TFC Miriã Martins - Templo religioso cristão

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Trabalho Final de Curso apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do professor Onésimo Carvalho de Lima.

Ribeirão Preto - 2016


AGRADECIMENTOS Inicialmente, agradeço a Deus inteiramente por tudo,por ouvir minhas orações e lamentações durante todos esses anos, sem Ele eu nada seria. Aos meus pais Sergio e Shirlei Martins, que contribuiram imensamente para a minha formação pessoal e profissional e que durante o ano letivo me acompanharam e me motivaram dando todo o apoio, incentivo e se esforçando tanto para que eu alcance o sucesso. Ao meu marido Bruno Minelli, por todo amor, carinho, paciencia, compressão, ouvinte e motivador dos momentos em que achei que não seria capaz. Sou grata pelo companheirismo de minha cadela Mel, que se manteve ao meu lado durante todas as madrugadas de trabalho. Aos meus familiares e amigos, que sempre me apoiaram e me fortaleceram. A minha amiga Brisa Mary que me ajudou, instruiu sempre com disposição durante esses anos. Aos meus amigos de turma Camila Cavalieri, Higor Rocha, Ingrid Santos, Priscila Santos e Renata Vilela que fizeram das minhas manhãs mais felizes e sempre mantendo o companheirismo mesmo quando nada ia bem. E por fim agradeço a todos os professores do Centro Universitário Moura Lacerda por todos os ensinamentos atribuidos. Especialmente ao meu orientador Onesimo C. Lima, por todos os momentos dedicados e confiança que contribuiu no resultado deste trabalho.


“Se projetas alguma coisa, ela te saíra bem, e a luz brilhará em teus caminhos.” Jó 22:28


SU MÁ RIO


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

01 | APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 02 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS 03 | POPULAÇÃO PROTESTANTE GLOBAL 04 | TIPOLOGIA DAS IGREJAS 05 | O PAPEL DA IGREJA 06 | PLANEJAMENTO DAS IGREJAS ATUAIS

07 | IGREJA DO JUBILEU p.22 08 | COMUNIDADE SHALOM p.26 09 | IGREJA PRESBITERIANA COREANA p.31 10 | CONSIDERAÇÕES p.34

LEVANTAMENTOS E DIRETRIZES

12 | O PROJETO

LEITURAS PROJETUAIS

11 | CONDICIONANTES DO PROJETO

p.59

p.08 p.09 p.10 p.12 p.14 p.18

13 | BIBLIOGRAFIA

p.37

p.82


01. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO Este Trabalho Final de Curso trata-se da elaboração do projeto arquitetônico de uma igreja, que além de ser um lugar para adoração a Deus, também um lugar para a comunhão e a integração entre as pessoas. O projeto ficará localizado no setor Norte de Ribeirão Preto/SP, no bairro dos Campos Elíseos, entre a rua Patrocínio e Paraíba. A escolha do tema deste trabalho se torna válida por buscar não a prática da religião em si, mas da produção de projetos de aquitetura para espaços religiosos, criando um espaço que seja adequado à prática religiosa, ao mesmo tempo que promove ações de interesse social . A afinidade e o convívio entre os cristãos nos faz entender que a Igreja, como um grupo social, é capaz de promover e incentivar ações que geram benefício a toda sociedade e/ou a comunidade local. Suas práticas de vida geram uma recuperação no nível pessoal e social.

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A fundamentação teórica desenvolvida está organizada em quatro partes. A primeira apresentará os objetivos da igreja para com os fieis e o seu significado para a comunidade cristã. A segunda parte refere-se a construção de um templo para seus fieis, cujo qual mostrara o crescimento dos protestantes no brasil e no mundo através de gráficos. Na terceira parte exemplificara os locais de liturgias das mesmas, relatando a funcionalidade do local e suas especialidades dimensionais do altar, presbitério, átrio e os elementos que compõe os espaços de culto cristão. E por fim, dentro deste contexto mostrar os papeis que a igreja tem prestado atualmente exemplifica a ajuda que ela traz para a sociedade, mas ao mesmo tempo, traz questionamento de como elas atualmente se mostram as vezes incapazes de receber os grandes contingentes de fieis com edificações que foram projetadas para outros uso, resultando em lugares de má qualidades acústicas.


02. DEFINIÇÕES E CONCEITOS Igreja, local sagrado, lugar de habitação de Deus na terra, local onde acontece cultos e as liturgias cristas. Boróbio (1990) fala que para o cristão, não propriamente o templo é o lugar da presença de Deus, mas é o lugar do culto em que Deus se faz presente. Para os cristãos, é a “egrégora” ou seja, a congregação de duas ou mais pessoas que definirá o espaço, o templo, definido como lugar da presença divina. Assim o templo, não se refere a uma construção ou edifício, mas uma reunião de cristãos para a celebração de um culto. Para Leite (2000) igreja é um espaço “acolhedor e aberto” em que nós possamos

Figura 1: Culto Igreja Cristã Batista Renovada - RP FONTE: http://www.icbatistarenovada.com.br

dialogar com Deus e favorecer a realização da solidariedade humana. O espaço de culto deve ser um lugar onde os fiéis celebrem os mistérios de Cristo, revelados através da Bíblia. O igreja é, pois, um lugar de intimidade, proteção, alivio, libertação e abrigo, o espaço de culto deve servir a comunidade como lugar de próprio desenvolvimento, de encontro com Deus e as pessoas. (BOROBIO, 1990) Portanto, a igreja tem por objetivo abrigar os participantes do culto, pois o homem cristão sempre teve a necessidade de possuir um ambiente para orar e ter intimidade com Deus.

Figura 2: Culto Igreja Cristã Batista Renovada - RP FONTE: http://www.icbatistarenovada.com.br

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03. A POPULAÇÃO PROTESTANTE O relatório “Global Christianity: A report on the size and distribution of the worls’s christian population” produzido, em dezembro de 2011, pelo Pew Research Center´s Forum on Religion end Public Life, indica que em um estudo feito em mais de 200 países há 801 milhões de protestantes no mundo, compondo 37% da população cristã mundial. Na Europa o berço do protestantismo, somente dois dos dez países pesquisas apontam maior população protestante.

Os Estados Unidos aparece em primeiro lugar com 160 milhões de protestantes, ou seja, 20% do total mundial, seguido da Nigéria (compondo 60 milhões de protestantes); A China ocupa o terceiro lugar, com 58 milhões e o Brasil, o quarto lugar com 40,5 milhões de protestantes.

Figura 4: Distribuição regional dos protestantes FONTE: Pew Research Center´s Forum on Religion & Public Life Global Christianity, Dezembro 2011

Figura 3: Distribuição estimada da população protestante por país e territórios em 2010 FONTE: Pew Research Center´s Forum on Religion & Public Life - Global Christianity, Dezembro 2011

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03. A POPULAÇÃO PROTESTANTE De acordo com os Dados do IBGE 2010 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) a porcentagem de pessoas declaradas protestantes, tem crescido a cada ano no Brasil. No início dos anos 2000 o Brasil passou por um fenômeno chamado “trânsito religioso”, ou seja, os protestantes mudaram de uma religião para outra. O número de evangélicos crescia 1% ao ano. (SUDA, 2014) . Temos como referência o site “Veja: o IBGE e a religião” produzido em Junho de 2012, pelo Jornalista Reinaldo Azevedo, o texto relata que pela primeira vez o censo IBGE detecta uma queda de

Figura 5: Porcentagem de evangélicos no Brasil por região FONTE: http://confins.revues.org/7785 Acesso em: 27 de abril de 2016

porcentagem de população que frequenta/ participa da Igreja Católica, e este fenômeno tornou acelerado nesse últimos 20 anos compondo 22,2% da população brasileira e 37% da população cristã mundial. O país perdeu católicos na mesma proporção que ganhou evangélicos. Teixeira (2013) fala que “Na avaliação de Cecília Mariz e Paulo Gracino Jr., ocorreu um significativo incremento na presença evangélica nas últimas décadas, com um salto de 6,6% em 1980 para 22,2% da população geral em 2010. Nada menos do que 42.275.440 milhões de evangélicos para uma população brasileira de 190.755.799.”

Figura 6: Porcentagem de variação dos evangélicos no Brasil 200 - 2010 FONTE: http://confins.revues.org/7785 Acesso em: 27 de abril de 2016 | 11


04. TIPOLOGIA DAS IGREJAS CRISTÃS White (1997), afirma que para que a celebração seja desempenhada satisfatoriamente são necessários espaços litúrgicos. Segundo Machado (2007) a igreja tem que ser um lugar que chame as pessoas a visitarem e que leve à sua “participação verdadeira” nas celebrações litúrgicas, oferecendo e exercendo condições para que os fiéis se sintam livres a fazerem parte do corpo da igreja e tenham comunhão ativa. Em relação as condições do edifício ressaltamos que o todo o espaço deve ser “adequadamente” iluminado, com boas condições de ventilação. (MACHADO, 2007) A igreja é um local para os fiéis celebrarem a vida, a alegria e a liberdade. O edifício-igreja deve ser construído de modo que não iniba, mas facilite a vivência desses valores. (MACHADO, 2007)

O ESPAÇO DE ENCONTRO (ÁTRIO) O espaço de encontro, também conhecido como átrio ou hall de entrada, é destinado a entrada e saída dos fiéis, podendo ele ser localizado interno ou externamente. O átrio é um espaço funcional, por ser um local intermediário que funciona como um filtro de barulho da rua, ou das pessoas que chegam conversando e atrapalham a devoção de quem está no templo, é um local que se prepara para a liturgia. (WHITE, 1997)

Figura 7: Hall da Igreja Cristã Batista Renovada – RP FONTE: Autora

O ALTAR (PRESBITÉRIO)

Figura 8: Altar da Igreja Cristã Batista Renovada – RP FONTE: Autora 12 |

O altar, é o lugar onde se acomoda os instrumentistas e onde ocorre a ministração do pastor. Normalmente localizado em um plano mais alto, para facilitar a visibilidade para o pregador mantendo contato visual. (MACHADO, 2007)


04. TIPOLOGIA DAS IGREJAS CRISTÃS O ESPAÇO CONGREGACIONAL (ASSEMBLÉIA)

O ESPAÇO BATISMAL (BATISTÉRIO)

Para Machado (2007) assembléia ou o espaço congregacional, “é o conjunto dos fiéis reunidos, ocupando bancos e corredores.” Portanto é onde as pessoas ficam acomodadas durante o culto. Costuma-se ser o maior dos espaços litúrgicos, pois é um local destinado a reunião de pessoas. (WHITE, 1997).

Machado (2007) fala que no século VI quando o batismo não era mais celebrado em rios e lagos, mas sim no interior dos templos, as fontes eram localizadas nas entradas das igrejas, mostrando que o batismo é a porta de entrada e que todas as pessoas que passassem por ela, lembrassem de seu batismo. O batismo é um sinal da morte e ressurreição, o morrer simbólico e ressurreição (inicio) de uma nova vida em Cristo. Hoje, o importante dos batistérios, é que sejam visíveis e acessíveis.

Figura 9: Igreja Cristã Batista Renovada – RP FONTE: Autora Figura 11: / FONTE: Google imagens

Figura 10: Igreja Missionária – RP FONTE: Autora

Figura 12: Altar da Igreja Cristã Batista Renovada – RP FONTE: Autora | 13


05. O PAPEL DA IGREJA Com as mudanças da sociedade, a igreja ,atualmente, desenvolve suas funções dentro da sociedade apoiando as famílias em suas várias necessidades como apoio familiar, social, muitas vezes econômicos, e oferecendo à sociedade seu amparo em um período estendido, pois a mesma adentrou-se nas famílias e mantem se de portas abertas por períodos indeterminados. O crescimento da igreja na sociedade atual exige um conjunto de atividades voltadas a comunidade, como: ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO Segundo SUDA (2014), para a proliferação do evangelho, a igreja precisa traçar estratégias criativas para atrair as pessoas, desenvolvendo atividades como a dança, música, teatro, mas também que promova benefícios à sociedade, envolvendo jovens e crianças neste contexto, proporcionando um meio saudável e educativo.

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ASSISTÊNCIA SOCIAL A igreja como forma de assistência social atua com projetos direcionados a moradores de rua, oferecendo refeições, cobertores e uma palavra amiga; as famílias com dificuldades, muitas vezes, a igreja oferece cestas básicas, realiza de bazares, arrecadação de roupas, alimentos que promovem o bem estar e social aos mesmos. (SUDA, 2014).

Figura 13:FONTE: Google Imagens


05. O PAPEL DA IGREJA ESPORTE O esporte também é utilizado como ferramenta de evangelização pela Igreja através de campeonatos esportivos aberto a toda a sociedade. Filho, 2010 cita que Pressionadas pelo fato do lazer e a diversão serem parte do quadro das necessidades humanas, as igrejas históricas passaram a permiti-los. (CUNHA, 2007, p. 147 apud FILHO, 2010).

Foi a partir de então que as igrejas evangélicas passaram a ser influenciadas pelo lazer como forma de evangelização, assim algumas igrejas passaram a construir quadras de esporte e equipamentos de jogos, incentivando a prática esportiva e criando a aceitação dos fiéis. (FILHO, 2010)

TEATRO O teatro é uma modalidade que permite a sociedade conhecer, enriquecer-se e potencializar-se de conhecimentos cristãos, e os mesmos serem tralhados de diversas maneiras, pois os jovens criam suas peças com embasamentos teóricos e de vida. (SUDA, 2014)

Figura 15: Grupo de Teatro Jeová Nissi FONTE: http://site.cianissi.com/ Acesso em: 28 de abril de 2016

Figura 14: FONTE: Google Imagens | 15


05. O PAPEL DA IGREJA MÚSICA A música, (fruto do movimento ocorrido no século XIX na Inglaterra e nos Estados Unidos, que surgiram no início da década de 1930) , possui grande importância nos trabalhos de evangelização, sendo utilizada para motivar o crescimento espiritual dos fiéis e também como forma de louvar e adorar a Deus. O uso da música tambem é utilizada como ferramenta de ensino e evangelização. (MARTINOFF, 2010) Vale ressaltar que A música é componente essencial do culto evangélico, juntamente com as orações e a prédica ou sermão [...] a música é utilizada nas igrejas evangélicas em sua forma vocal e instrumental [...] Para desenvolver tais atividades musicais, as igrejas necessitam de pessoas habilitadas como regentes e organistas ou pianistas. As igrejas evangélicas têm buscado manter pessoas preparadas musicalmente para liderar as atividades musicais. Algumas igrejas passaram a dar a esse líder da área de música, responsável pela condução e execução das atividades musicais eclesiásticas, o título de “ministro de música” ou “ministro de louvor”. (MARTINOFF, 2010, pag. 68)

Desde a década de 1970, começaram a ser observadas modificações no estilo musical praticado durante os cultos evangélicos em vários países do mundo e também no Brasil. O repertório congregacional foi aos poucos admitindo não apenas hinos tradicionais, mas também cânticos no estilo da música jovem contemporânea. Além disso, outros instrumentos passaram a ser utilizados, como o violão, e mais tarde a bateria, a guitarra, o contrabaixo elétrico, e o teclado. (MARTINOFF, 2010, pag. 70) Para Suda (2014) a música pode ser expressa através de corais de adultos ou crianças, quartetos, equipe de louvor de jovem, adolescentes, banda de rock, reggae, pagode, aproximando todos os tipos de pessoas e estilos. A música tem um poder de penetrar no íntimo da pessoa, também reforça a memorização das mensagens

Figura 16: Banda Hillsong FONTE: http://hillsong.com/ Acesso em: 28 de abril de 2016 16 |


05. O PAPEL DA IGREJA DANÇA A dança, assim como a música, também é utilizada nos cultos protestantes. A dança acontece nos momentos de louvor durante os cultos, em projetos evangelísticos em praças, asilos e orfanatos. Os estilos de dança são diversos, sendo eles jazz, ballet, street dance, dança contemporânea, hip hop, entre outros. Suda, 2014 afirma que O Ministério de Dança tem como objetivopretende adorar a Deus e proclamar sua palavra por meio do movimento. A dança, assim como qualquer tipo de arte, é um poderoso meio de levar o evangelho de forma criativa. A palavra falada entra pelos ouvidos, mas a palavra encenada entra pelos ouvidos, olhos e emoções. A dança é um ministério visual. (MELLO, 2011 apud SUDA, 2014, pag. 11)

Assim a dança também é usada como forma de evangelização por meio de apresentação atraindo pessoas de qualquer idade, promovendo a socialização entre elas.

Figura 17: Ministério de Dança Estúdio do corpoFONTE: http://www.estudiodocorpo.com/ Acesso em: 28 de abril de 2016

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06. O PLANEJAMENTO DAS IGREJAS ATUAIS Atualmente, com o crescimento significativo das igrejas, muitas delas não possui o espaço físico adequado, pois ocupam lugares que desempenhavam outras funções, de forma não adequada e satisfatória para a sua real função. Dessa forma o objetivo da igreja, que é celebração e adoração a Deus, fica prejudicado pelo desconforto que o ambiente proporciona aos seus fieis, prejudicando a sua busca espiritual. Como na maioria das congregações onde não há o planejamento adequado as edificações mal dimensionadas e desconfortáveis segundo o arquiteto Shileon cita, a arquitetura tem profunda relação com a forma interna do edifício e que o bom planejamento gera economia. Shileon ressalta que a arquitetura de espaços religiosos deve-se refletir em conceitos que valorizem a importância da presença de Deus na vida de cada pessoa no local, pois se trata de várias pessoas reunidas em um mesmo lugar com a mesma fé e com uma única finalidade, adorar a Deus.

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Assim o projeto arquitetônico do templo deve se comunicar com esses valores cristãos e ser apresentado de forma transparente para a comunidade, e que os detalhes de acabamento, materiais, reflitam esse pensamento. Shileon, destaca itens importantes para a definição do projeto arquitetônico A liturgia deve ter sua expressão dentro do espaço construído dando o tom da característica do ambiente. A arquitetura respeita a dinâmica da liturgia de cada denominação. É importante o conhecimento do dia a dia da igreja, sua história, suas necessidades atuais, projetos para o futuro e liturgia, com base nesses conhecimentos a forma e a função do edifício serão utilizadas de maneira apropriada, equilibrada e consciente. (SHILEON, não datado).


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LEITURAS PROJETUAIS Este capítulo do trabalho apresenta uma metodologia de análise projetual, com base na documentação de obras, sua leitura e interpretação através de mapas, plantas, meios fotográficos e imagens via satélite (Google Earth). A leitura projetual foi utilizada como uma estratégia metodológica, que contribuirá para a criatividade do projeto, como na organização espacial e a disposição das salas de apoio (sala de crianças, adolescentes, jovens, etc) e na flexibilidade dos espaços, pois assim me ajudará a alcançar os objetivos que foram traçados como minha meta de projeto. Foram utilizados três projetos de referencia de várias vertentes cristãs, sendo dois internacionais e um nacional.

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07. IGREJA DO JUBILEU ROMA, ITÁLIA

Figura 18: Implantação FONTE: Google Earth

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Desenhado pelo norte-americano Richard Meyer, o projeto consiste em um igreja e um centro comunitário, inaugurados em 2003, na Itália. A igreja localiza-se no bairro de Tor Tre Testa, periferia de Roma e faz limite com um parque público e é rodeada por dez edifícios de apartamentos. Uma das características deste projeto é a maneira como o arquiteto trabalhou os dois programas (o templo e o centro comunitário), considerando as particularidades de cada e integrando-os de forma harmônica. Para o templo, utilizou formas curvas, que se materializam em conchas de concreto protendido moldadas in loco, revestidas com mármore travertino, segundo o arquiteto as curvas fazem uma alusão exaltando a santíssima trindade, e para o centro comunitário e de convivência, formas retilíneas.


07. IGREJA DO JUBILEU ROMA, ITÁLIA

Os intervalos entre as conchas vedados por caixilhos com vidros permitem a entrada de luz natural no templo. Dessa forma, de acordo com a estação do ano, o tempo, a hora e a intensidade de luz, modifica-se a percepção do espaço.

Figura 19: FONTE:<http://www.zurferstravel.com. ve/2014/05/13/las-10-catedrales-mas-impresionantes-del -mundo/>Acesso em : 31/03/2016

A ala de apoio é formada por sucessivas sobreposições de quadrados e retângulos, que é uma características da obra de Meier.

Figura 20: FONTE:<http://arquiteturacomentada.blogspot.com. br/2009/06/jubilee-churchrichard-meier.html/> Acesso em : 31/03/2016

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07. IGREJA DO JUBILEU ROMA, ITÁLIA

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07. IGREJA DO JUBILEU ROMA, ITÁLIA

Analisando as plantas e o corte, mostra uma clara separação das funções que compõem o programa, que podem ser divididas em porção sagrada, profana e a residência paroquial. O acesso principal se dá para a nave da igreja (porção sagrada), que juntamente com as áreas de trabalhos dos padres e as salas de catequese dão origem ao pavimento térreo. O subsolo e o primeiro pavimento formam o centro comunitário (porção profana), que pode acomodar encontros formais ou informais da comunidade, com duas salas de reunião e um auditório que se abre para um pátio e as áreas de trabalho dos padres e salas de catequese. O último pavimento, classificado como a residência paroquial, é composto por quatro dormitórios, cozinha e sala para atender aos padres e seus respectivos hóspedes. O acesso ao centro comunitário também ocorre através do pátio, que pode acomodar encontros formais ou informais da comunidade. Este projeto é caracterizado por uma utilização racional da geometria, a clareza dos seus espaços, a funcionalidade, setorização e posicionamento do edifício, o uso de luz e a excelente utilização de branco como um símbolo de pureza.

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08. COMUNIDADE SHALOM SÃO PAULO, BRASIL

A comunidade Shalom localizada entre as ruas Fiandeiras, Ribeirão Claro e Cavazzola, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, é um projeto arquitetônico objeto de um concurso em 2006, realizado para um grupo de famílias judaicas que doaram o terreno do centro. Com 2,2 mil m2, o Centro da Comunidade Shalom congrega uma sinagoga e um extenso programa cultural, que vai de salas de aula a quadras esportivas. Implantado no sentido longitudinal do terreno, com entrada principal pela Rua das Fiandeiras e entrada secundária pela Rua Cavazzola, alinhado com o muro das casas adjacentes, com o objetivo de liberar o máximo de espaço de jardim no recuo junto ao belo arvoredo da Rua Ribeirão Claro. O edifício foi dividido em dois volumes bem definidos por duas empenas estruturais de concreto na fachada oeste, revestidas com um pigmento azul, que atuam tanto como estrutura quanto como vedação, dividem espaços abertos protegidos por panos de vidro. Enquanto isso, uma marquise de oito metros de balanço marca o salão principal, coração do edifício

Figura 21:FONTE:<http://en.brasilarquitetura. com/projects/shalom-community-building/>Acesso em : 31/03/2016

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Figura 20:FONTE:<http://en.brasilarquitetura.com/projects/ shalom-community-building/>Acesso em : 31/03/2016


08. COMUNIDADE SHALOM SÃO PAULO, BRASIL

Com uma sinagoga descentralizada, essa solução deu movimento ao edifício, evitando uma construção simétrica, e permitiu desfrutar de um espaço maior do jardim e de muita iluminação e ventilação naturais nas áreas internas. O programa cultural da comunidade Shalom compreende desde salas de aulas e sinagoga até quadras esportivas, playground, biblioteca, áreas de estacionamento e de conveniência. Dentre uma das paredes que tem função estrutural, sua função é abrigar o mikvá, uma espécie de piscina utilizada em um ritual de banho, que deve ter um percentual de água recolhida da chuva. Para fazer essa coleta, ao longo da parede esquerda, na altura do primeiro pavimento, há uma inclinação negativa (como uma dobradura no concreto) que permite a captação da água pluvial, que vai direto para o reservatório onde é tratada. A outra função é possibilitar a entrada de ventilação e luz naturais. Aproveitando a inclinação na empena, paralelamente a ela. O pavimento térreo, incluindo o jardim gramado, é implantado numa cota elevada 1,20m acima do nível das ruas circundantes, como um platô flutuante.

Abaixo, dois pavimentos de garagens e algumas áreas de apoio; acima, três pavimentos para abrigar o programa proposto; na cobertura, duas quadras esportivas descobertas. A Sinagoga ocupa o pavimento térreo e pode encampar toda a área externa de jardim em determinadas cerimônias e festas ao ar livre, através da abertura de uma grande porta de vidro central, entre os muros de concreto e pedra.

Figura 22:FONTE:<http://en.brasilarquitetura. com/projects/shalom-community-building/>Acesso em : 31/03/2016

Figura 23:FONTE:<http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/214/panos-de-vidro-empenas-e-jardins-se-sobressaemno-centro-244663-1.aspx/>Acesso em : 31/03/2016

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Toda a circulação vertical e horizontal é concentrada numa lateral avarandada, voltada para o jardim vertical, objetivando liberar todo o restante dos pavimentos para suas funções específicas, ordenadas e de fácil reconhecimento e acesso. Além disso, essa varanda, aberta à ventilação e iluminação naturais e ao verde, criará uma atmosfera gentil. 28 |


A Sinagoga é flexível em suas dimensões. Num primeiro momento, um núcleo central com galerias superiores, terá lugar para 240 assentos. Com a abertura das paredes laterais, compostas por painéis corrediços, este núcleo receberá o acréscimo das áreas laterais destinadas à convivência, e passará a contar com cerca de 500 assen-

tos. Uma grande festa poderá incorporar a área externa do jardim, acomodando cerca de 800 pessoas. Assim, a sinagoga pode ser tanto um grande salão para eventos, como uma sala para liturgia, cursos, oficinas e shows. Uma grande divisória acústica móvel promove a configuração do espaço conforme a necessidade.

Construído com concreto protendido e estrutura metálica, parte do corpo da edificação está em balanço frontal de sete metros, volume que sobressai pela face sul como uma caixa envidraçada. Nessa área, as lajes estão sustentadas por cabos de aço de protensão engastados nas placas estruturais do prédio. O concreto é utilizado em toda a estrutura do edifício – lajes e paredes, e será executado com ‘cimento branco estrutural’ quando aparente. Os dois pavimentos inferiores abrigarão estacionamentos para 140 carros, o Cambuza e a cozinha completa, vestiários, ambulatório, depósitos etc. É importante salientar que, com a elevação do térreo para a cota 1,20 acima da calçada e o rebaixamento dos jardins nos recuos de frente e fundo, teremos ventilação e luz natural nos dois níveis subterrâneos.

Figura 24: Vista de dentro para fora do 2º pavimento FONTE:<http://en.brasilarquitetura.com/projects/shalom-community-building/> Acesso em : 31/03/2016

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Espaรงo congregacional Altar Espaรงo batismal Espaรงo de encontro (รกtrio)

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09. IGREJA PRESBITERIANA COREANA NOVA JERSEY, EUA

A igreja está localizada em um local densamente arborizada ao lado de um edifício escolar existente. As áreas existentes de recreação e reflexão ao ar livre, junto com uma antiga instalação religiosa definiram o cenário para o novo edifício. O objetivo da igreja é ter um lugar que fosse mais do que um espaço de culto dominical. Um centro comunitário no qual os fiéis poderiam passar seus dias em comunhão através do culto, estudo religioso, recreação, apreciação da arte, música e refeições. O nível principal consiste o santuário de reuniões e espaços multifuncionais que reúne os fiéis antes e depois das atividades. O nível superior é composto por um mezanino com vista para o espaço santuário e galeria, que expõe as obras feitas pelos frequentadores. No nível inferior estão acomodas as capelas para as crianças de três grupos de idade diferentes, que são utilizadas quando os adultos estão na missa. Áreas de estar recebem a luz natural através de uma grande claraboia. A congregação desejava um design com uma estética contemporânea e um santuário dramático cheio de luz natural. O espaço recreativo inclui uma quadra interna de basquete e uma cozinha. Os filetes verticais do santuário têm três funções primordiais: permitem que a luz se espalhe dentro e fora do espaço desde o solo até o teto através das frestas de vidro modelado; reforçam a qualidade acústica das apresentações junto ao sistema no teto, e por último, são elementos escultóricos na paisagem.

Figura 25: Implantação FONTE: Google Earth

Figura 26: Vista interna do edifício FONTE:<http://www.aiarchs.com/portfolio_5b.html/> Acesso em : 01/04/2016

Figura 27: Vista externa do edifício FONTE:<https:// br.pinterest.com/pin/231935449537892771/> Acesso em : 01/04/2016

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09. IGREJA PRESBITERIANA COREANA NOVA JERSEY, EUA

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09. IGREJA PRESBITERIANA COREANA NOVA JERSEY, EUA

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10. CONSIDERAÇÕES Vale ressaltar algumas características de cada um dos projetos estudados. No projeto da Igreja do Jubileu, os arquitetos optaram por fazer uma divisão entre os programas. De um l ado seria o templo e as salas de apoio “parte sagrada”, e do outro ficaria a “parte profana” que compreende os dormitórios, cozinha e banheiro para o padre. Logicamente que fez esta “divisão” mas ao mesmo tempo integrando-a de forma harmoniosa. Outro fator a ser considerado importante é a setorização e o posicionamento do edifício no terreno triangular que ficou bem distribuído sem deixar áreas sem uso. Contribuição para o projeto - Funcionalidade do projeto - Posicionamento do edifício no terreno e programa

No projeto da Comunidade Shalom, os arquitetos conseguiram deixar o projeto interessante

devido ao numero de atividades pelo tamanho do terreno, deixando o edifício mais verticalizado. Conseguiram fazer um programa multifuncional, em que não funcionasse somente como sinagoga, mas tendo áreas de integração e convivência, quadra e playground para as crianças e salas de apoio. Outro fator importante é flexibilidade da sinagoga podendo abrigar de 240 a 800 pessoas com os painéis corrediços e deixando o edifício integrado com o ambiente externo pela fachada de vidro protegida pela marquise de oito metros. Contribuição para o projeto - Flexibilidade para ajustar os espaços - Áreas internas e externas integradas pela fachada de vidro - Programa e distribuição dos ambientes 34 |


10. CONSIDERAÇÕES O projeto da Igreja Presbiteriana Coreana, é marcado por sua multifuncionalidade de espaços, em que há áreas de convivência em que os fiéis possam estar antes e depois do culto, a presença de um lugar (o templo) acusticamente tratado para receber recitais e espetáculos, além de espaços de recreação para as crianças, como a quadra, sendo ela multifuncional podendo ser utilizado para outros fins. Também vale ressaltar a elegância dos filetes verticais trazendo luz natural ao ambiente.

Contribuição para o projeto - Entrada de luz natural através de filetes verticais - Ambientes multifuncionais - Distribuição do programa e salas de apoio Portanto dentre os projetos selecionados vemos que a multifuncionalidade acontece em salas de apoio podendo exercer mais que uma função e também no templo, através de divisórias móveis, fazendo com que fique menor ou maior dependendo da quantidade de pessoas ou do tipo de evento. Também observa-se que em todos os projetos a luz natural esta presente ligando o edifício com o local, ligando o ambiente interno com o externo. E a presença das áreas de convivência, tendo a coletividade e conexão entre as pessoas.

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LEVANTAMENTOS E DIRETRIZES Este capítulo do trabalho apresenta um traçar de estratégias, seguido de um conjunto de instruções da área de intervenção, desde de estudos do solo e clima do perímetro do local até a escolha de materiais para o projeto, assim definindo a necessidade, respeitando as caracteristicas urbanas de suas imediações, com o obejtivo de estruturar e agregar significado no entorno do projeto.

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11. ÁREA DE INTERVENÇÃO

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3.946m²


11. ÁREA DE INTERVENÇÃO Á área para intervenção destinada a implantação da Igreja, se localiza na parte norte da cidade de Ribeirão Preto, no bairro Campos Elíseos. O terreno tem acesso pelas vias de grande fluxo como a Avenida Saudade, rua Silveira Martins e a Avenida Marechal Costa e Silva. Á área possui um caráter bem urbano, com entorno imediato de perfil residencial predominante, composto por casas em sua maioria térrea. No interior do bairro há ainda um pouco de comércio, tendo forte predominância nas vias de mais fluxo.

Figura 28: Imagens do lote / FONTE: Autora

3.946m²

O terreno é privilegiado com o transporte publico, com linhas de ônibus na rua conde Francisco Matarazzo (rua da frente do terreno), José de Alencar, Avenida Saudade e a rua Luiz Barreto. O lote escolhido foi definido pelas qualidades do ambiente urbano onde se encontra; localização na esquina definidas por duas importantes vias de circulação de automóveis por estar localizado proxima a Avenida Saudade. Acreditamos que é uma exelente localização,por estar implantada próximo ao Centro, de fácil acesso ao público de todas as zonas de Ribeirão Preto.

Figura 29: Imagens do lote / FONTE: Autora

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11. ÁREA DE INTERVENÇÃO

3.946m²

Figura 30: Imagens do lote / FONTE: Autora

Figura 32: Imagens do lote / FONTE: Autora

Figura 31: Imagens do lote / FONTE: Autora

40 |


11. USO DO SOLO URBANO Na área de estudo com predominância residencial, há presença de áreas institucionais sendo elas na maioria igrejas e bancos. Há forte predominância de uso comercial nas vias de maior fluxo como a Avenida Saudade e a Rua São Paulo sendo eles comercio de tecidos, armarinhos, farmácia e lojas em geral. Algumas áreas de grande metragem quadrada permanecem sem uso, não tendo função alguma para a população local. No área não há a presença de praça para convívio dos moradores do bairro.

Figura 33: Sem Uso / FONTE: Autora

Figura 34: Área de Intervenção / FONTE: Autora

Figura 35: Sem Uso / FONTE: Autora

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11. OCUPAÇÃO A maioria dos edifícios residenciais horizontais ocupam a área máxima de ocupação permitida por lei, deixando apenas os recuos exigidos, assim diminuindo a permeabilidade do solo na área. Os vazios aparecem com maior intensidade no miolo da área de estudo.

42 |


11. GABARITO Edifícios com 1 e 2 pavimentos são a amioria na área de estudo, devido o grande número de casas residenciais e a maioria dos comércios com predominância de gabarito baixo. A horizontalidade da área é caracteristica predominante, portanto é claro que existem estabelecimentos que tem predominância vertical como as instituições bancárias existentes na área sendo eles de até 5 pavimentos e somente um sendo 10 pavimentos.

Figura 36: ACI / FONTE: Autora

Figura 37 FONTE: Autora

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11. MOBILIÁRIO URBANO A área possui equipamentos de uso do município e particular, abrangendo a escala de bairro e até municipal, como a UBS da Avenida Saudade com a Pernambuco.

Figura 38: UBS FONTE: Google Earth

Equipamentos religiosos também aparecem na área de estudo. O mobiliário urbano encontrado como: bancos, ponto de ônibus, rede de telefonia e lixeira de uso particular cumpri sua função na escala de vizinhança. Vale ressaltar que não há presença de lixeira de uso publico.

Figura 39: Igreja Adventista/ FONTE: Autora

44 |


11. HIERARQUIA FÍSICA

A avenida Saudade possui a função de via arterial, pois permite a ligação entre diferentes bairros. A maioria das ruas da área estudada tem a função de coletar o fluxo da Avenida Saudade e de outras ruas próximas a área como a Av. Meira Junior e a Rua Silveira Martins. As travessas localizadas no interior do bairro, tem a função de via local, pois permitem o acesso as residências, em que o acesso é mais restrito aos moradores do local.

Figura 40: Avenida Saudade / FONTE: Autora - Earth

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11. HIERARQUIA FUNCIONAL

As ruas que possuem somente a função de levar os moradores até suas residências, recebem um fluxo leve de veículos. A maioria das ruas tem seu fluxo moderado, devido algumas características como: o trafego de ônibus, a grande quantidade de residências e por ter alguns comércios na área. Com fluxo intenso aparecem as vias: Avenida Saudade e a Rua São Paulo, responsáveis pelos principais tráfegos de veículos da área.

Figura 41: Rua São Paulo/ FONTE: Autora

46 |


11. INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO De acordo com as simulações é possivel observar que as fachadas Sudoeste e Sudeste receberá o sol da manhã, ficando sombreada no periodo da tarde, porem a fachada frontal deve permanecer com um leve sombreamento somente até o meio dia. A fachada Nordeste receberá o sol praticamente o dia todo e a fachada Noroeste receberá o sol somente da tarde. Concui-se que a fachada que deve receber maior bloqueio para os raios solares é a fachada Sudeste.

07h

12h

Sol poente

O vento predominante vem da região sudeste. 14h

18h | 47


11. RESTRIÇÕES URBANISTICAS

48 |


11. PREMISSAS PROJETUAIS Para a elaboração do partido arquitetônico, as premissas fundamentarão as diretrizes projetuais. Para iniciar o projeto, é preciso identificar as potencialidades do terreno, estudando o lote, sua topografia e a orientação solar, como ja feito. O terreno possui uma boa localização na área em que esta inserido, pois é uma área próxima ao centro e de fácil acesso de qualquer localidade de Ribeirão Preto. As ruas em que esta inserido possui boa movimentação de carros e pedestres. A orientação solar do edifício deve interferir na locação do edifício e suas divisões, proporcionando maior conforto térmico para os frequentadores do local. Do ponto de vista da mobilidade urbana encontramos uma situação particularmente favoravel ao acesso a partir do transporte publico, graças a proximidade e existência de linhas de ônibus nos lotes lindeiros. A caracteristica de uso do solo parcialmente diversificada e o grande número de comércio na Avenida Saudade e a Rua São Paulo, proporciona um intenso fluxo de pedestre durante o dia e uma diversidade social. A análise da visibilidade a partir da área próxima ao lote demonstra que a horizontalidade e alguns pontos de edificios altos, não interferirá na altura do edifício, tendo o edifício proposto boas condições de visibilidade.

Figura 42: Área de Intervenção / FONTE: Autora

Figura 43: Área de Intervenção / FONTE: Autora

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11. DIRETRIZES PROJETUAIS O programa se estrutura em Setor Religioso, Setor de Apoio e Áreas de vivência, ou seja, se estrutura em espaços que servem e que são servidos. Como uma teia os espaços pertencentes a cada conjunto se articulam uns com os outros. Os espaços servidos, contém os núcleos estruturadores do programa e se dividem em dois tipos de espaço: (1) Local de Culto (2) Salas de apoio Já os espaços que servem, abrigam as atividades de alimentação, sanitários e vestiários, circulação e convívio (corredores, escadas, elevadores, átrio) estacionamento e outras áreas técnicas responsável pelo funcionamento do edifício.

50 |


11. DIAGRAMA DE BOLHAS

Relação de proximidade e proporção entre os ambientes

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11. QUADRO DE ÁREAS

52 |


11. CONCEITO DO PROJETO Reunir e-u/ verbo 1. dispor de modo conjunto, agrupar (pessoas ou coisas); 2. tornar a unir o que estava junto e se separou.

A igreja em si, possui como caracteristica principal a função de reunir o grupo, portanto esse carater de reunião deve ser mantido e valorizado, fazendo com que os espaços de reunião sejam agradáveis de permanecer. Portanto a proposta é baseada em um local com função e caráter de culto religioso, com ambientes de reunião, integração e comunhão entre as pessoas e que estes espaços sejem flexiveis para outras finalidades.

Flexibilidade cs/ substantivo feminino 1. qualidade do que é flexível, maleável. 2. facilidade e ligeireza de movimentos; agilidade, elasticidade, elegância.

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11. MEMORIAL No terreno há presença de uma curva de nível. Como no projeto há presença de estacionamentos subsolos, a topografia será alterada, havendo a necessidade de uma rampa de acesso na lateral da Rua Paraíba. A concepção do projeto foi concebida a partir das leituras projetuais, nos estudos dos ambientes flexiveis e na entrada de luz no projeto. As aberturas do Templo Religioso foi definida a partir do tipo de estrutura A estrutura das paredes externas, que será mencionado mais detalhado abaixo, será uma estrutura chamada viga parede, onde tem que haver poucas aberturas para ser sustentada, partindo disso, as aberturas da fachada Noroeste será alguns rasgos durante toda a parede, calculado no minino duas aberturas para cada divisória do lado noroeste. As aberturas da fachada Nordeste, há um rasgo para as circulações, para a entrada de luz nos corredores, e no local de culto, foi criado uma abertura em formato de cruz e vários pequenos rasgos. Essa abertura em cruz e os pequenos rasgos foi pensado para criar um ambiente dramático no local de culto. A cruz simbolizando Jesus que está no céu, e os rasgos simbolizando as estrelas. 54 |


Todos os ambientes do projeto, foi pensado para ser flexível. O ambiente térreo do espaço de culto, tem como fechamento dos fundos placas pivotantes móveis de madeira, para que eventos com outro tipo de carater, ou mais populoso, essas plcas podem ser todas abertas criando um ambiente mais extenso. As cadeiras no local de culto térreo podem ser retiradas, podendo realizar eventos de carater social, como jantares e outros. O batistério, foi projetado de modo que “suba e desça”, com piso móvel permitindo a flexibilidade, seu sistema hidraulico a base de agua e sua plataforma será de madeira altamente resistente a agua, objetos e pessoas que nele estiverem quando fechado. O mezanino do templo terá sua arquibancada retrátil, que se assemelha a um gaveteiro, para assim como anteriormente, criar ambientes mais flexiveis, podendo ser utilizado com outro carater. É constituida por porticos metálicos interligados por guias e montados sobre rodas, sendo de facil abertura e fechamento dos lances. No terceiro pavimento, há a um espaço de uso multifuncional, com capacidade para 100 pessoas, podendo ser realizadas reuniões ou pequenos eventos. O pavimento superior, onde se localiza as quadras poliesoprtivas, as arquibancadas tambem serão retrátil, e a divisão entre uma quadra e outra, será utilizada de redes pois elas são mais flexiveis para possiveis aberturas. Nesse mesmo ambiente, podem ser realizados cultos, ou festas ao ar livre, com a liberação das arquibancadas e redes divisórias.

11. MEMORIAL

Figura 44: Piscina com piso móvel / FONTE: http:// www.agor-eng.com/technology Acesso em: 04.11.2016

Figura 45: Arquibancada Retrátil/ FONTE: http://catalogodearquitetura.com.br/arquibancada-retratil-lao.htmlAcesso em: 04.11.2016

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11. ESTRUTURA Sistema estrutural escolhido Com o objetivo de liberar o máximo possivel a planta do espaço de culto, foi adotado como estratégia o projeto do Sesc Pompéia de Lina Bo Bardi. Portanto o projeto foi estruturado por lajes nervuradas protendidas medindo um metro e meio de altura no total para os pavimentos superior e um metro no total para os estacionamentos subsolos, tendo ainda os apoios dos pilares de concreto armado. As paredes externas tambem têm sua função estrutural, nomeando elas de Viga Parede que é uma estrutura laminar plana vertical, contendo poucas aberturas, com espessura de 0,4 cm.

56 |


11. MATERIALIDADE Os materiais escolhidos Os materiais a serem utilizados externamente serรก de concreto aparente e vidro. Para os ambientes internos serรก utilizado concreto armado e nos ambientes do local de culto, como a divisรณria do fundo e as paredes pivotantes central, serรก utilizado madeira.

Figura 47: Church Of the Light/ FONTE: http://pranchetadearquiteto.blogspot.com.br/2015_02_01_archive.html Acesso em: 12/ 11/ 2016 Figura 46: Porta Pivotante / FONTE: http://www.decorfacil.com/portas-pivotantes/ Acesso em: 12/ 11/ 2016

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58 |


O PROJETO

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12. IMPLANTAÇÃO

60 |


BB

AA

EE

DD

DD

RUA PARAÍBA

EE

CC

CC

RUA PATROCINIO 50

10

0 5

N

30

BB

AA

| 61


12. Nível

- 6,00

No estacionamento privativo aos usuários do projeto, fica localizado no subsolo, com acesso pela rampa localizada no primeiro pavimento de subsolo (Nível - 2,50). O segundo pavimento de subsolo, com pé direito de 2,50m, tem capacidade para 88 automóveis, sendo 06 para deficentes fícos e 06 para Idosos, todas as vagas de acordo com a lei. As vagas de motocicletas ficaram localizadas nos dois pavimentos subsolos, contendo 22 vagas. Fica localizado no nível -6,00 a área permeável da edificação do projeto.

62 |


BB

AA

EE

EE

DD

DD

-6,00

CC

CC

50

10

0 5

BB

30

N

AA

| 63


12. Nível

- 2,50

O primeiro pavimento de subsolo, com pé direito de 2,50m, com capacidade de 110 veiculos sendo eles automóveis e motocicletas, somando com os dois subolos um total de 220 vagas de estacionamento. A circulação dos subsolos acontece atraves de um mesmo local que dá acesso a todos os pavimentos. No nível -2,50 há presença de áreas destinadas aos funcionários e depósitos variados necessarios do projeto. A área dos funcionários foi implantado vestiários feminino e masculino, cozinha e um ambiente de estar. Para a área de serviços gerais, há ambiente de lavanderia, D.M.L e Lixo.

64 |


BB

AA

EE

EE

DD

DD

Vestiรกrio Feminino

-2,50

Vestiario Masculino

Cozinha

CC

CC Lavanderia

D.M.L

Depรณsito diversos

Lixo

50

10

0 5

BB

30

N

AA

| 65


12. Nível

+1,00

O pavimento térreo, ou primeiro pavimento, com 3m de pé direito, ocupa o café, espaço de culto, berçarios sanitários, cozinha e uma área de apoio. O berçario e a sala de 0 a 3 anos ficou localizado no térreo, por estar de mais facil acesso aos pais, pois esta bem proxima do local de culto, onde há mais contingente de pessoas. O acesso aos pavimentos superiores ocorrerá por escadas e elevadores localizadas nas duas extremidades do ambiente projetual. Parte da fachada será recuada criando uma marquise de proteção contra intempéries, favorecendo a circulação externa. Entre o local de culto e o café, haverá uma divisória pivotante móvel, para criar espaços flexíveis para outros possíveis eventos de caráter mais populoso. No átrio do projeto (hall de entrada) há presença de um café, para criar espaços de comunhão e integração entre as pessoas. O local de culto terá um pé direito de 13,00m pois da sensação de amplitude e aumenta o conforto térmico.

66 |


BB

EE

AA

EE

BERÇARIO

SALA DE 0 A 3 ANOS

DD

DD SALA DE 4 A 6 ANOS

0,00

DEPÓSITO

RUA PARAÍBA

COZINHA

BANHEIRO FEMININO

Café

BANHEIRO MASCULINO

CC +1,00

CC

BANHEIRO FAMILIA

+1,00

7,50

RUA PATROCINIO 50

10

0 5

N

30

BB

AA

| 67


12. Nível

+ 5,50

No segundo pavimento ficaram localizadas as salas de apoio e serviço, sendo eles, gabinete pastoral, tesouraria, secretária, sala de jovens, adolescentes, sala de 07 a 10 anos e de 04 a 06 anos. Neste nível há um acesso pela mezanino do templo. O corredor é protegido por guarda-corpo que da vista para o local de culto. As circulações verticais acontecem pelas duas extremidades e as horizontais durante o corredor com acesso as salas e o mezanino. Em todos os pavimentos há sanitários privativos feminos e masculinos, e sanitário para deficientes físicos de uso coletivo.

68 |


BB

EE

AA

EE

SECRETARIA

+5,50

GABINETE PASTORAL

DD

DD ADMINISTRAÇÃO

SALA DE ADOLESCENTES SALA DE JOVENS

+5,50

SALA DE 7 A 10 ANOS

CC

CC +5,50

SANITÁRIO MASCULINO

SANITÁRIO FEMININO

40

10

0 5

N

20

BB

AA

| 69


12. Nível

+ 10,00

Neste nível se localiza a Sala de Dança, para ensaios de peça com a equipe. A sala Multifuncional, com capacidade para 100 pessoas, para uso diversos, como reunioes privativas com um numero menor de individuos. O estúdio para ensaios com a banda. Este pavimento tambem da acesso ao mezanino do espaço de culto, e como anteriormente seu corredor é bloqueado pela quebra-corpo com vista ao local de culto. Ficam localizados neste nível, o espaço de Mídia, para trasmissão sonora e visual do culto, seguido por um espaço de armazenamento para equipamentos como caixas de som e outros. Há tambem uma sala de oração e um depósito para materiais diversos.

70 |


BB

EE

AA

EE

ESTÚDIO

+10,00

DD

DD

SALA DE DANÇA

SALA MULTIUSO

+7,75

CC

CC +10,00

SANITÁRIO MASCULINO

+10,00 SANITÁRIO FEMININO DEPÓSITO

ARMAZENAMENTO

SALA DE ORAÇÃO

SOM

40

10

0 5

N

20

BB

AA

| 71


12. Nível

+ 14,50

Neste pavimento localiza-se a área de convivência e lazer do publico, composta por duas quadras poliesportivas e equipamentos de parque para as crianças. Na área da arquibancada, foi criado uma marquise de ... para a proteção dos raios solares do publico sentado e na área dos brinquedos infantis há um pergolado para o bloqueio direto do sol. Na parte dos sanitários, há tambem vestiários feminino e masculino, e sanitário para deficiente físico com chuveiro. Para a iluminação dos sanitário foi utilizado uma clarabóia no teto.

72 |


BB

AA

EE

EE

DD

DD

CC

CC

VESTIÁRIO MASCULINO

+14,50

VESTIÁRIO FEMININO

40

10

0 5

N

20

BB

AA

| 73


AA

12. Corte AA

Arquibancada Retrรกtil

Arquibancada Retrรกtil

0

74 |

10

20

ESC 1:250

30


12. Corte BB

0

BB

10

20

ESC 1:250

30

| 75


blisherEngine 0.47.100.66

12. Corte CC

0

10

20

30

ESC 1:250

CC

76 |


12. Corte DD

0

DD

10

20

30

ESC 1:250

| 77 GSPublisherEngine 0.47.100.66


12. Corte EE

BatistĂŠrio com planos que sobe e desce

0

78 | EE

10

20

30

ESC 1:250


| 79


12. ELEVAÇÕES

0

1

0 0

2

10 1

20 2

3

31 3

4

42 4

5

53

4

5

10

20

30

5

0

Elevação Sudoeste

0

80 |

10

Elevação Sudeste

20

30

1

2

3

4

5


12. ELEVAÇÕES

0

10

20

30

Elevação Noroeste

0

10

20

30

Elevação Nordeste | 81


13. REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, Reinaldo. O IBGE e a Religião – Cristãos são 86,8% do Brasil; Católicos caem para 64,6%; Evangélicos já são 22,2%. Veja. 29 jun. 2012. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-ibge-e-a-religiao-%E2%80%93-cristaos-sao-868-do-brasil-catolicos-caem-para646-evangelicos-ja-sao-222/>Acesso em: 10 de mar. 2016. BOROBIO, Dionísio (Org). A celebração na Igreja. São Paulo: Loyola, 1990. FERREIRA, Lídia. O papel Social da Igreja. 20015. Disponível em: < http://www.ccvamoscavide.org/ ccva/index.php/recursos/ensinos/15-o-papel-social-da-igreja>. Acesso em: 23 abr. 2016 FILHO, E. M. A. M. O corpo e o esporte como estratégia de marketing da Bola de Neve Church. Oralidades, v. 4, n. 7, 10 set. 2010 GLOBAL Christianity. A Report on the Size and Distribution of the World´s Christian Population. Pew Research Center’s Forum on Religion & Public Life. Publicado em 19 de dezembro de 2011. Disponível em: <http://www.pewforum.org/2011/12/19/global-christianity-exec/> Acesso em: 10 de março de 2016. IBGE. Disponível em Acesso em: 25de abril de 2016. LEITE, João Rafael Oliveira. Pensando e vivendo o espaço litúrgico. São Paulo, 2000 MACHADO, Regina Celi de Albuquerque. O local de celebração: arquitetura e liturgia. 2.ed. São Paulo, Paulinas, 2007. MARTINOFF, Eliane Hilario da Silva. A música evangélica na atualidade: algumas reflexões sobre a relação entre religião, mídia e sociedade. Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 23, 67-74, mar. 2010.

82 |


NEGRÃO, Lísias Nogueira. Pluralismo e Multiplicidades Religiosas no Brasil Contemporâneo. 2008. Disponível em: <http//www.scielo.br/pdf/se/v23n2/a04v23n2.pdf> Acesso em: 10 de março de 2016 PAES, Carlito. Entenda a essência do evangelho e da Igreja. Disponível em: <http://www.lagoinha.com/ ibl-vida-crista/entenda-a-essencia-do-evangelho-e-da-igreja-2/> Acesso em: 23 de abril de 2016. RIBASKI, Hellen. Igreja Invade Salas de Cinema. Comunicare. 7 abr.2014. Disponível em: <http://www. portalcomunicare.com.br/igreja-invade-salas-de-cinema/ > Acesso em: 26 de abril de 2016. SANTOS, Bruno Sarmento dos; RIBEIRO, Rosina Trevisan M. Uso religioso em salas de cinema preservadas. Repositório CIC Digital. 16 out. 2013. Disponível em: < http://digital.cic.gba.gob.ar/bitstream/ handle/123456789/280/123456789_280.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 26 de abril de 2016. SILVA, Guilherme Maggio. Templo da Arte. FAUUSP. 2009 Disponível em: <http://www.fau.usp.br/disciplinas/tfg/tfg_online/tr/092/a038.html> Acesso em: 26 de abril de 2016. SUDA, N, P, L. As novas faces da Igreja Protestante e sua influência na representação e produção arquitetônica dos templos religiosos atuais no Brasil. Revista On-line IPOG. Goiânia: ed. Oito. N. 009, 01 DEZ. 2014. TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata. Religiões em movimento: o censo de 2010. In: TEIXEIRA, F; MENEZES, R. (Orgs.). Católicos e Evangélicos. Petrópolis, RJ. Editora Vozes, 2013, p. 15-17. WHITE, James. Introdução ao Culto Cristão. São Leopoldo: Sinodal, 1997. SITES http://www.shileonarquitetura.com.br/artigos/7

(Arquiteto Shileon)

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PERSPECTIVAS

84 |


| 85


86 |


| 87


88 |


| 89


90 |


| 91


92 |



BB

AA

EE

EE

DD

DD

-6,00

CC

CC

Planta Baixa - 2º Subsolo Nível -6,00 BB

Esc: 1:250

N

AA


BB

AA

EE

EE

DD

DD

Vestiário Feminino

-2,50

Vestiario Masculino

Cozinha

CC

CC Lavanderia

D.M.L

Depósito diversos

Lixo

Planta Baixa - 1º Subsolo Nível -2,50 BB

Esc: 1:250 AA

N


BB

EE

AA

EE

BERÇARIO

SALA DE 0 A 3 ANOS

DD

DD SALA DE 4 A 6 ANOS

0,00

DEPÓSITO

RUA PARAÍBA

COZINHA

BANHEIRO FEMININO

Café

BANHEIRO MASCULINO

CC +1,00

BANHEIRO FAMILIA

+1,00

7,50

RUA PATROCINIO Planta Baixa - 1º Pavimento Nível +1,00 BB

Esc: 1:250

AA

N

CC


BB

EE

AA

EE

SECRETARIA

+5,50

GABINETE PASTORAL

DD

DD ADMINISTRAÇÃO

SALA DE ADOLESCENTES SALA DE JOVENS

+5,50

CC

SALA DE 7 A 10 ANOS

CC +5,50

SANITÁRIO MASCULINO

SANITÁRIO FEMININO

Planta Baixa - 2º Pavimento Nível +5,50 BB

Esc: 1:250

AA

N


BB

EE

AA

EE

ESTÚDIO

+10,00

DD

DD

SALA DE DANÇA

SALA MULTIUSO

+7,75

CC

CC +10,00

SANITÁRIO MASCULINO

+10,00 SANITÁRIO FEMININO DEPÓSITO

ARMAZENAMENTO

Planta Baixa - 3º Pavimento Nível +10,00 BB

SALA DE ORAÇÃO

SOM

Esc: 1:250

AA

N


BB

AA

EE

EE

DD

DD

CC

CC

VESTIÁRIO MASCULINO

+14,50

VESTIÁRIO FEMININO

Planta Baixa - 4º Pavimento Nível +14,50 BB

Esc: 1:250

AA

N


BB

AA

EE

DD

DD

RUA PARAÍBA

EE

CC

RUA PATROCINIO

Implantação BB

Esc: 1:250 AA

N

CC


Arquibancada Retrรกtil

Arquibancada Retrรกtil

AA

GSPublisherEngine 0.47.100.66

ESC 1:250


BB

GSPublisherEngine 0.47.100.66

ESC 1:250


CC

GSPublisherEngine 0.47.100.66

ESC 1:250


DD

GSPublisherEngine 0.47.100.66

ESC 1:250


BatistĂŠrio com planos que sobe e desce

EE

GSPublisherEngine 0.47.100.66

ESC 1:250


0

1

0 0

2

1 1

20 2

3

31 3

4

42 4

5

53

4

5

5

Elevação Sudoeste Esc: 1:250

Elevação Sudeste Esc: 1:250

0

1

2

3

4

5


Elevação Noroeste Esc: 1:250

Elevação Nordeste Esc: 1:250



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