“Revestidos das VESTES
de PROVAÇÃO.”
SUMÁRIO
Apresentação Inicio do Ano de Provação Primeira Prossão Formação Humana Retiro de Admissão Formação Capitulo Conventual Projeto de Vida Vida Consagrada Presença Fraterna do Frei José Antônio Vida de Trabalho Terço Rural Carnaval Quaresma Passeio da Fraternidade Passou por aqui Noviço do Mês Espaço Cultural
03 04 05 06 09 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 21
Ao pensarmos na logo para o Informativo do Noviciado 2018 buscamos reunir aquilo que marca a vida franciscana. Foi através da Cruz de São Damião que São Francisco recebeu o seu chamado de ser construtor, construtor de igrejas, de pessoas e de uma nova era. Devemos estar sempre com os olhares voltados para a cruz, pois é através dela que buscamos forças para superar as diculdades deste nosso ano de provação. Em seu centro se encontra Francisco, nosso pai seráco, a quem buscamos com seu exemplo alcançar a perfeição pedida por Deus. Ao seu redor os pássaros representando as três entidades que compõem nosso noviciado comum. É o próprio Francisco que acolhe seus lhos, e os lança para cumprirem sua missão. Missão essa que pretendemos no noviciado a de dar os primeiros passos, como frades menores, rumo a vontade de Deus vivendo em obediência, sem nada de próprio e em castidade. São esses os votos que desejamos assumir e aqui representados nos três nós do cordão franciscano. Reunindo a cruz, o próprio Francisco, nossas entidades e os conselhos evangélicos, apresentamos nosso registro para o Novi News convidando a você a viver conosco, por meio desse informativo, este forte tempo de noviciado. Deixaremos aqui nossos registros de fotos, notícias e fatos marcantes do nosso dia-a-dia como noviços da Ordem dos Frades Menores do ano de 2018.
Frei Dalton Rodrigues Machado, OFM.
“Se alguém, por divina inspiração, querendo aceitar esta vida, vier aos nossos Irmãos, seja recebido benignamente por eles. [...] Conceda-lhe o Ministro, por um ano, os panos da provação.”(RnB 2,1.8)
No último dia 3 de janeiro 10 irmãos receberam as vestes da provação no Noviciado Comum. Estavam presentes os Ministros das 3 entidades que compõem a fraternidade comum, e ainda diversos frades oriundos de diversas partes. A celebração, simples e bonita, aconteceu às 10 horas da manhã, no claustro interno do convento Santíssimo Nome, num rito reservado somente aos Irmãos. A cerimônia foi presidida por Frei Marco Aurélio (Ministro Provincial da Província do SSMO Nome de Jesus do Brasil), já a pregação foi feita por Frei Rogério Viterbo (Custódio da Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora). O mestre de noviços, Frei Bruno Scapolan, abençoou os hábitos e os entregou nas mãos de cada noviço. A vestição foi feita individualmente, onde cada noviço foi vestido por um ou dois frades de sua escolha. Após os ritos formais todos foram para o jardim externo para a sessão de fotos e em seguida para o almoço, onde estavam presentes alguns benfeitores e familiares dos noviços que estavam nando o ano da provação.
Frei Carlos Antônio Pereira, OFM.
04
Primeira Prossão dos Noviços – turma 2017 Frei Carlos Antônio Pereira, OFM.
“Terminado o ano de provação, sejam recebidos à obediência, prometendo observar sempre esta Vida e Regra.” (RB 2,12)
Enquanto a festa pela manhã era pelos irmãos que estavam iniciando o noviciado, à noite a vez foi dos noviços que estavam terminando o ano de provação. Na Eucaristia que iniciou-se às 19:30, na Igreja Mãe de Deus de Catalão/GO, 6 irmãos professaram pela primeira vez os conselhos evangélicos, a Vida e Regra dos Frades Menores e foram recebidos à obediência por seus respectivos Ministros. A celebração foi presidida por Frei Marco Aurélio Aurélio (Ministro Provincial da Província do SSMO Nome de Jesus do Brasil), e a pregação feita por Frei Flaerdi Valvasori (Custódia da Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus). A animação dos cantos cou por conta de alguns frades e aspirantes da Província do SSMO Nome de Jesus do Brasil. A celebração foi solene e simples, a igreja estava repleta. Fizeram-se presentes: frades, religiosas, familiares e o povo de Deus presente em Catalão. Após a missa todos foram convidados para um jantar servido no salão paroquial.
05
FORMAÇÃO HUMANA E SUA IMPORTANCIA Parte I Doutor Artur Vandré Pitanga Psicólogo da Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil À toda a fraternidade no noviciado em Catalão, Paz e Bem! O mundo é um lugar formidável. As experiências que o universo nos proporciona são quase inexplicáveis. Há um mistério que permeia a vida. Isso é intrigante. Nos cabe pensar, o que estamos aprendendo e ensinando nesse mundo? No presente artigo (parte I de II) pretendo reetir brevemente sobre formação humana no Noviciado, apoiado na experiência do acompanhamento psicológico. Escrevo também sobre a “vida humana no planeta”. São temas, aparentemente desconexos e difíceis. Tentar i ntegrá-los aqui em poucas linhas será um desao. Para tanto, convido para os primeiros passos, a uma reexão sobre o planeta Terra, inspirada pelo astrônomo Carl Sagan 1: “para nós, no entanto, ela [a Terra] é diferente. Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, “superastros”, “lideres supremos”, todos os santos e pecadores da história da nossa espécie, ali – num grão de poeira suspenso num raio de sol”. Vivemos em um planeta muito pequeno, comparado a outros planetas e a vastidão insondável do universo, com seus bilhões e bilhões de estrelas e incontáveis galáxias. Alimentado pelos raios do “irmão Sol”, esse mundo nos abriga, oferecendo todas as condições favoráveis à vida. Ao que posso compreender dessas reexões de Carl Sagan: o mundo é um lugar de experiências e aprendizados constantes para o ser humano. Ao meu ver, São Francisco de Assis, semelhante a Sagan, oferece uma reexão profunda sobre a vida, a partir do seu Cântico do irmão Sol ou Louvores das Criaturas,
1
Trecho do livro escrito por Carl Sagan de 1996, “Pálido ponto azul: uma visão do futuro da humanidade no espaço”, São Paulo, Companhia das Letras, página 31.
06
apresentando os elementos materiais e espirituais que dão sustentação a vida humana. Um trecho2 conhecido por nós, para ilustrar: (...) “Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas no céu as formaste claras e preciosas e belas. Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento, e pelo ar e pelas nuvens e pelo sereno e por todo o tempo, pelo qual às suas criaturas dás sustento. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água que é muito útil e humilde e preciosa e casta. (...) Interessante perceber o “encontro losóco” entre uma perspectiva cientíca moderna e uma perspectiva espiritual medieval, haja vista que ambas partem de uma reverencia emocionante ao palco da vida, a Terra. Se para Sagan a Terra é um pálido ponto azul, podemos dizer que para São Francisco a Terra seria a “Porciúncula do Universo” , a nossa pequena casa comum. Nesse lugar, que a humanidade tece a sua História e busca sentido para sua existência. A vida em nosso lar cósmico, depende de cuidados que devemos ter uns com os outros. Sendo assim, o ser humano tem sua base existencial no (com)partilhar, ou, “partilhar o que o mundo nos oferece com os outros”, partilhar a vida, propriamente. A partilha da vida, no “contexto-mundo” nos incentiva, a princípio, a pensar em “formação humana”. A vida partilhada no dia a dia, no itinerário do ser humano, depende do que ensinamos e aprendemos uns com os outros. Aprender sobre o que envolve a vida na Terra e a olhar ao redor e perceber a natureza e sua diversidade é, sobretudo, conhecer uma parte signicativa de nós mesmos, nossos pensamentos, sentimentos e razão de ser. Nesta presunçosa reexão, por hora inconclusiva, penso que o tempo de noviciado e o recolhimento que ele oferece proporcionam condições especiais de reexão sobre a vida. Considerando que a vida moderna liquida e sua fúria por consumo nos privam cada vez mais de pensarmos com calma sobre nossa existência e o que devemos ser para os outros e com os outros. O noviciado pode ser um tempo de busca de compreensão da relação entre contexto-mundo e sentido de existência e espiritualidade. A partir dessa relação complexa, surge questões comuns entre os noviços, como por exemplo: “o que eu estou fazendo aqui?”. Analisando a questão, o “eu” é parte do ser, sua história, memórias, vocação; o “aqui” é o contexto de interação, a natureza, as pessoas ao redor. Arrisco então uma reposta a essa pergunta: pode ser que esses homens estejam entrando seriamente em contato com a vida interior, aprimorando o autoconhecimento e a espiritualidade. Estão em (con)vivência, vivendo e sofrendo com outros. Estão aprendendo e ensinando com outros. Estão “vivendo suas vidas.”
2
Trecho re rado do livro “Fontes Franciscanas e Clarianas”, tradução brasileira de 2004 , da editora Vozes (Petrópolis) e Família Franciscana do Brasil, página 104.
07
Claro, a reposta é relativa, “pode ser que esses homens...”, pode ser, pois se trata de uma decisão pessoal do noviço. Essa decisão de aprofundamento e abertura de percepção para o mundo e para si mesmo tem como base sua busca de intimidade com Deus, sua história de vida e compaixão. Após 10 anos que tenho acompanhado jovens vocacionados, a formação do aspirantado, postulantado, noviciado e pós noviciado, entendo que a psicologia, inserida na formação dos frades, deve ajudar o formando a ver/observar melhor. O “ver/observar” signica a busca de compreender e sentir a relação complexa entre pessoa humana e mundo. Compreender de maneira cada vez mais clara as motivações, as diculdades, o crescimento pessoal, o orecer da espiritualidade ativa, que começa na interioridade das reexões silenciosas (orações e meditações) e alcança a convivência fraterna (estar e cuidar dos outros). Formação humana é levar o noviço do ver/observar ao contemplar. Podemos entender o contexto-mundo como Sagan e São Francisco entenderam? Podemos nós repetir aquelas contemplações profundas? Arrisco dizer que sim. O mundo em que vivemos é tão mundo como um dia foi para eles. Nossa casa comum, que devemos sempre cuidar. Portanto, o acompanhamento psicológico para o frade em formação “avalia” sua capacidade de ampliar a observação, sentir a si mesmo como parte da natureza e, sobretudo, de assumir a responsabilidade de zelar pela vida e bem-estar dos outros. O jovem franciscano no nal de sua jornada no noviciado deve, segundo uma perspectiva psicológica, apresentar uma visão ampla, podemos pronuncia como “visão cósmica” da realidade a sua volta, a partir de um olhar analítico que alcança o mundo, para assim alcançar a si mesmo, numa dinâmica constante de desenvolvimento e aprendizado. Portanto, é na ampliação de olhar que reside a importância do trabalho da psicologia. No próximo artigo (parte II) reito sobre o acompanhamento individual, a compaixão na psicologia moderna e a convivência saudável entre franciscanos (fraternidades locais) como princípios de equilíbrio emocional na vocação. Desejo que Deus motive a cada um de vós ao alcance dos mais nobres sonhos, com trabalho, coração reto e amor.
08
Retiro de Admissão Frei Túlio de Oliveira Freitas, OFM
O itinerário do primeiro retiro do Noviciado neste ano de 2018 se deu entre os dias 15 e 19 de janeiro. Iniciamos este tempo privilegiado de recolhimento entendendo o quão fundamental é o ano de Noviciado para a vida da Ordem, podendo ser comparado com o coração de nossa vida franciscana, a partir de onde o carisma será pulsado na vida de cada consagrado durante todo seu caminho. Fez-se imperativo o esforço de perceber, nesse sentido, a formação não como blocos multifacetados, os quais estariam para ser conquistados ou concluídos ao m da cada “etapa”. Pelo contrário, embrenhamos na formação em seu sentido mais integral possível enquanto um projeto de vida inteira. Daí a importância e o cuidado que cada irmão vocacionado precisa prestar em cada momento de sua jornada, por estar se tratando de um tempo determinante para todo o seu futuro de consagrado. A intensidade destinada a cada passo do caminho formativo é vital para a qualidade da vida consagrada. Não dissonante da formação como um todo, o retiro conta com irmãos intermediários que podem colaborar com o exercício a ser desenvolvido, mas se trata muito mais de uma determinação pessoal de entrega, sacrifício e disposição para o Espírito, o condutor por excelência do tempo de retiro e da vida consagrada. Dessa consciência nasce o apelo para que cada frade deixe-se gerar pelo Espírito no próprio útero de Deus, lugar em que o silêncio é a mais cortante, confrontadora e poderosa voz a ser ouvida. Tudo que é denitivo nasce do silêncio, seja a vida, a morte e a vocação. Do silêncio das águas sobrevoadas pelo Espírito, a criação se torna fato. Do silêncio do útero de Maria, escolhido por Deus, o Verbo se faz Carne. Também o consagrado é gestado no silêncio, para que sua palavra e decisão se façam sagradas. Durante os dias de retiro começávamos cada colóquio aprendendo e entoando o Veni Creator, canto gregoriano, do monge alemão Raban Maur, do nal do milênio primeiro da era cristã. Nele está uma das mais completas sínteses teológicas ocidentais sobre o Espírito Santo. Além de ser, enquanto entoado, um exercício de audição, educação e elevação de si à sintonia na da graça divina. Nas palavras de Santo Ambrósio, o Espírito é o que, no projeto divino, torna o caos ordem e plenitude. Assim se dá na criação e assim se dá em cada pessoa levada à conformação livre à vontade de Deus. Retiro é passagem do caos aos cosmos! É deixar, segundo padre Amedeu Cencini, que cada realidade nossa, da mais agradável à mais escura e dolorida seja visitada pela graça e pelo propósito de conformação aos sentimentos do Filho (cf. Fl 2, 5).
Temos diante dos olhos o primeiro gesto do Filho, o esvaziamento de si. Vocação não é realização pessoal ou conquista de felicidade em primeira instância, mas é aprender antes de tudo, a fazer a vontade do Pai e buscar seu Reino e sua justiça, tudo mais virá, pois, em acréscimo (Cf. Mt 6, 33). Adentramos inevitavelmente no campo da fé. O Retiro é exigente, se visto na ótica de uma pergunta séria pelo crer ou não crer em Deus, isto é, cada frade menor, portanto, se encontrando diante de um ato decisivo e misterioso de toda a vida. Na fé está a possibilidade concreta da vida franciscana, sem aquela, podemos ser chamados do que se quiser, mas não consagrados segundo o carisma de Francisco. É um salto no abismo, não pela certeza de onde se vai parar, mas por Quem nos pede para que nos joguemos, Deus mesmo.
09
Como passo seguinte fomos levados a colocar rmemente os pés na opção fundamental de Francisco, o seguimento de Jesus, enquanto regra evangélica primeira de nossa Ordem. Em Francisco, tudo se torna epifania de Cristo (Cf. LM 9, 2). O seu seguimento é bastante prático e advindo primordialmente do coração. O seguimento franciscano passa pelo coração. As palavras de Jesus não são frias certezas da inteligência, mas sim emoções encarnadas de um coração conhecedor do Pai e da realidade de seu povo. São Espírito e Vida! O frade assume, segundo a inspiração de Francisco, as virtudes necessárias e próprias de seu modo de vida; nos debruçamos sobre algumas delas, como a minoridade (“nosso nome de batismo” enquanto frades menores), a coragem da doação cotidiana, a oração, o trabalho, a missão, a paciência, a obediência, a boa vontade, o estudo, a criatividade e o cultivo do artesanal e lúdico (como Francisco, o menestrel de Deus, apresentado em Raul Manseli). Tudo reetido num sentido litúrgico de que é nesse ambiente todo próprio de nossa vida franciscana que a vida se faz Liturgia e ato de adoração e reverência ao Pai. Liturgia, nas palavras de Bento XVI, não é ato de iniciativa humana, mas é o lugar em primazia em que Deus mesmo revela o modo da Liturgia - louvor acontecer. O altar da Eucaristia se estende para cada canto do Noviciado e da vida consagrada como um todo. Aos noviços e Coetus, meu sincero agradecimento pelo generoso empenho nestes dias de Retiro, tão caros a mim. Foi muito importante e bonito estar com vocês! Recebam minhas preces fraternais. Atenham-se a Deus, o continuador da obra por Ele começada.
10
Nossa Experiência sobre a Formação para o Capítulo Conventual Frei Ronildo Arruda, OFM.
Assim, após os Frades Noviços celebrarem seu Retiro Admissional, Retiro assessorado por frei Túlio Freitas, frade missionário em Goiânia, e acadêmico de teologia, entre os dias vinte e dois a vinte e cinco de janeiro, tivemos a formação sobre o Capítulo Local, sua estrutura e como o celebramos no Noviciado, e quais dimensões de nossa vida pessoal, humana, cristã, fraterna e franciscana esperamos trabalhar. Recordando que o Capítulo Local é uma estrutura (reunião) fraterna muito bonita de celebração da vida e dos trabalhos da Fraternidade. No primeiro dia reetimos sobre a dignidade, liberdade, carismas e dons da pessoa e da fraternidade a partir das dimensões: vida fraterna, comunhão e missão. Vida Fraterna que gera um espírito familial de conança, solidariedade, aceitação de si e do outro; Comunhão a partir da comensalidade fraterna ensinada por Jesus: Lc. 22, 14 – 23; Missão que é cultivar nossas virtudes fraternas e pessoais: amor e alegria, paz e longanimidade, benignidade e bondade, delidade e mansidão, e autodomínio (Gl. 5, 22). Segundo dia de formação. Reetimos a necessidade de priorizar nosso projeto de Vida Pessoal e Fraterno; vimos, também, o Capítulo como estrutura forte de gerir e gerar a fraternidade que se une, em Deus, pela consagração dos votos; e o Capítulo Local como: espaço da oração, integração e partilha, tendo todos, no Capítulo, o direito de se manifestar. Reetimos sobre a confecção da pauta capitular, sendo que esta deve ser respeitada pelo direito de fala e de escuta de todos. Vimos que o Capítulo Local deve formatar-se da oração, formação, partilha de vida, e discussão da pauta, planejamento da vida comunitária, e não parar somente em distribuição de tarefas, e revisão de agendas. Claro, o Capítulo se compõe também do recreio festivo como conclusão, e muita alegria. Estudamos o Capítulo Local como uma estrutura que propicia o encontro fraterno para a revisão da vida e a correção fraterna com serenidade, tranquilidade, respeito e benevolência, e gratidão. Retomamos a ideia de Vida Fraterna, comunhão e missão. Estudamos um texto do padre Kerns “Teologia da Vida Consagrada”, e vimos a Vida Fraterna (Evangelia) como Comunidade de Fé, dimensão ligada ao voto de obediência: respeito ao próximo, e diálogo; Comunhão (Koinonia): Comunidade de Esperança: está ligada ao voto de pobreza, e à acolhida ao outro; Missão (Diaconia): Comunidade de caridade: ligada ao voto de castidade: servir o outro. Em nosso terceiro dia de formação sobre o Capítulo Local, o estudamos como espaço para planejamento, execução e avaliação da vida e das atividades fraternas. Também o estudamos como espaço para a Formação vocacional, Formação continuada da fraternidade, e Formação para os ministérios. Tudo isso ligado às dimensões anteriores: Vida Fraterna, Comunhão e Missão. Vida Fraterna como espaço para o seguimento a Cristo, e isso requer de cada Consagrado o despojamento e abertura de coração; Comunhão para a celebração da vida comunitária cotidiana; Missão, sendo a primeira a evangelização da própria fraternidade por meio do perdão, da reconciliação, da gentileza, e da compreensão. Assim, no quarto dia, celebramos as dimensões da pauta capitular (oração, acolhida aos irmãos, formação, avaliação geral da vida, discussão da pauta, e atos conclusivos), vendo o Capitulo como estrutura que tece em nossa vida os laços fraternos de igualdade, solidariedade, e comprometimento com nossa vida, recordando-nos: “Todos vós sois irmãos” (Mt. 23, 8). Em nosso terceiro dia de formação sobre o Capítulo Local, o estudamos como espaço para planejamento, execução e avaliação da vida e das atividades fraternas. Também o estudamos como espaço para a Formação vocacional, Formação continuada da fraternidade, e Formação para os ministérios. Tudo isso ligado às dimensões anteriores: Vida Fraterna, Comunhão e Missão. Vida Fraterna como espaço para o seguimento a Cristo, e isso requer de cada Consagrado o despojamento e abertura de coração; Comunhão para a celebração da vida comunitária cotidiana; Missão, sendo a primeira a evangelização da própria fraternidade por meio do perdão, da reconciliação, da gentileza, e da compreensão. Assim, no quarto dia, celebramos as dimensões da pauta capitular (oração, acolhida aos irmãos, formação, avaliação geral da vida, discussão da pauta, e atos conclusivos), vendo o Capitulo como estrutura que tece em nossa vida os laços fraternos de igualdade, solidariedade, e comprometimento com nossa vida, recordando-nos: “Todos vós sois irmãos” (Mt. 23, 8).
11
Projeto de Vida Frei Bruno Alexandre Scapolan, OFM.
“Conheço meus projetos sobre vocês – oráculo do Senhor – são projetos de felicidade e não de sofrimento, para dar-lhes um futuro e uma esperança”. (Jr 29, 11)
Em tudo o que fazemos em nossas vidas é preciso parar e organizar. Deste modo, nesta etapa do noviciado o noviço é também chamado a reetir sobre a sua vida, considerando o seu passado, presente e futuro. Neste exercício ele descobre que não está estagnado, está num processo de transformação e crescimento. Mas para ajudá-lo ainda mais neste processo é necessário que ele esclareça os seus sonhos, suas metas e motivações. Busque compreender tudo isso à luz da vontade de Deus, que anseia pela nossa felicidade. Para isso, é preciso parar e organizar os passos para se chegar aonde se quer. Um dos meios para tal é a elaboração do Projeto Pessoal de Vida (PVP). O PVP é o esforço diário em conduzir a vida da melhor maneira possível; fazendo escolhas e delineando caminhos; denindo ações sólidas que permitam o desenvolvimento de todas as potencialidades. Para isso é indispensável um honesto encontro consigo mesmo, com a própria verdade e com a realidade que nos cerca. Por isso o noviço fará a organização das várias dimensões da sua vida (pessoal, interpessoal, mística e capacitação), motivado pelo ideal cristão, procurando cultivar suas propostas e valores, segundo a vontade de Deus, considerando a situação na qual se encontra e denindo passos bem sólidos a serem dados durante esta etapa. Sendo assim, o ideal será mais bem vislumbrado e o que for necessário ser feito para atingi-lo será estipulado e colocado em prática, fazendo com que o noviço possa amadurecer na sua totalidade, conforme a vontade de Deus.
12
!
LE GR IA
A á h
O Papa Francisco em sua carta apostólica às pessoas consagradas para a proclamação do Ano da Vida Consagrada (21/11/2014), disse: ‘‘Onde há Consagrados, há alegria! Pois é o Espírito Santo que nos dá alegria’’. O santo padre nos diz, também no mesmo documento, que os consagrados têm a chance de retornar o caminho da alegria dos fundadores, cujo ideal era Cristo e aderir a ele, podendo dizer como Paulo:' Para mim, viver é Cristo'(Fl 1,21). Caros confrades, neste dia dois de fevereiro, celebramos o dia da vida consagrada. Que o Senhor nos abençoe nesta nossa missão de uma vida da qual transparece a alegria e a beleza de viver o Evangelho e seguir a Cristo!
Frei Maicon Custódio, OFM.
13
Presença Fraterna de Frei José Antônio Frei Maicon Custódio, OFM.
Do dia 03 de janeiro à 03 de fevereiro, esteve em nossa fraternidade Frei José Antônio Alves de Souza, que atualmente reside na fraternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Garça, SP. O objetivo de sua estadia foi o tempo de retiro em vista de sua prossão solene que ocorrerá em Franca no dia 05 de julho deste ano. Durante os dias que este no noviciado, Frei José partilhou sua vida, sua presença fraterna e seus dons na labuta. Para encerrar este período de sua visita, no dia 2 de fevereiro, houve um recreio festivo de despedia, e também pelo dia da vida consagrada. No dia 3, logo pela manhã ele retornou a sua fraterenidade.
14
VIDA DE TRABALHO
“E Eu trabalhava com as minhas mãos e quero trabalhar. E quero rmemente que todos os outros irmãos se ocupem num trabalho honesto...” (test. 5) Durante o dia 08 de Fevereiro ouve o abatimento de frangos e um porco, contamos com a ajuda dos benfeitores. E dia 12, também de fevereiro, aconteceu a pamonhada, além dos benfeitores, também nos ajudaram a fraternidade de irmãos que residem em Marilia, que estava presente.
Frei Matiel Oliveira Bernabé, OFM.
15
Terço Rural Frei Vanderlei de Castro e Silva, OFM.
Uma maneira bonita e orante de fazermos fraternidade, além do nosso convento, é o terço rural, que por meio de tal devoção nos uni aos colaboradores e irmãos do núcleo rural a rezarmos juntos. No dia 07 de fevereiro tivemos a nossa primeira experiência com a religiosidade popular. Para dar inicio aos terços da roça, Frei Neuzimar presidiu uma santa missa na casa da Dona Valdir e do Seu Orlando. Foi uma noite de nos apresentarmos como os novos noviços que durante todo o ano estaremos unidos a eles e de conhecer alguns dos vários que contribuem com nossa vocação por meio da oração e dos gestos de generosidade. Ao nal foi um animado momento de confraternização como uma deliciosa janta ao som da sanfona do Seu Divino.
16
Frei Sebastião Olimpio de Sá, OFM.
O carnaval, dias festivos que antecedem a quarta-feira de cinzas, foi celebrado em nossa fraternidade com um recreio festivo que contou com a presença de alguns frades do pós-noviciado da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, aspirantes e postulantes da Província do Santíssimo Nome de Jesus, os formadores das respectivas etapas de formação, nosso vigário paroquial, Frei Sebastião Queiroz e os frades de nossa fraternidade do noviciado. Foi um momento especial onde reinou a alegria contagiante de estarmos juntos como irmãos, a descontração nos momentos das apresentações culturais, e uma deliciosa refeição preparada pelos noviços em parceria com nossos benfeitores. Foi um momento de confraternização enriquecedor onde cada um pode contribuir com seus dons para que fosse ainda mais bonita nossa noite.
17
QUARESMA Frei Sebastião Olimpio de Sá, OFM.
A Quaresma, tempo forte de conversão, de penitência e reconciliação com Deus, iniciou-se em toda igreja com a celebração da quarta-feira de cinzas. Em nossa fraternidade a celebração das cinzas foi presidida pelo secretário de formação e estudos da Província do Santíssimo Nome de Jesus, Frei Jair da Cruz, e contou com a presença dos postulantes e aspirantes da mesma Província e com os frades do pós-noviciado da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, e alguns membros da comunidade Nossa Senhora Aparecida, nossos vizinhos.
Que nesse tempo da Quaresma, e tempo de provação saibamos voltar nossos corações para o Cristo que está vivo e atuante em sua Igreja, Igreja que clama por segurança e desaa a cultura de violência que oprime os lhos de Deus.
18
o i a d e s s Pa DE
A D I N R E T A R F
No dia 22 de Fevereiro, a fraternidade realizou um passeio no sitio Flor-do-Ipê, tento como atração o passeio de Caiaque e de canoa numa pequena represa. A equipe de cozinha fez um belo almoço com churrasco... E assim, nos divertimos muito com as brincadeiras e com o humor dos irmãos. Frei Rafael Mello Luciano da Silva, OFM.
19
Passou por aqui: Ÿ O Ministro Provincial da Província do Santíssimo Nome de
Jesus, Frei Marco Aurélio, fez sua visita canônica aos noviços; Ÿ
Deram-se inicio a formação humana com o psicólogo Artur Vandré. O mesmo estará acompanhando os noviços periodicamente;
Novos Moradores da Casa
Ÿ Na ausência do Frei Neuzimar, que esteve de férias o
vigário paroquial, Frei Sebastião Queiroz, nos ajudou presidindo algumas missas conventuais, nas quais muitas delas tivemos a participação do pessoal da cidade e da zona rural; Ÿ
Frei Túlio, da Província do Santíssimo Nome de Jesus, esteve durante uma semana assessorando o Retiro de Admissão aos noviços;
Ÿ
Tivemos a visita de três irmãs da OFS, a irmã Célia de Catalão e as irmãs Francisca e Helena do Distrito Federal. As irmãs aproveitaram a visita e almoçaram conosco;
Ÿ
O Frei Israel Cardoso, da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, que atenderá como assistente espiritual, deu inicio às conversas individuais com cada noviço dando uma pequena formação na parte da manhã, referente a esse trabalho que exercerá durante todo o ano;
Ÿ
Durante os dias do feriado de carnaval, tivemos a oportunidade de receber em nossa casa de noviciado comum, os confrades de nossas duas entidades: Custódia Franciscana do Sagrado Coração e Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil. Os da Custódia, vieram de Marília-SP e os da Província, com eles vieram os Postulantes e Aspirantes para fazer um retiro admissional dos formandos. No entanto, mantiveram conosco o convívio fraterno, que nos foi de grande relevância, por enaltecer sempre a fonte do carisma, elevando o sentido de sermos irmãos à exemplo de nosso Pai Francisco;
Ÿ
O Secretário de Formação da Província do Santíssimo Nome de Jesus, Frei Jair da Cruz, aproveitou de sua vinda para o retiro com os Aspirantes e Postulantes e conversou individualmente com cada noviço de sua entidade;
Ÿ
Nosso mutirão de trabalho, além dos frades do pósnoviciado da Custódia do Sagrado Coração, tivemos a ajuda de nossos benfeitores e amigos.
O cachorrinho Pitoco veio alegrar ainda mais a nossa Fraternidade e causar ciumes nos outros dois, Leão e Bobi, já moradores da casa. No inicio foi só o estranhamento, mas hoje são melhores amigos.
O Chico também ganhou um amigo, o Nenê com todo o seu estilo e glamour veio trazer mais alegria a nossa fraternidade.
20
NOVIÇO DO MÊS
Frei Dalton Rodrigues Machado, OFM. Frade da Ordem dos Frades Menores da Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil. Nasceu em 08 de janeiro de 1992 na cidade de Luziânia-GO. Filho de Dalton do Espirito Santo Machado e Amélia Rodrigues de Almeida, sendo o lho caçula. Antes de entrar na Ordem ingressou na Universidade de Brasília (UnB) cursando arquitetura e Urbanismo. Iniciou sua vida na igreja desde muito pequeno na pastoral da liturgia, acolhida, catequese e coroinha. Passou toda a sua juventude envolvido com o encontro Segue-me. Encontro esse na qual amadureceu e colocou em praticas seus dons e aptidões a serviço da igreja e do próximo. Conheceu o carisma franciscano por meio das Irmãs Franciscanas da Divina Misericórdia, no ano de 2016. Em um acampamento preparado por elas teve a oportunidade de conhecer os frades dando inicio ao seu processo de discernimento vocacional. Ingressou no Noviciado Comum em Catalão, no dia 03 de janeiro do ano de 2018.
Seja nosso BENFEITOR: REZE POR NOSSA VOCAÇÃO UMA AVE-MARIA.
Venha conhecer nosso carisma e nossa espiritualidade: Participe do encontro ‘‘AMIGOS DO NOVICIADO’’, todo Primeiro Domingo de cada mês, das 14h às 17h na fazenda do noviciado.
PAZ e BEM!
ESPAÇO CULTURAL Trilha do destino Caminhante por honra e horas Cheguei assim ao m do trilho Passei a olhar de um lado para outro Buscando o melhor Decidi assim a descer o desladeiro. O medo começou a falar alto Me vi em cima de uma corda bamba Voltar talvez seria mais fácil Mas pensei “que lucro terei se não me aventurar” E assim o z, me aventurei ao descer o declive íngreme” Me apoiava no que podia De tempo em tempo uma pedra caia escorregando em meio as rochas Outras apenas me sustentavam Enquanto isso me aventurava. O medo pode até tentar fazer parar Más não deixei de escalar Desventuras sempre hão de vir Aceitarei com o meu sorriso O maior prêmio seria a conclusão da descida. E chegarei conante até o m Analisando tudo no meu mundinho criativo Um mundo de certezas e loucuras Produzidas por decisões próprias.E agora cabe a quem decidir? Estava perto da chegada e ao mesmo tempo tão distante Será que tomei a decisão certa? Ou ca a quem decidir? Cabe a mim prosseguir? Tudo só depende da forma que darei o primeiro passo Quando chegar a plataforma do destino. Por isso já reetindo nos atos Da história do menino aventureiro Na vida tornou-se um guerreiro Através do seu primeiro passo Que ele deu com tanto cansaço. Embora tenha sido difícil Não deixou-se perder o foco Daquilo que procurou incansável Em meio a trilhos intermináveis, seguiu, seguiu caminhante. E encontrou-se feliz e tornou-se responsável. Por concluir o grande trajeto, com certezas e incertezas Dos seus objetivos completos, desta vida, vida que gira em regresso. Frei Thiago Rodrigues, ofm. 21
Coetus Fr. Bruno Alexandre Scapolan, OFM Frei Neuzimar Santana Campos e Silva, OFM Frei Ronildo Arruda de Souza, OFM Coordenação de Edição Frei Maicon Custódio de Jesus, OFM Revisão Frei Ronildo Arruda de Souza, OFM Design Gráco e Diagramação Frei Dalton Rodrigues Machado, OFM Colaboradores Frei Carlos Antônio Pereira, OFM Frei Maicon Custódio de Jesus, OFM Frei Matiel Oliveira Bernabé, OFM Frei Pedro Antônio Maria, FFI Frei Rafael Luciano Mello, OFM Frei Sebastião Olímpio de Sá, OFM Frei Thiago Rodrigues Pereira, OFM Frei Vanderlei de Castro Silva, OFM