Escola Secundária da Gafanha da Nazaré
Julho 2011
nº 54
Trocas à moda antiga
Escola Secundária da Gafanha da Nazaré
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Ficha Técnica Coordenação: Fernanda Alegrete Paula Justiça
Grafismo e paginação: Fernanda Alegrete Paula Justiça
Redacção: Colaboradores
Alunos
Eunice Almeida Olga Albuquerque
Anabela Gomes Ana Carolina Ana Costa Ana Melo Ana Carolina Santos Ana Cunha Ana Soares André Mendo Arnaldo Cucu Cristiana Miranda Fábio Pereira Filipe Loureiro Jaime Oliveira João Bola João Gabriel Cruz João Pedro Luís Gonçalves Mafalda Almeida Micael Sousa Mónica Ferreira Paula Rocha Rita Sarabando Simão Nunes Telmo Gonçalves Tiago Loureiro Tito Tavares Yasmin Paixão … e ainda… Adelino 7º C Andreia 7º A Bruno 7º C C. R. Diana 10º A Helena 7º C Joana 10º A Joana 11º C Rosa 11º C Sara 11º C Sofia 10º A Vitor 11º C alunos de Religião e Moral do 10º ano … e todos os alunos das turmas 7º A, 7º C e 8º C.
Professores Adelaide Pinheiro Amélia Pinheiro Anabela Sousa Ana Gonçalves Ana Paula Cebola Ana Reis Carla Silva Clarinda Lopes Diana Santos Dalva Domingues Dulce Carlos Dulce Novo Ercília Amador Eugénia Pinheiro Fernanda Alegrete Graça Martinho Helena Silva Isabel Patrão João Alberto Roque João Henriques Leonor Mendonça Luísa Costa Luísa São Marcos Luís Ventura Nazaré Matos Palmira Lourenço Paula Justiça Paulo Nogueira Rosa Agostinho Teresa Pacheco Vera Fernandes.
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Editorial Mesmo numa Escola em Obras conseguimos manter as actividades a que já nos habituámos, como a Escola Aberta, as Trocas à Moda Antiga, o Eco Escolas, o Eco Decor, as exposições, as palestras, as danças e as músicas. Dentro e fora da Escola, continuaram os encontros do projecto Comenius, as Olimpíadas, os Concursos, os Campeonatos, as visitas de estudo e o clube do mar. E todos foram contribuindo, com poemas, histórias, actividades lúdicas, educativas e desportivas, para as partilhas, os encontros e desencontros. Agradecemos a todos os que participaram directa ou indirectamente neste jornal. Sem o contributo de todos os que se envolveram na elaboração de trabalhos e na sua recolha, não seria possível existir O Gafanhoto. A cada edição é maior a lista de nomes dos que nela colaboraram, é maior o envolvimento, reflexo de uma escola que está viva e em plena actividade. Também aumenta o número de páginas, tendo nós desta vez optado por fazer um índice com os temas e não com os artigos, já que seria demasiado extenso. Agradecemos também aos que continuam a contribuir para que a Escola possa ser um local em que nos sintamos bem, aos que representam a escola e dignificam o seu nome. A todos, umas boas e merecidas férias!
Índice 3-7 Fora da Escola 8-14 Ecos 15-19 Projectos 20-25 Escola Aberta 26-29 Actividades 30-31 Mind the Gap 32-33 Concursos 34-43 Letras 44-49 Media 50-55 Caminhando
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fora da escola
Escolíadas
A nossa escola participou mais uma vez nas Escolíadas. Dito assim parece coisa de pouca monta, mas a verdade é que não é fácil, ano após ano, encontrar um grupo que represente dignamente a escola neste projecto. Ficámo-nos pelo quarto lugar no pólo II, mas sentimos que foi uma participação que dignificou, de novo, o nome da nossa escola e da nossa cidade. Para a história ficam os nomes dos elementos da equipa: os alunos João Almeida, Beatriz Caçoilo, Margarete Leal, Ana Catarina Pinto, Inês Almeida, Simão Mariano, Carina Ferreira, Rosa Anastácio, Cátia Soares, Fábio Pereira, Maria João Sampaio, Rita Santiago e Marina Silva e os professores Anabela Rocha, Diana Santos e João Alberto Roque. No ano em que mais elementos do corpo docente se envolveram, vale a pena referir a colaboração das professoras Vera Santos, Teresa Pacheco e Ercília Amador. A escolha do João Almeida como melhor bailarino das Escolíadas foi o ponto alto desta edição de 2011, confirmando que temos jovens com queda para a dança, depois da Michelle ter conseguido a mesma difícil distinção uns anos antes. Em ambos os casos, a concorrência era de elevado nível, o que valoriza mais o feito dos nossos alunos. A prova de Música/ Dança foi a mais pontuada e não foi por acaso: resultou de um aturado trabalho de preparação e inúmeros ensaios. Na prova de Teatro estivemos um pouco menos bem. O tema escolhido não era fácil e houve pouco tempo de ensaio depois de fixado o texto, sujeito a várias alterações. As maiores dificuldades prenderam-se com a prova de claque. É uma prova tão importante como qualquer outra, mas tem sido complicado encontrar um grupo de alunos que a assuma de forma atempada e persistente. Mesmo assim vale a pena referir que houve um pequeno grupo que se manteve firme, e o empenho da Cátia Soares, a líder da claque. A prova acabou por se compor, num tempo recorde, numa demonstração da capacidade dos envolvidos,
mas poderia ter ficado bem melhor se se tivesse começado, mesmo a sério, uma semana mais cedo, com todos os alunos. Vale a pena lembrar a frase feita: não há uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão. A entrada da claque é a prova inicial e pode criar uma onda favorável que as restantes provas aproveitem. A lição serviu-nos para o próximo ano e já temos umas ideias interessantes. Como balanço final vale a pena afirmar que valeu a pena o esforço do grupo de alunos e professores que abdicaram de muito do seu tempo livre, inclusive a interrupção da Páscoa, para preparar a nossa participação neste evento. Houve momentos memoráveis. No youtube (em http://www.youtube.com/watch?v=QwGknmBNsGI) têm a oportunidade de apreciar a apresentação da prova de Dança/Música na Gala das Escolíadas. Podem ver em acção o João Almeida, justamente consagrado como melhor dançarino da presente edição das Escolíadas, acompanhado na dança pela Catarina Silva e pela Beatriz Caçoilo. A Margaret e a Professora Anabela Rocha cantaram e também encantaram. Eu, além de acompanhar o trabalho destes elementos talentosos, fui o autor da letra, escrita em função do tema geral escolhido para a nossa participação.
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João Roque
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Projecto Comenius Encontro na Turquia
Decorreu de 26 de Abril a 2 de Maio o sétimo encontro do Projecto Comenius 2009-2011 Building a New Europe, Learning from Each Other. O encontro teve lugar em Ankara, capital da Turquia, país euro-asiático que se estende por toda a península da Anatólia, no extremo oriental da Ásia e pela Trácia Oriental, no Sudeste da Europa. O país faz fronteira com oito países e é banhado pelos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro, o que torna a Turquia geoestrategicamente importante. A diversidade da cultura turca reflecte a mistura de vários elementos das culturas e tradições dos
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povos turcos e dos que com eles se cruzaram nas suas migrações e é considerada um produto dos esforços para tornar o país um estado ocidental moderno, mantendo muitos dos valores tradicionais, religiosos e históricos. São vários os pontos de interesse deste país e o encontro permitiu contactar com enormes diferenças, desde a paisagem à gastronomia, danças, música, moda ... Esta foi sem dúvida uma oportunidade ímpar de enriquecimento a nível pessoal e profissional. Helena Maia Silva
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fora da escola
7.as Jornadas da Juventude No passado dia 6 de Maio (sexta-feira), eu e outros colegas, pelas 8:25h, fomos de autocarro para a Biblioteca Municipal de Ílhavo, onde assistimos a uma palestra juntamente com alunos de outras escolas. No início dessa palestra entregaram-nos uma capa com um horário da programação do dia, uma revista para os jovens, da Câmara Municipal de Ílhavo, e alguns panfletos. A sessão foi iniciada pela Dr.ª Beatriz Martins, Vereadora da Juventude, que nos apresentou as jornadas. A palestra começou com um Jovem Voluntário dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, que nos explicou o que é ser bombeiro e o que eles fazem. Continuou com o Padre João Gonçalves da Paróquia de Ílhavo, que nos disse que poderíamos fazer parte de uma Associação e não deveríamos
roubar o que queríamos, mas sim trabalhar para o ter. Fizemos uma pausa para o lanche da manhã. Depois começámos por ouvir a Dr.ª Regina Ramos, Médica e Nutricionista do Centro de Saúde de Ílhavo, que nos informou como deveríamos fazer uma alimentação saudável. Continuámos com o Professor Pedro Mortágua, Gestor de Desporto da CMI, que nos incentivou a participar nas actividades da Câmara e a fazer desporto. Acabámos a parte da manhã com a Dr.ª Sara Pinho a contar um pouco da sua vida de atleta profissional. Fomos almoçar. Quando voltámos fizemos um pequeno trabalho de grupo sobre o dia e apresentámo-lo. De seguida voltámos para a escola. Jaime Oliveira
À descoberta de… Maria Teresa Maia Gonzalez
No dia 29 de Abril, os alunos da turma D do 8º ano foram à Biblioteca Municipal de Ílhavo apresentar uma peça teatral baseada na obra de Maria Teresa Maia Gonzalez, estudada nas aulas de Língua Portuguesa e trabalhada em Oficina de Teatro, Os Herdeiros da Lua de Joana. Tratou-se de um momento marcante para os “actores” que, assim, se estrearam em “palcos” fora da escola. Esta experiência foi partilhada por outra turma da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, que também estudaram a peça nas aulas.
Após as apresentações, teve lugar um debate sobre a temática abordada na peça onde os alunos das duas escolas puderam exprimir as suas impressões sobre a obra. A troca de experiências entre estas turmas de escolas diferentes foi, sem dúvida, enriquecedora para todos os seus elementos, ficando a esperança de que momentos destes se repitam. A turma da nossa escola pôde, ainda, ver expostos os seus trabalhos sobre a autora de literatura juvenil e a sua obra. Paula Rocha
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Lugar dos Afectos
No dia 26 de Abril, logo pela manhã, a nossa turma, acompanhada pelas professoras Dulce Novo e Ilda Pinho, bem como alguns colegas do 7º ano, deslocámo-nos ao Lugar dos Afectos, em Eixo. Um dos objectivos era: contribuir para a manifestação de atitudes, valores e comportamentos saudáveis no âmbito da sexualidade e consideramos que terá sido alcançado. Passámos uns momentos bem agradáveis e aprendemos o valor dos afectos e que as diferentes formas de os expressarmos variam consoante a idade ou até mesmo a personalidade. Achámos os jogos propostos pela psicóloga bem interessantes, sobretudo pela abordagem diversificada aos
sentimentos. Também apreciámos as diversas salas, bem como a simbologia das cores e as inscrições espalhadas pelas janelas e nas telhas. Mas a deslocação valeu também pela viagem e pelo convívio que mais uma vez pudemos ter, fora da escola, com colegas e professores. É bom aprender pela experiência. Neste caso específico, já tínhamos visto um filme que a directora de turma levou para a aula de Formação Cívica e que abordava esta temática, intitulado “Tchim, a droga e o benjamim”. A amizade é fundamental nas nossas vidas. Os únicos aspectos negativos a referir são o preço do bilhete de entrada e os preços das lembranças à venda na loja. Turma 7ºC
Visita de Estudo ao Centro Cultural de Ílhavo No dia 25 de Maio de 2011, pelas 13h45, um grupo de alunos do 7ºC (Ana Santos, Ana Melo, Ana Soares, Ana Costa, Guilherme Pires, João Marques, João Bola, Mónica Ferreira e Ricardo Martins) deslocou-se aos bastidores do Centro Cultural de Ílhavo, acompanhados pela Directora de Turma e por outros colegas e professores. Os objectivos da visita eram contactar com os espaços físicos dos bastidores do CCI, aprofundar o
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gosto pelo texto dramático e pelo teatro e reconhecer especificidades das artes performativas. Podemos considerar que foi um privilégio poder contactar com este espaço e estar em zonas onde nem os próprios artistas vão, pois está reservado aos técnicos. A visita atingiu os objectivos completamente, uma vez que já gostávamos, mas passámos a gostar mais desta arte tão fascinante. Turma 7ºC
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fora da escola
Um sorriso sem idade! No passado dia 1 de Junho de 2011, a turma do 10 º E do curso profissional de Animador Sociocultural realizou uma visita à Associação de Solidariedade Social da Gafanha do Carmo. Esta iniciativa, inserida no âmbito das disciplinas de Área de Expressões e Animação Sociocultural, promoveu um encontro intergeracional, numa sociedade onde, muitas vezes, se esquecem dos mais velhos e da importância que a sua experiência de vida pode trazer de benéfico para os mais novos. Esta visita tinha como principal objectivo a
interacção entre duas gerações que tendem a estar afastadas uma da outra, proporcionando assim um salutar convívio. Foi apresentada uma pequena dramatização intitulada “ O Mercado” e desenvolvidas algumas dinâmicas com o grupo alvo. Consideramos estas actividades fundamentais na formação técnica dos alunos, assim como na sua realização pessoal. A Animação tem como finalidade dar vida aos anos e não anos de vida! Diana Santos e Vera Fernandes
Equívoco! No jornal anterior a entrevista da Amanda aparece ao lado da entrevista a uma aluna desta escola que se assume como lésbica, mas como não aparecia a sua identificação, houve quem pensasse que ambas as entrevistas tinham sido realizadas à mesma pessoa. Na realidade, não foi o que se passou, daí que a Amanda tenha pedido para rectificarmos e acabarmos com os boatos que o sucedido provocou. Pedimos desculpa à Amanda pela confusão e deixamos aqui a questão: a orientação sexual dos nossos colegas de escola influencia a amizade que sentimos por eles e aquilo que eles são?
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Ecodecor ao serviço do ecoescolas 1, 2… acção! Decorria o ano de 2009-2010, quando alguns alunos da turma E, do então sétimo ano de escolaridade, convencidos que a sua atitude sensata, perante o ambiente, poderia influenciar o comportamento de outros, decidiram responder, afirmativamente, ao convite para colaborar nos trabalhos relativos ao Projecto Eco-Escolas. Decorar espaços, reciclando e reutilizando materiais, poderia dar origem a uma “empresa”! E num ápice, surgia a Eco-Decor! Com rigoroso horário de trabalho, ninguém se apresentava ao serviço sem o cartão identificativo, cuidadosamente plastificado. O logótipo afixava-se na porta, que se abria para um espaço de trabalho, onde cada um conhecia bem a sua função. Com empenho e dedicação, produziram-se, então, vinte metros de cerca robusta, resistente ao frio e ao calor, que delimitou o jardim das ervas aromáticas e das plantas medicinais e ornamentais. Em madeira, finamente recortada, desenharam-se flores amarelas, vermelhas e violeta, de caules finos e folhas verdes: identificavam-se espécies. Um espantalho meio trôpego, mas vistoso, construído, com cuidado, a partir de um pau velho de vassoura, enxotava a passarada atrevida. Porém e para que as aves não ficassem com má impressão de tão prestigiada “empresa”, logo se encontrou o meio de lhes agradar: um ninho confortável, pintado a preceito, foi fixado no alto de outro velho pau, em que se enrolava uma colorida trepadeira, tecida a partir de velhas garrafas de plástico. Para proporcionar, aos habitantes de tal espaço, um ambiente acolhedor, decidiu-se colocar o dito ninho num canto privilegiado do jardim, suavemente perfumado pelas múltiplas ervinhas de cheiro. Tudo pensado! Uma azáfama que valeu a pena!
Mas a Eco-Decor continuou, vigorosa, o seu percurso. Em 2010-2011, mantiveram-se, na maioria, os colaboradores anteriores e outros jovens se lhes juntaram. Assim, no presente ano lectivo, o grupo de alunos da turma C, do oitavo ano de escolaridade, reuniu forças para pintar e decorar um espaço de trabalho, onde se leccionava Educação Tecnológica. O interior do pré-fabricado, meio triste e pouco convidativo, vestiu-se então de cores modernas, numa combinação atractiva, que o acaso proporcionou. Foram as cores que se puderam arranjar, sem custos e com que um “patrocinador” nos decidiu brindar. Pintada e decorada, a nova sala foi um sucesso. Enquanto durou! As obras da escola foram implacáveis! No “Natal amarelo”, os colaboradores da EcoDecor não se fizeram rogados para ajudar a construir uma Árvore de Natal, que se ergueu em pleno recinto escolar. O antigo compostor, envelhecido pelo uso, mereceu também cuidados especiais! A Eco-Decor construiu uma nova tampa, que agora faz inveja ao restante conjunto desconjuntado e carcomido pelo tempo. E em poucas horas, sempre disponíveis, os jovens colaboradores do Eco-Escolas revestiram, com tinta amarela, dois recipientes, que agora dão pelo nome de ecopontos e ostentam o símbolo da reciclagem, cuidadosamente pintado a verde, numa harmonia que apela ao bom senso e lembra mesmo os mais distraídos que é urgente cuidar das embalagens vazias! Enfim, o ano lectivo termina, mas o Projecto EcoEscolas há-de continuar a contribuir para concretização de ideias, que unem os jovens, num esforço comum, por um ambiente melhor! Decor – a empresa do futuro!
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Barcos a Energia Solar Ao longo do ano lectivo 2010-2011 a turma C do sétimo ano de escolaridade desenvolveu, em Área de Projecto, actividades no âmbito do Eco Escolas. Sendo o Tema Geral – Energia Solar. A maior parte do ano lectivo foi dedicada à construção dos barcos solares. Os alunos investigaram possíveis formas dos cascos e de modos de propulsão. Neste projecto os alunos depararam-se com alguns problemas, como a parte eléctrica dos barcos. Para os ajudar, numa aula contámos com a presença do professor António Lima, que explicou alguns conceitos básicos, como as ligações em série e em paralelo dos painéis solares. A primeira experiência com os barcos decorreu no dia do Eco Escolas, último dia do segundo período. Permitiu-nos perceber que o melhor sistema de propulsão passava pelas hélices subaquáticas. As outras experiências que fizemos (overcraft, rodas de pás) não foram bem sucedidas. Participámos numa regata no Visionarium, no Sábado, dia 28 de Maio, e na final, em quatro barcos, dois eram nossos. Esta foi uma oportunidade de aprender com quem tem mais experiência. Funcionou igualmente como motivação. O número de alunos participantes na regata seguinte aumentou. Continuámos a trabalhar e melhorámos os protótipos, sobretudo porque retirámos algum material em excesso, o que reduziu significativamente o peso dos mesmos. Dois dos grupos resolveram fazer novos chassis, de modo a aplicar alguns dos conhecimentos adquiridos. No dia 18 de Junho testámos os novos barcos e conseguimos chegar às meias-finais no concurso promovido pelo Instituto de Promoção Social de Bairrada, em Bustos. Três alunos do 7º B, dois dos quais já tinham participado na regata no Visionarium, participam igualmente nesta regata, com um barco feito em casa. Esta regata não correu tão bem como
esperávamos porque algumas das alterações tinham sido completadas na aula dois dias antes da regata e a cola ainda não estava bem seca, o que originou alguns contratempos. Alguns mastros, feitos em materiais leves, eram igualmente muito frágeis e não suportaram a manipulação em prova. Mas se não ganhámos, ganhámos pelo menos experiência e aprendemos muito. Na viagem de regresso houve uma avaliação da participação e muitas ideias para ultrapassar os problemas detectados. A reduzida disponibilidade de painéis solares inviabilizou a optimização dos protótipos, mas as maiores dificuldades que surgiram neste trabalho residiram na falta de um espaço adequado para efectuar este trabalho. Sobretudo desde que se iniciaram as obras e desapareceram os préfabricados, ficámos sem um espaço para guardar material entre as aulas. As obras inviabilizaram também a construção de um lago permanente para os testes indispensáveis. Constatámos igualmente algum desinteresse de uma parte dos alunos. Seria de equacionar a existência, no próximo ano lectivo, de um clube que integrasse os alunos mais empenhados. Há outros desafios à espera, como os carros movidos a energia solar e outros protótipos.
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O Jardim de Cheiros Com a colaboração dos alunos do 7ºD, que trabalharam na disciplina de Área de Projecto e o apoio de duas alunas do 8ºC e dos alunos do 9ºD, foi efectuado: - um painel ilustrativo das várias etapas do trabalho realizado no Jardim de cheiros, ao longo dos últimos dois anos lectivos. - uma mostra de produtos provenientes do jardim de cheiros, tais como vasos com salsa, coentros, lavanda… Ao longo da última manhã da semana do ambiente foram oferecidos raminhos de lavanda aos convidados.
Resíduos Os alunos da turma E do sétimo ano que têm como tema de trabalho em Área de Projecto,” EcoEscolas – Resíduos”, promoveram a apresentação dos materiais produzidos com resíduos e com papel reciclado, durante estas aulas. Paralelamente estes alunos procederam, ao vivo, à reciclagem de papel, no átrio da escola, a fim de sensibilizar a comunidade
educativa para a necessidade e facilidade de reciclar. Muitos elementos da comunidade escolar e convidados observaram os materiais produzidos por estes alunos, os quais estavam presentes e disponíveis para explicarem o trabalho desenvolvido por cada um dos grupos de trabalho de Área de Projecto.
Menção Honrosa Graças ao facto de termos ganho uma menção honrosa no concurso “Sim este ano o Natal é Amarelo”, recebemos da representante do concurso, Ingrid Falcão um forno solar para que possamos continuar a desenvolver actividades ambientais na nossa escola.
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Hastear da Bandeira do Eco Escolas No último dia da semana do ambiente, 8 de Abril, foi hasteada a Bandeira Verde, que foi atribuída pela ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa) como reconhecimento simbólico do trabalho efectuado em prole da Educação Ambiental no ano de 2009/10. Tivemos a honra de ter presente nesta cerimónia simbólica o Engº Marcos Ré (Vereador do Ambiente), Engº Luís Rabaça (Técnico do Ambiente) e o Dr. Rogério Paulo (assessor do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo). Esperamos continuar com as nossas boas práticas Ambientais na Escola para poder voltar a receber a bandeira do Eco Escolas.
Instrumentos musicais De acordo com as orientações curriculares do 8º ano, no tema “ O Som”, os alunos de todas as turmas construíram instrumentos musicais com materiais reutilizáveis. Promoveram a apresentação dos materiais produzidos através de uma exposição com os instrumentos de todas as turmas, e a turma A do 8º ano apresentou o “Hino da Alegria”, utilizando os instrumentos por eles construídos. A comunidade escolar e convidados ouviram a música, observaram os trabalhos produzidos e tiveram a oportunidade de tocar nos próprios instrumentos.
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Eco Códigos
As turmas envolvidas nesta temática (7ºC, CEF – electricidade e 12ºA) divulgaram os trabalhos realizados com o objectivo de: -Incentivar e despertar o interesse a toda a população escolar sobre os benefícios das Energias Renováveis -Verificar as vantagens e desvantagens da utilização das Energias Renováveis. -Compreender como funciona uma instalação com um painel fotovoltaico e a diversidade de aplicações do mesmo, nomeadamente: o carregamento de telemóveis e a iluminação. -Verificar como se pode converter energia solar e energia eólica em energia eléctrica. -Mobilizar as pessoas para as vantagens ambientais da utilização das Energias Renováveis.
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De acordo com a planificação de Área de Projecto do 7º ano, todas as turmas, por grupos, participaram na elaboração dos Eco Códigos. Os trabalhos estiveram expostos durante toda a Semana do Ambiente nos placards da sala de convívio e no dia 8 de Abril, os elementos do Júri, constituído por diversos representantes da comunidade educativa, elegeram o melhor poster, que foi enviado para o concurso nacional, que decorre durante o mês de Julho. A realização desta actividade ajudou os alunos a compreenderem que a utilização desregrada dos recursos naturais coloca em causa a sustentabilidade do planeta Terra. Serviu também para ajudar a promover a adopção de atitudes ambientalmente correctas, revelou-se muito motivadora e muito positiva, quer para os alunos envolvidos quer para a comunidade educativa que visitou a exposição.
Energia Solar
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Na Semana do Ambiente, que decorreu de 4 a 8 de Abril, os professores do Grupo de Biologia e Geologia desenvolveram actividades com os alunos das turmas do oitavo ano, os quais assistiram à projecção de um documentário relacionado com a preservação do ambiente e elaboraram vários trabalhos alusivos às consequências da interferência do Homem no sistema Terra. Estes trabalhos estiveram expostos no Bloco E, bem como vários documentos relacionados com a biodiversidade, o mar, a ria, visando a estimulação da adopção de atitudes ambientalmente correctas, a necessidade de mudança de comportamentos individuais e sociais e compreender que a utilização desregrada dos recursos naturais coloca em causa a sustentabilidade do planeta Terra. Muitos foram os alunos, professores e convidados, que observaram e leram os materiais afixados.
Exposição de Biologia Geologia
O grupo de Biologia e Geologia
Visita ao Eco Centro da Câmara Municipal de Ílhavo No dia 4 de Abril, o 7ºE fez uma visita ao Eco Centro da Câmara Municipal de Ílhavo. Após a visita, os alunos responderam a um questionário e foi possível concluir que esta se revelou importante e positiva. A maioria dos alunos considerou-a interessante e motivadora para o estudo dos temas abordados na Área de Projecto -“Resíduos”. Considerou ainda ter sido bem organizada, com muito bom atendimento por parte do engenheiro Luís Rabaça, que nos recebeu. Gostaram bastante dos pequenos filmes apresentados relacionados com a protecção do meio Ambiente e lamentaram ter sido curta a duração da visita. Adelaide Pinheiro e Teresa Pacheco
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Clip do eco Escolas da ESGN No dia 25 de Maio os elementos do Conselho Eco-Escolas, professores, alunos, pessoal não docente, representantes dos encarregados de educação, entre outros, participaram num passeio de bicicleta, que se destinará à realização de um clip sobre a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Este terá como objectivo: ·dar a conhecer que as Eco-Escolas estão por todo o país, em muitos concelhos do continente e ilhas; ·criar uma actividade de comunicação participada no âmbito da comemoração dos 15 anos do Eco Escolas; ·divulgar os locais característicos que identificam o concelho a que pertence a escola. A partida foi dada na Escola Secundária da Gafanha às 15h em direcção à Casa Gafanhoa. Daí seguimos para o Jardim Oudinot e visitámos o Navio Santo André. A etapa seguinte foi o farol da Barra e todos pedalaram em direcção à ponte da Barra. Sentiu-se o vento forte mas ninguém perdeu a vontade. Descansámos junto ao Farol da Barra a admirar a praia num bonito dia de sol. Depois de
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carregadas as baterias dirigimo-nos para a nossa última etapa – a Costa Nova. O Sol fez-nos sempre companhia. Bebemos muita água, mas conseguimos chegar à escola com a missão cumprida. Obrigada a todos os que participaram nesta dura maratona Teresa Pacheco
A ideia da realização deste clip foi inspirada no vídeo http://www.youtube.com/watch?v=zlfKdbWwruY
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projectos
Área de Projecto 7ºD Biodiversidade e Espaços exteriores Ao longo do ano lectivo 2010-2011 a turma D do sétimo ano de escolaridade desenvolveu, em Área de Projecto, actividades no âmbito do Eco Escolas. Sendo o Tema Geral – Biodiversidade e Espaços exteriores, foram vários os trabalhos elaborados pelos alunos, abordando os seguintes sub-temas: Eco Código; concurso “Sim, este ano o Natal é amarelo!”; manutenção do Jardim de Cheiros e do compostor; preparação de materiais para a Semana do Ambiente, nomeadamente a divulgação em cartazes, de uma campanha de sensibilização para recolha de rolhas de cortiça; um painel ilustrativo das várias etapas do trabalho realizado no Jardim de cheiros, ao longo dos últimos dois anos lectivos e uma mostra de produtos provenientes do jardim de cheiros, tais como vasos com salsa, coentros, lavanda; manutenção e transplante para vasos, desmontagem das cercas do jardim, mudança de local do compostor e outros materiais do jardim, para ser guardado, devido a obras na escola; reconstrução de um jardim provisório, noutro local. Ana Reis
Área de Projecto 7º E Resíduos Ao longo do ano lectivo 2010-2011 a turma E do sétimo ano de escolaridade desenvolveu, em Área de Projecto, actividades no âmbito do Eco Escolas. Sendo o Tema Geral – Resíduos, foram vários os trabalhos elaborados pelos alunos, abordando os seguintes sub-temas: Eco Código; concurso “Sim, este ano o Natal é amarelo!”; materiais produzidos com resíduos; reciclagem de papel; elaboração de materiais com papel reciclado; concurso “Ser eco é…”. No primeiro período realizaram diversas actividades direccionadas para a realização do poster do Eco Código. Durante o segundo período os grupos planificaram e elaboraram trabalhos com variados resíduos (plástico, madeira, papel de jornal, cartão, rolhas de plástico e de cortiça…), tendo produzido um castelo, um carrossel, um campo de futebol, uma maqueta de uma quinta, maracas, um mealheiro, duas bonecas, um avião, dois carros… Aprenderam a reciclar papel e elaboraram posters para sensibilizar a comunidade educativa a reciclar rolhas
de cortiça, tampas de plástico, etc. Na semana do Ambiente visitaram o Eco Centro da Câmara Municipal de Ílhavo. No último dia de aulas do segundo período, no dia do Eco Escolas, expuseram os trabalhos realizados e estiveram a mostrar como se faz reciclagem do papel. No terceiro período cada grupo planificou trabalhos para utilizar o papel que foram reciclando, tendo produzido: cadernos de apontamentos variados, um álbum de fotografias, um cartaz, a que deram o nome de “As nossas preferências”, molduras, chaveiro, um vulcão… Já no final do ano os alunos participaram no concurso “Ser eco é…”, promovido pela ABAE para comemorar os 15 anos do Eco Escolas. O desafio foi responder ao mote Ser eco é…, mediante a ilustração de uma frase com um desenho que fosse uma proposta para a edição de pacotes de açúcar, que possam marcar esta importante data. Foram seleccionados doze propostas, que foram enviadas para a ABAE.
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Adelaide Pinheiro
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Área de Projecto 12ºA Energia Solar Dois grupos da turma A do 12ºano, trabalharam no âmbito do programa Eco-Escolas da nossa escola. Um dos grupos estabeleceu como objectivo construir um forno solar e um colector solar. Depois de ter sido feita a pesquisa e de ter sido feita a respectiva planificação, recolheram os materiais necessários para a construção dos mesmos. Estes foram desenvolvidos, testados e aperfeiçoados durante o segundo período e no último dia de aulas, no Dia do Eco-Escolas, apresentaram e divulgaram os trabalhos. O outro grupo responsabilizou-se pela construção de um carro solar que pudesse concorrer nas diferentes competições oficiais que são realizadas anualmente no nosso país. Ainda antes da construção do carro, durante a fase de pesquisa, o grupo participou no concurso “Este ano o Natal é Amarelo“. A participação do grupo consistiu na iluminação da referida árvore com uma série de leds, os quais teriam como fonte de energia células fotovoltaicas. No dia do Eco-Escolas, o grupo teve a oportunidade de apresentar e divulgar o processo de construção do carro e o próprio carro em funcionamento numa pista de 12 metros por ele construída. O grupo responsável pelo carro solar realizou ainda uma apresentação do projecto, durante o fórum concelhio do programa Eco-Escolas, que decorreu no Museu Marítimo de Ílhavo, com a participação de todas as escolas do concelho de Ílhavo envolvidas no programa. Paulo Nogueira
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Área de projecto 12ºA No Dia Aberto da nossa escola, os 6 grupos de área de projecto da turma 12ºA levaram a efeito, de manhã, a apresentação pública dos projectos por si realizados ao longo do ano e, à tarde, deram a conhecer à comunidade escolar o trabalho por si realizado através de um conjunto de exposições. A física no desporto, energias renováveis, saúde animal, jogos de computador na adolescência e a rádio, foram os temas tratados pela turma. A apresentação pública decorreu numa sala do bloco E. Os grupos, com o apoio de uma apresentação em powerpoint, descreveram as várias etapas dos seus projectos, identificando os objectivos inicialmente propostos e as estratégias traçadas para os atingir. No final, fazendo um breve balanço do projecto, reflectiram sobre as dificuldades sentidas na sua concretização e sobre as aprendizagens desenvolvidas. Na assistência, para além dos alunos da turma e do professor de área de projecto, estiveram igualmente presentes alunos de outras turmas e outros professores. As exposições tiveram lugar no Bloco B e no espaço circundante. Cada sala foi partilhada por dois grupos,. Para dar a conhecer os seus projectos, os grupos para além de apresentarem os produtos obtidos, recorreram igualmente a diversos tipos de materiais de comunicação, nomeadamente cartazes, panfletos, portefólios e vídeos. Em todas as salas, houve a preocupação de as decorar de acordo com o tema tratado. O Grupo da física no desporto montou um pequeno bar onde eram servidos produtos alimentares promotores de uma vida saudável; o grupo da saúde animal incluiu na sua exposição exemplares de diferentes animais domésticos, desde aracnídeos até mamíferos, passando por repteis; o grupo dos jogos de computador apresentou um jogo de computador por si desenvolvido através de uma plataforma informática denominada GameMaker; os dois grupos responsáveis pelas energias renováveis apresentaram em pleno funcionamento, no exterior, um pequeno carro movido através de células fotovoltaicas, um forno solar e um colector solar; o grupo da rádio possibilitou a todos os visitantes a oportunidade de ouvirem, através de um auscultador, o som produzido por um rádio “Galena” por si construído. O impacto na comunidade escolar foi considerável, tendo-se registado um bom nível de visitantes em todas as salas.
Saúde e Protecção Animal Enquanto grupo da disciplina de área de projecto, escolhemos o tema “saúde e protecção animal”, para retratar ao longo do ano. O projecto que desenvolvemos ao longo deste ano lectivo, consistiu em sensibilizar os jovens da nossa comunidade escolar para a importância da saúde e da protecção dos animais. Deste modo, foi nossa intenção informar aqueles que nos rodeiam acerca da necessidade de abrigo e conforto dos animais abandonados, entre outros. Assim sendo, desejámos mobilizar o máximo de pessoas da comunidade escolar para o acolhimento e bem-estar dos animais, de forma a consciencializar as pessoas desta necessidade. Até porque quem tem um animal de estimação deve cuidar bem dele, estar atento à sua saúde, pois este é sem dúvida um amigo e uma companhia agradável. Um assunto que tentámos investigar foi qual a importância conferida, hoje em dia, pela comunidade escolar em relação à saúde e protecção animal, enquanto importante contributo para o bem-estar dos animais, e o que fazer para incentivar as pessoas ao acolhimento de animais desprotegidos, de modo a minimizar o abandono dos animais que já possuem. Anabela Gomes, Mafalda Almeida, Micael Sousa
Paulo Nogueira
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“O meu sonho é… estudar!” Este ano, os alunos de EMRC quiseram solidarizar-se com a ONG ORBIS, que tem como projecto “O meu sonho é… estudar!”. Este projecto procura facilitar o acesso à educação de jovens guineenses através da sensibilização dos alunos portugueses para a necessidade de se comprometerem a dinamizar acções de angariação de fundos. Para que um aluno guineense possa continuar a ir à escola durante um ano basta que uma turma de alunos portugueses angarie 75€. Depois de tomarmos conhecimento deste projecto, depois de termos reflectido sobre ele e de vermos como angariar fundos, decidimos arregaçar as mangas e colocar mãos à obra. Por essa razão, no passado dia 13 de Maio, dia da “Escola Aberta”, decidimos realizar cartazes para dar a conhecer o projecto e realizar acções concretas. Fizemos um torneio de matraquilhos e de Guitar Hero. A juntar a esta iniciativa, a mãe de uma de nós juntou-se ao nosso projecto e confeccionou folares, que depois vendemos na comunidade escolar e fora dela. Fizemos a nossa bancada com produtos da ORBIS que são produtos do comércio justo e produtos confeccionados nos países onde a ORBIS tem projectos de voluntariado, ajudando assim a divulgar as lindas obras de arte dos nossos irmãos do continente Africano e Brasileiro.
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O objectivo a que nos propusemos foi atingido: conseguimos fundos para uma bolsa. No entanto, não podemos esquecer que, tudo isto só foi possível, graças à ajuda de todos que trabalharam no projecto, mas que adquiriram os produtos. OBRIGADA a todos! Os alunos de EMRC 10º A/B/D
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projectos
Consumo e Multiculturalidade Integração Social
No dia 13 de Maio, no âmbito do dia da Escola Aberta, os alunos dos cursos profissionais, em conjunto com os professores do grupo 430, desenvolveram a actividade subjacente ao tema “Consumo e Multiculturalidade - Integração Social”. A ideia era dar a conhecer a toda a comunidade escolar a realidade da nossa escola, cujos alunos têm as mais diversas origens e culturas, para além da portuguesa, a chinesa, a brasileira, a moldava, a ucraniana, entre outras, e contribuir para a integração dos mesmos. Para tal, a escolha teria de recair sobre uma linguagem comum a todos, e nada melhor que a gastronomia, Beijinho do Brasil, Arroz Doce, Aletria e Bola de Chaves de Portugal, Crepes Chineses, Pascã da Moldávia, ..., o que se revelou um sucesso. Os alunos colaboraram com as suas vivências e aptidões. Elaboram cartazes de divulgação da cultura
dos países de origem dos alunos, executaram receitas e claro, os alunos da área de comércio, colocaram em prática os seus conhecimentos para vender os produtos, pois a actividade pressupunha várias vertentes do exercício da cidadania activa, com intenção de inclusão de todos, mesmo daqueles que estão tão longe, como em África e não têm acesso à educação. Pelo que, o dinheiro obtido com a venda dos produtos reverteu para bolsas de estudos para as crianças/jovens da Guiné. Na era da sociedade global as comunicações circulam em tempo real, as fronteiras desvanecemse, as pessoas movimentam-se na procura de melhores condições de vida, mas com muito pouco podemos fazer a diferença. Parabéns a todos que colaboraram e participaram na actividade.
Palestra “Erosão Costeira – perigos e soluções” No dia 4 de Abril, na semana do Ambiente, decorreu uma palestra subordinada ao tema: “Erosão Costeira – perigos e soluções” para os alunos do 10º ano de escolaridade. Esta palestra serviu para motivar os alunos para a temática da Erosão Costeira e problemas de ordenamento. Foram também identificadas situações-problema locais, decorrentes da ocupação antrópica da faixa litoral. Os alunos também compreenderam a acção geológica do mar sobre a faixa litoral e o agravamento do avanço do mar sobre o litoral. Esperamos que estas acções contribuam para a formação de cidadãos cientificamente cultos capazes de participar construtivamente numa sociedade democrática preocupada com a sustentabilidade. Luís Ventura
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Dia da Europa No dia 9 de Maio não foi possível fazer a comemoração do Dia da Europa na nossa Escola. Como achamos que é uma data muito importante, incluímos a sua celebração no programa da Escola Aberta, podendo assim dar uma maior visibilidade a toda a comunidade. No dia 13 de Maio, dia da Escola Aberta, foram expostos materiais (posters, mapas, panfletos, cartazes...) dos vários países envolvidos no Projecto Comenius 2009-2011 – Building a new Europe, Learning from each other, bem como objectos típicos de cada país. Em simultâneo, foram distribuídos aos alunos os respectivos certificados de participação nos diferentes encontros, juntamente com a primeira edição do jornal Europe’s Voice, onde constam vários trabalhos dos alunos, a apresentação das escolas parceiras, curiosidades, entre outros conteúdos. Este espaço foi particularmente útil para proceder à divulgação e apresentação pública do website do projecto (http://www.clubeeuropeu.comoj.com/ PComenius.php e http://pcomenius09.moodlehub.com/), onde se encontram todas as informações relativas ao mesmo e onde estão alojados todos os materiais (fotos, vídeos, dicionário, diálogos...) dos países envolvidos e que constitui um repositório de conteúdos importantes para a divulgação dos diferentes países envolvidos, os seus costumes, as suas tradições e a sua língua, sem esquecer a dimensão europeia e a troca de experiências, sempre gratificante. Os alunos tiveram ainda oportunidade de registar as suas opiniões num “livro branco” e de manifestar as razões que motivam a sua participação em projectos desta natureza. A sala onde decorreu a apresentação foi visitada por toda a comunidade educativa, fizeram perguntas, navegaram no site do projecto e mostraram bastante interesse em conhecer melhor quais as actividades que projectos desta natureza lhes podem proporcionar. Clube Europeu / Projecto Comenius
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Bio Geo Papper No dia 13 de Maio, incluído na Escola Aberta, o Grupo de Biologia e Geologia promoveu o Bio Geo Paper destinado a alunos de ensino básico. Esta actividade consistiu num Peddy Paper composto por seis estações, onde os participantes, organizados em equipas de quatro elementos, tinham de percorrer um circuito, ultrapassar as tarefas propostas e responder a perguntas. A professora presente em cada estação, indicava a tarefa a executar, verificava a tarefa / corrigia as questões e atribuía a respectiva pontuação. No final, os alunos responderam a um questionário e foram distribuídos os respectivos certificados de participação. Depois de apurados os resultados, os elementos da equipa vencedora, pertencentes à turma do 8ºB, receberam o respectivo prémio. Adelaide Pinheiro
Concurso de Fotografia “Ambiente” O grupo de Biologia e Geologia promoveu de 28 de Fevereiro a 29 de Abril, um concurso de fotografia subordinado ao tema “Ambiente”. Foram propostos registos de imagens fotográficas relacionadas com os subtemas: Mar/Ria; Biodiversidade; Floresta/ Mata. As fotografias a concurso foram expostas no dia 13 de Maio, na Escola Aberta. Foi atribuído um prémio a todos os participantes. Aos participantes classificados em 1º, 2º e 3º lugar, de cada subtema a que concorreram (Biodiversidade e Mar/Ria) foi atribuído o respectivo prémio. Adelaide Pinheiro
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Trocas à Moda Antiga Em Novembro, nós, alunos do 7ºA, na disciplina de Área de Projecto, começámos a pesquisar e a trabalhar no projecto “Trocas à Moda Antiga”. Pesquisámos sobre os trajes e os pregões; fizemos um questionário, e moinhos; desenhámos moldes para os trajes; passámos os moldes de papel e cartão para madeira e vestimo-los. Montámos uma exposição com o que fizemos durante o ano todo, no dia da escola aberta. E no dia da Feira, vestimo-nos como antigamente e fizemos parte da feira. Turma 7ºA
Execução No dia 6 de Janeiro de 2011, começamos a dar início ao nosso projecto, “Trocas à Moda Antiga” Em primeiro lugar começámos por desenhar os moldes dos bonecos, em seguida, desenhámos as roupas e os bonecos em cartão. Na semana seguinte, recortámos os moldes e escolhemos os tecidos para as roupas: Homens Cabelos - lã, ráfia (preta, amarelo, castanho); Camisas para Homens - xadrez, tecido branco, botões pequenos. Senhoras Blusas – Tecido mais ou menos grosso de flores; Saias – Tecido grosso de lã, com barras de cor e 10cm de feltro preto para os sapatos. Depois começámos a coser as roupas dos moldes, e foi assim durante algumas aulas. Ao final de algum tempo demos por terminadas as roupas, e fizemos os cabelos. As professoras deram-nos algumas sugestões sobre os bonecos. E por fim acabámos as bonecas ficando ao todo 9 manequins. Andreia
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A participação na feira A nossa participação na feira foi muito boa, divertida e engraçada. O Leandro e o Ricardo do 7ºA estiveram a vender peixe e foram tão bons que o peixe se vendeu em 20 minutos! Na banca do pão, a Beatriz e a Maria João estiveram a fazer e a vender: bolas de carne, de
bacalhau, pão de chouriço e padas. Houve também a banca das regueifas e da broa, onde estava a Margarida, a Ana Rita e a Inês. Na banca dos legumes estava a professora Isabel Patrão, tal como na das senhas. O Gabriel esteve na banca do bacalhau. E foi assim a nossa participação na feira!
Pregões gafanhões “Há figuinhos de capa rota …quem quer figos, quem quer almoçar?” “Olha a galeooota !” “Há carapau e sardinha linda… está viva da costa!” “Há chaputa linda… oh Freguesa!Quem quer acabar o resto…?”
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Apesar das obras as TROCAS aconteceram O DC de Ciências Sociais e Humanas quis este ano homenagear a população da Gafanha que, à custa de muitas lutas, conseguiu transformar areia em terra de cultivo, construir as suas casas, educar os seus filhos e chegar longe… aos mares da Terra Nova. Num pátio reduzido pelas obras e com o barulho das máquinas cruzaram-se vendedeiras, padeiras, artesãos e compradores. Não tantos quanto se esperava, mas todos aqueles que não resistem ao almoço à gafanhoa, ao arroz doce ou à bola de bacalhau. Este ano estávamos mais vaidosas e mais “gafanhoas” ! Vestidas com trajes novos, que fizemos com a colaboração da CMI através do Programa de Apoio às Escolas 2011. O lucro desta actividade será aplicado na compra de dois projectores para apoiar as actividades lectivas, contribuindo deste modo para a melhoria do processo de ensino/aprendizagem. A todos quantos tornaram possível esta iniciativa o nosso agradecimento. Rosa Agostinho
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As Mãos da Nossa Gente
Sem descanso ou interrupção, Da praia fizeram chão. Provaram do mar o sal, Da ria o travo e o moliço. Leiras de terra cavaram. Cricos e navalhas colheram. Barcos e casas ergueram E todos se ajudaram. Caminhos árduos rasgaram, E no mar muito forcejaram. Angústias e dores sofreram, Feridas e mortes aguentaram. Penaram...maus tratos passaram, Mas parar...nunca pararam. E a nossa terra moldaram! São mãos que cavam, Que colhem e que semeiam. Mãos que pescam e que remam, Que bordam e que ponteiam. Mãos que enfardam, que volteiam, Que amassam, cozem e salteiam. Mãos que conduzem a traineira, Ou que calafetam a bateira. Mãos que pintam, bordam e costuram, Que tecem, bordejam, colhem e forcejam. Mãos que acariciam os filhos, Que avançam com seus cadilhos. Mãos que conduzem, ensinam e amparam, Que acenam, consolam e afagam. Mãos que comandam a lida. Mãos que modelam a vida. Mãos enrugadas, calejadas, Batalhadoras e magoadas, Algumas jovens, sonhadoras... Outras cansadas, sofredoras. São as infatigáveis obreiras, Os pilares do nosso chão. São as mãos da nossa gente, O milagre da criação. Ercília Amador
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Actividade Integradora (EFA) No passado dia 18 de Maio realizou-se na nossa escola uma conferência subordinada à temática “Medicina Convencional vs Medicinas Alternativas”, bem como uma participada sessão de Yoga. As actividades dinamizadas faziam parte de mais uma Actividade Integradora inserida no âmbito do ensino e formação de adultos (EFA), a propósito do núcleo gerador de saúde (NG3). Assim sendo, as áreas de competência-chave de Cultura, Língua e Comunicação e Sociedade, Tecnologia e Ciência dinamizaram a referida AI, contando com a colaboração do naturopata Dr. Neves, que traçou um quadro caracterizador das principais práticas das denominadas Medicinas Alternativas, esclarecendo os presentes acerca das técnicas, terapias e fármacos usados nestas práticas medicinais. Foram exemplificadas in loco algumas técnicas usadas, por exemplo, na Reflexologia, bem como, foram dados exemplos interessantes sobre o uso de determinadas plantas no quotidiano, alertando para o facto de o uso abusivo de determinadas substâncias poder ser nocivo para a saúde, quando o seu uso não é supervisionado por profissionais com formação adequada. Também se abordou a questão estatutária das Medicinas Alternativas em Portugal e o facto do consumo dos medicamentos naturais não ser objecto de quaisquer comparticipações, o que vem
circunscrever a opção de escolha, já que por norma estes medicamentos ficam mais dispendiosos, pois o seu fabrico é em menor quantidade quando comparado com os químicos das grandes marcas multinacionais. Todavia, foram realçados os benefícios de um trabalho em parceria entre a Medicina Convencional e as Medicinas alternativas, com vista a uma intervenção mais completa no âmbito da promoção da saúde. Para finalizar a Actividade integradora, estendeuse aos formandos, que estavam a trabalhar este NG em sessão de formação, a possibilidade de fazerem uma sessão de Yoga, que foi dinamizada pelo professor João Rodrigues, do Centro de Yoga de Aveiro. Num clima de total relaxamento, os formandos puderam contactar com alguns exercícios desta prática milenar tendo sido, igualmente, esclarecidos para os benefícios da prática regular desta actividade de meditação que visa nutrir o físico e a mente. Foi uma sessão muito interessante e com uma vertente prática muito acentuada, tendo em vista os diversos contextos onde as aprendizagens podem tornar-se significativas com vista a uma formação mais completa, já que as Actividades Integradoras aliam à dimensão teórica a vertente prática. Ana Gonçalves
Mundial de Kenpo - Madrid, dia 28 de Maio Decorreu, no passado dia 28 de Maio, em Madrid, o mundial de Kenpo Karate. Participaram neste evento 3 alunos nossos: João Paulo; Marco Lemos; Tiago Canês. Resultados obtidos: João Paulo – Barra - Juvenis Avançados – 2º Lugar; Marco Lemos – Barra – Juniores Avançados 4º Lugar; Tiago Canês – Barra - Juniores Intermédios – 3º Lugar em Kumite
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4200 Alunos de EMRC fazem Festa no Inter-escolas de EMRC
No dia 9 de Maio decorreu em Águeda o Interescolas diocesano de EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica). Este ano juntámos mais de 4 200 alunos inscritos em EMRC. Só da nossa escola éramos mais ou menos 100 alunos (algo que já mostra uma evolução na inscrição e no interesse dos alunos pela disciplina de Emrc). Saímos da nossa escola às 8:40 e chegamos no local de destino às 9:30, fomos acompanhados pelas professoras Palmira Lourenço, Ivone Marques, Paula Cebola, Lurdes Garrelhas, Graça Neves, Cristina Araújo, Paula Rocha. Quando chegámos fomos recebidos pela escola Secundária de Águeda, Marques Castilho e por outras escolas do distrito que já lá estavam. Este ano pudemos contar com a presença de alunos de uma escola de Coimbra. Foi uma novidade no nosso inter-escolas de EMRC. A animação deste dia ficou a cargo da Escola Secundária de Águeda, Marques Castilho. Contámos com a presença do nosso bispo de Aveiro, D. António
Francisco dos Santos, que nos falou um pouco da importância da disciplina na nossa vida, os valores que nos regem. Fomos igualmente acolhidos pelo presidente da câmara de Águeda que nos deu as Boas vindas; depois fomos fazer uma caminhada percorrendo as ruas da cidade e passando pelas diferentes escolas de Águeda. Foi uma caminhada longa, mas divertida, apesar do calor que se fez sentir nesse dia. Na parte da tarde, a animação ficou a cargo das diferentes escolas, que participaram e dinamizaram a parte recreativa. Tivemos: grupos de danças, grupos que cantaram, teatro, mímica, trabalhos manuais em barro, pinturas, insufláveis, etc… A nossa escola participou com uma dança, com alguns dos alunos do 8ºA, 8ºB e 9ºC. Regressamos por volta das 18h. O dia foi repleto de emoções e diversões, valeu a pena ir e conhecer novas pessoas. Para o ano teremos mais e esperamos que a nossa escola possa participar com mais números de diversão e com mais alunos! Yasmin Paixão
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Olimpíadas de Física
A aluna Ana Carolina Oliveira Ferreira, nº1 do 11º B, após uma brilhante prestação em Coimbra, foi apurada para a fase final nacional das Olimpíadas de Física em Lisboa, que decorreu no passado dia 4 de Junho Após as provas da fase final a aluna foi apurada para ser uma das representantes nacionais nas olimpíadas Ibero-Americanas ou nas Olimpíadas Internacionais. Durante o próximo ano lectivo a aluna e o seu
professor de Física frequentarão a escola Quark, com vista a preparar-se para as referidas fases internacionais e terão oportunidade de fazer novas aprendizagens. Os nossos parabéns à Ana Carolina e o nosso agradecimento por ser uma excelente representante da escola e do trabalho que nela se faz. Esperamos que nos possa continuar a dar notícias dos seus sucessos... e que no próximo ano esteja ca capa do Gafanhoto!
IV Sarau InterEscolas No dia 11 de Março de 2011 os alunos da nossa escola participaram no IV Sarau InterEscolas. Esta actividade é um Encontro das Escolas do Município de Ílhavo, organizado pela Câmara Municipal de Ílhavo, e que apresenta o resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano pelas Escolas Secundárias e EB 2,3 do Município. Mostra à comunidade o que de exemplar se incrementa em áreas como a dança, a música e o teatro. As turmas do 10/ 11º ano do curso de Animação Sociocultural participaram com a apresentação de duas coreografias: - A Canção do mar, tratou -se de um bailado ao som do tema “canção do mar” interpretado por Dulce Pontes. Foi uma simulação através de panejamentos de uma situação em alto mar. - A Coreografia “Underwater” foi uma performance desenvolvida entre movimentos e agitações, onde a acção teve como base os sentimentos do amor, do carinho e da libertação. Área de Expressões e Animação Sociocultural
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actividades
Spelling Bee Foi num ambiente descontraído que decorreu, pela primeira vez, na nossa Escola o Spelling Bee. Professores, alunos e júri estiveram reunidos para realizar um concurso diferente, muito apreciado nas escolas americanas. Neste concurso, os alunos soletram diferentes palavras, saindo vencedores os que o fizerem correctamente no mais curto espaço de tempo. Os alunos participantes estiveram muito bem nesta primeira edição, embora com algum nervosismo, normalíssimo em competições. Os vencedores foram, por ano de escolaridade: Maria João Vilarinho (7º A), Gil Cardoso (8º A), Francisco Almeida (9º C), Pedro Nuno (10ºB) e Carolina Ferreira (11ºB). Muitos Parabéns!!! Contamos convosco no próximo Spelling Bee pois ficámos com vontade de repetir!
Teatro 7ºC Decorreu no dia 17 de Junho, entre as 10h10 e as 11h40 a apresentação final do projecto performativo da Oficina de Teatro do 7º C. Contámos com a presença do 1º turno e da turma do 7ºF, bem como das professoras Cristina Pedro e Ana Paula Dobreira. A apresentação foi um sucesso e todos se divertiram bastante.
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Here you have the students’ opinions about the play “CLEVER CLASSICS” performed last month in Centro Cultural da Gafanha da Nazaré by CLEVER PANTS. Using their inimitable interactive style CLEVER PANTS treated the audience to 60 minutes of suspense, sighs and screams - all in full colour with life-sized actors in 3-D! The pictures will help you revive the good moments we all had. Enjoy!
I liked the whole play but particularly the “Famous Books” and the “Twilight”. I thought it was all very interesting. Diana, 10th A
I really liked the “famous books” part because I think they really captured the idea. I didn’t think I would laugh that much during the whole show. I loved it and I’d like to see it again” Joana, 10th A
When is the next time? Nothing else to say… Vitor R., 11th C
I loved it! It’s a funny way of learning a bit of English. I couldn’t stop laughing! Sara, 11th C
I loved CLEVER CLASSICS! It is an amazing way of learning English and having a nice time at the same time. They are wonderful actors and really funny people.
I think that Clever Classics was a different and funny way of learning English. We understood the language very well not only because they spoke very slowly but also because they performed different and funny situations.
I liked the show very much because it was funny.
Joana 11th C
Sofia,10th A
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Rosa, 11th C
I just say I want to see it again, again and again! Tiago F., 11th C
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mind the gap
Visita a Londres e a Paris Na semana de 12 a 19 de Abril aconteceu a viagem de estudo a Paris e Londres, que contou com a participação do 11º B, 12º A e alguns professores. A primeira paragem foi em França, onde foram passados três dias cheios de surpresas e aventuras. Visitamos a Eurodisney e aí os mais afoitos puderam experimentar atracções radicais tais como a Space Mountain e o Rock and Roll Coaster. Os menos corajosos tiveram à sua disposição Os Piratas das Caraíbas ou mesmo O voo nocturno de Peter Pan. A correr de um lado para o outro de fast pass na mão, o dia passou num instante. No dia seguinte rumamos, de metro, até Paris e o primeiro local que visitamos foi a imponente Notrê-Dame com as suas vigilantes gárgulas. Ainda tentamos vislumbrar Quasimodo por detrás de alguma coluna mas não o avistamos em lado algum. Daí partimos até ao Louvre, caminhando sempre junto ao Sena e apreciando os magníficos monumentos com que nos íamos deparando. O Louvre apareceu-nos em todo o seu esplendor e aproveitamos para tirar algumas fotografias junto às pirâmides de vidro e junto ao Arco do Triunfo do Carrossel. Infelizmente não tivemos tempo para apreciar a famosa Monalisa ou a menos famosa, mas nem por isso menos bela, Vitória de Samotrácia. Dali percorremos o Jardim das Tulherias e parte dos Campos Elísios em direcção à Torre Eiffel que, apesar de parecer perto, estava na realidade bastante distante. Do alto da magnífica Torre Eiffel avistamos a cidade em todo o seu esplendor e pudemos apreciar a geometria perfeita da cidade. O dia terminou no Hard Rock Cafe, onde ainda apreciamos uma banda a actuar e compramos algumas recordações. No dia seguinte madrugámos e apanhámos o TGV para o aeroporto Charles de Gaulle. Tinha acabado a nossa aventura em França e ia começar a nossa aventura em Inglaterra. No nosso primeiro dia em Londres deambulamos por Oxford Street, Carnaby Street e Picadilly Circus e, claro, andamos no famoso metro londrino onde, pela primeira vez, ouvimos aquela que se veio a tornar uma frase célebre – mind the gap! No 2º dia em Londres visitamos o British Museum, repleto de obras de arte dos quatro cantos do mundo. Deslumbrámo-nos com esculturas gregas, romanas,
com a famosa Pedra de Roseta e com o impressionante busto de Ramsés II. Daí apanhámos o metro e fomos ver o Big Ban, Westminster, as Casas do Parlamento e do outro lado do barrento Tamisa avistámos o London Eye. Fomos ainda a Downing Street, residência do primeiro-ministro, onde um polícia simpático posou para as fotografias e daí seguimos em passo acelerado para o Buckingham Palace, onde tinhámos esperanças de ser recebidos pela rainha!!! No dia seguinte fomos à descoberta do Natural History Museum instalado num edifício cheio de abóbadas e escadarias, semelhante a Hogwarts, dos livros de Harry Potter. Aí pudemos contemplar coisas tão diversas como esqueletos de dinossaúrios, fragmentos de meteoritos, uma sequóia e ainda tirámos fotografias com o famoso Charles Darwin, sentado com pompa e circunstância, e vigilante, do alto de uma escadaria. Nesse mesmo dia ainda fomos, também, ao Science Museum e vimos uma réplica do Pêndulo de Foucault, o modelo original do ADN e o carro de Fórmula Um, com o qual Mika Hakkinen teve um acidente. Fomos ao Harrods e exercitámos a nossa capacidade de contemplação porque era tudo demasiado caro para a nossa cada vez mais pequena reserva de libras. A nossa saga por terras de sua majestade continuou no dia seguinte com uma volta no London Eye e uma ida à National Gallery, em Trafalgar Square, onde as obras de arte eram tantas que apenas pudemos nomear uma – Os Girassóis de Van Gogh. Corremos até ao Madame Tussaud (pelo Underground, entendase) onde muitos alunos e professores se deleitaram a tirar uma profusão de fotografias com os seus ídolos. À semelhança de Paris, visitámos o Hard Rock Cafe e mais uma vez seguimos para o hotel de metro, qual anchovas em lata. Último dia! A nossa viagem estava prestes a chegar ao fim, não sem antes ainda passarmos por algumas aventuras no aeroporto de Gatwick, onde os alarmes dispararam por mais de uma vez. Foi uma semana repleta de novas experiências, emoções, fortalecimento de laços entre todos e acima de tudo muita alegria e boa disposição. Esperamos todos ansiosamente pela próxima …and don’t forget – mind the gap!!!
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Carla Silva
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concursos
Campeonato de Jogos Matemáticos Tudo começou no dia em que os jogos foram feitos na aula, mas eu achava que era apenas para diversão até ser avisado que ia haver as eliminatórias escolares e que o vencedor da escola ia a Lisboa disputar a final contra o país inteiro. A partir dessa altura, interessei-me por aquele jogo - “HEX”- e os dias foram passando até chegarem as eliminatórias escolares. Agora, só me restava um caminho: a vitória! Tinha de tentar. Consegui ganhar! Que cena! Agora só faltava esperar por aquela sextafeira da grande competição. Esperei vários dias, mas sem prática, não ia a lado nenhum… Nessa sexta-feira, levantei-me às seis da manhã para estar na escola às seis e quinze minutos. Cansado, vesti-me e preparei-me para partir. Fui o primeiro aluno a chegar e apenas encontrei a professora Dalva que já estava na escola. Lá, esperámos pelos outros 3 concorrentes e pelo professor Artur que também nos acompanharia no autocarro até Lisboa. O primeiro ponto de paragem foi na estação de comboios de Aveiro, onde nos juntaríamos aos outros participantes da região de Aveiro. Lá fomos nós! Quatro horas de viagem…Mas que remédio! Acabámos por chegar à Universidade de Lisboa, que já estava inundada de professores e de alunos dos 6 aos 20 anos. As várias classes estavam distribuídas pelo 1º, 2º, 3º ciclos e Secundário. Da nossa escola havia 3 participantes de 3º Ciclo (a contar comigo) e 1 participante do secundário. A primeira coisa a fazer era levantar as camisolas e os bilhetes que nos iriam diferenciar nos vários tipos de jogo. Isto era essencial para o contador de pontos. Feito! Eu e mais 2 participantes do 3º ciclo fomos para uma sala, o outro participante do secundário foi para outra sala diferente da nossa. Todos os jogos de 3º Ciclo eram feitos no 2º piso, os do secundário eram feitos no 4º piso (o último). Em cada sala havia 20 grupos, cada grupo com 12 participantes, apenas aquele que ficasse em primeiro lugar de cada grupo podia passar para a final. Eu perdi logo 2, e ganhei 2 de seguida, mas não foi suficiente porque o primeiro lugar já estava ocupado por um rapaz do 9º ano, que tinha ganho todos os 4 jogos, com o lugar garantido na final.
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Eu fui o mais demorado dos 4 a sair. Depois dos jogos, fui para a cantina almoçar com os meus novos amigos e seguidamente para um campo no recinto da universidade assistir aos jogos feitos pelos meus colegas. Que calor! Quem me dera estar na praia, pensava eu! O tempo passou e nós fomos para o 3º piso, para ver os passatempos que havia para aqueles que já tinham acabado todos os seus jogos. Já faltava pouco para as 18 horas, a nossa hora de partida para casa. Lá vamos nós outra vez. Mais quatro horas na viagem de regresso. Pelo caminho vimos Titanic2. Chegámos à estação, despedimo-nos dos nossos colegas e fomos para a escola. Daí dissemos adeus e quem sabe até para o ano! André Mendes
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concursos
No dia 18 de Março de 2011, realizou-se em Lisboa, o 7º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos. A nossa escola esteve presente neste acontecimento. Participaram nesta actividade os alunos: Pedro Afonso Pinto Coelho_ 7ºE_ jogo_ “OURI” João Gonçalo Ribau Teixeira da Silva_7ºE_jogo_ “ RASTROS” André Filipe da Costa Mendes_ 8ºC_ jogo_ “HEX” José Ferreira_12ºB_ jogo_ “HEX” Se gostas de jogar e queres entrar nesta aventura, começa desde já a treinar os jogos de estratégia, pois para o ano há mais! Dalva Domingues
Campeonato SUPERTMATIK – 2010/2011 Francês / Inglês Pela segunda vez, a nossa escola participou no Campeonato Escolar SuperTmatik 2010/2011, nas disciplinas de Francês e Inglês. Mais uma vez, foi uma experiência muito gratificante e positiva pela adesão de quase todos os nossos alunos do 3º Ciclo e professores dessas disciplinas. Estamos orgulhosos dos resultados obtidos, uma vez que dois dos nossos finalistas se classificaram entre os dez melhores na Final Nacional Online (TOP 10). Foram eles: João Afonso Loureiro (7ºA) que alcançou o 1º lugar, na disciplina de Francês; David Nuno Fernandes (9ºB) que alcançou o 9º lugar, na disciplina de Francês. Também estão de parabéns os restantes finalistas a nível de escola que, na Final Nacional Online, alcançaram excelentes posições: Na disciplina de Francês ( concorreram 16 000 alunos): - Cátia Alexandra Filipe ( 9ºD) – 14º lugar; - Inês Ribau Pereira (8ºC) – 21º lugar; - Carolina Oliveira Silva (7ºC) – 30º lugar; - Bruno Miguel Rocha (8ºD) – 34º lugar.
Na disciplina de Inglês (concorreram 50 000 alunos): - Fábio André Ribeiro Maia (9ºD) – 31º lugar; - Mafalda Tomé Almeida e Silva (8ºD) – 44º lugar; - Ana Cristina Ribau (7ºC) – 48º lugar; - Arnaldo Sá Cucu (7ºC) – 52º lugar; - Gonçalo Miranda Ribau (9ºC) – 65º lugar. Parabéns a todos os participantes no campeonato escolar SupertMatik - Francês e Inglês - 2010/2011!
Escola Secundária da Gafanha da Nazaré
Anabela Sousa
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Concurso “Histórias do Mar” Com o objectivo de incentivar a criatividade da comunidade educativa da nossa escola, a equipa da Biblioteca dinamizou o concurso “Histórias do Mar”, nas modalidades de Escrita Criativa, Ilustração e Fotografia. Foi com agrado que recebemos os diversos trabalhos, o que mostra o interesse da comunidade face a iniciativas deste género, que serão para continuar. De entre os trabalhos enviados, destacamos aqueles que foram premiados: I - Alunos Modalidade de Escrita Criativa Prosa: Margarida Almeida – 1º lugar Francisca Cardoso Lima – Menção Honrosa Francisco Cachide de Almeida – Menção Honrosa Poesia: Mariana Silva – 1º lugar e Menção Honrosa Modalidade de Fotografia Raquel Carlos Monteiro – 1º prémio e Menção Honrosa Modalidade de Ilustração David Fernandes Roque – Menção Honrosa
II - Professores Modalidade de Escrita Criativa Prosa: João Alberto Roque – 1º lugar Ana Paula Miranda Cebola – Menção Honrosa Poesia: João Alberto Roque – 1º lugar Modalidade de Ilustração João Alberto Roque – 1º lugar
X Concurso Literário Jovem Felicitamos os alunos que participaram no X Concurso Literário Jovem, assim como os professores que estimularam e apoiaram a sua participação. Em especial destacamos os seguintes alunos premiados e que dignificaram o nome da ESGN. PROSA 3º Ciclo do Ensino Básico: 1.º Prémio – “Super Sardinha”, de David Nuno Fernandes Roque, da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré; 2.º Prémio – “Mar – Uma Explosão de Sentidos”, Maria Diana de Jesus Coimbra Pascoal, da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré.
Ensino Secundário: 1º Prémio – “Um ar de magia”, de Carolina Ribeiro Campos, da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré; 2º Prémio – “O desatar da Consciência”, de Ana Carolina de Oliveira Ferreira, da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré; 3º Prémio – “Perseverança!”, de Fernando Jorge da Rocha Araújo, da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré; Menção Honrosa – “O Passado, Presente e Futuro”, de Raquel Teixeira Costa, da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré. Maria Eugénia Martins Pinheiro
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Página do diário de um dia especial
7h30: Acordei!! Cheia de sono, mas pronta para um grande dia, cheio de emoções, esperava eu. Entretanto, tomei banho, vesti-me, tomei o pequenoalmoço, fui com a minha mãe levar a minha irmã à escola… o comboio partia às 9h32! 9h10: Chegámos à estação, fomos comprar os bilhetes e comprar alguma coisa para comer durante a viagem, que ia durar cerca de 3h45. 09h32: Entrámos no Intercidades, com partida da estação de Aveiro e com destino a Lisboa. A viagem durou, durou, e eu, entretanto, adormeci e, quando acordei, vi um mundo lindo lá fora: LISBOA! Lá estava eu, pronta para receber o meu digno prémio – o 2º lugar a nível nacional, na modalidade de Texto Original, no concurso “Uma Aventura Literária…2011”, promovido pela Editora Caminho. 13h30: Chegámos! Eu e a minha mãe fomos almoçar e, de seguida, fomos dar um belo passeio a pé, até ao sítio da entrega dos prémios: Parque Eduardo VII. Caminhámos, caminhámos, e, finalmente, chegámos lá! Andámos um pouco perdidas, porque o sítio onde fui receber o prémio, era na Feira do Livro e a área era bastante grande, acreditem. 14h45: Começou a cerimónia da entrega dos prémios...entrega do 3º lugar de crítica, desenho, poesia, e nunca mais se ouvia o meu nome ao microfone do apresentador. Mas, entretanto, lá chegou. Ana Carolina Santos, Escola Secundária da Gafanha Da Nazaré, 2º lugar, Texto Original. Lá fui eu, toda contente, ainda por cima tive a honra de estar com a grande escritora Ana Maria Magalhães e com a Ministra da Educação, Dra. Isabel Alçada. Tirámos umas fotos, e lá fui eu levantar o prémio de 15 euros, em livros, claro, juntamente com o meu magnífico diploma do prémio.
Estava bastante calor até eu subir ao palco para ir receber o prémio, mas quando saí e começo a tentar passar por aquelas pessoas todas, começou a trovejar e a chover bastante. Chegou a cair granizo. Quase a chegar ao metro, para nos dirigirmos à estação de comboios, começou mesmo a chover muito, e nós sem guarda-chuva. Ficámos todas molhadas, apanhámos o metro e chegámos à estação. 17h30: Após um breve lanche, apanhámos o comboio de regresso. 20h45: Estação de Aveiro, finalmente! De volta a casa, após um dia cansativo. Cheguei a casa, completamente estafada, mas com memórias inesquecíveis, nomeadamente a cidade linda, o calor, a chuva, apesar de tudo, e as emoções que senti naquele momento da entrega do 2º lugar. Só tenho uma coisa mais a dizer, e a uma pessoa super especial para mim: à minha MÃE, que me apoiou em tudo! E também à Professora Dulce Novo, que me incentivou para concorrer com a minha criatividade. Obrigado!
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Ana Carolina Santos
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“Conto um conto/ A arte de contar por imagens” Decorreu no dia 15 de Junho a apresentação do livro “Conto um conto / A arte de contar por imagens”, projecto dinamizado pelas professoras Dulce Novo e Maria Amélia Pinheiro. O objectivo do projecto centrava-se na compilação de todos os contos produzidos pelos alunos das turmas B, C e D do 7.º ano, reunindo-os num livro a incluir no acervo da Biblioteca Escolar. Dois dos contos já foram publicados na última edição do nosso jornal “Gafanhoto”, mas, para se poderem deleitar com todos os contos, passem pela nossa biblioteca!
Dia Mundial da Dança «A dança não é exclusiva de ninguém. Traz alegria e elevação a todos que assistem ou que nela participam. A linguagem da dança não conhece fronteiras. Ultrapassa as barreiras de classe, educação, país e crença. O seu vocabulário é infinito, pois a emoção humana ressoa através do movimento. A dança enriquece a alma e eleva o espírito. A dança vive em tudo o que é vivo. Deixem todas as crianças dançar e certamente a paz surgirá.»
As turmas do 10 / 11ºano do curso Animador Sociocultural não deixaram passar despercebido o dia Mundial da Dança ( 29 de Abril), contagiando alegremente e animando o intervalo da manhã com uma Flashmob. Foi um momento divertido e imprevisível.
Miyako YOSHIDA
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Novas Oportunidades a Ler + Nível Básico Decorreram ao longo do mês de Junho duas sessões inseridas no projecto Ler+ alusivas ao tema Viagens. Estas sessões foram destinadas a adultos que se encontram a frequentar o processo RVCC de Nível Básico. Com estas actividades o Centro pretende promover na população adulta o gosto pela leitura e pela escrita lúdica, desenvolvendo as suas competências nestas áreas. Simultaneamente procura-se desenvolver uma interacção entre as várias áreas de formação e o relacionamento interpessoal entre adultos e diversos intervenientes no processo de RVCC. Os adultos começaram por elaborar o “itinerário de sonho” de uma viagem imaginária, redigindo de seguida um postal que descrevesse as atracções principais desse local. Um dos momentos mais importantes foi a leitura e exploração de excertos da obra Os Lusíadas de Luís de Camões (adaptado em prosa por João de Barros) que ficou a cargo da Professora Sílvia Ramalheira. A sessão terminou com um simpático convívio entre todos os elementos presentes e a promessa de que novas iniciativas seguir-se-ão com outras obras, outros temas e outros adultos. Gostaríamos de agradecer a todos os que estiveram presentes e dinamizaram este tão importante momento para o Centro Novas Oportunidades. João Henriques e Helena Silva
Novas oportunidades a Ler + no Nível secundário Dando continuidade às actividades planificadas no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades a LER +, realizaram-se nos passados dias 6 e 13 de Junho, no Centro Novas Oportunidades, sessões de debate em torno de O Largo de Manuel da Fonseca que contou com a presença de vários adultos que estão a frequentar o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências de Nível Secundário. Brilhantemente dinamizada pela docente Ercília Amador, após um breve momento de contextualização do autor e da obra, a sessão iniciouse com uma leitura expressiva do conto que serviu de ponto de partida para um acalorado debate sobre alguns temas polémicos e sempre actuais – os valores culturais, a evolução tecnológica e a dicotomia campo/cidade. Foi um debate profícuo em grande parte devido ao envolvimento dos adultos presentes. Assim foram criadas as condições necessárias para que os adultos pudessem desenvolver e assim validar alguns Domínios de Referência constantes do Referencial de cada Área de Competências-Chave. A sessão terminou com um simpático convívio entre todos os elementos presentes e a promessa de que novas iniciativas seguir-se-ão com outras obras, outros temas e outros adultos. Gostaríamos de agradecer a todos os que estiveram presentes e dinamizaram este tão importante momento para o Centro Novas Oportunidades. João Henriques e Helena Silva
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Exposição: um escritor em caricatura Ao longo de um mês e meio esteve patente na Biblioteca da ESGN uma exposição sobre Saramago em caricatura. Com o objectivo de proporcionar à comunidade escolar um conhecimento mais abrangente, entendeu-se complementar a exposição com dados relevantes sobre a caricatura e o cartoon. Porquê Saramago? José Saramago, um dos nomes mais importantes da actualidade internacional, com uma estatura literária reconhecida no mundo, reverenciado por uns, ignorado por outros, porém com uma inegável força criativa que conduziu a gestação de uma obra ao longo de décadas, é o autor estudado pelos alunos do 12º ano, no final do ano lectivo. Takiko Okamura afirma: «na verdade, as obras dele são demasiadamente difíceis para o público, porém as pessoas compram os livros só porque são escritos por Saramago». Ora impunha-se captar os alunos para a leitura de Memorial do Convento! Então, surgiu a ideia: se um traço exemplar da sua escrita é o recurso sem tréguas à ironia e ao sarcasmo, que tal olhar para ele recorrendo ao humor? Pois não é ele mesmo que, de forma tão transgressora, caricatura o seu mundo, registando as marcas de um povo que se deixa dominar pela autoridade, frequentemente a do poder religioso, mas que permanece «levantado do chão»? Não é ele que interpreta o conflito entre as classes sociais e que com tenacidade crítica eleva os dominados pelo discurso do poder? Aí surge o humorismo da caricatura. Como o vêem os outros? Como fantasiam o homem e o escritor? Que traços nele descobrem? O homem sério e taciturno, o homem capaz de se rir de si próprio ou o escritor, cuja imagem especular é Blimunda, que questiona através da sua escrita o sentido da Humanidade? Não é disso que outras formas de arte se ocupam? Nazaré Matos Dulce Carlos
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letras Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é. Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem por que ama, nem o que é amar... Alberto Caeiro
Poemas escolhidos no 123º aniversário de FERNANDO PESSOA (early morning)
Ai que prazer não cumprir um dever. Ter um livro para ler e não o fazer! Ler é maçada, estudar é nada. O sol doira sem literatura. O rio corre bem ou mal, sem edição original. E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma. Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol que peca Só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças, Nem consta que tivesse biblioteca...
Como quem, roçando um arco às vezes Por um violino, ao acaso, Súbito som excessivamente belo e saudoso Ouve-se, e não se pode encontrar outra vez, Às vezes, sou certos gestos súbitos do Momento, Gemo inspiradas sensações... E são um tédio repentino à cor e à hora das coisas E uma lamúria e longínqua paixão de não estar no mundo. Árvores longínquas que esperam por mim desde Deus... Paisagens mais perto da alma... Ou são grande pálios Em procissões interminavelmente a mesma... Levando-me num triunfo de coisa nenhuma, sonolento e voluptuoso, E perdido fico no Tempo como um momento em que se não pensa em nada...
Fernando Pessoa
Bernardo Soares
E antes magnólias amo Que a glória e a virtude. Logo que a vida me não canse,deixo Que a vida por mim passe Logo que eu fique o mesmo. Que importa àquele a quem já nada importa Que um perca e outro vença, Se a aurora raia sempre, Se cada ano com a primavera As folhas aparecem E com o outono cessam? E o resto, as outras coisas que os humanos Acrescentam à vida, Que me aumentam na alma? Nada, salvo o desejo de indiferença E a confiança mole Na hora fugitiva.
Depus a máscara e vi-me ao espelho. Era a criança de há quantos anos. Não tinha mudado nada... É essa a vantagem de saber tirar a máscara. É-se sempre a criança, O passado que foi A criança. Depus a máscara, e tornei a pô-la. Assim é melhor, Assim sem a máscara. E volto à personalidade como a um términus de linha. Álvaro de Campos
Ricardo Reis
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letras Joga à bola Ouve o pai A toda a hora Ora de manhã, ora à noite.
Escrita lúdica e criativa
Enfim…
A escrita lúdica e criativa revela-se um exercício interessante sobretudo por dar liberdade à criatividade dos alunos, mas também nos revelar produções autênticas, realizadas na presença do professor e que respondem a diversas técnicas de escrita. Seguindo modelos propostos pela professora de Língua Portuguesa, os alunos do 7ºC fizeram, individualmente ou em grupo, vários trabalhos, divertindo-se com as letras e os traços, produzindo caligramas (técnica que consiste em desenhar uma das letras de uma palavra de forma a sublinhar o significado), lipogramas (técnica que consiste em escrever um texto em que determinada letra ficará proibida); abecedários temáticos, acrósticos (técnica que consiste em escrever verticalmente um nome, um título,… com o objectivo de construir um texto a propósito desse nome ou título, utilizando como iniciais as letras previamente escolhidas) ou poemas diversos. Não seria possível publicar todos os trabalhos realizados, pela sua extensão, mas divulgo aqui alguns representativos desta actividade. Dulce Novo
Acróstico Amigável e sociável Nem sempre sabe desculpar. A verdade é o seu forte, nela podes confiar.
Carinha laroca. Há gente que o diz. Amorosa, às vezes. Resmungona quase sempre. Olhos lindos? Lindos de morrer! Inteligente, quando quer. Namorado não tem, Agora… há que estudar! Carolina Silva, João Marques
Há gente assim, Outros não o serão! Nem quero saber se há muitas ou não! Enfim, há pessoas boas e pessoas más! Sim, eu sou uma pessoa boa! Tu?! Não sei… Incrível, não é? Dizer estas coisas… Afinal, não somos todos do mesmo mundo? De certo não somos todos iguais! Enfim, é só o que eu sei! Ana Carolina e Ana Costa
Somente aqueles que procuram Alcançar a sabedoria certa Terão a percepção de que Aquilo que lhes é contado Não passa de ilusões criadas, Imaginadas para um maior controlo Sobre todas as vulneráveis Mentes humanas fieis ao que Ouvem dos ditos deuses supremos. Arnaldo Cucu
Muito pequenina Elegante só nos casamentos. Lindos olhos azuis ela tem, Optimista sempre será.
Meu e teu, mas Em extinção. Inteiramente nosso. Obrigatório é preservá-lo.
E… Amigo de todos, Muito poluído, mas Bem estimado, nem sempre. Invisível e Extremamente agradável. Nunca dispensável, pois Todos precisam dele. Espectacular é, sem dúvida!
Aplicada na escola ela é, Negas nunca tira. Amiga de toda a gente? Sem dúvida. Resmungona? Só as vezes! Inteligente? Quando quer… Tagarela ? Nem pensar! Adorável? Claro que sim! Ana Soares, Ana Melo
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Telmo Gonçalves, Mónica Ferreira
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Abecedário temático A é a Ana que come uma banana, B é o Bernardo a comer um espargo, C é a Cristina que come na pia, D é o Diogo a fazer um fogo, E é a Eva a comer erva, F é o Francisco que é um pisco, G é o Guilherme que apanhou um verme, H é a Helena a cavalo numa pena, I é o Ivo a fazer o pino, J é o João a comer pão, L é o Luís que vai para Paris, M é a Maria que come a sopa fria, N é o Napoleão a comer um melão, O é a Olga que está de folga, P é a Paula que está na aula, Q é o Quim que anda no jardim, R é o Rui que apanhou o comboio no Tui, S é a Sandra que é malandra, T é o Tiago que encontrou um cágado, U é o Ulisses a fazer tolices, V é o Vítor que é pastor,, X é o Xavier a lavar a colher, Z é o Zé que anda sempre em pé.
Jovem Ocupado Aluno Original Bravo Resmungão Universal Nervoso Obediente João Pedro, Bruno
João Pedro, Adelino, Bruno
Poema AMIGA SOU EU! BRINCALHONA …TAMBÉM SOU. CARINHOSA? ÀS VEZES. DEDO ELEGANTE TENHO. ELEGANTE E GIGANTE! FAMINTA NÃO SOU. GRACIOSA… ÀS VEZES. HELENA É O MEU NOME. INTELIGENTE? NEM POR ISSO. JASMINS? ADORO! LIMPO A CASA, MANTENHO A CALMA, NINGUÉM SE METE COMIGO. OVO DAS CRIAS, PERIGOSA EU SOU! QUAQUA FAZ O PATO, RATO ROI A ROLHA, SALTA O SAPO, TARTARUGA VISCOSA UVA DOCE, VAMOS EMBORA! XAU XAU ZEBRA ÀS RISCAS!
A Rita é engraçada e não é uma falhada! Tem dois amores: Um brasileiro a cores. Tem um português Que quase se tornou francês. O João sabe falar português Mas não sabe falar chinês. O João não é Inglês. Mas sabe falar francês. João Bola e Rita Sarabando
Helena
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“Viver a Poesia” Na sequência do estudo do capítulo, no 7º ano, na disciplina de Língua Portuguesa, envio estes pensamentos com salpicos de poesia, pois vale a pena conhecê-los. Maria Amélia Pinheiro
Abecedário Sem Juízo A é de André compra um jacaré B é de Bianca que anda manca C é de Catarina, a filha da Josefina D é de Daniel que comprou montes de papel E é de Eduardo que tem um leopardo F é de Filipa que já bebeu uma pipa G é de Gabriel que tem um novo pincel H é de Holanda que anda, anda e anda
Para mim a poesia é uma tatuagem é uma alegria é uma paz é uma música em câmara lenta que ninguém consegue ouvir ... e é assim o que a poesia significa para mim .. Sabem porquê? Porque a poesia está gravada na minha memória. Porque quando escrevo algo sinto uma felicidade imensa. E uma tranquilidade enquanto tatuo algo e a companhia de uma suave música bem devagar que nem sequer os espíritos ouvem. Ana Cunha
I é de Inês que tem um namorado francês J é de Jaime que namora em cima do andaime K é de Karina que não gosta da Catarina L é de Luana, a prima da Ana M é de Martim, a tocar os pratos, pim! N é de Noé, ah, pois é O é de Óscar que não pára de se mostrar P é de Paula que está dentro da jaula Q é de qualquer coisa, pois não me lembro de outra coisa R é de Rui, olha eu já fui S é de Sofia, que pia, pia e pia T é de Tiago que come tudo e mais algo U é de União, tens cá a mania do cão V é de Vera e esta já era W é de Wegener, per, per, per X é de Xana que mais parece uma cana Y é de Yohan, ã, ã, ã Z é de Zeca, olha-me esta, engoliu a caneca E com esta acabo o Abecedário Sem Juízo e agora Dói-me os dentes do siso!
O Bairro sombrio Numa noite silenciosa Numa rua sombria Num luar brilhante E numa noite fria O bairro era escuro E bastante degradado E a maioria das casas Nem sequer tinha telhado O nevoeiro cegava Não se via vivalma E o vento frio Gelava-me a alma Decidi ir embora Ser Criança! Pois o bairro assustava Então voltei para casa E o raio do bairro, Que vá à fava!
Jaime Oliveira
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Tatuagem é a minha vida
Tito Tavares
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Ser criança!
Poesia Para escrever poesia não é preciso ser poeta nem ler muitos livros, Bate-nos no coração a imaginação, Que pode ser cantada ou falada, A poesia é tudo, até mesmo Matemática, Como as rectas sem princípio nem fim.
Ser criança é… Ser semente Ser árvore Ser flor Ser um lindo fruto
Simão Nunes
Ser criança é… Ser ovo Ser lagarta Ser casulo Ser uma graciosa borboleta Ter asas e poder voar Pelo infinito céu
Poema Tal como o Homem que canta quando anda A semear a terra Ou como o agricultor que canta quando anda a lavrar a terra, Assim eu canto, quando sinto a tranquilidade e A alegria de um dia que surge repleto de magia.
Ser criança é… Ser estrela Ser brilho Ser lua Ser luar Ser um colorido arco-íris Ser criança é… Ser inocente Ser verdadeiro Ser alegre Ser imaginativo
Tiago Loureiro
Amizade
Ser criança é… Ser amigo Ter um grande coração E ter esperança no futuro João Gabriel Almeida Cruz
Poema Numa festa ao ar livre, Há amizade, tranquilidade e alegria. Há o prazer de privar com a Natureza E de usufruir da paz e da beleza que permanece Ao longo do dia.
Um amigo é um ombro sempre disponível, Um amigo é um irmão de sangue diferente, Um amigo é um abraço caloroso e amoroso, Um amigo é um avião que não se despista, Um amigo é um companheiro que nunca nos abandona, Um amigo é um porto de abrigo, Um amigo é uma flor a florir, Um amigo é um poço de confiança, Um amigo é uma bengala de um cego, Um amigo é o Sol que ilumina a noite, Um amigo é um pilar da nossa vida, Um amigo é uma estrela no mundo de cada um, Um amigo é uma parte do meu coração, Um amigo é uma base para o nosso equilíbrio, Um amigo é um mar azul que refresca, Um amigo é um tormento quando não está comigo, Um amigo é o amor que nos preenche a alma, Um amigo é a morte da solidão, Enfim… um amigo é tudo isto e muito mais! Poema colectivo construído pelo 7ºC
Filipe Loureiro
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A violência nos Media e o seu impacto na vida dos nossos jovens Como mãe e professora do Ensino Básico e Secundário, não posso deixar de exprimir a minha preocupação com o aumento da violência, agressividade, desrespeito e irresponsabilidade no comportamento das nossas crianças e jovens. As crianças sempre se envolveram em lutas, sobretudo os rapazes, todos temos consciência disso. Contudo, hoje em dia, wrestling, pontapés, empurrões, gritos, insultos, são uma constante nos seus relacionamentos e aceites como algo normalíssimo e até motivo de gargalhada para quem assiste. A autoridade, o cumprimento de regras e o respeito pelo próximo não são reconhecidos nem exercidos, nem quando esse próximo é uma pessoa mais velha. Crianças e jovens revelam insensibilidade e indiferença perante situações de violência e parecem viver num mundo virtual, onde nós, adultos, desempenhamos um papel insignificante e não de referência. Neste seu mundo virtual, a vida é um jogo, uma mera simulação - independentemente do que façam, tudo acabará bem e nenhuma responsabilidade lhes será imputada. Mas a vida não é um jogo e tais atitudes e sentimentos têm, por vezes, graves consequências nas suas próprias vidas e nas do que os rodeiam. Convêm, por isso, tentar perceber, quais as causas sociais e culturais que levaram a uma tão acentuada alteração de comportamentos. Consciente de que as novas gerações procuram sempre antagonizar as anteriores, permitam-me (pais, mães e encarregados de educação) o atrevimento de sugerir que, sobretudo a nível social, fomos nós que nem sempre estivemos à altura do importante papel que nos foi atribuído: quisemos ser uns pais ‘cool’, amigos dos nossos filhos, relegando para segundo plano o respeito, a disciplina, o cumprimento de regras, a importância do ‘não’, o valor das coisas, dando-lhes tudo o que desejam, mesmo quando não o merecem. Para tal, trabalhamos horas a fio, no trabalho e em casa, negando-lhes a oportunidade de passarem tempo de qualidade em família e de, neste contexto, serem educados, aprenderem valores e atitudes com quem de direito e dever: seus pais e encarregados de educação. Um exagero da minha parte? Talvez, mas não creio. Façam um pequeno exercício matemático e contabilizem as horas diárias que passam com os vossos filhos e educandos; a seguir, subtraiam as que são passadas cada qual no seu canto: uns no computador, outros a ver televisão, outros a jogar vídeo jogos, a fazer tarefas domésticas, a tomar banho, enfim, todas as horas em que não estão verdadeiramente juntos. Surpreendido? Pois
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é, mesmo quando estamos todos em casa, somos completamente absorvidos pelos Media e pelas tecnologias de informação e comunicação. E é aqui que entra a influência cultural: a rápida evolução das tecnologias da informação e comunicação representa um desafio significativo para a compreensão do seu impacto no ambiente e nas nossas vidas. Vivemos agora num período de constante desenvolvimento e transformação das novas tecnologias sobretudo no que diz respeito às suas propriedades, usos e efeitos. Hoje em dia já não podemos falar da influência dos Media nas nossas vidas, sem mencionar também como nós próprios influenciamos o desenvolvimento dos meios de comunicação. A possibilidade de interagir com os Media está a provocar uma mudança decisiva no poder do público: todos nós podemos ser editores e produtores, bem como utilizadores. Essa sensação de poder pode ser emocionante, mas também assustadora, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes e ao uso que fazem dos novos meios de entretenimento, por exemplo, a Internet e os jogos de vídeo. Muitos pais, professores e investigadores têm vindo a demonstrar uma considerável preocupação pela quantidade de conteúdos violentos transmitidos pelos Media, nomeadamente pela televisão, mas pouca atenção tem sido dedicada, por todos, aos efeitos de uma constante exposição e imersão no mundo virtual da Internet e dos vídeo jogos. Os vídeo jogos tornaram-se uma das actividades favoritas de ocupação dos tempos livres e o seu impacto na vida dos nossos jovens é inegável. A forma de ‘consumir’ jogos de vídeo é muito diferente da maneira como ‘consumimos’ os outros Media. O acto de compreensão de um texto dos Media nunca é uma actividade passiva: é sempre necessário dar-lhe um sentido de acordo com as nossas experiências culturais e interpretações da realidade. Contudo, ao jogar um jogo de vídeo, para interpretar o texto, o jogador tem que fazer parte da história, tornar-se um dos seus personagens, através de um avatar que lhe foi dado, ou através da criação de um novo personagem que poderá ser feito à imagem e semelhança do próprio jogador. Se aliarmos esta característica ao facto dos vídeo jogos representarem a realidade quase na perfeição e à possibilidade dos jogadores poderem interagir com essa mesma ‘realidade’ e contribuir para a sua evolução e mudança, podemos concluir que o jogador sofre uma imersão quase completa, levando-o a identificar-se com o herói ou com o vilão, sendo que a tendência de muitos jogos recentemente editados
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consiste na elevação de verdadeiros criminosos a heróis, protagonistas de toda a acção. Como consequência desta imersão, muitos jogadores sentem dificuldade em estabelecer a fronteira entre a realidade e a ficção, transportando para a sua própria vida representações modelo do mundo virtual. Algumas notícias sobre a violência nas ruas, gangues e tiroteios nas escolas têm sido associados à prática de jogos de vídeo violentos, por exemplo, o Columbine High School Massacre, perpetrado por um fã dos jogos Doom e Wolfenstein; o assassinato de três policias pelo americano Devin Moore, que declarou no julgamento que se tinha inspirado no jogo Grand Theft Auto III (GTA III); na Alemanha, onde quinze pessoas foram mortas a tiro por Tim Kretschmer, um jovem de 17 anos, obcecado com armas e vídeo jogos violentos, nomeadamente, o jogo Counter Strike. Embora não se possa culpabilizar somente os vídeos jogos pelas elevadas taxas de criminalidade, violência e agressividade juvenil que existem actualmente, podemos seguramente questionarmonos se não serão um factor decisivo no declínio dos valores e competências sociais; um obstáculo ao desenvolvimento saudável dos nossos jovens; ou uma das causas de um desempenho escolar cada vez mais aquém das nossas expectativas. Para determinar a veracidade destas suposições, foi desenvolvido um estudo de caso com alunos de 3 escolas do distrito de Aveiro e de níveis de ensino diferentes, 1º,2º e 3º ciclo. Os resultados são apresentados de seguida de modo bastante sucinto, mas poderão ser consultados em http:// biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2010000547: · A maior parte dos alunos inquiridos não estuda diariamente, apenas antes dos testes, mas joga todos os dias; os alunos admitem que jogar afecta o seu desempenho escolar; · À medida que vão crescendo, os alunos passam mais horas seguidas a jogar, sobretudo ao fim da tarde e pela noite dentro;
· O estabelecimento de regras, por parte dos pais, relativamente aos vídeo jogos diminui do 1º para o 3º ciclo; em muitos casos, não existem regras, e, quando existem, referem-se apenas à duração do tempo de jogo e raramente ao tipo de jogo permitido; · A maior parte dos alunos entrevistados referiu não haver qualquer tipo de controlo por parte dos pais quando estão a jogar; muitos têm computadores e/ ou consolas no quarto, o que, obviamente, dificulta essa supervisão; · Todos os alunos afirmaram ser possível adquirir jogos para 18 anos em qualquer loja e aceder a esses jogos online sem qualquer restrição; · A maioria dos alunos não respeita a classificação etária dos jogos, jogando frequentemente jogos que são apenas indicados para uma faixa etária superior; alunos do 1º ciclo jogam jogos como GTA, indicado para 18 anos; · Uma significativa percentagem afirmou que os pais/ encarregados de educação têm conhecimento do conteúdo dos vídeo jogos; · Praticamente todos os alunos entrevistados consideram que os vídeo jogos podem tornar os jovens mais violentos; contudo, ‘matar’, bater’, ‘disparar’, ‘lutar’ é divertido, é o máximo, por isso gostam de os jogar; · Os alunos reconhecem que os vídeos jogos têm influência nas suas atitudes e linguagem; · Os alunos consideram-se pessoas calmas; contudo, 30% reagiriam com violência se alguém lhes desse um encontrão acidentalmente; 25% admitiu entrar facilmente em conflito com colegas, professores e pais; 60 % já estiveram envolvidos em situações de bullying; · Na maioria das vezes, os alunos jogam sozinhos; ocasionalmente com um familiar ou amigo presencialmente ou online; às vezes, também jogam com desconhecidos online; · ‘Simulação’ e ‘Mundos virtuais’ são os tipos de jogos favoritos das raparigas; ‘desporto’, corridas’, ‘lutas’ e acção’ os dos rapazes.
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media Considerando que a definição de ‘addiction’ (vicio) é o abuso ou uso excessivo de algo que interfere com a vida diária, podemos concluir que uma elevada percentagem dos jovens inquiridos estão viciados em vídeo jogos, como muitos, tão honestamente, admitiram. De acordo com a informação recolhida neste estudo de caso, muito mais tempo é dedicado a jogar vídeo jogos do que a estudar, o que necessariamente implica um declínio do desempenho escolar. Quando um aluno chega a casa para de imediato ir jogar, dificilmente interromperá essa actividade para ir realizar os trabalhos de casa ou estudar. Pode-se argumentar que os vídeo jogos não ajudam as crianças a entender a importância da escola; muito pelo contrário, podem contribuir para tornar a escola menos atraente, sobretudo em localidades onde o investimento na educação das crianças é já de si subvalorizado. Este estudo também nos leva a concluir que há sérias razões para acreditar que a actividade de jogar vídeo jogos pode ser uma das causas de tantos problemas físicos e psicológicos entre os jovens hoje em dia: um número significativo de alunos joga à noite e/ ou pela noite dentro, o que interfere com as suas horas de sono; ficam sentados horas a fio, em vez de praticarem desporto, o que poderá contribuir para um aumento de obesidade entre os jovens, causar problemas de postura e de visão; muitos alunos jogam sozinhos nos quartos, negligenciando a oportunidade de socializar com as suas famílias e amigos e ficando em risco de não adquirir as competências sociais necessárias para uma convivência saudável em sociedade – há mesmo evidência que o jogo electrónico pode levar ao isolamento social. Muitos dos alunos entrevistados confirmaram o seu envolvimento em situações de bullying, lutas de wrestling e outros conflitos com pais, colegas e professores e é do conhecimento público que este tipo de situações têm vindo a aumentar nas nossas escolas. Hoje em dia, as nossas crianças têm, desde o 1º ciclo, acesso a conteúdos extremamente violentos, sejam vídeo jogos, letras de canções, vídeos do YouTube, telenovelas, séries de televisão, programas de
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Wrestling, inclusivamente desenhos animados. Como se pode pensar, então, que toda esta exposição não vai ter um efeito negativo a curto e longo prazo? Confusão entre o real e o virtual, insensibilidade perante a violência, comportamentos agressivos e violentos, são apenas alguns dos efeitos negativos que as crianças e jovens poderão vir a sofrer em consequência de estarem frequentemente expostos a conteúdos mediáticos violentos, realistas e interactivos. Certamente que nem todos os jogadores são viciados – um número significativo de alunos joga algumas horas por semana, conseguindo harmonizar com sucesso o trabalho da escola, relações familiares e de amizade e o jogo. Contudo, este equilíbrio só é conseguido quando existe supervisão parental, quando são estabelecidas regras quanto à duração e tipo de jogos, o que infelizmente não acontece com frequência nos nossos dias. Afinal, consolas, televisão e computador são, por vezes, excelentes baby-sitters. Chegou o momento de pais, professores, governos e lojas tomarem consciência de como os vídeo jogos estão a afectar a vida dos nossos jovens e começarem a tomar medidas para prevenir consequências mais graves. Para além de estabelecerem limites, os pais deviam passar mais tempo de qualidade com os filhos, permitindo-lhes aprender valores, comportamentos e atitudes através da família e não através dos vídeo jogos ou doutros Media. Os professores deviam ser mais activos e falar destes assuntos com alunos e pais/ encarregados de educação, para que haja uma tomada de consciência das possíveis consequências da adição aos vídeo jogos. Os governos deviam criar campanhas informativas sobre a classificação etária dos vídeo jogos e tomar medidas efectivas para supervisionar a venda dos jogos a crianças e adolescentes nas lojas. Jogar vídeo jogos pode ser uma actividade excelente e enriquecedora se todas as indicações acima referidas forem tomadas em consideração e se os produtores de vídeo jogos decidirem investir mais em jogos educacionais. Olga Albuquerque
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media Hauser passou os primeiros anos numa cela, sem contacto verbal com ninguém, o que o impediu de adquirir uma língua. Logo que lhe foram ensinadas as primeiras palavras, e com o seu posterior contacto com a sociedade, ele conseguiu aprender a falar, da mesma forma que uma criança o faz. Afinal ele foi apenas afastado de uma língua, que é um produto da socialização. A exclusão social de que foi vítima não o privou apenas da fala, mas também de uma série de outros conceitos e raciocínios, o que fazia, por exemplo, que ele não conseguisse distinguir sonhos da realidade durante o período em que esteve preso. Hauser, supostamente com quinze anos de idade, foi deixado numa praça pública de Nuremberg, com uma carta endereçada a um capitão da cidade explicando parte da sua história, um pequeno livro de orações, entre outros objectos que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza. Devido aos seus anos de solidão, Hauser odiava comer carne e beber álcool, já que tinha sido alimentado basicamente a pão e água, levando-nos a considerar que somos animais de hábitos. Aprendeu a falar, a ler e a comportar-se, e a sua fama correu a Europa. Obteve um desenvolvimento do lado direito do cérebro notadamente maior que o do esquerdo, o que teoricamente lhe proporcionou avanços consideráveis no campo da música. Hauser foi assassinado com uma facada no peito, em dezembro de 1833, nos jardins do palácio de Ansbach. Kaspar Hauser, como nunca tinha sido educado nem ainda tinha tido contacto com nenhum indivíduo, tinha um repertório de comportamentos sociais nulo. Contudo, após alguns anos de educação, ele aprendeu a comunicar e pôde levar uma vida quase normal. Se Kaspar Hauser nunca
O enigma de Kaspar Hauser
aprendeu nada, isso quer dizer que ele nunca se sociabilizou. Curiosamente Hauser não era capaz de discernir entre sonho e realidade, mesmo quando aprendeu a falar, como se a ausência do controle social também não o permitisse controlar seus próprios sonhos, pensamentos, sentimentos… Luis Gonçalves
Sem Limites (Limitless) É um filme que retrata a história de Eddie Morra (Bradley Cooper), um escritor sem sucesso, devido a um bloqueio imaginativo, que o impede de escrever. Quando o seu ex-cunhado lhe oferece uma nova droga que aumenta ao máximo a capacidade cerebral, Eddie fica na dúvida se a deve tomar, mas quando finalmente o faz a sua vida muda drasticamente. Começa a aprender muito rapidamente línguas estrangeiras, lê e escreve muito mais rapidamente, o seu cálculo mental é muito acentuado e rápido. Com todas estas novas capacidades, Eddie começa a trabalhar numa empresa de correctores de bolsa e em apenas um punhado de dias consegue aumentar o seu capital para os 2,5 milhões de dólares, tornando-se assim alvo de muitas atenções, especialmente de um senhor, Carl Van Loon (Robert de Niro), um empresário que vai aproveitar as capacidades de Eddie para tentar conseguir realizar um grande negócio. É um filme recheado de suspense do inicio até ao fim, relacionado com a mente e com os estatutos sociais. Fábio Rafael Simões Pereira
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“Hair” Em 1979, Milos Forman decide levar às telas o musical Hair, originalmente escrito por James Rado e Gerome Ragni, que conta a história da “Tribo”, um grupo de hippies cabeludos politicamente activos na luta contra o alistamento militar para o Vietname. Claude, seu bom amigo Berger, sua amiga Sheila e outros amigos hippies, tentam equilibrar suas jovens vidas, amores e sexo livre, com a rebelião pessoal contra seus pais e a sociedade conservadora norteamericana. A este tipo de atitude podemos chamar de inconformismo, pois inconformista é aquele que não se conforma com os padrões que sobre si têm influência, como por exemplo as normas de uma sociedade, o que o leva a agir contra o que é pressuposto, desrespeitando regras e normas vigentes. O enredo do filme baseia-se na decisão de Claude entre rasgar seu cartão de alistamento, como os seus amigos fizeram, ou sucumbir à pressão de seus pais (e da América conservadora) e servir no Vietname, comprometendo os seus princípios pacifistas de “paz” e o “amor”, que se opunham a todas as guerras, incluindo a que o seu próprio país travava no Vietname, pois fazia parte do pensamento hippie o combate ao poder económico-militar e a defesa dos valores da natureza. Na sua expressão mais radical, os jovens hippies abandonavam o conforto dos lares paternos e rumavam para as cidades, para aí viver em comunidade com outros hippies. Pelo facto de os movimentos inconformistas serem marcados pelo diferente e fora das expectativas do grupo, não sendo por isso considerados correctos e/ou desejáveis, estes são muitas vezes alvo de censura social, pois antes de qualquer mudança, as atitudes inconformistas são alvo de grande crítica social, sendo esta tanto maior quanto mais importante for a norma não respeitada para o grupo social em questão, tal como aconteceu com “Hair”, que recebeu graves críticas da imprensa devido ao controlo social, que impõe criticas e sanções justificadas, apenas pelo desvio à norma representada no filme por concepções, atitudes ou comportamentos, que não vão de encontro com as regras estabelecidas pela sociedade, tais como a profanação de valores, a descrição do uso de drogas ilegais, o tratamento da sexualidade, irreverência pela bandeira nacional e cenas de nu explícito, que causaram enorme controvérsia, pois o movimento hippie defendia o “amor livre”, quer no sentido de “amar o próximo”, quer no de praticar uma actividade sexual bastante libertadora. Outro aspecto valorizado era o uso de drogas, que no início não foi considerado perigoso nem proibido. Os hippies alegavam que as drogas ajudavam a “abrir a mente”. A música pop, com as suas baladas melodiosas, e a música rock,
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com os seus ritmos frenéticos, constituíram um meio poderoso para expressão da filosofia hippie. Escrita sob o efeito de drogas e ouvida nas mesmas circunstâncias, julgava-se que a música tinha um efeito libertador da mente. Podemos então caracterizar inconformismo como um processo de influência social, que consiste na adopção de valores, comportamentos e atitudes que vão contra as expectativas de um grupo. Ao adoptarem atitudes inconformistas, as pessoas são muitas vezes marginalizadas, sendo vistos como uma minoria, pois para estas pessoas a pertença ao grupo não tem qualquer tipo de importância e, por isso, é-lhes impossível submeterem-se às normas de um conjunto, passando então a fazer parte da referida minoria como, por exemplo, os hippies, tal como é representado no musical. Quando o típico cowboy que vem de Oklahoma para Nova York, com o intuito de se alistar no exército, encontra um ambiente tomado pelo movimento hippie vê, naquelas pessoas, a capacidade de pensar e fazer diferente, que marca o inicio da mudança, originando o surgimento do novo e nunca antes visto, de forma a provocar evolução, pois, ao contrário da compreensão comum, o objectivo das minorias não é simplesmente o desrespeito pelos instrumentos de controlo social, mas sim a proposta de alternativas. Se este grupo tem alguma credibilidade adquire o poder para produzir uma atitude genuína de mudança e, em consequência, de inovação, mudança social e revolução. Deste modo, o principal objectivo da inovação não é o simples desrespeito das normas vigentes, mas sim a mudança, de forma a dar alternativas de escolha a cada um de nós, promovendo a nossa reflexão e capacidade de pensamento, o que vai evitar que sigamos os padrões já estabelecidos pela sociedade que supostamente devemos respeitar. Neste seguimento, a minoria usa a influência social como forma de inovação, de forma a alterar o sistema dominante da maioria, propondo mudanças nas regras e normas sociais. Com este filme podemos concluir que o movimento hippie é apenas um dos exemplos de uma atitude inconformista, de não seguir o que está socialmente estabelecido, e não corresponder às expectativas dos outros, o que pode implicar críticas, punições ou até marginalizações, promovida por isso pelas minorias, influenciadas por factores pessoais e grupais. Para além de que o efeito das minorias no processo de mudança social é fulcral na nossa sociedade, pois sem elas viveríamos sob ditaduras sem qualquer livre arbítrio. Todavia para uma minoria influenciar a maioria, deve ser coerente e consistente nas suas propostas, nos seus comportamentos e nas suas respostas, de modo a resistir às constantes pressões do conformismo, visto uma divisão entre os membros de uma minoria bastar para o cessar da influência sobre a maioria. Cristiana Miranda
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A Suprema Felicidade
O Filme passa-se no Rio de Janeiro, em 1945. Numa rua campestre, Paulo, de 8 anos, assiste à festa de comemoração do fim da guerra ao lado dos pais, Marco, aviador da FAB, e Sofia, sorriso largo, sedutora, cheia de vitalidade, cabeça feita pelos filmes de Hollywood. Foi num baile cinematográfico que o casal se conheceu e acreditou que viveria feliz para sempre. A rua de Paulo vibra com personagens típicas dos anos cinquenta, como o vendedor de pipocas Bené, que narra façanhas sexuais, uma turma de vizinhos briguentos, e um triste vendedor de garrafas. Paulinho tem um amigo inseparável, Cabeção, com quem compartilha a rua e o colégio jesuíta, onde padres com sermões violentos ameaçam com o inferno qualquer pensamento de carácter sexual. Na juventude, Paulo vive situações fortemente contrastantes. Em casa, o pai, apaixonado por aviões, não consegue realizar o sonho de pilotar um jacto. Deprime-se e reprime as tímidas aspirações da mãe de alcançar algum voo profissional. A relação entre Paulo e o pai é distante, mas compensada pela cumplicidade com Noel, o avô paterno, um funcionário público boémio, tocador de trombone de vara na Lapa, filósofo do quotidiano e iniciador de Paulo e Cabeção na vida nocturna. A avó de Paulo, uma polaca ex-dançarina da Lapa, também é um sopro libertário no clima doméstico cada vez mais opressivo.
Logo, chega o tempo da primeira festa, do primeiro amor (Deise), uma jovem misteriosa com ar existencialista, tão original quanto delirante. O primeiro amor não dá certo, mas graças ao avô, o rapaz e Cabeção fazem novas investidas na animada noite carioca. O surgimento de experiências ampliase com idas ao Mangue, área de prostituição onde Paulo assiste a uma impressionante “convenção de prostitutas”. Inquieto, inseguro, intenso, o rapaz questiona tudo - da existência de Deus a tabus sexuais. Nos momentos de crise, pode contar com o avô, que lhe acena com possibilidades de entendimento da felicidade. Uma ida ao cabaré Eldorado será um divisor de águas nesta vida em formação. Entre os clientes, Paulo vê o pai, seu antigo herói da aviação degradado, solitário. E compartilha com o pai o fascínio por Marilyn, dançarina de 16 anos, sensual e provocante como a actriz de Hollywood, obrigada pela mãe a despir-se para os clientes. De repente, para Paulo, tudo parece acontecer ao mesmo tempo: uma surpreendente história de amor com Marilyn, a deterioração mental da mãe, uma repentina aproximação com o pai, o envelhecimento do avô. Um dia deverá ser bom olhar para trás e lembrar. E perceber que, apesar de tudo, naquela época, naquela casa, naquelas ruas, conheceu personagens incríveis e viveu momentos de suprema felicidade numa cidade, em tantos os sentidos, maravilhosa. Mafalda Almeida
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A Paixão do gato das botas
Na volta ao mundo, na época em que as minhas botas estavam no sapateiro congeladas de frio e por isso não pude concorrer, o rei de espadas ganhou a ninguém, que é mais alto do que ele, daí que todos se tenham espantado com a vitória, ainda por cima o povo nunca o tinha alguma vez considerado um vencedor! A rainha passava o tempo a dizer mal dele, até que os zunzuns chegaram aos seus ouvidos, ele começou a não lhe ligar e a deitar os olhitos para a dama de paus, que todos os dias passava por ele muito devagar, com o vestido roxo a roçarlhe nas pernas. Bons tempos esses, em que os vestidos das damas limpavam as ruas e em que bastava deitar os olhitos a uma para ela roçar o vestido em nós! Agora já nada é como dantes, os reis andam todos aperaltados a namoriscar uns com os outros e as damas roçam o vestido umas nas outras, mas sem nunca o deixarem tocar no chão, preocupadas em não o sujar para não terem de lavar roupa todos os dias. Nesses tempos a dama de paus divorciou-se e casou-se com o rei de espadas, ficou a ser a dama de espadas, mas como ela era rainha, e de paus, o rei de espadas passou a chamar-se rei de paus. Isso foi no Reino dos Paus, quando ainda não havia carros e todos os peões andavam sobre duas rodas, quando a trotineta subiu ao poder e destronou os gigantones, que obrigavam um peão a andar por cima do outro. Nesse tempo, em que as festas de São Gonçalo eram obrigatórios, porque o santo é nosso e o corno é vosso, ainda havia quem andasse de triciclo ou quem andasse muito rápido a quatro patas, passando por baixo de todo o trânsito. È mais giro andar a quatro, principalmente quando se sobe escadas e os limões ainda não caíram das árvores, apesar das ameixas teimarem em não entrar nos sacos, porque preferem agoniar na relva do que ser comidas. Sim, elas também sofrem, só que não
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sabem, e também querem viver, mesmo até à última, mesmo quando caem esborrachadas no chão. Mas o que eu gosto mesmo é de magnórios, de nêsperas, principalmente das que chamam os bichos para dentro delas de modo a não serem comidas por ninguém. E as cerejas, ai as cerejas, sonho com uma banheira de cerejas de Resende, ou das de lá de perto, e eu a tomar banho nelas, ou melhor, a comer, a comer, até não poder mais! Mas ainda não me apresentei, espero que saibam quem eu sou, não, não sou a Alice no País das Maravilhas nem a Alice do Outro lado do espelho, sou o gato. Sim, sei que sou um gato, eu próprio todos os dias me olho ao espelho, adoro ver-me e ser o que sou! Quem quiser conselhos de como se tornar feliz em 24 horas venha ter comigo, sei explicar tudo sobre jogos de xadrez, sobre parceiros sexuais, sobre como não se preocupar em ganhar dinheiro, porque isso não lhe dá felicidade nenhuma. Também gostava de ser gato como eu? Isso não pode, mas pode ter filhinhos gatos, trate já de arranjar uma gata, ou um gato, e peça-lhe para ter uma ninhada consigo. Se só saírem com o focinho de gato já não é mau, mais vale isso do que não ser de forma alguma parecido com um gato. Comigo nunca poderá ser parecido, porque eu sou o gato mais rápido do mundo, sou o gato das botas, o que anda tão rápido a pé como um avião, o que come laranjas mais depressa do que uma lagartixa, o que dá arrotos que se ouvem a quilómetros de distância, apesar de nunca dar farpas, essas só a gata mais barulhenta e mais malcheirosa do mundo tem a honra de as dar em condições. Um dia apaixonei-me por ela, loucamente, mas como não me ligava nada de nada, pedi ao rei de paus para lhe falar dos meus feitos heróicos e à dama de espadas para enaltecer a minha parte feminina, as minhas emoções, o meu coração de manteiga, mas
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caminhando ela mesmo assim mantinha-se inflexível, não queria saber de gatos, achava que a sua agricultura biológica era auto-suficiente, que não necessitava dos outros para nada, de modo que só falava com eles através do computador, para que ninguém se aproximasse dela para a chatear. Nesse dia, a minha sorte foi o computador ter avariado, porque ela desceu a rua devagar, olhou para mim do outro lado, ainda no passeio, e perguntou, ó gatão, tu arranjas computadores? Eu corei da cabeça às patas, mas disse que sim, que ela podia contar comigo para isso e para tudo o que quisesse, ela disse para eu esperar que ia buscar o computador a casa e já mo trazia, fiquei estático a pensar como poderia arranjar algo em que nunca tinha tocado, eu sou um infoanalfabeto, um info-excluído, porque não entendo nada de inglês e sempre detestei tocar piano! Lembrei-me da lagartixa, ela percebe do assunto, e num instante a encontrei com as minhas botas de sete léguas, ofereci-lhe uma árvore de laranjas, uma de ameixas e outra de cerejas, em troca do arranjo do computador, ela aceitou e veio comigo esperar pela gatita. Sim, o computador ficou arranjado num instante, eu apanhei as frutas todas que podia para pagar o serviço prestado, e fui a casa dela, conforme combinado. Estava sentada à sombra da porta, a ler a história do ratinho Firmin, emocionada e com as lágrimas a escorrer pelo focinho macio. Aproveitei para lhe explicar que as histórias escritas nem sempre são verdadeiras, que pode não ter acontecido nada daquilo, que os ratos não viviam todos com tanto sofrimento, que não precisava chorar porque
esse ratinho ficou rico depois de escrever aquela história. Ela olhava para mim incrédula, a pensar como são estúpidos os machos, mas acabou por sorrir, achou-me piada, e a mim não me apeteceu mais sair dali, então contei a minha vida toda, o que pensava do poder das trotinetas e dos triciclos, do mundo dos peões, das rainhas e dos naipes, das árvores de fruto e das lagartixas. Ela de vez em quando comentava que nada era como eu estava a dizer, que tinha outra perspectiva sobre o mundo, que a vida não precisava de ter sentido, que o senhor ninguém não existia e que por isso mesmo não podia ser mais alto do que o rei, pela mesmíssima razão este não lhe podia ter ganho a corrida à volta do mundo. Não discutimos, ouvíamo-nos um ao outro, até que ela disse que gostava mais de estar a falar comigo do que a teclar no computador, até fiquei com falta de ar! Piscou-me o olho e perguntou se não queria entrar, que tinha para o lanche pão integral acompanhado por um paté de soja com pepino, de fazer qualquer um chorar por mais. Não acreditei, mesmo assim entrei, com as patas a tremer e corado até às pontas dos bigodes, mas com o corpo todo a sorrir. Não sei como foi, mas seduzi-a, ou então foi ela que me seduziu a mim, ficamos ali no bem bom, a comer o pão com o paté até ser noite. Então ela disse se eu não queria ir dar uma volta ao luar, que sabia como chegar às estrelas sem termos de saltar nos telhados, eu aceitei, e aqui estou, ainda pasmado com a sensualidade dela! E agora acabei esta história, nunca mais foi inverno e nós fomos felizes para sempre! Gato das botas
Testemunho de um adulto que se encontra a frequentar o processo de RVCC de Nível Secundário É-me solicitada uma breve reflexão sobre o processo de RVCC em que estou envolvido, nomeadamente sobre as suas virtualidades, vantagens, desvantagens e outras referências positivas ou eventualmente negativas (ou inócuas) que o mesmo processo possa conter. Antes de mais quero registar que tenho muita pena de que esta oportunidade não me tenha sido conferida há mais tempo, quando tinha os meus trinta anos, para eu poder extrair vantagens de natureza profissional ou outras. Digo isto porque ouço nos meios de comunicação social alguns “Velhos do Restelo” a dizer mal das “Novas Oportunidades”, sem conhecerem o tema, os trabalhos, as exigências do RVCC. Pessoalmente, com a vida activa profissional concluída, na qual, apesar de tudo, posso afirmar que me distingui e atingi o topo à custa de muito trabalho de autodidacta, não vou agora tirar partido material ou profissional de um maior nível de habilitações que me seja reconhecido. Mas foi um
desafio que se me ofereceu e ao qual - já que disponho de tempo - irei responder com entusiasmo e o maior gosto. É mais um lanço na escada da Vida, que não sendo de todo difícil, também não se apresenta tão acessível como certos críticos elitistas têm apregoado. Aliás, pessoas com muita responsabilidade social, ao nível do “dono” do Pingo Doce, que emprega dezenas de milhares de trabalhadores em vários países, dizem bem do Programa Novas Oportunidades, como há dias ouvi e vi na televisão. São pessoas como esta (cujo nome não me ocorre) que oferecem postos de trabalho e ajuda a elevar a moral do país. Os que dizem mal fazem lembrar o Dr. Salazar que defendeu a teoria de que o povo não precisava de saber ler. Neste tempo - que eu vivi - o ensino era só para as elites. Nesta perspectiva, democratizar o ensino através deste Programa é de elogiar. Questão é que todos saibamos aproveitar a oportunidade! C.R.
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caminhando Teatro para a infância em Luz negra (UV) baseado na história:
“ O segredo da floresta mágica” (Texto de Carina Fidalgo e ilustrações de Ana e César Leite) do CASCI na Costa Nova. Agradecemos também à ESGN e à CMI, parceiros nesta concretização, e fica registado um miminho muito especial ao CASCI por nos receber, mais uma vez, de sorriso posto e braços abertos. Assim, em nome de TODOS os beneficiados, fica um BEM-HAJA a esta IPSS acolhedora… por todas as oportunidades que nos têm concedido para APRENDER a FAZER deixandonos motivar pelo profissionalismo e alegria do trabalho na vossa instituição!
No próximo dia 27 de Junho, durante a tarde, a história da ex-aluna Carina Fidalgo irá sair do livro e inspirar o TEATRO apresentado às crianças do préescolar do CASCI, sendo a actividade integrada na SEMANA ABERTA desta instituição. Esta história dedicada a todas as crianças que se encontram num processo de cura foi um projecto construído na ESGN, no âmbito da disciplina de Área de Projecto e com o apoio da CMI - PAPE 2009/ 2010. Através desta actividade pretende-se divulgar o livro (à venda na ESGN) e abordar a pertinência deste tema, baseado na vivência partilhada pela autora e traduzido nesta história. Enaltecendo e celebrando este contributo tão especial da CARINA FIDALGO para TODOS, “O segredo da floresta mágica” revelou-se uma estratégia aliciante para promover momentos de aplicação contextualizados aos formandos do EFA- Técnicos de Acção Educativa, permitindo validar competências através da participação em actividades pedagógicas com crianças (no âmbito da Formação tecnológica deste curso). Recorrendo à aplicação da técnica de objectos animados em Luz negra e à intervenção pedagógica orientada para a exploração interactiva através do teatro para a infância, os formandos da Escola Secundária de José Estêvão de Aveiro do Curso de Educação e Formação de Adultos estão muito implicados e empenhados neste processo, tendo sido bastante motivador realizar esta intervenção para as crianças. Agradecemos à Carina Fidalgo este projecto altruísta, incluindo neste agradecimento TODOS os que com ela trabalharam para que se tornasse realidade e se transformasse neste Livro colorido de esperança. “O segredo da Floresta mágica” será apresentado na segunda-feira, a mais de meia centena de crianças, nas instalações
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Fica registado o SORRISO a TODOS os que nos inspiraram nesta aventura às cores pela floresta mágica… Objectivo: Fomentar a educação expressiva na educação infantil através da intervenção artística e pedagógica Artistas participantes: Formandos do Curso de educação e formação de Adultos: - Técnicas de Acção Educativa (nível 3) da Escola Secundária de José Estêvão (Aveiro) Orientação e coordenação: Eunice Almeida formadora componente tecnológica - ESJE SINOPSE: “ Numa floresta mágica tudo pode acontecer… Shiuuuuuuuuuuuu!! É segredo! A Aurora está doente… e é uma borboleta sem cores… Mas os seus amigos são muito corajosos e valentes e vão numa aventura à procura da magia nesta floresta… Mesmo que esteja muito escuro… Tens medo do escuro?! E acreditas na magia da Amizade?... Então… vem connosco pela história fora! Encontramo-nos TODOS na floresta mágica?!...” Eunice Almeida
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Percursos Pedestres no Parque Nacional da Serra de Aire e Candeeiros Os espaços naturais surgem cada vez mais, no contexto internacional e nacional, como destinos turísticos em que a existência de valores naturais e culturais constituem atributos indissociáveis do turismo de natureza. As Áreas Protegidas são, deste modo, locais privilegiados como novos destinos, em resposta ao surgimento de outros tipos de procura, propondo a prática de actividades ligadas ao recreio, ao lazer e ao contacto com a natureza e com as culturas locais. Neste contexto e de forma a que o visitante possa conhecer e usufruir de forma ordenada e sustentada alguns dos aspectos mais significativos que caracterizam e individualizam esta área protegida, o PNSAC tem vindo a criar desde 1989, em colaboração com outros entidades, uma rede de percursos pedestres, numa extensão aproximada de 160 Km. As Áreas Protegidas não são recintos fechados do mundo proibido ou, como alguns pretendem, um mundo de interditos. São espaços abertos cuja propriedade efectiva é de milhares de cidadãos que, em percentagem importante, nelas habitam e trabalham. Visitá-las implica, pois, um duplo respeito pelo património natural e cultural que a cada área está associado e pelo património daqueles que, nessas mesmas áreas, labutam pela vida. portal.icnb.pt. Para iniciar um percurso pedestre deverá saber quais as regras básicas a seguir, inclusive a sinalização utilizada nos percursos assinalados (ver imagem) e o equipamento: calçado ligeiro com solas aderentes, guarda-chuva, agasalhos, roupa leve, chapéu, comida e principalmente água. Na Serra de Aires e Candeeiros o calor dos meses mais quentes pode ser abrasador, de modo que ninguém deve ir para o monte sem estar precavido. Durante o ano inteiro, infelizmente, o caminhante depara-se constantemente com eólicas e pedreiras, a estragar a paisagem natural e a provocar poluição sonora, mas se conseguir ultrapassar esse impacto, quer visual quer auditivo, e prosseguir o caminho, encontrará paisagens espectaculares e algumas delas até pouco humanizadas. É de salientar que a Serra de Aires e Candeeiros se situa no maciço calcário estremenho, o que faz
com que seja perigoso sair dos trilhos, pois a quantidade de buracos a céu aberto que não estão assinalados é escandalosa, mas tendo os devidos cuidados pode-se observar uma paisagem geomorfológica imensa: algares, lápias, grutas, poljes, dolinas ou covões. Assim, entre os percursos pedestres na Serra de Aires e Candeeiros destacamos, como passeios de Verão, os de: 1º Olhos de Água de Alviela, no Concelho de Alcanena, a Sul do Planalto de Santo António; 2º Buraco Roto, no concelho da Batalha, freguesia do Reguengo do Fetal; 3º Fórnea, no Concelho de Porto de Mós, no planalto de Santo António; 4º Marinhas de Sal, no concelho de Rio Maior, no extremo sul da Serra de Candeeiros. E também é de salientar, já fora da demarcação da Serra de Aires e Candeeiros, a visita a alguns dos locais que marcam a região, nomeadamente, entre muitos outros, ao Parque Eco-Sensorial da Pia do Urso, freguesia de São Mamede (concelho da Batalha) e à Festa dos Tabuleiros de Tomar (de 2 a 11 de Julho de 2011), que só se realiza de quatro em quatro anos.
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Astrolábios
Carneiro – as erupções cutâneas estragam-lhe os lábios, não os exponha muito ao sol e não se ria apenas depois de beber, o sorriso e as gargalhadas fazem muito bem à pele! Touro – o exagero de quistos sebáceos dificulta a visão dos lábios, que se escondem continuamente por trás da acne. Passe uns dias na praia e molhe os lábios na água do mar. Gémeos – os distúrbios psíquicos não afectam os lábios, de modo que pode pintá-los e realçá-los para dar ainda mais nas vistas. Vá passear para o monte e não pense em mais nada. Caranguejo – as demasiadas imperfeições e queixumes não permitem reparar nos lábios, que dizem impropérios quando deviam estar calados. Aconselham-se umas férias na montanha. Leão – as paixões tomam conta do coração e dos lábios, se as perdeu procure-as de novo, pois não conseguirá sobreviver sem elas. Descanse e nunca deixe de se rir, de si e dos outros. Virgem – as cólicas provocam-lhe esgares engraçados que afectam a rigidez dos lábios e a sua beleza. Acalme-se ou então dê uma corrida até à praia e uma volta de bicicleta a Portugal.
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Balança – são as úlceras que lhe estragam a perfeição dos lábios. Precisa de mudar de óculos, se apaixonar mais vezes, de namoriscar nas esplanadas de verão, de ser o centro do mundo. Escorpião – estes lábios são os de um contador de histórias, por isso não devem ser afectados pelas dores de bexiga que os fazem contorcer-se. Junte um grupo e faça uma revolução. Sagitário – o exagero nos desportos, no campo ou no sofá, provoca-lhe uns lábios doridos do sol ou macilentos por tantas horas de computador. Levantese e vá passar férias ao Alasca. Capricórnio – corredor disciplinado, tem os lábios frios e secos, mas fazia-lhe bem rir-se e descontraí-los. Para não contrair tinha nem sarna, lave-os pelo menos cinco vezes por dia.. Aquário – o mal das pernas provoca-lhe um azedume nos lábios, que por mais que se soltem nunca conseguem libertar-se do corpo. Aconselhase uns dias de dieta e descanso nas termas. Peixes – tem os lábios secos e constipados, pois não se mantém na água e doem-lhe os pés, por não usar barbatanas. Vá a nadar até às Berlengas e passe lá o resto das férias.
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