Architectural Portfolio

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PORTFOLIO ANTÓNIO MIGUEL GONÇALVES


CURRICULUM VITAE ANTÓNIO MIGUEL GONÇALVES miguelgoncalves9@gmail.com 07985118053 WORK EXPERIENCE January 2007 - December 2007 Co-worker in AlfaArquitectos, Coimbra, Portugal November 2009 - May 2010 Co-worker in Brisac Gonzalez Architects, London, United Kingdom EDUCATION 9-2002/ 4-2009 Department of Architecture, Faculty of Science and Technology University of Coimbra, Portugal Degree: Architect - Undergraduate diploma in Architecture - 6 years program - final average - 15 values Thesis: “Architecture of causes: a social architecture in the era of economic globalization” - 18 values EXPERIENCE ABROAD 2004-2005 Schoolarship student in the framework of ERASMUS PROGRAM, in NTNU, Trondheim, Norway COMPUTER SKILLS Autocad, Photoshop, Sketchup, Indesign LANGUAGES Portuguese: mother tonge English: Fluent Spanish: medium knowledge


2010 _Architecture Foundation Talks with Exyst, STEALTH.unlimited, _Participation in the competition ”Bibliothèque cantonale et universitaire de Fribourg”, Fribourg, Switzerland as a co-worker in Brisac Gonzalez Architects. _Participation in the competition “Kristiansund Opera”, Kristiansund, Norway, as a co-worker in Brisac Gonzalez Architects. 2008/2009 _Conclusion of the final diploma guided by the architect Gonçalo Byrne, with a final classification of 18 values _ Participation in the 19th Pladur Iberian Contest _ Participation in the conference “Berlim: critical reconstruction ”, Porto 08 _Participation in the internacional seminar “Time in Architecture”, Évora 2009 _Participation in the student competition URBANSOS, distressed cities, creative responses _Participation in the ExperimentaDesign09 (EXD 09) conference with the architects Alejandro Aravena and Julien de Smedt _AA Lectures, with Bjarke Ingels, “Yes is More”, London 2009 _2007/2008 _ Final Diploma guided by the architect Gonçalo Byrne, 18 values _ Collaboration in the architecture office, Alfa Architects, Coimbra, Portugal _Corporative image of the Store “Indigo Space” _Workshop “Utopic Edges of Mondego – Inhabit the Water” organized by dARQ / FCTUC _ Participation in the conference “XXI century programs”, Coimbra 08 _ Participation in the conference “Architecture in common places”, Guimarães 08 _ Participation in the conference “Hospitalar Architecture”, Coimbra, dARQ08 _1st place in the Pladur Iberian Contest (University Award) _Seminar Introduction to Architecture, coordinated by the architect Walter Rossa (20 hours) 2006/2007 _ Participation in the conference “Tejo Estuary, water front reflections” inserted in the Lisbon Architecture Triennale _ University Prize in the competition “Tejo Estuary” Lisbon Architecture Triennale _Workshop 3DStudio Max _Collaboration in the architecture office, Alfa Architects, Coimbra, Portugal 2005/2006 _ Scholarship student in the framework of Erasmus, in NTNU in Trondheim (Norway) 2004/2005 _ Participation in the conference of Architecture of Concreta04 2003/2004 _Participation in the exposition “Work in Progress” in Arts Visual Center, Coimbra _ Participation in the conference of Architecture of Concreta03 _ Participation in the exposition “Game Design” organized by the plastic artist António Olaio” 2002/2003 _Participation in TAPE (final exposition with the best projects) organized by dARQ / FCTUC



ÍNDICE INDEX CURRICULUM VITAE

PROJECTOS. PROJECTS HABITAÇÃO UNIFAMILIAR. UNIFAMILIAR HABITATION Noruega.Longyearbyen.Svalbard.05.06. Norway.Longyearbyen.Svalbard.05.06 Projecto de escola. School Project “GET AWAY PROJECT” - PROJECTO CONCEPTUAL PARA A REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, DA FACULDADE DE ARQUITECTURA, NTNU, TRONDHEIM, NORUEGA “GET AWAY PROJECT” - CONCEPT PROJECT FOR THE REQUALIFICATION OF PUBLIC SPACE, IN THE ARCHITECTURE FACULTY, NTNU, TRONDHEIM, NORWAY. Noruega.Trondheim.05.06. Norway. Trondheim.05.06 Projecto de escola. School Project

REQUALIFICAÇÃO URBANA + INTERFACE. URBAN REQUALIFICATION + INTERFACE Portugal.Lisboa.Barreiro.06.07. Portugal.Lisbon.Barreiro.06.07 Projecto de escola. School Project PAVILHÃO DE LEITURA. READING PAVILION Portugal.Coimbra.08. Portugal.Coimbra.08 Concurso PLADUR 08. Competition PLADUR 08 SALA DE OBSERVAÇÃO ASTRONÓMICA. ASTRONOMICAL OBSERVATORY Espanha.Madrid.09. Spain.Madrid.09 Concurso PLADUR 09. Competition PLADUR 09 CENTRO CÍVICO + EQUIPAMENTO URBANO. CIVIC CENTER + URBAN SPACE Portugal.Coimbra.Bairro do Loreto.09. Portugal.Coimbra.Bairro do Loreto.09 Concurso URBANSOS 09. Competition URBANSOS 09 “ARQUITECTURA DE CAUSAS: uma arquitectura social na era da globalização económica”. ”ARCHITECTURE OF CAUSES: a social architecture in the era of economical globalization” Tese Final de Licenciatura.09. Final Thesis.09 https://estudogeral.sib.uc.pt/dspace/handle/10316/9914

BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DE FRIBOURG. UNIVERSITY LIBRARY OF FRIBOURG Suiça.Fribourg.10. Switzerland.Fribourg.10 Concurso Brisac Gonzalez Architects. Competition Brisac Gonzalez Architects ÓPERA DE KRISTIANSUND. KRISTIANSUND OPERA Noruega.Kristiandsund.10. Norway.Kristiansund.10 Concurso Brisac Gonzalez Architects + Space Group. Competition Brisac Gonzalez Architects + Space Group



HABITAÇÃO UNIFAMILIAR UNIFAMILIAR HABITATION









“GET AWAY PROJECT” - PROJECTO CONCEPTUAL PARA A REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, DA FACULDADE DE ARQUITECTURA, NTNU, TRONDHEIM, NORUEGA “GET AWAY PROJECT” - CONCEPT PROJECT FOR THE REQUALIFICATION OF PUBLIC SPACE, IN THE ARCHITECTURE FACULTY, NTNU, TRONDHEIM, NORWAY.















REQUALIFICAÇÃO URBANA + INTERFACE URBAN REQUALIFICATION + INTERFACE























PAVILHテグ DE LEITURA READING PAVILION











SALA DE OBSERVAÇÃO ASTRONÓMICA ASTRONOMICAL OBSERVATORY











CENTRO CÍVICO + EQUIPAMENTO URBANO CIVIC CENTRE + URBAN SPACE





ARQUITECTURA DE CAUSAS: UMA ARQUITECTURA SOCIAL NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO ECONÓMICA

ARCHITECTURE OF CAUSES:

A SOCIAL ARCHITECTURE IN THE ERA OF ECONOMIC GLOBALIZATION


Proponho-me com este trabalho fazer uma reflexão sobre a actividade do arquitecto no século XXI. Atento às transformações económicas e sociais actuais e tendo estas como ponto de partida, proponho averiguar de que modo o arquitecto pode, efectivamente, assinalar o seu papel na construção da sociedade. O arquitecto marca definitivamente o século XX. Com a transformação do mundo rural em urbano, construiu-se neste século, tanto ou mais que em todos os precedentes da nossa era. Perdeu-se, assim, uma procura do equilíbrio entre o ambiente natural e o construído, entre a arquitectura popular e a produção profissional da alta cultura, entre o ético e o estético: “…las actitudes ante la ciudad contemporánea pueden también polarizarse entre los que juzgan la urbanización sin límites del territorio como una tragedia ecológica y social, y los que se suman a la marea inmobiliaria levantando signos de identidad o de fuerza.”1 A própria noção da profissão tem sido reavaliada. O arquitecto é visto como um profissional para as elites, deixando de lado muitas da ideias que começaram a surgir com a Revolução Industrial e mais tarde no Modernismo. Assim como a arquitectura é interpretada segundo uma questão de estilo ou moda, em que os profissionais mais consagrados são considerados celebridades, arquitectos estrela, pertencentes ao star system. Com uma sobrevalorização dada à imagem e ao valor estético nas últimas décadas, o verdadeiro papel do arquitecto como concretizador das vontades da sociedade tem ficado submerso noutros interesses: “En este planeta convulso, los líderes de la arquitectura compiten en ceguera con los líderes sociales, y aquéllos persiguen sus carreras narcisistas como éstos atienden sólo a las fintas políticas o económicas que permiten mantener en pie el precario edificio de una nomenklatura irresponsable.”2 A situação do indivíduo e do colectivo deixou de ser analisada segundo as suas necessidades, e passaram a equacionar-se outros valores, onde “o objecto arquitectónico tem vindo a adquirir o verdadeiro estatuto de obra de arte, tornando-se com naturalidade o ícone criativo da contemporaneidade.”3 Contrapondo realidades e contextos distintos num mundo cada vez mais globalizado, onde a noção de fronteira vem sendo constantemente quebrada, o arquitecto tem que saber onde se localizar neste novo panorama e procurar respostas para todas estas diversas realidades. Tendo sempre como referência a actual sociedade e os seus valores, procuro mostrar que existe uma outra maneira de pensar e fazer arquitectura, que não sobrepõe o interesse individual à frente do colectivo, o privado à frente do público e o económico à frente do social, sobretudo tendo a consciência de que o arquitecto não é o único actor social, mas que pode claramente influenciar e contribuir para a melhoria das condições de vida da população em geral: “Architecture and its spaces do not change society, but throught architecture and the understanding of its effect, we can acelerate processes of change under way.”4 Na elaboração deste trabalho analiso projectos que são sensíveis à problemática social da arquitectura em diversos contextos. Desde a actuação de organizações não governamentais, que elaboram projectos em situações de emergência, derivadas de conflitos políticos, sociais ou de catástrofes naturais, até outras situações num contexto igualmente de pobreza, mas já num ambiente urbanizado, onde existe um esforço conjunto e uma vontade política para inverter esse estado de precariedade. Atento em projectos que demonstram que a arquitectura efectivamente se debruça sobre problemas sociais, procurando, através dos seus meios, construir uma sociedade mais equilibrada, uma sociedade que proporcione condições democráticas de habitabilidade. Parece-me então pertinente, pela sua actualidade, mas sobretudo pela sua importância, repensar o caminho da arquitectura, num momento em que a sociedade capitalista começa a mostrar sinais de falência, sendo ainda essa sociedade a responsável pelo actual estado da arquitectura.

1 Fernández–Galiano, Luis – Totem y catástrofe. Arquitectura Viva. (Monografia). Madrid. Nº 117-118. 2006. p. 278. 2 Fernández–Galiano, Luis – Totem y catástrofe. Arquitectura Viva. (Monografia). Madrid. Nº 117-118. 2006. p. 280. 3 Baptista, Luís Santiago – Performances Artísticas: A natureza processual e conceptual da contaminação entre arte e arquitectura. Arq/a: Arquitectura e Arte. Lisboa. Nº 63. Novembro 2008. p. 6. 4 Tschumi, Bernand – Architecture and Disjunction. Cambridge, Massachusetts, London: The MIT Press, 1997. p. 15.


A análise da contemporaneidade serviu neste trabalho como ponto de partida para reflectir sobre os actuais contornos da profissão do arquitecto e da arquitectura. A cidade actual é o espelho da sociedade. Tal como a sociedade contemporânea, a cidade entrou em falência social e de valores, onde as relações pessoais foram trocadas por relações monetárias. A cidade já não é construída em torno das pessoas e do seu habitat, mas sim, em torno do capital e dos grandes centros financeiros. A arquitectura tornou-se um objecto, o símbolo de um novo poder económico e refém deste, deixa de lutar pelas pessoas, pelas culturas, por tudo aquilo que de característico, individual e único, elas podem ter, em nome de um poder global que as homogeneíza. Conscientes desse poder, políticos e multi-nacionais, usam a arquitectura como veículo de afirmação e encantamento de uma sociedade já de si alheada e anestesiada dos problemas. Assim, o arquitecto próximo deste poder e autor desses símbolos ganha um estatuto de celebridade. Este estatuto foi transferido para o campo da arquitectura, onde esta passou a ser um produto em oferta. A marca da arquitectura e a sua imagem, tornaram-se mais importantes que o edifício, colocando as motivações sociais, culturais e funcionais em segundo plano. Os projectos que estudei ao longo deste trabalho, procuram contrariar esta ideia, mostrando que a arquitectura ultrapassa o lado mediático a que hoje, maioritariamente, a associamos. Mostram ser possível fazer uma arquitectura para as pessoas, que promova a sua interacção, a sua sociabilização, respeitando as suas origens e as suas diferenças. Estes projectos têm como base, planos e arquitecturas que integram as pessoas nas cidades, tornando-as parte activa da mesma, motivando-as, ajudando-as a sentirem-se, por fim, parte da sociedade. O que tem um enorme significado, pois, no momento, em que a comunidade se sente parte de algo, vai, inevitável e decisivamente, perceber e compreender que só através destas trocas é que é possível evoluir. Tem de haver uma reciprocidade nas ligações entre arquitectura e sociedade, porque as mudanças têm de acontecer nas duas esferas. Estas têm de se influenciar mutuamente, num sentido positivo, sabendo que o caminho de uma sem a outra, não torna esta mudança possível. Constatei que a arquitectura é parte integrante do problema mas, também, é parte integrante da solução. Acredito que existe um conjunto de políticas, arquitectos, sociólogos, filósofos, pessoas que acreditam que, através de novas ideias e novas filosofias de vida, se pode construir uma arquitectura melhor, uma cidade melhor e para uma sociedade melhor.



BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DE FRIBOURG. UNIVERSITY LIBRARY OF FRIBOURG


Rue du Pèr e - Girard

Jean Rue oux Grim

Coupe A

Entrée accessible

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Entrée principale

Accès jardin

Rue

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Parking cycles

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Niveau jardin 625.65 Coupe B

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Coupe B

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Coupe C

Coupe C Niveau faîte 636.20

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Entrée secondaire

Livraisons parking

Terrasse 620.64

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Escalier vers jardin

al Cour bibliothèque Albertinum 615.87

Rue Saint - Michel

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Coupe A

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Les phases de construction sont proposées pour permettre le fonctionnement ininterrompu de la BCU: - Phase 1: construction du nouveau bâtiment dans le jardin contre le bâtiment existant de 1976 et avec un accès sur la rue de St Michel, sur la largeur de la baie de livraison, avec les nouveaux murs de soutènement, parois moulées et murs berlinoises. Fermeture provisoire contre le bâtiment 1976. Les réserves sont emménagées dans les nouveaux magasins dans les sous-sols. Le niveau C accueille salles de lecture et bureaux du personnel temporaires. L’ensemble est accessible par une entrée temporaire par le niveau haut du jardin desservie par escaliers et ascenseurs. - Phase 2: Démolition du bâtiment 1976 depuis l’accès laissé entre la baie de livraison et le bâtiment 1905. - Phase 3: Reconstruction du bâtiment jusqu’au niveau I. Démontage des murs provisoires en phase 1 - Phase 4: le bâtiment de stockage de 1905 est restructuré depuis la rue

Phase 1

Phase 2

Phase 3

Phase 4

Plan de situation - 1/500e RAI DE LUMIERE

Cependant il semble vraisemblable que l’entrée rue Saint-Michel appellera au quotidien un grand nombre d’usagers réguliers de la bibliothèque. Ce schéma est un principe, et la priorité à l’une ou l’autre entrée pourra être explorée en développant le projet.

Les bibliothèques sont les temples du savoir. Lieux calmes, propices à la concentration, ce sont souvent des lieux introvertis. Traditionnellement conçus comme des lieux sans vue extérieure, spacieux et baignés de lumière, l’ouverture vers des espaces calmes extérieurs permet tout autant à l’esprit de s’évader dans les moments de réflexion. On peut le voir dans la BCU actuelle. Aussi, selon les contraintes du site, nous avons créé un lieu qui est un mélange de salles tantôt introverties, tantôt ouvertes sur l’extérieur, de volumes spacieux, propices au calme et à la reflexion, dignes d’une bibliothèque de cette envergure.

L’accès de livraison se fait au point le plus bas du site, à proximité des locaux du personnel. L’entrée du personnel se fait rue Saint-Michel a proximité des bureaux et des réserves. Elle est commune à l’entrée du public, mais peut faire l’objet d’une entrée spécifique en façade. Les places de stationnement destinées à l’Albertinum sont situées dans la zone de livraison, directement accessibles au niveau B par la cour de l’Albertinum. Les places de stationnement pour bicyclettes sont situées à proximité de l’entrée principale.

Stratégie

Organisation des locaux

Le jardin actuel de l’Albertinum est un lieu négligé, difficilement accessible et totalement inutilisé. C’est une perle de verdure qui s’est malheureusement perdue. Nous faisons du jardin un lieu public et accessible, pour les usagers de la bibliothèque et les habitants de Fribourg. Nous reprenons le vocabulaire urbain des escaliers qui gravissent les collines de Fribourg pour relier le jardin aux rues avoisinantes. (1)

Le schéma d’organisation est extrêmement simple et fonctionnel:

La BCU actuelle est un mélange d’espaces d’origine généreux et clairs, et d’une extension constituée de locaux d’une densité telle qu’ils sont dénués d’intérêt et manquent de fonctionalité. Le site et les limites constructibles imposent des contraintes fortes, qui a priori vont à l’encontre de ce que doit offrir une bibliothèque: un plan profond, qui rend difficile l’apport de lumière naturelle; des hauteurs de plafond très basses (moins de 2,50m) qui rendent difficile la création de volumes spacieux, et surtout sont inadéquates pour des salles de lecture; les contraintes d’accès et de dénivellé qui compliquent la lisibilité des circulations au sein de la bibliothèque. Nous nous sommes attelés à contourner chacune de ces contraintes: - Le plan profond est transpercé par des canyons de lumière qui éclairent les salles de lecture des niveaux bas; (2) - les planchers sont décalés ou supprimés un niveau sur deux pour créer des doubles hauteurs; (3) - les circulations du public relient les deux entrées et les niveaux hauts et bas de façon limpide, par un jeu de plate-formes qui per mettent sans cesse une lisibilité d’ensemble afin de se repérer d’un espace à un autre. (4) Volumétrie / façades

Cette façade perce la dalle du jardin, et les plateaux en retrait laissent pénétrer la lumière dans les niveaux bas. Les vitrages sont traités de façon à permettre un apport de lumière maximum, notamment vers les niveaux bas, une transparence vers le jardin, tout en contrôlant l’ensoleillement et l’apport thermique. Verre sérigraphié, verre en partie opacifié, ou autre traitement anti-solaire feront l’objet d’études thermiques et de calcul d’éclairement plus approfondies pour effectuer ce choix. Entrée / organisation du site Etant donné la longueur du site, et la situation de la bibliothèque par rapport au Collège Saint-Michel d’où viennent un grand nombre d’étudiants, le site appelle deux entrées. Nous avons maintenu l’entrée principale, afin que celle-ci ne soit pas dénuée de programme.

1. Les escaliers qui gravissent les collines de Fribourg

3. Volumes double hauteur

Dans les étages, les salles de lecture, de travail et de collections spéciales et la Friburgensia font l’objet de salles dédiées, ou d’espaces ouverts, selon les nécessités. L’agencement de ces étages a l’avantage de pouvoir évoluer en fonction des besoins.

- Les espaces d’accueil et d’activités culturelles sont agencés sur un étage, au niveau F. - Les bureaux sont regroupés dans le bâtiment 1905. - Les salles de lecture sont agencées sur deux grands plateaux aux niveaux C (entrée basse) et D, puis aux niveaux E, F et H. - Les réserves sont regroupées dans les sous-sols. (6) Le projet que nous présentons est un plan de principe. Il répond aux demandes du programme actuel, et il est adaptable en fonction de l’évolution des surfaces nécessaires à chaque entité du programme, et suite aux discussions avec les utilisateurs.

Du fait des portées de plancher beaucoup plus importantes, les charges sur les fondations sont aussi plus importantes et sont reprises par de nouveaux groupes de mini-pieux ou puits placés adjacents aux murs existants. Un système de longrines portant transversalement et des poutres coulées par tronçons sous les murs existants, permettent de fonder le bâtiment entièrement sur les nouveaux pieux. Cette méthode réduit les poussées de terre contre les sous-sols du bâtiment existant datant de 1976. Il est envisagé d’introduire les nouveaux poteaux avant de démolir les planchers, ceci permettant de consolider les trumeaux contre les poteaux. Une fois terminés, les planchers sont démolis et remplacés en descendant. Après la démolition des niveaux D et C, le pieux sont forés et les nouvelles longrines sont coulées. Lorsque la charpente métallique est terminée, les bacs sont posés et coulés.

Les réserves Situées en sous-sol, elles sont compartimentables selon les nécessités techniques (sécurité incendie, etc) et selon les collections. Elles sont accessibles facilement depuis l’aire de livraison, et en liaison directe avec les ateliers et locaux du personnel et avec les salles de lecture. Albertinum Un jardin sur deux niveaux – cour plantée et terrasse – structure le nouveau bâtiment de la bibliothèque de l’Albertinum. La bibliothèque est tournée vers ce jardin intérieur, le bâti le long de la rue Saint-Michel permet de la protéger de la rue. Une liaison directe relie l’Albertinum aux places de stationnement situées niveau B. L’accès à la crypte se fait par le nouveau jardin de l’Albertinum. Une liaison est faite avec le nouveau jardin de la BCU par la toiture-terrasse, qui communique avec l’escalier qui relie la rue Saint-Michel au jardin. (10)

Restructuration du bâtiment existant (1976) sur la rue de St Michel Du fait de la nécessité d’une lourde restructuration, pour transformer les planchers et portées pour apporter lumière au sein du bâtiment selon les nouveaux plans, il est envisagé de démolir complètement le bâtiment, en ne laissant que le mur de soutènement contre le bâtiment du 1905.

Nouveaux bâtiments

Les espaces d’accueil et d’activité culturelles et commerciales: Agencés sur un seul niveau, les espaces d’accueil et d’activités culturelles forment un tout, qui peut être facilement isolé du reste de la bibliothèque en dehors de heures d’ouverture. L’accès peut se faire par l’une ou l’autre entrée. Les salles multi-fonction en façade peuvent faire enseigne de loin. Les locaux générateurs de bruit – espace enfants, cafétéria, etc sont des locaux fermés pour en maîtriser l’acoustique. (7) Les bureaux

La marque distinctive de la BCU actuelle sont ses deux salles, la salle des journaux et revues, ovale et la salle de lecture principale, avec sa façade arrondie. Nous accentuons cette identité en créant une grande façade vitrée incurvée dans le jardin, qui abrite des pièces et plate-formes intérieures, le long d’une circulation nord-sud. (5)

de l’apport de lumière au coeur pour la lecture. Les rayonnages de livres sont situés sur le pourtour. L’aménagement des espaces d’étude, de salles de travail et de réunion est modulable en fonction des besoins. La solution de structure au sein de cet espace permet aussi un agencement libre et non contraignant, et donc évolutif.

Le bâtiment 1905 est occupé par les bureaux et ateliers. Sa situation centrale est idéale pour desservir tous les niveaux et toutes les zones de la bibliothèque, tout en pouvant fonctionner en autonomie (8). En supprimant un niveau sur deux, ce sont des volumes hauts qui abritent les bureaux et ateliers, et qui bénéficient de doubles rangées de fenêtres sur la rue (9). Des demi-niveaux en mezzanine permettent de créer des surfaces supplémentaires nécessaires. Au dernier étage, la cafétéria du personnel est agencée en passerelle sous les toits. L’ensemble est desservi par un noyau indépendant, en liaison directe avec les livraisons et l’entrée. A chaque niveau, les liaisons se font directement avec les salles de lecture. Les salles de lecture La grande salle de lecture est située aux niveaux C et D. Les autres salles de lecture sont situées dans les niveaux E, F et H. La grande salle abrite le libre accès 2 (niveau C) et une grande partie du libre accès 1. Un plateau en mezzanine suit le pourtour du jardin, et crée un grand espace en double hauteur en son centre. Trois cours intérieures apportent la lumière naturelle, complétées par des ouvertures en toiture. Son agencement tire parti des niveaux de lumière: les trois cours permettent de traverser facilement le niveau C, tout en bénéficiant

2. Le plan est transpercé pour faire pénétrer la lumière

4. Lisibilité d’ensemble

5. L’identité de la BCU

BIBLIOTHEQUE CANTONALE ET UNIVERSITAIRE DE FRIBOURG - RAI DE LUMIERE

La nouvelle bibliothèque de Fribourg est, de par son site et les demandes du programme, un bâtiment nécessairement dense. Nous avons jugé que les hauteurs de plafonds actuelles et le manque de lumière naturelle sont inadéquates pour les salles de lecture, salles de travail et espaces publics et avons favorisé la générosité des espaces pour que chacun trouve sa place dans un ensemble clair et lisible. Nous avons favorisé la fonctionalité des espaces, tant pour les utilisateurs que pour le personnel. Enfin, nous avons donné une identité architecturale à ce lieu du savoir, un lieu accessible et à l’identité reconnaissable depuis la rue, et qui se découvre peu à peu en offrant des espaces tournés vers le jardin.

Description Technique Restructuration du bâtiment existant (1905) sur la rue de St Michel Afin de créer des hauteurs sous plafond plus importantes, tous les planchers et poteaux existants, sauf ceux du niveau J, sont démontés et remplacés par de nouveaux planchers aux niveaux D, F et H, portant sur la largeur du bâtiment. Les nouveaux planchers sont structurés en charpente métallique, comprenant des poutres supportées par des poteaux positionnés derrière les trumeaux de la façade. Les planchers sont composés de 15cm de béton armé, coulé sur des bacs collaborants en acier galvanisé. Des portiques disposés sous la mansarde, supportent le niveau J. Le niveau C est également baissé d’environ 1.15m pour s’accorder avec le nouveau niveau C du nouveau bâtiment.

Comme prévu dans les divers rapports géologiques, le bâtiment est fondé sur un radier étanché par un cuvelage, avec une paroi moulée d’environ 60 cm d’épaisseur avec tirants provisoires côté Nord, et l’utilisation d’une paroi berlinoise, côté jardin où les murs de soutènement sont moins hauts. Un drain par gravillons est positionné sous le radier, et entre le mur définitif et la paroi berlinoise pour évacuer les eaux et réduire les pressions hydrostatiques. Le radier supporte une structure en béton armé sur une trame de 9.00m par 9.00m. Cette structure est constituée d’une dalle pleine coulée in situ, de 34cm d’épaisseur. Le plancher est réalisé par la mise en œuvre d’un système d’évidement en forme de sphères en plastique « Cobiax » ou sous forme de boîtes en plastique « Uboot » pour alléger le poids propre du plancher. En général, les poteaux sont ronds sauf ceux situés contre le bâtiment du 1905. A certains endroits, comme dans la cour de livraison et les planchers adjacents des niveaux I, H et F, les portées dépassent 9.00m et sont supportées par des retombées de poutres. Un grand trou dans le plancher du niveau D permet la pénétration de la lumière naturelle, via trois cours anglaises. Les poteaux à l’aplomb des trois cours s’arrêtent sous le niveau C et le plancher terrasse du niveau E est supporté par des poteaux positionnés dans les cours anglaises. La stabilité est assurée par les voiles en périmètre et les voiles entourant les cages d’escaliers et d’ascenseurs, La façade courbe, entre les niveaux I et E, est supportée par une série de raidisseurs suspendus du nez de plancher au niveau I, et supportée latéralement aux niveaux intermédiaires.

6. Organisation des locaux

8. Situation centrale des bureaux

7. Espaces d’accueil et d’activités sur un niveau

9. Suppression d’un plancher sur deux dans les bureaux

10. Vue de la grande salle de lecture vers l’accueil


290 230 360

360

329b

360

360

lecture

167m2

340

230

3050m2

bureau

230

329b 280m2

230

bureau

350 354m

333m

350

340

230m

2

295m

220 2

bureau

lecture

220

350 136m2

336m2

390

lecture

360 2

350

266m2

1660m2

350

350 2

cour

230

cour

stockage prêt

self-service emprunt

partie 1 590m2

300m2

230

arrivage et expédition

bureau

110

170

290

parking 2 places

400m2

entrée secondaire

100m2

190

341m2 aire livraison

entrée personnel

banque prêt

parking cycles

310

quai

65m2

255m2

cour local de tri

329a

210

1920m2 parking Albertinum 7 places

360

100m2

250

vide sur livraisons

wc livraisons et parking

accès

stockage

accès parking

jardin

lecture

terrasse Albertinum

380 395m2

cour

vide sur cour

salle de travail

accès terrasse

bureau accès cour

340 - Magasins pour le stockage des documents 360 - Locaux de stockage divers et locaux techniques

340 - Magasins pour le stockage des documents 360 - Locaux de stockage divers et locaux techniques

310 - Accès collaborateurs / fournisseurs, manutention 350 - Magasins pour la conservation des documents patrimoniaux 360 - Locaux de stockage divers et locaux techniques 380 - Magasins pour le stockage des documents de la Bibliothèque de l’Albertinum

Niveau 0 1/500e

Niveau A 1/500e

Niveau B 1/500e

(611.15)

(613.75)

(617.25)

220

190

360

220

220

120m2

133m2

370

71m2

local 4p

68m2 local 4p

220

110

370 120

230m

salle de travail 226 m2

bureau

325

vide

200m2

cour

390

324

125m2

vide sur lecture

local 4p

390 vide

vide

327

vide

300m2

220

390

80m2

190

390

323

90m2

322

bureau

90m2

290

210m2 lecture

321

220

70m2

cour vide

165m2

220

salle de travail

bureau

bureau

290

220 220

250

160

local 8p 88m2

salle de travail

foyer 200m2 vide

50m2

220 - Libre accès 1 240 - Espace pour la consultation des collections spéciales 250 - Reprographie 290 - Sanitaires 321 - Direction 322 - Secteur manuscrits, incunables et archives 323 - Secteur documents imprimés 324 - Secteur documents audiovisuels 330 - Cafétéria du personnel 390 - Vestiaires, sanitaires

Niveau H 1/500e

(634.80)

220 - Libre accès 1 250 - Reprographie 290 - Sanitaires 325 - Secteur informatique 326 - Secteur acquisitions 360 - Locaux de stockage divers 370 - Conciergerie et locaux d’entretien et nettoyage 390 - Vestiaires, sanitaires

110 - Accès depuis l’extérieur 190 - Sanitaires 220 - Libre accès 1 250 - Reprographie 360 - Locaux de stockage divers 370 - Conciergerie et locaux d’entretien et nettoyage 390 - Vestiaires, sanitaires, infirmerie / local de repos

Niveau D 1/500e

Niveau E 1/500e

Niveau F 1/500e

(627.90)

Coupe B - 1/500e

Facade Ouest - 1/500e

partie 4 297m2

Niveau I

110 - Accès depuis l’extérieur 120 - Espace d’accueil 130 - Activités culturelles 140 - Cafeteria publique 150 - Salle multifonctions 160 - Salles de travail de groupe 180 - Espace enfants 190 - Vestiaires et casiers, sanitaires 220 - Libre accès 1 290 - Sanitaires 327 - Secteur catalogage 360 - Locaux de stockage divers 370 - Conciergerie 390 - Vestiaires, sanitaires

Coupe C - 1/500e

Facade Est - 1/500e

213m2

220

Niveau G (630.20)

Coupe A - 1/500e

70m

240 fonds précieux

2

321

327

(625.05)

local 4p

330

130 stockage

misalle de bureau crofil- réunion més

local 8p

80m2

327

vide sur

salle de travail

lecture

cuisine

220

220

150

(632.50)

terrasse

vide

vide

partie 1 et 2 2450m2

Vue depuis l’Albertinum

220

local 4p

220

cuisine

190

vide

infirmerie

vide

220

(622.45)

vide

lecture

70m2 vide

220

326

local 4p

partie 3 680m2

180

repos

390

vide

220

cour

220

220

local 8p

local 4p

360 250

190

vide

local

appart. concierge 148m2

190 120 370

2

220

vide

16p

290

100m2

100m2

220

220

partie 2 1015m2

250

360

220

accès jardin

bureau

370 290

(619.85)

local 8p

110

266m2

Niveau C 1/500e

accès terrasse

entrée principale

entrée accessible

360

110 - Accès depuis l’extérieur 170 - Salle Internet 190 - Vestiaires et casiers 210 - Prêt, service d’information et de réference 220 - Libre accès 1 230 - Libre accès 2 250 - Reprographie 329a - Secteur logistique 329b - atelier de reliure et d’équipement des documents 360 - Locaux de stockage divers et locaux techniques


entrée principale

vide sur entrée accessible

220

Libre accès 1 130m2

accès jardin

sas

110

parking cycles 70 places

réception 2 places

6 places de travail

Accès depuis l’extérieur 100m2

120

370

Conciergerie et atelier technique 70m2

360

290

Locaux de stockage divers

Sanitaires 20m2

120m2

self-service

Espace d’accueil 236m2

220

prêt

190

Libre accès 1 Salle de lecture 68m2

220

Vestiaires 14m2

6 places debout

Libre accès 1 Salle de travail 216m2

370

conciergerie

point info

120

surveillance, alarmes 24m2

250 360

Stockage

Reprographie 25m2

360

asc.

13m2

190

lecture

Sanitaires 17m2

asc.

asc. vide

220 Local 8 personnes 32m2

self-service restitution

jardin niv 626.65 stockage

220

220

Local 4 personnes 18m2

220

Local 8 personnes 32m2 stockage

Bureau personnel 3 places 35m2

structure supprimée

220

vide

Local 4 personnes 18m2

machine de tri

guichet

automatique

140

325

Espace enfants 70m2

Secteur informatique 10 places

lecture

200m2

390

vide sur cour

390

vide sur cour

Sanitaires

vide sur prêt

Sanitaires

12m2

12m2

vide

220

stockage

asc.

asc.

327

stockage

220 360

Libre accès 1 Partie 1 et 2 2050m2

vide sur lecture

vide sur cour

326

asc.

cuisine

vide sur cour

Sanitaires 26m2

Caféteria publique 210m2

125m2 vide sur prêt

coin presse

vide sur cour

Local 4 personnes 20m2

190

140

Secteur acquisitions 8 places

220

Secteur catalogage 19 places + 9 places sur mezzanine niveau G 300m2

rayonnages fixes sur mur

lecture

rayonnages fixes sur mur

Local 4 personnes 20m2

vide sur cour

360

vide

Stockage 13m2

vestiaire

150

Salle multifonctions 100 places 165m2

projection vide sur entrée

stockage

160

asc.

lecture

Salles de travail de groupe2 80m2

asc.

stockage

grand escalier stockage guichet foyer

220

Bureau personnel 3 places 21m2

290

Sanitaires 22m2

220

130

salle de travail 166m2

Niveau D 1/200e

Activités culturelles 200m2

Niveau F 1/200e

(622.45)

(627.90)

330

Cafétéria personnel

220

323

Libre accès 1 partie 3

Secteur documents imprimés

327

327

390

325

Secteur catalogage

180

Espace enfants jardin

Salle de repos

220

Libre accès 1 partie 1 et 2

Libre accès 1 partie 1 et 2

210

230

Prêt

Libre accès 2

350

Magasins pour la conservation des documents

Secteur informatique

220 cour

329b

Atelier de reliure et d’équipement

360

Locaux de stockage divers et locaux techniques

340

Magasins pour le stockage des documents

Coupe B - 1/200e

Facade Est - 1/200e

Vue depuis l’accueil

Vue de la salle de lecture

BIBLIOTHEQUE CANTONALE ET UNIVERSITAIRE DE FRIBOURG - RAI DE LUMIERE




ÓPERA DE KRISTIANSUND KRISTIANSUND OPERA (holding the result of the competition)


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