Lendas passadas histórias contadas

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Lendas Passadas…Histórias Contadas…

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Departamento Curricular do 1º Ciclo 2015/2016


Lendas Passadas…Histórias Contadas…

Introdução .................................................................................................................................... 2 Lenda da Capela do Casal de S. João ................................................................................... 3 Lenda do Campo da Velha ....................................................................................................... 4 Lenda da Igreja de N. Sra. da Saúde de Belide ou N. Sra. das Neves ............................. 5 A lenda da Caldeirinha .............................................................................................................. 6 Lenda de Cindazunda ................................................................................................................ 7 Lenda dos ferreiros .................................................................................................................... 8 Lenda da Igreja de Vila Seca.................................................................................................... 9 Lenda de Arrifana ..................................................................................................................... 10 Lenda da conquista do Pé Nela ............................................................................................. 11 Lenda da nascente de Alcabideque ...................................................................................... 12 Lenda das mouras e das vacas ............................................................................................. 13 Lenda de Condeixa-a-Nova e Condeixa-Velha ................................................................... 14 Lenda do Padre-Boi ................................................................................................................. 15 Lenda do Cabaz de Ouro ........................................................................................................ 16 A Princesa Peralta .................................................................................................................... 17 A perdição do Dr. João Antunes, o Padre-Boi! .................................................................... 18 O Raba Rabos .......................................................................................................................... 19 Lenda de Santa Cristina .......................................................................................................... 20 Lenda do rio Mondego ............................................................................................................. 21 Lenda da Senhora da Expectação ........................................................................................ 22 Lenda de Coimbra .................................................................................................................... 23 Lenda da Fonte de Condeixa ................................................................................................. 24 Nome de Condeixa................................................................................................................... 25 Lenda de Guilherme Pais ou dos Castelos da Ega e de Conimbriga .............................. 26 Lenda dos moinhos .................................................................................................................. 27 A Lenda da Moura da Mina..................................................................................................... 28 Agradecimentos ........................................................................................................................ 29

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Lendas Passadas…Histórias Contadas…

Introdução

O projeto “Lendas Passadas…Histórias Contadas…”, do departamento curricular do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, visou a recolha de lendas, contos, histórias do imaginário popular, do concelho de Condeixa-a-Nova e regiões limítrofes. Para além do objetivo da preservação desta tipologia de heranças culturais,

em

suporte

escrito,

o

projeto

objetivou,

igualmente,

o

desenvolvimento do aspeto motivacional dos alunos para a oralidade e escrita. Deste modo, pretendeu-se que os alunos de cada turma do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova pesquisassem uma lenda ou conto fazendo o seu registo escrito e ilustrando-o. Os trabalhos destas heranças da cultura oral das Terras de Sicó basearam-se na pesquisa informática, na recolha de dados e testemunhos, muitos deles através do diálogo com os idosos da região, conhecedores da sabedoria popular. Deste projeto resultou o presente livro.

. Os professores dinamizadores, Maria da Luz Pedrosa Nelson Silva Regina Costa Sara Aires

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da Capela do Casal de S. João

A história da capela do Casal de São João está associada a um aspeto lendário, que tem passado de geração em geração. Há mais de 60 anos que o Sr. Joaquim Barreto ouviu do seu avô a história que, supostamente, originou a construção da capela. A mesma está relacionada com a altura em que elementos da comissão da Igreja de Anobra decidem comprar uma imagem de São João para a Igreja. Contudo, a imagem desapareceu da igreja sem qualquer explicação. Mais tarde, foi descoberta no Casal de São João, num relvado, atrás de um junqueiro. A estátua foi recolocada na Igreja de Anobra mas, uma vez mais, verificou-se que, passado algum tempo, a imagem voltou a desaparecer da Igreja e voltaram a encontrá-la no sítio onde foi descoberta pela primeira vez. Sentindo que era um sinal divino, decidiram, por esse motivo, construir a capela no lugar das aparições.

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Fonte: Oral Recolhida pela turma A da EB n.º 1 de Anobra Professora: Sara Aires


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda do Campo da Velha

Num dia quente de verão, o rei passeava pelos campos de Alfarelos com a sua comitiva. Deparando com um grande casebre, pediu à jovem que ali morava um copo de água para matar a sede. Vendo uma cama, aproveitou para nela descansar. Recuperado pela sesta retemperadora quis agradecer à jovem dizendolhe que lhe daria o que solicitasse. Pediu-lhe um campo que pudesse lavrar com um couro de boi, o que o rei concedeu. Ela começou a recortar o couro em estreitas tiras até se tornar num finíssimo fio e delimitou com ele um campo com várias centenas de hectares junto à sua casa. Como palavra de rei não volta atrás, o rei doou-lhe o terreno. Anos volvidos, uma velhinha doou o terreno à Câmara. Era a outrora jovem a quem o rei tinha dado o terreno. Foi com o dinheiro da venda deste campo que, passados muitos anos, foi construído o edifício dos Paços do Concelho de Soure.

Fonte:http://www.castelosemuralhasdomondego.pt/website/lendas Ilustração: Joana Filipa Camaz Mateus Recolhida pela turma: 3º e 4º B - EB1 de Anobra Professora: Anabela Campante Tavares

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da Igreja de N. Sra. da Saúde de Belide ou N. Sra. das Neves

Há muitos anos atrás a população de Belide foi flagelada por febres intensas e mortais transmitidas pelos mosquitos que pululavam nas margens dos campos de arroz do Mondego, na vizinha vila de Montemor-o-Velho. Desesperada e temendo pela sua saúde, a população de Belide resolveu dirigir as suas preces a Nossa Senhora da Saúde. Prometeu adotá-la como santa padroeira da aldeia e erigir uma igreja matriz em sua honra. Depois de erradicada a doença e querendo cumprir a sua promessa, a população de Belide começou a

discutir entre si qual

seria o local para

construírem a igreja matriz, em honra da sua santa padroeira. Fizeram muitas reuniões, houve muita discussão, contudo, não se entendiam quanto ao local de construção. Eis então que se deu o milagre! No dia 5 de Agosto, em pleno verão, a população acordou pela manhã com um magnífico manto de branca neve que apenas tinha caído num retângulo, área onde hoje existe a Igreja. A população entendeu a mensagem divina e decidiu ocupar aquele retângulo de neve com a tão desejada Igreja. Tinham finalmente cumprido a promessa e conseguido a proteção da sua santa padroeira Nossa Senhora da Saúde, também designada por Nossa Senhora das Neves.

Fonte: Internet Recolhida pela turma do 1º e 2º A da EB 1 de Belide Professor: Nelson Silva

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… A lenda da Caldeirinha A nascente situada na Freguesia de Belide, na encosta do monte dos Outeiros, a cerca de oitocentos metros a Oeste da povoação, está rodeada por pinheiros e eucaliptos e é um local que tem sido preservado ao longo dos tempos. É composta por uma rocha do tipo argilito, coberta por musgo algas e fetos. No interior dessa rocha, pequenos poros permitem a passagem da água que, em gotas suaves, vai caindo para dentro de um pequeno reservatório com formato de caldeira, ou caldeirinha, como agora é conhecida. Durante muitos anos matou a sede a pastores, lavradores e resineiros. Atualmente só serve os animais selvagens, que ali vão beber água e aproveitam a sombra para descansar. O acesso à nascente é feito por um carreiro íngreme, ladeado pela mais diversa vegetação, nomeadamente, salgueiros pretos, carvalhos bravos e fetos. As pessoas mais velhas da aldeia diziam, que por trás da pedra da nascente existia um braço de mar, e se essa pedra fosse rebentada, a Freguesia de Belide seria arrasada pela água. Conta-se que num domingo, à saída da missa, a água vinda do rebentamento de uma nascente no pinhal, inundou ruas e caminhos, e que esse buraco foi tapado com pedras e rolos de pinheiro. Esta lenda é tão antiga que se perde no tempo. Atualmente já pouco se fala dela e, mesmo sendo uma lenda, fazia parte das crenças e da cultura de um povo, que usava estes relatos e superstições para justificar e valorizar uma vida inteira dedicada ao trabalho e à criação dos filhos. Era o tempo da inveja, do mau-olhado ou “cobranto”, das pestes, tempo em que se rogavam pragas e se atribuíam as culpas das doenças e da má sorte a esses fenómenos paranormais em que o povo sempre acreditou.

Fonte: Augusto Carvalho Marta – MEMÓRIAS E HISTÓRIAS DA MINHA TERRA – Bellida – Belide do Campo – Belide, Obra ainda não editada. Recolhida pela turma do 3º e 4ºB da EB n.º 1 de Belide Professora: Alina Paula

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda de Cindazunda Após ter destruído Conímbriga, Ataces, rei dos Alanos, dedicou-se à fundação de uma nova cidade na margem direita do rio Mondego. Estava Ataces embrenhado a dirigir a edificação dessa nova Coimbra, no local da romana Aeminium, quando surgiu o rei suevo Hermenerico com o seu exército, sedento de vingança pelas derrotas sofridas. Tão sangrento foi o combate entre os dois exércitos que as águas do Mondego se tingiram de vermelho. Hermenerico é forçado a retirar-se para norte, mas Ataces foi em sua perseguição e o rei suevo vê-se obrigado a capitular. Oferece a Ataces a mão da sua filha, a bela princesa Cindazunda, que desde logo se enamorou perante a beleza da jovem. Regressados a Coimbra para os esponsais, o rei dos Alanos decide perpetuar o seu casamento dando a Coimbra um brasão comemorativo do acontecimento. Nele, a princesa Cindazunda surge coroada de uma taça que simboliza o seu casamento com Ataces. Ladeiam a taça um leão, timbre de Ataces e um dragão, timbre de Hermenerico. Esta imagem ainda faz parte do brasão de Coimbra dos nossos dias.

Fonte: Internet (http://www.castelosemuralhasdomondego.pt/website/lendas) Recolhida pela turma do 1.º A da EB n.º 1 de Condeixa-a-Nova Professora: Isabel Baptista

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda dos ferreiros Diz uma lenda muito antiga que, perto de Penela, existem dois montes onde habitaram dois irmãos, ferreiros de ofício. Esses irmãos eram gigantes e tinham o mesmo nome dos montes. Gerumelo exercia a sua profissão no monte Gerumelo e o seu irmão Melo exercia a sua profissão no monte Melo. Cada um em seu monte e com a sua forja faziam o seu trabalho, mas segundo a lenda, não possuíam mais do que um martelo e para trabalharem tinham de se servir da ferramenta alternadamente. Quando o Gerumelo precisava do martelo, chegava à porta da forja e gritava ao Melo, para este lho atirar. Quando era a vez de o Melo precisar do martelo, gritava ao irmão Gerumelo, pedindo-lhe que este lho atirasse. Esta situação repetia-se de todas as vezes que trabalhavam e só conseguiam arremessar o martelo a uma distância tão grande porque os dois irmãos eram gigantes e tinham muita força. Certo dia, o Gerumelo zangou-se com o irmão e quando este lhe pediu o martelo, atirou-o com tamanha violência que ele se desencabou no ar. A massa de ferro foi cair no sopé do monte Melo e logo ali rebentou uma fonte de água férrea, a fonte da Ferretosa (atual Fartosa). Quanto ao cabo, que era de madeira de zambujo, chegou até mais longe, enraizou e deu origem a um bosque de zambujeiros, onde mais tarde se formou uma aldeia que tem, hoje, o nome de Zambujal.

Fonte- Oral e Internet Recolhida pela turma do 1ºB da EBNº1 de Condeixa-a-Nova Professora: Maria de Deus da Silva Belo Zeferino

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da Igreja de Vila Seca Conta a lenda que em tempos existiam dois irmãos chamados os Bartolomeu. Como queriam construir uma igreja e não concordavam com o local para a sua construção, decidiram fazer uma aposta: o primeiro que conseguisse construir uma torre e tocar o sino, seria aí a edificação da igreja. Um dos irmãos começou a construir a torre em pedra, local que hoje se chama Torre (Bruscos). O outro irmão construiu a sua torre em madeira e rapidamente pôs o sino a tocar, local onde agora existe a Igreja de Vila Seca.

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Fonte: Oral - Recolhida por uma aluna da turma do 2ºA da EBNº1 de Condeixa-a-Nova, junto dos seus familiares de Vila Seca. Professora: Rosa Maria Duarte Rodrigues Lóio


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda de Arrifana Há muitos, muitos anos, numa aldeia distante e muito bonita, o único meio de transporte eram as carroças, puxadas por animais. Nessa aldeia, existia uma senhora que tinha uma burra chamada “Fana”. Essa burra era muito teimosa e muito preguiçosa, não querendo puxar a carroça. A dona da burra, para a fazer puxar a carroça, costumava dizer: — “Arre, Fana!“ A burra, teimosa que era, não lhe obedecia. Então a dona, gritava cada vez mais alto: — “Arre, Fana!“ Como isto acontecia todos os dias, os populares, cada vez que ela e a burra passavam, riam-se e diziam: — “ Lá vai a Arrifana.” A partir daqui, a Aldeia passou-se a chamar Arrifana.

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Fonte: Internet Recolhida pela turma do 2ºB da EBnº1 de Condeixa-a-Nova Professor: António Loio


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da conquista do Pé Nela Há muitos anos, no tempo em que El-rei D. Afonso Henriques andava a reconquistar as terras aos mouros, também foi seu desejo apoderar-se do castelo de Penela e, para isso, contou com a ajuda de D. Antão Gonçalves, um jovem soldado da sua confiança. Antão pensou numa forma de entrar naquela fortaleza e contou o seu plano a D. Afonso Henriques. Ele pretendia conquistar a bela moura Alina, filha do governador do castelo, por quem já andava apaixonado e, desta forma, poderia entrar no castelo e preparar o seu assalto. O jovem Antão pôs em prática o seu plano e conseguiu encantar a bela Alina, de quem ficou noivo. Desta forma, conseguiu permanecer uns dias no castelo, ganhando a confiança de todos. Quando soube o dia em que os mouros iam sair do castelo para levarem o gado a beber, à ribeira próxima, avisou El-rei D. Afonso Henriques. Este, escondeu-se com o seu exército, nos arredores do castelo e os seus soldados disfarçaram-se com ramos de árvores para não serem avistados pelos inimigos. Na manhã seguinte, tal como estava previsto, um grupo de mouros saiu do castelo para ir dar de beber ao gado, deixando as suas portas abertas. Foi então que o exército de D. Afonso Henriques, atacou os inimigos, apanhandoos desprevenidos. O jovem Antão, perante o olhar espantado da bela Alina, abriu outra das portas do castelo, hoje chamada Porta da Traição, e gritou bem alto: — Avancem!... A praça é nossa!...Estamos com o pé nela! E logo El-rei D. Afonso Henriques e os seus homens entraram no castelo, que nunca mais deixou de ser português. Diz a lenda que foi da exclamação “Estamos com o pé nela!” que nasceu o nome Penela, dado ao castelo e à povoação.

Fonte: Oral e Internet recolhida pela turma 2.º/3.ºC da EB Nº1 de Condeixa-a-Nova Professora: Fátima Antas

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da nascente de Alcabideque Há muitos, muitos anos, na época dos romanos, a aldeia de Alcabideque vivia um ano de grande seca. Num belo dia, estava uma senhora com o seu rebanho que pastava quando viu, saindo de um buraco, um pássaro que tinha o bico e as patas molhados. Refeita do espanto, correu à aldeia a chamar os vizinhos para verem tal fenómeno. Começaram, então, todos a escavar e encontraram uma nascente. Houve festa a noite toda pois acabara a seca. Os romanos, alguns anos depois, taparam a nascente com uma torre (Castellum de Alcabideque) e canalizaram a água para a cidade de Conímbriga. Desde esse dia, passou a ser uma região farta de água e Alcabideque sinónimo de "olhos de água" e de "água de Deus".

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Fonte:http://historiasesabores.blogspot.pt/2007/11/alcabideque.html Recolhida pela turma do 3.º A da EB n.º 1 de Condeixa-a-Nova Professora: Manuela Franco


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda das mouras e das vacas Havia na serra de Janeanes um senhor que possuía duas vacas. Diariamente as conduzia para uma propriedade onde elas pastavam. No entanto, uma começou a engordar, enquanto a outra se mantinha com o mesmo peso. Ficou muito intrigado com o sucedido e resolveu observar com maior atenção, todos os movimentos dos seus animais. Certo dia, reparou que a vaca que aumentava de peso entrava numa gruta onde viviam mouras que lhe davam pasto, água, e a ordenhavam para obterem o leite necessário para a alimentação. Finalmente decidiu verificar pessoalmente o local das mouras e confirmar o sucedido. Agarrou-se ao rabo da vaca e entrou na gruta ficando a saber o motivo que levava o bovino a ter um peso diferente da outra vacas.

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Fonte: Oral Recolhida pela turma do 4ºA EBnº1 de Condeixa-a-Nova Professora: Balbina Pissarra Relvas


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda de Condeixa-a-Nova e Condeixa-Velha Era uma vez, há muitos, muitos anos, um elemento da nobreza, o Conde de Condeixa, que tinha duas mulheres: uma mulher, a velha, e uma amante, a nova. Um dia encontrou-se com elas numa ponte. Quando o conde se dirigia para junto da mulher, a velha, as velhinhas ali presentes, que davam de comer às pombas, diziam: — Conde, deixa a velha. Quando o conde fosse para junto da amante, a nova, as velhinhas diziam: — Conde deixa a nova. A partir destes factos, de um lado da ponte (limite imaginário desta divisão?) nasceram de

um lado

Condeixa-a-Velha, e do outro emergiu,

Condeixa-a-Nova.

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Fonte: Documental Retirada do livro de “Lendas de Condeixa” de Fernando Abreu, com algumas adaptações. Recolhida pela turma A do 1º ano da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora: Cristina Folhas


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda do Padre-Boi O Padre Dr. João Antunes, nasceu em 1863 em Coimbra, fixou-se em Condeixa em 1894, era um homem ligado às artes e de grande generosidade. Como era um homem corpulento, dizia-se até que tinha o tamanho de uma torre. Nutria uma especial admiração pelo sexo oposto e há quem diga que muitos filhos deixou. O nome pelo qual, ainda hoje, toda a gente o conhece é “Padre-Boi”, segundo a lenda e alguns testemunhos da época esta alcunha nasceu numa festa em sua homenagem. O pai do padre João Antunes, assou um bezerro e convidou os seus colegas seminaristas. Por conhecerem o apetite do colega, estes disseram ao pai, Luís Antunes, que talvez não chegasse para todos, porque “só para o padre era preciso um boi”. A partir dali ficou conhecido como o “Padre-Boi”.

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Fonte: Oral e Documental- “Padre-Boi não é lenda” de M. Rodrigues dos Santos Recolhida pela turma B da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora: Cecília Aleixo


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda do Cabaz de Ouro Conta a lenda que, há muitos séculos, viveu na freguesia da Anobra, uma comunidade moura. Quando fugiram deixaram para trás, numa zona de cultivo, alguns dos seus tesouros. Assim, nesse local ficou um cabaz de ouro que será encontrado “pelo bico de uma charrua ou pelo bico de uma galinha”. O certo é que até hoje ninguém o encontrou, mas os terrenos continuam a ser cultivados, talvez na esperança de encontrar o tesouro ou de colher os tesouros resultantes da terra e do trabalho. Até hoje, esse local mantém o nome de “Cabaz de Ouro”.

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Fonte: Oral Recolhida por uma aluna que vive na freguesia da Anobra, junto da sua bisavó Maria da Conceição Luís com 90 anos de idade. Turma 2.º A da EB N.º3 de Condeixa-a-Nova Professora: Emília Silva


Lendas Passadas…Histórias Contadas… A Princesa Peralta Antigamente reinava em Conimbriga um rei chamado Arunce que tinha uma bela filha, a jovem Peralta! Os cavaleiros da corte tinham os olhos postos nela, mas os olhos dela estavam postos nos horizontes alcançados pela mais alta das janelas das torres do castelo. Em que pensaria? Era o segredo que todos tentavam adivinhar, mas nada, não atinavam. Na verdade, nunca poderiam saber, pois, tudo era imaginação da princesa que julgava ver um esbelto e corajoso cavaleiro, tão perdido de amores por ela, como ela por ele! Ora, numa dessas contemplações, viu chegar um exército inimigo. As sentinelas deram o alarme mas algo impressionava a Princesa. Descobriu que o comandante da tropa inimiga era o cavaleiro dos seus sonhos. O pai tentou demovê-la e convencê-la de que a única hipótese de sobreviverem era saírem do castelo. A todo o instante chegavam notícias catastróficas acerca da situação. O rei disse à filha para se dirigirem para o castelo da floresta. Mas Peralta não se movia do sítio onde estava. Durante a noite cerrada, o rei ordenou que abandonassem a fortaleza, por uma porta secreta. A princesa, nos seus aposentos, enquanto aguardava a hora de partir, voltou a ver o cavaleiro que comandava as tropas inimigas. O jovem guerreiro disse que matara e arredara quem se lhe metera adiante, pois, ao vê-la na janela do castelo queria muito conhecê-la. Jurou não maltratar o rei mas acrescentou que ele era apenas um dos chefes e que desconhecia a intenção dos outros. Por isso, insistiu para que ela e as suas damas fugissem enquanto era tempo e afirmou que um dia ela saberia as suas razões. O cavaleiro chamado Laurus deu a sua própria vida para salvar Peralta. O rei decidiu fugir para o castelo escondido e deixou a sua guarda a vigiar o jovem. Mais tarde, os guardas contaram-lhe que o jovem sucumbiu aos golpes, como se nem soubesse combater. Afinal estava predestinado que ele nunca seria o cavaleiro dos sonhos de amor. Se houve um Arunce, coevo de Sertório, com corte em Conímbriga, houve um Lausus (não Laurus) cujo nome estará na origem da Lousã.... Fonte: internet Recolhida pela turma do 2ºB da EBnº3 de Condeixa-a-Nova Professora: Fernanda Espírito Santo Jesus

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… A perdição do Dr. João Antunes, o Padre-Boi! As mulheres foram a sua perdição! Não tantas quanto a lenda lhe atribui, mas para um padre…! Também exagerado é o número de filhos de que dizem ser autor. Filhos comprovados são conhecidos 13, de cinco ou seis mulheres diferentes. Daí até aos 35 filhos que lhe foram atribuídos, vai uma grande diferença. Segundo pessoas que bem o conheceram, os seus olhos sensuais seguiam o rasto das raparigas bonitas que com ele cruzavam. — Que bonita cachopa ali vai! - Comentava o Padre-Boi. — E se ela aparecesse lá no seu quarto, disposta a tudo, o que é que o doutor lhe fazia? – Perguntavam os amigos em tom de galhofa. — Oh! Isso era sorte demais e não acredito que possa acontecer até porque vou ficando velho e pesado para essas coisas! O sexo feminino exercia sobre o Padre Dr. João Antunes um fascínio que o forçava a muitas fragilidades. As quedas e recaídas eram frequentes, arrependia-se dos erros, mas reagia asperamente contra quem lhe apontasse a obrigação de não dar escândalo. — Amo muito a Santa Igreja, mas amo também os meus filhos e as suas mães! Certo dia, num sermão que pregou numa festa religiosa dos arredores de Condeixa, afirmou: — A doutrina cristã é tão sublime que apesar de no seio da Igreja existir o devasso de um padre, e de no decorrer dos séculos outros devassos como ele terem existido, ela chegou pura ao nosso tempo e está a atingir os dois mil anos.

Fonte: Documental - (Padre-Boi não é lenda, Esboço Biográfico do P. Dr. João A. Antunes, Manuel Rodrigues dos Santos, excerto, adaptado, Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, 1990). Recolhida pelo 3.º A da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora: Isabel Meneses

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… O Raba Rabos Raba Rabos era um lugar do concelho de Penela, onde vivia um ladrão profissional que tinha como alcunha o nome da sua terra. Costumava roubar no concelho de Condeixa, onde tinha um informador da sua confiança, dono de uma taberna, que também escondia nela o produto dos seus roubos. Era um homem alto e forte, mas afirmava, com muita pena, que o único lugar do concelho onde não conseguia roubar, era na Eira Pedrinha, pois tanto de verão, como de inverno, havia sempre gente nas ruas. A Eira Pedrinha era e é a terra da água! No verão as pessoas andavam a regar as suas culturas e a procurar água para os muitos moinhos (azenhas) que existiam, bem como cuidar dos mesmos, enquanto moíam os cereais para fazer farinha. No inverno andavam a trabalhar nas terras, até haver luz do dia e, à noite, preparavam as hortaliças e carregavam as suas carroças para irem vender nas feiras da região (Condeixa, Penela, Soure, Arazede, Maiorca…). Mal iam à cama, pois tinham de partir muito cedo, nesses tempos em que não existiam carros e camiões como hoje e as estradas eram más. Por último, diga-se apenas, que devido à má fama dada pelo ladrão que usava o nome do lugar, Raba Rabos, os habitantes mudaram-no para São Sebastião (bem, se calhar, também foi porque o nome não era lá muito bonito).

Fonte: Oral Recolhida por José Eduardo Domingues Nunes junto do avô materno, Manuel. Turma 3º B da EB1 n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora: Célia Duarte Galvão

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda de Santa Cristina Diz a lenda que Cristina, filha de um oficial do exército da Toscânia, se recusou a adorar os deuses pagãos. Ao seguir o cristianismo, começou o seu martírio. O pai, muito zangado, ordenou que a chicoteassem. O chicote não a conseguiu demover. Então, mandou lançá-la às chamas, que não a queimaram. Decidiu então mandar atar uma pedra de moinho ao corpo da filha e que a atirassem ao lago. A pedra flutuou e Cristina não morreu afogada. Entretanto o pai morreu e o seu tio, que substituiu o pai, continuou a martirizar a sobrinha. Só ao ser atingida por inúmeras setas é que Cristina morreu e atingiu a glória eterna. Santa Cristina, padroeira de Condeixa, morreu no ano 300 d. c. A sua imagem pode ser venerada na Igreja Matriz desta localidade.

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Fonte: Oral e Internet. Recolhida pela turma 3º C da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova. Professora: Ana Maria Gameiro


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda do rio Mondego Era uma vez uma princesa moura que vivia na Serra da Estrela. Um dia passou por ali um cavaleiro francês e viu uma linda moura. Diego era o seu nome, casou com ela e foram muito felizes. Porém, um dia o rei do seu país mandou-o chamar para combater os inimigos que estavam a atacar a França. Diego abandonou o castelo da Serra da Estrela, cavalgando, cavalgando... Sozinha, a princesa chorava e chamava: — Mon Dieeego!... Mon Dieeego!… E tanto chorou, a chamar pelo seu cavaleiro, que as lágrimas formaram um rio a deslizar pela serra enquanto o eco da sua voz se espalhava pelo ar: — Mon Dieeego!... Mon Dieeego!… Com o tempo, as palavras da princesa perderam-se no vento, mas ao passar em Coimbra, no Choupal, as águas do rio gemem imitando as lágrimas da princesa: Mondego! Glu... Glu... Glu... 21

Fonte: Internet http://www.prof2000.pt/ Recolhida pela turma 4.º A da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora: Georgina Branco


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da Senhora da Expectação Reza a lenda ter sido erguida uma capela dedicada a Nossa Senhora da Expectação no cimo do monte do Outeiro de Santa Maria, onde está o moinho gandarês ou dos Judeus, na Serra de Janeanes. Quando construíram a capela no actual local, a santa fugia sempre para o seu antigo poiso coberto por alguma vegetação ou para debaixo dos rochedos, daí ser conhecida por Nossa Senhora do Carrasqueiral. Acabou por ficar no templo que se situa no largo principal da aldeia. Nesta capela uma das imagens veneradas é a de Nossa Senhora do Livramento vista como uma das sete irmãs da região e procurada pelos jovens no sentido de apelarem a sua não incorporação militar.

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Fonte: (Recolha de Fernando Manuel Carreira Abreu, in Jornal das Terras de Sicó:http://jornalterrasdesico.com/pt/index.php/opiniao/182-lenda-da-nossa-senhora-daexpectacao) Recolhida pela turma 4º B da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora: Conceição Manaia


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda de Coimbra Há muito tempo atrás, reza a lenda que no lugar onde hoje se situa a cidade de Coimbra, vivia uma linda princesa. A sua beleza era única e todos os rapazes se encantaram por ela. Esta princesa tinha-se apaixonado por um jovem cavaleiro e este teria sido o seu único amor. Quem não estava de acordo com esse amor eram os pais da princesa porque achavam que o pretendente era um cavaleiro sem fama. Entretanto, tinha chegado à cidade uma serpente enorme e tenebrosa, caída dos céus. As pessoas viviam em pânico pois temiam um ataque da terrível serpente a quem chamavam Coluber. A princesa propôs a seu pai que quem matasse a serpente casaria com ela. Os pais aceitaram a proposta e a notícia foi espalhada por toda a cidade. O aspeto terrível da serpente fez com que todos os cavaleiros da cidade desistissem de a matar, à exceção de um que teve a coragem de a enfrentar. Este era o apaixonado da princesa. O valente e destemido cavaleiro, de espada em punho, atacou a serpente, lutaram durante muito tempo e após vários ataques conseguiu vencêla. Então os pais da princesa deixaram o casamento acontecer; a princesa casou com o seu amado cavaleiro e foram muito felizes. Esta luta e o local onde se realizou, ficou conhecido pelo nome de “Coluber briga” que significa Batalha da Cobra, o que mais tarde deu origem ao nome da cidade de Coimbra.

Fonte: Internet Recolhida pela turma 4.ºC da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova Professora:Augusta da Conceição Lapa Ventura

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda da Fonte de Condeixa Maria do monte, nascida e criada Na encruzilhada que fica defronte da fonte sagrada A lenda é antiga, mas há quem a conte Que descia o monte uma rapariga P'ra beber na fonte

E àquela hora por ela marcada de noite ou de dia O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria Seguiam depois, bem juntos os dois, ao longo da estrada Matar de desejos, a sede com beijos Na fonte sagrada

Mas um certo dia, como era esperada Na encruzilhada não veio a Maria à hora marcada Seus olhos divinos p'ra sempre fechou Aldeia rezou, tocaram os sinos E a fonte secou

E àquela hora por ela marcada de noite ou de dia O Chico da Nora na encruzilhada esperava a Maria Mas oh santo Deus, escureceram- se os céus, finou-se a beldade E diz- se no monte que a velhinha fonte Secou de saudade.

Fonte: Internet (https://www.letras.com/joao-pedro) Recolhida pela TurmaMais do 2º ano da EBNº3 e ilustrada por aluno da TurmaMais do 1º ano da EBNº3 Professora: Maria da Luz Fidalgo Pedrosa

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Nome de Condeixa

Havia um Conde em Condeixa que tinha uma esposa que era velha e uma amante que era nova. Um dia encontrou - se com elas numa ponte. Quando o Conde se dirigia para junto da mulher, a velha, as velhinhas ali presentes, que davam de comer às pombas, diziam: — Conde, deixa a velha, deixa a velha! Quando o Conde ia para junto da amante, a nova, as velhinhas diziam: — Conde, deixa a nova, deixa a nova! A partir destes factos, de um lado da ponte nasceu Condeixa - A - Velha e do outro lado da ponte Condeixa - A - Nova.

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Fonte: Oral Recolhido pela turma 1º/2º A de EB1 de Ega Professor: Jorge de Almeida


Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda de Guilherme Pais ou dos Castelos da Ega e de Conimbriga Durante a Reconquista cristã vivia do lado oposto ao castelo mouro de Conímbriga, um moço chamado Guilherme Pais. Um dia, ao saber da intenção de D. Afonso Henriques em conquistar o castelo da Ega, sugeriu ao rei que o ataque se fizesse pela entrada de uma azinhaga a Sul, defendida por espelhos de Arquimedes. Aproximando-se dessa entrada reparou numa jovem bela acompanhada por uma velha feia. Por ter ocupado o castelo, o rei deu-lhe a mão da rapariga. A velha, insatisfeita, disse que a moira pretendida estava enfeitiçada e que para quebrar o encanto, era necessário ir até Conímbriga e atirar um anel, enterrado na porta do castelo, para dentro do poço do sultão. Perante isto, Guilherme Pais voltou para casa bastante triste e desmoralizado. Após a passagem pela Ega, D. Afonso Henriques decidiu atacar o castelo de Conímbriga e o nosso herói ofereceu-se de novo para subir sozinho a encosta, que dava acesso ao refúgio. Ao fazê-lo, reparou que, na boca de uma mina, estava a velha a alertar para o facto de ocuparem a cova de um salteador que degolava os cristãos. À noite, a idosa desapareceu mas passado pouco tempo, Guilherme Pais viu um mouro com uma idosa às costas. Deu, então, início à limpeza do feno que cobria o chão, pois, possivelmente, seria o local onde estaria o anel. O mouro ao chegar à porta abandona a velha no chão e coloca-lhe um pé na garganta e outro no ventre, arrastando, também, uma pedra da muralha, que deu azo à abertura de uma porta disfarçada. Ao aperceber-se da morte da velha, Guilherme Pais, rangendo os dentes dirigiu-se ao mouro de punho cerrado, gritando: «Ó cão, deixa-a-velha». O grito do cristão ressoou nas hostes militares afonsinas, que invadiram o castelo. O anel desejado nunca apareceu e o encanto só foi quebrado com a morte da velha. O rei ofereceu a Guilherme Pais a casa, encostada ao castelo, onde passou a viver com a amada. Exatamente no mesmo sítio onde ele exclamou contra o mouro, plantou um cipreste, na sepultura da feiticeira, que ainda hoje perdura. Fonte: http://jornalterrasdesico.com/pt/index. php/opiniao/169-lenda-de-guilherme-pais-oudos-castelos-da-ega-e-conimbriga Recolhida pela turma 3º/ 4ºB da EB1 de Ega Professora: Adelaide Ribeiro

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… Lenda dos moinhos Outrora, na freguesia de Sebal, bem como em todo o concelho de Condeixa existiram muitos moinhos de água, os quais eram símbolo de riqueza da população. Alguns ainda existem, doutros apenas se conhecem as ruínas. Dessa realidade surgiram algumas lendas... Em tempos que já lá vão, havia na freguesia do Sebal uma família de moleiros, os Pitas, que viviam no Outeiro. Eles eram considerados ricos por terem um moinho. Este ficava localizado na margem direita do rio do Soeiro. Tinham também uma filha muito bela. Na mesma terra, vivia também um lavrador com a sua família, estes de condição mais pobre. Eram pais de um jovem moço que se apaixonou pela filha dos moleiros. O pai da rapariga não permitiu o namoro porque o rapaz era mais pobre. Então, o jovem enamorado resolveu construir um moinho a escaços metros do da sua amada, pensando que desse modo a podia ver mais frequentemente e o pai dela consentisse o namoro. Só que construiu o moinho num lugar alto, onde a água não chegava.Por esse motivo, a amada cantava assim: “Olha o meu amor doidinho, Olha o que ele foi fazer, Foi construir um moinho num Outeiro, Sem água, não vai moer…”

Fonte: Oral Recolhida pela turma do 1º/2ºA da EB1 de Sebal Professora: Regina Costa

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Lendas Passadas…Histórias Contadas… A Lenda da Moura da Mina Por estas paragens sempre houve muita água e a água potável foi, e é, um bem precioso a preservar. Resultado de uma pesquisa efetuada junto de algumas pessoas mais velhas da localidade de Sebal, havia, em tempos idos, minas, reservatórios de água que alimentavam fontes. Ainda hoje existem algumas ou vestígios delas. Uma situava-se num terreno, então contíguo à escola, onde agora passa a estrada que nos leva até à zona industrial de Condeixa. A propósito deste assunto recolhemos uma lenda recorrendo a fonte oral, por obséquio da professora jubilada, Conceição Viais. Já lhe contava a sua avó… Há muitos, muitos anos, conta a lenda, que uma jovem princesa, filha de um rei mouro, se enamorou de um jovem guerreiro cristão. A princesa era linda, linda, de longos cabelos loiros e profundos olhos verdes e o jovem era um garboso cavaleiro, também muito belo. O pai da princesa não permitiu o seu amor, mas eles resolveram fugir para serem felizes. Assim fizeram. Porém, na fuga, o jovem foi morto pelos soldados do pai dela. A princesa ficou inconsolável e não quis voltar para o seu reino. Resolveu, louca de infelicidade, habitar nas minas dos poços por onde passava e lá chorar a sua desdita. Então, nas noites de lua cheia, quando a noite parece dia, ela chora ainda hoje a sua mágoa, a sua perda eterna. Quem se aproxima pode ouvi-la soltar, no silêncio da mina, um gemido plangente que deixa quem o ouve, com o coração a sangrar. Não te aproximes da mina. A princesa não gosta que a vejam ou que a queiram consolar. Só ela poderá viver a sua dor!

Fonte: Oral Recolhida pela turma 3º/ 4º B da EB n.º 1 de Sebal Professora: Deolinda Simões

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Lendas Passadas…Histórias Contadas…

Agradecimentos Agradecemos a todos os participantes o empenho e ao Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova o patrocínio pela publicação do presente trabalho.

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Terras de Sicó, maio de 2016


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