Monografia - TFG - Hospital Geral de Mirassol

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ARQUITETURA HOSPITALAR HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE MIRASSOL FELIPE VINICIUS OLIVEIRA DE SOUZA


UNIRP - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

FELIPE VINICIUS OLIVEIRA DE SOUZA

ARQUITETURA HOSPITALAR:

HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE MIRASSOL

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2019


FELIPE VINICIUS OLIVEIRA DE SOUZA

ARQUITETURA HOSPITALAR:

HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE MIRASSOL

Trabalho de Conclusão de Curso na área de arquitetura hospitalar apresentando como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo à Banca Examinadora do Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP

Orientador: Prof. Érika Cristina Pedroso Pereira

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2019


FELIPE VINICIUS OLIVEIRA DE SOUZA

ARQUITETURA HOSPITALAR:

HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE MIRASSOL

Aprovado em:

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BANCA EXAMINADORA

Nome completo (Orientador) Titulação - Instituição

Nome completo Titulação - Instituição

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2019

Nome completo Titulação - Instituição


RESUMO

O presente trabalho aborda o projeto arquitetônico de um hospital geral público na cidade de mirassol. Faz um levantamento sobre os aspectos que levaram a escolha do tema e suas características de necessidade espacial, demanda de atendimento, legislações e implantação do projeto. Palavras chave: Hospital Público. Arquitetura Hospitalar.Análise projetual.


ABSTRACT

The present work deals with the architectural design of a general public hospital in the city of Mirassol. It makes a survey about the aspects that led to the choice of theme and its characteristics of spatial need, service demand, legislation and project implementation. Key words: Public Hospital. Hospital architecture. Design analysis


LISTA DE FIGURAS Figura 1 A apavorante medicina na idade média; Historiazine (Acesso em: 2019) Figura 2 Hotel Dieu; Wikimedia (Acesso em: 2019) Figura 3 Esquema da evolução dos edi cios hospitalares; Miquelin (1992) Figura 4 John William Waterhouse - óleo sobre tela - 1877 uma criança doente trazido para o templo de esculápio ( 1877 ) é uma pintura a óleo pelo Inglês Pre-Raphaelite pintor João william waterhouse . A pintura ( 170 x 208 cen metros ) retrata a esculápio , que era o deus grego da cura . Figura 5 Como as pessoas se tratavam de doenças; Estudomix (Acesso :2019) Figura 6 Hospital na renascença; Miquelin(1992) *Com alteração do autor Figura 7 Hospital na revolução industrial; Miquelin(1992) *Com alteração do autor Figura 8 Hospital na moderno; Miquelin(1992) *Com alteração do autor Figura 9 Santa Casa de Mirassol ;Museu Municipal (2019) Figura 10 Santa Casa de Mirassol, Sala Cirúrgica;Museu Municipal (2019) Figura 11 Esquema da Distribuição Federa va de competências sobre o SUS; Lei n° 8.080, de 1990, LC n° 141, de 2012 (BRASIL, 1990) Figura 12 Sistema de saúde no Brasil - Hierarquizada e Integrada; Góes(2004) Figura 13 Pontos de conceito de flexibilidade; Autor(2019) Figura 14 Zonas Hospitalares segundo Putsep; Miquelin (2002 Figura 15 Organograma básico de um hospital geral; Góes(2004)) Figura 16 Setorização básica de um hospital geral; Góes(2004) Figura 17 Esquema de um corredor simplesmente carregado; Góes(2004) Figura 18 Esquema de um corredor duplamente carregado; Góes(2004) Figura 19 Modelo de quarto de internação; Góes(2004) Figura 20 Modelo de leito individual de internação; Góes(2004) Figura 21 Fachada Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 22 Fachada Hospital Subacute em Mollet entes da reforma; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 23 Croqui do Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 24 Vista do Hospital Subacute em M Figura 25 Vista do Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019)ollet antes da reforma; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 26 Implantação Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 27 Hospital Subacute em Mollet pá o antes ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 28 Hospital Subacute em Mollet pá o após ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 29 Hospital Subacute em Mollet - Pá o acesso ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 30 Hospital Subacute em Mollet - Recepção ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 31 Hospital Subacute em Mollet - Pav 01 ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 32 Hospital Subacute em Mollet - Pav 02 ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 33 Hospital Subacute em Mollet - Pav 03 ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 34 Hospital Subacute em Mollet - Pav 04 ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 35 Hospital Subacute em Mollet - Pav 05 ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 36 Hospital Subacute em Mollet - corredor ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 37 Hospital Subacute em Mollet - sala de oficina ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 36 Hospital Subacute em Mollet - leito ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 38 Hospital Subacute em Mollet - treinamento ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 39 Hospital Subacute em Mollet - Pá o com Paisagismo ; ArchDaily(Acesso em 2019) Figura 40 Hospital Sarah Lago Norte - Vista Aérea ; LIMA, 2002) Figura 41 Corte esquemá co - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 42 Planta 01 - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 43 Maquete de implantação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 43 Planta 02 - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 44 Enfermagem - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 45 Refeitório - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 46 Quadra - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 47 Auditório - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 48 Corte Implantação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 49 Quadra - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) * Com alteração do Autor Figura 50 Corte sistema de ven lação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 51 Centro - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)


LISTA DE FIGURAS Figura 52 Acesso - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 53 Galpão Náu co - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 54 Área Verde - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 55 Circulação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) Figura 56 Fachada - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com, Acesso:2019) Figura 56b Croqui Internação - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019 Figura 57 Leito - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 58 Posto de Enfermagem- Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 59 Croqui Recepção - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019 Figura 60 Posto de Enfermagem - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 61 Recepção Térreo - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 62 Croqui Subsolo - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019 Figura 63 Tomografia- Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 64 Ambulatório - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 65 Croqui UTI - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019 Figura 66 UTI Cardio - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019) Figura 67 Perímetro Urbano de Mirassol; Google Earth (Abril,2019) Figura 68 Imagem de satélite de Mirassol; Google Earth (Abril,2019) Figura 70 Mapa de Mirassol; Google Earth (Abril,2019) Figura 71 Pirâmide Etária de Mirassol; IBGE (2010)

Figura 72 Censos e Es ma vas; IBGE (2010) Figura 73 Mortalidade em Mirassol; IBGE (2010) Figura 74 Estabelecimentos de saúde por po em Mirassol ; CNES (2010) Figura 75 Número de leitos em Mirassol por po; CNES (2010) Figura 76 Número de leitos por habitante em Mirassol; CNES (2010) Figura 77 Média de permanência nos leitos em Mirassol; CNES (2010) Figura 78 Unidades disponíveis (por nível) para a população; Autor (2019) Figura 79 Triângulação dos terrenos propostos ; Google Earth (Autor,2019)

Figura 80 Terreno 01 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 82 Terreno 02 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 83 Terreno 03 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 84 Terreno 03 no ano de 2002 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 85 Terreno 03 no ano de 2010 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 86 Terreno 03 no ano de 2012 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 87 Terreno 03 no ano de 2013 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 88 Terreno 03 (contrução da UPA) no ano de 2013 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 89 Terreno 03 no ano de 2017 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 90 Área da Santa Casa; Autor (2019) Figura 91 Pá o Interno da Santa Casa; Autor (2019) Figura 92 Fachada da Santa Casa; Autor (2019) Figura 93 Terreno 03 no ano de 2019 ; Google Earth (Autor,2019) Figura 94 Acesso Análises Clínicas da Santa Casa; Autor (2019) Figura 95 Acesso ambulatórios da Santa Casa; Autor (2019) Figura 96 Vista da Santa Casa; Autor (2019) Figura 97 Recepção da Santa Casa; Autor (2019) Figura 98 Acentos na recepção da Santa Casa; Autor (2019) Figura 99 Corredor de leitos da Santa Casa; Autor (2019) Figura 100 Acesso ao pá o da Santa Casa; Autor (2019) Figura 101 Circulação da Santa Casa; Autor (2019) Figura 102 Corredor 02 da Santa Casa; Autor (2019) Figura 103 Mapa de uso do solo; Autor (2019) Figura 104 Mapa de gabarito; Autor (2019) Figura 105 Mapa Hierarquia sica e funcional da vias; Autor (2019) Figura 106 Mapa Transporte público; Autor (2019) Figura 107 Imagem do portal, menu de pesquisa onde é disposto diferentes formas para a pesquisa do ambiente desejado. Disponível em: h p://somasus.saude.gov.br/somasus/redirect!tamanhoTela.ac on ( Acesso em Abril de 2019) Figura 108 Imagem do portal, Leiaute proposto para um quarto de internação Disponível em: h p://somasus.saude.gov.br/somasus/consultaAtribuicao!relLayout.ac on?co_ambient e=787&SOMASUS_TOKEN=YHN5-B7EX-I6LV-C5YG-4SIX-NJH3-OUD4-50EL( Acesso em Abril de 2019)


LISTA DE FIGURAS Figura 108 Imagem do portal, Leiaute proposto para um quarto de internação Disponível em: h p://somasus.saude.gov.br/somasus/consultaAtribuicao!relLayout.ac on?co_ambient e=787&SOMASUS_TOKEN=YHN5-B7EX-I6LV-C5YG-4SIX-NJH3-OUD4-50EL( Acesso em Abril de 2019) Figura 109 Imagem do portal, descrição dos equipamentos que devem compor o laioute. Disponível em: somasus.saude.gov.br/somasus/consultaAtribuicao!relEquipamento.ac on?co_ambient e=787&SOMASUS_TOKEN=YHN5-B7EX-I6LV-C5YG-4SIX-NJH3-OUD4-50EL ( Acesso em Abril de 2019) Figura 110 Tabela de elaboração de Ambientes; Autor(2019) Figura 111 Croqui plano de massa, Autor (2019) Figura 112 Croqui plano de massa, Av Eliezer Magalhães, Autor (2019)


SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO

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2 - O SURGIMENTO DOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES

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3 - O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO

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4 - PLANEJAMENTO DO ESPAÇO DE SAÚDE

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5 - REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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6 - MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA

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7 - O LOCAL DO PROJETO

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8 - LEGISLAÇÃO

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9 - PLANO DE NECESSIDADES; ORGANOGRAMA; FLUXOGRAMA; PLANO DE MASSAS 10 - O PROJETO

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INTRODUÇÃO conveniadas com ins tuições par culares) que possam atuar nos atendimentos, diagnós cos mais específicos e em cirurgias, sem que sejam encaminhados para os polos hospitalares de São José do Rio Preto.

A saúde é um dos pilares para a sustentação da vida e a responsabilidade em torno de diferentes áreas para dar suporte à medicina é sem dúvidas de extrema importância, a arquitetura como esperado está enraizada e influencia no co diano de pacientes e profissionais que zelam pela vida.

Os atendimentos em São José do Rio Preto se tornam mais burocrá cos e demorados, seja pela falta de facilidade na locomoção ou até a demanda alta que se estabelece na cidade composta por vários pos de atendimentos, já que as ins tuições que recebem os pacientes mirassolenses muitas vezes encabeçam um atendimento que engloba toda a sua região ou até em casos mais específicos todo o Brasil, isso trás um retardo no atendimento e diagnós co.

O papel de um projeto de arquitetura hospitalar entra para dar suporte aos processos médicos que irão ocorrer no prédio, atentando-se sobre os vários processos que ocorrerão neste cenário bem como a organização adequada dos fluxos gerados e sob tudo o conforto e segurança do paciente em tratamento. Este trabalho tem como obje vo resgatar a qualidade da saúde na cidade de Mirassol, por meio de um projeto arquitetônico hospitalar que atenda as necessidades do município e eventualmente a sua região.

A cidade de Mirassol já contou no passado com uma ordem filantrópica que nha uma parceria com o SUS que supria as necessidades da micro-região do município em diferentes áreas de saúde, a Santa casa da Misericórdia de Mirassol era man da por uma ins tuição religiosa que suspendeu suas a vidades no ano e 2003 por decisão judicial. Logo após o encerramento das a vidades da Santa Casa a cidade ficou sem atendimento médico local.

Contudo o intuito é demonstrar que a mescla de um espaço adequado com um planejamento de inserção correto pode ser a melhor forma de dar respaldo à demanda da população da localidade e descentralizar os centros de tratamentos que se tornam cada vez mais lotados e atendem de forma caó ca. Dados levantados ao longo dos anos pelo Ministério da Saúde demonstram que a saúde pública no Brasil está cada vez mais deficiente, seja pela falta de profissionais, polí cas públicas direcionadas para a área e por fim a falta de estrutura para a demanda solicitada de atendimento.

A ins tuição filantrópica São Francisco de Assis comprou um hospital (com 50 leitos) localizado no centro da cidade e assim passou a atender os pacientes da rede pública e o hospital ficou popularmente conhecido na cidade como “Hospital da Maternidade”, sendo que os atendimento não ficam restritos apenas a tratamentos relacionados a obstetrícia e sim em internações e cirurgias de baixa e média complexidade.

Atualmente o município de Mirassol está localizado no âmbito de saúde per nente a região de São José do Rio Preto, sendo que segundo dados levantados pela Secretaria Execu va do Ministério da saúde feitas no ano de 2010 apontaram que não há um hospital de atendimento público na cidade (excluindo vertentes filantrópicas ou

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INTRODUÇÃO É necessária a implantação de um espaço de saúde pública que esteja ligada diretamente com a coordenação do Sistema único de Saúde (SUS), para que haja um maior equilíbrio e estabilidade no atendimento dos pacientes. Os 50 leitos do Hospital filantrópico da maternidade não são suficientes para o atendimento de todos, pois se formos seguir a proposta da OMS é necessária de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Sendo assim a proposta deste trabalho de conclusão do curso é ordenar com a adição de um novo hospital que atenderá a complexidade de nível três, isto é, urgência, emergência, cirurgias ele vas, cirurgias emergenciais para até 150 leitos.

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O SURGIMENTO DOS EDIFÍCIOS

HOSPITALARES

Devemos entender o passado e os processos que ocorreram com os edi cios hospitalares para que tenha-se uma bagagem histórica que estará diretamente ligada na concepção do projeto, pois assim vemos o que já foi feito e o que foi melhorado no decorrer da história.


O SURGIMENTO DOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES O suporte a vida é presente na história dos seres humanos desde sempre, sendo existentes as mais variadas formas de tratamento a algum po de alteração na saúde, sejam por questões culturais, religiosas e geográficas. Podemos traçar uma linha temporal e ao mesmo tempo cultural dos edi cios hospitalares nos seus primórdios lá na Idade Média, já que enquanto era pra cada uma forma de medicina de cura no Oriente, o Ocidente estava trabalhando com ins tuições de cunho religioso que por sua vez se preocupavam com os desafortunados que necessitavam de ajuda. Segundo Miquelin (1992) foi na idade média teve os pequenos lampejos sobre os hospitais, já que os enfermos iam ate locais específicos para esperar por sua morte que muitas vezes era inevitável, seja pela falta de métodos medicinais na época ou a falta de conhecimento sobre doenças que até o momento eram tratadas como cas gos divinos sob a ó ca religiosa da Europa medieval. (MIQUELIN,1992)

Figura 1 A apavorante medicina na idade média; Historiazine (Acesso em: 2019)

O primeiro grande hospital foi construído em Paris na França bem as margens do rio Sena em 661, o Hôtel Dieu foi criado por São Landerico.

(...) O obje vo dos edi cios era mais a proteção dos que estavam fora do que o atendimento para os pacientes sob custódia. E uma vez dentro, sob custódia, havia pouca esperança de recuperação. (...) (MIQUELIN; Cap.1 ,1992 – pg.27)

Na idade média veio o surgimento da Lepra, que causou uma forte influencia na forma dos edi cios hospitalares, onde os enfermos eram levados para o tratamento sob a ó ca da igreja, sendo que os edi cios muito se assemelhavam com as construções religiosas da época. Figura 2 Hotel Dieu; Wikimedia (Acesso em: 2019)

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O2SURGIMENTO - O SURGIMENTO DOSDOS EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES HOSPITALARES e segundo TOLEDO (2002, pg 9 ) não se deve exis r mais locais de exclusão e sim de cura.

Na babilônia, por exemplo, é descrito pelo historiador HERÓDOTO como um berço para o que viria a serem os hospitais, onde as pessoas procuravam tratamentos para suas enfermidades nos grandes mercados espalhados pela cidade:

[...] o hospital é um meio de intervenção sobre o doente. A arquitetura do hospital deve ser fator e instrumento de cura. O hospital−exclusão, onde se rejeitam os doentes para a morte, não deve mais exis r. A arquitetura hospitalar é um instrumento de cura de mesmo estatuto que um regime alimentar, uma sangria ou um gesto médico. O espaço hospitalar é medicalizado em sua função e em seus efeitos. − Esta é a primeira caracterís ca da transformação do hospital no final do século XVIII [...].

“Os doentes eram conduzidos ao mercado, porque não exis am médicos. Os que passavam pelo doente interpelavam-no com o intuito de verificar se êles próprios nham sofrido o mesmo mal ou sabiam de outros que vessem do. Podiam assim propor o tratamento que lhes fôra eficaz ou eficaz na cura de pessoas de suas relações. E não era permi do passar pelo doente em silêncio. Todos deviam indagar a causa da sua molés a.” (HALICARNASSUS; Livro I ,pg.197)

Atualmente a atribuição dos hospitais vem do pensamento Grego, nosocomium – cujo significado é tratar os doentes. Somente com o surgimento do cris anismo que os hospitais passaram a ter a função de tratamentos de doentes de fato, como para alguns autores se data em 269ª 372 D.C onde foi fundado por São Basílio o primeiro hospital cristão em Cesária na capadócia, já alguns acreditam que do primeiro hospital cristão de fato foi implantado e Roma ainda no mesmo século.

Um dos mais an gos registros da preocupação com o tratamento em espaços de saúde ocorreu no an go Egito segundo HERÓTODO, onde foram datados dos chamados “Papiros Médicos”, que exemplificavam várias formas de tratamentos medicinais ligados a órgõs vitais como os olhos, cabeça, dentes entre outros. “a medicina no Egito está subdividida de modo que cada médico cura apenas uma enfermidade; o país está repleto de médicos dos quais uns são médicos dos olhos, outros da cabeça, outros dos dentes, outros do abdome e outros também (sic) para as molés as invisíveis”. (HERÓTODO;History)

Seguindo o pensamento de Góes (2004) Podemos destacar marcos na implantação da assistência hospitalar ao longo de vários anos, como por exemplo, a edificação em Constan nopla feita por Constan no para atender enfermos e peregrinos, Landry que implantou em Lyon na França um hospital que foi destaque na assistência médica na idade media e já por fim podemos citar o hospital St. John e St, Bartolomeu na Inglaterra que foram os primeiros construídos pela igreja, o primeiro dentro dos fundamentos de um hospital geral e o segundo sendo direcionado

É interessante refle r sobre o acontecimento descrito acima, e perceber que o ser humano sempre esteve preocupado com sua saúde e o que é necessário em um espaço para o seu tratamento, em virtude disto foi natural o desenvolvimento de ambientes específicos

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O2SURGIMENTO - O SURGIMENTO DOSDOS EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES HOSPITALARES para tratamento de lepra e atualmente se transformou em um hospital geral. (GÓES,2004)

edi cios hospitalares como é descrito por TOLEDO [...] permi a, ainda, significa vas economias no que se refere à construção do edi cio hospitalar e sua posterior operação, na medida em que não apenas racionalizava os sistemas de infra-estrutura, distribuição de alimentos, roupas etc., como reunia, em unidades funcionais comuns, os serviços de esterilização, lavagem de roupa e nutrição que anteriormente eram localizados em cada um dos pavilhões. A par r dessa mudança, surgiu a concepção do “hospital arranha-céu.

Já o Renascimento trouxe uma melhor clareza no papel dos hospitais sobre a sociedade e como deveria ser feita a coordenação destes espaços levando em considerações diretrizes como os pos de doenças, já que muito pouco havia de organização. Porem o conceito hospital passou por várias versões ao longo dos séculos, o termo Hospital derivada do La m (Hospitalis) que por ventura vem da palavra hospes (hóspedes, viajantes, peregrinos) já que nos primórdios os hospitais eram centros que “hospedavam” os enfermos, viajantes e pobres, logo após a conscien zação de um hospital como local de cura para mazelas e depois da explosão da lepra os hospitais começaram a se organizar em traçados de Cruz, que permi a uma maior penetração de luz, ven lação além de uma circulação livre geralmente entre quatro blocos separados pelo po de doença ou sexo dos pacientes.

Segundo MIQUELIN, 1992 em seu livro Anatomia dos edi cios hospitalares pode se subdividir os edi cios hospitalares em 5 pologias principais, que sofreram mudanças ao longo do tempo

Com o adensamento das cidades causada pela revolução industrial e a migração dos ruralistas para a cidade a situação se tornou delicada, as ruas começaram a ficar insalubres e o surgimento de doenças foi inevitável, não exis a infra-estrutura adequada para o acumulo de pessoas nas cidades e assim com pensamentos higienistas os hospitais foram moldados mais uma vez, sendo trazido o conceito de grandes pavilhões usados avidamente até o século XX, que mais tarde seria subs tuído pelos edi cios de vários pavimentos graças aos avanços tecnológicos dos modos constru vos.

Figura 3 Esquema da evolução dos edi cios hospitalares; Miquelin (1992)

Durante o Século XIX com o domínio de tecnologias como o concreto armado e o elevador surgiram as ver calizações nos

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O2SURGIMENTO - O SURGIMENTO DOSDOS EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES HOSPITALARES 1 – A an guidade: os tratamentos medicinais eram quase inexistentes e se acreditava em curas espirituais, dessa forma predominavam os pór cos e templos, onde os doentes ficavam a espera de uma cura de cunho religioso.

2- Idade Média: Nave, as pessoas permaneciam em pá os grandes,processos medicinais paralisados, sem tratamento, havia somente internação com intuito de recuperação.

Figura 5 Como as pessoas se tratavam de doenças; Estudomix (Acesso :2019) Figura 4 John William Waterhouse - óleo sobre tela - 1877 uma criança doente trazido para o templo de esculápio ( 1877 ) é uma pintura a óleo pelo Inglês Pre-Raphaelite pintor João william waterhouse . A pintura ( 170 x 208 cen metros ) retrata a esculápio , que era o deus grego da cura .

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O2SURGIMENTO - O SURGIMENTO DOSDOS EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES HOSPITALARES 5-Pré-contemporânea: Fase com maior destaque na arquitetura hospitalar traçou vários avanços, foi na época da criação das enfermarias nigth gale e as teorias aplicadas nesses edi cios são colocadas em prá cas até os dias de hoje, sendo as primeiras construções desse po a tornarem ver cais e com novas técnicas constru vas.

3- Renascença: Veio a divisão de alas, formato em cruz, corredores de circulação e a preocupação com doenças infecciosas originadas de matéria orgânica pútrida.

VENTILAÇÃO

CIRCULAÇÃO

Figura 6 Hospital na renascença; Miquelin(1992) *Com alteração do autor MIQUELIN, 1992

4- Revolução Industrial: Pavilhões, finalmente os hospitais ganhavam preocupação com insolação, conforto e o obje vo na cura de doenças, essa é a origem dos principais hospitais contemporâneos

INSOLAÇÃO

INSOLAÇÃO

VENTILAÇÃO

Figura 7 Hospital na revolução industrial; Miquelin(1992) *Com alteração do autor

Figura 8 Hospital na moderno; Miquelin(1992) *Com alteração do autor

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O2SURGIMENTO - O SURGIMENTO DOSDOS EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES HOSPITALARES No Brasil tudo começou com a colonização dos europeus, onde doenças como sífilis, sarampo e a tuberculose matavam muitas pessoas, isso forçou a se procurar uma forma de trazer tratamento para as pessoas que viviam aqui no novo mundo. A Santa casa surgiu, e então se tornou a principal forma de tratamento, até os dias de hoje elas fazem atedimentos por todo o país. C om os colonizadores, vieram da Metrópole os religiosos e as ins tuições de assistência médica. Como nas demais colônias portuguesas na África e Ásia, instalaram-se no Brasil as Santas Casas de Misericórdia. No início do século XVII, várias capitanias possuíam essas ins tuições, que prestavam serviços médicosassistenciais ás populações, subsis ndo através da caridade pública FERNANDES Adhemar Dizioli(2003); apud. OLIVEIRA (1986)

Figura 9 Santa Casa de Mirassol ;Museu Municipal (2019)

Segundo SILVA (1999) ás santas casas, durante os primeiros séculos, funcionaram em edi cios de um ou dois pavimentos, em taipa, com enfermarias cole vas separadas por sexo, alguns quartos para dois leitos e compar mentos para a administração (recepção e direção) e serviços (dormitório dosempregados, cozinha e bo ca), uma capela ou igreja em anexo. Inexis am salas de cirurgia e de cura vos. Tanto a administração como os serviços internos, aos pacientes inclusive, eram exercidos por leigos sem qualquer formação específica: os serviços de enfermagem estavam em m„os de escravos. De um modo geral faltava tudo: medicamentos, instrumental, rouparia e alimentos. Higiene também.

Figura 10 Santa Casa de Mirassol, Sala Cirúrgica;Museu Municipal (2019)


O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO

Por se tratar de um projeto de um Hospital Geral Público deve-se entender como o Sistema Único de Saúde funciona e qual seu papel na sociedade, além de situar o projeto em sua pologia para que ele faça parte de um ciclo de atendimento eficaz, assim dando respaldo a população que necessita de atendimento.


O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garan ndo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.

para o sistema de saúde brasileiro, há uma porcentagem grande de pessoas que são atendidas com eficácia, sejam em estados mais simples de tratamento até os mais complexos, porém a porcentagem não abrange a totalidade da população que necessita, seja pela falta de distribuição de edi cios médicos, ou mesmo pela falta de profissionais que optem por trabalhar na rede pública que muitas vezes não oferecem condições de trabalho adequadas. Há uma falta de inves mentos públicos em municípios de pequeno e médio porte, evidenciando um mau planejamento já que alguns tratamentos poderiam ser feitos na própria cidade, sem uma centralização em grandes metrópoles. Os hospitais maiores sofrem com uma superlotação diária de seus leitos e principalmente a falta de recursos para dar respaldo a todos os pacientes que muitas vezes vem de lugares distantes para receber o tratamento adequado.

A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e par cipa va entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção básica, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêu ca. Diponível em : portalms.saude.gov.br/sistemaunico-de-saude(Acesso: Abril de 2019)

A pologia de centros de saúde presentes em municípios com inves mentos menores são sempre os mesmos (postos de saúde, UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Unidades mistas e Unidade Ambulatoriais) sendo assim em sua maioria edi cios datados de 50 anos e que não conseguem mais atender seus pacientes de forma adequada por conta da precariedade estrutural, falta de equipamentos, organização espacial e de acessibilidade. Segundo dados levantados pela Associação Médica Brasileira atualmente existem cerca de 7.000 unidades de saúde espalhadas pelo Brasil, o que por sua vez estaria adequada para a população, porém existem todas as problemá cas citadas acima o que torna o atendimento eficaz inviável na maioria delas. (AMB)

No âmbito de saúde pública o país tem uma grande batalha a ser travada, há uma disseminação de no cias em Jornais, canais de televisão e internet que apresentam uma precariedade no sistema de saúde de todo o país, apresentando casos de superlotação, falta de equipamentos, falta de profissionais e históricos de desvios financeiros originalmente direcionados a saúde. Entretanto é com clareza que vemos alguns pontos notórios

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O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO viria a implantar o Ins tuto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) como é explicado no trecho do

Para os profissionais da Arquitetura fica cada vez mais di cil escolher em que vertente atuar, seja por conta da grande demanda de projetos sofis cados na área da saúde privada que por sua vez traz inúmeros respaldos nos processos projetais e mais liberdade no planejamento orçamentário da obra, assim sendo fácil a ngir um nível invejável de qualidade projetual e se encaixar no âmbito valorizado no mercado profissional. Mas a melhor das reflexões vem dessa encruzilhada de ideias, o Brasil um país emergente com 200 milhões de habitantes necessita muito mais de projetos eficazes para sua população que precisa de atendimento público, já que somos cas gados com altos níveis de pobreza onde 40% da população vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, vive com menos de R$ 250 reais por mês. Estaríamos fazendo o papel ideal de um arquiteto se não tentarmos resgatar espaços públicos de saúde ou não para essa população que jamais poderia pagar por uma qualidade elevada ou igual às apresentadas pelo setor de saúde privado.

O INPS foi o resultado da fusão dos ins tutos de aposentadorias e pensões (os denominados IAPs) de diferentes categorias profissionais organizadas (bancários, comerciários, industriários, dentre outros), que posteriormente foi desdobrado em Ins tuto de Administração da Previdência Social (IAPAS), Ins tuto Nacional de Previdência Social (INPS) e Ins tuto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Este úl mo, nha a responsabilidade de prestar assistência à saúde de seus associados, o que jus ficava a construção de grandes unidades de atendimento ambulatorial e hospitalar, como também da contratação de serviços privados nos grandes centros urbanos, onde estava a maioria dos seus beneficiários. (SOUZA, Renilson Rehem de; O sitema Público de Saúde Brasileiro,2002)

O SUS ( Sistema Único de Saúde) nasceu juntamente com a cons tuição de 1988, onde foi levantada a questão que a saúde era um direito de todo cidadão, e que esse aspecto ficaria a cargo de uma mescla de responsabilidades legisla vas comum entre a União, os Estados e Municípios.

É possível pensar no espaço de saúde a ponto de tentar resolver quadros crí cos que assolam esse po de edi cio que muitas vezes contam com qualidade arquitetônica duvidosa, assim alimentada por gastos e ineficiência no atendimento médico.

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garan do mediante polí cas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. ( CONSTITUIÇÃO FEDERAL- ART.196)

Antes de ser implantado o SUS, o Ministério da Saúde (MS) juntamente com o Estado e Município tratava de forma geral as campanhas de vacinação e controles de endemia sem nenhum po de plano em relação aos beneficiários. Na saúde exis am poucos hospitais em que o MS atuava. Uma atuação de fato do MS veio somente com a criação do INPS (Ins tuto Nacional de Previdência Social) que posteriormente

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2 -CONTEXTO, O O CONTEXTO, O SUS O SUS E AETRÍPLICE A TRÍPLICE GESTÃO GESTÃO independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras caracterís cas sociais ou pessoais.

No Plano Nacional de Saúde (2016-2019) é descrito a hierarquização do papel dos três controles principais da saúde, no topo do planejamento vem a União que é responsável por desenvolver as estratégias para o desenvolvimento de polí cas de saúde juntamente com a criação, apoio, implementação e avaliação de prioridades. Além de organizar nacionalmente todo o esqueleto estratégico do SUS e coordenar sistemas de alta complexidade, sistemas laboratoriais, de prevenção e por fim de qualidade sanitária. Também é de âmbito da União o planejamento e coordenação na produção de insumos e equipamentos para a saúde do país.

Equidade: o obje vo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades dis ntas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, inves ndo mais onde a carência é maior. Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a ar culação da saúde com outras polí cas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

Já o Estado vem com o papel de organizar, planejar e distribuir a aplicação regional dos programas, ações, serviços e poli cas de saúde. A supervisão da rede de hierarquia do SUS fica a cargo do estado que deve organizar e dar suporte técnico e financeiro nas ações de descentralização. Por fim vem os Municípios que tem um contato direto com a população e a prestação dos serviços de saúde, tem como função promover ações diretas nos serviços primários de atendimento e se possível atendimento de média e alta complexidade, juntamente com aplicação de instrumentos ligados a orientação epidemiológica e sanitária, além de serviços de nutrição, saneamento básico e saúde do trabalhador .

(Portal do Ministério da saúde- Acesso em Abril de 2019)

Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garan do a todas as pessoas,

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O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO DISTRIBUIÇÃO FEDERATIVA DE COMPETÊNCIAS

ESFERAS DE GOVERNO

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CADA ESFERA

COMPETÊNCIAS COMUNS

§ Formular, apoiar a implementação e avaliar as políticas prioritárias em

União

§ § § § §

âmbito nacional; Elaborar o planejamento estratégico do SUS; Coordenar sistemas de alta complexidade; Coordenar sistemas de laboratórios de saúde pública, de vigilância epidemiológica e de vigilância sanitária; Formular a política nacional de produção de insumos e equipamentos; Promover a descentralização de ações e serviços de saúde; 3 Estabelecer e coordenar os sistemas nacionais de auditoria e ouvidoria.

§ Acompanhar, avaliar e divulgar o nível de § §

§ Promover a articulação sistêmica, o planejamento e coordenação regional §

das políticas, ações e serviços de saúde;

Estados

§ Monitor e avaliar as redes regionalizadas e hierarquizadas no SUS; § Elaborar e sistematizar os planos de médio e longo prazo no âmbito § §

estadual; Fornecer apoio técnico e financeiro aos Municípios nas ações de descentralização; Coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros.

§ Planejar, organizar e avaliar a provisão local de serviços de saúde; § Gerenciar as unidades públicas de saúde; § Executar serviços de vigilância epidemiológica e sanitária, de alimentação e

Municípios §

nutrição, de saneamento básico e de saúde do trabalhador; Implementar a política de insumos e equipamentos em saúde; 3 Controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde. Fonte: Lei n° 8.080, de 1990, LC n° 141, de 2012 (BRASIL, 1990).

§

§ § §

saúde da população; Administrar recursos orçamentários e financeiros; Estabelecer padrões e mecanismos de controle e avaliação dos serviços de saúde; Organizar e coordenar sistemas de informação; Elaborar e atualizar os planos de saúde; Relatório de Gestão, Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) e Programação Anual de Saúde (PAS); Elaborar normas para regular as atividades dos serviços privados de saúde; Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos; Elaborar proposta orçamentária (Inciso X da Lei n° 8.080, de 1990).

Figura 11 Esquema da Distribuição Federa va de competências sobre o SUS; Lei n° 8.080, de 1990, LC n° 141, de 2012 (BRASIL, 1990)

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O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO Região de Saúde: é o espaço geográfico con nuo cons tuído por agrupamento de Municípios limítrofes, delimitado a par r de iden dades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compar lhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. (Decreto n° 7.508, de 2011 e Resolução CIT n° 1, 2011)

A estrutura do SUS tem como obje vo promover a atenção de saúde para toda a população brasileira assim criando vertentes estratégicas que abrangem a prevenção, promoção, proteção e por fim a recuperação da saúde. O financiamento deve ser composto pelo país, estados e município que por sua vez ficam a cargo da gestão central do Ministério da saúde (MS), que dita planos e diretrizes principais para a realização dos obje vos compostos nos planos de saúde nacional.

Existem algumas pologias hospitalares classificadas pelo Fundo Nacional de Saúde:

Segundo o Plano Nacional de Saúde (2016-2019) a municipalização é um ponto importante na estrutura do SUS, pois assim ela dissipa para cada municio os deveres de atender a população, os municípios devem ter estruturas suficientes para receber a rede de atendimento que juntamente com poli cas de prevenção e de saúde obrigatórias vindas dos estados devem compor o cenário para a conclusão dos ciclos de atendimento.

Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

A regulamentação do disposi vo cons tucional, por meio das Leis 8.080/90 e 8.142/90, introduziu o dever do Estado na execução de polí cas econômicas e sociais de forma a reduzir o risco de doenças. Foram adotados princípios fundamentais e organizacionais para o SUS, sendo a universalidade, integralidade e equidade os estruturantes da ins tucionalidade do sistema. Entre os organizacionais destaca-se a descentralização de meios e responsabilidades, com prioridade municipal de execução, além da par cipação social na elaboração e controle da polí ca nacional. (PLANO NACIONAL DE SAÚDE, MINISTÉRIO DA SAÚDE – 2016-2019)

Ÿ Ÿ

Atenção Básica (UBS, Centro de Saúde); Média complexidade de 1º nível de referência (Centro de Parto, Clínica especializada, CAPS I); Média complexidade de 2º nível de referência (Unidade de Pronto Atendimento, Laboratório Básico de Saúde Pública II); Média complexidade de 3º nível de referência (Hospital Geral de pequeno Porte, Unidade Mista); Serviço específico (Centro de especialidade OdontológicaCEO) Alta complexidade (Hospital de Base);.

A pologia que será proposta por meio deste trabalho é a de Média complexidade sendo um hospital geral de pequeno porte com até 150 leitos. Neste aspecto podemos levar em consideração que haverá uma coesão nos processos de atendimento que deverão obedecer a hierarquia de gravidade médica e sua urgência.

O plano de ação do SUS vem organizado entre o planejamento da saúde e a regionalização do atendimento, que é um meio de descentralizar e distribuir de forma coesa o atendimento por meio da divisão de níveis de complexidade.

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O CONTEXTO, O SUS E A TRÍPLICE GESTÃO sede do município são transferidos, no mais das vezes, para as capitais dos Estados, sobrecarregando os serviços aí existentes. É a ambulâncioterapia.(GÓES, 2004)

Essas pologias de atendimento devem estar dispostas de forma coerente para que o ciclo proposto pelo SUS funcione, assim deve se levar em consideração o po de doença, grau de complexidade e tratamento como proposto no texto re rado do portal do MS. Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a par r de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. (h p://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude- Acesso em Abril 2019).

Sendo que consultas médicas por exemplo devem ficar a cargo de um centro de saúde , onde deverá ser feitos a consulta e posteriormente exames laboratoriais, mais tarde se iden ficado algum po de patologia que necessite ambiente médico será feito o tratamento em um hospital de grau específico ( de acordo com a complexidade da doença). Dessa forma o sistema irá funcionar corretamente pois um ciclo é percorrido até a recuperação do paciente já que ele obteve respaldo em todas as etapas percorridas.

Figura 12 Sistema de saúde no Brasil - Hierarquizada e Integrada; Góes(2004)

Segundo GÓES, 2004 a realidade é bem diferente quanto a proposta do ciclo presente no SUS. Além disso muitos municípios não estão pondo em prá ca a poli ca de saúde. Em vez de inves mentos nas ações básicas, preferem adotar a polí ca de enviar os pacientes para as sedes regionais, não importando os níveis de complexidade da enfermidade. Casos simples que poderiam ser atendidos na

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São muitas as premissas que devemos levar em consideração na hora de projetar, mas em projetos hospitalares temos que conhecer vários aspectos que são fundamentais para a elaboração de todo o plano projetual. A disposição dos ambientes e seu modo de construção está diretamente ligado a um atendimento eficaz dos pacientes, o papel do arquiteto aqui vai além de só projetar, está totalmente ligado a experiência sensorial do paciente com o local. Além de exis r premissas centrais que compõem questões de porção espacial, materiais constru vos e por fim a interação entre ambiente.

PLANEJAMENTO DO ESPAÇO DE

SAÚDE 27


PLANEJAMENTO DO ESPAÇO DE SAÚDE 1-Programa de necessidades 2- Plano Diretor (Para hospitais existentes e novos) 3- Flexibilidade: Conceito de projeto no qual é considerada a dinâmica dos espaços hospitalares, suas constantes ampliações, modificações e adaptações, exigindo uma solução compa vel com tal dinâmica. 4- Expansibilidade: conceito de projeto no qual, a par r da morfologia arquitetônica adotada ( pologia) no seu sen do macro já sejam previstas futuras ampliações. 5- Con guidade: é a forma pela qual a anatomia o edi cio hospitalar organiza os percursos, distâncias e relações entre setores, unidades ou departamentos. 6- Valência: Conceito que desempenha um papel importante na concepção e na atualização de ins tuições de saúde. No ordenamento funcional e na aglu nação racional e lógica de componentes afins. Na interação e inter-relacionamentos qualita vos e quan ta vos, na mais-valia posicional e na proximal de elementos distância/urgência/prioridade/necessidade/peculiari dades dependente. Na o mização de fatores, u lização de custo/bene cio, na potencialização de vetores de correlaciona mento funcional de produção e de recursos humanos. 7- Tipologia da internação: Forma, custos, planos horizontais, planos ver cais, espaços inters ciais, circulação, apartamentos ou enfermarias, número de leitos a serem implantados no geral e em cada unidade, espaços de apoio. (GÓES, Ronald de. Manual Prá co da

Segundo Góes (2004), o projeto arquitetônico de um hospital é sem dúvidas complexo e é uma mistura de interações e ações que variam desde o atendimento médico até serviços de peso industrial ( l ava n d e r i a , s e r v i ç o d e n u t r i ç ã o, t ra n s p o r te s e e tc . ) . Preferencialmente do ponto de vista funcional o edi cio deveria se restringir a ocupação somente de um pavimento térreo, porém seguindo as portarias vigentes sobre os espaços mínimos a serem adotados fica pra camente impossível locar um projeto deste porte em um único pavimento que é jus ficado pela falta de espaços disponíveis na malha urbana das cidades. Todo o processo que uma unidade hospitalar demanda é um grande desafio para a arquitetura, já que cada terreno e programa têm suas próprias caracterís cas e necessitam de análises e estudos par culares, e sempre deve se levar em consideração que as principais caracterís cas de uma boa implantação são os resultados sa sfatórios em soluções de circulação, flexibilidade, possibilidade de ampliação e adaptação. Carvalho(2004) Assim a ver calização pra camente se impõe pelas dificuldades de terrenos disponíveis, Deve-se salientar que dispondo de uma área de tamanho adequado, a ver calização só é recomendável em hospitais acima de 200 leitos, pois a par r daí os longos percursos solicitam um edi cio ver calizado. (...) ( G Ó ES , Ro n a l d d e . M a n u a l P r á co d a A r q u i te t u r a Hospitalar,2004 – pg.29)

Arquitetura Hospitalar,2004 – pg.31)

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2 - O CONCEITO, O PLANEJAMENTO DO SUS ESPAÇO E A TRÍPLICE DE SAÚDE GESTÃO Para Weidle,1995 é de extrema importância que o cenário de expansividade do edifico não venha interferir no funcionamento do atendimento médico, ou seja , deve ser pensado para ser feito em espaços já deixados para tal função e sem que aja uma incompa bilidade de sistemas estruturais ou trauma smo no edifico existente.

Góes (2004) expõe sobre o papel da flexibilidade nos Hospitais, principalmente com o rápido avanço na medicina que demanda atualização constante dos processos médicos e do ambiente, o olhar dos proje stas devem cair sobre a atual situação das ciências médicas, para qeu o projeto não seja obsoleto já em sua construção. Além disso deve-se atentar nos materiais constru vos e nas possibilidades que são reais dentro da construção civil.

No planejamento de unidades hospitalares é comum pensá-las como um organismo que cresce, ou seja, que os hospitais comecem com um núcleo básico ao qual possam ser acrescidas novas áreas. Isto sem dúvida, requer caracterís cas anatômicas desde logo conferidas ao projeto. A melhor estratégia está na concepção com vista à expansão. Edi cios térreos/pavilhonares, uso de jardins e pá os como reserva de áreas, permi rão acréscimos por pequenos incrementos de área ou através da construção de unidades inteiras, sem maiores interferências nas a vidades das demais unidades.( WEIDLE,Érico P. S. Sistemas constru vos na programação arquitetônica de edi cios de saúde,1995-pg.34)

(...) Alguns conceitos arquitetônicos já consagrados, como a planta livre, uma modulação o mais regular possível, sistemas pré-fabricados ou industrializados de construção, novos materiais e sistemas estandar zados de painéis, equipamentos e mobiliário, têm permi do uma melhor performance a remoção de paredes e na u lização de instalações.(GÓES, Ronald de. Manual Prá co da Arquitetura Hospitalar,2004 – pg.99)

Pontos principais para um conceito de flexibilidade

Quando entramos no âmbito constru vo do hospital devemos pensar em diferentes aspectos que a decisão estrutural está ligada, desde a estabilidade da fundação até mesmo da durabilidade e custos de manutenção.

Regularidade na modulação estrutural Estandartização dos espaços e componentes construtivos Partido arquitetônico que permita linhas de crescimentos futuros no edificio., assim prolongando espaços e circulações se necessário. Facilidade na implantação e manutenção das instalações prediais Usar paredes e divisórioas não estruturais ( somente onde a ssepisia permita) Agrupar por setores áreas de diferentes graus de complexidade Adotar , quano o numero de andares permitit, um sistema de elevadores hidráulicos, onde é dispensado casa de máquinas na parte superior, o que possibilita uma ampliação vertical sem maiores custos. Adotar módulo técnico de circulações e intalações verticais que junto a o pavimento técnico possibilite uma facilidade de manutenções. Figura 13 Pontos de conceito de flexibilidade; Autor(2019)

O sistema estrutural deve ser pensado de forma global dentro da edificação, para que haja uma garan a de que não sofrerá com perturbações capazes de comprometer a integridade da edificação. Deve se trabalhar para que os sistemas permaneçam na margem segura abaixo dos seus limites e que corresponda as possíveis instabilidades externas. (WEIDLE,Érico P. S. Sistemas constru vos na programação arquitetônica de edi cios de saúde,1995)

Dentro dos sistemas estruturais Weidle(1995) nos alerta que devemos levar em consideração alguns panoramas que serão decisivos na hora decidir a melhor opção dentre as levantadas.

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2 - PLANEJANDO DO PLANEJAMENTO O ESPAÇO ESPAÇO DE SAÚDE chuva, calor, frio. Sempre mantendo o ambiente salubre com a porção correta de temperatura, umidade e velocidade do ar interno. Weidle (1995)

1-Segurança contra fogo Os materiais devem ser pensados para que em uma situação de incêndio interna ou externa , os mesmos não façam uma propagação e alimentação das chamas, por isso recomenda-se a u lização de materiais com alto índice de resistência e reação a focos de incêndios. Weidle (1995)

*Norma vas presentes na portaria RDCnº50 4- Conforto acús co Deve haver uma preocupação para que os ambientes tenham baixa transmissão acús ca e baixa reverberação, sempre levando em consideração os ruídos externos sendo minimizados pelo uso correto das posições de janelas, isolamento das paredes e as caracterís cas acús cas dos materiais u lizados. Weidle (1995)

(...)B.1 - Materiais constru vos estruturais A opção pelo sistema estrutural e, portanto, dos materiais, deve ser feita com base no comportamento dos elementos portantes da edificação sob o fogo, especificamente, sua resistência à temperatura de ordem de 850º C, valor este que usualmente ocorre no centro de um incêndio. Todo material u lizado na estrutura dos EAS tem de receber tratamento de ignifugação, de modo a suportar as temperaturas es madas em um incêndio. (Norma vas presentes na portaria RDCnº50 –pg 145 -146)

*Norma vas presentes na portaria RDCnº50 5- Durabilidade Deve haver um estudo de detalhamento , compa bilidade entre os materiais para uma limitação da degradação dos componentes constru vos, para que se forme uma estabilidade sólida durante os períodos mínimos estabelecidos nas normas técnicas. Além disso a manutenção tem papel importante na vida ú l do edifico, além de estudar a resistência dos materiais, como por exemplo os pisos e reves mentos que sofrem com a ação de desinfetantes, detergentes e outros produtos químicos que são usados na higienização do hospital. Weidle (1995)

2 – Estanqueidade Basicamente 3 aspectos são levados em consideração : a permeabilidade do ar, água e fluídos das instalações. No caso da circulação de ar deve haver uma preocupação com o fluxo nas fachadas, vedações, aberturas e coberturas, ou seja, deve-se preocupar no controle de entrada do ar. Já sobre a água devemos pensar sobre questões de drenagem de chuva ou mesmo dos serviços de lavagem e manutenção. Em ul mo e não menos importante vem a preocupação com a contenção de fluídos originados dos espaços, deve haver uma atenção sobre possíveis vazamentos em forro, parede ou piso. Weidle (1995)

Após a reflexão dos eixos constru vos e de ampliações do edi cio é natural começar a se pensar na organização espacial e de locação do projeto, seja pela âmbito de áreas, setores, departamentos e usos em cada parte a ser projetada, pois diferentes pensamentos e ações terão interação dento do edi cio.

3- Conforto Térmico Os materiais u lizados na edificação hospitalar, deverá promover um equilíbrio sa sfatório de temperatura para os usuários dos espaços em qualquer situação externa da atmosfera, como

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2 - PLANEJANDO DO PLANEJAMENTO O ESPAÇO ESPAÇO DE SAÚDE 1)áreas de internação 2)áreas de serviços médicos, contendo centro cirúrgico e obstétrico, serviços de diagnós co e tratamento radiológico e por imagem, laboratórios de patologia, fisioterapia 3)áreas de pacientes externos, incluindo um departamento independente de emergência, e locais para consultas e tratamento ambulatorial 4) áreas industriais ou de serviços não-médicos, contendo cozinha, manutenção, central de suprimentos, instalações mecânicas, lavanderia. 5) áreas administra vas, públicas e de conforto staff. (MIQUELIN, Lauro Carlos. Anatomia dos Edi cios Hospitalares,1992 – pg 167).

Segundo Góes (2004) é necessário ter uma “Con guidade” onde é definido por um planejamento de estudo da organização espacial interna do hospital, além de estabelecer os serviços que serão gerados. “A cura do paciente em risco de vida ou alto nível de sofrimento é o obje vo básico de um hospital”. Após ter todas as premissas e obje vos definidos para suprir a intenção do edi cio é necessário um planejamento do agrupamento dos serviços para que se pense de forma coesa pra que os percursos fiquem menores e o tempo de atendimento seja o mizado. (...) A con guidade entre setores e unidades de edi cio hospitalar, permite maior segurança e conforto ao paciente, eleva o nível de eficiência do trabalho de médicos, enfermeiros e auxiliares, pela redução de deslocamento desnecessária, evitando-se ou reduzindose ao máximo a duplicação de recursos humanos e materiais. (...) (GÓES, Ronald de. Manual Prá co da Arquitetura Hospitalar,2004 – pg.41)

Figura 14 Zonas Hospitalares segundo Putsep; Miquelin (2002)

Góes (2004) con nua com a exaltação da complexidade que existe na organização interna de um hospital, e o seu funcionamento. Deve haver um dinamismo entre as especialidades médicas, custos administra vos e grande preocupação com a saúde do ambiente, ou seja, uma proteção redobrada contra possíveis infecções hospitalares. É preciso observar se as unidades de especialidades realizam serviços semelhantes para que não aja fluxos incompa veis.

A tabela acima apresentada por Miquelin (1992) é especificado uma porcentagem para cada po de setor, com uma distribuição quan ta va ideal na parcela total do edi cio, assim se seguirmos a proporção estabelecida não teremos problemas com espaços ociosos e sem uso de fato dentro do projeto. (...) Quando esses departamentos são agrupados conforme a natureza de suas a vidades e necessidades sicas, o projeto do hospital transforma-se num jogo de ar culação de formas arquitetônicas diferentes, geradas a par r das exigências específicas de cada zona quanto à estrutura, planta, corte, volume, condições ambientais e padrões de circulação. (...) (MIQUELIN, Lauro Carlos. Anatomia dos Edi cios Hospitalares,1992 – pg 168).

É exposto por Miquelin(1992) um agrupamento de ambientes e zonas hospitalares que foram desenvolvidos nas décadas de 50 e 60 pelos estudiosos Ervin Putsep, Llwenlyn Davies e John Weeks que descrevem o edi cio hospitalar através de 5 áreas

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2 - PLANEJANDO DO PLANEJAMENTO O ESPAÇO ESPAÇO DE SAÚDE Seguindo o esquema criado por Góes(2004) vamos exemplificar alguns setores do hospital e embasar pontos cruciais para sua organização e planejamento no projeto, afim de criar espaços mais acer vos do ponto de vista funcional e operacional. 1-

Circulação no setor de internação.

Corredor simplesmente carregado: Quando as enfermarias e apartamentos localizam-se apenas de um lado do corredor ou circulação. U lizando-se do outro lado para localização de ambientes de apoio e dos componentes de circulação ver cal.. Figura 15 Organograma básico de um hospital geral; Góes(2004) Na figura anterior podemos ver graficamente a diagramação dos setores que devem estar presentes em um hospital geral de acordo com a RDCnº.50, sendo que Góes(2004) na figura a frente traz a par r dos dados presentes no diagrama um levantamento da organização dos acessos para estes setores dentro do plano de necessidades do hospital

Figura 17 Esquema de um corredor simplesmente carregado; Góes(2004) Exemplo para 100 leitos, corredor simplesmente carregado; 90 leitos de enfermaria, banheiro interno, 10 leitos apartamentos, pé-direito 3,60m;

Figura 16 Setorização básica de um hospital geral; Góes(2004)

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2 - PLANEJANDO DO PLANEJAMENTO O ESPAÇO ESPAÇO DE SAÚDE Corredor duplamente carregado: Quando as enfermarias e apartamentos localizam-se em ambos os lados do corredor ou circulação, as funções de apoio e circulações ver cais são colocadas na lateral do lado menor da unidade de internação.

Figura 18 Esquema de um corredor duplamente carregado; Góes(2004)

Exemplo para 100 leitos, corredor duplamente carregado; 90 leitos de enfermaria, banheiro interno, 10 leitos apartamentos, pé-direito 3,60m;

Segundo GÓES,(2004) a pologia apresentada (figuraxx)) é a mais recomendada para a solução dos apartamento, pois contem várias diretrizes determinantes: Maior ven lação/iluminação, Isolamento dos pacientes, menor ruído da circulação, menor circulação, Limpeza dos saninitários sem maiores imcômodos para os pacientes, manutenção facilitada pelo acesso às instalações do poço, menor perímetro, maior índice de capacidade.

Figura 19 Modelo de quarto de internação; Góes(2004)

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2 - PLANEJANDO DO PLANEJAMENTO O ESPAÇO ESPAÇO DE SAÚDE No exemplo podemos observar esta pologia sendo pra cada em um apartamento padrão do hospital Albert Einstein,São paulo em 1997.

Figura 20 Modelo de leito individual de internação; Góes(2004)

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REFERÊNCIAS

Para um melhor entendimento sobre o espaço hospitalar é necessário o estudo de referências, para analisar quentão cruciais para a elaboração do projeto, como fluxos, setores, distribuição espacial e etc.

PROJETUAIS 35


REFERÊNCIAS PROJETUAIS Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura O Hospital Sociosanitário recentemente inaugurado em Mollet del Vallès é um exemplo de como um hospital construído nos anos 50 e 60 pode ser reciclado com sucesso para enfrentar os desafios atuais e futuros que surgem na área da saúde. Par ndo de um projeto baseado em ideias de intervenção simples mas eficazes e ao mesmo tempo prá co e funcional, o resultado é um hospital de alta eficiência energé ca, baixo custo, cuja renovação permite retomar um papel a vo no dia a dia do bairro e seus arredores. ( trecho traduzido do site: h p://mariocorea.com/obras/sanitaria/hospitalsociosanitari-mollet-del-valles/

Figura 21 Fachada Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019) DADOS TÉCNICOS Arquitetos: Mario Corea Arquitectura Localização: Mollet del Vallès, Barcelona, Espanha Arquiteto responsável: Mario Corea , Maricel Aguilera Equipe de projeto: André Mota, María Ceballos , Berta Masnou , Marina Correia Área:6500.0 m² Ano do projeto 2013

Figura 22 Fachada Hospital Subacute em Mollet entes da reforma; ArchDaily(Acesso em 2019)

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura Tudo começou em meados de 2004 quando foi feito um concurso para a construção de um novo hospital para a cidade de Mollet, contudo durante a construção do hospital fora da cidade foi levantada a questão do que se poderia fazer com o an go hospital que se situava no centro da cidade. A forma mais deba da durante o processo foi que seria p´ra co a demolição total do edi cio e a construção de uma estrutura , porém a cidade passava por uma grave crise econômica, o que levou a ter um caminho mais direcionado a reciclagem do edi cio, onde ele seria reestruturado com uma reforma e viria a se tornar um espaço de acomodação de pacientes e de internação de curto período de permanência.

ANTES

Figura 24 Vista do Hospital Subacute em Mollet antes da reforma; ArchDaily(Acesso em 2019)

O par do do projeto foi iniciado na idéia de manter o máximo possível da estrutura do an go prédio. Um estudo feito pela equipe responsável detectou várias patologias no edi co, então a primeira etapa do foi o reforço estrutural, logo em seguida as instalações preiais obsoletas oram subs tuídas e condicionadas a aspectos sustentáveis e com de economia de energia, contando com paíneis solares para alimentação energé ca parcial.

APÓS A REFORMA

Figura 25 Vista do Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 23 Croqui do Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019)

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura

ACESSO AMBULÂNCIA

O layout original do an go hospital foi man do em quase sua totalidade, mas a alteração mais signifca va foi a mudança do pá o central, onde antes era usado como acesso e áreas de estacionamento foi modificado, os acessos se voltaram diretamente para as vias do entorno (figuraxx) e o pá o recebeu uma expansão com tratamento paisagis co, assim se ransformando em um jardim para os pacientes, visitantes e funcionários. ANTES

ANTES

PÁTIO CENTRAL

ACESSO PRINCIPAL

Figura 27 Hospital Subacute em Mollet pá o antes ; ArchDaily(Acesso em 2019) APÓS A REFORMA

Figura 26 Implantação Hospital Subacute em Mollet; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 28 Hospital Subacute em Mollet pá o após ; ArchDaily(Acesso em 2019)

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura O térreo do prédio foi quase todo trabalhado com a premissa de permeabilidade da luz e perspec vas, onde panos de vidro permitem que o andar permaneça iluminado, ven lado e além disso deixa o pá o central visível o tempo todo, o entorno abraça o pá o e o traz para dentro mesmo se tratando de um ambiente externo.

RECEPÇÃO PÁTIO CENTRAL SALAS/OFICINAS AMBULATÓRIO GARAGEM ÁREA DE EXPANSÃO

ACESSO PRINCIPAL

Figura 29 Hospital Subacute em Mollet - Pá o acesso ; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 31 Hospital Subacute em Mollet - Pav 01 ; ArchDaily(Acesso em 2019)

Na Planta acima podemos observar que a par r do acesso principal temos uma área de recepção que traz um ambiente de estar voltado para a rua e para pá o interno, assim dando mais campos de visão aos usuários e simultaneamente deixando o ambiente menos introspec vo além de uma ven lação e iluminação natural. no andar térreo temos algumas salas de atendimento ambulatorial, além de salas/oficina que tratam da educação em saúde. Também tem o acesso de ambulâncias que fazem o transporte de pacientes dependentes. ( não há ala de emergência, são pacientes para consulta e internação

Figura 30 Hospital Subacute em Mollet - Recepção ; ArchDaily(Acesso em 2019)

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

LEITOS

LEITOS

PÁTIO CENTRAL

PÁTIO CENTRAL

APOIO DE ENFEMARIA

APOIO DE ENFEMARIA

ÁREA DE PERMANÊNCIA

AMBULATÓRIO

CENTRO CIRÚRGICO

ÁREA DE PERMANÊNCIA

SALA DE TREINAMENTO

ÁREA DE EXPANSÃO

ÁREA DE EXPANSÃO

ÁREA TÉCNICA

ÁREA TÉCNICA

Figura 32 Hospital Subacute em Mollet - Pav 02 ; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 33 Hospital Subacute em Mollet - Pav 03 ; ArchDaily(Acesso em 2019)

No segundo pavimento encontramos a ala de internação e o centro cirúrgico que contém uma sala para pequenas cirurgias, podemos destacar o modelo de quarto, onde temos os individuais e os duplos, ambos seguindo o layout de disposição mais indicado ( Sanitário no icinio do quarto com os leitos após) contém um ponto de enfermaria responsável pelo andar. Além disso os quartos ficam dispostos nas extremidades do edi co, assim há maior permeabilidae de ve lação e iluminação, áreas técnicas e de circulação são jogadas para o meio onde as aberturas se voltam para o pá o central.

É repe do a premissa do pavimento anterior sobre a localização dos quartos de internação, o layout e ambientes técnicos. Neste andar temos uma grande área de futura expansão, e alguns quartos ficam virados para o pá o central e cria-se um corredor duplamente carregado.

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

LEITOS

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

PÁTIO CENTRAL APOIO DE ENFEMARIA ÁREA DE PERMANÊNCIA CENTRO CIRÚRGICO SALA DE TREINAMENTO ÁREA DE EXPANSÃO ÁREA TÉCNICA

Figura 34 Hospital Subacute em Mollet - Pav 04 ; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 35 Hospital Subacute em Mollet - Pav 05 ; ArchDaily(Acesso em 2019)

No pavimento 4 temos mais leitos de internação, além e um posto de enfermagem com quartos de leito duplo e individual. Também é possível notar a cobertura que contém alguns equipamentos para o funcionamento do hospital.

No ul mo pavimento fica localizado a área para permanência de funcionários , que conta com refeitório, copa e salas mul uso. Possivelmente o ul mo andar foi locado para funcionários por se tratar do local com o acesso mais limitado para a entrada de equipamentos e o grande deslocamento necessário .

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

Leitos duplos para internação de pacientes

Salas/Oficina, onde são pra cados os cuidados para recuperação dos paciente Figura 36 Hospital Subacute em Mollet - corredor ; ArchDaily(Acesso em 2019)

Figura 36 Hospital Subacute em Mollet - leito ; ArchDaily(Acesso em 2019)

Circulação interna com abertura para o pá o central.

Podemos notar que as paredes de vidro trazem mais iluminação e um melhor gerenciamento dos pacientes por meio da obervação. Figura 37 Hospital Subacute em Mollet - sala de oficina ; ArchDaily(Acesso em 2019)

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Figura 38 Hospital Subacute em Mollet - treinamento ; ArchDaily(Acesso em 2019)


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Subacute em Mollet / Mario Corea Arquitectura O Projeto apresentado é o modelo de como pode-se recuperar o uso de um edi cio datado ( quando é possível sua recuperação estrutural), e algumas soluções podem ser u lizadas para a humanização do espaço e a melhora durante o tempo de permanência dos pacientes. O pá o que antes era usado como garagem se transformou em um eixo central do edi cio, onde através dele se consegue trazer iluminação, ven lação, e uma área de permanência para os usuários que devem passar longos períodos no prédio. Além disso foi levado em consideração a possibilidade de expansão para caso o numero de atendimentos aumente no futuro, onde espaços já foram deixados no projeto com esse propósito. A permeabilidade dos espaços através de grandes janelas e paredes de vidro moldam uma nova visão sobre o espaço hospitalar, onde é deixado para trás a sensação de isolamento e passa a exis r uma perspec va de integração com o espaço e socialização maior, além de se conseguir visualizar melhor o que acontece dentro dos ambientes e o como os pacientes estão se comportando ou agindo durante sua recuperação. ESPAÇO PARA EXPANSÃO

ESPAÇO PARA EXPANSÃO

Figura 39 Hospital Subacute em Mollet - Pá o com Paisagismo ; ArchDaily(Acesso em 2019)

43


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Rede Sarah Lago Norte, Brasília /João Filgueiras Lima, o Lelé Sendo assim o projeto foi locado em uma área ampla e com um lago que daria suporte para as a vidades que seriam propostas no edi cio. Vitruvius exemplifica o processo de criação do hospital por meio do caítulo do livro :LIMA, João Filgueiras (Lelé). Arquitetura. Uma experiência na área da saúde. São Paulo, Romano Guerra, 2012, p. 212-239. O programa estabelecido para essa unidade abrangia os seguintes usos: ambulatório pequeno, des nado à avaliação e ao controle de paciente em tratamento; setor de imagem; laboratório de movimento; laboratório e oficina mecânica para o desenvolvimento de equipamentos; amplo ginásio para fisioterapia, hidroterapia e esportes náu cos; Setor de Apoio ao Lesado Cerebral; internação para 180 leitos e instalações específicas para pacientes-dia (semi-internação); instalações para sessenta acompanhantes; centro de estudos com biblioteca; auditório para trezentos lugares; residência para vinte professores visitantes; centro de readaptação e desenvolvimento de habilidades com oficinas para a vidades profissionais; setor de serviços gerais com lavanderia, cozinha, refeitório, central de materiais, almoxarifados, farmácia, setor de limpeza etc.; e anfiteatro ao ar livre para trezentos espectadores. (www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.153/4865) Acesso em Maio de 2019)

Figura 40 Hospital Sarah Lago Norte - Vista Aérea ; LIMA, 2002) DADOS TÉCNICOS Projeto: Hospital Sarah Lago Norte Local:Brasília DF Data de projeto: março 1996 Início das obras: dezembro 1997 Inauguração: dezebro 2003 Arquitetura (coordenação): João Filgueiras Lima (Lelé)

O hospital Sara Lago Norte nasceu da premissa de criar um espaço de reabilitação com uma maior interação com a natureza para a vidades terapêu cas ao ar livre e inclusive a vidades náu cas.

44


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Rede Sarah Lago Norte, Brasília /João Filgueiras Lima, o Lelé A implantação do Hospital fica a totalmente atrelada ao desnível de 20 metros presente no terreno, para dar solução a declividade acentuada foi feitos vários taludes e plataformas que abrigam diferentes usos interligados pr ajarinados e rampas, assim escalonando o edi´ficio e garan ndo uma vista direta do lago em quase todos os ambientes do hospital. 4 2

1 2

3

3

1

11 10

Figura 41 Corte esquemá co - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

4 7

9 1 .Galpão para esportes náu cos 2 .Internação 3 . Centro de apoio à paralisia celebral 4 . Auditório O auditório para quatrocentos lugares possui duas plataformas laterais niveladas des nadas a receber eventualmente pacientes em cadeiras de roda ou em camas-maca.

5

8

6

Figura 42 Planta 01 - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) 1. Residência Médica 2 .Centro de pesquisa 3 . Centro de estudos 4 . Escolinha 5. Playground 6. Palco flutuante/Anfiteatro 7.Ginásio 8.Esportes aquá cos 9.Internação 10.Serviços 11.Pá o de serviço

Nas áreas externas, ambientes ajardinados se integram ao acesso principal e à espera do ambulatório. O setor de apoio ao anfiteatro ao ar livre tem duas grandes marquises simétricas: uma do lado da via, que protege o embarque e desembarque de pacientes; e outra ao lado do anfiteatro, que abriga a área externa de uma pequena lanchonete e o acesso às instalações sanitárias. O playground está localizado próximo do centro de reabilitação infan l e é u lizado como área de fisioterapia ou para o lazer de crianças acompanhantes. (Vitruvius apud. LIMA, 2002)

45

Figura 43 Maquete de implantação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Rede Sarah Lago Norte, Brasília /João Filgueiras Lima, o Lelé Alguns ambientes

1 10 4

22 40

13

11 10 39

44 42

9

1. Pá o de serviços 4 .Bioengenharia 10 . Chefia 13. Enfermagem 22. Refeitório 39. Auditório 40.Quadra 42.Esportes aquá cos 44.Convivência 10.Serviços 11.Pá o de serviço

Figura 43 Planta 02 - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

13 Enfermagem Figura 44 Enfermagem - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

22 Refeitório

40 Quadra

Figura 45 Refeitório - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

Figura 46 Quadra - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

46

39 Auditório Figura 47 Auditório - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Rede Sarah Lago Norte, Brasília /João Filgueiras Lima, o Lelé Os projetos da Rede Sarah são exemplos de arquitetura clima zada naturalmente, neste edi cio nós nos deparamos com grandes aberturas avarandada que possibilitam a entrada de luz e ven lação cruzada, o ar quente sobe em direção aos shads que os jogam para fora, assim ocorrendo uma troca de ar e trazendo ven lação natural e clima agradável para dentro do ambiente.

Estruturalmente temos neste projeto um edi cio muito interessante que é o Centro de Apoio à Paralisia Cerebral, onde existe um vão livre de 54 metros de diâmetro que é reves do com chapas de alumíno pintado, já no meio existe uma clarabóia de policarbonato a 20 metros do chão com um exaustor na ponta para troca de ar.

Figura 48 Corte Implantação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

Figura 50 Corte sistema de ven lação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

fechamento de policarbonato

SAÍDA DE AR

fechamento em chapa de alumínio Pá o de a vidades ABERTURAS

Painel de separação criado pelo ar sta plás co Athos Balcão

ABERTURAS

Figura 49 Quadra - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002) * Com alteração do Autor

47

Figura 51 Centro - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital Rede Sarah Lago Norte, Brasília /João Filgueiras Lima, o Lelé

Figura 52 Acesso - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

Figura 53 Galpão Náu co - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

Figura 54 Área Verde - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

Figura 55 Circulação - Rede Sarah Lago Norte ; LIMA, 2002)

48


2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital da Criança e Maternidade / Fernandes Arquitetos Associados O Hospital da Criança e Maternidade, chamado carinhosamente de HCM, nasceu do sonho de alguns médicos, dos rio-pretenses e de toda região, que desejavam um hospital dedicado às crianças e às mães, com alto nível de excelência. O HCM foi inaugurado em 11 de outubro de 2013 e, após a conclusão do processo sele vo dos novos funcionários e o término da mudança dos setores de Pediatria e Obstetrícia do HB para a nova unidade, iniciou suas a vidades no dia 15 de novembro de 2013, com mais de 700 colaboradores entre corpo clínico, assistencial e administra vo, na condição de um dos mais modernos e bem estruturados hospitais do Brasil. É referência em diversas especialidades pediátricas e em obstetrícia, tendo foco no atendimento de alta complexidade, entre os quais, gestação de alto risco e nas áreas de neonatologia, ortopedia, cardiologia, cirurgia cardíaca pediátrica e neurologia. Figura 56 Fachada - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com, Acesso:2019) DADOS TÉCNICOS Arquitetos: Fernandes Arquitetos Associados Localização: São José do Rio Preto Área Construída :15.150,00m² Área do Terreno :18.000,00m² Capacidade :288 Leitos

A maternidade foi eleita a Melhor Maternidade do Estado de São Paulo no seu primeiro ano de funcionamento, em 2014. Prêmio este que também havia sido conquistado em 2011, quando a maternidade ainda funcionava no Hospital de Base.(www.hcmriopreto.com, Acesso:2019)

Com uma estrutura de 8 andares, além de térreo e subsolo, tem capacidade para cerca de 280 leitos entre internação e UTI - 174 leitos HCM, 60 leitos Pediatria, 46 leitos Obstetrícia e 8 leitos UTI Pediátrica. O Hospital da Criança e Maternidade nasceu do sonho de alguns médicos, dos moradores de São José do Rio Preto, e de toda região que desejava um hospital dedicado às crianças e às mães, com alto nível

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital da Criança e Maternidade / Fernandes Arquitetos Associados A metodologia aplicada neste estudo foi uma visita técnica realizada no local (Hospital da Criança e Maternidade), nas áreas observadas foram verificados vários aspectos importantes para o entendimento como os fluxos, usos dos espaços, dimensionamento e proporção de projeto. Alguns desenhos de observação foram feitos para exemplificar o entendimento da funcionalidade do prédio em alguns espaços, além de localizar melhor cada ambiente.

Figura 57 Leito - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

5 4 2

3

3º Andar (Internação)

1

1. Hall de elevadores 2 .Posto de enfermagem 3 . Quarto com leito duplo 4. Sanitários 5. Saída de Emergência Figura 58 Posto de Enfermagem- Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

Figura 56b Croqui Internação - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital da Criança e Maternidade / Fernandes Arquitetos Associados

1. Recepção 2 .Atendimento 3 . Administração 4. Emergência Pediátrica 5. Sanitários

4

Térreo - recepção de Obstetria

3

5 Figura 60 Posto de Enfermagem - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

2 1

o HCM conta com uma divisão e acessos por pologia de atendimento, são divididos em : Obstetria, Pediatria e emergências Figura 59 Croqui Recepção - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019 Figura 61 Recepção Térreo - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital da Criança e Maternidade / Fernandes Arquitetos Associados No Subsolo do prédio se concentra os ambulatórios com salas de exames de Tomografia, Ultrassom pediátrico entre outros. Além de abrigar a farmácia principal .

Subsolo - Ambulatórios

5

2 3

4 Figura 63 Tomografia- Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

1 5

5 1. Elevadores 2 .Atendimento Pediátrico 3 . Sanitários 4. Posto de enfermagem 5. Ambulatórios Figura 64 Ambulatório - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

Figura 62 Croqui Subsolo - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019

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2 - ESTUDO DEPROJETUAIS REFERÊNCIAS CASO Hospital da Criança e Maternidade / Fernandes Arquitetos Associados carregados, há uma distância de circulação para a passagem e manobra de macas, quando necessário há uma cor na para realização de procedimentos privados, como troca e higiene pessoal.

UTI Cardio Pediátrica

4

-Conclusão 2

3

Após analisar as pologias hospitalares apresentadas, podemos chegar a algumas conclusões sobre o modo de planejamento espacial, o po de uso de cada ambiente, suas dimensões e equipamentos básicos. Pode-se trazer elementos primordiais para a humanização do projeto hospitalar como a busca por conforto térmico, visual, e sensorial sem deixar de lado o tratamento eficaz e o respaldo que será necessário. As referências são diferentes em vários aspectos e cada uma traz um modelo que pode ser aproveitado e adaptado para dar base ao projeto que será proposto.

1

Figura 65 Croqui UTI - Hospital da Criança e Maternidade; Autor,2019

1. Acesso 2 .Ponto de Enfermagem 3 . Leitos 4. Sanitário de pacientes

Todos contém a premissa de colocar o paciente em primeiro lugar de conforto, já que ele irá usar o espaço em momentos delicados e que necessita de todo o apoio para sua recuperação. Sendo assim par mos que devemos pensar o espaço como usuário e profissional.

Figura 66 UTI Cardio - Hospital da Criança e Maternidade; www.hcmriopreto.com Acesso:2019)

Podemos notar que há vários pos de equipamentos neste ambiente, e que a sua organização espacial está totalmente atrelada ao seu uso, as macas ficam paralelas com os dois lados do corredor

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MIRASSOL, E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA

54 Para um melhor entendimento das necessidades que vão dar as diretrizes da elaboração do projeto hospitalar em Mirassol foi composto esse capítulo, que vem apresentar as caracterís cas territoriais, de localização e alguns dados básicos sobre o município, além de demonstrar as problemá cas que o projeto deve suprir dentro da realidade do âmbito urbano e de saúde pública.


MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA O município de Mirassol fica Situado no Estado de São Paulo na região Sudeste do País. Fica a 450 km da capital São Paulo estando numa al tude de 587 metros do nível do mar. O município é formado ainda pelo Distrito de Ruilândia que fica a 8km de distância de Mirassol. No senso realizado pelo IBGE em 2010 foi apontado que a população total do município era de 53.792 habitantes com densidade demográfica de 221,10 habitantes/Km². Sendo 52.458 no perímetro Urbano e 1.351 no perímetro rural, é composto por 26.419 homens e 27.390 mulheres e conta com uma expecta va de vida na média de 75,42 anos. Atualmente segundo es ma va do IBGE Mirassol possui cerca de 59.333 Habitantes. Conta com uma hidrografia de dois rios: Rio São José dos Dourados e Córrego Piedade.

Figura 67 Perímetro Urbano de Mirassol; Google Earth (Abril,2019)

Alguns dados sobre território e Ambiente foram levantados pelo IBGE: Apresenta 97.7% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 97.9% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 11% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 76 de 645, 187 de 645 e 500 de 645, respec vamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 84 de 5570, 412 de 5570 e 2685 de 5570, respec vamente. Figura 68 Imagem de satélite de Mirassol; Google Earth (Abril,2019)

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MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA Par ndo para o âmbito de saúde alguns dados do IBGE podem ser levados em conta:

A cidade é servida por via férrea desde 1933 (atualmente, s o m e n t e t r a n s p o r t e d e c a r g a ) . Rodovias Asfaltadas - Washington Luiz (SP-310), Euclides da Cunha (SP-320) e Feliciano Sales Cunha (SP - 310).

A taxa de mortalidade infan l média na cidade é de 3.94 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1.5 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 481 de 645 e 100 de 645, respec vamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 4154 de 5570 e 1887 de 5570, respec vamente.

A Rodovia Washington Luiz (SP - 310) termina em Mirassol, onde se transforma em pista simples e passa a ter o nome de Feliciano Sales Cunha, que passa por Monte Aprazível, Nova Granada, Auriflama e outras mais.

No gráfico levantado pelo senso do IBGE em 2010 podemos visualizar a faixa etária da população residente do munícipio de Mirassol.

A Euclides da Cunha passa por Bálsamo, Tanabi, Fernandópolis, Vo t u p o ra n ga , J a l e s e s e g u e até S a nta Fé d o S u l . Além dessas rodovias, a BR-153 (Transbrasiliana) passa à margem do distrito de Ruilândia, a 13 km da sede do município. ( PREFEITURA MUNICIPAL,2019)

Figura 71 Pirâmide Etária de Mirassol; IBGE (2010)

Figura 70 Mapa de Mirassol; Google Earth (Abril,2019)

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MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA Frequência do aparecimento de Tumores a par r da préadolescência e no jovem adulto até a velhice. Doenças ligadas ao sistema circulatório surgem em maior escala após os 40 anos de idade. E as causas externas a ngem principalmente os préadolescentes e adultos e vai diminuindo conforme o avanço na idade.

Observamos que a faixa de idade com o maior número de população fica entre os adultos dos 20 aos 49 anos de idade. População Residente por Faixa Etária e Sexo, 2009 Faixa Etária Masculino Feminino Total Menor 1 314 300 1a4 1.362 1.311 5a9 1.874 1.828 10 a 14 1.861 1.877 15 a 19 2.040 2.050 20 a 29 4.629 4.607 30 a 39 4.443 4.391 40 a 49 4.130 4.309 50 a 59 3.032 3.195 60 a 69 1.776 2.073 70 a 79 1.058 1.345 80 e + 428 689 Ignorada Total

26.947

27.975

614 2.673 3.702 3.738 4.090 9.236 8.834 8.439 6.227 3.849 2.403 1.117 -

54.922

Figura 72 Censos e Es ma vas; IBGE (2010)

Segundo dados presentes no caderno de informação de saúde municipal, Mirassol apresenta um quadro de mortalidade em que as doenças ligadas ao envelhecimento da população juntamente com as alterações nos padrões de vida da sociedade cons tuem juntos mais de 66% de sua totalidade e onde outra parcela de 31% estão ligados diretamente a ações externas e demais causas definidas como mortes acidentais. Podemos observar ainda no âmbito das possíveis internações levando em consideração dados das doenças e sua mortalidade de acordo com a pologia ligada a faixa etária: As doenças infecciosas e parasitárias tem maior incidência na faixa dos 15 aos 19 anos.

Figura 73 Mortalidade em Mirassol; IBGE (2010)

57


MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA

Figura 74 Estabelecimentos de saúde por po em Mirassol ; CNES (2010)

58


MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA

Especialidade

Número de leitos de internação existentes por tipo de prestador segundo especialidade Dez/2009 Público Filantropico Privado Sindicato Existent Existent Existent Existentes SUS es SUS es SUS es SUS

Total Existent es SUS

Cirúrgicos

-

-

9

4

8

-

-

-

17

4

Clínicos

-

-

28

15

30

-

-

-

58

15

Obstétrico

-

-

8

4

4

-

-

-

12

4

Pediátrico

-

-

3

1

3

-

-

-

6

1

Outras Especialidades

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Hospital/DIA

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Total Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional em Figura 75 Número de leitos em Mirassol por po; CNES (2010) 10/04/2010.

-

48

24

45

-

-

-

93

24

Nas tabelas acima levantadas pelo Ministério da Saúde fica evidente que há algumas pendências ligadas aos estabelecimentos no nicho público, sendo que a cidade não conta com um Hospital Geral diretamente gerenciado pela Tríplice aliança do SUS (União, Estado e Município).

De fato pode-se deduzir que a realidade futura deve se agravar por conta da taxa de crescimento presente na cidade , cominando em um déficit ainda maior no setor de assistência médica hospitalar do município.

Leitos de internação por 1.000 habitantes Dez/2009 Leitos existentes por 1.000 habitantes: Leitos SUS por 1.000 habitantes

Conta apenas com um Hospital Geral de cunho filantrópico que tem em sua estrutura 48 leitos onde 24 fazem o atendimento para o SUS, e como podemos observar na tabela abaixo esses números não atendem a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde) que estabelece de 2,5 a 3,0 leitos para cada mil habitantes.

Figura 76 Número de leitos por habitante em Mirassol; CNES (2010)

59

1,7 0,4


MIRASSOL E A SAÚDE NA CIDADE AMIGA Analisando o gráfico presente no caderno de informação de saúde de Mirassol podemos observar que a u lização dos leitos é feita por 3 principais pos de usuários, os pacientes antes e pós cirúrgicos, os pacientes com tratamento clínico e as crianças, sendo assim um direcionamento para esse po de público pode ser aplicado dentro do edi cio a ser proposto, onde tenha uma oferta de leitos compa vel com a demanda apresentada.

NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3

UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 01 UNIDADE NO MUNICÍPIO UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 05 UNIDADES NO MUNICÍPIO HOSPITAL GERAL PÚBLICO - 150 LEITOS INEXISTENTE UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

NÍVEL 4

01 NO MUNICÍPIO MAIS PRÓXIMO (SÃO JOSÉ DO RIO PRETO)

Figura 78 Unidades disponíveis (por nível) para a população; Autor (2019)

Após todos os dados que foram levantados fica evidente a deficiência no atendimento médico público do município de Mirassol, porém a demanda se restringe ao nível 3 de complexidade, pois a cidade conta com uma UPA e também com estabelecimentos de saúde básica, que dão suporte aos níveis iniciais de tratamento. Não há leitos de cunho público em nenhum po de internação, somente com o auxilio da filantropia, o ciclo proposto pelo SUS se perde e não é cumprido em seu conceito de regionalização. Além disso o número de leitos disponíveis não são suficientes para população atual do município e o panorama piora se pensarmos a longo prazo, com o possível crescimento da população.

Figura 77 Média de permanência nos leitos em Mirassol; CNES (2010)

Se levarmos em consideração os dados da tabela juntamente com a hierarquia de atendimento que o SUS teremos um lacuna a ser preenchida, onde um atendimento de nível 3 fica defasado e consequentemente há uma sobrecarga nos demais edi cios que oferecem os outros níveis de atendimento

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O LOCAL DO

A localização do projeto é primordial para seu planejamento, deve-se levar em consideração vários aspectos para a escolha correta de um local para receber um projeto deste porte. Então uma série de análises devem ser feitas para estabelecer a melhor solução de localização.

PROJETO 61


O LOCAL DO PROJETO grande movimentação de terra ( ideal é de inclinação = 10%) (GÓES, 2004)

Para a locação de um projeto hospitalar deve-se levar em consideração alguns pontos centrais que deverão direcionar a escolha de um terreno que atenda da melhor forma o plano proposto.

Olhando para a cidade de Mirassol foram separados três terrenos para a elaboração do projeto, levando em consideração as proporções iguais de dimensão , além de se restringir a terrenos de domínio público, por se tratar de um projeto feito para atendimento exclusivo da rede pública. Mirassol conta com uma grande rede de saúde básica, onde atualmente contem 05 unidades de saúde que estão presentes nos bairros do município, dessa forma foi pensada a implantação do projeto em um central da cidade, para que o acesso fique mais igualitário a todos os usuários, buscando essa centralidade foram levantados os seguintes terrenos:

Sendo assim Góes(2004) ressalta que atualmente não há um regra na escolha do terreno a ser construído, mas que podemos separar critérios primordiais que estão presentes na portaria 400 de 06/12/1977 que não estão incluídas nas portarias atualmente em vigar como por exemplo a RDC-nº50. Abastecimento de água adequado em qualidade e quan dade, com um mínimo e 500 litros opor dia e por leito. Disponibilidade de rede de esgoto e de águas pluviais, assim como de luz e, telefone e gás; Proximidade do centro de comunidade a que a ins tuição médico-hospitalar se des nas, facilidade de vias de acesso e meio de transporte;

3 2

Ocupação máxima de 50% da área total do terreno, já computadas as futuras ampliações; Orientação do edi cio que possibilite iluminação e ven lação adequadas nos locais de permanência prolongadas dos pacientes e em outros locais como centros cirúrgicos e obstétricos; 1

Afastamento de 5m em relação às vias publicas e de 3 m em relação às divisas de propriedades vizinhas, obedecendo-se à legislação local;

Figura 79 Triângulação dos terrenos propostos ; Google Earth

Observação: Evitar terrenos que demandem

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1 TERRENO 01 ( ANTIGO ESTÁDIO ) 5.360 M² 2 TERRENO 02 ( SETA ) 5.590M² 3 TERRENO 03 ( SANTA CASA ) 9.530M²


2 -LOCAL O O LOCAL DODO PROJETO PROJETO 1 TERRENO ( ANTIGO ESTÁDIO MUNICIPAL)

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2 TERRENO ‘’SETA’’

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Figura 80 Terreno 01 ; Google Earth (Autor,2019)

Figura 82 Terreno 02 ; Google Earth (Autor,2019)

O terreno se localiza na intersecção das ruas Santos Dumont e São Maraldi. Atualmente se encontra vazio, apenas com uma estrutura espor va que pertencia a escola Seta que usava o terreno como anexo para as a vidades espor vas. O terreno conta com apenas duas faces com aceso direto para vias do entorno, que como anteriormente também não conta com uma estrutura suficiente para receber um tráfego maior causado pelo possível projeto, além disso com o equipamento existente pode ser usado para um equipamento público voltado para o lazer e prá cas espor vas.

O terreno está localizado entre as ruas Sete de Setembro e Arís des Bacan. Anteriormente já foi o local que sediava o an go estádio municipal de Mirassol, que após a abertura do novo estádio teve suas a vidades encerradas e posteriormente houve sua demolição. Fica próximo ao cemitério e velório municipal, no centro a cidade. Somente é prejudicado pelas vias que em se enquadram em locais , sem uma estrutura para receber um grau alto de tráfego.

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2 -LOCAL O O LOCAL DODO PROJETO PROJETO construído por um grupo de médicos para atender pacientes par culares. O hospital foi reestruturado e reaberto para atender os pacientes do SUS e também conveniados, sempre que necessário.

O terreno a ser proposto para a implantação do projeto do Hospital Geral de Mirassol foi escolhido por duas vertentes prá cas, o seu contexto histórico e o seu contexto atual que se encaixa em uma patologia urbana.

h p://www.franciscanosnaprovidencia.org.br/associacao/nossasobras_detalhes/23/Hospital-e-Maternidade-

Inicialmente o local de intervenção abrigava uma ins tuição filantrópica de saúde, a Santa Casa de Misericórdia de Mirassol, onde contava com 90 leitos des nados ao SUS e atendimento privado. Eram realizados procedimentos médicos de média complexidade como cirurgias e neologia. Havia espaços para exames de imagem, laboratoriais, atendimento de urgência e emergência, além de cirurgias ele vas e internação. Mas com o aumento nas dívidas e com inúmeros processos trabalhistas a ins tuição teve suas portas fechadas no ano de 2003, assim deixando a cidade sem atendimento médico público, até a compra do Hospital Maternidade Mãe do Divino Amor na Providênca de Deus, que foi adiquirida pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus no ano de 2003.

M%C3%A3e-do-Divino-Amor

Após o fechamento o local foi abandonado com todos os equipamentos dentro, como macas, medicamentos, maquinários de exames, ambulâncias e etc. Desde então o prédio não recebeu nenhum po de uso alterna vo nem por parte da ins tuição filantrópica ou até pela própria prefeitura que atualmente é proprietária da área, somente em 2015 que foi u lizado uma parte do terreno para a construção da Unidade de Pronto atendimento de Mirassol. (...)A UPA de Mirassol foi inaugurada em 2015 e integra a rede atenção de emergências para atendimento de saúde de complexidade intermediária. Segundo o vereador Vanderlei Pina o, tem sido observado que a procura desses serviços de saúde está maior que a capacidade de atendimento. (Camera M u n i c p a l ( D i s p o n i c e l e m : h p://www.camaramirassol.sp.gov.br/No cia/Visualizar/3752)

O Hospital e Maternidade Mãe do Divino Amor na Providência de Deus é um hospital geral de baixa e média complexidade, localizado em Mirassol, interior de São Paulo, e conta com 50 leitos. O Hospital foi inaugurado em 1 de julho de 2003. Na época, a Santa Casa de Misericórdia, até então único hospital para usuários do SUS na cidade, fechou as portas. A população mirassolense ficou desamparada no acesso básico à saúde. Era preciso se deslocar para São José do Rio Preto ou Jaci para ser atendido em situações de emergência. A necessidade da população levou a Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus a comprar um pequeno hospital localizado no centro da cidade,

(...)Delimitou-se, inicialmente o vazio urbano objeto de estudo, às situações configuradas por terrenos e edificações desafetados (não u lizados), sub lizados, desocupados (não ocupados) ou desestabilizados localizados em tecidos consolidados e infra-estruturados que passaram, ou estão passando, por um processo de esvaziamento, o vazio esvaziado. (....) (BORDE,2006)

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO

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Figura 83 Terreno 03 ; Google Earth (Autor,2019)

1 LOCAL DE PROJETO (9.530,00 m²) A área do projeto é privilegiada com um acesso fácil por todas as áreas da cidade, a avenida Eliezer Magalhães consegue direcionar facilmente os possíveis usuários para o local por se tratar de uma via de arterial e que gera uma locomoção mais rápida e fluída. Todos os lados do terreno tem abertura direto para vias , isso traz a possibilidade de diferentes acessos para uma melhor distribuição de fluxos. Anexo ao terreno temos a UPA de Mirassol, que conta com atendimento de urgência intermédiário.

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO

2002

2010

Figura 84 Terreno 03 no ano de 2002 ; Google Earth (Autor,2019)

FISSURAS NA COBERTURA

Figura 85 Terreno 03 no ano de 2010 ; Google Earth (Autor,2019)

Por se tratar de um local sem uso , vamos verificar como o espaço se comportou durante os anos que ficou fechado, sem nehum po de manutenção ou reuso. No ano de 2002 podemos observar uma imagem aérea do local que estava em pleno funcionamento, exis a diferentes prédios que pertenciam a Santa Casa e seus flúxos eram distribuídos em acessos localizados nas laterais do edi cio. Já no ano de 2010 encontramos o local fechado á 7 anos, a manutenção é deixada de lado e podemos ver a deteriorização da cobertura e o acúmulo de massas vegeta vas.

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO

2012

2013

Figura 86 Terreno 03 no ano de 2012 ; Google Earth (Autor,2019)

ÁREA DEMOLIDA

Figura 87 Terreno 03 no ano de 2013 ; Google Earth (Autor,2019)

No ano de 2012 a degradação fica mais evidente pela imagem, podemos oberservar que a cobertura da parte lateral direita está completamente condenada, e que o passeio no entorno também não recebeu nenhum po de manutenção o que afasta os moradores da região que permanece vazia , principalmente durante a noite, assim trazendo insegurança para o local. Em 2013 com o terreno já sendo de domínio público acontece a demolição de parte do an go prédio ( área de internação), onde está des nado a ser construído a UPA municipal.

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO

2013

CONSTRUÇÃO DA UPA

Figura 88 Terreno 03 (contrução da UPA) no ano de 2013 ; Google Earth (Autor,2019)

2017

MURO DE CONTENÇÃO

Figura 89 Terreno 03 no ano de 2017 ; Google Earth (Autor,2019)

Em 2013 se começa a construção da Unidade de Pronto Atendimento Municipal, mesmo com a construção de um novo prédio no local não há uma preocupação com o abandono do an go edi cio, e nehum po de manutenção é dado. 2017 vemos a UPA em pleno funcionamento e que se torna um prédio independente a o resto presente no entorno, muros de contenção são construídos de frente para a Avenida Eliezer Magalhães, além das portas serem lacradas com alvenaria e barricadas de madeira para impedir a entrada de moradores de ruas e usuários de drogas que frequentemente invadem o local.

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO

2019 Figura 90 Área da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 94 Acesso Análises Clínicas da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 91 Pá o Interno da Santa Casa; Autor (2019) Figura 95 Acesso ambulatórios da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 93 Terreno 03 no ano de 2019 ; Google Earth (Autor,2019)

Figura 92 Fachada da Santa Casa; Autor (2019) Figura 96 Vista da Santa Casa; Autor (2019)

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO Imagens internas da Santa Casa (imagens do autor)

Figura 97 Recepção da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 98 Acentos na recepção da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 99 Corredor de leitos da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 100 Acesso ao pá o da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 101 Circulação da Santa Casa; Autor (2019)

Figura 102 Corredor 02 da Santa Casa; Autor (2019)

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO ESTUDO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Ao u lizar um raio de estudo de 500m, medindo a par r do centro do terreno, observamos no mapa de uso e ocupação do solo que a área em questão tem a abrangência de uso residencial, seguido por parcelas comerciais e de serviços. Por se tratar de um bairro estruturado dentro da malha urbana a predominância de residências é evidente e abraça pra camente todos os quarteirões da região de estudo, já a Avenida Eliezer Magalhães traz um eixo que funciona como um localizador de uso comercial ( Lojas, Restaurantes, academias, Farmácias e etc.) e também o uso de serviços ( Clínicas, Escritórios de advocacia, Escritórios contábeis etc.). Nas proximidades do terreno há uma linha férrea que corta a área de estudo traz um vazio em sua margem, onde há terrenos sem uso (vazio), o que pode indicar que a construção nessa área fica defasada pela poluição sonora e o incomodo gerado pelo transporte de cargas.

TERRENO

ÁREA VERDE

RESIDENCIAL

INDÚSTRIA

COMERCIAL SERVIÇOS

VAZIO/SEM USO INSTITUCIONAL

Figura 103 Mapa de uso do solo; Autor (2019)

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO

TERRENO

ACIMA DE 7 PAVIMENTOS

1-2 PAVIMENTOS

VAZIO/SEM USO

3-6 PAVIMENTOS

TERRENO

COLETORA

ARTERIAL

LOCAL

Figura 104 Mapa de gabarito; Autor (2019)

Figura 105 Mapa Hierarquia sica e funcional da vias; Autor (2019)

ESTUDO DE ALTURA DOS PAVIMENTOS

ESTUDO DA HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL DAS VIAS

No raio de 500m podemos observar uma baixa diversificação de altura dos edi cios, justamente por se tratar de uma área residencial consolidada é composta por sua maioria de casas térreas e alguns poucos edi cios residenciais ver calizados.

Há uma diversidade de vias no entorno da área de intervenção, podemos observar que o terreno está cercado de vias de fluxo intenso e moderado, que são primordiais para a locomoção urbana, essa interação das vias pode ser um lado explorável no planejamento dos acessos do futuro edi cio.

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2 -LOCAL O PLANEJANDO DO PROJETO O ESPAÇO Após fazer o levantamento histórico do local, fazer um estudo técnico do entorno e demonstrar como está afetando nega vamente a cidade, fica claro que a reu lização do espaço da an ga Santa Casa pode trazer mÚl plos bene cios para a população que como ja dito anteriormente é prejudicada com a falta de leitos e tratamento médico disponível na cidade. O vazio urbano pode se transformar em um equipamento público de extrema importância para todos os mirassolenses e consequentemente para a região imediata da cidade. A requalificação do espaço deve trazer de volta o movimento para a área, e valorizar esse ponto central que se mantém como uma barreira de incen vos financeiros em seu entorno e principalmente um abrigo inadequado para outros problemas públicos como moradores de ruas e usuários de drogas.

TERRENO LINHA DE TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL PONTO DE ÔNIBUS Figura 106 Mapa Transporte público; Autor (2019) TRANSPORTE PÚBLICO A cidade de Mirassol conta com uma rede de transporte público municipal, existe uma linha de ônibus que passa no entorno do terreno com um ponto de ônibus localizado na fachada virada para a Av. Eliezer Magalhães.

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LEGISLAÇÃO DO PROJETO

74

DE SAÚDE 74

Um projeto arquitetônico Hospitalar tem uma legislação a ser seguida e deve-se levar em consideração muitas condicionantes que deverão fazer parte do projeto e de sua concepção, sendo assim neste capítulo será demonstrado as ferramentas que deverão ser u lizadas para a elaboração do edi cio hospitalar e como são apresentadas as diretrizes a serem seguidas na concepção de um hospital geral.


LEGISLAÇÃO DO PROJETO DE SAÚDE Um projeto de saúde deve ser planejado com uma inserção de vários aspectos prá cos, financeiros, esté cos, regionais, epidemiológicos e de demanda, sempre obedecendo as legislações vigentes bem como sua viabilidade e sustentabilidade. Uma melhor gestão de recursos e espaços pode melhorar a eficácia no atendimento na rede pública, e assim trazer a capacidade do melhoramento dos ciclos de atendimento e proporcionar sucesso nos tratamentos propostos. A principal ferramenta para a elaboração de um projeto hospitalar são as normas que norteiam os proje stas na concepção e execução, além do planejamento dos ambientes e seus atribuições. A mais completa e recente norma é a RDC- 50 /2002 que traz vários aspectos importantes para a concepção e elaboração do projeto hospitalar que foram compiladas e atualizadas em uma só norma va.

Com potencial estratégico, o SomaSUS é uma ferramenta que auxilia a elaboração de projetos de investimentos de infraestrutura física e tecnológica em saúde, facilitando a gestão, a organização da saúde e, ainda, colaborando para a promoção de uma assistência humanizada e de qualidade à população. Além disso, possibilita a classificação dos estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) por ambientes e serviços, visando a elaboração de projetos mais condizentes com as atividades desenvolvidas e, portanto, mais efetivos e eficientes com a rede assistencial adotada.

Na sua apresentação, é ressaltado: "Ao longo do processo de atualização, o Ministério da Saúde publicou várias Portarias sobre temas específicos e o presente trabalho não se furtou a observar os conteúdos dessas normas de modo a unificar toda a legislação sobre o tema.". (BRASIL, 2004, p.3).

Na RDC-50/2002 podemos encontrar regulamentações de espaços, condições ambientais, condições técnicas além de regras e diretrizes na apresentação e representação de projetos hospitalares. Porém a RDC-/2002 é extensa e não conta com exposi vos gráficos ou mesmo instruções específicas primordiais para o projeto, como por exemplo os fluxos, leiate ou mesmo relação entre os ambientes. Essas caracterís cas levaram o Ministério da saúde a criar em 2004 um protó po que mais tarde se tornaria o Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Inves mentos em Saúde (SomaSUS).

Figura 107 Imagem do portal, menu de pesquisa onde é disposto diferentes formas para a pesquisa do ambiente desejado. Disponível em: h p://somasus.saude.gov.br/somasus/redirect!tamanhoTela.ac on ( Acesso em Abril de 2019)

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2 - LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO DODO PROJETO PROJETO DE DE SAÚDE SÁUDE No exemplo a seguir podemos ver um leiaute proposto pelo portal SomaSUS em que se exemplifica como dever ser o quarto (isolamento ou não) de uma Internação Intensiva.

Figura 109 Imagem do portal, descrição dos equipamentos que devem compor o laioute. Disponível em: somasus.saude.gov.br/somasus/consultaAtribuicao!relEquipamento.ac on?co_a mbiente=787&SOMASUS_TOKEN=YHN5-B7EX-I6LV-C5YG-4SIX-NJH3-OUD4-50EL ( Acesso em Abril de 2019) Figura 108 Imagem do portal, Leiaute proposto para um quarto de internação Disponível em: h p://somasus.saude.gov.br/somasus/consultaAtribuicao!relLayout.ac on?co_a mbiente=787&SOMASUS_TOKEN=YHN5-B7EX-I6LV-C5YG-4SIX-NJH3-OUD4-50EL( Acesso em Abril de 2019)

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2 - LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO DODO PROJETO PROJETO DE DE SAÚDE SÁUDE A tabela a seguir foi proposta para uma melhor exemplificação e entendimento sobre as caracterís cas que o portal traz, pontuando algumas diretrizes básicas que devem ser levadas em consideração no planejamento do projeto.

ESPAÇO FÍSICO

ASPECTOS AMBIENTAIS

AMBIENTE METRAGEM MIN.

ÁREA MÉDIA

Enfermaria de adulto Internação Geral

6,00 m² por leito = enfermaria de 3 a 6 leitos.

32.15M²

Depósito de equipamentos / materiais

A depender dos tipos de equipamentos e materiais.

4.35M²

Posto de enfermagem / área de serviços de enfermagem - Internação Intensiva

Sala de exames e curativos - Internação Geral

6,00M²

7,50 m²

8.95M²

10.80

TIPO DE PISO Liso (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. Deve ser liso, resistente, lavável e de fácil higienização. Liso (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. Liso (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção.

VENTILAÇÃO

COND. ILUMINAÇÃO

Necessidade de climatização artificial e exaustão mecânica.

Necessita de incidência de luz de fonte natural direta.

Ver código de obras local.

--

Podem ser utilizadas ventilação e exaustão direta ou indireta. Ver código de obras local.

Podem ser utilizadas iluminação natural e/ou artificial. Ver código de obras local.

Podem ser utilizadas ventilação e exaustão direta ou indireta. Ver código de obras local.

Necessita de iluminação artificial especial no campo de trabalho. Ver código de obras local.

Figura 110 Tabela de elaboração de Ambientes; Autor(2019)

Esse modelo de tabela deverá ser feito na etapa de elaboração do projeto, pegando todo o plano de necessidades e seguindo as diretrizes presentes no portal do SomaSUS para que se torne mais prá ca a organização espacial de todo o projeto e consequentemente haja um entendimento mais completo sobre o funcionamento do edi cio.

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2 - LEGISLAÇÃO LEGISLAÇÃO DODO PROJETO PROJETO DE DE SAÚDE SÁUDE Para a elaboração do projeto foi definido uma lista de normas a serem seguidas na fase de concepção e planejamento. Lembrando que o município de Mirassol não possui algumas norma vas próprias assim devemos obedecer diretamente as regulamentações estaduais. Normas a serem seguidas: -RDC-50/2002 -Portal somaSUS -Código de obras do estado de São Paulo -Código sanitário do estado de São Paulo -Código de saúde do estado de São Paulo -Código de Bombeiros do Estado de São Paulo -NBR 90/50 - Acessibilidade -Plano Diretor Municipal de Mirassol

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PLANO DE NECESSIDADES; ORGANOGRAMA; FLUXOGRAMA; PLANO DE MASSAS.

O Plano de Necessidades foi construído a par r da legislação presente na RDC-50, onde está descrito os setores e ambientes necessários para a composição do projeto hospitalar. No momento foi proposto alguns setores que devem estar presentes no projeto, todos obrigatórios segundo a norma, também existe alguns ambientes de apoio que são opta vos, esses foram dimensionados a par r do portal do SomaSUS.

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NESTE PROJETO FORAM UTILIZADOS PARTES DESTE PLANO DE NECESSIDADES, SENDO QUE O DETALHAMENTO DE AMBIENTES FOI FEITO PARCIALMENTE E O RESTO FOI DIMENSIONADO PARA A TOTALIDADE DO EDIFÍCIO.


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

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2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

POSTO DE ENFERMAGEM (NEONATOLOGIA) SALA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM ÁREA DE CUIDADOS E HIGIENIZAÇÃO BERÇÁRIO DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS BERÇÁRIO DE CUIDADOS INTENSIVOS NÃO UTI NEONATAL SALA DE UTILIDADES ÁREA DE REGISTRO DOS PACIENTES ( CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA) QUARTO DE PLANTÃO DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS VESTIÁRIO DE ACESSO A UNIDADE DML SALA DE ESTAR PARA VISITANTES SANITÁRIO PÚBLICO

INTERNAÇÃO GERAL

POSTO DE ENFERMAGEM SALA DE SERVIÇOS SALA DE ISOLAMENTO SALA COLETIVA DE OBSERVAÇÃO PEDIÁTRIA SALAS COLETIVAS DE OBSERVAÇÃO ADULTO SALAS DE PROCEDIMENTOS ESPECIAIS (INVASIVOS) ÁREA DE ESCOVAÇÃO SALA DE EMERGÊNCIAS ( POLITRAUMATISMO, PARADA CARDIACA, ETC.) ÁREA PARA GUARDA DE PERTENCES OS PACIENTES BANHEIRO PARA PACIENTES (SALA DE OBSERVAÇÃO E ISOLAMENTO) SANITÁRIOS PARA FUNCIONÁRIOS QUARTO DE PLANTÃO DEPÓSITO DE EQUIPAMENTO ÁREA PARA NOTIFICAÇÃO MÉDICA DE PACIENTES ÁREA DE RECEPÇÃO DE PACIENTES E ACOMPANHANTES DML ÁREA GUARDA MACAS E CADEIRAS DE RODAS ROUPARIA

FARMÁCIA

INTERNAÇÃO NEONATAL

ATENDIMENTO IMEDIATO

ORGANOGRAMA

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POSTO DE ENFERMAGEM / PRESCRIÇÃO MÉDICA SALA DE SERVIÇOS SALA DE EXAMES E CURATIVOS ÁREA DE CUIDADOS E HIGIENIZAÇÃO DE LACTENTE ENFERMARIA LACTENTE QUARTO DE CRIANÇA ENFERMARIA DE CRIANÇA QUARTO DE ADULTO ENFERMARIA DE ADULTO ÁREA DE RECREAÇÃO/LAZER/REFEITÓRIO SALA DE UTILIDADES BANHEIRO PARA ACOMPANHANTES NA PEDIATRIA SANITÁRIO PARA PÚBLICO E FUNCIONÁRIOS ROUPARIA SALA DE ESTAR PARA ACOMPANHANTES NA PEDIATRIA DML BANHEIRO PARA PACIENTE ÁREA DE GUARDA MACA E CADEIRA DE RODAS DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

-ÁREA PARA RECEPÇÃO E INSPEÇÃO -ÁREA DE ARMAZENAGEM E CONTROLE -ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO SALA DA MANIPULAÇÃO ÁREA DE DISPENSAÇÃO SALA PARA PREPARO E DILUIÇÃO DE GERMICIDA SALA DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE INSUMOS SANITÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

ÁREA DE RECEPÇÃO DE PACIENTE SALA DE GUARDA E PREPARO DE ANESTÉSICO SALA DE ESCOVAÇÃO SALA DE PEQUENA CIRURGIA SALA MÉDIA DE CIRURGIA SALA GRANDE DE CIRURGIA POSTO DE ENFERMAGEM E SERVIÇOS ÁREA PARA RECUPERAÇÃO DE ANESTESIA SALA DE UTILIDADES BANHEIRO COM VESTIÁRIO FUNC. SALA ADMINISTRATIVA LABORATÓRIO PARA REVELAÇÃO DE CHAPAS DML DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS SALA DE DISTRIBUIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES

CENTRO OBSTÉTRICO

LEITO DE INTERNAÇÃO INTENSIVA -UTI-CTI POSTO DE ENFERMAGEM /ÁREA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM QUARTO (DE ISOLAMENTO OU NÃO) SALA COLETIVA DE TRATAMENTO SALA DE HIGIENIZAÇÃO E PREPARO DE EQUIPAMENTOS SALA DE UTILIDADES QUARTO DE PLANTÃO ROUPARIA DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS BANHEIRO PARA QUARTO DE PLANTÃO SANITÁRIOS COM VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS SANITÁRIO PARA PACIENTES SALA DE ESPERA PARA ACOMPANHANTES E VISITANTES SALA ADMINISTRATIVA COPA DML ÁREA DE ESTAR PARA A EQUIPE DE SAÚDE SANITÁRIO PARA O PÚBLICO

ÁREA DE RECEPÇÃO DE PARTURIENTE SALA DE EXAMES SALA P´RE PARTO POSTO DE ENFERMAGEM SALA DE GUARDA E PREPARO ANESTÉSICO ÁREA DE INDUÇÃO ANESTÉSICA ÁREA DE ESCOVAÇÃO SALA DE PARTO NORMAL SALA E PARTO CIRÚRGICO ÁREA PARA ASSISTÊNCIA DE R.N SALA DE ASSISTÊNCIA DE R.N POSTO DE ENFERMAGEM (R.N) ÁREA PARA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESIA SALA DE UTILIDADES BANHEIROS COM VESTIÁRIO PARA FUNCI. SALA ADMINISTRATIVA DML BANHEIRO PRÉ PARTO SALA DE DISTRIBUIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES

CENTRO DE MATERIAL ESTERILIZADO

CENTRO CIRÚRGICO

INTERNAÇÃO INTENSIVA

ORGANOGRAMA

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-ÁREA PARA RECEPÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO -ÁREA DE LAVAGEM -SALA DE ESTERILIZAÇÃO -SALA DE ARMAZENAGEM -SALA DE LAVAGEM E DESCONTAMINAÇÃO -SALA DE ESTOQUE DE MATERIAL ESTÉRIL SANITÁRIO COM VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS -DML -SALA ADMINISTRATIVA -ÁREA DE MANUNTENÇÃO


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

APOIO LOGÍSTICO

-COZINHA -ÁREA RECEPÇÃO E INSPEÇÃO DE ALIMENTOS -DISPENSA DE ALIMENTOS -ÁREA DE GUARDA UTENSÍLIOS -ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS -ÁREA DE PREPARO DE ALIMENTOS -ÁREA PARA COCÇÃO DE DIETAS NORMAIS -ÁREA PARA COCÇÃO DE DESJEJUM E LANCHES -ÁREA DE COCÇÃO DE DIETAS ESPECIAIS -ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO DE DIETAS NORMAIS -REFEITÓRIO PARA PACIENTES -REFEITÓRIO PARA FUNCIONÁRIOS -ÁREA DE RECEPÇÃO E LAVAGEM DE LOUÇAS -ÁREA DE RECEPÇÃO E LAVAGEM DE CARRINHOS -COPA -LACTÁRIO (ÁREA PARA RECEPÇÃO E LAVAGEM DE MAMADEIRAS E OUTROS UTENSÍLIOS ÁREA PARA DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL DAS MAMADEIRAS) -ÁREA DE PREPARO E ENVASE --ÁREA DE RECEBIMENTO DE PRESCRIÇÕES -SALA DE LIMPEZA E SANITIZAÇÃO DE INSUMOS -SALA DE ENVASE -SANITÁRIO PARA FUNC. -SALA ADMINISTRATIVA -SANITÁRIO PARA REFEITÓRIO -VESTIÁRIO DE FUNC. -ÁREA DE ARMAZENAGEM

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

APOIO TÉCNICO ( NUTRIÇÃO E DIETÉTICA)

ORGANOGRAMA

96

-PROCESSAMENTO DE ROUPAS -SALA DE RECEBIMENTO -SALA DE PROCESSAMENTO -SALA DE LAVAGEM DE ROUPAS -ROUPARIA -CENTRAL DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS -ÁREA DE ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS -ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS -SALA DE PREPARO E GUARDA CADÁVER -ÁREA EXTERNA PARA EMBARQUE DE CARRO FUNERÁRIO -SALA DE UTILIDADES -ABRIGO DE RECIPIENTES DE LIXO -ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS E VEÍCULOS -SALA DE GERADORES ELÉTRICOS -SALA DE SUBESTAÇÃO ELÉTRICA -ÁREA DAS CALDEIRAS -SALA DE EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO -CASA DE BOMBAS/MÁQUINAS -ÁREA PARA TANQUE DE GASES -ÁREA PARA CENTRAIS DE GASES -GARAGEM -ESTACIONAMENTOS -ÁREA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS -ARQUIVO ADMINISTRATIVO -ÁREA DE REGISTRO DE PACIENTES -ÁREA PARA NOTIFICAÇÃO MÉDICA DE PACIENTES -POSTO POLICIAL -ARQUIVO MÉDICO ATIVO E PASSIVO -COPA -DML


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO FLUXOGRAMA

ÁREA PARA GUARDA DE PERTENCES OS PACIENTES

ACESSO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

ATENDIMENTO IMEDIATO

ÁREA DE RECEPÇÃO DE PACIENTES E ACOMPANHANTES

SALA COLETIVA DE OBSERVAÇÃO PEDIÁTRICA SALA COLETIVA DE OBSERVAÇÃO ADULTO

ÁREA PARA NOTIFICAÇÃO MÉDICA DE PACIENTES

BANHEIRO PARA PACIENTES (SALA DE OBSERVAÇÃO E ISOLAMENTO)

POSTO DE ENFERMAGEM SALA DE SERVIÇOS ÁREA GUARDA MACAS E CADEIRAS DE RODAS

SALA DE EMERGÊNCIAS ( POLITRAUMATISMO, PARADA CARDIACA, ETC.)

ROUPARIA

ÁREA DE ESCOVAÇÃO

DML

DEPÓSITO DE EQUIPAMENTO

SANITÁRIOS PARA FUNCIONÁRIOS

QUARTO DE PLANTÃO

ACESSO FUNCIONÁRIOS

97

SALA DE ISOLAMENTO SALAS DE PROCEDIMENTOS (INVASIVOS)


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

BANHEIRO PARA ACOMPANHANTES

SALA DE ESTAR PARA ACOMPANHANTES

ROUPARIA

POSTO DE ENFERMAGEM / PRESCRIÇÃO MÉDICA

DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

ENFERMARIA DE ADULTO

QUARTO DE ADULTO

QUARTO DE CRIANÇA ENFERMARIA DE CRIANÇA

SALA DE SERVIÇOS SALA DE UTILIDADES

ÁREA DE GUARDA MACA E CADEIRA DE RODAS

DML

98

SALA DE EXAMES E CURATIVOS

ÁREA DE RECREAÇÃO /LAZER/REFEITÓRIO SANITÁRIO PARA PÚBLICO E FUNCIONÁRIOS

INTERNAÇÃO GERAL

BANHEIRO PARA PACIENTE

FLUXOGRAMA

ENFERMARIA LACTENTE

ÁREA DE CUIDADOS E HIGIENIZAÇÃO DE LACTENTE


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO FLUXOGRAMA

SALA COLETIVA DE TRATAMENTO

LEITO DE INTERNAÇÃO INTENSIVA -UTI-CTI

SANITÁRIO PARA PACIENTES

ÁREA DE ESTAR PARA A EQUIPE DE SAÚDE

QUARTO DE PLANTÃO POSTO DE ENFERMAGEM /ÁREA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM

QUARTO (DE ISOLAMENTO OU NÃO)

SALA DE UTILIDADES

SALA ADMINISTRATIVA SALA DE HIGIENIZAÇÃO E PREPARO DE EQUIPAMENTOS

ROUPARIA

DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

99

SANITÁRIOS COM VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS

SALA DE ESPERA PARA ACOMPANHANTES E VISITANTES

INTERNAÇÃO INTERNAÇÃO

SANITÁRIO PARA O PÚBLICO

COPA BANHEIRO PARA QUARTO DE PLANTÃO DML


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO FLUXOGRAMA

SALA DE ESTAR PARA VISITANTES

SANITÁRIO PÚBLICO

INTERNAÇÃO NEONATAL

ÁREA DE REGISTRO DOS PACIENTES ( CONTROLE DE ENTRADA E SAÍDA)

QUARTO DE PLANTÃO

BERÇÁRIO DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS

SALA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM

SALA DE UTILIDADES

BERÇÁRIO DE CUIDADOS INTENSIVOS NÃO UTI NEONATAL

POSTO DE ENFERMAGEM (NEONATOLOGIA)

DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

100

VESTIÁRIO DE ACESSO A UNIDADE

ÁREA DE CUIDADOS E HIGIENIZAÇÃO

DML


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO FLUXOGRAMA

SALA DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE INSUMOS

FARMÁCIA

ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO

ÁREA DE ARMAZENAGEM E CONTROLE

SALA PARA PREPARO E DILUIÇÃO DE GERMICIDA

SALA DA MANIPULAÇÃO

SANITÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS

ÁREA DE DISPENSAÇÃO

101

ÁREA PARA RECEPÇÃO E INSPEÇÃO


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO FLUXOGRAMA SALA ADMINISTRATIVA

CENTRO CIRÚRGICO

SALA DE GUARDA E PREPARO DE ANESTÉSICO

ÁREA DE RECEPÇÃO DE PACIENTE

SALA DE UTILIDADES

SALA DE PEQUENA CIRURGIA

DML

SALA DE ESCOVAÇÃO

SALA MÉDIA DE CIRURGIA

DEPÓSITO DE EQUIPAMENTOS

LABORATÓRIO PARA REVELAÇÃO DE CHAPAS

SALA GRANDE DE CIRURGIA

SALA DE DISTRIBUIÇÃO DE HEMOCOMPONENTES

ÁREA PARA RECUPERAÇÃO DE ANESTESIA

POSTO DE ENFERMAGEM E SERVIÇOS

102

BANHEIRO COM VESTIÁRIO FUNC.


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

CENTRO DE ESTERILIZAÇÃO

FLUXOGRAMA

SANITÁRIO COM VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS

SALA DE LAVAGEM E DESCONTAMINAÇÃO

ÁREA PARA RECEPÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO

ÁREA DE LAVAGEM

SALA DE ESTERILIZAÇÃO

SALA DE ESTOQUE DE MATERIAL ESTÉRIL

SALA ADMINISTRATIVA

DML

ÁREA DE MANUTENÇÃO

SALA DE ARMAZENAGEM

103


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

ADMINISTRAÇÃO

FLUXOGRAMA

-ÁREA DE REGISTRO DE PACIENTES

-ARQUIVO ADMINISTRATIVO

-COPA

-ÁREA DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

-ARQUIVO MÉDICO ATIVO E PASSIVO

-DML

-ÁREA PARA NOTIFICAÇÃO MÉDICA DE PACIENTES

-POSTO POLICIAL

104


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

APOIO DIETÉTICO E NUTRICIONAL

FLUXOGRAMA

105


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

CENTRO OBSTÉTRICO

FLUXOGRAMA

106


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO

APOIO LOGÍSTICO

FLUXOGRAMA

107


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO PRIMEIRO ESBOÇO DA PROPOSTA O estudo de massas realizado distribui os setores do hospital priorizando a circulação, a funcionalidade e permeabilidade na quadra. Podemos observar que foi dividido os acessos do projeto, assim se constrói um maior controle e distribuição de fluxos já que o terreno conta com interação direta para as vias nas suas quatro extremidades o que possibilita distribuir melhor os setores pelo terreno.

ATENDIMENTO IMEDIATO

INTERNAÇÃO GERAL FARMÁCIA INTERNAÇÃO INTENSIVA

A ver calização é inevitável já que o coeficiente de ocupação do solo é de 50%, já nos blocos foram criados vazios que servirão como permeabilidade para a quadra, assim o entorno fará parte do projeto e o prédio não se tornará uma barreira.

CENTRO CIRÚRGICO

Falando sobre a locação de alguns setores, começando com os que foram locados no térreo :

CENTRO DE MATERIAL ESTERILIZADO

INTERNAÇÃO NEONATAL

CENTRO OBSTÉTRICO

Atendimento Imediato: A urgência e emergência necessita ficar próximo as vias de acesso e com o mínimo de barreiras e grandes percursos, pois nesse caso o tempo e conta muito na hora da atenção médica, além disso a ambulância deve estacionar e já conseguir desembarcar o paciente para dentro da unidade de atendimento.

APOIO TÉCNICO ( NUTRIÇÃO E DIETÉTICA)

APOIO LOGÍSTICO

Figura 111 Croqui plano de massa, Autor (2019)

108

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO PRIMEIRO ESBOÇO DA PROPOSTA Administração: esse setor ficou localizado com sua face direcionada para a via de maior fluxo a Avenida Eliezer Magalhães, por se tratar de um setor de organização interna e gerenciamento, pode-se dar mais liberdade com possíveis ruídos advindos do trânsito. Obstetria: Foi decidido criar um fluxo de entrada diferenciado para o tratamento de gestantes, já que o acesso junto ao atendimento geral não é o mais indicado por se tratar de pos de pacientes com patologias que poderiam ser insalúbres para as grávidas. Apoio: O centro de apoio logís co e nutricional devem permanecer no térreo, por questões de logís ca e principalmente de circulação, além do fácil acesso de carga e descarga.

Figura 112 Croqui plano de massa, Av Eliezer Magalhães, Autor (2019)

109


2 - PLANEJANDO O ESPAÇO A PROPOSTA Especificamente o obje vo é mostrar que é possível a inserção de um espaço de saúde que supra as necessidades do município de Mirassol, sendo u lizado o local que abrigava a an ga Santa Casa. Dessa forma foi projetado um hospital de 150 leitos, onde acontece um detalhamento do nível de acesso do hospital ( térreo) e os serviços que ali irão acontecer. Os demais andares do prédio foram dimensionados em forma de planta livre, sendo possível receber diferentes usos de cunho médico. Foi pensado e aplicado no projeto um esqueleto estrutural e de instalações prediais que compar lham de eixos que moldam todos os pavimentos igualmente quando se trata de circulação, acessos e chegada de insumos. Além disso foi realizado todo o estudo de fachada, plas cidade, acessos, fluxos e ligação com o entorno do hospital. não se esquecendo do edi cio presente no local, a UPA Municipal. Dessa forma chegamos ao projeto que se estende nas pranchas a seguir:

110


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

111


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