2,5 keela

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Keela

a Slater Brothers novella


Nanny, Eu sinto sua falta. Eu sinto sua falta terrivelmente. Você nos deixou há 14 dias, e eu ainda não consigo aceitar que você não está mais aqui. Eu ainda estou esperando minha mãe ligar e falar para ficar pronta porque nós vamos ao hospital para vê-la. De certa forma eu gosto de pensar que você está no hospital, porque isso significaria que ainda está aqui, embora no fundo eu saiba que você foi para um lugar melhor. Por mais que eu esteja triste por você não estar mais aqui,

eu

estou

muito

feliz

por

você

estar

sem

dor

e

em

paz. Estou tão incrivelmente feliz por você estar em paz. Deus sabe que eu estou. Você está no céu com o Vô, Jason, tia Kay e Tanya. Deus não deve estar sabendo o que fazer com vocês todos aí juntos. Eu só posso imaginar o tanto de travessura que vocês aprontarão! Rindo alto. Eu assisto os vídeos que fiz de você no hospital todos os dias só para te ver e ouvir a sua voz. Eu choro de rir com eles, você nos fez chorar de rir aquela noite, com as coisas que disse. Estou tão feliz por ter gravado, de outro modo, eu esqueceria a metade das coisas que você disse. Faz-me sentir melhor assistir esses vídeos, recordar os bons tempos. Para ser honesta, eu pensei que ficaria bem quando você morresse. Eu tinha tanta certeza que ficaria feliz por você, finalmente, descansar e, eu estou, mas não estou, ao mesmo tempo. Eu só sinto sua falta. Eu não posso nem conversar com alguém sobre isso, porque eu não


quero aborrecê-los, porque eles a amam e sentem sua falta tanto quanto eu. É tudo um processo, eu sei disso. Vai levar tempo para acostumar com a sua ida. É uma merda. Eu sei que você está comigo no entanto. Você é a minha torcedora número um quando se trata da minha escrita. Você contava para todo mundo sobre os meus livros, e não se importava se estavam interessados ou não, você ainda contava tudo sobre a minha carreira até agora e sobre todos os autógrafos e os lugares que já estive, e lugares que eu ia. Você tem orgulho de mim, me disse isso e foi, sinceramente, a melhor coisa que você poderia ter me dito. Eu estou vivendo agora por que você me disse, você me disse para correr atrás, e eu estou. Eu prometo que vou aproveitar todas as oportunidades apresentadas e agarrá-las com as duas mãos. É um prazer absoluto te chamar de minha avó. Eu não acho que há avós melhores do que você. Você é única, e eu só quero que você saiba que é profundamente amada e eu nunca vou te esquecer. Jamais. Você sabe que eu dediquei Frozen para você, você o amava, mas parece certo dedicar Keela para você também, mesmo que você enlouqueceria se lesse o que está nas páginas de um livro dos Slater Brothers. Rindo Alto.

Eu vou te amar para sempre.

Isto não é um adeus, é um até mais <3


— K

eela...

Ajude-me. Estava deitada, abri os olhos e sentei ereta. Eu não estava no meu quarto, ou até mesmo no meu apartamento. Eu estava em algum lugar que já estive antes, mas eu não conseguia identificar qual. Era uma coleção de corredores com uma série de portas fechadas. O medo tomou conta de mim e eu comecei a respirar com dificuldade, conforme levantava. — Keela? A voz estava no meu ouvido pedindo ajuda, me implorando a cada respiração fraca. Ela fez meu coração acelerar. Girei em um círculo para ver quem precisava de mim, mas não encontrei nenhuma fonte para a voz. — Onde está você? — eu gritei. Eu ouvi um homem gritar, e isso me assustou. Eu conhecia aquele grito, mas eu não conseguia pensar a quem pertencia. Minha mente era uma nuvem de confusão.


Comecei a correr pelos corredores escuros. Virei à esquerda e depois à direita, em seguida, à esquerda novamente, enquanto corria pelos corredores em busca da pessoa chamando por mim. Cada corredor era idêntico ao próximo, e eu não sabia se tinha ido por um rumo errado e de alguma forma eu voltava para onde eu estava quando eu abri meus olhos. Tudo era assustadoramente semelhante para mim. Eu sabia que eu tinha andado por estes corredores antes, mas não conseguia me lembrar de quando ou porquê. Eu gritei quando as paredes do corredor de cor creme, que me cercavam, começaram a mudar de cor. Inclinei a cabeça para o lado e vi quando rastros de sangue apareceram nas paredes em forma de impressões de mãos humanas. Parecia que alguém tinha colocado sua mão sangrenta na parede e, sem pressa, andado pelo corredor, espalhando o líquido vermelho escuro ao longo do caminho. Eu gritei de susto e comecei a correr novamente. — Keela? — a voz de antes chamou. Ela vinha de todas as direções, como se fosse um efeito sonoro no corredor. — Quem é você? — eu gritei em desespero. — Onde você está? De repente, tudo ficou um silêncio mortal. O único som que eu conseguia distinguir era da minha própria respiração apressada. Eu parei de me mover e ouvi. Depois de alguns momentos de silêncio absoluto, ouvi um estalido de uma tranca. O som enviou vibrações através do chão debaixo dos meus pés, e por um momento eu pensei que fosse cair com a força dele. As vibrações pararam tão rapidamente quanto começaram, e eu consegui recuperar o meu equilíbrio. O rangido e gemido de uma porta sendo aberta encheram meus ouvidos segundos depois e eu virei para ver quem ou o que estava por trás


dela. Eu pisquei meus olhos quando a porta no final do corredor se abriu amplamente, mas tudo que eu pude ver no interior era escuridão. — Q-quem está aí? — eu gritei, minha voz agitada. Eu ouvi um gemido masculino, em seguida, um som de clique metálico, um que era familiar para mim. Era o som do gatilho de uma arma sendo puxado para trás. Eu engoli a bile que ameaçava subir pela minha garganta naquele momento. — Keela? — uma voz feminina familiar sussurrou atrás de mim. — Você tem que ajudar o Alec. Alec? Virei, mas, como antes, não havia ninguém lá. — Alec? — eu gritei. — Keela! — a voz dele gritou. Senti-me entrar em pânico quando reconheci que era a voz de Alec que eu tinha ouvido antes. Sua voz era aquela cheia de dor e medo que estava me gritando por ajuda minutos antes. — Onde está você? — eu gritei. — Lá dentro, você tem que ajudá-lo. — a voz feminina sussurrou em meu ouvido quando me virei para a porta que levava para a escuridão. Sem pensar, comecei a correr para o quarto escuro, mas não importava o quão rápido eu corria, o quarto nunca se aproximava de mim. Eu gritei e pulei para trás de susto quando uma figura sombria apareceu na minha frente. Eu caí de costas e gritei em terror quando a figura disparou para frente e ficou na minha cara.


Eu só conseguia ver os olhos prateados brilhantes, nenhum rosto ou características. — Alec morrerá, a menos que você a detenha. — a figura diante de mim sussurrou. — Deter quem? — eu gritei. A figura sumiu e mais uma vez eu tive uma visão da sala escura, só que não estava mais escura. Estava iluminada, e Alec estava no meio da sala de joelhos estendendo a mão para mim, mas sua cabeça estava abaixada. Eu pisquei e quando foquei meu olhar a figura sombria reapareceu, mas agora estava de pé atrás de Alec. — Impeça-a, Keela! — a voz feminina gritava para mim de todas as direções. — Lute para salvá-lo! Engoli em seco quando a figura levantou o braço e apontou o objeto em sua mão na cabeça curvada de Alec. Eu pisquei meus olhos para ver o que era, e quando o barril de prata de uma arma chamou minha atenção eu levantei. Gritei para Alec ter cuidado enquanto eu corria na direção dele. Desta vez, quando eu corri para o quarto, ele se aproximou, mas mesmo a minha corrida mais veloz, ainda não era rápida o suficiente. — Alec! — eu gritei quando um barulho alto atravessou o corredor e tocou meus ouvidos. A arma disparou e o corpo de Alec caiu mole no chão, ao mesmo tempo a porta da sala fechou com uma batida. Cheguei à porta, um segundo depois e me choquei contra ela. Eu não senti nenhuma dor física quando bati na porta e caí de costas no chão. Eu não conseguia sentir nada, além da dor no meu peito, e as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu fiquei em pé novamente e tentei abrir a porta, mas a maçaneta não virava. Bati na porta com ambas as mãos e chutei-a com os meus pés, mas sem sucesso. Ela estava bem trancada. — Keela? — outra voz familiar atrás falou comigo.


Eu me virei e engasguei. Nico, Ryder, Damien e Kane estavam parados diante de mim. — Vocês têm que ajudar... — Por que você não salvou o nosso irmão, Keela? — Damien me interrompeu. Eu pisquei. — Eu tentei... — Você deixou Alec morrer. Você deixou nosso irmão morrer. — Nico me cortou, enquanto me encarava. Comecei a ofegar conforme dava um pequeno passo para trás, no entanto bati na porta que eu impiedosamente tentei abrir apenas alguns segundos antes. — Eu corri. Tentei... — Você o deixou morrer, porque você não o quer, você não quer a vida dele. — Ryder me interrompeu. Sua voz era um rosnado. — Não! — comecei a choramingar. — Eu amo Alec, eu o quero. Por favor, ajude-me a ajudá-lo. Kane estalou a língua para mim. — Ele amava você, Keela. Ele queria casar com você, e você o deixou morrer. Por quê? Fechei os olhos. — Por que você não quis o nosso irmão? — Por que você não o salvou? — Por que você não o ama? — Por que, Keela?


Eu coloquei minhas mãos sobre os ouvidos e gritei para bloquear as vozes dos irmãos Slater, mas eu ouvia cada um deles claramente na minha cabeça. Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Abri os olhos e gritei ainda mais alto quando os quatro irmãos correram para mim com os braços estendidos. Eu caí de joelhos e inclinei a cabeça e esperei a dor do ataque deles surgir, mas nunca aconteceu. Hesitante, olhei para cima e gritei quando os corredores caíram junto com os irmãos. Tudo tinha sido substituído por uma grande sala com uma plataforma circular enorme no centro. Dois homens sem rosto estavam lutando em cima dele e uma multidão cercava a plataforma gritando e torcendo por eles. Eu fiquei em pé enquanto olhava ao redor da sala e absorvia tudo. A plataforma, as pessoas, a pista de dança, os estandes, o bar... eu sabia onde eu estava... eu estava na Darkness. — Keela? Venha aqui, querida. Eu me virei e olhei para o meu tio Brandon. — Por que...? Como...? — Shhh. — meu tio Brandon murmurou enquanto se aproximou de mim. — Tudo ficará bem. Eu vou fazer tudo melhorar. Eu virei para ele e o abracei, mas afastei quando as mãos dele pressionaram as minhas costas e a sensação de umidade me atingiu. Eu dei um passo para longe do meu tio sorridente e coloquei minhas mãos nas minhas costas. Eu coloquei minhas mãos na minha frente e olhei para elas. Elas estavam manchadas com um líquido vermelho espesso. Eu choraminguei quando o cheiro metálico de sangue encheu meu nariz. Eu olhei de volta para o meu tio, mas gritei e cambaleei para trás quando a pessoa na minha frente não era meu tio. Era o fantasma de um diabo do meu passado. — Marco. — eu solucei.


Marco Miles sorriu para mim maldosamente e olhou para as suas mãos. Suas mãos cobertas de sangue. Ele estalou a língua e ergueu os olhos para encontrar os meus. — Bem... isso não é interessante? Eu tentei me afastar dele, mas várias mãos seguraram o meu corpo e me forçaram até os joelhos. Eu olhei para cima, então à minha esquerda e à direita e lamentei. Nico e Damien me seguravam à direita e Ryder e Kane à esquerda. — Agora. — Nico rosnou. — Faça-a pagar por ferir Alec. — Eu não quis machucá-lo! Não fui eu! — eu gritei. — Foi a sombra! O clique familiar de uma arma sendo engatilhada infiltrou a minha mente. Eu senti o choque de um objeto de metal frio sendo pressionado contra a minha testa. Eu fiquei ofegante com soluços quando levantei minha cabeça e encarei o cano de um revólver. Eu gritei em terror quando o culpado segurando a arma não era Marco, mas a figura sombria. — Você! — eu berrei, conforme lágrimas escorriam pelo meu rosto. — Por que você está fazendo isso? A figura sombria solidificou e tornou-se uma pessoa. A pessoa estava vestida com uma longa capa preta com um grande capuz cobrindo seu rosto. — Responda-me. — eu gritei e lutei contra a pressão dos irmãos em mim. A sombra levantou a mão livre e puxou o capuz para trás. Eu congelei enquanto olhava para o meu próprio reflexo. Era eu. Eu era a sombra.


— Você não o merece. — a minha versão sombra disse e puxou o gatilho. Acordei com um sobressalto, ofegante e coberta de suor. Eu precisava sentar para que pudesse respirar, mas não conseguia. Eu estava sendo esmagada. Esmagada até a morte por um macho musculoso de cem quilos. Não era Storm também. O meu noivo, o urso que estava me esmagando totalmente, facilmente tinha setenta por cento do seu grande corpo espalhado por mim, prendendo-me ao meu colchão. Eu estava acostumada com isso - Alec raramente me soltava quando dormíamos, mas às vezes quando eu precisava muito fazer xixi, era horrível. Agora era um desses momentos. Eu não queria acordar Alec porque ele precisava de suas oito horas de sono, caso contrário, ele voltava a ser uma criança mal-humorada. Eu também não queria que ele me visse no meu estado atual. Eu sempre ficava um desastre depois de ter um pesadelo. Tentei pressionar as minhas costas no colchão para criar uma reentrância e algum espaço para que isso me fizesse deslizar para fora da cama mais fácil. Quando me mexi, porém, o braço de Alec apenas apertou mais ao redor do meu corpo. Ah, pelo amor de Deus. Eu tinha que me levantar. — Alec. — eu resmunguei. Nada. — Alec.


Nem um maldito pio. — ALEC! Alec acordou sobressaltado, saltou de pé e levou meu edredom com ele em seu pânico. Agora que eu estava livre do seu peso esmagador eu rapidamente rolei para a minha esquerda e levantei da cama para o chão. Eu girei meu pescoço e estendi os braços e as pernas para fora. Assim estava melhor, muito melhor. — Você está bem? O que há de errado? — Alec perguntou conforme se arrastava sobre a cama, na minha direção, em pânico absoluto. Ele ajoelhou no nosso colchão e colocou as mãos sobre meus ombros. Estava escuro no quarto, mas a luz do corredor brilhava e me ajudava a ver o belo rosto de Alec. Eu observei quando seus olhos piscaram e verificaram o meu rosto em meio à escuridão. Ele me empurrou no comprimento dos braços e olhou para o meu corpo, os olhos examinando cada centímetro meu. Ele me soltou depois de um momento e sentou sobre os calcanhares com uma carranca em seu rosto cansado. — Você parece bem. — ele murmurou. Eu não pude deixar de sorrir. — Eu estou bem. Essa era a coisa mais distante da verdade. Alec olhou para mim por um longo momento antes de resmungar: — Por que você gritou meu nome, então? Porque você estava me esmagando até a morte. Eu dei de ombros. — Eu precisava usar o banheiro e você estava me prendendo na cama, então eu te chamei para te acordar. — menti. Alec brincou: — Você não apenas 'Chamou meu nome', você gritou como se estivesse sendo assassinada.


Uma imagem da arma disparando no meu pesadelo me ocorreu, mas eu me livrei dela. — Eu teria berrado ou pelo menos dado um grito estridente de mulher branquela se eu estivesse sendo assassinada. Eu não teria gritado de jeito nenhum, se eu soubesse que você ficaria tão chateado. Alec parecia exausto enquanto esfregava a mão sobre o rosto lindo. — Por que uma mulher branquela? Dei de ombros, novamente. — São geralmente as brancas que gritam mais alto quando são assassinadas nos filmes de terror. Alec piscou os olhos cansados depois se afastou de mim e caiu de volta para o lado da cama. Conversa agradável. Eu me virei e corri para fora do quarto, no corredor e para o banheiro. Eu me aliviei e suspirei de prazer ao fazer isso. Depois que eu terminei minhas coisas, fui para a pia e lavei minhas mãos. Joguei um pouco de água no rosto e olhei para o espelho. — Foi apenas um sonho. — disse a mim mesma. Quando saí do banheiro, eu virei minha cabeça na direção da cozinha e sala de estar e escutei. Relaxei e voltei para o meu quarto quando ouvi os roncos tranquilizadores do Storm. Eu era como uma mamãe urso quando se tratava dele, ainda mais depois que ele se machucou no ano passado. Toda vez que eu usava o banheiro à noite eu sempre escutava para me certificar de ouvir seus roncos, então eu sabia que ele ainda estava respirando. Relaxava saber que ele estava bem. Quando voltei para o meu quarto, me arrastei para minha cama e me aconcheguei em meu travesseiro. Eu me cobri com meu edredom e fechei os olhos com um suspiro relaxado. Eu os abri, nem um segundo mais tarde, quando eu senti algo esfregar nas minhas costas.


Eu estreitei meus olhos instantaneamente. — Nem sequer pense sobre isso. Silêncio. Eu não mexi meu corpo, mas eu abri meus olhos e concentrei enquanto tentava ouvir os movimentos de Alec. Eu não ouvi nada, exceto sua respiração e franzi a testa. Talvez fosse o edredom que tivesse esfregado. — Alec! — eu gritei, interrompendo meus pensamentos. Alec riu como uma criança quando passou os braços em volta do meu corpo e me puxou para trás até que minhas costas ficaram moldadas em sua frente. Ele remoeu a pélvis no meu traseiro e assim que eu senti a dureza do seu comprimento, soube que dormir estava fora de questão. Eu permiti que ele me virasse de costas, e eu podia sentir seu sorriso quando girei a minha cabeça e beijei a parte mais próxima do seu corpo que minha boca conseguiu alcançar, o que acabou por ser a clavícula. — Eu sabia que era você que tinha me tocado. — murmurei. Alec se inclinou e roçou o nariz contra o meu. — Sempre que algo toca uma parte do seu corpo quando estamos na cama, é 99,9% de chance de ser eu te apalpando, não o Storm. Eu sorri levemente. — Eu nunca posso ter certeza, algumas vezes Storm entrou no quarto e me cutucou conforme se esgueirava para cima da cama. Alec zombou. — Um pastor alemão com excesso de peso não devia conseguir esgueirar-se em qualquer lugar. Estou falando sério sobre colocar câmeras para ver como que é tão furtivo quando ele está andando por aí. Diversão me encheu quando as palhaçadas de Alec afastaram a preocupação e o medo persistente que sobrou do meu pesadelo. Eu sorri. — Ele é um cachorro ninja. Meu novo codinome para Storm ofendiam os nervos de Alec.


— Cachorro Ninja, por favor. Mais como cachorro suspeito. Eu juro que ele foi um ser humano em sua vida passada. Eu ri, em seguida, coloquei a mão sobre a boca para manter a calma. — Por que você está sendo tão quieta? — Alec perguntou. — Está só a gente aqui. Eu balancei a cabeça na direção do corredor. — Storm está dormindo. Alec odiava quando eu ficava quieta no nosso quarto. Ele gemeu. — Um homem não deveria ter que se preocupar em manter a sua mulher quieta no quarto, ele deve se preocupar se ela não faz barulho o suficiente. Eu sorri, mas permaneci em silêncio. — Você vai abrir as pernas e dar para mim... ou você vai me fazer implorar? Eu fingi pensar sobre isso. — Vamos lá, Gatinha, eu só tenho Deus sabe quanto tempo antes de ter filhos e sexo ser nada, exceto uma memória agradável na parte de trás da minha mente. Mordi meu lábio inferior quando estendi a mão e coloquei-a sobre o bíceps de Alec. Percorri todo o caminho até seu ombro, em seguida, se curvaram ao redor da parte de trás do seu pescoço e puxei sua cabeça em direção à minha. Eu dei-lhe um beijo suave, depois murmurei: — Você acha que pode me fazer gritar, Playboy? — Porra, eu sei que eu posso. — Alec rosnou. Então, como um estalar de dedos, ele estava entre as minhas pernas. Lambi meus lábios e levantei minha pélvis para que Alec pudesse deslizar minha calcinha do meu corpo.


— Eu não entendo por que você ainda se preocupa em usar isso na cama. — Alec murmurou para si mesmo enquanto jogou minha calcinha por cima do ombro. Eu me livrei do meu top e joguei-o em algum lugar do quarto. Estava nua, e me espalhei largamente, enquanto esperava por Alec. Ele estendeu a mão e acendeu a lâmpada em sua mesa de cabeceira para que pudesse me ver. Ele cerrou os olhos por um momento, em seguida, sorriu para mim com seus grandes olhos azuis quando conseguiu me ver claramente. — Aí está minha linda Gatinha. Eu corei. Alec então afastou um pouco para trás e abaixou a cabeça na minha pochete, também conhecida como estômago. Eu gemi quando ele beijou o local acima do meu umbigo. — Por que você sempre beija minha barriga primeiro? A única parte do meu corpo que eu odeio e você... — Para mostrar que eu a amo do jeito que ela é. Silêncio. Maldito seja ele por ser tão malditamente fofo. — É gorda. Eu sou gorda. Alec olhou para mim com os olhos cheios de dor, então se moveu para cima, no meu corpo, até que estava descansando em seus cotovelos enquanto pairava sobre mim. — Vamos ter essa conversa de novo? Sim. Eu dei de ombros. — Eu ganhei seis quilos desde que começamos a namorar, não tente me dizer que eu não engordei. Eu sei que engordei, meu jeans favorito não abotoar mais é um sinal claro.


Alec inclinou o rosto para baixo e roçou seu nariz sobre o meu. — Você não está gorda, você ganhou algum peso, mas não o suficiente para sequer beirar a ser gorda. Você parece saudável. Eu zombei e agarrei minha barriga pochete. — Explique isso? Alec olhou para baixo e revirou os olhos. — Isso é apenas algum excesso de pele de quando você era mais pesada, há alguns anos. Não é a pele de todo mundo que volta quando perde peso, sabia? Diga-me sobre isso. Eu resmunguei: — Sim, eu sei. Eu tinha uma pochete para provar o quão bem eu sabia. Alec beijou minha testa. — Você é linda, por dentro e por fora, com ou sem o seu excesso... — Pochete. — corrigi. Alec bufou. — Com ou sem a sua pochete. Franzi minhas sobrancelhas. — Você diz isso agora até que uma mulher ou homem perfeitamente tonificado passe e você imagine por que não está com ele ou ela, em vez de mim, gorda. Alec amaldiçoou. — Pare com isso, você vai me irritar com esse jeito estúpido de pensar. Eu te amo. Estou comprometido com você. Eu terei filhos algum dia com você. Ninguém mais. Você significa isso para mim e essa é a última vez que eu quero ouvir você duvidar, está entendendo Keela? Pisquei para Alec. — Diga que você entende. — ele falou, seu tom firme. Lambi meus lábios. — Entendo.


Alec se inclinou e roçou os lábios contra os meus. — O que é esse olhar aquecido que você está me dando? Luxuria, amor e admiração. — Eu estou com tanto tesão por você. Alec ergueu as sobrancelhas. — Sério? Eu balancei a cabeça. Alec sorriu e deu um selinho nos meus lábios antes de mover para a parte mais baixa do meu corpo e beijar cada pedaço de pele que podia ao longo do caminho, incluindo a minha pochete. Ele espalmou os meus seios e apertou seu nariz contra o meu monte e inalou. Eu odiava quando ele fazia isso. — É uma vagina, não uma maldita flor, já chega de cheirar! — eu chiei. Eu o ouvi rir e senti as vibrações contra a minha carne. Mordi meu lábio inferior quando ele me espalhou com a sua língua e circulou meu clitóris. Porra. Meu quadril começou a subir involuntariamente, mas Alec o abaixou com as mãos, e não tão gentilmente me empurrou de volta até que eu estivesse deitada na nossa cama de novo. Lambi meus lábios e agarrei os lençóis da cama em minhas mãos enquanto Alec chupava e me lambia até que minha respiração ficou rápida e audível. — Oh, Deus. — eu gemi quando ele balançou a cabeça da esquerda para a direita. Eu assobiei na hora que Alec passou sua barba por fazer em mim e estalei a minha língua em desaprovação quando ele riu levemente de mim. Ele continuou a me torturar, deslizando as mãos dos meu quadril, para cima, de volta para os meus seios. Ele os espalmou e beliscou meus mamilos enquanto


chupava de novo meu clitóris e esfregava os lábios para trás sobre ele, fazendo minhas costas arquearem. — Assim! Assim! Assim! — eu repetia, ofegante, enquanto cada pulsação crepitante era retirada de todos os cantos do meu corpo e sugada, literalmente, para o ponto quente entre as minhas pernas. Quando meu orgasmo me atingiu, eu abri minha boca e gritos silenciosos se libertaram. Meus olhos reviraram, meus dedos curvaram e arrepios dispararam para cima e para baixo pela minha espinha. Por uma quantidade desconhecida de segundos eu não tinha conhecimento do meu ambiente, tempo e vida própria. Eu estava perdida em êxtase... e a felicidade só continuou quando voltei a mim, no momento em que o meu homem alinhou seu pênis contra a minha entrada e empurrou para frente. — Todas às vezes. — Alec sussurrou quando estremeceu de prazer. — Você parece como ecstasy a cada vez. Eu envolvi minhas pernas em volta dos quadris dele e ergui os braços acima da minha cabeça para que ele pudesse pegar meus pulsos e prendê-los lá. Ele não percebia isso, mas ele gostava de ter aquele pedaço de controle sobre mim durante o sexo, então eu oferecia a ele livremente. Eu levantei minha cabeça em direção à dele, quando ele abaixou a metade superior do corpo em mim. — Deixe-me dolorida. — eu sussurrei. Alec rosnou quando mordeu minha bochecha antes de deslizar os dentes sobre a minha carne e mordiscar meus lábios, o que machucou de uma forma deliciosa. Ele saiu de mim e empurrou de volta conforme estabelecia um ritmo lento e constante me fodendo. Eu arqueei minhas costas, então o peito dele roçou os meus mamilos a cada estocada. — Fale comigo. — Alec rosnou. Olhei nos olhos dele e descobri que estavam em chamas por mim. Por mim.


— Eu posso sentir você... tão profundamente dentro de mim. — eu sussurrei e propositalmente coloquei minha língua para fora e deslizei sobre os meus lábios em um lento convite sedutor para que ele me beijasse. Alec rosnou quando bateu dentro de mim, me fazendo ofegar. Ele cobriu minha boca com a dele naquele exato momento e absorveu o meu suspiro para si e engoliu. Ele soltou um dos meus pulsos e abaixou a sua mão livre para minha cabeça, onde ele agarrou minha grossa juba vermelha na mão e puxou. Eu chiei, não de dor, mas em aprovação. — Eu quero o seu rabo. — ele disse com os olhos presos nos meus. Ele estava procurando por qualquer hesitação ou preocupação em meus olhos. Eu sabia que se ele visse o menor indício de qualquer um, ele não comeria a minha bunda como queria, ele apenas continuaria a me foder do jeito que já estava. Eu não estava preocupada com o sexo anal, mas eu estava preocupada com a nossa vida sexual futura, se eu não gostasse. Nós tínhamos tentado isso antes e não durou o suficiente para eu julgar se gostei ou não, então uma rodada de sexo anal era algo que eu queria muito e algo que estava esperando. — Foda-o então. — eu desafiei Alec, que sorriu para mim enquanto mergulhou em mim profundamente. Eu gemi de prazer, em seguida, choraminguei quando ele saiu de mim. — Homem corajoso. — eu assobiei. Alec sorriu quando deu um tapa na minha coxa e disse: — Vire. Eu fiz como ele mandou e virei sob minha barriga. Eu pressionei minhas mãos no colchão e empurrei a minha parte superior do corpo, enquanto os meus joelhos dobrados levantaram a metade inferior. Eu balancei meus quadris da esquerda para a direita em convite. Olhei por cima do meu ombro para Alec, cujo olhar estava travado na minha bunda. Eu sorri. — O que você está esperando? — perguntei.


Alec olhou para mim e encarou. Ele bateu na minha bunda, com força. Eu gritei. — Não me apresse com isso, eu não quero te machucar. — Você acabou de me dar um tapa. — argumentei. Ele bateu na minha bunda novamente. — Só porque você ama isso. Eu mantive minha boca fechada e sorri, ele me conhecia muito bem. Senti o colchão se mexer quando Alec saiu da cama e foi para o seu lado, onde ele abriu a gaveta de cima da sua mesa de cabeceira. Fechei os olhos e inclinei minha cabeça para baixo até que ela descansou contra o colchão. A pulsação entre as minhas coxas estava começando a diminuir, então eu estendi as mãos entre as minhas pernas e deslizei meus dedos para cima e para baixo nas minhas dobras molhadas com alguns golpes, antes de circular ao redor do meu clitóris sensível. Lambi meus lábios quando meus quadris empurravam a cada vez que meus dedos faziam contato direto. Eu continuava a me provocar, até Alec se afastar do seu armário e se mover para onde eu achei que fosse o fim da cama. Confirmei minha suposição quando olhei entre as minhas pernas e vi que ele estava a poucos metros de distância de mim. — Caralho. — ele rosnou depois de um momento ou dois. Eu ardi interiormente e fechei os olhos. Ele estava me observando. Eu podia sentir seus olhos em mim. — Porra, Gatinha. — ele respirou e subiu na cama atrás de mim.


Senti suas mãos agarrarem meus quadris, em seguida, sua pélvis esfregar contra mim. — Se doer muito, me diga. Tudo bem? — Alec ordenou, em tom duro. Eu balancei a cabeça e empurrei minha bunda na direção dele. Ele chiou. Eu vacilei um pouco quando um gel frio foi distribuído ao longo do meu ânus, então, não consegui evitar, mas fiquei tensa na hora em que Alec deslizou suavemente o dedo dentro de mim. Senti-o parar, então me forcei a relaxar. Exalei um grande fôlego e deixei a tensão escoar para fora dos meus músculos até que fiquei solta e descontraída. Alec gentilmente estendeu-me com o dedo um pouco, em seguida, acrescentou um segundo, depois um terceiro e para ser honesta, não estava bom. Parecia que alguém estava espetando os dedos na minha bunda, o que era exatamente o que ele estava fazendo. Porém, recusei-me a desistir tão cedo, em vez disso, me concentrei na minha respiração e tentei não pensar nisso. — Você quer brincar com seu clitóris? — Alec me perguntou. Sim! — Posso? — eu questionei. Alec riu e usou a mão livre para bater no meu rabo. — Sim, chegue perto para mim, mas não goze até que eu mande. Fiz como ele falou e brinquei com o meu clitóris suficiente para me fazer ofegar, mas não gozar. Eu acariciava o meu clitóris com meu dedo e estremecia. Alec escolheu este momento para pressionar a cabeça de seu pau na minha bunda. Eu gemi quando ele empurrou pelo anel espesso de músculo e enfiou completamente dentro de mim. — Tudo bem? — ele perguntou.


Doeu, mas não tanto. Alec por outro lado, parecia que estava sofrendo terrivelmente. — Eu estou bem. — eu ofeguei. — Você está bem? Ele saiu lentamente até a metade, em seguida, voltou para dentro de mim. — É muito... bom... pra caralho. Eu gemi de prazer e gentilmente empurrava para trás, enquanto Alec enfiava dentro de mim. — Oh meu Deus! — ele suspirou. Eu não pude deixar de rir. — Parece que você vai chorar. — Eu poderia. — ele sussurrou. — É uma sensação... perfeita. Você é perfeita. Eu cantarolava com prazer. Eu continuei a brincar com meu clitóris, e depois de um minuto ou dois Alec não conseguia manter as suas estocadas lentas e constantes e começou a bombear para o meu corpo mais e mais rápido. Fiquei surpresa com o prazer que isso me deu. — Isso. — eu gemi. Alec deslizou as mãos para minha bunda e apertou-a. — Eu gostaria que você pudesse ver isso. Imaginei assistir seu pau deslizar para dentro e para fora de mim, e a imagem erótica só alimentou o meu prazer conforme meus dedos trabalhavam mais rápido no meu clitóris pulsante. — Keela! — Alec arfou. Eu conhecia aquela arfada... ele estava perto. — Agora! — ele gritou. — Faça-se gozar!


Eu empurrei de volta com mais força contra ele e trabalhei mais rápido com os meus dedos. Seis bombeadas mais tarde e minha mente ficou em branco, conforme ondas de prazer propagaram do meu clitóris, para a minha bunda e de volta. — Sim! — eu gritei e cavalguei nas sensações. Eu acho que Alec gritou o meu nome quando seus movimentos rápidos desaceleraram para golpes bruscos e curtos da sua pélvis. Minha parte superior do corpo estava encostada no colchão, e uma vez que Alec parou de enfiar em mim, minha parte inferior do corpo se juntou à minha metade superior, sobre a cama, um segundo antes de Alec cair em cima de mim. Ele meio que deslizou para fora do meu corpo deixando as pernas penduradas para fora da extremidade da cama, enquanto sua parte superior do corpo ficou esparramada nas minhas costas. — Isso... foi... bom... para você? — Alec perguntou, respirando rapidamente contra a minha espinha. Eu estava presa debaixo dele e não podia me mover, mesmo se eu quisesse. Eu estava acabada. Eu grunhi em resposta. — O que... isso quer dizer? — Alec questionou, ainda recuperando o fôlego enquanto esfregava seu rosto contra a minha pele. Ele estava exausto, mas eu podia ouvir a preocupação em sua voz. Sorri no meu colchão. — Isso significa que quando você recuperar o fôlego, podemos fazer isso de novo? Alec ficou em silêncio por um momento e então ele riu, muito. Ele beijou minha parte inferior das costas. — Deus, eu te amo.


— Eu também te amo. — eu murmurei. — Estou falando sério, porém, eu quero fazer isso de novo. Alec vibrou com o riso. — Dê-me um minuto. — Cinquenta e nove, cinquenta e oito, cinquenta e sete... A risada gloriosa de Alec fez meu interior derreter de felicidade. Fechei os olhos e, em seguida, rezei para que eu acordasse me sentindo ainda tão feliz. Orei para que meu temido pesadelo ficasse distante.


E

u estava dormindo

até que senti um puxão nas minhas costas, me tirando do meu sono tranquilo. — Gatinha? — uma voz sussurrou. Eu não sabia se eu estava sonhando ou não, então continuei ainda quieta e murmurei: — Hmmm? Eu senti um empurrão mais duro em minha bunda e meu corpo ficou tenso. Definitivamente não é sonho. Oh, não, não agora. — Vá para o banheiro e se masturbe. — eu disse, então, estiquei meu corpo, levemente tenso quando a dor atingiu meu traseiro. Alec parou de me tocar e disse: — O que? Eu gemi. — Nós acabamos de fazer sexo, minha vagina e bunda, estão fechadas até nova ordem. Sai fora.


Alec riu. — Nós transamos sete horas atrás, mas não é por isso que eu estou te acordando. Sete horas atrás? Parecia que eu estava dormindo a menos de um minuto. — Então por que você está me acordando, se não é para foder? — perguntei, incomodada. Uma suspeita que ele estava tramando algo, estava me incomodando lá no fundo. Eu senti que Alec saiu da cama, mas eu não me movi ou abri os olhos. Ele limpou a garganta. — É o dia da mudança, eu vou buscar o caminhão de mudança em uma hora com Kane. Brilhante. — Você vai e faça isso. Silêncio. — Keela? Eu me pressionei no colchão e choraminguei. — Eu pensei que você estivesse indo embora? Alec exalou alto. — Você tem que se levantar e começar a encaixotar as coisas que você deseja manter e as coisas que vão para o lixo... eu disse que deveria ter começado a embalar no fim de semana, em vez de deixar até hoje. Desculpe, mãe. Eu revirei os olhos interiormente. — Vivemos em uma caixa de sapatos, quantas muitas coisas podemos, eventualmente, ter? — perguntei, sem me mover ou abrir os olhos.


Estremeci mentalmente, uma vez que a pergunta passou pelos meus lábios. Alec bufou. — Você é a Rainha do acúmulo, então confie em mim, nós temos um monte de porcaria. Eu não gostava de jogar fora coisas que poderiam ser úteis no futuro, então me processe! Eu sabia que tinha que levantar e começar a me mexer, mas eu não mexi na cama e isso deve ter irritado Alec. — Levante-se ou eu vou virar uma Branna e despejar água em cima de você. — ele ameaçou. Eu não me incomodei em rir ou dizer algo atraente porque o filho da puta malvado faria isso. — Acordei, acordei... seu idiota miserável. — eu resmunguei. Abri os olhos e olhei para cima, para Alec, quando ele caminhou para o meu lado da cama. Sorri quando ele olhou para mim. Eu me levantei e corri minhas mãos pelos seus braços nus, deslizei até seus ombros e pescoço e as enterrei em seu cabelo. Ele era impressionante. Ele era meu. — Eu não posso acreditar que você vai cortar o cabelo. — eu disse, franzindo a testa. Alec se inclinou e beijou minha testa. — Eu sei. Eu o puxei. — Não faça isso. Alec suspirou. — Eu perdi uma aposta, Keela. Os termos eram: se eu perdesse a aposta, então eu tinha que fazer um corte militar. Eu tremi. — Não faça um corte militar... você não pode só aparar?


Alec sorriu e negou com a cabeça. Rosnei: — Eu odeio o seu irmão por fazer isso com você. Alec riu e inclinou o rosto para o meu. — Eu não sou o maior fã do Dominic agora também, Gatinha, mas aposta é aposta. Eu resmunguei: — Aposta estúpida do caralho. Eu detestava apostas, e por uma boa razão. A última vez que eu estive envolvida em uma aposta, minha vida explodiu em uma versão irlandesa muito ruim de O Poderoso Chefão. Alec riu novamente, deu um selinho nos meus lábios e me abraçou. — Eu vou raspar dos lados, e deixar o cabelo comprido o suficiente em cima para que você ainda possa enfiar os dedos nele. Isso irá cumprir os termos da aposta, uma vez que Dominic nunca disse que eu tinha que fazer um corte militar inteiro, ele apenas disse, um corte militar. Eu vou pegar o caminhão, em seguida, cortar, tudo bem? Legal. Eu

ri.

Não

sou eu

que você

devia

estar

tentando

convencer. Você sabe que Aideen ama o seu cabelo, ela fica feliz quando você a deixa arrumá-lo e trançá-lo. Você é o próprio boneco Ken humano dela. Alec sorriu. — Eu a deixo fazer isso só porque ela gosta dele e a mantém quieta... além disso, ficará longo o suficiente para que ela ainda possa brincar com ele. Eu vou explicar isso a ela. Uma explicação? Rá. Isso não seria bom o suficiente para Aideen Collins. Eu mordi minha bochecha interiormente com força. — Ela pode matar Nico por isso. Alec sorriu. — Eu estou bem com ele sendo um pouco agredido.


— Eu não disse que seria um pouco agredido, eu disse que ela pode matálo. Alec riu. — Eu falarei sobre isso com ela. Eu balancei a cabeça. — Bom, porque eu tenho certeza absoluta que não vou colocar meu pé naquela armadilha de morte. Alec ergueu as sobrancelhas. — Mas você me deixaria pisar nela? Com certeza sim. — Amigo, quando Aideen e seu temperamento estão envolvidos em uma situação, eu vou jogá-lo primeiro em qualquer armadilha que ela armar. É melhor você acreditar nisso. Alec olhou para mim com olhos arregalados e chocados, em seguida, me jogou de costas na nossa cama. Eu gritei com risos e divertidamente lutei quando ele me prendeu embaixo dele. Ele inclinou o rosto em direção ao meu e eu ri quando as pontas do cabelo dele fizeram cócegas no meu rosto. — Eu vou sentir falta do seu cabelo. — eu disse pela enésima vez desde que ele me disse na semana passada que tinha que cortar o cabelo. Alec carinhosamente beijou meu nariz. — Ele voltará a crescer. — Eu sei, mas ainda assim. — eu murmurei e levantei as mãos para a cabeça dele e passei os dedos pelo cabelo. Alec riu quando eu coloquei meu lábio inferior para fora e fiz beicinho. — É só cabelo, baby. Para ele, talvez. Dei de ombros. — Eu nunca vi você com o cabelo curto... eu posso te achar feio. Alec colocou uma grande quantidade do seu peso em cima de mim, quando ele começou a rir.


— Tá me esmagando. — eu disse asperamente e bati nas costas de Alec, porque o meu peito começou a queimar por falta de oxigênio. Alec continuou a rir quando se inclinou para cima de mim. Ele roçou o nariz contra o meu novamente, então beijou meus lábios antes de se levantar de cima de mim completamente. — Vamos lá, levante. — ele falou. Isso de novo? Eu gemi. — Você é mau1! Alec olhou para mim quando me levantei da cama, na frente dele. — Você faz a parte de chupar2 nesta relação, querida. — ele sorriu, maliciosamente. Apertei os olhos provocantes. — E você faz a de beijar... beijar bunda. Literalmente e figurativamente. Alec piscou. — Só quando eu sou mau. Eu resmunguei, depois sorri quando ele fez cócegas ao lado da minha boca com o dedo. Eu odiava quando ele fazia isso. Eu bati meus dentes para ele fazendo-o retrair os dedos a uma distância segura dos meus dentes. Sorri quando virei e fiz um movimento para pegar o meu edredom para que eu pudesse agitá-lo e arrumar a minha cama, só para descobrir que eu não poderia porque Storm estava deitado em cima dela. Eu nem sequer ouvi-o entrar. — Olá, meu menino. — eu murmurei. 1

Em inglês, a expressão You suck!, que literalmente significa você chupa.

2

Fazendo referência à expressão you suck.


Alec ofegou por trás de mim. — Como é que ele faz isso, porra? Sorri quando me inclinei e cocei atrás das orelhas do Storm. — Porque ele é um cachorro legal. — Isso não é engraçado, ele não faz um som porra... isso não está certo, não está certo de jeito nenhum! Eu sorri. — Eu falei para você. — eu disse enquanto eu me virei para enfrentar Alec novamente. — Ele é um cachorro ninja. Alec bufou e inclinou para a direita e levantou a mão para seu rosto, apontou dois dedos em seus olhos, em seguida, apontou os mesmos dois dedos ao Storm. — Estou de olho, grande homem. Storm peidou em resposta. Comecei a rir, então fugi do quarto antes que o cheiro de morte atingisse meu nariz. — Cão maldito. — Alec murmurou enquanto rapidamente me seguiu para fora do quarto e no corredor. — Na nova casa, ele não vai ficar dentro, ele vai aprender a dormir fora, no quintal, na sua casa de cachorro. Sim, como se isso fosse acontecer. — Alec, há uma chance melhor de você dormir na casa de cachorro do que Storm dormir lá fora. Alec murmurou algo para si mesmo enquanto passava por mim e entrava na cozinha. — O que foi isso? — perguntei, sorrindo, enquanto seguia. Ele olhou para mim. — Eu disse que não ficaria surpreso. Eu gargalhei. — Bom, porque ele é meu bebê. Ele estava aqui antes de você, cara grande, não se esqueça disso.


Alec olhou para mim e brincou: — Como eu posso esquecer? Quando ele está na sala e ao menos tento te encostar, ele vem e fica entre nós. Na língua dos cães, ele me diz para sair de perto da sua mãe. Comecei a rir. — Isso é tão verdadeiro. — eu sorri. O lábio de Alec ergueu antes dele balançar a cabeça e olhar para baixo, para as gavetas da cozinha. — Você vai comer e, então empacotar ou empacotar, e em seguida, comer? Isso foi uma pergunta séria? — Comer primeiro... duh. — eu respondi. Alec soltou uma quantidade extra de ar pelo nariz quando sorriu. — Sente-se então, eu vou fazer alguma coisa. Eu balancei minha cabeça. — Obrigada pela oferta, mas eu só vou querer um pouco de iogurte e frutas. Alec levantou uma sobrancelha. — Por quê? Eu falei sem expressão: — Eu estive falando a semana passada sobre fazer dieta. Ele não ouve nada que eu digo? Alec olhou para o meu corpo, em seguida, de volta para a minha cabeça. — Está funcionando, você está ótima. Ele era tão cheio de si. — Ah, vai se ferrar! — eu resmunguei. — Eu não perdi nenhum peso ainda, seu puxa saco. Pare de tentar conseguir alguns pontos extras com seus elogios bobos.


Alec sorriu. — Eu não estou tentando conseguir pontos, eu estava apenas apontando que você está ótima. Mesmo se você perder um pouco de peso, você ainda continuará ótima. O que isso diz a você? — ele perguntou. Dei de ombros. — Que você é um caçador de gorda? Alec riu. — Não, espertinha. Isso significa que você está ótima desse jeito. Nada que você faça pode melhorar o quanto você é linda, Gatinha. Você é naturalmente impressionante. Olhei para Alec e bufei. — Eu não farei sexo com você hoje. — Você diz isso todos os dias e adivinha? Nós ainda transamos todos os dias... duas vezes ontem, se bem me lembro, três vezes, se você incluir a noite passada. — Entendi. — eu rosnei. — Eu tenho um fraco pelo seu pau. Não tem necessidade de esfregar isso na minha cara. — Há sempre uma necessidade de esfregar meu pau na sua cara. Alec disse isso com uma cara e tom sérios. Eu apenas ri e balancei a cabeça. — Vá pegar a van de mudança e eu vou começar a empacotar. — É um caminhão de mudança. — Alec disse casualmente enquanto passava por mim e batia na minha bunda. Eu gritei quando uma dor pungente espalhou pelo meu traseiro. — É uma van aqui, não um caminhão. Faça direito ou eu vou te chutar para fora do país. Alec riu e apontou para o corredor para o nosso quarto onde ele se vestiu. Nem dois minutos depois, ele voltou para o corredor totalmente vestido e pegou as chaves da sua recém-comprada SUV. A maldita coisa era enorme, mas era o que ele queria, então eu não abro a minha boca. Era o dinheiro dele mesmo, ele poderia comprar o que quisesse para si.


Eu coloquei um limite no que ele poderia comprar para mim, o que o frustrou pra caralho. — Eu volto em uma hora. — ele falou e colocou o casaco. Eu balancei a cabeça enquanto abria a porta da geladeira. — Dirija com segurança. — Eu sempre dirijo. — ele disse. — Te amo. Sorri ao verificar o conteúdo da geladeira. — Eu também te amo. Com aquilo dito ele estava fora da porta e no seu caminho para buscar o Kane para que eles pudessem pegar a van de mudança. Eu olhei em volta do meu apartamento e gemi em voz alta. Eu realmente desejei que tivesse começado a embalar durante a semana quando Alec me pediu, mas uma vez que eu estava enterrada na minha escrita, era difícil me arrastar disso. Alec sabe disso muito bem. Eu estava editando o meu primeiro romance, que estive escrevendo desde o ano passado. Eu devo ter lido o manuscrito um milhão de vezes, e cada vez que eu faço isso, reescrevo. Eu mudo algo cada vez que eu leio; que seja uma nova frase ou uma única palavra mudada, isso me assusta. Eu estava preocupada em não ficar feliz com o produto final, quando eu finalmente publicasse, assim, eu continuo adiando. Interrompi os pensamentos que estavam me preocupando ultimamente e olhei em minha sala de estar quando me inclinei contra o meu balcão da cozinha. Engoli a tristeza que me encheu. Eu moro neste apartamento desde que eu tinha dezenove anos, e agora eu ia me mudar para uma casa tão grande, que o meu apartamento inteiro caberia na sala de estar. Talvez não inteiro na sala de estar, mas definitivamente na metade do andar de baixo. Alec e eu estávamos mudando para Upton... do outro lado da rua, onde seus irmãos e Branna vivem. Era exatamente o mesmo estilo de casa, mesmo layout, mesmo número de quartos, mesmo tudo e era de frente para a residência Slater / Murphy. Era muito grande para Alec, eu e Storm, mas Alec insistia que


quando tivermos crianças o tamanho seria perfeito. Era uma casa de seis quartos, um era nosso, o que deixava cinco quartos vazios. Eu não sei quantos filhos ele planeja que tenhamos, mas eu não era um maldito forno. Ele não podia simplesmente me preencher com seus pães e definir um temporizador de cozinha para nove meses. Eu gemi para mim mesma e me senti mal por estar tendo dúvidas. Eu não tinha dúvidas sobre Alec, eu só estava duvidando do quão rápido estávamos nos movendo com o nosso relacionamento. Eu o conhecia ao todo por duas semanas, quando dissemos eu te amo e ficamos noivos. Não era nem mesmo um turbilhão, um amor à primeira vista do tipo de romance também. Na verdade, eu não podia suportar o Alec quando o conheci, mas eu me aproximei dele, quando ele veio para as Bahamas como um favor para mim. Sua experiência como ex-acompanhante me serviu bem nas Bahamas, mas também foi a causa para o desgosto que eu senti depois de escapar de lá. Os clientes antigos de Alec o descobriram, e revelaram algumas informações muito... doentias. Acabou que uma amante anterior de Alec era esposa do meu tio Brandon, Everly, a madrasta da minha prima Micah. Isso não é tudo, como se esse conhecimento não fosse uma enxaqueca induzida o suficiente, eu descobri que o meu tio tinha um lado sombrio nele, um lado sujo e ilegal. Eu amava o meu tio Brandon, Deus sabe que eu amava, mas desde que eu descobri sua verdadeira natureza, nas Bahamas, e assisti os homens morrerem na Darkness por suas ordens, eu me senti um pouco desconectada dele. Pareceu que tudo o que eu achava que sabia sobre ele era uma mentira, que a minha vida era uma mentira. Estar em um relacionamento recente e rápido com Alec pegou meu tempo e pensamentos, mas agora, 13 meses depois, estávamos fora da fase da 'lua de mel' do nosso relacionamento e eu não estava mais tão envolvida com ele. Eu o amava muito, mas ele não era mais o meu escudo para a realidade. Tudo o que aconteceu comigo, conosco, mais de um ano atrás estava começando a invadir de novo a minha mente, e isso estava começando a me incomodar. Eu tinha pesadelos com coisas ruins que eu testemunhei na Darkness, o temido clube de propriedade do meu tio, um lugar que eu fui levada


contra a minha vontade por um antigo chefe, que virou inimigo de Alec e seus irmãos. Também tinha flashbacks de Alec e duas pessoas fazendo coisas que agitavam

meu

estômago

e

feriam

meu

coração

com

um

único

pensamento. Perdoei Alec por aquela... situação. Eu entendia que ele não tinha outra escolha e que ele teve que fazer algo tão nojento para nos separar e me distanciar dele. Meu tio ordenou que Alec se envolvesse em relações sexuais com a esposa dele e seu novo empregado, Dante - um acompanhante. Meu tio queria que eu tivesse zero conexão com qualquer um dos irmãos Slater, especialmente Alec. A esta altura, porém, eu estava tendo fortes sentimentos por Alec e não permitiria que ninguém me dissesse que eu não poderia tê-lo. Meu desafio empurrou a mão do meu tio. Ele forçou Alec a terminar as coisas comigo, ameaçando prejudicar seus irmãos e suas namoradas se Alec não fizesse o que ele mandou. Simplesmente terminar comigo não era suficiente, porém, não, meu tio queria que eu odiasse Alec e ele conseguiu. Por dias depois que eu saí das Bahamas eu odiei Alec. Eu o odiei por me enganar, por me apaixonar por ele. Eu o odiei por quebrar meu coração. Eu o odiei por uma série de razões, mas principalmente eu o odiei por me fazer sentir falta dele. Deus, eu senti tanta falta dele que doeu. Eu estava apavorada como meus sentimentos eram intensos por alguém que eu mal conhecia, mas eu não consegui desligá-los. Acredite em mim, eu tentei. Eu não sabia disso na época, mas eu amava Alec, e eu tive que aguentar amá-lo e odiá-lo ao mesmo tempo. Quando o antigo chefe de Alec, Marco, veio para se vingar de Alec, eu estava no caminho, então ele me sequestrou junto com Alec e Bronagh, a namorada de Nico, que estavam no meu apartamento no momento. Resumindo uma longa história, os irmãos de Alec, juntamente com o meu tio Brandon, nos salvaram. Marco e os seus homens morreram, e nós ficamos livres para ir para casa. O problema é que, agora que eu podia ver além de Alec e seu escudo maravilhoso da realidade de novo, eu não me sentia tão livre. Eu não me sentia


presa também, eu me sentia... limitada. Eu não sei porque me sentia assim, porque Alec era o meu tudo. Eu queria estar com ele... eu só não queria apressar as coisas e, inadvertidamente estragá-las. Pulamos de cabeça em nosso relacionamento, e eu sentia que precisava desacelerar, mas eu tinha pavor de dizer a Alec algo sobre isso, porque eu sabia como iria soar. Soaria como se eu não tivesse certeza sobre nós. Suspirei e balancei a cabeça para clarear os meus pensamentos, e como muitas vezes antes, eu os forcei para o fundo da minha mente e foquei na tarefa em mãos. Empacotar. Um monte de pacote. — Droga. — eu resmunguei. Eu coloquei minhas mãos em meus quadris e balancei a cabeça. Esse não era um trabalho para uma mulher só. Entrei na minha sala e peguei o meu telefone na mesa de centro. Toquei na tela do meu telefone, desbloqueei, então rolei pelos meus contatos até que eu encontrei a pessoa que eu queria chamar. Eu pressionei meu telefone no meu ouvido e depois de três toques o telefone foi atendido. Olhei em volta do meu apartamento mais uma vez e disse: — Sou eu. Eu preciso de sua ajuda.


— O

lá? A

realeza está em casa! Revirei os olhos e virei minha cabeça para a porta do apartamento. — Feche a porta antes que o Sr. Pervertido saia para ver o que é todo esse barulho. Aideen Collins, minha melhor amiga, revirou os olhos cor de avelã e deu um chute para fechar a porta do meu apartamento. Eu esbravejei. — Sem danos. Eu não conseguirei devolver ao senhorio de outra forma. Aideen bufou quando deixou cair sua bolsa e as chaves na minha mesa da cozinha e entrou na minha sala de estar. — Por favor, dinheiro é a última coisa que você precisa se preocupar. Você está cheia. Eu não era cheia de dinheiro; Alec era. — Eu sou quebrada, Alec não é. Saiba a diferença. Aideen sorriu. — Alec te daria tudo o que você quisesse, você sabe disso. O dinheiro não é um problema para ele.


— Eu não preciso ou quero o dinheiro dele, e isso será um problema se um de nós não ganhar uma renda fixa. Claro, Alec tem um monte de dinheiro no banco, mas isso não durará para sempre. Não com a forma como ele gasta de qualquer maneira. Aideen riu. — Eu não acho que um SUV e uma casa vão quebrar a sua conta bancária. Eu balancei minha cabeça. — A casa foi 320.000 dólares para comprar, e a única razão que chegamos a esse preço foi porque os compradores queriam uma venda rápida. Em seguida, houve o seu SUV que foi trinta mil... tudo junto é dinheiro pra caramba. Eu não achava que algum dia me acostumaria com o fato de que o meu companheiro era rico. Eu estava acostumada com salário mínimo e viver de miojo quando não tinha horas semanais suficientes no meu antigo emprego. Eu não estava acostumada a ser capaz de comprar o que eu quisesse, sem pensar nas consequências financeiras. Eu costumava trabalhar no meu supermercado local, mas quando todas as besteiras aconteceram no ano passado eu perdi muitos dias sem uma justificativa viável e fui demitida. Eu odiava o meu trabalho, mas pagava o aluguel. Sei que eu não tinha que me preocupar em pagar aluguel agora que Alec nos comprou uma casa, mesmo que ele tenha colocado meu nome na escritura também. Eu ainda queria ganhar minha própria renda. Eu não queria contar com ele para as minhas finanças. Esperava que a minha escrita se tornasse mais do que uma paixão e se transformasse em um trabalho de tempo integral. Deus sabe que eu precisava disso. — Você falou para ele como se sente sobre gastar tanto dinheiro? — Aideen perguntou quando se sentou no meu sofá, atrás de mim. Eu me virei para encará-la. — Não. — eu fiz uma careta. — É o dinheiro dele, eu não posso dizer o que fazer com ele.


Aideen balançou a cabeça em compreensão. — Eu acho que você deveria acalmá-lo com uma conversa. Basta explicar como era a vida antes dele aparecer. Seu tio tem dinheiro, assim como sua mãe e você não pegava um centavo de qualquer um deles. Ele não pode esperar que seja diferente com ele só porque você dois estão juntos. Você ficaria surpresa. — Ele acha um monte de coisas, agora que estamos juntos... ele saiu e comprou-nos uma casa sem o meu conhecimento e pensou que era uma boa ideia. Ele não percebe as coisas bem na frente dele. — Você não quer se mudar? — Aideen perguntou, os olhos arregalados. Eu não sabia como responder, então esquivei da pergunta e disse: — Ele nunca me perguntou, ele simplesmente saiu e comprou

a maldita

coisa. Estamos perfeitamente bem aqui. Eu não vejo por que ele quer continuar mudando as coisas quando eu ainda estou me acostumando com ele na minha vida. Aideen ficou em silêncio por alguns momentos antes de falar: — Você tem que contar para ele como se sente, Kay. Você será infeliz se você não fizer isso. Eu sabia disso, eu ficava acordada à noite, passando mal com esses pensamentos, mas eu não conseguia dizer uma palavra a ele. Eu não faria isso. — Ele está tão feliz com a mudança para casa nova e ir adiante com o nosso relacionamento... eu não quero estragar isso para ele. Aideen franziu as sobrancelhas para mim quando olhei de volta para ela, e travei em seu olhar preocupado. — Se você não ficar no mesmo nível que ele, eventualmente, não sobrará uma relação para arruinar. — ela disse, com voz severa.


Eu fiquei imóvel enquanto eu estava sentada diante de Aideen e olhei para ela sem piscar. — Eu não quero ser rude. — ela começou. — Mas quanto tempo você acha que vai durar antes de começar a ressentir-se por Alec comandar sua vida por você? Eu não respondi, eu sentei no chão e encarei. — Você é uma mulher independente, Kay, e você gosta de ser uma. Eu amo Alec, mesmo, mas se ele não parar de decidir tudo por ambos, ele vai te perder. Fiquei surpresa quando meus olhos se encheram de lágrimas e lágrimas quentes caíram dos meus olhos e salpicaram pelo meu rosto quando eu pisquei. Eu rapidamente estendi a mão e as enxuguei, mas já era tarde demais, Aideen viu e estava no chão na minha frente estendendo os braços e me consolando com um abraço. — Há quanto tempo você está se sentindo assim? — ela me perguntou. Eu passei meus braços em volta da cintura dela e joguei minha cabeça em seu ombro. — Um bom tempo. — eu admiti. Aideen suspirou quando ela nos balançou de um lado para o outro por alguns momentos. — Estou tendo pesadelos também. — eu sussurrei. Aideen congelou, em seguida, depois de um momento ela se afastou de mim e me olhou com os olhos tristes. Ela engoliu em seco. — Eles são sobre? Eu

funguei.

Tudo. Darkness. As

Bahamas. Storm

se

machucando. Apenas... tudo. Rompi em um soluço incontrolável e isso deve ter chocado Aideen que se encolheu. Ela recuperou a compostura e rapidamente me puxou de volta para


um abraço. Ela me balançou e me silenciou até que meus soluços se tornaram meras fungadas e meus olhos secaram. — Você precisa falar com alguém, Kay. — Aideen sussurrou. Segurei em seu abraço. — Eu estou. Estou falando com você. Aideen suspirou e me deu um aperto forte. Ela não disse mais nada e eu fiquei grata por isso, porque se ela dissesse qualquer outra coisa, havia uma grande chance de eu entrar em detalhes e contar tudo o que estava acontecendo dentro da minha cabeça. Eu não podia deixar isso acontecer, não seria bom libertar aqueles demônios. Fazia 13 meses desde que eu deixei a Darkness e todas aquelas pessoas horríveis para trás e, tanto quanto qualquer um poderia dizer, eu estava bem. Eu parecia bem, porque eu mesmo me controlava, mas Aideen teve um vislumbre do quão fodida eu realmente estava sobre o meu passado. Agora que ela sabia que eu estava tendo pesadelos, ela forçaria até que eu contasse tudo. Já era ruim o suficiente que tivesse contado sobre Alec porque agora ela não descansaria até que eu falasse com ele sobre como eu estava me sentindo. — Eu estou bem. — eu disse e limpei minha garganta. Obriguei-me a respirar para que eu pudesse me acalmar e parar de fungar, e quando as lágrimas pararam, me afastei de Aideen e lhe dei um pequeno sorriso. Eu poderia dizer, no entanto, que ela não estava convencida. — Estou chateada por você estar passando por isso há algum tempo e só agora me contar o que está errado. Sua saúde mental é importante, descarregue tudo em mim se isso for fazer você se sentir melhor. — ela pressionou. Acenei para ela. — Podemos falar em breve, prometo... eu só quero passar por hoje sem pensar em toda a merda que está na minha cabeça. Tudo bem? Aideen não ficou feliz, mas balançou a cabeça concordando, de qualquer maneira. — Obrigada. — eu disse e segurei as mãos dela.


Ela apertou a minha mão, em seguida, disse: — Espere, você ainda está bem com casar, certo? Eu fiquei em silêncio e Aideen ofegou. — Você não está? Dei de ombros. — Eu não sei. — Você está dando para trás? — Não, eu só estou dizendo que o casamento poderia ser diferente do que namorar. Quer dizer, quem sabe o que poderia acontecer? A Disney nunca fez um acompanhamento da Cinderela; tipo, o que aconteceu depois que o sapato serviu? Eles continuaram? Divorciaram? Nós nunca saberemos. — Keela... você está realmente preocupada que o seu futuro casamento com Alec poderia esfriar, porque você não sabe como Cinderela e o seu cara acabaram depois que se casaram? Eu estava? — Eu não sei. — admiti. — Eu sei. Eles viveram felizes para sempre, diz isso nos créditos finais do filme. Revirei os olhos. — Você é uma pessoa muito estranha. — Diga isso à mulher que acabou de comparar um filme da Disney com o seu futuro casamento. Oh Deus, ela estava certa. Eu gemi. — Talvez eu esteja ficando louca. Aideen bufou. — Você ficou louca muito tempo atrás, querida. Sentei-me e olhei para Aideen. — Você não está me ajudando, sabia? — Eu fui apenas o seu ombro para chorar, eu ajudei muito.


Eu

ri. —

Eu

preciso

da

sua

ajuda,

embora

não

emocionalmente. Fisicamente. — Quer dizer que você não me chamou aqui para descarregar em mim? Então por que você me chamou? — ela perguntou. Eu fiquei grata por ela mudar de assunto. — Eu preciso da sua ajuda para começar a empacotar. Nós estamos nos mudando hoje e eu não fiz nada. Literalmente nada. — eu gemi. — Eu estava escrevendo tão bem nas duas últimas semanas que eu adiei e agora é o dia da mudança e não estamos prontos para mudar. Aideen piscou. — Você quer que eu empacote? Ela ouviu uma única palavra que eu disse? — Sim, eu quero que você me ajude a empacotar! — eu falei. — Empacotar o seu apartamento? Eu pensei que você precisava de “ajuda”. — Aideen disse enquanto usava os dedos como aspas no ar em torno da palavra ajuda. — Por que as aspas no ar? — perguntei, confusa. Aideen bufou e abaixou os braços. — Porque eu pensei que você quis dizer um tipo de ajuda alcoólica, especialmente depois do que você acabou de me contar. Eu meio que achava que seria o tipo de ajuda de muito álcool. Olhei para a minha melhor amiga e pela bilionésima vez me perguntei por que eu mantinha a nossa amizade mais estranha do que estranha. — Tipo de ajuda alcóolica? — Sim. — Aideen sorriu. — Você sabe, eu ajudá-la a ficar bêbada. Eu balancei minha cabeça. Como essa tola tinha um emprego de educadora de crianças eu nunca saberia.


— São dez e meia da manhã. Aideen deu de ombros. — São cinco horas em algum lugar. — Há algo errado com você. Aideen gemeu. — Não me julgue, as aulas voltaram na segunda-feira e as crianças já estão me deixando louca. Eu levantei minhas sobrancelhas. — Você ensina crianças de segundo ano, elas são todas fofas. Aideen rosnou: — Essas crianças de oito anos podem ser animais, você está me ouvindo? Animais! Eu peguei dois garotos forçando outro a comer a porra da cola enquanto puxavam a cueca dele ontem. Eles são maus, eu estou lhe dizendo. Eu ri. — Encontre uma carreira que não envolva crianças, então. — Não! — Aideen ofegou. — Os anjos excedem à semente do diabo em dez a um. Além disso, eu gosto de transmitir a sabedoria para a próxima geração. Sabedoria. Rá. Aquelas pobres crianças estavam destinadas a trabalhar como strippers e traficantes de drogas, se permanecessem sob os cuidados de Aideen. — Eu sei que você está pensando em algo mal intencionado, então eu vou dizer foda-se antes que eu esqueça. Eu bufei. — Você é a pessoa mais estranha3 que eu conheço. — Você pronunciou mais legal4 errado. — Aideen brincou. Esta menina!

3

Strangest no original.

4

Coolest no original.


Eu não pude deixar de rir. — Você pode falar sério? — sorri. — Eu preciso de você. Aideen exalou alto. — Tudo bem, onde é que você me quer? — Cara para baixo, bunda para cima. — eu sorri. Aideen caiu na gargalhada e segundos depois um latido soou do meu quarto. — É bom ouvir você também, seu gordo... — Aideen! — eu a interrompi. Aideen riu. — Eu não ia dizer nada ruim para ele. Rá rá. Mentira. — Sim. — eu ri. — E eu sou a Beyoncé. Aideen levantou a sobrancelha para mim. — Você não tem bunda para ser a Beyoncé. — Então eu vou pegar alguma bunda da Bronagh, ela tem o suficiente disponível. — eu sorri. Aideen gargalhou ao mesmo tempo que o riso começou do lado de fora da porta do apartamento. Poucos segundos depois, alguém bateu na porta. Eu me levantei e abri a porta sem olhar pelo olho mágico. Eu sabia de quem era a risada. — Ei, o que vocês duas estão fazendo aqui? — perguntei e cumprimentei Bronagh e Branna com um abraço. Bronagh me bateu com o punho e disse: — Alec nos chamou e disse que você precisava de ajuda para empacotar, então aqui estamos. Encostei-me na minha porta da frente e sorri. — Obrigada, vocês são brilhantes.


Branna girou o pescoço e disse: — Nós sabemos, agora vamos começar. Pronta para trabalhar. Eu gostei. Eu ri e fechei a porta só para abrir de novo quando um baque soou contra ela e algo, ou alguém, gritou. Eu arregalei meus olhos quando Ryder Slater curvou na minha frente e gemeu de dor. Ele estava segurando a testa e silvando. Entrei em pânico e coloquei minhas mãos em suas costas. — Eu sinto muito, Ry! — eu despejei. — Você está bem? — Ele está bem. — afirmou Branna, acenando. — Ele já tem um cérebro danificado, nada mais aumentará tanto a estupidez dele. Ryder endireitou-se em toda sua altura e estalou para sua mulher: — Vai se ferrar. Branna estalou os dentes para ele fazendo Bronagh e Aideen rirem. — Eu estou bem, Keela, obrigado por sua preocupação. — ele disse, olhando na direção de Branna. Branna não estava prestando nenhuma atenção, então Ryder caminhou até ela e passou os braços em volta dela. Levantou-a para o ar e ela gritou de surpresa. Ryder passou a girar em um círculo em seguida e Branna gritou. — Eu sinto muito. — ela gritou. — Pare de me girar! Eu fiquei muito confusa com o que estava acontecendo, então eu olhei para Bronagh, meu rosto desorientado o suficiente para fazê-la rir. — Ele faz isso quando ela é uma vadia sem motivo. — ela explicou. Ele a gira em círculo? Pisquei os olhos. — E isso funciona?


Bronagh assentiu. — Ela fica tonta, então endireita sua atitude quando ele faz isso. Eu balancei minha cabeça. — Eles têm um relacionamento estranho. Bronagh assentiu com a cabeça. — Dominic só me diz para ir me foder se sou uma cadela com ele. Comecei a rir. — Alec não fala com tantas palavras, ele apenas me olha muito e fica em silêncio. Mas o silêncio dele grita o que ele está sentindo. Bronagh sorriu. — Esse é o nosso Alec, ele usa seu coração na manga. Coitado. Eu bufei e olhei de novo para Ryder, que colocou Branna de volta no chão e a segurou pelos ombros até que ela conseguiu se orientar e parou de balançar como se estivesse prestes a cair. — A cadela se foi? — ele perguntou para ela. Branna rosnou: — Quase. Ryder bufou e beijou o alto de sua cabeça e a abraçou. Eu vi um pequeno sorriso peculiar no canto da boca de Branna quando ela colocou os braços ao redor de Ryder e o abraçou. — Eu te amo. — ela murmurou. Ryder sorriu. — Eu também te amo. As coisas ficaram em silêncio por um momento, até Aideen fazer um som arfante. — Nojo. Vocês poderiam ser mais fofos? — ela perguntou para Ryder e Branna. Branna sorriu. — Sim, você gostaria de ter uma demonstração?


Aideen franziu o rosto e balançou a cabeça. Todos nós rimos e, em seguida, nós meninas pulamos de susto quando alguém explodiu em meu apartamento. — Bom dia! Eu me virei e apertei a minha mão contra o meu peito, onde o meu coração estava batendo forte. — Oh meu Deus! — ofeguei. Bronagh e Branna gritaram: — Kane! — Seu idiota fodido! — Aideen berrou então foi para cima de Kane e bateu bem no peito dele. — Você me assustou pra caralho, Slater. Não faça essa merda! Kane olhou para Aideen depois para o peito e ergueu a mão para esfregar a dor que irradiava lá graças à Aideen. Ele sorriu quando ela o empurrou tentando machucá-lo mais uma vez. Ele agarrou seus braços, girou em torno dela e apertou as costas delas na frente dele. Ele ainda tinha a mão dela presa por um momento; ele a tinha presa contra ele. — É bom ver você também, Ado. — ele sussurrou em seu ouvido. Ela rosnou: — Vamos. Solte. Me. Kane riu, mas fez o que ela pediu. Aideen girou e deu-lhe o dedo antes de se mover e ficar atrás de mim. Eu queria rir dela, ele poderia facilmente pegá-la se ele quisesse, mas ela pensava que se me tivesse entre eles, de alguma forma tornava isso impossível. — Eu não queria assustá-las, pensei que vocês tivessem nos ouvido chegando pelo corredor. — disse Kane e encolheu os ombros se desculpando. Eu olhei para o espaço vazio atrás dele. — Nós? — eu questionei.


Kane olhou para trás e suspirou — Dominic? Nico colocou a cabeça em torno do batente da porta e sorriu. — Oi. Eu suspirei: — O que você está fazendo aí? Entre. Nico entrou no meu apartamento e coçou atrás da cabeça. — Eu ouvi todo mundo gritar, então eu esperei até que todas descontassem a raiva em Kane por assustá-las antes que eu mostrasse a minha cara. Eu ri enquanto Kane olhava na direção de Nico. — Obrigado, mano. Nico sorriu. — De nada. Eu balancei a cabeça para os irmãos, em seguida, sorri. — Vocês vieram para nos ajudar a embalar, também? Nico assentiu com a cabeça. — Alec está estacionando o caminhão de mudança lá embaixo, ele tem uma pilha enorme de caixas com o caminhão também, o que é bom. Isso era sorte, porque eu nem sequer pensei em caixas para embalar tudo. Cara, eu estava tão despreparada para isso. Hoje seria um longo dia.


— O

h,

meu Deus! — eu sussurrei enquanto meu estômago explodia em borboletas. Eu deixei cair meu edredom de volta na minha cama em estado de choque. Eu vim aqui tentar começar a embalar, mas qualquer pensamento de empacotar saiu da minha cabeça quando eu vi Alec. Seus longos cabelos foram embora. Ele tinha um corte raspado nos lados de sua cabeça, mas a parte de cima estava bastante longa e puxada para trás, mas alguns fios estavam caídos na testa dele. Eu amava o seu cabelo longo, mas esse corte permitia que seu rosto deslumbrante ficasse mais a vista. — Você não gostou? — Alec estremeceu. A porra do oposto. — Você está tão sexy que eu tenho borboletas. — eu admiti. Alec ergueu as sobrancelhas. — Sério? Eu balancei a cabeça. — Alec... sério. Você está incrivelmente sexy.


Eu tive que sentar na minha cama para que pudesse absorvê-lo por inteiro. Eu verifiquei lentamente o seu corpo esculpido, da cabeça aos pés. Ele estava vestido com calça jeans preta, uma camisa justa branca e um cardigã cinza desabotoado grosso que eu comprei para ele no River Island na semana passada. Ele usava botas Timberland pretas e eu podia sentir seu creme pósbarba de onde eu estava sentada. Era um casual sem esforço, mas ele fazia o visual parecer deslumbrante. Parecia a primeira vez que eu estava vendo-o, e eu não podia acreditar o quão lindo ele era. Eu não podia acreditar que ele era meu noivo! — Você vai chorar? — Alec perguntou, depois riu. O idiota. Eu rapidamente cobri o rosto com as mãos e balancei a cabeça. Eu estava chorando, e eu estava com vergonha por causa disso. — Gatinha. — ele riu. Eu mantive minhas mãos no meu rosto e balancei a cabeça, de novo. — Sai fora. Ouvi seu riso abafado, então seus passos, antes de sentir suas mãos nas minhas coxas. — Olhe para mim, minha linda. — ele murmurou. Eu deixei minhas mãos caírem e abri os olhos. Ah, Cristo. Ele estava ainda mais sexy de perto. — Por que você é tão maravilhoso? — eu perguntei.


Alec sorriu. — Por que você só está percebendo agora? Rosnei para sua provocação. — Ainda sou eu, eu ainda sou seu Alec. — ele disse e aproximou seu rosto do meu. Meu Alec. Meu. — Eu tenho muita sorte. — eu sussurrei. Alec zombou. — Por favor. A reação que você acabou de me dar é como eu me sinto cada vez que olho para você. — Pare com isso! — eu gritei e cobri o rosto novamente. Alec soltou uma gargalhada e agarrou meus dedos. — Dê-me sua boca. Eu abaixei minhas mãos e deixei sua boca buscar a minha. Levantei minhas mãos para os ombros dele então as deslizei para cima. Por um momento fiquei triste quando minhas mãos passaram pela parte raspada, mas meu interior apertou quando eu agarrei a parte mais longa do cabelo dele. Estava longe de ser tão comprida como antes, mas eu ainda podia enrolar meus dedos nele o que era bom o suficiente para mim. Deixei-me ficar perdida em seu beijo e mal registrei que agora eu estava deitada, e Alec estava em cima de mim, me pressionando no nosso colchão. Eu estava tão envolvida com ele que eu também não ouvi a porta do nosso quarto abrir. — O que vocês dois... ah, pelo amor de Deus! Vocês não podem esperar até mais tarde? Eu me afastei da boca de Alec e gritei. Eu não estava nua e nem Alec, mas eu me senti como se estivéssemos porque o momento era pessoal e íntimo.


Alec pressionou a testa no espaço do colchão ao lado da minha cabeça. — Kane. — ele rosnou. — Vá. Embora. — Não. — respondeu Kane. — Você me acordou para ajudar a embalar suas coisas, por isso deixe a sua menina sozinha e venha ajudar. Alec rosnou: — Eu vou te matar, se você não for embora. — E eu vou sentar em você, se você não sair deste quarto. — Kane retrucou. Eu não consegui evitar e ri. — Mais tarde. — Alec murmurou em meu ouvido, em seguida, beijou meu rosto. Eu segurei seus braços. — Promete? — murmurei de volta enquanto ele se levantava e me levantava. Ele rosnou para mim e inclinou o rosto para me beijar de novo, mas Kane estava lá para colocar um fim nisso também. — Nem sequer pense nisso. Alec choramingou: — Eu te odeio tanto. Eu bufei. Ele virou-se e, em seguida, mergulhou em Kane, que gritou: — Eu estou doente! Você não pode me bater. Eu gargalhei enquanto eu observava Alec derrubar Kane no chão e imobilizá-lo. — Seu filho da puta gordo! — Kane estalou. — Saia de cima de mim! Alec deu um tapa no rosto de Kane e o olhar chocado no rosto dele me deu um ataque de riso. — Você... você me bateu. — Kane disse.


Ele piscou para Alec em descrença. — Você atrapalhou a minha foda. — Alec respondeu. — Fique feliz por não ser nada mais forte. Kane continuou a piscar, em seguida, um momento fugaz depois, seu choque evaporou e a raiva contorceu o rosto bonito. Eu senti meu queixo cair aberto quando Kane ergueu as mãos para os braços de Alec e o tirou do seu corpo. Kane rapidamente rolou para o lado e colocou Alec de costas e ficou de cara para ele. — Bata-me agora. — ele rosnou. Fiquei chocada em silêncio. — Como você fez isso? — eu perguntei para Kane, mas ele estava muito ocupado para me responder. Alec grunhiu com o aperto de Kane. — Filho da puta... doente o caralho. Eu não intervi – eles atacavam uns aos outros de forma aleatória o tempo todo, então eu sabia que não era nada sério. Porém, a primeira vez que Nico fez isso com Alec eu quase tive um ataque cardíaco. Tirei meu sapato e joguei-o na cabeça de Nico para detê-lo. Os irmãos ainda me provocavam por causa disso até hoje. — Tente me bater de novo. — Kane repetiu. Alec grunhiu, despejou xingamentos depois resmungou um pouco mais. — Eu não posso! — ele sussurrou. — Exatamente. — Kane rosnou. — Lembre-se disso. Ele saiu de cima dele, então se levantou e puxou Alec com ele. — Você é um idiota! — Alec disse e arrumou as roupas dele. Kane sorriu para ele. — Eu sei, agora vamos lá.


Eles deixaram o quarto aos empurrões e xingamentos um ao outro e isso me fez sorrir. Eu amava a ligação que os irmãos tinham, era bonito. Era estranho e às vezes assustador o quão intensa era, mas bonita, nada menos que isso. Eu balancei a cabeça, enquanto caminhavam para fora do quarto, em seguida, bufei conforme caminhava até meu armário e ouvia Kane gritar com Alec para ficar longe de mim. Ele riu de Kane e correu de volta para o nosso quarto. — Eu me esqueci de dizer oi para ela, dê-me um segundo. Eu derreti. Ele era muito bonito. — Oi Alec. — eu ri. Ele andou para trás de mim. — Oi, Gatinha. — Quantas caixas você conseguiu com a van? — perguntei. Ele bufou e beijou a parte de trás da minha cabeça. — Gatinha, é bom ver você também. Eu também senti sua falta. Sentiu minha falta? Ele ficou fora por cerca de uma hora. Revirei os olhos. — Oi, eu também senti sua falta... quantas caixas você conseguiu? Alec riu e bateu de brincadeira na minha bunda. — Vinte. Meus irmãos estão montando-as e marcando agora. Eles me deram desmontadas, e por serem de graça eu não quis reclamar.


Eu sorri, mas não disse nada quando pensei pela milionésima vez sobre a mudança. — Ei. — Alec murmurou em meu ouvido. — Está tudo bem? Não, de jeito nenhum. — Sim... eu só estou estressada com a mudança. — eu respondi, tratando como se fosse nada. Alec colocou as mãos nos meus braços e gentilmente esfregou para cima e para baixo. — Você tem certeza que isso é tudo? Eu balancei a cabeça. — Keela. — Alec começou. — Fale comigo, o que há de errado? Tudo. — Nada, eu estou bem. — eu assegurei a ele. Seu silêncio falou alto, então eu decidi dar-lhe um pequeno pedaço do que eu estava pensando. — Eu apenas nunca me mudei para uma casa com outra pessoa antes, especialmente não outra pessoa que é o meu noivo. Está batendo que o que somos é de verdade. Eu fiquei convencida por um longo tempo que você me querer era algum tipo de acaso. Eu estava esperando que você percebesse que poderia ter qualquer pessoa, então por que se contentar comigo? Então você levantaria e iria embora. Alec me virou para ele e inclinou a cabeça para baixo para que pudesse pressionar sua testa contra a minha. — Eu não sei o que mais eu posso fazer para fazer você perceber o que você significa para mim. Eu não vejo ninguém, exceto você. Você é a minha vida, Keela. Eu queria que você soubesse o quanto eu te amo e como eu sou sortudo por você ter me escolhido. Você não sabe como você é linda, e eu espero que você nunca perceba, porque se fizer isso, você notará que pode ter algo melhor do que eu, então vai levantar e me deixar.


Sim, certo. — Pare com isso. — eu murmurei e tentei afastar. — Não. — Alec disse com firmeza e me segurou no lugar. — Você é linda. Você é perfeita para mim. Você é a minha vida. Você nunca vai me convencer de que eu sou digno de você. Gatinha, eu te amo tanto que dói. Por favor, perceba isso. Ah, Cristo. Eu estava prestes a chorar. Mais uma vez. Eu rapidamente levantei as mãos para o meu rosto e o cobri completamente. — Eu te odeio! — eu disse, então comecei a chorar. Eu odiava tudo. Eu tinha essa pessoa incrivelmente bela por dentro e por fora, e ele me queria ao seu lado por toda a vida, mas aqui estava eu, duvidando se estamos indo muito rápido ou não. Eu queria ficar com Alec pelo resto da minha vida, eu juro que eu queria... então, por que diabos parecia que estávamos fazendo tudo rápido demais? Alec considerou meu estado emocional como um bom sinal e colocou os braços ao meu redor e me aconchegou nele. Ele pensou que eu estava sobrecarregada por sua confissão de amor, e eu estava, mas o que ele não sabia era que eu estava perto de quebrar e revelar o que realmente estava errado comigo. — Chore baby. — ele murmurou para mim. Eu ri e afastei levemente. — Eu estou bem, é apenas o estresse da mudança que me deixa tão chorosa. Alec acenou com a cabeça e beijou minha testa. — Vamos começar a empacotar e acelerar este dia. O que você me diz?


Forcei um sorriso. — Eu digo para me mostrar o caminho. Saímos para a nossa sala de estar, encostamos na parede e observamos todos. Kane e Aideen estavam discutindo, grande choque - não. Nico e Bronagh estavam se beijando, outro grande choque - não. E então havia Branna e Ryder que estavam em seus telefones, que não era um choque, porque ultimamente eles preferiam seus telefones em vez da companhia um do outro, o que eu achava triste. — Sobre o que vocês estão discutindo agora? — eu perguntei à Aideen. Ela bufou. — Ele. — ela olhou para Kane. — Disse que nós meninas seremos inúteis para empacotar e estou brigando contra isso. Olhei para Kane. — Isso é uma declaração ousada. — Mas uma verdadeira. — respondeu ele. Alec e seus irmãos bufaram. Olhei por cima do meu ombro para Alec. — Do que você está rindo? — Kane. — ele respondeu. Eu fiz uma careta. — Você... concorda com ele? — Diga não. — Nico sussurrou. Eu revirei os olhos para o conselho dele da Bíblia masculina. Alec bufou e ignorou seu irmão. — Sim, eu concordo com Kane. Vocês não ajudarão em nada e sabem disso. Que audácia! — Nós podemos ser de muita ajuda e seremos! — eu rebati. — Não. — Alec riu. — Você não vai. Rosnei: — Você quer apostar?


— Sim. — Alec sorriu maliciosamente. — Eu quero.


— E

u

não

quis dizer uma aposta de verdade. — eu falei, nervosa. Alec sorriu. — Eu quis. Eu zombei. — Sério? Você realmente lembra o que aconteceu da última vez que fez uma aposta, não é? Alec riu e se afastou de mim. — Sim, eu ganhei a dita aposta. Eu afundei minhas bolas na sua doçura se bem me lembro. Os punhos dos irmãos de Alec colidiram com o dele, o que fez com que eu balançasse a minha cabeça. Por que os homens sentem a necessidade de felicitar o outro sobre transar com outra pessoa? Revirei os olhos. — E o que aconteceu depois disso? Alec franziu a testa. — Inferno. — Exatamente. Coisas ruins acontecem para nós quando as apostas estão envolvidas. Alec me dispensou. — Nós não estamos apostando sua boce...


Eu coloquei meus punhos para cima, indicando que seriam jogados para baixo se ele disse aquela palavra. Alec parou de falar no meio da palavra para rir da minha reação. — Suas partes íntimas não são o grande prêmio desta vez. — ele piscou. — Eu estava pensando mais ao longo das linhas de suas habilidades culinárias. Como isso soa? Se eu e meus irmãos carregarmos o nosso lado do caminhão, primeiro, então eu ganho e você faz o jantar por um mês em nossa nova casa. Eu fiquei hesitante. Eu gostava de cozinhar, mas só porque Alec e eu nos revezávamos quando se tratava da cozinha, então eu não tinha certeza se aceitar a aposta era a coisa certa a fazer. Valia a pena o risco? Olhei por cima do meu ombro, quando senti um puxão afiado nas minhas costas. — Nós conseguimos. — Branna murmurou. Virei-me e cruzei os braços sobre o meu peito enquanto verificava se minhas companheiras aceitavam a aposta. Todas as três eram baixas, eu era a mais alta, com 1,68m e mesmo isso não era nada comparado com a altura dos irmãos. Eu suspirei. — Eles são maiores e mais fortes do que nós, mesmo Kane, e ele não está em plena saúde. Bronagh bufou então fez sinal para eu chegar mais perto com o dedo indicador. Quando aproximei ela sussurrou: — Por favor, força e massa corporal não têm nada a ver com isso quando eles estão distraídos. Dominic é lento pra caralho quando se trata de limpar quando eu estou na sala, ele não consegue


tirar os olhos, ou as mãos, de cima da minha bunda. Eu posso embalar perfeitamente bem, enquanto ele ficará lento. Vou torná-lo inútil para Alec. Aideen estalou os dedos. — Oh meu Deus, eu tenho uma ideia. Anjos começaram a cantar dos Céus com a declaração do Aideen. — Há uma primeira vez para tudo. — eu dei de ombros. Aideen me empurrou e isso fez com que eu e as meninas ríssemos. — Vá em frente então Watson, ilumine-me com o seu plano. Aideen sorriu. — Aceite a aposta, então usamos nossos corpos para nos certificar de que a única coisa dura estará na cueca dos rapazes. Isso... isso realmente tinha promessa. — Eu amo isso. — Branna sorriu e bateu os punhos com Aideen. Eu levantei minha sobrancelha e sorri. — Eu nunca pensei que diria isso, mas bem pensado. Aideen colidiu os punhos comigo. — Eu sou muito mais do que um rosto bonito com grandes tetas, Sherlock. Eu bufei, então quando virei com um sorriso no rosto para Alec e seus irmãos, encontrei-os olhando nosso grupo desconfiados. — Eu aceito a sua aposta, mas eu quero um prêmio diferente se eu ganhar. Nico se adiantou e empurrou seu irmão. — Não concorde com tudo o que ela disser. — O que? Por quê? — Alec perguntou, com cautela. — Olhe para elas. — Nico falou e encarou cada menina. — Elas estão aprontando alguma coisa, eu posso sentir isso em meus ossos.


Alec estreitou os olhos e olhou para cada uma de nós. — Ele está certo, vocês quatro estão aprontando alguma coisa. Fingi inocência e bati meus cílios. — Eu não tenho nenhuma ideia do que vocês estão falando. — Seus lindos olhos verdes não nos enganam, Keela. — Ryder olhou. — Somos Slaters, enxergamos além das mentiras femininas. — Rá! — Bronagh e Branna disseram em uníssono, em seguida, explodiram em risos. Ryder engoliu nervosamente e parecia inseguro de si mesmo. — Bem... na maioria das vezes enxergamos. Kane bateu no ombro do seu irmão mais velho tranquilizando e encarou seu fruto proibido. — Não se associe com o que as três estão planejando, Aideen. — Eu não sonharia com isso, bonitão. Rá! Kane estalou os dedos em Aideen. — Meu medidor de mentira está fora da jogada, Collins. Aideen não respondeu e Kane pareceu perdido diante da sua falta de retaliação. — Por que você não está me xingando ou me dando um fora? — ele perguntou com cautela. Aideen bocejou. — Porque eu estou poupando energia para ajudar Keela a ganhar esta aposta. Eu posso discutir com você mais tarde. — Isso é uma promessa? — Kane perguntou, sorrindo. Aideen sorriu. — Veremos. A tensão sexual repentina no quarto podia ser cortada com um pênis ereto.


Eu tremi. — Parem de flertar. Eu me sinto suja apenas parada entre vocês dois! Alec estalou os dentes para mim. — Eu vou te limpar muito bem, Gatinha. Eu balancei as minhas sobrancelhas. — Ou me deixar mais suja. O sorriso de Alec nunca vacilou e eu encontrei-me movendo em direção a ele, até que um beliscão no meu traseiro me fez gritar de dor. Peguei minha bunda com as minhas duas mãos e virei. Eu olhei imediatamente para Aideen. — Ado! — eu rebati. Aideen deu de ombros. — Transe com os olhos depois, temos uma aposta para ganhar. Eu segurei minha língua enquanto olhava para ela e virei. — Eu aceito a aposta que propõe Playboy, mas você aceitará um prêmio diferente para mim se eu ganhar? Todos os quatro irmãos cruzaram os braços sobre o peito, em uníssono e isso me fez sorrir. Eles eram tão diferentes, mas tão iguais ao mesmo tempo. — Qual é o prêmio se você ganhar? — Alec perguntou. Mordi o lábio inferior, em seguida, liberei e disse: — Você tem que nos dar um strip-tease a qualquer hora, à minha escolha. —Uhuhu! Ignorei os aplausos de Aideen, a encarada de Kane para ela, as expressões divertidas dos irmãos e uma horrorizada de Alec.


— Você quer que eu faça o que? — Alec questionou, parecendo que tinha algo preso na garganta. Eu sorri. — Dar para mim e para as meninas um strip-tease. Alec cerrou o maxilar. — Keela Elizabeth Daley. Meu nome completo. Uh-oh. Ele estava bravo. Eu continuei a sorrir. — Nico me disse que você já fez isso antes, nos seus dias de acompanhante. Ele disse que você usava um chapéu, uma tanga fio dental e uma gravata. — Ai! — Nico gritou quando Alec virou-se e deu um soco em seu braço. — Ei, sem violência. Se eu não estou autorizada a bater nas pessoas, vocês também não estão. — afirmou Bronagh atrás de mim. Nico bufou e esfregou o braço enquanto Alec se virou na minha direção e dobrou os braços sobre o peito de novo. — Escolha algo diferente... — Não. — eu interrompi Alec. — Essas são as condições para a minha aposta. O olho de Alec se contraiu em aborrecimento. Eu sorri para ele, e depois de um minuto de encarada intensa Kane ficou irritado. — Basta aceitar as malditas condições, teremos a nossa parte do caminhão carregada muito antes das princesas ainda terem o lado delas cheio pela metade. Princesas?


Ah cara, coisa errada a dizer. — Você acabou de me chamar de princesa? Escuta aqui, seu bastardo doen... — Ado! — a voz de Bronagh estalou. — Respirações profundas. Bom, grandes,

respirações

profundas. Você

não precisa bater

nele,

você

não quer bater nele. Aideen rosnou. — Eu realmente quero. Olhei para baixo e tentei não rir ao ver Bronagh convencer alguém a não machucar outra pessoa. Essa era a definição de ironia, se eu já vi alguma. — O tempo está sendo desperdiçado. — Branna cantou. — Você aceita ou não a aposta, Alec? Alec bufou. — Sim, eu aceito e quando eu ganhar, cozinhará jantares completos para mim, todos os dias, durante um mês inteiro, Gatinha. Sim, nós veremos isso. — Que as chances estejam a seu favor! — Aideen falou e curvou-se para os rapazes. Todos os quatro olharam para ela. — O que é isso, Jogos de Empacotamento5? Quatro homens contra quatro mulheres, a primeira equipe a embalar o seu lado do caminhão com caixas sobrevive? — Alec perguntou, seu tom provocativo. Bronagh sorriu diabolicamente. — É exatamente isso o que será, irmão mais velho. Todos os quatro irmãos encararam Bronagh então olharam para mim. Eu sorri e eles olharam um para o outro e engoliram. Os rapazes estavam nervosos porque eles não sabiam no que estavam se metendo. 5

Referência aos Jogos Vorazes.


Eles devem ficar nervosos. Eu gargalhei interiormente como a bruxa má que eu era. Nós íamos destruí-los.


— O

k, se

dividam em suas equipes e resolvam os postos de trabalho entre todos. Temos a van de mudança até às cinco da tarde, o que significa que temos que empacotar e desempacotar tudo na nova casa em seis horas e meia. Não há espaço para erros. Entendido? Alec e seus irmãos me cumprimentaram, e a Aideen também, o que ela achou hilário. Revirei os olhos. — Coloquem suas bundas para trabalhar. Storm latiu com o meu tom e todos riram. Abaixei-me e acariciei suas orelhas. — Você pode ser da nossa equipe, se você quiser, amigo. Ryder pigarreou. — Ele é um homem. Ele estava acabando de descobrir isso? — E daí?


— E daí... — Nico entrou na conversa. — Ele está automaticamente convocado para a equipe masculina. — Essa é uma questão técnica estúpida. — eu disse. Alec sorriu para mim. — Não, ele é um homem, portanto, ele faz parte da equipe dos machos. Eu queria brigar com isso, mas Aideen puxou meu braço recebendo minha atenção. — Deixe-os tê-lo, tudo que esse gordo faz é dormir, peidar e comer. Ele quase não ajudará na competição. Por mais que eu não concorde com o xingamento, o Storm não fazia muito mais coisas do que Aideen acabou de listar então eu recuei e concordei. — Tudo bem, Storm é da sua equipe. Alec assobiou e Storm correu para o seu lado, o que surpreendeu Aideen. — Ele pode correr? — ela perguntou, com os olhos arregalados de surpresa. Revirei os olhos. — Não confraternizamos com o inimigo. Você fique longe dos humanos com seios e vaginas. Você entende isso, companheiro? Storm latiu em resposta para Alec como se estivesse respondendo à pergunta com um sim gritante. Eu grunhi. — Traidor. Os rapazes riram enquanto iam para a sala de estar decidir quem iria embalar o que. As meninas e eu fomos pelo corredor e para o meu quarto para fazer a mesma coisa. — Tudo bem, nós precisamos deles para carregar as coisas como sofá e a cama...


— Esqueça os dois, eles ficarão aqui com o proprietário. — eu disse. — Alec já comprou novos; eles chegaram à nova casa ontem. Eles são maiores e melhores, ele disse. Branna piscou. — Ele comprou ambos, sem nem mesmo consultá-la primeiro? Dei de ombros tentando não aparentar como isso me incomodava, mesmo que incomodasse. Muito. — Mas e se o sofá não combinar com o quarto? E se você quiser um designe ou cor diferentes? — Branna perguntou, a voz firme. Dei de ombros novamente. — É o dinheiro dele, ele pode comprar o que ele quiser. Aideen suspirou. — Você realmente tem que superar isso. Vocês estão prestes a se casar. Por mais que o casamento não seja por agora, você tem que se acostumar que o que é dele é seu e vice-versa. Eu não tinha que me acostumar com esse vice-versa, Alec já vivia comigo. Tudo o que era meu, era dele. — É difícil para ela. — Bronagh entrou na conversa. — Eu sou muito exigente com o que Dominic gasta, mesmo sendo o dinheiro dele. Ele acabou com três quartos do dinheiro em absolutamente nada desde que começamos a sair. Agora, ele precisa trabalhar ou de outra forma estamos falidos. O dinheiro não dura para sempre, a menos que você tenha uma renda constante. Eu dei um high-five6 com Bronagh. — Exatamente, é exatamente isso que eu tenho falado. — Pensado. — Aideen me corrigiu. — Você tem pensado, não falado isso. 6

Cumprimento feito com as mãos abertas se tocando.


Eu rosnei para ela. — Porque vai pegar mal se eu disser a ele para não gastar seu próprio dinheiro. — Vocês são um casal, Kay. — Branna franziu a testa. — Vocês precisam discutir estas coisas. — E outras coisas. — Aideen murmurou. Eu atirei-lhe um olhar de advertência e ela fechou a boca. As irmãs trocaram olhares, mas não disseram nada. Eu não quero falar sobre Alec e eu mais - eu queria me concentrar em embalar. O que eu realmente queria era que o dia de hoje acabasse. — Está bem, embalando. — eu comecei. — Bronagh, você e Branna começam aqui no quarto, eu vou pegar a cozinha e Aideen pode começar na sala de estar. Se os rapazes começarem a embalar algo que ajudará a encher o lado deles

da

van

primeiro,

os

distraia

com

todos

os

meios

necessários. Eu realmente não quero cozinhar o próximo mês. Colocamos nossas mãos em conjunto como um amontoado de equipe e aplaudimos, depois rimos do nosso ridículo. — Seria óbvio demais para os rapazes que eu estou tentando distrair Dominic se eu ficasse nua e me curvasse diante dele? Olhei para Bronagh e apenas encarei até que ela riu. — Estou brincando, mas se eu realmente ficasse nua, Dominic seria completamente retirado da equação o que significaria menos um irmão, sobrando três. As probabilidades estariam ainda mais a nosso favor. Eu pensei sobre isso por um momento e depois balancei a cabeça. — Você não ficará nua, vamos ganhar isso limpo e justo. Aideen me cutucou. — O quanto é justo o que estamos fazendo? — Muito justo, quero dizer que não estamos fazendo muito. Não é nossa culpa se os paus dos rapazes decidirem prestar atenção em nós.


Branna bufou. — Vamos apenas fazer isso antes que eles pensem que temos uma enorme conspiração acontecendo. Sorri, então virei e saí do meu quarto em direção à cozinha. Olhei para Alec que estava brincando no chão com Storm. Eu interiormente sorri, usar Storm para distraí-lo nunca me ocorreu. — Com licença. — eu disse e passei por cima de Alec e Storm. Eu estava de vestido, então fiz questão de passar por cima da cabeça de Alec apenas para que ele pudesse ver o meu vestido. — Keela! — ele sussurrou e se esforçou para tirar Storm do seu corpo, conforme levantava. Eu pulei quando os braços de Alec deslizaram ao redor das minhas costas e as mãos entrelaçaram no meu umbigo. — Estamos em guerra agora, querido. Mãos fora da mercadoria. — eu disse, docemente. Alec rosnou quando colocou a boca junto ao meu ouvido: — Você não está de calcinha. Eu me encolhi. Deus, eu odiava aquela maldita palavra7, mas eu não o corrigi sobre isso, porque eu queria que a minha calcinha, ou melhor, a minha falta de calcinha, ficasse impregnada na mente dele. — Não? Huh. Eu devo ter esquecido de colocar uma... — Mentira. Eu lutei contra um sorriso. — Como é? — perguntei, inocentemente. 7

Fazendo referência à palavra usada para calcinha, pelos americanos, “panties”, enquanto a Keela falava Knickers.


— Você me ouviu, mentira. Você não pode simplesmente esquecer de colocar calcinha. Você tem uma porra de uma rotina que você segue quando se veste - calcinha, sutiã, meias, então o resto da suas roupas. Ele prestava atenção em tudo o que eu fazia? — Isso é verdade, mas tudo está um pouco agitado hoje. Eu não posso ir colocar uma agora, porque as meninas estão no nosso quarto e isso seria muito óbvio. Eu não posso nem pegar uma e colocar em outro lugar, porque Ryder está no banheiro arrumando nossos produtos de higiene pessoal e eu não acho que você gostaria que seus irmãos me assistissem remexer em um par de calcinhas na frente deles aqui. O aperto de Alec aumentou. — Malditamente certa, eu não gostaria. Eu sorri diabolicamente. — Exatamente, então deixe-me ir e voltar a embalar. Alec rosnou quando fui para longe dele. — Como posso me concentrar em empacotar caixas quando eu sei que você não tem calcinha sob o vestido? Ele não seria capaz de se concentrar, e era exatamente com isso que eu estava contando quando eu decidi tirá-las. — Eu tenho certeza que você descobrirá um jeito. Eu senti os olhos de Alec em mim quando eu abri um armário acima da minha cabeça e estendi a mão para os pratos e copos. Eu podia sentir meu vestido subir nas minhas coxas conforme estiquei. — Deus, caralho, porra. Ryder! Troque comigo! Olhei por cima do ombro e vi quando Alec saiu correndo da sala e pelo corredor, até o banheiro. Eu sorri. Ele achou que podia se afastar de mim tão facilmente?


Ele estava ficando louco se ele pensava assim. — Boa ideia, querido. Aideen, você assume a cozinha. — eu gritei. — Eu vou embalar as minhas coisas no banheiro, para o caso do Alec jogar fora os produtos de higiene pessoal que eu gosto. — Indo! — Aideen gritou. Eu rapidamente entrei no banheiro depois de Alec, que tentou me impedir de entrar no cômodo, mas gemeu quando eu abaixei sob ele e ganhei acesso de qualquer maneira. Eu sorri para mim mesma. — Baby, feche a porta, mas não toda, eu preciso pegar minha toalha de cima da porta. Alec não olharia para mim, mas fez o que eu pedi. — Obrigada. — eu falei. Eu estava do lado do banheiro e fingi perder um pouco o equilíbrio. — Keela! — Alec gritou, em seguida, saltou para mim, abrindo os braços, assim que caí neles. Engoli em seco. — Boa pegada. Inclinei-me para cima e beijei o lado da boca de Alec e ele rosnou. — Só... só tome cuidado, está bem? — ele murmurou, sua aparência exterior durona desvanecendo por um momento. Eu balancei a cabeça. — Eu vou, meninão. Não se preocupe comigo. Alec murmurou algo para si mesmo. Eu era tão óbvia com o que estava tentando fazer, mas Alec estava tão concentrado em não olhar para mim que ele não conseguia ver o quanto eu queria que ele olhasse para mim. Eu olhei para ele através do espelho.


Aparentemente, mostrar um pouco de pele não foi suficiente, eu tinha que aumentar o grau das coisas. Eu me virei e olhei para baixo para o cesto ao lado do vaso sanitário. — Eu pensei que tinha dito para limpar isso? — eu perguntei e inclinei para frente. — Limpar o que - oh, Jesus! Sorri para mim mesma. Eu senti o ar frio sobre o meu traseiro e eu sabia que estava exposta. Extremamente exposta. Eu pulei quando a mão de Alec segurou na minha bunda. — Alec! — eu ofeguei. Ele me empurrou contra o balcão do banheiro. — Eu não posso. Eu não posso não te foder agora. Olhei pelo espelho para ele, conforme ele se atrapalhava com os botões do seu jeans e freneticamente empurrava a cueca até suas coxas. Ele estava tão nervoso que nem sequer abaixou até as pernas. Parece que aumentar um grau significava que eu estava usando o sexo contra Alec no meu truque para ganhar esta aposta. Ele me mataria se descobrisse. — Você está molhada? — Alec me perguntou. Eu não queria dizer que não, mas eu não estava. Eu não tinha mais dezoito – uma apalpada na bunda não me deixava molhada. — Não, mas você ainda pode - Alec!


Alec caiu de joelhos atrás de mim. Ele poderia ter desaparecido da minha vista, mas eu não precisei vê-lo para saber o que ele estava fazendo. Eu só tinha que senti-lo e senti-lo é exatamente o que eu estava fazendo. Cerrei os punhos quando ele colocou sua língua em mim e mergulhou-a em meu corpo, tanto quanto ele conseguiu. Eu me concentrei na minha respiração, mas choraminguei quando Alec mudou da minha entrada direto para o meu clitóris, onde ele rodou e me sugou como se eu fosse sua comida favorita. O que eu era. — Sim. — eu gemi conforme um pulso dolorido intensificou e me atormentou enquanto Alec me comia. Abri mais as pernas e empurrei para trás, no rosto de Alec. Suas mãos bateram na minha bunda antes de ele apertar. Doeu tão gostoso que eu rosnei. — Agora. — eu implorei. — Dentro de mim. Agora. Alec afastou sua boca do meu clitóris e se levantou. — Você tem certeza que quer isso aqui? — ele perguntou. Eu não respondi verbalmente, eu não consegui. — Keelaaaaaa. — ele assobiou quando eu empurrei minha bunda para trás e em um movimento fluido ele deslizou para dentro de mim. Essa foi a minha resposta. As mãos de Alec instantaneamente prenderam meus quadris e ele empurrou para frente.


Agarrei nas torneiras na minha frente e segurei com força enquanto eu empurrava para trás e encontrava o Alec, impulso por impulso. Eu silenciei Alec quando o barulho das meninas e rapazes discutindo lá fora soou. A porta do banheiro não estava trancada, então se um deles abrisse, iriam ter uma bela vista do que Alec e eu estávamos fazendo. Nós já estávamos jogando sujo usando nossos corpos contra os rapazes, mas eu não queria que elas soubessem que eu rebaixei mais, usando o sexo contra o meu homem. Elas não iriam me julgar, mas ainda assim, parecia que eu estava levantando a aposta por iniciar o sexo em primeiro lugar. — Gostoso e lento, Alec. — eu murmurei. — Nós temos que ficar quietos. Alec rosnou e enfiou em mim mais duro fazendo-me gemer em voz alta, conforme o prazer subia e descia pelo meu corpo. — Olhe para mim. Eu olhei para o nosso espelho do banheiro e fiz contato visual com ele. Eu juro que assistir o movimento do seu corpo contra o meu foi a coisa mais sexy que eu já vi. Eu não sei porque, mas nós nunca transamos assim antes. Eu o vi me foder quando estávamos enfrentando um ao outro, mas nunca usamos um espelho para ver como ele me pegava por trás. Não até hoje. — Oh, Deus. — eu gemi. Alec se inclinou e beijou meu ombro antes de mordê-lo. Rosnei. Eu adorava quando ele mordia e me beliscava. Ele realmente me tinha. Ficamos em silêncio enquanto olhávamos um para o outro no espelho; meus olhos involuntariamente fecharam algumas vezes quando o prazer se


tornou incrível. Mordi meu lábio inferior quando Alec chegou ao redor e tocou meu clitóris. Não pense sobre isso. Não pense - oh, Cristo! — Eu vou gozar, eu vou gozar. Não pare! — eu chiei em seguida, empurrei de volta contra Alec tão duro e o mais rápido que pude, dando ao meu corpo exatamente o que ele procurava e o que só ele poderia me dar. — Eu te amo. — Alec murmurou, então beliscou meu clitóris. Ele me enviou ao limite e de cabeça ao êxtase. Coloquei a mão sobre a minha boca, enquanto onda após onda de prazer glorioso batia em mim. Eu momentaneamente parei de respirar, mas quando arrepios correram para cima e para baixo na minha espinha, eu ofeguei. Alto. Os movimentos de Alec desaceleraram para contrações pélvicas enquanto ele terminava dentro de mim. Eu queria sorrir, mas eu pulei de susto e abri meus olhos quando ouvi um grito alto vindo de algum lugar no apartamento. — Alec, afaste-se! Não deixe que ela use a boceta contra você. — Ah! Porra, Branna, espero isso da Bronagh, não de você. — a voz de Nico lamentou. Eu coloquei minha cabeça contra o balcão de mármore do meu banheiro e gemi. Eles sabiam o que estávamos fazendo. — Estou mortificada. Alec bateu na minha bunda e deslizou para fora do meu corpo. — Ouvir-nos não é tão ruim. Eles já nos flagraram transando muitas vezes... — Não, todos ao mesmo tempo! — eu interrompi Alec.


Levantei-me e virei para encará-lo enquanto ele se limpava com uma toalha úmida, em seguida, deixou-a cair no vaso sanitário e puxou a calça jeans para cima, abotoando-a. — Eu disse para parar de se curvar. Revirei os olhos. — Eu pensei que você estava mexendo comigo. Eu não pensei qualquer coisa do tipo. Eu sabia muito bem que ele iria quebrar se eu inclinasse o suficiente. — Você não está de calcinha... eu vi a sua boceta... quanto controle acha que eu tenho? — ele perguntou, irritado. Nenhum. Absolutamente nenhum. Eu não podia deixar de rir, e depois de um momento, Alec perdeu sua atitude e sorriu e balançou a cabeça para mim. Ele estendeu a mão para mim e me puxou contra ele, me abraçando com força. — Eu gosto de ver você gozar assim, é sexy pra caralho. Sorri quando ele beijou o topo da minha cabeça. — Eu gostei, também. — eu murmurei e me aconcheguei no peito dele. Eu gemi e me afastei de Alec quando senti o ato de nosso sexo escorrer para baixo em minha perna. — Esta é a parte mais nojenta. — eu murmurei e peguei alguns lenços umedecidos para que eu pudesse me limpar. Alec bufou e foi para os produtos de higiene pessoal empilhados no banheiro, balcão, enquanto eu usava o banheiro. No meio da minha limpeza eu olhei para ele e bufei. Ele olhou para mim. — O que?


Eu balancei minha cabeça enquanto eu procurava um rolo de papel. — Eu nunca pensei que eu iria ao banheiro na frente de um homem como se fosse nada. Alec bufou. — Isso é nada. Ele voltou a empilhar os shampoos e tal, enquanto eu engoli quando um pensamento entrou na minha mente. Nós já estávamos agindo como um casal. Eu me recusava a fazer isso agora. Minha mente já estava cheia com a mudança e o estresse que isso trouxe. Eu não podia me preocupar sobre como Alec e eu estávamos agindo. Eu não faria isso. — Ei, por que esse olhar? — Alec me perguntou, me tirando dos meus pensamentos. Levantei-me a toda velocidade do lavatório, sorrindo enquanto ia para a pia para que eu pudesse lavar as mãos. — Nada, só imaginando quanta merda vamos ouvir quando sairmos lá fora. Alec me olhou por um momento e depois riu. — Vai ficar tudo bem, meus irmãos irão manter os insultos a um mínimo. Vou chutar suas bundas de outra forma... mas não posso falar pelas meninas. Eu bufei. — Elas me cumprimentarão. Ops. — Por quê? — Alec perguntou, sua sobrancelha levantada. Eu sorri. — Porque eu consegui algo em um banheiro. Alec me observou por um momento, em seguida, sacudiu a cabeça. — Mulheres.


Eu ri e comecei a dobrar as toalhas de novo, que Alec tirou do pequeno armário ao lado do espelho na parede. Quando isso foi feito, eu reorganizei as toalhas que ele tinha acabado de empilhar. Eu joguei fora as meias garrafas vazias de produtos e mantive apenas as cheias e fechadas. Expliquei que eu não queria que nenhum dos frascos abertos abrissem e derramassem na van. Os novos tinham selos sobre eles para que não causassem nenhum dano, se derrubado dentro da van. Alec acenou com a cabeça, em seguida, abriu a porta quando eu tinha tudo organizado. Pedi-lhe para ir buscar duas caixas para mim e ele estava saindo pela porta para fazer isso, mas congelou no último segundo. Engoli em seco quando ele se virou para mim. Eu tinha certeza que ele descobriu o que eu fiz pelo olhar que ele estava me dando, mas eu relaxei quando ele disse: — Essas caixas são minhas. Revirei os olhos. — Não, elas são minhas. Alec se manteve firme. — Eu empilhei todas naquele balcão. Eu coloquei minhas mãos em meus quadris. — Eu empilhei novamente e redobrei as toalhas. Eu também joguei fora o lixo que você queria manter. Elas são parte da minha carga. Alec olhou para mim. — Eu não vou deixar você passar por mim com um único item dessa pilha. Sério? — Não me faça te machucar, porque eu vou. — ameacei. Alec bufou. — O que você vai fazer? Ir para cima para tentar me bater? Idiota! — Não tire sarro de mim por causa da altura. Sou alta para uma menina, você é o único que é assustadoramente magro! A risada de Alec me incomodou por isso decidi usar outras opções para sair dele do meu jeito.


— Bronagh! — eu gritei. Alec congelou. — Sim? — ela gritou. — Alec disse que você deveria ser personagem do Hobbit! Alec engasgou. — Sua vadia malvada! Segundos depois, uma Bronagh selvagem apareceu e saltou sobre Alec por trás. — O Hobbit? — ela resmungou. — Eu vou lhe mostrar um hobbit! Alec gritou e estendeu as mãos até as orelhas, as orelhas que Bronagh tinha em seu aperto forte. Eu ri quando ela puxou e levou-o para longe do banheiro e pelo corredor onde ele tropeçou em nosso quarto e na nossa cama, pelo som animado de Bronagh. Ela estava selvagem. Ela ainda disse 'weeeeeee' em um ponto. Eu estava prestes a sair do banheiro, mas parei quando Nico correu por mim. — Solte-o... droga, Bronagh, você vai desperdiçar meses de aulas de controle de raiva. Vou fazer cócegas em você se não soltá-lo. Pare! Você vai arrancar as orelhas dele! Eu bufei quando casualmente saí do banheiro e peguei duas caixas vazias da pilha de caixas ao lado da porta da frente. Eu assobiava enquanto caminhava de volta para o banheiro e cuidadosamente colocava as toalhas e rolos de papel higiênico em uma caixa, então tudo o mais em outra caixa. — Aideen, você tem um marcador e fita? — eu gritei. Aideen entrou no banheiro armada com ambos.


Nós empacotamos as caixas, em seguida, marcamos 'banheiro' em ambas, bem como o meu nome para que Alec não pudesse tentar tomá-las como suas mais tarde. Aideen pegou a caixa de toalhas e papel higiênico, enquanto eu agarrei a caixa mais pesada. Nós duas saímos do banheiro, em seguida, do meu apartamento e descemos as escadas até que estávamos fora do complexo de apartamentos. Eu escolhi o lado direito da van da mudança onde eu queria que todas as minhas caixas ficassem. Alec poderia ficar com o lado esquerdo. — Duas foram. Deus sabe quantas ainda mais. — Aideen comentou e enxugou o suor da testa. Eu bufei e amarrei meu cabelo em um coque no alto da cabeça. — Por enquanto, tudo bem. Aideen riu enquanto caminhávamos lado a lado de volta para o meu complexo de apartamentos. — Usar o sexo contra o rapaz foi genial. Eu gargalhei. — Certo? Funcionou como um feitiço. Como está indo o desarmamento dos outros rapazes? Aideen caiu na gargalhada. — Dominic está batalhando, Ryder está tentando ser duro suficiente para evitar Branna e Kane não entende nada do que está acontecendo. Ele está tão confuso com meu comportamento repentino, mas não mencionou uma palavra desde que eu rocei a minha bunda contra ele. Você devia ter visto o rosto dele, era como um rapaz virgem tocando seu primeiro peito. Ele ficou com os olhos arregalados e surtados. Eu estava em lágrimas de riso no momento em que subia as escadas para o meu andar. Eu bati os punhos com Aideen e disse: — Vamos manter isso. — Sim, chefe. — Aideen piscou.


O sorriso largo que estava no meu rosto caiu quando Alec gritou o meu nome de dentro do nosso apartamento. — KEELA! Uh-oh. Engoli em seco e olhei para uma Aideen sorrindo. — Eu estou em apuros.


S

im,

baby? — eu gritei docemente quando eu pisei dentro do meu domínio. Eu olhei para a minha direita quando Alec invadiu o corredor segurando suas orelhas. Olhei por ele e vi Nico prendendo Bronagh na minha cama com um braço enquanto usava o outro para fazer cócegas. Pobre moça, ela estava tomando um para a equipe. — Você não vem com 'Sim, baby' para cima de mim! — Alec rosnou quando parou na minha frente. — Você me trapaceou... — Eu não te trapaceei em nada, você abandonou o seu posto, então os itens do banheiro foram justos. — eu interrompi Alec e passei por ele quando entrei na cozinha. Ryder e Branna estavam lá dentro. Ela estava de quatro limpando meus armários inferiores, e Ryder estava atrás dela apenas assistindo. Pela aparência das coisas ele queria fazer qualquer coisa, exceto empacotar naquele momento. Esqueci-me de Ryder e Branna quando meu amor agarrou meu braço e me virou para encará-lo. Eu segurei os braços de Alec para que eu não caísse, porque eu fiquei um pouco tonta com o movimento repentino.


Alec olhou para mim. — Você jogou Bronagh em cima de mim para que você pudesse contrabandear minhas caixas para fora do apartamento! Contrabandear. Rá! — Ah, supere isso bebezão. — eu disse e ri. Alec continuou a olhar para mim quando disse: — Tudo bem. Eu suspirei. — Tudo bem. — Tudo bem. Alec se virou e saiu da cozinha enquanto eu o assistia sair com um sorriso no meu rosto. Ele era muito fácil de distrair. — Problemas no paraíso? Virei-me para enfrentar Ryder, que falou comigo. Eu balancei minha cabeça. — Não. Ryder bufou quando olhou de volta para Branna, que ainda estava em suas mãos e joelhos, e suspirou. — Eu vou embalar na sala de estar em vez disso. — ele murmurou. Ele entrou na sala de estar, mas não conseguiu escapar de Branna porque ela estava no seu encalço e isso me fez rir silenciosamente. Os rapazes realmente não tinham a menor chance. Eu comecei a trabalhar em limpar a cozinha. Trinta minutos se passaram antes que eu percebesse que e eu tinha todos os conteúdos dos armários de cozinha embalados em quatro grandes caixas. Duas das caixas consistiam de nossos potes grandes e panelas, e os outras duas foram preenchidas com todos os itens menores, como copos, taças, pratos e a montanha de talheres que tínhamos. — Aideen? — eu gritei.


Aideen entrou na cozinha, vindo do corredor e olhou para as minhas caixas. — Legal. Eu sorri e comecei a trabalhar, fechando e escrevendo meu nome nas caixas, então, anotando o conteúdo, porque eu esqueci de fazer isso enquanto elas estavam no chão. Chamamos Branna e Bronagh e cada uma de nós carregou uma caixa até a van de mudança. Nós colocamos as caixas do meu lado, o que resultou um total de seis. Quando estávamos fora da van e de pé no caminho eu virei para as meninas. — Relatório da situação? Bronagh sorriu. — Nós temos a cozinha e o banheiro prontos. Estou quase terminando com o quarto e Branna está chegando lá na sala de estar. Olhei para o lado vazio da van de Alec e olhei para trás para as meninas. — Bem... o plano está dando certo, eles não têm uma única caixa embalada ainda. Demos todas um high-five e rimos quando entramos no prédio e voltamos para o meu apartamento. Cortamos o riso e permanecemos em silêncio quando entramos no meu prédio. Eu congelei um pouco quando entrei na cozinha e encontrei todos os rapazes sentados e olhando para nós. Cada uma de nós. Merda. — O que há com vocês todos? — perguntei. Alec rosnou para mim: — Como se você não soubesse. Ah, merda. — Eu não tenho nenhuma ideia. — eu disse, fingindo inocência. Nico zombou. — Corte a merda, sabemos de vocês quatro.


Nós meninas trocamos um olhar, em seguida, em uníssono, dissemos: — O que fizemos? — Aquilo foi assustador. — Ryder murmurou. Kane ignorou seu irmão e disse: — Vocês estão nos seduzindo. Todos nós viramos nossos pescoços. — Isso é ridículo. — eu disse, acenando para o Kane. — Não. — Nico rosnou — Não é. Eu te conheço Bronagh. Você está constantemente me tocando, curvando-se diante de mim e chamando tanta atenção para a sua bunda e corpo quanto possível. Você sabe muito bem o que você está fazendo comigo. Bronagh permaneceu em silêncio, assim como o resto de nós. — Você me seduziu no banheiro, Keela. — Alec sussurrou para mim. — Então você roubou minhas caixas de direito por debaixo de mim. Eu queria rir, então eu abaixei a cabeça e olhei para o chão para evitar fazer isso. Olhei para Kane, quando ele cruzou os braços sobre o peito e olhou para Aideen. — Você roçou sua bunda contra mim cinco vezes. Cinco. Vezes. Sua cadela má. Eu levantei a minha mão para a boca e cobri quando uma risadinha escapou. — Você acha que isso é engraçado! — Ryder berrou. — Meu pau está tão duro por você Branna, e você estava toda “Pare com isso, temos que embalar caixas”. Eu estourei em gargalhadas com a imitação de Branna de Ryder, e assim fez as outras meninas. — Vocês quatro são surreais! — Nico gritou sobre o nosso riso.


Eu não conseguia parar de rir, nem mesmo quando Alec atirou-se em mim e começou a entrar no meu espaço pessoal. — Este jogo que vocês estão jogando para agora. — ele rosnou para mim. Eu olhei para ele, e sorri. — Que jogo? — Não finja que não sabe do que estamos falando, nós entendemos o que vocês quatro estão fazendo. Inclinei a cabeça para o lado. — Que é o que? Nós discutiríamos por causa disso, eu tinha essa sensação. — Vocês estão usando seus corpos para nos distrair, para que vocês quatro possam embalar e nós não. — Alec afirmou. Meu lábio torceu. — Não, não estamos. — Mentirosa. — Alec assobiou. Os quatro rapazes em seguida se moveram para as várias caixas que estavam empilhadas na porta. Eu fiz uma careta, e inclinei para olhar para eles. Contei oito e o nome de Alec estava em todas elas. — Quando foi que você fez isso? — perguntei. Alec sorriu. — Vocês quatro levaram 10 minutos para levar as suas caixas para baixo. Quando percebemos o que estavam fazendo conosco e porquê, nos articulamos e aceleramos o empacotamento. E funcionou, como você pode ver. Cada rapaz pegou duas caixas e saiu do apartamento, sem olhar para nós enquanto caminhavam. Eu girei para enfrentar as meninas. — O que diabos vamos fazer? Eles embalaram toda a porra da sala de estar! Bronagh suspirou. — Relaxe, ainda temos o quarto.


Nós quatro nos viramos e caminhamos até o meu quarto. Eu liderei o caminho e abri a porta, em seguida, engasguei quando entrei no quarto e encontrei cinco caixas empilhadas ao lado da porta. Tudo no quarto estava vazio. — Como diabos eles empacotaram assim tão rápido? — Branna estalou. Olhei para atacar quem estava deitado na minha cama e soltei um gemido. — Por que você não os deteve? — Porque ele é um gordo preguiçoso... — Agora não, Aideen! — eu interrompi com um rosnado. Ela resmungou e cruzou os braços sobre o peito. — Ele está na equipe deles, lembra? Ele está contra nós, assim como aqueles quatro filhos da puta lá em baixo. Eu concordei com ela enquanto olhava ao redor do meu quarto. — Eu vou ficar presa cozinhando por um mês inteiro! — eu gemi. Isso era besteira. — Alec é um merda. Ele e Dominic, e suas malditas apostas estúpidas. — Branna bufou. Eu concordei com isso de todo o coração. — E se nós apenas roubássemos essas caixas? O que Alec pode fazer? — Aideen perguntou. — Ele pode pegar de volta. Todos nós gritamos quando a voz de Alec falou atrás de nós. Riso masculino entrou em erupção, e rosnados do sexo feminino foram soltos.


— Não faça isso! — Aideen gritou para Alec. — Você acabou de tirar dez anos da minha vida. Alec parecia satisfeito consigo mesmo, em seguida, acenou com a cabeça para a direita. — Saia da frente. Eu fiquei parada. — Nós não podemos, pelo menos, falar sobre isso... — Sem chance. — Alec me cortou. Ele estava sendo tão irracional. — Mas Alec... — Eu disse que não, Keela. — ele me interrompeu novamente. Eu gritei e fechei as mãos em punhos. — Não é justo! Para me tornar a criança que eu estava agindo, tudo o que eu tinha que fazer era uma birra. — Injusto é nos distrair para seu próprio ganho pessoal. — disse Alec quando me afastei com as meninas para que ele e seus irmãos pudessem entrar no quarto. — Você ganhou algo com isso. — eu rebati. Alec ficou tenso quando ele pegou duas caixas. — Falaremos sobre isso mais tarde. Maravilhoso. — Você vai ser tão espancada. — Aideen murmurou, fazendo as meninas rirem. O lábio de Alec ergueu quando ele passou por mim, e cada um dos seus irmãos ostentava o seu próprio sorriso maroto conforme o seguiam, carregando as próprias caixas.


Homens! Voltei-me para as meninas. — Agora, o que eu faço? — perguntei. Aideen franziu a testa. — Pegar o resto das suas coisas e... sair daqui. Meu coração se acalmou e eu dei um passo para trás. — Assim, tão rápido? Mas... — Não há razão para ficar aqui, Kay. Você está com tudo embalado e pronta para sua nova casa com Alec. Ah, merda. — Certo. — eu disse e lambi meus lábios repentinamente secos. Bronagh parecia mal-humorada quando disse: — Você está bem? Eu balancei a cabeça. — Eu estou bem. Branna sorriu levemente para mim. — Você está nervosa. Tente apavorada. — Talvez um pouco. — eu murmurei. Branna riu. — Você ficará bem. Mudar daqui será difícil para você, foi sua casa pelos últimos anos, mas a sua nova casa será a sua casa também, e de Alec. Você vai se acostumar com isso. Eu vou? — Espero que sim. — eu respondi e suspirei. — Isso é uma merda. Bronagh estava paralisada me olhando, o rosto contorcido em uma careta. — Você tem certeza que isso é tudo? — ela perguntou. Eu balancei a cabeça. — Sim. Ela continuou a olhar para mim, então ela disse: — Você está mentindo.


Eu pisquei. — O que? Não, eu não estou. — Você está. — ela pressionou. — Eu posso ver isso. Você está com medo... mas não só de se mudar de casa. É algo mais do que isso. Aideen deu um passo para o meu lado. — Deixe para lá, Bronagh. — Não. — ela respondeu a Aideen sem afastar olhar de mim. — Nós somos suas amigas, e eu quero saber o que está errado para que eu possa ajudála. Ela era uma pessoa adorável. Forcei um sorriso. — Bee, estou be... — Não. — Bronagh me cortou. — Não minta para mim, Keela. Eu sei que você está mentindo. Como? Fiquei em silêncio por um longo período, e durante este tempo Bronagh, Branna e Aideen apenas olharam para mim. Esperando. — É... é que... eu estou... eu estou tendo pesadelos. Estou lembrando de “tudo”, e eu não sei se as coisas estão certas com Alec. Eu apenas não me sinto... bem comigo. — eu soltei, então rapidamente olhei para fora do meu quarto e no corredor para me certificar de que nenhum dos rapazes estavam lá para me ouvir. Eu olhei de volta, do corredor para as meninas, e vi que Branna estava olhando entre Bronagh e eu. — Por que você está olhando para nós? — perguntei. Branna cutucou Bronagh. — Diga a ela. Eu pisquei. — Diga-me o que? — Eu tive também... os pesadelos.


Sua admissão me tirou um pouco o fôlego. — Você teve? — eu sussurrei. Bronagh assentiu, com os olhos cheios de lágrimas. — Eu os tive por um longo tempo. Eles ainda acontecem de vez em quando. Engoli em seco. — Você... você vê coisas ruins? Bronagh assentiu com a cabeça. — Sim... eu me lembro o que eu passei, mas minha mente acrescenta minhas preocupações aos meus sonhos e as coisas ruins que eu testemunhei acontecem com Dominic ou Branna, e eu tenho que assistir. Engoli em seco. — Eu também! Eu vejo todos - meu tio, Marco e os irmãos. A figura da sombra que mata Alec e eu não posso parar isso, não importa o quanto eu tente, mas a figura da sombra acaba por ser eu e eu digo a mim mesma que não mereço Alec e, em seguida, os irmãos perguntam por que eu o deixei morrer, e então eu me mato no final do sonho, e então desperto. É o mesmo, o tempo todo. Algumas coisas são diferentes, mas é sempre Alec que morre e eu sou a pessoa que o mata. Eu não sabia que eu estava chorando até que todas as meninas se aproximaram e colocaram suas mãos em mim. — Fica mais fácil. — Bronagh sussurrou para mim e me puxou para um abraço. Ela me embalou, enquanto Branna perguntou: — Alec sabe? — Não! — engoli em seco e me afastei do abraço de Bronagh. — E ele não pode saber. Eu não quero preocupá-lo. Todas as meninas franziram a testa para mim, mas eu balancei a minha cabeça. — Isso fica entre nós, me prometam. Bronagh gemeu. — Bronagh, prometa. — eu pedi. Ela suspirou. — Eu prometo.


Eu balancei a cabeça e olhei para Branna e Aideen, e ambas murmuraram: — Eu prometo. — Obrigada. — eu disse. Bronagh suspirou novamente. — A parte do seu sonho, onde você fere Alec, é porque você está com medo de perdê-lo ou algo assim? — Ou que você é aquela que vai terminar com ele? — Aideen entrou na conversa. As irmãs Murphy engasgaram. — Terminar com ele? — perguntaram em uníssono. — Você não quer ficar com Alec? — Bronagh perguntou, com os olhos arregalados em choque. Eu olhei para Aideen, que levantou as mãos. — Foi uma pergunta viável. Eu olhei para longe dela e de volta para Bronagh. — Eu realmente quero ficar com ele. Eu o amo. Eu só não tenho certeza sobre o quão rápido tudo está mudando com a gente. É muito para eu entender. Branna soltou um suspiro de alívio. — Então explique isso para ele, ele vai entender. Eu fiz uma careta. — Ele não vai, se fosse do jeito dele estaríamos casados e cheios de bebês. — Você não quer isso? — Branna perguntou. — Eu quero, mas não agora. — eu expliquei. — Quando ele me pediu em casamento, só nos conhecíamos a pouco menos de duas semanas. Eu me apaixonei por ele muito forte e muito rápido, eu não achava que os sentimentos poderiam desenvolver rapidamente, mas aconteceu e minha aceitação da sua proposta foi alimentada por estar quase o perdendo para o Marco e toda aquela situação fodida. Eu estava vivendo no agora, quando eu deveria ter sido realista e só começado um relacionamento normal e levado um dia de cada vez.


As garotas me escutaram enquanto eu falava. — Então você só quer ficar noiva em alguns anos? — Bronagh perguntou. Eu balancei a cabeça. — Nós ainda estamos aprendendo coisas novas sobre o outro, e descobrindo pequenas coisas aqui e ali sobre o nosso passado desde as Bahamas. Eu só quero que ele e eu simplesmente namoremos por mais algum tempo... é assim tão terrível? Todas as três meninas balançaram a cabeça. — Não, não é. — disse Aideen. — É completamente compreensível. Oh, graças a Deus. — Você tem que dizer a ele, eventualmente. — disse Branna depois de um momento. Lancei meu olhar para baixo. — Eu sei, mas não sei como fazê-lo. — Você pode querer tentar hoje antes de levarmos todas as suas coisas para a casa nova. Eu congelei. — Eu não posso fazer isso, ele mal pode esperar para se mudar para a casa nova. Bronagh parecia vazia. — É melhor você falar sobre os seus sentimentos aqui do que quando se mudar para a casa nova e não puder voltar para cá. Eu pensei sobre isso por um momento e afastei a ideia. — Não, eu estou apenas mais sensível por causa da mudança. Uma vez que nos instalarmos na nova casa eu vou explicar tudo para ele e nós podemos continuar de lá. Nenhuma das meninas parecia feliz com a minha decisão, mas elas aceitaram. Nós todas paramos de falar e eu rapidamente limpei minhas lágrimas quando ouvi risadas vindas de fora do meu apartamento. Bronagh enxugou os olhos também, mas era óbvio pela vermelhidão e manchas em seu rosto que ela


havia chorado. Ela xingou por causa da evidência do choro, que ela não conseguia esconder. Os rapazes entraram no apartamento e chamaram-nos para fora. Alec nos encontrou ainda no quarto, então eles vieram pelo corredor até nós. — Eu ganhei, Gatinha. — Alec sorriu. — Eu tenho mais caixas embaladas do que você. Revirei os olhos. — Tanto faz. Vou envenenar a sua comida. Alec riu e olhou de mim para as meninas. Eu vi o segundo em que seus olhos pousaram em Bronagh e a mudança em seu comportamento. — Bee? O que há de errado? — ele perguntou, com preocupação atada em seu tom. Eu sorri. Todos amavam Bronagh. — Nada. — Bronagh respondeu. Nico deu um passo adiante. — Você estava chorando. — afirmou. — Eu não estava, eu esfreguei meus olhos por causa da poeira que entrou neles... isso é tudo. Ela era a pior mentirosa na história dos mentirosos. Ela não olhava Dominic no olho, e não parava de olhar para mim. Nico olhou para mim, e eu abaixei o meu olhar para os meus dedos e brinquei com eles. Bronagh era uma mentirosa de merda, mas eu tinha certeza que eu não era melhor, então eu não olhei para ele. — O que aconteceu? — Nico perguntou para nós, as meninas. — Nada. — eu murmurei. — Vocês discutiram? — Nico nos perguntou. Nós balançamos nossas cabeças.


Olhei para os outros irmãos e descobri que todos eles estavam olhando para mim. Eu fiquei assustada. — O que? — eu perguntei a eles. Kane e Ryder permaneceram em silêncio, mas Nico disse: — Alguma coisa aconteceu, as meninas ficam olhando para você. Valeu, meninas. — Nada aconteceu. — Bronagh insistiu. — Nós estamos bem. — O que vocês quatro estavam conversando enquanto estávamos lá embaixo, então? — Nico desafiou. Aideen bufou. — Maneiras de dar merda a Alec se ele fizer a Keela cozinhar para ele por um mês. — Ei! — Alec gritou. — Vocês me obrigariam a fazer um strip-tease se vocês ganhassem! Engoli em seco. — Eu nunca teria... — Keela. — Alec me cortou e me deu um olhar compreensivo. Eu não pude deixar de rir. — Tudo bem, eu teria. — Exatamente. Todos nós rimos então. Olhei em volta. — O que posso encaixotar para acabar com o jogo? — eu murmurei. — Nada. Está tudo pronto. Caramba. — Eu não acredito nisso. — eu disse.


Fui à busca de qualquer coisa que eu poderia colocar em uma caixa e colocar como um complemento para nosso lado na van de mudança no andar de baixo, mas eu não consegui encontrar nada. Todas nós meninas estávamos na sala de estar quando os rapazes de repente gritaram e olharam para a porta da frente. — Storm! Storm? — O que? — eu gritei. — O que foi? Alec olhou para mim com os olhos arregalados. — Storm correu para fora. Meu bebê! Ele poderia sair do complexo de apartamentos e correr para a estrada e ser atropelado por um carro. Meu Deus! Eu ia vomitar. — Storm? — nós meninas gritamos em uníssono e corremos para o corredor do meu prédio. Eu pulei de susto quando um estrondo soou atrás de nós. Cada um de nós se virou e olhou para a porta do apartamento agora fechado. Que diabos? Eu dei um passo para frente e pressionei a maçaneta da minha porta, mas não abria. Ela estava trancada, mas não poderia ser, você tinha que trancá-la por dentro... — Oh meu Deus! — engoli em seco e interrompi meus próprios pensamentos.


Olhei para cima e para baixo no corredor e engasguei novamente. — O que? — Bronagh perguntou. Eu chutei a porta do apartamento. — Eles nos enganaram. Estamos trancadas. Bronagh ficou em silêncio por um segundo antes de explodir em raiva. — Seus bastardos mentirosos! — ela gritou e bateu na porta do meu apartamento. O riso soou de dentro do meu apartamento. — Tudo é justo no amor e na guerra, Menina Bonita. Bronagh rosnou: — Quando eu colocar as minhas mãos em você Dominic você desejará nunca ter nascido. Nico riu: — Eu não estou preocupado. — Você deveria estar! — Bronagh berrou. Eu podia ver como Bronagh estava louca, Nico devia ter ficado com medo. Muito medo. — Ryder, abra a porta! — Branna pediu educadamente. — Não posso fazer isso, doce. — foi a resposta rápida de Ryder. — Eu sou apenas um homem, não consigo terminar de empacotar com você me seduzindo. — Nenhum de nós pode! — Alec gritou. — Vocês todas se rebaixaram para um novo nível, usando nossos próprios paus contra nós. Vocês deveriam ter vergonha. Nós deveríamos ter vergonha? — Você usou o nosso amor por um cão inocente para nos trazer aqui para fora! Você disse que ele correu para fora! — eu rebati.


Alec gargalhou. — Esse foi o seu erro. — Qual? — eu rosnei. — Acreditar que Storm estaria disposto a correr para qualquer lugar. Todos os rapazes caíram na gargalhada. — Bastardos! — eu gritei. Eu furiosamente cruzei os braços sobre o peito e olhei pelo o olho mágico da minha porta. Eu tinha a sensação de que estávamos sendo observadas por isso dei o dedo para o olho mágico e mais risadas soaram de dentro. — Sua menina está chateada, mano. — Kane disse, então riu. Aideen rosnou à minha esquerda. — Você espere, Kane Slater. É só esperar. Kane

uivava

de

tanto

rir. —

O

que

você

vai

fazer,

gritar

comigo? Estou tão apavorado. Aideen

sacudiu

com

raiva,

Bronagh

aborrecimento, enquanto eu fervia em silêncio. Eles iam pagar por isso. Pra caramba.

e

Branna

gritaram

em


—V

ocê não

está falando comigo? — Alec perguntou, quando eu, com raiva, empurrei o meu telefone e o carregador na minha bolsa. Eu pendurei sobre o meu ombro e bati em Alec com ela no processo. — Você ainda está chateada, eu entendo. Não há necessidade de me bater. — ele disse e deu um passo para longe de mim. Não há necessidade de bater nele. Rá! Eu deveria matar o filho da puta pelo que ele fez. Ele trancou as meninas e eu para fora do meu apartamento para que ele e os rapazes pudessem verificar que tudo estava embalado. Ele nos deixou fora por vinte minutos, enquanto eles procuraram. Idiotas. Eles até mesmo usaram a saída de Storm do apartamento contra nós. Eles eram maus, e eu me recusava a olhar ou falar com qualquer um deles. Quando eu arrumei a minha bolsa, peguei o case do meu laptop e coloquei a alça por cima do meu ombro. Eu olhei em volta do meu apartamento vazio para me certificar uma última vez de que tinha tudo, antes de


sairmos. Meu senhorio passaria aqui para verificar tudo em poucas horas, e uma vez que tudo estivesse do seu agrado ele colocaria o meu depósito do apartamento em minha conta bancária. Enfiei a mão no bolso e peguei as minhas chaves, tirei a chave do apartamento e coloquei-a sobre o balcão. Ouvi Alec procurar os bolsos, então as suas próprias chaves tilintaram. Ele soltou a chave do chaveiro e chegou perto de mim para colocá-la no balcão ao lado da minha. Eu ia chorar. A realidade que eu estava realmente mudando de casa me atingiu, e eu fiquei triste com isso. Eu funguei e, segundos depois, senti mãos deslizarem em volta da minha cintura por trás e um queixo descansar na minha cabeça. — Não fique triste. — Alec murmurou. Mas eu fiquei triste. Alec riu quando me virei para encará-lo. Eu esqueci que filho da puta ele era no momento e coloquei meus braços em torno dele. Abracei-o com força e repeti na minha cabeça que eu estava fazendo isso por nós. Precisávamos de espaço extra - Storm não poderia lidar com este apartamento mais, e nem Alec com sua pilha crescente de porcaria, quer dizer, pertences. Era apenas uma mudança de casa. Eu ainda ficaria na mesma área, apenas em uma propriedade mais bonita e em um lugar melhor e maior. Ainda veria todos os meus amigos, e ainda conseguiria trabalhar perfeitamente bem... então, por que diabos isso me chateava tanto? — Você está pronta para ir? — Alec perguntou-me e beijou o topo da minha cabeça. Estou pronta? Não. Será que eu vou estar?


Provavelmente não. — Sim. — eu sussurrei. — Vamos. Eu me afastei de Alec e segurei em sua mão estendida. Nós caminhamos até a porta do apartamento e me virei para olhar para tudo mais uma vez. Alec deu um aperto na minha mão e, com uma mão trêmula alcancei a porta do apartamento e saí para o corredor, fechando-a atrás de mim. A tranca encaixou e eu deixei escapar um pequeno soluço. Estava acabado. Mudamos do meu apartamento... não, não era mais meu. Era apenas um velho apartamento agora. Caramba. Eu respirei fundo e assim quando eu estava prestes a ir pelo o corredor com Alec, a porta em frente ao nosso corredor se abriu e o Sr. Pervertido saiu. Ele estava segurando um envelope e um buquê de flores. — Ei Keela. — ele disse e fez questão de não olhar para Alec. — Eu... eu comprei estas flores como um adeus, porque eu soube que você está se mudando. Olhei para as flores, em seguida, para o Sr. Pervertido, e desatei a chorar. — Obrigada. — eu disse e dei um passo adiante, jogando meus braços ao redor do homem que me assustou por anos. Talvez eu estivesse errada sobre ele, talvez ele fosse... — Ei, não cheire a porra do cabelo dela. Mano, vamos lá. Eu não quero chutar o traseiro de um homem velho, mas eu vou. Risque o que eu disse – o Sr. Pervertido ainda era assustador, mas ele era um assustador do bem. Quer dizer, ele me comprou flores de verdade. Eu dei um passo para trás, longe do Sr. Pervertido, quando ele inalou profundamente e eu tremi com a repulsa. Sacudi e inclinei para frente e peguei as minhas flores.


— Obrigada. — eu sorri. Sr. Pervertido assentiu e me entregou um envelope branco. Eu levantei minha sobrancelha. — A última vez que você me deu um envelope ele mudou a minha vida. Sr. Pervertido piscou em confusão, mas disse: — É apenas um cartão de despedida. Eu surpreendentemente ri. — Obrigada, mais uma vez. Eu amo as flores e o cartão, eles são ótimos. Sr. Pervertido se animou e Alec rosnou: — Minha mulher, recue. Ah, Cristo. A atitude de Alec, mim Tarzan, você Jane, estava de volta. Ignorei Alec e sorri para o Sr. Pervertido. — Foi... adorável ser sua vizinha. — Foi maravilhoso ser o seu. — ele respondeu. Gah. — Tchau. — eu sorri. — Cuide-se. Eu me virei e fui embora, depois balancei a cabeça quando Alec escolheu andar atrás de mim, em vez de ao meu lado. — Não balance a cabeça, se ele quer uma bunda para olhar vai ter que se contentar com a minha. Eu ri quando fomos para a escada e descemos. — Você é louco. — eu disse.


Saímos do meu prédio e nos juntamos com todo o pessoal que estava de pé ao lado da van de mudança. — Onde diabos você conseguiu essas? — Bronagh me perguntou fazendo com que todos olhassem na minha direção. Eu sorri e orgulhosamente levantei minhas flores. — Sr. Pervertido. Os rapazes todos olharam para Alec e riram. — Quanto você quis acertá-lo? — Nico perguntou. Alec rosnou. — Eu ainda estou pensando em voltar lá e chutar a bunda dele. Eu balancei a minha cabeça. — Relaxe, ele estava apenas sendo gentil. — Gentil o caralho. — todos os quatro irmãos falaram em uníssono, o que deixou as meninas nervosas. — Todos eles compartilham a mesma mente estreita. — Aideen brincou. Eu caí em Alec e ri. — Rá. Rá. Rá. Cale a boca. — Kane brincou fazendo-me rir mais. Quando os risos terminaram Aideen falou. — Tudo bem, Keela, eu e você vamos no seu carro. As meninas vão com Ryder, e Nico e Alec vão dirigir a van de mudança, enquanto Kane vai no seu SUV. — ela disse, tomando a liderança. — Assim está bom? Eu balancei a cabeça. — Sim. — Excelente. Vamos nessa, cadela. — ela anunciou. Todos nós bufamos. Alec beijou minha cabeça. — Nós estaremos bem atrás de vocês.


Eu balancei a cabeça e caminhei até o meu carro. Abri para Aideen poder entrar, em seguida, abri a porta de trás e coloquei minhas flores no banco de trás junto com minha bolsa e o case do laptop, em seguida, fechei a porta e entrei no banco do motorista. — Como você está indo? — Aideen perguntou quando eu liguei o carro. Eu coloquei o carro em marcha e dei de ombros. — Eu não quero dizer nada positivo, porque eu estaria mentindo. Aideen suspirou quando eu saí da minha vaga de estacionamento pela última vez. — Eu acho que você está pensando demais nisso. Você pode viver em uma casa mais nova, maior e melhor com Alec e apenas permanecer noiva. Vocês não têm que planejar um casamento, vocês não têm que fazer nada, exceto desfrutar um do outro. Eu processei esse pensamento. Olhei para Aideen enquanto eu dirigia. — Eu nunca pensei nisso dessa forma. — É claro que não. — ela murmurou. — Você estava muito ocupada assistindo o horror da mudança. Isso não é grande coisa. Você pode ter o que você quer, apenas 10 minutos de distância do complexo de apartamentos. Eu pensei sobre isso e percebi que Aideen estava certa. Mudar só estava me estressando, mas uma vez que estivesse feito, tudo estaria terminado e eu começaria a desfrutar de Alec em um ritmo calmo. — Você não tem ideia do quão melhor você me fez sentir. — eu suspirei. Aideen estendeu a mão e esfregou meu ombro. — Estou contente, eu odeio ver você chateada. Eu sorri levemente. — Eu sei, mas o peso da minha preocupação acabou de desvanecer, graças a você.


Aideen ficou em silêncio por um momento, até que ela disse: — Agora só temos que lidar com os seus pesadelos. Minhas mãos ficaram tensas em torno do volante do carro. — Podemos não falar sobre isso, por favor? — Tudo bem. — Aideen disse relutantemente. — Mas agora que sabemos que Bronagh está no mesmo barco que você, você tem que falar com ela. — Eu vou. — eu disse com firmeza. Satisfeita, Aideen assentiu com a cabeça uma vez, em seguida, virou-se e olhou para fora, pela janela do carro. Eu já tinha tomado a decisão de falar com Bronagh sobre meus pesadelos lá no meu apartamento. Quando ela admitiu que sofria com pesadelos também, eu me senti... sobrecarregada com alívio. Eu fiquei tão aliviada por não estar por conta própria, e o que se passava na minha cabeça não estava me enlouquecendo, mas eram os efeitos do meu passado pregando peças horríveis sobre isso. — Eu não quero trazer isso de volta, mas quando você vai dizer ao Alec que não quer se casar por alguns anos? — Aideen me perguntou. Meu estômago revirou com o pensamento. Eu exalei. — Quando for a hora certa. Eu tinha que esperar até o momento perfeito para descarregar isso em Alec, ele era uma pessoa complexa e a menos que eu expressasse as coisas corretamente, ele entenderia os meus sentimentos de forma errada e as coisas poderiam ficar horríveis para nós. — Eu só preciso de um tempo. Eu tenho que resolver minha própria cabeça primeiro. — eu murmurei. Aideen colocou a mão no meu ombro. — Eu te dou apoio. Olhei para ela e sorri.


Ter amigos como ela facilitava passar por momentos difĂ­ceis, espero que momentos Ă frente, com Alec e eu, fossem bons. Deus sabe que merecemos melhores momentos na nossa vida. NĂłs tivemos um passado cheio de maus.


— V

ocê

acredita no tamanho deste lugar? — Aideen gritou da cozinha da minha casa nova e de Alec. Sua voz ecoou. Eu ri quando coloquei uma foto minha e de Aideen na parede da sala de estar. Eu estava perfeitamente bem na minha escadinha, mas Alec estava aparentemente com medo que eu fosse cair e me machucar, por isso ele se levantou para ficar atrás de mim e segurar os meus quadris. Suas mãos, porém, ocasionalmente, escorregavam. — Isso é minha bunda, Playboy. — eu disse conforme ajustava o quadro na parede. Alec apertou meu traseiro. — E que bunda perfeita. Eu bufei. — Dá um tempo. Alec deu mais um aperto na minha bunda, em seguida, deslizou as mãos até meus quadris. — Está reto? — eu perguntei a ele.


Ele deu um passo para trás, em seguida, para a esquerda e observou a imagem. — Sim. — Ótimo. Um a menos, um milhão a mais de onde esse vem. Alec sorriu amplamente. Sorrir era tudo que ele parecia fazer desde que chegamos à nossa casa nova. Estávamos aqui com a turma nas últimas três horas. Era algum momento depois das cinco da tarde, e a maioria das nossas caixas estava completamente desembalada. Ter tantas pessoas para ajudar acelerou tudo, nos mudamos dez vezes mais rápido. Bronagh e Branna desempacotaram as caixas de banheiro e colocaram tudo na minha suíte master e de Alec. Nós teríamos que comprar mais coisas de banheiro, porque cada um dos quartos tinha uma suíte, e então tinha um banheiro no piso inferior da casa para todos os convidados que viessem. Havia tanto espaço que eu não sabia o que fazer comigo mesma. Mas eu não estava sozinha. Storm não tinha ideia do que fazer quando Alec levou-o para dentro. No começo, ele tentou marcar seu território, mas o grito de Alec manteve o mijo dentro dele. Então ele se contentou em rolar o corpo sobre cada centímetro quadrado do piso, paredes e, em cada quarto. Ele esfregou-se todo na sala de estar, corredor, cozinha e banheiro do térreo. Agora, ele estava dormindo em sua cama na cozinha, exausto das suas travessuras. — Tudo o que nós trouxemos conosco está desempacotado, e o lugar ainda parece vazio. Alec bateu na minha bunda. — Então, vá às compras. Desci da escada e virei para encará-lo. — Não diga isso assim, você sabe que eu estou quebrada. Alec gemeu. — Por favor, não comece isso de novo. O meu dinheiro é o seu dinheiro. — Mas não é. É apenas o seu dinheiro. — argumentei.


Alec beliscou a ponta de seu nariz. — Nós estamos noivos, nós compartilhamos coisas agora. — Eu não me importo se estamos casados e temos cinquenta crianças, você não pode me convencer de que toda a sua riqueza agora é minha. Eu não me sinto bem com isso. Basta esperar até que eu comece a ganhar dinheiro para que eu sinta que estou contribuindo, tudo bem? Alec estava olhando para mim. — Cinquenta crianças, o que diabos você acha que eu sou? Caí surpreendentemente na risada e empurrei Alec que estava sorrindo para mim. — Tudo bem, eu entendo o que você quer dizer. Você quer contribuir, e não quer depender de mim para tudo. Eu o abracei. — Sim, exatamente. Graças a Deus ele conseguiu. Finalmente. Voltamos para triagem das nossas coisas ao redor da casa. Uma hora depois, meu telefone tocou enquanto eu estava no meio de empurrar uma almofada em sua capa. Eu precisava de um tempo, meus braços estavam doendo da tarefa surpreendentemente difícil. — Alô? — eu falei quando atendi o meu telefone. — Bem, se não é minha futura cunhada. Um sorriso iluminou meu rosto quando eu disse: — Damien! A risada rica de Damien fluiu através do receptor do meu telefone e aqueceu meu coração. — Como você está, Kay? — ele perguntou.


Sentei-me no chão da minha sala de estar metade vazia e cruzei as pernas, uma sobre a outra. — Eu estou aguentando aqui. É dia de mudança para nós, estamos na casa nova. Barulho veio da extremidade do telefone de Damien, então foi embora quando ele limpou a garganta. — Desculpe, malditas corridas de rua. O que você estava dizendo? Eu sorri. — Eu disse que estou na casa nova, é dia de mudança. Damien riu. — O meu irmão mais velho ainda está vivo? Engoli em seco. — Claro, por que não estaria? — Porque Alec não leva um monte de coisas a sério. Eu tenho um sentimento forte que ele está fazendo essa mudança um pouco mais difícil para você. Ele não tinha ideia. Eu bufei. — Ele não tem sido realmente tão ruim. Ele ganhou uma aposta, então ele está muito feliz na verdade em ficar na sua própria companhia. — Uma aposta? — Damien perguntou, com um sorriso soando através do seu tom. — Quais foram os termos? — Os meninos contra as meninas, quem empacotasse sua parte e colocasse as caixas no caminhão de mudança primeiro, ganhava. Nós meninas perdemos... mas lutamos. — eu sorri. Imaginei Damien balançando a cabeça enquanto ria. — O que você e as meninas fizeram para tentar evitar que os meus irmãos ganhassem? — ele perguntou. Eu pisquei. — Por que você acha que fizemos alguma... — Keela. — Damien me cortou, sua voz com conhecimento.


Eu ri. — Nós usamos nossos corpos para... distraí-los de completar sua tarefa antes de concluída a nossa. Fomos muito bem-sucedidas. A risada de Damien na outra extremidade me fez sorrir, mas o suspiro de horror atrás de mim não passou despercebido. — Sua vadia traidora! Eu sabia disso! Uh-oh. Olhei por cima do meu ombro e mordi minha bochecha interior quando a forma nervosa do meu noivo entrou na minha linha de visão. — Ei baby. — eu sorri inocentemente. — Você não venha com 'Ei baby' para cima de mim. Você me traiu, Keela... e você mentiu sobre isso! — Alec estalou quando ele pisou e parou na minha frente. Eu tive que deitar no chão para que pudesse olhar para ele sem ferir meu pescoço. — Não foi traição, não realmente. Nós não fizemos nada fisicamente para interromper o processo de embalar, independente de nós termos feito sexo, nós só... — Deixou-nos tão duro que não conseguíamos ver direito e muito menos embalar as caixas de merda. Isso pareceu certo. — Ele parece louco. — a voz de Damien sussurrou no meu ouvido. Eu ri. — Ele é louco. Alec se abaixou, afastou o telefone do meu ouvido e tirou da minha mão. — Ei, isso é rude! — eu rebati e estiquei os braços para o alto tentando recuperar meu telefone, sem sucesso.


Alec ignorou a mim e aos meus tapas em suas pernas, e colocou o meu telefone no ouvido. — Quem diabos é? Silêncio. Eu vi quando um sorriso alargou no rosto de Alec. — Irmãozinho! Faz tempo pra caralho que você ligou, Dominic está muito preocupado! Silêncio. Eu levantei meus braços e coloquei minhas mãos atrás da minha cabeça enquanto eu olhava para Alec. Ele franziu a testa quando Damien falou. — Qualquer coisa que precisamos nos preocupar? — ele perguntou. Eu levantei minhas sobrancelhas e olhei para Alec com expectativa, mas o idiota me ignorou. Alec soltou um suspiro. — Então, venha para casa, se você está entediado aí, por que ficar? Inclinei a cabeça para o lado quando Alec começou a andar da esquerda para a direita na minha frente. — Como assim? — Alec perguntou em seguida, quando Damien respondeu seu rosto caiu. — Isso estaria a anos de distância, Dame. Sentei-me na posição vertical e fiquei de pé, então dei um passo à frente e passei meus braços ao redor da cintura de Alec e descansei minha cabeça contra seu peito. Alec usou a mão livre para esfregar para cima e para baixo nas minhas costas. — Sim, eu sei, você tem merda para arrumar. Abracei Alec firmemente quando ele suspirou e seu corpo murchou. Eu me sentia horrível por ele. Ele sentia falta de Damien - todos os irmãos sentiam.


— Sim, cara, você conseguiu. — Alec falou para Damien, então riu. — Você quer falar com ela de novo? Alec me cutucou e me entregou o celular de volta, quando chamou a minha atenção. Peguei o telefone e coloquei na minha orelha. — Olá de novo. Damien riu. — Você está o deixando louco, você percebe isso, não é? Eu bufei. — Eu estou ciente disso, sim. Damien gargalhou através do telefone e Alec vibrou com uma risada silenciosa, porque ele ouviu. — Como está indo a sua escrita? — Damien me perguntou. Corei. — Está tudo bem. — Você fala com Dame sobre sua escrita, mas não comigo? — Alec me perguntou, seu tom irritado. Revirei os olhos. — Você foi um leitor beta, leu os dez primeiros capítulos do meu livro e quando começou a cena de sexo você riu! — Porque nenhum homem geme tanto daquele jeito durante o sexo! — Alec riu. Eu olhei para ele. — Você geme! — Ah, se queimou! — Damien brincou. Alec olhou para o meu telefone, então para mim. — Vá embora enquanto eu falo com o seu irmão. — eu disse e caminhei até o nosso novo sofá. Sentei-me quando Alec saiu da sala xingando a si mesmo. — Eu sinto falta de vocês. — Damien suspirou quando sua risada diminuiu.


Eu fiz uma careta. — Nós sentimos sua falta também. Eu estou doida para abraçá-lo. É uma merda nós não nos conhecermos pessoalmente ainda... você me amaria. Damien riu. — Eu já te amo, sua maluca. Eu ri. — Eu também te amo. Aideen não te ama, mas ela gosta de você. Ela disse que você poderia ser o menino brinquedo dela. Damien riu. — Ela é sexy, eu vou aceitar o que eu conseguir. Engoli em seco. — Eu vou contar para o Kane! Damien gritou com o riso e isso me fez sorrir. — Eu tenho que ir, babe. Eu tenho o primeiro turno no trabalho hoje à noite. Eu ouvi a tristeza em sua voz e isso quebrou meu coração, ele estava sempre triste. — Tudo bem, querido. Fique seguro e ligue de volta em breve. — Eu vou. — disse Damien. — Dê a todos os meus cumprimentos. — Pode deixar. Tchau. — Tchau. A linha caiu quando Damien desligou o telefone e eu fiz uma careta. Eu gostaria de poder ajudá-lo, mas eu não tinha ideia da profundidade dos problemas dele ou o que diabos o deixava tão para baixo. Alec deu alguma luz sobre o passado do seu irmão, mas eu tenho certeza que nem tudo foi dito para mim. — Keela? — a voz de Alec gritou de algum lugar da casa. — O que? — eu gritei de volta.


— Eu deixei meu telefone no caminhão de mudança, você vem comigo enquanto eu vou buscá-lo? Isso significava que eu poderia sair da almofada. Legal. — Sim, vamos!


N

ós

acabamos

de

sair do prédio onde Alec alugou a van de mudança, mas eles asseguraram que não havia telefone dentro quando ele entregou a van de volta para eles. — Eu não posso acreditar que você perdeu seu maldito telefone. — eu resmunguei enquanto subia na SUV de Alec. Alec entrou no banco do motorista e bateu com a porta para fechar. — Eu não perdi. Aqueles bastardos obviamente estão com ele, o que significa que eles me roubaram! Eu balancei minha cabeça conforme afivelava o cinto de segurança. — Eu não sei por que você está com essa postura também, se fosse o seu telefone você ficaria louca. — Alec afirmou quando deu partida na SUV. Pressionei meus dedos contra as minhas têmporas. Eu não faria isso, eu não discutiria com ele por causa de um celular do caralho. — Pare de falar.


— Não. — Alec ironizou. — Você levantaria o inferno se fosse... — Cale. A. Boca — Seu telefone estúpido. — disse Alec, continuando o seu discurso, como se eu não tivesse acabado de falar. — Alec. Pare. Ele resmungou. — Eu acabei de comprar essa porra de telefone também, e agora ele se foi. Meu Deus. Ele não vai fechar a boca. Era impossível para ele apenas calar a boca e isso estava acabando com os meus nervos. Ele era exasperante. — Você pode simplesmente parar? — perguntei ao Alec enquanto esfregava minha cabeça latejante. — Estou cansada, estamos mudando desde as dez da manhã... eu só quero ir para a cama e dormir por uma semana. As meninas e eu desempacotamos tudo na nova casa enquanto você devolvia a van de mudança para a locadora. Estou cansada, então apenas cale a boca. Por favor. Alec piscou para mim. — Bem... você está sendo grossa. Grossa? Ele pensava que eu estava sendo grossa? Eu disse, por favor! — Querido, essa era eu sendo boa. — eu bufei, então suspirei. — Estou cansada, Alec, você não entende isso? Eu só quero ir para casa em silêncio e você se recusa a parar de falar.


Alec não respondeu. Ele fez o que eu queria e ficou quieto, mas ele fez isso com uma atitude silenciosa. Olhei para ele com o canto do meu olho e o peguei apertando o volante do SUV com um pouco de força. Sua postura estava ereta demais para ele estar relaxado e seu maxilar cerrado gritava que ele estava mentalmente me xingando pra caralho. Tudo isso piorou os meus nervos já desgastados. — Por que você parece que vai matar alguém? — eu perguntei a ele. Ele resmungou. — Você acabou de me dizer para calar a boca, de modo que é o que eu estou fazendo. Revirei os olhos. — Tanto faz. — Tanto faz. — Alec imitou. Péssima atitude. —

Sério? Você

quer

começar

algo

quando

estou

tão

cansada? Experimente e veja como isso desenvolve para você. — eu ameacei. Alec riu. — O que você fará? Não transar. Ah, não, o que eu vou fazer? Idiota. — Você pode ir se foder, é exatamente isso o que você pode fazer. — eu rosnei e virei meu corpo para longe dele. Alec bufou para si mesmo. — Vamos ver. Como é? — O que é que isso quer dizer? — perguntei, meu tom firme. Alec encolheu os ombros. — Vamos ver quanto tempo você “não transar” vai durar - eu dou até meia-noite. Ele estava falando sério?


— Eu não sou uma maníaca sexual depravada, eu posso facilmente ficar sem transar com você sem me chatear. — eu disse. Alec riu. — Sim, claro. Eu podia sentir meu temperamento subindo. — Estou falando sério, Alec. Eu não preciso de sexo com você, eu nem sequer preciso dormir na mesma cama que você. — eu disse, minha voz crua. Alec continuou a acenar com a cabeça. — Você continue dizendo isso a si mesma. Abri a boca, mas fechei, porque eu estava prestes a dizer algo que eu me arrependeria mais tarde. Eu ia dizer que eu não preciso dele de jeito nenhum, mas isso era uma mentira. Eu realmente precisava dele, mas não pelas razões que ele pensava. — Você é tão desrespeitoso. Você me quer como sua esposa, mas você me trata como uma cadela que não pode passar um dia sem foder a sua perna. Eu virei meu corpo e encarei a janela do SUV enquanto Alec dirigia. — Eu não quis dizer isso e você sabe. — Alec disse, sua voz um resmungo. Eu não respondi. Eu estava cansada e eu só queria voltar para a casa nova e ficar sozinha para que eu pudesse sentar e ficar em paz. — Keela? — Alec murmurou depois de alguns minutos de silêncio. Mais uma vez, eu não respondi. — Eu sinto muito. — ele disse. — Eu não queria que você entendesse desse jeito, eu penso em você só como uma bênção na minha vida. Eu te amo. Caramba. — Diga algo.


Eu suspirei. — Ouvi você, eu só quero voltar para casa e ficar sozinha. Eu estou... eu estou apenas cansada. — Cansada de que? — Alec perguntou. — De mim? Da mudança? Em geral? — Estou cansado de tudo. — eu respondi honestamente e voltei a olhar para fora da janela. Nós dirigimos o resto dos 10 minutos de volta para a casa nova em silêncio. Quando nós chegamos à garagem eu fiquei confusa, havia um carro esporte preto estacionado na nossa garagem e eu não tinha ideia de quem era. — Quem está aqui? — perguntei. — Eu não tenho certeza. — Alec respondeu, mas ele não olhou para mim. Ele saiu do SUV e eu segui. Ele esperou que eu andasse na frente dele antes de ficar um passo atrás de mim. Fui até a porta e testei a maçaneta, mas a achei trancada. — Você tem a chave? — eu perguntei para Alec. Ele se inclinou sobre mim e colocou a chave na fechadura. — É a nossa casa. — ele disse e virou a chave. — Claro que eu tenho uma chave, a sua está na cozinha. Eu dei um passo para frente e abri a porta. Nós entramos e fechamos a porta. Eu andei pelo corredor e virei na sala de estar quando uma gritaria ensurdecedora entrou em erupção e figuras de pessoas saltaram em cima de mim. Eu pulei para trás e gritei pra cacete. — Surpresa! — vozes gritaram. Surpresa? Que porra é essa?


— Está tudo bem. — o riso de Alec veio atrás de mim. — O que é isso? — eu perguntei, pressionando as minhas costas na frente dele, enquanto eu tentava me afastar de todos os rostos sorridentes. Havia apenas quinze ou mais pessoas na minha frente, os irmãos, as irmãs Murphy e Aideen formavam seis deles. Os outros eram caras que eu conhecia do trabalho de Branna e amigos de Dominic da sua academia. A boca de Alec foi baixa no meu ouvido. — É uma festa de inauguração. Uma festa de inauguração? — Você está falando sério, porra? — eu perguntei e virei para Alec. Ele coçou o pescoço. — Eu não achei que você estaria tão cansada como está. Achei que você estaria animada para uma festa. Olhei para Alec sem piscar por um momento, então balancei a cabeça para ele. — Nós ainda não mudamos totalmente. Há caixas em todos os lugares. — Nós cuidamos das caixas. — a voz de Bronagh falou atrás de mim. Eu me virei para encará-la. — O lugar não está apto para convidados... — Deixamos apto para convidados. — Aideen me cortou e sorriu. — Você precisa de uma bebida. Não discuta com a gente. Eu queria discutir, eu queria jogar a bunda de todos para fora e marchar em linha reta até a cama, mas eu não quero ser aquela mulher, então eu sorri. — Obrigada. — eu disse a todos. Eu sacudi quando a música começou a subir e bradou em toda a casa. — De onde isso está vindo? — eu inclinei minha cabeça para trás e perguntei para o Alec.


Alec moveu sua boca até a minha orelha e disse: — Dominic trouxe suas Beats Pill8 da sua casa, são muito altas. Eu vou dizer, a coisa estúpida poderia acordar os mortos com o volume dela. Alec moveu em torno de mim e cumprimentou os rostos sorridentes para nós, por isso segui o exemplo e fiz o mesmo. Depois disso, eu me desculpei para ir até a cozinha para pegar um copo de água. Eu tinha acabado de abaixar o meu copo quando ele falou por trás de mim. — O quão brava você está? Rangi os dentes. — Eu poderia matá-lo agora. — Confie em mim, se eu soubesse que você reagiria assim eu não teria feito isso para você. Virei-me para enfrentar Alec. — Você organizou para mim? Não se atreva a mentir - você organizou isso para você. Toda essa porra de mudança é sobre você. Esta

casa? Você. O

SUV? Você. Os

móveis? Você. Todo

o

resto? Fodidamente você! Eu passei ventando por Alec, mas ele pegou meu braço e me trouxe de volta para ele. — Ai! — eu gritei. — Você está me machucando! Solte! Alec manteve seu domínio sobre mim, mas soltou ligeiramente. — O que diabos está errado com você? Por que você está assim? Tentei empurrar a mão de Alec de cima de mim, mas seu aperto era muito forte. — Eu não estou sendo coisa nenhuma... me solte! — Não! — Alec rebateu. — Fale comigo. Essa era a última coisa que eu queria fazer. 8

Modelo de caixa de som.


— Dominic! — eu gritei, usando seu nome completo para mostrar que eu precisava dele. Alec olhou para mim com os olhos arregalados. — Por que diabos você está o chamando? Dominic saiu da sala de estar com Kane atrás dele, mas quando Kane viu que Alec e eu estávamos na porta da cozinha, ele fechou as portas duplas da sala de estar e manteve os nossos convidados no interior, com a música aos berros. — O que há de errado? — Nico perguntou, quando caminhou em nossa direção. Eu puxei meu braço. — Fala para ele me soltar, ele está me machucando. Nico arregalou os olhos e olhou para o aperto de Alec em mim, em seguida, para o rosto do irmão. — Mano... — Não, Dominic. — Alec rosnou. — Apenas... não. Ele me soltou e eu rapidamente me afastei dele. Eu continuei a correr pelo corredor e até a escada sem fim, subindo os degraus de dois em dois. Quando cheguei ao topo da escada, levei um segundo para lembrar qual era a porta para o nosso quarto. Eu odiei estar em algum lugar tão estranho, e eu odiei Alec por dar uma festa de inauguração estúpida. Minha cabeça estava me matando, e a música estridente do andar de baixo não fazia nada para aliviar o peso em meu crânio. Entrei no meu quarto e fechei a porta atrás de mim. Fui até a nossa nova cama e eu fiquei grata por terem lençóis já a cobrindo. Eu sabia que as meninas fizeram isso para nós, e eu sabia que elas pensavam que Alec ia levar alguma coisa com base na roupa de baixo que estava colocada sobre a cama. Eu empurrei-a de lado, para o chão, e subi na cama onde eu lancei-me de costas e olhei para o teto branco. Eu podia ouvir a música do andar de baixo e estava esmiuçando meu temperamento já baleado. Eu levantei minha mão para


o meu rosto e cobri meus olhos, revestindo-os com a escuridão para tentar aliviar a dor na minha cabeça. Eu relaxei um pouco, mas segundos depois eu sacudi quando o estrondo de som foi desligado durante a música, seguido por mais dois estrondos. Uma imagem do meu pesadelo passou pela minha mente, e eu gritei. Você não o merece. Eu gritei para a minha própria voz repetindo aquelas palavras temidas para mim, na minha cabeça. Eu pulei fora da minha cama e corri para o canto do meu quarto. Eu deslizei contra a parede até que as minhas costas tocaram o chão. Eu levantei meus joelhos até meu peito e coloquei minha testa em meus joelhos e cobri minha cabeça com as minhas mãos. — Pare. — eu gritei. — Por favor. Pare. Meu pesadelo estava repetindo mais e mais na minha mente, e isso me fez passar mal de medo. Ouvi outro estrondo e eu gritei novamente, mas desta vez foi diferente, parecia algo batendo em uma superfície dura. — Keela? — o grito de Alec flutuou em minha mente. — Não! — eu gritei, sabendo o que estava por vir. Eu ia vê-lo morrer. Eu gritei quando senti mãos me tocarem. — Pare. Por favor. Deixe-me em paz. Saia da minha cabeça! As mãos apertaram meus braços. — Gatinha, eu estou aqui. — Alec, basta abraçá-la. — a voz familiar de Bronagh encheu meus ouvidos. — É o pesadelo, ela está revivendo-o em seu estado de consciência. — Pesadelo? — Alec repetiu. — Que pesadelo? Eu ouvi um gemido. — Ela está tendo desde o ano passado... o que quer que ela passou... está a perseguindo.


Aideen. — Eu estou bem. — eu sussurrei. Eu não queria incomodar ninguém e ouvi-los falar, mesmo que estivessem falando sobre mim, trouxe a minha mente para a realidade. O que eu achava que estava acontecendo realmente não estava. Não era real. Estava na minha mente. Mas esse era o problema, eu não queria isso na minha mente. Eu queria que isso desaparecesse. — Ela está tendo pesadelos? Eu não sabia. — Alec disse, com a voz quebrada. — Nenhum de nós sabíamos, ela só nos contou hoje. — disse a voz de Bronagh. Eu soltei um suspiro. — Eu estou bem. — eu disse mais alto desta vez. Eu levantei minha cabeça e abri meus olhos para encontrar toda a minha família em pé perto de mim. — Eu ouvi um estrondo e minha mente... apenas me assustou, mas eu estou bem agora. Alec me ajudou a levantar e eu corei de vergonha. — Por favor, não me diga que todos me ouviram? — eu perguntei. — Não sei, Alec os mandou para fora. — disse Bronagh e lançou um olhar na direção dele. Alec ignorou Bronagh e focou em mim. — Nós precisamos conversar. Oh, Deus. Eu balancei a cabeça.


Alec lançou um olhar para os outros e cada um deles entendeu a dica e saíram do nosso quarto. — Te amo. — Aideen disse para mim. Eu sorri levemente. — Também te amo. Ela fechou a porta atrás dela e deixou Alec e eu sozinhos no quarto. — Pesadelos, realmente, Keela? — Alec começou. — Por que você não me contou? Eu fiz uma careta. — Eu não queria preocupá-lo. Eu pensei que eu pudesse lidar com eles. Eu pensei que eles iriam embora. — Mas eles não foram? Eu balancei minha cabeça. — Eu os tenho semanalmente. Às vezes duas vezes por semana. Eles são sobre a... Darkness. Alec ergueu as mãos ao rosto e esfregou. — Sobre o que você viu? Eu balancei a cabeça. — Sim, mas também... algo diferente. Alec olhou para mim e esperou que eu explicasse. Fui até a nossa cama e sentei, mas Alec permaneceu de pé na minha frente. — No início do pesadelo eu acordo em um corredor com sangue nas paredes e um monte de curvas e um monte de portas. Eu conheço o corredor, mas não consigo me lembrar onde é durante o pesadelo. Quando eu acordo, eu percebo que os corredores são da Darkness. Eu andei por eles uma vez, quando eu fui arrastada para fora do quarto em que estávamos sendo mantidos com Bronagh... você se lembra? — Sim. Eu balancei a cabeça. — Sim, bem, eu estou lá e eu posso ouvir alguém me chamando, implorando para ajudá-lo. Eu conheço a voz, mas não consigo


ligar a uma pessoa. — eu olhei para baixo. — A voz é sua, e eu percebo que uma figura de sombra está te machucando e você está gritando para eu ajudá-lo, mas eu não consigo. Eu tento... eu tento correr o mais rápido que posso, mas eu nunca sou rápida o suficiente... você morre no pesadelo, todas as vezes. A figura de sombra atira na sua cabeça. Alec se ajoelhou diante de mim e pegou minhas mãos trêmulas nas dele. — Seus irmãos aparecem depois disso e eles me culpam por sua morte. Eles me acusam de deixar você morrer, porque eu não te amo. Eles... atacam-me, então eu mudo e acabo no centro da Darkness, na frente do Marco. As mãos dele estão cobertas de sangue, e eu acho que ele é aquele que cobre as paredes do corredor de sangue. Seus irmãos me seguram e falam para o Marco me matar por não salvá-lo. Eu olho para cima e Marco se foi, a figura de sombra está lá, mas não é apenas uma figura de sombra, sou eu. Eu dou o tiro na minha cabeça e então eu acordo. Eu me inclinei para frente e pressionei minha testa na de Alec. — Eu estou aqui e eu não vou a lugar nenhum. Você me entende? —Alec perguntou. Eu balancei a cabeça. — Diga-me que você entende. — ele falou, a voz firme. — Eu entendo. — sussurrei. Ele soltou minhas mãos e segurou meu rosto. — Nós conseguiremos ajuda para você com isso. Nós não vamos varrer para debaixo do tapete. Isso pode ser ajudado. Eu balancei a cabeça. — Tudo bem. — eu sussurrei. Alec suspirou e beijou minha cabeça. — Eu gostaria de saber que você estava tendo pesadelos, eu não teria apressado você para mudar para cá tão rapidamente. Eu pisquei. — Você está falando sério? — perguntei.


Alec franziu as sobrancelhas. — Que eu não teria te apressado? Eu balancei a cabeça. — É claro que eu não teria. Eu clareie minha mente então e disse: — Você não me apressaria... com mais nada, não é? — Não, eu não faria isso. — Alec falou, uma expressão perplexa no rosto. — Tudo bem. — eu disse, com a respiração mais fácil. Alec focou seus olhos nos meus. — O que está na sua cabeça? Por que você está fazendo essas perguntas? Era isso. Era essa a oportunidade de falar para Alec sobre os meus sentimentos. Eu nem sequer hesitei, olhei-o nos olhos e disse: — Eu não quero me casar. Tudo parou enquanto esperava pela resposta de Alec. Minha respiração. Meu batimento cardíaco. Tempo. — O que... o que você quer dizer que você não quer se casar? — Alec me perguntou, seu rosto alguns tons mais pálido do que o habitual. Eu balancei minha cabeça. — Eu não quis dizer de jeito nenhum, eu quis dizer que eu não quero me casar agora. Eu quero que nós desaceleremos. Alec piscou. — Você quer que a gente desacelere? Eu acenei a cabeça. Alec ficou em silêncio por um momento e depois disse: — Tudo bem.


Eu abri minha boca para pedir desculpas, mas quando o que ele disse registrou no meu cérebro eu congelei. — Tu-tudo bem? — eu repeti. Alec assentiu. — Sim, está bem. Se você quiser recuar um pouco isso é legal, nós temos o resto das nossas vidas para casar, ter filhos e fazer um monte de outras coisas. Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. — Eu pensei que você ficaria chateado comigo. — eu admiti. Alec riu. — Só porque eu estou pronto agora para falar meus votos e ter um punhado de mini “eus” não significa que você está e está tudo bem. Estava? — Então você não me odeia? — perguntei, meus olhos enchendo de lágrimas. Alec riu de novo. — Não. Eu amo você, idiota. Eu ri e meu coração aqueceu. — Eu também te amo, mais do que a minha vida. Eu não quero que isso faça você se sentir... — Gatinha. — ele me cortou. — Eu sei que você me ama, você não tem que questionar se eu sei disso. Eu sei. Eu não sabia o que dizer. Eu não estava esperando que essa conversa acontecesse assim. — Eu... eu só não consigo acreditar que você não está com raiva de mim. Alec se inclinou e esfregou o nariz contra o meu. — Eu tenho você. Eu tenho o seu coração. Vou ter todo o resto com você, um dia - não há pressa. Nenhuma.


Eu pressionei minha testa na dele. — Eu adoro o seu amor por mim, eu aprecio isso. Eu aprecio você. Alec sorriu. — Eu sei, Gatinha. Fechei os olhos e só senti nosso amor nos rodear. Depois de um momento Alec perguntou: — Há quanto tempo isso vem incomodando você? Eu pensei sobre isso, então abri meus olhos e disse: — Eras. Alec balançou a cabeça. — Você realmente precisa parar de pensar demais nas coisas. Isso tem que ser uma coisa de mulher. Eu, surpreendentemente, ri. Alec se levantou e sentou na nossa nova cama e colocou o braço sobre meu ombro. — Podemos voltar para o apartamento, se quiser. Percebo agora que tudo o que eu tenho feito a sobrecarregou, e eu quero fazer isso direito. Deus, ele era perfeito. Inclinei-me para ele e disse: — Se você tivesse me perguntado esta manhã eu teria aproveitado a chance, mas agora? Nem tanto. Estou tão aliviada depois da nossa conversa, e estar aqui com você não me assusta mais... isso me excita. Alec me apertou. — Você tem certeza? Eu balancei a cabeça. — Eu tenho tanta certeza que eu sou praticamente desodorante 9. — eu brinquei. Alec riu e beijou minha cabeça.

9

I'm so sure I'm practically deodorant, fazendo referência ao filme Stick It, filme americano, de 2006, no Brasil, Virada Radical.


Fiquei ao lado dele por alguns minutos até que uma batida soou na porta do quarto. — Entre. — eu gritei. A porta se abriu e a cabeça de Nico apareceu. — Tudo bem? — ele perguntou. Alec e eu assentimos. — Ótimo. — ele sorriu, depois soltou. — Alec, precisamos que você venha nos ajudar com alguma coisa. Fiquei imaginando o que era “alguma coisa”, assim como Alec. — Você não pode só... — Alec. — Nico o interrompeu, e deu-lhe um olhar severo. O olhar era um código para alguma coisa. — Claro. Eu vou ajudar. — disse Alec, em seguida, virou-se para mim. — Você está bem, certo? Eu balancei a cabeça. Depois de tirar tudo do meu peito e limpar o ar, eu estava tão bem. Alec deixou nosso quarto com Nico, e eu fui procurar as meninas. Eu as chamei, e as encontrei na sala de estar, com taças em suas mãos. Bronagh estava no meio de abrir uma garrafa de vinho. — Não beba até que voltemos! — a voz de Nico gritou, em seguida, a porta da frente se fechou. Bronagh o ignorou e serviu vinho nas taças estendidas para ela. — Onde eles estão indo? — eu perguntei às meninas. Todos elas encolheram os ombros. — Não tenho ideia. — disse Branna. — Você está bem?


Eu balancei a cabeça. — Muito melhor. Bronagh uivou. — Senta sua bunda e pegue uma taça, nós vamos ter uma festa de inauguração, mesmo que seja apenas nós quatro. — Você quer dizer nós cinco. — uma voz atrás de nós falou. Eu pulei e virei. — Alannah. — eu ofeguei. — Você me assustou. Alannah Ryan, a melhor amiga de Bronagh, e minha amiga, sorriu. — Nico me deixou entrar, enquanto ele e os irmãos estavam saindo. Bronagh gritou e derramou vinho em uma taça para a Alannah. Olhei entre as meninas e balancei a cabeça. Isso não acabaria bem.


A

s meninas estavam

se escondendo de mim. Eu não conseguia encontrar as cadelas em lugar nenhum. Eu recorri à procura em todos os quartos da minha casa para encontrálas. Estava prestes a passar pela porta do meu quarto e de Alec quando ouvi risos. Abri a porta e segui a risada até o banheiro. — O que vocês quatro estão fazendo aqui? — perguntei quando entrei no banheiro gigantesco da suíte principal. Quatro cabeças rapidamente olharam na minha direção, três dos olhares estavam nublados por causa do álcool e um era claro e provocante. Alannah levantou as mãos na frente do peito e riu. — Não olhe para mim, isso foi ideia delas. Uh-oh. Branna, Aideen e Bronagh tendo ideias sóbrias geralmente terminam em desastre, ideias bêbadas certamente seriam piores.


— Qual foi a ideia delas? — eu perguntei e coloquei minhas mãos em meus quadris. Eu olhei as três idiotas na esperança de ser um pouco intimidante, mas quando elas tiveram um ataque de risos eu soube que meu olhar ameaçador era pouco mais do que um tapa no pulso para elas. Mudei meu olhar para Alannah e suavizei. — O que elas fizeram? — Alguma coisa estúpida. — Alannah riu e balançou a cabeça. Bronagh empurrou. — Você fez também, então cale a boca. Alannah relutou com ela. — Você me obrigou. Você literalmente puxou minha calça e calcinha para baixo! Essa afirmação fez as três mosqueteiras terem outro ataque de riso. — Alguma vez você já ouviu falar de depilação? — Aideen perguntou, em seguida, caiu na banheira, enquanto ria incontrolavelmente. Bronagh e Branna estavam chorando de tanto rir. Eu queria rir, simplesmente porque elas estavam rindo, mas eu tinha que manter minha expressão “chega de besteira” no rosto para chegar ao fundo de que merda elas fizeram. Alannah cruzou os braços com raiva sobre o peito e olhou para Aideen. — É inverno, quem faz depilação com cera durante esta estação? Dá um tempo! Olhei entre todos os rostos diante de mim e senti o início de uma dor de cabeça se formar na base do meu crânio. — O que diabos aconteceu aqui? — perguntei. — Vocês forçaram Alannah a se depilar com vocês, para que? Transarem com ela? Bronagh colocou a mão no ar como se fosse uma estudante na escola primária esperando que e eu, a professora, desse permissão para falar. Eu não pude deixar de rir quando disse: — Sim, Bee, o que é?


— Você pode contar ao Dominic o que você acha que aconteceu? Ele vai ficar com tanto tesão por mim, pensando que eu despi a Lana, que vai esquecer que eu bebi tão cedo. Eu bufei. — Não me use para amansar seu homem, todos falaram para esperar até que eles voltasse antes de abrir o vinho. Vocês três podem lidar com essa discussão iminente por conta própria. Aideen levantou a mão em seguida e esse movimento me fez rir, porque ela era, de fato, a educadora entre nós cinco. — O que é, Ado? — perguntei. — Eu não estou em um relacionamento com qualquer um dos irmãos então eles não podem falar merda para mim. — ela disse, com orgulho, do seu lugar na banheira. Branna revirou os olhos. — Por favor, você e Kane discutem mais do que qualquer um de nós. Vocês dois estão praticamente em um relacionamento, mas não se beijam, fazem sexo ou qualquer coisa íntima... você está em um relacionamento com o inimigo. Aideen fervilhava em silêncio enquanto todas nós rimos da observação muito correta de Branna. Alannah grunhiu para mim: — Você pode voltar para a parte de você brigando com elas por me forçarem a... — Nós não a forçamos, você queria fazer isso para se divertir também. Eu podia ver em seu rosto sardento! — Bronagh interrompeu Alannah e riu com a irmã. Levantei minhas mãos para minhas têmporas e esfreguei. — O que diabos vocês quatro fizeram? As coisas ficaram estranhamente silenciosas por um momento até Aideen dar uma risadinha. — Fizemos testes de gravidez. Pisquei os olhos e as encarei.


— Vocês fizeram testes de gravidez? — eu repeti. — Sim. — Bronagh riu. — Só por diversão. Eu continuei a piscar e olhar, enquanto, silenciosamente, julgava meu grupo de amigas. Elas eram tão idiotas. — Tudo bem, então vocês fizeram testes de gravidez... é melhor vocês terem jogado no lixo e lavado o balcão, se eu encontrar mijo em qualquer lugar aqui vou enfiar o nariz de vocês nele. — eu avisei. Bronagh ofegou. — Como um cão? — Exatamente. — eu sorri. — Como um cão. Bronagh arregalou os olhos e isso fez Branna rir. — Relaxa, nós limpamos e vamos limpar o balcão de novo quando acabarmos de fazer os testes. Isso despertou meu interesse. — Quer dizer que vocês ainda não terminaram? — perguntei. Branna balançou a cabeça. — Estamos esperando pelo... O telefone de alguém soltou um som estridente interrompendo Branna e fazendo com que ela e as outras meninas a rissem. — Nós estávamos esperando por esse alarme. — ela terminou. Revirei os olhos. — Bem, então continuem. Olhem e depois jogue-os no lixo. Todas as quatro meninas permaneceram paradas. — Ah, merda. Eu não posso fazer isso. — disse Bronagh, quando sua pele de repente empalideceu. — Eu também não. — as outras três idiotas murmuraram em uníssono.


Eu joguei minhas mãos no ar. — Por que vocês fizeram, se estão com tanto medo de ver os resultados? Bronagh enxugou a testa com as costas da mão. — Porque me dei conta de que eu poderia estar grávida. Eu e Dominic estamos tentando há meses. Olhei para ela. — Então, por que você não consegue olhar? — Porque é assustador! — ela respondeu. — Ah, pelo amor de Deus. — eu resmunguei e as empurrei para fora do caminho. — Eu faço essa merda. Eu tropecei para frente, mas quando Alannah não afastou imediatamente isso me fez cair no balcão. Eu agarrei e não machuquei, mas o meu antebraço jogou os testes de gravidez na pia. — Merda. — eu disse e rapidamente e os reuni. Eu não estava preocupada com eles serem alterados, todos tinham as tampas na ponta, onde você urinava. Eu só não tinha ideia a quem pertenciam os testes de gravidez, porque eram todos a mesma marca. — Agora, não sabemos qual teste é qual! — Aideen gemeu e saiu da minha banheira. Alannah bufou. — Um definitivamente será negativo, eu não consigo me lembrar da última vez que tive relações sexuais. Bronagh sorriu. — Eu lembro, há seis meses e você disse que sua foda de uma noite foi bem melhor do que... qual insulto você o apelidou? Era Snowflake10? — Bronagh! — Alannah engasgou. — Nós não vamos discuti-lo! Discuti-lo? — Quem é ele? Quem é o Snowflake? — eu perguntei. 10

Branquelo.


Alannah olhou para Bronagh. — Não. — ela advertiu. Bronagh ignorou Alannah e olhou para mim, quando disse: — Damien. Fiquei quieta por um segundo, em seguida falei: — Damien Slater? Bronagh assentiu com a cabeça, em seguida, assobiou quando Alannah bateu no braço dela. Branna e Aideen riram quando Bronagh resmungou e esfregou o braço. — Você teve uma coisa com Damien? — eu perguntei à Alannah. Ela

gemeu. —

Foi

uma

noite, anos atrás,

e não foi

grande

coisa. Sério. Nós éramos crianças. Bronagh deu à Alannah um olhar compreensivo. — Você está mentindo descaradamente e você sabe disso. Alannah suspirou, mas permaneceu em silêncio. Fiquei chocada. — Você transou com Damien? — perguntei. As coisas ficaram em silêncio por um momento e depois todo mundo caiu na gargalhada, inclusive Alannah. — Cara, boa. Damien é gostoso! — Aideen falou e deu um high-five na Alannah, que balançou a cabeça. — Ei! — Bronagh franziu a testa. Aideen revirou os olhos. — Eu disse Damien, não Dominic. Bronagh brincou: — Eles são gêmeos idênticos. — Não pode ser, eles têm cabelo de cor diferente. — Aideen disse, dispensando a Bronagh com um aceno.


Bronagh balançou a cabeça. — Eu disse isso também, mas ambos me informaram que não significava nada. Mesmo com a cor do cabelo diferente, eles têm DNA compatíveis - são gêmeos idênticos. É muito raro para gêmeos terem a cor dos olhos ou de cabelos diferentes, porque o DNA deles são cópias, mas Dominic e Damien fazem parte desse pequeno percentual de gêmeos idênticos com cor diferente do cabelo. Argumente contra isso tudo se você quiser, mas é desse jeito. Aideen ficou em silêncio por um momento. — Tudo bem... mas eu ainda acho que Damien é mais sexy. Desculpe, por isso. Eu ri. — Você nunca o encontrou - nenhuma de nós encontrou. Como você pode achar que ele é mais sexy do que Dominic? Este cara é todo definido. — Meninas, é do meu cara que vocês estão... — Porque eu sou tão próxima de Dominic que penso nele como um irmão mais novo. Além disso, ele é da mesma idade que Gavin. Eu belisquei a ponta do meu nariz. — Damien tem a mesma idade também... nós acabamos de discutir sobre eles serem gêmeos idênticos, o que significa que eles têm, possivelmente, minutos de diferença na idade. Aideen bufou. — Sim, mas Damien poderia ser um menino brinquedo que eu poderia... — Eu imploro para que você não termine essa frase! — Branna de repente interrompeu Aideen e levantou. Eu ri e olhei para Aideen. — Eu vou contar para o Kane que você quer transar com o irmão mais novo dele. — Eu vou passar mal. — Bronagh resmungou. Aideen sorriu. — Certifique-se de que eu esteja presente quando acontecer. — Você é louca. — eu disse, mas sorri.


— Você fala a verdade. — Aideen falou, sem importar com o meu insulto. Alannah ergueu as mãos no ar. — Podemos sair do tema Damien, por favor? — Você quer dizer do tema do Snowflake? Bronagh rachou de rir. — Eu amo esse insulto, muito melhor do que Fuckface. Eu ri e olhei para Alannah. Ela não parecia irritada. Ela parecia triste. Eu momentaneamente imaginei o porquê. — Claro, vamos mudar de assunto. — murmurei, em seguida, olhei para as minhas mãos. Eu passei pelos testes de gravidez. — Negativo, negativo, negativo, nega... espere, o que? — O que? — as quatro meninas gritaram em uníssono. Fiquei olhando para o teste de gravidez na minha mão direita com os olhos arregalados. — Este é positivo. Todas as meninas ofegaram. — Caralho! — Aideen estalou. — Você está brincando! — Bronagh acusou. — Eu vou chorar se você estiver brincando. — Branna sussurrou. — Não é meu. — Alannah afirmou.


Eu olhei para cima, do teste de gravidez positivo, em seguida, levantei-o no ar e passei ao redor para que cada menina pudesse ver claramente o sinal rosa positivo. — Eu estou falando muito sério, é positivo. — Oh meu Deus! — as meninas gritaram. Eu estava tremendo. Uma das garotas estava grávida... mas qual? — Por que vocês não marcaram os malditos testes, assim saberiam de quem era? — eu gritei. — Porque nós não esperávamos que você, também conhecida por mulher macho, batesse no balcão e derrubasse todos na maldita pia! — Aideen berrou de volta. Parecia que eu estava prestes a vomitar. — Então, uma de vocês está grávida, mas não sabemos quem? — perguntei. Bronagh tinha lágrimas em seus olhos. — Dominic e eu estamos tentando e Ryder e Branna não usam proteção, então ela saiu do controle de natalidade no mês passado, de modo que pode ser qualquer uma de nós. Alannah transou há seis meses, por isso não é ela... Aideen, e você? Aideen estava pálida. — Pode ser. Eu tive relação sexual desprotegida a algumas semanas atrás, com um caso de uma noite. Ah, pelo amor de Cristo. — Caralho, Aideen. — rosnei. — Eu sei. — ela retrucou. — Eu sei que foi estúpido, você não precisa me convencer do que eu já sei.


Eu esfreguei minha cabeça latejante. — Façam mais testes para ver qual de vocês é. Bronagh assentiu com a cabeça e rapidamente levantou-se e abriu o meu armário de remédios. Ela empurrou de lado algumas coisas e então suspirou. — Não sobrou nenhum. Merda. — Nós teremos que ir buscar mais. — eu disse e coloquei minhas mãos em meus quadris. — Se eu me mexer vou vomitar em todos os lugares. — Bronagh me informou. — Eu também. — Branna resmungou. Olhei para Aideen que parecia que estava prestes a cair e gemi. — Cuide delas. — eu disse para Alannah. — Eu vou buscar os testes estúpidos. Alannah acenou com a cabeça para mim quando saí do banheiro e desci as escadas. Isso era tudo o que eu precisava. Minha cabeça já tinha o suficiente sem me preocupar com as meninas. Eu estava tão consumida com os meus pensamentos quando eu pisei fora do degrau da minha escada que esqueci dos arredores e caminhei direto para um baú. Eu tropecei para trás, mas braços agarraram os meus ombros e me seguraram firme. — Whoa, cuidado, amor. Fiquei imóvel conforme abri meus olhos e olhei para o meu hóspede inesperado. — O que você está fazendo aqui? — perguntei, minha voz um grunhido.


— Opa, opa. Isso não é jeito de falar com seu tio.


— P

are de

besteiras, tio Brandon. — eu disse e distanciei dele. — O que você está fazendo aqui? Como você entrou aqui, cacete? Meu tio deixou cair os braços para os lados e franziu a testa para mim. — Eu estou aqui para a sua festa de inauguração. A estúpida, festa de inauguração do caralho. Como, ao menos, ele soube sobre isso? Eu ia matar Alec por organizá-la. — Agora é um momento ruim, eu tenho coisas para fazer e... — Keela. — meu tio me cortou. — Acalme-se e tome um fôlego. Fiz o que ele disse e tomei uma respiração funda e agradável. — Bom. — meu tio assentiu. Minha cabeça latejante piorou por um segundo, e a visão do meu tio não ajudava.


— Por que você está aqui? Eu pensei que nós concordamos almoçar uma vez por mês. Uma vez. Ele teve sorte que eu concordei em vê-lo uma vez por mês, eu achava difícil ficar ao redor dele agora. Especialmente com os meus pesadelos, eu estava preocupada com o que eu veria. Meu tio bufou. — Eu queria ver você, então me processe. Eu resmunguei: — Eu não vou lidar com isso agora. — Está tudo bem? — meu tio perguntou. Eu suspirei. — Sim, tudo bem, mas a festa não está acontecendo mais, então você tem que... — O que você quer dizer com a festa não está acontecendo mais? Nós dirigimos até aqui para nada? Eu reconheci aquela voz, e olhei para o meu tio. — Você não fez isso. Tio Brandon gemeu. — Você e sua prima não se falam a mais de um ano. — Ela não foi ao meu casamento! — o tom estridente de Micah gritou, enchendo meus ouvidos. Jesus... Por que você está fazendo isso comigo? Eu queria chorar. — Eu tinha que ir embora, Micah... e nós não nos falamos porque você não me deu chance no dia. Micah bufou e saiu de trás do seu pai. — Por que você foi embora? Eu olhei para o meu tio e ele me deu uma sacudida suave com a cabeça, indicando que ele não contou a ela o porquê. Olhei de volta para Micah e disse: — Porque Storm foi atingido por uma van e quase morreu. Eu precisava estar aqui para assinar o formulário do veterinário ou eles não poderiam fazer a operação que ele precisava para sobreviver.


Meu tio ergueu as sobrancelhas com surpresa. Eu não podia culpá-lo, eu estava chocada por ter dito uma semimentira tão facilmente. Storm realmente quase

morreu,

mas

isso

aconteceu

devido

a

circunstâncias diferentes, dias depois que eu cheguei, de volta a Irlanda, vindo do casamento de Micah, nas Bahamas. A razão pela qual eu vim para casa foi por causa de Alec... e meu tio... e duas outras criaturas vis que eu me recusava a pensar. — Mas era o meu casamento, Keela. — Micah fez uma careta. Eu abstive de revirar os olhos. — E Storm é meu cachorro, eu não ia deixa-lo morrer. Mas eu fiquei lá na maior parte da viagem, isso não é alguma coisa? Eu ainda fui. Micah pensou nisso antes de suspirar. — Sim, eu acho. Porra. Ela concordou comigo. Eu abri minha boca para falar, no momento em que a porta de entrada abriu e Alec entrou com seus irmãos. Ele gemeu quando viu meu tio. — Eu vou matar o Gavin. — ele disse. Gavin Collins? — Por que? — perguntei. — Ele contou para eles sobre a festa quando Aideen ligou e disse a ele. Nós tentamos mandá-los embora antes de você e as meninas descerem as escadas. É por isso que Dominic chamou Alec do seu quarto, queríamos a ajuda dele. — Kane respondeu, olhando para o meu tio. Ele realmente não gostava dele. Espere, como diabos Gavin contou ao meu tio sobre a festa...


— Keela, venha aqui. — Alec disse, interrompendo a minha linha de pensamento. Fui até Alec no momento em que música começou a aumentar novamente na sala de estar. Todo mundo entrou e deixou-nos para fora no corredor. Segundos se passaram e então eu ouvi risadas. Tanto para uma maldita festa acabar! — Eu vou me livrar deles. — Deixe-os. — eu suspirei e virei para Alec. — Eles estão bem. Você só pode ir até o nosso banheiro e falar para as meninas descerem? Alec acenou com a cabeça e correu até as escadas. Eu fui até a minha cozinha para pegar um pouco de água e fiquei surpresa quando descobri Gavin encostado na minha porta dos fundos fumando um cigarro. — Ei. — eu disse a ele. Ele soprou a fumaça para longe. — Ei, casa boa. Eu bufei. — Obrigada. Gavin fechou a porta dos fundos e virou-se para mim. Ele parecia tão... diferente. Jeans preto, botas, camisa azul de botões e um chapéu de aba reta. Ele parecia... sexy. — Quando você chegou aqui? — perguntei. — E como você chegou? Gavin sorriu. — A porta da frente estava aberta, eu vim com... — Você veio com quem? — perguntei. Gavin evitou me olhar nos olhos. — Seu tio.


Meu tio? — Por que você veio com... espera, primeiro, por que você está rodeando o meu tio? Gavin arranhou a parte de trás de seu cotovelo. — Bem... ele é meu chefe. Desculpe? — Isso não é engraçado. — eu disse. Gavin deu de ombros. — Eu não estou rindo. Meu estômago revirou. — Você não pode estar falando sério... você não pode se envolver com os negócio do... meu tio. Gavin bufou. — Gavin, estou falando sério! — eu gritei. — Não se envolva com o meu tio. Gavin mordeu seu lábio inferior. — Tarde demais, Kay. Que diabos? — O que você quer dizer com “tarde demais”? — perguntei. Gavin gemeu. — Eu realmente não posso falar sobre isso... — Brandon! — eu gritei, cortando Gavin e saí da minha cozinha. Meu tio saiu da sala de estar com as mãos levantadas. — Seja o que for, eu posso corrigir. Enfiei meu polegar sobre o meu ombro. — Você... alistou o irmão mais novo da minha melhor amiga? Sério? Brandon suspirou. — O garoto não fará nada perigoso, apenas algumas corridas aqui e ali, até ele colocar os pés no meu círculo.


Seu “círculo” era seu grupo de gangsters bebê, como rapazes e garotas iniciados no seu mundo. Não! — Eu não quero que ele coloque os pés. Como se atreve a fazer isso! — eu gritei. Meu tio beliscou a ponta do nariz. — Ele veio a mim, e não o contrário. Se você quer ficar irritada, fique com o garoto. Eu me virei e estreitei os olhos para Gavin, que estava encostado na porta da cozinha. — Eu tenho vinte e dois anos, Keela. Essa é a mesma idade de Dominic, Damien e Bronagh. Eu não sou uma criança. Senti-me mal, ele não tinha ideia do que significava se envolver com o meu tio. — Vou contar para os seus irmãos. — eu avisei. Gavin bufou. — E daí? Ele não estava com medo? Seus irmãos mais velhos eram grandes e assustadores pra caralho quando bravos. — Tudo bem... eu vou contar para Aideen. — eu rosnei. Gavin ficou de pé. — Não se atreva. Rá! Eu tinha-o agora. — Eu vou! Vou falar para ela! — eu me virei e passei pelo meu tio rindo. Eu estava prestes a gritar Aideen quando ela desceu as escadas com Bronagh, Branna e Alannah atrás dela. Momento perfeito. — Eu preciso falar com você! — eu disse para Aideen.


Bronagh se inclinou para frente. — Quando você vai à loja? — ela sussurrou. — Em breve. Eu prometo. Bronagh assentiu com a cabeça enquanto eu agarrei o braço de Aideen e levei-a para o corredor. — O que há de errado? — ela perguntou. Gavin veio atrás dela. — Nada, Keela está só enfiando o nariz em lugares que não deveria. A ideia do pequeno bastardo! — Eu estou tentando impedi-lo de cometer um erro, seu merdinha! Aideen se virou e olhou entre seu irmão e eu. — Fale. Agora. Uh-oh. Mamãe urso Aideen estava inclinando a cabeça. A mãe deles morreu ao dar à luz a Gavin, e como a única filha no meio de quatro irmãos e um pai, ela foi moldada em uma figura da mãe na família, embora ela fosse a segunda mais jovem. Ela cuidou de Gavin mais do qualquer um na sua família. Ele era o caçula da família e Aideen o adorava. — Vá em frente, Gav. — eu disse. — Diga a ela sobre o seu novo... trabalho. Gavin rosnou para mim. — Você é uma vaca de merda. — Ei! — Aideen gritou e bateu na cabeça dele. — Não fale com ela desse jeito. Ela se virou para mim e então disse: — Diga-me o que está acontecendo. — Gavin entrou no círculo do meu tio. Ele trabalha para ele agora.


Aideen olhou para mim por um longo momento, em seguida, virou-se para Gavin e começou a golpeá-lo pra caralho. — Droga, Aideen! — Gavin gritou e tentou se esquivar para longe das mãos dela. — Pare! Aideen estava gritando obscenidades. — Estúpido idiotinha! Como você pôde? Você entende no que se meteu? — ela perguntou, sua voz alta. Gavin agarrou as mãos e olhou para ela. — Sim, eu entendo. Posso lidar com isso. — Brandon é um gangster! — Aideen chorou, mas manteve a voz baixa. Gavin suspirou. — Eu estou ciente disso, mas ele também é um homem honrado. Eu bufei. — E como que diabos você sabe disso? Gavin olhou para mim. — Porque eu ando com Jason e consegui conhecêlo. Um suspiro veio por trás Gavin, então ele olhou por cima do ombro e gemeu. — Bronagh... deixe-me explicar. — Você está andando com Jason? O Jason Bane! — Bronagh perguntou, os olhos arregalados. Gavin abaixou a cabeça. — Sim, ele é um companheiro agora. Bronagh perdeu a cabeça. — Como você pode ser amigo de Jason Bane? Ele era horrível para mim na escola, você sabe disso! — ela gritou. — Ele me fodeu, você sabe disso muito bem! — rosnei lembrando ao Gavin que Jason Bane não era favorito de nós, meninas.


Ele era um fodido. — Estou começando a sentir como se não fosse bem-vindo aqui. Caralho. Não. É. Possível. Nós voltamos nossa atenção para a porta da minha sala de estar e ficamos boquiabertas. — É bom ver todo mundo, também. — o próprio bastardo sorriu. Eu não entendia como ou por que ele estava aqui. — Você... sai. Agora mesmo! — eu gritei. Jason levantou as mãos na frente do peito. — Bem. Eu não preciso ser mandado duas vezes. Vou pegar meu casaco. Ele virou-se e entrou na minha sala de estar, quando Brandon e Micah saíram da sala. Ryder, Nico e Kane saíram da cozinha e se juntaram ao resto de nós no corredor. — Eu estou achando que a festa acabou. — meu tio sorriu. Revirei os olhos. — Basta ir. Eu falo com você mais tarde. Meu tio riu, em seguida, aproximou-se e beijou minha testa, antes de acenar para todo mundo e sair da minha casa. Micah não olhou para mim quando o seguiu. Gavin saiu atrás deles e Aideen saiu correndo atrás dele gritando e exigindo que ele a ouvisse. Eu gemi. — Vão, certifiquem-se que ela não o mate. Bronagh, Branna e Alannah já estavam fora da porta, e os irmãos estavam bem atrás deles. Eu balancei minha cabeça e fui para a minha sala de estar onde eu encontrei Jason sentado no meu sofá. Eu vi vermelho. — Saia. — eu rosnei.


Levantou-se e suspirou. — Nós não podemos conversar, então? Conversar? — Sobre que merda? — eu perguntei. Jason deu de ombros. — Você está bonita. Cerrei os olhos. — Não se atreva. — Eu não posso dizer que você está bonita? — Jason sorriu. — Eu não sei qual jogo você está brincando, mas acabe e vá embora. Fiquei surpresa quando Jason fechou o espaço entre nós e deslizou as mãos em volta da minha cintura. Meus reflexos não foram rápidos o suficiente; arrisco que eles não valeram merda nenhuma porque eu congelei quando Jason me beijou. Ele. Me. Beijou. Este bastardo me destruiu três anos atrás, ele era casado com minha prima e agora... agora ele me beijou, caralho? Eu não vi nenhuma lógica nisso. Nenhuma. Eu afastei minha cabeça de Jason e gritei. Eu não sei se eu gritei palavras, ou só fiz barulho. Tentei empurrar para longe dele, mas ele foi puxado com tanta força que me fez tropeçar. Recuperei o equilíbrio e olhei para Jason... que estava sendo puxado para longe de mim por um Alec de aparência furiosa. Porra.


— A

lec! —

eu gritei e pulei para trás quando ele prendeu Jason no chão. Estendi a mão para o ombro de Alec, na esperança de que eu poderia retirá-lo de Jason, mas não havia muito movimento e eu não ia arriscar me machucar para salvar Jason de alguns socos que o maldito bem merecia. Eu fiquei para trás e continuei a gritar com os dois para pararem. Eu gritei para Bronagh quando a vi na porta da sala de estar. — Chame Dominic! — eu gritei. Ela assentiu com a cabeça freneticamente, em seguida, virou-se e correu para fora da casa. Eu olhei de volta para Alec e Jason, e notei que Jason, de alguma forma, agora estava em cima de Alec e dando socos em seu rosto. Eu não tinha certeza se algum deles estava entrando pela guarda de Alec ou não, mas eu não ia arriscar. Eu pulei nas costas de Jason e passei meus braços em volta do pescoço dele. — Pare com isso! — eu gritei no ouvido dele.


Jason empurrou violentamente o corpo para trás e caí de cima dele e no chão com um baque. — Keela! — Alec gritou, em seguida, voltou sua atenção para Jason. — Filho da puta! Eu gemia no chão enquanto segurava no meu ombro latejante. Tomei algumas respirações e sentei. Eu tropecei quando fiquei de pé e rolei o meu ombro para me certificar que não estava gravemente ferido. Doeu, mas moveu, então eu sabia que o pior que viria da minha queda seria uma contusão. Eu olhei de volta para Jason e Alec. Alec estava de volta no topo, e eu senti que eles estavam prestes a separar. Eu estava me preparando para saltar no meio deles, mas quando Gavin apareceu na porta da minha sala de estar e estreitou os olhos para Alec e Jason, eu engasguei. Gavin entrou voando dentro da sala e chutou Alec no lado em pleno vigor. Alec se curvou um pouco, mas ele esticou a mão direita e acertou Gavin no estômago fazendo com que ele se dobrasse de dor. — Isso é o que você consegue! — eu gritei e corri para ele. Empurrei-o no peito e o empurrei de costas no chão. Ele gemeu e segurou seu estômago e se agitou. — Não se atreva a passar mal no meu chão novo seu idiota! — eu gritei. — Keela? — o rugido de Nico soou do lado de fora da minha casa. Empurrei Gavin de volta para baixo quando ele tentou se levantar. — Sala de estar! — eu gritei. Eu me virei para Jason e Alec quando um som de vidro quebrando soou por toda a sala. Engoli em seco. Meu vaso de vidro foi quebrado em centenas de pedaços no chão, e as flores que o Sr. Pervertido me deu estavam emaranhadas nos cacos de vidro.


— Seu filho da puta! — eu gritei para Jason que estava levantando do chão. Alec também estava tentando se levantar, mas a água no chão do vaso quebrado o fez escorregar. Jason levantou-se e inclinou o corpo para Alec. Ele estendeu a mão para o relógio que estava em cima da minha lareira e levantou-o acima da cabeça. Ele ia bater na cabeça de Alec com ele. Eu gritei em horror. Senti um vento passar pelo meu corpo, então, de repente, Nico estava lá, de pé entre Jason e Alec. Nico arrancou o relógio das mãos de Jason e deu um soco direto no maxilar dele, derrubando Jason de bunda. O alívio que senti quando Jason foi desarmado me atingiu com força total e comecei a chorar. Eu rapidamente fui até Alec e ajudei-o a se levantar. Ele estava molhado da água do vaso, mas também gemendo de dor e isso me preocupava. — Você está bem? — ele perguntou enquanto lágrimas grossas rolaram pelo meu rosto. Eu? Ele era aquele sangrando! — Eu estou bem! — gritei. — E você? Alec rosnou: — Deixe-me matá-lo e eu ficarei bem. — O que diabos aconteceu? — Nico gritou quando ele empurrou Jason para o chão. — Esse filho da puta beijou a Keela! — Alec rebateu. Nico rosnou e se virou e chutou Jason no estômago. — Isso é por beijar a garota do meu irmão, e isso... — ele chutou de novo. — É porque eu odeio sua bunda gorda.


Olhei para Gavin quando ele gemeu e eu vi vermelho. — Como você pôde! —

eu

gritei. —

Como

você

pode

ficar

do

lado

Jason

contra

nós? Você atacou Alec, Gavin. Você atacou o meu noivo! Eu estou de saco cheio de você, me entendeu? De saco cheio! Gavin tropeçou em seus pés. — Kay... ele é o genro do meu chefe, e ele é meu companheiro. Eu tinha que ajudá-lo. Isso não era bom o suficiente. — Seu chefe é meu tio, eu tenho classificação mais elevada do que algum dia Jason terá! — eu rebati. Eu queria tirar Gavin da minha casa, então eu marchei e agarrei-o pela orelha e o puxei. — Saia. Agora! Gavin se contorceu para se libertar, mas não podia, sem ter sua orelha arrancada. Ele abriu a boca para falar, mas um rosnado alto cortou. Todos nós olhamos para a porta sala de estar onde Storm estava de pé. Sua postura era aquela se preparando para um ataque, e ele tinha os dentes à mostra, indicando que estava prestes a fazer. Eu pulei para longe de Gavin quando Storm correu para ele. Gavin xingou e pulou por cima do meu sofá e tropeçou para fora da sala de estar. Storm escorregou no piso de madeira no corredor, a caçar o Gavin. Eu soube que Gavin saiu da casa antes que Storm chegasse até ele, quando a porta da frente se fechou. Olhei para Storm, quando ele voltou para a sala de estar. Eu não fui até ele, eu esperei até que ele viesse até mim. Eu sabia que ele não era perigoso e eu sabia que ele não me machucaria, mas eu não queria fazer nada para perturbálo quando ele estava claramente estressado. Ajoelhei-me, acariciei e abracei-o quando ele colocou a cabeça contra a minha perna. Eu beijei sua cabeça e fiz carinho nas suas orelhas. — Obrigada. — eu murmurei para ele, por me proteger. — Bom menino, Storm. — a voz de Alec elogiou. — Protegeu a Mama.


Virei a cabeça quando a voz de Jason rosnou: — Não pense em colocar esse monstro em cima de mim. Eu olhei para ele. — Não é mais do que você merece! — eu gritei. — Do que diabos você acha que estava brincando, ao aparecer na minha casa e me beijar? Você ficou louco? Jason sorriu, manchas de sangue sobre seu nariz e boca. — Não, eu só aprecio um pouco de emoção de vez em quando. Nico se abaixou e deu um soco na cara do Jason. — Isso é emocionante o suficiente para você? — perguntou. Eu balancei minha cabeça e me levantei. Eu levei Storm para a minha cozinha e coloquei-o lá dentro e fechei a porta. Quando eu voltei para a sala de estar eu fiquei parada na porta e assisti como Nico empurrou Jason para fora da sala. Nenhum deles olhou para mim. Eu coloquei meu braço em volta de Alec, que saiu da sala de estar segurando seu lado. Rosnei e me pressionei nele. — Eu vou matar Gavin por machucar você. Alec balançou a cabeça. — Aideen fará um grande trabalho sozinha. Eu não sorri porque sabia que ela faria. Ela iria bater pra caralho nele por nos trair como ele fez. Eu me inclinei para beijar Alec, mas congelei quando ouvi uma sirene. Uma sirene de carro de polícia. — Foda-se! — Alec resmungou. Saímos e eu gemi quando vi dois policiais saírem da sua viatura e entrar em nosso jardim. Eu queria chorar, porque eu não tinha ideia do que iríamos fazer. — Posso ajudá-lo oficiais? — a voz do meu tio soou.


Olhei para a minha direita e levantei as sobrancelhas quando meu tio foi até o policial como se ele não tivesse repulsa. Eu sabia. Meu tio odiava a lei e quem a representava. — Recebemos uma queixa de barulho... e pela aparência do sangue em alguns de vocês eu estou achando que algumas brigas aconteceram? — um dos policiais refletiu enquanto Gavin e Jason encostaram-se no SUV do meu tio. Micah estava dentro do SUV em seu telefone, ela nem sequer se preocupou com a besteira que seu marido estúpido tinha acabado de causar. — Puta fodida. — eu rosnei. Voltei a me concentrar no meu tio e no policial, e caminhei com Alec na direção deles quando fizeram sinal para fazermos isso. — Esta é casa da minha sobrinha e do seu noivo. Tudo que aconteceu aqui foi... resolvido. Garanto. Ambos os policiais levantaram as sobrancelhas para o meu tio. — Qual é o seu nome, senhor? — perguntou um deles. — Brandon Daley. Eu observei quando os policiais trocaram um olhar. — Senhor Daley... você gostaria de falar conosco sobre isso no carro, senhor? — Absolutamente. — respondeu meu tio. Eu balancei a cabeça em desgosto quando o trio se afastou de Alec e de mim. — Eles estão prestes a acabar na folha de pagamento dele. — eu resmunguei. — Eu odeio policial corrupto. Alec me deu um aperto. — Vou conciliar isso com Brandy. Eu ficarei em débito com ele por nos ajudar.


Eu zombei. — Ele não se atreveria a prendê-lo por essa dívida, eu vou arrancar as bolas dele, se ele ao menos tentar. Olhei para Ryder e Kane quando eles levaram Branna, Alannah e uma Aideen perturbada, de volta para dentro da minha casa. Nico e Bronagh permaneceram fora com a gente. Meu tio se juntou a nós, quando a “conversa” dele com os policiais terminou e eles foram embora em seu carro. — Você é inacreditável. — eu disse a ele. Ele simplesmente deu de ombros depois mudou seu olhar para Alec. — Foi o meu genro que você e seu irmão acabaram de agredir. Eu abri minha boca para falar, mas Alec me impediu. — Essa é a minha noiva que seu genro acabou de beijar. Meu tio resmungou e olhou para Jason, que ergueu as mãos no ar. — Eu estava apenas brincando! Mentira. — Eu lidarei com você mais tarde. — meu tio rosnou então virou-se para mim, e suavizou seu olhar. — Sinto muito por tudo isso. Eu balancei a cabeça para ele. Então meu tio olhou para Nico. — Filho... eu posso ter uma palavra? Eu dei um passo para frente. — O que você quer com ele? — perguntei. Nico apareceu ao meu lado. — Está tudo bem, Kay. Eu lidarei com isso. Meu tio sorriu e afastou-se para o fim do meu jardim com Nico. Algumas palavras foram compartilhadas, em seguida, Nico apertou a mão do meu tio. — Dominic! — Bronagh e eu gritamos juntas.


Acho que Bronagh sabia tão bem como eu que algum tipo de acordo foi firmado entre os dois, e isso não era bom. De jeito nenhum. — Eu falarei com você mais tarde, querida. — meu tio piscou para mim, então caminhou até seu Jeep. Eu o ignorei e foquei em Gavin. — Você volte aqui novamente e eu vou te matar, entendeu? Gavin não sabia o que dizer, eu podia perceber pelo olhar em seu rosto, então ele virou-se e entrou na parte de trás do SUV do meu tio. Meu tio riu. — Você é definitivamente minha sobrinha. — Sorte minha. — eu assobiei sarcasticamente. Meu tio entrou no seu SUV rindo, Jason entrou grunhindo e gemendo de dor, o que me fez sorrir. Foda-se aquele bastardo. Tirei minha atenção do SUV quando deu ré no meu jardim e olhei para Nico, que caminhava em direção a nós, o olhar fixo em Bronagh. — Que diabos foi aquilo? — ela retrucou. Nico engoliu. — Ele me ofereceu um emprego. Alec disparou para frente e empurrou Nico. — Espere! — Nico gritou. — É um bom, para lutar. Alec parou de bater no seu irmão e olhou para ele. — Ele vai pagar para você lutar? Nico assentiu. — Toda semana na Darkness por um salário fixo... eu preciso disso Alec, treinamento físico não é suficiente para pagar minhas contas. Eu preciso cuidar da minha menina. Alec soltou Nico e balançou a cabeça, mas eu já podia ver que ele tinha aceitado o trabalho de Nico, mas Bronagh... ela não tinha.


— Eu estou indo para casa, e você não vai me seguir. — ela disse, com a voz tensa de emoção. Ela saiu do meu jardim e nos deixou olhando para ela. — Você não vai atrás dela? — Alec murmurou. Nico balançou a cabeça. — Eu só vou perturbá-la mais, se eu for. Ela precisa esfriar. Quando ela estiver calma eu vou explicar por que isso não é diferente das lutas arranjadas que eu participava de vez em quando. Eu ri sem humor. — Você é tão estúpido, você não vê o que ela sente. Nico olhou para mim. — Que é o que? — Meu tio, nos olhos dela, é Marco. Você voltará para o mundo que ela odeia... e você fez da Darkness parte do negócio... você sequer percebe o que aquele lugar faz com ela? O que faz comigo? Nico não falou. Ele não fez nada. Saí de perto dele e de Alec e caminhei para a minha casa, sem olhar para trás quando ambos chamaram por mim.


— E

u

vou

matar o Gavin. — Aideen disse pela décima vez nos últimos 20 minutos. Eu suspirei. — Eu vou ajudá-la. A minha tentativa de humor passou despercebida por ela. — Eu não consigo acreditar que ele fez isso. Eu não posso acreditar que ele se juntou ao círculo do seu tio. Meus irmãos vão matá-lo! — ela jurou. Sentei-me em silêncio, mas, em seguida, olhei para Branna quando ela chamou meu nome. Ela estava sentada à minha direita no meu sofá com Alannah, Kane, Alec e Nico espalhados sobre ele também. Todos eles estavam olhando para Aideen e eu. — Sim? — eu respondi. Ela me deu um olhar severo. — Você tem que ir à loja... lembra? Eu estava prestes a perguntar para que, mas arregalei meus olhos quando me lembrei. Os testes de gravidez.


— Porra. — eu murmurei. — Eu vou agora. Branna assentiu, mas não olhou para os irmãos quando eles olharam para ela. — Ir para a loja para que? — Aideen me perguntou. Eu olhei para ela. — Você sabe porquê. Ela balançou a cabeça. Oh, pelo amor de Deus. — O banheiro. — eu disse, olhando para ela enquanto enfiava a resposta na cabeça dela com os meus olhos. Ela ofegou quando lembrou. — Os testes de gravidez! — ela gritou. Eu me estapeei. — Os testes de gravidez? — vozes masculinas gritaram em uníssono. — Muito bem. — rosnei para Aideen que estava com a mão sobre a boca. Eu olhei para os irmãos que estavam todos de pé. — Sim, os testes de gravidez. — Quem está grávida? — Alec perguntou e olhou para mim. Eu balancei minha cabeça. — Eu não. Ele relaxou visivelmente. — Graças a Deus. Quer dizer, eu quero bebês com você, mas nós acabamos de conversar sobre... — Está tudo bem, eu sei. — eu bufei e balancei a cabeça novamente. — Se não é você, então quem? — Ryder perguntou. Olhei para Branna e ele quase caiu.


— Bran? — perguntou. Ela fez uma careta. — Pode ser. Pode ser. Ryder parecia que estava prestes a vomitar. Kane coçou a cabeça. — Eu não entendo o que está acontecendo. Então Branna pode estar grávida? Aideen assentiu com a cabeça. — Ou Bronagh. — O que? — Nico gritou. Eu pulei de susto com o tom dele. — Por que você está gritando? Você e Bronagh estão tentando ter um bebê. Nico caiu de costas no sofá. — Estamos, mas... ainda. Porra. — Relaxe querido. — disse Branna para Nico. — Pode não ser Bronagh também. — Quem mais poderia ser, então? — Alec perguntou. Branna e eu olhamos para Aideen. Ela assobiou. — Muito obrigada! Dei de ombros. — Deveria ter mantido sua boca fechada. — Aideen? — a voz de Kane estalou. — Você pode estar grávida? Por foder quem? Essa era uma boa pergunta. Aideen levantou a mão para a cabeça. — Nós não vamos fazer isso. Não vamos discutir quando não temos nenhuma ideia de quem está grávida. — Então vamos descobrir, porra. — Kane rosnou. Eu pisquei para ele.


Ele estava furioso. Falei baixinho. — Eu vou pegar alguns na far... — Eu vou com você. — Kane me cortou, em seguida, saiu da sala de estar, e para fora da casa. — Porra. — Aideen assobiou. Ela subiu as escadas correndo, e Branna e Alannah rapidamente a seguiram. Suspirei e olhei para trás para os irmãos remanescentes. — Eu já volto. Ryder e Nico acenaram para mim, mas ambos estavam em um mundo próprio. Fui até Alec e inclinei para beijá-lo. — Eu te amo. — ele sussurrou. Eu sorri. — Por que você está sussurrando? — perguntei. — Porque eles estão todos em uma merda profunda com suas damas, e eu estou bem com você. Eu não quero derramar sal nas feridas deles, esfregando na cara. — Então aprenda a sussurrar, seu idiota. — Nico rosnou me fazendo rir. Beijei Alec novamente. — Eu amo você, Gatinha. — ele repetiu. — De verdade. Eu achava bom ouvir isso. — E eu te amo, Playboy. Até Netuno, ida e volta. — Bom, agora vai comprar esses testes de gravidez antes que eu e meus irmãos fiquemos loucos. Eu quero saber se é uma das irmãs. Espero que sim, eu quero ser tio. — disse Alec, rindo.


Ryder e Nico mergulharam em Alec enquanto eu corria para fora da casa rindo sozinha. Eu parei de sorrir e fazer sons quando eu subi no SUV de Alec e olhei para Kane no banco do motorista. — Você está bem? — perguntei. Ele assentiu com a cabeça. — Bem. Ele saiu dirigindo e eu entendi a dica de querer silêncio, alto e claro. Chegamos ao Tesco, poucos minutos depois e saímos do carro. Nós caminhamos lado a lado na loja e Kane me arrastou enquanto eu me dirigia para o corredor de higiene. — Porra. — Kane assobiou. — Isso tem um monte de marcas diferentes. Eu balancei a cabeça. — Sim. Há muitos para escolher. Kane levantou a mão à cabeça. — Não podemos simplesmente escolher qualquer caixa? Eu quero sair daqui. Eu ri. — Está se sentindo desconfortável no corredor feminino? — eu provoquei. Ele balançou a cabeça, em seguida, tropeçou um pouco para o lado. — Eu só... eu só quero sair. — ele falou em voz baixa. Meu sorriso despencou e dei um passo em direção a ele. — Kane... você está bem? — perguntei. — Eu não... eu não sei. Eu não me sinto bem. — ele disse. Os próximos segundos se passaram em câmera lenta. Kane se virou para mim, mas ele perdeu o equilíbrio. Ele agarrou no ar quando ele caiu no chão à procura de algo para impedir a sua queda, mas não encontrou nada. Ouvi-me gritar quando seu corpo caiu no chão e os olhos fecharam e não abriram de novo.


— KANE! — gritei e caí de joelhos ao lado dele. Eu coloquei minhas mãos em seu rosto e sacudi. — Acorde! — eu gritei. Nada. Ele estava respirando, eu percebi pelos movimentos no seu peito, mas ele estava inconsciente e não me respondeu. Isso me assustou pra caralho. Eu o sacudi algumas vezes e gritei o nome dele na esperança de chamar a atenção, mas ele não acordou. Ele não se moveu ou hesitou. Ele apenas ficou deitado lá. Ele fica doente de vez em quando, mas ele nunca entrou em colapso... ele nem mesmo mencionou recentemente que não estava se sentindo bem. Algo estava muito errado. Eu olhei para cima e para baixo no corredor e fiquei surpresa quando eu não encontrei ninguém em cada extremidade. Eu podia ouvir vários passos em ritmo rápido, porém, e as pessoas chamando todas as coisas diferentes para mim para ver em qual corredor eu estava. Eu coloquei minhas mãos no peito de Kane e gritei. — Alguém me ajude!

Fim


E

u tinha uma dor de

cabeça. Uma dor de cabeça latejante. Meu estômago estava enjoado também, e eu me sentia um pouco tonta. Eu me sentia como uma merda. Eu estava assim porque estava com medo. Eu estava com tanto maldito medo... e tudo por causa de um bastão de plástico do caralho! Tentei não olhar para o bastão que iria decidir o meu destino quando me sentei no banheiro principal da casa dos irmãos Slater. Concentrei-me no chão de azulejos, e na argamassa entre eles para evitar olhar para cima. Contei os


azulejos, e cada vez só chegava a dez ou onze, antes da minha cabeça virar automaticamente para olhar para o balcão. Não. Eu sussurrei para mim e acalmei os meus movimentos antes que pudesse dar uma olhada. Eu não queria saber o que esse bastão estúpido diz, mas eu tinha que fazer isso. Estava me corroendo e esteve, pela última uma hora e meia. Eu olhei para o teto e pisquei. Eu queria que você estivesse aqui, mãe. Eu precisava da minha mãe, eu precisava desabafar com alguém sobre o dia fodido que eu tive. Engoli em seco e imaginei que a minha mãe estava na minha frente, e eu mentalmente descarreguei tudo sobre ela. Contei tudo. Hoje foi um dia bastante agitado para dizer o mínimo. Foi o dia da mudança de Keela e Alec. Eles mudaram-se do apartamento deles, do tamanho de uma caixa, para uma bela casa, bem em frente à casa dos irmãos, em Upton. Como membro do grupo de amizade que preservávamos, todos nós fomos escalados para ajudar a arrumar caixas no antigo apartamento e, em seguida, desembalar na nova casa. Todo mundo se divertiu arrumando o apartamento e desempacotando na nova casa, mas também tivemos discussões... e um monte de outras merda para lidar. Keela tinha mais merda do que ninguém para lidar. Minha menina estava estressada, e eu culpei a mudança, porque isso era estressante, mas ela revelou que não estava se sentindo bem e não era tudo relacionado a mudar de casa. Ela estava tendo pesadelos sobre um incidente que aconteceu com o tio e os irmãos 13 meses atrás. Keela nunca gostou de falar sobre o que aconteceu. Eu sabia a essência do que aconteceu, mas não tudo. Eu não sabia o que deixava Keela ficar tão assustada... assustada o suficiente para ainda estar tendo pesadelos tantos meses depois do que ocorreu.


Mas seus pesadelos não eram seu único problema. Ela não estava confortável com a rapidez com que Alec estava movendo o relacionamento deles. Ela queria desfrutar dele durante o namoro, mas ele queria se casar e ter filhos imediatamente. O detalhe que muda tudo? Alec não sabia de nada disso. Nada sobre os pesadelos dela e nada sobre sua hesitação com o que ela queria do relacionamento deles. Isso tudo veio naturalmente... durante uma festa surpresa de inauguração que Alec organizou. Keela não ficou impressionada de jeito nenhum, ela teve um pequeno surto, e como se as coisas não estavam ruim o suficiente, seu tio, sua prima Micah e seu marido apareceram. Você sabe, o tio, que é realmente um gangster, a prima que coloca o C na cadela e o marido dela, que é o maior punheteiro desde sempre. Sim, esses bastardos. Eles apareceram, e eles causaram discórdia, lutas corporais... eles ainda fizeram a polícia ser chamada. Eles descobriram sobre a festa graças ao meu irmão mais novo desgraçado, Gavin. De alguma forma, ele estava envolvido com Brandon e Jason agora, no entanto, essa situação ainda era muito recente para eu me debruçar direito agora. Eu precisava de tempo antes de até mesmo pensar naquele merda. Toda a situação era ruim, mas o que realmente colocou a cereja no topo do bolo do nosso dia fodido foi a coisa estúpida que eu, Branna, Bronagh e Alannah fizemos no banheiro de Keela para nos divertirmos. Antes de merda bater no ventilador, tomamos algumas bebidas para relaxar de um longo dia de embalar e desembalar e nós pensamos que seria engraçado fazer testes de gravidez. E foi engraçado, até que Keela apareceu e bateu nos testes de gravidez na pia e misturou todos. Isso normalmente não seria um problema, mas adivinhe o que um dos resultados do teste acabou por ser? Você adivinhou. Uma de nós estava grávida, cacete, e não tínhamos ideia de quem.


Tínhamos Keela para agradecer por isso. Tudo ficou mais assustador quando Alannah afastou a hipótese de estar grávida, porque ela jurou que não teve relações, por pelo menos seis meses. Assim, sobrou Bronagh, Branna, ou eu mesma para ter o prazer de ficar com a criança. Rá. Prazer o caralho. Eu rezava para ser Bronagh ou Branna que estivesse grávida, simplesmente porque as duas estavam comprometidas, em relacionamentos, enquanto eu não estava. O mais próximo que eu já cheguei a um relacionamento era a coisa ódio / ódio que eu tinha com o Storm, e ele era um cão. E ele me odiava. Nós íamos ver quem era a senhora azarada, mas acabaram os testes de gravidez da Keela, o que, obviamente, era uma merda típica. Ela estava saindo para buscar mais alguns testes quando os bastardos que eu mencionei antes apareceram e as coisas foram colocadas em banho-maria por uma hora ou duas. No entanto, as coisas estavam calmas agora, e Keela foi ao nosso supermercado local com Kane Slater, não gostamos dele, para pegar mais testes. Eu esperava impacientemente que eles voltassem e os rapazes também. Todos os três - Nico, Ryder e Alec, estavam sentados na sala de estar da casa de Alec e Keela tentando reconstituir a porra de um vaso quebrado. Eu sabia que era uma causa perdida, mas eu vim para a casa de Ryder para procurar pela cola quando ele pediu. Eu tive que ir ao banheiro, porém, e é assim que eu acabei sentada em um vaso sanitário olhando para um teste de gravidez. Avistei a caixa sobre o balcão e tinha um teste à esquerda. Eu sabia que Branna, obviamente, queria usá-lo, mas eu tinha que saber se era eu que estava grávida. Eu tinha que saber. Achar a coragem para verificar realmente qual era o resultado acabou por ser mais difícil do que eu esperava.


Eu estava prestes a espreitar o resultado do teste, quando meu telefone tocou pelo que tinha que ser a décima vez nos últimos cinco minutos. Eu não olhei para ele quando tocou a primeira vez, porque eu pensei que era Gavin, mas quando eu o peguei e olhei para o visor vi que era Keela. Eu atendi. — Aideen! Finalmente! — Keela gritou. Eu congelei. — Keela? Qual o problema? Você está bem? — Não. — ela gemeu. — É Kane, ele entrou em colapso. Meu coração parou de bater, meu estômago revirou, minha garganta entupiu e minha cabeça girou. Eu estava ciente de como eu me sentia naquele momento, eu estava absolutamente aterrorizada. — O que diabos você quer dizer com Kane entrou em colapso? — eu gritei para o alto-falante do meu telefone depois de uma pausa não tão longa. — Eu quero dizer exatamente isso. Estávamos no Tesco e ele apenas caiu. Sem aviso, simplesmente caiu. A ambulância está aqui e os paramédicos o colocaram em uma maca. Eu vou para o hospital com ele. Você pode ir para a casa dos irmãos e falar para aqueles idiotas virem para o hospital imediatamente? Nenhum deles está atendendo seus malditos telefones. Minha voz estava rouca quando perguntei: — E as meninas? Você tentou com elas? Keela assobiou. — Os telefones delas não estão tocando também. Eu vou matar todos aqueles fodidos. Estou me borrando de medo e nenhum deles está atendendo. Pisquei e fiquei surpresa quando as lágrimas caíram sobre o meu rosto. Que merda? Eu rapidamente limpei meus olhos, em seguida, tomei algumas respirações profundas para me acalmar. Não seria bom para ninguém se eu me


apavorasse. Eu estava muito focada até que minha melhor amiga mostrou sinais de que estava rachando. Eu fechei os olhos quando ouvi Keela fungar no outro lado do telefone. — Vai ficar tudo bem, Kay. — eu disse, esperando que o conforto que eu ofereci a ajudasse, porque isso não fez merda nenhuma para mim. — É só pegar os irmãos e me encontrar no hospital, por favor. Ela desligou e por um longo momento eu fiquei imóvel e tentei processar o que ela me disse, mas eu não podia, eu simplesmente não conseguia. Era provavelmente melhor porque eu rapidamente entrei em ação, pulando para cima e correndo para fora do banheiro e da casa dos Slater, sem olhar para trás. Eu corri por todo o caminho e colidi contra a porta da frente da casa de Alec e Keela abrindo-a. — Rapazes! — eu gritei, enquanto corria para a sala de estar. — Aideen! — Ryder gritou e agarrou meus ombros quando eu tropecei na sala. — Acalme-se e diga-nos qual é o problema. Eu inspirei e expirei algumas vezes tentando recuperar o fôlego, e quando eu fiz isso olhei de Ryder para os seus irmãos e de volta para ele. — Keela me ligou... do supermercado. Alec se aproximou. — Ela está bem? Eu balancei a cabeça. — Ela está. Nico se aproximou também. — E Kane? Lágrimas juntaram nos meus olhos. Mais uma vez. Eu balancei minha cabeça. — Ela disse que aconteceu tão rápido. Ele estava em pé, ao lado dela em um segundo e no próximo, no chão. Todos os irmãos arregalaram os olhos, e atrás deles Branna e Alannah ofegaram.


— Ela tentou ligar, mas ninguém atendeu seus telefones. — eu continuei. — Ela está a caminho do hospital com ele, mas temos que ir para lá agora. Os minutos seguintes foram um borrão de atividade com os rapazes e as meninas gritando e chorando. Todos nós corremos para fora da casa nova de Alec e Keela, e amontoamos nos carros. Fui com Ryder e Alec, e Nico foi com as meninas para pegar Bronagh. — Ele ficará bem, não é? — eu perguntei aos rapazes quando Ryder voava com o câmbio manual, com Nico seguindo de perto antes de virar para a estrada para ir buscar sua garota. Senti um aperto de mão no meu ombro. — Ele ficará bem. Eu não falava com Deus em um longo tempo, não desde que minha mãe morreu quando eu era pequena, mas na viagem para o hospital eu rezei para descobrir o que estava errado com Kane e se ele estava bem. Rezei mais do que eu tinha feito antes, e pedi para deixar que Kane ficasse bem. Eu pulei quando meu telefone tocou. Eu atendi rapidamente: — Alô? — Onde vocês estão? — Keela gritou. Ela estava chorando, eu podia ouvi isso em sua voz. Eu dividi com preocupação. — Estamos quase lá... ele está bem? Os irmãos prenderam a respiração quando eu fiz a pergunta que todos estávamos pensando. Keela berrou: — Eu estou tentando descobrir isso, mas eu não sou parente dele, por isso os irmãos precisam estar aqui. — Por quê? — perguntei, aterrorizada para ouvir sua resposta. — Porque eles não me dizem nem se ele está vivo ou morto.


Continua...


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