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SINTONIA R E V I S TA

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Sintonia. Maio 2012

Lago Sul - Brasília Edição 168 - Maio/2012

Atualidades e fé

“A maternidade faz com que a mulher torne-se um ser ainda melhor” Maria Paula atriz e escritora, mãe de dois filhos

Eliane Cantanhêde

Babás: mães que cuidam dos filhos das outras

Vicentinos

180 anos de serviço aos pobres e abandonados

Antonio Augusto Veloso “Os Filhos da Viúva” da escritora Paula Fox

Pe. Abdon

O esposo da mãe de Jesus era um trabalhador


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Mãe do começo ao fim! E

ntrevistamos, com exclusividade, a atriz Maria Paula, que também é psicóloga de formação e escritora por decisão. Mãe de dois meninos, ela nos atendeu com tanta delicadeza e simpatia que não seremos capazes de reproduzir, por escrito, a experiência do contato com ela, que contou com a participação do repórter Romualdo de Sousa. Já aguardávamos também a possibilidade de publicar a matéria com outra mãe, a Dona Wilma Pereira, que nos fala de sua família, de Brasília e de seu trabalho social. Ainda temos a resenha do Veloso que trata de uma mãe; e o Pe. Abdon nos dá de presente um texto sobre aquele homem extraordinário, São José, que acompanhou de perto e com todo o carinho do mundo a Mãe de Jesus, para homenagear a data que faz homenagem aos operários, aos trabalhadores. A revista está linda e vale pena ler tudo. No próximo mês um fruto lindo do trabalho do Sintonia neste ano de publicações: sugerimos à agencia Totus Tuus, que nos dá suporte para fazer a revista, que crie uma revista sobre temas gerais e deixe nossa revista com o foco exclusivamente paroquial. Missionários Redentoristas


4 SUMÁRIO Maria Paula Colunista do maior jornal de Brasília e atriz conhecida no Brasil inteiro fala da maternidade e seus milagres na vida de uma mulher Pág. 5

Padre Rafael e irmão Diego Joaquim na Assembleia dos Bispos em Aparecida.

Wilma Pereira Uma mãe dedicada e exemplar mostra a harmonia de sua família e os vínculos que tem com Brasília e com o trabalho social na capital Pág. 8

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SINTONIA R E V I S TA

Café brasileiro Matéria publicada em parceria com o blog “Café com conversa” mostra as riquezas que estão ao redor do café produzido no País Pág. 10 Nova logo Um processo longo de estudo e de composição gráfica resultou numa marca nova para a paróquia e deverá ilustrar o site e todo o nosso material Pág. 16 Eliane Catanhêde Uma reflexão que se torna homenagem para mulheres que são mães e cuidam dos seus filhos, dedicando-se também a cuidar dos filhos de outras Pág. 18

Pe. Abdon São José operário é tema da liturgia no início do mês e o padroeiro da Capela da paróquia construída por Pe. Julio Negrizzolo Pág. 20 Educação Contamos a história de uma estudante de Brasília que partiu para um período de estágio na Itália no mítico ambiente da Fórmula 1 Pág. 21 Antonio Reis Veloso O esplêndido recado do nosso leitor mais dedicado traz a recomendação de uma obra que se refere a uma viúva Pág. 22

Paróquia Nossa Senhora do

Arquidiocese de Brasília Lago Sul

Endereço: SHIS EQ QL 6/8 Conjunto A CEP 71620-400 Lago Sul - Brasília/DF Fone: (61) 3248-0430 Jornalista responsável:

Pe. Rafael Vieira, C. Ss. R. (JP0180GO) Colaboração:

Ir. Diego Joaquim, Maria Helena Toscano Hermida, Daniel Toscano, Diogo Junio e Sônia Fernandes Capa:

Arquivo pessoal gentilmente cedido por Maria Paula Fotografia:

Copyright free da Internet Arquivo paroquial Agencia Brasil Diagramação & Arte:

Carlos Augusto Carvalho Revisão:

Marcia Lyra Nascimento Egg Impressão: Scala Editora


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CAPA

Uma mãe encantada Maria Paula fala da maternidade e dos filhos com tanta vibração que as palavras revelam uma profunda e decisiva experiência de vida

Ser mãe é chorar no paraíso? Não. Eu acho que mãe é a melhor coisa que pode existir na vida de uma mulher. É a experiência mais bonita, mais prazerosa e é a mais desafiadora, isso sim, desafiadora. Eu acho que é, porque nem todos os momentos são fáceis. Principalmente no começo, quando o bebê está muito pequeno, a mãe fica muito assustada, exausta, e até a amamentação engrenar, até a mãe acostumar a cuidar daquele “serzinho” tão pequeno, é um período desafiador, é um período difícil, mas é tão prazeroso que realmente ele supera qualquer dificuldade. A maternidade faz com que a mulher fique um ser ainda melhor, porque a maternidade faz com que a mulher entenda que o outro vem primeiro. Antes da maternidade, a gente é muito focada na gente mesma, os horários, a agenda, a rotina, as viagens, tudo é centrado nas nossas próprias necessidades. No dia em que a gente fica grávida, antes mesmo de o bebê nascer, com o bebê ainda na barriga, essa consciência de que o outro é mais importante do que nós mesmos vai começando a ficar clara dentro da gente. Foi Jesus Cristo mesmo que falava: você poder

ver o outro primeiro, você poder pensar no outro antes mesmo de si próprio, esse é o maior ensinamento que a gente pode ter aqui neste planeta, e esse ensinamento a maternidade nos oferece. Depois que se tornou mãe, você mudou o modo como você olha para as outras mães? O meu olhar mudou completamente. Pude entender muitas coisas da minha mãe.Depois de me tornar mãe, pude entender melhor por que ela estava agindo daquela forma, por que ela estava me colocando limites, por que ela estava exigindo de mim posturas consistentes, coerentes. Na adolescência, a gente não consegue entender nossos pais, a gente acha que eles estão podando a gente e estão sendo repressores; depois que a gente se torna mães e pais, a gente consegue entender o quanto é importante


o limite. Um dos papéis fundamentais da mãe e do pai é colocar limite na vida da criança. É responsabilidade dos pais fazer com que a criança tenha noção de limite, porque isso vai ser muito importante para toda a estruturação mental, intelectual e emocional dessa criança. Quando a gente se torna mãe, a gente entende e valoriza as mães que conseguiram fazer isso, e também traz uma compaixão muito grande. Acho talvez que a coisa mais bonita de todas é que, quando a mulher se torna mãe, ela se torna mãe de todos os filhos, não só do próprio filho. Eu acho que essa foi a experiência mais engrandecedora

que eu tive na minha vida até hoje. Outro dia, eu estava participando de uma reunião. Todo mundo levou os filhos. Foi ficando tarde, e a gente tinha muito a discutir ainda, quando as crianças foram adormecendo nos cantinhos. A gente foi fazendo uns pequenos ninhos, meus filhos dormiram, meu filho dormiu do lado de um menininho que eu nunca tinha visto na vida, era um menino, filho de uma outra mulher com quem eu não tinha muito contato. Aí eu fui e botei o meu filho um pouquinho mais pertinho do dela para que o meu casaco pudesse cobrir os dois. Enquanto eu estava fazendo esse gesto, me deu uma

alegria enorme, eu entendi que zelar pela proteção e pelo conforto do seu filho é também zelar pela proteção e pelo conforto do filho do outro, e isso é muito maravilhoso, isso é fundamental. Realmente só a maternidade para fazer com que a gente acorde para essa verdade, essa verdade maior que é você se preocupar com qualquer pessoa igualmente. Realmente todo ser humano é igual, todo ser humano merece ser bem tratado, acolhido, respeitado independentemente de ser da sua família ou não, de ser da sua religião ou não, da sua raça ou não. Sabe, essa coisa de incluir

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todo mundo nessa grande família que é a humanidade, seja uma criança árabe, que tenha uma religião muçulmana, que acredite em Alá; seja uma criança católica que acredite em Jesus; seja uma criança filha de comunistas ateus que não acreditam em nada, todas as crianças merecem ser cuidadas, amadas e amparadas da mesma forma, isso é muito bonito.

a indústria de uma mídia muito inconsequente, muito leviana, que quer vender a qualquer custo, que quer vender fofoca, que quer expor os filhos, fazer com que eles se tornem notícia, e isso é até criminoso, porque a criança merece a privacidade dela, merece um espaço protegido para que ela viva a sua própria infância. Quando uma criança é inserida em um contexto artístico, em que ela vai querer começar a sair com alguns tipos de roupas, porque o paparazzi vai tirar foto e ela vai aparecer, você insere a criança em um universo que não é infantil. O universo da imagem

No caso da artista que precisa necessariamente ser vista, ser mostrada e tem filhos. Como fazer para proteger os filhos? Quanto mais você conseguir poupálos, melhor. Existe


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é até por carinho. O fã quer saber, o fã gosta de você e ele quer ver o seu filho também, mas o seu filho é que tem que ser preservado. Então cabe à mãe e ao pai fazer o que puderem para proteger essa criança. E cabe cada vez mais à mídia ser consciente

e evitar esse tipo de exposição, que é muito prejudicial às crianças. Cada mãe traz um traço do rosto de Maria? Cada mulher que se prepara para ter um bebê, ela se prepara para ter o rei, o salvador, o profeta, o messias.

O meu filho é o maior profeta da minha vida, ele é o maior guia espiritual que eu já tive até hoje, porque foi ele quem tornou possível essa minha conexão com o divino, essa minha possibilidade de criar uma vida, de fazer um milagre acontecer. No dia

em que o meu primeiro bebê nasceu, eu fiquei tão encantada que falei: “Gente, eu sou capaz de um milagre!” E isso faz com que cada uma de nós seja um pouco a Maria, tão amada e tão maravilhosa, historicamente tão importante na nossa cultura.

TOTUS

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TUUS

comunicação integrada

é um universo adulto, e ele precisa ser abordado como tal. Eu tento fazer isto constantemente: proteger meus filhos o tempo todo da invasão da imagem, protegêlos da curiosidade do outro, que nem sempre é uma coisa maléfica, às vezes a curiosidade

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TESTEMUNHO

Pioneira no serviço ao próximo Família de dona Wilma Pereira comemora 50 anos de sua chegada à nova capital do Brasil, com a marca do empreendedorismo e do serviço social

Wilma Pereira, ao centro, com a neta Maira Gadelha e a filha Cláudia Pereira


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A

história da família de Wilma Pereira e Cléo Otávio se confunde com a da cidade de Brasília. Eles chegaram à cidade em julho de 1962, na busca do sonho de construir a vida na nova capital. O casal, na época com três filhos, teve que suportar o descontentamento dos parentes, que ficaram em Minas Gerais. “Eles entenderam nossa atitude. Mas chegamos à nova capital com a certeza de podermos proporcionar uma educação primorosa aos nossos filhos Paulo Octávio, Cláudia Maria e José Ronaldo”, relata dona Wilma. Além da atuação no

9 ramo empresarial, a família sempre se destacou também em sua presença na vida social de Brasília. Tanto que, logo que chegaram aqui, foram convidados a colaborar na tradicional Festa dos Estados. “Naquela época, a festa estava sob o comando de dona Carmela Salgado”, recorda dona Wilma. As mulheres mineiras tomaram conta da cozinha do evento, com a coordenação de Nair Cascão. “Tínhamos um grande trabalho, porque todas as refeições eram elaboradas em nossas casas e transportadas para as barracas de Minas Gerais. Era um grupo unido e coeso”. Wilma guarda boas recordações dessa

festa, e também dos nomes de pessoas que colaboravam no artesanato da festa, como Maria Inêz Pinheiro, filha de Israel Pinheiro. “O trabalho era intenso, o que só fortificou nossa amizade”. E como fruto dessa amizade, surgiu um novo desafio, a convite de dona Carmela Salgado: a criação da Ação Social do Planalto. “Carmela era uma mulher de imensa visão e de uma integridade ímpar. Viu seu sonho se tornar realidade, com anos de muito amor e trabalho, que desembocaram na inauguração da Ação Social”, relata dona Wilma. Essa obra de assistência social lançou, no Distrito Federal, uma rede de ensino

profissionalizante, o que, naquela época, foi uma grande inovação. Esse trabalho hoje é continuado através das Organizações Paulo Octávio, que, por meio da Fundação Cléo Octávio, realiza ações dedicadas a promover o bem-estar dos funcionários das empresas do grupo e suas famílias. Esse trabalho é coordenado de perto por dona Wilma. “Fomos a primeira empresa a alfabetizar os trabalhadores nos canteiros de obras e temos a alegria de ver vários deles graduados em vários níveis, inclusive com curso superior”. Depois de tanto tempo na cidade, Wilma Pereira avalia que sua família é mais brasiliense que

mineira, “mas sem negar nossas raízes que tanto amamos”. Diante dos desafios atuais que surgem na cidade, seja com a ocupação da área urbana, trânsito, educação, a pioneira afirma que se trata de um desafio para a cidade que chega à maturidade. “Acredito que Brasília terá de se reinventar nos próximos anos e superar seus problemas atuais”. E será um desafio que tem que ser enfrentado com a força do céu. “Com fé em Deus, em Jesus Cristo, em Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e em Dom Bosco, acredito que esta terra fecunda continuará a cumprir com seu destino: aqui há de jorrar leite e mel, como na terra prometida”.


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CAFÉ COM CONVERSA

CAFÉ BRASILEIRO

Café caseiro com acompanhamentos não deixa a desejar do espresso das cafeterias

O

mundo do café, das cafeterias aos terreiros, tem boas notícias como o aumento do consumo desse precioso líquido, mas nem tudo são flores no cafezal brasileiro. Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Café (Abic), realizada anualmente, apontou crescimento de 3,11% em relação aos dados de 2010, chegando a 19,72 milhões de sacas. Esses dados significam que cada brasileiro

tomou, em 2011, mais de 80 litros de café. Esses dados da Abic ressaltam o Brasil como o maior consumidor de café no mundo, passando à frente dos Estados Unidos e da Itália. O País, que já era o maior produtor, agora torna-se também maior consumidor, e as previsões são ainda melhores. Para este ano, a estimativa é de 20,41 milhões de sacas. Vimos, portanto, que, do ponto de vista mercadológico, o Brasil está na frente,

mas peca no quesito que qualquer país sério não deixaria escapar. A mão de obra numa área tão sofisticada como são as cafeterias, ainda é de improviso. Quase sempre lemos informações de que estão sendo dados treinamentos para o pessoal que atende no ramo das cafeterias. Embora não goste de certos ditados populares, "cada macaco no seu galho" vem bem a calhar. Treinamento é dado para quem vai assentar tijolo.


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Quem vai puxar um rastelo no gramado faz treinamento. Em áreas mais delicadas é preciso fazer curso. Aperfeiçoar a mão de obra - e antes de qualquer interpretação, no mercado de trabalho, um ajudante de pedreiro é tão importante quanto um sacerdote ou um ministro do Supremo Tribunal. Mas cada um tem sua especificidade.

Barista é aquele profissional que já na sua chegada à cafeteria abre um sorriso, prepara a máquina e pergunta: "Vai um curto hoje?" É assim que quem frequenta uma cafeteria gosta de ser recebido. - Nosso café hoje tem notas de chocolate, com um leve toque de cana-de-açúcar. Foi produzido na Chapada Diamantina, no interior da Bahia,

em montanhas que ultrapassam 900m de altitude. Torra clara - informações imprescindíveis. O profissional que atende nas cafeterias, preparando drinques, tirando um café, fazendo experimentos, é chamado de barista. É ele que tem informações, ou deveria ter, que vão da máquina que opera ao grão que serve. É bom que o Brasil se torne expoente produzindo e consumindo café. Mas é salutar que a mão de obra nas cafeterias esteja à altura das nossas necessidades, como consumidores: bom atendimento, informação e produto de primeira.

LAGO SUL FM A SERVIcO DA COMUNIDADE DO LAGO SUL!

SHIS EQ QL 6/8 Conj. A CEP 71620-400 - Brasília/DF (61) 3248-0430


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VICENTINOS

180 ANOS DE SERVIÇO A Sociedade de São Vicente de Paulo se inspirou no trabalho de Frederico Ozanam

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a Paris de 1833, um estudante de apenas 20 anos chamado Antonio Frederico Ozanam, inconformado com a pobreza visível dentro e fora da cidade, decidiu convidar seus amigos para um trabalho de assistência a essa parcela sofrida da população, dedicando-lhe tempo, recursos e conforto espiritual. Nascia, assim, a Sociedade de São Vicente de Paulo, hoje também conhecida como Conferências

Vicentinas, inspirada no trabalho desenvolvido pelo seu santo patrono, também francês, nascido no século XVI e canonizado no século XVIII. Antonio Frederico Ozanam também recebeu o reconhecimento da Igreja: João Paulo

II o beatificou em agosto de 1997. Hoje, às vésperas de completar 180 anos, a Sociedade continua viva e fiel ao sonho de Ozanam de "formar uma grande rede de caridade de ajuda ao próximo". Está presente em 143 países e tem mais

Membros vicentinos na Paróquia N. S. Perpétuo Socorro Lago Sul


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de 700 mil membros espalhados pelo mundo. No Brasil, as Conferências Vicentinas surgiram em 1872, no Rio de Janeiro, e atualmente contam com cerca de 250 mil voluntários, distribuídos em mais de 20 mil conferências. São administradas por um Conselho Nacional, sediado na cidade do Rio de Janeiro e vinculado ao Conselho Geral Internacional, com sede em Paris. O trabalho no âmbito de cada conferência vicentina começa com uma cuidadosa avaliação socioeconômica de cada família que lhe é encaminhada por entidades públicas

13 e da sociedade civil. Constatada a real necessidade de assistência, o grupo assume aquela família, dando início, assim, às visitas domiciliares e demais iniciativas no sentido de prover-lhes o mínimo necessário em termos de segurança alimentar, moradia, vivência espiritual, convivência familiar e social, escolaridade e habilitação profissional. Essas ações são custeadas com recursos próprios dos membros de cada conferência, com a arrecadação de bazares e doações de benfeitores. As conferências se reúnem

periodicamente, para analisar as necessidades das famílias assistidas e escolher a melhor forma de ajudá-las. A Conferência Vicentina da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi fundada no dia 30 de outubro de 1982. Está completando, portanto, trinta anos de atividade ininterrupta, conforme atestam as atas das 1.234 reuniões realizadas. Compõe-se, hoje, de doze participantes e atende a um total de 32 pessoas pertencentes a seis famílias, que vivem em situação de extrema pobreza no Paranoá e em Itapuã. Ao longo desses trinta anos, a conferência

construiu doze casas e reformou outras. Neste momento, está iniciando a construção de uma moradia de cerca de 50m2 para uma família de seis pessoas, residente na Quadra 3, Conjunto F, Lote 15, da Fazendinha, Itapuã. A Conferência acaba de ganhar uma contribuição valiosíssima: Padre Rafael, nosso pároco, está lançando seu 15º livro: “O Tempo

Voa – 50 anos de uma vida” e está oferecendo sua obra como uma forma de colaborar para a arrecadação de fundos para a construção dessa casa. No dia 6 de maio, ao final de cada missa, ele estará autografando seu livro no Salão Paroquial. Os vicentinos da Paróquia convidam os paroquianos a participar dessa mobilização, agradecendo desde já a todos que colaborarem.

Família que receberá a moradia de cerca de 50m2, situada à Qd. 3, Conj. F, Lt. 13, Fazendinha - Itapuã


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Romoaldo de

Souza

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jornalista e professor universitário

“Estou preocupado em preservar meio século de trabalho e o emprego de 35 mil colaboradores. Ninguém vai jogar o nome da empresa na lata do lixo.” Carlos Alberto Verdini, presidente da Delta Construções, empresa que tem contrato de coleta de lixo no DF e é investigada na CPMI do Cachoeira

“Minha querida, não tem. Claro que não tem diferença e nunca vai ter.” Presidente Dilma Rousseff, questionada sobre diferenças entre o governo dela e o de Lula

“Não tem mais essa história de chefe da tropa de choque. Só se for tropa do chope.” Deputado Silvio Costa (PTB-PE) sobre a CPMI do Cachoeira

“Pode preparar o orégano, a massa, o fermento e o recheio. Uma CPMI que tem 80% dos integrantes da base governista vai terminar em pizza.” Senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP)

“Foi um traição. Tem ali muitos deputados que concordavam com o governo, mas, na hora da votação, cometeram o pecado da triação.” Ideli Salvati, ministra das Relações Institucionais, sobre a votação do Código Florestal

“Que jornal era?” Pergunta o líder do PSDB, Bruno Araujo (PE) sobre denúncia de pagamento de propina, enrolado em papel jornal

“Tem que tratorar. Tem que atropelar, não tem outro jeito.” Senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendendo agilidade no Conselho de Ética, contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO)


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COMUNICAÇÃO

NOVA LOGOMARCA Cada pastoral, ministério e grupo da paróquia terá seu espaço e administrará o conteúdo no site com a nova marca

P

ode parecer que não seja um assunto importante, mas a paróquia empenhou tempo para elaborar uma nova logomarca para a comunidade. Havia sido feita uma tentativa no ano passado. Pelo resultado dos acessos ao site, concluiu-se que não agradou. Desta vez, foi feito um estudo sobre uma marca que pudesse dar uma ideia mais precisa tanto da padroeira quanto da comunidade.

Escolheu-se uma proposta bem bonita. Os traços e o azul representam muito: um povo protegido por Maria Santíssima, a Mãe do Perpétuo Socorro. O azul, além de lembrar o céu, é uma cor que

sugere comunhão e harmonia na comunidade. A nova marca será usada no site, que também passou por uma reforma total, com ênfase na participação dos grupos da comunidade.


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ENCONTRO

SEGUE-ME LAGO SUL O encontro de jovens que constrói uma profunda história de evangelização em Brasília será realizado em maio, no Totus Tuus

C

oordenado por Léo Happy, Julinha, Bela e Augusto e auxiliado por outros jovens e casais, o XVI “Segue-me” do Lago Sul será realizado em maio. A paróquia se envolveu nas iniciativas do préencontro de 2012. A realização da convivência fraterna depois da missa das 19h dos domingos expressou esse envolvimento. O cachorro-quente “temperou” as conversas, a animação e o convívio da comunidade, com atenção voltada para o encon-

tro. Compareceram representantes das pastorais, ministérios, grupos de oração da paróquia e gente que não está engajada, mas participa das celebrações da Eucaristia. O site do “Segue-me” de São Sebastião conta que o movimento nasceu no Encontro de Jovens com Cristo, criado por Pe. Alfonso Pastore, em São

Paulo. Dois jovens que participaram do encontro decidiram, com casais encontreiros da Paróquia do Divino Espírito Santo do Guará II e sob a orientação do Pe. Antonio Chirulli, organizar, de forma semelhante, o Encontro de Jovens em Brasília. A expressão “Segue-me” baseouse no chamado de Mateus (Mt 9,9): “Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus sentado ao telônio e disse-lhe: - SEGUEME, - e ele levantouse e seguiu-O”.

SHIS QI 05 Bl. C Loja 43/47 Gilberto Salomão – Lago Sul Brasília - DF (61) 3364-4248|(61) 3364-4249


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Eliane

Cantanhêde

Sintonia. Maio Abril 2012

jornalista, colunista da Folha de S. Paulo e da Folha.com, colaboradora do jornal “Em Pauta”, da Globonews”, e comentarista da Rádio Metrópole da Bahia

Às babás, com carinho P eço licença ao leitor para usar este espaço em defesa de uma mãe muito especial: a mãe que deixa seus filhos sabe-se lá com quem para tomar conta dos filhos da

classe média e dos ricos. Falo, claro, das empregadas domésticas e babás. Com pai e mãe trabalhando de manhã à noite, cresci com empregadas domésticas que, graças a Deus, eram carinhosas, cuidadosas, verdadeiras amigas. Fiquei eternamente grata a elas, com sou eternamente grata às empregadas domésticas e às babás que dedicaram seu tempo e sua atenção para as minhas filhas, a hoje arquiteta Manuela e a pedagoga e

psicóloga Marina. Durante toda a vida, pensei, com um arrepio, como seria deixar seus próprios filhos praticamente sozinhos em casa, em creches precárias, com vizinhas, para cuidar dos filhos alheios e ganhar o sustento da família. Tenho certeza de que nós todos, que moramos no Lago Sul, no Lago Norte, nos bairros mais caros, devemos muito a essas mães, cujo trabalho não tem preço - e tem muita alma. Um velho sonho é de que, nesses bairros, pudéssemos nos unir para

montar creches limpas, arejadas e seguras para as babás de nossos filhos e netos. Elas poderiam trabalhar, como nós mesmos muitas vezes trabalhamos, mas ficariam perto dos filhos e tranquilas, sabendo-os bem cuidados. Parece só sonho, mas não é. Estamos sempre bradando contra governantes e políticos, mas nós, sociedade, também temos nossas responsabilidades e deveres. Nesse caso das empregadas e babás, também uma imensa dívida de gratidão.


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Padre

Abidon

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Vigário

São José Operário: “o trabalhador” A o longo do ano litúrgico, a figura de São José aparece em dois momentos: durante a quaresma, na solenidade do dia 19, em que aparece com o subtítulo de “esposo de Maria” e “Padroeiro da Igreja Universal”; e durante a Páscoa, no dia 1o. de maio, através de uma memória coincidindo com a comemoração e feriado mundial do Dia do Trabalho. Na primeira e

mais importante celebração litúrgica, São José, esposo de Maria de Nazaré, é contemplado pelo seu vínculo com o mistério sublime da encarnação do Senhor. Nossa Senhora ocupa um lugar especial, porque através dela a Palavra eterna de Deus assumiu a nossa carne e, portanto, entrou na história da humanidade. Nesse sentido, São José e Maria são “ministros da encarnação do Senhor”, como afirmou sabiamente o saudoso Papa João Paulo II, na carta apostólica “Redemptoris Custos”. Por outro lado, na

memória do dia primeiro de maio, a Igreja quer destacar o aspecto humano da dimensão do trabalho, já que, pelas breves e sóbrias mas importantes informações dos evangelhos, o esposo de Maria trabalhava como artesão (carpinteiro). Na mentalidade judaica, profundamente permeada pela espiritualidade da Palavra de Deus e a consciência da ação da Providência divina na história, a responsabilidade de transmitir a fé é um dever sagrado e um mandato divino (Dt 4,6). Coube a José (e a Maria), como pai de

família, cuidar dessa missão e introduzir Jesus no mundo, pela iniciação ao trabalho – podemos supor sem problema algum –, na mesma profissão que ele desempenhava no vilarejo da Galileia. Nessa comemoração, São José, o “homem justo”, aparece como o protótipo da santificação do trabalho, realidade e necessidade que o homem realiza para transformar as forças da natureza e obter o seu próprio sustento. O trabalho é abençoado e redimido, embora pese sobre o ser humano a sentença de Deus sobre o pecado original na catequese das

origens do cosmos e da vida: “Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que fostes tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar” (Gn. 3,17b-19). Que o exemplo de São José e sua intercessão nos ajudem a santificar o trabalho como forma de contribuir no crescimento e humanização desta sociedade muitas vezes desumana. São José, rogai por nós!


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Estudante da UnB passa 6 meses na Itália para fazer pesquisa a respeito de combustíveis

O EXEMPLO DE GLÉCIA VIRGOLINO O professor Romoaldo, programador e locutor da rádio Lago Sul FM - 98,1, entrevistou com entusiasmo a jovem Glécia Virgolino. Descendente de nordestinos (o sobrenome é uma homenagem do bisavô a Virgulino Lampião), nascida e criada em Ceilândia, essa corajosa moça não se intimidou com os limites socioeconômicos que a vida lhe impôs: cursou a Faculdade de Química na

UnB, estudou a língua francesa, fez mestrado em Engenharia Mecânica e agora segue para a Itália, para complementação dos estudos de sua tese de doutorado na mesma área, a qual tem como orientadores os Profs. Doutores Gurgel Veras e Pilar Hidalgo, da Universidade de Brasília. Pesquisadores do Instituto Motori na Itália, em Nápoles, mostraram grande interesse nos

Glécia Virgolino da Silva - doutoranda em Ciências Mecânicas - UnB - Brasília/DF

estudos que essa moça desenvolve no Brasil sobre a adição de um grupo de aditivos ao biodiesel e misturas dieselbiodiesel que podem ser aplicados, sem prejuízo à durabilidade e potência dos motores, mas sobretudo favorecendo o meio ambiente, pois há sensíveis reduções na emissão de gases poluentes à atmosfera. Com bolsa da CAPES, Glécia passará de quatro a seis meses na Itália e pretende trazer como resultado a obtenção de maiores informações científicas e

conclusões para a sua tese de doutorado, podendo gerar até uma patente brasileira sobre o assunto. À pergunta do professor Romualdo sobre que mensagem deixaria aos estudantes do país, ela respondeu: " ... independente de suas origens ou classe social, não desista de seus sonhos. Lembrese: você é capaz!" Encerrando a entrevista, Glécia pediu uma música do padre Fábio de Melo e afirmou que o Facebook será a sua ferramenta para tentar encurtar distâncias e diminuir a saudade.


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refletindo mágoas, desencontros e asperezas das diferentes personalidades. A linguagem é frequentemente áspera e amarga: “Os filhos homens da minha mãe são uns incapazes sovinas demais até para casar. Imagine só, tornar-se um homossexual para não ter que sustentar uma mulher”. Os conflitos perduram durante o jantar e culminam com a cena inesperada de retirada de Laura, que sai pela noite chuvosa de Nova York, sem guardachuva ou casaco. A narrativa ganha força e novos contornos: o amigo e discreto Peter é incumbido de, ainda na

madrugada, notificar pessoalmente os dois irmãos sobre a morte de Alma, a viúva do título do livro, com a restrição categórica de que Clara não poderia receber a notícia, “pois não se interessaria por ela”, segundo a mãe Laura. Trata-se, em síntese, de uma espécie de tragédia grega moderna, numa linguagem seca, dura, direta, enxuta e impiedosa.

Antonio

Veloso

economista, ex-diretor do Banco Central

Os filhos da viúva É sempre um prazer renovado poder retomar o contato com a escritora Paula Fox, hoje com 89 anos, que considero uma das mais brilhantes do cenário americano. Li o quarto livro dela publicado no Brasil: “Os filhos da viúva” e também: “Pobre George” (1967), “Desesperados” (1970) e “A Costa Oeste” (1972). “Desesperados” é, sem dúvida, o melhor de todos. Paula Fox já escreveu mais de vinte livros “infanto-juvenis”, muitos deles premiados, e seis “para adultos”. “Os filhos da viúva” é um texto complexo, de intensos e

instigantes diálogos, envolvendo uma estranha família hispano-americana. Laura Maldonado, autoritária e voluntariosa, e seu “frouxo marido”, Desmond Clapper, na véspera da partida de navio para a África, convidam um pequeno grupo para a despedida - inicialmente para drinques num hotel de luxo de Manhattan e em seguida para jantar em refinado restaurante de Nova York. Os convidados são: Clara, filha do primeiro casamento de Laura, insegura, tímida e submissa; Carlos, um dos dois irmãos de Laura, assumidamente

homossexual; e Peter Rice, editor de livros, amigo da família, discreto admirador de Laura. A mãe de Laura, Alma,doente, vivia num abrigo para idosos há cerca de dois anos e, justamente na tarde dos eventos de despedida, havia falecido - fato apenas conhecido por Laura, mas não revelado a mais ninguém. O livro tem apenas sete capítulos, de tamanhos desiguais, sendo o primeiro o mais longo (80 páginas), sob o título “Bebidas”, relatando o demorado e conturbado encontro com drinques no hotel, em que se inicia intenso e forte diálogo do grupo,

Confira: “Os filhos da viúva”, de Paula Fox: Cia. das Letras, 1976-1986/2011, 233 páginas.


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Totus Tuus Coral e a vivência da caridade O Totus Tuus Coral tem como objetivo a evangelização, inclusão e socialização de crianças através da música. Em seu curto tempo de vida, vem encantando e emocionando a muitos com suas vozes angelicais

Com o coração e as vozes voltadas para Deus, esses pequeninos vão também se abrindo aos irmãos e às suas necessidades e promovendo gestos de solidariedade. Apesar da tenra idade de seus integrantes, de 8 a 14 anos, entenderam que Deus se revela nos gestos de solidariedade, porque Deus é amor, e amar é fazer o outro feliz. Com essa consciência, partiram para a ação. Realizamos no ano passado um concerto beneficente no Clube Naval, com renda total revertida para obras de ampliação do orfanato Filhas de Maria, em Planaltina de Goiás. Esse orfanato acolhe crianças órfãs e necessita de muita ajuda. O coral passou um dia nesse orfanato, teve contato com as crianças e sua realidade. O concerto realizado no Clube Naval, além da linda Concerto de Natal beneficente em 19/11/2011 - Clube Naval apresentação das crianças, contou com um coquetel de recepção e um maravilhoso jantar com excelente cardápio. Foi um rico momento de confraternização entre famílias, amigos e colaboradores. Para as crianças, essa atividade despertou-as para a vivência da caridade. O que podemos fazer para ajudar ainda mais - pensaram eles. Isso os levou a promover outras ações de caridade. Estão, no momento, empenhados em uma campanha na Paróquia Sagrada Família, para arrecadar leite em pó para o Orfanato. Essas iniciativas têm partido das próprias crianças. As crianças do coral entenderam que, como cristãos, não podemos ficar fechados em nosso pequeno mundo, mas, se somos seguidores de Cristo, devemos fazer acontecer o mandamento que Ele nos deixou: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 13, 34). Denise Timm

9 de junho

Participe!

Concerto de Outono. Clube Naval de Brasília. Beneficente em prol do Orfanato Filhas de Maria. Contamos com a presença de todos.

Venha participar deste projeto tão gratificante. Inscrições abertas a novos integrantes para o segundo semestre de 2012.

Totus Tuus Coral Tio Paulo (61) 9983 - 0625 Daniel (61) 8464 - 1549 totustuus.coral@gmail.com www.totustuuscoral.org.br


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Sintonia. Maio 2012

Previna-se contra a gripe no Sabinvacinas.

O Sabinvacinas, empresa do Grupo Sabin, já iniciou a temporada de prevenção à gripe, disponibilizando a vacina contra o influenza A (AH1N1), o AH3N2 e influenza B, seguindo as determinações da ANVISA e da Organização Mundial da Saúde – OMS. É importante lembrar que mesmo quem já tomou a vacina no ano passado precisa renovar a dose. Prevenir é sempre melhor! Nossas unidades: • 516 Norte - Ed. Carlton Center • Guará II - QE 40 • Shopping Quê - Águas Claras • Sudoeste - QMSW 05 • Taguatinga Sul - QSA 02

C e n t ral d e at end i ment o: 61 3329 .8 000 www.sabinvacinas.com.br Dra. Ana Rosa dos Santos, Infectologista, CRM 6021-DF - Dr. José Gastão da Cunha Neto, Patologista Clínico, CRM 11924-DF - Dr. Alexandre Lima Rodrigues da Cunha, Infectologista, CRM 12881-DF


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