cial e p s e o t n e Suplem
Presença franciscana em Santo Amaro da Imperatriz Comunicações ● Suplemento Especial ●
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Sumário A PARÓQUIA Paróquia de Santo Amaro: 156 anos de evangelização........................................................................................03 A irmã mais antiga da fraternidade................................................................................................................................04 A HISTÓRIA Teresópolis, onde a Província da Imaculada renasceu..........................................................................................05 A primeira fraternidade........................................................................................................................................................05 As igrejas de Santo Amaro..................................................................................................................................................06 Mistérios e dúvidas sobre as origens da imagem de Santo Amaro....................................................................06 Pompa, fé e circunstância na Festa do Divino.............................................................................................................08 O ritual da festa.....................................................................................................................................................................08 As origens..................................................................................................................................................................................08 A FRATERNIDADE Entrevista com o pároco Frei Carlos Ignacia................................................................................................................10 Frei Gamaliel Devigili: estudioso das Fontes.................................................................................................................11 Frei Hugolino Back e o apostolado da saúde.................................................................................................................12 Frei René Zarpelon: Dos Maristas aos Franciscanos...................................................................................................14 Risco de derrame ajuda Frei Faustino..............................................................................................................................15
|Apresentação
A
o editar a Revista da Província, em 2006, ficou uma sensação de impotência e serviço incompleto. Estava diante de uma realidade riquíssima, bela e grandiosa, chamada Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Mas o espaço limitado da Revista me obrigou a fazer um raio-x bem reduzido de tudo que encontrei nas fraternidades dos cinco estados. Agora, atendendo a um convite do guardião da Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz, Frei Carlos Ignacia, surgiu a ideia de divulgar melhor as fraternidades, as paróquias, comunidades etc, através de um Suplemento Especial das Comunicações, em forma de pdf, para ser veiculado pela internet, evitando com isso os altos custos
do papel e da impressão. Quem se interessar, pode imprimir o arquivo. Neste número, apresentamos a Paróquia de Santo Amaro e seu histórico; destacamos cada um dos frades que compõem esta fraternidade; os funcionários que completam este quadro; o trabalho de Frei Hugolino Back com a pastoral da saúde; e a grande festa do Divino. O objetivo, dentro do Plano de Evangelização, é que se trabalhe em rede e esse suplemento serve para promover um pouco esta comunhão fraterna. A escolha dos próximos exemplares ficará por conta do interesse de cada fraternidade e do convite ao governo provincial. Moacir Beggo
PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL| Rua Borges Lagoa, 1209 – 04038-033 | Vila Clementino | São Paulo – SP | www.franciscanos.org.br | imprensa@franciscanos.org.br EXPEDIENTE | Ministro Provincial: Frei Fidêncio Vanboemmel | Vigário Provincial: Frei Estêvão Ottenbreit | Secretário: Frei Walter de Carvalho Jr.
2 ● Comunicações ● Suplemento Especial
A Paróquia
Paróquia de Santo Amaro
156 anos de evangelização
R
eligiosidade e tradição.
de Araújo, no dia 9 de agosto de
Frei Carlos Ignacia, as comunidades
Duas palavras que ajudam
1954. Hoje, o território da Paró-
de Águas Mornas, Bom Jesus, Braço
a entender um pouco a
quia compreende os municípios
São João, Caldas, Calemba, Comba-
vida paroquial em Santo Amaro
de Santo Amaro da Imperatriz e
tá, Gruta da Varginha, Löffelscheidt,
da Imperatriz, uma cidade especial
Águas Mornas.
Lourdes, Pagaro, Ressurreição,
para os frades, já que foi na comu-
Os frades da Província da
Santa Cruz, Santa Isabel, São Fran-
nidade de Teresópolis que teve
Imaculada Conceição assumiram
cisco, Sertão, Sul do Rio, Taquara,
início o processo de restauração da
a Paróquia em 1900.
Teresópolis, Vargem do Braço, Var-
Província da Imaculada Conceição
Antes de se tornar paróquia, a
gem Grande, Varginha e Vila Nossa
do Brasil. Há mais de 100 anos, o
padroeira do Arraial de Cubatão era
povo se acostumou com a presença
Sant’ Ana, imagem histórica que é
Para atender esta Paróquia,
franciscana e correspondeu dando
guardada até hoje pelos frades. De-
a Fraternidade é composta pelos
vocações, algumas ilustres como o
pois (veja texto à parte), a Paróquia
frades: Carlos Ignacia, pároco e
Ministro Provincial Frei Basílio Prim,
ganhou um novo padroeiro: Santo
guardião; René Zarpelon, vigário
o bispo Dom Lino Vamboemmel e,
Amaro, monge beneditino, que é
paroquial e da casa e animador do
recentemente, o atual Ministro Pro-
invocado contra várias doenças,
SAV local; Gamaliel Devigili, vigário
vincial Frei Fidêncio Vanboemmel.
entre elas artrose e artrite, para
paroquial; Faustino Tomelin, vigá-
A Paróquia de Santo Amaro foi
as quais também são indicadas as
rio paroquial; e Frei Hugolino Back,
criada no dia 29 de maio de 1854 e
águas termais existentes em Caldas
a serviço da pastoral da saúde.
sua aprovação eclesiástica foi expe-
da Imperatriz e Águas Mornas.
Senhora de Lourdes.
Além dos frades, as Irmãs
dida pelo bispo do Rio de Janeiro,
Atualmente fazem parte da
Apóstolas do Sagrado Coração de
Dom Manoel do Monte Rodrigues
Paróquia, que tem como pároco
Jesus dão atendimento na área Comunicações ● Suplemento Especial ●
3
A Paróquia da saúde, através do Hospital São Francisco de Assis, próximo da Matriz.
Almoço do Movimento de Jovens da Paróquia.
Outra presença constante na vida pastoral de Santo Amaro diz respeito às Irmãs Escolares de Nossa Senhora. Entre os leigos, a participação nas pastorais é intensa, como a catequética, a da adolescência, Residência atual da fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz
da criança, da limpeza, litúrgica, da juventude, saúde, coroinhas e vocacional. Destacamos a Ordem Franciscana Secular e a Juventude Franciscana, o Apostolado da Oração, Movimento de Cursilhos de Cristandade, Movimento Familiar Cristão, Renovação Carismática Católica, Movimento da Mãe Peregrina de Schönstatt. Hoje, Santo Amaro da Imperatriz já não é mais uma cidade do interior. A sua proximidade à capital catarinense trouxe vantagens, mas também os problemas das cidades grandes, como as drogas.
Da esq. para dir: Sebastião, Luana, Alzerina, Maycon e Paulo Coelho
A IRMÃ MAIS ANTIGA DA FRATERNIDADE Dª Norma Roth tinha 21 anos quando começou a trabalhar na Fraternidade Santo Amaro. Hoje são 46 anos de serviços, que em nenhum momento foi feito “sem carinho e amor”. Para ela, os frades são a sua família. Não é casada, reside a poucos metros da matriz e sua família de sangue está “espalhada pela redondeza”. Ficar longe da fraternidade nas férias é um sacrifício: “Não sei o que fazer”, confessa. Até mesmo num período curto, como no último dia 26 de agosto, quando fez a sua segunda viagem internacional. Depois de conhecer a Alemanha, juntou-se a uma excursão para visitar Buenos Aires. Em 46 anos não se lembra de quantos frades passou pela fraternidade. Um deles, ela conhece bem: Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial. “A irmã dele é minha vizinha e conheci o Fidêncio ainda pequeno, quando entrou para o seminário”. O quadro de funcionários da Fraternidade é composto, além de Norma Roth, por Alzerina Coelho, 15 anos de serviços gerais; Maycon Machado Passig, pedreiro; Luana Kravtz, auxiliar da Secretaria; Sebastião Bruggemann, serviços gerais; e Paulo Coelho, auxiliar contábil.
4 ● Comunicações ● Suplemento Especial
A Paróquia
Teresópolis,
onde a Província da Imaculada renasceu
U
ma das comunidades
como conta o Livro de Crônicas do
atendidas pelos frades da
Convento: “Finalmente no ano de
Paróquia de Santo Amaro
1899, o Bispo de Curitiba, Dom José
é a de Santa Teresa D’Ávila, em Tere-
de Camargo Barros, consentiu que
sópolis, uma pequena vila próxima
Teresópolis fosse administrada pelo
de Santo Amaro da Imperatriz. Ela,
Convento de Blumenau, ainda sob a
contudo, é muito especial para os
condição de que dois padres fossem
frades. Foi ali que se iniciou o proje-
destinados a Curitiba, a fim de funda-
to de restauração da Província Fran-
rem ali uma residência”.
ciscana da Imaculada Conceição
com a proclamação da República
do Brasil com a chegada de quatro
no Brasil e nova ordem jurídica, as
A PRIMEIRA FRATERNIDADE
frades alemães, da Província de
Ordens religiosas voltaram a ter
Santa Cruz da Saxônia, no dia 10 de
vida normal. As províncias de Santo
julho de 1891. Os nomes deles estão
Antônio e da Imaculada Conceição
gravados num monumento inaugu-
receberam missionários da Provín-
rado por ocasião do centenário da
cia alemã de Santa Cruz e teve início
restauração (2000): Frei Amando
o processo de restauração. Como os
Bahlmann, Frei Xixto Meiwes, Frei
conventos do Norte estavam vazios,
Maurício Schmalor e Frei Humberto
a Província alemã preferiu não man-
Themans.
ter a fraternidade em Teresópolis e
Em maio de 1900, os frades estavam de volta a Santo Amaro de Cubatão (ainda não era da Imperatriz), para formar a primeira fraternidade: três padres e 2 irmãos religiosos. Frei Xisto foi o pároco. Em 1906, foi inaugurado o Convento dos frades, ficando a conclusão da capela para 1908. Em 1913, foi erguida uma nova residência ao lado da matriz e o Convento antigo foi adquirido
A Província chegou ao final de
somente Frei Xisto ficou no local. No
1900 com apenas um frade vivo,
início de 1899, Frei Xisto recebeu do
Frei João do Amor Divino, em con-
bispo a incumbência de abrir um
sequência de uma lei do Marquês
convento em Curitiba. Com isso,
de Pombal que proibia o ingresso
vários frades de Blumenau deram
de postulantes à vida religiosa. Mas
assistência a Teresópolis até 1900,
pelas Irmãs da Divina Providência. Frei Fidêncio Feldmann, que é o padrinho de um dos salões paroquiais, ampliou a residência em 1960. Mais tarde, em 1977 e 1993 foram feitas novas reformas. Comunicações ● Suplemento Especial ●
5
A Paróquia
Desenho do que seria a igreja dedicada a Sant’Ana, em 1845, quando da visita de D. Pedro II e de Dª. Teresa Cristina.
Igreja Matriz de Santo Amaro, provável fotografia feita no início da década de 1900.
A igreja Matriz atual, depois de ter sofrido várias reformas no século passado.
As igrejas de Santo Amaro
A
inauguração da primeira
de São Pedro de Alcântara, Vargem
Amaro (veja box abaixo). Nesse perío-
igreja de Santo Amaro se
Grande, Santa Isabel e Teresópolis.
do, o fato importante foi a criação da
deu no dia 26 de julho de
No final da década de 1840, a primeira
Paróquia no dia 29 de maio de 1854.
1838 e teve Sant’Ana como padroei-
igreja estava em precárias condições
A terceira igreja teve a pedra
ra. Devido a isso, a localidade que se
e o povo decidiu pela construção de
fundamental lançada no dia 22 de
chamava Arraial do Cubatão passou
uma nova. Ela foi construída em ter-
setembro de 1907, sendo Frei Jacó
a se chamar Arraial de Sant’Ana do
ras doadas para esta finalidade pelo
Höfer o grande líder desta emprei-
Cubatão. Além dos açorianos, no
então capitão João Marcos Pereira
tada. A inauguração se deu no dia
século XIX, a população de Santo
de Andrade, no cume de uma colina
12 de novembro de 1911. Até o
Amaro foi reforçada em número
em sua propriedade. A inauguração
final deste século, várias reformas e
com a chegada dos imigrantes
se deu no dia 15 de janeiro de 1856
melhorias foram feitas para manter
alemães, que se fixaram nas vilas
e passou a ter como padroeiro Santo
a bela igreja.
aproximadamente, dois metros de comprimento por oitenta centímetros de largura. Como o caixote não tinha destinatário determinado, nem remetente expresso, a população decidiu-se pela suposta recepção da encomenda. O Pe. Macário César de Alexandria e Souza, da Paróquia de São José, determinou que o caixote fosse guardado à espera do dono, que nunca apareceu. Em 10 de janeiro de 1854, ele decidiu numa reunião abrir o caixote: era a imagem de Santo Amaro, beneditino festejado em 15 de janeiro. No dia 15, cinco dias depois, a imagem foi levada em procissão para a matriz, com honras de padroeira. Foi nessa época que a localidade passou a se chamar Arraial de Santo Amaro do Cubatão. Mais tarde, em 1860, um relatório do Pe. Macário ao presidente da Província afirmava que a imagem foi doada por ele e o “resplendor
de prata da mesma imagem foi doado pelo falecido Francisco Pereira D’Ávila”. Com a reforma e restauração da matriz, iniciadas em 1990 e inauguradas em 30 de novembro de 1996, a histórica imagem de seu padroeiro Santo Amaro foi entronizada num nicho existente no alto da fachada, onde ainda permanece.
MISTÉRIOS E DÚVIDAS SOBRE AS ORIGENS DA IMAGEM DE SANTO AMARO Em 22 de junho de 1850, o carroceiro Honório Jacinto Pacheco da Silva chegou ao Arraial para efetuar a entrega de um caixote, cuja encomenda era desconhecida. Media,
6 ● Comunicações ● Suplemento Especial
A Paróquia
O interior da Igreja
S
egundo o livro do Tombo, a reforma da igreja de 1994 foi a maior de todas.
Destaque para a parte artística e decorativa, como ao fundo do presbitério, onde se encontra a pintura de um enorme painel, abstrata e decorativa, contendo os elementos água, vento e fogo, que lembram o Espírito Santo. Esta pintura ser ve como elemento decorativo e pano de fundo para quatro grandes esculturas em madeira: a Cruz Central com a imagem do Cristo Crucificado, ladeada pela imagem de Nossa Senhora e São João Apóstolo. Acima da cruz, como ponto central, encontra-se a escultura da imagem do Espírito Santo. O altar da celebração, o altar do SSmo. Sacramento, juntamente com os ambões e o tabernáculo, trazem elementos decorativos em mosaicos. As paredes do fundo dos altares laterais, das imagens de Santo Amaro e Sagrado Coração de Jesus, também são decoradas com painéis. Os ambões e o tabernáculo trazem elementos decorativos em mosaicos, que tiveram acompanhamento do arquiteto Lorenz Johannes Hailmair e do engenheiro Gerhardt Yurk e Günter Korczorski. Comunicações ● Suplemento Especial ●
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A Paróquia
Pompa, fé e circunstância na Festa do Divino
A
tradição da Festa do Divino fitas coloridas e, muitas vezes, flores. Espírito Santo é antiga em Com o envio das bandeiras, carSanto Amaro da Imperatriz. regadas por procuradores, a festa do Como em muitas cidades brasileiras, Divino se torna itinerante. Junto do ela chegou com os portugueses, procurador, estão os foliões, com no especialmente nas áreas colonizadas mínimo três cantores, em três instrupelos açorianos, já que a devoção mentos: rebeca ou violino, tamborim, era muito forte no arquipélago dos cavaquinho ou violão. A cantoria é Açores. Desde a criação da Paróquia, afinada em três vozes também. há 156 anos, a festa mobiliza a cidade Um tambor ressoa para avisar num evento de múlque o folião está tiplas representações chegando. A visita culturais e religiosas. da bandeira emoDurante os cinciona os visitados quenta dias do tempo e, com a gratidão pascal, ou seja, do doe a fé no Divino mingo da RessurreiEspírito Santo, fação até Pentecostes, o zem doações para povo se prepara para a festa. Após várias receber a “visita do entoadas (no imFamília Machado. Em pé, o ex-jogador do Flamengo, Espírito Santo” em suas proviso), versos deseLeandro Machado. casas. Tudo começa já na jando prosperidade, missa final do Domingo da Páscoa, felicidade, paz e saúde, a família quando os procuradores recebem agradece a todos os componentes da as bandeiras peditórias que vão bandeira. Para finalizar a despedida percorrer as residências da paróquia. cantada, pede-se para casa e para É aqui que entra o trabalho de todos que a habitam a bênção do Dª Maria Helena Müller, responsável Espírito Santo. por arrumar as bandeiras, uma tradiA bandeira dorme na última ção que herdou de sua mãe, falecida casa visitada durante o dia, depois há três anos. A bandeira é formada da novena. Nove dias antes de Penpor um mastro, que tem no alto a tecostes, as bandeiras peditórias pomba, geralmente esculpida em retornam à sede paroquial, quando madeira, e um pano vermelho re- tem início a novena na Matriz. tangular, com o desenho da pomba O ritual da festa no centro, na cor branca, de onde Na sexta-feira que antecede emanam sete raios dourados, repre- ao domingo de Pentecostes, início sentando sete dons do Espírito Santo. Abaixo da pomba ficam as longas 8 ● Comunicações ● Suplemento Especial
da festa, o Prefeito de Santo Amaro da Imperatriz entrega as chaves
A Paróquia ao imperador da Festa do Divino, simbolizando que nos três dias de festividades ele “governa” a cidade. Segundo Maria Müller, na sexta é realizado o Baile do Imperador, com todos os ex-festeiros. “Aqui, a festa é bastante movimentada por turistas no final de semana. A segunda-feira é reservada mais para o povo da cidade”, observa Dona Maria. No sábado, é celebrada a Missa da Coroação. O cortejo, meia hora antes das celebrações eucarísticas, sai da Maria Müller Prefeitura em desfile pelas ruas da cidade até a Igreja Matriz, acompanhado pela banda de música. As ruas e, sobretudo, as residências são decoradas com bandeirinhas ou símbolos que remetem ao Espírito Santo. Na celebração, o presidente coroa o imperador e inicia-se a celebração solene da Festa do Divino Espírito Santo. Antes do ofertório, o imperador oferece sua coroa ao Espírito Santo, colocando-a sobre o altar. Segue-se normalmente a celebração eucarística. Antes da bênção final, o celebrante entrega a coroa ao
imperador e, em seguida, abençoa o povo. O ritual do Cortejo Imperial e da Missa da Coroação é repetido no domingo pela manhã e à noite, e na segunda-feira pela manhã. Em cada cortejo, a corte imperial troca de figurino, tornando o evento ainda mais luxuoso e atrativo. No domingo, antes da Missa das 19 horas, o casal imperial anuncia o nome de seu sucessor para o próximo ano, que é feito por sorteio. A realização da Festa do Divino, contudo, nem sempre foi um mar de rosas. Vários bispos e padres manifestaram a preocupação com o crescimento do profano em detrimento do religioso. Além disso, a centralização da festa nas mãos dos leigos e a falta de controle do seu ritual, o destino dos recursos arrecadados criaram situações de conflito. Em 1990, o livro de crônicas da Fraternidade Franciscana ressalta o luxo da festa, destoando de sua origem. De qualquer forma, com proibições ou não, a festa é um referencial religioso-folclórico dos catarinenses.
AS ORIGENS Conta-se que a origem desta festa tem início no século XIII, quando a rainha, Santa Isabel, filha de D. Pedro III, rei de Aragão, e esposa de D. Dinis, rei de Portugal, fizera uma promessa de oferecer o cetro e a coroa ao Divino Espírito Santo para que reinasse a paz entre o povo e a família real. Suas preces foram atendidas. Segundo o livro de Toni Jochem, “Uma Caminhada de Fé”, “a instituição da Festa do Divino Espírito Santo em terras de Portugal é, por norma, atribuída à Rainha Santa Isabel. Mas como a devoção ao Espírito Santo já lhe era anterior, o que nos parece ser-lhe de crédito é o oferecimento da coroa real ao Espírito Santo e o início da tradição da participação da Corte nas solenidades litúrgicas no dia de Pentecostes”.
Comunicações ● Suplemento Especial ●
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A Fraternidade
Entrevista
das celebrações; é considerável
Frei Carlos Ignacia
o número de lideranças e os
Guardião e pároco da Fraternidade de Santo Amaro, Frei Carlos Ignacia nasceu em Criciúma, Santa Catarina, no dia 9 de maio de 1975 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 15 de janeiro de 1994. Desde a sua ordenação presbiteral, no dia 24 de maio de 2003, Frei Carlos tem o primeiro grande desafio como religioso franciscano ao assumir a Fraternidade e a Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz em 2010. Mas apesar dos desafios, Frei Carlos faz com alegria este trabalho de evangelização.
esperança, mesmo sabendo
momentos de formação. Isso é motivo de alegria e que também existem desafios e dificuldades que precisam ser superados. Comunicações - O que é mais difícil: ser guardião ou pároco? Frei Carlos - Estar à frente da caminhada de uma comunidade de fé é uma responsabilidade muito grande.
Comunicações - Desde a
Porém, construir fraternidade,
sua ordenação, esta é a
mesmo com as diferenças e
primeira Paróquia que
particularidades, é bem mais
assume. Como é ser um
exigente.
jovem pároco? Frei Carlos - Eu gosto
Comunicações - Quais os
do trabalho paroquial.
fatores externos que mais
É motivo de alegria
geram ameaças à vida
poder contribuir com a
paroquial?
Igreja neste trabalho de
Frei Carlos - Algumas
evangelização. Porém,
situações particulares que
é uma experiência nova
já fazem parte da vida das
e, por isso mesmo,
nossas famílias influenciam
desafiadora e exigente.
em muito a vida de fé e a forma de participação na
Comunicações - O que
comunidade.
está achando da nova
Poderíamos enumerar a
paróquia?
preocupação com os vícios e
Apesar de vir de
as drogas; a supervalorização
uma cidade com
dos bens materiais e o
características
consumismo; a defasagem
semelhantes, há
na qualidade da educação
diferenças?
escolar e também da
Frei Carlos - É visível a
educação religiosa; a falta de diálogo e a violência familiar;
devoção e o fervor do
fiéis; é expressiva a vinculação
povo e é grande a participação
das famílias às pastorais e
a falta de comprometimento
nas celebrações, apesar de não
movimentos e notável o empenho
pessoal e o crescente leque de
representar a totalidade dos
das comunidades na preparação
opções religiosas.
10 ● Comunicações ● Suplemento Especial
A Fraternidade
Frei Gamaliel Devigili: estudioso das Fontes
no Provincialado, em São Paulo, e
Natural de Santa Maria, uma
foi transferido para Petrópolis no
comunidade do município de
ano seguinte.
Rodeio, em Santa Catarina, Frei
Frei Gama gosta de um bom
Gamaliel vai completar 60 anos de
papo, recorda com saudades de
vida religiosa em 2011.
Frei Hermógenes Harada, dos
Grande parte deste tempo
tempos difíceis do regime militar,
passou em Petrópolis e Rio de
das viagens por esse Brasil afora
Janeiro como professor do Centro
dando cursos e acha que a crise de
Franciscano de Petrópolis (Cefepal)
vocações não é exclusiva da Igreja,
e do Instituto Teológico Francisca-
mas da sociedade. “O mundo é do
no (ITF).
descartável e o perigo é jogar fora
Em 1987, fez parte de uma
o tesouro recebido”, alerta, lem-
comissão do Cefepal, coordenada
brando da parábola do Evangelho.
por Frei Dorvalino Francisco Fassini, para traduzir os textos originais
PIONEIRO EM AGUDOS
das Fontes Franciscanas da edição
No ano passado, por ocasião
italiana, da Ed. Porziuncola.
das festividades de 60 anos
Com a mudança do Instituto
do Seminário de Agudos, Frei
Filosófico São Boaventura para
Gamaliel ouviu muito falar das
Rondinha, Frei Gama, como é co-
primeiras turmas que chegaram
nhecido, deslocava-se de ônibus
ao Seminário de Agudos. Mas
do Rio para Curitiba para dar aulas.
não ouviu falar do grupo de
Em 2003 deixou de lecionar para
6 seminaristas pioneiros, que
assumir o serviço de guardião da
chegaram um mês antes à nova
Fraternidade Santo Antônio, em Florianópolis, onde ficou por seis
Frei Bruno Linden e visitou a casa
anos, até ser transferido no início
de meus pais. Não sei por que, mas
de 2010 para Santo Amaro da Im-
ele me marcou. Depois passou lá
peratriz, como vigário paroquial.
Frei Ladislau e me perguntou se
Sua história vocacional, con-
não queria ir com ele.
tudo, começa bem antes em Santa
Disse que sim e, em 1943,
Maria. “Nesta comunidade, o padre
ingressei no Seminário de Bom
vinha uma vez por ano. Eram as ca-
Retiro, que hoje se chama Luzerna
tequistas que davam aulas e faziam
(na época, Joaçaba era Cruzeiro do
celebrações.
Sul). Era tempo de guerra e tinha de
Um dia uma catequista per-
carregar salvo-conduto”, recorda.
guntou quem queria ser padre.
Depois de Filosofia e Teologia, Frei
Todo mundo levantou o braço,
Gama estudou em Roma (58-61) e
menos eu. Mais tarde passou lá
na Alemanha (61-63). Em 63, ficou
casa de formação. Por isso, neste espaço, corrigimos este lapso. Segundo Frei Gamaliel, que como seminarista se chamava Honorato Devigili, formaram com ele este grupo: Fioravante Moretto, Francisco Roldo, Isaías dos Reis, do 2º ano Científico/ Clássico, e Joel Lorenzetti e Luís Balbinot, do 1º ano Científico/ Clássico. Só no dia 31 de janeiro de 1950 as três turmas do Científico chegaram a Agudos.
Comunicações ● Suplemento Especial ●
11
A Fraternidade
Frei Hugolino Back e o apostolado da saúde O antigo convento que serviu de residência aos frades no início do século passado, depois passou para as Irmãs da Divina Providência e foi adquirido pela Família Müller, hoje é simplesmente conhecido como Conventinho do Divino Espírito Santo. Ele é o espaço escolhido por Frei Hugolino Back para exercer o seu apostolado da saúde e cura, através da imposição das mãos. Diariamente, centenas de pessoas procuram o frade para buscar alívio aos seus males. Quando chegou a Santo Amaro, em 27 de abril de 1985, Frei Hugolino era auxiliado por seu primo Frei Gervásio Perardt. Hoje, mesmo doente, caminhando com dificuldades, Frei Hugolino passa o dia inteiro nesta “prática milenar” e que, segundo ele, foi repetida no Evangelho por Jesus: Ide e curai os doentes impondo-lhes as mãos. Ao meu pedido de entrevista, ele preferiu fazer um depoimento sobre sua vida, desde o nascimento até os dias de hoje. Nascido no Rancho de Táboas, no interior do município de Angelina, Frei Hugolino conta que seu nascimento gerou muito expectativa na família. “Minha mãe havia perdido dez gestações. Com medo de acontecer o mesmo, fez uma promessa a Nossa Senhora de Lourdes, na Gruta de Angelina, que subiria o morro, per-
cumpriu a promessa. No caminho
Hugolino, sua vida começa a mudar
correndo as 14 estações da Via Sacra,
para a casa dos pais da mãe, um aci-
aqui. Dado como morto, o bebê já
com o menino nos braços”.
dente com o cavalo jogou a mãe e o
estava sendo velado quando o tio
Evaldo, seu nome de batismo,
bebê para dentro de uma valeta. Que-
Pedro, futuro Frei Crispim, pegou o
nasceu um bebê forte e bonito. Pas-
rendo sair da vala, o cavalo pisoteou
bebê no colo e gritou para ele voltar
sados os 40 dias de repouso, Dª Maria
a cabeça do menino. Segundo Frei
à vida. O espanto tomou conta de
12 ● Comunicações ● Suplemento Especial
A Fraternidade Blumenau e, segundo ele, fazendo crescer também a desconfiança de seus confrades. Transferido para a Alemanha, ele decidiu não mais fazer uso de seus poderes. Mas voltou às mumificações quando se deparou diante de muitos coelhos selvagens na horta que cuidava. Ele resolveu contar aos confrades alemães sobre suas experiências e lá também aconteceu o mesmo fenômeno de todos quando a criança começou a
Além de Frei Crispim, Frei Gervásio
Blumenau. Ao voltar para o Brasil,
chorar. Segundo Frei Hugolino, no
e Frei Hugolino, todos da mesma
enfrentou novamente dificuldades
lado em que sua cabeça foi pisoteado,
família, é considerado paranormal
para convencer as pessoas de seus
formou-se uma profunda concavida-
Frei Zeno Walbroehl, que morou em
poderes. Por exemplo, em Angelina,
de, “como uma bola murcha”. “O mais
Angelina.
o guardião, as irmãs e o poder público
incrível é que ao longo dos anos a
Em 1974, com 47 anos, doente e
não o quiseram lá. Foi a partir de en-
marca desapareceu sem precisar de
cansado, Frei Hugolino trabalhava no
tão que encontrou o local que sonhou
cirurgia”. No livro “O Poder da fé”, de
Convento de Blumenau. Um dia rece-
em Santo Amaro da Imperatriz.
Pedro A. Grisa, fazendo uma análise
beu a notícia que um parapsicólogo,
De carro, de ônibus, a pé, as
parapsicológica diz o seguinte: “Se
Pe. Arlindo Mombach, iria ministrar
pessoas vêm de todas as cidades cata-
Evaldo esteve realmente morto, ou
um curso so-
rinenses e até de outros es-
apenas em estado cataléptico, du-
bre o poder
tados para ter a imposição
rante tantas horas, não se questiona.
da mente.
das mãos de Frei Hugolino.
O que importa é que Pedro, com sua
Co nv i d a d o
É o caso de Marian Cirene
fé e poder mental, o trouxe de volta
pelo pales-
Felisbino, de Blumenau,
à vida, para que o mundo pudesse
trante, ele
que conta que foi curada
conhecer e ser beneficiado com os
gostou mui-
em 2007 de um câncer
poderes curativos desse fantástico e
to do que ou-
de mama categoria 5. “A
sempre modesto frade franciscano
viu, mas tirou
doença atingiu o fígado,
Frei Hugolino Back”.
a pior nota da
Marian Cirene Felisbino
útero, rins e mama. Não
O RELIGIOSO E OS PODERES
turma. Envergo-
PARANORMAIS
nhado, surpreendeu a todos ao se
que não traria nenhum benefício.
Aos 16 anos, sua vocação re-
levantar e gritar: “É assim mesmo que
Hoje, estou curada”, garante. Frei
ligiosa começou a ficar mais forte.
serei célebre!” O curso despertou o in-
Hugolino já construiu seu túmulo ao
Contudo, tinha medo da reação do
teresse em Frei Hugolino, que passou
lado do Conventinho e escreveu na
pai, porque era arrimo de família e
a ler livros de Parapsicologia e ensaiar
lápide: “Mais consciente que outrora,
não sabia ler para entrar no convento.
experiências, até perceber que conse-
renovo minha opção. Meu caminho
Mas o tio Crispim o tranquilizou:“Para
guia mumificar carnes. E Pe. Arlindo
eu prossigo, vivendo minha vocação.
ser um irmão leigo, como eu, não é
ensinou a mumificar à distância. A
Dar um pouco de esperança e paz a
preciso ter estudos”. Com o apoio do
partir deste momento, através da
meus irmãos. Ser amigo dos que so-
pai, Evaldo ingressou no seminário
imposição das mãos, curou doenças,
frem, aliviando a sua dor. Finalmente
e recebeu o nome de Frei Hugolino.
fazendo crescer o apostolado em
eu espero encontrar-me com o Amor”.
quiseram fazer a biópsia por-
Comunicações ● Suplemento Especial ●
13
A Fraternidade
Frei René Zarpelon Dos Maristas aos Franciscanos Aos 49 anos, Frei René Zarpelon foi ordenado presbítero há pouco tempo, em 2005. Sua história vocacional, contudo, começou bem antes, aos 17 anos. Residindo em Herval do Oeste, cidade onde nasceu em 12 de fevereiro de 1961, conhecia e ouvia falar dos franciscanos da vizinha Joaçaba – Frei Bruno Linden ainda estava vivo -, e queria ser frade. Um dia, ele saiu de casa com seu pai para conhecer o Seminário Franciscano de Luzerna, mas tomou outro rumo e acabou parando num Seminário dos Maristas. “Gostei do estágio nos Maristas e, no ano seguinte, voltei para um novo estágio, quando descobri que não eram franciscanos. Mas não quis mudar. Entrei e fiquei 13 anos com eles, embora sempre com a ideia de ser frade. Falei com
o povo e a cidade. “Estou gostando
guiu mobilizar a Paróquia em iniciati-
o Provincial sobre isso, mas ele me
muito da experiência. O povo é mais
vas em prol das vocações. “Na época
disse que era ‘minhoca’ na minha
receptivo, a religiosidade é muito
dos maristas já fazia essa animação
cabeça e que não deveria sair. Antes
intensa”, explica, citando as festivi-
vocacional. Em Coronel Freitas havia
de fazer os votos perpétuos eu decidi
dades que já presenciou nestes 9
um almoço em prol das vocações.
cair fora”, conta Frei René.
meses, como a Festa do Divino.
Aqui tentei, mas não consegui ainda.
Antes de ingressar na Ordem
Como vigário paroquial, vigário
Há jovens que nem têm condições
Franciscana, Frei René terminou o
da casa e animador vocacional local,
de pagar a passagem de ônibus para
Curso de Pedagogia e cursou Filo-
Frei René tem uma vida intensa e até
os encontros”, observa.
sofia na Diocese. Em 1996, ingressou
para rezar está mais difícil. “Rezava
Para ele, a animação vocacional
na Ordem Franciscana e fez um ano
muito mais no tempo de seminá-
tem de partir do exemplo de vida
de franciscanismo em Rondinha,
rio. Hoje não dá para ter uma vida
dos frades. “Faltam testemunhos,
porque já tinha Filosofia. Em seguida,
programada porque surgem mui-
porque os jovens querem desafios.
foi para Petrópolis cursar Teologia.
tos imprevistos. Mesmo quando a
Não adianta tentar convencer o jo-
Como sacerdote, já viveu em
gente arruma tempo para rezar, fica
vem com palavras. Ele quer ver”, diz,
duas fraternidades catarinenses: Co-
pensando em mil e uma coisa que
lembrando que muitas congrega-
ronel Freitas e Xaxim. Não conhecia
tem para fazer no dia seguinte e se
ções estão “apavoradas” por falta de
Santo Amaro da Imperatriz quando
esquece do principal”.
vocações, enquanto os Mosteiros de
foi transferido no início do ano e
Animador do SAV local, Frei
confessa que se surpreendeu com
René lamenta que ainda não conse-
14 ● Comunicações ● Suplemento Especial
Clarissas estão cheios. “Isso também vale para a Província”, completa.
A Fraternidade transferido para Niterói e Ipanema. “Da agitação do Rio, acabei estranhando o silêncio de Forquilhinha. Mas acostumei e de lá fui parar em Ituporanga”, conta Frei Faustino. Veio para Santo Amaro em 2001, quando esteve diante do seu maior pesadelo: amputar a perna direita devido a uma queda no canteiro do convento, que estourou veias e tendões. “Era domingo de Ramos. Eu fiquei ainda uma semana com a perna enfaixada até ser operado no sábado de aleluia. O médico chegou e me disse que se quisesse salvar a vida e a outra perna, precisava amputar. Eu sentia muita dor e gritava dia e noite. Depois da cirurgia, as dores passaram”, recorda Frei Faustino. Segundo o frade, naquele momento não deu para imaginar as consequências. “Lembro que me
Risco de derrame ajuda Frei Faustino
mandaram uma psicóloga para conversar comigo. Ela disse: ´Mandaram-me aqui para falar com o sr’. Disse-lhe: ´Senta aí. Qual é o seu problema?(risos)”, brinca o frade, reconhecendo: “Depois, quando a
A ameaça de um derrame em
que passou pelo Seminário de Agu-
gente vê as limitações, e, muitas ve-
janeiro do ano passado tornou-se
dos nos primórdios. Fez a profissão
zes, a maneira de ser tratado, é duro...”
benéfica para Frei Faustino Tomelin,
solene no dia 2 de fevereiro de 1962
Desde 2001, Frei Faustino é
que precisou fazer um regime e aca-
e foi ordenado sacerdote no dia 14
orientador espiritual da Pastoral
bou se livrando de 30 quilos. Mais
de dezembro de 1963.
da Mãe Peregrina de Schönstatt, quando se iniciou na Paróquia de
enxuto, Frei Faustino exibe uma
Sua primeira transferência
nova prótese de silicone na perna
foi para o Provincialado, no Largo
direita, bem mais confortável que
São Francisco, como secretário do
Diariamente, ele celebra a San-
as anteriores.
Provincial e arquivista. Depois, ficou
ta Missa na residência dos frades,
Natural de Santa Maria (SC),
dois anos em São Lourenço (MG) e
onde participam fiéis da comunida-
Frei Faustino nasceu no dia 29 de
dez anos em Petrópolis, onde foi
de que preferem a Missa de manhã
março de 1937 e ingressou na Or-
com a incumbência de criar uma
(na matriz, a missa diária é celebrada
dem dos Frades Menores no dia 19
paróquia modelo.
às 19 horas). Mas Frei Faustino tam-
de dezembro de 1957. Ele também foi um dos frades
Eleito Definidor, morou em Florianópolis e quando se reelegeu foi
Santo Amaro.
bém preside celebrações na igreja matriz e nas comunidades. Comunicações ● Suplemento Especial ●
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16 ● Comunicações ● Suplemento Especial