RIO um olhar viajante

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rio um olhar viajante

Neste ensaio, a fotógrafa Mirian Fichtner convida o leitor a embarcar numa viagem pelo como molduras para as imagens. Além do Rio dos tradicionais cartões-postais, esse olhar viajante registra uma radiografia poética e sensível da realidade carioca. Boa viagem a todos.

PATROCíNIO

APOIO

REALIZAÇÃO

PLUF FOTOGRAFIAS

FOTOGRAFIAS MIRIAN FICHTNER

Rio de Janeiro, usando os vários tipos de transportes urbanos como meio de locomoção e suas janelas

FOTOGRAFIAS MIRIAN FICHTNER



Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Fic444

Fichtner, Mirian. Rio : um olhar viajante / Mirian Fichtner. 1. Ed. – Rio de Janeiro : Pluf Fotografias Ltda., 2015. 124p. : il. ; 21x24cm. ISBN 978-85-69654-00-1 (broch.) 1. Fotografia – Rio de Janeiro (RJ). I. Título.

CDD 779

Todos os direitos reservados Copyright 2015 Mirian Fichtner

Capa: Grafite na Rua Francisco Eugênio (Estação Leopoldina) Cover: Graffiti in Francisco Eugênio street (Leopoldina station)


PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA APRESENTAM:

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um olhar viajante

REALIZAÇÃO

PLUF FOTOGRAFIAS

FOTOGRAFIAS MIRIAN FICHTNER


テ馬ibus anfテュbio (Marina da Glテウria) Amphibious bus (Glテウria marina)

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Enseada de Botafogo (Bondinho do Pão de Açúcar) Botafogo bay (Pão de Açúcar cable car)

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Lagoa Rodrigo de Freitas Rodrigo de Freitas lagoon

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rio PATROCíNIO

APOIO

REALIZAÇÃO

PLUF FOTOGRAFIAS

FOTOGRAFIAS MIRIAN FICHTNER TEXTO PEDRO A. VASQUEZ


À Celeste, minha mãe.


Cada vez que se olha para uma forma expressiva, o próprio olhar encerra um momento de avaliação, de referência

o rio alem dos cartoes-postais

a si próprio, de referência a ritmos e tensões de espaços vividos e reencontrados na imagem”. A construção do olhar – Fayga Ostrower (O Olhar)

A vida que pulsa em qualquer metrópole sempre foi um prato cheio para o olhar inquieto da fotógrafa Mirian Fichtner, que nesse trabalho encontrou um campo fértil para dar asas à imaginação. Sempre usando os transportes públicos como meio de locomoção e suas janelas como molduras para sua arte, ela revelou ângulos e silhuetas inusitados do Rio de Janeiro, encontrou e registrou cenas cotidianas da vida como ela é: bela, romântica, trágica, alegre, religiosa, colorida, desumana, divertida... Viajando ora de ônibus, ora de trem, ora de barcas, de manhã, à tarde e à noite, sob sol ou chuva, a fotógrafa experimentou a cidade, percebendo-a a fundo e pressentindo os momentos exatos de revelar seus segredos, seja sob o céu nublado, as sombras da noite ou a forte luz do sol a pino. Momentos em que a cidade, como uma forma de re-

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tribuir e agradecer tanto esforço, expôs para suas lentes cenas que passam ao largo da percepção dos transeuntes habituais e incautos. Esse é o propósito desse trabalho: levar o leitor a embarcar numa viagem diferente pela cidade e desvendar seus encantos a partir de uma nova perspectiva, de uma radiografia crua (e muito sensível) de sua realidade. Tudo está retratado aí: a descontração, a irreverência, a vista incomparável, a miséria, a favela, o ambulante, o pedestre, o trânsito, o pôr-do-sol, a geografia sem igual. Assim como orgulha-se de contribuir para a melhoria da mobilidade dos cidadãos cariocas, a RioCard orgulha-se também de participar deste livro, que lança um olhar ‘Rodriguiano’ sobre o Rio, muito além dos cartões-postais da Zona Sul.

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POR PEDRO VASQUEZ

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m dos conceitos mais antigos e difundidos a respeito da fotografia é o de que ela funcionaria como uma espécie de janela aberta para o mundo, o que, graças à intermediação do fotógrafo, permitiria ao observador descortinar vistas e aspectos da vida cotidiana das mais longínquas latitudes. John Szarkowski, o paradigmático curador do Museu de Arte Moderna de Nova York, chegou inclusive a realizar uma exposição discutindo essa concepção: Mirrors and Windows. Coletiva que enfocava também a vertente que preconizava o uso da fotografia como espelho da alma de seu criador. Com Mirian Fichtner tal dicotomia não existe, pois ela é dotada da rara habilidade de produzir fotografias que nos oferecem a um 18

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só tempo uma percepção arguta do mundo externo e vislumbres de seu universo interior. Ou seja, imagens que tanto são espelhos quanto janelas, como as esplêndidas fotografias deste seu Rio: um olhar viajante. Proeza tão mais significativa quando se lembra que o tema dos diferentes modais de transporte público é dos mais difíceis e delicados, por diferentes razões. Existe por um lado a dificuldade cada vez maior de se fotografar pessoas anônimas no ambiente urbano, já que a cândida inocência, que tanto beneficiou os chamados fotógrafos humanistas do período áureo do fotojornalismo, foi há muito perdida, de tal forma que as pessoas costumam encarar os fotógrafos com desconfiança e má vontade, quando não com indisfarçada hostilidade.

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Há também a dificuldade em estabelecer um modus operandi capaz de se adequar aos diferentes modais de transporte, que no caso específico do Rio de Janeiro são mais variados do que o usual, visto que não se limitam ao transporte rodoviário e ferroviário, englobando também o hidroviário. Persistindo ainda o desafio de conseguir um tom pessoal em uma publicação financiada por um órgão público, que poderia facilmente descambar para o desinteressante estilo que se convencionou denominar pejorativamente de ‘chapa branca’. Não devemos esquecer também outros desafios mais prosaicos, porém, bastante concretos, como a vulnerabilidade à ação criminosa à qual está exposta uma mulher trabalhando desacompanhada com equipamento fotográfico vistoso e caro. Bem como o risco de acidente ao qual se expõe quem fotografa a bordo de veículos em movimento, com a atenção concentrada no visor e, portanto, sem condições de antecipar freadas e/ou paradas bruscas que podem provocar quedas, escorregões, torções ou luxações. Contudo, respaldada em sua experiência em importantes veículos de imprensa, Mirian Fichtner soube superar todos esses desafios e outros tantos com total desenvoltura, para produzir um ensaio que já nasce pre-

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destinado a encontrar um espaço próprio na história da fotografia carioca, a de mais longa tradição no país. Historicamente, a temática dos transportes públicos foi polarizada pelo transporte ferroviário, quer em sua vertente das grandes estradas de ferro, quer em sua dimensão urbana, representada pelos trens de subúrbio e, sobretudo, pelos antigos bondes elétricos. Guilherme Gaensly e Augusto Malta documentaram ao longo de mais de três décadas cada um as atividades da Light and Tramway Power Company, respectivamente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ao passo que grandes fotógrafos oitocentistas tiveram seus nomes ligados à implantação das ferrovias de norte a sul do Brasil, tal como Revert Henry Klumb (Rio de Janeiro), Augusto Stahl (Pernambuco), Benjamin Mulock (Bahia), Claro Jansson (na região do Contestado catarinense), Augusto Amoretty (Rio Grande do Sul), e o onipresente Marc Ferrez, que perambulou pelas mais diversas províncias nos trilhos do progresso. E, na alvorada do século XX, Dana Merrill realizou sua antológica documentação sobre a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cujos escombros seriam posteriormente registrados por Marcos Santilli, em 1988, no livro Madeira-Mamoré — Imagem e Memória.

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Em todos os exemplos citados existe um denominador comum: os fotógrafos privilegiaram os veículos, símbolos maiores do ideal de progresso, e não a viagem em si. Olharam sempre de fora para dentro, jamais adotando o ponto de vista do viajante e/ou passageiro, como o fez Mirian Fichtner e dois grandes fotógrafos norte-americanos: Walker Evans e Bruce Davidson, que focalizaram o metrô nova-iorquino de dentro dos próprios carros, respectivamente, nas décadas de 1930 e 1980. Existe, entretanto, uma diferença considerável entre os trabalhos deles e o de Mirian: a perspectiva otimista e a alegria de viver. Os passageiros de Evans, ainda que bem vestidos e confortavelmente instalados no metrô da virada da década de 1930 para a de 1940, são irremediavelmente melancólicos. Enquanto os passageiros de Bruce Davidson sofrem em um ambiente claustrofóbico, depredado, cheio de pichações, atormentado por bêbados, drogados e assaltantes, um verdadeiro inferno sobre rodas. Ao passo que os passageiros de Mirian Fichtner, mesmo submetidos às inevitáveis agruras dos transportes coletivos na segunda cidade mais populosa do Brasil (com mais de seis milhões e meio de habitantes), têm o privilégio de evoluir em um cenário muito especial, em que ainda é possível devanear e se encantar: a “cidade maravilhosa”.

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Rio: um olhar viajante abre com a cidade vista do mar, mostrando em seguida os passageiros embarcados e iluminados por uma bela luz crepuscular, desfilando diante de alguns dos principais símbolos da paisagem carioca: o Corcovado, o morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea e o Pão de Açúcar. Abertura comparável a dos filmes americanos que têm início com uma série de tomadas aéreas para contextualizar o território no qual se desenvolverá a ação, e que revela um dos aspectos insuperáveis do charme carioca: o fato de que o caminho para o trabalho se assemelha, em certos casos, a uma experiência de sightseeing diante da qual é impossível permanecer impassível. O olhar viajante de Mirian Fichtner evoca a janela de Tom Jobim, da qual se vê o Corcovado, com a vantagem de ser uma janela móvel e mutante, que nos oferece sempre novas paisagens ou perspectivas diferenciadas de um mesmo local, entrevisto em diferentes momentos do dia, sob variados efeitos luminosos. A janela semovente da fotógrafa vai desvelando, assim, horizontes não celebrados pelos poetas e compositores, porém, igualmente dignos de interesse, como a Linha Vermelha, a Igreja da Penha, a Ponte do Saber, a Ponte Rio-Niterói, as montanhas do fundo da baía e também as pedras do meio do caminho... As onipresentes obras destinadas a fazer do Rio uma metrópole do século XXI, mais inclusiva, democrática e verdadeiramente cidadã.

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Na cidade do Rio de Janeiro de Mirian Fichtner não é apenas o Pão de Açúcar que é o “menos óbvio possível”, conforme preconiza Caetano Veloso, toda a paisagem é renovada pela mirada dessa gaúcha que trocou a vastidão inconsútil dos pampas pela acidentada topografia carioca. Terreno em que é fácil se guiar tomando como referência praias, lagoas, morros, montanhas, monumentos e outros marcos arquitetônicos. Em suas admiráveis fotografias encontramos um resumo da arquitetura local, desde as igrejas dos tempos coloniais e imperiais ao templo do futebol, o Maracanã, e aos prédios modernistas e pós-modernos, com o Palácio Austregésilo de Athayde, obra dos irmãos Roberto, ou o RB1, projetado por Edson Musa. Mas, igualmente, os edifícios anônimos que delimitam ruas e avenidas repletas de transeuntes se deslocando na colorida azáfama do corre-corre cotidiano, buscando o pão com o suor do próprio rosto, conforme preconizado desde os tempos bíblicos. A fotografia é uma técnica, uma arte e uma linguagem (a escrita da luz, conforme seu significado etimológico), que possui entre suas características distintivas o fato de isolar uma cena ou uma paisagem do fluxo irrefreável da existência por intermédio do enquadramento. De forma tal que, em uma simplificação extrema, poderíamos considerar a fotografia como a arte de colecionar fragmentos do real para futura contemplação e reflexão. Fotografar equivaleria assim a

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seccionar o mundo visível em retalhos simétricos, ora retangulares, ora quadrados, dependendo do equipamento empregado. O que corresponderia à citada teoria de abertura de janelas para o mundo. Levando essa concepção a um extremo metalinguístico, Mirian Fichtner insere no presente ensaio diversas outras janelas dentro da janela maior proporcionada pelo enquadramento fotográfico: janelas de ônibus, de vans, de trens, de barcas... Com tal procedimento, ela parece querer sublinhar o fato de que os passageiros dos transportes coletivos da cidade são, antes de tudo, espectadores de um cinema em 3D muito especial, em que é exibido o sempre renovado filme da vida metropolitana carioca. Um filme que tanto pode adquirir tons de comédia quanto de drama, de romance ou de distopia, sem nunca deixar de ser fascinante e inesquecível. Uma faceta muito importante do trabalho de Mirian Fichtner acerca dos modais de transporte cariocas é o registro da experiência dos passageiros dos trens metropolitanos, tema normalmente esquecido pelos fotógrafos, a não ser nos evidentes casos de acidentes ou outros problemas. Ao passo que serviu de inspiração a grandes escritores, a começar por mestre Machado, que começa Dom Casmurro informando o leitor: “Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e chapéu”. Tudo que o protagonista machadiano

queria era viajar em silêncio, perdido em devaneios e meditações, deixando- se impregnar pela beleza poética da paisagem sem a obrigação de ler a poesia ruim de seu companheiro de vagão. Muito provavelmente, como numerosos passageiros contemporâneos, desejosos de um pouco de fantasia e esquecimento na volta para casa, nos trens que se afastam velozmente do Centro em direção aos bairros periféricos, alguns tão peculiares que chegam a se assemelhar a verdadeiros burgos, encastoados na metrópole tentacular que não para de se expandir em todas as direções. Devorando os trilhos, os trens metropolitanos passam sob as estruturas metálicas das passarelas e dos pontilhões percorridos pelos trabalhadores de volta para casa sob a dourada e benfazeja luz do sol poente. Em contraposição ao transporte ferroviário, que começou a ser implantado no período imperial, os modernos teleféricos do início do século XXI surpreendem o leitor como se fossem coloridas pecinhas de Lego pairando sobre as comunidades às quais beneficiam. Ou então se confundindo com o quebra-cabeça constituído pelo compacto casario que toma conta da paisagem, espalhando-se morro acima. Por outro lado, as ruas do subúrbio constituem um território livre para as mais variadas intervenções de arte urbana, desde a arte consumada dos grafiteiros de talento aos repetitivos garranchos de pichadores pouco imaginativos, ou a arte espontânea dos vitrinistas instintivos e camelôs.

Todo esse vasto território se oferece ao olhar como uma gigantesca e multicolorida instalação, habitada por moradores que são, simultaneamente, artistas visuais ou performáticos, assim como os espectadores privilegiados das próprias criações. Autores de um mundo dotado de particular encantamento, com o enfeitiçante charme do subúrbio, em suas múltiplas manifestações culturais, que os mais colonizados esnobam, mas que extasiam os turistas estrangeiros ansiosos em reatar a conexão com a vida real vivida por gente de verdade ainda não pasteurizada pelas redutoras convenções da tirania do bom gosto. Sorte nossa que o olhar viajante de Mirian Fichtner tenha sido despido de todo e qualquer preconceito, para que ela pudesse nos brindar com uma visão da cidade do Rio de Janeiro tão deslumbrante quanto original.

Pedro Afonso Vasquez é escritor, fotógrafo e administrador cultural

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Cristo Redentor Statue of Christ the Redeemer

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Cristo Redentor (Lagoa Rodrigo de Freitas) Statue of Christ the Redeemer (Rodrigo de Freitas lagoon)

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Bondinho do Pão de Açúcar (Urca) Pão de Açúcar cable car (Urca)

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Viaduto do Joá (São Conrado)

Mirante Dois Irmãos (Alto Leblon)

Joá viaduct (São Conrado)

Dois Irmãos belvedere (Alto Leblon)

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Floresta da Tijuca View from the Tijuca forest

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Morro do Corcovado (Estrada do Mirante Dona Marta) Corcovado mountain (road to the Dona Marta belvedere)

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Praia da Reserva

Praia do Recreio dos Bandeirantes

Reserva beach

Recreio dos Bandeirantes beach

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Túnel Noel Rosa

Túnel Noel Rosa

Noel Rosa tunnel

Noel Rosa tunnel

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Linha Vermelha (Av. Brasil)

Rua Bela (São Cristóvão)

Linha Vermelha elevated highway (Brasil avenue)

Bela street (São Cristóvão)

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Igreja da Penha (vista da Ilha do Fund達o) Penha church (view from Fund達o island)

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Ponte do Saber Saber bridge

Ponte Rio-Niter贸i Rio-Niter贸i bridge

Ponte estaiada do BRT (Ilha do Fund茫o) Transcarioca bridge linking the BRT system (Fund茫o island)

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Ponte Rio-Niter贸i Rio-Niter贸i bridge

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Primeira Prefeitura do Rio de Janeiro (Centro)

Cais do Valongo (Centro) Valongo wharf (downtown)

Rio’s first City Hall (downtown)

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Perimetral demolida na região portuária do RJ

Obras de revitalização (Centro)

Dismantling of the elevated perimeter highway in the docklands

Work to revitalize the dockland area (downtown)

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Obras do VLT (Rua Rodrigues Alves)

Obras na zona portuรกria

Work on the VLT system (Rodrigues Alves street)

Works in the dockland

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Av. Rio Branco (Praรงa Mauรก) Rio Branco avenue (Mauรก square)

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Igreja da Candelária (Centro) Candelária church (downtown)

Rua 1° de Março (Centro) 1° de Março street (downtown)

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Central do Brasil (Av. Pres. Vargas) Central do Brasil railway station (Pres. Vargas avenue)

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Rua 1° de Março (Centro)

Av. Rio Branco (Centro)

1° de Março street (downtown)

Rio Branco avenue (downtown)

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Mercado do Saara (Centro) Saara market (downtown)

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Av. Rio Branco (Centro) Rio Branco avenue (downtown)

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Arcos da Lapa (Centro) Arcos da Lapa viaduct (downtown)

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Catedral Metropolitana (Centro)

Igreja da Candelรกria (Centro)

Metropolitan cathedral (downtown)

Candelรกria church (downtown)

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Bondinho de Santa Teresa (Centro) Santa Teresa tram (downtown)

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Reflexos de prédios na Av. Atlântica (Copacabana) Reflection of buildings on the Atlântica avenue (Copacabana)

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テ馬ibus anfテュbio (Marina da Glテウria) Amphibious bus (Glテウria marina)

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Aterro do Flamengo Flamengo gardens

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Orelha de Macaco, nome popular da รกrvore (Aterro do Flamengo) Ear monkey is the popular name of tree (Flamengo gardens)

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Praia de Ipanema Ipanema beach

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Praia de Copacabana Copacabana beach

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Praia de S達o Conrado S達o Conrado beach

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Estádio do Maracanã (Maracanã)

Estádio do Engenhão (Engenho de Dentro)

Maracanã stadium (Maracanã)

Engenhão stadium (Engenho de Dentro)

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Terminal BRT (Madureira) BRT terminal (Madureira)

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Madureira Madureira

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Favela do Pav達o-Pav達ozinho (Copacabana) Pav達o-Pav達ozinho slum (Copacabana)

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Acesso ao elevado Paulo de Frontin (Tijuca)

Av. Brasil

Access to the Paulo de Frontin elevated highway (Tijuca)

Brasil avenue

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Rua S達o Francisco Xavier (Maracan達)

Madureira

S達o Francisco Xavier street (Maracan達)

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Teleférico (Complexo do Alemão) Cable car system (Complexo do Alemão slum)

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Pôr do sol (Complexo do Alemão) Sunset (Complexo do Alemão slum)

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Policiamento no Complexo da Maré (Av. Brasil) Police patrol in the Complexo da Maré slum (Brasil avenue)

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Grafite (Lapa) Graffiti (Lapa)

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Quadra da Escola de Samba Mangueira (Mangueira)

Rua Gen. Bruce (São Cristóvão)

Headquarters of the Mangueira samba school (Mangueira)

Gen. Bruce street (São Cristóvão)

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Vendedor ambulante (Madureira)

Vendedor de cangas (Av. Suburbana)

Street vendor (Madureira)

Sarong vendor (Suburbana avenue)

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Imagem de Sรฃo Jorge (Pilares)

Relicรกrio de Nossa Senhora (Alto Leblon)

Image of St. George (Pilares)

Shrine to the Virgin Mary (Alto Leblon)

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Torcedores comemoram a Taça das Favelas (Madureira) Supporters head for the Favela Cup tournament (Madureira)

Camisetas e bandeiras à venda (Estádio de São Januário) Football shirts and banners for sale (São Januário stadium)

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Colegiais no subĂşrbio carioca (Madureira) Schoolgirls in a Rio suburb (Madureira)

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Bairro do Jacarezinho District of Jacarezinho

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Arcos OlĂ­mpicos (Parque Madureira) Olympic rings (Madureira park)

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“Every time one looks at any meaningful form, one’s eye goes through a process of appraisal of its own relationship to the cadences and tensions of previous physical experiences that it sees reflected in the image”. “A construção do olhar” (Training the eye) – Fayga Ostrower, in “O Olhar” (The Eye)

A RIO YOU DON’T SEE IN THE POSTCARDS The beating pulse of a metropolis has always provided a rich source of inspiration for the roving eye of photographer Mirian Fichtner, who for this project has found fertile ground for her imagination to take wing. Using public transport to get about town, with the windows providing the frame for her artwork, she shows some unexpected angles and outlines of the city of Rio de Janeiro, where she came upon and recorded scenes of everyday life just as she found them: beautiful, romantic, tragic, cheerful, sacred, colorful, inhumane, funny. Sometimes, the photographer traveled by bus, sometimes by train or by boat; in the morning, afternoon or night; in rain or in shine, savoring the city and learning about its depths, so that she could anticipate the precise moments when it would reveal its secrets, whether under an overcast sky, in the shadows of the night or bathed in the bright light of the sun at its peak. They are moments when the city, perhaps in reciprocation for all her effort, 118

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allowed her to register glimpses of Rio that go largely unnoticed by those who regularly travel those paths. That was the purpose of the project: to take the reader on a journey around the city that would reveal different facets, as well as showing Rio’s charms from a different angle, to provide a vision of the reality that was both stark and sensitive. The resulting portrait has a bit of everything: relaxation, irreverence, stunning views, poverty, a favela (slum), a beggar, a pedestrian, the traffic, the sunset and unparalleled scenery. And just as it is proud to contribute towards improving the mobility of the Cariocas (Rio’s citizens), RioCard is also proud to have participated in the making of this book, which looks at the city of Rio with fresh eyes and shows much more than the typical postcard views of the Southern Zone.

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a window to the carioca soul PEDRO VASQUEZ One of the oldest and most widespread concepts regarding photography is that it functions as a kind of window on the world that, through the photographer, allows the observer a glimpse of scenes and features of everyday life in far-away places. John Szarkowski, the exemplary curator of the Museum of Modern Art, in New York, has even put on an exhibition — Mirrors and Windows — that examines this idea. The collected works also looked at the notion that the photograph provides a mirror of the soul of its creator. In the case of Mirian Fichtner, this dichotomy does not exist, because she is blessed with the rare ability to take photographs that simultaneously give us both keen perception of the outside world and glimpses into her inner world. In other words, pictures that are both mirrors and windows, such as the marvelous photographs in this work, “Rio: um olhar viajante” (Rio: a traveler’s eye). Such a feat is all the more impressive when one perceives that the theme of the different public transport modes is, for various reasons, one of the most complex and difficult to deal with. On one hand, there is the increasing difficulty of photographing anonymous people in an urban environment, since the open innocence that greeted the humanist photographers of the golden age of photojournalism was lost a long time ago, to the point that people now tend to regard photographers with suspicion and ill will, or even open hostility. 120 RIO. UM OLHAR VIAJANTE

Then there is the difficulty of working out a modus operandi that is suitable for all the different transport modes, which in the case of Rio de Janeiro, are more varied than usual, embracing waterways as well as road and rail. And then there was the insistence on including a personal touch in a publication financed by a public body, which could so easily have degenerated into the boring style generally associated with toeing the ‘official’ line. One should also not overlook more prosaic yet very real challenges, such as the vulnerability to criminal action that a lone woman working with eye-catching and expensive photographic equipment is exposed to. And then there’s risk of accidents, when taking photos aboard a moving vehicle and one’s attention is focused on the shot, making it difficult to anticipate sudden braking and/or stops that could cause a fall, slip, sprain or worse. Nevertheless, based on her valuable experience with major media outlets, Mirian Fichtner was boldly able to overcome all these challenges, and many others besides, to produce a body of work that is destined to find a special place in the history of Carioca photography, which dates back further than anywhere else in the country. Historically, the subject of public transportation has largely been driven by rail transport, whether it was the great railroad links or in its urban features,

represented by suburban trains and, especially, the old trams. Over more than three decades, Guilherme Gaensly and Augusto Malta respectively recorded the activities of the Tramway, Light and Power Company in the cities of São Paulo and Rio de Janeiro. The names of many great nineteenth century photographers, notably Revert Henry Klumb (Rio de Janeiro), Augusto Stahl (Pernambuco), Benjamin Mulock (Bahia), Claro Jansson (in the Contestado, region of Santa Catarina) and Augusto Amoretty (Rio Grande do Sul) were connected with the introduction of railroads across the country and the much-traveled Marc Ferrez roamed a great many provinces on the railroad’s wheels of progress. And in the early years of the twentieth century, Dana Merrill produced his memorable record of the Madeira-Mamoré railroad, the remains of which would subsequently be revealed by Marcos Santilli in the 1988 publication, ‘Madeira-Mamoré — Imagem e Memória’ (MadeiraMamoré — Pictures and Stories). There is a common factor in all of these examples: the photographers attached special importance to the vehicles, the greatest symbols of the ideal of progress, and not to the journey itself. They always looked in from the outside, never adopting the point of view of the traveler and/or passenger, unlike Mirian Fichtner and the two great American photographers, Walker Evans and Bruce Davidson, who in the 1930s and 1980s, respectively, looked at the New York subway from within the carriages themselves. Nevertheless, there is a considerable difference between their work and that of Mirian, which is optimistic and full of the joy of living. Although they are well-dressed and comfortably seated in the subway at the turn of the 1930s to the 1940s, Walker Evans’ passengers are hopelessly melancholic, while Bruce Davidson’s passengers suffer in an environment that is claustrophobic, vandalized, full of graffiti, plagued by drunks, drug addicts and muggers, a veritable hell on

wheels. In contrast, Mirian Fichtner’s passengers, despite being subjected to the inevitable hardships of public transport in Brazil’s second most populous city (with more than six and a half million inhabitants), still enjoy the privilege of evolving within a very special setting, where it is still possible to let one’s mind wander and be captivated, in the “cidade maravilhosa (wonderful city)”. Rio: a traveler’s eye opens with the city as seen from the water, then shows the boat’s passengers in a beautiful pre-dawn light as they pass in front of some of the most famous features of the Carioca landscape: Corcovado, the twin peaks of the Dois Irmãos, Pedra da Gávea and the Pão de Açúcar (Sugar Loaf). It is an opening comparable to those American movies that begin with a series of aerial shots to provide a location context for the action that will follow, while also revealing a sublime aspect of Rio’s incomparable charm: that the trip to work often resembles a sightseeing tour that it is impossible to remain unmoved by. The traveler’s eye of Mirian Fichtner evokes Tom Jobim’s window, from which he could see the Corcovado, but with the added advantage of it being a mobile and changeable window that always offers us new landscapes or different views of the same location, seen at different times of the day in various lighting effects. The moving window of the photographer thereby reveals scenes that have not been celebrated by poets and composers, yet are equally worthy of interest, such as the elevated highway of the Linha Vermelha, the church of Penha, Saber bridge and Rio-Niterói bridge, the mountains in the background behind Guanabara Bay and the outcrops that lie between the two… As well as the new constructions that are designed to make Rio a metropolis of the twenty-first century, that is more inclusive and democratic, making its residents feel they are authentic citizens. MIRIAN FICHTNER

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In the Rio de Janeiro of Mirian Fichtner it is not just the Sugar Loaf mountain that is shown as ‘less obvious as possible’, in the words of the Caetano Veloso song. The entire landscape is renewed by the lens of this Gaúcha (person from the southernmost region of Brazil) who swapped the open expanse of the Pampas for the rugged topography of Rio, where one is easily guided by reference points such as beaches, lagoons, hills, mountains, monuments and other architectural landmarks. In her excellent photographs one can find an illustration of the local architecture, ranging from colonial churches of the imperial times to the temple of football, the Maracanã stadium, and modernist and post-modern buildings, such as the Palácio Austregésilo de Athayde building, by the office of the Roberto brothers, or RB1, designed by the office of Edison Musa. There are also many anonymous buildings lining the streets and avenues full of the colorful hustle and bustle of everyday activity, as people earn their bread from the sweat of their own labor, as has been the case since biblical times.

windows to the world. Taking this concept to a metalinguistic extreme, in this project, Mirian Fichtner inserts several other windows within the larger window provided by the photographic framework: the windows of buses, vans, trains and boats... And in doing so, she seems to want to emphasize

never stops expanding in all directions. Eating up the rails, the commuter trains rush beneath the metal structures of walkways and bridges traversed by the workers returning home in the golden glow of the setting sun.

that the passengers on the city’s public transport are, above all, spectators in a very special theater that shows the constantly renewing 3D film of the Carioca metropolitan life. It is a film that can take on shades of both comedy and drama, romance or dystopia, while never ceasing to be fascinating and unforgettable.

Unlike the railroads, which started to be introduced back in imperial times, the modern cable cars installed in the early twenty-first century come as a surprise to the reader, looking like little colored pieces of Lego suspended over the communities they serve. Or blending into the jigsaw puzzle of the compact cluster of homes that dominates the landscape and sprawls up the hillside. Against that, the streets in the periphery are a fertile terrain for a great variety of expressions of urban art, from the consummate art of talented

Photography is a technique, an art and a language (writing with light, from the etymological roots), which has among its distinctive characteristics the act of isolating, by means of a frame, a single scene or landscape within the unstoppable flow of existence. To the extent that, in an extreme simplification, one might consider photography to be the art of collecting fragments of reality for future contemplation and reflection. Taking photographs is thus equivalent to cutting the visible world up into symmetrical slices, some of which are rectangular, while others are square, depending on the equipment used. Which could be said to correspond to the idea of opening

Novo on the train from Central, I met a young man from this neighborhood who I know by sight, as well as recognizing his hat.” All the protagonist wanted to do was to travel in silence, lost in reverie and meditation, allowing himself to be touched by the poetic beauty of the landscape, without any obligation to read the bad poetry of his traveling companion. Much like a great many contemporary passengers, wishing to get away from reality and delve into the imagination on their way home, on trains moving swiftly away from the city center towards the peripheral neighborhoods, some of which resemble villages, caught up in the tentacles of the metropolis that

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A very important facet of Mirian Fichtner’s work in relation to Rio’s modes of transport is the recording of the experience of commuter train passengers, a subject that is usually overlooked by photographers, except in the obvious case of accidents or other problems. In contrast, it has inspired great writers, starting with the master, Machado de Assis, who begins ‘Dom Casmurro’ by telling the reader: “The other night, coming from the city center to Engenho

graffiti artists to the repetitive scrawl of vandals lacking in imagination, or the spontaneous art of window dressers and street vendors. All this vast panoply presents itself to the eye like a giant multicolored sculptural work, inhabited by locals who are themselves both visual and performing artists, as well as the privileged spectators of their own creations. Authors of a world endowed with special charm, the bewitching allure of the periphery, with its multitude of cultural events, that the most colonized snub, yet rave about the foreign tourists who are eager to reconnect with the reality lived by people who are authentic and not yet pasteurized by the limiting conventions of the tyranny of good taste. It is our good fortune that the traveler’s eye of Mirian Fichtner has been stripped of all prejudice, so that she can reward us with an interpretation of the city of Rio de Janeiro that is as gorgeous as the original.

Pedro Afonso Vasquez is a writer, photographer and cultural administrator

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FICHA TÉCNICA Coordenação Geral: Pluf Fotografias / Mirian Fichtner e Via Texto / Vania Mezzonato Coordenação Editorial: Caminho do Mar Soluções Culturais / Carlos Eduardo Caramez Fotografias, Edição e Pesquisa: Mirian Fichtner Arte & Design Gráfico: Tapioca Comunicação / Ale Tissoni Assistente de Fotografia: Pedro Davi Fernandes

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Marcelo Calero (Secretário de Cultura do Rio de Janeiro) Cassiano Rusycki, Melissa Sartori e Bruno Pinotti (RioCard) Eduardo Marques e Rafael Moreira (Comissão Carioca de Promoção Cultural – CCPC) Paulo Fraga (Diretor de Marketing e Comunicação Fetranspor) Verônica Abdalla e Eliane Mendonça (Fetranspor) Vania Mezzonato Pedro Vasquez Fernando Coelho (SIC Contábil) Veronilda Ferreira

APOIO Tratamento de Imagens: Trio Studio

Thais Ramalho (Comunicação e Marketing Supervia) Carina Melazzi (Comunicação Mais/MetrôRio)

Revisão de textos: Via Texto

Sérgio Murilo Nogueira e Diogo Reis (CCR Barcas) Luciene Braga (Comunicação Porto Maravilha)

Tradução inglês e revisão: Insight Language / Michael Fahey

Isabel Rizzo (Comunicação Secretaria de Estado de Transportes)

e Bruce L. Rodger

Anderson Buharb da Silva e Maycon de Sá (Teleférico Supervia Complexo do Alemão)

Impressão e pré-impressão: Gráfica Santa Marta

Tarcísio Thomas (Silos Hummes)

Leis de Incentivo e Coordenação Administrativa: Alê Barreto

Carlos E. Konrath (Opus Promoções)

AOS AMIGOS

Serviços de Contabilidade: SIC Contábil

Alexandre Santana, Alice Barroca, Ernesto Volfe, Georgete Tavares, Liana Melo, Israel, Alex, Thor, Paulo Vitale e Rogério Reis

Realização: Pluf Fotografias

Aos motoristas, cobradores e a todos que colaboraram neste trabalho.

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MIRIAN FICHTNER • Nasceu em Porto Alegre/RS, formou-se em jornalismo pela PUC/RS e trabalhou nos principais veículos de comunicação do Brasil, como os jornais Zero Hora, O Globo, O Dia e Jornal do Brasil e as revistas Isto É, Veja e Época. Nesta última, foi editora de fotografia na sucursal do Rio de Janeiro de 2000 a 2005. • Ao longo de sua carreira, conquistou vários prêmios nacionais e internacionais: 24º e 26º International Photo Contest Nikon (1995 e 1997), XXII Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos (2000), Prêmio Cláudio Abramo de Jornalismo (2000), Prêmio Abril de Jornalismo (2006 e 2011), II Prêmio Nacional de Cultura Afro-Brasileira / Cadon / Petrobras (2012), I Prêmio Petrobras de Jornalismo / Fotojornalismo Nacional (2013), entre outros. • É co-autora de livros de fotografia, entre eles: “Rio pela lente de seus fotógrafos” (1992), “Brasil 500 anos” (1999), “Fotografia no Brasil / das origens ao contemporâneo” (2005) e “Torcedor/Fan” (2008). • É autora dos livros: “Cavalo de Santo — Religiões afro-gaúchas” (2011) e “A vida que corre nos ônibus” (2011). • Faz parte do Portfólio sobre Religiosidade na América Latina, organizado pelo Conselho Nacional de Cultura da Venezuela, e do documentário “Caçadores da Alma”, de 2013, do cineasta Silvio Tendler, sobre fotógrafos brasileiros. • Expôs suas fotos em importantes espaços nacionais e internacionais, como Museu da República/RJ, Centro Cultural Justiça Federal/ RJ, Centro de Cultura Banco do Brasil/RJ, Santander Cultural de Porto Alegre/RS, Bienal de Fotoperiodismo/México, Galeria El Ojo Ajeno/ Peru, Instituto Brasileiro-Equatoriano de Cultura/Equador, e Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira/Salvador/BA. • Em 2006, criou a Pluf Fotografias que atua na área editorial e corporativa com foco em relatórios anuais, livros e projetos de comunicação. 126 RIO. UM OLHAR VIAJANTE

• She was born in Porto Alegre and graduated in journalism from PUC/RS and has worked in some of the country’s leading media outlets, such as the newspapers Zero Hora, O Globo, O Dia and Jornal do Brasil and the magazines Isto É, Veja and Época. At the last of those, she was photographic editor at their Rio de Janeiro office between 2000 and 2005. • Over the course of her distinguished career, she has been presented with several national and international awards: 24th and 26th Nikon International Photo Contest (1995 and 1997), XXII Vladimir Herzog Amnesty and Human Rights Award (2000), Cláudio Abramo Journalism Award (2000), Abril Journalism Award (2006 and 2011), II National Afro-Brazilian Culture Award / Cadon / Petrobras (2012), Ist Petrobras Journalism Award / Brazilian Photojournalism (2013), among others. • She has also co-authored several books of photographs, including: “Rio pela lente de seus fotógrafos” (Rio through the eyes of its photographers) (1992), “Brasil 500 anos” (Brazil’s 500 Years) (1999), “Fotografia no Brasil / das origens ao contemporâneo” (Photography in Brazil / from its origins to the present day) (2005) and “Torcedor/ Fan” (2008).

www.mirianfichtner.com.br mirianfichtner@uol.com.br

• She has written the following books: “Cavalo de Santo — Religiões afro-gaúchas” (Psychic Mediums - Gaucho-African Religions) (2011) and “A vida que corre nos ônibus” (The flow of life on the buses) (2011). • Mirian is included in the Portfolio of Religiosity in Latin America, organized by Venezuela’s National Culture Council, and the 2013 documentary “Caçadores da Alma” (Hunters of the Soul), by Silvio Tendler, about Brazilian photographers. • Her work has been shown in important salons in Brazil and abroad, including the Museum of the Republic/RJ; the Federal Court Cultural Center/RJ; the Banco do Brasil Cultural Center/RJ; the Santander Cultural Center, in Porto Alegre/RS; the Vintage Photography exhibition, in Mexico; the “El Ojo Ajeno” (Alien Eye) gallery, in Peru; the Brazilian-Ecuadorian Cultural Institute, in Ecuador; and the National Afro-Brazilian Culture Museum, in Salvador/BA. • In 2006, she founded Pluf Fotografias, working in the corporate publishing field, with the emphasis on annual reports, books and communication projects.

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