, padre Leandro de Melo, reitor do Seminário São José, discorreu sobre “Vocação e encantamento por Jesus e pela Igreja a partir de uma inspiração mariana”. Com o objetivo de enriquecer o encontro, foi exibido um filme sobre o papa São João XXIII, celebrada missa votiva à Maria e promovida a prática esportiva, tudo permeado por momentos de integração entre os jovens, os seminaristas e os padres. O objetivo desses encontros é criar para os jovens, que sentem no coração um chamado para consagrar sua vida a Deus por meio do sacerdócio, um ambiente orante no qual possam refletir sobre sua vivência vocacional, mas, também, conhecer a realidade do seminário e do ministério presbiteral.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA

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em pauta

Por Sérgio Bernardes, assessor de comunicação

“PERCEBI A VONTADE DE SER UMA IGREJA DINÂMICA E VIVA”

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m entrevista, dom José Lanza Neto comenta as alegrias e os desafios de ser bispo na Diocese de Guaxupé. À frente da diocese há 10 anos, o bispo revela as impressões, os sonhos e também os objetivos da evangelização para os próximos anos de episcopado.

A relação com o presbitério. Como se configurou ao longo destes 10 anos? É muito forte a concepção presbiteral que se tem aqui. No início, eu percebi uma

Como é vivenciar a realidade eclesial da diocese em comparação com as realidades anteriores, no clero de Jaboticabal e como bispo auxiliar em Londrina? A experiência é inédita, pois com as experiências anteriores, você conhece novas realidades, mas é sempre desafiador, pois há um caminho que a Diocese de Guaxupé construiu, diferente de outras dioceses. É uma experiência que ingresso nela por acreditar neste percurso que esta diocese faz, principalmente ao partir da realidade, da reflexão teológica, da compreensão que se tem de Igreja e da própria vivência dos sacramentos. Eu aprendo muito a partir daquilo que eu vivo aqui.

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forma diferente de se relacionar com o bispo, certo distanciamento, mas nós nos aproximamos. Talvez os clérigos possam perceber um pouco mais a relação com o bispo. Há uma simbiose bastante grande entre o bispo e os padres, vamos caminhando juntos e aprendendo. Para o Centenário Diocesano, celebrado em 2016, optou-se pastoralmente por viver as Santas Missões Populares como processo de evangelização que mobilizou toda a diocese. O que representou esse itinerário? Eu acredito que seja um momento de graça, de reflexão, de espiritualidade e de renovação. É o que sempre pregamos, a graça de Deus é dada e depende de acolhermos ou não; se não acolhemos, a graça passa. Este momento das Santas Missões Populares pode ser um momento de abertura, de conversão pastoral e de descentralização e recriação da paróquia. Se não acreditarmos, podemos perceber somente como um movimento, e quando a gente entende dessa forma, percebemos que estamos numa Igreja de conservação e nós exercemos o papel de funcionário do sagrado. Isso não é uma Igreja em que acreditamos. Em que será que verdadeiramente acreditamos? Eu colocaria essa pergunta como um desafio. O momento em que vivemos é um momento de graça, se quisermos, nós faremos. Por exemplo, os documentos do papa Francisco podem ser um momento de graça, desde que isso transforme a realidade da vida, da espiritualidade e da pastoral. Senão permanecemos na

mesma situação, não acontece mudança interna, uma verdadeira transformação. A presença dos leigos na evangelização é cada vez mais percebida em diversas iniciativas da Igreja. Como avaliar este protagonismo laical? A força maior da Igreja está nos leigos, pois eles acreditam e se dispõem. É claro que há dificuldades, mas eu acredito na liderança dos leigos na Diocese. Houve muito investimento em formação, talvez nós não tenhamos conseguido canalizar bem. Atingimos o objetivo [de formar leigos], mas talvez não tenha havido o arremate. As Santas Missões despertaram lideranças, são forças que temos e que precisamos canalizar para um formato pastoral que atenda às demandas da evangelização. Após 10 anos, a sua identificação com a diocese pode ser percebida de que modo? Eu me encanto com a diocese. Uma experiência muito forte que tive de planejamento e organização foi com a [coordenação da] Pastoral da Juventude [na Diocese de Jaboticabal]. Nós trabalhamos muito e, como consequência, tivemos lideranças na Igreja e na sociedade. Quando cheguei aqui, percebi a vontade de ser uma Igreja dinâmica e viva. Aqui, nós nos propomos a objetivos e nós os alcançamos na maioria das vezes e, mesmo que não sejam atingidos, eles são iluminadores. Não caminhamos à deriva, existe um esforço muito grande, especialmente daqueles que exercem a coordenação e a formação. Há certa exigência e cobrança de todos os envolvidos na evangelização. Quais seriam os sonhos e os projetos para os próximos anos? Nós precisamos nos esforçar por fazer, ao menos, o básico. A dimensão administrativa, por exemplo, é o mínimo que podemos fazer. Na diocese, o bispo deve buscar a formação dos seminários e das vocações, a relação com o clero, a animação das paróquias. Nós temos [com a Cúria] uma estrutura suficiente para acolhermos às reuniões e espaço adequado para a evangelização. Eu sonho com o diaconado permanente, assim como o Tribunal Eclesiástico, que atinge diretamente a vida das pessoas. Uma das assessorias necessárias para a diocese é a canônica, por isso estamos investindo nessa dimensão para que haja um caminho seguro para os tempos futuros. Precisamos nos esforçar constantemente em ter um projeto pastoral que responda à realidade. Quando olho para outras dioceses, percebo que nós caminhamos juntos com elas, graças ao mérito de muitas pessoas que se dedicaram à vida da diocese. Meu sonho é ver uma Igreja caminhando, preocupada com a evangelização e com o povo.


solidariedade

Da Redação Imagem: Assessoria de Comunicação

FUNDO DIOCESANO DE SOLIDARIEDADE ‘CONCRETIZA A AÇÃO DA IGREJA’ Envio dos projetos para avaliação pode ser feito até 15 de agosto deste ano

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odos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) motiva as comunidades católicas do país a participarem da Coleta da Solidariedade, realizada anualmente no Domingo de Ramos. Desde 2009, mais de 160 mil reais foram distribuídos a cerca de 30 projetos de toda a Diocese de Guaxupé graças ao Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), mantido pela Coleta da Solidariedade. A experiência de partilha é a concretização da Campanha da Fraternidade (CF) promovida pela CNBB. O intuito é gerar um gesto concreto fundamentado na reflexão e na oração sobre temas relevantes que incidem sobre a vida em sociedade. Assim, a cada ano as dioceses e a CNBB distribuem recursos para a promoção de projetos e iniciativas que se relacionem com a CF do ano. Um dos projetos contemplados em anos anteriores foi o Projeto Modesto e o Meio Ambiente, enviado pela Associação Esportiva Social Cultural de Guaxupé, idealizado por Marcos Antônio Modesto e Natalina Vecchi Modesto. A iniciativa realizada desde 2010 busca uma melhor destinação do óleo de cozinha, transformando-o em sabão caseiro. Para realizar o processo, os voluntários da associação realizam parcerias com moradores locais para estabelecerem pontos de coleta do óleo usado. Com os recursos que surgem da venda do sabão caseiro, a associação contribui com as atividades da Pastoral da Criança e promove atividades esportivas para crianças da cidade. De acordo com Natalina, os recursos enviados pelo FDS promovem a solidariedade concreta na sociedade. “Nós cristãos [devemos ter] sempre o reconhe-

cimento da dignidade pessoal do irmão e o compromisso com a vida de todos, particularmente dos pobres”. O projeto atinge diretamente 36 famílias e mais de 70 crianças e jovens. Outra iniciativa que recebeu recursos do FDS é a Casa da Criança, também em Guaxupé. A instituição, que acolhe crianças e jovens para atividades esportivas e artísticas, criou um projeto de peça teatral para despertar a conscientização nas escolas e instituições públicas sobre a questão ambiental. A peça “Uma missão possível: Sal-

var o planeta Terra” retrata uma realidade futura em que os recursos naturais já foram totalmente destruídos. Os recursos enviados pela diocese foram utilizados para a produção de figurino e outros materiais de produção da peça, realizada por crianças e adolescentes da instituição. O diretor da Casa da Criança, Vicente Silvério Marques, garante que o incentivo do FDS foi fundamental para a realização do projeto teatral. “Nosso objetivo é apresentar para as escolas e motivar a conscientização ambiental a partir da arte”.

Apresentação da peça teatral contou com a presença de colaboradores da Cúria Diocesana

FUNDO DIOCESANO DE SOLIDARIEDADE Objetivo Geral Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho.

• Conhecer melhor e nos comprometer com as populações originárias, reconhecer seus direitos, sua pertença ao povo brasileiro, respeitando sua história, suas culturas, seus territórios e seu modo específico de viver.

Objetivos Específicos • Aprofundar o conhecimento de cada bioma, de suas belezas, de seus significados e importância para a vida no planeta, particularmente para o povo brasileiro.

• Reforçar o compromisso com a biodiversidade, os solos, as águas, nossas paisagens e o clima variado e rico que abrange o chamado território brasileiro. • Compreender o impacto das grandes

concentrações populacionais sobre o bioma em que se insere.

• Manter a articulação com outras igrejas, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e todas as pessoas de boa vontade que querem a preservação das riquezas naturais e o bem-estar do povo brasileiro. • Comprometer as autoridades públicas para assumir a responsabilidade sobre o meio ambiente e a defesa

Quem indica a importância do investimento de recursos em projetos sociais é o padre Henrique Neveston, coordenador diocesano de pastoral. “O FDS vem para dar visibilidade a projetos bons que já estão sendo feitos e encaminhados, bem como criar novos projetos que surjam com a CF e possam ter continuidade na vida das paróquias e das

comunidades”. As temáticas refletidas nas comunidades são fundamentais para a elaboração dos projetos, pois possuem prioridade aquelas iniciativas que estejam em consonância com a CF de cada ano. “Às vezes, a CF fica somente no campo da reflexão e o FDS concretiza a ação da Igreja, por isso a diocese e a Igreja no Brasil dão sustento a projetos importantes em diversas realidades”. O padre ainda lembra a necessidade de mais projetos serem inscritos para que mais ações possam acontecer em toda a diocese. Neste ano, a reflexão da Campanha da Fraternidade (CF) é sobre a preservação dos biomas brasileiros e seu papel fundamental para a diversidade natural e humana. Deste modo, projetos que se viabilizam a preservação ambiental e a conscientização sobre essa realidade poderão receber incentivo financeiro da diocese. Para participar da seleção de projetos, é necessário inscrever-se e atender às exigências da Cáritas Brasileira, da CNBB e da Diocese de Guaxupé. Para conhecer as características do Fundo Diocesano de Solidariedade, vá até o site (guaxupe.org. br) e baixe o roteiro orientador para apresentação de projetos e o formulário para inscrição que estão disponíveis no site da diocese.

desses povos. • Contribuir para a construção de um novo paradigma econômico ecológico que atenda às necessidades de todas as pessoas e famílias, respeitando a natureza. • Compreender o desafio da conversão ecológica a que nos chama o nosso Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si’ e sua relação com o espírito quaresmal.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA

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liturgia

Por Sérgio Bernardes, assessor de comunicação

O CULTO CRISTÃO: AÇÃO SACRAMENTAL DA COMUNIDADE DE FÉ

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liturgia já suscitou várias interpretações quanto à sua natureza. Ora ação da Igreja, ora culto regulamentado pela autoridade da Igreja. A eclesiologia que fundamenta a composição da constituição Sacrossanctum Concilium (SC 26) indica a ação litúrgica como ação de todo o povo, o qual está organizado hierarquicamente na Igreja, local onde o Corpo de Cristo se revela como sacramento. Assim, a Igreja é litúrgica por essência. No Antigo Testamento, desde o Sinai, a assembleia litúrgica era designada pela palavra qahal Iahweh (Igreja de Deus: ekklesía), e simbolizava a comunidade cultual convocada. Daí vem a compreensão de Povo Santo, ou seja, consagrado ao culto. No Novo Testamento, a eleição do Povo de Deus é estendida a todos os povos, além disso, passa do nível sociológico (povo hebreu) para o nível espiritual (a comunidade de fé), isto é, a reunião dos homens membros de Cristo, casa de Deus. O Corpo de Cristo ocupa lugar de destaque. É este, ressuscitado, que desperta a atenção e compendia a vitória sobre a morte e garante a continuidade do sacrifício e da aliança perpétua, assim como, os cristãos, possuindo o Espírito Santo, tornam-se na sua existência histórica um templo espiritual. O formar-se do Corpo de Cristo, a Igreja, não é meramente moral, mas sacramental. É a união visível de seus membros na plenitude eucarística que faz a Igreja, e esta é um contínuo oferecer-se a si mesma como oferenda sacrifical. A Igreja se faz Corpo de Cristo e com Ele se oferece.

Mediante o Batismo, todos os cristãos são chamados a participarem do sacerdócio comum e a serem membros do corpo místico de Cristo, isto é, a viver de forma indivisível com ele. Para gerir a Igreja, o

patrimônio espiritual CREDO DO POVO DE DEUS

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remos na Igreja una, santa, católica e apostólica, edificada por Jesus Cristo sobre a pedra que é Pedro. Ela é o Corpo Místico de Cristo, sociedade visível, estruturada em órgãos hierárquicos e, ao mesmo tempo, comunidade espiritual. Igreja terrestre, Povo de Deus peregrinando aqui na terra, e Igreja enriquecida de bens celestes, germe e começo do Reino de Deus, por meio do qual a obra e os sofrimentos da Redenção continuam ao longo da história humana, aspirando com todas as forças a consumação perfeita, que se conseguirá na glória celestial após o fim dos tempos. No decurso do tempo, o Senhor Jesus forma a sua Igreja pelos Sacramentos

que emanam de sua plenitude. Por eles a Igreja faz com que seus membros participem do mistério da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, pela graça do Espírito Santo que a vivifica e move. Por conseguinte, ela é santa, apesar de incluir pecadores no seu seio; pois em si mesma não goza de outra vida senão a vida da graça. Se realmente seus membros se alimentam dessa vida, se santificam; se dela se afastam, contraem pecados e impurezas espirituais, que impedem o brilho e a difusão de sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por esses pecados, tendo o poder de livrar deles a seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.

8 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

Senhor suscita alguns para participarem do seu múnus de santificar, reger e ensinar, mediante o sacramento da Ordem. Estes são convidados a se santificarem e a se entregarem também em sacrifício, junta-

mente com a Igreja, em um único ato, dom do Salvador, pois a santidade não é uma perfeição moral, mas uma adesão a Deus, adesão que santifica a pessoa e a Igreja. Essa unidade cristã é celebrada no sacrifício do altar, pois a Eucaristia é a união sacrifical de Cristo e de sua Igreja, também esta, sacerdote e vítima. O ato de culto diário de todo cristão desenvolve-se na liturgia (celebração sacramental) da Eucaristia, configurando a Igreja como comunidade sacerdotal, atualizada pelo sacerdócio ministerial. Para o Concílio Vaticano II, os sacramentos do Batismo, da Eucaristia e da Ordem são as bases dos mistérios da Igreja. De fato, “os sacerdotes, agindo na pessoa de Cristo, unem as preces dos fiéis ao sacrifício de sua Cabeça, Cristo”, preces estas advindas de inúmeras situações cotidianas do Povo de Deus. Assim, o Povo Sacerdotal organiza-se em torno da sua cabeça sacerdotal visível, o presbítero. Esta riqueza litúrgica concatena em si rito e espiritualidade, sendo que o rito tende a expressar-se num gesto unido à palavra, fato este advindo da Sagrada Escritura, que evidencia o sinal de união entre as coisas humanas e divinas, protagonizado por Cristo. Este dado basilar difere o culto cristão de todos os outros, pois, no cristianismo, o culto não é apenas uma veneração com gestos exteriores, mas uma presença de ação divina sob forma ritual. A liturgia não nasce do agir humano, mas desprende-se do mistério de Cristo, isto é, uma emanação do amor de Deus que torna os homens adoradores e reconhecedores do seu salvador.

Por papa Paulo VI


bíblia

Por padre José Luiz Gonzaga do Prado, biblista e professor na Faculdade Católica de Pouso Alegre

A BÍBLIA SEM MISTÉRIO, MAS CHEIA DE MISTÉRIOS

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uita gente tem medo de ler a Bíblia. Tem medo de confundir a cabeça. E muitos se confundem mesmo. Por que? Por um motivo só: porque fazem para a Bíblia uma pergunta errada, perguntam o que não deveriam perguntar, perguntam uma coisa que não é o que a Bíblia quer dizer. A pergunta errada é: “O que foi que aconteceu?” ou “O que vai acontecer?”. Será? Quem disse que essa pergunta está errada? Quem disse que está errado procurar na Bíblia as coisas que aconteceram ou as coisas que ainda vão acontecer? Algum Papa falou sobre isso? Posso responder? Papa Bento XVI. Ele diz: “Quando enfraquece em nós a consciência da inspiração, corremos o risco de ler a Escritura como objeto de curiosidade histórica e não como obra do Espírito Santo, na qual podemos ouvir a voz do Senhor e conhecer a sua presença na História”. “Curiosidade histórica” é perguntar o que aconteceu, ou se foi isso mesmo que aconteceu, quem sabe, até, perguntar à

Bíblia o que vai acontecer, se este mundo vai acabar mesmo e como será. “Inspiração” é a força de Deus agindo na Bíblia. Você enfraquece ou apaga a luz de Deus na Bíblia quando está curioso para saber o que aconteceu.

Qual é a pergunta certa? É perguntar o que aquela história diz de Deus e de “sua presença na História”, importa lá se o caso aconteceu mesmo ou de que jeito aconteceu! Quanto mais uma estória da Bíblia pa-

história

rece confusa, mais é sinal de que “debaixo daquele angu tem carne”. É sinal de que a estória não vale como história, mas vale pelo que ela significa. Com quem se casou Caim e como foi que ele fundou uma cidade? É a pergunta boba. A estória é uma crítica ao “progresso” que estava acontecendo quando ela foi escrita. Ela diz: o assassino do irmão foi quem fundou a cidade. A cidade hoje virou um saco de gatos. Caim é o pai dos ferreiros (os industriais), dos músicos e das prostitutas, além dos traficantes de drogas e de influência no governo. É o pai do presidente que manda dar “alpiste” (dinheiro) para acalmar o passarinho (E. Cunha) que está na gaiola. Nas estórias confusas da Bíblia é preciso perceber o angu, notar o que não confere como histórico, para, então, descobrir que, debaixo desse angu, está escondido um mistério, um recado para o tempo em que o caso foi escrito e também para nós, hoje. É aí que Deus nos fala.

Por Guilherme Ribeiro, seminarista - Teologia | Foto: Arquivo BananaCanela

“SEMEANDO DEUS, COLHENDO SANTIDADE”

Processo de reconhecimento da santidade de dom Inácio já está em andamento

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vida de santidade não é expressão de uma vida pautada somente naquilo que é extraordinário. Até porque Deus nos chama a sermos santos em nossa cotidianidade, nos chama à santidade no hodierno de nossa existência. Muitos homens e mulheres vivem suas vidas pautadas no amor a Deus e aos irmãos, santificam suas vidas porque ao longo dela foram sinais de Deus na vida de outras tantas pessoas. Muitas destas personagens não estão inscritas no Livro dos Santos e muito menos estão em algum altar, são os chamados santos sem auréola, ou seja, que não foram canonizados pela Igreja. A Diocese de Guaxupé foi agraciada por Deus pelos zelosos pastores que governaram, ensinaram e santificaram nossa gente nesses 100 anos de história. Não obstante as dificuldades dos tempos, tivemos bispos

que honraram a nomenclatura de Sucessor dos Apóstolos, incansáveis na pregação da Palavra de Deus, vigorosos na condução da Igreja de Deus que peregrina neste mundo. Dom Frei Inácio João Dal Monte governou nossa Diocese nos anos de 1952 a 1963. Foi um santo bispo e um bispo santo para a Igreja de Deus que está em Guaxupé. Descendente de italianos, nasceu em Ribeirão Preto (SP), após a morte de seu pai, retorna com sua mãe à Itália. Lá recebeu os estudos iniciais e ouvindo os apelos do Senhor ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Estudou, emitiu os votos temporários e perpétuos, de acordo com as regras da Ordem Franciscana. Relatos arquivados e vivos afirmam o tamanho da santidade deste homem, que de forma simples como um frade, guiou a Diocese segundo os ditames do tempo e da história. Trazia consigo o desejo da san-

tidade para si e para seus filhos espirituais. A todos chamava de santo, certamente para que não se esquecessem dos dizeres do Apóstolo Pedro: “Sede santos como eu sou santo” (1Pd 1,16). Dom Inácio faleceu aos 66 anos de idade no dia 29 de maio de 1963 em Guaxupé, acometido de trombose cerebral. Suas exéquias foram oficiadas por dom José D’Angelo Neto, arcebispo metropolitano de Pouso Alegre. Seu corpo descansa na Cripta da Catedral desde o dia 31 de maio de 1963. Dom Inácio foi primeiro bispo a ser sepultado em nossa Catedral, seu túmulo é constantemente visitado. Fiéis de diversos lugares e sacerdotes rezam diante de seus despojos, pedindo uma graça ou agradecendo seus favores. Para ler o texto na íntegra, acesse: www.guaxupe.org.br COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA

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catequese

Da Redação/Edon Fonseca Borges, coordenação diocesana de Catequese | Imagem Assessoria de Comunicação

COM EDIÇÃO E FORMATO NOVOS, DIRETÓRIO DE CATEQUESE VALORIZA EVANGELIZAÇÃO E MISTAGOGIA

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anúncio do Reino de Deus é, com toda a certeza, a missão fundamental da Igreja, comunidade de comunidades, que reúne os discípulos de Jesus de Nazaré. Assim, se torna tarefa de todo cristão batizado levar a Boa Nova de Cristo a todos os irmãos e irmãs. A Igreja, por sua constituição missionária, acolhe a todos e oferece aos novos membros do Corpo de Cristo um caminho seguro e profundo para uma autêntica Iniciação à Vida Cristã. Em 2008, em uma reunião com representantes da Catequese e da coordenação de pastoral, surge a ideia de elaborar uma diretriz que norteasse a ação catequética na diocese. No final de 2009, após um desafiante trabalho de discussão e discernimento, um esboço do Diretório Diocesano de Catequese (DDC) foi apresentado à coordenação diocesana de catequese para aprovação em um simpósio em Poços de Caldas. Com a presença de representantes de todos os setores diocesanos, houve a conclusão do texto final do diretório que seguiria para aprovação do bispo diocesano, com lançamento em 2010. Após sete anos de caminhada catequética, iluminada pelo DDC, avaliou-se a necessidade de realizar pequenas edições e atualização do conteúdo, tendo em vista a realidade atual. O objetivo da nova edição do diretório é reforçar temas já tratados e ampliar discussões próprias da época em que vivemos com suas profundas transformações. Para o assessor da Catequese, padre Luciano Campos Cabral, a nova edição res-

salta o bem que o diretório diocesano fez ao processo catequético. “O diretório já é um grande dom para nossa diocese. Com o novo modelo e novo formato, sua utilização será facilitada. Esperamos que possa chegar a mais catequistas e fortalecer nos-

sa caminhada de comunhão no trabalho catequético”. Ao fundamentar-se nos documentos mais relevantes e atuais sobre o processo catequético, a proposta diocesana é oferecer aos catequistas e equipes de coordenação um subsídio orientador que propicie uma caminhada eficaz para o aprofundamento da fé cristã, valorizando a vivência autêntica dos valores cristãos que supere uma catequese estritamente normativa e sacramentalista. “Uma fé católica reduzida a conhecimento, a um elenco de normas e de proibições, a práticas de devoção fragmentadas, a adesões seletivas e parciais das verdades da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados, não resiste aos embates do tempo” (DAp 12). Na apresentação do documento, dom

referência

José Lanza Neto evidencia os rumos esperados para a dimensão catequética na diocese. “A Catequese, como tarefa primordial da Igreja, [portanto] de toda comunidade, tem a missão de conduzir os iniciantes e a si mesma ao mistério. Não é tarefa de um grupo, mas ação querigmática de todos os batizados”. E, ainda, valoriza a iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que estabelece como meta uma Iniciação Cristã de inspiração catecumenal, marcada pela vivência e ingresso progressivo no mistério da fé e na comunidade cristã. O diretório se divide em 3 partes: O ministério da Catequese na Igreja Diocesana, Orientações para a Catequese e a Catequese na vida dos discípulos-missionários. Além de apresentar um histórico do desenvolvimento da dimensão catequética na diocese, o diretório trata de temas fundamentais para a missão evangelizadora, assim como a estruturação e a comunhão entre clérigos e leigos no processo catequético. O ministério do catequista recebe uma atenção particular no documento. “O testemunho do catequista é a base da Catequese. É sua missão apresentar aos catequizandos os meios para serem cristãos e mostrarem a alegria de viverem o evangelho. O catequista é um mistagogo que deve cultivar espírito de abertura e humildade para estar sempre em busca de uma formação permanente” (capítulo 4). O Diretório Diocesano de Catequese pode ser adquirido no Secretariado de Pastoral na Cúria Diocesana de Guaxupé.

Da Redação | Imagem: Divulgação

O PROCESSO DE FORMAÇÃO DA IDENTIDADE CRISTÃ

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livro se propõe a ser um auxílio importante na tarefa que as comunidades eclesiais têm na formação de seus catequistas. “Esta obra não é fruto de gabinete, mas de um trabalho em equipe; mais ainda, em comunidade de oração, reflexão, planejamento, realização, consultas, experiências, avaliação, e de um rico exercício de escrita a seis mãos”, revela irmão Nery, fsc, uma das referências da Catequese no país. Ao refletir sobre temas clássicos

da espiritualidade cristã - tais como a sede de Deus, a conversão, a profissão da fé, a vida comunitária, de maneira orante e celebrativa, ele se coloca como um instrumento bastante útil e significativo para a meditação do catequista acerca da própria vocação e vivência cristã, bem como sugere um itinerário espiritual a ser percorrido com os seus catequizandos no processo de iniciação à vida cristã. Os autores explicam a intenção em produzirem uma obra direcionada

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à formação integral dos catequistas, principalmente a dimensão mística: “O livro foi pensando como um conjunto coeso de meditações e momentos orantes para um retiro espiritual com catequistas, o que não impede que as reflexões também sejam utilizadas, separadamente, em momentos variados de formação (...). Seus temas procuram seguir uma ordem mais ou menos lógica de um caminho crescente de descoberta e adesão à pessoa de Jesus e ao seu estilo de vida”.


missão

Por irmã Sandra Regina Rizzoli, religiosa da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação, reside em Areado

A MISSÃO DA IGREJA POR MEIO DA EDUCAÇÃO

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esde os princípios da nossa história brasileira, a educação foi um dos areópagos mais cuidados pela nossa Igreja. A Igreja católica desde a chegada dos portugueses contribui na formação cultural, artística, social e administrativa do país. Recordemos a presença dos jesuítas no início da colonização brasileira (1549) e com eles, a fundação das primeiras instituições de ensino do Brasil. Nascia a Escola católica com o intuito de propagar a fé católica e de promover evangelização. Um dos jesuítas que muito contribuiu foi José de Anchieta, que escreveu o dicionário, a gramática e a doutrina em guarani, bem como algumas peças literárias produzidas no Brasil-Colônia. Com o avanço da tecnologia em nossos dias vemos como estamos submergidos na realidade virtual e estamos sendo formados, educados e impelidos a responder tantos desafios emergentes que brotam desta complexa realidade. A educação católica é a ferramenta pela qual podemos contribuir na formação de homens e mulheres em ser mais conscientes de seus deveres e direitos, em valores, a fim de serem instrumentos de transformação na sociedade. A escola deve contribuir para o processo de humanização de crianças e jovens, auxiliando-os a serem futuramente homens

com autonomia e com um senso crítico em meio à sociedade, com responsabilidade e confiança, para que não sejam manipulados pela mídia ou por informações que surjam sem contexto. A educação humanizada, com diálogo e esperança contribui com a missão da Igreja. Diante dos desafios de nossa sociedade atual, o Papa Francisco nos aponta algumas linhas para que nossa ação educativa seja profundamente humanizada e, ao mesmo tempo, provoque uma mudança de mentalidade, visto que não existem mais fronteiras. Por meio das redes sociais, estamos em qualquer parte do mundo em milésimos de segundos e podemos com nossa presença ser sinais de esperança neste mundo onde a poluição, a cultura do descarte, a deterioração da qualidade de vida, a degradação social, o relativismo prático, a ciência e a técnica como fins em si mesmos, as guerras têm a mesma origem: o coração vazio da pessoa. “Quanto

personagem

mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir” (Laudato Si’203). Sim, a educação neste tempo precisa ser: uma educação aberta à realidade com marcas de coerência e testemunho; sem medo de ousar e ser aberta à utopia; que relacione unidade – diversidade – pluralidade; atenta e disponível aos mais frágeis; que transmita conteúdos, hábitos e valores; que fomente a dinâmica do Encontro; o cuidado da Casa Comum; valorize o dialogo, o respeito, o lúdico, o verdadeiro, o belo, o bom; uma educação que acompanha e ensina a acompanhar; ser uma educação aberta aos pobres. Hoje é preciso educar a “ser pessoa” “Educar não é encher uma vasilha vazia, mas acender uma luz. Em outras palavras, educar é ensinar a pensar e não apenas ensinar a ter conhecimentos” (Leonardo Boff, Jornal do Brasil, 23 de abril

de 2004). E para que essa luz se mantenha acesa, é necessário o óleo da leitura, da dúvida, da crítica, da criatividade, do discernimento e do cuidado. As crianças de hoje serão os futuros políticos, donos de escolas, diretores, gestores de amanhã. E, se estes forem conscientes e agirem com ética e moral, por terem sido conscientizados por seus professores, serão mais zelosos com os benefícios voltados para a educação. Educar para a esperança Um dos desafios deste tempo é ser uma educação aberta aos pobres! Sair ao encontro dos pobres e escutar deles a experiência da sobrevivência, da crueldade, da fome e da injustiça. Andar pelas periferias e ajudá-los a crescer em humanidade, em inteligência, em hábitos, em valores para que possam dar a volta por cima e trazer aos outros experiências que não conhecem. Construindo pontes, abrindo portas e possibilidades de uma educação para todos. Somos convocados a impulsionar em nossas ações educativas a cultura do diálogo, que forma para o encontro e à valorização das diversidades culturais e religiosas. Ao ajudar as novas gerações a construir pontes e buscar novas respostas aos desafios do nosso tempo, a ajudá-los a semear a Esperança. Não percamos de vista que somos chamados a semear a Esperança!

Por: José Roberto Tomé, professor de Paraguaçu | Foto: Arquivo Pessoal

SEDUZISTE-ME SENHOR, E EU, AOS POUCOS, FUI ME DEIXANDO SEDUZIR

E

mbora eu tenha nascido em um berço de católicos praticantes, foi na minha juventude que me aproximei da Igreja e me envolvi em sua missão. Os anos 80 constituem a base da minha formação catequético-cristã. Naquela ocasião, na Pastoral da Juventude, travava-se um grande debate: organizar-se em grandes grupos animados e festivos ou constituir-se em muitos pequenos grupos que serviriam de base para alavancar as transformações requeridas pela Igreja no documento de Puebla. Ao me reconhecer, a partir da análise sociológica, jovem e pobre, percebi que a Igreja que exalava do documento de Puebla fazia nítida opção por mim e pela

imensa maioria do povo latino-americano. Senti-me profundamente acolhido pela Igreja e, como consequência, me dispus a militar ardorosamente nela. Aprendi na Pastoral da Juventude e, mais tarde, nas CEBs, que era preciso participar para transformar as estruturas que se apresentavam injustas e opressoras, naquilo que seria o sonho da Igreja: um continente de paz e de justiça social, que começava pelas transformações das relações da minha casa, da minha rua, do meu bairro, da minha cidade. Inevitavelmente, a militância cristã me levou, como consequência natural, à participação político-partidária. Estou desde 1987 envolvido com a política e já disputei quatro eleições em

minha cidade. Fui eleito vereador em dois mandatos. Atualmente não ocupo nenhum cargo político. Embora a Igreja tenha me inspirado a participar efetivamente das instâncias de decisão, ou seja, a ocupar o poder para dele transformar o mundo, percebi, ao longo de minha trajetória, que esta mesma Igreja, de alguma forma, se distancia dos cristãos que se envolvem com política. Carecemos atualmente de pastorais que acompanhem os cristãos mais engajados. Não é sem razão que o Papa Francisco tem insistido de forma recorrente: “Devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum”. COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA

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comunicações aniversários julho Natalício 3 Padre Edimar Mendes Xavier 9 Padre Francisco dos Santos 11 Padre Antonio Carlos Melo 12 Padre Ailton Goulart Rosa 16 Padre José Milton Reis 22 Padre José Pimenta dos Santos 22 Padre Vicente Pinto Ribeiro 28 Padre Dirceu Soares Alves 28 Padre Claudionor de Barros

28 Padre Juvenal Cândido Martins Ordenação 2 Padre Denis Nunes de Araújo 6 Padre Norival Sardinha Filho 9 Padre Edson Alves de Oliveira 10 Padre Antônio Donizeti de Oliveira 15 Padre Robison Inácio de Souza Santos 16 Padre Francisco dos Santos 16 Padre Sidney da Silva Carvalho

16 Padre Weberton Reis Magno 17 Padre Reinaldo Marques Rezende 17 Padre Paulo Carmo Pereira 20 Monsenhor José dos Reis 23 Dom José Geraldo Oliveira do Valle (episcopal) 30 Padre José Ricardo Esteves Pereira 30 Padre Ademir da Silva Ribeiro 30 Padre Sebastião Marcos Ferreira 31 Padre Thomaz Patrick O’Brien – OMI

agenda pastoral 1 2 6 8 9 10 12 14

Encontro Diocesano das Equipes Paroquiais de Formação Cristã - Guaxupé Retiro do Conselho Diocesano da RCC em Petúnia Reunião preparatória do Cursilho de Jovens Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo Encontro Setorial da Mãe Rainha – Setor Alfenas Reunião do Conselho de Presbíteros – Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC - Alterosa Ultréia do Cursilho – Setor Guaxupé Reunião dos Presbíteros dos setores Alfenas e Areado – Cavacos Reunião dos Presbíteros do setor Passos – Paróquia Nossa Senhora da Penha Passos Reunião dos Presbíteros do setor Guaxupé – Paróquia São José - Guaxupé

atos da cúria •

Provisão nº 03/24- Livro nº 12 –Folha 31v.- Concedendo a Provisão de Vigário Paroquial ao Revmo. Pe. Paulo Rogério Sobral, no dia 25 de maio de 2017, da Paróquia São Francisco de Paula em Monte Santo de Minas – MG.

Provisão nº 05/26- Livro nº 12 –Folha 31v.- Concedendo a Provisão de Vigário Paroquial ao Revmo. Pe. Dione Romualdo Ferreira Piza, no dia 25 de maio de 2017, da Paróquia N. Sra. Assunção em Cabo Verde – MG.

Provisão nº 04/25- Livro nº 12 –Folha 31v.- Concedendo a Provisão de Vigário Paroquial ao Revmo. Pe. Michel Donizetti Pires, no dia 25 de maio de 2017, da paróquia N. Sra. Carmo em Carmo do Rio Claro – MG.

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Encontro da Pastoral Orgânica com todas as coordenações de pastorais diocesanas leigas - Guaxupé Reunião dos Presbíteros do setor Poços de Caldas Reunião dos Presbíteros dos setores Cássia e São Sebastião do Paraíso – - Paróquia Nossa Senhora da Abadia – São Sebastião do Paraíso Encontro para Coordenadores Diocesanos de Catequese do Regional Leste II – Belo Horizonte Cursilho Masculino Jovem Formação Permanente do Clero em Brodowski (SP) Semana Provincial de Liturgia – Itajubá (MG) Cursilho Feminino Jovem


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