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Jornada Mundial

Educar os jovens... Como? São José Marello sempre desejou que seus filhos espirituais tivessem como objetivo de vida a educação integral da juventude, e a nós cabe uma pergunta: como atualizarmos este desejo? Pág. 10

STA. EDWIGES

Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXII * N. 258 * Junho de 2012

Corpus Christi O pão que desceu do céu é Ele, Jesus. Ele veio na carne para habitar entre nós, para se fazer nosso alimento e nossa bebida de vida eterna. Ele realmente nos dá a sua carne para que nós a comamos para não morrermos para sempre. Pág. 14

Especial

Sagrado Coração de Jesus “O mundo de hoje, com suas lacerações sempre mais dolorosas e preocupantes, precisa do Deus-Trindade, e anunciá-lo é tarefa da Igreja...”

Pág. 03 Especial

Marcos, o Evangelho O Evangelho segundo Marcos pode ser dividido de várias maneiras. Nas divisões são evidenciados os momentos e argumentos que determinam ser Jesus o Messias ou Cristo, e ser o Filho de Deus. Foto: victorugo.com.br

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STA. EDWIGES

Junho 2012

Calendário Paroquial Pastoral 2012

Editorial

Corpus Christi A Festa de Corpus Christi é uma das festividades mais importantes do mês de junho. É celebrada com muita alegria pelos católicos brasileiros, que enfeitam as ruas com tapetes feitos de diversos elementos para que o Corpo de Cristo passe em procissão. Mas além do lado festivo da solenidade, é preciso nos aprofundar com seu significado, onde é recordado nesta data, o sinal perpétuo que Cristo nos deixou: a Eucaristia. A Adoração Eucarística é uma prática cristã, mas além desta importante admiração pelo Cristo, temos que fazer como ele mesmo nos solicitou e assimilá-lo de forma completa. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. (João 6,56-57) Conheça um pouco da história: A solenidade do Corpo de Deus foi instituída no século 12, pelo Papa Urbano 4º em 1264, através da bula “Transiturus”, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal. Existem várias teorias para o surgimento desta festa. Uma delas nos diz que a origem da festa deve-se ao fato ocorrido ao ano de 1247, na Diocese de Liége – Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade as festas e a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese. O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa (Urbano 4º). Porém, o fato que deflagrou a decisão do Papa, e que viria como que a confirmar a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga, colocando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia, durante a celebração da santa Missa, viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século 8). O fato foi levado ao Papa Urbano 4º, que encarregou o bispo de Orvietro a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade. Além desta festividade, o mês de junho é repleto de solenidades e festas, os Santos Juninos, o Sagrado Coração de Jesus e outros. Façamos do mês junho, um grande retiro espiritual de reencontro e formação com o Cristo e a Igreja. Abraços Fraternos

Juliana Sales

AJUNAI (Encontro dominical) Catequese (Novas inscrições) Pastoral dos Coroinhas (Formação sobre paramentos)

Salão Pe. Segundo Santuário Salão São José Marello

9h às 11h 10h30 às 12h 10h às 11h30

7 Qui

Solenidade de Corpus Christi

Catedral Santuário

9h 15h e 19h

8 Sex

Grupo de Canto (Ensaios)

Santuário

20h

9 Sab

Catequese (Novas inscrições) Infância Missionária (Espiritualidade missionária) Grupo de Oração Festa Junina

Santuário Salão Pe. Segundo Salão São José Marello São José Marello

8h às 17h 14h30 às 16h 19h 17h

AJUNAI (Encontro dominical) Pastoral dos Coroinhas (Formação sobre paramentos) Catequese (Novas inscrições)

Salão Pe. Segundo Salão São José Marello Santuário

9h às 11h 10h às 11h30 10h30 às 12h

12 Ter

Pastoral do Dízimo (reunião)

Salão São José

20h

14 Qui

S.A.V. (Adoração Vocacional)

Santuário

20h

15 Sex

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Santuário

15h e 19h

17 Dom

Pastoral da Família (Curso de noivos) AJUNAI (Encontro dominical) Catequese (Novas inscrições) Pastoral dos Coroinhas (Formação sobre paramentos) Pastoral da Acolhida (Reunião)

OSSE Salão Pe. Segundo Santuário Salão São José Marello Salão São José

8h às 17h 9h às 11h 10h30 às 12h 10h às 11h30 16h30

22 Sex

Vicentinos (Preparação de Cestas Básicas) Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo) Grupo de Canto (Ensaios)

Salão São José Marello OSSE Santuário

7h às 10h30 19h30 20h

23 Sab

Vicentinos (Entrega de Cestas Básicas) Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo) Catequese (Novas inscrições) Infância Missionária (Vida de Grupo) Ministros Extraord. da Sagrada Comunhão (Reunião) Grupo de Oração

Salão São José Marello OSSE Santuário Salão Pe. Segundo Salão São José Salão São José Marello

8h às 10h30 O dia todo 8h às 17h 14h30 às 16h 17h 19h

24 Dom

Solenidade da Natividade de São João Batista Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo) Pastoral Missionária (Mutirão Missionário) AJUNAI (Encontro dominical) Pastoral dos Coroinhas (Formação sobre paramentos) Catequese (Novas inscrições) S.A.V. (Reunião)

OSSE A definir Salão Pe. Segundo Salão São José Marello Santuário Salão Pe. Segundo

O dia todo 8h às 17h 9h às 11h 10h às 11h30 10h30 às 12h 16h30

27 Qua

Terço dos Homens (Adoração ao Santíssimo)

Santuário

20h

29 Sex

Grupo de Canto (Ensaios)

Santuário

20h

30 Sab

AJUNAI (Encontro Especial) Catequeses (Novas inscrições) Infância Missionária (Realidade Missionária) Grupo de Oração (Celebração da Eucaristia)

A definir Santuário Salão Pe. Segundo Santuário

A definir 8h às 17h 14h30 às 16h 19h

3 Dom

10 Dom

julianasales@santuariosantaedwiges.com.br

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São Paulo Região Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

Responsável e Editora: Juliana Sales Diagramador: Ronnie A. Magalhães Fotos: Gina e Arquivo Interno Equipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Rafael Carvalho

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: jornal@santuariosantaedwiges.com.br Conclusão desta edição: 31/05/2012 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares. Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111


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Especial

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Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós No dia 15 de junho celebraremos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, dia da “Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes”

O Santo Padre o Papa Bento XVI convida-nos a iniciar o “Ano da Fé” em 12 de outubro próximo através da “Carta Apostólica Sob Forma de Motu Proprio Porta Fidei.” Esta iniciativa está vinculada à recordação dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, ocorrido em 11 de outubro de 1962, ao vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, acontecido em 11 de outubro de 1992, e ao início da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, em outubro próximo, no Vaticano, em Roma, com o tema “Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”.

mos em condições de impactar e comover novamente o mundo com o anúncio da natureza do amor de nosso Deus nas Três Pessoas Divinas, que a exprimem e que nos envolvem em sua própria vida”, afirma o Cardeal Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero, ao convocar a Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes. Para esta missão precisamos de sacerdotes santos. “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”(1 Ts 4,3). Este convite é para todos, sobretudo para o sacerdote, pois ele é ministro da santificação: “não podemos santificar-nos sem trabalhar pela santificação dos nossos irmãos, e não podemos trabalhar pela santificação de nossos irmãos sem que primeiro tenhamos trabalhado e ainda trabalhemos em nossa própria santificação”, afirma o Cardeal Mauro Piacenza.

A celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus é ocasião oportuna para pedirmos a Deus: que as conclusões do Vaticano II sejam acolhidas como “uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa, uma força para a renovação sempre necessária da Igreja”; que o Catecismo da Igreja Católica seja usado como “norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial”; para que o Sínodo dos Bispos seja “ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé”. Vivemos um drama singular, o esquecimento da dignidade humana, a ignorância voluntária de que o homem é capaz de Deus, o abandono de Deus como irrelevante para a vida, ou a sua negação explícita. “As nações já cristianizadas não são mais tentadas a cair num genérico ateísmo (como no passado), mas correm o risco de serem vítimas daquele particular ateísmo que consiste em esquecer a beleza e o calor da Revelação Trinitária”(Cardeal Mauro Piacenza, Carta aos Sacerdotes, 26 de março de 2012). O Concílio Vaticano II, na Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual, 19, afirma: “A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem

A busca da santidade pode recomeçar sempre através da busca consciente do arrependimento e do perdão, mas devemos pedir em nossa oração a santidade para os sacerdotes, para que nos seus corações renasça um “generoso ressurgimento daqueles ideais de total doação a Cristo que estão na base do ministério sacerdotal”. Só assim “eles poderão oferecer ao homem de hoje a dignidade de ser pessoa, o sentido das relações humanas e da vida social, e o objetivo de toda a criação.”

Imagem do Sagrado Coração de Jesus

pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador.” Vivemos a necessidade de uma nova evangelização. Como atingir “todos os homens”, de “todas as gerações”, “todos os povos da terra”, levandoos ao conhecimento, amor e seguimento de Jesus Cristo? “Nenhuma nova evangelização será realmente possível se nós cristãos não estiver-

“O mundo de hoje, com suas lacerações sempre mais dolorosas e preocupantes, precisa do Deus-Trindade, e anunciá-lo é tarefa da Igreja. A Igreja, para executar esta tarefa, deve permanecer indissoluvelmente abraçada a Cristo e não deixarse nunca separar dele: necessita de Santos que morem no ‘coração de Jesus’ e sejam testemunhas felizes do Amor Trinitário de Deus. E os sacerdotes, para servirem a Igreja e o Mundo, precisam ser Santos”(Cardeal Mauro Piacenza).

Dom Tomé Ferreira da Silva

Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo


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Obra Social

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Testemunho A Obra Social Santa Edwiges (OSSE) está presente na vida de muitos da nossa comunidade e com certeza já ajudou várias pessoas e famílias durante estes 44 anos de existência. É com muito orgulho que venho dizer que fui uma destas pessoas que tive a oportunidade de ser ajudado pela Obra Social em dois momentos distintos da minha vida. O primeiro momento foi em 1998, eu tinha 16 anos quando fiz um curso gratuito de informática oferecido pela OSSE em parceria com o SENAI. Nesta época, eu não tinha computador em casa, logo, não tinha muito contato e foi este curso que me ajudou a conseguir o meu 1º emprego e assim, o início da minha vida profissional. Entre os anos de 2003 a 2006, ocorreu este segundo momento. Nesta época eu já trabalhava, e apesar de, com a Graça de Deus, ter sido muito

bem criado pela minha mãe, como ela mesmo diz “em regra de pobre, tivemos de tudo”, ainda assim, não conseguíamos arcar com as despesas de uma faculdade. Nessa época, ainda não existiam os programas de bolsas do governo que existem hoje, e foi aí que consegui uma bolsa parcial para pagar a faculdade através da Casa da Criança Sta Ângela, que pertence a OSSE. Este projeto é uma ajuda financeira de um grupo de fies da igreja católica na Itália. Desta forma consegui dar mais um passo importante na minha vida e assim, concluir a faculdade. Graças às oportunidades que a OSSE me proporcionou, sou formado em Administração de Empresas, trabalho em uma multinacional, consegui realizar alguns sonhos, casar e ter a minha casa própria. Em forma de agradecimento por toda ajuda que recebi faço trabalho voluntário na

Patrik, seu irmão Jorge, sua mãe Nalva e sua esposa Karina

OSSE, para que também outras pessoas possam receber diversos auxílios como ocorreu comigo. Agradeço primeiramente a Deus pela minha vida, a minha mãe pela criação e dedicação, ao meu irmão, a minha esposa pelo amor e companheirismo e a Obra Social Santa Edwiges por todas as portas que me abriu. Você já recebeu algum tipo de ajuda pela OSSE e seus projetos? Já foi um bolsista, assim como eu? Disponibilize algum tempo e venha ser voluntário na OSSE!

Patrik Ernane de Souza Assessor da Pastoral da Crisma, voluntário na Obra Social Santa Edwiges e participante ativo da comunidade há 18 anos.


Nossa Santa

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Modelo de coração confiante no coração e na cruz de Jesus Cristo! As relações de Santa Edwiges e de Santa Gertrudes no Coração de Jesus nos ensinam que, enquanto não mudarmos o nosso coração na semelhança com o de Jesus, estaremos longe do Reino de Deus. É preciso sempre confiar no Coração generoso de Jesus fonte divina e abundância de dons espirituais Estamos no mês de junho e, belissimamente, comemoramos e celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Tal celebração ocorre na sexta-feira depois do 2º (segundo) domingo de Pentecostes, este ano a 15 de junho. Nossa padroeira, Santa Edwiges, podemos dizer, foi particular devota do Sagrado Coração de Jesus, pois, foi n’Ele que depositou todas as suas esperanças e aflições, obtendo por merecimento de graça as mais copiosas bênçãos de nosso Senhor Jesus Cristo. Quando rezamos a Ladainha de Santa Edwiges nos deparamos com duas fortes expressões: Santa Edwiges, modelo de coração confiante... Santa Edwiges, fiel discípula do crucificado. A Santa dos poloneses tinha realmente uma fé insuperável no Salvador da humanidade. Mas, o que isso pode nos ensinar? Gostaria, nestas poucas linhas, aliar as virtudes de Santa Edwiges com uma santa muito particular, que anos depois da morte de nossa padroeira veio ao mundo e desde os 5 (cinco) anos de idade foi confiada e consagrada a Deus: Santa Gertrudes de Helfta, celebrada todos os anos no dia 16 de novembro, lembrando que 16 (dezesseis) é o dia votivo de Santa Edwiges. Santa Gertrudes de Helfta, (1256-1302) foi a primeira propagadora da Devoção ao Sagrado Coração de Jesus, principalmente na forma e expressão da “junção dos corações”, o dela com o de Cristo, portanto, o nosso coração com o Coração de Cristo. Não tanto da reparação, mas sim da experiência direta na inserção junto do Coração de Jesus, esta santa nos exercita àquilo que Santa Edwiges teve com Deus: confiar e ser discípula. Na confiança no Coração de Jesus e em Deus Pai, na graça do Espírito Santo, nossa padroeira pôde vencer tanto as batalhas espirituais como as físicas em sua vida de rainha e padroeira dos pobres e endividados. Por se colocar inteiramente na confiança de Deus, ela pôde rezar pela morte de seu filho na noite mesma da batalha, fazer constantes penitências, orar de modo mais afinco na celebração da Eucaristia. Não por menos, Santa Gertrudes de Helfta tinha uma prática de oferecer a nosso Senhor todos os seus atos e práticas de reza antes da sagrada comunhão eucarística. Edwiges colocava tudo nas

mãos de Deus principalmente os atos de rainha e educadora de sua prole. As duas santas em particular tiveram uma experiência direta com Cristo que, na espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus, podemos nos confiar também: Santa Edwiges foi abençoado por Cristo, da cruz, onde nosso Salvador livra sua mãe direita da haste que a prendia e abençoa Edwiges em todos os seus atos de santidade. Santa Gertrudes viu nosso Senhor, aos 26 anos de idade, depois de afastar-se do fervor da oração por apenas se preocupar em estudar as coisas do mundo. Disse-lhe Jesus na experiência mística: “Provaste a terra com meus inimigos e sugaste algumas gotas de mel entre os espinhos. Volta a mim, e te inebriarei na torrente de meu divino amor” (cf. Revelações de Santa Gertrudes, Livro 1, cap. 1. p.9 – Artpress, São Paulo, 2003.). Isto denota que no Coração de Jesus devemos estar e confiar. Todas as nossas ações, pensamentos, participações e decisões devem estar cone-

xas ao Coração do Salvador, pois, justamente “o coração é o interior do homem, distinto do que se vê... É a sede das faculdades e da personalidade, de onde nascem pensamentos e sentimentos, palavras, decisões e ações. Deus o conhece profundamente quaisquer que sejam as aparências” (Nota da Bíblia de Jerusalém ao livro do Gênesis 8,21). O indicativo de todo e qualquer santo ou santa da Igreja Católica, é o fato de eles e elas viverem o amor de Deus em Jesus Cristo de modo extraordinário em suas vidas, e é isso que outros cristãos de outras denominações não entendem. Não fizeram um culto à sua própria identidade e personalidade, mas amaram a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos (cf. Marcos 12,28b-34). Santa Edwiges e Santa Gertrudes nos ensinam que o nosso coração deve ser o Coração de Jesus, não fosse assim, penso eu que dificilmente seriam atendidas em suas súplicas diárias. Diz um grande artista sacro que, ao fazer um vitral (ver figura) que projeta a silhueta de Jesus com a de Santa Gertrudes, “que enquanto a gente não mudar o coração da gente no coração d’Ele não se renova o homem novo” (Cláudio Pastro, 2007 in http://www.pucsp.br/fecultura/textos/via_da_ beleza/arte_servico_beleza.html). Ao celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, junto dos merecimentos das Santas Edwiges e Gertrudes, o nosso coração será muito mais confiante no discipulado e na missão com o Filho de Deus, se fizermos o nosso coração semelhante ao d’Ele. Rezemos juntos: “Concedei Deus todo-poderoso, que, ao celebrar a solenidade do vosso amado Filho, recordemos com alegria as maravilhas do vosso amor e mereçamos receber desta fonte divina a abundância dos vossos dons. Por nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!” Deo gratias!

Sagrado Coração de Jesus e Santa Gertrudes. Viral. Obra de Cláudio Pastro - Mosteiro das Monjas Cistercienses de Helfta. Alemanha.

Martinho Vagner

martovagner@yahoo.com.br


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Palavra do Pároco

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Confiança em Deus! Caros leitores! Este mês vou falar um pouco do tema da novena de Santa Edwiges, Confiança em Deus. Este é o sexto mês ou o sexto dia, para quem a faz de forma continuada. Por que falar sobre isto, podem me perguntar? O motivo é simples e profundo. Neste mês celebramos grandes e populares santos de nossa Igreja, e se olharmos para a identidade de cada um deles, o elemento que chamará atenção será o que a nossa Padroeira, Sta Edwiges, nos traz como reflexão nesta novena. Celebramos no Brasil as festas de Santo Antonio, São João Batista, São Pedro e São Paulo, Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria. Mas não é somente festa, as origens são mais profundas, é a celebração da vida em comunidade; a felicidade, o encontro e o envolvimento a partir de seus padroeiros, que motivam esta devoção, a qual, as pessoas

confiam, e assim, a tradição é cultivada ao longo dos anos. Confiança é o sentimento de quem confia em algo ou alguém, é uma segurança íntima. Uma pessoa confiante, que crê, tem esperança e segurança do que busca. Pois a confiança traz consigo os elementos da fidelidade, justiça, reciprocidade e verdade. Os Santos e a nossa Padroeira depositaram sua confiança em Deus, em Jesus Cristo e em sua palavra, e estabeleceram uma vida de doação sem limites. O Papa Bento XVI ao propor o ano da Fé, que acontecerá em outubro deste ano, a partir das diretrizes do livro do Catecismo da Igreja Católica, quer nos alinhar neste elemento de vida, o elemento da confiança, que vai firmar na sociedade humana mudanças que brotam da confiança em Deus. E confiando Nele, nós humanos, cresceremos e iremos nos conhe-

cer mais amplamente, sarando as nossas feridas e gerando motivos para acreditar, confiar, esperar sempre mais e melhores respostas de cada homem e mulher da Terra. Teremos respostas mais efetivas para as relações e para a mudança que levará um acalento ao próximo, imagem e semelhança de Deus. Que o exemplo de Santa Edwiges, de ternura e perseverança, de esperança e paciência, nos coloque na celebração desta virtude, confiar, e confiar muito profundamente em Deus. A você que virá ao Santuário ou passará por ele, que os Santos intercedam por você. E se não vier, ao ler este artigo, peça a Deus que Ele te dê Fé e a atitude da confiança.

Pe Paulo Siebeneichler – OSJ

pepaulo@santuariosantaedwiges.com.br

Novena de Santa Edwiges 6º DIA – CONFIANÇA EM DEUS Meditação

Exemplo

Quantas pessoas ficam atemorizadas e cheias de pavor até ao ponto de perderem a confiança em Deus, ao verem os inimigos da Fé ameaçarem de morte a Igreja de Cristo! Os que assim procedem, começam por esquecer as palavras de Jesus sobre o tratamento dado a Ele próprio: “Se tratam assim o madeiro verde, que farão com o seco”? (Lucas 23,31) Depois convém lembrar que Jesus faz das perseguições uma beatitude: Bem-aventurados os que são perseguidos por amor da justiça! (Mateus 5,10). Se Deus permite as perseguições à Igreja, também dá a força e a graça para que a Igreja seja vitoriosa. As portas do inferno não prevalecerão contra ela! (Mateus 16,18) Assim, em vez de tristeza, deve existir é alegria nos corações dos bons cristãos ao defrontarem as tempestades dos tempos de perseguição, porque é a melhor forma de serem provados na pureza da Fé e o melhor meio de alcançarem a bem-aventurança eterna.

As provações de Santa Edwiges não ficaram somente nas tristezas, mágoas e passagens dolorosas provocadas por acontecimentos de que fizeram parte os filhos e o marido. Mas, foram muito mais longe. A santa teve que ver o próprio esposo, que formara espiritualmente pelos seus ensinamentos e exemplos, descer à mais baixa posição que um filho da igreja pode atingir, ou seja a excomunhão. Henrique havia alargado até aos mais distantes limites o âmbito dos seus domínios. Uma sucessão de guerras e outras manobras, julgadas indispensáveis para a sua soberania, tinham levado as fronteiras do estado até próximo de Berlim no lado oriental, elas incluíam a Grande e Pequena Polônia; no ocidental, a Silésia e o país de Lebuska. Sentindo-se tão poderoso, Henrique deixou-se dominar pelo demônio do orgulho, e pretendeu restaurar o antigo “direito de investiduras”. Além do mais, procurou intimidar a opinião católica, deixando de respeitar direitos e liberdades da igreja.

Os Bispos, em consideração à dignidade do duque e por deferência a Edwiges, sempre dedicada e obediente, empregaram todos os meios possíveis para demover o duque dos seus intentos pouco respeitosos para com a hierarquia eclesiástica.


Batismo

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Batismo 29 de abril de 2012 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Meneses Produções Fotográficas Tel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836


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Notícias

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Comunidade realiza encontros de Formação Humana Todos nós, ao nos depararmos com problemas inesperados, tais como as dificuldades nos estudos, as crises existenciais, os problemas de relacionamentos familiares, dificuldades diversas, temos a tendência de nos desesperar e assumirmos atitudes de impaciência total. Num quadro assim, a primeira saída que vem à mente é o desejo de fugir, de desistir de tudo e de todos. Mas a solução não reside aí. Medidas desesperadas não são as mais adequadas. Nessa hora, é necessário paciência e resistência, pois as tempestades não duram

para sempre. E é nesse momento que muitos desistem sem perceberem que estão a um pequeno passo da vitória, pois, persistindo um pouco mais, esse estado de penúria pode se transformar em uma porta de entrada para o sucesso. É nesse contexto, que obter orientação e formação humana torna-se vital e importante para superar as dificuldades. Quem tem um pouco de autoconhecimento, autoestima e maturidade consegue enfrentar melhor as suas crises. Pensando nesta orientação, a Comunidade Nossa Senho-

ra Aparecida iniciou no dia 19 de abril com mais de 57 participantes um bloco de formação humana sob a assessoria do Pe. Bennelson e equipe (Frei, Padres, estudantes de psicologia). Durante cinco encontros, um por semana, os participantes estarão refletindo temas essenciais como autoconhecimento, auto estima, maturidade e mecanismos de defesa. O objetivo da formação é despertar o autoconhecimento para favorecer um bem estar pessoal e social. Muitos homens estão marcando presença na formação, quebrando a aquela ideia de

que só as mulheres precisam de formação. Afinal, quem é gente sempre precisa parar para pensar em suas atitudes e, na medida do possível, mudá-las para favorecer a qualidade de vida para si e para aqueles que estão em sua vida. Quem não participou desse bloco de formação humana na Comunidade N. Sra. Aparecida, terá a chance de participar no segundo semestre na Paróquia Santa Edwiges. Fiquem atentos nos avisos da comunidade, pois serão anunciados os dias e o mês.

Pe. Bennelson Barbosa realiza palestra na Semana de Formação

Semana de Formação propõe temas de auto-conhecimento, bem estar Vigário Paroquial do Santuário Sta Edwiges pessoal e social

Pe. Bennelson Barbosa

Igreja viva, sempre em missão! A conferência de Aparecida (2007) ajudou a Igreja a ter uma nova postura, ensaiando uma grande mudança na sua maneira de ser e fazer. Antigamente tocavam os sinos da Igreja e as pessoas iam para as celebrações, era um costume da época. Hoje a realidade é outra. Não podemos reduzir o nosso trabalho de evangelização em novenas, festa do padroeiro, catequese das crianças, procissões e horários de confissão. Precisamos mudar o espaço físico da paróquia, ou seja, a Igreja precisa estar no meio do povo, ser uma

presença acolhedora e que revele a ternura de Deus. Infelizmente muitos cristãos católicos se estagnaram na missão. Como discípulos e missionários a missão nunca termina, a Igreja é convidada a estar em estado permanente de missão. Na busca para atender esse clamor da Conferência de Aparecida, a nossa Paróquia vive um momento bonito com as missas nas casas das famílias neste último mês. Seguindo as orientações dadas no Conselho Pastoral Paroquial, as pastorais e movimentos vem motivando to-

Comunidade participa das missas nas ruas

dos para participar desta missão. Não é um momento para reunir apenas uma família, um momento para vangloriar, mas é um momento para envolver e incentivar novas pessoas para conhecer a Palavra de Deus. Muitas vezes foram celebradas missas nas ruas por falta de espaço nas casas, revelando o interesse de tantos irmãos e irmãs que desejam escutar a Palavra de Deus. Outro detalhe dessa experiência é que, as missas nas casas iniciaram a partir da terça-feira da oitava da Páscoa, momento que os apóstolos receberam o Es-

pírito Santo do Ressuscitado. A partir desse momento, eles tiveram mais coragem para anunciar e testemunhar a própria fé no Cristo que venceu a morte. E disse-lhes: “Ide ao mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15). É uma ordem que Cristo nos dá: anunciar o Evangelho a todos e em todo lugar. Esta é a primeira urgência da Igreja. Devemos levar a Palavra de Deus aos nossos irmãos que estão sendo constantemente bombardeados por um mundo que prega relativismo, que quer apagar Deus da

Pe. Bennelson distribue a comunhão aos fieis

vida das pessoas. Nós, filhos de Deus, discípulos e missionários de Cristo, movidos pelo Espírito Santo, fazemos parte dessa missão. O objetivo principal de celebrar nas ruas e nas famílias é ir ao encontro dos irmãos e propor uma experiência com Deus por meio de sua palavra, que salva, cura e liberta. E é também uma forma de conhecer as famílias, ou seja, partilhar as alegrias, as dores, para que possamos criar laços de amizade, incentivando a participação na Igreja. As pessoas precisam de atenção; precisam ser ouvidas e precisam falar também, isso contribui para aliviar suas curas interiores. “... imporão as mãos aos enfermos, e eles ficarão curados.” (Mc 16,18b). Deus é quem faz, somos a-penas instrumentos em suas mãos. Que Deus envie o seu Espírito Santo sobre cada um de nós, para que cheios da graça possamos cumprir com eficácia a sua vontade. Sejamos uma Igreja viva, sempre em missão!


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Ordenação Presbiteral Marcelo Ocanha, OSJ A comunidade paroquial do Santuário Sta Edwiges saiu de São Paulo no dia 27 de abril, por volta das 0h com destino ao interior do Paraná, foram 2 ônibus com mais de 80 pessoas. Amigos, paroquianos e conhecidos que tiveram a oportunidade de trabalhar pastoralmente ou de simplesmente conhecer o atual Pe. Marcelo enquanto esteve em nosso Santuário, deslocou-se da nossa selva de pedra e foram em direção da calmaria e grande hospitalidade de uma pequena cidade, para prestigiar e rezar por mais um novo sacerdote. A solenidade começou pontualmente às 18h, contando com a presença de diversos confrades Oblatos de São José, amigos de outras cidades e claro, muitos que ali residem. Após a Liturgia da Palavra, começou o rito da ordenação, o então Diácono Marcelo foi convidado para se apresentar a assembleia e num gesto simbólico despediu-se dos seus pais e avós. O Provincial dos Oblatos de São José, Pe. Neto faz a apresentação ao bispo, informando o nome do candidato e o desejo de ser ordenado. Após a aceitação do pedido, houve uma bela homilia, onde foi apontado o grande exemplo de Sacerdote, Jesus Cristo. Após mais uma confirmação de Marcelo Ocanha, ele prostrou-se no chão em sinal de humildade, nulidade, pequenez, diante da grandiosidade do ofício que iria assumir. A comunidade entoou a ladainha dos Santos e finalmente pela imposição das mãos de Dom Agenor Girardi MSC, Marcelo recebeu o Sacramento da Ordem. Todos os padres que ali se encontravam compondo o presbitério, também colocaram individualmente as mãos sobre a cabeça do ordenando.

Em seguida, o novo padre revestiu dos paramentos sacerdotais: a veste branca; a estola e a casula. Essa “vestição” é feita por seus pais e padrinhos, escolhido pelo próprio recém-ordenado. Outro momento marcante da ordenação foi a Unção das Mãos, onde o Pe. Marcelo Ocanha assume a responsabilidade de agir na Pessoa de Cristo. Ele recebeu as ofertas para serem usadas na sua primeira Missa, concelebrada com o Bispo, repetindo os gestos de Jesus e a função que repetirá durante toda a sua vida sacerdotal. No final da Celebração Eucarística, algumas homenagens foram feitas em nome de todos que estavam ali presentes. E uma singela confraternização aconteceu no salão paroquial, que contou com animação e a formação de uma banda feita pelos jovens do Santuário Santa Edwiges. O Pe. Marcelo Ocanha realizou sua primeira Presidência, no dia seguinte, 29 de abril às 9h. Um dos seus formadores, Pe. Mauro Negro foi convidado a fazer a homilia do dia, onde exaltou a papel do Bom Pastor que cuida de suas ovelhas, seja para acariciá-las, seja para repreendê-las, ele conhece cada uma pelo seu nome e assim deve ser o sacerdote, cuidando do povo de Deus. Após o término da celebração, o Pe. Marcelo Ocanha almoçou com seus convidados e despediu-se daqueles que voltariam para suas casas, alguns para perto e outros um tanto mais distantes, como São Paulo. Foi um final de semana de muitas graças, orações e festa. Mais um novo sacerdote foi acolhido na família Oblata. Agradecemos ao Pe. Laércio de Lara, pároco de Borrazópolis e ao Vigário Pe. Sebastião Dutra e a toda comunidade paroquial pela acolhida e pelo carinho.

Semana Mariana é realizada para celebrar o mês da Mãe Maria Acabamos de vivenciar o mês de maio, mês das mães, mês da NOSSA MÃE! E nada melhor do que celebrarmos o seu mês na comunidade que leva o seu nome. Para tanto, nos dias 07 a 11 de maio, na comunidade Nossa Sra. Aparecida aconteceu uma série de atividade que tinham como objetivo, celebrar e honrar nosso Mãe Maria. Foram terços especiais, grupo de oração, atividades de formação humana, e sempre nesse período a capela estava aberta a partir das 18h30 para que o povo da comunidade pudesse entrar e rezar para Maria, entregando a ela suas dificuldades, alegrias e desafios,

para que tudo ela pudesse entregar a Jesus. Encerrando essa semana, no dia 12 de maio, tivemos a Noite Mariana, que foi celebrada no estilo da Noite de Taizé. Foi uma noite muito bonita, de oração, mantras e encenação, que foi finalizada m a Adoração Eucarística, uma vez que Maria sempre aponta para Jesus. Peçamos a Nossa Mãe que continue olhando por nós seus filhos, para que possamos sempre nos colocar nos caminhos de Jesus.

Frei José A. de M. Neto OSJ - Assessor Pastoral j_neto85@hotmail.com

Pe. Marcelo na Consagração Eucarística em sua primeira missa

Parabéns Pe. Marcelo Ocanha! Continuamos a rezar pela sua vocação e por muitas que devem brotar com seu exemplo.

Juliana Sales

julianasales@santuariosantaedwiges.com.br

52 anos de Paróquia Santa Edwiges No dia 21 de abril de 1960 por Decreto do Arcebispo Carlos Carmelo de Vasconcellos Cardeal Motta, foi criada a Paróquia Santa Edwiges. Após 52 anos é viva a presença do Povo de Deus neste local, que possui todos os privilégios de uma Igreja paroquial, tendo consigo os livros diversos Cartazes das pastorais e movimentos do Santuário das anotações, pia batismal e administração própria em sua sede. E é um templo para o encontro, oração e reunião dos cristãos católicos, além de peregrinação para os devotos de Sta Edwiges. No dia 22 de abril (domingo) aconteceu uma missa solene em ação de Graças pelo aniversário da paróquia e uma singela confraternização no Salão S. J. Marello. Celebrar é preciso, fazer memória de algo é umas das formas de manter viva a história. E além de reviver, é preciso prosseguir, continuar, e foi isto que todos os paroquianos e devotos, junto com o pároco reitor, Pe. Momento de confraternização Paulo Siebeneichler e seus confrades, Pe. Paulo Sérgio e Pe. Mauro celebraram nesta data, tudo o que já foi Juliana Sales feito e vivido neste templo e tudo que está por vir, com julianasales@santuariosantaedwiges.com.br a Graça de Deus e intercessão de Santa Edwiges.


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Jornada Mundial

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Educar os jovens... Como? Neste pequeno artigo, tenho a ideia de alinhar vários eixos que circundam o mesmo assunto: JUVENTUDE. Sempre tendo como foco principal a JMJ 2013. Mas não podemos esquecer que como juventude da província brasileira dos Oblatos de São José, estamos discutindo como eixo temático para o ano de 2012, o tema EDUCAÇÃO. Portanto, nada melhor que alinharmos discussões e ampliarmos nossos horizontes em vista de algo muito importante, a EDUCAÇÃO DOS JOVENS. São José Marello sempre desejou que seus filhos espirituais tivessem como objetivo de vida a educação integral da juventude, e a nós cabe uma pergunta: como atualizarmos este desejo? Primeiramente, ampliando o conceito de educação, pois aqui não falamos apenas da educação formal (bancos escolares, livros, etc), mas também da educação informal, que é aquilo que fazemos com a nossa moçada nas nossas Igrejas, pastorais, etc. E com certeza é o que acontecerá no Rio de Janeiro no próximo ano. Para que essa educação seja eficaz é preciso levar em conta a integralidade do ser humano. Quero partilhar aqui uma frase escrita pelo Irmão Leandro no texto produzido por ele para a VIII Mostra de Dança de São Paulo: “A inspiração que nos vem por meio da educação é que o ser humano, apesar de sua complexa estrutura que envolve conhecimentos, sentimentos, funcionamentos fisiológicos incríveis, processos de adaptação ao meio em que está inserido, é um ‘ser inacabado’” (Texto base da VIII Mostra de Dança de São Paulo). Acrescento ainda uma frase dita pelo grande pensador da educação Paulo Freire: “Onde quer que haja homens e mulheres, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender” (Paulo Freire). A partir disso, temos claro que como seres “inacabados”, os jovens passam por processos de transformação, na qual, com certeza um dos principais aspectos é a educação, seja ela formal, seja informal. Para isso o jovem preciso ser educado de

Jovens em encenação da última Ceia. O incentivo a arte é umas das formas para educar o jovem

forma integral. Para tanto gostaria de apresentar uma possibilidade de formação integral que é vivenciada pela Pastoral da Juventude e pode ser apresentada como uma possibilidade de educação informal para a juventude. A Isso nós chamamos de as CINCO DIMENSÕES DA FORMAÇÃO INTEGRAL. 1. Personalização - Trata-se do conhecer a si mesmo. Assim como a personalidade não é algo estático, depende de fatores biológicos, temperamentais, de caráter e do próprio ambiente em que a pessoa vive. Nessa dimensão, o(a) jovem precisa acolher a própria vida. Procura conhecer-se, aceitar-se, assumir a si próprio, como também tentar desenvolver suas aptidões e qualidades, seus sentimentos e interesses em relação aos outros. É a busca de uma constante resposta existencial: “Quem sou eu?” 2. Integração - É outro passo importante no processo de formação do indivíduo integral. O relacionamento é algo fundamental para o ser humano, em especial para o(a) jovem. Ele(a) sempre entra em grupos, precisa deles para sentir-se gente, importante, útil. Quando trabalhamos com pessoas é sempre bom lembrar que elas são mais importantes que as normas, objetos e coisas. No grupo é oferecido um

espaço para se descobrir, de modo concreto e vivencial, a necessidade de realizar-se como pessoa na relação com o outro. Essa relação gera crescimento, exercita a crítica e a autocrítica como meio de superar-se pessoalmente e colaborar no crescimento dos demais. 3. Teológica Teologal - Que conteúdo passamos? Em que Deus acreditamos? Qual nosso relacionamento com ele? Qual a nossa espiritualidade? Essas são questões contempladas em nossa relação com Deus. Já foi apresentado algo dentro das motivações da PJ: qual é a proposta de Jesus, qual é a Igreja que queremos, quem é o Espírito Santo que nos anima, o novo homem e a nova mulher com os quais sonhamos e qual é a PJ que desejamos construir. Essa dimensão mística deve colaborar para que o jovem cresça em sua fé. Ajudá-lo a ter presente consigo o agir de Deus em sua história, em sua vocação mais profunda de ser filho(a) e irmão(ã), da descoberta de Jesus e da opção em segui-lo; a possuir o discernimento da ação do Espírito nos sinais dos tempos de sua história pessoal, grupal, eclesial e social e do compromisso radical de viver os valores do Evangelho. Aí o(a) jovem descobre a comunidade como lugar para alimentar e celebrar a vida na fé.

4. Conscientização Política - A terceira dimensão da formação integral é a dimensão política. Ela permeia todos os nossos relacionamentos e ajuda a nos organizarmos como grupo. Muito pouco se consegue agindo sozinho. Precisamos do grupo para atingir nossos objetivos e muitas vezes as opiniões não batem. Por isso, tomamos partido daquelas que consideramos melhores. No campo social, a atuação do jovem não é pequena: ONG’s, sindicatos, associações de bairro, partidos políticos, lideranças nas comunidades, grêmios estudantis, União dos Estudantes. 5. Capacitação Técnica - Existe ainda a relação com a ação que chamamos de capacitação técnica. A ela cabe a preparação metodológica para o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação da ação transformadora, para o exercício da liderança e coordenação democrática nos grupos, organizações e também junto às massas. Trata-se de ser profissional, realizando a missão com eficácia. Continue acompanhando os temas ligados a JMJ 2013 e a juventude de forma geral. A formação dos jovens é um apelo da Igreja e de toda a sociedade. Frei José Alves de Melo Neto OSJ - Assessor Pastoral j_neto85@hotmail.com


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Vocações

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A Vocação do Silêncio O convite de Jesus “Vinde e vede” (Jo 1,39) continua ressoando entre nós e deverá ainda ressoar entre as juventudes, esperança da Igreja que confia e espera pelos frutos cultivados. Ser vocacionado (a) hoje é ser um (a) portador (a) de esperança em tempos conturbados. O Papa João Paulo II não se cansava de exortar aos jovens, àqueles se oferecessem de modo generoso e autêntico na vivência cristã. Além do mais, falava-lhes claramente em assumir uma vocação especial no modo consagrado e presbiteral. Atender aos apelos do Mestre que continua a passar em meio dos jovens com o mesmo convite “Vinde e vede” é uma proposta de amor para segui-lo e com Ele permanecer, desfrutar de sua presença, beber de suas palavras, saciar-se de seu pão da vida e por fim obedecer ao “Ide e anunciai” a todas as gentes que o tempo chegou, “a messe é grande e os operários são poucos” (cf. Lc 10, 2). Quero chamar a atenção nesta reflexão à importância da oração, sobretudo na força que dela provém e que todos nós cristão vocacionados tanto necessitamos. Quando falo em oração, refirome a atitude de sair de si para ir ao encontro com Deus, por meio de Jesus Cristo; caminho que nos leva ao Pai. Jesus certa vez ensinou os seus discípulos a orarem quando estes insistiram nesta prática por eles admirada no seu Mestre. Ele então atentou para a simplicidade e sinceridade em colocar-se diante do Pai. O monge e autor Anselm Grün em sua obra “A oração como encontro” no capítulo quatro fala da necessidade de silenciar-se diante de Deus.

Muitas vezes pensamos que a eficácia da oração consiste em falar, repetir, pronunciar fórmulas e esquecemos que o silêncio também é oração e não precisamos temê-lo, como muitas vezes fazemos. Segundo o autor, a oração encontra sua completude no silêncio. Quando assim nos colocamos, existem duas realidades acontecendo simultaneamente, isto é, no silêncio posso escutar a Deus e posso também me tornar um com Ele. É a atitude do grão de areia que se perde na imensidão da onda no mar. É preciso ter claro que Deus tem muito a nos dizer no silêncio, não apenas ouvir a nós em nossas súplicas e agradecimentos, mas pelo silêncio aprendemos a escutar o que Deus quer de nós. Por meio de pensamentos o nosso consciente concentrado e mergulhado na atitude silenciosa de encontro com Deus vai assimilando e compreendendo cada vez mais a Sua vontade em nossas vidas. Dizia Santo Agostinho: “O servo mais fiel é aquele que não procura ouvir de ti aquilo que quer, mas a querer aquilo que ouve de ti.”. Silenciar para ouvir a Deus que fala em nossos corações, eis o desafio do fiel vocacionado. Em sua mensagem para o XVII Dia Mundial de Orações pelas Vocações, João Paulo II dirigiase aos jovens exortando-os a buscar a reflexão. O grande Papa insistia a buscar coisas grandes e preciosas: “Procurai compreender que vos estou a falar de coisas muito grandes. Trata-se de consagrar a vida toda ao serviço de Deus e da Igreja. E trata-se de consagrá-la com uma fé firme, com maturada convicção, com livre decisão e com

generosidade a toda a prova e sem arrependimentos. As palavras de Jesus, “eis que Eu estou convosco até ao fim do mundo”, garantem a continuidade daquele “vós” nelas contido. Haverá sempre os chamamentos do Senhor, como sempre haverá as respostas das pessoas disponíveis. Também vós deveis pôr-vos em atitude de ouvir”. A Igreja necessita da força e atuação jovem, precisa muito daqueles jovens dispostos ao “Vinde e Vede” de Jesus Cristo,

permanecer com Ele, apaixonarse por Ele e por sua missão. Encontrar no silêncio da oração as respostas aos seus anseios numa constante acolhida da vontade de Deus. Maria Santíssima e seu castíssimo esposo José sejam-nos modelos de corações silenciosos e atentos ao querer de Deus.

Pe. Marcelo Ocanha,OSJ

epicuro7@bol.com.br


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São José

Junho de 2012

O Exercício da Paternidade (parte 2) Recenseamento Um decreto de Cesar Augusto, que ordena o recenseamento (censo) de toda a terra, é a razão que leva José, da casa e da família de Davi, a subir de Nazaré, para a Galiléia, na cidade de Belém, na Judéia, com Maria sua esposa que está grávida. A Providência dispôs tudo isso para que Jesus, o Messias, nasça em Belém, a cidade de Davi, e lá José registre oficialmente o Filho de Deus encarnado no anágrafe do Império como seu próprio filho: “Jesus filho de José”. Jesus é agora juridicamente reconhecido cidadão do mundo, verdadeiro homem entre os homens, dos quais assumiu a humanidade para doar a todos eles a sua divindade. O “mistério” consiste justamente na solidariedade entre Deus e o homem que se instaura na encarnação do Verbo.

Inscrições para Catequese de 1ª Comunhão Estão abertas as inscrições para as novas turmas de Catequese. Crianças a partir de 9 anos na 3ªsérie do ensino fundamental. Todos os sábados de junho (02, 09, 23 e 30) exceto dia 16 e; Todos os sábados de julho (07, 14, 21 e 28) das 08h30 às 12h e das 13h às 17h. Documentos necessários: - Xerox da certidão de nascimento; - Certidão de batismo; - Comprovante de residência; - Comprovante escolar; - Uma taxa de R$5,00. Venha enriquecer a sua fé!

Circuncisão Toda criança judia era circuncidada no oitavo dia do seu nascimento. A circuncisão é o sinal da Aliança, realizada por Deus com Abraão (Gen 17,13). Quem recebe este sinal começa a fazer parte do povo de Deus. Pertence ao pai providenciar a realização deste primeiro dever religioso que, no caso de Jesus, assume uma importância singular, porque Ele é a nova e eterna aliança, que renova e substitui a antiga, destruída pela infidelidade de Israel. A imposição do nome Na ocasião da circuncisão, José impõe à criança o nome de Jesus. Com este ato José declara a própria paternidade legal sobre Jesus: “não é a sua uma paternidade que deriva da geração; to-

davia esta não é “aparente”, ou somente “substitutiva”, mas possui plenamente a autenticidade da paternidade humana, da missão paterna na família”. (RC.n.21). Impondo o nome de Jesus (= Deus salva) à criança, José é o primeiro a proclamar oficialmente ao mundo a Boa Nova, ou seja a presença do Salvador: Jesus é efetivamente aquele que salva o seu povo dos seus pecados (Mt 1,21; At 4,12). Trata-se do Nome, diante do qual deve ajoelharse todo outro nome (Fl 2,10). (Tradução e adaptação do texto “San Giuseppe nella catechesi” do Pe. Tarcisio Stramare - OSJ).

Pe. Giovanni Battista Erittu, OSJ erittugiovanni@gmail.com


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Santo do mês

Junho de 2012

Santos primeiros mártires da Igreja de Roma - 29 de junho

A imagem dos santos do mês

No calendário geral o dia de São Pedro e São Paulo é celebrado em 29 de junho. Dizemos calendário geral pois em muitos lugares, como no Brasil, o dia destes dois Apóstolos é transferido para o Domingo. Desta forma os dois Santos Apóstolos são celebrados juntos em uma solene liturgia dominical, valorizando-os. Eles marcaram a Igreja pela pregação, o testemunho e a liderança. A história da Igreja declara ter sido a cidade de Roma o palco de seu martírio. Mas não apenas do martírio, supremo e extremo testemunho de vida, mas também de vida e pregação dos dois grandes Apóstolos a Roma da antiguidade está marcada. No dia 01 de julho, para recordar que Pedro e Paulo não fizeram a história da Igreja sozinhos, a Igreja recorda e celebra os “Santos Protomártires da Igreja de Roma”. Foram os primeiros mártires de uma Igreja que seria depois muito perseguida, muito provada e ainda perseverou. Conta-nos o historiador romano chamado Tácito que uma grande multidão de cristãos foi feita prisioneira e submetida a cruéis torturas. Alguns eram jogados em arenas para lutar com feras famintas; outros eram levantados em postes e obrigados a ficar dias e noites lá, até que as forças terminassem e caíssem, ou fossem puxados brutalmente;

alguns eram “acesos” com fogo, como tochas que depois iluminavam jardins... A lista de barbaridades é enorme e causa repugnância a qualquer que seja normal. Por que esta violência sobre os discípulos de Jesus? Pelo simples fato que eles seguiam o “seu” Deus, Jesus Cristo e não os deuses do Império, em especial o deus-imperador. Estes primeiros mártires foram levados ao martírio no reinado de Nero. O mesmo historiador Tácido afirma que isto ocorreu não porque julgou-se que eles, os cristãos, haviam incendiado a cidade de Roma, como se dizia então. O motivo primeiro era a mórbida e doentia vontade de impor a outros, especialmente a quem pensava diferente, o sofrimento. E ainda mais especialmente porque aquele simples povo se declarava cristão. Não sabemos o nome daquelas pessoas, a maioria gente realmente simples, escravos ou libertos, pequenos comerciantes e alguns artesãos. Eles seguiam os ensinamentos de tolerância, perdão e amor que os Apóstolos haviam transmitido. Eram os ensinamentos de Jesus Cristo. O Império não aceitava esta mensagem e lutava contra ela, especialmente porque este Cristo aos poucos ia sendo apresentado como uma figura muito especial. Aos poucos sabemos que Jesus foi tomando o lugar de honra no coração e na mente do povo romano. Em uma reviravolta espetacular da história ele será, menos de cento e cinquenta anos mais ao futuro, o Deus aceito pelo Império. Mas naquelas últimas décadas do primeiro século ainda era um “personagem banido”. E seus seguidores eram também eliminados pelo poder imperial. No Vaticano, entre a Basílica de São Pedro e a grande sala de audiências Paulo 6º, existe uma praça que por nada chama a atenção. Mas é dedicada a estas pessoas, homens, mulheres, idosos, jovens, crianças, ricos, pobres, livres ou escravos. Eles deram o testemunho de fé com a própria vida. Nós podemos dar o testemunho com o desejo de ser fiel a Jesus Cristo e seu Evangelho. Pe. Mauro Negro, OSJ Biblista PUC Assunção. São Paulo SP mauronegro@uol.com.br

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Mensagem especial

Mas a dúvida... Era sempre a mesma coisa... Não conseguia desvencilhar-se do mal estar que a acometia, ao precisar tomar alguma atitude frente aos seus pro-blemas. Que sequer eram tantos, mas o suficiente para que ela os pensasse dia e noite. Falava consigo mesma, obtinha a resposta que pensava ser a melhor, mas a dúvida... A dúvida a incomodava muito. E ela precisava da certeza de estar certa. Sentia-se um ser sem autonomia de seus atos. A solução sempre a rondava, mas ela se desacreditava. Menos valia? Pode ser. Queria caminhar com prudência e não sabia. A autoconfiança não fazia parte de sua vida. Não conseguia impor-se a si mesma. Tentava, mas... Perguntava então para o outro o que devia fazer, como se comportar frente a determinado problema, se o que pretendia era uma atitude condizente com a situação a ser resolvida... Mas quando a res-posta vinha, ela argumentava a mais não poder. Por que então deixar nas mãos do outro a aprovação para os seus atos? Ela não entendia porque agia assim, mas a dependência do outro estava sempre presente em sua vida. Necessitava que opinassem, mesmo que para não aceitar. Como sempre o fazia. Será que ninguém percebia que o que ela queria era aprovação e não sugestão? Algumas vezes, ao acatar o que lhe era proposto, sentiase confusa, ludibriada por ter aceitado a sugestão de fazer o que o outro pensava ser o melhor, o mais coerente. E aí começava tudo de novo, só que as perguntas agora a ela se dirigiam... Pobre coitada que sequer sabia o que queria fazer. Não conseguia atrever-se a dar os passos que queria fossem seus. Por quê? Será que porque sentia que fortalecia o outro ao aceitar as sugestões pedidas? Será? Sequer pensava que esses bloqueios com os quais convivia, não eram imutáveis. Precisava criar para si mesma, condições para desenvolver a autoconfiança, entender que a resolução de tudo não estava tão distante assim. Mas como modificar o seu modo de enxergar-se? Como readquirir a confiança que precisava para seguir em frente e zerar essa dependência que lhe fazia tanto mal? Como? Como fazer para entender que errar é inevitável? Que a tomada de decisão era uma técnica que precisava aperfeiçoar para estar no controle de sua vida? Certamente seria necessário lutar pelos seus objetivos e nunca, nunca desistir deles. Mas como o faria? Perguntaria ou não ao outro o que fazer? “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”. Shakespeare

Heloisa P. de Paula dos Reis hppaulareis@yahoo.com.br


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Especial

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Corpus Christi No dia 07 de junho celebramos a festa do Corpo e Sangue de Cristo. É um momento de oração, reflexão, manifestação pública de nossa fé. É um momento importante, pois a Igreja nos convida a parar. O mundo cibernético e financeiro ao nosso redor fala exatamente o contrário. Não se pode perder tempo, pois tempo é dinheiro, é oportunidade. Precisamos correr, fazer as coisas rapidamente para não perder tempo, ser dinâmico e eficaz. Um “dia santo” é uma folga durante a nossa jornada para parar, refletir, rezar. Parar para fazer um balanço da situação da nossa fé e tomar consciência dos hábitos de superficialidade e pressa que, às vezes, caracterizam a nossa relação com a Eucaristia celebrada nas nossas comunidades. Acredito que este é bom momento para avaliar a nossa participação na Missa, celebrando o mistério da Páscoa com a Cruz, Morte e Ressurreição do Senhor. Parar e nos perguntar como nós ouvimos a Palavra e como nos alimentamos com o Pão que nos é dado como presente. A página de Marcos que a liturgia nos propõe nesta solenidade é algo que impressiona e fascina. Jesus diz para tomar e comer sua carne e beber do cálice com o seu sangue! Parece loucura! Jesus está no meio de nós com seu corpo, sua história, sua vida, o amor apaixonado, a sua transparência da Face do Pai. Comer a carne e beber o sangue do Senhor é nutrir-se do coração ardente de amor, é assimilar o segredo da vida mais forte que a morte, e descobrir que Deus é mais íntimo do que eu comigo mesmo. Comer e beber Dele é descobrir que somente Ele alimenta e acalma as nossas inquietações, que só Ele pode dar força e direção para nossa vida, que só Ele pode preencher nossas vidas de beleza na quotidianidade. Alimentar-nos d’Ele significa o nosso “sim” ao projeto de vida que Jesus revelou da Cruz; é renunciar a ser os arquitetos da sua própria vida e entrar em comunhão com o seu plano de amor. Jesus não quer que suas palavras sobre o pão descido do céu sejam interpretadas de modo alegórico ou como uma imagem figurativa. Ele pede para que sejam percebidas exatamente como soam, sem qualquer adição do pensamento humano. Elas são assim, assim devem ser acolhidas, acreditadas e vividas. O pão que desceu do céu é Ele, Jesus. Ele veio na carne para habitar entre nós, para se fazer

nosso alimento e nossa bebida de vida eterna. Ele realmente nos dá a sua carne para que nós a comamos para não morrermos para sempre. Quando, no entanto, Ele anuncia esse mistério, os seus ouvintes, ao invés de se abrirem à fé, começaram a discutir fortemente. Eles gostariam de compreender primeiro, para depois acreditar. Com o mistério, primeiro o acolhemos, vivemos, fazemos com que se torne nossa car-

feito cumprimento da Sua vontade. Eis a grande diferença abissal que distingue a Eucaristia do maná. O maná era só o pão da terra, alimentava o corpo do povo de Deus no deserto. A Eucaristia, ao invés, é Deus mesmo que nos alimenta e nós nos unimos ao Senhor. Quem assim se alimenta e se deixa converter e tornar-se “nova criatura” poderá também experimentar a possibilidade de fazer o bem.

Imagem do Santíssimo Sacramento

ne e nosso sangue, O transformamos em nossa história. Vivido e concretizado em nós, começamos a compreendê-Lo de acordo com a medida de inteligibilidade contida nas palavras que o expressam e manifestam. Jesus não se apressa em explicar o mistério. Ele simplesmente se limita a reafirmar a realidade de seu corpo e de seu sangue juntamente com a outra realidade de tomar, comer e beber. A carne deve ser tomada e comida. O sangue deve ser tomado e bebido. Somente assim eles se tornam em nós comida e bebida de vida eterna. Jesus, porém, nos revela por que nós não morreremos para sempre: porque com a sua carne comida e com o seu sangue bebido, nós viveremos interiormente para Ele, na procura do per-

Neste dia em que manifestamos, diante de um mundo em mudança, a nossa fé na presença real de Cristo Eucaristia e nos comprometemos com um mundo novo, peçamos à Virgem Maria, Mãe da Redenção, aos Anjos e Santos que nos ajudem a viver e aumentar a fé nesse mistério. Que a passagem de Cristo na Eucaristia pelas nossas ruas e praças nos comprometa a sermos, também nós, pessoas alimentadas pela Eucaristia, que passam pelas estradas do mundo proclamando Cristo Jesus Ressuscitado, vida para o mundo!

Adaptação do texto de junho de 2011 Dom Orani João Tempesta Arcebispo do Rio de Janeiro


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Especial

Junho de 2012

Marcos, o Evangelho Iniciamos no último artigo uma apresentação do Evangelho segundo Marcos. O motivo desta apresentação é que, na Igreja Católica Apostólica Romana, neste ano de 2012, o Evangelho que mais será proclamado nas celebrações dominicais será este, de Marcos. A cada ano os Evangelhos são alternados: Mateus, Marcos e Lucas. A cada ano corresponde um Evangelho. O Evangelho de João é proclamado em Domingos em Domingos específicos nos diversos anos. O Evangelho de Marcos tem diversos modos de ser dividido. A divisão de um texto bíblico depende de alguns fatores. Primeiro, há elementos objetivos, como frases, elementos gramaticais, mudanças de locais e tempos na narração. E os elementos subjetivos dependem da percepção de cada estudioso ou leitor do texto. Apresentaremos aqui uma divisão que é fruto destes fatores. Na nossa maneira de compreender o texto do Evangelho segundo Marcos ele pode ser dividido em cinco partes. Vejamos. Introdução ou Abertura: 1,1–13. Depois do título do Evangelho, no versículo1, o texto apresenta João Batista posto em paralelo com Isaías, o Profeta que anuncia com insistência a vinda do Messias. Logo em seguida Jesus aparece, vindo de Nazaré. Ele vai até João Batista que o mergulha. E ai temos o primeiro momento grandioso do Evangelho de Marcos, que está em 1,10–11. Quando Jesus sai da água uma voz declara: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo”. Esta afirmação, dirigida para Jesus e não para João Batista, como muitos podem pensar, é apresentada por Marcos para que o leitor entenda que este Jesus é aquele que foi anunciado por Isaías e preparado por João Batista. Logo em seguida Jesus deve ir até o deserto e superá-lo. É o sinal de que Ele irá enfrentar a oposição e a perseguição. Corpo principal do Evangelho: 1,14 -12,44. Estes capítulos compõem-se de milagres de Jesus, de alguns ensinamentos, de encontros e desencontros com as autoridades judaicas. Em vários momentos Jesus se ocupa com seus discípulos e apóstolos, ensinando-os, chamando-lhes a atenção e animando-os. Como aqui temos a maior parte do texto de Marcos é aqui também que temos as maiores possibilidades de subdivisões. Alguns estudiosos encaram esta parte como uma grande caminhada de Jesus, da periferia da sociedade judaica, em Cafarnaum na Galileia, para o centro, Jerusalém, na Judeia. É um modo de dividir o texto. Outros estudiosos veem divisões a partir de ações de Jesus: milagres diversos; questões levantadas por Jesus para seus discípulos e reações dos mesmos, bem como dos ouvintes de Jesus. Simplificando, eu acho que estes capítulos podem ser divididos em duas grandes partes. O texto que divide este corpo principal de Marcos

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O Evangelho segundo Marcos pode ser dividido de várias maneiras. Nas divisões são evidenciados os momentos e argumentos que determinam ser Jesus o Messias ou Cristo, e ser o Filho de Deus

é o capítulo oito, versículos 27 a 30. Trata-se do texto no qual Jesus pergunta aos seus apóstolos sobre o que dizem a seu respeito. A resposta deles é que as pessoas afirmam que Ele, Jesus, é um Profeta. Então, Ele pergunta a opinião deles, dos apóstolos. Pedro responde que Jesus é o Cristo. Em seguida Jesus proíbe que divulguem esta certeza. Parece que, até este momento, Jesus vai mantendo um relativo sucesso. A partir desta passagem as coisas parece que mudam aos poucos. Ele vai anunciando que irá ser perseguido, sofrerá e acabará sendo preso e morto. Depois disto tudo Ele anuncia que irá voltar à vida, ressuscitar. E os apóstolos não conse-guem entender. De fato, como um Messias, um enviado de Deus, pode ter um destino tão trágico assim? Não tem sentido. No final deste bloco de texto, a partir do capítulo 11, Jesus está em Jerusalém e tem encontros difíceis com as autoridades judaicas. A oposição a Jesus começa a ficar muito forte e estar ao seu lado é um risco. Ele supera as ciladas e vence seus opositores, mas eles têm o recurso da calúnia e do poder, bem como da proximidade com a autoridade romana. Discurso apocalíptico: 13,1–37. Esta parte de Marcos é uma espécie de apêndice do texto dentro da narração. Jesus faz afirmações de natureza apocalíptica, isto é: usa imagens grandiosas e em parte perturbadoras para anunciar fatos e situações que precisam ser preparados. Este é um capítulo muito interessante, pois imagens da destruição de Jerusalém, no ano 70 dC., se juntam a imagens do fim da história. Para uma cultura que considerava Jerusalém o centro do mundo a sua destruição era, sem dúvida, o final do mundo! No final o que Jesus propõe, de modo muito vivo e insistente, é a vigilância. Paixão e Morte de Jesus: 14,1—15,47. Estes capítulos contam os momentos mais dramáticos da vida de Jesus. Jesus é cercado de todos os lados pelos seus inimigos e fica sozinho. Assim eles podem rende-lo e conduzi-lo até o governador romano. Antes disto, porém, Jesus marca sua presença de modo definitivo junto aos apóstolos. Deixa a si mesmo em forma de sinal, partilhando o pão e o vinho com eles. É um momento de intensa emoção e significado. Em torno a este gesto, que se transforma em Memória e que, quando refeito, marca a presença contínua do Senhor, a comunidade dos discípulos do Mestre se identifica com Ele e se mantém. É o sinal de sua paixão, morte e ressurreição, algo que ultrapassa os limites dos gestos sensíveis e temporais e adentra o eterno de Deus no tempo humano. No final do capítulo 15, imediatamente depois da morte de Jesus na cruz, o centurião, soldado romano, vendo o condenado morto, exclama: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus” (15,39). Claro que esta afirmação não é uma declaração de

Evangelistas com seus simbolos, Ravena, S Vital. Mosaico do presbiterio, sec. VI

divindade de Jesus, mas de alguma maneira liga o aparente final da vida do Messias ao início do Evangelho, quando líamos que aquele era o princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (cf. Marcos 1,1). Assim a sequencia narrativa iniciada no capítulo um tem uma primeira conclusão. Mas não é o fim!… O Ressuscitado: 16,1-20. Aqui temos um dos capítulos mais curiosos dos Evangelhos. Os primeiros oito versículos não causam dificuldade. Tratase da narração da descoberta do túmulo vazio e as primeira notícias da ressurreição de Jesus. Mas do versículo nove em diante temos um texto que, dizem os entendidos, não é parte original do resto do Evange-lho de Marcos. Não entraremos nesta questão agora, pois é uma situação complexa de ser analisada. O que é importante notar é a dupla imagem que os versículos 19 e 20 apresentam. Lá lemos que Jesus, depois de falar aos discípulos e apóstolos, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus (cf. 16,19). É a conclusão que fecha o arco narrativo iniciado em 1,1, quando Jesus foi apresentado como Filho de Deus. A segunda imagem é a dos discípulos que saem a pregar por toda parte, realizando sinais que antes Jesus havia anunciado que eles realizariam. Jesus, o Messias Filho de Deus. Marcos pode ser resumido de muitas maneiras. É impossível indicar de uma só maneira o sentido e o seu conteúdo. Eu arrisco resumi-lo desta forma: em Marcos vemos Jesus sendo apresentado como o Messias, na linha dos Profetas do antigo Israel. Ele é também o Filho de Deus, que realiza a salvação de Deus no meio de seu povo e se expande para todas as nações. Até hoje e até nós. Pe. Mauro Negro, OSJ Biblista PUC Assunção. São Paulo SP mauronegro@uol.com.br


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Benedita R. B. oliveira e Cristiane N. Oliveira Benedito Abreu de Souza Benedito Aparecido Mendonça Benedito Assunção Coimbra Bonilha e Gil Transportes Breno Sylos Bruno Alleman Camila Rosa da Costa Carlos Alberto de Araújo Junior Carlos Antonio Alves Godoi Carlos e Cristina Marcondes Carlos Roberto de Moura Barbosa Carlos Roberto de Moura Boraba e família Carmen Violandi Conceição Caroline Santos Toribio e família Catequese de 1ª Eucaristia do Santuário Sta Edwiges Cecília Alves Célia e família Celia Teixeira da Silva Chirlei Pires Albuquerque Chirlei Rosana Ferreira Cícero Alves Clarindo de Souza Russo Claudia Lima da Silva Claudia Rejane Cassiano Leão Cláudio Breviato Cleiciane Alexandre Bezerra Cleonice Estorte e família Cleonice, Beatriz, Therezinha, Niete e Lindalva Cleusa Maciel Ferreira e familia Comunidade Nossa Sra. Aparecida Conceição de Maria Souza Creche São Vicente Pallotti Crianças Delgados dos Santos Daniel de Oliveira Vilas Boas e família Daisy Carvalho e Silva e Família Delcio Pesse (Brigth Dentes) Deusimar e Fátima Saraiva Oliveira e Família Dinaldo Mendes Bernardes e família Djanane Ângelo Alves Domingos Malzoni Domingos Mormita Domingos Sávio Alves de Faria Doris Antonia dos S. França e família Drusila Fernanda Gomes Milani Dulce do Nascimento Diniz Edda Cattarin Val y Val Edilberto, Erineide B., Mouro, Antonio M. e Rosália Bezerra Edilson Pereira de Andrade Edimilson P.Silva e Ernando Pacheco Edinalva J. Sousa e família Edison Vicentainer Edivan José de Sousa Veloso Edna Gonçalves de Macedo Edson da Silva Cruz e Família Edspress Industria Gráfica LTDA (Edson Luis Delavega Leon) Edvaldo Batista dos Santos Edina Arleta Beraldo Efigenia e José Ribeiro Elaine Cristina de Almeida Gilio Elenicio Delmondes de Andrade Elenicio Delmondes de Andrade Elias e Fernanda Gedeon Eliete Mussi Sapia e Alice Jadham Mussi Elisa Nilsa Fernandes Elisa Nilza Fernandes Elisana Ribeiro Eloísa Caltadelote Elza C. Genaro e Família Emilia, Fátima Maria e Maria Lucia Engesonda Fundações e Construções LTDA Erivan Carvalho da Cruz Ernanes Rosa Pereira Estevam Panazzol Eudinice Fiuza Lobo Eurides Almeida Matos Neto Evani L. M Evanira do Amaral Carrara e Família Evelin – Familia Cestari Noronha Fabiana Aparecida de Araújo e família Fabio Adib Massini Nunes Fábio Souza Ramos e família Família A. Amaral Família Almeida Andrade Familia Asevedo Berrocal Família Bertone Amaral Família Coviello, Caputo e Oliveira Família Dassie Magalhães Gomes Família Dassie Magalhães Gomes Família Dassie Magalhães Gomes Família Fernandes dos Santos e Delgado Família Ferreira Amaral Família Fiuza Família Fiuza Família Florisvaldo Jesus Santana Família Gonçalves Família Guimarães e Siviero Família Lucinda Gorreri Família Marquezine e Apostolado da Oração Família Moryama Família Nunes Rodrigues Família Piccin Família Santos e Silva

Família Santos e Silva Família Santos Lima Família Sena Família Sena de Almeida Família Tinelli Fátima e filhos: Tadeu, Tiago e Fernanda Lopes Fátima E. S.Moraes Fátima Monteiro de Ariola Fausto Ferreira de Freitas Fernanda Carolina Inácio Dayko Fernando Augusto Silva Fernando Gomes Martins Flávia Regina Rodrigues Flavio T. Pessuto e Família Florisa Sergina dos Santos Francisca Alves Nascimento, Tiago, Mateus e Felipe Francisca Paulino Silveira Francisco Araújo Lima Francisco Augusto Salles Wohlers e familiares Francisco Carlos Abranches Francisco de Assis Cabral e Família Francisco de Assis Pereira e Família Francisco de S. Leite e Francisca Inês Francisco e Antonia Amâncio Sobrinho Francisco Fernandes de Freitas e Família Francisco Michele e Guilherme Francisco Tomaz Ferreira Fraternidade São José Gabriela Augusta Oliveira Gazzan Izar Genésio Pereira Feitosa Geni Antonia da Silva e Família Geralda Generoso dos Santos, Antonio Marcos e Márcio Moreira Geraldo Alves Martins Getulio Sanches Gilberto da Silva Santana Gilmar Antonio B. Lírios Gilmar Barione Gisele Guimarães Ramos e Família Giseli Elaine Lopes de Freitas Glauce Avelar Gláucia Marques Jácomo Grupo de 3ª Idade Luar de Prata Guiomar Carvalho de Oliveira Gustavo Ashcar Hamilton Balvino de Macedo e Família Hebert AKira Kuniosi Heleno Amorim Linhares Helio Martins de Aguiar Helio Ranes de Menezes Filho Henrique Caires Nóbrega Netto Hermes Redentor Pereira Sencion Hiroshi Koto Ildo de Araújo e família Ilzimar Alves Soares Irandéia Ribeiro Santana de Souza Irene e Helio Irene Pocius Torolo e Antonio Demetrio Isaura de Jesus Cardoso Isaura Generoso dos Santos, Bruna e Bianca Ismael Ferreira de Matos e Família Ivete dos Santos Souza Ivete Gonçalves de Lima Elin Ivoni da Silva Calisto e Família Izaíra Toneti e família Jaciro Tiverom e família Jailda Ferreira da Silva Jandira e família / Francisca e Família Janice Monteiro Vieira (esposa do Sr. Mievel) JM Produtos Minerais Joana Adelaide Carvalho Joana Celestino de Sá Braga Lima Joana Teixeira dos Santos e Família João Augusto da Silva João Batista Piovan João Batista Turíbio João Bosco Alves João Bosco Calou João Braz Machado e Luciene Santos Borges João Carlos Crema João Evangelista Rocha de Jesus João Guimarães João Mario e Maria Helena João Pequim João Pereira de Andrade e Família João Ramiro Fusco João Ricardo Silva de Oliveira João, Alexandra e Camila Joaquim e Marilene do Nascimento Joaquim José de Santana Neto Joaquim Pedro da Silva Jobel Felix da Costa Jonatas Rodrigues Reis e Valéria de Sá Correia Reis Jorge Dantas dos Santos José Alves Pereira José Antonio Bruno e família Jose Augusto Ferreira da Mota e Família José Barbosa dos Santos José Batista do Amaral e Amélia Crivelari do Amaral José Carlos Andrade Santos José Carlos Pinheiro José de Sousa Medeiros José Donizete Candido do Vale e Família José Domingos Gonçalves de Queiroz

José e Terezinha Rafael Ferreira e família José Fernandes Góes José Fernandes Gomes Jose Luiz Bravo e Família José Portilho Gusmões José Richardson Pereira da Silva José Roberto Pereira Lima José Roberto Plima José Roberto Vieira e família José Rodrigo de Oliveira José Severiano de Jesus José Severino Nunes da Silva José, Terezinha, Rafael Ferreira e Família José Valdo de Oliveira e família José Valdomiro Fusco José, Elvira, Juliana e Jussara Silva Santos Josete Gomes de Jesus Josete Gomes de Jesus Juraci Barbosa e Cacilda Juracy Pereira da Silva Karina C Kátia Lucinda Gorreri Laido Ciampone Junior Laido Ciampone Junior Lanhouse Santa Fé Leila Izar (em memória) Leila Palmeira Azmar Leonor Alonso Galinaro Lílian Pontes e Fábio Pontes Lodovico Fava Loraine Beltrame Lourdes Ferreira de Santana Lourdes Lima Ribeiro Marcelino Lourdes, Mário e Marcos Vinícius Nemoto Lourdes, Mario Marcos Vinicius Nemoto Lucia Diniz Lourdes da Costa Barbiere e Família Luis Carlos Rufo Luis Celso Pasquale Rosa e Família Luis Cláudio de Oliveira e Maria Aparecida Mendes de Oliveira Luis Laurindo dos Santos (Família Laurindo) Luis Santana da Silva Luiz Alberto Amaral (em memória) Luiz Carlos Montorsi Luiz Ferreira da Silva Luiz Geraldo Sylos Luiz Henrique Miguel Luiz Pedro da Silva (In Memoria) Luiza Vieira do Nascimento Luiza Cristina Fernandes Luiza Gomes de Macedo Luiza, Gil, Angelina, Roberta, Luiza, Zeneide, Katia, Helena, Francisca e Maria José. Lurdes Aparecida e Pedrina Montovani Luzia Ap. Perobelle Luzia Bicudo Villela de Andrade Luzia Costa Cordeiro e Família Luzineide e Edimar Lydia Rochelli do Amaral Mª de Fátima, Eliza, Rafaela e Anderson Santos Mª Jose, Gil, Angelina, Roberta, Luiza, Zeneide, Kátia, Helena e Francisca Mª Nascimento, Eliza, Samuel e Gabriel Maci Camacho e família Magda Sant’Anna Cabral Pearson Maisa Asencio Milani Manoel Ferreira da Silva e Família Manoel Ferreira da Silva e família Manoel Francisco de Oliveira Manoel Joaquim Granadeiro Manoel Pereira Sobrinho Manuel Baleeiro Alvez Manuel Braga Vaz Mara Regina Marcelo Barbosa de Oliveira Marcelo Barbosa de Oliveira e família Márcia de Fátima Teixeira Márcia Regina Silva de Sene Marcio Ferreira Acosta Marcio Ney Ferreira Marco Antonio Fernandes Cardoso Marcos da Roz e Família Marcos Ferreira de Sena Margarida de Faria Rodrigues Maria Amália Marmora Maria Andrade de Souza Maria Antonia Mendes Maria Antonia Pires Vargas Maria Aparecida Bonesso Maria Aparecida Cance de Macedo e família Maria Aparecida e Carlos Eduardo Maria Aparecida e Carlos Eduardo Liberati Maria Aparecida Lima de Souza Maria Aparecida M. Aguiar Maria Aparecida Miola Maria Augusta Cristovam e Família Maria Augusta Justi Pisani Maria Barbosa Ciqueira e Família Maria Bezerra Paiva Soares Maria Cecília Benedito Maria Cirila Martins Maria Conceição Brandão e Antônio Pereira Maria da Conceição V. Alves e Família Maria da Guia e João Rafael

Maria da Paz Silva Gonçalves Maria da Penha S.Pellegrino Maria da Solidade de Oliveira Maria das Dores Lopes Maria das Graças de Oliveira Santos Maria de Fátima Albuquerque de Oliveira Maria de Fátima Campos Vieira Maria de Fátima Pereira Maria de Fátima Teixeira Maria de Fátima, Eliza , Rafaela, Anderson Santos Maria de Lourdes da Conceição Maria de Lourdes Silva Maria de Nazareth Vaze Vilela Maria do Amaral Camargo e família Maria do Carmo Bonilha Maria do Carmo e Mônica Cristina Alencar Ribeiro Maria do Céu da Silva Bento Maria do Socorro da Silva Maria do Socorro R. Mesquita e família Maria do Socorro Ramelo Maria dos Santos Araújo Maria Edina Souza Silva Maria Edna Angelo Marabelli Maria Elisa Arruda Miguel Maria Ferreira Lima Maria Ferreira Vassalo Maria Florinda Vieira Costa Maria Francisca Xavier Maria Guimarães de Paiva Maria Helena Chinaglia Maria Helena dos Santos Maria Heloisa Rodrigues Soares Maria José Maria José da Conceição Santos Pereira e família Maria José de Oliveira e Família Maria José Veloso Braga Maria José Vieira Silva e Família Maria Lucia Correia da Silva Maria Luiza Silva Souza Maria Maristela da Silva Caetano Maria Nascimento, Manoel, Samuel e Gabriel Maria Neci Paes Maria Neuza da Silva Sales Maria Nilza R. Gomes Flaga Maria Odylia Jambeiro Mendes Maria Raimunda Monteiro da Silva Maria Regina Dias Maria Regina Tavares Maria Ribeiro da Silva Maria Rocilda de Lima Maia Maria Rosaria Erciodeo Barreto Maria Roseni Alves dos Santos Maria Silvania Silva Santos Maria Tereza V. Rocha Maria Valdelícia de Sousa Maribel Candaten Marilene David Pinheiro Bento Mariliza e Walter Alberto Brick Marina dos Santos e Família Mario Estanislau Correa Marlene de Oliveira Marlene de Oliveira Maru Markarian Mary Izar (em Memória) Mauricio de Andrade Maurilio Chiuzini Mauro Antonio Vilela e Família Mauro César do Carmo Miguel Barros da Silva e famíia Miguel Caludino Ferreira Miguel Muniz Leão Ministros da Sagrada Comunhão Miriam Cristina Mascarenhas Moacir e Sueli da Silva Naelson de Oliveira e família Nalveni Silveira e família Naru Markarian Neci Silva Vieira de Miranda Neisa de Azevedo Alves Nelsinha Helena Ramamalho Neusa Barra Galizzi Neusa Leriano Alleman Neuza Aparecida Campos Neuza Ramos de Souza Newton Mori Nilsa Aparecida Sabino Nilson Batista dos Santos Nilza Maria Rodrigues Nivaldo Mendes Freire Noemia de Oliveira Monerato Norma Izar Odair Caltabeloti e Eloísa Odelita Gomes da Silva Odete e Roseli Priore Odete Maria Teixeira Olga Cuoco Olindo Morellato e Família Olindo Morellato e família Orminda Paccheco Ferreira Orotides Correia Martins Oscália Calmon Oscarino Martins e Fátima Lemos Oscarlina Antonia de Moura Osmar B. Miranda e Elizabeth S. Ales Miranda Osvaldo Martins Januário

Otilio Pereira Pastoral da Acolhida Pastoral Missionária Paula A. Vicente e Graziela V. Supriano Paulino Gomes de Oliveira Paulo Ernesto Tenorio Vilela Paulo Ernesto Tenório Vilaca e Família Paulo Farah Navajas Paulo Vicente de Jesus e Família Paulo Vicente Martins e Família Pedro dos Santos Pedro Moreira Rodrigues Piero Simonetti e Família Quitéria Gouveia Rael Pereira Nunes Railda e Sandra Ferreira de Sena Raymundo Varlese Neto e família Reginaldo Gomes Ferreira Renata Lima Ferreira Renato Ruiz Ricardo Oliveira Passni Ricardo Rodrigues Damasceno Rita de Cassia da Costa Tejada Rita Maria Arantes Roberto e Eliete Gimenez Roberto e Maria Rozilene de Almeida Ruiz Roberto Martini Roberto Parvo e Família Roberto Tagudi Yoko Tagudi Roberval D. Crepaldi Romaria de São José dos Campos Romaria Vocacional de Londrina / Apucarana (OSJ) Rosa Bonvegues Rosalia Bezerra e Antonio Mouro Rosangela Colli Rosangela Valvit Consultoria Jurídica e Previdenciária Rosely Priore Rosirene Maria Gomes e família Salvador Carvalho de Araújo Salvina Santo Olegário Jesus Sandra e Samuel Rocha Sandra Regina E. Cavalheiro e Família Sandra Regina Mendes Jefferson e Vanesca Sebastiana Silva (Ana) Sebastiana Martins dos Santos Sebastião de Jesus Gonçalves Sebastião José da Costa Sebastião Vieira Belo Selma Mara Gasperoni e Wilson José Poncetti Selma Panazzo Sergio Kawahara Serize e Edson França Vincenzi Severino Vitalino da Silva Shirlei Pires Albuquerque Silvaldo José Pereira e Família Silvana Pino Alleman Silvana Terezinha Marques de Andrade Solange Spera Sonia Maria Cesari Sonia Varga Ortega Bernardo Gomes e familia Stefany Alleman Stela Maris Peleckas e família Suraia Zonta Bittar Sylvia Cristina Augusto e Família Sylvio Roberto Ricchetti Tadeu Laerte Mattioli Teodora Paiva Pinheiro Thais Andreza de Souza Thalya Sylos Therezinha M. Camargo Romanato Tomás e Antonia Valdeicir Rodrigues Loiola Valdete Gomes Guimarães Valéria Ferrari Tonche da Silva Valter Espolaor e família Vanilde Fernandes e Família Vanja Lúcia Orsine Vanja Orsini Vera Lúcia Caetano Rodrigues Vera Lucia Gouveia da Silva Santos Vera Lucia Sanches Ribeiro Victorio Marzzetelli Vitória Paula de Jesus Souza Waldemar Martins dos Anjos Waldyr Villanova Pangardi Walfredo Ferreira Junior Walter Aristides Camargo e família Wilson Malavolta e Simone Bombassei Wilta das Graças de Almeida Wilton Célio Torino dos Santos Yoshimitsu Magario Zilda da Silva Alves Zulma de Souza Dias


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