EXPEDIENTE REVISTA DIGITAL IFSC Ano 1 | Edição 2016 CONSELHO EDITORIAL Carolina A. Carioni Amorim Elen Makara Giovanna Scabio Saviotti REDAÇÃO E REVISÃO Beatrice Gonçalves Elen Makara Káritha Macedo PRODUTORES E STYLISTS Carolina A. Carioni Amorim Daniele Silveira Elen Makara Milene Machado ASSISTENTES DE PRODUÇÕES E STYLING Giovanna Scabio Saviotti Geannine Cristtina Ferreira Martins Juliane Kate PROJETO GRÁFICO Giovanna Scabio Saviotti CAPA FOTO Guilherme Jubett BELEZA Daniele Silveira Milene Machado MODELO Hanna Pillmann
COLABORADORES: REDAÇÃO Káritha Macedo Daniele Silveira Carolina A. Carioni Amorim FOTOGRAFIA Guilherme Jubett Eduarda Wener BELEZA Daniele Silveira Milene Machado Juliane Kate AGRADECIMENTOS Dudu Eventos MODELOS Hanna Pillmann Julia Lopes COORDENAÇÃO GERAL Carolina A. Carioni Amorim Elen Makara
APRESENTAÇÃO Conforme dizia Gabrielle Bonheur Chanel – que passou à história da moda como Coco Chane– ‘‘Uma moda que não chega às ruas não pode ser chamada de moda.’’. Nesse espírito surge a revista MODA NO IFSC GASPAR, na intenção de levar às ruas, aos computadores, tablets, celulares e olhares de seus leitores e leitoras um pouco do que se respira e se transpira de moda nos corredores, salas de aula elaboratórios da área de vestuário do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Câmpus Gaspar. Os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia, instituídos pela Lei no. 11.892 de 29 de dezembro de 2008, são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, que se especializaram na oferta de educação profissional e tecnológica gratuita e de excelência, alinhada às demandas socioculturais das microrregiões em que se situam e aos arranjos produtivos locais. O IFSC – Câmpus Gaspar, inaugurado em dezembro de 2015, preocupado com o atendimento dessas demandas e em consonância com os arranjos produtivos da região do Médio Vale do Rio Itajaí-Açu, oferta uma diversidade de cursos vinculados à área do vestuário, dentre os quais ressaltamos o Curso Técnico Concomitante de Modelagem do Vestuário e o Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda. A revista MODA NO IFSC GASPAR, revista digital vinculada à área de vestuário do IFSC – Câmpus Gaspar, representa uma iniciativa que reuniu o corpo docente da área, seus técnicos de laboratório e alunos, no desejo de produzir uma revista antenada com as demandas contemporâneas no que tange ao escopo dos assuntos abordados ao longo de suas páginas, o design dinâmico e a disponibilidade em plataforma digital. O objetivo da revista está alinhado às finalidades dos Institutos Federais no que concerne ao compromisso com a socialização de soluções tecnológicas, a inovação, a divulgação de atividades e resultados de projetos de ensino, pesquisa e extensão e o acesso à informação. Como também nas palavras de Coco Chanel,“A moda não é algo presente apenas nas roupas. A moda está no céu, nas ruas, a moda tem a ver com ideias, a forma como vivemos, o que está acontecendo.”, a revista investe em conteúdos diversificados, que se renovarão a cada edição, mantendo sempre o compromisso de apresentar na seção “Faça você mesmo” novidades para o leitor ou a leitora para quem a moda compõe parte do dia a dia. Dessa forma, neste primeiro número, ao mesmo tempo em que a revista dará publicidade e visibilidade aos resultados de projetos integradores - concretizados no imbricamento entre ensino, pesquisa e extensão – e desenvolvidos no âmbito dos cursos técnicos do câmpus ao longo do ano de 2015; também abre espaço para informar os leitores e leitoras sobre a técnica da dobradura têxtil, apresentando um passo a passo para aqueles que desejam inovar na modelagem de peças, agregando valor à superfície dos tecidos utilizados. Além disso, no artigo “Moda em espanhol”, é apresentado o resultado de um projeto de ensino desenvolvido na disciplina de Espanhol do curso técnico integrado em vestuário e que tinha por objetivo a elaboração de um editorial de moda, o qual nos convida a conhecer um pouco mais de uma das modelos mais famosas da década de 1960, a inglesa Twiggy. Fechando a edição, há o depoimento de duas ex-alunas do curso técnico concomitante, que compartilham algumas de suas impressões sobre o curso que realizaram. Desejamos a todos uma boa leitura e à revista MODA NO IFSC GASPAR uma vida longa e de muito sucesso! Que a moda invada nossas vidas e nossos olhos! Profa. Dr.a Ana Paula Kuczmynda da Silveira Diretora-geral - IFSC - Câmpus Gaspar
SUM Look do dia desďŹ le
I semana do VestuĂĄrio cobertura
Shingo Sato editorial
Moda & Espanhol Twiggy
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ÁRIO
8 2 0 Celebridades 4 Passo a Passo 9 Melhores Momentos 2 9 Depoimentos desfile
dobradura têxtil
desfile barbie modelando sonhos
ex alunos
Antes da formatura, os 15 novos profissionais técnicos em Modelagem do Vestuário do Câmpus Gaspar realizaram um desfile em julho de 2015. A atividade faz parte do encerramento do curso. Eles apresentaram o resultado dos trabalhos desenvolvidos ao longo de um semestre, sob a coordenação das professoras Carolina Carioni, Daiane Toledo e Elen Makara, e com o auxílio dos demais professores e das técnicas Adelisa Otto e Milene Machado.
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desfile o look para fazer a réplica. Foi um semestre de preparação para este desfile, desde a definição do look, da matéria-prima, execução de modelagem e prototipagem, escolha das modelos, cabelo, maquiagem e trilha sonora. A edição deste primeiro semestre de 2015 teve uma ótima estrutura de evento com capacidade para quase 200 convidados, entre eles familiares, professores, servidores, profissionais do mercado de moda da região, fotógrafos, patrocinadores e comunidade.
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Look do dia
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Dark Diamond modelista: Fernanda de Oliveira Vestido inspirado no look da blogueira de moda Mariah Maia. Os materiais utilizados na confecção foram tafetå e cetim.
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Look do dia
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Espanhola Chique modelista: Fabiano Keil Vestido inspirado no look da blogueira de moda Camila Coutinho. O materiais utilizados na confecção foram shantung, tule ilusione e renda flockings.
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Look do dia
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Estação Florida modelista: Moacir Silvestre
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Thássia Naves. Os materiais utilizados na confecção foram tricoline e cetim estampado.
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Look do dia
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Elegance modelista: Paloma Golçalves
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Catherine Rangel. Os materiais utilizados na confecção foram wellow e renda.
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Look do dia
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Sea Blue modelista: Joel França
Vestido inspirado nos looks de festas postados pelo instagram ‘‘Super Vaidosa’’. Os materiais utilizados na confecção foram cetim gloss, renda e tule.
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Look do dia
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foto
Glamour modelista: Catia Zuchi
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Thåssia Naves. Os materiais utilizados na confecção foram cetim gloss, tule ilusione e renda.
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Look do dia
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Princess Style modelista: Valéria Pitério
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Camila Coelho. Os materiais utilizados na confecção foram renda guipir, cetim gloss e tule ilusione. 21
Look do dia
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Saia Cropped modelista: Juliana Conceição
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Lalá Noleto. O material utilizado na confecção foi sarja acetinada.
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Look do dia
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Bonequinha de luxo modelista: Franciele Possamai
Vestido inspirado no look da blogueira de Moda Camila Coelho. Os materiais utilizados na confecção foram lamê com fios metálicos dourado e tule filó.
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Look do dia
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Princess dress modelista: Juliane Ramos
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Camila Coelho. Os materiais utilizados na confecção foram sarja shine, cetim, tule ilusione e renda aplicada.
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Look do dia
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Menina Moça modelista: Thainara Pereira
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Lú Ferreira. Os materiais utilizados na confecção foram crepe e renda.
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Look do dia
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Lolita modelista: Andrea Dellandrea
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Lalá Rudge. Os materiais utilizados na confecção foram shantung e cetim.
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Look do dia
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In Moscou modelista: Shirley Galvão
Vestido inspirado no look da correspondente de moda Miroslava Duma. Os materiais utilizados na confecção foram tricoline, sarja e tecido de tapeçaria.
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Look do dia
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De festa modelista: Janete Neto Rosa Amaro
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Bårbara Melo. Os materiais utilizados na confecção foram galiano e tule ilusione.
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Look do dia
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Pantera modelista: Larissa Zimmermann
Vestido inspirado no look da blogueira de moda Thåssia Naves. Os materiais utilizados na confecção foram sarja, cetim e chiffon.
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Cobe ura da I Semana do Vestuário O Câmpus Gaspar realizou em outubro a I Semana do Vestuário do IFSC. O evento especial integrou a V Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2015 - Luz, Ciência e Vida. Durante o evento foram realizadas oficinas sobre modelagem tridimensional do vestuário com as professoras Carolina Carioni Amorim e Elen Makara, sobre desenvolvimento de acessórios com materiais reaproveitáveis com Milene Machado; confecção de capinhas de celular com a professora Daniele Silveira; confecção de necessaires em tecido com a professora Daiane Toledo e desenho de Moda no software Idea com professora Mariani Silveira. A oficina de modelagem tridimen-sional apresentou uma das técnicas de TR Cutting do designer japonês Shingo Sato: a “Draping Fluid”. Ela consiste em modelar uma blusa justa ao corpo, com recortes curvos e sobrepor um tecido fluido 38
sobre a base de tricoline. O objetivo desse processo é criar um efeito fluido, de drapeado, sem que haja necessidade de se recorrer a franzidos ou pregas. Para isto, o tecido fluido deve ser cortado no fio enviesado (45º). Nessa oficina foi utilizada a musseline, obtendo-se belos resultados. No mesmo dia também foi ofertada a oficina “Desenvolvimento de Acessórios com Materiais Reutilizáveis”, com o intuito de encontrar soluções para a reutilização de materiais e resíduos da indústria têxtil. Para a confecção dos acessórios foram utilizados restos de tecidos de malha, restos de fitas, botões, fios, entre outros aviamentos.
Modelagem tridimensional
Modelagem tridimensional
Desenvolvimento de acessórios com materiais reaproveitáveis
Confecção de necessaires em tecido
Desfile de moda 39
O tema do desfile de 2015, organizado pelos formandos do curso técnico em Modelagem do Vestuário, foi “Look do Dia” inspirado no universo das blogueiras que ditam moda e tendências. Os alunos tiveram o desafio de planejar todo o evento desde a seleção do casting de modelos, prova de roupas, ensaio de desfile, organização de camarim, cabelo e maquiagem, escolha trilha sonora e produção fotográfica. Para realizar o evento, os alunos organizaram um brechó em que a quantia arrecada foi utilizada para a produção do desfile. Neste dia, foi realizada ainda uma exposição de moda com técnicas japonesas de modelagem e apresentações orais de pôsters que mostraram resultados de pesquisas e trabalhos da área.
Desenho de moda no software Idea.
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Sobre a palestra: A Moda na Belle Èpoque Ministrada por: Daniele Silveira
O vestuário utilizado no final do século XIX e início do século XX, relacionava-se intimamente com as transformações baseadas no boom econômico que a Europa passava. Período esse conhecido como "Belle Époque". Como forma de mostrar a prosperidade de que desfrutavam, as principais capitais europeias promoveram grandes obras, trazendo assim novos hábitos urbanos. Costumes estes, que influenciaram o modo de vestir, uma vez que para ver e ser visto nas ruas, era preciso cada vez mais selecionar roupas e acessórios. Na Belle Époque, os homens utilizavam calças, camisas, casacos, coletes e gravatas quase como um uniforme. Eles eram influenciados pelo estilo de George Bryan Brummell, inglês precursor do dandismo que popularizou também acessórios tal como a bengala, luvas e chapéus. A moda masculina daquele momento (de influência inglesa), era considerada um direito de todos. Por esse motivo, era a partir da qualidade do tecido, do bom caimento e dos acessórios de grande valor investido que o homem poderia se destacar como de alta posição social. Era preciso assim se vestir de acordo com os padrões estabelecidos.
A moda feminina (de influência francesa), ao contrário da masculina, apresentava modelos variados, que na virada do século XIX para o XX passaram de justos e curvilíneos, tal como orientavam as influências do Art Nouveau e a moda difundida por Worth, para soltos e leves, tal como ditava a onda orientalista e as ideias de Poiret. Durante a Belle Époque, a moda feminina, assim como seus acessórios (sombrinhas, luvas, chapéus etc.) em geral, tinham como objetivo sublinhar a posição social de seus familiares, e, ao mesmo tempo, preservar o estereótipo de beleza difundido. A moda da Belle Époque, embora característica da Europa, por influência da herança colonial portuguesa também veio para o Brasil. Ao olhar fotos da época, é possível observar esta influência.
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TR Cutting O editorial a seguir se refere ao projeto fomentado pelo edital APROEX Nº 03/2015, o qual possui como objetivo aprofundar as técnicas de TR Cutting (Transformação e Reconstrução) criadas pelo designer japonês Shingo Sato que, atualmente, ministra cursos em diversos países e é professor da maior escola de moda do mundo, a Bunka Fashion College, no Japão. Estas técnicas têm foco em volumes diferenciados e estruturas inovadoras construídas sobre a roupa feminina. O TR Cutting permite ao profissional a expressão criativa sobre o corpo como suporte volumétrico, aliando os fundamento de modelagem plana, modelagem tridimensional e a tradição do origami japonês. O alto grau de inovação destas técnicas fazem com que elas devam ser difundidas no meio acadêmico e no mundo profissional da indústria de confecção, com a intenção de ampliar o conhecimento técnico de modelagem de alunos e profissionais do setor. Durante este projeto, foram oferecidas oficinas para a comunidade interna e externa ao IFSC, disseminando novas técnicas de modelagem tridimensional, pela ruptura de modelos pré-estabelecidos, propondo formas não tradicionais e percorrendo as fronteiras do experimentalismo. 42
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Conheça a moda na América Latina Conheça um pouco mais da tendência de moda na América Latina partir de trabalhos dos alunos do curso técnico integrado em Vestuário. A atividade faz parte da unidade curricular em Espanhol. Nesta edição, você irá conhecer o trabalho da aluna Tamires Segata. A fim de integrar os conteúdos linguísticos e culturais da língua espanhola com os conteúdos aprendidos no curso de Vestuário, as alunas foram instigadas a fazer um gênero textual como um editorial de Moda cujo tema era "Yo soy Rebelde" (Eu sou rebelde). Como a unidade curricular Espanhol era sobre tempos verbais no passado e como as alunas tinham feito um projeto de cultura latino-americana no qual conheceram a importância da estilista brasileira Zuzu Angel para o simbolismo jovem no Brasil, principalmente na ditadura, o presente trabalho se encaixou bem em uma proposta de avaliação final da unidade curricular. O objetivo era apresentar um texto semelhante aos de editoriais de moda tomando o período histórico das décadas de 50 ao início dos anos 80. As alunas deveriam trazer um conceito, uma tendência ou algo marcante da rebeldia dos jovens trajados na moda do período escolhido e que também repercutisse no contexto atual. Ao planejar a atividades, ela deveria ter em mente um leitor de revista de moda. Por isso, as alunas tiveram conhecimento dos gêneros textuais e do formato específico de um editorial. Elas tinham os passos a serem seguidos e os critérios de avaliação. Destacou-se as décadas de 60/70 a partir de dois ícones bastante conhecidos: a minissaia (e sua simbologia) e a modelo Twiggy. Para abordar esses temas, a autora fez um levantamento sobre o ideal de beleza da época e descobriu que as modelos não eram tão magras em comparação ao perfil atual. Nesse texto, ela escreve também sobre a estilista inglesa Mary Quant que popularizou a minissaia e influencia até hoje o padrão de moda. Convidamos todos a conhecerem os resultados dessa forma de avaliação que foi bastante importante e prazerosa para nossas alunas. Ainda que esteja em espanhol, com certeza, a leitura é convidativa para conhecer um pouco mais da moda que não só passou pela Europa e Estados Unidos, mas fez parte da cultura latino-americana. Luiziane da Silva Rosa 50
Twiggy LA FAMOSA MODELO DE MARY QUANT Twiggy En 1966, fue nombrada “El rostro del año” por el diario Daily Express. Tras ganar mucho éxito internacional como modelo, Twiggy también tuvo éxito como actriz de cinema, teatro y televisión, tanto como cantante como estilista. En 1970, con sólo 21 años, menos de cinco años de carrera y en el ranking de la fama, Twiggy terminó prematuramente su carrera como modelo, "nadie puede ser un gancho de ropa para siempre". A partir de entonces decidió dedicarse a las carreras de cantante y actriz.
Lesley Lawson En el efervescente Londres de
los Beatles, de la minifalda, del "flower power", surge Lesley Lawson, una joven el contraste con el patrón femenino de la época dictado por las formas redondeadas, el "cuerpo-guitarra" y mucha sensualidad. Twiggy a los 16 años, se volvió icono de los años 60 (BOUCINHAS). Lesley Lawson (1949) es una modelo, actriz, cantante y más conocida como "Twiggy", un apodo que significa "ramita" y fue adoptado debido a la forma delgada y esbelta de la 1,67m de altura y 43 kilogramos. A los 16 años se convirtió en la primera supermodelo adolescente en el mundo y 1 muy bien pagada. Su imagen era un andrógino visual: pelo corto, ojos grandes resaltados con muchas capas de rímel, pestañas largas y labios delgados. Este estilo se convertiría en el símbolo de los años 60, la década que lanzó la minifalda.
ICONO DE LA MODA
Twiggy lanzó la moda de la mini blusa y varios cortes de pelo y peinados, generalmente cortos. Todo lo que ella llevaba se convertía en moda y era adoptado rápidamente por el público. El maquillaje de la modelo, con aspecto enfermo y miserable, que hacía hincapié en los ojos y las grandes pestañas, también se volvió furor entre la juventud de la época. La modelo se ha vuelto tan importante por su sello personal que creó su propia marca (BLOGINVOGA). En la moda, la modelo inglesa Lesley Lawson, también conocida como Twiggy, que en inglés significa ‘‘ramita seca’’, representa un nuevo estándar de belleza, por muy joven y delgada (GARRINI, 2007).
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La delgadez y la ausencia de exageración en cualquier parte del cuerpo marcan la década del 60. Las curvas formadas por cinturas majan dan paso a la nueva norma estética, con cuerpos completamente rectos. (TISOTT, 2013)
LA MINIFALDA En la moda, la gran estrella de los años 60 fue, sin duda, la minifalda. Popularizada por la inglesa María Quant y por el francés André Courrèges, sin embargo, ya existía. En las propias palabras de Quant: "la idea de la minifalda no es mía. Fue la calle quien la inventó." Realmente, la calle fue una gran influencia en los puestos de trabajo de los diseñadores y estilistas. (BLOGINVOGAS). Twiggy fue una modelo de María Quant, desfilando con minifaldas creadas por ella. Cuando Quant dio un recorte en el famoso vestido de Twiggy, no imaginó el impacto que tendría esta pieza. Vale decir que la minifalda como símbolo acompaña a la juventud rebelde de los años 60 y la diseñadora se hizo famosa por el choque y el cambio de patrones de belleza. Resulta que la minifalda era hecha con 30 cm de largo y un tanto rebelde si comparada a los trajes de los años 60. Sin duda, sigue teniendo un papel importante en la moda contemporánea. Y Mary Quant también hizo historia, por su audacia y por las innúmeras piezas en su boutique "Bazar". "No importa cuántos años tiene, siempre debe estar a la moda y en los días con las tendencias." (BOUCINHAS, 2012)
UN PRESAGIO A LIBERTAD La juventud que vivía más reclusa en los años 50 pasó a caminar a las calles en los años 60 con muchos cambios de comportamiento, como la contracultura y la defensa al pacifismo. Las mujeres comenzaban a salir de las faldas rotondas de Dior para los pantalones pitillo, en un sinónimo de libertad. Los años 60, sobre todo, vivieron una explosión de la juventud en todos los aspectos. Era el turno de los jóvenes rebeldes que influenciados por las ideas de la libertad "On the Road" [título del libro beatnik Jack Keurouac, 1957], comenzó a oponerse a la sociedad de consumo actual. 52
REFERENCIAS SILVA, Vanessa Patricio. Identificação de tecidos que laceiam, para evitar problemas com o consumidor final. 2014. Disponível em: <http://200.18.15.27/bitstream/ handle/1/2505/Vanessa%20Patricio%20da%20Silva.pdf?sequence=1>. Acesso em: 27 junho 2015. TISOTT, Camila Giusti. O nu e o vestido: o corpo na fotografia de moda. 2013. Disponível em: <http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/ simfop/artigos_VI%20sfp/Camila%20Tisott.pdf>. Acesso em: 27 junho 2015. LAWSON, Twiggy. Twiggy. 2012. Disponível em: <http://www.twiggylawson.co.uk/>. Acesso em: 27 junho 2015. GARCIA, Claudia. A epoca que mudou o mundo. 2014. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/anos60.htm>. Acesso em: 27 junho 2015. BOUCINHAS, Ana. Twiggy. 2012. Disponível em: <http://www.amantesdavida.com. br/twiggy/>. Acesso em: 27 junho 2015. PRADO, Joanna. A estilista Mary Quant e sua e a sua criação a mini saia. 2010. Disponível em: <http://jornaljardins.blogspot.com.br/2010/07/no-dia-10-dejulho-de-1964-estilista.html>. Acesso em: 27 junho 2015. TIMLESS. Os anos 60 e seus ícones inesqueciveis. 2011. Disponnível em: http:/www.bloginvoga. com/2011/08/08/bloginvoga-moda-a-historia-da-modados-anos-60-e-seus-iconesinesqueciveis/. Acesso em: 20 junho 2015. CITAÇAO. Estilo Twigg. Disponível em: <http://bouitiquemanias.com.br/wpcontent/ uploads/ 2015/02/twiggy-linda.jpg>. Acesso em: 29 junho. 2015.
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Alunos desenvolvem looks inspirados em celebridades Os alunos do segundo semestre de 2015 do curso técnico em Modelagem do Vestuário tiveram como desafio elaborar um look inspirado em apresentadoras de programas de TV, atrizes e cantoras famosas. A atividade fez parte da disciplina de Modelagem e Técnicas de Costura, ministradas pelas professoras Elen Makara e Carolina Carioni. A seguir você confere o resultado desse trabalho interdisciplinar que proporcionou aos alunos o entendimento de forma prática de como uma peça de roupa é confeccionada dentro de uma indústria têxtil. O trabalho começou por uma extensa pesquisa para selecionar um modelo, estudo e desenvolvimento das modelagens, realização de testes e confecção de peça piloto para somente depois concluir o processo com a peça final.
Modelista: Amanda Peixes 54
Modelista: Gislaine Soares da Silva
Modelista: JĂŠssica de SĂĄ Almeida 55
Celebridades
Modelista: Elizabete Soares
Modelista: Lidia Helena Back 56
Modelista: Tamara Soares
Modelista: Simara Schnaider 57
Celebridades
Modelista: Leandro S. Teodoro
Modelista: Kelin Cristina G. Dutra 58
Faça você mesmo
Dobradura Têxtil por Carol Carioni
Este passo a passo apresenta técnicas de dobraduras geométricas utilizadas para agregar valor às superfícies dos tecidos e propor inovações estéticas. A técnica de dobraduras em tecidos é minuciosa, feita artesanalmente e precisa ser testada antes da produção da amostra final por causa da proporção e cálculo do consumo de tecido. O tecido deve ser milimetricamente marcado com pontos em locais estratégicos, de acordo com o padrão que será aplicado, para então ser alinhavado, formando as dobraduras tridimensionais na superfície têxtil. Nesta seção sugerimos o emprego da técnica de dobraduras em tecido em um modelo de colete feminino.
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Faça você mesmo
Palitinho Este modelo forma retângulos paralelos que se intercalam entre si, resultando num padrão tipo palitinhos tridimensionais. Para um trabalho de 19cm de largura por 28cm de comprimento é necessário um tecido de 41cm de largura por 30cm de comprimento. Antes de começar, você precisa quadricular o tecido riscando quadrados do tamanho de sua preferência. Neste exemplo, foram feitos quadrados de 2cm. Para este modelo, foi utilizado um tecido quadrado de 53cm x 53cm. . O primeiro passo é desenhar linhas horizontais e verticais na distâncias de 2cm entre elas, formando um quadriculado. Para garantir o paralelismo, foi utilizada uma régua milimetrada transparente.
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Em seguida, desenha-se as setas que irão direcionar a costura. Elas indicarão quais pontos devem ser unidos com costura manual, como se fosse um bordado. Cada modelo de dobradura tem um esquema diferente de setas.
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Desenhe as setas . no quadriculado conforme este esquema.
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Puxe a linha com . cuidado para unir os dois pontos e arremate bem. É possível continuar o trabalho sem cortar a linha, mas cuide para que ela não fique tensionada.
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Com um nó no final da linha, inicie dando um . ponto em 1 e em seguida outro ponto em 2, conforme as setas do esquema.
Reinicie em 1 e repita até completar o . esquema.
Avesso Observe como fica o avesso deste trabalho. O efeito do lado avesso também pode ser aproveitado!
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Melhores Momentos 2015
Barbie Looks inspirados na boneca mais famosa desfile
Os formandos do curso de Modelagem do Vestuário de 2014 tiveram como tema para o desfile:“Barbie Modelando Sonhos”em que a grande inspiração para os looks deveria ser os usados pela boneca Barbie. A proposta era apresentar a sofisticação dos modelos usados pela boneca mais querida não só pelas crianças, mas também por muitos adultos e grandes colecionadores. O foco do trabalho foi na modelagem tridimensional e modelagem plana.
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Sob a coordenação das professoras Carolina Carioni, Elen Makara e Geannine Martins e com a colaboração dos demais professores e das técnicas Adelisa Otto e Milene Machado, os alunos apresentaram os modelos elaborados na disciplina de projeto integrador em fevereiro de 2015. Uma atividade em que foi necessário aplicar as competências e habilidades desenvolvidas no decorrer dos três semestres de curso.
As alunas pesquisaram inúmeros modelos usados pela boneca Barbie e selecionaram um para apresentar no desfile. A aluna Rose Klug, por exemplo, escolheu um vestido da coleção “Black and White”, que foi uma edição especial da Barbie de vestidos com pregas, idealizado pela designer Linda Kyaw.
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Modelista Rose Klug
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Melhores Momentos 2015
3
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Melhores Momentos 2015
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7 Modelistas : 6. 7. 8. 9. 9 66
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Schiessl 10
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Modelistas : 11. Morgana Testoni 12. Daine Cristine Junckes 13. Luciana do Santos Kreusch
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Depoimentos de ex-alunos Os depoimentos a seguir são dos alunos que se formaram no curso técnico de Modelagem do Vestuário no primeiro semestre de 2014. O tema do projeto integrador daquele ano foi "Tapete Vermelho", onde os alunos buscaram inspirações nos looks usados por atrizes e cantoras em cerimônias de premiações como o Oscar e o Grammy Award. A todos eles fizemos a pergunta: "Qual a importância do curso técnico em Modelagem do Câmpus Gaspar do IFSC em sua trajetória profissional?"
Daniela Venturi
Profissão: Auxiliar de desenvolvimento Quando comecei o curso de Modelagem do Vestuário no IFSC, eu estava trabalhando como costureira de amostra e de peças piloto. Fiz o curso porque sempre tive muito interesse na área e por buscar melhores oportunidades de trabalho. Não que eu não ache a profissão de costureira menos importante, mas porque não queria isso para mim a vida toda. Trabalho na Gracia confecções como auxiliar de desenvolvimento e vejo essa uma importante oportunidade. Estou há um ano e meio na empresa e, por conta do curso técnico que eu fiz, estou tendo oportunidade de trabalhar diretamente com a estilista da empresa. Quero em um futuro próximo conseguir subir mais um degrau na minha trajetória profissional. O projeto integrador foi uma etapa do curso de grande aprendizado e de desafio. Foi bem corrido e estressante em alguns momentos, mas quando chega no dia do desfile que você para e vê que foi você quem fez, não há palavras para explicar a sensação de realização...
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Roseli da Silva Profissão: Programadora de Produção O curso técnico em Modelagem foi muito importante porque quando comecei a trabalhar como instrutura de facção não sabia nada de modelagem e muito menos de costura (anteriormente trabalhava com bordado em máquina elétricas). Hoje eu trabalho como programadora de produção. Após a peça ser criada para a coleção, eu recebo os moldes para costurar a peça piloto. Anoto toda a ordem de execução para a costura da peça e faço algumas adaptações. Verifico, por exemplo, se faltou pique ou a cava está maior que a manga. Depois disso, faço as alterações necessárias nos moldes... No primeiro semestre do curso, tive dificuldade em todas as matérias porque não tinha noção das coisas. Mas no segundo semestre, eu já estava bem melhor. A maior dificuldade mesmo acho que foi para entender o que era base, diagrama e molde. Isso era uma tristeza, eu trocava tudo (risos)... Para o projeto integrador, eu escolhi um vestido utilizado pela cantora Paula Fernandes que havia sido indicada para um prêmio como artista revelação. Daí para frente, foi uma correria danada: tivemos que achar uma modelo, tirar as medidas, fazer a peça piloto, provar na modelo, arrumar os moldes e fazer os ajustes. O vestido foi confeccionado em tecido tafetá e renda. Foi corrido mas no final deu tudo certo!
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